formação sobre dízimo
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Esta é mais uma bela formação conduzida por Pe. Marcos Carolino.TRANSCRIPT
Pastoral do Dízimo
“Todos os fiéis viviam unidos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e os
seus bens e dividiam-nos por todos, segundo a necessidade de cada um” (At 2,44-45)
Nossas Reais Motivações
1. Com o Dízimo, aprendemos a AGRADECER a Deus e ao próximo.
• Ao contribuir com o dízimo, saímos de nós mesmos e reconhecemos que pertencemos tanto à comunidade divina quanto à humana.
2. Com o DÍZIMO aprendemos a DEVOLVER a DEUS um pouco do que dele recebemos.
• Sem Ele nada seríamos, nem mesmo existiríamos. Dependemos dele porque, por Ele fomos feitos e para Ele retornaremos.
• Ao contribuir com o Dízimo, expressamos a nossa convicção de que tudo pertence a Ele.
3. Com o DÍZIMO aprendemos a CONTRIBUIR para com a comunidade da qual fazemos parte e pela qual somos co-responsáveis.
• O Dízimo confirma e aprofunda o senso de pertença à Igreja, fazendo com que o dizimista sinta-se realmente “Igreja” e não um estranho ou convidado e desta forma contribui para que a Igreja cumpra com a missão que Jesus a ela confiou: a evangelização!
4. Com o DÍZIMO aprendemos a CULTUAR a DEUS em comunidade, adquirindo e investindo em tudo o que nos leva à oração em comum e à evangelização.
• Descobrimos que, como membros da Igreja, somos responsáveis juntos pela Igreja/construção, pelo material litúrgico, pelas diversas salas e salões. Ao contribuir com o dízimo nós assumimos, de fato, a Igreja como um todo, inclusive na parte material e participamos da missão de Jesus.
5. Com o DÍZIMO aprendemos a PARTILHAR com o próximo, especialmente o empobrecido e o marginalizado, parte do que temos
• Ao estender a mão a alguém, é a comunidade toda que o faz. A soma das diversas contribuições se misturam e igualmente participam do socorro aos necessitados, pela assistência e promoção aos necessitados e o dizimista, alegra-se ao partilhar, por meio da comunidade a sua oferta, com aqueles que são mais pobres do que ele.
6. Com o DÍZIMO aprendemos a EVANGELIZAR em comunidade, tanto na própria como em outras, além das nossas fronteiras.
• Porque somos discípulos missionários de Jesus, temos de vencer o comodismo e ir ao encontro do outro, repartindo com ele a alegria de ser cristão. Ao contribuir com o dízimo, estamos exercendo a nossa missionariedade, inclusive quando auxiliamos missionários que não conhecemos.
7. Com o DÍZIMO aprendemos a INVESTIR na ação evangelizadora da Igreja por meio das dimensões religiosa, social e missionária.
• Ao contribuir com o dízimo, o dizimista prova que acredita na Igreja e em sua missão e que assume com os demais irmãos e irmãs na fé a sustentação da obra de Deus.
8. Com o DÍZIMO aprendemos a CONFRATERNIZAR tomando consciência de que todos, sem exceção, têm direito a uma vida digna.
• Sendo a humanidade uma só família, e a Terra a nossa casa comum, é necessário que aprendamos a fazer do dízimo um meio privilegiado de catequizar a todos quanto à urgência de partilhar.
• Ser dizimista é ter consciência de que a fé é caminho seguro para a construção de um mundo justo e humano.
9. Com o DÍZIMO aprendemos a ENTESOURAR grandes riquezas diante de Deus. Com a morte, o que é do mundo fica no mundo.
• Não levamos nada de material conosco. Ao chegarmos junto de Deus, teremos conosco, para entregar a Ele, o bem que tivermos praticado, e só! Ao usar os bens deste mundo, somos chamados a usá-los sempre para promover uma sociedade justa e fraterna.
10. Com o DÍZIMO aprendemos a AMAR a DEUS e ao outro!.
• A DEUS porque devolvemos a Ele um pouco do muito que Ele nos dá e ao outro porque partilhamos com a comunidade os bens que possuímos. Ao contribuir com o dízimo, descobrimos a alegria de servir !
• O dizimista fiel, consciente e generoso é feliz porque aprendeu a amar de todo o coração, inclusive repartindo o que possui. Optar pelo dízimo, é entrar na escola do amor, a escola de JESUS!
Fundamentos
• 1. O dízimo bíblico é apenas uma das formas de uma realidade que aparece de outras maneiras. O homem oferece à divindade parte dos bens de que dispõe.
• Dízimo, Primícias, Tributos religiosos, Sacrifícios, Votos e promessas.
• O que estas formas tem em comum é que o homem religioso se desfaz de algum bem seu para dá-lo à divindade.
• A atitude com que o homem pratica esse gesto, pode ser bastante diferente, conforme se trate dum homem mais primitivo ou mais evoluído religiosamente.
• Amor, Temor, Esclarecida, Mágica, Supersticiosa.
• O homem religioso sempre deseja ter um intercâmbio com a divindade, e entre vários gestos com que exprime seu desejo temos também sempre este de oferecer à divindade algum bem material.
Expressões Bíblicas• O sentimento de que o homem depende
materialmente de Deus está presente desde a primeira página da bíblia.
• O homem é criado fora do paraíso e transportado para dentro dele por Deus, para o cultivar e guardar (1,8-15);
• Podia usar de tudo, mas uma parte era reservada para Deus (1,16s; cf.3,5.22);
• O homem cultiva e zela dos bens de Deus, porém, deve deixar uma parte desses bens reservada para Deus.
Novo Testamento
• No NT, de modo geral podemos notar:a) Uma certa polêmica contra os exageros de
praxe do dízimo mosaico como então concebido;
b) Consciência de que todos os cristãos devem dar uma contribuição material.
• Jesus não desautoriza o dízimo da lei mosaica, em si; exige que se cumpram os postulados básicos: Justiça, Misericórdia, Amor.
• Também do dízimo mosaico os cristãos estão desobrigados pois já não estão sob o regime disciplinar da Antiga Lei. De fato a Igreja primitiva não praticou antigo dízimo.
• Mas temos no NT mais que suficientes testemunhos de atitudes de que o cristão deve dar a sua contribuição material para as necessidades da comunidade religiosa e do ministério da Igreja.
• Lc 10,7 – ao enviar os discípulos em atividade apostólica Jesus diz que eles têm o direito de serem sustentados por aqueles a quem anunciam o Reino;
• At 5,1ss – retratam uma comunidade primitiva, vivendo em comunidade de bens, livremente;
• 2Cor 8,1-9.15 – Paulo organiza uma grande coleta em favor da comunidade-mãe de Jerusalém;
• Gl 6,6 – o catecúmeno reparta todos os seus bens com aquele que o catequiza;
• Fl 4,10-18 – dá pessoalmente luminoso exemplo mas, conforme as circunstâncias, aceita auxílios e sempre claramente afirma o princípio deixado pelo Senhor, de que viva do Evangelho quem se dedica ao mesmo.
Um pouco de História
• No Brasil o Estado cobrava o dízimo como um imposto e repassava parte para a Igreja. Isso durou até a proclamação da República em 1889. Nessa ocasião a Igreja separou-se do Estado e o Padroado, ou seja, o regime de sustentação da Igreja e do clero pelo Estado através do dízimo cobrado como imposto, foi eliminado.
• Com o fim do Padroado, a Igreja improvisou logo uma maneira para sobreviver: cobrar taxas pelos serviços religiosos, que perdura até hoje. O que foi criado para resolver uma emergência já dura mais de 100 anos.
• É tempo de voltarmos à prática do dízimo, como forma de fidelidade a Deus e à sua Igreja.
• A opção pelo dízimo, deve ser a principal fonte de receita de cada paróquia
Diferença entre Dízimo e Ofertas
• Dízimo é a contribuição voluntária, regular e proporcional aos ganhos de cada um com a qual o cristão participa das responsabilidades de manter as atividades de sua comunidade de Fé. Reflete no gesto concreto de partilha, o vínculo que o fiel tem com a sua comunidade.
Dimensões do Dízimo
• Dimensão religiosa: despesas com o culto, com o sacerdote, com o templo;
• Dimensão social: ajuda aos mais necessitados;• Dimensão missionária: despesas com a
Evangelização fora dos limites da comunidade. Ajuda a outras paróquias e comunidades, obras missionárias.
Ofertas
• São os donativos entregues durante o ofertório da missa. Está vinculado à liturgia. No ofertório apresentamos os dons do pão e do vinho que serão consagrados e tornados Corpo e Sangue do Senhor. Mesmo quando não temos nenhum valor para ofertar, ainda assim devíamos nos aproximar do altar e fazer a oferta da nossa vida a Deus.
Qual o tamanho da nossa generosidade?
• Os Bispos do Brasil orientam para uma contribuição segundo a generosidade de cada pessoa. Ou seja, a pessoa é conscientizada e convidada a ser generosa. Não há um valor fixo. A quantia depende exclusivamente da opção de cada católico, de cada um. A opção é individual.
• Nem é o muito que nos deixe pobres, nem é o pouco que nos torne mesquinhos.
A nota de 2 Reais
• Lá estava a nota de 100 reais ao lado uma nota de 2 reais, em um cofre do Banco do Brasil.
• Enquanto estavam lá, a nota de 2 reais falou para a nota de 100 reais: - Ei! cara, por onde tu tens andado? Faz tempo que eu não te vejo A nota de 100 reais respondeu:- Cara, eu tenho aproveitado bastante! Viajei para países distantes, indo aos restaurantes mais finos, aos maiores e melhores cassinos, numerosas butiques, e em todos os grandes shoppings do país.
• Após descrever as suas andanças, a nota de 100 reais perguntou para a nota de 2 R$:
- E quanto a você? Por onde tem andado? A nota de 2 reais respondeu: - Ah! Tu nem sabe, agora eu me converti; só
vivo na Igreja.Espantada a nota de 100 reais perguntou:- E o que é uma Igreja?