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COSMOLOGIA Victor O. Rivelles [email protected] Instituto de F ´ ısica Universidade de S ˜ ao Paulo http://www.fma.if.usp.br/˜rivelles/ CURSO DE VER ˜ AO DO IFUSP - 2006 COSMOLOGIA – p. 1/40

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COSMOLOGIAVictor O. Rivelles

[email protected]

Instituto de Fısica

Universidade de Sao Paulo

http://www.fma.if.usp.br/˜rivelles/

CURSO DE VERAO DO IFUSP - 2006

COSMOLOGIA – p. 1/40

Cosmologia e o estudo da origem, estrutura eevoluc ao do Universo.

COSMOLOGIA – p. 2/40

Cosmologia e o estudo da origem, estrutura eevoluc ao do Universo.

ROTEIRO

Cosmologia Grega

Cosmologia Newtoniana

Cosmologia ModernaRelatividade GeralBig BangTeoria InflacionáriaProblemas em aberto

COSMOLOGIA – p. 2/40

Mitos de Criação

Procuram dar umaexplicação para a origemdo Universo.

Utilizam uma linguagemmetafórica, baseada emsímbolos que temsignificado dentro dacultura geradora do mito.

COSMOLOGIA – p. 3/40

Mitos de Criação

Procuram dar umaexplicação para a origemdo Universo.

Utilizam uma linguagemmetafórica, baseada emsímbolos que temsignificado dentro dacultura geradora do mito.

Na religião Judaico-Cristã omito de criação estádescrito na Biblia.

COSMOLOGIA – p. 3/40

Mitos de Criação

Procuram dar umaexplicação para a origemdo Universo.

Utilizam uma linguagemmetafórica, baseada emsímbolos que temsignificado dentro dacultura geradora do mito.

Na religião Judaico-Cristã omito de criação estádescrito na Biblia.

Essa situação perdurou atéo nascimento da ...

COSMOLOGIA – p. 3/40

Filosofia OcidentalNasceu na Grécia ao redor de 600 AC.

COSMOLOGIA – p. 4/40

Filosofia OcidentalNasceu na Grécia ao redor de 600 AC.

Buscavam explicar todas as coisas através de um oupoucos princípios.

Compreender a natureza sem apelar para o misticismo.

COSMOLOGIA – p. 4/40

Filosofia OcidentalNasceu na Grécia ao redor de 600 AC.

Buscavam explicar todas as coisas através de um oupoucos princípios.

Compreender a natureza sem apelar para o misticismo.

Sócrates

Platão

Aristóteles

COSMOLOGIA – p. 4/40

Cosmologia Grega, 350 ACGeocêntrica: o Sol, alua e os planetasgiram ao redor daTerra enquanto asestrelas formam umfundo fixo.

COSMOLOGIA – p. 5/40

Cosmologia Grega, 350 ACGeocêntrica: o Sol, alua e os planetasgiram ao redor daTerra enquanto asestrelas formam umfundo fixo.

O Universo é finitoe os corpos celestestêm seus movimen-tos regidos rigorosa-mente pelas leis natu-rais baseadas na geo-metria.

COSMOLOGIA – p. 5/40

Cosmologia GregaCláudio Ptolomeuconsiderava a Terraimóvel e rodeada deesferas transparentesde cristal que giravama sua volta, e o Sol, alua e os planetasfixos nessas esferas.

COSMOLOGIA – p. 6/40

Cosmologia GregaCláudio Ptolomeuconsiderava a Terraimóvel e rodeada deesferas transparentesde cristal que giravama sua volta, e o Sol, alua e os planetasfixos nessas esferas.

A cosmologia gregaperdurou por quase2000 anos.

COSMOLOGIA – p. 6/40

Idade MédiaProblemas com omovimento retrógradodos planetas foramresolvidos com osepiciclos de Ptolomeuem cerca de 100 AD.

COSMOLOGIA – p. 7/40

Idade MédiaProblemas com omovimento retrógradodos planetas foramresolvidos com osepiciclos de Ptolomeuem cerca de 100 AD.

Esta teoria foi ado-tada por Santo Tomásde Aquino no séculoXIII, e esta concepçãodo cosmo foi seguidaaté o século XVI.

COSMOLOGIA – p. 7/40

RenascençaNicolau Copérnicoem 1514 propos omodelo heliocêntricoem que os corposcelestes giravam aoredor do Sol, e nãoda Terra.

COSMOLOGIA – p. 8/40

RenascençaNicolau Copérnicoem 1514 propos omodelo heliocêntricoem que os corposcelestes giravam aoredor do Sol, e nãoda Terra.

Johannes Kepler des-cobriu que as órbitasdos astros do sistemasolar são elípticas aoredor de 1590.

COSMOLOGIA – p. 8/40

Galileu Galilei

Na primeira metade doséculo XVII, reforçou ateoria heliocêntrica com ouso do recém-inventadotelescópio.

COSMOLOGIA – p. 9/40

Galileu Galilei

Na primeira metade doséculo XVII, reforçou ateoria heliocêntrica com ouso do recém-inventadotelescópio.

Descobriu que a Via Lác-tea é formada por uma infi-nidade de estrelas, a exis-tência de satélites ao redorde Júpiter, além de observarSaturno e seus anéis, e asfases de Vênus.

COSMOLOGIA – p. 9/40

Isaac Newton, 1687

Descobriu a lei dagravitação universal

F = GMm

r2

COSMOLOGIA – p. 10/40

Isaac Newton, 1687

Descobriu a lei dagravitação universal

F = GMm

r2

Cosmologia Newtoni-ana: Universo infinito.

COSMOLOGIA – p. 10/40

Avanços na Cosmologia

Ao redor de 1700 Herschelsidentificou a estrutura emforma de disco da ViaLáctea mas ainda colocavao sistema solar em seucentro.

COSMOLOGIA – p. 11/40

Avanços na Cosmologia

Ao redor de 1700 Herschelsidentificou a estrutura emforma de disco da ViaLáctea mas ainda colocavao sistema solar em seucentro.

Em 1918 Shapley descobriuque o sistema solar não es-tava no centro mas a cercade 2/3 do raio da Via Lác-tea. Mas ainda consideravaa Via Láctea no centro doUniverso.

COSMOLOGIA – p. 11/40

Avanços na Cosmologia

Ao redor de 1700 Herschelsidentificou a estrutura emforma de disco da ViaLáctea mas ainda colocavao sistema solar em seucentro.

Em 1918 Shapley descobriuque o sistema solar não es-tava no centro mas a cercade 2/3 do raio da Via Lác-tea. Mas ainda consideravaa Via Láctea no centro doUniverso.

Em 1923 Hubble mostrouque a via Láctea era umagaláxia ordinária como qual-quer outra.

COSMOLOGIA – p. 11/40

O Princípio CosmológicoNosso lugar no Universo não parece ser especial.

COSMOLOGIA – p. 12/40

O Princípio CosmológicoNosso lugar no Universo não parece ser especial.

Consequências:

O Universo é omesmo emqualquer lu-gar:homogeneidade.

O Universo pa-rece o mesmoem qualquer di-reção: isotropia.

COSMOLOGIA – p. 12/40

O Paradoxo de Olbers, 1826Assuma o seguinte sobre o Universo:

sua extensão é infinita,

sua idade é infinita,

é estático,

as estrêlas (ou galáxias) estão distribuídas ao acaso nele.

COSMOLOGIA – p. 13/40

O Paradoxo de Olbers, 1826Assuma o seguinte sobre o Universo:

sua extensão é infinita,

sua idade é infinita,

é estático,

as estrêlas (ou galáxias) estão distribuídas ao acaso nele.

Considere uma camada esférica aoredor de um observador.

Estrêlas nessa camada irradiam luz comum fluxo proporcional à 1/r2.

COSMOLOGIA – p. 13/40

O Paradoxo de Olbers, 1826Assuma o seguinte sobre o Universo:

sua extensão é infinita,

sua idade é infinita,

é estático,

as estrêlas (ou galáxias) estão distribuídas ao acaso nele.

Considere uma camada esférica aoredor de um observador.

Estrêlas nessa camada irradiam luz comum fluxo proporcional à 1/r2.

O volume da camada é 4πr2dr.

Portanto, o fluxo total é proporcional à4πdr! Independente da distância.

COSMOLOGIA – p. 13/40

O Paradoxo de OlbersA radiação que atinge o observador é a integral em r desse fluxosobre todo o Universo.

COSMOLOGIA – p. 14/40

O Paradoxo de OlbersA radiação que atinge o observador é a integral em r desse fluxosobre todo o Universo.

O resultado é infinito !!!

COSMOLOGIA – p. 14/40

O Paradoxo de OlbersA radiação que atinge o observador é a integral em r desse fluxosobre todo o Universo.

O resultado é infinito !!!

O céu não deveria ser negro mas deveria brilhar com intensidadeinfinita!

COSMOLOGIA – p. 14/40

O Paradoxo de OlbersA radiação que atinge o observador é a integral em r desse fluxosobre todo o Universo.

O resultado é infinito !!!

O céu não deveria ser negro mas deveria brilhar com intensidadeinfinita!

Objeção: poeira poderia absorver parte da radiação.

Mas a poeira deve esquentar e depois reemitir a radiação.COSMOLOGIA – p. 14/40

Relatividade RestritaFormulada por Einstein em 1905.

A velocidade da luz é a mesma em qualquer referencial inercial.

COSMOLOGIA – p. 15/40

Relatividade RestritaFormulada por Einstein em 1905.

A velocidade da luz é a mesma em qualquer referencial inercial.

Contração de Lorentz: comprimentos dependem do observador.ℓ = ℓ0

1 − v2/c2

COSMOLOGIA – p. 15/40

Relatividade RestritaDilatação temporal: intervalos de tempo dependem do observador.t = t0√

1−v2/c2

COSMOLOGIA – p. 16/40

Relatividade RestritaDilatação temporal: intervalos de tempo dependem do observador.t = t0√

1−v2/c2

A relatividade restrita muda a geometria: geometria de Minkowski.

COSMOLOGIA – p. 16/40

Relatividade RestritaDilatação temporal: intervalos de tempo dependem do observador.t = t0√

1−v2/c2

A relatividade restrita muda a geometria: geometria de Minkowski.

Na geometria Euclidiana: comprimentos são constantes.

COSMOLOGIA – p. 16/40

Relatividade RestritaNa relatividade restrita: comprimentos e intervalos de tempodependem do observador.

COSMOLOGIA – p. 17/40

Relatividade RestritaNa relatividade restrita: comprimentos e intervalos de tempodependem do observador.

Há alguma quantidade é contante e não depende do observador?

Intervalo ∆s2 = ∆~x2 − ∆t2

COSMOLOGIA – p. 17/40

Relatividade RestritaNa relatividade restrita: comprimentos e intervalos de tempodependem do observador.

Há alguma quantidade é contante e não depende do observador?

Intervalo ∆s2 = ∆~x2 − ∆t2

Espaço e tempo formam o espaço-tempo quadridimensional comgeometria de Minkowski.

COSMOLOGIA – p. 17/40

Gravitação na Relatividade RestritaA força gravitacional Newtoniana propaga-se instantâneamente.

COSMOLOGIA – p. 18/40

Gravitação na Relatividade RestritaA força gravitacional Newtoniana propaga-se instantâneamente.

É necessário conciliar a relatividade restrita com a gravitação.

Einstein demorou 10 anos para compatibilizar a relatividade restritacom a gravitação.

COSMOLOGIA – p. 18/40

Gravitação na Relatividade RestritaA força gravitacional Newtoniana propaga-se instantâneamente.

É necessário conciliar a relatividade restrita com a gravitação.

Einstein demorou 10 anos para compatibilizar a relatividade restritacom a gravitação.

E o resultado é:

COSMOLOGIA – p. 18/40

Relatividade Geral, 1915Relatividade geral = teoria da gravitação relativística

COSMOLOGIA – p. 19/40

Relatividade Geral, 1915Relatividade geral = teoria da gravitação relativística

Não há força gravitacional.

A gravitação devido à curvatura doespaço.

Matéria causa a curvatura doespaço.

A curvatura determina o movimentoda matéria.

Objeto fundamental: métrica gµν

Determina todas as propriedades lo-cais do espaço curvo.

COSMOLOGIA – p. 19/40

Espaços Curvos

O que é um espaço curvo?

COSMOLOGIA – p. 20/40

Espaços Curvos

O que é um espaço curvo?

Geometria Euclidiana: soma dosângulos internos de um triângulo é 180graus.

Geometria Riemanniana: a soma podeser diferente!

COSMOLOGIA – p. 20/40

Espaços Curvos

O que é um espaço curvo?

Geometria Euclidiana: soma dosângulos internos de um triângulo é 180graus.

Geometria Riemanniana: a soma podeser diferente!

Sem curvatura: igual à 180 graus.

Curvatura positiva: maior que 180 graus.

Curvatura negativa: menor que 180graus.

COSMOLOGIA – p. 20/40

Espaços Curvos

COSMOLOGIA – p. 21/40

Espaços Curvos

Plano: comprimento infinitesimalds2 = dx2 + dy2

COSMOLOGIA – p. 21/40

Espaços Curvos

Plano: comprimento infinitesimalds2 = dx2 + dy2

Esfera: comprimento infinitesimalds2 = dθ2 + sin2θdφ2

COSMOLOGIA – p. 21/40

Espaços Curvos

Plano: comprimento infinitesimalds2 = dx2 + dy2

Esfera: comprimento infinitesimalds2 = dθ2 + sin2θdφ2

Superfície curva geral:ds2 =

2

i,j=1gijdxidxj

gij é a métrica do espaço curvo

COSMOLOGIA – p. 21/40

Espaços Curvos

Plano: comprimento infinitesimalds2 = dx2 + dy2

Esfera: comprimento infinitesimalds2 = dθ2 + sin2θdφ2

Superfície curva geral:ds2 =

2

i,j=1gijdxidxj

gij é a métrica do espaço curvo

Relatividade restrita:ds2 = −(dx0)2 +(dx1)2 +(dx2)2 +(dx3)2

COSMOLOGIA – p. 21/40

Espaços Curvos

Plano: comprimento infinitesimalds2 = dx2 + dy2

Esfera: comprimento infinitesimalds2 = dθ2 + sin2θdφ2

Superfície curva geral:ds2 =

2

i,j=1gijdxidxj

gij é a métrica do espaço curvo

Relatividade restrita:ds2 = −(dx0)2 + (dx1)2 + (dx2)2 + (dx3)2

Relatividade geral:ds2 =

3

µ,ν=0gµνdxµdxν

gµν é a métrica do ESPAÇO-TEMPO

Eqs. de Einstein: Rµν −1

2gµνR = Tµν

COSMOLOGIA – p. 21/40

Cosmologia Relativística

Friedmann encontra solu-ções da relatividade geralque mostram uma universoem expansão em 1922.

COSMOLOGIA – p. 22/40

Cosmologia Relativística

Friedmann encontra solu-ções da relatividade geralque mostram uma universoem expansão em 1922.

Na época acreditava-se que o Universo era estático!

COSMOLOGIA – p. 22/40

Cosmologia Relativística

Friedmann encontra solu-ções da relatividade geralque mostram uma universoem expansão em 1922.

Na época acreditava-se que o Universo era estático!

Einstein modifica suas equações para obter um universo estático.

Introduz a constante cosmológica! Rµν −1

2gµνR + Λgµν = Tµν

COSMOLOGIA – p. 22/40

Cosmologia Relativística

Friedmann encontra solu-ções da relatividade geralque mostram uma universoem expansão em 1922.

Na época acreditava-se que o Universo era estático!

Einstein modifica suas equações para obter um universo estático.

Introduz a constante cosmológica! Rµν −1

2gµνR + Λgµν = Tµν

Em 1923 Hubble descobriu que as galáxias estão se afastando denós e portanto o Universo está em expansão!

Einstein afirma que cometeu o maior erro de sua vida!

COSMOLOGIA – p. 22/40

Lei de Hubble

A velocidade de recessão éproporcional à distância dagaláxia ~v = H0~r.

COSMOLOGIA – p. 23/40

Lei de Hubble

A velocidade de recessão éproporcional à distância dagaláxia ~v = H0~r.

Descreve o comportamento médio das galáxias.

Não está em contradição com o Princípio Cosmológico.

COSMOLOGIA – p. 23/40

Lei de Hubble

A velocidade de recessão éproporcional à distância dagaláxia ~v = H0~r.

Descreve o comportamento médio das galáxias.

Não está em contradição com o Princípio Cosmológico.

Como as galáxias estão se afastando uma das outras elas deveriamestar mais próximas no passado.

COSMOLOGIA – p. 23/40

Lei de Hubble

A velocidade de recessão éproporcional à distância dagaláxia ~v = H0~r.

Descreve o comportamento médio das galáxias.

Não está em contradição com o Princípio Cosmológico.

Como as galáxias estão se afastando uma das outras elas deveriamestar mais próximas no passado.

Portanto, no passado, aconteceu o ...

COSMOLOGIA – p. 23/40

Big Bang

A explosão inicial, há cercade 13.7 bilhões de anosatrás.

COSMOLOGIA – p. 24/40

Big Bang

A explosão inicial, há cercade 13.7 bilhões de anosatrás.

Cosmologia do Big Bang.

COSMOLOGIA – p. 24/40

Big Bang

A explosão inicial, há cercade 13.7 bilhões de anosatrás.

Cosmologia do Big Bang.

Em 1949 Gamow prevê a existência da radiação cósmica de fundodeixada pelo Big Bang.

COSMOLOGIA – p. 24/40

A Radiação Cósmica de Fundo

Em 1965 a radiação cós-mica de fundo é descobertapor Penzias e Wilson.

COSMOLOGIA – p. 25/40

A Radiação Cósmica de Fundo

Em 1965 a radiação cós-mica de fundo é descobertapor Penzias e Wilson.

Hoje em dia utilizam-se satélites: WMAP

Detecta a radiação de fundo à 2.7K e diferenças de temperatura demicro-Kelvin.

COSMOLOGIA – p. 25/40

Problemas ...Em 1966 Peebles mostra que o Big Bang prevê a abundância de Hélio correta.

COSMOLOGIA – p. 26/40

Problemas ...Em 1966 Peebles mostra que o Big Bang prevê a abundância de Hélio correta.

Apesar dos muitos sucessos do Big Bang, problemas começam a aparecer.

COSMOLOGIA – p. 26/40

Problemas ...Em 1966 Peebles mostra que o Big Bang prevê a abundância de Hélio correta.

Apesar dos muitos sucessos do Big Bang, problemas começam a aparecer.

Problema do horizonte.

COSMOLOGIA – p. 26/40

Problemas ...Em 1966 Peebles mostra que o Big Bang prevê a abundância de Hélio correta.

Apesar dos muitos sucessos do Big Bang, problemas começam a aparecer.

Problema do horizonte.

A luz da RCF percorreu 14 bilhões de anos.

COSMOLOGIA – p. 26/40

Problemas ...Em 1966 Peebles mostra que o Big Bang prevê a abundância de Hélio correta.

Apesar dos muitos sucessos do Big Bang, problemas começam a aparecer.

Problema do horizonte.

A luz da RCF percorreu 14 bilhões de anos.

Foi emitida quando o Universo era muito maisjovem, cerca de 300 mil anos.

COSMOLOGIA – p. 26/40

Problemas ...Em 1966 Peebles mostra que o Big Bang prevê a abundância de Hélio correta.

Apesar dos muitos sucessos do Big Bang, problemas começam a aparecer.

Problema do horizonte.

A luz da RCF percorreu 14 bilhões de anos.

Foi emitida quando o Universo era muito maisjovem, cerca de 300 mil anos.

Naquela época a luz atingiria os pequenos círculos.

Os dois pontos no círculo não tiveram tempo deentrar em contacto entre si.

COSMOLOGIA – p. 26/40

Problemas ...Em 1966 Peebles mostra que o Big Bang prevê a abundância de Hélio correta.

Apesar dos muitos sucessos do Big Bang, problemas começam a aparecer.

Problema do horizonte.

A luz da RCF percorreu 14 bilhões de anos.

Foi emitida quando o Universo era muito maisjovem, cerca de 300 mil anos.

Naquela época a luz atingiria os pequenos círculos.

Os dois pontos no círculo não tiveram tempo deentrar em contacto entre si.

Como podem estar a mesma temperatura?

COSMOLOGIA – p. 26/40

Universo Plano

Topologia do Universo.

Depende da densidade do Universo. Nadensidade crítica: Universo plano;acima: Universo fechado; abaixo:Universo aberto.

COSMOLOGIA – p. 27/40

Universo Plano

Topologia do Universo.

Depende da densidade do Universo. Nadensidade crítica: Universo plano;acima: Universo fechado; abaixo:Universo aberto.

Hoje o Universo é quase plano.

COSMOLOGIA – p. 27/40

Universo Plano

Topologia do Universo.

Depende da densidade do Universo. Nadensidade crítica: Universo plano;acima: Universo fechado; abaixo:Universo aberto.

Hoje o Universo é quase plano.

Se no Big Bang a densidade fosse umpouco diferente da densidade crítica nãoseria plano hoje.

Como isso é possível?

COSMOLOGIA – p. 27/40

Universo Plano

Topologia do Universo.

Depende da densidade do Universo. Nadensidade crítica: Universo plano;acima: Universo fechado; abaixo:Universo aberto.

Hoje o Universo é quase plano.

Se no Big Bang a densidade fosse umpouco diferente da densidade crítica nãoseria plano hoje.

Como isso é possível?

Solução dos problemas ...

COSMOLOGIA – p. 27/40

Teoria Inflacionária, 1981

O Universo passou por umafase de expansãoexponencial.

COSMOLOGIA – p. 28/40

Teoria Inflacionária, 1981

O Universo passou por umafase de expansãoexponencial.

Dobrava de tamanho acada 10−34 s.!!!

COSMOLOGIA – p. 28/40

Teoria Inflacionária, 1981

O Universo passou por umafase de expansãoexponencial.

Dobrava de tamanho acada 10−34 s.!!!

A inflação foi gerada pelo in-flaton.

COSMOLOGIA – p. 28/40

Teoria InflacionáriaResolve o problema do horizonte.

COSMOLOGIA – p. 29/40

Teoria InflacionáriaResolve o problema do Universo plano.

COSMOLOGIA – p. 30/40

Outro problema: curvas de rotaçãoEm 1933 oaglomerado degaláxias de Coma éestudado.

O movimento dasgaláxias não pode serexplicado pelaatração gravitacional.

COSMOLOGIA – p. 31/40

Outro problema: curvas de rotaçãoEm 1933 oaglomerado degaláxias de Coma éestudado.

O movimento dasgaláxias não pode serexplicado pelaatração gravitacional.

O mesmo acontececom estrelas na bordadas galáxias.

COSMOLOGIA – p. 31/40

Curvas de rotação

mv2

r = GMmr

v =√

GMr

COSMOLOGIA – p. 32/40

Curvas de rotação

mv2

r = GMmr

v =√

GMr

Como a massa da galáxiaM ∼ 1/rp então a veloci-dade diminui com r.

COSMOLOGIA – p. 32/40

Curvas de rotação

mv2

r = GMmr

v =√

GMr

Como a massa da galáxiaM ∼ 1/rp então a veloci-dade diminui com r.Velocidade orbital comofunção da distância aocentro da galáxia.

A - prevista

B - observada

COSMOLOGIA – p. 32/40

Curvas de rotação

mv2

r = GMmr

v =√

GMr

Como a massa da galáxiaM ∼ 1/rp então a veloci-dade diminui com r.Velocidade orbital comofunção da distância aocentro da galáxia.

A - prevista

B - observada

Parece que há mais massa no aglomerado do aquela vista pelostelescópicos.

COSMOLOGIA – p. 32/40

Curvas de rotação

mv2

r = GMmr

v =√

GMr

Como a massa da galáxiaM ∼ 1/rp então a veloci-dade diminui com r.Velocidade orbital comofunção da distância aocentro da galáxia.

A - prevista

B - observada

Parece que há mais massa no aglomerado do aquela vista pelostelescópicos.

É então postulado a existência da ...COSMOLOGIA – p. 32/40

Matéria EscuraÉ um novo tipo de matéria que praticamente não emite nem reflete luz.

COSMOLOGIA – p. 33/40

Matéria EscuraÉ um novo tipo de matéria que praticamente não emite nem reflete luz.

Sua natureza é desconhecida.

COSMOLOGIA – p. 33/40

Matéria EscuraÉ um novo tipo de matéria que praticamente não emite nem reflete luz.

Sua natureza é desconhecida.

Propostas que provém do modêlo de partículas elementares: axions, WIMPs,neutralino, outras partículas supersimétricas.

COSMOLOGIA – p. 33/40

Matéria EscuraÉ um novo tipo de matéria que praticamente não emite nem reflete luz.

Sua natureza é desconhecida.

Propostas que provém do modêlo de partículas elementares: axions, WIMPs,neutralino, outras partículas supersimétricas.

Há vários experimentos tentandodetectar tais partículas.

COSMOLOGIA – p. 33/40

Matéria EscuraÉ um novo tipo de matéria que praticamente não emite nem reflete luz.

Sua natureza é desconhecida.

Propostas que provém do modêlo de partículas elementares: axions, WIMPs,neutralino, outras partículas supersimétricas.

Há vários experimentos tentandodetectar tais partículas.

Matéria escura constitui23% do conteúdo do Universo.

COSMOLOGIA – p. 33/40

Matéria EscuraÉ um novo tipo de matéria que praticamente não emite nem reflete luz.

Sua natureza é desconhecida.

Propostas que provém do modêlo de partículas elementares: axions, WIMPs,neutralino, outras partículas supersimétricas.

Há vários experimentos tentandodetectar tais partículas.

Matéria escura constitui23% do conteúdo do Universo.

Matéria comum constituiapenas 4% do Universo.

COSMOLOGIA – p. 33/40

Matéria EscuraÉ um novo tipo de matéria que praticamente não emite nem reflete luz.

Sua natureza é desconhecida.

Propostas que provém do modêlo de partículas elementares: axions, WIMPs,neutralino, outras partículas supersimétricas.

Há vários experimentos tentandodetectar tais partículas.

Matéria escura constitui23% do conteúdo do Universo.

Matéria comum constituiapenas 4% do Universo.

Ainda faltam 73% !!!

COSMOLOGIA – p. 33/40

Expansão AceleradaEm 1998 é descoberta através da observação de supernovas do tipoIA que a expansão do Universo é acelerada.

COSMOLOGIA – p. 34/40

Expansão AceleradaEm 1998 é descoberta através da observação de supernovas do tipoIA que a expansão do Universo é acelerada.

Para explica-la é necessário postular a existência de uma energia queproduza pressão negativa: a energia escura.

COSMOLOGIA – p. 34/40

Expansão AceleradaEm 1998 é descoberta através da observação de supernovas do tipoIA que a expansão do Universo é acelerada.

Para explica-la é necessário postular a existência de uma energia queproduza pressão negativa: a energia escura.

Na relatividade geral o efeito de uma pressão negativa é gerar umaforça que se opõem à força gravitacional.

COSMOLOGIA – p. 34/40

Expansão AceleradaEm 1998 é descoberta através da observação de supernovas do tipoIA que a expansão do Universo é acelerada.

Para explica-la é necessário postular a existência de uma energia queproduza pressão negativa: a energia escura.

Na relatividade geral o efeito de uma pressão negativa é gerar umaforça que se opõem à força gravitacional.

A energia escura pode estar na forma da constante cosmológica.

COSMOLOGIA – p. 34/40

Expansão AceleradaEm 1998 é descoberta através da observação de supernovas do tipoIA que a expansão do Universo é acelerada.

Para explica-la é necessário postular a existência de uma energia queproduza pressão negativa: a energia escura.

Na relatividade geral o efeito de uma pressão negativa é gerar umaforça que se opõem à força gravitacional.

A energia escura pode estar na forma da constante cosmológica.

Outras alternativas mais exóticas existem: quintessência, cosmologiade branas, etc.

COSMOLOGIA – p. 34/40

Expansão AceleradaEm 1998 é descoberta através da observação de supernovas do tipoIA que a expansão do Universo é acelerada.

Para explica-la é necessário postular a existência de uma energia queproduza pressão negativa: a energia escura.

Na relatividade geral o efeito de uma pressão negativa é gerar umaforça que se opõem à força gravitacional.

A energia escura pode estar na forma da constante cosmológica.

Outras alternativas mais exóticas existem: quintessência, cosmologiade branas, etc.

A energia escura constitui 73% do conteúdo do Universo.

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Lente Gravitacional

Efeito lente no aglomerado de Abell.

A luz das galáxias é defletida pela gravitação.

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Lente Gravitacional

Efeito lente no aglomerado de Abell.

A luz das galáxias é defletida pela gravitação.

O Dark Energy Survey usará lentes gravitacionais para medir os efeitos da energiaescura do aglomerado.

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Big Bang – The MovieAssista ao Big Bang

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Big Rip

Qual será o destino doUniverso?

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Big Rip

Qual será o destino doUniverso?

A gravitação será tão fracaque não manterá unida aVia Láctea. e outrasgaláxias.

Depois o sistema solar nãoestará mais ligado pelagravitação.

Estrelas e planetas serão ...

E finalmente os átomos se-rão destruídos.

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Cosmologia

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Para saber mais ...M. Gleiser, A Dança do Universo (Cia. das Letras,1997)

S. Hawking, O Universo Numa Casca de Noz(Mandarim, 2001)

J. Barrow, A Origem do Universo (Rocco, 1995)

J. Silk, O Big Bang (UnB, 1998)

S. Weinberg, Os Três Primeiros Minutos (GuanabaraDois, 1980)

A. Guth, O Universo Inflacionário (Campus, 1997)

I. Assimov, O Universo (Bloch, 1972)

http://www.fma.if.usp.br/˜rivelles/

http://rivelles.blogspot.com

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BibliografiaS. Weinberg, Gravitation and Cosmology (Wiley, 1974)

B. F. Schutz, A First Course in General Relativity(Cambridge, 1985)

P. A. M. Dirac, General Theory of Relativity (Wiley,1975)

R. Adler, M. BAzin, M. Schifer, Introduction to GeneralRelativity (McGraw-Hill, 1975)

I. R. Kenyon, General Relativity (Oxford, 1994)

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