vibraÇÕes transversais em placas circulares de … · c-energia de deformação devida ao...
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_ VIBRAÇÕES TRANSVERSAIS EM PLACAS
CIRCULARES DE ESPESSURA UIUFORME
COM CARREGAMENTO RADIAL
ARNO BLASS
Tese submetida ao Corpo Docente da Coor-
denação dos Programas P6s-Graduados de E!! •. genharia da Uniyersidade Federal do Rio
de Janeiro, como parte dos requisitos pa
ra obtenção do Grau de Mestre em Ciências
(M. Se.).
Aprovada por
Fevereiro de 1968
Ao Professor Luiz Bevilacqua,
orientador dêste trabalho;
A todos, pessoas ou instituições,
a quem, de uma forma ou de outra,
devo, pela meta que hoje cumpro.
'
Professor João David Ferreira Lima
Professor Gaspar Erich Stemmer
Sua atuação esclarecida à frente da
Universidade Federal de Santa Cata
rina, e de sua Escola de Engenharia
Industrial, criaram as condições p~ A
ra nossa vinda a esse curso.
'
Sumário . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . 1
Capítulo I - Équaç~o geral das vibrações trans-
versais de placas de espessura uniforme •
Capítulo II - Placa circular apoiada em sua pe
riferia, e uniformemente comprimida ao loa
goda mesma • • • • • • • • • • • • • • •
Capítulo III - Placa circular com furo, engast~
da num eixo, e uniformemente comprimida ao
longo da periferia • • • • • •
Conclusão ••
Bibliografia
Nomenclatura
• • • • • • •• • • •
Figuras
Anexos
• • • • • • • • •
• • • • • • • • •
• • 7' • • • • • . . . • • • • • • • • . . .
•
•
• • • • • •
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• • • • • •
• • .• • •
• • . • • . • • • • •
3
20
24
38
40
41
42
44
Tabelas, • •
Diagramas , •
• • • • • • • • • • • • • •
• • • • • • • • • . . . . . . 47
•• 52
tudo das
O presente trabalho representa uma introdução ao e.!!, ~C-5 de 1
vibrações transversais de espessura uniforme, com
carregamento radial, e visa iornecer elementos para a resolu
ção do problema das vibrações transversais em discos girantes
como, por exemplo, é o caso de rotores de turbinas.
Inicialmente é instituida a equação diferencial que
descreve o fenômeno, de forma geral, aplicável a placas de e~
pessura uniforme, mas sem limitação quanto à forma ou tipo de
carregamento. Para tanto, foi empregado o método da energia.
Esta equação é obtida diretamente em coordenadas P2
lares e é, a seguir, particulariza.da para os casos axi-simé
tricos.
Resolve-se, depois, o problema da placa circular,
' sem furos, apoiada em sua periteria, e uniformemente comprimi
aa ao longo da mesma.~ possível, nestas condições, obter-se
uma solução analítica. A equação que fornece os autovalores é
constituida, porém, por cocientes de funções de Bessel, de m2
do que a obtenção das freqüências de vibbação do sistema, e
da carga de instabilidade, deve ser feita num~ricamente.
O problema abordado em seguida, é o da placa circu
lar engastada num eixo, e uniformemente comprimida ao longo
da periferia. t obtida a equação diferencial, e um valor a
proximado da primeira freqüência de vibração do sistema, pe-
2
lo método de Rayleigh-Ritz. O problema foi resolvido numeri
camente, num caso particular, empregando-se o computador di
gital IBM-1130, do Departamento de Cálculo Científico da Co
ordenação dos Proframas P6s-Graduados de Engenharia da UFRJ• N A • para relaçoes de diametros entre a eixo e a placa iguais a
0,4, 0,3 e 0,2, obtendo-se, em cada caso, os dois primei
ro& modos de vibração. No trabalho é descrita a técnica em
pregada para a determinação das freqüências, e feita uma
comparação entre os resultados obtidos.
As freqüências foram obtidas com auxílio da curva
indicatriz, cuja obtenção é descrita no decorrer do tràbalho,
e que parece ser um instrumento mais expedito do que o·méto
do de Rayleigh-Ritz, no estudo de sistemas contínuos.
CA~!TULO=I=-=:E>2UAÇÃO=GERAL=DAS=VIBRAQÔES=TRANSVERSAIS=DE
PLACAS DE ESPESSURA UNIFORME ================-==--=-----=
Serão consideradas neste estudo apenas placas finas,
isto é, para ap quais a espessura é pequena, relativamente às
demais dimensões.
Considerando, inicialmlBnte, o caso mais geral, de
placas com carregamento transversal e lateral, torna-se posa!
vel equacionar três parcelas de energia de deformação:
a- Energia de deformação devida à flexão- da placa;
b- Energia de deformação devida ao carregamento trans
versal;
c- Energia de deformação devida ao carregamento lateral,
A - Energia de deformação devida à flexão da placa
Devido à suposição de que a espessura da placa é pe
quena, relativamente às demais dimensões, e restringindo-nos
exclusivamente ao estudo de pequenas deformações, podemos ad
mitir como válidas as afirmações seguintes:
A
1- Os pontos situados sobre uma normal à superfície mé-
dia, permanecem, após a deformação, sÔbre uma reta
normal à superfície média deformada; .
2- A superfície média deformada não é sujeita a alonga-
•
5
podemos exprimir as componentes de deformação de um ponto si
tuado a uma distância~ da superfície média, em termos dos
deslocamentos u, v, w, obtendo: - - -€ = -r
(1-I)
Em virtuda da hip6tese (3), e considerando <ç des
prezável em relação ~s demais tensões, podemos escrever, de
acÔrdo com a Lei de Hooke, e introduzindo as relações acima,
E Ez 1/J. aw i)2 w'.'\ 1:t-e = º'fre = 2(l+~)·frQ = i+~·r\r·'ã9 - ar~~)=
= Ez(l-v).1(1.~ _ ~2w)
(l-v2) r r oQ drdQ
A energia de deformação se exprime por
v = if ff.) (crr~ + 'J'"QeQ + -rret,é)dV
(2-I)
onde a integração deve ser extendida ao longo de todo o volE
me da placa. Introduzindo nesta as expresãões (1-I) e (2-I),
obtemos, então, a energia de deformação devida à flexão da
placa:
6
Integrando relativamente à variável z, entre -h/2 e
+h/2, somando e subtraindo ao integrando as parcelas
e
considerando que o Laplaciano, em coordenadas polares, se ex
prime por
e que a rigidez à flexão das placas se define por
obtemos, finalmente,
onde dS = r.dr.dQ. Esta é a expressão que procuramos, e que
usaremos mais adiante. A integral dupla deve ser extendida ao A
longo de toda a superfície da placa.
1
B - Energia de deformação devida ao carregamento transversal
Supondo que cyr' o-9 e ""t;r~ são as tensões reativas
produzidas pelo carregamento transversal, temos, a partir
das relações (2-I), e supondo, novanente, que çrz' ""tz9 e -Czr
são desprezáveis em presença das demais tensões, que
e 1"re 2,;.9 tre = T = -,-<1 + v)
Introduzindo estas relações na expressão (2-I), ob
temos, então, a energia de deformação devida ao carregamento
transversal:
v, = l/Jfi;{ + o.2 - 2"","• + 2<1 + ,rc,..~ av
Somando e subtraindo ao integrando a parcela 2<Jr(fi'
integrando relativamente a~. e considerando que Nr = h<Tr,
N9 = h<ie e Nr9 = h"'S.,Q são as fôrças distribuidas ao longo
da espessura da placa, para cada par (r, 9), obtemos, final-
mente,
vt = ~ ((~Nr + N9) 2 + 2(1 + v)(Nr92 - Nxft9)]ds
)~S)
C - Energia de deformação devida ao carregamento lateral
(4-I)
Suponhamos, agora, aplicada a carga lateral. Isto
provocará flexão adicional da placa, e, portanto, deformação
adicional da superfície média, que não pode, agora, serdes
prezada, já que, por pequena que seja essa deformação adicio .... nal, sua combinação com as fôrças finitas Nr• N9 e NrQ pode
dar origem a parcelas de energia de deformação da mesma or-
8
dem da energia devida à flexão.
de deslocamento de um Sejam~. y, ! as componentes
ponto da superfície média nas direções!:.• Q e z, respectiva-- -mente. Considerando o elemento linear AB dessa superfície mf
dia na direção!• pode-se observar, da fig. II, que o along~
mento de AB devido · ao deslocamento ~ é expresso por ~~dr •'
O alongamento do mesmo elemento linear devido ao deslocamen
to! é ~~;)2dr, como se pode observar da comparação do
comprimento de A1B1 com o comprimento de sua projeção sÔbre
o eixo!:.• Assim sendo, o alongamento total unitário na dire
ção der de um elemento tomado na sua superf'ície média da pl~
ca será
Anàlogamente, pela fig. III,
ç.!. _ U + 1 ÕV + 1 (1 ãw\ !! - - r r•ã'Q ~ ~J
(5-I)
obtém-se, na direção e,
(6-I)
Considerando, agora, a deformação angular no plano
médio, devida à flexão, concluímos, comparando, na fig. IV, A
os angulos AOT·e A1 01 T',
tos~ e y é expressa por
que a parcela devida aos deslocame!! 1 ÕU 3v V r•ã'Q + ãr - r. Para determinar a
parcela devida ao deslocamento w, tomamos dois elementos in--finitesimaie OA, radial, e OB, tangencial (fig. IV). Tiremos
0T tangente a OB por o. Devido aos deslocamentos na direção
!:• êstes elementos assumem as posições o1A1 , o1B1 (não repre
sentada na figura) e o1T1·, respectivamente. A diferença entre
o ângulolt/2 e o ângulo A1o1T1é a deformação angular corres-
9
pondente ao deslocamento!• Para determinar esta diferença,· A
consideraremos o angulo reto A1o1T2, em que T2o1 é paralelo ,.
a T10'. Girando o plano)A1o1T2 ao redor de o1A1 de um angulo
~.~9, fazemo-lo coincidir com o plano A1o1'1]_, e trazemos o
ponto T2 à posição c. O deslocamento1f2C é expresso por
(~.~9)rd8 e é inclinado relativamente à vertical T2T1 do ân-aw é aw l i)w gulo or• Conseqüentemente, T1C igual a ~·r·õe•rde, e o
A - . angulo co1T1, que representa a deformaçao angular correspon-- - l ~w aw dente ao deslocamento!• é, entao, r·ã"r·~. Somando esta às
deformações produzidas pelos deslocamentos!! e!, obtemos
1 1 ÕU Jv V 1 ~W aw r re = r·,e' + Fr - r + r·ãr·ãe (7-I)
As expressões (5-I), (6-I) e (7-I) representam as
componentes da distorsão adicional na superfície média da pl~
ca, em virtude de pequenos deslocamentos. Considerando-as mu!
to pequenas em comparação com as componentes ~r' ~9 e Íre• ~
sadas ma obtenção da fórmula (4-I), podemos supor que as fôr
ças Nr' N8 e Nre permanecem constantes durante a flexão. Com
esta hipótese, a energia de deformação adicional da placa, d~
vida~ distorsão produzida na superfície média por flexão se
rá
-e introduzindo nesta expressao os resultados obtidos anterior-
mente, obtemos, ao final,
10
D - Instituição da Equação Diferencial
A equação diferencial geral das vibrações transver
sais de placas é obtida a partir do Princípio de Hamilton:
onde
J.;~vf + vt +JVq, - T)dt = ~!.dt (9-I) o ,/t:
Vf' Vt e Vq, representam as energias de deformação já ob
tidas, e representadas pelas f6rmulae (3-I),
(4-I) e (8-I);
T é a energia cinética, expressa por
T = ! rhf!s) (w)2dS ' (10-I)
sendo f a massa específica do material da
placa, e~ a espessura da mesma, suposta
constante; e
ÍA é a variação dontrabalho das fôrças externas, expres
sa por
óA = (( q(r,9)6wd8 ,
)Jcs> (11-I)
em que ,Cr,9) é a carga que atua sÔbre a pl!!;
ca.
Calculemos as variações mencionadas no primeiro mem
bro da equação (9-I), levando em conta que as variações deu -e~. e de suas derivadas, sãodesprezáveis em face das varia-
-çoes de:! e de suas derivadas. Obtemos:
'
T = rh r r w ÓW dS "JJcs)
Levando em conta que
11
(12-))
(13-I)
(14-I)
(15-I)
e utilizahdo os êlementos contidos no Anexo I, podemos rees
crever as expressões (12-I) a (15-I) na forma que segue:
(18-I)
As expressões (16-I) e (17-I) precisam, ainda, ser
modificadas, para servirem ao fim que almejamos. Trabalhando
inicialmente sÔbre ~Vf' e de~ominando ~Vf, bVf e bVf, re~ · 1 2 . J
pectivamente, a cada uma das integrais que comparecem no se-
gundo membro da (16-I), podemos escrever,
Teorema de Green, em coordenadas polares,
pela aplicação do
a &vf , que 2
(19-I)
pnde a integral simples deve ser ef~tuada ao longo do contôr
no da placa, e onde ll representa a direção normal, e! a dire ,.,, . .... ....
çao tangencial a esse contorno, congorme a fig. V.
Outrossim, considerando que
13
õáw õôw àdw "Sr = ~.cosr - rs·sen<p
e que
<)bw (º!w aSw ) ãB" = 'fn".sen'f + "'5ã"•cosr r
e, ainda, que, pelo Teorema de Green
ff.ir~~l) + ·.:'}, ··1:-'º"r + .,.•enr)•· pondo, em nosso caso,
obtemos
ê)~w K 2 õw 2 ,,2w ·) 2 ( ?iw 1 ê>w 1 o2w~ ~ + -:;-- "J!l- - -.- cos r + ~ - -.- - --:!·~ senrostp +
os r ÕQ r õr3Q àr r 3r r ê)Q /-
(20-I)
14 N Nesta expressao, a segunda parcela pode ser integr~
da por partes:
j, ;)J . )º;.f(r,Q)ds = áw.f(r,Q) - ( ÔW~~.ds,
(C) )(e) (21-I)
e já que ôw se anula no contÔrno da placa, o primeiro têrmo
do segundo membro de (21-I) se anula. Assim sendo, coletando
os resultados obtidos em (19-I), (20-I) e (21-I), e levando
os à f6rmula (16-I), escrevemos, finalmente:
àVf = D (( \74w ów dr dQ + D ( (v2w.'f: - ~~!w.bw)ds -)Jcs) V<c}
f~~w ~(l õw l a2
w~ . r D(l - ~ - -.-. + :,:·~ coa + (C) Jn r elr r C,Q
( 2 ÕW 2 o2w ) ~2w 2 J
+ ;;,:·ae - ;·orOe senr cosf + ar2.sen jJ -
<: <) ~~2 ~w 2 ã2w ) 2 + - ow.- :,:·- - -.- cos os r ÕQ r oroQ
(02w · l Ow l o2
~ l + \'or2 - ;·h - ;;:·oe senr cosrJ +
~ Í/J. à2w · l · õ3w')
+ w 19·àe2 - -;,·or'JQ2 coscp +
(1 c3w + 2 ow 2 ô
2w ~ iplld (22-I)
+ ;·Ôr2dQ ;,-·ae - ;;,:·~r'Oe)senr cos,,ij a
Tomando a equação ·(17-I) e pondo, anàlogamente,
e
podemos reescrever, também, b'\t na forma
6Vn = ( ~ )<e)
+ Q. 0 w + ~.~ àw r dr dQ N -~2 2N 2 ~
~ ae2 r ôrãe
15
(23-I)
Coletando os resultados representados pelas equações
(18-I), (22-I) e (23-I), e levando-os~ eqqação (9-I), repre
sentativa do Princípio de Hamilton, obtemos:
/iaf•w · rr~:2 + ;-~:) + ~-~2 + ~"'-~J +
+ jbw - q(r,9~w r dr d9 +
+ ifrw- (l -V)~~•:: + ;z.~~)coof +
+ f.2.ow - 2.a2w~senrcos(/) + q2w.sen2,]l_lów.ds + \~ Oe r àràe) / or2 ]J õn
+ D ( -Íc1 - v) .L ~\:~w - 2• J2w )cos2
i:p + :lcc)1 <Js ~ ae r .3rdQ ,
16
Já que 3w foi tomado arbitr~riamente, a equação a
cima será satisfeita para quaisquer valores de 6w no interior • ~iw.
da placa ou em seu contorno, e para qualquer valor de ãn" no
contôrno da placa, desde que sejam satisfeitas as condições
+ rhw - q(r,Q) = o (24-I)
~
l õw l ~ 2w1 2 = (l - \>) -.- + ""2'·~ cos "(/) +
r cJr r dQ . 1
(; õw 2 Õ~w ) õ
2w 2 ~ + ""2'·- - -.- sen; cosr + ~-sen (/J õe r àrõe ar J.
(25-I)
,ií/2w -ti, ~Ç aw 2 a
2w ) 2 - = (1 - V) - ""2'•- - -.- cos (IJ +
dn os dQ r orõQ 1
(o2w l ôw l · ?iw) f~ + ~ - -.- - ""2'·~ seng, cos
àr r dr r ae ,
_ 1. õ w _ 1 • e w cos + LI
2 J
(;, ae2 ~ àr;)e2) f
(l ôJw 2 aw 2 õ
2w ) ~} + -. 2-. + :J•- - ""2'·- sen(O +
r OI' oQ r oQ r ÕrdQ ,_
+ .!F/Nr.õw + Nre·ow)cos(/1 +~."'tf!.. + Nre:~)senipl D L\: õr r ae 1 \; ÕQ or IJ
(26-I)
A equação (2.4-I) constitui a equação diferencial
das vibrações transversais de placas com carregamento trans
versal e lateral, enquanto que as equações (25-I) e (26-I)
constituem as condições de contôrno, devendo, por isso mesmo, • ser ~alculadas no contorno da placa.
17 A estas se devem adicionar, ainda, as condições in!
ciais, que determinam a deflexão da placa, e seu estado de v~
lmcidade, no instante t = O:
w(r, e, O)= f(r, Q)
e (27-I) • w(r, e, O)= g(r, Q).
E - Particularização a placas c:ii.rculares e casos axi-simétricos
Quando se tem uma placa circular, o ângulo f I entre
o vetor posição de um ponto do contôrno da placa e a normal ao
contôrno (Ver fig. V) é constante e nulo, desde que se tome o
polo do sistema de referência no centro da placa. Outrossim, a
direção r coincide com a direção normal ao contôrno, e por is
so, as condições.de contôrno mencionadas ao final da página
anterior se simplificam, respectivamente, para
n2 (1 ~w 1 ()2wo v w = (1 - V) -.- + ~·~
r Õr r c)Q
e
ã~w ={1 (N • ..!! + Nre . ..!!) + ~r nt r r r Q
[l ::1~2 clw 2 o2
w ) 1 o2w 1 a3w J} + (1 - \>) -.~ ~·- - -.- - :::;·~ + ~· 2
r oe o e r à roe r ôe r àroe
Se particularizarmos ainda mais, para o ca~o de vi
brações axi-simétricas, as derivadas em ~elação a Q se anulam,
e a equação diferencial e suas condições de contôrno se rees
crevem na forma
18 ..-4 2 •• uv·w - Nr.'\/ w + thw - q(r) = O
(28-I)
n2w = 1 - v ~ V r ·ur e (No contôrno)
onde, agora,
.,-,4 (';/-., 1 O' ')(~2w 1 ôw) V -w = ~ + -.- ~ + -.- =
ôr r àr or ror
Q4W = Jr4 +
em que s6 ainda escrevemos derivadas parciais porque a equa-
-çao diferencial depende, ainda, do tempo.
Por mera conveniência operaçional, vamos fazer uma
mudança de variável, para o caso das vibrações axi-simétricas
em placas circulares, adimensionalizando a variável livre."
Pondo
onde reé o raio externo da placa, temos, para g = 1, 2, ••• ,
como válidas as relações
e 1 dn -.-
ren tn
-e, portanto, arequaçao diferencial de (28-I) se reescreve na
forma
enquanto que as condições de A
contorno passam a ser
1· - Y õw ,;,, .-
i ºF e ~Qfw = Nr(e).~ (No contÔrno).
df D Ôf
Nestas expressoes, Nr e q
mo funções de f, e os símbolos '7r4w
passam a ser expressos c2
e vtw indicam que êstes
19
operadores são, também, expressos em função da variável f• Supondo, finalmente, a possibilidade de se en~on
trar uma solução com variáveis separadas,
w ~ • t > = w c1 > • e1urt • (29-I)
onde uré a freqüência de vibração da placa, para a qual
w~. t) = -ur2wcr, t) •
vem, ap6s descartarmos o fator comum -il.ll"t e •
D~ - N(\)re2~2w - !hre4ar2w - re4q(\) = o
ou, deixando de usar~ nos operadores, o Índice r· como, de
resto, faremos nos capítulos seguintes, e dividindo ambos os N
membros da equaçao diferencial por D, obtemos finalmente:
-r 4.:l.=o e D
(JQ-I)
l com esta equação que trabalharemos nos próximos
capítulos. A mudança de variável permitiu, como já se disse,
adimensionalizar a variável livre, o que equivale a se reso! A
ver o ppoblema como se o raio da placa fosse unitário.
CAPITULO II+ PLACA CIRCULAR APOIADA EM SUA PERIFERIA E UMI-=====================================================~======= FORMEMENTE COMPRIMIDA AO LONGO DA MESMA ========-===---=----=-======--==--=-===
N
Vamos resolver, agora, empregando a eq.l!açao difereg
cial instituída no capítulo anterior, na sua forma (30-I), o
caso de uma placa circular de espessura uniforme, sem furos, ll
niformemente comprimida em sua periferia, e apoiada ao longo
da mesma (fig. VI). Devido à possibilidade de se conseguir,
neste caso, uma solução analítica, obteremos importantes sub-_
sídios que servirão de elementos orientativos no caso aborda
do a seguir.
A
Levando em conta que, devido à inexistencia de car-
regamento transversal,
q e,) = o •
e que a fôrça produzida pelo carregamento lateral uniforme se
exprime por
N
podemos reescrever a equaçao diferencial na forma 2 4
°\74w + Pohre .'í/2w - thre ,W'2w = O D D
com as condições de contôrno
a) W(O) finito;
b) Mr(O) = Mg(O);
e) W(l) = O;
d) ~(l) =o;
(1-II)
(2-II)
e com as condições iniciais f(r) e g(f), no sentido dado nas
• 21
equações (27-I). Pondo
p hr 2 o e 2D A = e (3-II)
ficamos com
\/4w + 2Aí/2W - Buf!w = O , (4-II)
que é uma equação diferencial linear, ordinária, onde A e B"
são constantes positivas, e cuja equação característica é
u2 + 2Au - Bl.& 2 = O ,
que tem raízes
-.ex. = - A - ·yA2 + Bu.,-2
0 = - A+ VA2 + BW-2 (5-II)
Observamos que, na forma posta, d,. e 0 são positivos.
A equação pode, então, ser reescrita na forma
e, portanto, pode ser desdobrada no sistema
('í/2 + D()Z = o
<V2 - ~)W = z
ou, de outra forma, 2
d Z + ! . .@ -+c(Z = o ~ f df (6-II) 2 ' d W + 1 dW e>w z • ~ -.- - = df f t Da primeira das equações de (6-II) vem que
22
e levando êste resultado~ segunda equação, resulta
onde as duas primeiras parcelas representam a solução da e
quação homogênea, enquanto que as outras duas constituem uma
solução particular da equação não homogênea,
Pela condição (a), de (2-II), há que impor K2 = K4 nulos, resultando, então, pela condição (t),
1o(fF)
K3 = - Kl'Jo(j~) •
com o que a solução fica send.o
portanto
[i Io(~) J w• = K1L'ÚrI1 <v'e'r) + R Jo (~). Jl <~r ~
; .• •,~r.<~fl -fr,<rfrl. ~:~:it,.<Yõir) -7.,,_<i<f~} A condição (b) é equivalente a escrever-se
W' (p•~ lim W" (p) = lim ' r-0
' r° F ~ N
e, em nosso caso, constata-se que esses limites sao iguais a
sendo, port~nto, satisfeita a condição.
Sendo
°" • -nr.2[!~ + ;-~ '
a condição (d) pode ser
d2W + v dW ~ -.-df P df r=1
escrita na fonna
= o •
ou seja, em nosso caso, ap6s divisão por K1I0
(((3'),
23
1. Jl ('/2) 11 (VB°')J D< + B - (1 -v)L~ºJo(\0:') +W1·ro('fG"')j = o (7-II)
~
Esta equaçao vai fornecer os autovalores do proble-
ma. Vemos, pelas relações (5-II), que o< e~ dependem da fre
quência, cabendo, pois, pesquisar os valores de oY para os quais
é satisfeita a (7-II). Denotando por W"í• i = i, 2, ••• ,
valores, então,
~ r . I0(~) l
w =1~i ºiLio<~r) - Jo(~C?l,i_')ºJo(V~1~~ •
A
esses
onde o(i e ~i são os valores de o< e (1 correspondentes à freqflê!!
eia C..,-i, respectivamente, sendo dados pelas relações (5-II).
Cisão constantes a detenninar.
Já que as expressões decx e 0 envolvem, também, a
constante A, definida em (4-II), que tem a carga radial p0
co
mo um de seus fatôres, estabelece-se, na (7-II), uma interrela
ção entre a carga aplicada e as freqüências de vibração do
sistema, e essa equação vai se:vvir, portanto, para a determi
nação da carga de instabilidade. Operando, por exemplo, com o
processo da "regula falsa", num caso em que
A = 2p ~. , o e -4 2 B = 4.10 s,
e fazendo-se os cálculos a mão, foram obtidos, para a primeira
freqüência, os resultados apresentados no Diagrama I. Como se
observa,·o comportamento é similar ao que ocorre no caso de
.barras comprimidas.
"
' COM=FURO.._=ENGASTADA=NUM=EIXO.._=E=UNIFORMEMENTE.COM-
PRIMIDA AO LONGO DA PERIFERIA ===--=--====-------=-----==-=
A - Introdução
Retomando a equação diferencial (30-I), consideremos
agora o caso de uma placa circular, de espessura uniforme, com
furo, engastada num eixo, e uniformemente comprimida ao longo
da periferia, conforme a fig. VII.
Consider11t1do a inexistência de carregamento transver
sal, e que a fÔrça produzida pelo carregamento lateral unifor -me se exprime, agora, por
~ fo2
) Nr = - 1 - J'o .::\1 - ( •
(:!:-III)
onde f'o é a relação entre o raio do eixo e o raio externo da
placa, podemos escrever a equação diferencial na fonna - .
v4w + Poiu;~2
2 . (1 - fo;.Jy72w - ru:: 4~ w-2~ = O (2-III) D(] - Iº ) \ f J D
com as condições de contôrno
a) W(f0
) = O;
b) w• (f0
) = O;
c) ~(1) = O; (3-III)
d) Qr(l) = O ,
onde Mr e Qr representam, respectivamente, o momento fletor e
25
o esfôrço cortante radiais, na placa.
A solução analítica da equação (2-III) é-complexí~
sima, e por isso mesmo, inviável. E tentada, por isso, a s~
lução numérica: por intermédio do computador digital IBM 1130
do Departamento de Cálculo Científico da COPPE. Para orien-'
tar êste trabalho, é feita, anteriormente, uma análise da
primeira frequência de vibração do sistema, em função de fo' num caso particular, por intermédio do método de Ritz, afim
de oferecer elementos orientativos para o trabalho que ses~
guir.·
A
B- Fregüencias 1 pelo Método de Rayleigh-Ritz
Para obter a primeira freqüência de vibrações do
sistema, vamos considerar como solução aproximada a função
(4-III)
onde~ é uma constante. Esta função não é solução da equação
diferencial e,' mesmo, deixa de satisfazer a duas das condi
çoes de contôrno. Igualmente torna-se i~possível obter rel~
ções adicionais, a impor em substituição às condições de cog
tôrno não respeitadas. Nestas condições, o resultado que fÔ»
obtido não estará em boa concordância com a primeira freqUêu
eia real do sistema. Podemos, porém, afirmar que o resultado A
obtido é um majorante daquela freqUencia, e isso servirá p~ • ra nos deftnir uma ordem de grandeza, um ponto de partida,~
~ A
baixo do qual se testarao valores de freqUencia, quando se
pretender resolver a equação diferencial.
Evidentemente, a razão de não se testar uma função
que satisfaça mais requisitos, oferecendo, assim, um result~
26
do mais acurado, está na complexidade que o problema assumi
ria.
Tomando as expressoes das energias obtidas no Cap.
I, equações (3-I), (4-I), (8-I) e (10-I), e particularizando
as para os casos axi-simétricos de vibra.ção, temos, conside
rando, novamente, que a solução seja do tmpo da equação (29-
I),
-:itdt i~ ? __ 2 1 dW d2
W~ Vf = ne D (V-w) - 2(1 - \1).-.-.~ dr fº rdrdr
Vo = rce -icut N dW dr + ,._ 10
r rr
+ " (1 [Nr. ~~ + Ne.~ + Nre{~ - ~~r Jro T = -rj:.e-jjqt;y-hul f w2dr
b )~ • . Limitando-nos, como já foi reiterado, às pequenas
deformações, podemos desprezar Vt e a segunda parcela de Ve, e, por conseqüência, escrever, em têrmos da variável f• con
siderando, já, a expressão (1-III):
7tDe-iwt f-~d2W 1 dW)2 . 1 dW d
2~l vf = re2 -;fo~df2 + r·df _ __=_2<:- v).f.df.df2Jfdr
vt • - .,,.-,,,"; f ••• 2(1 -~1 (~\ 2 pdp
j fo 1 - io . f j df} \ 1 -
T = - tre-i.Wt· hw2re ~ f w2pd1 -)ro
A N
A freqüencia pode ser escrita, entao, na forma
donde, então, finalmente, pondo +e ~ = h , vem, ap6s as sim-
plificações possíveis:
())'2 _ 10 l f.2 E (1 + 3v + - 'P'e2• (1 - fo2)2[_9º (1 - -J2)~2\ 1 - 1º2
+ (1" ~.2> 2 + (1 -'r.'>~ - ·~ ' A carga de instabilidade, nestas condições, expres-
Particularizando, então, para uma placa de aço, quan -do, então,
28
E ;,. 2100 kg'/mm.2 ') = 0,3 ,
6 -9 2; 4 r= 0,79 .10 kg.a mm (5-III)
num caso em que
re = 500 mm
p0
= l kg/mr/,
~ = 20 (6-III)
obtemos
w- 2 = 50251,25628 [1 282205 (1 + o, 9 + . 2 2 ' 2 (l - f o ) . l - \º
+ (1 - f.2 i3) - ~ Para se conhecer p comportamento de W em função de
fo' foi elaborado, então, um programa para o computador. Ês
te programa está apresentado no Anexo II, e os resultados ob
tidos estão contidos na Tabela I e no Diagrama II (curva em
linha cheia). Verifica-se que, de acÔrdo com a expectativa,
a primeira freqüência de vibração do sist~ma é tanto mais al A
ta quanto maior ior fo•
C - Solução Numérica - Generalidades
Para a solução numérica da equação diferencial, ref!.
tringimo-nos, também, ao caso particular representado pelos
dados de (5-III) e (6-III), donde os coeficientes da equação
diferencial (2-III) passam a ser 2
Pobre D
""hre4
= 1g_c,_1 _____ 2..... . ~ - - ; " >.r~2re4 = D
2,08 .:
4, 1392.10-4 s 2
-e a equaçao diferencial passa a ser . . 2
+ ~l - r~:\~w - 4,1392.lo-4u,2w 1 .. fo~\ f /
29
= o
Esta equação será resolvida, a seguir, para as duas A -primeiras freqüencias de vibraçao do sistema, nos casos em
que fo ~ale 0,2, 0,3,e 0,4. s,rá, assim, estudada a infl~
ência dêsse parâmetro do problema, A descrição da técnica e~
pregada será feita tomando-se o caso em que fo = 0,4, dando
se dos outros dois aasos apenas os resultados. A equação di-
ferencial, em cada caso, fica:
fo = 0,4: d4w + g_. d3w + (2,47619 _ 1,39~19) g +
~ r ~ \ f dr + 1(2,41,19 + 0 •60~81~dw - 4,1392.10-4u>·.2w = o r r ,~ ·
fo = 0,3: d4w + g_.d3w + (2,28571 _ l,2057~)d2w +
~ f dr f2 Jã?
fo = O,!!:
D - Solução Numérica - Descrição
o (7-III)
A equação diferencial, na forma (7,..:,rrr), foi resol
vida no computador digital, empregando-se a sub-rotiná RK3,
da Biblioteca de Sub-Programas do DCC da COPPE, a qual perm!
te resolver equações diferenciais de até sexta ordem, ou si~
30 -temas de primeira ordem, com até seis equaçoes, pelo processo
de Runge-Kutta.
A aplicação dp processo de Runge-Kutta é bastante
expedita quando se têm tÔdas as condições de contôrno especi
ficadas num mesmo ponto, a partir do qual se procede a resol~
çao numérica da equação. Tal não ocorre no.caso em estudo, de
vez que, pelo que se observa em (3-III), temos duas condições
de contôrno em cada extremidade do intervalo de integração.
Para se contornar o problema, a solução consiste em
arbitrar valores para·as duas condições desconhecidas, numa
das extremidades, resolver a equação por Runge-Kutta, e veri
ficar se foram confirmadas as condições disponíveis na segun-' -da extremidade do intervalo de integraçao. caso tal não tenha
ocorrido, rearbitram-se as·condiçÕes na primeira extremidade,
e repete-se o processo. Existe um algoritmo matemático que
permite obter ràpidamente a convergência aos valores que sa
tisfazem ao problema.
. No caso em foco, porém, o problema se torna mais
complexo, de vez que existe um outro parâmetro,~ frequência,
cujo valor é, "a priori", desconhecido, e que precisa ser de
terminado juntamente c·om as duas condições de extremidade.
Um processo iterativo similar ao, descrito acima torna-se mu!_
to tedioso e, eventualmente~ impraticável.
Chamando, doravante,
Momento fletor radial no engaste entre placa e· eixo; ~
Esforço cortante no engaste;
31
Mb - Momento fletor radial na borda livre da placa; A
Qb - Esforço cortante na borda livre da placa,
vamos descrever, então, o processo adotado para a resolução
do problema._
Foi tentada a aplicação do algoritmo mencionado ao!
ma, arbitrando-se Me• Qe e Cú', e procurando-se obter, ao fi
nal do processo de integração, Mb e Qb nulos. Os resultados
obtidos, que deixam de ser anexados ao presente trabalho, de
vido ao seu escasso valor, trouxeram, como único saldo posi
tivo, a verificação, aliás compreensível, de que a relação M
71= Q: '
~. também, um parâmetro do problema. Isto é: ma~tendo-se '7 constante, o que equivale a fazer variar Me e Qe numa mesma
-proporçao, constata-se que Mb e Qb variam nesta mesma propo~
ção. Nestas condições, é possível fixar um valor para Me ou
Qe• e trabalhar variando-se apenas 1'J e W: Obtido um par <?J~W} que satisfaç·a ao problema, para o valor arbitrado de Me ou
Qe• êste par irá, também, satisfazer o problema para qualquer
-outro valor que se atribua a essa grandeza, desde que nao se
varie7J• Isto é: mantido?J constante, não se altera o modo
de vibração, mas apenas as intensidades dos resultados.
Em vista disso, passou-se a trabalhar, e até o fi
nal dêste trabalho, com
o que equivale a fixar
•
3 = - Dre
1 •.
e passou-se a variar, exclusivamente, Me• vale dizer,7,
como, evidentemente, a freqüência. A partir daí, então,o
32
bem
pr.Q_
blema se resume em determinar o par <7,u:r) para o qual se te
nha Mb e Qb nulos.
Nestas condições, preparou-se, para o computador, o
programa do Anexo III, em que se faz variar o parâmetro12_ e a
freqüêncial<J', e se pesquisa o momento radial e o esfôrço cor-
tante na borda, possibilita?do traçar-se, para c~da 1, a Cll!:
va de variação destas grandezas com a freqüência. ~ste progr~ A .
ma foi usado sucessivas vezes, alterando-se, de cada· vez, os
cartões de dados.
·Dispondo-sedas curvas obtidas como descrito acima,
tornava-se possível determinar, gràficamente, com razoável
precisão, a freqüênciá em que, para cada "/ • se anulava o
tante na borda, e avaliar, também, o correspondente valor
cor -do
momento fletor na borda da placa. Essa técnica está ilustrada.
no Diagrama III e seguintes, onde, para clareza do desenho,se
omitiram as porçoes das curvas de Mb e Qb que não apresentavam
interêsse. A Tabela II é uma amostra das que foram obtidas u
sando-se o programa do Anexo III, e que serviram de base para
o traçado destas curvas.
As diversas ordenadas de Mb mencionadas, correspon
dentes aos zeros de Qb' e correspondentes aos diversos valores
de J, permitiram traçar uma curva contínua, que corta o eixo
das freqüências em um certo ponto. Essa curva será doravante
chamada de INDICATRIZ, de vez que fornecerá os pares .<7,w-) que constituem as soluções para nosso problema, como se verá
•
33
a seguir,
Levando em conta as condições em.que foi obtida a ia dicatriz, podemos concluir que o ponto em que a mesma corta o
eixo das frequências corresponde a uma freqüência e a um valor
de'? para os quais, simultaneamente,se tem Mb = O e Qb = O, A A
freqüencia pode ser lida no desenho, e o valor correspondente
de 7} pode ser. oiitido por interpolação entre os pontos corres
pondentes a valores conhecidos de"'/' sÔbre a indicatriz, iasa
interpolação é pr~ticamente linear, mormente quando se testam
menores intervalos de freqüência, e valores de 1 mais próxi
mos entre si,
Nestas condições, o par (~1 , t.üí) obtido no Diagrama
III, e que foi refinado nos dois diagramas seguintes, corres
ponde ao primeiro modo de vibração da placa, O resultado ob
tido com três aproximações foi considerado satisfat6rio, A
mesma técnica foi empregada para a obtenção da segunda fre-
qüência de vibração, e do correspondente valor de·/, conforme se observa no Diagrama VI, ainda para fo = 0,4
Os Diagram~s VII e VIII correspondem ~ obtenção,
respectivamente, da primeira e segunda frequências de vibra-~
çao, no caso em que yo = 0,3, e os Diagramas IX e X corres-
pondem ao caso em que fo = 0,2, tsses diagramas foram origi
nalmente traçados em escala ampliada, para efeitos de inter
polação, ·Por conveniência, foram anexados em escala reduzida,
Em tese, o ppocesso pode ser extendido para a obten
ção das freqüências seguintes, Um problema, porém, vai ocor-
34
rer, e tornar o processo cada vez mais moroso. l que, ao se
testarem freqüências mais elevadas, teremos:
a) Vari!JçÕes mais brlb.scas de Mb e Qb' p~ra cada~•. em
função de ar, na zona em .que os mesmos se anulam; as curvas
obtidas, são, então, bastante íngremes, mesmo quando se am
plia consideràvelmente a escala horizontal (das freqüência~J.
e escapam ràpidamente ao limite físico que se dispõe para
seu traçado.
b) Contràriamente, ordenadas cada vez mais amortecidas
da curva indicatriz, '
jj}st-abelece-se, assim, um paradoxo: deve-se obter a
curva indicatriz, que amortéce ràpidamente, a partir de cur
vas de Mb, de variação cada vez mais brusca. Para se ter or
denadas da indicatriz numa escala mensurável, há que ampliar
considerávelmente a escãla vertical, Com isso, e face ao que
foi mencionado em a), a curva de~ escapa ràpidamente aos
limites do desenho, e se torna imprátícável o seu traçado.
Afim de se obter um resultado aceitável, deve-se testar, en
tão, ,para cada "h, úm intervalo bastante reduzido de freqaên-'/ ' .
eia, no qual não seja muito acentuada a variação de !Vlb. En-
tretanto, êste pequeno intervalo de freqüência deve conter o
zero de Qb' ou estar próximo do mesmo, de modo que deve ser
determinado de antemão, para cada 1, O programa do Anexo III
torna-se, partindo daí, inviável, e deve ser substituido por
outro, mais amplo, que, para cada~· procure, inicialmente, ~
a.freqüencia para a qual se anula Qb, e, a seguir, analise
esta região nos têrmos em que o faz o programa mencionado,
Êl!lte trabalho foi tentado, mas deixou de ser concluído, ao
se constatarem êsses fatos, face à elevada demanda que so
frià, à época, o computador, O Diagrama XI ilustra alguns
35
,. dos resultados obtidos, ao se pesquisar a terceira freqüen-
cia de vibração, no caso em que fo = 0,4, Em verdade, os
fatos mencionados já se faziam sentir, ao se determinar a
segunda freqüência de vibração do sistema, se bem que com
menor intensidade,
,. Os valores da freqüencia obtidos na forma descr!
ta, foram levados, para efeito de comparação, ao ·Diagrama
I, onde são representados em linha tracejada, Observa-se.
que as freqüências reais são bem menores do que as obtidas
pelo método de Rayleigh-Ritz:
Freqüências ,. .
Êrro Eó
Freqüencias :12or Ritz com:12utadas (%2
0,4 812,56 704,70 N 15 0,3 692,25 513,76 N 35 0,2 622,52 389,33 N 60
iate resultado não nos surpreende, tendo em vista
os comentários já feitos quando se falou sÔbre o método de
Rayleigh-Ritz, Verifica-se, porém, que para grandes valores ,.
de fo• o erro cometido tende a ljJ'air violentamente,
E - Solução da Equação Diferencial •
Obtidos,.pois, os valores de~ 1,Wí_ e 7/2 , ~ cor
respondentes a cada valor de fo• elaborou-se o programa apre
sentado no Anexo IV, tendo em vista a resolução da equação
diferencial, Os resultados obtidos estão contidos nas Tabe-
•
36
las III, IV e V, correspondentes, respectivamente, a fo = 0,4,
0,3 e·0,2. Com os elementos contidos nessas Tabelas foram •
traçados, respectivamente, os Diagramas XII, XIII e XIV, que
nos ilustram os modos de vibração.
F - Considerações
Pelo que se observa nos diagramas XII a XIV, há um
aparente paradoxo no que concerne aos modos de vibração da
placa. Com efeito, o primeiro modo de vib_ração, por exemplo,
apresenta um n6, isto é, um· ponto que não sofre deslocamento',·
cuja posição varia de acÔrdo com fo• entre f = 0,80 e 0,85 ,
nos casos analisados. Isto faz presumir, por analogia ao que
ocorre com as vibrações de barras, que se trate, já, do segu,u
do modo de vibração.
Para dirimir esta dúvida, e exclusivamente para o A
caso em qu~ fo = 0,4, foram feitos testes para freqüencias
compreendidas entre 5 rad/seg e a primeira freqüência deter- • '
minada, 704,7 rad/seg. O que se constatou, porém, é que a
curva indicatriz se mantém com ordenadas positivas, tenden
do a anular-se apenas para l<r= O, o que corresponde, _evidea
temente, à solução trivial, _que não nos interes·sa. Alguns
dos resultados obtidos foram consignados no Diagrama III, i
lustrando a situação.
Uma outra indicação de que 704,7 rad/seg deve, efe
tivamente, ser a primeira freqüência de vibração do sistema,
está dada pela informação que se obteve através do método de
Rayleigh-Ritz.
37
Observa-se, também, que a variação de fo influi po~
co sÔbre as amplitudes de vibração, ocorrendo o contrário em
relação à rotação das secções, que é tanto mais acentuada,
quanto menor fÔr fo• Um outro aparente paradoxo é dado pelo
deslocamento m4ximo, que cresce quando se passa de·lº = 0,4
para\º= O,J, mas cái, e bastante, para\º= 0,2, quando o
esperado seria que continuasse crescendo,
Em qualquer dos casos, o momento fletor máximo o
corre no engaste, caindo o valor dêste máximo com fo' Em de
corrência, tÔda a curva de momentos fletores se torna menos . M A
acentuada para menores valores d:\°' Consideraçoes identi-
cas cabem no que concerne ao esforço cortante, com a observ~
ção de que, nêste caso, para menores
ço cortante cái mais ràpidamente, em
de seu valor m4ximo.
valores de·\º'
função der· a
A
o esfor-
partir
Quanto ao segundo modo de vibração, apresenta dois
n6s, decorrência mais ou menos"16gica, a partir do instante 'I>
em que se aceita o primeiro modo encontrado como correto.
Quanto ao mais, os resultados mereceriam considerações aná
logas 4s feitas acima, com a ressalva de que, nêste caso, os
valores numéricos são inferiores, em valor absoluto, aos
seus correspondentes do primeiro mddo, o que é natural,
e o N e 1 u s à o =======-=====-===-==-----
O presente trabalho é incompleto, O assunto está
longe de ser exgotado, Entretanto, mais não foi possível fa
zer no curto espaço de tempo de que se dispunha~ pouco mais
de cem dias, mormente considerando-se, ainda, as limitações
impostas pela alta demanda do computador, ferramenta indis
pensável a êste estudo,
Como sugestões para necessárias continuações, apr!
sentamos:
a) Extensão do presente trabal~o para novos valores de
b) Estudo de um método mais expedito para a obtenção da
curva indicatriz, mormente para as regiões de altas freijüên
cias;
c) Estudo da influência de p0
• O presente estudo, no seu
Cap. III se limitou à carga de 1 kg/mm~ mas seria desejável
uma extens~o, tendo emvvista obter-se informações quanto à
varga de instabilidade;
d) Estudo de um caso similar ao do Cap. ,III, porém supoa
do o sistema em movimento de rotação, Nêsse caso surgirá uma
parcela adicional de energia, a considerar na instituição da
-equaçao diferencial, que será similar à (2-III), porém com
segundo membro;
e) Extensão a casos não axi-simétricos;
f) Estudo do efeito de carregamento transversal~ sem si
metria axial.
J.9 O saldo positivo apresentado por êste trabalho es
tá, a nosso ver, no estabelecimento da curva indicatriz, que
poderá, em muitos casos, ser um instrumento expedito para a
determinação das freqüências de vibração de sistemas contí
nuos, com aplicação, eventualmente; mais simples do que o
método de Ritz-Galerkin. ,
40
1. Nowacki, W. - Dynamics of Elastic Systems - Chapman
&; Hall, 1963
2. Girkmann, K. - Flãchentragwerke - Springer 1 1963
3. Timoshenko & Woinowski-Krieger - Theory of Plates
and Shells - McGraw-Hill, 1959
4. Timoshenko & Gere - Theory of Elastic Stability -
McGraw-Hill, 1961
5. Timoshenko & Goodier - Theory of Elasticity -
McGraw-Hill, 1951
6. Timoshenko T Vibration Problems in ~gineering -
Van Nostrand, 1937
7. Leipholz, H. - Uber die Wahl der Ansatzfunktionen
bei der Durchführung des Verfahrens vori Galer
kin - Acta Mechanica, Vol. III, No. 3, pgs.
295-317 (1967)
8. Meirovitch, L. - Analytical Methods in Vibration -
Macmillan, 1967
9. Collatz 1 L. - Numerische Behandlung von Differenti
algleichungen - Springer, 1955
10. Hildebrand - Introduction to Numerical Analysis -
McGraw-Hil1 1 1956
11. McLachlan - Bessel Function for Engineers - Oxford
Univ. Press, 1961
'
~A D
E
h
. '
N O M E N C L A T U R A ============---=====-=-=----=-=-==
- Variação do trabalho A
das forças externas; - Rigidez à flexão das placas - Módulo de elasticidade do material da placa; - Espessura da placa;
K - Energia cinética; Mr' Me' Mb - Momento fletor radial (genérico, no engaste e
na borda da placa}; Qr• Qe' Qb - Esfôrço cortante radial (genérico, no engaste
e na borda da placa); A
N9 , Nr9- Forças distribuidas; - Carga radial aplicada à placa;
A
- Carga transversal atmando sobre a placa; - Raio exterior da placa circular;
u, V Deslocamentos radial e tangencial de uJi ponto da placa;
V - Energia de deformação da placa; - Componentes da energia de deformação;
41
- Deslocamento trqnsversal de um ponto da placa; - Função testada pelo método de Rayleigh-Ritz; - Relação entre as dimensões da placa; - Massa espeéífica do material da _placa;
{"r9- Componentes de deformação; ~- Tensões num ponto da placa;
- Relação de engaste; - M6dulo de Poisson; - Variável adimensional (Raio); - Valor dessa variável na engaste; - Freqüências de vibração da placa.
=--+-==--z· r
FIG. I
B
/ f
/ w ---,_
Al ---------
. ~g
A2 f
z l\'IIG; III
A
º'º l
u
FIG, II
= w
l &u r·~
l '"cJW r~
ol!
FIG, IV ,.
42.
---
"""~ 2>r
44
ANEXO I
 '0w t>Jw - O ( L 'aJ&. Sw)- 1 ;f-w ów ,-'!, ()e õ/7 - õ& r 3 õ8 r"3 oeª
z. 9w 'oôw = Q_(Qw áw) - o w óW Õí ôe oe '<or ôrõe
'õw ~ = L(º"" Jwl - ?>2..w Sw ôe õr o, õe- / ârc>e
rà~,.Q~=-'c) (r?fw ÔdW_t7'4-WOW- r~Ów)+z. 83WôW+f'"c)~W<JW oí ôr'- 'âr\ õr'- º' õr'- ô,3 'ôr3 or'I
ã~ Qáw = g_(?DcJ. ovJl _ ç)gw ôw ôí"- 'or oí\.ôr... j é)r"?.
A ô'\J ô'2·Sw -~ (L,i'-vi asw _ ..l 'o1
w aw) + J.... 'õ-4w ow r ~r'- 0 &2 -'oe •'or'- í)S íor'"'ôe r ôr'-oe-z.
õw o~w =~ (~ 'dôw _ 'ô>?:w Sw) +'º~"' Sw 'l)r -orz. 'àr ôr ôf" ôir,_ õr3
La~ a.&=2...(_L'dw õ'wl +..!.... r2YJLSw _!. ô-e.w ow r ôr ·ôr õr rô-r J r2..ô-r r 'a,~
l_õw çl·rw=.e._(1..ÍJwc)Ó'<v __ l 8'2.w ovJ) +..L êlw aw ,z..õr ~eª· ofl- r"-ê)f;' o& r2.d{""d0 r 2 c)rê>e ..,___
J ?f-w ~ -2. {J..ff-w ftOw +~ z/-w Sw _ !... êr'w Sw) + 2.. 'ô~'Sw- Z êJ"w 8w+ r àf,"L. ~r2- -ôr,,oe"' ôr r2. 082.. r õ,-2)é2. r3oe2.. rz. ôrJez..
· . . ~ ..;... l. .1'!.YJL.... 'Sat l.'J-z..w d<íW~~cl._ ctwôVV) 2. cfw OW-1.. clw OW ~ ,-z..oe'-or -a,- r2.c,e-z.. +,"?.oea.. rz.õ,;)62.. .
J_ u2w '2l_õw_.Q.... (l a'2.w oáw _ -~ ~v,; 6 w) +-1 êJLi w õw r3 õe"- oe"---oe- í 3 a92. ôe r 3 à'es r 3 oe4
...J.. ô2
W ôõw _ -ª-(~ 'â2w õw) __ I ?}w ~w
rz. Urue 2' e - 0e r 2 or'O e r"'- é)roGz..
!_uw ô'-dw _~(.l ~ÔôW) . ~(2 ',lv"ciw-1. ~21.\J ow)_z. zf-w õw+~ õ"'w Sw
r'-Je àrc>e- -or r'ôe oe- -+-3e r3 092.. rª<>rô9 j r 3 àfi'- rZ.'àr'é>6°'
.I õ2
1.V 0-z..ÔW _ d ( 1 óz.W dô"l' é) (1- ê{w ~ VI J. 7b,;_ r w) r ôi-96 'ê)r'd~ - z,r r é}ré)0 d9) +õe rZ.'qr~e - f" ô .-290 -
5 "''I _ _!_ ê!w S-w+-' ow Sw ,z. õrJez. r ar'-~~
_f ~ 'oó"w = ~ (J.. ~ ow) - -1 Ô~ ôW r3 ;;,9 ô& o& r 3 e}& r 3 ôB-
J_ 02..w olíw = a_ (-1 82..w O w) __ , õ"?.w ow ·,z.'ôr.)e õTr ôe ,z.0roe r 3 ôr--ôE,2.
45 ANEXO s· II E I I I
C -VIBRACOES TRANSVERSAIS DE~ UMAPLACA CIRCULAR OE ESPESSURA UNIFORM~C. UNIFORMEMENTE COMPRIMIDA AO LONGO DA PERIFERIA
: C PRIMEIRA FREQUENCIA DE VIBRACAO 00 SISTEMA PELO METODO OE ~ITZ C ARNO BLASS - COP P E 16/01/68
e e e c
WRITE(3tl0) 10 FOPMAT<// 1 /V!BRACOES TRANSVERSAIS OE UMA PLACA CIRCULAR'/)
WRITE( 3,20) 20 FORMAT( 1·1PR!MEIRA FREQUENCIA, OBTIDA PELO METODO DE RITZ')
WRITE(3,30). 30 FORMAT(/'/RAIO ADIMENSIONALIZAOO = RAIO GENERICO / RAIO EXTERNO')
WRITE(3,40l 40 FORMAT(// 1 /RAIO AOIMENS!ONALIZAOO FREQUENCIA (RADSISEG)')
RONUL=l• 50 RONUL=RONUL-0.05
rs1=1.-RONUL**2 rELTA=(5025le25628/PSl**2l*(-le+l•282205*(le+0.9/PSl+3e./PSl**2+l•/
1PSI**3)) c·1EGA=SQRT(OELTA) WRITE(3,60)RONUL,OMEGA
60 FORMAT<Fl5.2,F33e31 IF<RONUL)70,50,50
70 CALL EXIT ENO
VIBRACOES TRANSVERSAIS DE UMA PLACA CIRCULAR COM ESPESSURA UNIFOR~E UNIFORMEMENTE COMPRIMIDA AO LONGO DA PERIFERIA DIAMETRO DO EIXO• Oa4 DO OIAMETRO EXTERIOR DA PLACA PROGRAMA AUXILIAR - DETERMINACAO DA SEGUNDA FREQUENCIA DE VIBRACAO
COP P E ARNO BLASS - 08/01/68 EXTERNAL BLAl,BLA2,BLA3,BLA4,BLA5tBLA6 DIMENSION Al(6l,VAL(6112) COMMON OMEGA ETA=-0.131
10 ETA•ETA-Oa0005 WRITE(3,5)ETA
5 FORMAT(// 1 /RELACAO DE ENGASTE= '•Fl2o6//I WRITE(3,301
30 FORMAT( 1 /FREQUENCIA 1BORDA t)
OMEGA=2000e 20 OMEGA=OMEGA+5a
Al(l)=O• \ AI(21=0•
Al(31=ETA AI(4l•lo-ETA/Oo4 A!(51=0• Al('il•Oa
MOMENTO NA BORDA CORTANTE NA
CAL~ RK3 (BLAl,BLA2,BLA3tBLA4,BLA5,BLA6,0a05,0a4,Alt2,l2tVALI XMO~B=VAL(3,12l+Oo3*VAL<2,121 CORTB•VAL14,12l+VAL(3tl21-VAL(2,121 WRITE(3,4010MEGA,XMOMB,CORTB
40 FORMAT(F9e2,2F26al01 IF(OMEGA-20401)25,25,50
25 IFICORTB150,50,20 50 IF(ETA+Oal33190,10,10 90 CONTINUE
CALL EXIT END
ANEXO IV - - ---~ - -- --- ----. - -~-
c PROGRAMA PRINCIPAL - SOLUCAO DA EQUACAO DIFERENCIAL C COP P E ARNO BLASS - 08/01/68
EXTERNAL BLAltBLA2,BLA3,BLA4,BLA5,BLA6 DIMENSION ROC12l,Al(6l,VAL(6,l21,XM(l2lt0(121 COMMON OMEGA \,RTTE(3,l0l
46
10 FORMATC'/VIBRACOES TRANSVERSAIS DE UMA PLACA CIRCULAR ENGASTADA NU IM EIX0 1 ,/,23X, 0 ESPESSURA UNIFORME 1 ,/,20X, 1 DIAMETRO DO EIXO/ DIAME ,TRO DA PLACA= 0.4 1 ,/, 1 RAIO ADIMENS!ONALIZADO = RAIO GENERICO / RA 310 EXTERNO DA PLACA'///)
ETA=-0.198848 OMEGA=704.7
15 A!Cll=O. AJC2)=0• i\IC3)=ETA /i I ( 4 1 = 1. -ETA /O, 4 Al(51=0, AJC61=0, DO 20 J=l,12
20 RO(J)=0.4+0.05*J CALL RK3 CBLAl,BLA2tBLA3,BLA4,BLA5,BLA6t0•05,0.4,Al,2,12,VALl DO 30 J=ltl2 XM(Jl=VAL(3,J)+VALC2,J)*(0.3/RO(JI)
30 Q(Jl=VALC4,JJ+VALC3,J)/CRO(J) I-VAL(2,J)/(RO(Jl**21 IFCOMEGA-2042.15l35,80,80
35 \,RITE(3,ú0) 40 FORMAT( 1 /PRIMEIRO MODO DE VlBRACAO - FREQUENCIA = 704•7 RADS/SEG 1 /
l ) \1R!TE(3,501
50 FORMAT( 1 /RAI0 AD!M• DESLOCAMENTO ROTACAO MOM. FLETOR 1 ESF. CORTE 1 /l
WR!TE<3,60) 60 F0RMAT( 1 / 0.40 0.00000000 0.00000000 -0.19884800
l 1.00000000 1 )
WR!TEC 3,701 ( ROC J) ,VAL< l ,JI ,VAU2,JI ,XM( J) ,QC J) ,J=l tl2) 70 FORMAT(F8.2t2Fl7.8,Fl6.8,Fl5.8)
E TA.=ETA.+0.06 7348 OMEGA=OMEGA+l337.45 GOTO 15
80 WR!TE(3,45) 45 FORMAT(// 1 /SEGUNDO MODO DE Vl'BRACAO - FREQUENCIA = 2042.15 RADS/SE
lG 1 / 1 WRITE(3,55)
55 FORMAT( 1 /RAI0 AO!M• DESLOCAMENTO ROTACAO MOM. FLETOR l ESF• CORTE 1 /1
\1RITE<3,65) 65 FORMAT( 1 / 0.40 0,00000000 0.00000000 -0.13150000
1 1.00000000 1 )
WR lT E ( 3, 75) ( RO ( J) t VAL( l, J 1 , VAL ( 2, J) , XM ( J) , Q ( J 1 , J = l • 12 1 75 FORMAT(F8•2•2"17.8,Fl6,8,Fl5.8)
CALL EX!T ENO
•
TABELAI
PRIMEIRA FREQUENC!At OBTID~PELO METODO DE RITZ
RAIO ADIMENSIONALIZADO = RAIO GENERICO / RAIO EXTERNO
RAIO ADIMENSIONAL!ZADO 0.95 0.90 o.as o.ao 0.75 0.10 0.65 0.60 0.55 0,50 0.45 0,40 0.35 0,30 0.25 0,20 0,15 0.10 0,05 o.ao
FREQUENCIA (RADS/SEG) 97548.959 20430.092 8640.007 4849.401 3172.155 2283.938 1756.297 1417.056 1186.169 1022.300 902.342 812.557 744.377 692.247 652.467 622.524 600.702 585.843 577,204 574.369
48
TABELA 'I I - - - --- - - --
RELACAO DE ENGASTE= -0.210000
FREQUENCIA MOMENTO NA BORDA CORTANTE NA BOROA
500.000 0.1014074954 Oo0893!i04050 550.000 000630658780 000277948844 600.000 000152131566 --0.0760589642
RELACAO DE ENGASTE = -0.205000
FREQUENCIA MOMENTO NA BORDA CORTANTE NA BORDA
500.000 001266938511 001738315432 550.000 000942670396 001366672568 600.000 000531997333 000616956793 6500000 0,0018708289 -0.0614789028
RELACAO DE ENGASTE= -0.200000
FREQUENC!A MOMENTO NA BOROA CORTANTE NA BOROA
500.000 , Oo 1519802044 002583126741 5500000 0,1254682002 002455396255 6000000 000911863099 001994503223 6500000 0,0476016211 001102856669 7000000 -0,0069973288 -00033ooe1312
RELACAO OE ENGASTE = -00195000
FREQUENCIA MOMENTO NA BOROA CORTANTE NA BOROA
5000000 001772665599 003427938119 5500000 001566693634 003544120029 6000000 001291728881 003372049713 6500000 000933324153 002820502446 100.000 0.0475342715 001786060520 7500000 -0.0100153808 000151996237 0aooooo -000813028395 -0.2212956914
RELACAO DE ENGASTE= -Ool90000
FREQUENCIA MOMENTO NA BORDA CORTANTE NA BORDA
soo.coo 0,2025529157 0,4272749506 550,000 0,1878705275 0,4632843838 600,000 001671594660 0,4749596192 650,000, 0,1390632084 004538148173 700oGOO 0,1020658760 0,3902202575 750,000 0,0544815172 0,2732958304 800,000 -0,0055576290 00090)939449 850,000 -000001139110 -0,1710286187 - .--.
49
TABELA I I I
VIBRACOES TRANSVERSAIS DE UMA PLACA CIRCULAR ENGASTADA NUM EIXO ESPESSURA UNIFORME
DIAMETRO DO EIXO/ DIAMETRO DA PLACA= 0.4 RAIO ADIMENSIONALIZADO = RAIO GENERICO / RAIO EXTERNO DA PLACA
PRIMEIRO MODO DE VIBRACAO - FREQUENCIA = 704e7 RADS/SEG
RAIO ADIM, DESLOCAMENTO ROTACAO MOMe FLETOR
Oe40 0.00000000 0,00000000 -0.19884800 0.44 -0,00077563 -0.01357724 -0.09138674 0150 -0,00240783 -0.01782330 -0.01829614 0,55 -0,00413629 -0,01591556 0,03358001 0,60 -0,00545791 -0,01000422 0,06803277 0,65 -0,00606297 -0,00186055 0,08638582 0,70 -0,00580767 0,00696188 0,08998333 O, 7r- -0,00469217 0,01514869 0,08113183 0,80 -0,00283262 0.02171006 0,06332951 0,85 -0,00042405 0,02607227 0,04110213 0,90 0.00230486 0,02814425 0,01961988 0,95 0,00514177 0,02834376 0,00422755 l,00 0,00794100 0,02758096 0.00000547
SEGUNDO MODO DE V!BRACAO - FREQUENC!A = 2042,15 RADS/SEG
RAIO li.OH', DF.5LOCAMENTO ROTACAO MOM, FLETOR
0,40 0,00000000 0.00000000 -0,13150000 0,44 -0.00046275 -0.00753056 -0,03281555
• 0,50 -0.00123726 -0,00693746 0,02940676 0,55 -0.00170514 -0.00198156 0,05885036 0,60 -0.00160018 0.00399502 0,05689591 0,65 -o.OQ096562 o.oos22s42 0,03078336 0,70 '· 0.00908186 -0.00628497 -0.00006900 0,75 0000073072 0000638569 -0.03914184 O,dO o.001121e6 0,00131110 -0.05595738 0,85 0,00097788 -0,00421762 -0,05243088
º•ºº 0.00033134 -0.00836961 -0.03326092 0,95 -0.00061748 -0.01021824 -0,01054330 l,00 -0.00165021 -0,01026223 -0,00009980
ESFe CORTE
1.00000000 o.79543947 0,66425405 0,52712707 0,37111760 0,20457359 0,04381060
-0,09288315 -0,18892611 -0,23187555 -0,21476460 -0,13631240 -0,00000169
ESF, CORTE
1.00000000 0,77654224 0,52937619 0.21312597
-0, 10362799 -0,32880798 -0,39982317 -0.31141215 -o,·11120636
0.09149414 0,21921066 0,19745295
-0,00016397
TABELA IV
V!BRACOES TRANSVERSAIS DE UMA PLACA CIRCULAR ENGASTADA NUM EIXO ESPESSURA UNIFORME
D!AMETRO DO EIXO/ DIAMETRO DA PLACA= 0,3 ~AIO ADIMENSJONALIZADO ~ RAIO GENER1CO / RAIO EXTERNO DA PLACA
PRIMEIRO MODO DE VIBRACAO - FREQUENCIA 513,76 RADS/SEG
RAIO ADJM.
0,30 O, 34 0,40 0,44 O, 50 O, 55 0,60 0,64 O, 70 0,75 o.ao 0,85 0,90 0,95 0,99
DE SLOCAl'IENTO
0,00000000 -0,00069026 -0,00216029 -0,00379600 -0,00520402 -0,00612928 -o, 0064 24 rt, -0,00603266 -0,0049772.8 -0,003.34 361 -0,00126170
o. 00111574 0,00363725 0,00617691 0,00865768
,ROTACAO
0,00000000 -o. O 120 8364 -0,01632514 -o.o 1574398 -0,01199539 -0.00626584
0,00045980 0,00733007 O ,01 363186 0,01882132 0,0225'>853 o.o 2'173417 0,02548257 0,0251788S O, O 2.44 2.180
MOM, FLETOR
-o, 17842000 -0,08491993 -0,02713645
0,01337680 0,04196063 0,06038309 0,069521.78 0,07030311 0,06404599 0,05254327 0,03800458 0,02292174 0,00989813 o. 00l't7568
-0.00001052
SEGUNDO MODO DE VIBRACAO - FREQUENCJA = 1495,90 RADS/SEq
RAIO AOIM,
o. 30 0.34 0,40 o, 44 o.so 0,!>!õ 0,60 0,64 0,70 0.1s
0,80 0,85 0,90 0,9S (),99
DESLOCAMENTO
0,00000000 -0.00045223 -0,00125701 -0,0018744S -0,00203638 -0.00169026 -0,0009S500 -0,0000594'1
0,00073371 0,00120329
0,00122601 0.00079994 0,00002913
-0,00092.634 -0,00192298
ROTACAO
º·ºººººººº -0,00745962 -o.oon 5735 -0,00415107 0.00099355 0,00572076 0,00859071 0,00687048 0,00661'>08 0,00256735
-0,00211339 -0.006226.32 -0,008911.40 -0,00994602. -o ,0098 9740
MOM, FLETOR
-0,127'18000 -0,03832812
0,01506632 O, 04458'168 0,•05285640 0,0429722.3 0,02060787
-0,00651486 -o. 03030 i6o -0,04471808
-0.046599!>9 -0.03716871 -0,02130666 -0.006lf'1359 -0,00098001
ESF. CORTE
1.00000000 0,63915053 0,53771329 O ,4441874't 0,34290371 o. 23526798 0,127542211 0,02734675
-0.0576l<t05 -0, 12060675 -0.}5652279 -0, 16228751 -o, l 3698554 -0,08169168
O, O 0098371
ESF, CORTE
1.00000000 0,66287788 0,48567258 0,27666641 0.05'455635
-o, 1382312.0 -0,26250134 -o. 29678806 -0,24379348 -0.129216&2
O. 00577323 O, 11576049 0,!62·45021 0,12261415
-o.o 1008552
51
TABELA V
V!BRACOES TRANSVERSArs DE UMA PLACA CfRCULAR ENGASTADA NVM EIXO ESPESSURA UNIFORME
DfAMETRO DO EfXO / DIAMETRO DA PLACA= 0.2 ~AIO ADlMENS!ONALfZADO = RAIO GENERTCO / RAJO EXTERNO DA PLACA
PRIMEIRO MODO DE V!BRACAO - FREQUENClA = 389.33 RADS/SEq
RAIO ADIM.
0.20 o. 25 0 • .30 0-.35 0.40 O. 4 5 o.so o.ss 0-60 O. 64 0.10 0.75 o.ao o.a!> o.s9 0.95 0,99
DESLOCAMENTO
0.00000000 -0.00050310 -0.00155794 -0.00275356 -0.00384565 -0.00467458 -0.0051.3915 -0.00518567 -0,00480148 -0.00400906 -0.00285936 -0.00142394
0.00021'102 0.00196949 0.003765!,3 0.00554310 0.00121011
ROTACAO
O .00000000 -o .00869383 -0.01175331 -o .o 1176168 -0,00981737 -0.00659407 -0.00260882
0.00169860 0,00!;946 72 0.00981556 0.0130.5773 o.01551052 o.0111o;;ss 0.01787404 0.01794691 0.0]754983 O .o l 699398
MOM, FLETOR
-0,13649000 -0,06246653 -o. 02Lf64072
0,00092938 0,01942417 0.03243111 O, 04058141 0-04429196 o.04403525 o.040'13091 0,03426613 0.02647522 0.01809621 0.01021560 0.0039101.3 0.00019.320
-0,00002713
SEGUNDO MODO DE V1BRACA0 - FREQUENCIA = 1130,86 RAOS/SEG
RAIO ADIM,
o. 20 0.25 0,30 0,35 0.40 0.4;; o.se o.ss 0.60 0.64 0.10 o.75 o.ao 0,8.5 o.89 0.95 0,99
DESLOCAMENTO
0,00000000 -0.00036710 -0,00103038 -0,00160064 -0.00188136 -0,00100295 -0.00139570 -0.0,0076415 -0.00005588
o.ooos13zs Q.00099209 0.00111910 0.00093486 O, 00 047961
-0.00016.3:39 -o.oooa9s61 -0.00163684
ROTACAO
o·ºººººººº -0,00602696 -0.00661944 -0.0044655S -0.00103648
O. 0025 5017 O .00541559 0.00696384 O ,00693650 O, 00542383 o.002s1514
-0.00030686 -o .00330813 -o. 0056 S"357 -0,00703702 -0,00746816 -0,007306Z.O
MOM, FLETOR
-0.}0613200 -0.03378483 o.00411842
, o. 0261543 5 0-03597018 o. 03521228 0.02604322 0.01153706
-0,00465873 -0.01895736 -0.02851277 -0,03176296 -0,02871325 -0,02090766 -o. 011.11359 -o.002s1499
0,00034003
ESF. CORTE
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