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VIABILIDADE ECONÔMICA DA FABRICAÇÃO DE TABULEIROS DE XADREZ NA CIDADE DE SANTANA-AP UTILIZANDO RESÍDUOS DE ATIVIDADES MADEIREIRAS E PLÁSTICO RECICLADO HERIVAN SANCHES COSTA (UEAP) [email protected] Joecy Pereira Vilhena (UEAP) [email protected] JEFFERSON DOS SANTOS PINTO (UEAP) [email protected] LUCAS SILVA DA TRINDADE (UEAP) [email protected] EDWANA FABIOLA DE JESUS SARAIVA (UEAP) [email protected] Tendo em vista que, a Região Amazônica ainda se destaca no cenário florestal nacional como grande geradora de resíduos provenientes do processamento da madeira surge à necessidade de se avaliar maneiras de que essa produção em grande escala produza menos resíduos sólidos e reaproveite os resíduos produzidos. A fim de reduzir as incertezas e riscos dos empreendedores, o objetivo do trabalho é verificar a viabilidade econômica do reaproveitamento de resíduos de madeira e de plástico na produção de tabuleiros de xadrez. Através de uma revisão bibliográfica, apuraram-se algumas metodologias de análise financeira como Fluxo de Caixa, bem como alguns índices econômicos de avaliação: VPL, TIR e Payback. E também se apurou alguns pontos básicos que foram observados ao se realizar o estudo mercadológico e determinação dos recursos necessários para a instalação da fábrica. Assim, realizando as devidas previsões de receitas e de custos descritos e se utilizando das técnicas da Engenharia econômica, o projeto da fabrica então, depois de analisados os fatores econômicos, financeiros, ambientais, mercadológicos e legais, foi considerado viável. Palavras-chave: viabilidade econômica, resíduos, tabuleiro de xadrez XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

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VIABILIDADE ECONÔMICA DA

FABRICAÇÃO DE TABULEIROS DE

XADREZ NA CIDADE DE SANTANA-AP

UTILIZANDO RESÍDUOS DE

ATIVIDADES MADEIREIRAS E

PLÁSTICO RECICLADO

HERIVAN SANCHES COSTA (UEAP)

[email protected]

Joecy Pereira Vilhena (UEAP)

[email protected]

JEFFERSON DOS SANTOS PINTO (UEAP)

[email protected]

LUCAS SILVA DA TRINDADE (UEAP)

[email protected]

EDWANA FABIOLA DE JESUS SARAIVA (UEAP)

[email protected]

Tendo em vista que, a Região Amazônica ainda se destaca no cenário

florestal nacional como grande geradora de resíduos provenientes do

processamento da madeira surge à necessidade de se avaliar maneiras

de que essa produção em grande escala produza menos resíduos

sólidos e reaproveite os resíduos produzidos. A fim de reduzir as

incertezas e riscos dos empreendedores, o objetivo do trabalho é

verificar a viabilidade econômica do reaproveitamento de resíduos de

madeira e de plástico na produção de tabuleiros de xadrez. Através de

uma revisão bibliográfica, apuraram-se algumas metodologias de

análise financeira como Fluxo de Caixa, bem como alguns índices

econômicos de avaliação: VPL, TIR e Payback. E também se apurou

alguns pontos básicos que foram observados ao se realizar o estudo

mercadológico e determinação dos recursos necessários para a

instalação da fábrica. Assim, realizando as devidas previsões de

receitas e de custos descritos e se utilizando das técnicas da

Engenharia econômica, o projeto da fabrica então, depois de

analisados os fatores econômicos, financeiros, ambientais,

mercadológicos e legais, foi considerado viável.

Palavras-chave: viabilidade econômica, resíduos, tabuleiro de xadrez

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

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Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

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1. Introdução

O Amapá está localizado no norte do país, atualmente de acordo com o Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística - IBGE (2013) sua população está estimada em aproximadamente

734.000 habitantes. A economia é centralizada no setor terciário (comércio local e servidores

públicos) que sozinho detém cerca de 90% de toda a riqueza (IBGE, 2013). Por conta da sua

localização geográfica, os produtos oriundos de outras regiões só chegam por meio de dois

modais, marítimo e aéreo, tornando assim, os produtos comercializados no estado cada vez

mais oneroso.

O Estado do Amapá é rico em florestas de valor madeireiro. Entretanto, a atividade

madeireira tem uma participação modesta na economia do Estado. A produção do Amapá

representa apenas 0,5% da madeira processada na Amazônia Legal (REMADE – EDIÇÃO

Nº76 2003).

As empresas regionais agregam muito pouco valor aos produtos florestais, pela falta de

industrialização, o que resulta em uma renda bruta gerada por este setor estimada em R$7,6

milhões, em torno de 0,5% da renda total da Amazônia (REMADE – EDIÇÃO Nº76 2003).

A eficiência no processamento é baixa, oscilando de 28% a 35%, ou seja, são necessários até

3,5 m³ de madeira em tora para produzir 1m³ de madeira serrada. Outro motivo para o baixo

aproveitamento da madeira é que o produto é muito barato no mercado local, além de ser

explorada de maneira desorganizada. O que de certa maneira gera resíduos em grande

quantidade (REMADE – EDIÇÃO Nº76 2003).

Os resíduos gerados das atividades madeireiras no Estado do Amapá, conhecidos também

como cavacos que são pequenos pedaços de madeira resultantes do processo de usinagem, são

na maioria das vezes descartados ou vendidos como fonte de enegia para serem queimados

em fornos (REMADE – EDIÇÃO Nº76 2003). O que resulta na poluição do meio ambiente e

na geração de pouca renda para o Estado.

Uma solução para isso seria o reaproveitamento desses residuos, através do seu

beneficiamento para fabricação de produtos de valor agregado. Isso reduziria a quantidade de

lixo no meio ambiente, amenizaria o desmatamento, e daria um incremento à economia. Os

resíduos gerados pela indústria madeireira, que são normalmente desprezados, podem ser

utilizados para a produção de chapas de aglomerados e manufatura de artefatos de madeira,

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entre outros. É o que recomenda pesquisa executada pelo Instituto Nacional de Pesquisas da

Amazônia (INPA).

A homogeneidade proporcionada pela distribuição uniforme das partículas de madeira

possibilita ao MDP acabamentos do tipo envernizado e pinturas em geral. Possibilita, além

disso, o revestimento com papéis decorativos, lâminas de madeira ou PVC (Bom, 2008). Essa

técnica é conhecida como marchetaria, que é a arte de ornamentar superfícies planas através

da aplicação de materiais diversos, tais como: madeira, metais, pedras, plásticos, marfim e

etc., tendo como principal suporte a madeira. A marchetaria é pouco conhecida e pouco

praticada, no entanto, com essa técnica é possivel confeccionar produtos de alta qualidade e

grande poder comercial (SOARES, 2001).

Tabuleiros de xadrez e dama são exemplos de produtos que podem ser produzido através da

marchetaria e do MDP. Ao final do processo obteria-se um produto de boa qualidade, elevado

potencial mercadológico e grandes chances de sucesso no mercado local. Além da qualidade,

outro ponto positivo seria ocupar um setor carente de fornecedores no país.

No entanto, antes de implementar um novo produto no mercado é necessário um bom

planejamento para que os riscos de fracasso sejam reduzidos. Portanto, um estudo de

viabilidade econômica de um projeto deve ser aplicado, utilizando-se métodos de Engenharia

Econômica, com o intuito de analisar se tal investimento é viável, levando em conta o estudo

quantitativo e determinístico dessa situação. Dentre os conceitos utilizáveis pela engenharia

econômica, os mais relevantes para o caso em questão são o Fluxo de Caixa, o Valor Presente

Líquido (VPL), o Payback, a Taxa Interna de Retorno (TIR).

2. Fundamentação teórica

2.1 Resíduo de madeira

Todo processo de transformação da madeira, da colheita à manufatura, gera resíduos, em

maior ou menor quantidade. Conforme Vieira (2006) as atividades de desdobro, laminação

das toras e beneficiamento da madeira serrada nas indústrias acumulam perdas significativas.

Existem vários fatores que influenciam o melhor ou pior aproveitamento da madeira, tais

como o processamento inadequado do material ou a inexistência de uma pré-seleção da

matéria-prima.

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Na maioria dos casos, os resíduos de base florestal são desprezados ou destinados à queima

para produção de energia, e também, algumas vezes, são utilizados como compostagem. É

importante lembrar que o destino da madeira como lenha está aquém das potencialidades de

utilização do resíduo, embora isso não queira dizer que o uso para energia seja uma má

aplicação.

No sentido de melhorar o aproveitamento da madeira, pesquisas vêm sendo desenvolvidas

para diminuir o desperdício de madeira na operação de colheita florestal como a otimização

dos cortes para aumento do rendimento. Mas o material rejeitado pode ainda ser utilizado de

forma a produzir produtos com maior valor agregado, como é o caso do artesanato e de

produtos de madeira reconstituída.

2.2 Painel MDP

MDP é a abreviação de Medium Density Particleboard ou Painel de Partículas de Média

Densidade. Os painéis de madeira são estruturas fabricadas com madeiras em lâminas ou em

diferentes estágios de desagregação que, aglutinadas pela ação de pressão, de temperatura e da

utilização de resinas, são novamente agregadas visando à manufatura (ABIPA).

Segundo dados do BNDES, o MDP é o painel mais consumido no mundo devido a sua grande

variedade de aplicações e preço acessível, sendo utilizado na fabricação de móveis retilíneos

(tampos de mesas, laterais de armários, estantes e divisórias) e, de forma secundária, na

construção civil (Mattos et al, 2008).

2.3 Análise e avaliação de projetos de investimentos

A tomada de decisão com relação a qual investimento irá aplicar seu capital é uma tarefa

difícil. Segundo Souza e Clemente (2006), investimento de capital são os desembolsos

realizados no objetivo de gerar benefícios futuros.

A decisão de iniciar um negócio no mercado passa necessariamente por um correto

levantamento de previsão de quanto dinheiro e esforço o empresário irá gastar e o retorno que

esse investimento irá gerar, na expectativa de resultados satisfatórios. Este fator é decisivo

para que os riscos do projeto sejam menores. Para Gitman (2004), risco é a possibilidade de

perda financeira.

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Portanto antes de se aventurar no mercado é imprescindível à realização de uma análise de

investimento. Para Kuhnen e Bauer (2001), a análise de investimento é um conjunto de

técnicas que permitem a comparação, de uma forma científica, entre resultados de tomada de

decisões referentes a alternativas diferentes. Essas técnicas, que podem auxiliar na análise

econômica do investimento, são oriundas dos princípios financeiros que tem por finalidade

identificar a viabilidade do investimento.

2.4 Fluxo de caixa

O Fluxo de Caixa é a ferramenta mais simples e mais utilizada na análise de viabilidade de

investimento. Através do fluxo de caixa, podemos representar uma estimativa de perdas e

ganhos futuros, uma vez que o projeto de investimento ainda não foi implantado, é apenas

uma possibilidade futura (OLIVO, 2008).

Segundo Hirschfeld (2000), o fluxo de caixa referente a um empreendimento deve compor-se

de contribuições que refletem, com grande probabilidade de acerto, as entradas e saídas de

dinheiro que realmente vão atuar ao longo do prazo analisado. Portanto, as informações de

previsão de custo e receitas devem ser cuidadosamente estudadas e ter o máximo de precisão

para que o resultado da análise seja confiável.

2.5 TMA – Taxa mínima de atratividade

Segundo Gitman (2001), a taxa mínima de atratividade refere-se ao retorno mínimo desejável

para que o investimento seja realizado, o autor considera o custo de capital como o retorno

exigido pelos financiadores de capital para a firma.

Camargo (2007) define a TMA como o ganho mínimo que a empresa pode obter com uma

segunda melhor alternativa de aplicação do capital, seja oriundo de recursos próprios, ou

ainda como custo do capital tomado emprestado, quando se utiliza de fontes de financiamento

de terceiros. Dessa forma, se a rentabilidade do investimento for menor que a TMA, o projeto

deve ser rejeitado, visto que implicará em redução no potencial de ganhos da empresa.

Assim, segundo Puccini (2011), cada empresa define sua própria TMA, onde essa taxa varia

de acordo com o negócio e sua estrutura de capital, podendo haver situações em que a mesma

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empresa possua mais de uma taxa mínima de atratividade dependendo das características do

projeto e da unidade de negócio da empresa que ele pertença.

2.6 TIR – Taxa interna de retorno

De acordo com Olivo (2008) a Taxa Interna de Retorno é uma ferramenta similar ao VLP que

utiliza a mesma lógica de cálculo, contudo apresenta os resultados em porcentagem, e não em

valores monetários, por isso, tornou-se bastante popular entre os investidores.

Este método determina a taxa de juros que anula o valor presente (VPL = 0) para um

determinado fluxo. Em outras palavras, a TIR é a taxa que iguala o valor atual dos

investimentos com o valor atual do restante do fluxo de caixa (TORRES, 2006, p 49).

Hirschfeld (2000) analisa que se, por acaso, a taxa de retorno de um investimento ou taxa

interna efetiva de rentabilidade, como também é conhecida, for inferior a taxa mínima de

atratividade (TMA), estaremos propensos a não aceitar, prazerosamente, a proposta como

investimento produzindo retornos não negativos de rentabilidade. Pois o investimento estaria

gerando retornos menores do que o desejado. Portanto, se entende que o investimento não é

viável, e caso contrário, quando é maior do que se espera, considera-se o investimento viável.

A fórmula é a seguinte (OLIVO, 2008):

FC = valor no fluxo de caixa

n = período

i = TIR - taxa interna de retorno do investimento.

2.7 VPL – Valor presente líquido

O VPL é uma ferramenta muito utilizada no meio econômico, pois mede a atratividade do

investimento através de equação matemática que permite conhecer pagamentos futuros no

valor presente. Ou seja, a característica essencial deste método é a análise das alternativas de

ação existentes, considerando-se para efeito de comparação um valor único colocado em uma

data arbitrária, com o valor presente (P) equivalente a cada um dos fluxos de caixa

representativos de cada uma das opções (PILÃO E HUMMEL, 2002, p 105).

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Segundo Kassai et al.(2000, p. 61), o VPL reflete a riqueza em valores monetários do

investimento medida pela diferença entre o valor presente das entradas de caixa e o valor

presente das saídas de caixa, a uma determinada taxa de desconto.

Quando o montante for positivo (VPL > 0) o investimento é viável, pois estará aumentando a

riqueza do investidor. Caso esse valor seja negativo (VPL < 0) o investimento é inviável, pois

estará subtraindo riqueza do investidor. Caso seja zero (VPL = 0) quer dizer que esse

investimento não trouxe vantagens nem prejuízos financeiros ao investidor.

A fórmula para o cálculo do valor presente líquido é (OLIVO, 2008):

FC = valor no fluxo de caixa

n = período

i = taxa mínima de atratividade (TMA) ou taxa de retorno mínimo esperado.

2.8 Payback – Prazo de retorno de investimento

O Payback é uma técnica utilizada para determinar o período de tempo que levará para o

investidor receber de volta o capital investido no projeto. Esse tempo de retorno é

determinado a partir do cálculo dos lucros obtidos em cada período. De acordo com Motta et

al. (2009), payback é a quantidade de períodos necessários que o investimento necessita para

recuperar o valor aplicado no momento inicial, ou seja, é o tempo que o investimento leva

para liquidar seu fluxo acumulado.

Nesse contexto, Braga (1989, p.283) destaca que quanto mais amplo for o horizonte de tempo

considerado, maior será o grau de incerteza nas previsões. Deste modo, propostas de

investimentos com menor prazo de retorno apresentam maior liquidez e, consequentemente,

menor risco.

3. Metodologia

Este estudo consiste em um trabalho de caráter científico elaborado a partir de estudo de

mercado e verificação da possibilidade de implantação do presente projeto. Para chegar aos

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objetivos da pesquisa inicialmente levantou-se a fundamentação teórica que embasou nossa

pesquisa. Através dessas referências de pesquisas foi possível fazer o levantamento de

conceitos e técnicas da engenharia econômica, necessários para o estudo de análise da

viabilidade de projeto. Além disso, foram coletadas informações a respeito dos processos

realizados numa fabrica de painel MDP e de conformação de plásticos para definição do

processo produtivo da fábrica de tabuleiros.

Em seguida, foram realizadas visitas as principais serrarias de Macapá e Santana para

determinação da quantidade de matéria prima disponível. Para estimativa da quantidade de

resíduo gerado foi considerado o volume de madeira em tora processada nas cidades de

Santana, Macapá e Mazagão, segundo dados do IBGE (2013), e o percentual de

aproveitamento, definido a partir de informações de literatura e dados das empresas visitadas.

Foram também feitas visitas a galpões para determinação de um local para implantação da

fábrica. Posteriormente, realizou-se uma análise de mercado através de visitas em lojas que

vendem este tipo de produto (tabuleiros de xadrez). Através destas visitas foi possível

determinar a quantidade de tabuleiros adquirida, números de vendas, custo dos produtos e

preços praticados.

Depois de adquiridas as informações como maquinários e equipamentos necessários, matéria-

prima disponível, mão de obra necessária, processos realizados foi possível determinar uma

estimativa de custos e receitas proporcionados por uma indústria que venha a ser instalada no

município de Macapá-AP. Finalmente, utilizando as técnicas da engenharia econômica, tais

como: Valor Presente Líquido (VPL), Fluxo de Caixa, Taxa Interna de Retorno (TIR) e

Payback, se tornou possível a realização do estudo de viabilidade econômica do investimento

em questão.

4. Apresentação e análise de caso

4.1 Caracterização da empresa

O projeto da fábrica dedica-se no uso e no desenvolvimento de tecnologia para fabricação de

tabuleiros de xadrez através dos resíduos de madeira e de plástico gerados no Estado do

Amapá.

Como estimativa da operação da fábrica de tabuleiros em escala de pequeno porte, considera-

se a necessidade inicial de 22 funcionários na produção, dois no administrativo e um no

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comercial para compor a equipe de trabalho. A fábrica se dedicará na produção de tabuleiros

com medidas padronizadas de 40x40x03 cm e peças de plástico, com capacidade máxima

mensal de 54.912 tabuleiros.

A capacidade produtiva foi calculada a partir do potencial das máquinas e equipamentos e do

tempo de funcionamento da fábrica, levando em consideração o trabalho diário de 08 horas

num período compreendido de segunda-feira a sexta-feira e 04 horas aos sábados. Os valores

de capacidade produtiva de tabuleiros por período foram calculados. A tabela 1 apresenta

esses valores abaixo.

Tabela 1 - Capacidade produtiva da fábrica

Fonte: Autores (2015)

Considerando-se ainda uma infraestrutura de área industrial composta por um terreno de

aproximadamente 3200m², com três galpões, alugados, medindo 15x60m cada. Sendo um

fechado com as principais delimitações a serem adotadas as seguintes: área de produção; área

de estoque de produtos acabados. Os outros servirão para armazenamento da matéria-prima.

A fábrica se localizará na rodovia Duca Serra, que liga Santana-AP as outras cidades do

Estado.

4.2 Processo produtivo

O processo de fabricação é automatizado. Inicialmente, será feita a produção do painel de

MDP em seguida, inicia-se o processo de produção dos tabuleiros através do seccionamento

dos painéis nas dimensões do tabuleiro e impressão. As etapas do processo estão descritas na

figura 1.

Figura 1 – Fluxograma do processo produtivo

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Fonte: Autores (2015)

A matéria-prima utilizada na fabricação dos tabuleiros é composta basicamente de resíduos de

madeira, resina, aditivo e tinta. A aquisição da matéria-prima se dará através da coleta destes

resíduos compradas nas serrarias localizadas em Santana, Mazagão (cidade vizinha) e Macapá

(capital), já os outros componentes serão comprados de empresas especializadas.

A produção das peças será feita utilizando garrafa PET reciclada comprada junto a uma

empresa especializada na reciclagem de resíduos. Primeiramente, uma máquina fará a

aglomeração do PET, transformando-o em grãos A matéria prima granulada alimenta a

máquina injetora de plástico que derrete o material. Em seguida, o produto esfria dentro de

formas que comportam dois jogos de peças de uma única vez. As peças saem fixadas numa

base e depois são descoladas, e finalmente são retirados todos os excessos.

5. Coleta e tratamento de dados

A coleta de dados foi realizada mediante pesquisa de preço do maquinário, da matéria-prima,

de equipamentos, de acessórios, e outros gastos a serem realizados para o início das atividades

da fábrica. Em seguida as informações coletadas foram calculadas e tabeladas. A tabela 2

demonstra os dados que integram o investimento inicial.

Tabela 2 - Investimento inicial

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Fonte: Autores (2015)

Os preços das máquinas foram determinados a partir de orçamento solicitado a três empresas

especializadas na fabricação destes maquinários. Já os preços de equipamentos menores

foram pesquisados no mercado local, assim como os equipamentos de escritório e o valor dos

caminhões e veículo. A pesquisa dos valores unitários do maquinário e equipamentos foi

realizada no período de Abril/2015.

Logo após, foram estimados os custos mensais fixos e variáveis advindos da fábrica. Com

relação aos gastos fixos, os salários e encargos dos colaboradores foram baseados em valores

determinados pela legislação. Foi incluso um custo com divulgação dos produtos. Na lista

também foi adicionado o custo com aluguel do galpão, determinado a partir de uma média de

preço de locação na região. Para o maquinário e veículos são considerados uma taxa de

depreciação linear anual para 10 anos, já para equipamentos em geral considerou-se 5 anos.

Foram considerados também gastos com empréstimo no valor de R$ 1.000.000,00 junto ao

BNDES, como financiamento parcial do investimento inicial. A simulação do financiamento

foi realizada no período de Abril/2015. O cálculo das prestações foi baseado no sistema de

amortizações constantes (SAC). Além de gastos com contador e manutenção do maquinário,

calculada com base em 2% do preço das máquinas.

Dentro dos custos variáveis foram levantados gastos com insumos produtivos baseados no

consumo energético do maquinário. O gasto com matéria-prima foi calculado com base no

preço dos materiais e na quantidade utilizada na produção dos tabuleiros. A pesquisa destes

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valores aconteceu durante o período de Abril/2015. Esses valores foram calculados e

tabelados. A tabela 3 apresenta esses dados.

Tabela 3 – Custos mensais

Fonte: Autores (2015)

O próximo passo foi determinar o custo unitário de produção dos tabuleiros, que

posteriormente, será incorporado ao preço do produto final. O preço final foi estabelecido

baseado no preço praticado no mercado nacional e internacional. O custo unitário foi

determinado dividindo-se os custos operacionais mensais pela produção gerada. Os valores

obtidos foram calculados e tabelados. A tabela 4 apresenta os resultados.

Tabela 4 - Custo unitário e preço estimado do tabuleiro

Fonte: Autores (2015)

De posse dos valores de desembolsos realizados e do faturamento estimado foi possível traçar

o perfil econômico da empresa. Os resultados obtidos são apresentados na figura 2.

Figura 2 - Demonstrativo de receitas e gastos mensais

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Fonte: Autores (2015)

6. Resultados

Com base nos dados acima descritos, na estrutura e capacidade produtiva do projeto, além do

estudo de mercado, foi possível estabelecer dois cenários distintos para projetar o volume de

produção da fábrica no período de cinco anos, baseando-se nos seguintes cenários:

-Cenário Realista: projeta-se uma previsão anual de produção e venda de 60% ao ano em um

período de 5 (cinco) anos.

-Cenário Pessimista: projeta-se a produção e venda de 40% ao ano durante os 5 (cinco) anos

de projeção.

A figura 3 e 4 apresenta a projeção dos dois cenários simulados.

Figura 3 – Projeção de fluxo de caixa anual cenário realista

Fonte: Autores (2015)

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Figura 4 – Projeção de fluxo de caixa anual cenário pessimista

Fonte: Autores (2015)

Salienta-se que o investimento do capital de giro foi baseado na cobertura dos custos

operacionais de dois meses.

Considerando a TMA igual a 15% temos os seguintes resultados apresentados na figura 5 e 6.

Figura 5 – Fluxo de caixa livre e saldo realista

Fonte: Autores (2015)

Figura 6 – Fluxo de caixa livre e saldo pessimista

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Fonte: Autores (2015)

A partir dessas informações foi possível determinar o VPL, a TIR e Payback descontado do

empreendimento para cada cenário. Os resultados obtidos são apresentados nas tabelas 5 e 4.

Tabela 5 – Projeção VPL e payback cenário realista

Fonte: Autores (2015)

Tabela 6 – Projeção VPL e payback cenário pessimista

Fonte: Autores (2015)

Ao analisar os dois cenários, pressupõe-se que ambos são viáveis do ponto de vista

econômico. Fazendo-se uma análise dos resultados de TIR, os valores obtidos se mostraram

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superior a TMA em ambos os casos. Com base no exposto, o projeto se mostra viável

mediante os valores resultantes das técnicas aplicadas. A figura 7 apresenta uma comparação

entre os resultados de TIR e a taxa mínima de atratividade.

Figura 7 – Comparação entre a TIR e a TMA nos cenários realista e pessimista

Fonte: Autores (2015)

7. Considerações finais

A utilização das técnicas advindos da matemática financeira para a análise de viabilidade

econômica é de fundamental importância na análise de investimento. Por meio dessas

ferramentas, o investidor pode realizar seu sonho de ter seu próprio negócio sem correr

grandes riscos, já que ao realizar um planejamento antes de empreender e mensurar o tempo

necessário para o retorno do capital investido esses riscos são reduzidos consideravelmente.

Os resultados obtidos pela análise de investimento mostrou que o projeto, considerando

algumas variáveis, é viável para o município de Santana-AP, isso porque o VPL é maior que

zero, a TIR é maior do que a taxa mínima de atratividade e o período de retorno do investimento

ficou dentro de uma margem aceitável.

Com base nos dados levantados, observou-se que nos dois cenários apresentados a TIR e o

VPL superaram as expectativas previstas, resultando em valores para o cenário realista de TIR

= 74,6 % e VPL = R$ 4.847.357,43 e para o cenário pessimista de TIR = 26,5 % e VPL = R$

868.190,54. Fatos esses, que demonstraram bons índices de lucratividade, levando em

consideração o porte do empreendimento e sua capacidade produtiva.

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No disposto neste trabalho foram considerados apenas fatores meramente econômicos, visto

que os objetivos propostos são de demonstração do cálculo e utilização dos referidos

indicadores para avaliação da alternativa de investimento. Ponderando que este estudo visa a

análise da viabilidade econômico do investimento em questão, consideramos que este objetivo

foi alcançado.

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