especial - empreendedores

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EMPREENDEDORES Estudo da Endeavor Brasil revela que 76% dos brasileiros gostariam de ter o próprio negócio e mostra ainda os perfis dos nossos empreendedores. Tina Cezaretti/Hype São Paulo, sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014 www.dcomercio.com.br Jornal do empreendedor ESPECIAL

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Estudo da Endeavor Brasil revela que 76% dos brasileiros gostariam de ter o próprio negócio e mostra ainda os perfis dos nossos empreendedores.

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Page 1: ESPECIAL - Empreendedores

EMPREENDEDORESEstudo da Endeavor

Brasil revela que 76%dos brasileiros

gostariam de ter opróprio negócio e

mostra ainda os perfisdos nossos

empreendedores.

Tina

Cez

aret

ti/H

ype

São Paulo, sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014www.dcomercio.com.br

Jornal do empreendedor

ESPECIAL

Page 2: ESPECIAL - Empreendedores

2 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Mais benefícios para as MPEsEncabeçado pelo ministro Guilherme Afif Domingos, comitê vai

acompanhar políticas públicas para as micro e pequenas empresas

Carlos Ossamu

Na semana passada,

em Brasília, foi ins-

talado o Comitê In-

terministerial de

Avaliação do Simples Nacio-

nal, presidido pelo ministro da

Secretaria da Micro e Pequena

Empresa, Guilherme Afif Do-

mingos. O objetivo é acompa-

nhar e avaliar as políticas pú-

blicas para micro e pequenas

empresas e propor avanços

para o setor. O evento teve a

participação da presidente

Dilma Rousseff e dos ministros

que integram o comitê - Casa

Civil, Fazenda, Planejamento,

Desenvolvimento, Indústria e

Comércio Exterior, Ciência,

Tecnologia e Inovação e Traba-

lho e Emprego.

Para o ministro Afif Domin-

gos, o País precisa avançar

muito nas condições de aber-

tura de micro e pequenas em-

presas e adiantou que sua se-

cretaria irá encampar a cam-

panha "Pense Simples", para

que todos os órgãos públicos

comecem a simplificar suas

normas, leis e regulamentos.

Segundo o ministro, o primei-

ro grande projeto da simplifi-

cação governamental é o Por-

tal Empresa Simples, para tor-

nar mais fácil o processo de

abertura de empresas, que

deverá ser feito em um único

local: a Junta Comercial do Es-

tado onde se

p r e t e n d e

abrir o negó-

cio. Antes do

lança mento

do portal, no

entanto, Afif

f a r á , a t é

maio, uma ca-

ravana em to-

do o País para

divulgar o pro-

jeto. "Quando

se abre uma

e m p re s a , o

problema não

é a abertura, é

o l i c e n c i a-

mento. Tem

de ter inscrição estadual, ins-

crição municipal, licença do

meio ambiente, licença dos

bombeiros, da vigilância sani-

tária e o alvará. Cada um está

num balcão. Cada um com a

sua regra, a sua taxa e o seu

número", observou Afif.

Simplificação

De acordo com ele, o Cadas-

tro Nacional de Pessoa Jurídica

(CNPJ) será o único número

exigido do micro e pequeno

empreendedor. "Com isso, te-

mos de fazer um acordo com

os Estados para que se unifi-

que o sistema", observou.

O ministro disse que o novo

sistema, que pretende reduzir

de 150 dias para apenas 5 o

período de abertura de uma

empresa no País, ainda depen-

de de uma lei complementar,

que deve ser votada em plená-

rio até abril e aprovada até ju-

lho. Afif espera que, com a

aprovação e a implementação

do portal, tenha fim a via sacra

que se enfrenta hoje. "O em-

presário irá a um único balcão

e, se tiver assinatura digital,

poderá abrir ou fechar a em-

presa de sua casa porque, no

mundo digital, quem viaja são

os dados, e não as pessoas".

Segundo Afif, como cerca de

90% das micro e pequenas

empresas são de baixo risco

ambiental e de vigilância sani-

tária, será possível pegar o

certificado previamente e

aguardar a inspeção já com a

empresa aberta, evitando

"formar essa fila enorme que

atrasa a criação de empre-

sas", disse.

Campanha

A campanha Pense Simples,

que se referiu o ministro, teve

início no ano passado e quer a

aprovação do Projeto de Lei

Complementar 237/12, de au-

toria do deputado Pedro Eugê-

nio (PT-PE), que modifica o Es-

tatuto das Micro e Pequenas

Empresas (Lei Complementar

123/06). O objetivo é ampliar

os incentivos fiscais já conce-

didos às micro e pequenas em-

presas (MPEs) por meio do

Simples Nacional. O projeto foi

apresentado em dezembro de

2012, já passou por diversas

comissões na Câmara e foi

apresentado em audiências

públicas em diversas cidades

do País – em São Paulo aconte-

ceu em outubro último e reu-

niu mais de 700 pessoas.

Nesse evento na capital

paulista, o ministro contou os

seus planos frente à Secreta-

ria e muitas das ações estão

alinhadas e dependem da

aprovação do Projeto de Lei

Complementar 237/12. O pla-

no do ministro tem três gran-

des linhas de atuação: Simpli-

ficando o Simples, Aumentar a

renda da MPE através da am-

pliação de mercado e a facili-

tação ao crédito, e por fim, fa-

zer o Simples Trabalhista e in-

centivar a adoção da Lei do

Aprendiz nas MPEs.

Substituição Tributária

No item Simplificando o

Simples, o ministro quer elimi-

nar a substituição tributária

para as MPEs. “Ela elimina os

efeitos do Simples Nacional

em relação ao ICMS e reduz o

capital de giro das MPEs. A

ação proposta é impedir que

os substitutos apliquem a re-

tenção quando o substituído

for uma MPE”, observou. Esta

ação está alinhada ao PLC

237/12, assim como a propos-

ta de universalização do Sim-

ples para todas as atividades

profissionais. “Queremos que

a classificação seja pelo porte

e não por atividades. Faturou

até R$ 3,6 milhões por ano, se

enquadra no Simples”.

Outra proposta levantada

por Afif Domingos na ocasião

foi a unificação das obriga-

ções. Atualmente, o recolhi-

mento é único pelo Simples

Nacional, mas as informações

ainda são prestadas a diver-

sos órgãos, em di-

versas datas e em diversos

formatos. “O que propomos é

a criação da Obrigação Estatal

Única, via internet, engloban-

do Simples Nacional, FGTS,

Caged, RAIS e Refis”, disse.

Ainda na linha da simplifica-

ção, o ministro lembrou da Re-

desim - Rede Nacional para a

Simplificação do Registro e da

Legalização de Empresas e

Negócios, que agora está sen-

do chamada de Portal Empre-

sa Simples. “É a rede de unifi-

cação de abertura e fecha-

mento de empresas, já previs-

t a n a l e i , m a s d i f í c i l d e

implementar. O grande pro-

blema é que ainda existem vá-

rios processos, sistemas, bal-

cões e vários sites, resultando

em múltiplos cadastros – N i re ,

CNPJ, Inscrição Estadual, Ins-

crição Municipal, licenças do

Corpo de Bombeiro, Am-

biental, Sani-

tária e al-

v a r á d a

pre feitu ra.

Abrir uma em-

presa é uma via

sacra, tem que

bater de porta em

porta. E por isso, o

Brasil é colocado na

ridícula 123ª posição

n o r a n-

king do Banco Mundial em ter-

mos do apoio do país ao em-

preendedorismo. Isso afeta a

nossa imagem no exterior”.

“Nós temos a experiência

de que 90% das empresas são

de baixo risco. Só que, para se

dar a licença é preciso a visto-

ria prévia de todos, e a demora

se dá exatamente por causa

disso. Vamos começar a acre-

ditar na palavra das pessoas.

Ela assina qual é o seu risco e

eu vou acreditar, mas depois

vou fiscalizar. Infelizmente,

aqui a burocracia não acredi-

ta, não confia, não capacita e

depois não fiscaliza. É aquela

maçaroca inicial e depois não

se olha mais”, contou Afif Do-

mingos. “Nós vamos inverter

isso: eu acredito, confio, capa-

cito e vou fiscalizar, pois quem

for fiscalizado e mentiu em

sua declaração, essa empresa

será fechada e não abrirá mais

porque mentiu. Hoje, os men-

tirosos ganham dos honestos,

porque os honestos pagam

pelos mentirosos”.

Acesso ao crédito

O ministro lembrou que a

Constituição já determinou

um registro único para as em-

presas, que é o CNPJ. “Tem o s

que reafirmar na Lei Comple-

mentar um princípio constitu-

cional e acabar com a Inscri-

ção Estadual e Municipal. A

inscrição deve ser única e o

número único, que é o CNPJ. E

o balcão de entrada para aber-

tura e fechamento também é

único, é a Junta Comercial, ab-

solutamente modernizada

para esse objetivo. Esta é a

missão do nosso ministério”.

Também está nos planos a

ampliação e facilitação do

acesso ao crédito para as

MPEs para a compra de bens

de produção. “Uma manicure,

que precisa comprar uma au-

toclave para esterilizar os ins-

trumentos, que custa entre R$

1,5 mil e R$ 2 mil, não conse-

gue linhas de créditos. Mas se

ela for a uma loja comprar uma

TV de 40 ou 50 polegadas, tem

60 meses para pagar”, obser-

vou. “Precisamos criar as li-

nhas de crédito para máqui-

nas e equipamentos para as

MPEs, máquinas novas e usa-

das, pois alguém pode estar

desativando um torno compu-

tadorizado de penúltima gera-

ção para comprar uma de últi-

ma geração, e tem outra em-

presa pequena que para ela

essa máquina de penúltima

geração já serve. Mas não tem

financiamento para comprar

isso. Vamos trabalhar essa

cultura para crédito em inves-

timento, aperfeiçoando o sis-

tema”, prometeu.

Ueslei Marcelino /Reuters

Consumidorestá menosconfiante

O ministroGuilherme AfifDomingos (àesq.) com apresidenteDilma Rousseffno anúncio doComitêInterministerialde Avaliaçãodo SimplesNacional.A primeiraproposta é queo processocompleto deabertura deuma empresaseja feito naJuntaComercial.

Aconfiança do

consumidor

brasileiro neste início de

ano não sofreu

alterações em relação

ao fim do ano passado,

marcando 143 pontos

em janeiro – mesmo

número de dezembro. É

o que mostra o Índice

Nacional de Confiança

da Associação

Comercial de São Paulo

(INC ACSP/Ipsos) de

janeiro. Porém, o INC

está bem abaixo de

janeiro dos últimos dois

anos. Em janeiro de

2013, o índice ficou em

152 pontos e, em janeiro

de 2012, foi de 178

pontos – na época,

acreditava-se num salto

do PIB e numa

recuperação da

economia, o que não se

c o n f i rm o u .

O INC varia entre 0 e

200 pontos, sendo que

200 representa o

otimismo máximo. As

mil entrevistas

domiciliares para o INC

de dezembro foram

realizadas entre os dias

16 e 27 de janeiro em 70

cidades brasileiras,

incluindo nove regiões

metropolitanas. “A

confiança do

consumidor brasileiro

segue as expectativas

gerais do mercado e não

sinaliza grandes

oscilações para os

próximos meses”,

afirma Rogério Amato,

presidente da ACSP e da

Federação das

Associações Comerciais

do Estado de São Paulo

(Facesp). Ele lembra que

o INC despencou em

junho de 2013 – período

das manifestações

populares – e desde

então ficou no mesmo

p a t a m a r.

Segundo Amato, os

dados do INC a respeito

de compras e das

situações atual e futura

dos entrevistados

revelam que o

consumidor não

vislumbra mudanças na

economia nos próximos

meses. Mas o presidente

da ACSP alerta: “Esse é o

retrato do momento, na

visão do consumidor.

Fatores internos e

externos na economia

podem influenciar esses

indicadores no futuro”.5

Dias será o temponecessário para

abrir uma empresano Brasil quando o

Portal EmpresaSimples estiver emoperação. Hoje são

150 dias.

Paulo Pampolin/Hype

Rogério Amato: consumidor não vê mudanças.

Page 3: ESPECIAL - Empreendedores

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ESPECIAL - 3

Orientação e boas ideiaspara o seu negócio

Começa amanhã no Expo Center Norte a Feira do Empreendedor doSebrae-SP, o maior evento do Brasil sobre empreendedorismo

startups, além de exposição

de oportunidades de negó-

cios. Para não enfrentar filas

na entrada, os interessados

podem realizar o cadastra-

mento prévio no site http://fei-

r a d o e m p re e n d e d o r. s e-

b r a e s p . c o m . b r.

O visitante que busca infor-

mações sobre empreendedo-

rismo poderá participar de ati-

vidades voltadas à dissemina-

ção de conhecimento nas oito

salas de palestras, com capa-

cidade para 300 pessoas ca-

da, que contará com apresen-

tações de profissionais do

mercado. Haverá ainda seis

espaços destinados à capaci-

tação comandados por con-

sultores e técnicos do Sebrae-

SP. “É o maior evento para mi-

cro e pequenos empreende-

dores do Brasil e es-

te ano vamos ter

muitas novidades,

como a carreta da

Copa do Mundo, a

nossa loja móvel, o

salão de beleza iti-

nerante, a lavande-

r ia mode lo e tc . ,

além de palestras e mais de 70

consultores para orientar os

em pree nded ores ”, diz Bruno

Caetano, diretor superinten-

dente do Sebrae-SP.

Os interessados em abrir a

própria empresa poderão sair

da Feira do Empreendedor

com informações sobre as

ofertas e tendências de mer-

cado ao visitar a área de opor-

tunidades de negócios. Cerca

de 300 expositores dos seg-

mentos de franquias, tecnolo-

gia da informação, máquinas

e equipamentos, representa-

ção e porta a porta estarão no

Expo Center Norte para apre-

sentar seus produtos e servi-

ços. "Nosso objetivo é apre-

sentar soluções e oportunida-

des que promovam a melhoria

de processos. Por isso, o Se-

brae-SP seleciona os exposi-

tores e avalia se o perfil da em-

presa participante é compatí-

vel com as demandas dos mi-

cro e pequenos empresários",

explica Caetano.

A feira também terá um es-

paço de atendimento do Se-

brae-SP, onde serão ofereci-

das consultorias de marke-

ting, financeira e jurídica. O

empresário que deseja sair da

informalidade também pode-

rá abrir a empresa durante a

Feira do Empreendedor.

Panorama do setor

Segundo conta o diretor su-

perintendente do Sebrae-SP,

pesquisas indicam que o em-

preendedorismo no Brasil

vem amadurecendo. “Hoje, a

maioria abre o seu negócio

porque identificou uma opor-

tunidade e não por necessida-

de, porque perdeu o emprego.

A cada negócio aberto por ne-

cessidade, se abrem dois por

oportunidade, o que significa

que o empreendedor estudou

o mercado, planejou e tem um

modelo de negócio”, diz Bruno

C a e t a n o.

Segundo o executivo, diver-

sas entidades que defendem

as micro e pequenas empre-

sas, como o Sebrae e a Asso-

ciação Comercial de São Paulo

(ACSP), entre outras, estão

mobilizadas para que seja

aprovado na Câmara o Projeto

de Lei Complementar 237/12,

de autoria do deputado Pedro

Eugênio (PT-PE), que modifica

o Estatuto das Micro e Peque-

nas Empresas (Lei Comple-

mentar 123/06) e que tem, en-

tre outros objetivos, ampliar

os incentivos fiscais já conce-

didos às MPEs por meio do

Simples Nacional. ( C . O. )

SSERVIÇOERVIÇOFeira do Empreendedor

Loc al: Expo Center Norte -Pavilhão Verde, São Paulo

E ndereço: Rua José BernardoPinto, 333 - Vila Guilherme

Dat a : de 22 a 25 de fevereiroSábado e domingo: 10h às 21h

Segunda e terça: 13h às 21h

Euler Paixão / Hype

Empreendedores estãomais maduros

Dados recentes

revelados pelo

Sebrae a partir da

pesquisa Global

Entrepreneurship Monitor

(GEM) mostram que de

cada 100 brasileiros que

começam um negócio

próprio no Brasil, 71 são

motivados por uma

oportunidade de negócios e

não pela necessidade. Esse

é o melhor índice já

registrado desde o início do

levantamento, há 12 anos.

Em 2002, apenas 42% das

pessoas abriam uma

empresa por identificar

demanda no mercado,

enquanto os demais tinham

o empreendedorismo como

única opção, por não

encontrar alternativas no

mercado de trabalho.

Na avaliação do

presidente do Sebrae

Nacional, Luiz Barretto, os

resultados indicam a

vitalidade do

empreendedorismo no País,

mesmo em um período de

pleno emprego. “A

perspectiva é de que os

pequenos negócios

continuem em uma

trajetória de crescimento, já

que o mercado interno

brasileiro ainda oferece

muitas oportunidades de

negócios, seja para a classe

média, em expansão, seja

para segmentos específicos

de mercado”, avalia. Os

m i c ro e m p re e n d e d o re s

individuais (MEI),

microempresas e pequenas

empresas – aqueles que

faturam até R$ 3,6 milhões

por ano – representam 99%

das empresas brasileiras e

somam mais de 8,3 milhões

de Cadastro Nacional de

Pessoa Jurídica (CNPJ).

Ter o próprio negócio é

um dos três principais

sonhos do brasileiro, atrás

apenas de comprar a casa

própria e viajar. “Sonhar é

tão fundamental quanto se

planejar. A maioria dos

entrevistados afirma não

ter medo de fracassar, o

que é positivo, mas, para ter

sucesso, o empreendedor

também precisa investir na

sua capacitação e buscar

um diferencial para seus

produtos e serviços”.

Outro dado da pesquisa

ainda não ultrapassaram os

homens, mas estão quase

lá, com aproximadamente

49% de participação entre

os novos empresários.

“A cada ano, o perfil do

empreendedor brasileiro se

torna mais feminino e mais

e s c o l a r i z a d o”, destaca o

Barretto. “As mulheres

estão investindo em

qualificação, buscam

acesso às informações, não

permitem amadorismo”,

afirma. Prova disso é o

índice de escolaridade: 49%

dos donos de novos

negócios – em que as

mulheres são maioria – têm

pelo menos o segundo grau

completo. Já entre os donos

de negócios estabelecidos

(com mais de três anos e

meio de atividade), – em

que os homens são maioria

– esse índice é de 41%.

A pesquisa GEM aponta

ainda que 66% das

mulheres iniciam uma

empresa após identificar

uma oportunidade de

mercado. “Elas estão

deixando de empreender

apenas para complementar

a renda da família ou por

p a s s a t e m p o”.

Boa parte desse

resultado pode ser

creditado à força do

mercado interno brasileiro,

fortalecido pela expansão

da classe média.

Feira doEmpreendedor:visitantesterão acesso anformaçõessobre asofertas etendências demercado aovisitara área deopor tunidadesde negócios.

Diretor de RedaçãoMoisés Rabinovici

Ed i to r - Ch e feJosé Guilherme

Rodrigues Ferreira

Edição e reportagemCarlos Ossamu

D iagramaçãoLino Fernandes

Gerente Executivade Publicidade

Sonia Oliveira

Telefone: 3180-3029s o l i ve i ra @ a c s p. co m . b r

71de cada 100

brasileiros queabriram um

negócio o fizerampor identificar umaoportunidade de

mercado e não porn e c e s s i d a d e.

GEM é que as mulheres já

são maioria nas estatísticas

de abertura de novos

negócios no País, com 52%

dos novos empreendedores

– aqueles com menos de

três anos e meio de

atividade. A força

empreendedora feminina é

maioria em quatro das

cinco regiões brasileiras.

Apenas no Nordeste elas

Empresários que dese-

jam melhorar ou ex-

pandir os seus negó-

cios e candidatos a

empreendedores não podem

deixar de ir à 3ª edição da Feira

do Empreendedor, que come-

ça amanhã e vai até o dia 25 no

Expo Center Norte – Pa v i l h ã o

Verde, zona Norte de São Pau-

lo. A feira é organizada pelo

Sebrae-SP a cada dois anos e

se consolidou como o principal

evento de empreendedoris-

mo do Brasil voltado às micro e

pequenas empresas. Com en-

trada franca, o evento ocupa-

rá uma área de 21 mil m² com

estandes de consultoria indi-

vidual, orientação coletiva, lo-

jas modelos para o comércio

varejista, espaço de negócios

para empreendedores de

BrunoCaetano: alémdas palestras,mais de 70consultoresestarãodisponíveispara orientaros pequenosempresários.

Tina Cezaretti / Hype

Page 4: ESPECIAL - Empreendedores

4 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Sebrae respondeas principais dúvidas

Conheça quais são as principais questões levantadas pelosempreendedores nos diversos canais da instituição

No ano passado, o Se-

brae-SP atendeu

quase 500 mil em-

presários e futuros

empreendedores do comér-

cio, de serviços, da indústria e

do agronegócios, em todo o

Estado de São Paulo. A entida-

de possui diversos canais de

atendimento, seja presencial,

por telefone ou pela internet.

N o S i t e d o S e b r a e - S P

(www.sebrasp.com.br), o em-

preendedor tem acesso a di-

versos informações de como

abrir ou tocar o seu negócio.

Veja algumas das principais

dúvidas que surgem nesses

atendimentos.

Quais são os controlesbásicos de gestão?

Para conseguir cumprir as

necessidades dos contro-

les empresariais, o em-

preendedor deve vi-

sualizar e analisar os

processos de rela-

ção da empresa

c o m o s s e u s

clientes e forne-

c e d o re s .

Portanto, os controles em-

presariais devem contemplar

desde o atendimento (cadas-

tro dos clientes), as análises

internas (custos, formação

dos preços de venda, fluxo de

caixa e demonstrativos de re-

sultados), o estoque (contro-

les de entrada, saída e giro),

seguindo posteriormente, pa-

ra a expedição e a entrega do

produto e serviço, até o pós-

venda.

Todas estas atividades pre-

cisam ser monitoradas por

controles diários, se possível,

informatizados e integrados,

para oferecerem os recursos

necessários à gestão empre-

sarial e às suas decisões estra-

tégicas.

O empreendedor necessita

ter o controle sobre todos os

aspectos inerentes ao negó-

cio, mas existem alguns que

são primordiais para a gestão

da empresa, como seguem:

- Cadastro de clientes, for-

necedores e produtos.

- Controle do estoque e as in-

formações inerentes a ele.

- Analisar o Demonstrativo

de Resultados do Exercício,

através da margem de contri-

buição, do lucro líquido da em-

presa e também do ponto de

e q u i l í b r i o.

- Analisar diariamente o Flu-

xo de Caixa, que proporciona

as condições adequadas à

orientação financeira da em-

presa, ao longo do tempo.

Tenho uma pequenaempresa, mas não estou

satisfeito com meusfornecedores. Como

devo fazer paragarantir uma boacontratação?

Em qua lquer

área, o empresá-

rio deve lembrar

que, para seus fornecedores,

ele é o cliente. Assim como vo-

cê preza por manter seus

clientes, seu fornecedor preci-

sa garantir um atendimento

satisfatório à sua empresa.

Busque um fornecedor que

preste bom atendimento, ofe-

reça flexibilidade, qualidade,

agilidade e capacidade de pro-

dução. Um bom fornecedor é

aquele que pratica bons pre-

ços, garante qualidade e cum-

pre os prazos de entrega.

É comum que o empresário

contrate um fornecedor ape-

nas pelo preço. Mas quando

não se olha a qualidade dos

produtos e o comprometimen-

to da empresa fornecedora, o

próprio negócio fica compro-

metido. Para evitar contra-

tempos, mantenha um forne-

cedor, mas sempre com uma

ou duas empresas fornecedo-

ras alternativas, que possam

atendê-lo de última hora.

Antes de qualquer contrato,

procure, também, conhecer o

histórico de seus fornecedo-

res. Peça referências, fale com

outras empresas atendidas e

peça indicações. Preocupe-se

com o preço, mas não abra

mão da qualidade e do com-

p ro m i s s o.

Além disso, busque manter

uma relação de parceria com

seu fornecedor. Afinal, tanto

o seu negócio quanto o

dele dependem desta

reciprocidade. Ava-

lie-o com frequên-

c ia e, sempre

que possível,

ofereça auxílio

para que ele

possa atendê-

lo da melhor

f o rm a .

Se, mesmo assim, a

relação com sua empresa

se mantiver abalada, pesqui-

se e avalie novos fornecedo-

res. Por mais que você queira

manter a parceria, seu negó-

cio é que deve ser priorizado. E

quando o fornecedor não con-

segue cumprir com a qualida-

de dos produtos e os prazos

combinados, o seu cliente é

quem vai perceber as falhas

Tenho um pequenoestabelecimento comercial eminhas vendas têm diminuídomuito nos últimos meses. Oque posso fazer para não fecharmeu negócio?

Antes de qualquer decisão

ou mudança, identifique o real

motivo desta queda de ven-

das. Em geral, elas acontecem

por aumento da concorrência

ou retração econômica. Vale

investigar, também, se a que-

da do seu faturamento não foi

por questões de qualidade dos

seus produtos ou de atendi-

mento feito em sua empresa.

Se as causas forem devido a

motivos externos, como a de-

saceleração econômica, é

preciso pensar estratégias pa-

ra retomar o faturamento nor-

mal. Primeiro, adeque a em-

presa em relação aos custos,

despesas, compras e investi-

mentos pelo tempo que per-

durar essa nova realidade.

Mesmo quando a população

começa a gastar menos, é

possível pensar em alternati-

vas, como itens que possam

ser agregados e que aumen-

tem as vendas.

Em situações mais críticas,

onde a queda do faturamento

é constante e crescente, ava-

lie os impactos no caixa da em-

presa. Para isso, faça uso do

fluxo de caixa, tanto para vi-

sualizar a situação da empre-

sa, como para encontrar pos-

síveis alternativas. Se, atra-

vés desta avaliação, for identi-

ficado que a empresa possui

reservas financeiras, meça

por quanto tempo elas supor-

tam a redução nas receitas.

Porém, se o problema esti-

ver dentro da sua empresa,

não meça esforços para resol-

vê-lo. Treine funcionários, fa-

ça pesquisa de qualidade, cul-

tive o relacionamento com a

sua clientela. Estude o com-

portamento das vendas, tanto

as realizadas quanto aquelas

que foram perdidas.

A análise do negócio é fun-

damental para o sucesso, in-

d e pe n-

d e n t e-

m e n t e d o

momento pelo

qual a empresa

passa. A economia e

a redução de gastos

desnecessários são bem-

vindas em qualquer negó-

cio. Além disso, esteja sempre

atento às possibilidades de

atrair mais clientes, seja por

contato direto, seja por divul-

gação de produtos, promo-

ções e ofertas

Quais são os principaisfatores que levam à falência ouà má administração de umaempresa?

A falta de experiência pode

levar à má administração. Po-

rém, o que leva uma empresa

à falência, na sua essência, é

não conseguir atender o seu

mercado e não conseguir le-

var a ele a sua proposta de va-

lor. Isso faz com que a empresa

não seja reconhecida, não po-

dendo capturar valor de volta

em forma de pagamento pelos

produtos e serviços ofereci-

dos. Para fazer a empresa fun-

cionar é preciso uma boa ges-

tão. Para aprender a fazer uma

boa gestão, o empresário de-

ve estudar bastante aqueles

aspectos onde encont ra

maior dificuldade. Além disso,

para não ter o sabor do insu-

cesso, o empresário deve

aprender com quem faz bem

aquilo que precisa implemen-

tar em sua empresa, muitas

vezes pessoas da sua própria

convivência, com quem pode

obter dicas, macetes e boas

práticas em gestão.

Page 5: ESPECIAL - Empreendedores

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ESPECIAL - 5

Materiaisde construção:

vendasestáveis

Primeirapesquisa do ano

da Anamacomostra

estabilidadenas vendas emcomparação ajaneiro do anopassado e boasexpectativas

até o fim do ano

AAnamaco (Associa-

ção Nacional dos Co-

merciantes de Mate-

riais de Construção)

divulgou no início deste mês

os resultados do seu estudo

mensal sobre as vendas no se-

tor de material de construção.

O levantamento indicou que

as vendas no mês de janeiro ti-

veram retração de 7,7% em

relação a dezembro. Já na

comparação com janeiro de

2013, elas ficaram estáveis. A

pesquisa Tracking Mensal foi

realizada com 530 revende-

dores das cinco regiões do

Brasil. “Esse era um resultado

já esperado, em função do

comportamento do setor. Ja-

neiro geralmente é um mês

fraco, pois vem logo depois

das festas de fim de ano e ain-

da em uma época em que é

preciso pagar novos impostos

e matrículas escolares” ex p l i -

ca o presidente da Anamaco,

Cláudio Conz.

Segmentos

As lojas pequenas e médias

foram as que mais sentiram o

impacto. Já as grandes tive-

ram um incremento de 8% nas

vendas em relação a dezem-

bro – na comparação com ja-

neiro do ano passado, o de-

sempenho foi 2% superior.

A maioria dos segmentos

apresentou queda, exceto aço

e cimento, que se mantiveram

estáveis. A retração foi maior

ainda para os setores de tintas

e iluminação, que tiveram ín-

dice de -41% e -23%, respecti-

vamente. “No caso de tintas, a

retração aconteceu em fun-

ção do grande volume comer-

cializado em dezembro, que é

o melhor mês do ano para o

segmento. As pessoas sempre

procuram reformar a casa pa-

ra as festas de fim de ano e isso

acaba impactando o mês se-

guinte”, explica Conz.

Ainda segundo o estudo,

41% dos lojistas acreditam

que conseguirão recuperar

parte da queda de vendas já

em fevereiro, e 35% se decla-

raram otimistas com relação

às ações do governo nos próxi-

mos 12 meses. As perspecti-

vas também são positivas no

tocante a novos investimen-

tos, pois 53% dos revendedo-

res afirmaram que devem in-

vestir em seus estabeleci-

mentos nos próximos 12 me-

ses, com destaque para o

Centro-Oeste, Sudeste e Sul

neste quesito. Para o mês de

fevereiro também diminuiu de

forma geral a intenção de con-

tratação de funcionários, ex-

ceto nas regiões Centro-Oeste

e no Nordeste.

Apesar da retração de janei-

ro, a Anamaco continua com

perspectivas positivas para o

ano. O setor registrou 4,4% de

crescimento em 2013, alcan-

çando um faturamento recor-

de de R$ 57,42 bilhões: “Con-

tinuamos esperando um de-

sempenho 6% superior no pri-

meiro semestre do ano e 8%

superior no segundo. Se tudo

sair como estamos prevendo,

devemos encerrar o ano com

mais um recorde histórico de

7,2% de crescimento sobre

2013”, finaliza Conz.

Planejando a reforma

A Hibou, empresa de pes-

quisa e monitoramento de

mercado, realizou uma pes-

quisa com paulistanos de clas-

ses B e C, entre os dias 24 e 28

de janeiro, para entender co-

mo eles se programam para as

reformas domésticas e por

que o início do ano é período

propício para isso.

Dos entrevistados, 53% re-

sidem em casas e 47% em

apartamentos. “Notamos que

quase metade dos entrevista-

dos possui moradia própria

quitada (43%) e na outra me-

tade, 17% ainda pagam finan-

ciamento, 38% pagam alu-

guel e 2% vivem em residên-

cias emprestadas” explica Lí-

gia Mello, sócia da Hibou e

coordenadora responsável da

pesquisa.

Segundo o estudo, o final e

início de ano são as épocas es-

colhidas para realizar uma re-

forma. Dos entrevistados,

29% afirmaram que o 13º salá-

rio é o grande incentivador das

obras de final de ano. Já 17%

fazem por conta das promo-

ções do período e outros 17%

por conta das férias.

Uma reforma nunca é fácil

de ser planejada e mais difícil

ainda é ser colocada em práti-

ca. Os entrevistados foram

questionados se eles ou o res-

ponsável pela residência já ti-

nham realizado algum tipo de

reforma. Dos respondentes,

39% afirmaram que sim, 32%

disseram que nunca houve

uma reforma, mas gostariam

de fazer, e 29% não fizeram e

não fariam. Inclusive, apenas

19% deles fizeram alguma

ação de reforma antes de en-

trarem no imóvel.

Tipo de reforma

Para os que já realizaram al-

guma reforma, a p intura

(69%) e troca de revestimen-

tos, como em pisos e paredes

(43%), foram as ações mais

efetuadas, seguida de hidráu-

lica e elétrica (34%), 12% re-

novação de telhado e apenas

5% reformaram para ampliar

ou acrescentar novo cômodo

ao imóvel. “Foram citados

também troca de chuveiro e

quadro de luz, porém em per-

centuais abaixo de 2%” co m-

plementa Lígia.

Os principais motivos para a

execução da reforma são a

manutenção e solução de pro-

blemas (70%), 17% estética e

design, 6% modernização do

lar, 5% valorização do imóvel

e apenas 2% responderam

ampliação. “O paulistano de

classe média B e C reforma

mais por necessidade do que

por estética. Outra informa-

ção importante é que 74% dos

entrevistados que reforma-

ram permaneceram no imóvel

durante toda a obra.”

Divulgação

Pesquisa revelaperfil das empresas

de factoring

No fim do ano

passado, o SINFAC-

SP (Sindicato das

Sociedades de Fomento

Mercantil Factoring do

Estado de São Paulo)

realizou a pesquisa “O Perfil

da Atividade de Fomento

Mercantil no Brasil”, que

contou com a participação

de 91 empresas paulistas

de factoring. O objetivo foi

fazer um mapeamento do

setor. “Esta ampla

pesquisa será essencial

para que nossa entidade

condicione sua atuação

criando novas estratégias e

desenvolvendo planos que

contemplem a maior

representatividade do

setor e o melhor

atendimento aos

associados no Estado. A

análise da pesquisa mostra

que o perfil das empresas

de factoring é de pequenas

empresas que atendem

pequenas empresas”, diz

Hamilton de Brito Junior,

presidente da entidade.

Segundo a pesquisa,

entre os setores com maior

presença do factoring, a

indústria figura em

primeiro lugar com

36,32%, seguida do

comércio (28,33%), dos

serviços (26,39%) e do

agronegócio (8,95%). O

levantamento ratifica

ainda que, somadas, as

micro e pequenas

empresas representam

78,45% do setor.

Das empresas

entrevistadas, 75,23% têm

até 50 clientes ativos, com

operações regulares. Entre

as 91 pesquisadas, 84,61%

disseram que realizam até

200 operações mensais e

74,73% dos respondentes

afirmaram que

movimentam até R$ 2

milhões por mês. O prazo

médio da carteira de

clientes varia de 31 a 60

dias para 81,32% das

empresas do setor. De

acordo com o

mapeamento, 23,08% das

empresas registraram

menos de 0,20% de perda

sobre o total operado nos

últimos dois anos.

Apesar da diversificação,

maioria continua

adquirindo ou realizando

ativos e operações

tradicionais. O domínio

ainda é das duplicatas

(46,32%) e dos cheques

pré-datados (36,84%).

Claudio Conz, da Anamaco

SXC

Page 6: ESPECIAL - Empreendedores

6 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Asas para o seunegóciodecolar

Investidores-anjoajudam empresas

inovadoras acrescerem, com

capital e tambémapoio em forma

de conhecimentoe redes decontato

Entre junho de 2012 e

julho de 2013, o in-

vestimento-anjo des-

tinado às startups no

Brasil somou R$ 619 milhões,

um crescimento de 25% sobre

os R$ 495 milhões do período

anterior. O número de investi-

dores nesta categoria subiu

de 6.300 para 6.430, um au-

mento de pouco mais de 2%.

Estes números são de uma

pesquisa divulgada pela Anjos

do Brasil (www.anjosdobra-

sil.net) no fim do ano passado.

O estudo ainda revelou o perfil

dos investidores-anjo que

atuam no País: 50% são em-

presários, 29% são executi-

v o s , 1 3 % s ã o i n v e s t i d o-

res/gestores, 6% profissionais

liberais e 2% outros. Entre as

principais áreas de interesse

para investimentos estão: TI,

Mobile, Saúde/Biotecnologia,

E-commerce, Educação e En-

t re t e n i m e n t o.

A Anjos do Brasil é uma or-

ganização sem fins lucrativos

fundada em 2011 pelo empre-

sário Cassio Spina, que tam-

bém lançou o livro Investidor

Anjo (Editora nVersos). A orga-

nização foi criada com o obje-

tivo de fomentar o crescimen-

to do investimento-anjo para

apoio ao empreendedorismo

de inovação, compartilhando

conhecimentos, experiências

e oportunidades de negócios

para investidores e empreen-

dedores e apoiando a forma-

ção de redes de relaciona-

mento, ajudando a conectar

todos agentes da comunidade

e m p re e n d e d o r a .

Como funciona

O investimento-anjo é o in-

vestimento efetuado por pes-

soas físicas com capital pró-

prio em empresas nascentes

com alto potencial de cresci-

mento (startups). Geralmente

são empresários, executivos e

profissionais liberais expe-

rientes, que agregam valor

para o empreendedor com

seus conhecimentos, expe-

riência e rede de relaciona-

mentos, além dos recursos fi-

nanceiros. O investidor tem

normalmente uma participa-

ção minoritária no negócio e

não possui posição executiva

na empresa, mas apoia o em-

preendedor atuando como um

mentor ou conselheiro.

Spina explica que o investi-

mento-anjo é uma prática

bastante difundida nos Esta-

dos Unidos e Europa, onde os

governos locais oferecem in-

centivos, pois entendem que

eles geram riquezas e empre-

gos, além de promoverem a

inovação. Nos EUA, por exem-

plo, é possível deduzir no im-

posto de renda entre 10% e

100% do total investido, de-

pendendo do Estado; na Ingla-

terra, os investidores podem

deduzir do IR 30% do total in-

vestido e ter isenção sobre ga-

nho de capital. “No Brasil não

há incentivos e a legislação

considera que o investidor é

um sócio, qualquer que seja a

sua participação, podendo

responder judicialmente por

passivos ou outros problemas

que a empresa possa apresen-

tar ”, afirma Spina. “Porém, há

modelos de contratos que per-

mitem que o investidor não se-

ja considerado sócio – não é o

ideal, mas é uma solução que

temos usado”, revela.

Além do dinheiro

Importante observar que o

investimento-anjo não é uma

atividade filantrópica e/ou

com fins puramente sociais. O

investidor-anjo tem como ob-

jetivo aplicar recursos em ne-

gócios com alto potencial de

retorno, que consequente-

mente terão um grande im-

pacto positivo para a socieda-

de através da geração de

oportunidades de trabalho e

de renda. O termo "anjo" é uti-

lizado pelo fato de não ser um

investidor exclusivamente fi-

nanceiro, que fornece apenas

o capital necessário para o ne-

gócio, mas por apoiar o em-

preendedor, aplicando seus

conhecimentos, experiência e

rede de relacionamento para

orientá-lo e aumentar suas

chances de sucesso.

O investimento-anjo em

uma empresa é normalmente

feito por um grupo de dois a

cinco investidores, tanto para

diluição de riscos como para o

compartilhamento da dedica-

ção, sendo definido um ou dois

como investidores-líderes pa-

ra cada negócio. O investi-

mento total por empresa é em

média entre R$ 200 mil a R$

500 mil, podendo chegar até

R$ 1 milhão.

A Anjos do Brasil poderá for-

necer materiais de referência,

bem como apresentar outros

investidores-anjos e/ou asso-

ciações, conforme a necessi-

dade, com os quais o empre-

endedor poderá trocar expe-

riências e conhecimento.

Mas não basta o empreen-

dedor ter uma ideia na cabe-

ça, é preciso ter um modelo de

negócio formatado, um amplo

estudo do mercado e a empre-

sa ou produto registrados. Os

investidores-anjos normal-

mente investem em negócios

que apresentem inovação.

Caso seja um negócio tradicio-

nal, por exemplo varejo, a re-

comendação é que se procure

entidades como o Sebrae, in-

cubadoras ou organismos de

fomento ou financiamentos.

Os investidores-anjos tam-

bém buscam empresas que

atuem em mercados com

grande potencial de cresci-

mento. O valor do investimen-

to também não deve superar

R$ 1 milhão, pois exigiria um

número grande de investido-

res. Nesse caso, a opção é bus-

car empresas de private equi-

ty. O investimento-anjo se

destina exclusivamente para

aporte da empresa (cash-in) e

não para a compra de partici-

pação (cash-out) de outros in-

vestidores e/ou dos sócios, e

nem poderá ser utilizado para

pagamento de dívidas.

Segundo explica Spina, não

é apenas o investidor-anjo que

deve escolher com critério o

empreendimento que irá in-

vestir. O empreendedor tam-

bém deve escolher com cuida-

do o investidor-anjo, conhecer

a sua atuação, o seu portfólio

de investimento, se há afini-

dade e como ele pode agregar

valor, seja com contatos ou

experiência. ( C . O. )

Steve Marcus/Reuters

O investidor-anjo tem comoobjetivoaplicarrecursos emnegócios comalto potencialde retorno, queterão grandeimpactopositivo para asociedade.

Divulgação

Cassio Spina, da Anjos do Brasil

Page 7: ESPECIAL - Empreendedores

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ESPECIAL - 7

Quem são os novosempreendedores digitais?

Pesquisa mostra os perfis de empreendedores e investidores de startups no Brasil

Houve uma forte mu-

dança no foco das

startups brasileiras

nos últimos anos.

Em 2011, o foco principal era o

Marketing Online, com 17%

dos novos empreendimentos

vo l tados para esta

área, seguido de pro-

dução de Conteúdo,

também com 17%,

S o f t w a re ( 1 6 % ) ,

Educação (14%) e So-

cial Media (13%). Já em

2013 os segmentos

apontados como os de

maior investimento dos

empreendedores fo-

ram Serviços (33%),

Aplicativos (30%) e E-

commerce (29%). Is-

so é o que indica a se-

gunda edição da pesquisa “O

Perfil do Empreendedor Digi-

tal no Brasil”, realizada pela

e.Bricks Digital, empresa de

investimentos do Grupo RBS,

e a Consumoteca, boutique de

conhecimento especializada

no consumidor brasileiro. Fo-

ram ouvidos 342 empreende-

dores digitais, por meio de

questionário estruturado onli-

ne, com apoio dos parceiros

Endeavor, Brazil Founders,

Anjos do Brasil, Brazil Innova-

tors e Startupi. O primeiro es-

tudo sobre o tema foi realizado

pelas duas empresas em outu-

bro de 2011.

Amadurecimento

Para Fabio Bruggioni, CEO

da e.Bricks Digital, a compara-

ção entre os dois estudos mos-

tra uma evolução. “Os resulta-

dos apontam para uma clara

profissionalização do merca-

do, tendo em vista que os seto-

res de maior crescimento exi-

gem mais dos empreendedo-

res, tanto em capital quanto

em esforço de equipe”, afir-

ma. “Negócios disruptivos

têm chances maiores de com-

petir com players globais”,

completa Bruggioni.

O estudo abordou também

o ciclo de lançamento das

startups. Segundo os entre-

vistados, o tempo médio para

que os negócios e as ideias dos

empreendedores entrevista-

dos estejam prontos é de seis

meses, um ciclo bem rápido. A

pesquisa aponta que apenas

7% dos empreendedores ain-

da estão na fase de ideias, 8%

estão com o projeto no papel,

33% estão em fase inicial de

desenvolvimento, 26% estão

com seus produtos em fase

beta e 26% já estão com o pro-

duto finalizado.

Quando questionados so-

bre a formalidade dos negó-

cios, 78% constituíram em-

presa formal ou estão no pro-

cesso de legalização, um nú-

mero bem próximo aos 77%

que estavam nessa situação

em 2011. Outro dado é que

43% dos empreendedores tra-

balham exclusivamente em

seus projetos, enquanto que

52% dedicam parte do seu

tempo ao negócio; 27% dos

entrevistados afirmaram ter

uma equipe formada por qua-

tro ou seis pessoas, 15% res-

ponderam tocar o negócio so-

zinhos.

Em busca de apoio

A falta de recursos é a prin-

cipal barreira para os empre-

endedores digitais, de acordo

com 45% dos entrevistados.

Se pudessem, portanto, con-

tar com um apoio de empresas

especia l izadas em

startups, 33% dos en-

trevistados pediriam fi-

nanciamento. Já 28% de em-

preendedores gostariam de

ter mais contato com o merca-

do, ou seja, maior facilidade

para apresentar e comerciali-

zar o produto desenvolvido.

Aproximadamente 80% dos

projetos são financiados pelos

sócios do negócio, ou seja,

sem a presença de um investi-

dor externo. Entre os que não

possuem investimento exter-

no, 27% disseram que apre-

sentaram seu projeto para al-

gum investidor.

O status após a apresenta-

ção dos projetos a investido-

res não possui diferença signi-

ficativa entre os número de

2011 e os de 2013. Em ambas

as pesquisas, 42% dos entre-

vistados disseram estar em

negociação e 17% afirmaram

que não houve interesse por

parte dos investidores, dois

pontos percentuais a mais que

em 2011. Nove por cento dos

empreendedores entrevista-

dos disseram estar trabalhan-

do na lista de exigências – em

2011 eles eram 8%. Dos que

não contaram com investi-

mento externo, 46% disseram

ter a intenção de apresentar

posteriormente – em 2011 es-

te número era de 55%.

Uma parce-

la pequena dos

e mp re en de do re s

entrevistados possui al-

gum tipo de financiador, como

investidor-anjo (12%), empre-

sa de venture capital (5%),

empresa privada (4%) ou ban-

co de investimento (1%). A

participação de programas do

governo e instituições de ensi-

no é baixa, 3% e 1% respecti-

vamente.

Perfis de investidores

De acordo com os entrevis-

tados, um investidor hoje não

é apenas uma fonte de recur-

sos financeiros, mas, princi-

palmente, um parceiro. Para

39% dos entrevistados, o em-

preendedor precisa ter uma

boa rede de contatos para aju-

dá-los a abrir portas e a cres-

cer. Apenas 2% desejam ape-

nas o dinheiro do investidor.

São quatro os perfis de inves-

tidor mapeados pela pesqui-

sa: Abridor de portas, Especia-

lista, Estrategista e Financia-

d o r.

O Abridor de portas é o par-

ceiro que tem uma grande re-

de de relacionamento e possui

o tino comercial que muitos

empreendedores buscam. É

imprescindível que ele conhe-

ça o segmento de atuação do

negócio para que as ações se-

jam dirigidas sem perda de

t e m p o.

O Especialista possui bons

conhecimentos econômicos

de mercado para auxiliar o

empreendedor. Como geral-

mente o empreendedor é téc-

nico, é importante ter um par-

ceiro que entenda de econo-

mia e negócios. Ele deve aju-

dar o empreendedor a tomar

as decisões baseados em re-

ports, números e dados.

O Estrategista é responsá-

vel por repensar toda a inteli-

gência do negócio e apresen-

tar novos rumos para a empre-

sa. Neste caso o parceiro é vis-

to como um “c on s el h ei ro”,

mas é imprescindível que tra-

balhe no projeto, dedicando

tempo ao negócio junto com o

e m p re e n d e d o r.

Já o Financiador é o investi-

dor tradicional, que financia o

novo negócio em troca de par-

ticipação. É fonte de recursos

financeiros, mas não auxilia

em outras atividades, como

estratégia e networking. É um

perfil que os empreendedores

não valorizam atualmente.

Perfil do empreendedor

A pesquisa aponta uma con-

centração de empreendedo-

res nas regiões Sudeste (43%

estão em São Paulo) e Sul

(21%). Os empreendedores

são, em sua maioria, homens

com idade entre 25 e 40 anos.

A pirâmide social dos empre-

endedores é diferente da po-

pulação brasileira, privile-

giando pessoas com maior po-

der aquisitivo e alto nível de

escolaridade –42% fizeram al-

gum tipo de pós-graduação.

Cursos de graduação rela-

cionados à tecnologia são os

mais comuns entre os empre-

endedores digitais (19%), se-

guidos por administração de

empresas (16%) e comunica-

ção social (13%). A necessida-

de de gerir seu negócio e colo-

car sua ideia para fren-

te faz com que os cur-

s o s d e p ó s -

graduação mais fre-

quentes estejam re-

lacionados com ges-

tão de negócios (23%),

marketing (16%) e ad-

ministração de empre-

sas (11%).

Inspiração (histó-

rias de outros em-

preendedores) e

experiência pro-

fissional são os fa-

tores que mais in-

fluenciam um empreen-

dedor na hora de pensar em

ter seu negócio (42%). E sua

motivação é trabalhar com o

que gosta (73% em 2013 e

79% em 2011), seguido do re-

torno financeiro (50% em

2013 e 52% em 2011) e da

oportunidade de crescimento

profissional (44% em 2013 e

54% em 2011). As motivações

se mantiveram as mesmas em

2011 e 2013.

Dos entrevistados, 45% dis-

seram que a falta de recursos

financeiros ainda é o principal

problema dos empreendedo-

res digitais no País. Em 2011

este número foi de 44%. A bu-

rocracia (39%) e a falta de mão

de obra qualificada (35% em

2013 e 30% em 2011) tam-

bém apresentam elevados

percentuais. Observa-se re-

dução significativa na insatis-

fação com políticas públicas

de incentivo (28% em 2013 e

34% em 2011) e na falta de

tempo para dedicação ao pro-

jeto (18% em 2013 e 34% em

2011).

Em 2011, a média de tempo

em que os entrevistados se

consideravam empreendedo-

res era de 30 meses. Em 2013,

esse tempo subiu para 40 me-

ses. Apesar do crescimento, a

média não cresceu em 24 me-

ses (tempo entre as duas pes-

quisas), indicando que ainda

existe uma taxa de desistên-

cia elevada.

Page 8: ESPECIAL - Empreendedores

8 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Alta tecnologiaao alcance dos pequenos

O portalVouclicar.com

oferece aplicaçõesespecíficas de gestão

de serviços,hardware, software e

infraestruturaatravés da internet

SXC

Máquina velha,custos maiores

SXC

Uma pesquisa

realizada pela

Techaisle a pedido

da Intel revelou dados

preocupantes em relação

às pequenas empresas:

em média, os funcionários

perdem uma semana – ou

42 horas de trabalho – por

ano em função de

problemas com PCs

antigos. Em contrapartida,

27% das 736 empresas

entrevistadas afirmaram

que a prioridade delas é

reduzir o custo de TI.

O estudo realizado com

representantes do Brasil,

China, Alemanha, Índia,

Rússia e Estados Unidos,

mostrou que todas elas

estão prolongando a vida

de seus PCs muito além da

data de atualização

recomendada. Em 36%

delas, os PCs têm mais de

quatro anos de uso e por

isso exigem mais

manutenção, afetando a

produtividade dos

funcionários e elevando os

custos. Ainda segundo o

estudo, investimentos em

novas máquinas, em

alguns casos, sairiam mais

barato. “A atualização para

um PC novo é uma das

escolhas mais inteligentes

que uma empresa pode

fazer ”, explica Carlos

Luzzi, diretor do segmento

corporativo da Intel Brasil.

“Os PCs são considerados

a base de muitas empresas

e este estudo deixa clara a

necessidade de atualizá-

los regularmente”.

No que tange aos gastos

com os PCs mais antigos,

os serviços de reparo e

manutenção são 1,5 vezes

mais frequentes, o que

gera, em valor, custos de,

em média, US$ 427 por PC

com mais de quatro anos

de uso. Isto equivale a 1,3

vezes o valor do mesmo

serviço para PCs novo ou

seminovo. Por exemplo,

entre as empresas com 50-

99 empregados, o custo

médio de reparo de PCs

antigos é de US$ 521 por

ano, ou 1,4 vezes o custo

de reparo de um PC com

menos de quatro anos de

u s o.

Outro risco tem relação

com segurança e custos

que aumentarão no

próximo ano. Das

empresas participantes da

pesquisa, 47% delas não

estavam informadas de

que a Microsoft encerrou o

serviço de suporte para o

Windows XP, aumentando

a carga de manutenção.

Além disso, sem as

atualizações automáticas

que ajudam a proteger os

PCs, valiosos dados de

negócios ficam mais

vulneráveis aos vírus e

riscos de segurança.

Os pequenos

empresários acreditam

que com PCs mais novos o

desempenho de

aplicativos rodando

simultaneamente sem

nenhuma degradação do

sistema seria 60% maior

em comparação com os

PCs antigos. O avanço é

significativo na medida em

que as pequenas

empresas estão usando

tipos de aplicativos cada

vez mais diversificados,

incluindo aplicativos de

p ro d u t i v i d a d e

empresarial, e-mail e

internet, bate-papo e

vídeo, aplicativos de linhas

de negócios, finanças e

contabilidade, interações

nas redes sociais, além de

música e jogos.

Nem sempre a micro epequena empresa temrecursos para investirem hardwares, softwa-

res e serviços de tecnologia da in-formação (TI). Uma alternativa é aterceirização através de serviçosem nuvem (cloud computing). Éjustamente isso que propõe oVo u c l i c a r. c o m ( w w w. vo u c l i-car.com), um portal de comércioeletrônico de aplicativos de ges-tão empresarial e soluções de TIfocado em micro, pequenos e mé-dios empreendedores. O objetivoé oferecer a alta tecnologia utiliza-da por grandes corporações a em-presas de menor porte. A distân-cia de apenas um clique, o empre-endedor encontra soluções paraas suas necessidades, ganhandoeficiência e podendo focar apenasem seu negócio.

Idealizado pela empresáriaCristina Boner em 2009, o portal jáestá no ar e funciona como ummarketplace que une as tecnolo-gias de computação em nuvem ee-commerce para oferecer aplica-ções específicas de gestão de ser-viços, hardware, software e in-fraestrutura de fabricantes mun-diais – tudo em um mesmo local,com um ponto único de atendi-mento, venda e suporte ao cliente.“Essas companhias em estágio ini-cial são pilares fundamentais daeconomia brasileira e estão emfranco crescimento. O próximogrande desafio delas é o uso datecnologia para melhorar a pró-pria gestão e, assim, conseguir daro passo decisivo para a ampliaçãodos seus negócios”, comenta Cris-tina Boner, presidente do Conse-lho de Administração da Glo-balweb Corp, grupo controladordo Vouclicar.com.

“A ideia do Vouclicar.com éatuar como um Cloud Service Bro-ker, unindo as demandas dos em-presários às ofertas dos desenvol-vedores de tecnologia”, explicaGleydson Barbosa, COO da novaempresa. O resultado é um ecos-sistema que fomenta o surgimen-to de novos desenvolvedores (oschamados CSVs - Cloud SoftwareVendors), facilitando a entradadeles no mercado ao proporcio-nar uma infraestrutura tecnológi-ca e comercial que eles geralmen-te não têm. O empresário encon-trará no Vouclicar.com aplicativosde gestão criados para as necessi-dades de seu setor, como Automo-tivo, Saúde, Finanças, Indústria,Logística & Transporte, Jurídico,Marketing, Serviços e ONGs, entreoutros. O acesso e a utilização dosserviços são feitos diretamente noportal, a partir de qualquer com-

putador ou dispositivo móvel comconexão à internet.

“O Vouclicar.com vai prezar pe-la liberdade de escolha do cliente.Como uma espécie de ‘sup ermer-cado online de TI’, nosso market-place oferece as melhores solu-ções de fabricantes mundiais e dedesenvolvedores independentespara auxiliar o empreendedor emsuas ações diárias de gestão”, afir-ma Barbosa. Além das soluções es-pecíficas para determinados seg-mentos econômicos, o portal ofe-rece, ainda, ferramentas comuns adiferentes mercados, como arma-zenamento e backup, e-mail e co-laboração, segurança da informa-ção, entre outras. Revolucionário,o produto é o primeiro no cenáriomundial que se propõe a unir to-das as principais tendências tec-nológicas e do mercado global deTI – computação em nuvem, e-commerce, pay-per-use, billing,gestão de relacionamento com ocliente, seleção de CSVs, fabrican-tes e autoprovisionamento - emum modelo de negócios inovador.“Desta forma, os empresários te-rão no Vouclicar.com a sua equipede TI de aluguel, concentrando emum só lugar todo o atendimento,sem a necessidade de buscar auxí-lio junto aos diversos fabricantes”,diz Barbosa.

Investimentos

O Vouclicar.com foi viabilizadoe desenvolvido pela GlobalwebCorp, um dos maiores conglome-rados brasileiros de Tecnologia daInformação, ao longo de três anos.Foram investidos R$ 10 milhõesdesde o início do seu desenvolvi-mento e estão previstos mais R$12 milhões ao ano, destinados aparcerias com desenvolvedores,marketing, infraestrutura, equipee back-office.

A proposta do portal vai ao en-contro das estratégias dos gran-des fabricantes para atingir a mi-cro e pequenas empresas, o queexplica a grande adesão ao proje-to de importantes parceiros comoAmazon, Microsoft, IBM, TrendMicro, Oracle, CA e Symantec.“Grandes players e mesmo os pe-quenos desenvolvedores não têmacesso ao segmento de micro e pe-quenas empresas, que é muitopulverizado. Por isso, entende-mos que, para alcançá-lo, seriapreciso criar um novo modelo denegócio, democrático e inovador,com pouca customização dos pro-dutos e uma comercialização onli-ne que garanta maior capilarida-de e autoprovisionamento”, expli-ca Cristina Boner.

Page 9: ESPECIAL - Empreendedores

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ESPECIAL - 9

Agoraficou fácil

aceitarcartões

Com um leitor acoplado ao celular outablet, comerciantes e vendedores

autônomos passam a aceitar pagamentoscom cartões de crédito e débito

No ano passado, as

vendas com cartões

de crédito e débito

somaram quase R$

850 bilhões, segundo levanta-

mento da Abecs (Associação

Brasileira das Empresas de

Cartões de Crédito e Servi-

ços). Cada vez mais o dinheiro

de plástico vem ganhando es-

paço – hoje, mais de 20 mi-

lhões de pessoas são usuárias

de cartões, contra 16 milhões

em 2008. Pequenos comer-

ciantes e vendedores autôno-

mos também começam a

aceitar cartões na hora do pa-

gamento e muitas empresas

estão de olho neste público.

É o caso da iZettle, que de-

sembarcou no mercado brasi-

leiro no fim de agosto do ano

passado, graças a uma parce-

ria com o banco Santander.

Trata-se de uma empresa sue-

ca especializada em paga-

mentos móveis, cuja tecnolo-

gia permite a qualquer pessoa

aceitar transações com car-

tões de crédito e débito com

seus smartphones e tablets.

Além da Suécia, a empresa es-

tá presente na Noruega, Dina-

marca, Finlândia, Reino Unido,

Alemanha, Espanha e México.

O processo é muito simples,

basta criar uma conta de usuá-

rio e comprar o leitor de car-

tões pe lo s i t e www. i ze t-

tle.com.br e baixar o aplicati-

vo – disponível no Brasil para

download gratuito na Apple

App Store e na Google Play –di-

retamente no smartphone ou

tablet. O leitor de cartões cus-

ta R$ 99. Os clientes da iZettle

que optarem por ter o valor de

suas vendas depositado em

uma conta corrente do banco

Santander receberão de volta

50% do valor pago pelo leitor

após realizarem a primeira

transação. A solução aceita

cartões das bandeiras Master-

Card e Visa.

Um dos diferenciais da solu-

ção da iZettle é que não há

custos fixos, como mensalida-

de, aluguel ou taxa de utiliza-

ção mínima. Apenas será co-

brada uma taxa de 5,75% so-

bre o valor de cada transação.

Outro destaque é que o valor

das vendas com cartão de cré-

dito será depositado em até 5

dias, em vez de 30 dias como

nas soluções tradicionais.

A experiência de pagamen-

to é simples e segura. O cliente

digita os dados da compra e

clica em “cobrar ”. O compra-

dor insere o cartão no leitor,

que valida o chip, e assina na

própria tela do celular ou ta-

blet. Por fim, é possível enviar

o comprovante de pagamento

por e-mail.

A solução da iZettle tam-

bém traz ferramentas para o

gerenciamento. O sistema

permite rastrear e analisar

vendas, com gráficos, que exi-

bem receitas, produtos mais

vendidos, volume médio de

pagamentos, etc.

Opção de peso

O P a g S e g u r o d o U O L

( h t t p : / / p a g s e g u-

ro.uol.com.br), um gigante no

segmento de meios de paga-

mentos para comércio eletrô-

nico, também entrou neste

mercado e desde abril de 2013

oferece uma solução de venda

pelo smartphone e tablet, mas

apenas para cartões de crédi-

to. As transações são realiza-

das através de um leitor de

cartões acoplado à saída para

fone de ouvido dos aparelhos.

O vendedor se cadastra no

site para adquirir o leitor (em

até 12x de R$ 9,90), baixa gra-

tuitamente o aplicativo Pag-

Seguro na loja da Apple ou do

Google Play. Para efetuar a

venda, basta acoplar o leitor

de cartões no celular ou tablet,

digitar o valor da compra, pas-

sar o cartão do cliente e a tran-

sação é realizada.

A modalidade de venda pelo

celular do PagSeguro permite

que profissionais como taxis-

tas, consultoras de beleza,

personal trainers e dentistas,

entre outros, tenham a opor-

tunidade de aumentar seu fa-

turamento aceitando cartões

de crédito em qualquer lugar,

a qualquer hora, usando ape-

nas o celular ou tablet. E ainda

têm a grande vantagem de re-

ceber o valor total da venda

em uma única parcela. Quem

adquire o serviço pode parce-

lar o pagamento com cartão

de crédito por serviços que

usualmente são pagos com di-

nheiro ou cheque. Para rece-

ber o valor da venda em 14

dias, a taxa cobrada é de

3,99%; em 30 dias a taxa cai

para 3,59%; e em 45 dias,

3,09%. Para pagamentos par-

celados há um acréscimo de

1,99% ao mês.

Fotos: divulgação

Com opé no

acelerador

Captura de tela

Zoomyard: site oferece serviços de fotógrafos e cinegrafistas.

Acima, soluçãoda iZettle parapagamentospor celular ou

tablet, queaceita cartões

de débito ecrédito; ao

lado, soluçãodo PagSeguropara cartõesde crédito.

OZ o o m y a rd

( w w w. z o o m y a rd . c o m ) ,

plataforma social

que conecta fotógrafos e

cinegrafistas profissionais

com clientes, acaba de

receber o investimento de

R$ 50 mil da WOW,

aceleradora com foco em

iniciativas empreendedoras

e inovadoras que oferece,

além de recursos financeiros

para viabilizar o crescimento

de startups, uma ampla

experiência e networking de

um grupo de 57

i n v e s t i d o re s .

Com a colaboração de

recursos tecnológicos

avançados aliados a

resultados obtidos em

pesquisas qualitativas e

quantitativas que retratam o

atual momento do mercado

audiovisual brasileiro, a

iniciativa do portal

Zoomyard foi idealizada

pelo mestre em

administração internacional

e com conhecimentos na

área comercial e de

operações em startups, José

Figueiredo, e pelo

desenvolvedor de

empreendimentos digitais,

formado em ciência da

computação, Thiago

Ghilardi. Juntos eles deram

significado ao principal

objetivo da startup, focada

na ampliação do horizonte

de oportunidades de

trabalho do segmento

audiovisual no Brasil.

Segundo levantamento do

Zoomyard no Brasil, 75%

dos profissionais que atuam

no mercado afirmam que

seus clientes chegam até

eles através de

recomendações de outros

clientes, 65% mencionam o

Facebook e 45% seus

websites pessoais, mas

apenas 10% mencionam

“outros websites” como

fonte de trabalhos. A partir

desta estimativa, os

fundadores do projeto

começaram a construir uma

plataforma com o objetivo

de oferecer uma nova fonte

de trabalhos para os

fotógrafos e cinegrafistas do

Brasil. A empresa estruturou

um modelo de negócios

baseado na cobrança de

uma comissão de 20% por

cada serviço contratado

através da plataforma.

Desta forma, o Zoomyard

custeia suas atividades de

networking e proporciona o

fomento de oportunidade de

trabalho para os diversos

profissionais do ramo.

A startup inova no

mercado de serviços

audiovisuais, a partir da

criação de um canal de

comunicação direto entre

consumidor target e

profissionais da área de foto

e vídeo. “Queremos oferecer

uma nova fonte de trabalho

para os fotógrafos e

cinegrafistas do Brasil. Hoje

em dia, esses profissionais

têm dificuldade para

encontrar clientes e

trabalhos bem

remunerados. Da mesma

forma, clientes não possuem

subsídios para localizar, de

forma rápida e eficiente, um

profissional qualificado para

suas necessidades. O portal

tem como objetivo estreitar

esta lacuna entre clientes e

profissionais, e para isso não

poupamos expertise

tecnológica para suprir esta

demanda do mercado”,

afirma Figueiredo.

André Ghignatti, diretor-

executivo da WOW, declara

que o Zoomyard tem um

potencial de atuação que vai

além do esperado no

mercado. “Este portal é uma

ferramenta inovadora, o

qual é utilizado para

encontrar profissionais

especializados, pois estes

serviços são indispensáveis

em eventos corporativos,

ocasiões sociais e de

e n t re t e n i m e n t o”, diz.

Page 10: ESPECIAL - Empreendedores

10 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Quando conselhosvalem ouro

A missão da Endeavor é identificar e apoiar pequenos negócios que amanhã serão as grandes empresas

Carlos OssamuSXC

Perfis dosempr eendedor es

No ano passado, a

Endeavor Brasil,

juntamente com o Ibope,

divulgou a pesquisa

E m p re e n d e d o re s

Brasileiros – Perfis e

Percepções 2013.

Entre aqueles que

pretendem ser

empreendedores, mas

ainda não são, foram

identificados três

grandes perfis:

Desbravador,

Empolgado e Provedor.

O Desbravador quer

empreender para ganhar

mais dinheiro, mas não

possui experiência e

renda; demanda

conteúdo básico e

prático sobre diversos

temas, como finanças

pessoais.

O Empolgado quer

empreender para ter

mais independência

pessoal, sendo mais

jovem do que a média.

Possui interesse em

educação a distância e

conteúdo inspiracional.

Já o Provedor é

composto

principalmente por

mulheres e pessoas mais

velhas, com baixa

escolaridade e renda

pessoal. Neste caso, são

necessários

engajamentos através

de eventos locais ou na

comunidade e conteúdos

mais simples.

O estudo determinou

ainda quatro tipos de

e m p re e n d e d o re s

formais: Apaixonado,

Antenado, Independente

e Arrrojado.

O empreendedor

Apaixonado é mulher em

sua maioria, com idade

entre 25 e 35 anos.

Enfrenta dificuldades

burocráticas e falta de

investimento e poderia

se beneficiar de cursos

sobre acesso a capital,

inovação e networking.

O Antenado

geralmente é jovem e

com maior renda

familiar, enfrenta

obstáculos de

conhecimento e

i n v e s t i m e n t o.

Este perfil

necessita de

mentoring e

coaching,

O Independente

é um

e m p re e n d e d o r

mais maduro e

estável, não acessa

muito a Internet,

portanto precisa de

conteúdo por meio de

revistas e ou jornais. Para

resolver problemas

financeiros, requer

educação sobre linhas de

f i n a n c i a m e n t o.

Já o Arrojado é

composto em sua

maioria por homens com

maiores rendas pessoal e

familiar. Para crescer,

precisaria de ajuda

sofisticada e

mentoring/networking.

Completando a lista há

outros dois na categoria

de empreendedores

informais: o Pragmático

e o Lutador.

O Pragmático tem

escolaridade mediana,

se comparada a

e m p re e n d e d o re s

informais em geral.

O Lutador é o

empreendedor com mais

idade e menor

escolaridade, que abriu o

negócio por

necessidade.

Caminho docr escimento

Acarioca Dermage

deu um salto

empresarial ao deixar de

ser apenas uma farmácia

de manipulação e passar

a produzir linha própria

de dermocosméticos.

Hoje, a empresa conta

com um portfólio de mais

de 100 produtos,

vendidos em 35 lojas, 80

pontos de revenda e

redes de drogarias,

apresentando forte

c re s c i m e n t o.

A Dermage é fruto da

perseverança e visão de

negócios da

farmacêutica Lisabeth

Braun, que, para

começar o negócio, teve

de vender seu carro. Em

1978, ela fundou a

primeira farmácia de

manipulação focada em

dermatologia no Rio de

Janeiro, em Copacabana

e, em 1990, Lisabeth

fundou um novo

empreendimento ao lado

do marido, o engenheiro

civil e administrador

Walter Braun, a

D e rm a g e .

A empresa cresceu

unindo os dois mundos:

cada unidade era, ao

mesmo tempo, uma

farmácia de manipulação

e uma loja de

d e rm o c o s m é t i c o s .

Graças ao

relacionamento que Lisa

desenvolveu com

d e rm a t o l o g i s t a s ,

alergistas e cirurgiões

plásticos ao longo de

doze anos, a linha

Dermage logo foi

ganhando a preferência

deles, que, em vez de

receitarem as fórmulas,

passaram a recomendar

os produtos prontos aos

pacientes.

Apoiada pela Endeavor

desde 2008, hoje a

empresa é multicanal,

presente em todo o

território nacional, com

35 lojas entre próprias e

franquias, e 80 pontos de

revenda multimarcas e

nas principais redes de

drogaria do Rio de Janeiro

e São Paulo. “A Endeavor

participa ativamente da

gestão da Dermage, nos

ajudando a

construir e

validar toda

a estratégia

da

e m p re s a .

Busca as

m e l h o re s

práticas e

nos orienta

na

implantação

daquelas

que julgam

adequadas

ao nosso

n e g ó c i o.

Além disso,

a Endeavor

nos

p ro p o rc i o n a

sessões de

mentoring

com

especialistas

das mais

diversas

áreas, o que nos permite

ter acesso ao que há de

mais novo em termos de

processos e práticas.

Busca oportunidades de

negócios e fomenta de

uma forma geral o

crescimento da

e m p re s a . ”, diz Ilana

Braun, CEO da Dermage

e filha dos fundadores da

empresa, Lisabeth e

Walter Braun.

Para um empreende-

dor com vontade fer-

renha de c rescer ,

quanto vale uma hora

de conversa e muitos conse-

lhos sobre negócios de empre-

sários como Emílio Odebrecht

(presidente do conselho do

Grupo Odebrecht), Carlos Al-

berto Sicupira e Jorge Paulo Le-

mann (acionistas da AB InBev,

maior cervejaria do mundo)

ou Laércio Consentino (CEO e

fundador da TOTVS)? Não tem

preço e nem isso está à venda,

mas está disponível para em-

preendedores apoiados pela

E n d e a v o r ( w w w. e n d e a-

vor.org.br), uma organização

internacional de fomento ao

empreendedorismo de alto

impacto, presente em 18 paí-

ses, inclusive no Brasil.

Segundo explica Fernanda

Antunes, diretora de Relações

Institucionais da Endeavor

Brasil, os empreendedores de

alto impacto são aqueles que

revolucionam o mercado e o

meio em que atuam pela ino-

vação, geram renda e

oportunidades de tra-

balho, proporcionam

mobilidade social e ins-

piram as próximas ge-

rações de empreende-

dores. “De 2009 a 2011,

apenas 1,5% das em-

presas no Brasil gera-

ram quase 50% dos no-

vos empregos, algo pró-

ximo a 3 milhões de postos de

trabalho. Estas são as empre-

sas de alto impacto a que nos

re feri mos ”, diz a executiva.

“Trabalhamos para que o am-

biente seja favorável ao surgi-

mento de empreendedores

inovadores, ambiciosos e com

empresas saudáveis”.

Para a Endeavor, as empre-

sas que crescem rapidamente

são aquelas que mais contri-

buem para a geração de em-

pregos e distribuição de ren-

da. A missão da organização é

selecionar as próximas gera-

ções de empreendedores que

mudarão o País e aumentarão

a qualidade do ecossistema

empreendedor brasileiro. As

empresas selecionadas rece-

bem educação empreendedo-

ra, aconselhamentos por par-

te de executivos de renome,

networking e outros tipos de

a p o i o.

A seleção dos empreende-

dores de alto impacto é muito

criteriosa, sendo feita por

meio de um processo bastan-

te estruturado, similar ao usa-

do como referência no merca-

do por alguns dos maiores in-

vestidores do mundo. Esses

empreendedores e seus res-

pectivos negócios são indica-

dos pela rede de empreende-

dores da Endeavor, pela mídia

e em eventos. Todo o processo

de prospecção é proativo, ou

seja, não há autoindicação ou

formulário de inscrição para

candidatos.

O processo completo de

uma empresa avaliada chega

a durar cerca de um ano e con-

siste, inicialmente, em uma

análise profunda da empresa

e dos empreendedores, guia-

da pelos mentores da Endea-

vor. Na etapa seguinte, os em-

preendedores apresentam

seus negócios para o conselho

da Endeavor no Brasil e poste-

riormente eles são submeti-

dos a uma etapa internacional

e são avaliados por mentores

de diferentes lugares do mun-

do. Em 2012, por exemplo, fo-

ram analisadas mais de 3 mil

empresas, e apenas 14 foram

selecionadas; no ano passado

foram avaliadas 1 mil empre-

sas e selecionadas 12. “H o je ,

apoiamos 57 empresas e 100

empreendedores no Brasil”,

diz Fernanda.

Pe r f i l

Segundo a executiva, não

se trata de um programa de

apoio para empresas inician-

tes, pois é preciso ter um tem-

po no mercado para mostrar a

viabilidade do modelo de ne-

gócio. Essas empresas deve-

rão atuar em um mercado com

grande potencial de cresci-

mento, estar bem estrutura-

das com um modelo de negó-

cio rentável, replicável e esca-

lável, que permita o rápido

crescimento. Do lado dos em-

preendedores, eles deverão

ter ambição e capacidade de

enxergar longe, ter paixão pe-

lo o que fazem, capacidade de

execução e serem éticos na

gestão. “Não é uma consulto-

ria, pois os mentores não irão

‘colocar a mão na massa’, mas

sim dar aconselhamentos, ti-

rar dúvidas e orientar os em-

preendedores – eles podem,

inclusive, aconselhar a con-

tratação de uma consultoria

para resolver um problema in-

t e rn o”, explica Fernanda.

Uma vez selecionados, os

empreendedores são acom-

panhados por uma equipe da

Endeavor. Eles passam a ter

acesso a uma rede de voluntá-

rios de mais de mil líderes glo-

bais e locais de negócios, que

atuam como mentores, orien-

tadores, conectores e investi-

dores, ajudando os empreen-

dedores a superar desafios e

acelerar o desenvolvimento

de suas empresas.

Cada empreendedor En-

deavor tem como ponto de

contato um gestor de conta,

responsável por identificar

junto ao empreendedor os

gargalos da empresa, forma-

tar propostas de projetos e ar-

ticular a rede da organização

de forma a auxiliar em cada

desafio encontrado. “O em-

preendedor é responsável pe-

la sua empresa, cabe a ele de-

cidir se segue ou não as orien-

tações dos mentores”, obser-

va Fernanda.

“Por outro la-

do, as empre-

sas e os em-

pree nde do-

res são cons-

t an t em e nt e

ava l iados e

caso se cons-

tate que não

es tão ap ro-

v e i t a n d o o

apoio dado,

e les podem

deixar a nos-

sa rede. Outra

s i tuação de

exclusão é a

c o n s t at a ç ã o

de falta de éti-

ca na gestão”,

ex p l i c a .

Em relação

às dificulda-

des de se em-

preender no

Brasil, a dire-

tora da Endeavor Brasil lem-

bra que o País ficou na 116ª po-

sição no relatório Doing Busi-

ness do Banco Mundial, que

mede a facilidade para se fa-

zer negócio em 189 países –

perdemos feio do Chile, que fi-

cou em 34º lugar. “A burocra-

cia e a alta carga tributária são

grandes empecilhos para o

empreendedorismo, assim

como a dificuldade no acesso

ao financiamento ”, observa.

Divulgação

A Dermage fazparte da rede

Endeavordesde 2008.

Hoje aempresa é

multicanal,presente emtodo o País,

com 35 lojas e80 revendas

multimarcas.

Fernanda: osempreendedoresde alto impactorevolucionamo mercado e omeio em queatuam pelainovação einspiram aspróximasgerações deempreendedores.

Pesquisarealizada pelaE n d e a v o r,juntamentecom o Ibope,mostra osperfis deempresários equais as suasdificuldades enecessidades.

SXC