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VESTIBULAR FAVIP/2005 1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CANDIDATO Não deixe de preencher as informações a seguir. Nome Nº de Identidade Órgão Expedidor UF Nº de Inscrição PROVAS DE REDAÇÃO, LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA ESTRANGEIRA/INGLÊS ATENÇÃO q Abra este Caderno, quando o Fiscal de Sala autorizar o início da Prova. q Observe se o Caderno está completo. Ele deverá conter o Tema da Redação, o Rascunho da Redação e 30 (trinta) questões objetivas de múltipla escolha com 05 (cinco) alternativas cada, sendo 20 questões de Língua Portuguesa e 10 questões de Língua Estrangeira/Inglês. q Se o Caderno estiver incompleto ou com algum defeito gráfico que lhe cause dúvidas, informe, imediatamente, ao Fiscal. q Uma vez dada a ordem de início da Prova, preencha, nos espaços apropriados, o seu Nome completo, o Número do seu Documento de Identidade, a Unidade da Federação e o Número de Inscrição. q Para registrar as alternativas escolhidas nas questões da prova, você receberá um Cartão-Resposta. Verifique se o Número de Inscrição impresso no cartão coincide com o seu Número de Inscrição. q As bolhas do Cartão-Resposta devem ser preenchidas, totalmente, com caneta esferográfica azul ou preta. q Você dispõe de 4 horas para responder toda a Prova, já incluído o tempo destinado ao preenchimento do Cartão-Resposta. O tempo de Prova está dosado, de modo a permitir fazê-la com tranqüilidade. q Você só poderá retirar-se da sala 01 (uma) hora e 30 (trinta) minutos após o início da Prova.. q Preenchido o Cartão-Resposta, entregue-o ao Fiscal juntamente com este Caderno e deixe a sala em silêncio. BOA SORTE ! UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO

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VVEESSTTIIBBUULLAARR FFAAVVIIPP//22000055

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DDAADDOOSS DDEE IIDDEENNTTIIFFIICCAAÇÇÃÃOO DDOO CCAANNDDIIDDAATTOO

Não deixe de preencher as informações a seguir.

Nome

Nº de Identidade Órgão Expedidor UF Nº de Inscrição

PPRROOVVAASS DDEE RREEDDAAÇÇÃÃOO,, LLÍÍNNGGUUAA PPOORRTTUUGGUUEESSAA EE LLÍÍNNGGUUAA EESSTTRRAANNGGEEIIRRAA//IINNGGLLÊÊSS

AATTEENNÇÇÃÃOO qq AAbbrraa eessttee CCaaddeerrnnoo,, qquuaannddoo oo FFiissccaall ddee SSaallaa aauuttoorriizzaarr oo iinníícciioo ddaa PPrroovvaa..

qq OObbsseerrvvee ssee oo CCaaddeerrnnoo eessttáá ccoommpplleettoo.. EEllee ddeevveerráá ccoonntteerr oo TTeemmaa ddaa RReeddaaççããoo,, oo RRaassccuunnhhoo ddaa RReeddaaççããoo ee

3300 ((ttrriinnttaa)) qquueessttõõeess oobbjj eettiivvaass ddee mmúúllttiippllaa eessccoollhhaa ccoomm 0055 ((cciinnccoo)) aalltteerrnnaattiivvaass ccaaddaa,, sseennddoo 2200 qquueessttõõeess

ddee LLíínngguuaa PPoorrttuugguueessaa ee 1100 qquueessttõõeess ddee LLíínngguuaa EEssttrraannggeeiirraa//IInnggllêêss..

qq SSee oo CCaaddeerrnnoo eessttiivveerr iinnccoommpplleettoo oouu ccoomm aallgguumm ddeeff eeiittoo ggrrááff iiccoo qquuee llhhee ccaauussee ddúúvviiddaass,, iinnffoorrmmee,,

iimmeeddiiaattaammeennttee,, aaoo FFiissccaall..

qq UUmmaa vveezz ddaaddaa aa oorrddeemm ddee iinníícciioo ddaa PPrroovvaa,, pprreeeenncchhaa,, nnooss eessppaaççooss aapprroopprriiaaddooss,, oo sseeuu NNoommee ccoommpplleettoo,, oo

NNúúmmeerroo ddoo sseeuu DDooccuummeennttoo ddee IIddeennttiiddaaddee,, aa UUnniiddaaddee ddaa FFeeddeerraaççããoo ee oo NNúúmmeerroo ddee IInnssccrriiççããoo..

qq PPaarraa rreeggiissttrraarr aass aalltteerrnnaattiivvaass eessccoollhhiiddaass nnaass qquueessttõõeess ddaa pprroovvaa,, vvooccêê rreecceebbeerráá uumm CCaarrttããoo--RReessppoossttaa..

VVeerriiff iiqquuee ssee oo NNúúmmeerroo ddee IInnssccrriiççããoo iimmpprreessssoo nnoo ccaarrttããoo ccooiinncciiddee ccoomm oo sseeuu NNúúmmeerroo ddee IInnssccrriiççããoo ..

qq AAss bboollhhaass ddoo CCaarrttããoo--RReessppoossttaa ddeevveemm sseerr pprreeeenncchhiiddaass,, ttoottaallmmeennttee,, ccoomm ccaanneettaa eessff eerrooggrrááff iiccaa aazzuull oouu

pprreettaa ..

qq VVooccêê ddiissppõõee ddee 44 hhoorraass ppaarraa rreessppoonnddeerr ttooddaa aa PPrroovvaa,, jj áá iinncclluuííddoo oo tteemmppoo ddeessttiinnaaddoo aaoo pprreeeenncchhiimmeennttoo

ddoo CCaarrttããoo--RReessppoossttaa.. OO tteemmppoo ddee PPrroovvaa eessttáá ddoossaaddoo,, ddee mmooddoo aa ppeerrmmiittiirr ff aazzêê--llaa ccoomm ttrraannqqüüiilliiddaaddee..

qq VVooccêê ssóó ppooddeerráá rreettiirraarr--ssee ddaa ssaallaa 0011 ((uummaa)) hhoorraa ee 3300 ((ttrriinnttaa)) mmiinnuuttooss aappóóss oo iinníícciioo ddaa PPrroovvaa....

qq PPrreeeenncchhiiddoo oo CCaarrttããoo--RReessppoossttaa,, eennttrreegguuee--oo aaoo FFiissccaall jj uunnttaammeennttee ccoomm eessttee CCaaddeerrnnoo ee ddeeiixxee aa ssaallaa eemm

ssiillêênncciioo..

BBOOAA SSOORRTTEE !!

UNIVERSIDADEDE PERNAMBUCO

VVEESSTTIIBBUULLAARR FFAAVVIIPP//22000055

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RREEDDAAÇÇÃÃOO –– TTEEMMAA

II.. OObbsseerrvvee..

IIII.. LLeeiiaa ccoomm aatteennççããoo..

NNaa vviiddaa ccoottiiddiiaannaa éé ppoossssíívveell ccoonnvviivveerr ccoomm aa ddiivveerrssiiddaaddee ddee mmooddoo cciivviilliizzaaddoo.. TTooddooss

qquueerreemm sseerr ppoolliittiiccaammeennttee ccoorrrreettooss.. PPaarraa iissssoo,, ppooddeemm aacceeiittaarr ee aattéé aacchhaarr iinntteerreessssaannttee ((ppaarraa

nnããoo ddiizzeerr eexxóóttiiccaass)) aass ddiiffeerreennççaass ddee ccuullttuurraass,, aass mmaanneeiirraass ddee vviivveerr,, ooss vvaalloorreess,, aass rreelliiggiiõõeess

ee aass ccaarraacctteerrííssttiiccaass ffííssiiccaass..

GGuuiimmaarr NNaammoo ddee MMeell lloo ,, DDiivveerrssiiddaaddee nnããoo éé ddeessiigguuaallddaaddee,, NNoovvaa eessccoo llaa ,, eedd iiççããoo 118833 ,, jjuunn // jjuu ll ,, 22000055

AA DDIIVVEERRSSIIDDAADDEE EENNQQUUAANNTTOO MMEEIIOO DDEE UUNNIIDDAADDEE:: UUMMAA CCOONNVVIIVVÊÊNNCCIIAA PPOOSSSSÍÍVVEELL..

IIIIII.. SSoobbrree eessssaa tteemmááttiiccaa,, vvooccêê ddeevveerráá pprroodduuzziirr uumm tteexxttoo ddiisssseerrttaattiivvoo ccoomm oo mmíínniimmoo ddee 2200 ee

oo mmááxxiimmoo ddee 2255 ll iinnhhaass..

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RREEDDAAÇÇÃÃOO -- RRAASSCCUUNNHHOO

TTEEMMAA::

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LLÍÍNNGGUUAA PPOORRTTUUGGUUEESSAA

TEXTO 01 para as questões de 01 a 10.

Futuro assustador O sábio é um imprevidente. Vive apenas o dia de hoje. Não pensa no futuro. Não planeja nada. Não se

atormenta com o que pode acontecer amanhã. Eis um conceito comum a quase todas as escolas filosóficas: o descaso pelo dia seguinte. Mesmo em situações extremas. Conta-se que um filósofo da Antigüidade, ao ver o pânico das pessoas com as quais estava num navio que chacoalhava sob uma tempestade, apontou para um porco impassível. E disse: “Não é possível que aquele animal seja mais sábio que todos nós.” Era possível sim.

O futuro é fonte de inquietação permanente para a humanidade. Daí a recomendação reiterada dos filósofos para que o tiremos da cabeça para nos concentrar apenas no presente. Tememos perder o emprego. Tememos não ter dinheiro para pagar as contas. Tememos ficar doentes. Tememos morrer. Tememos ser traídos numa relação amorosa. Tememos perder os cabelos e ganhar rugas. Tememos, para resumir, o colapso dos nossos planos. É mais inteligente, portanto, dada a deletéria carga de aflições associada aos planos, simplesmente não tê-los. O medo do dia de amanhã impede que se viva o dia de hoje. “A imprevidência é uma das maiores marcas da sabedoria”, escreveu Epicuro.

Neste ponto a filosofia ocidental encontra eco em outras tradições. A essência do zen budismo é viver o que se consagrou como o “aqui, agora”. No zen, martela-se o conceito de que o passado, como ficou para trás, já não existe. E o futuro, como ainda está por chegar, também não. Vivamos o presente, então. No Cristianismo, essa idéia é também potente. Uma das passagens mais líricas e belas do Novo Testamento afirma que a cada dia bastam seus problemas. É nessa passagem célebre que Jesus, aos que se inquietaram com o futuro, cita os lírios do campo, tão calmos em sua beleza deslumbrante. E afirma que nem Salomão, “em toda sua magnificência”, se vestiu como qualquer um deles.

Somos tanto mais serenos quanto menos pensamos no futuro. Como tantas outras coisas, mais fácil escrever esta frase do que praticá-la. Mas um bom ponto de partida para todos nós é refletir sobre ela. Vivemos sob o império dos planos, quer na vida pessoal, quer na vida profissional, e isso traz muito mais desassossego que realizações. O mundo neurótico, em que arrastamos nossas pernas trêmulas de receios múltiplos, deriva, em grande parte, do foco obsessivo no futuro. E não estamos falando num futuro paradisíaco, mas num amanhã cheio de trevas e riscos e perdas. Há um sofrimento por antecipação cuja única função é tornar a vida mais áspera do que já é.

NOGUEIRA, Paulo. Revista Vida Simples. Jun. 2005. p. 78. Adaptado. 01. Sobre o Texto, analise os itens abaixo e os seus comentários.

I. Na primeira linha do 1º parágrafo, ao utilizar o termo “imprevidente”, o autor classifica o sábio como alguém cuja vida é desprovida de planejamentos.

II. A mensagem inicial do 2º parágrafo é que o futuro causa tranqüilidade aos homens. III. No terceiro parágrafo, o autor convida o leitor a viver meramente o presente. IV. No último parágrafo, o autor afirma que a incerteza do futuro é uma das causas que produz a neurose humana.

Conclui-se que está(ão) correto(s) o(s) item(ns) A) I apenas. B) I e II apenas. C) I, III e IV apenas. D) II, III e IV apenas. E) II e III apenas. 02. Assinale a passagem abaixo, em que existe uma idéia contrária à do texto. A) O temor das pessoas, em parte, resulta de sua angústia diante do futuro. B) A angústia, em relação ao amanhã, impede de o ser humano viver bem o momento presente. C) Os planos fazem com que o homem se organize e viva uma vida em clima de perfeita paz e harmonia. D) O ser humano é povoado de temores em seu dia-a-dia. E) Uma das passagens bíblicas convida o homem a viver meramente o presente. 03. Assinale a passagem abaixo na qual o autor demonstra, que, em hipótese alguma, se deva valorizar o amanhã. A) “O medo do dia de amanhã impede que se viva o dia de hoje.” (2º parágrafo) B) “E o futuro, como ainda está por chegar, também não.” (3º parágrafo) C) “Vivemos sob o império dos planos, quer na vida pessoal, quer na vida profissional...” (4º parágrafo) D) “Mesmo em situações extremas.” (1º parágrafo) E) “A imprevidência é uma das maiores marcas da sabedoria...” (2º parágrafo)

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04. Em qual das alternativas abaixo, o termo grifado não se constitui um exemplo de Concordância Nominal? A) “Mesmo em situações extremas.” B) “... apontou para um porco impassível.” C) “Tememos ficar doentes .” D) “Uma das passagens mais líricas e belas...” E) “Tememos perder os cabelos e ganhar rugas.” 05. Analise as proposições abaixo.

I. “Conta-se que um filósofo da Antigüidade...” – neste caso, a próclise também estaria correta. II. “...cita os lírios do campo, tão calmos em sua beleza...” – o termo sublinhado concorda em gênero e número

com “lírios”. III. No primeiro parágrafo, o trecho “...a quase todas as escolas filosóficas...” – é complemento do termo

“comum”. IV. “Não se atormenta com o que pode acontecer amanhã.” – a próclise se justifica por estar diante de verbo.

Estão corretas A) II e III apenas. B) I, II e IV apenas. D) III e IV apenas. C) I, II, III e IV. E) I, III e IV apenas. 06. De acordo com o Texto, assinale a alternativa incorreta. A) A passagem “...o descaso pelo dia seguinte.” (1º parágrafo, 2ª e 3ª linhas) é aposto de “conceito comum”, cuja pausa foi

marcada pelos dois pontos. B) Há, na 1ª linha do 1º parágrafo, um verbo de ligação, dois verbos que exigem apenas complementos sem preposição e um

verbo cujo complemento vem regido de preposição. C) Em “Vive apenas o dia de hoje.”, não se identifica quem pratica a ação, uma vez que o verbo se encontra na 3ª pessoa do

singular. D) Em “Conta-se que um filósofo da Antigüidade...”, o termo em destaque apresenta a mesma função sintática que em “O

medo do dia de amanhã impede que se viva o dia de hoje.” E) Os verbos constantes da 1ª linha do 1º parágrafo têm como sujeito o termo “sábio”. 07. Analise os itens abaixo, com base nas informações e estrutura do Texto.

I. Em “Uma das passagens mais líricas e belas do Novo Testamento afirma...”, o verbo pode também ficar no plural.

II. Em “Há um sofrimento por antecipação...”, o verbo se apresenta no singular, concordando com o sujeito “um sofrimento”.

III. Em “...o passado, como ficou para trás, já não existe”, o verbo “existe” ficará no plural, se o termo “passado” estiver no plural.

IV. O verbo “deriva” (último parágrafo, 4ª linha) se apresenta no singular, porque o sujeito é simples e está no singular - “O mundo neurótico”.

Está(ão) correto(s) apenas o(s) item(ns) A) I e III. B) II. C) I, III e IV. D) III e IV. E) I. 08. Em relação ao Texto, assinale a alternativa correta. A) Assim como não foi necessária a crase em “Eis um conceito comum a quase todas...”, também não é necessária em – Eis

um conceito comum aquelas escolas filosóficas. B) Em “Somos tanto mais serenos quanto menos pensamos no futuro...”, o verbo negritado exige complemento sem

preposição. C) Em “O mundo neurótico em que arrastamos nossas pernas trêmulas...”, o termo negritado tem como antecedente “O mundo

neurótico” e vem regido de preposição por exigência do verbo “arrastamos”. D) Em “Tememos não ter dinheiro para pagar as contas.”, o termo negritado é complemento do verbo pagar, regido de

preposição. E) Em “...carga de aflições associada aos planos...”, se substituíssemos o termo negritado por metas, antecedido de “as”, a

crase não ocorreria.

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09. Observe os itens a seguir.

I. “..., ao ver o pânico das pessoas...” II. “...o tiremos da cabeça para nos concentrar apenas no presente.” III. “Tememos perder os cabelos e ganhar rugas.” IV. “E não estamos falando num futuro paradisíaco, mas num amanhã cheio de trevas e riscos e perdas.” V. “...navio que chacoalhava sob uma tempestade...”

Assinale a alternativa incorreta. A) No item I, a oração é subordinada adverbial temporal. B) No item II, a oração em negrito é subordinada adverbial causal. C) No item III, há palavras de sentido contrário. D) No item IV, a oração em negrito é coordenada sindética adversativa. E) No item V, podemos substituir o termo em negrito, sem prejuízo semântico para o texto, por sacolejar. 10. Em “Conta-se que um filósofo da Antigüidade, ao ver o pânico das pessoas com as quais estava num navio que

chacoalhava sob uma tempestade, apontou para um porco impassível.”, as vírgulas foram empregadas para A) separar termos que exercem a mesma função sintática. B) isolar o aposto. C) separar a oração principal da subordinada adverbial intercalada. D) separar a oração subordinada reduzida de particípio da oração principal. E) separar orações coordenadas sindéticas. TEXTO 02 para a questão 11.

A (...) Contra-Reforma restabeleceu a Inquisição, que havia sido abandonada durante a Renascença, e alcançou seu auge durante o Concílio de Trento, na Itália, entre 1535-1563. Nele foi reafirmada (...) a censura a publicações por meio do Index dos Livros Proibidos. (...) Tem-se a arte dos contrastes. O artista tenta conciliar estas forças polares. O resultado é uma arte hiperbólica e desigual, que expressa, por meio do rebuscamento formal, a angústia desse conflito. (...) O Brasil vive o ciclo da cana-de-açúcar, quando ocorreram as invasões holandesas. O centro comercial do país era a Bahia, cuja sociedade era patriarcal. Tivemos uma Literatura de Formação feita pelos jesuítas (...) com textos de teatro e poesia.

Adaptado de OLIVEIRA, Clenir Bellezi de. Arte literária Portugal-Brasil. São Paulo: Moderna, s.d. pp. 90-91-99.

11. Assinale a alternativa que indica as relações entre o Barroco brasileiro com a história, as culturas internacional e

nacional da época. A) O sentimento religioso verificou-se, de maneira contundente, nas obras do período, acompanhadas de contradições na forma

e no conteúdo, que denunciavam as mazelas sociais, impedindo a expansão cultural e econômica da colônia. B) Deu-se pouca importância aos temas religiosos, porque alguns autores voltavam-se para uma escrita que transmitia

serenidade, já que os problemas sociais deveriam ser abordados pelas autoridades. C) Os temas religiosos passavam ao largo das obras representativas, porque os conteúdos eram abordados, apenas, na

perspectiva humana, pois alguns autores tinham consciência das questões que incomodavam o povo. D) Religião e literatura eram dissociadas, porque a Igreja da época não permitia o envolvimento dos autores com seus

problemas, daí a escrita literária transmitir uma uniformidade de idéias, pois o social era de pouco interesse para eles. E) O aspecto religioso marcou a produção literária da época, que não se filiou ao pensamento estético dominante, porque os

problemas sociais levavam os autores à aborda gem de temas, exclusivamente, líricos. TEXTO 03 para a questão 12.

(...) A expansão ultramarina se intensificou e foi acompanhada de um desenvolvimento tecnicocientífico notável que atingiu os meios de produção, tornando-os mais ágeis e eficientes. A integração econômica desenvolvia o capitalismo comercial, (...) promovendo uma integração cultural cada vez maior na Europa. (...) Os iluministas acreditavam que a Razão é a fonte de todo conhecimento válido. Criam que ela possuía uma essência que, apesar de susceptível aos efeitos do tempo e da História, mantinha-se fixa; era inata ao homem. (...) A estética neoclássica surpreendeu nosso país nos difíceis e repressivos tempos da Inconfidência Mineira. O eixo econômico da colônia foi deslocado da Bahia para Minas Gerais, em função da descoberta de minério na região. (...)

Adaptado. Id. Ibid pp. 114-121.

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12. Assinale a alternativa que aponta as relações entre o Arcadismo brasileiro com a história, a cultura internacional e

nacional da época. A) A produção literária brasileira cultivou a poesia dramática, pois o dinheiro corrente no país favorecia a vida na cidade, daí

os autores escamotearem as conseqüências sociais da exploração do ouro e das pedras preciosas. B) A literatura brasileira utilizou-se dos gêneros lírico e satírico para comunicar sua crítica aos meios de aquisição de riquezas,

porém repudiou a vida urbana e refugiou-se no bucolismo, denunciando os desmandos de nossos poderosos do século XVIII.

C) A produção literária brasileira optou pela temática dos centros urbanos, pois ali estava a fonte de sua originalidade, ao mesmo tempo percebia, na natureza, obstáculos para realizar um programa de ação traçado com a ajuda de proprietários de minas.

D) Produzir literatura no Brasil significava comunicar uma mensagem de exaltação aos valores do presente, colocando a virtude em segundo plano, para dar ênfase ao econômico e deixar correr, livremente, as emoções.

E) No Brasil, produzir literatura era sinônimo de neoplatonismo, pois o ascetismo e a emoção deveriam ser constantes nos textos, ao tempo em que a prática de pequenas máximas garantiam aos autores uma boa arte literária.

TEXTO 04 para a questão 13.

(...) Para veicular o confessionalismo, foi usada liberdade de criação, rebelando-se contra regras, modelos ou imposições feitas à expressão artística. (...) No plano cultural, a presença de uma Corte européia em terras tropicais, (...) trouxe novos valores, idéias e hábitos. A entrada crescente de estrangeiros facilitou a divulgação da ideologia liberal, o que contribuiu para o aparecimento de focos de contestação responsáveis pela consciência emancipacionista.

Adaptado. Id. Ibid. pp. 139-141-177. 13. Assinale a alternativa que indica características e referências à época do Romantismo brasileiro. A) A objetividade e o universalismo concretizavam o romance, pois era uma conseqüência das novas idéias propagadas na

sociedade brasileira de então. B) A correção e a clareza de linguagem deviam ser observadas pelos autores para corresponder às aspirações da Corte que

mantinha contato com o mundo tropical. C) O emocionalismo, o irracionalismo, o escapismo e a fantasia são elementos essenciais à revolução contra a rigidez

neoclássica, o que confirma novidades inseridas no processo criativo de poetas e romancistas brasileiros do século XIX. D) O materialismo e a contenção emocional procuravam educar os leitores, preparando-os para receberem as transformações

sociais que iriam ocorrer em nosso país. E) O descritivismo, a lentidão da narrativa e a impessoalidade do narrador, tudo concorria para mostrar a sociedade brasileira

contatando com costumes europeus. TEXTO 05 para a questão 14.

(...) Após a Semana de Arte Moderna de 1922, ocorreu uma verdadeira revolução nas artes brasileiras, revelando novas linguagens, formas e abordagem, que chocavam pelo ineditismo e ousadia. O período vivido pela geração de 22, também chamado de fase heróica, (...) é caracterizado por intenso experimentalismo, tanto na forma como na temática. Configura-se como uma tentativa de incorporar à literatura os pressupostos vanguardistas e, ao mesmo tempo, criar uma literatura nacional.

Adaptado de Id. Ibid. p. 433.

14. Assinale a alternativa que aponta características e referências à época do Modernismo brasileiro. A) Aproximação entre a arte literária e as artes plásticas revela o cuidado artesanal com a palavra, indicando o ofício do poeta

no mundo “cor-de-rosa” da sociedade carioca do início do século XX. B) Culto da forma através da predominância da técnica sobre a inspiração, da forma sobre o conteúdo, revelando a

preocupação dos poetas com o prestígio social no Rio Janeiro. C) Impessoalidade e objetividade, excluindo confissões sentimentais, valorizando a realidade exterior que interior, o que

evidencia o clima dos saraus, dos cafés literários de 1920. D) Livre associação de idéias, incorporação da linguagem coloquial na poesia, pesquisa das raízes nacionais e nacionalismo

crítico indicam a preocupação dos autores a partir de 1922. E) A preferência pelo soneto conferiu destaque a essa forma literária, possibilitando ao poeta condensar uma idéia e arrematar

o poema com um belo efeito, uma tradição que vigorou até 1940.

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TEXTO 06 para a questão 15.

O Simbolismo é o movimento artístico que manifesta o espírito decadente do fim do século XIX � entenda-se decadente como um momento de falta de horizontes, de soluções a curto prazo. (...) O artista simbolista recua ao culto do “eu” romântico, desta vez levado às últimas conseqüências, já que busca as camadas mais profundas desse mes mo “eu”, apoiado em teorias de Freud.

Adaptado. Id. Ibid. p. 329. 15. Assinale a alternativa que indica características e referências à época do Simbolismo. A) Postura crítica diante de determinados valores sociais, em especial os da elite burguesa paulistana de 1920. B) Humor como recurso crítico: poema-piada, poema-paródia, satirizando os costumes paulistanos do início do século vinte. C) Rompimento com o passadismo e com o academicismo literário reinantes na sociedade carioca da década de 20. D) Escapismo resultante do conflito do “eu” com a realidade, o que levou os poetas cariocas e paulistas de 1910 a um estado

de dúvida nos posicionamentos estéticos. E) Inconsciente coletivo, musicalidade e emprego de sinestesias garantem uma linguagem hermética cultivada por poetas

representativos de nossa literatura localizados no Rio de Janeiro, entre 1893 - 1910. TEXTO 07 para a questão 16.

Auriverde pendão de minha terra, Que a brisa do Brasil beija e balança, Estandarte que a luz do sol encerra E as promessas divinas da esperança... Tu, que da liberdade após a guerra, Foste hasteado dos heróis na lança, Antes te houvesse roto na batalha, Que servires a um povo de mortalha!...

ALVES, Antônio de Castro. O navio negreiro. In. Id. Ibid. p. 208.

16. O fragmento apresentado pertence ao Romantismo brasileiro. Analise as afirmativas que seguem abaixo.

I. A estrofe tem como estrutura: uma oitava; rimas alternadas e emparelhas; assimétricas quanto ao ritmo. II. A estrofe estrutura-se em uma oitava; rimas toantes e misturadas; simétricas quanto ao ritmo. III. A estrofe apresenta como estrutura: uma décima; rimas interpoladas e cruzadas; assimétricas quanto ao ritmo.

A afirmativa é correta apenas A) no item I. B) no item II. C) no item III. D) nos itens II e III. E) nos itens II e IV. TEXTO 08 para a questão 17.

Passaram-se semanas Jerônimo tomava agora, todas as manhãs, uma xícara de café bem grosso, à moda da Ritinha e tragava dois dedos de parati “pra cortar a friagem.”

Uma transformação lenta e profunda, operava-se nele, dia ainda, hora a hora reviscerando-lhe o corpo e alando-lhe os sentidos, num trabalho misterioso e surdo de crisálida. A sua energia afrouxava lentamente: fazia-se contemplativo e amoroso. A vida americana e a natureza do Brasil patenteavam-lhe agora aspectos imprevistos e sedutores que o comoviam; esquecia-se dos seus primitivos sonhos de ambição; para idealizar felicidades novas, picantes e violentas; tornava-se liberal, imprevidente e franco, mais amigo de gastar que de guardar; (...)

Adaptado de AZEVEDO, Aluíso. O cortiço, pp. 302-303. 17. O fragmento acima é do romance naturalista. Atente para as afirmativas colocadas.

I. Nota-se que a descontinuidade do tempo e do espaço, nesse romance, abriu perspectivas para futuras inovações na prosa de ficção brasileira.

II. Percebe-se a idealização do herói, nesse romance, com Jerônimo absorvendo as influências do meio e mudando, lentamente.

III. Observa-se nesse romance que o autor comporta-se como cientista social, além da presença acentuada do determinismo, do instinto prevalecendo sobre razão.

A afirmativa é correta apenas A) no item I. B) no item II. C) no item III. D) nos itens I e II. E) nos itens II e III.

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TEXTO 09 para a questão 18.

Eu insulto o burguês! O burguês-níquel, O burguês-burguês! A digestão bem feita de São Paulo! O homem-curva! O homem-nádegas! O homem que sendo francês, brasileiro, italiano, É sempre um cauteloso pouco-a-pouco! ANDRADE, Mário de. Ode ao burguês . In: OLIVEIRA, Clenir Bellezi de. Arte literária Portugal-Brasil. São Paulo:

Moderna, p.442. 18. O excerto do poema pertence ao Modernismo brasileiro. Analise as considerações abaixo.

I. O autor aborda aspectos da sociedade paulistana, enfatizando o desprezo dispensado aos menos favorecidos, o que originou a marginalização hoje reinante nesse centro urbano.

II. Vê-se que o autor ignora a superficialidade do meio em que vive, pois ele próprio pertencia àquela burguesia. III. O autor ironiza a burguesia, cria neologismos, sobrepõe imagens urbanas para mostrar o perfil do burguês

paulistano. A afirmativa é correta apenas A) no item I. B) no item III. C) nos itens I e II. D) nos itens II e III. E) nos itens I e III. TEXTO 10 para a questão 19.

O mestre Amaro calou-se e Vitorino largou o bico: � A eleição vem aí. Ainda ontem tive que telegrafar para o Lima Filho. Esse político não sabe o que é um

pleito renhido.Então não me manda orientação para correr o eleitorado? O Rego Barros vem aí. Dizem que com ele vai chegar um contingente do 49. Ele só anda com força de linha fazendo guarda.(...) O pai dele foi senhor de engenho aqui em Mamanguape, e era um homem de cabelo na venta. Ouvi dizer que o filho é homem até dizer basta. (...)

REGO, José Lins do. Fogo morto. In: MOISÉS, Massaud. A literatura brasileira através dos textos. São Paulo: Cultrix,

1999. p. 486. 19. O fragmento de prosa pertence ao romance nordestino. Observe o que se afirma a seguir.

I. O regionalismo nordestino, na literatura modernista, destacou-se ao reproduzir, somente, o discurso repressivo do senhor de engenho.

II. Nesse tipo de romance, cogitou-se a proposta de explorar problemas do Nordeste de modo abrangente e com leve pertinência.

III. A linguagem do fragmento é uma prova mais ou menos concreta da alienação reinante nas personagens menos favorecidas do romance em foco.

IV. Tem-se no fragmento o retrato fiel das relações do homem do povo com o poder, o descaso dos políticos com esse estado de coisas.

A afirmativa é correta apenas A) no item I. B) no item II. C) no item III. D) nos itens I e II. E) no item IV. TEXTO 11 para a questão 20.

A tinta e a lápis escrevem-se todos os versos do mundo. ................................. O papel nem sempre é branco como a primeira manhã.

É muitas vezes o pardo e pobre papel de embrulho; ............................... mas é no papel, no branco asséptico, que o verso rebenta. ..................................

NETO, João Cabral de Melo. O poema. In: Id. Ibid. p. 551.

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20. O fragmento acima pertence ao Neomodernismo – a geração de 45. Reflita sobre estas afirmações.

I. O poema pertence à linha participante do autor que focaliza os mangues do Recife através de uma linguagem concisa e direta.

II. João Cabral de Melo Neto, em sua linha metalingüística, neste poema, reflete sobre o próprio fazer poético, seguindo uma ótica construtivista, empregando os adjetivos de maneira parcimoniosa.

III. Dentro da geração de 45, João Cabral de Melo Neto destaca-se por abordar a situação idílica em que vive o Nordeste, levando-o a escrever Morte e vida severina .

IV. O autor é considerado um dos mais contundentes na literatura brasileira ao trabalhar a poesia do mesmo modo que se constrói uma casa, seguindo um planejamento.

A afirmativa é correta apenas A) no item I. B) no item II. C) no item III. D) nos itens II e IV. E) nos itens II e III.

IINNGGLLÊÊSS

Choose the correct answer. 21. Diana’s birthday is __________ July 4th. A) in B) at C) around D) on E) over 22. Diana is going to be 18, __________? A) does she B) isn’t she C) isn’t her D) is she E) is her 23. Will you go to Diana’s party? A) Yes, I will. B) Yes, I won’t. C) No, I will. D) Yes, I do. E) No, I don’t. 24. Have Diana’s parents __________ her a party? A) planning B) planed C) plane D) plan E) planned 25. Did Diana also have a party last year? A) Yes, she didn’t. B) No, she did. D) No, she didn’t had. C) No, she didn’t. E) Yes, she did have had. TEXT 01

VIENNA

Vienna, or “Wien” in German, is the capital of Austria, it stands on the banks of the River Danube and is the gateway between east and west Europe. Its music, theater, museums, and parks make it a popular tourist center. It has a population of over 1,500,000.

Vienna has a rich history. Its university opened in 1365, and is one of the oldest in Europe. From 1558 to 1806 it was the center of the Holy Roman Empire and it became an important cultural center of arte and learning in the 18th and 19th centuries. The famous psychiatrist, Sigmund Freud, lived and worked here.

Vienna was the music capital of the world for many centuries. Haydn, Mozart, Beethoven, Braahms, Schubert, and the Strauss family all came to work here. It is now the home of one of the world’s most famous orchestra’s, the Vienna Philharmonic. Its State Opera House is also world famous.

SOARS, Liz and John. American Headway. 2001. USA. Ed. Oxford. p. 75

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Answer according to the text above. 26. Where is Vienna? A) It’s in Africa. B) It’s in Central America. D) It’s in North America. C) It’s in Europe. E) It’s in South America 27. Is Vienna’s university the youngest in Europe? A) Yes, it’s is. B) No, it is. C) Yes, it is not. D) Yes, it is. E) No, it isn’t. 28. Was Sigmundo Freud Vienna’s president? A) No, he wasn’t Vienna’s president. B) No, he was Vienna’s president. C) No, he was. D) Yes, he was Vienna’s president. E) Yes, he was not Vienna’s president. 29. What kind of art was Vienna capital? A) Theater. B) Music. C) Museums. D) Parks. E) Orchestra. 30. How can I say Vienna in German? A) The banks of the River Danube. B) The gateway between east and west Europe. C) The center of the Holy Roman Empire. D) People call it Wien in German. E) The Vienna Philharmonic and the State Opera House.