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Page 1: Berlim, 29 de julho 2012 Os futuros que queremos / tememos ... · Professor emérito de economia Latin American Institute / School of Business and Economics Berlim, 29 de julho 2012

Freie Universität Berlin, ZI Lateinamerika-Institut Rüdesheimer Straße 54-56, 14197 BERLIN, Alemanha

Dr. Manfred Nitsch Professor emérito de economia Latin American Institute / School of Business and Economics

Berlim, 29 de julho 2012

Os futuros que – queremos / tememos /

construímos e – conjuntamente ou

separadamente - viveremos ! Relatório para o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

(SEBRAE) sobre a Conferência Rio+20, 12-23 de junho 2012, e vários de seus

eventos e publicações anteriores, paralelos e posteriores

Manfred Nitsch [email protected]

Preâmbulo 1

I. Temas gerais (com certa elaboração) 3

1. Jeremy Rifkin, The Third Industrial Revolution 3

2. Energia fotovoltaica 4

3. E-mobilidade 5

4. A casa inteligente 6

5. CO2 como matéria prima 7

6. Nanotecnologia 7

7. Biocombustíveis 8

8. Mudanças demográficas e envelhecimento 10

II. Contactos e indicaões 11

III. Resumo de recomendações 16

IV. Anexo light (outros anexos como documentos separados) 18 1. United Nations: “The future we want”, New York - Rio 2012 (inglês e espanhol)

2. Kullander, Sven: “Research and developments for global energy needs 2050”, Stockholm-

Berlin 2010

3. Bolintineanu, Corina: “Framework conditions for the promotion of new renewable energies in

Brazil: The case of grid-connected photovoltaics”, Master thesis, Berlin 2012

4. BMBF: “Action Plan Nanotechnology 2015”, Berlin 2011

5. WBGU: “World in Transition – A Social Contract for Sustainability”, Berlin 2011

6. SRU: “Environmental Report 2012”, Berlin 2012

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Rio+20 Relatório para SEBRAE

Preâmbulo

“O futuro que queremos” – assim o título do documento oficial dos resultados da

“Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável” (A/Conf.216/L.1;

vide anexos). Porém, ao redor da conferência o que se presenciou e discutiu, eram muitos

futuros, quer dizer uma ampla gama de cenários, com perspectivas desejáveis, mas também

outras com desastres, e terceiros, os que apelaram ao espírito empreendedor e construtivista

em nome de uma “economia verde”. Ninguém sabe, que tipo de futuro global as gerações

futuras vão experimentar, baixo que condições vão viver e se vão ser futuras bem conjuntas

ou estendidamente separadas da humanidade. É a responsabilidade do meio intelectual e

profissional de hoje seguir as linhas e rupturas do progresso tecnológico, identificar suas

chances e também seus riscos, e comunicar com o público para que a participação nos debates

não se limite somente a círculos elitistas. Nesse contexto se destacam as inovações

tecnológicas, mas também vale a pena registrar e avaliar os novos discursos e o que se chama

com um neologismo para discursos com perspectivas amplas e históricas, as novas (ou não tão

novas) “narrativas” (vide IPEA, Textos para discussão 1730, Brasília 2012+++) . O presente

relatório se insere nesse âmbito.

Fui convidado como consultor especial, junto com a professora Maria Elisa da Cruz da

Universidade Federal de Sergipe, para “Prospectar oportunidades de parcerias, intercâmbios,

melhores práticas e atuação do Sistema SEBRAE no tema sustentabilidade a partir dos

legados identificados durante a Conferência Internacional Rio+20” (Contrato No. 594/2012).

Participamos em eventos no Rio:

- Parque dos Atletas

- Píer Mauá

- Aterro de Flamengo

- Forte de Copacabana: “Humanidade”

- Jardim Botânico.

Na Alemanha: Participei em eventos em preparação da Rio+20; leitura de relatórios e estudos

sobre “economia verde” e “sustentabilidade”; orientação de teses acadêmicas com temas

pertinentes na Freie Universitaet Berlin, Alemanha.

Serviu como base principal sobre o SEBRAE: Carlos Alberto dos Santos (coord.): “Pequenos

Negócios. Desafios e Perspectivas; Vol. 1: Programas Nacionais do SEBRAE”, Brasília 2011;

Vol. 2: “Desenvolvimento Sustentável”, Brasília 2012. Para não repetir tanto, me vou

concentrar em temas além do já extensamente documentado e discutido dentro do SEBRAE,

como por exemplo a reciclagem de resíduos sólidos e a eficiência energética.

Método do Relatório: Foi escrito em etapas, o material obtido como: livros, revistas, jornais e

folders foram entregue aos técnicos do SEBRAE no Rio de Janeiro após a Conferência,

marcados com “+”; tem dois anexos: a versão “light” (com volumes limitados), marcados

com “++”, e alguns documentos mais voluminosos, num pen-drive, com a indicação “+++”.

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A estrutura segue o duplo “legado” da Conferência: Temas a ser amplamente discutidos e, se

possível, documentados de um lado, e curtas ideias e itens encontrados na literatura, nos

estandes e eventos, que parecem interessantes para a atuação do Sistema SEBRAE e da sua

clientela no tema da sustentabilidade. Me concentro em temas de interesse para empresas

privadas. Os grandes problemas da sustentabilidade, que envolvem primordialmente as

esferas da política, da administração pública, as empresas públicas e a gobernança nacional e

global ficam à margem.

I. Temas gerais (com certa elaboração)

1. Jeremy Rifkin: “The Third Industrial Revolution”, New York et al.: Palgrave-

Macmillan, 2011 (bestseller), como a apropriada”nova narrativa econômica” para

o século XXI?

JR é um gran retórico, e seu livro engloba os vários discursos sobre

“sustentabilidade” e as medidas e produtos correspondentes numa visão histórica e

holística bastante convincente:

- A primeira revolução industrial se desenvolveu ao redor da máquina a vapor,

o ferrocarril, a telegrafia e a cidade industrial, tudo baseado em carvão como fonte

de energia.

- O automóvel, a fábrica, as burocracias administrativas e financeiras com suas

hierarquias, a eletricidade, o telefone, a televisão e os subúrbios, tudo baseado em

petróleo, formou o que ele chama “a segunda revolução industrial”.

- No final do século XX começou a formar-se “a terceira revolução

industrial”, que forma o presente e futuro século XXI, com o computador, o

smartphone (e suas próximas gerações), o internet como símbolo da acessibilidade

fácil (e gratuita?) a informações, a “rede”como símbolo das relações sociais

laterais-horizontais e da descentralização generalizada, - e tudo isso com base

energética nas energias renováveis ubíquas e facilmente acessíveis, em particular a

eólica, a geotérmica, a hídrica e mais que tudo a solar.

A fórmula da “terceira revolução industrial” une as fontes de energia, os meios de

comunicação, os produtos típicos e o estilo de vida das épocas recentes, inspirando

um sentimento de vanguardismo, pioneirismo e empreendedorismo nos

protagonistas dos vários aspectos, muitas vezes isoladamente percebidos e

propagados de “O Futuro que queremos” (moto da Rio+20). Poderia servir como exemplo a Pousado do Parque na Chapada dos Guimarães em

Mato Grosso, com seus projetos piloto de energia solar, sua interconexão na internet e

sua inserção no turismo ecológico-sustentável no Parque Nacional da Chapada dos

Guimarães (www.pousadadoparque.com.br; diretor: Oswaldo Murad;

[email protected]; detalhes técnicos sobre a energia solar térmica e

fotovoltaica aplicada: www.dgs-thueringen.de, www.energy-for-life.info). Tivemos o

privilégio de visitar esta empresa em novembro de 2011, quando fomos hóspedes do

Centro SEBRAE de Sustentabilidade em Cuiabá.

A fórmula epitomiza os elementos novos da sustentabilidade e coloca-os em um

quadro compreensivo, porém, não mostra as ambiguidades e incertezas, que

acompanham a rota, como por exemplo altos custos de equipamentos para energia

solar, trade-offs entre emissões de gases e lixo no caso da energia nuclear, produtos

comestíveis x combustíveis no uso da biomassa, ou crescimento da população de 7

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a 9 bilhões e a conservação de biomas. Operacionalizando o conceito para planos

de negócios, precisa identificar bem as bases de nossa vida cotidiana na primeira e

na segunda industrialização, sobre as quais se planeja “o futuro”. A diferenciação

entre as três revoluções pode ajudar para identificar os protagonistas de cadauma;

pois, na maioria dos casos, a indústria automobilística, as empresas de eletricidade

e as grandes petroleiras não vão ser os pioneiros da nova era, mas os defensores do

ancien régime. Porém, as estruturas das duas primeiras revoluções ficam como

elementos essenciais também para a infraestrutura da terceira, por exemplo os

cabos e satélites da telecomunicação; o bem “centralista” Plano Nacional de Banda

Larga vai ser essencial para a “descentralização” das plantas de energia e das

“casas inteligentes”, e vai ser o petróleo que determinará a dinâmica do futuro

próximo das energias no Brasil, quando o pré-sal entra em produção. Então,

recomendo uma adaptação cautelosa da mensagem fundamental do Jeremy Rifkin.

E seguem alguns temas menos abrangentes, mas que geralmente cabem na sua

visão.

2. Energia fotovoltaica

“O sol não manda factura”, - assim o slogan dos entusiastas da energia solar.

Diferente da bioenergia, luz e calor do sol não passam pelos processos da

fotossíntese e crescimento de plantas, mas são diretamente convertidos em

eletricidade ou aquecimento. Nos últimos anos, os progressos tecnológicos nesse

ramo das energias renováveis são estupendos, particularmente na Alemanha, onde

nos dias festivos de Pentecostes 2012, durante algumas horas do dia, um completo

terço (!) da energia elétrica utilizada no país foi fornecido pelos descentralizados

painéis fotovoltaicos instalados no país inteiro. Mas têm riscos nessa indústria;

ultimamente havia uma onda de insolvências de empresas que produziam painéis

na Alemanha, porque a China desenvolveu uma enorme indústria fotovoltaica,

cujos produtos dominam o mercado internacional. Por isso, Brasil será um late-

comer, mas no país têm os primeiros empresas e institutos que introduzem essas

tecnologias, aproveitando do riquíssimo potencial do país de energia solar.

Também existe a base industrial e a necessária conscientização do público para a

introdução dessa nova energia renovável. Para planos estratégicos no nível de

empresas e autoridades, precisaria combinar os equipamentos da China com a

tecnologia da ponta da Alemanha.

Na Alemanha: Fraunhofer Institute for solar energy systems (ISE): “Annual Report

2011”, Freiburg 2012 (++). www.ise.fraunhofer.de/press-and-media/press-releases.

Com capítulos muito interessantes sobre energia solar fotovoltaica e térmica, sobre

construção de casas e prédios, sobre hidrogênio e veículos elétricos. Centro de

tecnologia mais avançado da Alemanha e mais grande de Europa para pesquisa em

energia solar+. Otra fonte: www.sunfarming.de; [email protected].

Para energia fotovoltaica isolada (off-grid): Phaesun; www.phaesun.com;

[email protected]; com experiência em 80 países, a vezes com a cooperação

alemã. HZB (Helmholtz Zentrum Berlin): “Advanced thin-film devices. Solar

energy research”, Berlin 2012; pesquisa avançada sobre silicon photofoltaics e

outras tecnologias, incluindo nanotecnologias; www.helmholtz-berlin.de;

[email protected]. Na Universidade Técnica de Dresden,

Institut fuer angewandte Physik (Instituto de Física Aplicada) os professores Joerg

Weber; [email protected], e Stefan Kaskel;

[email protected]; tel. +49 – 351 – 4633-4885.

No Brasil: Instituto Carbono Brasil de desenvolvimento científico e tecnológico

com seu Laboratório de energia solar da Universidade Federal de Santa Catarina

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(UFSC), Professor Ricardo Ruether, www.institutocarbonobrasil@

institutocarbonobrasil.org.br.; tel. 048 – 3232-2133. Baseada numa entrevista com

o professor Ruether e outras fontes, vide a tese de mestrado (por mim orientada,

ainda não publicada, não usar sem perguntar a autora!) de Corina Bolintineanu:

“Framework conditions for the promotion of new renewable energies in Brazil:

the grid-connected photovoltaics”, Berlin 2012 (++); o resultado dela é, que faltam

ainda certas regulamentações adequadas para facilitar a massificação da

tecnologia, mas em vários estados, com altos preços de energia, já alcançou grid

parity, quer dizer que cobre custos sem subsídios, enquanto que noutros estados da

União precisaria ainda um certo apoio.

ELETROSUL: no estande sobre casa eficiente e fotovoltaica:

[email protected].

COPPE / UFRJ: Roberto Schaeffer ([email protected]); Maurício Arouca,

[email protected]; Raymundo Aragão, [email protected]; com

doutorado sobre o potencial do fotovoltaico; tel. 021 – 2721-4678, 9923-4280; info

sobre COPPE de meu ex-aluno Martin Obermaier, tel. 021 – 2562-8805;

[email protected].

Greenpeace Brasil: Márcio Verde Selva (coordenador no estande na Cúpula dos

povos); [email protected]; tel. 011 – 3035-1148; cel. 011 – 8272-6875; falei

brevemente com ele, e tive também breve contacto com o holandês Retze, a pessoa

ainda melhor informada sobre energia fotovoltaica. Vide também a Pousada do

Parque (supracitado).

Em contraste ao número de centrais geradoras eolo-elétricas no Brasil (927), havia

não mais de uma sola fotovoltaica em 2010, e era a primeira (fonte: ANEEL,

segundo IPEA: “Infraestrutura e planejamento no Brasil. Coordenação estatal da

regulação e dos incentivos em prol do investimento – o caso do setor elétrico”,

Brasília 2012, p. 106).

Na América Latina: InterSolar; www.intersolarsouthamerica.com; exposição em

São Paulo: 15 agosto 2012.

Nos Estados Unidos, China e Europa: Joint forces for solar intelligence &

networking forum; www.jointforces4solar.com; [email protected].

Na Áustria: Associação Federal de Fotovoltaica; presidente Hans Kronberger;

[email protected]

3. E-Mobilidade

Eletro-mobilidade é à moda, porém, o termo cobre uma gama bem ampla de

atividades, projetos e visões. Em geral, o motor elétrico é muito mais eficiente em

termos energéticos que a máquina a vapor e o motor de combustão. Por isso, no

transporte de ferrocarro, quase tudo funciona já com eletricidade. No campo do

tráfego público urbano, o sistema trolley para ônibus, mas também para

caminhões, as gôndolas, esteiras rolantes, ciclovias para (e-)bicicletas e outras

veículos e sistemas estão na discussão.

PTI (Parque Tecnológico Itaipu): Vários programas, e.g. veículo elétrico

(incluindo caminhão e miniônibus), plataforma de energias renováveis, biogás,

Observatório de Energias Renováveis para a América Latina e o Caribe (com

apoio ONUDI); www.pti.org.br; [email protected]; tel. 045 – 3576-7200+; para a

empresa Itaipu Binacional: www.itaipu.gov.br.

E-mobilidade se conecta com as fontes de energia, preferentemente os novos

renováveis, e os diferentes veículos, mas também com as etapas intermediárias

como o hidrogênio, a fuel cell, as baterias e a transmissão. Até a organização do

uso faz parte das discussões, por exemplo a pergunta, se os automóveis com

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motores híbridos ou elétricos deveriam ser o mais iguais possíveis com os carros

tradicionais, ou se poderiam e deveriam ser marcadamente diferentes. Ninguém, ou

melhor dito nenhuma família com voz e voto de mulheres, vai comprar um carro

particular que ficaria muito diferente do que já se conhece; por isso, para veículos

de mobilidade individual o car-sharing poderia ser uma opção mais viável para

todos, porque não envolve um investimento tão grande das famílias. BMW está

pensando nisso.

No Brasil: ABVE (Associação brasileira do veículo elétrico); www.abve.org.br.;

com documentação do Fórum (associado à Rio+20) global em mobilidade elétrica

e outros downloads.

Na Alemanha: Universidade de ciências aplicadas Hochschule Rhein-Main;

professor (de engenharia) [email protected]. Todas as empresas

automobilísticas do mundo têm projetos.

Ecos Consult: German-Japanese Solar Day 22 June 2012; www.ecos-

consult.com/japan-consulting; sobre um fórum com temas como e-mobilidade.

STROM: Opções estratégicas da indústria automobilística para tecnologias

sustentáveis; desenvolvimento de cenários para veículos híbridos, elétricos,

combustíveis fósseis x bio. www.strom-nachhaltigkeit.de; Katharina Wachter,

[email protected].

EWE (companhia de eletricidade no noroeste da Alemanha): Cooperação entre

AUDI (automóveis), biogás por resíduos e energia eólica; via hidrogênio se

almacena energia, para usar depois como metano (CH4) / e-gás na rede do gás

natural; www.ewe.com;[email protected]; tel. +49 – 441 – 4805-0.

RWE (importante companhia de eletricidade no oeste da Alemanha): Experiência e

pesquisa sobre e-mobilidade, CCS (carbon capture and storage) armazenagem de

CO2 no subsolo, uso de CO2 como matéria prima, hidroenergia, hidrogênio, algae

etc. www.rwe.com/rwepower; [email protected]; tel. +49 – 201 – 12-01.

4. A casa inteligente como planta energética e conectada em redes múltiplas de

energia e informação

Em vários estandes e eventos, “a casa” da nova era foi um tema de alto interesse:

Autosuficiência energética, ou até “pequena planta” com excedentes de

eletricidade a ser retroalimentados na “rede inteligente” (smart grid); materiais

novos para o isolamento (não somente nas casas de residência, mas também na

construção de estradas e prédios de escritórios). Lamentavelmente, falta ainda uma

grande “narrativa” para justificar as despesas das famílias e os planos de negócio

das empresas grandes e pequenas para os investimentos necessários.

Na Alemanha: BAYER – para novos materiais: [email protected].

Volkswagen e Lichtblick desenvolveram pequenas plantas (home power plants)

com alta eficiência, que receveram um prêmio da União Europeia;

www.lichtblick.de; [email protected];

http://ec.europa.eu/environment/awards.

No Brasil a “casa eficiente”: Eletrosul; Jorge Luiz Alves: [email protected];

Eletrobrás: Estefânia Mello: [email protected], e Guilherme Luiz

Lima Navarro: [email protected].

Faz parte da “casa eficiente” o smart metering – no sentido de que a máquina de

lavar começa a funcionar em períodos de baixo preço de energia. Nos discursos, se

nota o afã de colocar “a casa” (ou o apartamento) no centro da “terceira revolução

industrial”, porque a separação estrita entre os lugares de trabalho, do lar e do

lazer, que formou uma característica típica da primeira e da segunda revolução

industrial tende a desaparecer.

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UK: Green buildings; www.oneplanetcommunities.org/cummunities/applying-the-

principles; cooperação com China: adicionar: /jinshan.

5. Uso de CO2 como matéria prima

As discussões sobre o clima enfatizam os gases estufa, e o CO2 já tem assumido

um papel emblemático, ainda que tenha outros gases que causam danos muito mais

sérios. As estratégias de combater o aquecimento da atmosfera se concentram nos

esforços de evitar emissões, de capturar e almacenar o CO2 no subsolo (Carbon

capture and storage - CCS) ou no uso como matéria prima.

COPPE/UFRJ: Converter CO2 em bicarbonato; Profa. Maria Lúcia Correia Pinto,

Instituto de Química, Laboratório de Sistemas Avançados de Gestão da Produção;

tel. 021 - 2562-7859, [email protected].;

BTU (Brandenburgische Technische Universitaet) Cottbus; na feira do Presidente

da República Federal de Alemanha 5/6 Junho 2012: Converter CO2+H2 em

metano (biogás), com catalizador de nickel; www.tu-cottbus/physik-sensorik;

[email protected]; tel. +49 – 355 – 692913.

BAYER: projetos de pesquisa, coordenados por [email protected].

Problema principal: necessidade de muita energia para esses processos. Na

Alemanha também: os grandes companhias de eletricidade (vide 3).

No Brasil, Itaipu Binacional poderia oferecer soluções: www.itaipu.gov.br, como

também Eletrobras; www.eletrobras.com; contacto no Rio+20 estande: Guilherme

Luiz Lima Navarro, Assessoria de Comunicação; tel. 021 – 2514-5918, cel.

98837683; [email protected]; porém, falei com ele em primeiro

lugar sobre a “casa eficiente” da Eletrosul e sobre energia fotovoltaica.

Nos Estados Unidos: Carbon War Room: Iniciativa de Richard Branson em

Washington para formar uma plataforma de pesquisa e empreendimentos para

capturar ou usar CO2; bem ativo na Rio+20; www.carbonwarroom.com;

[email protected]; tel. +1 – 202 – 717-8448.

6. Nanotecnologia

Importante para baterias, hidrogênio, fuel cells, medicina (stents), farmacêuticos,

cosméticos, fotovoltaica orgânica, filtragem de água, dessalinização, catalisadores

de metais nobres, bioplástica, novos materiais, etc. Problemas globalmente com

toxicidade e regulamentação dos novos produtos sintéticos. Cuidado com

narrativas eufóricas! Como os gigantes, os anõs são propícios aos poderes mágicos

em nosso subconsciente e nos contos e lendas!

Empresas ao redor da nanotecnologia são primordialmente bem grandes ou spin-

offs de incubadores universitários ou institutos de pesquisa; porém, é um campo

interessante a seguir para empreendedores com bons conhecimentos e um espírito

de risco e também para a ampla clientela do SEBRAE a causa do risco de

obsolescência repentina de materiais e tecnologias convencionais.

Na Alemanha: 950 empresas, das quais 80% SME, 60,000 empregos; distribuição

no mapa da Alemanha: www.nano-map.de.

Federal Ministry of Education and Research: Action Plan Nanotechnology 2015,

Bonn-Berlin 2011; www.bmbf.de (++);

OECD: Working Party on Nanotechnology (including BRICs), Paris;

www.oecd.org/sti/nano.

No México: Projeto de doutorado em ciências políticas no Instituto Latino-

americano da Freie Universitaet Berlin sobre políticas de nanotecnologia no

México por Marcela Suárez; [email protected].

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No Brasil: Existe uma rede, financiada pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e

Inovação: Rede de nanotecnologia molecular e de interfaces; www.renami.com.br;

relatório de 2008 do NanoForum (cooperação União Europeia – Brasil) sobre

“Nanotechnology in Brazil” no Anexo+++; www.nanoforum.org; estabelecido em

abril 2012: Sistema de gestão de laboratórios que prestam serviços em

nanociências e nanotecnologias (SisNano) no MCTI; www.mct.gov.br/index.php /

content/view727.html.

7. Biocombustíveis

Brasil é o país pioneiro nos biocombustíveis, particularmente o etanol da cana-

de-açúcar. O motivo principal era sempre o desejo de sair da dependência das

importações de petróleo. Ao mesmo tempo, as quotas de importação de açúcar

nos Estados Unidos e os subsídios maciços da União Europeia para as

exportações haviam reduzido o mercado internacional do açúcar a um volume

relativamente pequeno, com preços pouco rentáveis, nas últimas décadas do

siglo passado. Ambos motivos já não serão válidos para o futuro: Brasil chegou

a ser autosuficiente, e com o petróleo do pré-sal, o país vai se converter em

exportador, quer dizer, terá que lutar nos mercados globais para vender o

crudo, a gasolina, o diesel e toda a gama de produtos petroquímicos. Ninguém

sabe, que preços vão ter no futuro, mas é muito provável, que haverá uma

oferta ampla de gasolina e diesel para o mercado interno.

Com respeito ao açúcar, foi o Brasil que, junto com outros países exportadores,

venceu nos painéis da OMC contra a União Europeia, de forma que ela teve

que abandonar sua política de dumping – e o preço do açúcar nos mercados

globais subiu até um patamar bem lucrativo para a maioria das usinas

brasileiras. Além disso, com a crise atual nos mercados financeiros,

investimentos em commodities chegaram a ser uma alternativa para os fundos

de pensões e outros investidores, de maneira que predomina a perspectiva de

que o preço do açúcar seria mais volátil, mas geralmente a níveis lucrativos

para produtores eficientes como os usineiros brasileiros. Além do açúcar crudo,

os produtos alimentícios, farmacêuticos e químicos feitos na base da cana

merecem alto grau de atenção por parte da clientela do SEBRAE (não somente,

mas também a cachaça).

Para avaliar as perspectivas para biocombustíveis vale analisar a cadeia

produtiva deles: Da cana se extrai o caldo, a ser convertido em açúcar ou

etanol, e resta o bagaço, anteriormente um resíduo indesejável, mas agora uma

matéria prima para a geração de eletricidade ou – como biocombustível de

“segunda geração (G2)” – para a hidrólise, que também poderia servir para

produtos de plástico. Havia certa euforia com respeito à hidrólise, quando o

preço do petróleo subiu dramaticamente em 2008/09, mas os resultados muito

modestos mostrados pela PETROBRAS no Parque dos Atletas sobre suas

atividades de pesquisa e seu interesse também muito limitado no G2, o

biocombustível da “segunda geração” devem levar a uma postura mais cética.

Ficam bem caros os processos, e as expectativas pré-sal petroleiras são tão

dominantes – os cenários do Ministério falam duma expansão de 2,0 a 6,1

milhões de barris por dia até 2020, que para o futuro previsível a PETROBRAS

vai a primeiro lugar concentrar-se no uso da gasolina e do diesel mineral como

combustíveis, - deixando o bagaço para a geração de eletricidade. O boom de

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petróleo vai diminuir também as expectativas nas biorrefinarias, porque a

petroquímica fica tão dominante na produção de matérias plásticas.

Na cadeia produtiva de alimentos, os combustíveis formam sempre uma

parcela importante dos insumos. Por isso, energia em forma de comestíveis é

normalmente mais caro que em forma de combustíveis, ou no discurso

cotidiano: o alimento, açúcar ou óleo de cozinha, e sempre “mais nobre” que o

óleo diesel ou a gasolina e o adubo, que são seus insumos necessários. Por

muitos anos mais, a agricultura moderna vai depender do insumo petroleiro,

como também o setor transporte. Por isso, fica importante a avaliação

quantitava da discussão food-versus-fuel: Globalmente, a produção dos

alimentos humanos absorve 18,000 TWh por ano, com aproximadamente 7.400

na mesa (todos datas de Kullander 2010, Academia de Ciências de Suécia, no

Anexo++); o transporte absorve 25.000 TWh, e se toda a biomassa usada para

alimentos fosse convertida em biocombustíveis, isso poderia contribuir não

mais do 3.700 TWh, quer dizer 14,8%, do volume utilizado pelo transporte

global. Esses volumes simplesmente inibem a substituição maciça de

combustíveis fosseis por biocombustíveis (em 2007: 300 TWh com 50 bio de

litros). Mas não somente os volumes, também os preços falam em contra dos

biocombustíveis da primeira geração: Converter a cadeia produtiva e usar um

alimento como combustível somente funciona, se os mercados não funcionam,

como no caso do dumping por parte dos europeus, ou se o Estado determina

uma mistura obrigatória, como no Brasil e nos outros países que usam

biocombustíveis da primeira geração, - geralmente com o motivo primordial de

subsidiar seus agricultores a custo dos consumidores. No caso do etanol

brasileiro, vale também o argumento de que o balance dos gases estufa e da

energia (8:1 ou até melhor) justifique a substituição da gasolina. Porém, o

contra-argumento enfatizaria, que a sobrevivência do carro individual com

motor de combustão não merece subsídios, e sejam em forma de mistura

obrigatória, porque o futuro da “terceira revolução industrial” estará com a

eletro-mobilidade, de maneira que o uso da cana-de-açúcar em cascada, quer

dizer extrair e vender o açúcar e usar o bagaço para adiantar a e-mobilidade ou

para fornecer o insumo de biorrefinarias faria muito mais sentido.

Com respeito ao biodiesel, a situação econômica é bem similar: O diesel

mineral quase sempre tem sido mais barato que o biodiesel da primeira

geração, quer dizer biodiesel feito de óleos vegetais já comestíveis, - e somente

os incentivos e regulamentos têm assegurado sua existência. O óleo da

mamona se mostrou ainda mais “nobre”, porque serve como remédio e base

preciosa para produtos farmacêuticos e lubrificantes especiais. Com a vinda da

era petroleira no Brasil, o diesel mineral vai provavelmente reconquistar o

terreno, e os óleos vegetais vão seguir alimentando o mundo.

A hidrólise, o uso de algae e muitas outras linhas de pesquisa estão sendo

seguidas e valem a pena a ser observadas. Na Alemanha: www.verbio.de. Na

COPPE: [email protected]; www.proethanol2g.org. Porém, no

momento me parece que a única forma de biocombustíveis com uma

perspectiva comercial sem subsídio imediata e no futuro próximo é o biogás,

feito de resíduos, excretos ou certas plantas, que pode ser usado já como

equivalente ao gás natural mineral ou misturado com ele para motores de

combustão.

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8. Mudanças demográficas e envelhecimento

No mundo inteiro, as estruturas tradicionais das famílias mudam rapidamente.

Para a clientela do SEBRAE, me parece interessante reflexionar um pouco

sobre isso, porque essas mudanças têm grandes implicações para a sucessão

dos donos de empresas, sejam grandes ou pequenos, majoritários ou minorias,

e com isso, para as empresas e seus trabalhadores, empregados e

administradores, como também para seus clientes e fornecedores.

Tradicionalmente, o dono da família e da empresa familiar deixou a empresa e

seu patrimônio em geral aos filhos, preferentemente sem hipotecas e outras

dívidas, quando morreu. A transferência ou transmissão do planeta às próximas

gerações (vide a definição da “sustentabilidade” segundo o Relatório

Brundtland) se realizou primordialmente dentro das famílias, - e somente em

partes relativamente pequenos via o Estado ou via o sistema financeiro. Era

uma questão de honra e orgulho deixar a terra bem preparada com solo fértil,

quer dizer a herança em geral com tão poucas dívidas como possível,

assegurando que as próximas gerações sejam numa situação mais cômoda que

a presente ou pelo menos com as mesmas chances de vida. Sem esse

mecanismo intrafamiliar, estaria em perigo a sustentabilidade mesma no futuro

em todos seus três eixos ou dimensões – da natureza, da economia e da

sociedade.

Hoje em dia, a reconstituição das famílias e a longevidade levam a situações

bem diferentes do passado (OECD: The Future of Families to 2030, Paris

2012). No extremo, poderia ser que um bisavô, quando morre com 84 anos de

idade, com 10 anos de demência, havia mantido ou perdido já por muitos anos

o contato com seus filhos, vários já falecidos, com duas ou três ex-noras e

genros de seus filhos e os respectivos netos, nem falar dos neo-parentes com os

parceiros e os filhos e netos e genros e noras deles, etc., muitos dos quais

distribuídos no mundo inteiro. O velhinho havia sobrevivido mais ou menos

bem com umas pessoas, não necessariamente da família, que lhe haviam

cuidado, financiado pelo seguro de cuida ou de saúde, que ele havia contratado

já décadas atrás. Assumimos que ele era formalmente ainda o dono único ou

parceiro da empresa; - quem vai ser o novo dono? A lei de herança segue o

sangue; o testamento, se tem, antes ou depois dos primeiros signos de

demência?, mostra em outra direção, e os administradores, empregados e

trabalhadores da empresa têm medo da incerteza. Não é tão raro uma situação

um pouco como essa em nossos países, onde já experimentamos os efeitos

dessas mudanças.

Outro aspecto, interessante para empresas, seus donos e empregados, mas

também para intelectuais e filósofos que pensam sobre “o futuro que queremos

ou tememos”: Uma inovação do setor financeiro é a “hipoteca inversa”, pela

qual o dono de um imóvel ou uma empresa vende seu patrimônio ou uma

significante parcela dele a um banco ou uma companhia de seguro contra uma

renda vitalícia, com ou sem previdências para cuidá-lo em caso de demência ou

imobilização, de maneira que as gerações futuras da família ficam mais ou

menos sem herança. Tem até uma versão bastante frívola: Depois da vida ativa,

na “terceira idade”, ainda com quase todas as potencialidades físicas, os

velhinhos fazem seus cruzeiros ao redor do mundo com navios de luxo

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consumindo seu patrimônio (e os recursos naturais do planeta) e até

endividando se a se mesmos e a seus governos (via seu direito ao voto

democrático), - e quando entram no “quarta idade”, com suas necessidades de

serem cuidados, caiam na assistência social pública, que pode ou não fazer

regresso aos filhos e netos. Com o envelhecimento dos baby-boomers

(nascidos nos anos 1950 – 1968) e a presente relutância das mulheres, e

também dos homens jovens de ter filhos, vai diminuir a população ao mesmo

tempo em nossos países.

De fato, para os países ricos em geral, o estilo de vida já poderia ser chamado

“uma vida de hipoteca inversa”, roubando, consumindo e hipotecando a

herança das gerações futuras no planeta - em vez de seguir os mandatos da

sustentabilidade. Vai chegar a ser chique e ecologicamente correto não ter

filhos? Vai até chegar a ser sustentavelmente (ecológica, social e

economicamente) correto suicidar-se na entrada da “quarta idade”? Imagino-

me que isso vai e deve ser bastante food for thought (alimento para pensar) no

momento.

II. Contactos e indicações (sem prioridades ou sistemática, com

comentários breves; vide material em papel ao SEBRAE, marcados

com ”+”)

1. Lavadora de alta pressão, “BRASIL-OZONIO” para limpar água e ar com O3;

maquinaria importada, mas poderia ser produzida no Brasil;

www.brasilozonio.com.br; [email protected]; Diretor: Samy

Menasce, [email protected] .+

2. Fábrica de preservativos Masculino Xapuri, Acre; www.preservativosnatex.com.br;

tel. 068 – 3542-6000; estande sem pessoal no momento que passamos. +

3. “Carta da Amazônia”, discutida na reunião dos Secretários de Meio Ambiente

estaduais e municipais: Criação dum Conselho de Desenvolvimento Sustentável para a

Amazônia; www.abema.org.br; [email protected]; a Carta poderia ser uma

referência para projetos. +

4. Monsanto: “Nosso compromisso – produzir, conservar, melhorar vidas”.

www.montanto.com.br; propaganda para a biotecnologia da empresa.+

5. Corporación Andina de Fomento (CAF): Banco já latino-americano, com vários

programas de Competitividade, de Ação Social, Patentes e Inovação, Energia

Sustentável, de Desenvolvimento Integral Comunitário, etc. www.caf. com;

[email protected]. Fonte de financiamento.+

6. Parceria FINEP e CETREL (empresa de engenharia ambiental): “Juntas inovando o

Brasil”; www.cetrel.com.br; projetos de bioenergia, de reuso de água, de inovação de

materiais (resíduos industriais), etc.+

7. “Programa Pasto Verde: recuperar pasto sem derrubar árvore”; Programa do Fundo

Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO);

www.sudeco.gov.br/pastoverde.+

8. “Motogerador VSE a etanol”. VSE – uma empresa VALE e BNDES;

Cecí[email protected]. Geração de eletricidade com etanol em vez do diesel.+

9. CETENE (Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste) com a Biofábrica

Governador Miguel Arraes, considerada hoje a maior da América Latina em termos de

produção; com nanotecnologia, mudas de cana de açúcar, testes bioquímicos e

moleculares, etc. www.cetene.gov.br; tel. 081 – 3334-7200, -7205.+

10. Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES) – um espaço de articulação e

diálogo entre diversos atores e movimentos sociais. www.fbes.org.br;

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[email protected]; tel. 061 – 3965-3268. +. Também nessa linha: Secretaria do

Trabalho, Emprego, Renda e Esporte e seu Centro Público de Economia Solidária

(CESOL), com Fundos Rotativos, Apoio a Empreendimentos de Reciclagem e Rurais

e à Feira de Economia Solidária – na Bahia; [email protected].+

11. ABIDES (Associação Brasileira de Integração e Desenvolvimento Sustentável),

com serviços de consultoria; projetos/interesses: integração latino-americana, projetos

ambientais e culturais; www.abides.org.br; [email protected]; tel. 021 – 2275-

1269.+

12. ICLEI (Local Governments for Sustainability): Rede global de municípios com

1100 membros em 68 países; www.iclei.org/about; [email protected].+

13. Projeto “Estrada Sustentável”: sobre a construção de estradas; consultora: AXIA;

[email protected]; tel. 011 – 3045-7430. +

14. Sustentabilidade – Justiça de Trabalho: um processo judicial eletrônico da Justiça

de Trabalho para acelerar os processos; www.csjt.jus.br/responsabilidade-social e

/trabalhoseguro.+

15. Fundo Amazônia, administrado pelo BNDES, com chamadas públicas de projetos

produtivos sustentáveis; www.bndes.gov.br/faleconesco; www.fundoamazonia.gov.br;

[email protected].

16. BMU (Alemanha): “10 anos de sustentabilidade ‘made in Germany’. Estratégia

nacional par um desenvolvimento sustentável”, abril 2012; www.nationale-

nachhaltigkeitsstrategie.de; desafios da “Energiewende”, quer dizer a U-turn / volta /

transição da energia nuclear às energias renováveis.+

17. BMU (Ministério federal do meio ambiente): “Sustainable Energy for Sustainable

Development. The German Contributions”. www.bmu.de/publications.+

18. UNEP/PNUMA: “Our Planet – 40 anos do DMA (Dia Mundial do Meio

Ambiente)”, 5 de junho; www.unep.org/publications. Contribuições de várias

entidades da ONU e outros.+

19. UNEP: “Measuring progress. Environmental goals and gaps”; www.unep.org; com

o tema global environmental goals sobre atmósfera, biodiversidade, água, etc.+

20. União Européia: “When cities breathe, people progress. The future we Europe’s

Cities and sub-national level want”; www.cor.europa.eu; iniciativas como European

Green Capitals e Covenant of Mayors são explicadas, com exemplos de atividades.+

21. União Europeia: European Environment Agency: “Building the future we want.

EEA Signals 2012”; www.eea.europa.eu; trata muitos aspectos interessantes –

reciclagem, consumo, envelhecimento, Greenland, regulamentos.+

22. FASE (Federação de órgãos para a assistência social e educacional) / ETTERN

(Laboratório estado, trabalho, território e natureza do Instituto de Pesquisa

Planejamento Urbano e Regional <IPPUR> da Universidade Federal de Rio de

Janeiro) : “Projeto Avaliação de equidade ambiental como instrumento de

democratização dos procedimentos de avaliação de impacto de projeto de

desenvolvimento. Relatório Síntese”, Rio de Janeiro, 2011; com uma metodologia

critica para avaliar os projetos do PAC (Programa de aceleração do crescimento) com

critérios de justiça e equidade ambiental; também tematiza a mercantilização de bens

como a água, serviços ambientais, etc. e a reprimarização da economia brasileira.+

23. FASE. Proposta. Revista trimestral de debate da FASE. Da Rio92 a Rio+20.

www.fase.org.br, comunicaçã[email protected]. br. +

24. ARFLORA (Asssociação Rondoniense dos produtores e consumidores de florestas

plantadas): “Plantar árvores em Rondônia é um grande negócio”; www.arflora.org.br,

[email protected].+

25. ”Agriculturas. Experiências em agroecologia. Agroecologia Política na Rio+20”,

junho 2012, www.agriculturesnetwork.org.+

26. Pesticide Action Network North America: ”Biotechnology and Sustainable

Development”, www.panna.org.+

27. Fundação Heinrich Boell: “Economia Verde”, www.reporterbrasil.org.br.

Documentos. Oladobdaeconomiaverde.pdf.+

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28. FUNAI: ”Povos indígenas no Brasil e serviços ambientais”, www.funai.gov.br.+

29. FASE: ”Iniciativa para a integração da infraestrutura regional Sulamerica IIRSA.

Energia e mineração. Ameaça e conflitos para as terras indígenas na Amazônia

brasileira”. www.fase.org.br.+

30. ABRASEM (Associação brasileira de sementes e mudas): “Benefícios da

biotecnologia na agricultura brasileira”. www.abrasem.com.br.+

31. “Antropoceno”. O Globo. Planeta Terra, 12 junho 2012. Discussão ampla sobre o

novo conceito.+

32. Vitae Civilis: “Diálogos nacionais sobre economia verde. Reflexões e propostas

para ação”. www.dialogosnacionais.org.br.+

33. Global Ethic Foundation: “Global economic ethic”, Tuebingen 2009;

www.weltethos.org.; [email protected]. Uma carta, subscrita por muitos lideres

religiosos e políticos do mundo, advogando um ethos universal para a economia

global.+ (em inglês e alemão ++); iniciativa similar: EarthCharter na Alemanha e

Costa Rica; [email protected].

34. KECO. Korea Environment Corporation: “A green environment innovator for

nature and human. Overseas projects”. www.keco.or.kr.+

35. KEITI (Korea Environmental Industry and Technology Institute): “Buy green, bye

CO2. Korea’s green consumption and production policy”; www.keiti.re.kr.+

36. BMZ. Federal ministry for economic cooperation and development: “REDD early

movers (REM) – Rewarding pioneers in forest conservation. Financial rewards for

successful climate change mitigation”, 2012; www.bmz.de.

[email protected]+; especialista na KfW para REDD etc.: Dr. Karlheinz

Stecher (ex-aluno), [email protected].

37. BMZ: “The water, energy and food security nexus. Solutions for the green

economy. Messages from the Bonn 2011 Conference”; www.water-energy-food.org.

[email protected]. Interessante resumo sobre a visão holística desse nexus.+

38. Econsense. Forum for Sustainable Development of German Business: “Business

and sustainability. Econsense at a glance”, 2012; www.econsense.de.+

39. Comissão Europeia: ”Uma agricultura sustentável para o futuro a que aspiramos”,

Bruxelas 2012; na página 5: vide nova semântica “revolução sempre verde” (!).

40. EMAS. European Union Eco-Management and Audit Scheme: “Towards a green

economy with EMAS. German companies are on track with the best environmental

performance system”; www.emas.de. Boa introdução ao sistema de selo ou

certificação ecológica de empresas.+

41. IRENA (International Renewable Energy Agency): “Global solar and wind atlas.

Solar and wind potentials. Interactive platform”, Abu Dhabi 2012+; “Concentrating

solar power”, IRENA working paper, June 2012; brochure sobre as tecnologias mais

avançadas de energia solar térmica www.irena.org.

42. IRENA: “Renewable Energy. Jobs & Access”, Abu Dhabi, June 2012;

www.irena.org. Com case studies.+

43. Fórum on Environment and Development (German NGO): “Rio+20. A move

towards sustainable development? Position paper”; www.forumue.de.+

44. CSCP (Centre on sustainable consumption and production): “Collaborative

solutions for a sustainable planet”, www.scp-centre.org; business models, todos os

stakeholders.+

45. REN21 (Renewable energy policy network for the 21st century): “Renewable

2012. Global status report. Key findings”, Paris; www.ren21.net.+

46. Estado do Rio de Janeiro: “Economia verde no Estado do Rio de Janeiro”;

www.rj.gov.br/web/sea.+

47. Estado do Rio de Janeiro: “Ambiente do Rio”; www.inea.rj.gov.br.+

48. FNP (Frente nacional de prefeitos): “Boas práticas dos municípios” (2 CD);+

49. Estado do Sergipe: “Sergipe. Do litoral ao sertão”.+

50. WBGU (German Advisory Council on Global Change): “World in transition. A

social contract for sustainability. Summary for policy-makers”,+; www.wbgu.de.

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Estratégias fundamentais de orientação para cidades, mobilidade, futuro sem energia

nuclear. Se usa muito o conceito da “Great Transformation” fazendo uma alusão à

“grande narrativa” de Karl Polanyi (1944/57/71/77), que critica duramente a sociedade

manchester-liberal-capitalista, que lidou à Primeira Guerra Mundial, à Revolução do

Outubro na Rússia, ao fascismo em vários países europeus e ao New Deal nos Estados

Unidos, com graves turbulências em todos os países europeus (e latino-americanos);

sua visão do mundo a ser realizada e conquistada depois da Segunda Guerra Mundial,

era similar aos conceitos de Roosevelt e da social-democracia da época: em primeiro

lugar liberdade pessoal (contra o socialismo à la União Soviética e contra o fascismo),

mas também democracia política e controle da economia de mercado; - ainda nada

ecológico, porém, com os eixos econômicos, sociais e políticos da sustentabilidade

contemporânea. Não tão longe da crítica ao neo-liberalismo de nossa época: para

evitar novas guerras e novos Stalins e Hitlers precisa “The Great Transformation” em

direção ao “Futuro que queremos”. Polanyi já usa uma metáfora, que às vezes se

encontrou também agora na Rio+20: A feia lagarta voraz da economia presente deve

submeter-se numa metamorfose para chegar a ser a bonita mariposa sustentável no

futuro que queremos. Eles, o WBGU, com referência a Polanyi, e Rifkin, com seus

vocabulários diferentes, coincidem na direção a uma economia verde sustentável, com

um Estado democrático proativo, que sai quase “naturalmente” das crises atuais. Outra

vez food for thought para mais.

51. WBGU: “Transforming Energy Systems. Factsheet No. 2/2011”; com scenários de

energia e estratégias de cooperação internacional+. Vide também OECD: “Green

Growth Studies: Energy”, Paris 2012.

52. CUT (Central Única de Trabalhadores): Quatro em vez de três pilares, vertentes ou

eixos da sustentabilidade: falta o político, quer dizer a democracia, na enumeração; a

palavra “social” não basta; em vários documentos e declarações; importante para a

avaliação de países como Cuba e Coréa do Norte.

53. BRAGECRIM (Brazilian-German Collaborative Research Initiative in

Manufacturing Technology): Studies for the implementation of a rare earth magnets’

supply chain in Brazil; vide Tópicos (Bonn), 02/2012, p. 22-23; www.topicos.de;

coordenação por Professor Carlos Alberto Schneider, CERTI, Universidade Federal de

Santa Catarina; www.certi.org.br; assessoria de comunicação: Luciana Santaella

Malaguti, [email protected].

54. Worldwatch Institute: Moving toward sustainable prosperity. State of the World

2012, Washington, D.C. et al.: Island Press, 2012; en muitas línguas, para a

Conferencia Rio+20; com muitas interessantes iniciativas e observações sobre

economia verde, cidades, transporte, comunicação, re-inventar a corporation (empresa

grande), Instituto Ethos no Brasil, arquitetura de governança global, população e

planning familiar, biodiversidade, segurança alimentar, serviços ambientais e

municípios. Recomendado, - mas não inclui muito para o nível da empresa pequena.

55. Lala Deheinzelin: Desirable new world. Life in 2042: Sustainable, diverse, and

creative (tradução do “Desejável mundo novo: vida sustentável, diversa e criativa em

2042”); “Criefuturos”: Ampla gama de ideias paradigmáticas ao redor de criatividade,

acesso livre e circulação de informações, redes sociais e econômicas sem maiores

rivalidades etc.; www.laladeheinzelin.com.

56. European Union: The Raw Materials Initiative; [email protected]; The

European Small Business Week, 15-21 October 2012, summit on 17 October in

Brussels, http://ec.europa.eu/sme-week.

57. A formula para criticar a ausência de engagement em favor do méio ambiente na

Conferência chegou a ser “G-Zero” / “G-0” (nem G-2, G-7, G-8, G-20, G-77 etc.).

58. Ecologic Institute: Pesquisa e consultoria sobre muitos aspectos da

sustentabilidade na prática; estudos muitas vezes acessíveis gratuitamente em inglês;

escritórios na Alemanha e Estados Unidos; www.ecologic.eu.

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59. F5Consult: Consultoria sobre reflorestamento com ou sem créditos dos mercados

de carbono; Amilcar Alarcon Pereira: [email protected];

www.f5.consult.com.br.

60. UNEP: “Global outlook on sustainable consumption and production policies.

Taking action together”, New York – Nairobi 2012; com material abrangente em 224

páginas; www.unep.org/pdf/Global_Outlook_on_SCP_Policies_full_final_pdf.

61. Wave energy technology: Havia um concurso da União Européia: “European

Business Awards for the Environment 2012”, no qual a empresa AquamarinePower,

localizada em Escócia, gano um prêmio com sua “Oyster” (ostra), que converte a

energia das olas no fundo do mar perto da costa em energia elétrica. A tecnologia

serve também para a dessalinização do agua. www.aquamarinepower.com;

[email protected]:

62. Global Phosphorus Network com sede em Sidney: fósforo é uma importante – e

escasa! – commodity, que não pode ser substituída na produção de alimentos e cuio

uso sustentável (!) e inteligente é discutido nessa rede entre pesquisa (o Global

Phosphorus Research Initiative), políticos e empresas: globalpnetwork.net.

63. Martin Kader: Advogado alemão interessado na intermediação entre empresas

alemãs e brasileiras, particularmente nas áreas energias renováveis (fotovoltaica e

biomassa); já teve contacto com o SEBRAE no Rio (Miriam Ferraz).

64. DEG (Deutsche Investitions- und Entwicklungsgesellschaft; sucursal da KfW);

financiamento, incluindo participações diretas em empresas medianas, da cooperação

alemã, entre outro, para “mineria sustentável”; www.deginvest.de; [email protected];

em São Paulo, Representative Office; [email protected]; tel. 011 – 5187-

5174.

65. Banco Mundial 2009: “The World Business Environment Survey”, Washington;

indicador principal: horas por ano em 2007 para preparar, documentar e pagar

impostos em 181 países; Brasil com 2.600 horas muito mais burocratizado que Latino-

america (320), nem falar dos “high income countries” com 177. Seguem na América

Latina Bolívia com 1,080 e Venezuela com 854 horas; Colômbia: 208.

66. “Coalition of the willing” (coalizão dos consentidores / pioneiros): frase muito

usado para caracterizar a estratégia a ser seguida depois da frustração com os

resultados da Rio+20 (e já das conferências anteriores).

67. RNE (German Council for Sustainable Development): Relatórios anuais, código

para empresas, políticas municipais de sustentabilidade, etc. Recentemente

particularmente interessante para seguir a “Energiewende” da Alemanha (volta da

política de energia, saindo da energia nuclear); www. nachhaltigkeitsrat.de (+++).

68. BMU (Ministério Federal do Meio Ambiente): “Transforming our energy system.

The foundations of a new energy age”, Berlin 2012(+++); www.bmu.de;

www.erneuerbare-energien.de/renewable/english; ministério com a iniciativa

“Renewable Energy Platform”, acessível para todos os stakeholders; informação

atualizada, em primeiro lugar sobre Alemanha.

69. “Living Cities” – uma iniciativa de várias fundações americanas para melhorar a

vida nas grandes cidades; www.livingcities.org; presidente do board: Pablo J. Farias,

vicepresidente da Fundação Ford; www.fordfoundation.org/aboutus/leadership/pable-

farias.

70. IZT (Institute for futures studies and technology assessment): Ampla gama de

estudos sobre energias renováveis, sociedade civil, manejo de políticas e estratégias

sustentáveis, políticas municipais; “Rio+20 in the community: Local communities on

the way to sustainability. Examples from Germany”, Berlin 2012.

71. União Européia: “research*eu. Focus Magazine” (10 vezes por ano); número 13,

Maio 2012: “Green innovation for sustainable solutions” / EU Innovation for

Sustainable Growth. From Rio to a greener economy”; con artigos sobre agricultura

sustentável, os oceanos, cidades, energias, lifestyles etc. Abre o caminho para o acesso

aos resultados dos programas de pesquisa da UE.

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72. Global Commission on Drug Policy (Chairman Fernando Henrique Cardoso):

“War on drugs. Report of the Global Commission on Drug Policy”, São Paulo – New

York, June 2011; “The global war on drugs has failed. … “ - com sugestões sobre

descriminalização, tratamento de vítimas e drogados, revisão de convenções

internacionais, etc.; www.globalcommissionondrugs.org;

[email protected]

73. The Secretary General’s High-Level Panel on Global Sustainability (Co-Chairs

Tarja Halonen, Finland, and Jacob Zuma, South Africa): “Resilient People, Resilient

Planet. A Future Worth Choosing. Report of the UN Secretary General’s High-Level

Panel on Global Sustainability”, New York, 30 January 2012. O relatório enfatiza “a

new political economy for sustainable development”, na qual a interface entre as

ciências do meio ambiente com suas preocupações sobre os “planetary boundaries” e

as políticas públicas seja muito mais estreita; lamentavelmente não oferece muito em

direção a uma convincente nova “narrativa”,dizendo pouco sobre “resiliência”;

www.un.org/gsp; [email protected].

III. Resumo de recomendações

A Conferência Rio+20 se situa em um contexto de alta incerteza, o que abre

oportunidades mas também encerra riscos para empresas, governos e o público em

geral. Ao mesmo tempo, os cientistas naturais, os ambientalistas e muitos

acadêmicos e jornalistas mostram convincentemente a urgência da “Great

Transformation”, que precisa para não deixar um planeta inabitável às futuras

gerações. Na Alemanha, incerteza e urgência levaram recentemente, depois da

avaria de Fukushima, ao que se chama Energiewende, quer dizer a volta quase

unânime do país da energia nuclear à renovável, - com a energia fossil no limbo do

“tem-que-ser-reduzida”.

Por isso, minha atenção antes da Conferência era dirigida a esses temas, e os

discursos, eventos e exibições no Rio confirmaram essa tendência. Em primeiro

lugar quero enfatizar e recomendar a energia fotovoltaica, porque o Brasil tem a

vantagem, como late-comer, de poder combinar a tecnologia estabelecida e os

produtos já no mercado global por lado da China com a pesquisa atualizada na

Alemanha e noutros países industrializados para “queimar etapas”. O rol do

SEBRAE poderia ser a intermediação entre as entidades regulatórias, as empresas

brasileiras e a pesquisa nacional e internacional. Dado que a grid parity (cubertura

de custos, se comparado com a interconexão existente) já está alcançada ou perto

de serem realizáveis no Brasil, os riscos parecem limitados e as oportunidades para

negócios rentáveis bastante grandes. Não tenho tratado a energia eólica; foi até

certo ponto por falta de euforia atual, - mas as instalações da energia já são

rentáveis na maior parte da Europa, e tem uma boa lista delas no Brasil. Então, foi

mais por falta de inovação que de rentabilidade que omito o vento desse relatório.

O segundo item se refere aos biocombustíveis. Com 30 anos de estudos sobre o

PROÁLCOOL e seus sucessores, estou convencido que foi em primeiro lugar o

temor da dependência das importações do petróleo que motivou a promoção do

etanol como substituto da gasolina e do biodiesel como substituto do óleo diesel.

No caso do etanol ajudou, que a União Europeia havia subvencionado a produção

e exportação do açúcar numa forma escandalosa do dumping nos mercados

internacionais. Com as perspectivas do pré-sal e a campanha exitosa do Brasil na

OMC de acabar com o dumping europeu, evaporam as principais causas desses

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programas, e os novos motivos, baseados nos efeitos positivos sobre o clima,

assumem prioridade, - mas primordialmente dos discursos e certificações a nível

internacional, e nos Estados Unidos e na União Europeia as bancadas ruralistas

defendem suas barreiras protecionistas. Então, recomendo ceticismo com respeito

aos planos gigantescos de alargar as áreas para a cana e o dendê para

biocombustíveis. Porém, vejo grandes passos adiante para a produção de

alimentos, incluindo o açúcar e o óleo de cozinha, que, como comestíveis, sempre

ficariam mais nobres que os combustíveis, porque se precisa os segundos como

insumos para alimentos, - e nunca ao revés. As narrativas lógicas e prováveis vão

ser “sembrar el petróleo” (slogan na Venezuela) e “alimentar o mundo” em vez de

“substituir a gasolina”.

Os casos da nanotecnologia e do uso do CO2 como matéria prima se referem, na

minha opinião a desenvolvimentos científico-tecnológicos, que devem ser

observados, para que a clientela do SEBRAE não seja, de hoje a amanhã, surpresa

por novos materiais ou regulamentações preventivas. È mais uma recomendação

de observar do que ser ativo nesses campos.

E-mobilidade é um tema já bastante atual no Brasil. As bicicletas com motor

elétrico são bem visíveis, e a indústria automobilística global é presente com toda

sua gama de produtos. Incerteza e urgência abrem opções para empreendedores

com espírito de risco – e conhecimentos tecnológicos e do marketing. Porém, para

a micro e pequena empresa geral recomendo somente o e-bike (bicicleta elétrica) e

o e-scooter, porque superam os engarrafamentos do tráfego nas horas do rush. O e-

bike também evita a energia metabólica humana e o correspondente suor nos

caminhos da rua, o que sempre tem inibido o uso da bicicleta nos países tropicais.

Todo mundo gostaria ter uma casa eficiente e inteligente. É um conceito

universalmente atrativo como narrativa, mas individualmente um pouco distante,

porque insinua altos custos, - somente para individualistas com dinheiro e

engagement. Dentro da visão de uma política regulatoria mais ou menos holística

e coerente da descentralização poderia ser mais realista. Alguns passos sempre

podem ser win-win soluções; têm que ser calculados com frieza - e engagement.

Cada discurso sobre as “futuras gerações” dentro do marco da “sustentabilidade”

fica fora das emoções do público a nível abstrato, mas evoca sentimentos

calorosissimas, quando se refere às pessoas mesmas, - e assim deve ser. A

longevidade, a demência, a estrutura “reconstituída” das famílias preocupa os

donos e donas de empresas no mundo inteiro, porque vêm à sobrevivência de sua

obra da vida ameaçada. As regras de herança, os hábitos e costumes gerais, as

condições informais de cuidados e de testamentos formais, etc., todos esses

assuntos envolvem uma ampla gama de perguntas jurídicas, morais, éticas e

religiosas. Não mais que food for thought aqui – em vez de recomendações.

Finalmente, todo mundo está na busca de uma convincente ”narrativa”, uma saga

em favor do desenvolvimento sustentável. Recomendo “A terceira revolução

industrial” de Jeremy Rifkin como aproximação atual e a alusão à “Great

Transformation” de Karl Polanyi (1944) como seu homólogo histórico. Porém, a

fórmula não me convence totalmente a mim; - lamento muito, mas não tenho

encontrado nem inventado uma fórmula melhor. Sorry.

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Com isso, ficam muitos, melhor dito, a maioria dos temas tratados na Conferência

e seus satélites, fora de meu relatório; porém, espero que possa contribuir algo à

avaliação, por parte do SEBRAE, e à intermediação entre os atores da Conferência

e os mesmos (ou diferentes) temas pertinentes das micro e pequenas empresas

brasileiras.

IV. Anexos (em pen-drive ou CD Rom; os primeiros 6 como “light” no

formato presente

1 United Nations: “The future we want”, New York - Rio 2012 (inglês e espanhol)

2 Kullander, Sven: “Research and developments for global energy needs 2050”, Stockholm-

Berlin 2010

3 Bolintineanu, Corina: “Framework conditions for the promotion of new renewable energies in

Brazil: The case of grid-connected photovoltaics”, Berlin 2012

4 BMBF: “Action Plan Nanotechnology 2015”, Berlin 2011

5 WBGU: “World in Transition – A Social Contract for Sustainability”, Berlin 2011

6 SRU: “Environmental Report 2012”, Berlin 2012