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nº 74 - ano VII julho/2013 VERDADEIROS COFRES Limpeza e desinfecção Como esses processos ajudam na qualidade dos ovos férteis ANOS com VOCÊ! Silos armazenam dinheiro – grãos e ração. Para aumentar a rentabilidade, faça uma boa escolha e aposte em um manejo de qualidade

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nº 74 - ano VIIjulho/2013

VERDADEIROS COFRES

Limpeza e desinfecçãoComo esses processos ajudam na qualidade dos ovos férteis

ANOScom

VOCÊ!

Silos armazenam dinheiro – grãos e ração. Para aumentar a rentabilidade, faça uma boa escolha

e aposte em um manejo de qualidade

2 Produção Animal Avicultura2

3Produção Animal Avicultura 3

Sumário

Capa Manejo Saúde Avícola

Os cofres da granjaBoa escolha e o bom manejo dos silos são fundamentais para garantir a qualidade dos grãos e da ração

Desinfecção de ovos férteis Processo é importante para diminuir a contaminação dos embriões e garantir menor perda de aves nas primeiras horas de vida

Fatos e mitos João Palermo Neto fala sobre o uso dos antimicrobianos

24 22 20

Conferência FactaSoluções, novidades, discussões e muita ciência avícola

Informe Técnico-Empresarial Auster: cinco anos

Reportagem empresarial 150 anos de Bayer no mundo

Ponto final

CLEVER ÁVILA Um novo modelo exaurido

18 Notícias CurtasGTA tem novas regras

AviGuiaAgroceres: Produção de carnes em 2013

1017

42

30Eventos

Painel do Leitor

Portfólio

Produção e mercado em resumo

Pintos de corte

Produção de carne de frango

Exportação de carne de frango

Oferta Interna

Desempenho do frango vivo em junho

Desempenho do ovo em junho

Matérias-primas

060841

33

34

35

36

37

38

39

40

Estatísticas e preços

28

4

Editorial

Produção Animal Avicultura4

Além das próprias aves, que são as protagonistas da granja avícola,

não podemos esquecer de outros atores que também têm papéis funda-

mentais dentro da produção como a ração, por exemplo. A forma de ar-

mazenagem e de distribuição deste insumo é muito importante para o

bom funcionamento da granja, tanto zootécnica como economicamente

falando. Os silos de armazenagem para rações são os destaques desta edi-

ção. A partir da página 24, você confere uma reportagem na qual apre-

sentamos os cuidados com a manutenção deste equipamento – para man-

ter a qualidade da ração – e as recomendações ao avicultor na hora de

escolher o silo para a instalação em sua granja. Os silos são verdadeiros

cofres da propriedade, se avaliarmos o tanto de dinheiro que nele está ar-

mazenado. Pense nisso! Outro assunto em destaque nesta edição fala so-

bre a importância da desinfecção dos ovos férteis. Uma prática necessária

para não comprometer o desenvolvimento embrionário, uma vez que as

bactérias que ficam aderidas na casca penetram no ovo podendo causar

mortalidade e prejuízo ao estabelecimento avícola. “O processo de limpe-

za e de desinfecção busca melhorar os índices produtivos ao diminuir a

quantidade microbiológica na casca e no interior do ovo”, alertam os es-

pecialistas. Veja mais na página 22.

Aqui também trazemos a cobertura da Conferência FACTA 2013 e os

nomes dos trabalhos e dos autores vencedores do Prêmio Lamas. E ainda

uma reportagem especial sobre os mitos e os fatos do uso dos antimicro-

bianos na avicultura. Não deixe de conferir!

Boa leitura!

Tesouros da granja

PublisherPaulo Godoy

[email protected]

Redação Andrea Quevedo (MTB 27.007)

Érica Barros (MTB 49.030) Mariana Almeida (MTB 62.855)

[email protected]

Comercial Daniel Cannos

Fernanda Bronzeado [email protected]

Diagramação e arteMundo Agro e

Innovativa [email protected]

InternetJessica Sousa

[email protected]

Administrativo e circulaçãoCaroline Esmi

[email protected]

ExPEDIENTE

Mundo Agro Editora Ltda.Rua Erasmo Braga, 1153

13070-147 - Campinas, SP

ISSN 1983-0017 nº 73 | Ano VII | Junho/2013

Os informes técnico-empresariais publicados nas

páginas da Revista do AviSite são de responsabilidade das

empresas e dos autores que os assinam. Este conteúdo não reflete a opinião da Mundo

Agro Editora.

Para facilitar o acesso às matérias que estão na internet,

disponibilzamos QrCodes. Utilize o leitor de seu computador,

smartphone ou tablet

Os silos são verdadeiros

cofres da propriedade, se

avaliarmos o tanto de dinheiro

que nele está armazenado. Pense nisso!

5Produção Animal Avicultura

Editorial

5

6

Eventos

Produção Animal Avicultura

Julho 02Workshop sobre Ingredientes de Origem Animal: Nutrição, Qualidade e NormasLocal: Auditório do IAC - Campinas, SPRealização: CBNAContato: (19) 3232 7518Email: [email protected]ções: www.cbna.com.br

19 a 2154º Festa do Ovo de Bastos Local: Recinto de Exposições Kisuke Watanabe, Bastos, SP Realização: Sindicato Rural e Prefeitura de Bastos Contato: (14) 3478-9800Informações: www.bastos.sp.gov.br

Agosto27 a 29 SIAV – Salão Internacional da AviculturaLocal: Anhembi, São Paulo, SPContato: (11) 3031-4115Informações: www.ubabef.com.br/23congressoE-mail: [email protected]

27 Simpósio OvoSite de Produção e Mercado de OvosLocal: Anhembi Parque, São Paulo, SP, durante o SIAVRealização: OvoSite, Revista do Ovo e UBABEFInformações: www.ovosite.com.brEmail: [email protected]

Setembro10 a 12X Curso de Atualização em Avicultura para Postura ComercialLocal: Centro de convenções Unesp/FCAV, Jaboticabal, SP Realização: Unesp/FCAVContato: (16) 3209-1303Informações: www.funep.org.br

Faça a sua inscrição para o Simpósio OvoSite!

Programado para acontecer dentro do Salão Internacional de Avicultura (Siav), no dia 27 de agosto, em São Paulo, SP, o Simpó-sio OvoSite já conta com a confirmação de todos os palestrantes.

O evento terá o formato de uma mesa redonda, com duração de duas horas e trinta minutos. Será um momento único e espe-cial para reunir o setor de postura comercial junto ao maior even-to da avicultura brasileira de 2013. A participação é gratuita.

“Esperamos com essa iniciativa auxiliar os produtores de ovos na troca de informações e experiências e encontrar alternativas para sanar suas principais dificuldades de produção e comerciali-zação”, afirma a equipe da Revista do Ovo e do OvoSite .

A participação para este evento é gratuita. É necessário ape-nas fazer uma inscrição, que também permite a visitação à feira de negócios que acontece no Siav.

Faça a sua inscrição através do link ubabef.com.br/siav/feira/visitantes

Informações: www.ubabef.com.br/23congresso www.ovosite.com.br [email protected]

27 de Agosto de 2013 – terça-feiraSalas 1 e 2 - 14h às 16h30Anhembi ParqueAv. Olavo Fontoura, 1209, Santana, São Paulo – SPMesa redonda (das 14h as 16h30)Moderador: Otávio Ceschi Júnior (Terra Viva)

Debatedores: Atualidades da produção mundial de ovosAntonio Carlos Paraguaçu (Hy-Line International, Des Moines / Iowa)

Agregação de valor na produção de ovos Sergio Rami (Consultor)

Perspectivas da produção de grãos Thomé Luiz Freire Guth (Analista de Mercado da Conab)

Integração Contratual: Uma Estratégia de Acesso ao Mercado Internacional Eduardo Mello Mazzoleni (DENACOOP)

Desafios da comercialização de ovos no BrasilLeandro Pinto (Granja Mantiqueira)

O ovo no autoserviço: Como atrair cada vez mais o consumidorRogerio Belzer (Presidente do Instituto Ovos Brasil)

7Produção Animal Avicultura

Outubro 1 a 4IV Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária Local: Centro de Convenções da Amazonas, Belém, PA Realização: Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária Informações: www.conferencia.defesaagropecuaria.comE-mail: [email protected]

30 e 31 V Simpósio Internacional e IV Congresso Brasileiro de CoturniculturaLocal: Centro de Convenções da Universidade de Lavras, MGRealização: Universidade de Lavras – UFLAInformações: www.nucleoestudo.ufla.br/necta/index.php/inicioContato: (31) 3829-1240E-mail: [email protected]

Novembro12 a 15 Congresso Latino-americano de AviculturaLocal: Centro Internacional de Ferias y Convenciones, El Salvador Informações: www.avicultura2013.com E-mail: [email protected]

29 Curso sobre Instrução Normativa IN 65Local: São Paulo, SPRealização: SindiraçõesContato: (11) 3541-1212Informações: www.sindiracoes.org.brE-mail: [email protected]

SIAV: Mais de 100 empresas confirmadasO Salão Internacional da Avicultura (SIAV), promovido pela UBA-BEF no Anhembi (São Paulo) entre 27 e 29 de agosto, já se con-sagra como a maior feira voltada para o setor avícola nacional. Mais de 100 empresas já confirmaram participação, entre casas genéticas, equipamentos para aviários, certificadoras, logísticas, laboratórios, rações, agroindústrias produtoras e exportadoras, entre outros. Saiba mais pelo www.ubabef.com.br/siav

Qualidade de Ovos de Bastos define comissão julgadoraA Comissão de Qualidade de Ovos de Bastos definiu os nomes dos profissionais que comporão neste ano o corpo de jurados do Concurso. São eles que irão analisar as amostras de ovos comer-ciais e de codorna que estarão inscritos no evento deste ano, em julho. O Concurso acontecerá dois dias antes da abertura oficial da 54ª Festa do Ovo de Bastos, o maior e mais tradicional evento do país exclusivamente dedicado a destacar a produção de ovos. À nota dos juízes são acrescentados os resultados conferidos por uma moderna máquina digital com leitura a laser, a Digital Egg Tester, que neste ano será operada por Paulo Sérgio Ito, da ATM Bastos, empresa proprietária do equipamento.

Veja a lista completa dos juízes da versão 2013 do Concurso de Qualidade de Ovos e as empresas e instituições da qual fazem parte.

Os juízes:Ademir Moreira (Granja Planalto)Danilo Pereira (Unesp/Tupã)Fabio Henrique Pacanaro (Novogen)Fernando Venâncio (Mercoaves)José Roberto Medina Garcia (BR Nova) Mario Nihei (H&N Avicultura)Matheus B. Rodrigues Alves (Lohmann do Brasil)Nilce Maria Gama (Inst. Biológico de São Paulo – und. de Bastos)Rafael Kuiavski (Interaves)Ricardo Ito (Nutron/Grupo Provimi)Sergio Abe (Amicil)Vitor Sperandio Arantes (Hy-Line do Brasil) Paulo Sergio Ito (ATM Bastos) – Op. da máq. Digital Egg Tester(Concurso Qualidade de Ovos 2013) (Assessoria de Imprensa )

2014/Janeiro28 a 30 International Poultry ExpoLocal: Georgia World Congress Center - Atlanta (EUA)Realização: US Poultry & Egg AssociationContato: (770) 493-9401Informações: www.ippexpo.org

8

Painel do Leitor

Produção Animal Avicultura

Envie seus comentários e sugestões para o email [email protected], com nome completo, profissão e cidade, ou ainda participe de nossas redes sociais

AviSite: 12 anos a serviço do setor avícola

Parabéns a direção e colaboradores do AviSite pelos 12 anos de apoio e incentivo a todos que participam deste importante segmento que é a Avicultura Brasileira, exemplo de inovação, esforço e competitividade. Nós, do Nucleo Oeste de Médicos Veterinários em Chapecó, agradecemos o apoio deste importante meio de comunicação. Joao Batista Lancini, Chapecó, SC

Parabéns ao Avisite pelos relevantes serviços prestados ao segmento, trazendo informações precisas e atualizadas.Sem dúvida é uma fonte de consulta diária a todos envolvidos na avicultura.Marcos Alves, Uberlândia¸ MG

Gostaria de deixar registrado uma nota de parabéns pelo aniversário e de agradecimento pelas informações necessárias e precisas veicu-ladas diariamente no AviSite.Alexandre Marcio, Igaratinga, MG

Estatísticas e preços – Desempenho do frango vivoComo podemos continuar na atividade?? Preci-samos de subsídios do governo, incentivos e mudanças nas políticas comerciais de exporta-ção, estamos quebrados, quebramos mes-mo!!!!!Jamilson, Tambaú, SP

Ninguém até hoje se manifestou em relação ao Imposto cobrado pelo governo de Minas Gerais, um absurdo de 15,21 % sobre o frango e cor-tes. Não ganhamos, no setor, essa porcentagem para produzir. Acho inconstitucional esse im-posto para um produto da cesta básica.Paulo S. Delalibera, São João da B. Vista, SP

nº 73 - ano VIIjunho/2013

BEM NUTRIDOS DESDEO NASCIMENTO

Suplemento nutricional nas primeiras horas de vida favorece a formação de uma

microbiota saudávele equilibrada

XIV SBSAEvento estimula crescimento do setor

AlternativaFitato como valor antinutricional para aves e suínos

ANOScom

VOCÊ!

Marfrig confirma venda da Seara Brasil e Zenda para JBS

Como a BRF pode ajudar o JBS a faturar R$ 10 bi com a Seara

Gilberto Tomazoni presidirá divisão de aves da JBS no Brasil

Sem mão-de-obra local, frigorífico do PR decide contratar estrangeiros

McDonald’s lança petiscos de frango no Brasil; serão 500 toneladas por mês

As mais comentadas no AviSitewww.avisite.com.br

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2

3

4

Será que a venda da Seara para a JBS vai ser bom para aqueles que tiveram seus aviarios “cortados”? Não são poucos os aviários que na antiga empresa Dagranja funcionavam a pleno vapor e pra Seara não tinham valor. será que poderemos ter alguma esperança de voltar a criar para a nova empresa?Adilson Renato, Lapa, PR

Lamentável que não se consiga brasileiros para trabalhar. E é louvável a atitude desta empresa em contratar quem quer e precisa trabalhar.Eduardo Von Atzingen, Goiânia, GO

Fale com a gente

@AviSite

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REDAÇÃOEnvie sugestões, comentários, críticas e dúvidas para [email protected] ou pelo telefone 19-3241-9292, de 2ª a 6ª feira, das 8h às 17h30.

ASSINATURASSe quiser assinar a Revista do AviSite acesse www.avisite.com.br/revista ou entre em contato pelo e-mail [email protected] ou ainda pelo telefone 19-3241-9292, de 2ª a 6ª feira, das 8h às 17h30.

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PARA ANUNCIARLigue para 19-3241-9292 ou envie e-mail para [email protected] www.avisite.com.br/publicidade

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9Produção Animal Avicultura

Evolução constante, pioneirismo e qualidade são compromissos que sempre estiveram presentes na história da Farmabase. Ao longo dos anos, desenvolvemos e disponibilizamos ao mercado de aves e suínos produtos e serviços que ajudaram a produzir mais e melhor.

Diante de tantos avanços, não poderíamos deixar de atualizar nossa marca. E, assim, apresentamos ao mercado nossa nova identidade visual. Muito mais direta, nossa nova marca transmite aqueles que são os valores que sempre nortearão nossas ações: foco, agilidade e transparência.

FARMABASE: UMA MARCA EM CONSTANTE EVOLUÇÃO. 55/B

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As cinco notícias mais lidas no AviSite em

Produção Animal Avicultura

Campinas, 11 de Dezembro de 2003 - Pro-jeções da FAO relativas ao comércio mundial de carne de aves (essencialmente, frango) combi-nadas com os dados brasileiros relativos às exportações de carne de frango apontam que a participação do Brasil nesse mercado – de pouco mais de 9% em 1990 – pode subir para mais de 26% em 2004. Se isto se confirmar o incremento na participação, em 15 anos, será de 180%, índice que nenhum outro país do mundo até hoje registrou.

Entre 1990 e 1996, o comércio mundial de aves mais do que dobrou, passando de cerca de 3,2 para 7,4 milhões de toneladas. Porém, nesse período, as exportações do Brasil cami-nharam de forma relativamente lenta: incre-mento de 90%, passando de 299,2 mil tonela-das, em 1990, para 568,8 mil toneladas em 1996.

Com tais resultados, a participação brasileira no mercado mundial de aves decresceu: correspondia a 9,37% do total em 1990, caiu para 7,64% em 1996. Esse retrocesso, no entanto, não pode ser imputado a falha dos exportadores: sua origem está no

ano anterior, 1995, quando – por força de forte retomada do consumo interno (intro-dução do real) – houve uma espécie de contingenciamento do produto exportável.

Após 1996, porém, os dois mercados passam a apresentar comportamentos opostos. Os negócios mundiais retrocedem (até 2000) e, quando voltam a crescer, já não demonstram a mesma exuberância anterior. Já as exportações brasileiras pas-sam a apresentar (exceto em 1997) cresci-mento que não seria exagero chamar de exponencial.

Se as projeções da FAO se confirma-rem, entre 1996 e 2004 as exportações mundiais de carne de aves terão crescido cerca de 9%: passarão de 7,4 milhões de

toneladas para, mais ou menos, 8,1 milhões de toneladas. E as do Brasil – tomando como base, para 2003, os embarques em 11 meses (1,780 milhão/t: 1,940 milhão/t em 12 meses) e uma expan-são de 10% em 2004 – terão crescido 175%, passando de 568,8 mil/t para algo como 2,130 milhões de toneladas.

Há 10 anos no AviSitewww.avisite.com.br

Participação brasileira no comércio mundial de aves

De acordo com dados da SECEX/MDIC, no período janeiro-abril de 2013, o grupo representado por BRF, JBS e Seara obteve receita cambial ligeira-mente superior a US$3,3 bilhões e cor-respondeu a 4,64% de toda a receita obtida pelo Brasil no comércio internacional.

“Três grandes” responderam por 4,64% das exportações

junho

1

Projeções levantadas através de trabalho conjunto entre FAO e OCDE apontam que os atuais quatro maio-res produtores mun-diais de carnes avíco-las – EUA, China, Brasil e União Euro-peia – chegarão a 2022 mantendo as mesmas posições.

Tendências dos “quatro grandes”

na produção avícola mundial até 2022

2

O novo centro de pesquisas da BRF reúne modernos labo-ratórios, cozinhas experimentais e mini-fábricas para produ-ções-piloto. Um com-plexo de 10 mil metros de área construída e planejado de acordo com os requisitos do Leed, selo dedicado a construções sustentáveis.

BRF inaugura seu Innovation Center

em Jundiaí, SP

3

O interesse sobre a utilização de algas em alimentação animal não é novo. Porém, recentemente, este interesse explodiu em forma de diversos estudos e projetos pelo mundo em busca do valor da alga como um possível ingredien-te para rações.

Alga: o novo ingrediente mundial

para alimentação animal?

4

O Governo está pro-curando garantir a sobrevivência da avi-cultura de pequeno e médio portes, que garante a subsistência de milhões de produ-tores. Para isso, está propiciando ao setor mais subsídios, libe-rando agora o equiva-lente a mais de R$100 milhões.

China procura garantir

sobrevivência de seus avicultores

5

11Produção Animal Avicultura

Existem muitas variáveis que influenciam o processo de produção e que refletem diretamente nos resultados. Às vezes,

apesar de fazer tudo igual ao seu vizinho, os resultados não são os mesmos. É por isso que a Cobb oferece um atendimento

personalizado no campo com o intuito de identificar as necessidades específicas de cada produtor para minimizar os

riscos e potencializar ainda mais o rendimento do plantel. Escolha Cobb que você ganha mais.

CONFIANÇA. ISSO É COBB.

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Notícias Curtas

Produção Animal Avicultura

Diferença deve ser pequena, de me-nos de 200 mil toneladas ou cerca de 0,14% do total previsto. Mas dentro de sete anos - ou seja, em 2020 – o consu-mo de carne de frango deve superar pela primeira vez o da carne suína em um pro-cesso que, aparentemente, não tem mais retorno.

A previsão é da FAO e da OCDE e su-gere que no último ano da corrente dé-cada o consumo mundial de carne de frango alcançará volume muito próximo dos 124 milhões de toneladas, enquanto o de carne suína não deve passar dos 123,8 milhões de toneladas.

2020: Só vai dar frango

Compradores dos EUANos quatro primeiros meses de 2013, os 10 principais impor-

tadores de carne de frango dos EUA absorveram perto de 630 mil toneladas do produto, volume cerca de 14,5% maior que o do primeiro quadrimestre de 2012. Juntos, foram responsáveis por 58,4% das exportações norte-americanas realizadas no período.

Levando em conta que os 10 principais importadores da carne de frango do Brasil responderam, no mesmo período, por mais de 68% do total exportado, conclui-se que o mercado dos EUA está mais diluído. De toda forma, ressalta, nas exportações dos EUA, a maior concentração no mercado vizinho, o México.

O aumento da receita cambial da carne de frango em 2013 – de, praticamente, 6% nos cinco primeiros meses do ano – continua sendo sustentado pelo fran-

go inteiro, exclusivamente. É, sem dúvida, mais um sinal dos “tempos de vacas magras”

experimentado pelo mercado inter-nacional que, à vista das dificulda-

des econômicas, busca produtos com a menor agregação de valor possível.

Por sinal, o aumento da receita cam-bial do frango inteiro resulta da combi-

nação de dois fatores (aumento do volume e do preço médio) que não estão presentes

nos demais itens exportados. No tocante ao vo-lume, por exemplo, caíram os embarques de cor-

tes, de industrializados e de carne salgada. Ou seja: também aqui o frango inteiro foi exceção.

Ave inteira sustenta receita

13Produção Animal Avicultura

Três grandes

De acordo com dados da SECEX/MDIC, no período janeiro-abril de 2013 as três princi-pais empresas do setor - grupo representado no rol oficial de exportadores pela BRF S.A., JBS S.A. e Seara Alimentos Ltda. – obtiveram receita cambial ligeiramente superior a US$3,3 bilhões, valor que representou aumento de 9,22% sobre idêntico período de 2012 e correspondeu a 4,64% de toda a receita obtida pelo Brasil no comércio internacional. Foi, também, um desempenho oposto ao das exportações brasileiras, já que a receita cambial global do período recuou 4,26%.

A ressalvar: as exportações das três empresas estão representadas também pelas car-nes suína e bovina e, ainda, por pratos prontos.

Através da Instrução Normativa (IN) nº 22, de 20 de junho de 2013, o Ministério da Agricultura estabeleceu novas normas para ha-bilitação de médicos veterinários privados (isto é, não vinculados ao serviço público)para emis-são de Guia de Trânsito Animal – GTA.

A IN 22 revoga a IN de nº 15, de 30 de março de 2006 e, com a publicação, já se en-contra em vigor. Seu texto vem acompanhado de cinco anexos com modelos de formulários para (I) solicitação de habilitação, (II) cadastro do habilitado, (III) parecer sobre o pedido de habilitação (a cargo do médico veterinário do serviço oficial), (IV) termo de compromisso de capacitação e (V) solicitação de cancelamento ou atualização de habilitação.

Acesse, no Diário Oficial da União, as pági-nas 24 e 25, com a íntegra da Instrução Normativa nº 22/2013: http://goo.gl/oHss9.

Por conta da falta de mão de obra lo-cal, um frigorífico com sede em Maringá, PR, responsável pela produção de frango para cinco marcas nacionais, decidiu con-tratar trabalhadores estrangeiros. Em duas semanas, 214 haitianos e seis sene-galeses vão integrar o novo quadro de funcionários das unidades no Noroeste do Paraná, em Maringá e em Paranavaí. Eles vão trabalhar nos setores de abate, corte e embalagem das carnes. Esta é a terceira vez que o frigorífico recruta pro-fissionais estrangeiros – as duas primeiras foram somente para Paranavaí. Em 2012, um grupo de dez pessoas foi admitido. Em abril deste ano, houve outros 43. Informações do Valor Econômico.

GTA tem novas regras

Frigorífico contrata estrangeiros

14 Produção Animal Avicultura

Notícias Curtas | Empresas

“É um orgulho estarmos inaugurando esta ideia, este centro de pesquisas e de tec-nologias, em favor da alimentação”, disse José Antonio Fay, presidente da BRF, durante o seu discurso na inauguração do BRF Innovation Center, realizada dia 20 de junho, em Jundiaí, SP.

O novo centro de pesquisas da agroindústria reúne modernos laboratórios, cozinhas experimentais e minifábricas para produções-piloto. Um complexo de 10 mil metros de área construída e planejada de acordo com os requisitos do Leed, selo internacional de-dicado a construções sustentáveis.

O projeto do BRF Innovation Center gerou um investimento de R$ 58 milhões e faz parte da meta da companhia de duplicar, até 2015, os investimentos em pesquisa, desen-volvimento e inovação. Segundo os executivos da BRF, o objetivo principal da planta-pi-loto de Jundiaí é realizar testes e acompanhar as diversas fases de desenvolvimento de projetos de produtos e embalagens

Novo patrocinador para a seleçãoPrestes a disputar uma grande competição em casa, a CBF continua capitalizando

com as empresas nacionais. A entidade anunciou mais um patrocinador, a BRF.O contrato assinado tem duração até 2022. Pelo acordo, a BRF, uma das maiores

companhias de alimentos do mundo, poderá estampar a marca Sadia nos uniformes da seleção brasileira e de suas categorias de base. O acerto permite ainda à empresa explo-rar outras de suas marcas nas categorias de carnes.

“Estamos muito felizes com essa parceria com a CBF, entidade que carrega o nome do Brasil mundo afora. A marca Sadia, pela sua liderança aqui e em diversos mercados, foi escolhida para representar a BRF. Mas o futebol é muito grande e há possibilidade de ativarmos diversas de nossas mar-cas”, afirmou o presidente da BRF, José Antonio Fay.

O acordo de patrocínio tem início imediato, o que permitirá à BRF divulgar a marca Sadia duran-te a Copa das Confederações, que serve de prévia ao Mundial. Nenhuma das partes revelou os valores envolvidos na negociação.

As informações são da Revista Exame.

.

BRF: Innovation Center

Prefeito de Jundiaí, Pedro Bigardi, José Antonio Fay (presidente da BRF), Luiz Furlan (membro do Conselho Administrativo da BRF) e o

ministro da Agricultura, Antonio Andrade

A Revista Veja, de 19/06/2013, publi-cou texto de autoria de Marcelo Sakate sobre a compra da Seara pela JBS. O fri-gorífico dos irmãos Batista, que já osten-tava o status de maior empresa brasileira de alimentos, ganhou corpo com a com-pra da Seara, na última semana, por 5,8 bilhões de reais. Toma-se agora a segun-da companhia brasileira em faturamento, com 100 bilhões de reais de vendas ao ano, e a maior de capital privado, supe-

rando a Vale. A Seara pertencia, desde 2009, ao frigorífico rival Marfrig, que se viu obrigado a se desfazer da marca para reduzir seu endividamento – o valor da compra corresponde, na verdade, a dívi-das que serão assumidas pela JBS.

Com a Seara, a JBS triplicou de tama-nho e fica atrás apenas da líder BRF (Perdigão-Sadia). Mundialmente, vai su-perar a americana Tyson Foods. Outro salto se dará agora na área de alimentos industrializados. A JBS tinha menos de 1 % desse mercado e passará a 17% com a Seara, segundo projeções.

JBS: maior grupo do BR

Com o portfolio de produtos da Seara, JBS triplicou de tamanho e

fica atrás apenas da líder BRF

Compra da Seara é mais um degrau na

ascensão meteórica do frigorífico JBS

15Produção Animal Avicultura

16 Produção Animal Avicultura

A Tyson do Brasil, traz ao mercado uma nova opção: a carne moída de frango Macedo . Produzido a partir do peito, considerado um dos cortes nobres da ave, a carne moída de frango estará disponível bandejas de 500g. A embalagem em bandeja foi escolhida para aproximar o produto do universo do frango. Os consumidores estão acostumados a comprar frango em bandejas e este elemento auxilia o posicionamen-to do produto no universo cárneo, facilitando a identificação pelo consumidor.

Macedo: carne moída de frango

Notícias Curtas | Empresas

Super Frango: Ações ambientais A São Salvador Alimentos S/A (SSA) -

Super Frango contribui com o meio ambiente atráves das ações praticadas dentro da planta em Itaberaí, GO. Entre as ações desenvolvidas estão o tratamento de água utilizada, contro-le de emissão de gases, reciclagem de óleo residual, recuperação de nascentes com plan-tio de mais de 70 mil mudas, coleta seletivas e outras ações ambientais. Agora, a empresa incluiu na lista a realização da 1ª Semana do Meio Ambiente SuperFrango, que aconteceu nos dias 03 a 07 de junho. A companhia in-vestiu na conscientização da comunidade de Itaberaí através de campanhas e/ou ações.

Foi realizado o envio de newsletter com informações sobre preservação e uma visita das Escolas Estadual Maria Olinta de Almeida e Educandário Evangélico às instalações da Super Frango onde os alunos entraram em contato com o processo de tratamento de efluentes (ETE) e realizaram o plantio de mu-das nativas da região em uma área de preser-vação ambiental.

O cardápio do McDonald’s de toda a América Latina con-ta com uma nova opção: o Chicken McBites. A novidade, que há dois anos faz sucesso no menu norte-americano, traz pedacinhos de peito de frango empanados.

O Chicken McBites será vendido por tempo limitado e oferecido em três tamanhos. Para acompanhá-lo, o consu-midor pode escolher entre os molhos Creamy Ranch e Spicy Buffalo, que também poderão

ser consumidos separadament, além dos já existentes, Barbecue, Mostarda, Agridoce e Caipira. Serão produzidas 500 toneladas do produto por mês.

“É um produto que estamos lançando na América Latina inteira, mas que já tem uma história de sucesso no mercado americano. Foi lançado há dois anos nos EUA, é um produto sazonal, sempre com novidades de novos sabores e novos molhos. Agora estamos trazendo essa novidade para o Brasil”, disse Roberto Gnypek, diretor de planejamento e ma-rketing da Arcos Dourados, empresa que controla o McDonald’s na América Latina.

As informações foram divulgadas pelo Portal Terra.

Petiscos de frango

Dia do Meio Ambiente: Alunos plantaram mudas nativas da região em uma área de preservação ambiental

17Produção Animal Avicultura

Informe Técnico-Empresarial

Fábrica da Auster em Hortolândia, SP

Auster 5 anosPaulo Portilho,

Diretor Auster Nutrição Animal

Já havia se passado anos de espera e planeja-mento quando se iniciaram as operações da Auster Nutrição Animal, em 2008. A empre-sa foi criada por profissionais com vasta experiência no mercado de especialidades e aditivos para nutrição animal e com a ambi-

ção de trazer para o Brasil investimentos em desen-volvimento e fabricação deste tipo de produto.

O início foi tímido, em um escritório com cinco pessoas em Campinas. Tímido e desafiador, posto que já em Setembro de 2008 a maior crise econômi-ca que o mundo havia visto, e cujas consequências vemos até hoje na economia mundial, eclodiu de forma avassaladora. Claramente planos foram pos-tergados, e muito trabalho foi necessário para que a

empresa superasse essa situação com tão pouco tempo de vida. Sem dúvida esse evento cravou na alma da equipe uma resiliência e força que jamais a deixarão.

Desde 2011 a empresa vem crescendo robusta-mente e diversificando suas atividades, especialmen-te com aditivos, enzimas e prestação de serviços, e nunca deixou de crescer. Desde este ano já havíamos iniciado uma linha de trabalho com maior envolvi-mento no dia-a-dia de nossos clientes, propondo formulações e acompanhando muito mais de perto os resultados obtidos, mas faltava a perna de poder levar esses resultados mais adiante, faltava a fábrica da Auster.

Já 2012 foi o ano de seus primeiros passos como indústria. Em março, a empresa iniciou suas ativida-des como fabricante e passou a produzir seus produ-tos, assim como prestar serviços a terceiros.

A produção local se iniciou em Março de 2012, com parcelas da planta como um todo operando parcialmente. Durante o ano, o projeto foi amadure-cendo e já no início de 2013 as três linhas de produ-ção estavam a todo vapor. Hoje conseguimos tradu-zir nossas ideias em novos produtos em algumas semanas, por nossos próprios meios. Antes da fábri-ca, dependíamos de empresas na Europa, e uma ideia nova demorava meses para estar disponível aqui.

Hoje a empresa tem 50 funcionários, produz mais de 1800 toneladas de produtos por mês. Desde o seu início mantém um espírito humilde e informal, com as pessoas trabalhando em um escritório sem divisões e com uma equipe dedicada e comprometi-da.

As empresas são frutos das pessoas que nela estão. Nossa equipe é extremamente dedicada, tanto com a empresa quanto com os clientes.

De minha parte, tenho orgulho de todos que estão aqui, e não sei como agradecer a eles e a nos-sos clientes por tudo que conseguimos!

18 Produção Animal Avicultura

Eventos

Em três dias, evento reuniu assuntos objetivos e específicos em Campinas, SP

Conferência Facta 2013: Soluções, novidades, discussões e muita ciência avícola

De volta a Campinas, SP, a Conferência Facta 2013 (10 a 12 de junho) reuniu 700 participantes. Sob a presidência de Mar-cos Macari, a Facta (Fundação Apinco de Ciência e Tecnologia Avícolas) organi-zou três dias dedicados a apresentar so-

luções, novidades, discussões e muita ciência avícola na Casa de Campo do Hotel The Royal Palm Plaza.

Para Macari, o evento transcorreu com tranqüilida-de e dentro das expectativas, tanto no que se refere ao local do evento quanto, e especialmente, ao temário em discussão. “O local era de muito fácil acesso e com infra-estrutura adequada para o modelo proposto. Entendo que muito conhecimento atual foi colocado na pauta de discussão, e informações relevantes foram levantadas. A maioria das palestras teve boa aceitação”, destaca ele.

Com novo formato, o evento reuniu temas mais ob-jetivos em um único dia, com a realização do Simpósio sobre Incubação e do Simpósio sobre Saúde Intestinal, e reservou o último dia para temas variados e de extrema importância para o setor.

“Esta era uma solicitação antiga dos participantes da Conferência: reunir assuntos mais objetivos e especí-ficos”, destaca Paulo César Martins, membro do Comitê organizador da Conferência.

Em seu primeiro dia de trabalho, a Conferência Facta 2013 reuniu estudantes, professores e pesquisa-

dores de diversas instituições para as apresentações do Prêmio Lamas.

Foi, sem dúvida, a melhor forma para iniciar o “maior evento gerador de conhecimento técnico da avicultura industrial brasileira”, nas palavras de Paulo Martins. A comissão recebeu 91 trabalhos da área de nutrição, 53 de produção, 30 de sanidade e 47 de outras áreas. Doze de cada divisão foram selecionados para apresentação oral.

No mesmo dia, foi realizada uma cerimônia de aber-tura seguida por uma palestra comandada por José Ma-ria da Silveira. Membro do Conselho de Informações

Marcos Macari, Conhecimento de sobra, informações relevantes e infraestrutura adequada garantiram sucesso do evento

Público presente na

palestra que marcou a abertura

19Produção Animal Avicultura

Sobre Biotecnologia e professor doutor da Universidade Estadual de Campinas, ele discutiu o cenário e tendên-cia do mercado de grãos e carnes.

Saúde intestinal e incubação A Conferência colocou em prática no segundo dia,

11 de junho, um novo formato de apresentação. Em dois auditórios palestrantes levantaram discussões e se-laram conceitos tanto em saúde animal quanto em in-cubação. Ambos os temas foram escolhidos justamente por estarem em constante evolução.

“Afinal, como melhorar a eficiência do processo de incubação? Na avicultura industrial, estamos longe da natureza. Uma galinha, a máquina perfeita, tem 60 mil anos de esistência. A solução, segundo Thomás Calil, da Pas Reform, é aprimorar o manejo, os equipamentos e a ambiência. Ou investir em mudanças metabólicas para uma melhor incubalidade.

Adriana Garcia de Freitas falou sobre o manejo do ovo incubável e todas as etapas deste processo, como co-leta dos ovos, limpeza e transporte. Fábio de Souza, da Ceva, mostrou a importância da vacinação no incuba-tório ao afirmar que 100% dos frangos de corte alojados no mundo recebem pelo menos uma vacina na planta de incubação, que pode ser por spray, por injeção subcu-tânea ou in ovo. E Claudio Bellaver finalizou as apresen-tações dividindo sua experiência sobre o manejo de re-síduos de incubatórios utilizando-se da compostagem.

Enquanto isso, no outro auditório, Alex Maiorka dis-cutia a fisiologia básica do sistema digestório das aves, apresentação que foi acrescida dos dados expostos por Nair Katayama, do laboratório Spave, sobre a fisiopatolo-gia entérica e a patogênese da enterite.

Antônio Piantino, do Laboratório de Ornitopatolo-gia da FMVZ-USP, falou sobre o diagnóstico das enteri-tes aviárias no Brasil.

Segundo ele, o diagnóstico dos vírus entéricos tem sido feito, principalmente, através da técnica de PCR ou RT-PCR (convencional). A maioria dos laboratórios de diagnóstico de doenças aviárias emprega o PCR conven-cional ou o PCR em tempo real.

Já Marcos Rostagno instigou as discussões ao res-saltar uma mudança de paradigma: a proibição cada vez maior ao uso dos antimicrobianos e o aumento da utilização de medidas de biossegurança somadas às de desinfecção.

Nutrição, saúde e produçãoNo último dia, a programação técnica trouxe assun-

tos ligados à nutrição, saúde e produção das aves e tam-bém uma palestra sobre o mercado de commodities. “O Brasil é hoje uma usina de informação científica na avi-cultura”, destacou Paulo César Martins.

Uma dessas apresentações foi a do professor da USP, João Palermo Neto, que falou sobre os fatos e os mitos na resistência a antimicrobianos (leia mais na página 20).

LamasNo dia 11 aconteceu também a divulgação dos ven-

cedores do Prêmio Lamas 2013.Na mesma ocasião também foi homenageado o

Prof. Dr. Antônio Mário Penz Jr., eleito “Profissional do Ano” pelos técnicos atuantes junto à Fundação.

O Prêmio Lamas tem como objetivo promover a pesquisa acadêmica e laboratorial, além da busca por soluções para a cadeia produtiva avícola.

Foram 220 trabalhos inscritos em quatro catego-rias: Produção, Sanidade, Nutrição e Outras Áreas. O vencedor de cada categoria recebeu um prêmio de R$ 2 mil reais e cada área de pesquisa recebeu uma men-ção honrosa.

Prêmio Lamas

Nutrição Vencedor - Efeito da Arginina e aditivos fitogênicos em dietas

para frangos de corte criados em estresse cíclico por calor sobre resposta imune celular - Vitor Barbosa Facina - FCAV - Unesp

Menção honrosa - L- [13C1] metionina como traçador no sangue de frangos de corte em diferentes fases de crescimento - Ana Cristina Stradiotti - FCAV - Unesp

Sanidade Vencedor - Resposta imune de frangos de corte tratados com

a proteína flic e desafiados com salmonella typhimurium - Thais Cremasco Donato - FMVZ - Unesp

Menção honrosa - Perfil de atividade pró-inflamatória e citolítica após desafio com vírus de bronquite infecciosa - Cíntia Hiromi Okino - FCAV - Unesp

Produção Vencedor - Efeito do número de retiradas do nascedouro

sobre rendimento de incubação na qualidades dos pintos - Vanessa Michalsky Barbosa - UFBA

Menção Honrosa - Hipercapnia durante incubação afeta morfofisiologia do sistema digestório de frangos de corte - Lilian Francisco Arantes de Souza - FCAV - Unesp

Outras ÁreasVencedor - TURNOVER do carbono-13 no músculo peitoral de frangos de corte na fase de crescimento - Vanessa Pelicia - FMVZ - Unesp Menção honrosa - Trabalho: Pressão arterial de oxigênio em embriões e pintos de matrizes pesadas com diferentes idades - Vanessa Michalsky Barbosa - UFBA

Festa da Unesp na entrega dos prêmios

20 Produção Animal Avicultura

Saúde Avícola

Fatos e mitos

Os antimicrobianos são produtos ve-terinários destinados a eliminar ou impedir o crescimento de bacté-rias. São usados para quatro finali-dades: terapêutica (para tratar ape-nas os animais doentes), metafiláti-

ca (para tratar todos os animais de um mesmo gru-po quando alguns estão doentes), profilática (para impedir o desenvolvimento de infecções) e como aditivo zootécnico (para melhorar o desempenho da produção). “No entanto, com o passar do tempo, o seu uso aumentou a emergência de bactérias resis-

tentes. Por isso, a sua utilização tem sido bastante controlada no Brasil”, diz o professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP, João Palermo Neto. “E a maior preocupação so-bre o uso de antimicrobianos na veterinária é a sua influência na saúde humana”.

Cientificamente falando, ainda não há uma comprovação no que diz respeito à transmissão de resistência bacteriana a humanos pelo uso de anti-

bióticos na produção animal. Este seria o primeiro mito. Vários estudiosos e pesquisadores questionam a ação e a eficácia dos antibióticos empregados na medicina veterinária e o seu possível impacto na avicultura. “Questionam a possível presença de resí-duos na carne e nos ovos, que na alimentação hu-mana podem ser os próprios aditivos ou seus meta-bólitos acumulados nos produtos”, afirmam espe-cialistas da Universidade Federal de Goiás em traba-lho publicado recentemente sobre o assunto. “E essa desinformação tem colocado os consumidores em oposição aos produtos rurais de origem animal”, completa Palermo Neto. Ainda que se discuta a rele-vância prática do uso dos antimicrobianos, há um consenso geral de que a proibição total dos antibió-ticos aditivos de crescimento resulte em menor lu-cratividade para o setor. “Para que se possam ter die-tas sem o uso de aditivos de crescimento, faz-se ne-cessária a introdução de alternativas para contornar os efeitos negativos sobre o desempenho e a saúde das aves. Porque o rendimento da ave cai sem o uso dos antimicrobianos. Isto é fato. Há queda de até 5% no peso e de 10% na conversão alimentar. Como al-ternativas, hoje existem os probióticos e os prebióti-cos e várias novas substâncias, utilizadas para pro-mover a acidificação da microbiota, ainda estão em estudos e poderão, no futuro, ser introduzidas na produção animal como aditivos melhoradores de desempenho”.

Os mitosDe acordo com o professor da USP um grande

mito sobre o uso dos antimicrobianos na veteriná-ria tem a ver com a sua segurança. “Muita gente tem a ideia de que os antimicrobianos são substâncias químicas inseguras. Isto é um grande mito. Elas são seguras sim porque são substâncias desenvolvidas para combater patógenos e reestabelecer a microbio-

É indiscutível a possibilidade de empregar antimicrobianos para tratar doenças nas aves. No entanto, a sua aplicação ainda está cheia de mitos

No Brasil, o uso dos antimicrobianos é feito de acordo com aprovação do Mapa

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ta do indivíduo e porque têm dosagens específicas para cada forma de aplicação”.

E sobre os mitos do uso dos antimicrobianos na produção animal o professor Palermo Neto destaca ser falsa a ideia que estas substâncias deixam resídu-os “tóxicos” nos produtos derivados dos animais tratados. “Isto é falso, pois resíduos abaixo dos Limi-tes Máximos (LMRs) estabelecidos e permitidos são seguros”, alerta. Outro mito é a afirmação de que o seu uso é indiscriminado. “O uso dos antimicrobia-nos é feito de acordo com aprovação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)”, adverte o professor. Ele também aponta como mito que o uso dos antimicrobianos em medicina veteri-

nária produz resistência bacteriana. “O uso de anti-microbianos, onde quer que seja, pode levar à sele-ção de cepas de bactérias resistentes. O problema passa pelo uso em avicultura, mas não é devido a ele”, ressalta.

O professor ainda lembra que as doses usadas como aditivos na alimentação das aves são muito pequenas e, portanto, sub-terapêuticas. “De fato, são sub-terapêuticas, mas são doses efetivas para a finalidade a que se destinam (melhorar a microbiota intestinal e, consequentemente, a eficiência alimen-tar). E se usados de forma correta, seguindo-se as normas preconizadas pelas Boas Práticas Clínicas de Uso, não há qualquer perigo”.

Isto implica, principalmente, usar a dose certa do antimicrobiano pelo tempo certo. “E mais: fazer uso apenas de produtos aprovados pelo Mapa para tal, obedecer os períodos de carência ou de retirada, não empregar antimicrobianos criticamente impor-tantes (macrolídeos, cefalosporinas de 3ª e 4ª gera-ções, quinolonas e fluoroquinolonas) para finalida-de profilática ou como aditivo, manter boas condi-ções sanitárias do plantel, fazer provas de sensibili-dade das bactérias ao antimicrobiano, empregar an-timicrobianos apenas por recomendação de profis-sional habilitado para tal, entre outras práticas”.

Desmistificando os antimicrobianosNo Brasil, existem antimicrobianos de todos os

grupos farmacológicos sendo usados na avicultura para finalidade terapêutica e profilática. O uso como aditivo está restrito a algumas moléculas. E, de acor-do com o professor Palermo Neto, as moléculas res-tritas são: Avilamicina, Bacitracina de Zinco, Baci-tracina Metileno Disalicilato (BMD), Colistina, En-ramicina, Flavomicina, Lincomicina, Tiamulina, Ti-losina e Virginiamicina.

“Precisamos divulgar mais como é feita a nossa avicultura, mostrar que o tratamento massal ou gru-pal é necessário. É preciso mostrar que o uso dos an-timicrobianos em avicultura, ou na veterinária em geral, é absolutamente diferente daquele feito em humanos e, desta forma, somente seria válido co-mentar ou discutir o uso que se faz em veterinária após a compreensão do que é feito e como é feito”, descreve Palermo Neto. “Precisamos desmistificar a impressão de que os antimicrobianos são usados de forma indiscriminada e sem controle e que eles não induzem a resistência, mas sim selecionam bacté-rias resistentes. E que a resistência bacteriana sem-pre existirá e que ocorre em todos os locais em que são usados os antimicrobianos. Também é preciso entender que as restrições impostas pela Europa ao uso dos aditivos não teve embasamento científico, mas de precaução e que estas ações caracterizam barreiras extra-alfandegárias aos nossos produtos”.

Professor João Palermo Neto fala sobre os mitos do uso

dos antimicrobianos na produção animal

22 Produção Animal Avicultura

Manejo

Desinfecção

A desinfecção dos ovos férteis é necessária para não comprometer o desenvolvimento embrionário, uma vez que as bactérias que ficam aderidas na casca penetram no ovo podendo causar mor-talidade e prejuízo ao estabelecimento avícola. O processo bus-ca melhorar os índices produtivos ao diminuir a quantidade microbiológica na casca e do interior do ovo. Quando incuba-

do, o ovo é submetido à temperatura ideal para a multiplicação da maioria dos micro-organismos já que as incubadoras possuem umidade e ventilação con-trolada que facilitam essa multiplicação e dispersão. “A recomendação da de-sinfecção é antiga e provém de uma necessidade real de campo, visando me-lhorar os resultados de eclosão e qualidade dos pintainhos”, explica Marcio G. Saatkamp, analista da área de Transferência de Tecnologia da Embrapa Suínos e Aves.

No momento da postura, o ovo fértil apresenta uma carga bacteriana em torno de 300 a 500 células vivas de micro-organismos na superfície da casca. Luciano Keske, assistente técnico da Cobb-Vantress, explica que ovos de cama contêm maior carga bacteriana e necessitam de uma pré-limpeza. Já os ovos de ninho são limpos e podem ser desinfetados diretamente. “A desinfecção destes dois tipos de ovos pode ser realizada na mesma máquina, mas depende muito da padronização da empresa. Há empresas que utilizam o procedimento de, após a coleta de ovos no aviário, classificá-los em ovos de ninho e ovos de cama. Já outras preferem desinfetar os ovos de cama na última desinfecção do dia”, afirma.

Recomenda-se que a desinfecção seja feita na granja logo após a postura para aumentar a eficiência do processo, porque é justamente nos primeiros mi-nutos que ocorre a maior parte da contaminação do conteúdo interno. Quan-do os ovos esfriam após o contato com a temperatura interna, o conteúdo di-minui de volume e forma-se uma espécie de vácuo propiciando a entrada de micro-organismos através dos poros da casca. Em relação à desinfecção dos ovos no incubatório, Adriana Garcia de Freitas, médica veterinária e professora do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM), explica que esta é feita numa câmara de fumigação de ovos férteis na entrada do incubatório utilizan-do-se paraformaldeído (sublimação) ou formalina mais permanganato de po-tássio. “Quanto mais tempo se passa após a colheita, menor é a eficiência da fumigação. É importante saber que o formol é um desinfetante de superfície, não tendo poder de penetração, e a ação do formol só atua em condições físicas ideais de temperatura e umidade”, afirma. Esse tipo de desinfecção é chamado de seca. Existe também a desinfecção úmida, quando são usados os métodos de imersão, lavagem em água corrente, diferencial de pressão, ou pulverização.

Luciano Keske comenta que no Código Sanitário para Animais Terrestres, elaborado pela OIE, consta no capítulo 6.4.7 um item relacionado à desinfec-ção de ovos férteis, onde constam orientações para fumigação ou desinfecção

Processo é importante para diminuir a contaminação dos embriões e garantir menor perda de aves nas primeiras horas de vida. Saiba aqui mais sobre os métodos disponíveis no mercado

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úmida. Para o profissional, nos dias de hoje, com to-dos os problemas resultantes da utilização do for-mol para a saúde humana, buscou-se novas formas de realizar o processo. Na opinião de Saatkamp, existe campo aberto para as novas pesquisas e de-senvolvimento de novos métodos. “Trata-se de uma cadeia produtiva enorme e sem dúvida o crescimen-to da avicultura brasileira passa pela qualidade sani-tária dos pintainhos”, acrescenta. O analista comen-ta que o uso do paraformaldeído está proibido para desinfecção de esterilização de artigos e superfícies pelo primeiro artigo da RDC n° 91 de 28/11/2008. Para o analista da Embrapa, o abandono do uso do paraformaldeído ocorreu em função das ações tra-balhistas impetradas por empregados das empresas. Mas o ato proibitivo não ofereceu nenhuma suges-tão alternativa.

Sobre métodos alternativos que dispensam o uso do paraformaldeído e apresentam bons resultados em eclodibilidade, Luciane Fornari, proprietária da Fornari Indústria, acredita na técnica do “natural peeling” que utiliza jatos de água quente com auxí-lio de hipoclorito e cálcio. “O método consiste em colocar os ovos em uma esteira que os carrega para dentro da máquina, onde sofrem ação da água quente e dos desinfetantes e, após, seguem para um túnel de secagem rápida com temperatura controla-da permitindo que saiam da máquina em condições para serem acondicionados ou vendidos”, afirma.

Ainda de acordo com a dirigente, a aplicação, por parte das empresas envolvidas de conceitos bem estruturados ajuda a aumentar os ganhos de toda a cadeia produtiva. Ela orienta que se tratando de de-sinfecção, o ideal seria uma limpeza completa com possibilidade residual que prolonga o tempo de es-toque, a utilização de métodos que não agridam di-retamente o embrião causando grandes índices de morte embrionária e a automatização do processo – onde o operador apenas monitora o equipamento não tendo nenhum contato direto com produtos químicos.

Saatkamp conta que o artigo 25 da Instrução Normativa 56 (acessível em www.avisite.com.br/le-gislacao) afirma que os ovos devem ser desinfetados, mas não diz como e quais produtos devem ser utili-zados. Fica a critério de cada empresa, do responsá-vel técnico e do médico veterinário oficial definir a forma como será feita a desinfecção. Ainda para o analista, a IN preconiza a desinfecção por conta da dispersão de agentes patogênicos prejudiciais à ca-deia produtiva. “Por outro lado, as empresas têm a

necessidade de realizar a desinfecção para melhorar a eclosão e a qualidade do seu produto e também têm a necessidade de fazê-la com a melhor relação custo benefício”.

Já para Adriana Garcia, seca ou úmida, o impor-tante é que a desinfecção seja realizada o mais rápi-do possível. Partindo dessa premissa, a escolha do método de desinfecção depende das condições da empresa de realizá-la com agilidade.

de ovos férteis

De cima para baixo: 1. Ovos de cama contêm maior carga bacteriana e

necessitam de uma pré-limpeza

2. No momento da postura, o ovo fértil

apresenta uma carga bacteriana em torno de

300 a 500 células vivas de micro-organismos na

superfície da casca3. Existe também a desinfecção úmida,

quando são usados os métodos de imersão

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Produção Animal Avicultura24 Produção Animal Avicultura

Os silos de ração podem ser considerados os verdadeiros cofres da propriedade avícola, por conta da grande quantidade de dinheiro investido que eles armazenam. Dessa forma, a boa escolha e o bom manejo desses equipamentos são fundamentais

Os cofresda granja

A indústria avícola brasileira é caracterizada pela contínua agregação de novas tecnolo-gias e tem hoje um dos me-lhores índices de produtivi-dade encontrados no mun-

do. E assim é em todos os seus segmentos. O controle da qualidade em todas as suas eta-pas de produção faz parte da rotina das em-presas avícolas no Brasil, que buscam sem-pre oferecer o melhor produto, seguro e com qualidade, para o consumidor. E den-tro deste conjunto estão os silos de armaze-nagem para as rações, equipamentos indis-pensáveis e que ajudam a pulsar o dia-a-dia na granja. “A função essencial de um silo armazenador de ração é manter a qualidade dela”, explica Ivo Oltramari Junior, diretor de Vendas e Marketing – Proteína Animal da GSI. “O equipamento deve garantir que o alimento chegue aos animais com todas

25Produção Animal Avicultura 25Produção Animal Avicultura

as propriedades nutricionais intactas. Com o silo, a ração fica protegida de mudanças bruscas de tempe-ratura, da umidade, do mofo e de roedores”.

Os silos são, em geral, produzidos de metal (aço galvanizado) e instalados próximos aos galpões de produção das aves. Podem ser considerados os co-fres da granja, pois armazenam uma grande quanti-dade de dinheiro, levando em conta o investimento da ração ali armazenada. Mas como escolher o me-lhor silo para a granja? Como fazer a sua correta ma-nutenção para garantir a qualidade da ração?

De acordo com os especialistas da área, os cuida-dos com os silos devem ser bem rigorosos. Se não es-tiverem bem limpos e não forem bem utilizados, o avicultor poderá ter problemas não só com as aves nos galpões como também em toda a sua cadeia. É importante que a tampa superior do silo seja aberta sempre que o dia for ensolarado e quente para que a umidade interna possa sair. Dessa forma, não have-rá condensação da umidade sobre a ração, evitando--se um possível desenvolvimento de fungos. Tam-bém é importante a limpeza interna do silo. Sempre antes de receber uma nova ração, deve-se retirar to-das as sobras da ração anterior e limpar bem o fun-do e os seus cantos. “Quando trocar a fase de ração (pré-inicial, inicial, crescimento e final), devemos

fazer uma limpeza completa do silo para não haver mistura, principalmente quando for a ração de reti-rada (antes do abate), pois esta ração é muito impor-tante para limpar os frangos, eliminar qualquer re-síduo de medicamentos”, alertam os especialistas.

E como escolher o silo para a granja avícola? “O produtor deve ficar atento com a qualidade do mate-rial utilizado na fabricação do silo como, por exem-plo, a qualidade da camada de cobertura do aço gal-vanizado e também com as suas dimensões para que tenha uma boa instalação na granja”, diz Mai-kel Machado Ozório, gerente de Engenharia da Big Dutchman.

Com o silo, a ração fica protegida de mudanças bruscas de

temperatura, da umidade, do mofo e de roedores

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O avicultor precisa estar atento à capacidade em volume dos silos e se eles têm sistemas de ventilação com respiros

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Grãos, armazenagem e investimentos Especificações, dicas e escolha

O setor avícola também se beneficiará com o Plano Safra 2013/2014 do governo federal. Ao todo, serão destinados R$ 136 bilhões, com aumento de 18% em relação ao ano passado, para as empresas do agronegócio. Deste total, R$ 97,6 bilhões vão para custeio e comercialização. Os juros variam de 3,5% a 5,5% ao ano. Para operações de investimento serão liberados R$ 38,4 bilhões. Esse item traz algumas novidades, como verba específica para financiamentos em armazenagem, com previsão de R$ 25 bilhões e taxa de juros de 3,5% ao ano. Para o avicultor que também produz milho e precisa estocar o grão esta pode ser uma boa oportunidade para modernizar a sua armazenagem e investir em silos. Saiba mais neste link do site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: www.agricultura.gov.br/politica-agricola/plano-agricola-e-pecuario-2013-2014

Escolher um bom silo para a propriedade avícola não é uma tarefa fácil. O equipamento tem algumas especificações técnicas e o produtor deve procurar um bom profissional da área para ajudá-lo a escolher a melhor opção para a sua granja. E, felizmente, o Brasil conta com excelentes profissionais e empresas fabricantes de silos. Veja a seguir o que os técnicos de algumas das principais empresas de silos de armazenagem, consultadas pela Revista do AviSite e que responderam às questões dentro do prazo estipulado, recomendam aos avicultores (a íntegra das entrevistas está disponível no Portal AviSite, através do link www.avisite.com.br/revista/materias/silos.html).

GSIIvo Oltramari Junior Diretor de Vendas e Marketing – Proteína Animal

AviSite – Quais são as regras para um bom armazenamento de rações e grãos em silos?

Ivo – “A função essencial de um silo armazenador de ração é manter a qualidade dela. O equipamento deve garantir que o alimento chegue aos animais com todas as propriedades nutricionais intactas. Com o silo, a ração fica protegida de mudanças bruscas de temperatura, da umidade, do mofo e de roedores. O silo deve ser totalmente adequado às necessidades do avicultor, no que se refere a tamanho e acessórios. É imprescindível que a estrutura conte com itens de proteção para os usuários, como escadas e moegas para a retirada da ração. O dimensionamento do ângulo do funil, por onde sairá o alimento, também é essencial. Ele deve permitir o escoamento adequado da ração.

A GSI Agromarau tem, entre o seu portfólio de produtos, um acessório que garante que a primeira ração a entrar seja a primeira a sair. Dessa forma, os animais sempre comem ração nova.

AviSite – A quais pontos o avicultor deve se atentar na hora de escolher o silo de armazenagem para a sua propriedade?

Ivo – “O avicultor deve estar atento à idoneidade do fabricante: uma empresa

séria usa apenas matérias primas de qualidade em seus silos. No momento de adquirir uma estrutura, o produtor deve estar ciente de todas as informações técnicas. Um ponto essencial é a camada de galvanização da chapa do silo: quanto melhor a camada, mais durável será o silo. Também são indispensáveis os itens de segurança, como o guarda-corpo do lado de fora do silo, e uma estruturação correta, com pernas que suportem o peso do conteúdo armazenado”.

Big DutchmanMaikel Machado Ozório Gerente de Engenharia

AviSite – Quais são as regras para um bom armazenamento de rações e grãos em silos?

Maikel – “Para um armazenamento adequado de ração em granjas:

1) Assegurar que a ração não tenha contato com umidade externa, como por exemplo umidade proveniente de chuvas;

2) Assegurar que roedores e aves migratórias não tenham acesso à ração para, assim, evitar contaminação;

3) Assegurar que a quantidade armazenada seja suficiente para a necessidade da granja e que tenha autonomia na distribuição de ração de, pelo menos, dois dias ou de acordo com o

27Produção Animal Avicultura

planejamento de alimentação traçado pelo produtor;4) Assegurar que tanto a carga como a descarga do

silo sejam simples;5) Assegurar que não haja contaminação da ração

enquanto armazenada por materiais pesados, materiais orgânicos, dentre outros”.

AviSite – A quais pontos o avicultor deve se atentar na hora de escolher o silo de armazenagem para a sua propriedade?

Maikel – “Qualidade do material utilizado na fabricação do silo como, por exemplo, qualidade da camada de cobertura do aço galvanizado. Respiros para troca de ar do silo com o ambiente externo; Janelas de acesso no cone inferior para manutenção do silo

Janelas para inspeção da qualidade e nível da ração; Dimensões do silo, porque dependendo do local onde o silo será instalado este pode necessitar de ajustes, como por exemplo silos altos ou baixos; Tipo de sistema de abertura do silo; Sistemas com tubos rígidos funcionam melhor que sistemas flexíveis; Segurança; O silo deve oferecer proteção contra quedas na sua escada”.

CaspIrineu Pinto Filho Gerente executivo da Engenharia Avícola de Corte e Suínos

AviSite - Quais são as regras para um bom armazenamento de rações e grãos em silos?

Irineu - “A atenção às condições de armazenagem da ração e ou de grãos é extremamente importante, pois possibilita um ambiente com controle da temperatura, umidade, evitando assim o desenvolvimento de fungos que podem produzir micotoxinas, substâncias que comprometem a qualidade do produto armazenado. Hoje, possuir uma

Nas granjas avícolas, os silos (produzidos

em aço galvanizado) ficam próximos aos

galpões das aves

armazenagem na própria propriedade significa ao produtor poder guardar seu produto de forma correta, dentro dos conceitos de armazenagem e requisitos técnicos para manter a qualidade dos grãos”.

AviSite - Quais pontos o avicultor deve se atentar na hora de escolher o silo de armazenagem para a sua propriedade?

Irineu – “Um dos principais aspectos a serem considerados é a viabilidade econômica. Hoje, temos dados, dependendo da produção, de que o investimento poderá se pagar até na segunda safra. Outros itens que devem ser levados em consideração são: a localização, a unidade deve que ter fácil acesso para possibilitar um bom fluxo de caminhões; a execução de um bom projeto, considerando os tipos de grãos a serem armazenados, o produto final (semente ou grão comercial) e a quantidade a ser recebida e armazenada”.

Kepler WeberJoão Tadeu Franco Vino Superintendente Comercial

AviSite - Quais são as regras para um bom armazenamento de rações e grãos em silos?

João - “O dimensionamento correto do silo: o silo deve ter a capacidade de armazenagem de acordo com a necessidade do usuário, principalmente no caso de rações, onde sugerimos um período máximo de sete dias de consumo”.

AviSite - Quais pontos o avicultor deve se atentar na hora de escolher o silo de armazenagem para a sua propriedade?

João - “Escolher um fornecedor que possa auxiliá-lo a dimensionar o projeto correto para as necessidades de curto, médio e longo prazos, evitando adaptações em futuras ampliações”.

TecnoesseMarcos Langarogerente de Negócios

AviSite - Quais são as regras para um bom armazenamento de rações e grãos em silos?

Marcos - “Os silos galvanizados são recipientes indispensáveis para o armazenamento seguro da ração, por isso devem ser escolhidos com cuidado. É muito importante na hora da compra do silo verificar o dado técnico da capacidade de armazenamento em metros cúbicos, pois a densidade da ração é alterada pelos itens que compõem a mesma”.

Cor

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28

Reportagem empresarial

Produção Animal Avicultura

anos no mundo

Ainda em 1922, o publicitário Bastos Tigre criou um dos slogans mais co-nhecidos da propaganda brasileira: “Se é Bayer, é Bom”. A mensagem complementa o “Science for a Bet-ter Life” propagada mundialmente.

É uma demonstração do respeito da companhia pelo mercado nacional, além provar o estreito vín-culo estabelecido depois de 117 anos de atuação em território brasileiro. A expressão é familiar, atravessou as fronteiras e, até hoje, é utilizada pe-los países de língua espanhola que dizem “Si es Bayer, es Bueno”.

Em 2013, o Grupo Bayer comemora 150 anos desde a sua fundação na Alemanha. A história com o Brasil começou em 1896 quando dois consultores técnicos desembarcaram no Rio de Janeiro com o intuito de analisar as parcerias comerciais na re-cém proclamada república. A partir daí, a relação com o País foi tornando-se cada vez mais próxima. No mesmo ano, foi fundada a primeira represen-tante dos produtos da empresa, a WaltyLindt& Cia.

Com o decorrer dos anos, a atuação da Bayer as-cendeu dentro do território nacional e culminou na aquisição da fábrica de ácidos em Belford Roxo, RJ, em 1956, e futuramente, no estabelecimento da sede administrativa em 1973 em São Paulo. Foi lá mesmo, no bairro de Socorro, que foi inaugurada a fábrica de produtos farmacêuticos que até os dias de hoje produz medicamento atendendo as exigên-cias internacionais de “Boas Práticas de Produção” e abastece o Mercosul.

Nas divisões de negócios da companhia, a Bayer HealthCare é a que abriga a unidade de saúde animal, presente no Brasil há mais de 90 anos. As

outras são Bayer CropScience e Bayer Material Science. Juntas, oferecem ao mercado um vasto portfólio de produtos e soluções nos campos da saúde, ciências agrícolas e materiais inovadores. Para Rogério Petri, Gerente da Unidade de Aves e Suínos, a sinergia entre essas diferentes áreas de atuação é o que confere um diferencial para a Bayer.

“Muitas vezes nós temos um cliente que atua tanto na plantação de grãos quanto em produção animal. Essa é uma das situações em que vamos oferecer soluções integradas – não só na saúde ani-mal como também na área agrícola. Eu acredito que temos ainda muito espaço para criar essa siner-gia. Isso é uma macro tendência”, afirma o profis-sional com 18 anos de casa. Já para Josiedi Pires, Gerente Nacional de Vendas de Aves e Suínos, par-ticipar dos três segmentos implica em uma séria preocupação com segurança alimentar. “Existem casos internacionais de risco de resistência, de efei-tos colaterais nocivos no ser humano e acredito que atuar na parte humana e veterinária confere um diferencial muito grande para a Bayer”, atesta o profissional com 19 anos de experiência no merca-do de aves e suínos, 15 desses na multinacional.

Hoje, o principal faturamento da companhia são os animais de produção (bovinos, aves e suínos e recentemente, aqüicultura) e para os dirigentes à frente da Unidade de Aves e Suínos, fundada em 1987, o Brasil terá um futuro promissor, o que tam-bém torna esse cenário positivo para o desenvolvi-mento da Bayer. Para Sergio Schuler, Diretor da Saúde Animal, a companhia terá um papel impor-tante nas indústrias desse segmento, o qual ainda tende a se consolidar. “Hoje, o mercado é bem pul-

Fundado em 1863, o Grupo Bayer

estabeleceu-se como uma das mais

importantes companhias em nível mundial. No Brasil, a

empresa alemã atua na área de saúde animal há

mais de 90 anos e desde sua chegada,

vem garantindo a sanidade e rentabilidade

na produção animal

29Produção Animal Avicultura

À direita, o começo no Brasil e abaixo, a sede em São Paulo

verizado. Acredito que no futuro haverá menos empresas e, consequentemente, essas terão uma responsabilidade maior”. Assim, a Bayer está inves-tindo em segurança alimentar e rastreabilidade. Os colaboradores estão participando de cursos pela Universidade de Cambridge sobre bem-estar ani-mal. “Esses temas possuem uma grande relevância para a Bayer, por isso estamos educando as pessoas internamente com a intenção de propagar esses co-nhecimentos externamente, junto aos nossos par-ceiros”, afirma o Diretor.

De olho nos próximos passos, a Bayer se articu-la em alinhar tecnologias e as tendências atuais para aumentar a produtividade das aves. O progra-ma de biossegurança amplamente utilizado no Brasil é uma das marcas presente no dia a dia do avicultor. Agora, a multinacional pretende ampliar essa participação. “Esse ano teremos um lança-

mento na área de nutracêuticos. No segundo se-mestre, o Grobig, um produto à base de Bacillus su-bitilis que oferece uma alternativa ao antibiótico estará disponível ao mercado. Também vamos lan-çar nos próximos anos um imunoestimulante ines-pecífico para a avicultura que irá proporcionar um incremento na nossa presença no mercado”, afir-ma Petri.

Em se tratando de tecnologia, em junho, a Bayer disponibilizará um aplicativo para cálculo de doses do Baytril® Solução em granjas. Agora, o médico veterinário pode dosar facilmente a quan-tidade exata do produto e ainda saber qual o custo do tratamento a partir de informações simples como número de aves e o peso médio.“Assim va-mos mostrar que o Baytril® Solução pode ter um custo unitário elevado, mas quando calculamos o tratamento, levando em conta a dose e o número de dias,o custo por ave tratada fica muito baixo. Vai ajudar a desmistificar essa questão. Sem contar que é muito prático”, ressalta Luiz Felipe Lecz-nieski, Gerente de Marketing da Unidade de Aves e Suínos. O aplicativo é gratuito e está disponível nas plataformas Android e IoS (iPhone e iPad).

Acima, planta produtiva da Bayer

em Belford Roxo, RJ

30

AviGuia

Produção Animal Avicultura

Todo debate travado sobre produção de alimentos e sua cadeia de produção constitui um passo importante para elevar os níveis de produtividade, qualidade e profissionalismo no campo. O II Seminário Agroceres de Economia e Negócios reuniu, em Patos de Minas, no interior de Minas Gerais, lideranças do setor e promoveu discussões sobre as principais perspectivas para a produção de alimentos, assim como seus desafios, além da importân-cia da inovação e gestão no meio rural. O consultor da Agroconsult, André Pessoa, acre-dita que para a avicultura para o risco de um excesso de oferta estimulada pela euforia da queda nos custos de produção. “Esta atividade tende a reagir à queda no custo de produção com au-mento de oferta”, ressalta Pessoa. Ele acredita no mesmo cenário para a produção de carne bovina. “Os preços mais baixos da ração estimula o confinamento de gado neste ano em relação ao ano passado”. Saiba mais sobre: www.agroceresmultimix.com.br.

Produção de carnes em 2013

Coordenador TécnicoO médico veterinário Osmair Flavio

Stuani é o novo Coordenador Técnico Comercial da Safeeds. Com ampla experiência na área de bovinocultura de leite no Brasil e no exterior, ele coordenará os serviços técnicos e co-merciais ampliando os resultados do trabalho com aditivos funcionais na alimentação animal: “Pretendo realizar um trabalho sério e comprometido, ampliando e desenvolvendo o trabalho inovador que a Safeeds vem realizando através de seus produtos”. Mais: www.safeeds.com.br .

Nova estrutura

A Novartis Saúde Animal iniciou o mês de junho com uma nova estrutu-ra na divisão de Aves e Suínos. Com o intuito de aperfeiçoar o apoio técnico de seus produtos e estreitar o relacio-namento com os clientes, a empresa decidiu segmentar a coordenadoria técnica da área. Para isso contratou o médico veterinário Pedro Sbardella para atender exclusivamente o setor de Suínos e Thiago Alvares, que era representante de vendas de aves e suínos, acaba de ser promovido a Coordenador Técnico de Aves. “Pela especialização desses profissionais, aperfeiçoaremos ainda mais nossos negócios, proporcionando maior satisfação em nossos clientes”, afirma Guiherme Borchardt Neto, gerente de produto de Aves e Suínos da empresa. Mais informações: www.novartis.com.br

Em sua 2º edição, o encontro se consolida como referência em informações estratégicas para os produtores da região

31Produção Animal Avicultura

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32

AviGuia

Produção Animal Avicultura

Planos de expansão

A YES continua com seu planeja-mento de expansão que começou em 2012. “Temos um plano de investi-mentos para fazer melhorias em pro-cessos fabris e instalações, orçadas na ordem de US$ 4 a 5 milhões. Além disso, estamos cada vez mais investin-do nos testes de desempenho dos produtos, experimentalmente e a campo, nas mais variadas espécies e ocasiões”, disse Renato Della Libera, gerente Comercial da YES. Saiba mais: www.yes.ind.br.

Versão de controladores

A Fornari investe em novos proje-tos para controle sanitário e desenvol-veu para lavagem e desinfecção de ovos uma nova versão de controlado-res que monitora, prepara dosagens de desinfetantes e garante assim a efici-ência do processo. Presente em todo o Brasil, a empresa investe em equipa-mentos que ajudem na melhora dos resultados na produção sempre com o comprometimento com a qualidade do mercado avícola brasileiro. Mais: http://fornariindustria.com.br/.

Avian Forum

A Merial Saúde Animal concretizou sua promessa de estabelecer uma parceria com a indústria avícola global em seu recente Avian Forum, realizado em Istanbul (Turquia). O evento recebeu cerca de 500 visitantes de 73 países, que participaram de sessões de apre-sentações, palestras e discussões sobre os ‘Futuros Desafios da Indústria Avícola’. Jérôme Baudon, Diretor Global de Marketing Estratégico Avicultura da Merial, afirmou que a empresa trabalha para oferecer a seus parceiros e ao mercado uma grade de serviços mais ampla, incluindo novos equipamentos que melhoram a eficácia e produtividade.

“Parceria está no coração do que fazemos – trabalhando com nossos clientes, médi-cos veterinários, e outros componentes da indústria para atender os desafios concomi-tantes ao aumento de demanda para frangos de corte e poedeiras no mundo todo”, enfatizou Baudon.

Saiba mais em: www.merial.com.br.

Farmabase recebe visita

Profissionais da Copérdia, Sul Valle Alimentos e Cooper Auriverde, parcei-ros da Farmabase, visitaram as instala-ções e linhas de produção da empresa em Jaguariúna, SP. A iniciativa faz parte do Programa Portas Abertas cujo obje-tivo é levar os clientes para conhecer a sede da Farmabase, os procedimentos de produção, o controle de qualidade de seus produtos e as pessoas que fazem parte da empresa. Na ocasião os visitantes também conheceram a nova identidade visual da Farmabase e as no-vas embalagens dos produtos. Logo após, o grupo de visitantes conheceu os conceitos de garantia de qualidade.

Para mostrar e identificar como é o passo a passo de todos os produtos desde a compra da matéria-prima até o lote que é entregue aos clientes, o gerente de operações, Pedro Abbade, apresentou como é o sistema de rastre-abilidade total da Farmabase, e junta-mente com a diretora de desenvolvi-mento e qualidade, Márcia Pirágine, mostraram na prática como esse con-ceito funciona no laboratório. Saiba mais: www.farmabase.com.br.

ContrataçãoA Aviagen anuncia a contratação

de uma nova colaboradora para sua equipe de Serviços Técnicos no Brasil: a médica veterinária Ana Paula Guideli. “A Ana Paula já iniciou seus trabalhos e atuará na área de frangos, atendendo

clientes nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste”,

afirmou Marco Aurélio Romagnole Araújo, gerente de Serviços Técnicos da Aviagen no Brasil. Ana Paula traba-lhou por mais de 10 anos nas empresas Big Frango

e Globoaves. Mais informações:

www.aviagen.com.

Estatísticas e Preços

33Produção Animal Avicultura

Produção de pintos de corteMaio/2013528,640 milhões | 0,82%

Produção de carne de frango Maio/20131.114,948 mil toneladas | 0,68%

Exportação de carne de frango Maio/2013343,489 mil toneladas | -8,38%

Desempenho do frango vivoJunho/2013R$ 1,89 | 1,84%

Desempenho do ovoJunho/2013R$ 61,00/cxa. | 18,68%

MilhoJunho/2013R$ 27,13/ ton | 8,39%

Farelo de SojaJunho/2013 R$1.030,00 /saca | -0,48 %

Oferta interna de carne de frangoMaio/2013771,459 mil toneladas | 5,32%

Produção e mercadoem resumoEm junho frango vivo

obtêm a primeira alta do ano e sinaliza melhores momentos

para a atividade

Em junho, levantamento semanal reali-zado pelo Procon-SP da evolução da cesta básica dos paulistanos mostra-

ram que nos últimos três anos a menor dife-rença de preços entre frango e ovo sempre ocorreu na passagem do primeiro para o se-gundo semestre. Mas que o preço do frango abatido (resfriado) no varejo sempre foi su-perior ao da dúzia de ovos. Porém, fato iné-dito aconteceu na última semana de maio e confirma o péssimo momento vivenciado pela atividade: o frango resfriado foi comer-cializado por R$4,56/kg e o ovo por R$4,59/dúzia. E embora o preço do frango em ju-nho tenha voltado novamente a ser maior que o ovo, os preços continuaram muito próximos e até se alternando no decorrer do mês.

Já o frango vivo comercializado no inte-rior paulista, após mais de seis meses de quedas, obteve, na segunda quinzena de ju-nho, a primeira alta no ano e, com novos ajustes de preço na parte final do mês sinali-zam melhores momentos para a atividade.

No cenário internacional um trabalho conjunto entre a Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e a Or-ganização para a Cooperação e Desenvolvi-mento Econômico (OCDE) prevê que em 2020, o consumo de carne de frango será a mais consumida no mundo, devendo supe-rar pela primeira vez o da carne suína em um processo que, aparentemente, não tem mais retorno. Projetam, também, que os atuais quatro maiores produtores mundiais de car-nes avícolas – EUA, China, Brasil e União Eu-ropéia – chegarão a 2022 mantendo as mes-mas posições atuais.

Todas as porcentagens são variações anuais

34

Estatísticas e Preços

Produção Animal Avicultura

Produção de pintos de corte

Volume real produzido em maio é inferior a abril

O s últimos dados divulgados pela APINCO referentes à produção

brasileira de pintos de corte mostram que no mês de maio o setor alcançou o volume de 528,6 milhões de cabe-ças, maior volume nominal produ-zido neste ano, quase 1% de aumento sobre o produzido no mesmo mês do ano passado (524,3 milhões).

Em relação ao mês anterior, abril de 2013, o aumento foi de 2,3%. Mas, levando-se em consideração a produção real – produção nominal ajustada para mês de 30 dias – o mês de maio ainda permanece abaixo do volume produzido em abril, atin-gindo o volume de 511,6 milhões, praticamente 1% de redução.

Neste ano, o volume acumulado ( janeiro a maio) chegou aos 2,561 bilhões de cabeças, 2,8% acima do produzido no mesmo período do ano anterior. Porém, nesse mesmo perí-odo do ano passado o setor havia reduzido a produção em 2,25%. Assim, o aumento atual equivale a somente 0,5% em dois anos.

O volume atual só tem sido alcançado devido a melhor utilização das matrizes em final de produção, porque a capacidade de produção permanece limitada.

A média da produção diária nos 151 dias deste ano ficou em 16,964 milhões de cabeças projetando para o ano 6,190 bilhões de cabeças, 3% a mais que o produzido no ano pas-sado. Para alcançar esse volume projetado o setor terá que produzir nos sete meses restantes do ano volume mensal superior a 518 milhões de cabeças.

Embora venha aumentando gra-dativamente desde o inicio do ano, por ora, o volume acumulado nos últimos 12 meses se encontra em 6,077 bilhões, 1,8% menor que o produzido nos 12 meses imediata-mente anteriores.

EVolução mEnsal MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS 2011/12 2012/13 VAR. %

Junho 514,100 514,783 0,13%

Julho 501,880 515,160 2,65%

Agosto 530,405 502,649 -5,23%

Setembro 515,772 478,335 -7,26%

Outubro 539,183 523,338 -2,94%

Novembro 544,747 483,605 -11,22%

Dezembro 550,243 497,797 -9,53%

Janeiro 515,465 514,079 -0,27%

Fevereiro 469,206 477,792 1,83%

Março 498,647 524,588 5,20%

Abril 483,664 516,465 6,78%

Maio 524,327 528,640 0,82%

Em 5 meses 2.491,309 2.561,563 2,82%

Em 12 meses 6.187,638 6.077,230 -1,78%

Fonte dos dados básicos: APINCO – Elaboração e análises: AVISITE

2012Mai

507,

450

7,4

Jun

514,

851

4,8

Jul

498,

549

8,5

Ago

486,

448

6,4

Set

478,

3

Out

506,

550

6,5

Nov

483,

648

3,6

Dez

481,

748

1,7

Jan

497,

549

7,5

Fev

511,

951

1,9

Mar

507,

750

7,7

Abr

518,

551

8,5

Mai

511,

6

2013

Produção real Volume nominal mensal ajustado paramês de 30 diasMilhões de Cabeças

35Produção Animal Avicultura

S egundo estimativas da APINCO baseadas na produção de pin-

tos de corte, no peso médio do frango criado e nas exportações mensais, em maio, pelo terceiro mês seguido, a produção de carne de frango ficou acima do milhão de toneladas. Foram produzidas no mês volume bem próximo de 1,115 milhão de toneladas de carne de frango, 4% a mais que o produzido no mês anterior (1,071 milhão de toneladas). Mas maio é mês mais longo e a produção real - ajustada para mês de 30 dias - mostra uma produção somente 0,71% maior (1,079 milhão de toneladas, maior produção dos últimos 11 meses), variação bem próxima do aumento verificado em relação ao mesmo mês do ano anterior (maio de 2012), de 0,68%.

O volume acumulado nos pri-meiros cinco meses do ano soma pouco mais de 5,1 milhões de tone-ladas representando uma redução de 5,86% sobre o mesmo período do ano passado. A produção diária do período, pouco superior a 33,8 mil toneladas, projeta para o ano um volume aproximado de 12,350 milhões de toneladas, 2,3% menor que o produzido em 2012. Mas esse volume tende a ser ultrapassado considerando que, historicamente, a produção do segundo semestre é sempre maior que a do primeiro.

Por enquanto, o volume acumu-lado em 12 meses está bem próxi-mo da projeção atual, mais exata-mente em 12,327 milhões de toneladas, 5,19% menor que os 12 meses imediatamente anteriores. Mas esse índice tende a diminuir porque, após um período de nove meses consecutivos de quedas no volume acumulado em 12 meses, ele voltou a ser maior pelo segundo mês consecutivo. E esse crescimen-to deve ter continuidade.

Produção de carne de frango

um ano depois, volume de maio volta a ficar acima de 1,1 milhão de toneladas

EVolução mEnsalMIL TONELADAS

MÊS 2011/12 2012/13 VAR.

Junho 1.089,220 1.090,615 0,13%

Julho 1.094,724 1.083,764 -1,00%

Agosto 1.032,743 1.030,725 -0,20%

Setembro 1.048,767 1.015,150 -3,21%

Outubro 1.104,318 1.027,594 -6,95%

Novembro 1.067,411 1.000,732 -6,25%

Dezembro 1.138,387 970,109 -14,78%

Janeiro 1.156,403 963,946 -16,64%

Fevereiro 1.051,621 909,425 -13,52%

Março 1.053,124 1.048,685 -0,42%

Abril 1.057,893 1.071,343 1,27%

Maio 1.107,369 1.114,948 0,68%

Em 5 meses 5.426,410 5.108,347 -5,86%

Em 12 meses 13.001,980 12.327,036 -5,19%

Fonte dos dados básicos: APINCOProjeções e análises: AVISITE

Produção RealVolume nominal mensal ajustadopara mês de 30 diasMaio de 2012 a maio de 2013

jan/

13

fev/

13

mar

/13

abr/

13

mai

/13

mai

/12

jun/

12

jul/1

2

ago/

12

set/

12

out/

12

nov/

12

dez/

12

Mil Toneladas

1.07

2 1.09

1

1.04

9

997 1.01

5

994

1.00

1

939

933

974

1.01

5

1.07

1

1.07

9

36

Estatísticas e Preços

Produção Animal Avicultura

Exportação de carne de frango

Embarques recuam mais de 5% no ano e em 12 meses

D e acordo com os dados da SECEX /MDIC, em maio passado

as exportações brasileiras de carne de frango – produto in natura + industrializados + carne salgada – somaram 343.489 toneladas e com isso alcançaram o segundo melhor resultado dos últimos 12 meses. Ainda assim perdendo por diferença mínima (22 toneladas) do recorde alcançado no período (343.511 toneladas em outubro de 2012).

A despeito do bom desempenho no mês, o volume acumulado no ano permanece negativo e, no momento, apresenta recuo de 5,71% sobre os mesmos cincos meses de 2012. Projetado para a totalidade do ano, esse volume sina-liza embarques totais pouco supe-riores a 3,8 milhões de toneladas, resultado que significaria redução da ordem de 3% sobre os quase 3,918 milhões de toneladas do ano passado.

Se for confirmado, será um resul-tado anual melhor que o atualmente registrado, já que o acumulado nos últimos 12 meses se encontra 5,07% abaixo do registrado em idêntico período anterior.

Já a receita cambial proveniente desses embarques aumentou prati-camente 6% nos cinco primeiros meses do ano, sustentada pelo aumento no preço médio dos produ-tos exportados (somente a carne salgada teve variação anual nega-tiva).

Aliás, o aumento da receita esta sendo determinada, principalmente, pelo frango inteiro, que aumentou 3,5% no volume (demais itens sofre-ram redução) e, com uma melhora superior a 20% no preço médio, viu sua receita crescer mais de 25% sobre o mesmo período do ano passado. Os demais itens exporta-dos – cortes, industrializados e sal-gados - tiveram variação negativa.

Acumulado em 12 mesese variação anualAcumulado em 12 mesese variação anual

jan/

13

fev/

13

dez/

12

nov/

12

out/

12

set/

12

ago/

12

jul/1

2

jun/

12

mai

/12

3.87

9

3.88

9

4.02

6

4.00

2

4.00

3

3.96

6

3.96

7

3.97

5

3.92

9

3.91

8

mar

/13

3.88

9

3.84

5

2,27

%

1,50

% 2,83

%

1,71

% 2,61

%

2,75

%

0,54

%

-0,6

4%

-2,4

4%

-1,8

3%

abr/

13

3.84

5

3.85

3

mai

/13

3.85

3

3.82

2

-3,4

9%

-3,4

2%

-5,0

7%

Mil toneladas

EVolução mEnsalMIL TONELADAS

MÊS 2011/12 2012/13 VAR. %

Junho 331,321 307,194 -7,28%

Julho 310,874 312,297 0,46%

Agosto 354,337 317,482 -10,40%

Setembro 304,591 305,763 0,38%

Outubro 335,733 343,511 2,32%

Novembro 358,704 312,224 -12,96%

Dezembro 350,252 339,040 -3,20%

Janeiro 328,877 290,475 -11,68%

Fevereiro 281,674 291,083 3,34%

Março 363,613 319,688 -12,08%

Abril 331,001 339,460 2,56%

Maio 374,904 343,489 -8,38%

Em 5 meses 1.680,069 1.584,195 -5,71%

Em 12 meses 4.025,881 3.821,706 -5,07%

Fonte dos dados básicos: SECEX/MDIC

37Produção Animal Avicultura

P elo terceiro mês consecutivo a oferta interna de carne de

frango ficou acima das 700 mil toneladas. Em maio, descontados da produção de carne de frango o volume destinado às exportações, permaneceram no mercado interno o equivalente a 771.459 toneladas de carne de frango, volume cerca de 5% superior ao volume ofertado em maio de 2012. E embora a oferta nominal também tenha aumentado pouco mais de 5% sobre o volume produzido no mês anterior, a oferta real – volume nominal ajustado para mês de 30 dias - foi de 746.573 toneladas gerando um aumento bem menor, de 2%.

Contrapondo-se a oferta interna de maio com o volume ofertado no último mês do ano anterior e um dos melhores períodos de cada exercício (dezembro), tem-se um dos grandes motivos que levaram o setor a uma situação tão difícil na comercialização do produto. Nesse período o aumento da oferta foi superior a 22%. E nenhuma econo-mia, por melhor que seja, consegue passar incólume sem sentir os refle-xos de tamanho aumento em tão pouco tempo. E, no Brasil, não foi diferente.

O total acumulado da oferta interna neste ano atingiu volume pouco superior a 3,5 milhões de toneladas, quase 6% a menos que o ofertado no mesmo período do ano passado. Esse volume projeta para o corrente ano uma oferta interna muito próxima de 8,5 milhões de toneladas, cerca de 3% a menos que o disponibilizado internamente em 2012. Por ora, o volume acumulado nos últimos 12 meses se encontra no mesmo pata-mar da projeção levantada, mas é 5,2% menor que a oferta interna acumulada nos 12 meses imediata-mente anteriores.

Disponibilidade Interna de Carne de Frango

Em maio, oferta interna foi 5% maior que no mesmo mês do ano anterior

Evolução MensalMIL TONELADAS

MÊS 2011/12 2012/13 VAR. %

Junho 757,900 783,421 3,37%

Julho 783,850 771,467 -1,58%

Agosto 678,406 713,243 5,14%

Setembro 744,176 709,387 -4,67%

Outubro 768,585 684,083 -10,99%

Novembro 708,707 688,508 -2,85%

Dezembro 788,135 631,069 -19,93%

Janeiro 827,526 673,471 -18,62%

Fevereiro 769,947 618,342 -19,69%

Março 689,511 728,997 5,73%

Abril 726,892 731,883 0,69%

Maio 732,465 771,459 5,32%

EM 5 MESES 3.746,341 3.524,152 -5,93%

EM 12 MESES 8.976,100 8.505,330 -5,24%

Fonte dos dados básicos: APINCO • Elaboração e análises: AVISITE

2012Mai

708,

837

Jun

783,

421

783,

421

Jul

746,

581

746,

581

Ago

690,

235

690,

235

690,

235

Set

709,

387

709,

387

Out

662,

016

662,

016

662,

016

Nov

688,

508

688,

508

Dez

610,

712

610,

712

Jan

651,

746

651,

746

Fev

662,

509

662,

509

Mar

705,

481

2013

Oferta real Volume nominal mensal ajustadopara mês de 30 dias e variação anualMil toneladas

705,

481

Abr

731,

883

731,

883

Mai

746,

573

38

Estatísticas e Preços

Produção Animal Avicultura

Média mensal e variaçãoanual e mensal em treze meses

MÊS. MÉDIA R$/KG

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL

JUN/12 1,85 14,60% 8,94%

JUL 1,86 4,89% 0,21%

AGO 2,30 10,41% 23,84%

SET 2,47 25,47% 7,33%

OUT 2,50 26,26% 1,35%

NOV 2,59 24,82% 3,50%

DEZ 2,95 40,11% 14,01%

JAN/13 2,93 85,98% -0,59%

FEV 2,87 78,98% -2,23%

MAR 2,69 49,67% -6,05%

ABR 2,12 19,68% -21,19%

MAI 1,80 5,88% -15,22%

JUN 1,89 1,84% 4,78%

FRANGO VIVOEvolução de preços na granja, interior paulista – R$/KG

Média anual em 10 anosR$/KG

*2013: 01/Jan a 30/Jun

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

R$/KG

R$ 1,49R$ 1,49

2005

2006

2007

2008

*2013: 01/Jan a 30/Jun

R$ 1,35

R$ 1,16

R$ 1,55

R$ 1,63

R$ 1,63

R$ 1,92

R$ 1,65

R$ 2,08

2013*

*2013: 01/Jan a 30/Jun

R$ 2,08

R$ 2,38

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Preço relativo no ano em comparação à média mensal de 10 anosPreço em Dezembro do ano anterior = 100

Média 2003/12

2013

98%

92%

89% 90% 96

% 99%

106% 110% 112%

107% 109%

94%

99%

98%

91%

61%

64%

72%

Após permanecer mais da metade de junho com os mesmos preços do mês anterior e com valor negativo

em relação a junho do ano passado, o frango vivo entrou em um dinâmico processo de valorização – o primeiro de 2013. Foi o que possibilitou encerrar o período com ligeiro ganho em relação ao mês anterior, ocorrência que o setor não observava desde dezembro do ano passado.

Apesar, porém, do expressivo aumento registrado em curtíssimo espaço de tempo (a valorização em apenas sete dias de negócios ficou próxima de 17% em São Paulo e su-perou os 18% em Minas Gerais), o ganho anual continuou medíocre: de apenas 1,84% sobre junho de 2012, o que significou evolução substancialmente inferior à da inflação

e, portanto, um ganho real negativo.Mas não só isso: por ter sido peque-

na, inferior a 5%, a valorização regis-trada de maio para junho continuou sendo absolutamente insuficiente para neutralizar as quedas registradas nos cinco meses anteriores. Dessa forma, junho de 2013 foi fechado com uma cotação 30% inferior à registrada no início do corrente exercício.

Em termos semestrais a valorização obtida foi, à primeira vista, das mais ex-pressivas, pois o valor médio de R$1,72/kg registrado nos seis primeiros meses de 2012 subiu, neste ano, para perto de R$2,38/kg – ganho ao redor de 38,5%.

No entanto, é importante lembrar que

(1º) o preço médio do primeiro se-mestre de 2012 foi menor que o de idêntico período de 2011; portanto, o ganho atual se encontra artificialmente inflado;

(2º) toda a valorização obtida serviu apenas para cobrir aumento de custo; ou seja, o ganho do produtor foi nulo, senão negativo;

(3º) praticamente todo o aumento registrado concentrou-se no primeiro trimestre do ano; no segundo trimes-tre, a variação obtida mal acompanhou a inflação; e isto, graças sobretudo aos aumentos registrados nos últimos dias de junho.

Desempenho do frango vivo em Junho e no 1º semestre de 2013

no mês, o primeiro processo de valorização do ano

39Produção Animal Avicultura

Média mensal e variações anual e mensal em treze meses

MÊS. MÉDIA R$/CXA

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL

JUN/12 51,40 6,91% 13,45%

JUL 53,31 13,42% 3,71%

AGO 53,19 15,53% -0,23%

SET 49,00 18,02% -7,87%

OUT 48,77 19,77% -0,47%

NOV 53,29 32,68% 9,27%

DEZ 56,60 25,47% 6,21%

JAN/13 54,35 41,73% -3,98%

FEV 65,11 45,62% 19,80%

MAR 67,00 36,53% 2,39%

ABR 64,81 40,12% -3,27%

MAI 61,00 34,63% -5,88%

JUN 61,00 18,68% 0,00%

OVO BRANCO EXTRAEvolução de preços no atacado paulistano

R$/CAIXA DE 30 DÚZIAS

Média anual em 10 anosR$/CAIXA

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

R$/CAIXA

R$ 34,47R$ 34,47

2005

2006

2007

2008

R$ 33,48

R$ 27,48

R$ 39,42

R$ 43,62

R$ 38,63

R$ 44,61

R$ 37,93

R$ 49,11

2013*

R$ 49,11

R$ 62,24

*2013: 01/Jan a 30/Jun

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Preço relativo no ano em comparação à média mensal de 10 anosPreço em Dezembro do ano anterior = 100

Média 2003/12

2013

109% 11

3%

105%

103%

110%

106%

104%

95%

93%

94%

104%

88%

96%

116%

118%

115%

108%

108%

Na história recente do setor de postura (ou, pelo menos, de

2001 para cá) não há registro de tão longa estabilidade no preço dos ovos como a observada no segundo trimes-tre de 2013. Pois, iniciada nos últimos dias de abril, a estagnação da remune-ração oferecida ao produtor estendeu--se por maio e junho e deve se manter pelo menos nos primeiros dias de julho corrente.

Assim, por completarem-se, no úl-timo dia de negócios do primeiro se-mestre, 64 dias sem qualquer altera-ção de preço, a valorização do ovo de maio para junho acabou sendo igual a “zero”. O que, ressalte-se, não foi de todo ruim, pois neutralizou o compor-tamento observado de março para abril e de abril para maio, quando hou-ve queda em relação aos meses ante-riores.

Da mesma forma, a valorização

obtida em relação ao mesmo mês do ano passado, embora apresentando um índice significativamente inferior ao que vi-nha sendo registrado nos meses anteriores, continuou apre-sentando variação positiva, suficiente para cobrir a elevação de custos enfrentada no período.

Como resultado desse desempenho, o primeiro semestre de 2013 foi fechado com um preço médio quase 50% supe-rior ao do mesmo período de 2012, valor que também se encontra 26,64% acima da média anual do ano que passou. São índices que sugerem grandes ganhos mas que, na reali-dade, somente cobrem o custo maior registrado a partir de meados do ano passado.

Desempenho do ovo em Junho e no 1º semestre de 2013

no primeiro semestre do ano, preço médio quase 50% superior ao do mesmo período de 2012

Ignim eum fugia vel mi, soluptas et lautem

idissi quia plaut alit alicta ipsam aut quis aliciatiatur sit litatio nsequam estio. Itatur

sin com

40

Estatísticas e Preços

Produção Animal Avicultura

Matérias-Primas

Preço do milho registra leve aumento

O preço do milho registrou leve aumento em junho de 2013. O preço médio do insumo saca de 60 kg, inte-rior de SP, fechou o mês cotado a R$ 27,13– valor 0,26% maior que a mé-dia de R$ 27,06 obtida pelo produto em maio de 2013. A disparidade de preços do milho em relação ao ano

anterior é positiva. O valor atual é 8,39% maior, já que a média de junho de 2012 foi de R$25,03 a saca. Em maio, a disparidade registrada foi 3,68%.

Valores de troca – Milho/Frango vivoO frango vivo (interior de SP) fechou junho a

R$1,89/kg – 4,78% maior que a média de maio de 2013. A maior valorização do frango contribuiu para o aumento do poder de compra do avicultor. Nesse mês, foram necessários 239,2kg de frango vivo para se obter uma tonelada de milho, conside-rando-se a média mensal de ambos os produtos em junho. Este valor representa aumento do poder de compra de 4,73% em relação ao mês anterior, pois em maio a tonelada do milho “custou” 250,5 kg de frango vivo.

Valores de troca – Milho/OvoO preço do ovo, na granja (interior paulista, cai-

xa com 30 dúzias), encerrou junho cotado à média de R$55,00, valor similar ao mês anterior.

Com o aumento no preço do milho houve uma leve piora no poder de compra do produtor. Em ju-nho, foram necessárias 8,221 caixas de ovos para adquirir uma tonelada do cereal. Em maio foram necessárias 8,200 caixas/t, uma piora de 0,26% na capacidade de compra do produtor.

Preço do farelo de soja sobe novamente

Após um primeiro quadrimes-tre seguido de baixas o farelo de soja (FOB, interior de SP) registrou aumento pelo segundo mês conse-cutivo. O produto foi comercializa-do em junho de 2013 ao preço médio de R$ 1.030/t, valor 21,89% maior que o de maio passado –R$

845/t. Na comparação com junho de 2012 – quando o preço médio era de R$1.035/t – a co-tação atual registra redução de 0,48%.

Valores de troca – Farelo/Frango vivoCom a maior valorização do farelo soja em

relação ao frango vivo, em junho de 2013, foram necessários 545,0kg de frango vivo para adquirir uma tonelada do insumo, significando piora de 13,86% no poder de compra em relação a maio, quando foram necessários 469,4kg de frango vivo para obter uma tonelada do produto.

Valores de troca – Farelo/OvoDe acordo com os preços médios dos produ-

tos, em junho de 2013 foram necessárias apro-ximadamente 18,7 caixas de ovos (valor na granja, interior paulista) para adquirir uma tone-lada de farelo de soja. O poder de compra do avicultor de postura em relação ao farelo dimi-nuiu na comparação com maio: piora de 17,96% já que no mês passado 15,4 caixas de ovos adquiriam uma tonelada de farelo. Em re-lação a junho de 2012, o aumento no poder de compra é de 21,73%, pois naquele período a tonelada de farelo de soja custou, em média, 22,8 caixas de ovos.

Média Junho

R$ 27,13 Máximo

R$ 29,00Mínimo

R$ 26,00

Preço médio MilhoR$/saca de 60kg, interior de SP

junho

julho

agosto

setembro

outubro

nove

mbro

dez

embro

janeiro

feve

reiro

março

abril

maio

junho

2012

35,0033,0031,0029,0027,0025,0023,0021,0019,00

2013

Média Junho

R$ 1030,00Mínimo

R$ 900,00 Máximo

R$ 1065,00

Preço médio Farelo de sojaR$/tonelada FOB, interior de SP

1300120011001000950900850800750700650600

junho

julho

agosto

setembro

outu

bro

nove

mbro

dez

embro

janeiro

feve

reiro

março

abril

maio

junho

2012 2013

Média Junho

R$ 27,13 Máximo

R$ 29,00Mínimo

R$ 26,00

Preço médio MilhoR$/saca de 60kg, interior de SP

junho

julho

agosto

setembro

outubro

nove

mbro

dez

embro

janeiro

feve

reiro

março

abril

maio

junho

2012

35,0033,0031,0029,0027,0025,0023,0021,0019,00

2013

Média Junho

R$ 1030,00Mínimo

R$ 900,00 Máximo

R$ 1065,00

Preço médio Farelo de sojaR$/tonelada FOB, interior de SP

1300120011001000950900850800750700650600

junho

julho

agosto

setembro

outu

bro

nove

mbro

dez

embro

janeiro

feve

reiro

março

abril

maio

junho

2012 2013

Fonte das informações: www.jox.com.br

Estatísticas e Preços

41Produção Animal Avicultura

Portfólio AviGuia

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42

Ponto Final

Produção Animal Avicultura

Um novo modelo exaurido

Clever Pirola Ávila é Presidente do Sindicarne SC, Sindicato da

Indústria da Carne e Derivados do Estado de Santa Catarina. É

também membro do Conselho Diretivo da UBABEF, da ABIPECS e

Diretor de Exportação da ACAV

Este modelo se transformou agora no chamado “cus-to Brasil”, de baixa produtividade, velocidade inadequa-da, muita burocracia, supercentralizado, tamanho enor-me e com muitos gargalos.

Precisamos de aberturas de mentes, desprovidos de orgulho próprio e numa atuação suprapartidária para criamos um novo modelo.

Que modelo seria esse ?Um modelo simples, focado no principio da confian-

ça, da responsabilidade individual e coletiva, na transpa-

rência, na parceria público – pri-vado e usando muita tecnologia disponível. Essa é a solução para um novo modelo. Um modelo construído para atender a maioria e auditado de forma inteligente para identificar as exceções.

As oportunidades estão aí, abrindo portas para o Brasil dia-

riamente, porém estamos nos excluindo através do nos-so modelo ultrapassado e dando espaço para outros paí-ses mais competitivos.

Parece tão óbvio, entretanto nossa inércia é enorme. Nossas lideranças parecem inábeis em obter um consen-so pela maioria, e uma minoria denominada tecnificada impede aflorar um novo modelo por interesses próprios. Assim, a sociedade vai pagando com impostos altos e ser-viços inadequados.

A sociedade inteira clama por um novo modelo, mas poucos estão aptos a ouvir.

Nós, usuários e clientes brasileiros, precisamos ser tratados como tal. Observa-se hoje uma inversão de va-lores: Parece que o Serviço Público está nos fazendo favo-res e somos obrigados a seguir neste ritmo. Volto a afir-mar: nós somos os clientes !!!!

Não tenho dúvidas de que temos capacitação e tecno-logia para criar algo neste sentido. Basta apenas algumas lideranças nacionais fazerem uma composição em prol do Brasil, o que não deveria ser difícil – mas falta a prio-ridade. Nossas universidades podem ser entidades neu-tras, capazes de analisar as necessidades e verificar os “gaps”, propondo sequencialmente algo inovador que possa ser o diferencial para o Brasil e nos tornar nova-mente competitivos neste processo global e de evolução contínua.

Ainda tenho esperança nesta busca pela transforma-ção e que possamos agir em conjunto pelos interesses da nossa nação.

Por mais sucesso que o Brasil tenha obtido nas últimas décadas, e sobre o qual devemos nos orgulhar, podemos

afirmar que o atual modelo está exaurido.

Oportunidades para o Brasil estão aí diariamente. Mas

estamos nos excluindo através de um modelo ultrapassado e permitindo que países mais

competitivos tomem nosso lugar

43Produção Animal Avicultura

Um novo modelo exaurido

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44

Ponto Final

Produção Animal Avicultura