22 - avisite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 coordenador editorial josé carlos godoy...

48

Upload: others

Post on 26-Nov-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini
Page 2: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini
Page 3: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

2216

33

46

Coordenador EditorialJosé Carlos Godoy [email protected] - 9782

ComercialPaulo [email protected] Tadini [email protected]

Redação Érica BarrosAlexandre [email protected]

Diagramação e arteMundo Agro e Bravos Comunicaçã[email protected]

Circulação e Assinatura Alexandre Aguilar(19) 3241 9292 [email protected]

EXPEDIENTE EDITORIAL

Fale com a redaçã[email protected]: (19) 3241 9292

ISSN 1983-0017Produção Animal - Avicultura

Mundo Agro Editora Ltda.Rua Erasmo Braga, 115313070-147 - Campinas, SP

Recordes na avicultura e nova gestão na UBA

Em tempos de alta nos custos da ração, a utilização de enzimas tem papel mais do que essencial. É o que evidencia matéria abordando o assunto na página 22.

Especialistas ouvidos ainda observam que o valor das enzimas vai além. Ques-tionado sobre a função das enzimas na melhora da conversão do alimento em carne, Gustavo Lima, pesquisador da Em-brapa Suínos Aves, afirma que a utiliza-ção de enzimas apresenta resultados glo-bais que extrapolam a observação dos valores de conversão alimentar, como a redução do poder poluente dos dejetos produzidos.

Outra questão ressaltada nesta edi-ção, entre as páginas de estatísticas e preços, é o volume de carne de frango ex-portada, que correspondeu a quase 40% do total produzido no mês de julho. É um

feito louvável e evidencia o elevado status sanitário do Brasil no mercado internacio-nal. A questão é que, com a maior depen-dência do mercado externo, é preciso es-tar 100% de olho na biosseguridade e também atentar para possíveis turbulên-cias externas.

Ariel Mendes, o novo presidente da União Brasileira de Avicultura, tem algu-mas propostas para remodelar a entidade e aumentar sua força representativa. É um reforço essencial no desafio de man-ter e melhorar ainda mais a posição atual do Brasil no cenário avícola nacional e internacional.

José Carlos GodoyCoordenador Editorial

[email protected]

Ponto Final

Mundo globalizado e a nutrição animal

Ariel Mendes é eleito

Presidente da UBA

Como a tecnologia pode ajudar a reduzir

os custos das dietas avícolas

Ranking da produção avícola

nos estados líderes

Estudo compara dois sistemas de ventilação para avaliar concentrações de NH3 ...........28

Produção Animal | Avicultura 3

Eventos ............................ 04 Noticias Curtas 07

Postura em Foco ..............14 Associações ...... 21

Ciência Avícola ............... 28 AviGuia ............ 31

ESTATÍSTICAS E PREÇOSProdução e mercado em resumo .......................................... 36

Alojamento de matrizes de corte ..........................................37

Produção de pintos de corte ................................................ 38

Produção de carne de frango ............................................... 39

Exportação de carne de frango............................................ 40

Disponibilidade interna de carne de frango ........................41

Alojamento de matrizes de postura .................................... 42

Alojamento de pintainhas comerciais de postura .............. 43

Desempenho do frango vivo no mês de julho .................... 44

Desempenho do ovo no mês de julho ................................. 45

Sumário

Page 4: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

Eventos

4 Produção Animal | Avicultura44444 ProProProProProProduçduçduçduçãoãoo ão ãã AAAniAnAniAAA malmal |||||| AAA Avicucultltututurarara4 Produção Animal | Avicultura

Novembro3 e 4 de novembroI Simpósio Sul-Mato-Grossense de Avicultura e SuinoculturaLocal: Teatro Municipal de Dourados, MSRealização: PET/ZOO – Universidade Federal da Gran-de Dourados (UFGD)Contato: 67-3411-3838Informações: www.ufgd.edu.br

11 e 14 de novembro

EuroTierLocal: Hanôver, AlemanhaRealização: Sociedade Alemã de AgriculturaE-mail: [email protected]ções: www.eurotier.de

19 a 21 de Novembro

AVISULAT - I Congresso Sul Brasileiro de Avicultura, Suinocultura e LaticíniosLocal: Centro de Exposições Fundaparque, Bento Gonçalves, RSRealização: Associação Gaúcha de Avicultura(ASGAV), Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (SINDI-LAT) e Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos (SIPS)Contato: 51-3228-8844Informações: www.avisulat.com.br

Setembro

8 a 10 de setembro

I Simpósio Regional de Avicultura e SuinoculturaLocal: Hotel Pestana, Salvador, BARealização: Associação Baiana de Avicultura (ABA) e UBAContato: 71- 2102-6600Informações: www.gt5.com.br/sras

10 e 11 de setembro

VI Simpósio de Sanidade AvícolaLocal: Park Hotel Morotin, Santa Maria, RSRealização: Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)Contato: 55-3220-8072E-mail: [email protected]ções: www.ufsm.br/lcdpa

11 e 12 de setembro

V Curso de Atualização em Avicultura para Postura ComercialLocal: Centro de Convenções da UNESP/FCAVde Jaboticabal, SPRealização: Associação Paulista de Avicultura (APA) e FCAVContato: 16-3209-1300E-mail: [email protected]ções: www.funep.com.br/eventos

25 de setembro

1° Dia do FrangoLocal: Universidade Federal de Lavras (UFLA/MG)Realização: Núcleo de Estudo em Ciência e Tecnologia Avícola (NECTA)Contato: 35-3829-1240Informações: www.nucleoestudo.ufl a.br/nectaE-mail: diadofrangonecta@ufl a.br

26 de setembro a 30 de outubro de 2010

Curso de MBA em AviculturaLocal: Feira de Santana, BARealização: Instituto DidatusContato: 41- 3018- 8246Informações: www.didatus.com.brE-mail: [email protected]

Outubro

18 de outubro

IV Encontro da Avicultura e Suinocultura CapixabaLocal: Marechal Floriano, ESRealização: Associação de Avicultura do Espírito Santo (AVES)Contato: 27-3288-1182Informações: www.associacoes.org.brE-mail: [email protected]

22 a 24 de outubro

Simpósio CBNA de Manejo e Nutrição de Aves e SuínosLocal: Auditório do IAC, Campinas, SPRealização: Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA)Contato: 19-3232-7518E-mail: [email protected]ções: www.cbna.com.br

Page 5: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini
Page 6: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

Eventos

6 Produção Animal | Avicultura

Com a fi nalidade de promover o conhecimento, divulgar pes-quisas e gerar discussões sobre o ramo de nutrição animal, o Colégio Brasileiro que representa este setor (CBNA) reali-

za nos dias 22 e 23 de outubro, no auditório do Instituto Agronô-mico (IAC), em Campinas, SP, o “Simpósio sobre Manejo e Nutri-ção de Aves e Suínos”.

O evento vai reunir autoridades e técnicos de várias partes do mundo. Além disso, vai contar com o fórum “Nutrição Protéica ou

Aminoacídica de Frangos de Corte”. As inscrições antecipadas podem ser realizadas através do e-

mail [email protected] ou pelo fax (19) 3232-7518 até o dia 10 de outubro. Após esta data, as inscrições somente serão feitas no local (IAC), no dia do simpósio.

Seguem abaixo alguns destaques da programação do evento.

Mais informações: www.cbna.com.br

Em outubro, “Simpósio CBNA sobre Manejo e Nutrição de Aves e Suínos”

SIMPÓSIO SOBRE MANEJO E NUTRIÇÃO DE AVES E SUÍNOS22 e 23 de Outubro de 2008 – Campinas, SP

• Cenários do mercado de matérias-primas para alimentação animal

Gabriel Jorge Neto - BioCamp Laboratórios Ltda - Campinas, SP

• Informações recentes sobre o uso de MOS em nutrição animal

Eric Oriol – BioSpringer (Grupo Lesaffre) – França

• Uso de NIRS na avaliação de ingredientes

Cecile Gadi – Adisseo - França

• Avaliando o uso de enzimas NSP e fi tases, visando a

melhora de desempenho e custos em dietas de aves

Craig L. Wiatt - AB Vista Feed Ingredients - EUA

• Painel sobre nutrição de matrizes pesadas

Alysson Silveira – Hubbard; John Haley - Cobb Vantress

Nutricionista da AVIAGEN

• Interação nutrição e imunologia em aves e suínos

Andréa Ribeiro – UFRGS - Porto Alegre, RS

• Glicerol na alimentação animal

José Fernando M. Menten –Esalq/USP – Piracicaba, SP

• Produção de ovos vs. meio ambiente

Eduardo Villas Boas Scarpa – Granja Mantiqueira - Itanhandú, MG

• Uso responsável de antimicrobianos

José Eduardo Butolo – Evialis/Supre Mais – CBNA, Campinas, SP

• Fórum “Nutrição protéica ou aminoacídica de frangos de corte”

Otto Mack Junqueira – FCAV/UNESP – Jaboticabal, SP

Márcio Ceccantini – Adisseo, São Paulo

Leandro Hackenhaar – Evonik, São Paulo

Eduardo Nogueira – Ajinomoto – São Paulo

Page 7: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

Vírus da IA não foi o causador da Gripe Espanhola, dizem especialistas

Estados Unidos voltam a detectar H7N3

Considerado, até agora, respon-sável central pela pandemia de

1918 (Gripe Espanhola), o vírus da Infl uenza Aviária, surpreendente-mente, está sendo inocentado da morte de milhões de pessoas em todo o mundo naquela ocasião. Médicos e pesquisadores concordam que, embora presente no episódio, o vírus da IA não foi o desencadeador da pandemia registrada na ocasião. A alta mortalidade, dizem, foi oca-sionada por bactéria ou, mais exata-mente, por uma pneumonia bacte-riana que se manifestou concomitantemente (provavelmente aproveitando alguma brecha) à pre-

sença do vírus da IA.Até o momento, todo o esforço

científi co mundial visando à preven-ção de uma pandemia de Infl uenza vem se concentrando no controle ou na tentativa de neutralização do vírus H5N1, caracterizado como de alta patogenicidade e causador, nos últimos cinco anos, de cerca de 250 mortes. Nestes casos o vírus tem sido responsável, sim, pelas ocorrên-cias fatais. Mas ainda não apresen-tam ou adquiriram características pandêmicas, dizem os pesquisado-res. E a descoberta, agora, de que o problema pode estar associado a outras causas (no caso da pandemia de 1918, a uma pneumonia bacte-riana) recomenda que se amplie a vigilância e a pesquisa sobre outros possíveis agentes.

A Divisão de Pesca e Vida Natural do Departamento de Meio Ambiente

do Estado de Rhode Island, nos EUA, detectou a presença da cepa H7N3 em cisnes capturados no Rio Seekonk. O vírus da IA foi encontrado durante a realização de testes rotineiros de vigi-lância sanitária.

O achado mereceu grande discrição da imprensa norte-americana que, pra-ticamente, não se dedicou ao assunto. Um dos poucos jornais norte-america-

nos que trataram da matéria observou que embora surtos ocasionados por cepas do vírus H7 devam ser reportados à Organização Mundial de Saúde Ani-mal (OIE), “até agora a OIE não divul-gou qualquer nota a respeito e as pou-cas notícias divulgadas não indicam se o vírus é de alta ou baixa patogenicidade”.

Na verdade, o vírus H7N3 é de alta patogenicidade e todos os casos de IA devem ser reportados à OIE.

Prevenção da IA: auditorias do MAPA vão até outubro

Em reunião na Assembléia Geral Ordi-nária de eleição da nova diretoria da

União Brasileira de Avicultura (UBA), em São Paulo, o Secretário de Defesa Agro-pecuária do Ministério da Agricultura, médico veterinário Inácio Afonso Kroetz, anunciou que estarão concluídas até outubro as auditorias de 2008 visando à avaliação para classifi cação ou reclassifi -

cação das diversas unidades federativas participantes do Plano Nacional de Pre-venção da Infl uenza Aviária e de Contro-le e Prevenção da Doença de Newcastle.

Das 27 UFs brasileiras (26 Estados + Distrito Federal), 21 delas passam por um segundo processo de avaliação que pode levar a uma reclassifi cação do conceito recebido em 2007 (B, C ou D).

Duas - Maranhão e Alagoas - estão recebendo sua primeira auditoria classifi -catória, pois aderiram ao Plano em 2008. E quatro (Acre, Amazonas, Rorai-ma e Amapá) permanecem sem audito-ria, pois não demonstraram, por ora, interesse em participar do Plano. Os resultados somente serão divulgados após a conclusão de todas as auditorias.

Notícias

Produção Animal | Avicultura 7

Page 8: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

Nos EUA, embarques de frango aumentaram 20% no 1º semestre

As exportações norte-americanas de carne de frango tiveram, no primeiro

semestre de 2008, índice de incremento bastante similar ao brasileiro. Enquanto por aqui os embarques do produto registraram aumento de 19,34%, nos EUA a expansão foi de 20,15%, diferença de 0,81 ponto percentual.

No entanto, as exportações brasileiras (1,842 milhão de toneladas no semestre) permaneceram 23% acima das norte-ameri-canas, pois o volume embarcado pelos EUA no período foi de cerca de 1,494 milhão de toneladas.

Os principais compradores de frango norte-americano foram a Rússia (com 29% do total), China (com 12%) e o vizinho Méxi-co (com 9% do total). A surpresa foi encon-trar na quarta posição Cuba, cujas importa-ções no ano aumentaram perto de 95%, correspondendo, em apenas um semestre, a 81,50% do total recebido em 2007.

EUA Desempenho das exportações de carne de frango

TONELADASANUAL 1º SEMESTRE

2007 2007 2008 VAR. % % DE 2007

Rússia 855.823 362.521 436.192 20,32% 50,97%

China 296.852 138.051 183.232 32,73% 61,73%

México 242.196 125.567 133.993 6,71% 55,32%

Cuba 95.506 40.004 77.841 94,58% 81,50%

Ucrânia 90.018 51.712 57.256 10,72% 63,60%

Canadá 113.904 57.714 55.403 -4,00% 48,64%

Turquia 60.301 40.511 38.986 -3,76% 64,65%

Angola 79.642 36.070 37.411 3,72% 46,97%

Lituânia 107.412 76.052 23.563 -69,02% 21,94%

Hong Kong 33.642 17.456 23.292 33,43% 69,23%

Demais 702.756 297.737 426.754 43,33% 60,73%

TOTAL 2.678.053 1.243.394 1.493.922 20,15% 55,78%

Fonte: USDA – Elaboração e análises: AVISITE

ro o poramsãoo

Des

A

Rússia 8

Ao mesmo tempo em que retarda qualquer decisão que possibilite aos

EUA retomar suas exportações de carne de frango para o bloco (o argumento é o de que os norte-americanos desinfetam suas carcaças com cloro), a União Européia reabre – embora parcialmente – suas portas à carne de frango de origem chinesa.

A reabertura atenua um embargo de ordem sanitária mantido sobre todos os produtos da avicultura chinesa há quatro anos e que foi declarado logo após a

China ter anunciado os primeiros casos de Infl uenza Aviária no país.

A atenuação do embargo não envol-ve carnes avícolas e ovos in natura, ape-nas produtos tratados a uma temperatu-ra mínima de 70ºC, considerada sufi ciente para inativar algum vírus da IA eventualmente presente no produto. Além disso, está restrito apenas à provín-cia de Shandong e, assim, exclui outras 29 províncias chinesas, sobre as quais prevalece o embargo total.

Ainda que duplamente parcial, essa reabertura não deve ser menosprezada. Primeiro, porque a província de Shan-dong é a principal região avícola chinesa. Segundo, porque imediatamente após os primeiros embargos as empresas locais passaram a investir com ênfase no pós-processamento e hoje têm uma capacidade de atendimento bem maior que há quatro ou cinco anos atrás. E isso deve acelerar o ritmo de expansão das exportações chinesas.

UE reabre parcialmente importação de frango da China

Goldman Sachs investe US$300 milhões na avicultura chinesa

Um dos maiores ban-cos de investimento

do mundo, o Goldman Sachs, anunciou que entrou na corrida em busca dos dividendos propiciados pela produ-ção de alimentos. Com

esse declarado espírito, aplicou recentemente US$300 milhões na avi-cultura de corte chinesa, na aquisição de uma dezena de complexos avícolas produtores de frango localizados nas

províncias de Hunan e Fujian. Apesar de dono do ne-gócio, o ban-co vai entregar as operações à responsabilida-de de terceiros.

nan e

8 Produção Animal | Avicultura

Page 9: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini
Page 10: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

10 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Dois mercados representativos no comércio mundial de frango abri-

ram as portas para o produto brasileiro: Chile e Índia. O primeiro, porque apesar do pequeno volume inicial de importa-ção (cerca de 40 mil toneladas), é plata-forma para outros países. O segundo é um cliente com enorme potencial, já que conta com uma população de mais de 1 bilhão de habitantes e vem enfren-tando sucessivos casos de Infl uenza Aviária. Vale lembrar que a maioria da população indiana pratica a religião hindu, que não permite o consumo de carne bovina.

País andino abre portas Após sete anos de negociações o

governo chileno anunciou a abertura do seu mercado para a carne de frango produzida no Brasil. A notícia foi divulga-da durante uma missão especial à capital chilena, onde participaram empresários e autoridades, entre eles o Secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz, e o Presidente da ABEF, Francisco Turra.

A entidade afi rma que a expectativa dos exportadores de frango é vender cerca de 40 mil toneladas de diversos cortes ao chilenos.

No acordo entre os dois países 12 plantas exportadoras de São Paulo, Para-ná e Santa Catarina foram habilitadas e mais cinco foram aprovadas após adaptações.

Potencial do mercado indiano O Brasil passa a exportar carne de

aves in natura para a Índia após este país ter aceitado os termos do acordo sanitá-rio proposto pelas autoridades brasileiras.

Christian Lohbauer, Diretor Executivo da ABEF, explica: “O Certifi cado Sanitá-rio Internacional para aquele país foi aprovado pelas autoridades indianas e isto signifi ca que está aberta a exporta-

Chile e Índia: novos mercados para a carne de frango brasileira

ção para a lista geral, isto é, para os exportadores credenciados pelo MAPA”.

No entanto, Lohbauer acrescenta que ainda não há comércio entre os dois países. “São necessários os primeiros contatos comerciais. Faremos uma mis-são ainda este ano para programar as relações com os importadores indianos. Num primeiro momento devemos em-

barcar 300 mil toneladas, valor que representa 10% do que exportamos para o mundo”, comenta.

Na negociação com o Brasil, a Índia impôs duas condições: as aves não de-vem ser alimentadas com subprodutos derivados de ruminantes e a carne não pode entrar em contato com produtos ou subprodutos de suínos e ruminantes.

O outro lado:Avicultura indiana protesta contra abertura

O jornal de negócios indiano Business Standard reproduziu um alerta feito pela principal entidade da avicultura da Índia, National Egg-Coordination Committee (NECC), que se opõe à iniciativa por entender que “a importação de carne de frango subsidiada de origem brasileira concorre diretamente com a produção avícola local”. De acordo com o NECC a decisão do governo da Índia de importar carne de frango in natura do Brasil vai prejudicar empresas locais como a Godrej Tyson Foods, a Venkateshwara Hatcheries e outras que atuam informalmente no setor.

Anuradha Desai, Presidente da enti-dade, comenta que a importação só vai fazer aumentar a crise no setor, afetado por um aumento de custos sem prece-dente. “A importação do Brasil vai afetar a produção interna e terá um impacto extremamente adverso na viabilidade econômica da nossa avicultura”, afi rma.

E acrescenta: “Mas o pro-blema não se resume à mera importação de 300 mil tonela-das. É mais uma questão de empresas multinacionais tentando implantar uma base para se benefi ciarem da

rápida expansão do nosso mercado. E o fazem oferecendo inicialmente seus pro-dutos a um preço mais baixo até, eventu-almente, obterem uma posição monopolística”.

Comentando que a indústria avícola local movimenta 400 bilhões de rúpias (cerca de R$15 bilhões), Anuradha Desai acrescenta que o setor é responsável pela manutenção, direta e indireta, de 3,2 milhões de empregos.

A matéria do Business Standard é encerrada com a informação de que a Índia é o segundo maior produtor de ovos e o quarto maior de frangos do mundo.

Page 11: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

Produção Animal | Avicultura 11

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, atra-

vés de sua Secretaria de Comércio Exte-rior (SECEX), publicou no início de agosto no Diário Ofi cial da União a Portaria nº16 que defi ne os critérios que estão sendo adotados para a distribuição, entre as empresas exportadoras brasileiras, das cotas que desfrutam de tratamento alfan-degário diferenciado.

Como a revista “Produção Animal-Avicultura” já havia adiantado em sua edição de agosto, a portaria estabelece que para o enquadramento no tratamen-to tarifário “intra-cota”, as exportações de carne de frango e de peru especifi ca-das fi cam sujeitas a um Certifi cado de Origem que, até 30 de setembro vindou-ro, será concedido segundo a ordem de

apresentação dos pedidos de exportação. Já a partir de outubro deste ano até 30 de junho de 2009, a concessão obedece-rá a limites fi xados para cada trimestre.

Dentro dessa meta, 90% da cota será repartida entre os atuais exportadores, mas proporcionalmente ao volume expor-tado por cada empresa entre julho de 2005 e junho de 2008. O saldo remanes-cente, de 10%, constituirá uma reserva técnica a ser distribuída entre as empre-sas que, futuramente, vierem a exportar os produtos especifi cados para a União Européia.

SECEX defi ne critérios para cotas de exportação de frango para a União Européia

Mais informações sobre a Porta-ria nº 16 acesse:

http://sijut.fazenda.gov.br/netahtml/sijut/Pesquisa.htm

Camex zera tarifa de importação de matérias-primas para ração animal

De acordo com informações do Ministério da Agricultura, a

Câmara de Comércio Exterior (Ca-mex) decidiu zerar a tarifa de impor-tação de algumas matérias-primas

básicas utilizadas na fabricação de fertilizantes e na ração animal: os ácidos fosfórico e sulfúrico, cujas taxas eram de 4% e o fosfato bicálcico.

Ácidos fosfórico, sulfúrico e o fosfato bicálcico têm tarifas de importação zeradas

Page 12: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

Empresas

12 Produção Animal | Avicultura

Comemorando 40 anos, Pif Paf chega a região centro-oeste do País

Produção do complexo avícola C. Vale se aproxima de 300 mil frangos por dia

Faturamento de 1 bilhão de reais

entre janeiro e junho de 2008

532 aviários estão em operação em 11 municípios do Paraná

148 milhões de reais investidos em ampliações das unidades de grãos, avicultura e suinocultura

Fundada em 1968, a Pif Paf Alimentos, com sede em Belo Horizonte inaugu-

rou em agosto um complexo de granjas de matriz e um incubatório de aves em Paraúna, Goiás.

Os investimentos são de R$65 mi-lhões. No primeiro mês, a expectativa de produção no matrizeiro é de cerca de 1 milhão de ovos férteis.

Com o incubatório, a Pif Paf pretende abastecer 200 granjas integradas que es-tão sendo construídas em Goiás e gerar um volume de 3,5 milhões de pintos de um dia.

De acordo com a empresa, até o pró-ximo ano serão gerados 2 mil empregos diretos e outros 5 mil indiretos.

Onze anos depois do início de suas ativi-dades, o complexo avícola C.Vale, coo-

perativa de produção agropecuária com atuação no Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraguai, está próximo de alcançar a marca de abate de 300 mil aves/dia.

mpregos mpregos Unidade da Pif Paf em Paraúna, Goiás

Page 13: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

Produção Animal | Avicultura 13

Lucro líquido do Marfrig cresce 240% no primeiro semestre

Segundo a assessoria de imprensa da empresa, o Marfrig registrou aumen-

to de 240,1% no lucro líquido nos seis primeiros meses de 2008 em relação ao mesmo período do ano passado, totali-zando R$ 91,5 milhões.

A receita líquida, no primeiro trimes-tre deste ano, atingiu R$ 1,2 bilhão, ante a cifra de R$ 775,9 milhões do mesmo intervalo do ano anterior, representando expansão de 56,9%.

A entrada nos resultados da opera-ção de aves, neste trimestre, e a continu-ação da operação de suínos contribuíram para o aumento de 19,7% no resultado total das vendas no mercado brasileiro em relação ao primeiro trimestre de 2008 e em 48,7% quando comparado ao segundo trimestre de 2007.

Ofi cializada construção de unidade da Big Frango no PR

A Big Frango ofi cializou a construção em joint venture com a Coagru

(Cooperativa Agroindustrial União de Ubiratã) de um novo frigorífi co de aves no Paraná. A nova empresa recebe o

nome de BFC Alimento S.A. O projeto prevê o abate de 500 mil

aves/dia e a criação de 3 mil empregos di-retos e indiretos na fase inicial de abate.

A fábrica de ração já está pronta e

começa a operar até o fi nal de agosto. As obras para a construção do novo frigorífi co estão em andamento e de-vem ser fi nalizadas no primeiro semes-tre de 2009.

Sadia fecha 1°semestre com crescimento

De acordo com informações da asses-soria de imprensa da empresa, o

lucro líquido da Sadia alcançou R$ 334,8 milhões nos seis primeiros meses do ano, o que representa um incremento de 62,9% na comparação com o mesmo período de 2007.

Entre janeiro e junho de 2008, o faturamento da companhia foi de R$ 5,5 bilhões e a receita líquida de R$ 4,9 bilhões, valores respectivamente 23,5% e 24,6% superiores aos obtidos no primei-

ro semestre de 2007. O aumento da demanda por alimentos e a alta nos pre-ços de alguns de seus principais produtos fi zeram com que a Sadia fechasse o pri-meiro semestre com crescimento no volu-me de vendas e em receita, nos mercados interno e externo.

O balanço consolidado do primeiro semestre deste ano mostra que o ritmo de crescimento do volume no mercado interno foi superior ao das exportações. As vendas para o mercado interno subiram 10,6% e

atingiram 512,4 mil tonela-das, enquanto as exportações tive-ram um incremento de 7%, com 590,8 mil toneladas.

Aumento de

62,9%no lucro líquido

Page 14: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

14 Produção Animal | Avicultura

Postura em Foco

Dados da FAO e projeções da revista Poultry International

(www.wattpoultry.com) estimam que por volta de 2015 o mundo estará consumindo, em média, 9,8 kg per capita de ovos. Como, àque-la altura, a população do planeta deve ter chegado aos 7,2 bilhões de habitantes, o consumo apontado solicitará uma produção da ordem de 70 milhões de toneladas de ovos, 20% a mais que o estimado para 2005.

Como ocorre com outros ali-mentos, os maiores índices de ex-pansão devem ser registrados nos países em desenvolvimento. Assim, por exemplo, o continente africano deve expandir seu consumo em 33% enquanto, em oposição, ele cresce apenas 3,73% na Europa.

Para a América Latina e Caribe é previsto incremento de 9,80%, quase o mesmo índice apontado para a Ásia (9,89%).

Em relação ao Brasil, especifi -camente, está prevista expansão de 15,79% no consumo per capita, índice que elevaria a demanda de 2015 para 8,8 kg per capita – volu-me que corresponde a quase 150 unidades de 60 gramas cada. Como, então, a população brasileira deve girar em torno dos 219 mi-lhões de habitantes (IBGE), o consu-mo apontado vai solicitar uma pro-dução de 32,850 bilhões de unidades, 35% a mais que o esti-mado pela UBA para 2007 (24,252 bilhões de ovos).

ões dationalimam undodia, 9,8

mo, àque-laneta ilhões de ntadoordem

s de timado

os ali-de ex-

dos nos. Assim,

Em relação ao Brasil, especifi -camente, está prevista expansão de 15,79% no consumo per capita, índice que elevaria a demanda de2015 para 8,8 kg per capita – volu-me que corresponde a quase 150unidades de 60 gramas cada.Como, então, a população brasileira deve girar em torno dos 219 mi-lhões de habitantes (IBGE), o consu-mo apontado vai solicitar uma pro-dução de 32,850 bilhões de unidades, 35% a mais que o esti-mado pela UBA para 2007 (24,252 bilhões de ovos).

Em relação ao Brasil

está prevista expansão

de 15,79% no consumo,

correspondente a quase

150 unidades de 60 gra-

mas per capita

FAO estima produção de 70 milhões de toneladas para 2015

Tendências do consumo de ovos no mundo e no Brasil

Page 15: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

Produção Animal | Avicultura 15

O consumo per capita norte-americano

Índia pode perder 25% das granjas produtoras de ovos

Depois de terem desenvolvido junto ao governo da Índia um

trabalho de sensibilização que che-gou a ser considerado como “insa-no” – tudo para impedir que o país fi casse sem as matérias-primas es-senciais para a produção de ovos, o Comitê Nacional de Coordenação do Ovo (NECC, com cerca de 25 mil afi liados) chega à conclusão de que os resultados alcançados permane-cem muito aquém do esperado: como o aumento dos preços do milho vinha sendo atribuído ao au-mento exagerado das exportações do grão, o NECC obteve do governo a suspensão dessas exportações. Mas isso não impediu que os preços continuassem a aumentar, devido ao aumento da demanda interna.

Entre julho de 2008 e julho de 2007, as cotações do milho e do farelo de soja dobraram de valor, o que forçou o setor produtor de ovos

a aumentar seus preços em 20%. Mas a despeito do reajuste obtido continuar insufi ciente para cobrir os custos, o consumo já não mantém a normalidade anterior.

Agora o NECC estima que, manti-das as condições atuais, pelo menos um quarto dos produtores de ovos da Índia será alijado do mercado, enquanto a maior parte dos

75% restantes deve reduzir signifi ca-tivamente a produção, pois vem sendo difícil, senão impossível, man-tê-la em níveis normais.

De volta ao governo em busca de uma solução para o novo problema, a entidade apenas recebeu o aceno de possível obtenção de linhas de crédito especiais para preservar as empresas avíco-las em maior

risco.

Estabilizado atualmente em torno das 250 unidades per capita

anuais, com ligeiras variações para baixo ou para cima, o consumo norte-americano de ovos já viveu tempos bem melhores, como mostra acompanhamento relativo aos últi-mos 100 anos (isto é, partindo de 1909) mantido pelo Departamento de Agricultura dos EUA.

Quase um século atrás, o consu-mo per capita anual de ovos dos EUA girava ao redor das 300 unida-des, volume que no fi nal dos anos 1920 havia se expandido para 330 unidades. Foi aí que ocorreu a gran-de crise econômica do país (quebra da bolsa, em 1929), com queda na produção e natural redução do con-sumo. Em contrapartida, a eclosão, 10 anos depois, da II Grande Guerra Mundial (era preciso garantir alimen-to para as tropas e isso fez a produ-ção avícola dar um signifi cativo salto) elevou o consumo de ovos a níveis nunca registrados e talvez sequer

esperados: quando a guerra acabou, em 1945, um total de 405 unidades anuais – 50% a mais que as 270 unidades consumidas nove anos antes, em 1936.

Foi então que surgiram os detra-

tores do ovo (a indústria de cereais matinais) e as correlações do produto com problemas coronarianos e o consumo passou de 405 unidades/ano em 1945 para não mais que 230 unidades por volta de 1995.

NECC estima que um quarto dos produ-tores de ovos será

alijado do mercado

ECCanti-

ões

o uanto dos

possível obtenção de linhas de créditoespeciais para preservar as empresas avíco-las em maior

risco.

stima que um o dos produ-de ovos será

o do mercado

Page 16: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

16 Produção Animal | Avicultura

Eleições UBA

Ariel Mendes (à esquerda) e Zoé Silveira d’Ávila: UBA preparada para os desafi os técnicos da avicultura

Após 12 anos, União Brasileira de

Uma eleição e cinco reeleições depois, a União Brasileira de Avicultura (UBA), entidade

máxima do setor avícola brasileiro, tem novo Presidente. Em Assembléia Geral Ordinária realizada em dia es-colhido a dedo – 28 de agosto de 2008, data em que se comemora na-cionalmente o Dia do Avicultor – os

afi liados elegeram para o cargo o Me-dico Veterinário Ariel Antonio Men-des, até então Vice-Presidente Técni-co Científi co da entidade.

Como vem ocorrendo habitual-mente, a eleição teve chapa única e, assim, a escolha de Ariel Mendes e companheiros indicados se deu por aclamação, para uma gestão de dois

anos (2008/2010). Porém, como aconteceu com seu antecessor, o novo Presidente corre o risco de fi car mais tempo: o médico Zoé Silveira D’Ávila, que está deixando o cargo, esteve à frente da entidade nos últi-mos 12 anos, completando assim aquela que foi a mais longa gestão dos quase 50 anos da UBA.

Presidentes da UBA nos 15 anos da entidade1963-1969 Cyro W. de Souza e Silva

1969-1979 Lauriston Von Schmidt

1979-1981 Dario Antonio de Castro

1981-1983 Roberto Soares Pessoa

1983-1987 Afonso Back

1987-1993 Flávio Brandalise

1993-1996 Heitor José Müller

1996-2008 Zoé Silveira d’Ávila

2008-2010 Ariel Antonio Mendes

Ao chegar aos 45 anos de existência, a UBA passa a contar, pela primeira vez, com um presidente não-integrante do setor produtivo, ao contrário dos oito empresários que antecederam Ariel Mendes, representante da área técnica. Mas é consensual na atividade o entendimento de que a presença de um técnico na liderança da avicultura é, hoje, não só justifi cável, mas tam-bém necessária, porquanto os desafi os presentes e futuros que envolvem a produção de frangos e ovos são, na maioria absolu-ta, de ordem técnico-científi ca. Uma prova disso é encontrada no fato de que, no comércio internacional, as barreiras comer-ciais vêm sendo superadas pelas barreiras técnicas e sanitárias.

Page 17: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

Produção Animal | Avicultura 17

Zoé Silveira d’Ávila: uma gestão que mudou a fi sionomia da UBAÉ impossível falar da nova admi-

nistração da UBA sem, antes, men-cionar a gestão encerrada em agosto último. Pois, com Zoé Silveira D’Ávila, a UBA adquiriu uma nova e absolutamente distinta fi sionomia.

O médico gaúcho que respondeu por vários cargos de direção da Sadia caminhava para uma tranqüila apo-sentadoria quando acedeu ao convi-te para dirigir a entidade. E essa foi a grande diferença em relação aos ou-tros sete empresários do setor avícola que o antecederam, pois, pela pri-meira vez, a UBA teve um presidente dedicado exclusivamente ao cargo.

Implantar uma sede em São Pau-lo (mais próxima do “coração” da avicultura), trazer para junto da UBA as entidades nacionais de caráter se-torial (a proposta inicial era reunir sob o mesmo “guarda-chuva” UBA, ABEF e APINCO, o que só não se concretizou integralmente porque, das três, a APINCO era a única a pos-suir sede própria, o que difi cultou a mudança), dinamizar os vários de-partamentos já existentes, dar vida a um (até então inexpressivo) Depar-tamento Técnico-Científi co, manter um diálogo mais construtivo com o Poder Público - foram algumas das

realizações de Zoé Silveira d’Ávila à frente da UBA.

Felizmente, também “deu sorte”, pois foi durante sua gestão que o Bra-sil, até então um mero e secundário “player”, se tornou o maior exporta-dor mundial de carne de frango. Por outro lado, foi quem enfrentou o mais conturbado momento já vivido pela Avicultura Brasileira em toda a sua história – a crise de mercado, in-ternacional, ocorrida em 2006, de-sencadeada pelo temor da população mundial frente ao vírus da Infl uenza Aviária.

E embora naquele instante o apoio do setor fosse geral, auxilia-ram-no de forma especial dois com-panheiros de Diretoria – não por coincidência, dois médicos veteriná-rios: Érico Antonio Pozzer, que repre-senta na UBA a Região Sudeste e está sendo mantido na função; e Ariel Antonio Mendes, responsável pela área técnico-científi ca da entidade, agora guindado à posição de Presi-dente. Graças ao diuturno e verda-deiro trabalho de “formiguinha”, a crise foi superada com relativa rapi-dez. E nisso valeu a sensibilização não só da opinião pública, mas tam-bém do Poder Público – indispensá-

vel até para manter a confi ança do consumidor externo.

Na Assembléia da UBA que ele-geu seu sucessor, Zoé Silveira d’Ávila foi homenageado por vários de seus companheiros de avicultura. Que ressaltaram, inclusive, o fato de ter dedicado à UBA aqueles que, prova-velmente, seriam “os melhores anos de sua vida”. Zoé d’Ávila já anunciou que permanece próximo e a serviço da avicultura, para ser acionado sem-pre que necessário. Afi nal, vive a ati-vidade desde os tempos em que a sangria do frango industrial “era fei-ta com o canudo no pescoço” e com-partilhou dos percalços que envolve-ram o primeiro lote de frango integrado produzido no País - “100 pintos alojados no Oeste catarinense (Concórdia) em 1962”.

Avicultura tem novo Presidente

UNIÃO BRASILEIRA DE AVICULTURA (UBA)Diretoria eleita em Assembléia Geral Ordinária de 28 de agosto de 2008 - Gestão 2008/2010

CONSELHO CONSULTIVO

Alfredo Felipe da Luz Sobrinho (Sadia), Alfredo Kaefer (Diplomata), Antonio Venturini (AVES), Aristides Vogt (Frangosul), Clever Pirola Avila (ACAV), Francisco Turra (ABEF), João Jorge Reis (ACEAV), Ricardo Me-

nezes (Perdigão) e Roberto Moreira (Penasul)

DIRETORIA EXECUTIVA

PRESIDENTE: Ariel Antonio Mendes (FACTA), VICE-PRESIDENTES: Administrativo e Financeiro, Uacir Bernardes (AGA); para a Região Sul, Luíz Fernando Roman Ross (ASGAV); para a Região Sudeste, Érico Antonio Pozzer (APA); para a Região Centro-Oeste, Aroldo Silva Amorim Filho (ASA Alimentos); para as Regiões Norte/Nor-deste, Saulo Perazzo Valadares (AVIPE); Técnico-Científi co: Antonio Guilherme Machado de Castro (FACTA)

DIRETORIA SETORIAL

Setor de Pintos de Corte: José Flavio Neves Mohalem (APINCO); Setor de Ovos: Rogério Belzer (Hy-Line); Se-tor de Abatedouros e Mercado Interno: Domingos Martins (SINDIAVIPAR); Setor de Exportação e Assuntos

do Mercosul: Christian Lohbauer (ABEF); Setor de Avós e Matrizes: João Aidar Filho (Aidar Serviços)

CONSELHO FISCAL

Titulares: Heitor José Müller (Agrogen), Ivan Pupo Lauandos (Aviagen do Brasil) e Tarcísio Franco do Amaral (AVIMIG)Suplentes: Marcelo Plácido Corrêa (ABA), Marcos Antonio Zordan (Aurora) e Takashi Mário Okada (Sertanejo)

Page 18: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

18 Produção Animal | Avicultura

Partindo do princípio de que chegam ao topo de uma orga-nização apenas os que mais se

destacam, a ascensão do médico ve-terinário Ariel Antonio Mendes ao cargo de Presidente da UBA pode ser considerada fato natural. Porque, afi -nal, a área mais desafi ada da Avicul-tura Brasileira nos últimos anos tem sido a técnica. E, como responsável pelo Departamento Técnico-Cientí-fi co, Ariel Mendes não só vem se de-sincumbindo com efi ciência dos de-safi os surgidos, como tem encabeçado novas iniciativas que colocam a avi-cultura brasileira à frente de todos os demais países produtores do mundo. É o caso da compartimentação – re-curso de defesa sanitária praticamen-te inédito no mundo e que, segundo o próprio Secretário de Defesa Agro-pecuária do Ministério da Agricultu-ra, Inácio Afonso Kroetz, supera de longe o que outros países tentam im-plantar no gênero.

Independente, porém, da “as-censão natural”, a chegada de Ariel Antonio Mendes à presidência da UBA causa certa surpresa, pois esta é a primeira vez que um técnico ocupa o mais elevado cargo do associativis-mo avícola brasileiro, normalmente preenchido por empresários avíco-las. O próprio Ariel Mendes fez refe-rência a isso logo após ser aclamado novo Presidente da entidade, ao de-clarar que a ocupação da presidência da UBA por um técnico representa a quebra de um paradigma. Mas – questão que vários dos presentes co-

locaram na ocasião – essa é a melhor solução para o momento atual vivi-do pela Avicultura Brasileira, cujos principais problemas e desafi os se concentram na área técnica.

Sob esse aspecto, aliás, ele lembra que a carga de trabalho (demanda) sobre a entidade é tão grande que so-licita um trabalho conjunto de toda a Diretoria. E isso passa, necessaria-mente, por uma ampla reforma dos Estatutos Sociais da entidade, inicia-tiva de imediato colocada como meta número um da nova administração.

Esse é, entretanto, o aspecto me-nor da reforma prometida. Pois – como explicitou em sua proposta de trabalho – Ariel Mendes entende que cabe à nova UBA, remodelada, “assu-mir o papel de principal gestora e co-ordenadora de um setor dinâmico e de peso incontestável na economia nacional”, nesse sentido atuando para que o setor avícola esteja orga-nizado e preparado para manter a competitividade no mercado inter-nacional e ser rentável no mercado interno.

Com esse espírito, a entidade deve modernizar sua dinâmica fun-cional e estrutural, de forma a obter maior agilidade na condução das ações estratégicas envolvendo o se-tor. E – na opinião do novo Presiden-te – o caminho mais adequado para atingir esses objetivos é transformar a UBA em uma entidade realmente federativa, de representação efetiva para as autoridades governamentais, o terceiro setor e os consumidores.

Todo o processo, naturalmente, será desenvolvido em conjunto com o corpo associativo e passará pelo crivo de uma nova Assembléia Geral, desta vez, Extraordinária. Mas a pro-messa de Ariel Mendes – feita não mais como candidato, mas já como Presidente – é de uma proposta fi nal em, no máximo, seis meses após a posse ofi cial no cargo, que deve ocorrer em outubro.

√ Reformular os estatutos da UBA a fi m de modernizar sua dinâmica estru-tural e funcional;

√ Criar diretorias setoriais profi ssio-nalizadas e implementar políticas de resultados;

√ Promover uma maior interação com as entidades setoriais e associações estaduais;

√ Pautar as ações administrativas na execução de um planejamento estraté-gico de médio e longo prazo;

√ Aumentar o numero de empresas associadas buscando uma maior intera-ção com o setor de ovos;

√ Identifi car gargalos na área sanitá-ria, trabalhista e tributaria e propor medidas de correção;

√ Interagir com a Frente Parlamen-tar do Agronegócio e as Comissões de Agricultura da Câmara e do Senado para defender os interesses do setor;

√ Melhorar a interação com orga-nismos internacionais;

√ Realizar e/ou patrocinar estudos sobre a cadeia avícola e insumos de produção para servir de subsídios para a tomada de decisões das empresas;

√ Buscar mecanismos de fi nancia-mento da produção junto aos órgãos governamentais, bancos ofi ciais e agen-cias de fomento;

√ Dar suporte técnico para o setor de exportação de carne de aves, ovos para o consumo, ovos férteis, aves vivas (material genético) e outros;

√ Promover uma adequada intera-ção com a mídia e os consumidores;

√ Realizar campanhas junto a for-madores de opinião e consumidores;

√ Retomar o antigo formato dos Congressos Brasileiros de Avicultura (discussão de temas políticos, econômi-cos e técnico-científi cos; realização de feira de produtos e serviços para a avicultura; implantação de programas turístico-sociais), transformando-os no grande evento avícola nacional.

Ariel Mendes: à altura dos problemas

(essencialmente técnicos) que afetam o setor

As principais propostas de trabalho do novo Presidente da UBA

Page 19: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

Produção Animal | Avicultura 19

Page 20: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

20 Produção Animal | Avicultura

Eleições UBA

20 Produção Animal | Avicultura

Eleições UBA

Respondendo pela vice-presidência técnica científi ca da UBA há oito anos, o catarinense Ariel Antônio Mendes é mé-dico veterinário formado em 1971 pela Universidade Federal do Paraná, com mestrado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Desde 1978 é Professor titular da Fa-culdade de Medicina Veterinária e Zoo-tecnia da UNESP de Botucatu, onde mi-nistra aulas de Avicultura para alunos de Graduação e Pós-Graduação. Os traba-lhos na Universidade não fi caram restri-

tos à vida acadêmica. Atualmente, é o Co-ordenador do Centro Virtual de Pesquisa em Ciência Avícola da UNESP. Publicou cerca de 70 trabalhos em revistas científi -cas especializadas no Brasil e no Exterior, apresentou 193 trabalhos em Congressos e escreveu vários artigos em revistas técni-cas e de divulgação. Possui também três livros publicados e mais quatro capítulos em outros quatro livros relacionados com a avicultura. Orientou diversos alunos de Iniciação Científi ca, Mestrado e Doutora-do. Presidente da Fundação APINCO de

Ciência e Tecnologia Avícolas (FACTA) desde 1998 e Presidente da Associação Latino-Americana de Avicultura (ALA) desde 2007. Atualmente, coordena, den-tro do Comitê Interamericano de Sanida-de Avícola, um grupo de trabalho encar-regado de apresentar uma proposta de norma sobre bem-estar animal, a ser in-cluído no Código de Animais Terrestres da OIE. É membro, ainda, do Grupo de Trabalho sobre Higiene dos Alimentos, da Coordenação do Codex Alimentarius no Brasil.

Produção Animal-Avicultura - O que signifi ca para o senhor as-sumir a presidência UBA?

Ariel Mendes - Substituir o Dr. Zoé, que foi uma liderança carismática durante 12 anos, não será nada fácil. Mas, assumir a presidência da UBA nessa atual conjuntura de desenvolvi-mento do setor é uma honra para qualquer brasileiro. O fato de ser o pri-meiro presidente não empresário au-menta muito a minha responsabilida-de, mas procurei convidar para companheiros de diretoria empresá-rios e executivos com larga experiên-cia no setor.

PAA - Qual é a sua principal proposta para a nova UBA?

Ariel Mendes - A Avicultura bra-sileira tornou-se uma atividade muito complexa nos últimos anos, em fun-ção do enorme volume de recursos alocados no setor e pelo fato de ser-mos os maiores exportadores mun-diais de carne de frango. Por isso, meu primeiro objetivo na UBA será refor-mular sua estrutura administrativa tornando-a mais ágil e profi ssional, a fi m de fornecer subsídios para a toma-da de decisões pelas empresas associa-das e entidades setoriais e estaduais.

Para que isso seja possível, vamos contratar pessoas e/ou assessoria espe-cializada, além de realizar convênios com outras entidades do setor. Por exemplo, já iniciei contatos com a

área de economia da Embrapa Suínos e Aves para que eles realizem um tra-balho sistematizado de acompanha-mento e análise de comportamento de frango e ovos e dos principais insumos utilizados na produção avícola.

PAA - O que o senhor propõe de novo para o setor de ovos?

Ariel Mendes - Acredito que a in-teração com o setor de ovos será o meu maior desafi o à frente da UBA. Atual-mente, temos pouquíssimas empresas associadas e a representação institu-cional vem sendo feita pelas associa-ções estaduais e pela OVOSBRASIL. Pretendo num curtíssimo prazo, fazer reuniões com os produtores, regional-mente, começando com o Espírito Santo. Essas reuniões serão interme-diadas pelos presidentes das entidades estaduais e pelo diretor do setor de ovos da UBA, Rogério Belzer. Nelas, pretendo discutir os problemas especí-fi cos do setor e encaminhar soluções.

Na minha ultima gestão como Vi-ce-Presidente Técnico Cientifi co criei o Comitê Técnico de Ovos, que em dois anos de trabalho gerou documen-tos importantes como os protocolos de Boas Praticas de Produção de Ovos e de Bem-Estar de Poedeiras. O Comitê também teve um papel fundamental na elaboração de sugestões para altera-ção da IN Nº 1, que trata da Inspeção de Ovos, e está participando das dis-cussões do RIISPOA, colocado em con-

sulta pública em julho pelo MAPA. Além disso, o Comitê está elaborando uma norma de rastreabilidade para ovos e um programa HACCP para a ca-deia de ovos.

O grande desafi o agora é trazer os empresários para dentro da UBA a fi m de aumentar a lucratividade do setor e prepará-lo para as exportações. Temos que implementar o programa de resí-duos do MAPA o mais rápido possível a fi m de solicitar a habilitação do país para exportação para a União Euro-péia. Eu acredito que o grande salto de qualidade do setor de postura ocorrerá quando o Brasil passar a ter um papel mais destacado nas exportações, a exemplo do que ocorreu com o frango e perus.

PAA - Como devem fi car as se-des de Brasília e São Paulo?

Ariel Mendes - A sede de Brasília deverá ser reforçada. É imprescindível ter uma assessoria competente que possibilite uma atuação forte nessa área para que o setor possa interagir com competência nas discussões da reforma tributária e também para for-necer subsídios para uma série de pro-jetos de interesse da avicultura que tra-mitam na Câmara e no Senado.

Quanto à estrutura de pessoal do escritório de São Paulo, a mesmo será reformulada tornando-a mais profi s-sional e defi nindo uma política de re-sultados para avaliação do pessoal.•

Em entrevista à Revista Produção Animal-Avicultura (PAA), Ariel Mendes adiantou que não deve concorrer novamente à pre-sidência da FACTA (novas eleições acontecem em novembro), onde está há cinco mandatos consecutivos, desde 1998, para dedicar seu tempo prioritariamente à UBA pelos próximos dois anos. Também deve se aposentar da UNESP nos próximos meses.

Entrevista

Currículo

Page 21: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

Produção Animal | Avicultura 21

Demonstrar às autoridades a impor-tância da avicultura capixaba para

o Estado (do ponto de vista econômico, mas sobretudo social - como produtora de alimentos e também como geradora de empregos permanentes). Este foi o objetivo da Associação dos Avicultores do Espírito Santo (AVES) ao promover o I Simpósio da Avicultura Capixaba, realizado nos dias 14 e 15 de agosto, em Vitória. O tema foi lembrado na abertura do evento por Antonio Ventu-rini, Presidente da entidade.

A parte principal do Simpósio

envolveu a abordagem de questões de ordem sanitária (especialmente, ade-quação da avicultura do Espírito Santo às normas de prevenção da Infl uenza Aviária e de prevenção e controle da Doença de Newcastle) e a discussão dos problemas de abastecimento de matérias-primas (sobretudo milho), velho e mais sério gargalo da produção avícola capixaba.

No encerramento do evento foi entregue a autoridades do Espírito Santo um protocolo de ações com sugestões para melhorar o desenvolvi-mento da avicultura no Estado.

A entidade ainda realiza no dia 18 de outubro deste ano a quarta edição do “Encontro da Avicultura e Suinocul-tura Capixaba” no município de Mare-chal Floriano.

O Presidente Executivo da entida-de, Francisco Turra, encaminhou

ao Ministério do Planejamento e da Agricultura a proposta de estatuto social do Instituto Brasileiro de Defesa Animal e Vegetal, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Públi-co (OSCIP).

Com a constituição da OSCIP, as contratações de profi ssionais especiali-zados (médicos veterinários e agentes

de inspeção) para fi scalização das atividades do agronegócio no País, que antes eram feitas por frigorífi cos através de convênios com governos estaduais e prefeituras, passariam a ser de respon-sabilidade do governo federal.

De acordo com a proposta, o instituto será formado pelas associa-ções nacionais representativas dos setores que se utilizam dos serviços de inspeção e defesa sanitária animal

e vegetal, podendo ter outros associa-dos, inclusive empresas públicas, sociedades de economia mista e agências reguladoras.

“Para sustentar sua expansão, e atender também às exigências dos mercados importadores, o agronegó-cio nacional precisa ampliar o pessoal especializado que executa tarefas na defesa sanitária”, argumenta o Presi-dente da ABEF.

AVES destaca importância da avicultura capixaba em simpósio

Associações

Brasil

Setor avícola do ES é fundamental para o Es-tado do ponto de vista

econômico e social

Antônio Venturini durante a cerimônia de abertura do evento

Secretário de Agricultura do Espírito Santo, Cesar Colnago

Mesa de abertura do simpósio

Ari

lso

n J

osé

Peg

oA

rils

on

Jo

sé P

ego

Ari

lso

n J

osé

Peg

o

ABEF propõe OSCIP para auxiliar defesa sanitária

Espírito Santo

em

AVEaviAa

Page 22: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

22 Produção Animal | Avicultura2222222222222 ProProProProProProProduçduçduçuçççduçduçdududu ão ãããã Animal | Avicultura22 Produção Animal | Avicultura

Enzimas e aditivos têm grande importância para os animais, já que garantem maior apro-

veitamento dos nutrientes da dieta e colaboram para a melhor saúde. Desta forma, propiciam produtos mais saudáveis e de melhor qualida-de para os consumidores.

Em tempos de alta no custo das rações, as enzimas passam a ter pa-pel essencial também por promover uma redução no custo das dietas e no custo de produção. A indústria avícola conhece os benefícios da utilização de enzimas e vem aumen-tando sua utilização em dietas em grande escala nos últimos dez anos e a tendência é de crescimento contínuo.

Pesquisadores afi rmam que atu-almente, a fi tase e as carbohidrola-ses, como as beta-glucanases, as alfa galactosidases, xilanases e as mana-nases são exemplos de enzimas que têm grande utilização, além dos aminoácidos sintéticos, especial-mente a metionina, a lisina e a treonina.

As carbohidrolases são um gru-po de enzimas que atuam mais na melhora da digestibilidade geral da ração elevando sua energía metabo-lizável, sendo muito efi cientes na melhora da conversão alimentar.

Já as fi tase são extremamente efi cientes na liberação do nutriente fósforo para absorção pelas aves,

mas têm pouco efeito na melhora da conversão alimentar. Sabe-se que as enzimas podem infl uir positiva-mente na melhoria do desempenho dos animais.

Espera-se que produtos de quali-dade comprovada e usados adequa-damente promovam redução no custo de produção dos animais. No entanto, é possível driblar os efeitos do aumento dos preços do milho com a utilização de aditivos?

O uso de enzimas na ração ali-mentar pode melhorar entre 1e 2% a conversão alimentar da ração. Mas o maior impacto tem sido na redu-

ção de custos destas rações, na casa dos 3%. As aves produzem natural-mente diversas enzimas para dife-rentes fi nalidades, mas aqui estamos considerando as enzimas exógenas, ou seja, aquelas adicionadas aos ali-mentos com uma fi nalidade específi ca.

No caso das enzimas adiciona-das às dietas avícolas busca-se um aumento da energia liberada pelo alimento devido à quebra de gran-des moléculas que normalmente

não seriam digeridas pelas aves, por falta de enzimas.

Marcio Ceccantini, engenheiro agrônomo e diretor do Colégio Bra-sileiro de Nutrição Animal (CBNA), lembra que outros aditivos impor-tantes também são utilizados nas rações avícolas com a fi nalidade de melhorar a produção animal. Vita-minas e aminoácidos sintéticos são classifi cados como aditivos nutri-cionais e utilizados nas rações há muito tempo, sendo fundamentais para se obter os desempenhos zoo-técnicos atuais. “Temos ainda os prebióticos e probióticos, aromatizantes, acidifi can-tes, antioxidantes e uma série de adi-tivos que po-dem ser utili-zados nas fórmulas de rações aví-colas”, ob-serva Cec-c a n t i n i , r e s sa l tando que o Ministério da Agricultura exer-ce um rígido controle no registro, na produção, e princi-palmente na importação para comercializa-ção destes produtos no Brasil, o que

atuais. “Temos ainda óticos antes, oxidane de ade po-utili-nas deví-

ob-ec-n i , andonistéri

ultura gido cna proe na ializa-

destesno

que

e probióticos, acidifi can-

ntes e di-

ioexer-

controle no odução, e princi-importação para -

nzimas e aditivos têm grande

Nutrição

Minimizando as perdas com a alta dos custos:

Como a tecnologia em nutrição pode ajudar

Utilização de enzimas vem

crescendo em larga escala

nos últimos 10 anos

Page 23: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

Produção Animal | Avicultura 23Produção Animal | Avicultura 23

implica diretamente na boa quali-dade e ação dos produtos hoje apro-vados pelo MAPA, que podem ser usados com segurança e sem proble-mas para o consumidor.

Para Gustavo Lima, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, o certo é que as respostas para a melhora da conversão do alimento em carne também dependem da composição da dieta e das interações com outros fatores do sistema de produção. Também pode-se ter uma enzima que não promova alteração no ga-nho de peso dos animais ou na efi ci-ência alimentar, mas promova uma redução no custo das dietas. As res-postas vão depender muito da com-posição da dieta e das interações com outros fatores do sistema de produção.

Ele completa: “O importante é compreender que existe fundamen-to teórico em utilizar as enzimas e existem bons produtos no mercado. Os resultados globais do seu uso ex-trapolam a observação dos valores de conversão alimentar. Há vanta-

gens para a saúde intestinal dos ani-mais, há redução no custo de pro-dução, há economia no uso de reservas naturais de fósforo, e outras tantas vantagens. E ainda, usando enzimas, estamos melhorando a qualidade da água e do ambiente, pois há redução do poder poluente dos dejetos produzidos”.

O pesquisador acredita que, para a redução de custos da produção, vale a pena lembrar-se das velhas tecnologias que às vezes são deixa-das de lado: maiores cuidados com a limpeza dos grãos, dos silos, das fá-bricas e das instalações. “Outro pon-to a destacar são as partidas de in-gredientes, especialmente o milho, que variam em composição de nu-trientes. Assim, as fórmulas das die-tas devem ser adequadas aos resulta-dos do conteúdo em nutrientes das diferentes partidas de grãos analisa-das. Há muitos nutrientes sendo desperdiçados nos nossos sistemas de produção!”, alerta o pesquisador.

Em geral, os especialistas do se-tor de nutrição animal concordam

que a utilização de enzimas é essen-cial para equilibrar a alta dos custos de produção, apesar de não existir uma fórmula mágica.

Além disso, para eles, a indústria avícola brasileira já há algum tempo vem provando e utilizando enzimas em parte de suas produções, mas foi o forte aumento de preços dos in-gredientes que levou defi nitivamen-te a indústria a adotar o uso de enzi-mas como padrão.

SITUAÇÃO ATUAL DO MERCADO GLOBAL DE FITASE E ENZIMAS NSPs

REGIÃOTIPO DE ENZIMA (%) MERCADO

(%)SUBSTRATO

SITUAÇÃO MERCADONSP FITASE

União Européia 65 35 44 Trigo, Cevada Maduro

Estados Unidos 35 65 21 Milho e Soja Crescimento

China 75 25 16 Trigo, Cevada Grande potencial

Ásia (Sul e Leste) 65 35 14 Milho e Soja Grande Potencial

Austrália e Nova Zelândia 70 30 30 Trigo e Cevada Pouco potencial

América Latina 15 85 20 Milho, Soja e Trigo Crescimento

Adaptado de Frost & Sullivan, exceto informações América Latina

União Eu

Estados

China

Ásia (Su

Austráli

América

Adaptad

Gustavo Lima: Enzimas podem infl uir positiva-

mente na melhora do desempenho das aves

UtilizaçãoMarcio Ceccantini explica que

as enzimas são normalmente adi-cionadas aos premixes, ou direta-mente no alimento das aves. Em al-guns casos, devido aos processos de tratamento das rações a altas tempe-raturas, as enzimas que são proteí-nas sensíveis ao calor, podem ser adicionadas aos alimentos por meio

de equipamentos de injeção de li-quidos recobrindo os grânulos do alimento. Testes comprovam tam-bém o efeito de algumas enzimas quando adicionadas na água de be-bida das aves.

De acordo com Ceccantini, os principais aditivos têm alto grau de segurança e devem ser utilizados sempre sob orientação técnica para

que os resultados positivos sejam maximizados.

Os limites de uso, quando exis-tem, são várias vezes superiores às doses recomendadas. Além disto, existe sempre uma relação de custo e benefício entre os aditivos e seus efeitos, que acaba por determinar as doses econômicas, e elas invariavel-mente são extremamente seguras.

Page 24: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

24 Produção Animal | Avicultura

Nutrição

24 Produção Animal | Avicultura

Especialmente os produtos que contém complexos enzimáticos amplos conseguem uma excelente melhora na conversão alimentar, mesmo em dietas a base de milho, sorgo ou soja, que já são considera-das dietas de alta digestibilidade.

Tecnologias para atingir uma boa mistura na produção de ali-mentos, como o uso de análises NIRS, que possibilitam melhor ava-liação dos ingredientes e a formula-ção de rações com base nos concei-tos modernos de proteína ideal, também podem colaborar na redu-ção de custos dos alimentos. Mas devemos frisar que tivemos uma mudança no patamar dos custos das commodities agrícolas que

não será compensado por estas tecnologias.

O maior consumo de alimentos pela população global e a demanda por energia de fontes alternativas e renováveis modifi caram fortemen-te as relações de custos. No curto e médio prazo não existem perspec-tivas para uma alteração neste pa-norama. O não uso de aditivos colo-ca o produtor em forte desvantagem competitiva, seja para o mercado interno ou externo.

É importante ressaltar ainda que o uso dos aditivos aminoáci-dos, enzimas e minerais quelatados têm um outro efeito positivo: a di-minuição do impacto ambiental da produção avícola.

Enzimas reduzem custos, mas sem fórmulas Especialistas do setor de nutrição animal falam sobre aditivos

ammsd

bmmNlçtt

AditivosSegundo o Compêndio Brasilei-

ro de Alimentação Animal (Sindira-ções, 2005) aditivos são substâncias ou microrganismos adicionados in-tencionalmente, que normalmente não se consome como alimento, tenha ou não valor nutritivo, que afete ou melhore as características do alimento ou dos produtos animais.

Qualquer substância adiciona-da propositalmente a um alimento com o objetivo de alterar caracte-rísticas deste. Os aditivos alimen-tares melhoram as características do alimento e desempenho dos animais.

EnzimasAs enzimas são aditivos zootéc-

nicos, ou seja, qualquer substância utilizada para infl uir positivamen-te na melhora do desempenho dos

animais. Defi nimos enzimas como proteínas naturais, sem efeitos ad-versos para o animal ou para o meio ambiente, sem restrições téc-nicas para espécie e idade do ani-mal, com ampla diversidade de origens, sendo a indicação e a re-comendação totalmente atreladas à formulação da ração, à qualidade dos ingredientes e ao custo de produção.

A melhora signifi cativa na digestibilidade dos ali-mentos obtida com o uso de enzimas nas dietas per-mite alterações nas formula-ções das ra-ções de for-ma a minimizar o cus-to, maximizando o uso dos ingredien-tes energéticos e

protéicos das rações. O emprego de enzimas possibilita, ainda, a utilização de alimentos alternati-vos regionais ou sazonais de me-nor custo em substituição ao mi-lho e à soja.

totalmente atreladas da

ntes

ora lidada czimper-çõesa---acu

zangredicos

talmente atreladas ração, à qualidade

s e ao custo de

signifi cativa ade dos ali-com o

mas -s

us-do o

dien-s e

GLOSSÁRIO

Marcio Ceccantini, Diretor do CBNA

Page 25: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

Produção Animal | Avicultura 25

mágicas

Ariovaldo Zanni, Diretor Executivo do Sindirações

A carência do fósforo disponí-vel leva à redução na ingestão de ração e conseqüente comprometi-mento do ganho de peso, além de desequilibrar o metabolismo endó-crino e o desempenho geral.

As rações para frangos e suínos são quase exclusivamente compos-tas por cereais e oleaginosas, cujo conteúdo de fósforo disponível está muito aquém das reais exigên-cias nutricionais, bem como da mi-neralização dos ossos.

O défi cit tem sido corrigido pela adição da fi tase, que pode substituir o fosfato (fósforo inorgâ-nico), ultimamente escasso e caro, que refl ete o desequilíbrio na oferta e demanda global e a farinha de

carne e ossos proibida em 2001 na União Européia.

Além disso, graças à adição de fi tase, cerca de 23% menos fósforo tem sido descarregado no ambien-te através dos dejetos dos animais submetidos às dietas enriquecidas.

O mercado global de enzimas para aplicação em nutrição animal movimentou em 2007 quase 400 milhões de dólares.

Este segmento promissor tem sido alavancado pela racionaliza-ção do custo da ração, o atendi-mento ao clamor preservacionista contemporâneo, aumento da po-pulação mundial, maior receita das famílias e o crescente apetite global por carnes

Page 26: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

26 Produção Animal | Avicultura

Nutrição

A utilização de enzimas na nu-trição de monogástricos vem sen-do estudada há mais de meio sécu-lo, sendo que há aproximadamente 30 anos já temos produtos sob uso comercial em dietas de aves e suínos.

Dentro deste contexto, intitu-lar um artigo como “Novas ferra-mentas para a redução de custo” pa-rece algo incoerente, entretanto, é extremamente realista, pois nos últimos anos, temos vivenciado o

advento de novas enzimas desen-volvidas especifi camente para o uso em nutrição animal (e não produtos desenvolvidos para ou-tras áreas que foram adaptados por esta), as quais denominamos enzimas de nova geração.

Muito se tem avançado no es-tudo da forma de atuação destes

produtos na nutrição animal e como conseqüência na melhor maneira do uso destas ferramentas para a redução do custo de produ-ção. Dentre outros, alguns avan-ços que podemos citar são:

• O desenvolvimento de enzi-mas NSPs (enzimas destinadas a atuar sobre polissacarídeos não-amídicos) específi cas para a reali-dade brasileira;

• Fitases com maior habilidade na liberação do fósforo fítico (libe-rando consideravelmente mais fós-foro da mesma molécula de fi tato);

• Novas tecnologias oriundas da biotecnologia que trazem maior estabilidade e resistência térmica (sem revestimento) às moléculas enzimáticas;

• Desenvolvimento de curvas dose-resposta a diferentes dosagens;

• Demonstração das enzimas como agentes moduladores da fl o-ra bacteriana (não menos impor-tante do que custo, face o momen-to de redução ou mesmo banimento de produtos antimi-crobianos utilizados como promo-tores de crescimento);

• Novas metodologias de recu-peração analítica (qualitativas e quantitativas);

• Determinação das curvas ide-ais de ação em diferentes pH no

TGI (locais corretos de ação enzimática).

Enzimas NSPsComo sabemos, o primeiro

foco da utilização de enzimas na nutrição animal ocorreu na Euro-pa, onde dietas à base de trigo au-mentavam a viscosidade reduzin-do a taxa de absorção de nutrientes. As enzimas utilizadas nestas rações têm o objetivo de atuar sobre os polissacarídeos não amídicos solú-veis (NSPs) presentes nas dietas, reduzindo a viscosidade e melho-rando desta forma o desempenho animal.

No Brasil, onde as rações são predominantemente formuladas à base de milho e farelo de soja a presença de polissacarídeos não amídicos solúveis é baixa, fazendo com que a utilização dos mesmos produtos desenvolvidos na Europa apresentassem resultados incon-sistentes.

Atualmente contamos com o desenvolvimento de enzimas es-pecífi cas para nossa realidade, com ação sobre polissacarídeos não amídicos insolúveis, os quais estão presentes em grande concentração em dietas a base de milho e soja e que apesar de não aumentarem a

Uso de enzimas já é

realidade global, mas nova

geração promete melhorar

ainda mais os resultados

zootécnicos

Enzimas: novas ferramentas para Grupo técnico AB Vista – Brasil (*)www.ab-vista.com

Page 27: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

Produção Animal | Avicultura 27

redução de custo

*Tiago Tedeschi dos Santos (Gerente Técnico), Dieter Suida (Diretor

Latam), Guilherme Wadt (Coordenador Técnico) e Waldemar Rieping

(Gerente de Negócios)

viscosidade atuam como “encap-suladores” de nutrientes, reduzin-do a ação direta das enzimas endó-genas. Desta forma, esta nova geração de produtos enzimáticos determina um incremento em di-gestibilidade, com maior consis-tência e maior e não menos signi-fi cativa redução de custos.

Atualmente com os altos pre-ços de ingredientes a opção da en-zima NSP correta, pode trazer re-duções de custo da ordem de R$10 a R$30/ton de ração, sendo esta variação maior ou menor depen-dendo do “desenho nutricional” e dos custos de aquisição de ingre-dientes. Tal cenário pode ser exem-plifi cado no gráfi co 1.

FitasesOutro grupo enzimático já

exaustivamente discutido e am-plamente em uso, é o grupo das fitases, onde aqui são também absolutamente válidos os ganhos tecnológicos supra-mencionados, com mais algumas particularida-des que tentaremos abordar de forma resumida na seqüência.

Como é do conhecimento ge-ral, o uso primário das fitases em dietas de aves vinha sendo feito basicamente buscando-se a libe-ração do elemento fósforo com-plexado ao fitato e não disponí-vel à absorção de aves e suínos. Tal liberação através do uso das fitases, determina uma redução na suplementação de fósforo nas dietas com conseqüente redução nos custos, além de menor excre-ção fecal de fósforo, contribuin-do também para reduzir a polui-ção ambiental, uma vez que este, em grande quantidade, é um sé-rio poluente.

Dentre os aumentos nos cus-tos de ingredientes, é sabido que os fosfatos têm sido um dos gru-

pos de matérias-primas de maior aumento de custo (vide a edição de maio da presente revista, onde foi demonstrado um aumento de custo de 75% do fosfato bicálcico!).

Tal cenário de custos das fon-tes de fósforo nas rações deter-mina uma oportunidade de re-dução de custo com uso de fitases que pode variar de R$8 a R$25/ton de ração, uma vez mais sen-do esta variação função da fase, “desenho nutricional” e custos em uso.

Mais recentemente, novas moléculas de fitase têm sido dis-ponibilizadas no mercado global, com um modo de ação distinto e fruto do desenvolvimento bio-tecnológico, sendo estas molécu-las de “nova geração”, não mais de origem fúngica, mas sim bac-teriana trazendo benefícios nu-tricionais adicionais ao aumento da disponibilização do fósforo fí-tico, como incremento no apro-veitamento de energia e aminoá-cidos da dieta, através da redução dos efeitos antinutricionais do fitato.

Conclusões

• O uso de enzimas na nutrição de aves já é uma realidade disseminada glo-balmente;

• O potencial de redução de custos de produção pro-porcionado pelas enzimas não deve ser negligenciado

• Cada vez mais as companhias fornecedoras apresentarão soluções e opções mais adequadas e adaptadas às realidades específi cas;

• O uso conjunto de di-ferentes classes enzimáti-cas será cada vez mais um tema discutido e seu uso aprimorado.•

Page 28: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

28 Produção Animal | Avicultura

Ciência Avícola:

IntroduçãoA cadeia de produção avícola nacional constitui-se

no setor pecuário com maior índice de industrializa-ção. As questões ambientais relacionadas a essa ativida-de tomam uma importância ainda maior, devido aos vários fatores envolvidos nesta cadeia que exigiram um desenvolvimento produtivo com qualidade nutricio-nal e ambiental, e principalmente, com baixo custo.

Por este motivo a cama de frangos é um dos maiores responsáveis pela geração de gases dentro do galpão, im-plicando em mudanças no ambiente em que os frangos vivem, e conseqüentemente, impactando no bem-estar animal. O estudo realizado teve o objetivo de analisar as condições da cama em relação à produção de amônia em dois diferentes sistemas de ventilação: negativa (com exaustores), e positiva (com ventiladores).

Material e MétodosAs amostras foram coletadas em duas granjas na re-

gião de Itatiba – SP, sendo que, na granja número 1 o sistema de ventilação era positiva, com ventiladores distribuídos dentro do galpão linearmente, e na granja número 2 a ventilação era através de exaustores, dis-postos no fundo do galpão. Foram retiradas amostras de cama em dois galpões de cada granja, e em vinte pontos pré-estabelecidos para cada galpão.

O período de coleta foi do 32° ao 41° dia de criação sendo realizada sempre no período da manhã. As aná-lises aconteceram em laboratório onde foi feita a pesa-gem da cama úmida recém-coletada de dez em dez gra-mas com a balança (AID Company Limited), bem como a medição do pH das amostras frescas utilizando o pHmetro (Analion pm608.)

Depois de 24 horas de secagem em estufa as amos-tras foram novamente pesadas para defi nição da taxa de umidade. Após os procedimentos laboratoriais, os dados obtidos foram analisados estatisticamente para avaliar a correlação entre as variáveis, e verifi car a ob-tenção de modelos matemáticos entre as variáveis

analisadas. Resultados e Discussão

A partir da análise estatística, observou-se que há correlação signifi cativa entre as variáveis: temperatura de cama, umidade e pH da cama com a concentração de NH3 para o sistema de ventilação negativa (repre-sentada na Tabela 1).

Após a obtenção desses resultados, realizou-se uma análise de Regressão Linear Normal, porém não foi

possível defi nir um modelo que possa predizer a quan-tidade de NH3 produzida em relação à condição da cama, onde em alguns pontos, encontraram-se valores acima de 33 ppm de amônia, além do limite de 20 ppm de amônia preconizado por CIGR.

A forma da distribuição de NH3, para o sistema de ventilação “negativo”, é similar à do sistema “positi-vo”, exceto pela presença de um número maior de va-lores extremos (outliers).

ConclusãoOs galpões com ventilação por exaustão (ventila-

ção negativa), apresentaram maior concentração de amônia em seu interior quando comparados aos gal-pões com ventilação por pressão positiva.

Também foi encontrada uma correlação signifi cati-va entre a temperatura, umidade e pH da cama e a pro-dução de amônia no galpão com ventilação por pres-são negativa, porém não foi possível estabelecer um modelo que explique a formação de amônia nos pon-tos coletados.•

Comparação de dois diferentes sistemas de ventilação mecânica em galpões de frango de corte para avaliação das concentrações de NH3 em função das condições de camaAutores: Lília Thays Sonoda, Gabriela Munhoz Morello, Daniela Jorge de Moura e João Waine Pinheiro

De acordo com Lília Thays Sonoda, graduanda do Departamento de Zootecnia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), o objetivo principal do estudo foi avaliar a quali-dade do ambiente aéreo de galpões com sistema positivo e negativo de ventilação, no que tange à produção de amônia, em relação às condições ambientais de temperatura, umida-de e pH da cama. Ela comenta os resultados: “O trabalho reforçou a tese de que o sistema de ventilação negativo, apesar de apresentar maior uniformidade de distribuição da venti-lação dentro do galpão, apresenta valores elevados de amônia, ultrapassando a recomen-dação internacional que prevê 20 ppm no máximo”.Lília Thays Sonoda

COEFICIENTES DE CORRELAÇÃO DE PEARSON

NH3 P-valor

Temperatura da Cama 0,044 0,438

Umidade da Cama 0,394 0,000

pH da Cama 0,404 0,000

Page 29: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

Produção Animal | Avicultura 2929 Produção Animal | Avicultura

Há trinta e três anos atendendo às cadeias avícolas e suinícolas, o Centro Nacional de Pesquisa de Suí-nos e Aves (CNPSA) da Embrapa, com sede em

Concórdia, SC, tem papel fundamental no desenvolvi-mento de tecnologias relacionadas ao controle de doen-ças, aperfeiçoamento de rações, melhoria da qualidade genética dos animais e preservação do meio ambiente.

Iniciada recentemente, uma nova linha de pesquisa pretende avaliar o potencial de plantas frente a micro-organismos de impacto na cadeia produtiva de frangos. Já um outro estudo, liderado por Fátima Janeschi, quer identifi car os fatores de risco ligados à incidência de celulite em aves e desenvolver medidas para combater a enfermidade.

Substituição de aditivo das rações de frangos

Identifi car o potencial de plantas medicinais e ativas para a substituição de antibióticos visando a melhoria do desempenho das aves. Este é o objetivo de um estudo que está sendo desenvolvido na Embrapa Suínos e Aves.

A pesquisa apresenta duas principais justifi cativas. Primeiro, as recentes restrições ao uso de antibióticos promotores de crescimento na produção animal que surgiram na Europa e que têm afetado o mercado inter-nacional de produtos cárneos. A outra é que o sistema intensivo de animais de produção responde favoravel-mente a substâncias dessa natureza.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Suínos e Aves e autor do estudo, Gerson Scheuermann, os possí-veis aditivos a serem substituídos seriam os antibióticos utilizados em baixas concentrações na ração dos ani-mais para à melhoria do ganho de peso e da conversão alimentar.

A equipe de Scheuermann selecionou plantas que apresentam atividade comprovada cientifi camente ou que são de uso na medicina popular num total de 20 es-pécies vegetais da fl ora regional do sul do Brasil para rea-lizar os experimentos. Scheuermann explica: “A desco-berta dos compostos ativos e a seleção da planta é um dos pontos fundamentais para o sucesso do estudo. Para a va-lidade científi ca dos trabalhos, as espécies selecionadas devem ser devidamente identifi cadas e uma amostra deve ser depositada em herbário. Em seguida, procede-se à pre-paração dos extratos alcoólicos, os quais são testados em modelos in vitro, posteriormente, in vivo caso mostrem-se com potencial. Em estudos mais avançados, procede-se com o fracionamento e, possível identifi cação das subs-tâncias ativas. O conjunto dessas informações dá suporte à indicação da planta como um aditivo alternativo”.

O autor comenta que assim como os animais as plantas também apresentam um sistema de defesa, “como a produção de metabólitos secundários, que são substâncias ativas frente a inimigos naturais como inse-tos, bactérias e fungos”.

Para ele, os benefícios da utilização de plantas não se restringem apenas aos efeitos antimicrobianos. “Uma importante proprieda-de que também tem sido observada quan-do do uso de determi-nadas plantas aromáti-cas ou temperos é sua infl uência na ativida-de enzimática, com conseqüente melhora da digestibili-dade de nutrientes. Porém estes estudos são baseados em modelos com roedores”, afi rma.

Além disso, o pesquisador esclarece que no período ime-diatamente posterior à eclosão ocorre uma rápida coloniza-ção por um grande e diversifi cado número de bactérias.

Segundo Scheuermann, existe um equilíbrio na po-pulação microbiana do TGI e parece não haver uma mi-crobiota típica, uma vez que fatores como a composição do alimento e a presença de patógenos afetam as espé-cies bacterianas de maneira diferenciada. “É interessante observar que a população microbiana do TGI, embora em equilíbrio, ocasionaria espessamento da parede in-testinal, reduzindo a efi ciência e a capacidade de absor-ção de nutrientes. Assim, o uso de aditivos na ração que cria um ambiente desfavorável aos microorganismos tende a reduzir o impacto negativo destes”, diz.

A pesquisa ainda está em andamento e os dados ge-rados até agora são de testes in vitro. Na próxima fase, as espécies promissoras serão avaliadas em condições práti-cas de campo, onde se poderá levantar informações im-portantes sobre a viabilidade de uso na produção avícola.

Produção científi ca em evidência na Embrapa Suínos e Aves

Plantas medicinais previamente estudadas podem substituir antibióticos

Gerson Scheuermann

Page 30: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

30 Produção Animal | Avicultura

Ciência Avícola:

tura

Estudos físicos e químicos realizados pela Enge-nheira de Alimentos Ligianne Din Shirahigue, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz

(USP/Esalq), mostraram que compostos fenólicos extraí-dos de bagaços (casca e semente) de duas variedades de uvas podem retardar a oxidação lipídica da carne de frango processada mantida sob refrigeração.

Esta oxidação altera o sabor característico da carne, gerando um odor rançoso, indesejável, que é percebido pelo consumidor. A indústria de alimentos busca desen-volver novas formulações que visem melhorar a quali-

dade e, principal-mente, a segurança dos produtos ali-mentícios. Neste sentido, o uso de antioxidantes de fontes naturais, como os extratos de semente e casca de uva, mostra-se como uma alterna-

tiva segura e saudável para o processamento de carne de frango.

Os compostos antioxidantes foram obtidos a partir da variedade de uva conhecida por Isabel e Niágara (Vi-tis labrusca), originárias dos Estados Unidos e cultivadas no Brasil, e determinou o efeito sobre o alimento proces-sado e armazenado sob refrigeração entre 3 e 5ºC, em embalagens aeróbica e a vácuo. As uvas são utilizadas na produção de vinho e suco, gerando resíduos na forma de bagaço, o qual inclui sementes e cascas.

No estudo foram utilizadas soluções aquosas dos compostos, em diferentes concentrações, e aplicadas em amostras de carne de frango trituradas e acrescidas de sal. As amostras foram refrigeradas a uma temperatura de 4º C e armazenadas durante 14 dias. “As maiores do-sagens do composto natural, associadas com embalagem à vácuo, tiveram efeito antioxidante igual ou melhor do que o BHT, um produto sintético” diz a pesquisadora.

Ligianne ressalta que no caso do frango processado ainda é necessário estudar os efeitos no produto conge-lado, que tem um tempo maior de armazenagem, e aprofundar a análise microbiológica para avaliar a ação antimicrobiana dos compostos fenólicos. Também são necessários estudos mais precisos para otimizar a extra-ção dos antioxidantes do bagaço da uva em escala industrial.

Fatores de risco da celulite em frangos

Outro estudo que está sendo elaborado também por pesquisadores do CNPSA pretende identifi car os fatores

de risco associados às manifestações de le-sões tegumentares em frangos, conheci-das como “celulite”, e a partir dos resulta-dos desenvolver al-ternativas para a pre-venção e controle da ocorrência desta afecção.

Fátima Jaenisch, líder do estudo, ex-plica que as lesões são conseqüências do processo infl amató-rio purulento do teci-do subcutâneo das aves. “As celulites fi -cam encobertas pelas penas e só são detec-

tadas no abate, durante a inspeção das carcaças”, afi rma.

Para analisar os pontos críticos da ocorrência da en-fermidade, a Embrapa fi rmou uma parceria com a Sadia de Concórdia e a Avícola Big Frango. Foram utilizadas cerca de 200 propriedades avícolas das empresas para re-alizar testes e análises. Os experimentos realizados por vários pesquisadores com a bactéria Escherichia coli para induzir a celulite em aves indicaram que é possível pro-duzir a doença. No entanto, para que a enfermidade ocorra é necessário que uma quantidade considerável de bactérias entre em contato com a pele que deve estar corrompida para entrar e se multiplicar no hospedeiro.

O projeto, ainda em fase inicial, aguarda a elabora-ção de um banco de dados para posterior análise das informações. Segundo a pesquisadora Jaenisch, os in-quéritos epidemiológicos realizados a campo, bem como a caracterização microbiológica dos agentes isolados das lesões já foram concluídos.

“Celulite em frangos” é conseqüência

do processo infl amatório purulento do

tecido subcutâneo

Oxidação altera o sabor

característico da carne de

frango, gerando um odor

rançoso, que é percebido

pelo consumidor

Lesões difi cilmente são observadas durante o período de produção

Arq

uivo

Em

brap

a Su

ínos

e A

ves

Compostos no bagaço de uva detém oxidação da carne de frango, aponta pesquisa da ESALQ

Page 31: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

Em parceria com empresas da área de produção animal, a

Hy-Line do Brasil realizou em agosto em Jaguariúna, SP, a sexta edição do Curso de Manejo com enfoque para debicagem, nutrição e vacinação.

A Médica Veterinária, Direto-ra da Spave, Nair Katayama, apresentou uma aula sobre ne-cropsia em aves, que foi fi lmada e entregue aos participantes. De acordo com ela, o Curso de Manejo tornou-se essencial aos profi ssionais. “A avicultura é muito ágil e dinâmica e o profi s-sional tem de acompanhar esta velocidade, por que tudo evolui”, disse.

O Zootecnista Gonçalo Palo-ne, da Uniquímica, afi rma que a empresa procurou transmitir aos participantes do evento a impor-tância sobre a prática de debica-gem. “Uma boa debicagem evita desperdício de ração, incidência de canibalismo, perda de ovos por bicagem, perda de peso

excessivo e escolha da ração”, expli-ca Palone.

A médica veterinária Marli Dioní-zio, da Poli-Nutri, empresa responsá-vel pela prática de nutrição, comen-ta: “É preciso que os profi ssionais

entendam que, por exemplo, há granjas que disponibilizam a mesma ração, com os mesmo suplementos do início do ano ao seu fi nal, sem analisar as variações de temperaturas e outras condições do plantel”.

Umas das responsáveis pela prática de vacinação, Laura Villarreal, da Intervet Shering, disse que as granjas investem muito em vacina-ção, ou seja, na proteção de seu plantel e por isso é preciso mostrar aos profi ssionais como utilizar as vacinas, para a obtenção dos melho-res resultados zootécnicos.

Em Jaguariúna, Hy-Line promove VI Curso de Manejo Curso oferece informações

sobre técnicas de manejo na produção de ovos

Curso de necropsia com Nair Katayama

Participantes do evento

Aula prática de debicagem

Produção Animal | Avicultura 31

AviGuia: produtos, serviços e empresas

Page 32: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

32 Produção Animal | Avicultura

AviGuia: produtos, serviços e empresas

Já está disponível em português o site infor-

mativo sobre micotoxi-nas (www.knowmyco-toxins.com/pt) lançado pela Alltech em agosto de 2007.

O Knowmycoto-xins é voltado a pro-dutores, nutricionis-tas e veterinários ligados à indústria de rações e destina-se a trazer informa-

ções para os diversos seg-mentos de mercado da indústria de rações

animais que continuamente enfrentam desafi os relaciona-dos às repercussões de presença de micotoxinas em ra-ções animais sobre o desempenho de animais de produção.

O site permite que o usuário acesse seções especifi cas para três setores da produção animal: bovinos, suínos e aves. Além disso, é possível participar de fóruns de discus-são com especialistas e visualizar o endereço em outros línguas (inglês, russo, espanhol e chinês).

Guilherme Minozzo, Diretor de Vendas da Alltech para a América Latina, comenta: “O desafi o das micotoxinas na América Latina cresce a cada dia, da mesma manei-ra que aumenta a necessidade de capacita-ção dos produtores, com aprendizagem e atualização constantes”.

Aplicado pela equipe técnica de avicultura do Laboratório

Biovet, o treinamento sobre mane-jo da vacinação avícola, que ocor-reu em Garibaldi, RS, contou com a participação de médicos veterinários e técnicos agrícolas do setor de frango de corte e de matrizes da Penasul Alimentos.

O medico veterinário da Penasul, Rodrigo Arcari, afirma que a necessidade de atualização e a sugestão

da equipe do Biovet foram deci-sivas para a realização do evento. “Apesar de ser um tema bastan-te discutido, a participação da

equipe superou as expectativas. Esta é mais uma iniciativa que vai ao encontro das expectativas da empresa no sentido de associar as tarefas diárias da avicultura às constantes atualizações técnicas”, comenta.

Após concluída a aquisição da Intervet, a Schering-Plough passa a adotar a marca Intervet/Schering-

Plough Animal Health. A empresa, que tem como Diretor-Presidente no

Brasil, Fernando Vasconcelos Heiderich, reúne linhas complementares de vacinas e produtos farmacêuticos e pos-sui uma plataforma avançada de ciência e tecnologia mais capaz de atender às necessida-

des dos seus clientes.Segundo Heiderich, a Intervet/Schering-Plough Animal

Health conta, no Brasil, com cerca de 450 funcionários, três fábricas e a liderança do segmento de saúde animal em faturamento.

Alltech lança site sobre micotoxinas em português

Penasul participa de treinamento promovido pelo Biovet

Schering-Plough adota nova marca após aquisição da Intervet

á epo

mativnas toxipelade

xindtl

ções parmentos de mercado da indústr

Participação da equipe superou as expectativas

Page 33: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

Produção Animal | Avicultura 33

10 mais

d l | l

Os 10 mais da avicultura brasileiraO comportamento regional do setor no 1º semestre de 2008

UF Volume Var.%* % do total

Paraná 5.507,681 29,50 22,89

Santa Catarina 4.360,163 7,70 18,12

São Paulo 3.893,062 11,03 16,18

Rio Grande do Sul 3.404,058 20,75 14,15

Minas Gerais 2.249,627 2,37 9,35

Goiás/DF 1.484,888 28,84 6,17

Mato Grosso 968,520 59,44 4,03

Pernambuco 614,063 20,07 2,55

Mato Grosso do Sul 555,260 57,15 2,31

Ceará 323,150 13,59 1,34

Sub-total 23.314,272 17,62 96,89

Sul 13.271,902 19,35 55,16

Sudeste 6.202,049 6,24 25,77

Centro-Oeste 3.008,668 42,37 12,50

Nordeste 1.449,950 8,76 6,03

Norte 129,762 293,81 0,54

Total Nacional 24.062,331 17,73 100

UF Volume Var.%* % do total

São Paulo 281,550 -4,53 60,08

Minas Gerais 144,431 102,84 30,82

Rio Grande do Sul 31,354 22,48 6,69

Paraná 8,300 176,67 1,77

Rondônia 3,000 0,00 0,64

Subtotal 468,635 17,83 100

Sul 39,654 38,65 8,46

Sudeste 425,981 16,35 90,90

Centro-Oeste

Nordeste

Norte 3,000 0,00 0,64

Total Nacional 468,635 17,83 100

ALO

JAM

ENTO

DE

MA

TRIZ

ES D

E CO

RTE

MIL

HA

RES

DE

CA

BEÇ

AS

ALO

JAM

ENTO

DE

MA

TRIZ

ES D

E PO

STU

RA

MIL

HA

RES

DE

CA

BEÇ

AS

Fonte: UBA - Elaboração e Análises: Produção Animal-Avicultura* Variação sobre o primeiro semestre de 2007

Fonte: UBA - Elaboração e Análises: Produção Animal-Avicultura* Variação sobre o primeiro semestre de 2007

OBS.: No período, apenas cinco estados alojaram matrizes de postura

À primeira vista surpreen-dente, a expansão de

17,73% no alojamento de ma-trizes de corte se concentrou em duas Regiões – Centro-Oeste, com +42,37%; Sul, com +19,35% – e sugere investi-mentos visando ao mercado externo, visto que as duas Regiões são essencialmente exportadoras.Em termos estaduais, o grande destaque permanece com o Paraná, cuja participa-ção no alojamento nacional de matrizes (22,89% do total) já não se encontra muito longe do que é alojado nos quatro Estados do Sudeste – 25,77% no período.

Na primeira metade de 2008 foram alojadas

no País 468.635 matrizes de postura, um volume 17,83% superior ao registrado no mesmo período de 2007. Porém, a distribuição desse incremento ocorreu de forma absolutamente heterogênea. Assim, enquanto o Paraná ampliou seu plantel reprodu-tor de postura em 176,67% e Minas Gerais em 102,84%, São Paulo encerrou o semes-tre com quase 5% de matrizes a menos. Mesmo assim, conti-nua respondendo por 60% do alojamento nacional.

Page 34: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

UF Volume Var.%* % do total

Paraná 600,403 4,84 22,68

Santa Catarina 448,211 7,70 16,93

Rio Grande do Sul 397,488 9,11 15,01

São Paulo 393,464 2,19 14,86

Minas Gerais 192,621 7,44 7,28

Goiás 136,007 7,81 5,14

Mato Grosso do Sul 71,211 8,06 2,69

Mato Grosso 68,173 17,02 2,57

Pernambuco 63,641 3,87 2,40

Bahia 52,041 15,35 1,96

Sub-total 2.423,26 6,56 91,52

Sul 1.446,10 6,87 54,62

Sudeste 645,685 3,38 24,39

Centro-Oeste 294,915 5,60 11,14

Nordeste 220,894 8,18 8,34

Norte 39,961 6,56 1,51

Total Nacional 2.647,56 5,96 100,00

UF Volume Var.%* % do total

São Paulo 9,492 -15,53 31,71

Minas Gerais 3,776 19,89 12,62

Rio Grande do Sul 2,546 29,88 8,51

Paraná 2,097 -5,61 7,01

Pernambuco 2,049 17,61 6,85

Espírito Santo 1,851 7,09 6,19

Ceará 1,404 29,36 4,69

Goiás 1,322 -5,17 4,42

Mato Grosso 0,769 9,42 2,57

Santa Catarina 0,755 -4,05 2,52

Sub-total 26,067 0,20 87,08

Sul 5,399 8,64 18,04

Sudeste 15,203 -6,08 50,78

Centro-Oeste 2,621 1,31 8,76

Nordeste 5,582 16,00 18,65

Norte 1,128 0,70 3,77

Total Nacional 29,936 0,86 100

ALO

JAM

ENTO

DE

PIN

TOS

DE

COR

TEM

ILH

ÕES

DE

CA

BEÇ

AS

ALO

JAM

ENTO

DE

PIN

TAIN

HA

S D

E PO

STU

RA

MIL

ES D

E C

AB

EÇA

S

Fonte: APINCO - Elaboração e Análises: Produção Animal-Avicultura* Variação sobre o primeiro semestre de 2007

Fonte: UBA e APA - Elaboração e Análises: Produção Animal-Avicultura* Variação sobre o primeiro semestre de 2007

Apenas o Sudeste comple-tou o primeiro semestre

de 2008 com um incremento no volume de pintos de corte alojados inferior à média na-cional, de 5,96%. E a infl uên-cia maior, no caso, veio de São Paulo, UF em que o aloja-mento semestral apresentou expansão de apenas 2,19%.Como resultado, oRio Grande do Sul – cujo alojamento aumentou 9,11% - voltou a ocupar a terceira posição entre os principais estados alojadores, enquanto São Paulo (por pequena diferença) retorna mais uma vez ao quarto posto.

A grande marca no aloja-mento de pintainhas de

postura vem sendo a esta-bilidade no volume alojado, situação que se repetiu no fechamento do semestre, já que a variação em relação ao mesmo período de 2007 foi inferior a 1%. Notar, en-tretanto, que a estabilidade é ainda maior entre os 10 principais estados alojadores (+0,2%), embora os índices sejam extremamente variáveis conforme a UF. São Paulo, por exemplo, embora líder no alo-jamento, reduziu em 15,53% o volume alojado.

34 Produção Animal | Avicultura

Carnes

Page 35: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

PRO

DU

ÇÃ

O D

E PI

NTO

S D

E CO

RTE

MIL

ES D

E C

AB

EÇA

S

Fonte: APINCO - Elaboração e Análises: Produção Animal-Avicultura* Variação sobre o primeiro semestre de 2007

Fonte: SECEX e ABEF - Elaboração e Análises: Produção Animal-Avicultura* Variação sobre o primeiro semestre de 2007

OBS.: Inclusos, no total, embarques cuja origem não foi identifi cada

Como o mercado obrigou o setor a colocar “o pé no

freio”, a produção cresceu apenas 5,99% e acabou fi cando aquém do que permitiam as matrizes alojadas no ano passado. No semestre, o maior índice de expansão na produção (+27,54%) foi registrado pelo Mato Grosso que, mesmo assim, manteve a nona posição entre os 10 maiores produtores de pintos de corte do Brasil. As demais Unidades Federativas também perma-neceram com suas posições inalteradas.

Além da excepcional expansão registrada no

semestre – aumento de quase 20% sobre o mesmo período de 2007 (ou de quase 50% sobre o 1º semestre de 2006) – ressaltam nas exportações de carne de frango o fato de que Centro-Oeste e Sudeste embarcaram praticamente o mesmo volume, ao redor de 232 mil toneladas cada um.Mas a hegemonia, imbatível, continua com os três Estados integrantes da Região Sul que, em conjunto, respondem por três quartos das exporta-ções brasileiras.

UF Volume Var.%* % do total

Santa Catarina 486,585 11,62 26,41

Paraná 483,190 19,92 26,23

Rio Grande do Sul 396,331 21,56 21,51

São Paulo 168,649 37,95 9,15

Goiás 84,265 10,28 4,57

Mato Grosso do Sul 66,704 19,00 3,62

Minas Gerais 62,468 24,84 3,39

Mato Grosso 50,754 17,32 2,76

Distrito Federal 31,207 29,04 1,69

Sub-total 1.830,153 18,90 99,34

Sul 1.366,107 17,27 74,16

Sudeste 231,142 34,14 12,55

Centro-Oeste 232,931 16,52 12,64

Nordeste

Norte

Total Nacional 1.842,15 19,48 100

UF Volume Var.%* % do total

Paraná 622,426 6,31 23,48

Santa Catarina 464,877 7,19 17,53

São Paulo 443,800 5,47 16,74

Rio Grande do Sul 360,641 6,06 13,60

Minas Gerais 224,144 1,08 8,45

Goiás 98,545 -4,10 3,72

Pernambuco 78,458 2,36 2,96

Mato Grosso do Sul 66,672 2,68 2,51

Mato Grosso 65,102 27,54 2,46

Ceará 46,377 2,68 1,75

Sub-total 2.471,046 5,50 93,20

Sul 1.447.946 6,53 54,61

Sudeste 695,480 4,23 26,23

Centro-Oeste 255,595 5,33 9,64

Nordeste 214,355 6,65 8,08

Norte 37,902 20,94 1,43

Total Nacional 2.651,279 5,99 100

EXPO

RTA

ÇÃ

O D

E C

AR

NE

DE

FRA

NG

OM

IL T

ON

ELA

DA

S

Produção Animal | Avicultura 35

Page 36: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

Produção e mercado em resumo

Na produção, o que mais vem chamando a atenção são os altos índices de expansão no

alojamento de matrizes de corte e de postura. Mas enquanto o aumento na postura é justifi cável – por repor um plantel que sofreu forte redução nos últimos anos – no setor de corte o in-cremento já começa a causar preocu-pações, pois corresponde a um poten-cial que evolui no mesmo nível das exportações brasileiras de carne de frango, mas não no ritmo do consumo interno, de evolução mais lenta.

Já em termos de preço, ressalta o fato de o ovo ter encerrado agosto de 2008 com um preço ao produtor infe-rior ao de encerramento de 2007 ou, mesmo, ao de agosto do ano passado.

NO MÊS NO ANO EM 12 MESES

MATRIZES

Corte (milhões de cabeças)4,409 28,472 46,915

22,46% 18,44% 14,95%

Postura (milhares de cabeças)58,108 526,743 772,315

9,12% 16,80% 3,25%

FRANGO (VIVO E ABATIDO)ÚLTIMO VALOR

DO MÊS R$/KG

VARIAÇÃO

NO MÊS NO ANO EM 12 MESES

Granja 1,95 3,17% 18,18% 5,98%

Atacado 2,67 4,70% 15,08% 25,94%

Varejo 3,84 6,37% 21,52% 32,87%

OVOSÚLTIMO VALOR

DO MÊS R$/CAIXA

VARIAÇÃO

NO MÊS NO ANO EM 12 MESES

Granja 37,00 (12,13%) (7,06%) (0,05%)

Atacado 43,00 (9,34%) (5,45%) (0,30%)

Varejo** 93,30 0,97% 7,24% 17,36%

PINTOS DE UM DIA

Corte (milhões de cabeças)476,1 3.127,4 5.343,3

9,54% 6,52% 8,32%

Postura (milhões de cabeças)5,237 35,173 60,626

3,14% 1,20% (0,77%)

OVOS

Produção (milhões de caixas)5,258 36,402 63,204

(5,94%) (10,26%) (11,56%)

Exportação* (mil toneladas)2,553 20,925 26,379

281,43% 302,18% 188,45%

CARNE DE FRANGO

Produção (mil toneladas)897,0 6.217,7 10.681,3

2,80% 6,44% 8,74%

Exportação (mil toneladas)339,4 2.181,6 3.640,7

19,49% 19,36% 16,92%

Oferta interna (mil toneladas)557,6 4.036,1 7.040,6

(5,26%) 0,55% 4,94%

Produção

Mercado

JULHO/2008

AGOSTO/2008

Fontes dos dados básicos: UBA, ABEF, APINCO, SECEX/MDIC, JOX e PROCON-SP* Inclui produto in natura e processado.

** Valor da dúzia (PROCON-SP para o varejo paulistano) convertido em 30 dúzias.

Ressalta, no ano, a

expansão no volume

de matrizes de corte e

postura

MAG

36 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e Preços

Page 37: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

Produção Animal | Avicultura 37

MATRIZES DE CORTEAlojamento mensal em 24 meses

MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS 2006/2007 2007/2008 VAR. %

AGO 3,152 3,527 11,90%

SET 3,105 3,347 7,77%

OUT 3,444 3,945 14,56%

NOV 3,490 3,858 10,55%

DEZ 3,585 3,766 5,05%

JAN 3,137 4,265 35,97%

FEV 2,962 3,852 30,06%

MAR 3,674 3,944 7,34%

ABR 3,444 3,953 14,78%

MAI 3,863 4,012 3,84%

JUN 3,358 4,037 20,22%

JUL 3,601 4,409 22,46%

EM 7 MESES 24,039 28,472 18,44%

EM 12 MESES 40,815 46,915 14,95%

Fonte: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

R elativamente estável no primei-ro semestre de 2008 – a média

mensal foi de 4,010 milhões de ca-beças, com variações máximas de 4% e 6% abaixo e acima da média, respectivamente – o alojamento bra-sileiro de matrizes de corte abriu a segunda metade do ano registrando um novo salto. De acordo com a UBA, foram alojadas no País em ju-lho último 4,409 milhões de matri-zes de corte, volume 22% superior ao registrado no mesmo mês de 2007. Em relação ao mês anterior, junho de 2008, o aumento foi de 9% e, com ele, supera-se o recorde que vinha se mantendo desde janei-ro, de 4,265 milhões de matrizes de corte.

No momento, decorridos os sete primeiros meses de 2008, o aloja-mento de matrizes de corte soma 28,472 milhões de cabeças, apre-sentando incremento de 18,44% sobre o mesmo período do ano pas-sado e projetando, para a totalidade do ano, volume da ordem de 48,8 milhões de cabeças, volume quase 15% superior ao registrado em 2007 – 42,5 milhões de matrizes de corte.

É pouco provável, no entanto, que o alojamento de 2008 fique li-mitado a isso. Em especial porque o volume do segundo semestre é - tra-dicionalmente e com raras exceções - maior que o da primeira metade do ano. Assim, por exemplo, mantido entre agosto e dezembro o mesmo volume de julho (4,409 matrizes mensais), o total do ano chegará aos 50,517 milhões de cabeças.

Por enquanto, porém, o aloja-mento anualizado permanece aquém dessa projeção. Soma, nos últimos 12 meses, 46,915 milhões de matri-zes de corte e se encontra cerca de 15% acima do registrado nos 12 meses decorridos entre agosto de 2006 e julho de 2007.

Alojamento de matrizes de corteCom 22% de aumento, alojamento atinge novo recorde

Page 38: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

38 Produção Animal | Avicultura

Produção de pintos de corteEm agosto, segmento registra novo recorde

Embora os pintos sejam decorrentes das matrizes, pelo menos no curto

prazo um produto nada tem a ver com o outro. Entretanto, repetindo com-portamento já observado em outras ocasiões, a produção brasileira de pin-tos de corte voltou a seguir “o exem-plo das matrizes de corte” (cujo volu-me atingiu novo parâmetro em julho) e também registrou novo recorde, com um volume que não era superado des-de janeiro deste ano.

Em julho passado, conforme a APINCO, foram produzidos no Brasil 476.080.943 pintos de corte, volume 9,5% superior ao registrado um ano antes, em julho de 2007, mês em que a produção alcançou pouco mais de 434 milhões de cabeças. Foi superada igualmente (em 8,9%) a produção al-cançada no mês anterior, junho de 2008. Mas considerando-se que julho é mês mais longo, de 31 dias, a varia-ção real foi de 5,4%.

Em decorrência do último resulta-do, a produção alcançada no ano (sete meses) soma agora 3,127 bilhões de cabeças, sendo 6,5% superior à do mesmo período de 2007. Projetada para a totalidade do ano, essa produ-ção – média mensal próxima de 446,8 milhões de pintos de corte – aponta volume global da ordem de 5,360 bi-lhões de cabeças, 4% a mais que o produzido no ano passado.

Porém, a repetição dos mesmos números é improvável, inclusive por-que houve forçosa redução da produ-ção no primeiro semestre, o que não deve ocorrer neste semestre. Assim, apenas mantido o mesmo volume nos cinco meses que faltam para o encer-ramento de 2008, a produção chegará aos 5,5 bilhões de cabeças, volume que também pode ser superado.

Por enquanto, o volume acumula-do em um período de 12 meses totali-za 5,343 bilhões de cabeças, apresen-tando acréscimo de 8,32% sobre o mesmo período anterior.

PINTOS DE CORTEProdução brasileira em 24 meses

MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS 2006/2007 2007/2008 VAR. %

AGO 396,4 444,8 12,22%

SET 388,3 424,4 9,30%

OUT 412,6 463,4 12,30%

NOV 394,1 431,5 9,50%

DEZ 405,4 451,8 11,44%

JAN 420,5 460,7 9,56%

FEV 390,8 427,9 9,48%

MAR 423,4 441,1 4,19%

ABR 414,3 429,0 3,56%

MAIO 433,5 455,5 5,06%

JUN 418,8 437,0 4,34%

JUL 434,6 476,1 9,55%

EM 7 MESES 2.935,9 3.127,3 6,52%

EM 12 MESES 4.932,7 5.343,2 8,32%

Fonte: APINCO – Elaboração e análises: AVISITE

Estatísticas e Preços

Page 39: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

Produção Animal | Avicultura 39

Produção de carne de frangoEm julho, incremento efetivo foi inferior a 1%

Baseada na produção de pintos de corte registrada em maio e junho e

levando em conta, ainda, os diferentes tipos de carne de frango exportados em julho, a APINCO estimou que no sétimo mês de 2008 foram produzidas no Brasil 897.014 toneladas de carne de frango, um volume que supera em 2,8% as 872.616 toneladas de julho de 2007. Em relação ao mês imediata-mente anterior, junho de 2008, a varia-ção foi de pouco mais de 4%. Mas considerando que julho foi mês mais longo, teve um dia a mais, o incremen-to efetivo foi inferior a 1%.

Decorridos os sete primeiros meses de 2008, a produção brasileira de car-ne de frango soma perto de 6,218 mi-lhões de toneladas, sendo 6,44% su-perior àquela registrada em idêntico período de 2007. Correspondendo a um volume médio, mensal, de 888 mil toneladas, ela projeta para os 12 me-ses do ano um total ao redor dos 10,660 milhões de toneladas, cerca de 3,5% a mais que o registrado no ano passado.

Porém, a tendência para os cinco meses fi nais de 2008 é de uma produ-ção nunca inferior a 900 mil toneladas mensais ou, pelo menos, 4,5 milhões de toneladas entre agosto e dezembro. E apenas isso será sufi ciente para ele-var o volume global do ano para mais de 10,7 milhões de toneladas.

Mas até esse volume tende a ser superado, mesmo porque o acumula-do nos últimos 12 meses já não está tão distante: soma 10,681 milhões de toneladas, apresentando variação de 8,74% sobre o mesmo período ante-rior, agosto de 2006 a julho de 2007.

CARNE DE FRANGOProdução brasileira em 24 meses

MIL TONELADAS

MÊS 2006/2007 2007/2008 VAR. %

AGO 764,4 871,8 14,04%

SET 777,3 866,9 11,53%

OUT 797,5 891,4 11,78%

NOV 790,7 887,9 12,29%

DEZ 851,4 945,5 11,05%

JAN 828,9 914,0 10,26%

FEV 749,8 866,3 15,53%

MAR 843,7 926,5 9,81%

ABR 835,3 880,0 5,35%

MAI 859,7 872,1 1,45%

JUN 851,6 861,8 1,20%

JUL 872,6 897,0 2,80%

EM 7 MESES 5.841,6 6.217,7 6,44%

EM 12 MESES 9.822,9 10.681,2 8,74%

Fonte: APINCO – Elaboração e análises: AVISITE

De acordo com estimativas da APINCO,

perto de 900 mil toneladas de carne de

frango foram produzidas em julho de 2008

Page 40: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

40 Produção Animal | Avicultura

Exportação de carne de frangoEmbarques de julho fi caram próximos das 340 mil toneladas

CARNE DE FRANGOExportação brasileira em 24 meses

MIL TONELADAS

MÊS 2006/2007 2007/2008 VAR. % ANUAL

AGO 300,6 304,7 1,36%

SET 210,6 242,1 15,00%

OUT 256,9 313,4 20,57%

NOV 284,1 298,9 5,32%

DEZ 238,1 299,9 25,95%

JAN 209,2 274,9 31,40%

FEV 232,4 292,6 25,89%

MAR 303,6 313,2 3,18%

ABR 264,0 270,0 2,27%

MAI 275,2 361,4 31,33%

JUN 259,3 330,1 27,30%

JUL 284,0 339,4 19,49%

EM 7 MESES 1.827,7 2.181,6 19,36%

EM 12 MESES 3.118,0 3.640,6 16,76%

Fonte: ABEF - Elaboração e análises: AVISITE

Em julho passado, conforme a ABEF, as exportações brasileiras de carne

de frango atingiram a marca das 339.360 toneladas, volume 19,5% su-perior às 284 mil toneladas de julho de 2007. Em relação ao mês anterior, ju-nho de 2008, houve um aumento de cerca de 2,8%.

Esse foi, também, o terceiro mês consecutivo em que os embarques de carne de frango ultrapassam a marca das 300 mil toneladas. Em decorrên-cia, os embarques do trimestre maio-julho superaram (pela primeira vez nesse espaço de tempo) o milhão de toneladas, sendo um quarto maiores que os de idêntico trimestre do ano passado.

Agora, em sete meses, as exporta-ções brasileiras de carne de frango so-mam perto de 2,182 milhões de tone-ladas, volume 19,36% superior ao que foi exportado entre janeiro e julho de 2007. A média mensal registrada, por sua vez, da ordem de 311,6 mil tonela-das, sugere embarques totais de 3,740 milhões de toneladas, volume cerca de 14% maior que o registrado no ano que passou.

Mas esse índice pode ser superado. Nos últimos 12 meses, por exemplo, ele apresenta uma expansão de 16,76%, o que signifi ca que os embar-ques de 3,118 milhões de toneladas registrados entre agosto de 2006 e ju-lho de 2007 saltaram nos 12 meses subseqüentes para mais de 3,640 mi-lhões de toneladas.

Na média dos sete primeiros meses de

2008, as exportações de carne de frango foram

responsáveis por 35,13% do volume produzido

neste período

Estatísticas e Preços

Page 41: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

Produção Animal | Avicultura 41

Disponibilidade interna de carne de frangoOferta recua pelo terceiro mês consecutivo

Ainda que em índices inferiores aos registrados em maio e junho, a

oferta interna de carne de frango foi menor que a do mesmo mês do ano anterior.

Considerada, de um lado, a produ-ção total estimada pela APINCO (897.014 toneladas) e, de outro lado, as exportações apontadas pela ABEF (339.360 toneladas, quase 38% do vo-lume total produzido), permaneceram no mercado interno 557.654 toneladas do produto, 5,27% a menos que o re-gistrado em julho de 2007. Em relação ao mês anterior, junho de 2008, regis-trou-se aumento de 4,9%, índice que cai para 1,5% se considerado que julho foi mês mais longo, de 31 dias.

Ocasionado, principalmente, pela aceleração das exportações (nos últi-mos três meses elas cresceram perto de 26%, enquanto a produção – desa-celerada em função dos altos custos – cresceu menos de 2%), o resultado maior desse recuo pelo terceiro mês consecutivo está sendo o crescimento real negativo da oferta interna. Nos primeiros sete meses de 2008 ela acu-sa variação de apenas 0,55% em rela-ção ao mesmo período do ano passa-do e se encontra, portanto, aquém do crescimento vegetativo da população.

De toda forma, essa redução fi ca restrita a um curto e recente período, já que a disponibilidade interna dos úl-timos 12 meses somou 7,040 milhões de toneladas, aumentando 4,94% em relação ao mesmo período anterior. E isto signifi ca que, anualizados, os ní-veis de consumo per capita continuam aumentando.

CARNE DE FRANGOProdução brasileira em 24 meses

MIL TONELADAS

MÊS 2006/2007 2007/2008 VAR. %

AGO 465,3 567,0 21,87%

SET 567,7 624,7 10,04%

OUT 541,6 578,1 6,73%

NOV 506,9 589,0 16,20%

DEZ 613,6 645,6 5,21%

JAN 619,7 639,1 3,13%

FEV 517,5 573,8 10,88%

MAR 540,1 613,2 13,53%

ABR 571,3 610,0 6,77%

MAI 584,5 510,7 -12,62%

JUN 592,2 531,6 -10,23%

JUL 588,6 557,6 -5,27%

EM 7 MESES 4.013,9 4.036,0 0,55%

EM 12 MESES 6.709,0 7.040,5 4,94%

Fontes dos dados básicos: APINCO e ABEF - Elaboração e análises: AVISITE

Aceleração das exportações e

desaceleração da produção ocasionaram

recuo na disponibilidade interna pelo 3º mês

consecutivo

Page 42: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

42 Produção Animal | Avicultura

Alojamento de matrizes de posturaSemestre é aberto com redução de alojamento

MATRIZES DE POSTURAAlojamento em 24 meses (ovos brancos e vermelhos)

MILHARES DE CABEÇAS

MÊS2006/

2007

2007/

2008VAR. %

% OVO BRANCO

2006/2007 2007/2008

Agosto 43,751 63,392 44,89% 66,41% 85,02%

Setembro 31,827 67,212 111,18% 34,56% 43,68%

Outubro 78,400 24,339 -68,96% 66,45% 55,63%

Novembro 80,900 40,126 -50,40% 73,42% 91,92%

Dezembro 62,143 50,503 -18,73% 73,13% 80,03%

Janeiro 59,975 92,858 54,83% 83,33% 56,45%

Fevereiro 34,687 98,130 182,90% 59,64% 85,95%

Março 100,664 47,021 -53,29% 64,12% 62,29%

Abril 23,304 42,813 83,72% 56,66% 69,68%

Maio 83,167 83,202 0,04% 74,63% 81,46%

Junho 95,915 104,611 9,07% 63,49% 68,73%

Julho 53,253 58,108 9,12% 64,66% 69,68%

EM 7 MESES 450,965 526,743 16,80% 67,81% 71,43%

EM 12 MESES 747,986 772,315 3,25% 67,22% 71,26%

Fonte: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

Após encerrar o primeiro semestre de 2008 com um volume médio

próximo das 80 mil cabeças mensais (total de 468,6 mil no período), o alo-jamento de matrizes de postura em julho apresentou forte redução em re-lação à média.

Conforme a UBA, foram alojadas no primeiro mês do segundo semestre 58.108 matrizes de postura (perto de 70% representadas por linhagens pro-dutoras de ovos brancos), com queda de 44% sobre o mês anterior, junho de 2008. Em relação ao mesmo mês do ano passado foi registrado aumen-to de 9,12%.

Agora, em sete meses, o aloja-mento de matrizes de postura soma 526.743 cabeças e apresenta expan-são de 16,8% sobre janeiro-julho de 2007. Esse volume, projetado para a totalidade do ano, sugere alojamento total ligeiramente superior a 900 mil matrizes de postura – um adicional de aproximadamente 200 mil cabeças ou quase 30% a mais que o alojado em 2007.

Bastante infl uenciado pelos baixos números do segundo semestre de 2007 – 100 mil matrizes ou 25% a menos que no primeiro semestre do ano – o alojamento dos últimos 12 meses apresenta expansão de apenas 3,25% e soma 772.315 matrizes de postura.

Estatísticas e Preços

Page 43: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

Produção Animal | Avicultura 43

Alojamento de pintainhas de posturaMesmo crescente, alojamento segue estabilizado

PINTAINHAS COMERCIAIS DE POSTURAAlojamento em 24 meses (ovos brancos e vermelhos)

MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS2006/

2007

2007/

2008VAR. %

% OVO BRANCO

2006/2007 2007/2008

Ago 5,543 5,091 -8,16% 72,91% 74,48%

Set 5,034 5,074 0,80% 73,43% 72,28%

Out 6,086 5,166 -15,13% 75,33% 73,26%

Nov 4,882 5,105 4,57% 72,55% 73,80%

Dez 4,792 5,017 4,71% 75,16% 75,79%

Jan 4,821 4,897 1,57% 76,98% 75,11%

Fev 4,749 5,048 6,29% 77,81% 73,17%

Mar 5,028 5,122 1,88% 73,73% 72,51%

Abr 4,980 5,127 2,94% 73,53% 71,79%

Mai 4,960 4,788 -3,47% 74,17% 73,83%

Jun 5,142 4,955 -3,63% 74,39% 72,25%

Jul 5.078 5.237 3,14% 74,30% 72,35%

EM 7 MESES 34,758 35,173 1,20% 74,95% 72,98%

EM 12 MESES 61,094 60,626 -0,77% 74,51% 73,37%

Fonte: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

Em julho passado, o alojamento de pintainhas de postura alcançou o

maior volume dos últimos 21 meses, ou seja, desde novembro de 2006. Nada, po-rém, que alterasse o equilíbrio que o setor vem mantendo exatamente desde a se-gunda metade de 2006.

Conforme a UBA, foram alojadas no mês, em 25 Unidades Federativas (apenas Maranhão e Tocantins não registraram qualquer alojamento em julho), um total de 5.237.104 pintainhas de postura, 3,14% a mais que o registrado um ano atrás, em julho de 2007. Em relação ao mês anterior, junho de 2007, o incremen-to foi de 5,69%, reduzindo-se para pou-co mais de 2% se considerado que julho tem um dia a mais.

Com o alojamento de julho, o volu-me de pintainhas de postura acumulado nos sete primeiros meses de 2008 soma 35,173 milhões de cabeças, sendo ape-nas 1,2% superior ao alojado no mesmo período do ano passado. Além disso, projeta um volume anual de quase 60,3 milhões de cabeças que, se confi rmado, apenas repetirá (com diferença muito pe-quena) os números de 2007, ano em que o País alojou 60,210 milhões de pintai-nhas de postura.

De toda forma, no momento, o aloja-mento anualizado se mantém ligeiramen-te acima desse número: nos últimos 12 meses soma 60,6 milhões de cabeças, si-tuando-se 0,77% aquém do alojado nos 12 meses imediatamente anteriores.

Fonte: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

Page 44: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

44 Produção Animal | Avicultura

FRANGO VIVOEvolução de preços na granja, interior paulista – R$/kg

MÊS MÉDIAR$/KG

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL

AGOSTO/2007 1,84 55,93% 9,52%

SETEMBRO 1,68 9,80% -8,69%

OUTUBRO/2007 1,60 -9,09% -4,76%

NOVEMBRO/2007 1,55 21,09% -3,12%

DEZEMBRO/2007 1,65 41,02% 6,45%

JANEIRO/2008 1,52 14,28% -7,88%

FEVEREIRO/2008 1,38 -22,90% -9,21%

MARÇO/2008 1,24 -20,00% -10,14%

ABRIL/2008 1,33 -2,20% 7,26%

MAIO/2008 1,61 34,17% 21,05%

JUNHO/2008 1,78 27,14% 10,55%

JULHO/2008 1,89 12,50% 6,18%

AGOSTO/2008 1,94 5,43% 2,64%

Desempenho do frango vivo em agosto de 2008Produto obtém maior valor nominal médio

Médias Anuais entre 2000 e 2007

ANO R$/KG VAR. % ANO R$/KG VAR. %

2000 0,91 14,57% 2004 1,49 2,75%

2001 0,97 6,47% 2005 1,35 -8,72%

2002 1,13 16,49% 2006 1,16 -14,70%

2003 1,45 28,31% 2007 1,55 33,62%

Situação em 2008 (em relação ao mesmo período de 2007)

JAN/AGO R$ 1,59 4,44%

Fonte dos dados básicos: JOX - Elaboração e análises: AVISITE

Cotado a R$1,95/kg na maior parte do mês, o frango vivo comerciali-

zado no interior paulista alcançou pre-ço médio de R$1,94/kg em agosto, o maior valor nominal médio obtido pelo produto em todos os tempos.

Ainda assim, quando contrapostos à conjuntura produtiva (leia-se: explo-são nos custos de produção; e não só dos grãos), os ganhos do setor perma-necem extremamente modestos: varia-ção de 5,43% em relação a agosto de 2007 e de 2,64% em relação a julho de 2008.

Dessa forma, como de julho para agosto o IGP-M (Fundação Getúlio Vargas) apresentou defl ação de 0,32%, somente no mês o preço do frango apresentou evolução positiva, perden-do feio para o acumulado em 12 me-ses (+12,63%).

Por conta do bom desempenho de agosto, o valor do frango vivo em 2008 apresentou ligeira melhora (+3,2%) em relação ao preço médio alcançado entre janeiro e julho, passando de R$1,54/kg para R$1,59/kg. Mesmo assim esse va-lor se encontra apenas 2,5% acima da média obtida no ano passado.

Apesar da valorização

alcançada em agosto, os

ganhos do setor permanecem

extremamente modestos

Estatísticas e Preços

FRANGO VIVO - PREÇOS HISTÓRICOS E PREÇO EFETIVO EM 2008

PREÇO HISTÓRICO (MÉDIA 1998/2007): preço em dezembro do ano anterior igual a 100

PREÇO MÉDIO EFETIVO EM 2008: (R$/KG, granja, interior paulista)

Page 45: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

Produção Animal | Avicultura 45

OVO BRANCO EXTRAEvolução de preços no atacado paulista – R$/Caixa de 30 dúzias

MÊS MÉDIAR$/CXA

VARIAÇÃO %ANUAL MENSAL

AGOSTO/2007 43,34 73,22% 2,87%

SETEMBRO 38,42 42,03% -11,35%

OUTUBRO/2007 37,29 28,36% -2,94%

NOVEMBRO/2007 36,64 26,12% -1,74%

DEZEMBRO/2007 45,30 27,43% 23,64%

JANEIRO/2008 38,69 27,69% -14,59%

FEVEREIRO/2008 50,71 29,20% 31,07%

MARÇO/2008 50,30 22,14% -0,81%

ABRIL/2008 39,63 4,76% -21,21%

MAIO/2008 44,60 19,86% 12,54%

JUNHO/2008 45,82 5,19% 2,73%

JULHO/2008 47,50 12,74% 3,67%

AGOSTO/2008 45,98 6,09% -3,20%

Desempenho do ovo em agosto de 2008Mês é encerrado com menor valor do segundo semestre

O processo de redução de preços en-frentado pelo ovo a partir da se-

gunda quinzena de julho teve prossegui-mento em agosto, com breve interrupção na segunda semana do mês - período de pagamento de salários e antevéspera do Dia dos Pais, ambos momentos de maior consumo. Mas foi só, pois o produto en-cerrou o mês com o menor valor do se-gundo semestre, cotado, na média, por pouco mais de R$43,00/caixa.

No mês, o preço médio alcançado pelo ovo fi cou em R$45,98/caixa, valor que signifi cou queda de 3,02% sobre a média registrada no mês anterior e au-mento de 6,09% sobre o mesmo mês do ano passado. Estas variações, é dispensá-vel dizer, não cobrem sequer a infl ação registrada no período, pois, como de-monstrou a Fundação Getúlio Vargas o IGP-M de agosto apresentou defl ação, no mês, de 0,32% (a do ovo foi de 3,02%) e incremento, no ano, de 12,63% (a varia-ção de preço do ovo fi cou em menos da metade disso, 6,09%).

Neste caso, a única vantagem (pe-quena) experimentada pelo ovo em rela-ção à infl ação fi ca restrita à variação de preços no ano, da ordem de 15,38% so-bre o mesmo período de 2007. Aqui, a variação do IGP-M fi cou em 8,35%.

Médias Anuais entre 2000 e 2007

ANO R$/CXA VAR. % ANO R$/CXA VAR. %

2000 23,12 16,89% 2004 34,47 -13,11%

2001 24,07 4,11% 2005 33,48 -2,87%

2002 27,88 15,83% 2006 27,48 -17,92%

2003 39,67 42,29% 2007 39,37 43,27%

Situação em 2008 (em relação ao mesmo período de 2007)

JAN/AGO R$ 45,40/CX 15,38%

Fonte dos dados básicos: JOX - Elaboração e análises: AVISITE

OVO EXTRA BRANCO - PREÇOS HISTÓRICOS E PREÇO EFETIVO EM 2008

PREÇO HISTÓRICO (MÉDIA 1998/2007): preço em dezembro do ano anterior igual a 100

PREÇO MÉDIO EFETIVO EM 2008: (R$/caixa, no atacado paulista)

IGP-M do mês de agosto

apresentou defl ação de 0,32%,

a do ovo foi de 3,02%PREPREÇOÇO MÉDMÉDIOIO EFEEFETIVTIVO EO EM 2M 2008008: (: (R$/R$/caicaixaxa, no no at atacaacadodo paupaulislista)ta)

Page 46: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

46 Produção Animal | Avicultura

Ponto Final

46 Produção Animal | Avicultura

A especulação no mercado futuro das com-modities, a apertada oferta de insumos e o crescimento mundial têm se tornado

desafi os importantes para o setor de alimenta-ção animal. Acostumado com um cenário está-vel até meados de 2007, o empresariado se sur-preendeu com um novo panorama a partir do segundo semestre do ano passado. A previsão é de um período de readaptação do setor, que ago-ra enfrenta desafi os em uma nova ordem mun-dial, o fi m da era do alimento barato.

É preciso repensar a cadeia de suprimentos no modelo contemporâneo. Enfrentamos pro-blemas como a queda nos estoques globais de cereais e oleaginosas, crescimento econômico e populacional em todo o mundo, escassez de ter-ra fértil e água para irri-gação, competição dos grãos com o etanol e o forte impacto das altera-ções climáticas. Isso sem contar a especulação fi nanceira.

Investidores têm di-rigido boa parte do seu portfólio ao mercado fu-turo de commodities agrícolas e o interesse nesses papéis cresceu quase 1000% nos últi-mos 5 anos. Destaca-se também o descompasso na oferta e demanda de fertilizantes e fosfatos, gerada pela falta de investimentos e avanço da atividade agropecuária, situação que só começa-rá a se reverter em três ou quatro anos. Até lá, os índices de produtividade da agricultura podem ser comprometidos e os preços das commodities agrícolas se manterão em patamares superiores. O superávit comercial tem sido mais alavancado pelos preços do que pela quantidade exportada.

O mercado de alimentação animal brasileiro é bastante dependente do suprimento externo. É necessário um plano de desenvolvimento da pro-dução de insumos nutricionais em território na-cional, proposta inclusive já encaminhada pelo Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal ao Ministério da Indústria e Comércio.

Durante 2007, o setor importou mais de 800 milhões de dólares em vitaminas, aminoácidos e outros aditivos e produziu cerca de 54 milhões de toneladas de ração. Em 2008, a produção será de 59 milhões de toneladas e mais 2 milhões de toneladas de suplementos minerais para pecuá-ria de corte, o que movimentará certamente mais de 1,2 bilhões de dólares em importações dos estimados 12 bilhões de dólares do agrone-gócio total.

Estes 10% exigem agilidade no fechamento de contratos e rápida autorização de embarques, conforme a moderna dinâmica logística, uma vez que o Brasil compete em um ambiente con-temporâneo caracterizado pela escassez e pro-funda competição global.

A aprovação do proce-dimento “Linha Verde” tornou mais rápido o de-sembaraço aduaneiro de algumas mercadorias. To-davia, o processo de im-portação continua excessi-vamente burocrático.

O Brasil enfrenta ou-tros desafi os, como a resis-tência ainda imposta por alguns órgãos do Governo aos eventos geneticamente melhorados do milho e a falta de isonomia tributá-ria aos insumos pecuários

que são onerados pelo PIS/COFINS, diferente-mente dos insumos agrícolas.

A criatividade tem sido a mola propulsora incondicional de sobrevivência neste novo ce-nário de custo do milho, farelo de soja, aditivos, fosfatos e fertilizantes. O setor deve crescer mais de 10% em 2008 e mobilizar quase 20 bilhões de dólares em matérias-primas, contra os 13 bi-lhões de dólares do ano passado. Infl uência do crescimento orgânico da produção, do aumento real dos preços dos ingredientes e da desvalorização

do dólar americano.

Mundo globalizado e alimentação animal

Ariovaldo Zanni

é médico veterinário com MBA em gestão de processos industriais, Diretor Executivo do Sindirações e Tesoureiro da Feed Latina

É preciso repensar a cadeia de suprimentos no modelo

contemporâneo para enfrentar problemas como a queda nos estoques globais de cereais e oleaginosas e o crescimento econômico e populacional em todo o

mundo

dçvpsdrd

nAriovaldo Zanni

Page 47: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

Produção Animal | Avicultura 47

Page 48: 22 - AviSite · 2012. 6. 11. · 22 16 33 46 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Mariana Tadini

48 Produção Animal | Avicultura