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SUMÁRIO

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Coordenador EditorialJosé Carlos Godoy [email protected] - 9782

ComercialPaulo [email protected]

Redação Érica [email protected]

InternetTiago Anderson Urbano

Diagramação e arteMundo Agro e Bravos Comunicaçã[email protected]

Circulação e Assinatura Elaine Cristina Franco(19) 3241 9292 [email protected]

Tiragem: 4.000 exemplares

EXPEDIENTE EDITORIAL

Fale com a redaçã[email protected]: (19) 3241 9292Fax: (19) 3212 3782

Mundo Agro Editora Ltda.Rua Erasmo Braga, 115313070-147 - Campinas, SP

2007: Ano de quebra de recordes produtivos efi nanceiros, mas com perda do poder aquisitivo do produtor

Uma vez que a presente edição está

sendo fechada nos primeiros dias de 2008,

não se dispõe, ainda, dos dados fi nais de

2007 que possibilitariam um balanço geral

das atividades avícolas no decorrer do séti-

mo ano do corrente milênio.

Mas, para essa avaliação, até que esses

dados são dispensáveis. Porque os índices

de evolução registrados pelo setor de janei-

ro a novembro ou, então, os números acu-

mulados nos 12 meses encerrados em no-

vembro de 2007 já antecipam resultados

excepcionais para o exercício.

A par dos volumes produzidos ou ne-

gociados interna e externamente, também

os resultados fi nanceiros devem alcançar

novos recordes, visto que no último ano se

obteve uma melhora generalizada dos pre-

ços de frangos e ovos, situação que se es-

tendeu ao frango exportado. Mas – per-

gunta-se – será que isso signifi ca, também,

lucro maior por unidade produzida? Prova-

velmente não, como demonstra matéria

sobre a evolução do poder aquisitivo do

produtor e do exportador, apresentada à

página 18.

Prometendo para fevereiro próximo o

balanço geral da avicultura brasileira, esta

edição de Produção Animal – Avicultura

ainda enfoca a divulgação, pelo Ministério

da Agricultura, dos resultados da avaliação

dos sistemas estaduais de defesa avícola,

passo essencial no caminho da implantação

da regionalização sanitária da atividade

(página 24).

José Carlos GodoyCoordenador Editorial

[email protected]

Ponto Final Silvana Laudana

Atualização da legislação leva à valorização

do produto ovo

Classifi cação dos Estados na regionalização

surpreende

Custos ofuscaram desempenho

econômico da avicultura em 2007

Ciência Avícola

Rastreabilidade da FCOB nos ovos de poedeiras comerciais

Produção Animal | Avicultura 3

Eventos ............................ 04 Notícias ............ 06

Postura em Foco ..............12 Associações ...... 30

AviGuia: empresas, produtos e serviços ........... 21

ESTATÍSTICAS E PREÇOS

Produção e mercado em resumo .......................................... 32Alojamento de matrizes de corte ......................................... 33Produção de pintos de corte ................................................ 34Produção de carne de frango ............................................... 35Exportação de carne de frango............................................ 36Disponibilidade interna de carne de frango ........................37Alojamento de matrizes de postura .................................... 38Alojamento de pintainhas comerciais de postura .............. 39Desempenho do frango vivo no mês de dezembro ........... 40Desempenho do ovo no mês de dezembro ..........................41

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EVENTOS

4 Produção Animal | Avicultura

Janeiro28 de janeiro a 1 de fevereiro

Show Rural CoopavelLocal: Centro Tecnológico da Coopavel, BR 277, KM 577, Cascavel, PRRealização: Coopavel Cooperativa AgroindustrialContato: 45- 3225-6885E-mail: [email protected]ções: www.showrural.com.br

Fevereiro22 de fevereiro a 2 de outubro de 2009

MBA em Avicultura - Maringá/PRO mesmo curso acontece em Chapecó, SC, entre 29/02/08 e 02/10/09 e em Campinas, SP, entre 15/02/08 e 02/10/09.Local: Maringá, PRRealização: Instituto DidatusContato: 41-3018-8246E-mail: [email protected]ções: www.didatus.com.br

20 a 22 de fevereiro

TECNOESTE - Show Tecnológico Rural do Oeste CatarinenseLocal: Parque da Escola Agrotécnica Federal, Rod. 283, km 8, Concórdia, SCRealização: Copérdia e Escola Agrotécnica Federal de ConcórdiaE-mail: [email protected]ções:www.coperdia.com.br

Março5 a 6 de março

V Simpósio Sobre Manejo e Nutrição de Aves e SuínosLocal: Auditório da FUNDETEC, Cascavel, PRRealização: CBNA, Colégio Brasileiro de Nutrição AnimalContato: 19-3232-7518E-mail: [email protected]ções: www.cbna.com.br

25 a 27 de março

VI Congresso de Produção, Comercialização e Consumo de Ovos da APALocal: Vitória Hotel, Av. Pres. Vargas, 3.041, Indaiatuba, SPRealização: APA, Associação Paulista de AviculturaContato: 11-3832-1422Informações: www.apa.com.br

Abril17 e 18 de abril

Conferência sobre Ciência e Produção de PerusLocal: Shrigley Hall Hotel, Pott Shrigley, Macclesfi eld, Cheshire, Reino UnidoInformações: [email protected]

Maio13 a 15 de maio

Avesui 2008Local: Centro Sul, Florianópolis, SC Contato: 11-2118-3133E-mail: [email protected]ções: www.avesui.com

27 a 29 de maio

Conferência APINCO 2008 de Ciência e Tecnologia AvícolasLocal: Mendes Convention Center, Santos, SPRealização: FACTA, Fundação APINCO de Ciência e Tecnologia AvícolasContato: 19-3243-6555E-mail: [email protected]ções: www.facta.org.br

Junho 29 de junho a 4 de julho

XXIII Congresso Mundial de AviculturaLocal: Convention and Exhibition Centre, Brisbane, AustraliaRealização: WPSA, World Poultry Science Association Informações: www.wpsa.info/homepage.asp

Novembro19 a 21 de novembro

AVISULAT - I Congresso Sul Brasileiro de Avicultura, Suinocultura e LaticíniosLocal: Centro de Exposições Fundaparque, Bento Gonçalves, RSContato: 51-3228-8844Realização: ASGAV, SINDI-LAT, SIPSInformações: www.avisulat.com.br

4 Produção Animal | Avicultura

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NOTÍCIAS

6 Produção Animal | Avicultura

Perdigão deve consolidar aquisições realizadas em 2007fazer uma oferta de compra da Perdigão. No dia seguinte, a Kraft negou que estivesse em negociação com a companhia.

Projetos futurosEm 2008, a Perdigão deve diminuir seu apetite e consolidar

a integração das compras do ano anterior: além da Plus Food, a Perdigão adquiriu a Sinos Alpes, a Eleva Alimentos, o frigorífi co Unifrigo, o controle total da Batávia e parte da linha de margari-nas da Unilever.

Quanto aos lácteos, onde se tornou a terceira ou segunda maior do Brasil com a aquisição da Eleva, a empresa diz que

deve haver um reposicionamento das marcas.

Oferta pública de açõesA Perdigão levantou R$ 900 mi-lhões com a oferta de ações reali-

zada no início de dezembro para fi nanciar a compra da

Eleva. O preço de emissão das ações foi fi xado em

R$45,00 por papel. Fo-ram emitidas inicial-mente 20 milhões de ações. A partir de agora, as ações de oferta da Perdigão começam a ser ne-gociadas no Novo Mercado da Bovespa

sob o código PRGA3.

A internacionalização da Perdigão, atualmente a terceira do mundo em aves, com a construção de fábricas no exterior,

deve ocorrer apenas depois de 2011. Até lá, a empresa vai agir em duas frentes: criando bases de distribuição e adquirindo unidades de acabamento de produção.

Em 2007, a empresa deu o primeiro passo no exterior, com a compra do Plus Food Groep BV pelo valor de € 31,2 milhões.

A holandesa opera três plantas de processamento de carnes em Oosterwolde (Holanda), Wrexham (Reino Unido) e em Cons-tanza (Romênia).

Desde que recusou a oferta da Sadia, em julho de

2006, a Perdigão vem executando uma

agressiva estratégia de crescimento por

meio de aquisições. O objetivo é

“engordar” a empresa e diver-

sifi car o portfólio de produ-

tos para difi cultar uma to-

mada hostil.No início de de-

zembro circulou na imprensa a informa-ção de que a multi-nacional de alimen-tos Kraft Foods, segunda maior em-presa de alimentos do mundo, estaria em negociações para

Sadia acelera projetos de crescimento

A Sadia adquiriu 100% do capital da Big Foods Indústria de Produtos Alimentícios Ltda., empresa fabricante de indus-

trializados congelados, na cidade de Tatuí, SP. Assim, a Sadia vol-ta a ter uma unidade produtora no Estado de São Paulo.

Uma semana após a nova aquisição, o presidente do conse-lho de administração da Sadia, Walter Fontana, declarou que a empresa poderia ter sido mais ousada na oferta hostil que fez pela Perdigão. Na ocasião, a Sadia anunciou ao mercado uma oferta de R$ 3,2 bilhões pela rival.

“Tínhamos uma linha de R$ 5 bilhões do Banco Real, dois anos para pagar, com seis meses de carência e um juro baixo. Acho que poderíamos ter ido mais longe”, admite Fontana.

Rumo ao exteriorApós instalar uma fábrica na Rússia em parceria com a Mira-

torg, a Sadia terá uma indústria em Ras Al Khaimah, um dos sete emirados situados no Oriente Médio. A empresa, que já tem es-critório comercial em Dubai, escolheu Ras Al Khaimah para seu próximo empreendimento, para atender aos mercados dos países árabes, de onde provêm 25% do faturamento com exportações.

Nesse emirado, a Sadia levantará uma planta de R$ 100 mi-lhões para produzir industrializados à base de carne bovina e de frango.

PerspectivasA Sadia prevê um crescimento real de 12% em 2008. A

expectativa da companhia é aumentar as vendas para os mer-cados interno e externo no mesmo patamar, na comparação com o desempenho registrado em 2007.

Uma parte dos investimentos de R$ 1,6 bilhão previstos pela Sadia para 2008 deve ser destinada para uma unidade de abates de frango e peru em Campo Verde, no estado de Mato Grosso, que começará a ser construída no início deste ano. O orçamento para esse projeto ainda está sendo fechado, mas será menor do que o investido na unidade de Lucas do Rio Verde, também no mesmo Estado, que recebeu um total de R$ 800 milhões.

“Nossa meta é crescer interna e externamente e continuar investindo em nosso core business, tanto no Brasil como no exterior”, afi rma Walter Fontana.

BovinosA expectativa de que a União Européia imponha restrições

à carne bovina brasileira atingiu a estratégia da Sadia, que in-formou que adiou por 30 dias a decisão sobre onde construirá o seu segundo frigorífi co para abate de bovinos, um investi-mento de R$ 100 milhões.

Perdigão e Sadia: investimentos na internaciolização

Perdigão e Sadia: investimentos na internaciolização

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NOTÍCIAS

Desde o começo de novembro estão em curso as obras de expansão do

Abatedouro Frangos Pioneiro, em Joa-quim Távora, município de 9.527 habitan-tes, no Norte Pioneiro Paranaense. A em-presa está investindo R$30 milhões e abrirá 2,4 mil vagas de trabalho até o inicio de 2009. O projeto prevê ampliação dos aba-tes para até 10 mil frangos por hora.

Com oferta de mão de obra em baixa no município, a empresa encontra difi cul-dades para contratar os empregados de que necessita. Por isso, está contratando em cidades vizinhas, como Guapirama e Santo Antônio da Platina.

Incêndio destruiu novo frigorífi co da Avepar em SC

A nova unidade de abate do frigorífi -co da Avepar, inaugurada no início

de dezembro, em Abelardo Luz, SC, foi semi-destruída por um incêndio no dia 20 de dezembro.

O empreendimento ocupa uma área de cerca de 270mil m², e foi construído com aporte fi nanceiro do BNDES, Banco do Brasil e BRDE e vai gerar mais de 1.500 empregos diretos e 1500 empre-gos indiretos.

As causas do incêndio ainda são des-conhecidas. Apenas dois funcionários tiveram ferimentos leves e foram leva-

dos a um hospital da cidade.

A Globoaves, que há três anos admi-nistra um frigorífi co de abate de

frangos em Espigão do Oeste, RO, anun-ciou que a empresa vai ampliar a unidade no Estado.

O presidente da Globoaves anunciou que a empresa em Rondônia pretende tri-plicar o número de aves abatidas ao dia, dos atuais 40 mil para 120 mil, gerando cerca de 500 empregos diretos.

Globoaves confi rma novos investimentos em frigorífi co em Rondônia

Sede da Globoaves em Cascavel, PR

Frangos Pioneiro constrói novo abatedouro em Joaquim Távora, PR

Incubatório da Avepar em Xanxerê, SC

8 Produção Animal | Avicultura

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Produção Animal | Avicultura 9

Big Frango e Coagru construirão abatedouro no PR

A paranaense Big Frango construirá com a Coagru - Cooperativa Agroin-

dustrial União, um novo abatedouro de aves no Paraná.

A unidade, para abate de 160 mil aves por dia, e a fábrica de ração serão levan-tadas em Ubiratã, onde está sediada a Coagru.

O investimento é de cerca de R$ 50 milhões e cada um dos investidores terá 50% de participação.

O nome da empresa resultante da joint venture é BFC Alimentos S/A.

Anunciado investimento de R$ 100 milhões em Sorriso, MT

O prefeito de Sorriso, MT, Dilceu Ros-sato, e o diretor-presidente da Bon-

dio, em SC, Antônio Mário Sperandio, confi rmaram a instalação de um frigorífi -co de aves em Sorriso com capacidade di-ária de abate de 300 mil aves, e investi-mento inicial de R$100 milhões. O objetivo, segundo o diretor, é em médio prazo, abater 500 mil aves diariamente.

A Coopercentral Aurora vai construir a partir de março de 2008, em Canoi-

nhas, no Planalto Norte catarinense, uma nova unidade para abate e processamen-to de frango.

O protocolo de intenção assinado com o governador de SC e o prefeito do muni-cípio garantem incentivos fi scais e a entre-ga dos terrenos terraplenados e escriturados.

A indústria de processamento de aves exigirá cerca de R$ 427 milhões de reais em investimentos diretos, na forma de re-cursos próprios e fi nanciados pelo BNDES: R$ 300 milhões para a obra física e R$ 127 milhões em capital de giro.

A empresa espera integrar cerca de 940 propriedades industriais da microrre-gião ao seu processo produtivo.

Aurora assina protocolo para construir indústria em SC

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unic

ação

Frangos Canção ganha prêmio de comércio exterior

A empresa paranaense Frangos Can-ção, de Maringá, foi vencedora do 1º

Prêmio Instituto Mercosul de Comércio Exterior, na categoria Destaque Exporta-dor, realizado na primeira quinzena de de-zembro. De acordo com o diretor indus-trial da Frangos Canção, Ciliomar Tortola, a empresa processa 160 mil aves/dia. Unidades da Frangos Canção em Maringá, PR

No fi nal de novembro, o DIPOA, De-partamento de Inspeção de Produtos

de Origem Animal, divulgou nova relação de estabelecimentos autuados por exce-derem, nas carcaças de aves processadas, o índice de absorção de água estabelecido na legislação em vigor.

Ao mesmo tempo em que divulgava a nova lista, o diretor do DIPOA, médico veterinário Nelmon Oliveira da Costa, ex-pedia circular a todos os estados com es-tabelecimentos sob SIF determinando a implantação de um “regime especial de fi scalização pelo DIPOA” em todas as

empresas que revelem persistência de violação às normas.

Esse “regime especial” implica, entre outras penalidades, na interdição total ou parcial do estabelecimento sempre que for detectada alguma anomalia no processo.

DIPOA aperta cerco contra hidratação ilegal da carne de frango

dUnidades dda Frangos Canção em Maringá, PR

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NOTÍCIAS

10 Produção Animal | Avicultura

SICETEL alerta para telas hexagonais sem certifi cação presentes no mercado

Aproveitando a publicação no Diário Ofi cial da União da Instrução Norma-

tiva nº 56, de 4 de dezembro de 2007, que entre outras medidas obriga a utiliza-ção da malha das telas de aviários de no máximo, dois centímetros, o advogado Eduardo Ribeiro Augusto, do SICETEL, Sindicato Nacional das Indústrias de Trefi -lação de Metais Ferrosos, que representa os fabricantes do produto, faz um alerta sobre a existência no mercado brasileiro de telas hexagonais importadas.

De acordo com ele, muitas vezes, o produto não traz informações do fabri-cante nas embalagens, entre outras não conformidades com a Norma Técnica Bra-sileira10122, que fi xa os requisitos dimen-sionais e de revestimento de telas de ara-me de aço com malha hexagonal.

“Muitos produtos importados, princi-palmente aqueles oriundos do sudoeste asiático, além de chegarem ao país por meio de operações subfaturadas, são des-providos de qualidade”, afi rma.

E completa: “No caso das telas hexa-gonais, usualmente, são encontradas irre-gularidades na camada de zinco do pro-duto importado, que geralmente está abaixo do patamar exigido pela norma”.

Além disso, a fi m de otimizar espaço no contêiner durante a importação, a tela

Ritmo de exportação de aves deve cair em 2008

O ritmo de crescimento das exportações brasileiras de carne de frango deve cair neste ano. Segundo as estimativas do

setor, o volume comercializado com o exterior deve ser de 6% a 8% maior que o registrado em 2007. Em 2007 os embarques foram cerca de 18% superiores aos de 2006.

“Com o aumento dos custos e o câmbio desfavorável, a questão é saber se a indústria conseguirá suportar margens tão ajustadas”, disse Christian Lohbauer, presidente executivo interi-no da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef). O executivo lembra ainda que há difi culdade em repassar os custos para os preços no mercado externo.

Em 2008, UE destina perto de €187 milhões à sanidade animal

A Comissão Européia, braço executivo da UE, aprovou no fi nal de novembro a dotação, em 2008, de uma verba

de €186,57 milhões (quase meio bilhão de reais) para auxiliar os países membros nas ações de erradicação, controle e vigi-lância de doenças animais. Ao todo, foram aprovados 197 programas anuais ou multi-anuais.

Na avicultura, a preocupação-chave continua sendo a vi-gilância contra a Infl uenza Aviária, questão que não se resu-me aos plantéis comerciais, mas estende-se às aves silvestres e migratórias.

Destinou-se a esse trabalho perto de €4,5 milhões.Porém, quem irá receber os maiores investimentos, €8,6

milhões, são os programas europeus e/ou nacionais de con-trole das salmonelas, em plantéis reprodutores da espécie Gallus gallus, exclusivamente, além de €21,3 milhões para aplicação na avicultura de postura.

Telas hexagonais:Empresas e produtores precisam fi car de olho na qualidade do produto

é enrolada ao máximo, desrespeitando o diâmetro externo mínimo. “Conforme ensina o antigo ditado popular, o barato sai caro. A pergunta que fi ca é: a diferen-ça de preço compensa a falta de qualida-de?”, indaga o advogado.IN 56A IN 56 é a consolidação das propostas contidas nas Portarias 136 e 138, de

junho de 2006, e tem como principal novidade a extensão dos procedimentos de registro, fi scalização e controle ofi cial também aos estabelecimentos avícolas comerciais. O MAPA defende que a instalação das telas de dois centímetros é essencial na prevenção, particularmente, da Infl uenza Aviária, já que deve impedir a entrada de quaisquer pássaros.

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Produção Animal | Avicultura 11

O governo do Paraná entregou na segunda quinzena do mês de dezembro, 20 veículos para atender a política de sanida-

de na avicultura do Paraná. Além dos veículos, foram entregues mais 161 Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para aten-der a necessidade de proteção dos técnicos que vão atuar no

Programa de Prevenção à Infl uenza Aviária.No total, o governo do Paraná investiu em 2007 R$ 20 mi-

lhões na política de Sanidade e Defesa Agropecuária, dos quais estão sendo destinados 15% para a avicultura, cerca de R$ 3 milhões.

Documento elaborado pela Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DG-AGRI) da Comissão Euro-

péia alerta que a tolerância “zero” do bloco em relação aos OGMs põe em risco a sobrevivência da própria produção animal européia, em especial, da avicultura e da suinocultura.

Os vários cenários apresentados não deixam dúvida de que a UE vai ter de modifi car sua política em relação aos OGMs caso queira preservar a produção de aves e suínos.

Analisado no início de dezembro em Bruxelas, durante reunião do Conselho de Ministros da Agricultura da UE, o documento causou grande impacto nos presentes. A ponto de a Comissária de Agricultura da UE, Mariann Fischer Boel, reconhecer a necessidade, urgente, de se en-focar a questão da liberação dos grãos geneti-camente modifi cados sob novos ângulos.

Boel afi rmou que enquanto outros países liberam plantio, comercialização e consumo de OGMs, a União Européia posterga novas auto-rizações. E isso, naturalmente, vai ter conse-qüências que Boel considera dramáticas para o setor produtivo:

“A produção de carnes será extinta na Eu-ropa e, por decorrência, teremos que importar. O quê? Carne proveniente de animais alimen-tados com grãos geneticamente modifi cados. Portanto, não adianta impedir. De qualquer forma iremos comer [carnes produzidas a par-tir de animais alimentados com grãos geneti-camente modifi cados]”.

“Tolerância zero para OGMs põe em risco produção animal da UE”

PROIBIÇÃO DE OGMsEfeito potencial na produção animal da União Européia

Governo do PR entrega equipamentos e 20 carros para defesa animal

Feed Latina defi ne seu estatuto

No início de dezembro, o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) recebeu em sua sede, no

prédio da FIESP, em São Paulo, representantes dos países latino-americanos para discutir e aprovar o estatuto da Associação das Indústrias de Alimentação Animal da América Latina e Caribe (Feed Latina). A nova entidade já tem em seu quadro de associa-dos representantes da Argentina, Costa Rica, Colômbia, Cuba, Guatemala, Brasil e México, países que detêm 85% da produção latino-americana, o equivalente a mais de 110 milhões de tone-ladas de alimentos para animais anualmente.

O objetivo da associação, que terá sede no escritório do Sin-dirações, é aproximar as entidades representativas e defender os interesses do segmento e das indústrias de alimentação animal da América Latina e Caribe, além de fomentar a criação de asso-ciações representativas em países que ainda não as dispõem.

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POSTURA EM FOCO

12 Produção Animal | Avicultura

Vendas externas de matrizes de postura superam alojamento interno

Dados divulgados pela UBA sugerem que em 2007 as exportações brasileiras de matrizes para postura de-

vem superar – pela primeira vez na história do setor – o volume alojado internamente, o que demonstra que a avicultura brasileira se fi rma também como plataforma exportadora de material genético avícola.

Os dados acumulados nos 11 primeiros meses do ano apontam nessa direção. Pois, no período, enquanto o alojamento interno de matrizes de postura fi cou em pou-co mais de 646 mil cabeças, as matrizes exportadas tota-lizaram 682 mil cabeças.

A relação atual entre mercado interno e exportações (48,64% para 51,36%) é bem diferente da registrada há um ano (59,12% para 40,88%). E como, de lá para cá, o alojamento total aumentou 22%, o resultado fi nal, trans-crito em números, revela que enquanto o volume alojado internamente permaneceu praticamente estável (643 mil matrizes entre janeiro e novembro de 2006; 646 mil ma-trizes atualmente), o volume exportado aumentou mais de 50%, passando de 444 mil matrizes no ano passado (11 meses) para 682 mil matrizes neste ano (mesmo período).

Produção brasileira de ovos cresce pouco mais de 2%, aponta IBGE

Dados do IBGE relativos ao terceiro trimestre de 2007 mostram que a produção brasileira de ovos do perío-

do somou 544 milhões de dúzias, aumentando 1,3% em relação ao trimestre anterior, mas apenas 0,7% em rela-ção ao mesmo período de 2006.

Com este último resultado, a produção de ovos de galinha nos nove primeiros meses de 2007 totalizou 1,607 bilhão de dúzias, volume que se encontra 2,3% acima daquele divulgado há um ano pelo IBGE para os nove meses iniciais de 2006.

De acordo com o órgão brasileiro de estatísticas, par-ticiparam da pesquisa no terceiro trimestre deste ano 1.509 informantes. Mas como a pesquisa, feita em todo o território nacional, abrange apenas granjas com aloja-mento de 10 mil ou mais poedeiras, os números levanta-dos excluem os estados de Rondônia, Amapá, Tocantins e Maranhão, onde não existem estabelecimentos que se enquadrem no parâmetro estabelecido.

O gráfi co abaixo mostra, além da produção mensal, a média diária produzida mensalmente. Como se constata, é grande a estabilidade da produção que, na maior parte do ano, variou entre 5,9 e 6 milhões de dúzias diárias.

Em 2006 Brasil produziu 2,9 bilhões de dúzias de ovos, diz IBGE

Ao divulgar na primeira quinzena de dezembro os resultados fi nais da

Produção Pecuária Municipal de 2006, o IBGE informou que, no ano, a produção brasileira de ovos de galinha registrou um incremento de 5,8% e totalizou 2,9 bi-lhões de dúzias – o correspondente a 34,8 bilhões de unidades ou quase 96,7 mi-lhões de caixas de 30 dúzias.

Bastos (SP), Santa Maria de Jetibá (ES) e Itanhandu (MG) mantêm-se como os principais municípios produtores do País e contribuem diretamente para que a Re-

gião Sudeste seja a responsável por quase a metade (45,8%) dos ovos de galinha produzidos pela avicultura brasileira.

No volume total divulgado estão in-clusos não só os ovos de galinha destina-dos ao consumo humano, mas também os férteis, destinados à produção de pin-tos de um dia (matrizes e comerciais, de corte e de postura).

A produção apontada – 34,8 bilhões de unidades – é pelo menos 30% maior que a estimada pela UBA - em 2006, pou-co mais de 26,5 bilhões de unidades – ou

mesmo pelo próprio IBGE em seus levan-tamentos trimestrais sobre o abate de ani-mais e a produção de leite, couro e ovos.

Porém, some-se a esta última produ-ção mais de 6 bilhões de ovos férteis pro-duzidos no ano para multiplicação e se chegará a um volume mais próximo da-quele apontado pelo IBGE. Além disso, nos números do órgão ofi cial de estatísti-cas devem estar incluídos, também, ovos provenientes das chamadas galinhas cai-piras, não computados pela avicultura comercial.

MATRIZES DE POSTURAAlojamento interno e exportação

nos 11 primeiros meses MILHARES DE CABEÇAS

OVOS BRANCOS OVOS VERMELHOS

OVOS DE GALINHAProdução brasileira (total mensal e média diária)

entre janeiro e setembro de 2007MILHÕES DE DÚZIAS

MERCADO INTERNO MERCADO EXTERNO

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Produção Animal | Avicultura 13

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CIÊNCIA AVÍCOLA

14 Produção Animal | Avicultura

Rastreabilidade da farinha de carne ecomerciais pela técnica dos isótopos d

No Brasil, a indústria de ovos uti-liza a farinha de carne e ossos

bovina (FCOB), sem restrições no mercado interno, como fonte de proteínas e minerais, a fi m de dimi-nuir os custos com a alimentação de poedeiras.

Entretanto, devido à crise da En-cefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), ocorrida principalmente em países da Comunidade Européia e Japão e, mais recentemente, no Ca-

nadá, tornou-se rele-vante os aspectos rela-cionados ao controle da produção de produ-tos de origem animal e a certifi cação de sua origem, o que pode afetar as exportações brasileiras de carne bo-vina, frango e ovos.

Muitos métodos têm sido propostos para identifi car a pre-sença de subprodutos de origem animal em

rações para animais, tais como, hibri-dização de DNA, ELISA e PCR. Con-comitantemente, a espectrometria de massas, através da análise da ra-zão isotópica para o elemento quími-co do carbono-13 tem sido usada com sucesso para testar a autentici-dade, a qualidade e a origem geo-gráfi ca de vários produtos tais como sucos de frutas, vinhos, méis, produ-

professores Antonio Celso Pezzato, José Roberto Sartori e Alfredo Sam-paio Carrijo.

Material e MétodosO experimento foi conduzido nas

instalações do setor de Avicultura, na Fazenda Experimental Edgárdia, da Faculdade de Medicina Veteriná-ria e Zootecnia da Unesp, no período de 14 de setembro a 19 de outubro de 2006.

Foram utilizadas 240 galinhas poedeiras da linhagem Shaver White com 73 semanas de idade, distribuí-das aleatoriamente em cinco trata-mentos, sendo uma dieta controle à base de milho e soja e os demais tra-tamentos, inclusões crescentes de farinha de carne e ossos bovina.

Os ingredientes utilizados no pre-paro das dietas experimentais tiveram seus valores de proteína, cálcio, fósfo-ro, energia metabolizável e aminoáci-dos, estimados por Rostagno et al. (2005). Os valores isotópicos foram analisados no espectrômetro de mas-sas de razões isotópicas.

As aves foram submetidas aos seguintes tratamentos:

T1: Ração à base de milho, farelo de soja sem farinha de carne e ossos;

T2: Ração à base de milho, farelo de soja + 0,6% de proteína bruta (PB) provenientes da farinha de car-ne e ossos bovina (FCOB);

Estudo objetivou

rastrear a inclusão de

farinha de carne e ossos

bovina em dietas de

poedeiras comerciais,

por meio da análise dos

ovos e suas frações, pela

técnica dos isótopos do

carbono e nitrogênio

tos lácteos e a certifi cação de origem e de qualidade de produtos de ori-gem animal.

Buscando rastrear a inclusão de farinha de carne e ossos bovina em dietas de poedeiras comerciais, as-sim como avaliar o índice analítico detectável, o estudo em questão analisou ovos e suas frações (gema e albúmen), pela técnica dos isótopos do carbono (δ13C) e do nitrogênio (δ15N).

De autoria de Juliana Denadai, doutoranda do Centro de Isótopos Estáveis Ambientais da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp,Universidade Estadual Paulis-ta, o trabalho foi orientado pelo Dr. Carlos Ducatti e teve como co-auto-res Ricardo Oliveira, Cleusa Móri, Ro-sana Gottmann, Mariela Mituo e os

Juliana Denadai

Amostras de ovo desidratado con-gelado em plásti-co antes da moa-

gem e abaixo amostras já moí-das, prontas para a análise isotópica

A

14 Produção Animal | Avicultura

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Produção Animal | Avicultura 15Produção Animal | Avicultura 15

e ossos bovina nos ovos de poedeiras do carbono (δ13C) e nitrogênio (δ 15N)

T3: Ração à base de milho, farelo de soja + 1,2% de PB provenientes da FCOB;

T4: Ração à base de milho, fa-relo de soja + 1,8% de PB prove-nientes da FCOB;

T5: Ração à base de milho, farelo de soja + 2,4% de PB pro-venientes da FCOB.

Os valores isotópicos foram analisados no espectrômetro de massas de razões isotópicas do Centro de Isótopos Estáveis Am-bientais do Instituto de Biociências – UNESP/Botucatu. Para o cálculo da razão isotópica (13C/12C e 15N/14N), expressa em delta per mil (δ‰), no 35º dia foram tomados aleatoria-mente 24 ovos por tratamento, dos quais 12 ovos serviram para colheitas de amostras de gema e albúmen e os outros 12 (homogeneizados) para ovo total.

Resultados e DiscussãoOs resultados das análises isotó-

picas (δ13C e δ15N) das rações utili-zadas neste estudo permitiram ob-servar, em decorrência do aumento percentual de inclusão de farinha de carne ossos bovina (FCOB) nas die-tas, enriquecimento nos valores de δ13C e δ15N. Esse fato ocorreu pro-vavelmente, devido às variações na composição percentual dos ingre-dientes nas dietas. Como estas fo-

ram for-m u l a d a s para se-rem isoca-lóricas e isoprotéi-cas entre si, a medi-da em que se aumen-tou a in-clusão da FCOB, di-

minuiu-se a inclusão de farelo e óleo de soja e aumentou a inclusão de milho.

Nos ovos e suas frações foi ob-servado que o enriquecimento de δ13C e δ15N teve comportamento crescente e semelhante ao enriqueci-mento das dietas devido aos níveis crescentes de inclusão de FCOB.

Nesse estudo o número de amos-tras analisadas de cada fração para a formação das regiões de confi ança (análise estatística) foi de 12, en-quanto que Carrijo et al. (2006) e Móri (2007) utilizaram apenas qua-tro amostras por tratamento, o que pode ter melhorado a representativi-dade do resultado encontrado da amostra em relação a população.

Conclusão

A indústria de ovos utiliza a FCOB como fonte de proteínas e principalmente minerais (neste caso

o fósforo) a fi m de diminuir os cus-tos com a alimentação, além disso, os níveis praticados são em torno de 4 a 5%, dependendo dos níveis de fósforo das farinhas utilizadas. Con-frontando essas informações com os resultados experimentais encon-trados, pode-se concluir que, nas condições experimentais, a técnica dos isótopos estáveis é capaz de rastrear a inclusão de FCOB na ali-mentação de poedeiras, até mesmo em níveis mais baixos daqueles nor-malmente praticados na industria avícola.

Sendo assim, a técnica dos isóto-pos estáveis se apresenta como alter-nativa em potencial para o processo de certifi cação de ovos de poedeiras alimentadas com dieta sem adição de FCOB. Além disso, o nível mínimo de inclusão de FCOB detectável é de 1,5% para o albúmen e um valor en-tre 1,5 e 3,0% para ovo e gema.

uus-s-minuir os csso,o, o, além dis

o em torno o deeo em torno dos níveis de

Amostras prontas para análise

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CIÊNCIA AVÍCOLA

16 Produção Animal | Avicultura

A Universidade Federal de Mato Grosso, UFMT, inaugurou no

início do mês de dezembro o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Aví-cola do Mato Grosso, CPDA, que funcionará sob a coordenação do Departamento de Zootecnia e Exten-são Rural da Faculdade de Agrono-mia e Medicina Veterinária, Famev.

Dedicado ao desenvolvimento de pesquisas em avicultura alternativa, com a participação dos estudantes de medicina veterinária, agronomia, zootecnia, nutrição, engenharias agrícola, ambiental e sanitária e tam-bém de economia, o centro está lo-calizado em Santo Antônio do Lever-ger, município da baixada cuiabana.

Para abrigar o novo setor foram construídos cinco galpões destina-dos à criação de aves, sendo que quatro já estão climatizados e dota-dos de equipamentos que controlam a temperatura e a umidade do ar, além de dois prédios, um para abri-gar o abatedouro e a parte administrativa.

De acordo com Carlos Gondim, coordenador do CPDA, o objetivo fi -nal do projeto é trabalhar com a avi-cultura orgânica, passando pela agroecológica. “Este tipo de criação é mais bem remunerado e tem boas perspectivas de mercado para expor-tação”, destaca.

Entre as linhas de pesquisa que devem ser seguidas está a utilização dos subprodutos da região para nu-trição na avicultura. “Nosso desafi o é testar os subprodutos disponíveis na região, por exemplo, o farelo de girassol”, afi rma Gondim.

As pesquisas desenvolvidas resul-tarão em dados e informações espe-cífi cas para a produção de aves na

região. “Fornecendo subsídios para o produ-tor de acordo com a re-alidade local, podemos tornar a avicultura mais viável, gerando mais renda e empregos” des-taca o coordenador”.

A UFMT não deixou de lado a preocupação

com a preservação ambiental e o as-pecto social. Para a Universidade, ao trabalhar com uma perspectiva de valor e não de cadeia de produção, é possível garantir a sustentabilidade da atividade.

As construções para o novo setor foram iniciadas em 2005 com inves-timentos da Fundação de Apoio à Pesquisa do Mato Grosso, Fapemat, e da UFMT.

Os galpões têm 35 metros de comprimento com 24 piquetes late-rais com dimensão de 3X25 para pastagem das aves. As aves fi cam nos galpões até o 25º dia de vida e depois são transferidas para os pi-quetes, onde fi cam até o abate.

Dois novos cursos de extensão devem ser realizados para levar o conhecimento e o resultado de pes-quisas para o produtor. As informa-ções vão ser repassadas de forma decodifi cada e não técnica, para que os avicultores possam partici-par. Os cursos têm carga horária de 20 a 24 horas e matrícula de cerca de 30 reais.

UFMT inaugura centro de pesquisa avícola na baixada cuiabana

Novo centro vai fornecer subsídios

para os produtores de acordo com

a realidade da região Carlos Gondim, coordenador do CPDA

16 Produção Animal | Avicultura

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MERCADO

18 Produção Animal | Avicultura8881118881188811188811888111818888888 PPPPPPPProProPrP oroProoPProroPPPrrooProPPrPrProoooPrroduddddddddduçuduçdduçduçduçuuççdduçduçduuçduçdduçduçduçduuçduçddduuççddduçuuççççççãããããããoooãoão ãoãooããoão ãoo A iiAAAAA iiAAAAAniAniAAAAnAniAAAnAniAniAAAnAnniAniAA iAA lllalmallmalmalmmmmaaaalmalmamamaallmmammamaaal |||||||||||||||||| AAAAAvAvAvvAvAv AvAAvAAvv AAvvvAAAvAAviiiiicuicuiiicucucuicuiicicucuui uuui llltutultultuttttututultultuuttuuturarrraaaraararaaaraaa

Custos de produção ofuscaramavicultura em 2007 e reduziram

PREÇOS AVÍCOLASEvolução dos preços médios, anuais, do frango(1), ovo(2),

milho(3) e farelo de soja(4)2001 a 2007

ANO FRANGO OVO MILHO SOJA2001 0,97 20,22 10,91 0,439

2002 1,13 23,86 18,28 0,5272003 1,45 33,82 20,12 0,6382004 1,49 28,95 18,47 0,6642005 1,36 27,74 17,85 0,5192006 1,16 21,66 17,38 0,4612007 1,55 33,57 23,34 0,536

VA-RIA-ÇÃO

De 2006para 2007

33,39% 54,99% 34,29% 16,27%

De 2001para 2007

60,62% 66,02% 113,93% 22,10%

Fonte dos dados básicos: JOX (www.jox.com.br)Elaboração e análises: Produção Animal – Avicultura

(1) R$/kg do frango vivo, na granja, interior paulista;(2) R$/caixa do ovo branco extra, na granja, a granel, inte-rior paulista;(3) R$/saca CIF, interior paulista;(4) R$/kg, FOB indústria, interior paulista.

A variação anual de 33% e de 55% nos preços do frango vivo e do ovo, sem dúvida os mais elevados

índices obtidos pelos dois produtos em todos os tempos, indica que em 2007 os avicultores brasileiros também ob-tiveram os maiores ganhos da história, certo?

Errado. De um lado, porque os altos índices de evolução al-cançados no exercício decorrem de uma base anterior baixa. Ou seja: tanto frango como ovo apenas recuperaram os preços perdidos em 2005 e 2006, anos de triste memória para o setor avícola. Assim, a remune-ração média de R$33,57/caixa alcançada pelo produtor do ovo signifi cou uma valorização, de 2004 para cá, de menos de 5,5% ao ano. Já no caso do frango vivo, o incremento foi bem menor, inferior a 2% ao ano.

Mas o que joga por terra, de vez, a tese de que em 2007 os ganhos do avicultor foram elevados são os cus-tos de produção ou, mais especifi camente, os preços da matéria-prima essencial (pelo menos nas condições brasi-

leiras) para a produção de frangos e ovos – o milho.

À primeira vista, o milho não infl uiu negativamente na avicul-tura, porquanto seu preço médio registrou, no ano, evolução simi-lar à do preço do frango e bastan-te inferior à do ovo. No entanto, quando a questão é analisada

sob o aspecto da capacidade aquisitiva do produtor – e o milho é quem melhor defi ne a evolução do poder de compra do avicultor, pois é o insumo de maior peso na produção do frango ou do ovo – constatam-se resulta-dos efetivos certamente diferentes das “aparências”.

Apesar da recuperação dos

preços avícolas, aumento do

milho comprometeu poder de

compra do produtor

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Produção Animal | Avicultura 19

m desempenho econômico da m poder de compra do avicultor

PODER DE COMPRA DO PRODUTOR DE FRANGOToneladas de milho adquiríveis com uma tonelada

de frango vivo

Começando pelo frango: como, em 2007, uma tone-lada de frango vivo foi sufi ciente para adquirir, em média, 3,98 toneladas de milho, constata-se que no ano o pro-dutor de frango teve o segundo menor poder de com-pra desta década. E embora em termos médios anuais a redução de 2006 para 2007 tenha sido mínima, inferior a 1%, caiu 18% em relação a 2004; e 25% em relação a 2001. Ou, visto por um outro ângulo, com a mesma tonelagem de frango vivo, em 2001 o produtor adquiriu 1,33 toneladas de milho a mais que em 2007.

Mas não é só: em função da rápida evolução das co-tações do milho, nunca se registrou tão rápida deteriora-ção do poder de compra do produtor como no segundo semestre de 2007. Assim, enquanto em julho o poder de compra era tão elevado quanto o observado em 2001 (por força da combinação do melhor preço do frango com a menor cotação do milho), quatro meses depois ha-via sofrido uma redução de 46% (de 5,41/t para 2,93/t), fechando 2007 com redução ligeiramente menor (43%), mas não porque o preço do milho regredisse e, sim, por conta de ligeira melhora do frango.

Como, em 2007, exerceu melhor controle da produção, evitando (via manejo do plantel produ-tivo) os excedentes que, inevitavelmente, aviltam o mercado, o produtor de ovos obteve no ano re-sultados acima dos alcançados pela avicultura de corte, o que não signifi ca que seu poder aquisitivo não tenha sido afetado. Assim, considerando que no ano foram necessárias mil dúzias de ovos (cer-ca de 33,3 caixas de 30 dúzias) para adquirir uma tonelada de milho, constata-se que esse valor esteve acima, apenas, dos registrados em 2002 (ocasião em que a atividade também sofreu com a disponibilidade e preços do milho) e em 2006 (ano em que os preços do ovo é que estiveram extremamente baixos). De toda forma (e graças à administração da produção), o poder de com-pra do produtor esteve em bons níveis, só sendo mais negativamente infl uenciado nos meses fi nais de 2007. Em dezembro, a despeito do registro da melhor cotação do exercício, o poder de compra do produtor fi cou abaixo das médias anuais regis-tradas entre 2001 e 2007.

Poder de compra do produtor de frango só foi maior que o de 2002

Administração da produção garantiu ao produtor de ovos perdas menores

PODER DE COMPRA DO PRODUTOR DE OVOSToneladas de milho adquiríveis com mil dúzias

(33,3 caixas) de ovos do tipo branco extra

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MERCADO

20 Produção Animal | Avicultura

No fi nal de 2007, poder de compra do exportador foi o menor de todos os tempos

Para terminar, vale a pena rápida passagem pelo setor exportador de carne de frango que, sabe-se de antemão, obteve em 2007 seu melhor preço de todos os tempos e, por isso, alcançou resultados recordes não só no volume embarcado, mas também (e por conta do melhor preço) na receita cambial.

À data de fechamento desta edição de Produção Ani-mal – Avicultura ainda não eram conhecidos os resulta-dos de dezembro, razão pela qual a presente avaliação se valeu do preço médio alcançado entre janeiro e no-vembro. Que mesmo evoluindo 26% em relação a 2006 e alcançando, com isso, o mais alto valor dos últimos 10 anos, fi cou apenas 23% acima do valor registrado em 1998.

Mas nesta comparação isso tem pequeno signifi ca-do, dada a variação temporal das taxas de câmbio (há passados 10 anos, o dólar valia apenas R$1,16, ou seja, 60% do valor médio de 2007). Assim, para estimar o aumento ou queda do poder de compra do exportador de frango também vale comparar a cotação do produto com os preços alcançados pelo milho no período, caso em que a relação não fi cou muito favorável ao expor-tador, visto que os percentuais de evolução dos preços do milho corresponderam a, praticamente, o dobro dos índices registrados pelo frango, tanto em relação a 2006, como em comparação a 1998.

A partir daí, constata-se que o poder de compra do exportador em relação ao milho alcançou seu menor va-lor em 2000, ano em que a exportação de uma tonelada de carne de frango conseguia adquirir apenas 6,9 tone-ladas de milho. Em contrapartida, no ano seguinte, 2001, o poder de compra quase dobrou (13,6/t de milho por tonelada de frango), aumentando 97%. No ano passado, atingiu o segundo pior índice dos dez anos analisados,

fi cando 7% acima da média alcançada em 2000, mas 45% abaixo da média de 2001. No decorrer do último ano, houve recuperação do poder de compra até, prati-camente, a virada do primeiro semestre. Depois, a coisa se deteriorou rapidamente.

Ressalve-se, no tocante ao produto exportado, que o poder de compra apontado difere totalmente daquele observado com o frango vivo, porquanto se está falando de um produto fi nal, já com preço FOB, destinado ao mercado internacional. Da mesma forma, a participação do milho no produto exportado está bem mais diluída do que na ave viva. Assim, a adoção do grão como refe-rência do poder de compra do exportador já não tem o mesmo peso observado com a ave viva. Ainda assim, é impossível ignorar a forte deterioração aquisitiva enfren-tada pelo setor nos meses fi nais de 2007.

Como o preço médio do frango exportado no mês ainda não estava disponível à data da elaboração deste texto, estimou-se para dezembro/07 uma valorização de 10% em relação a novembro, o que, se ocorreu, irá cor-responder ao mais elevado índice de evolução do ano. Mesmo assim, a capacidade de compra do milho se man-tém nos mesmos níveis dos três meses anteriores, caindo para cerca da metade da média recorde alcançada em 2001.

Naturalmente, quem tem o compromisso de atender o mercado externo não fi ca exposto a caprichos mo-mentâneos de mercado: planeja e se prepara no devido tempo. Mesmo assim os resultados observados servem para demonstrar os efeitos nefastos que a atual política de milho ocasionou sobre as atividades avícolas no ano que passou.

Será que vamos ver a reprise de tudo isso também em 2008?

PODER DE COMPRA DO EXPORTADOR DE FRANGOToneladas de milho adquiríveis com a exportação de uma tonelada de carne de frango

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AVIGUIA: EMPRESAS, PRODUTOS E SERVIÇOS

Produção Animal | Avicultura 21

A Aviagen informa os novos telefones do escritório da empre-sa em Rio Claro, SP, responsável pelas gerências e respecti-

vas equipes de produção de avós e matrizes, produto, fatura-mento, importação e exportação:

(19) 2111 7051 – Diretoria Geral(19) 2111 7055 – Gerência de Produção de Matrizes(19) 2111 7080 – Gerência de Produção de Avós(19) 2111 7057 – Gerência de Produto(19) 2111 7060 – Faturamento(19) 2111 7052 – Importação e Exportação(19) 2111 7070 – Fax

Aviagen divulga novos telefones

Na última semana de novembro, 23 médicos veterinários da Perdigão reuniram-se em São Roque, SP, com a equipe téc-

nica de avicultura do Laboratório Biovet para debater as ferra-mentas de monitoria e levantamentos epidemiológicos e soroló-gicos que estão sendo adotados pelas empresas, em sua relação cliente-fornecedor.

Os participantes, com atuação em unidades de produção de frangos de corte, matrizes e incubatório, tiveram a oportunidade de visitar o Centro de Pesquisa e o Centro Zootécnico de Multi-plicação de Eimérias do Biovet (ambos em Ibiúna, SP), e a planta de produção de vacinas do Laboratório (em Vargem Grande Pau-lista, SP). Além de um “tour” pela fábrica, assistiram palestra sobre o sistema de “Garantia de Qualidade”.

De acordo com Marcelo Zuanaze, Gerente Técnico do Labo-ratório Biovet, o objetivo do evento foi equalizar pontos técnicos inerentes à sanidade, proporcionados pela utilização de vacinas. “É uma oportunidade para mostrar o que temos a oferecer e ouvir o que a Perdigão espera de nós”, explica.

Em um dos momentos de confraternização do evento, as equipes do Biovet e da Perdigão assistiram juntas, no Estádio do Morumbi, em São Paulo, a vitória da Seleção Brasileira de Futebol sobre o Uruguai, um dos jogos ofi ciais da eliminatória da Copa do Mundo de 2010.

Produtores aprendem sobre minerais orgânicos durante degustação de bebidas

A Alltech reuniu no fi m de novembro produtores avícolas em encontros que permitiram unir o aprendizado sobre mine-

rais orgânicos à degustação de bebidas. A empresa convidou criadores das regiões de Campinas, SP, e

Bento Gonçalves, RS, para participar de uma palestra ministrada pelo pesquisador Fernando Rutz, seguida de uma degustação de cervejas, em Campinas, e de vinhos, em Bento Gonçalves.

O evento chamou a atenção dos produtores, que puderam conhecer as semelhanças entre o selênio orgânico, poderoso an-tioxidante presente nas plantas, e a cerveja e o vinho. Tanto a levedura que fermenta o mosto (mistura de cevada, água e lúpu-lo) para a produção de diferentes cervejas, como os polifenóis (variedade de antioxidantes) do vinho tinto, têm aspectos em co-mum com o selênio orgânico Sel-Plex®, fabricado pela Alltech.

No caso da cerveja, ambos são derivados de cepas da Saccha-romyces cerevisiae, gênero de leveduras que possui mais de duas mil cepas com características genéticas próprias. No vinho, é o

poder de antioxidação em comum que protege mo-léculas-chave para a saúde, reduzindo o risco de do-enças crônicas.

A palestra de Rutz abordou o impacto da utiliza-ção de minerais orgânicos sob o desempenho re-produtivo de aves e a infl uência dos minerais orgâ-nicos sobre a imunidade e desempenho de frangos.

Nutron Alimentos conquista duas certifi cações

A Nutron Alimentos recebeu duas certifi cações no mês de de-zembro, que refl etem a preocupação em atender o merca-

do de maneira segura.A fábrica de Itapira, SP, foi habilitada pelo Ministério de Agri-

cultura, Pecuária e Abastecimento a manipular produtos medica-mentosos, de acordo com determinações da Instrução Normativa nº 65. Desta forma, a mesma está autorizada a incluir medica-mentos na produção de núcleos e premixes.

Já a unidade de Toledo, PR, recebeu a certifi cação Boas Práti-cas de Fabricação, conferida pela SGS de acordo com o Manual Feed & Food Safety – Gestão de Alimento Seguro Nível 1 do Sin-dirações (Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal).

De acordo com a empresa as conquistas representam um avanço signifi cativo para sua estratégia de crescimento, tanto no Brasil como no mercado externo.

Encontro reúne sanitaristas da Perdigão e equipe técnica Biovet

Fernando Rutz em palestra da Alltech

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24 Produção Animal | Avicultura

SAÚDE ANIMAL

Embora não tenham aplicação

prática imediata (a classifi cação é

apenas um entre inúmeros outros

quesitos a serem atendidos pelos que

participarem, voluntariamente, do

Programa de Regionalização), as notas

concedidas têm, conforme o MAPA, o

seguinte signifi cado:

Fundamental para um país que tem a terceira maior produção de carne de frango do mundo e que lidera,

mundialmente, as exportações do produto, a resposta à questão abaixo só começou a ser conhecida no Brasil em dezembro de 2007. Foi quando o Secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, médico ve-terinário Inácio Afonso Kroetz, anunciou os resultados da classifi cação sanitária obtida pelas Unidades da Fede-ração interessadas em participar do “Plano Nacional de Prevenção da Infl uenza Aviária e de Controle e Prevenção da Doença de Newcastle”.

Instituído pela Instrução Normativa nº 17/2006, o Plano fi cou mais conhecido no setor como “Programa de Regionalização”. Leva em conta a vasta dimensão do território brasileiro (no qual cabem várias Europas) e baseia-se em sistemática já utilizada no monitoramento sanitário do rebanho bovino, procedimento aceito por vários grandes mercados importadores, como a União Européia

Apesar de mostrar como andam as UFs brasileiras em relação à capacidade de resposta a um desafi o sanitário na área avícola, a classifi cação não surgiu com essa fi na-lidade e, sim, para atender dispositivos contidos na Ins-trução Normativa 17. Esta prevê, por exemplo, que UFs com melhor sistema local de atenção veterinária possam

restringir a entrada e/ou o trânsito de determinados pro-dutos da avicultura (especifi cados na própria IN) em caso de emergências sanitárias envolvendo a Infl uenza Aviária e a Doença de Newcastle. E como tais restrições preci-sam ter justifi cativas técnicas, foi necessário desenvolver um processo de classifi cação. Que, entretanto, em nada altera o status sanitário atual da atividade, nem impli-ca em restrições de trânsito ao setor (exceto daqueles produtos já especifi cados na IN 17 e que independem da classifi cação da UF) ou, muito menos, em declaração ou reconhecimento de que a produção avícola deste ou daquele estado apresente defi ciências técnicas: a classi-fi cação divulgada corresponde apenas a uma radiografi a que mostra a maior ou menor capacidade de reação a um desafi o sanitário que solicite pronta ação.

Classifi cação surpreende

Mesmo antes da divulgação sa-bia-se que as me-lhores clas-sificações s e r i a m d a d a s a o s estados da Região Sul. E não porque neles esteja concentrada a produ-ção brasileira de frangos, mas porque são os maiores interessados (manutenção do mercado externo) e os que melhor vêm se pre-parando para o Programa de Regionalização.

Avaliação dos sistemas estadcondições da avicultura para res

24 Produção Animal | Avicultura

Unidade Federativa reconhecida como de maior efi ciência no País em termos de capa-cidade de resposta a desafi os sanitários aví-

colas como a Infl uenza Aviária e a Doença de Newcastle. Assim, produtos originários de UFs com essa classifi cação têm garantida a livre circulação no território nacional;

UFs reconhecidas como funcionais, porém, ainda dependentes da participação do MAPA na con-dução de ações sanitárias. No futuro, produtos

oriundos de UFs com nota “B” só poderão ser direcionados para Estados com classifi cação equivalente ou inferior (restrição similar será aplicável às UFs com nota “C” e “D” que terão um mercado interno ainda mais restrito, conforme a classifi cação).

Se, amanhã, ocorrer na avicultura brasileira algum

episódio sanitário que solicite ampla mobilização

nacional, pública e privada, quais são os estados que

- pela sua infra-estrutura e pelos antecedentes no tra-

to das questões de saúde animal - estão em plenas

condições de responder ao desafi o?

A

B

po a um desafi o sanitário ite pronta ação.

caçãondemo antesgação sa-ue as me-clas-es

s oo porqueeja concentrada a produ-ileira de frangos, mas porque

maiores interessados (manutenção do externo) e os que melhor vêm se pre-para o Programa de Regionalização.

Unidade Federativa reconhecida como demaior efi ciência no País em termos de capa-cidade de resposta a desafi os sanitários aví-mo a Infl uenza Aviária e a Doença de Newcastle.rodutos originários de UFs com essa classifi caçãontida a livre circulação no território nacional;

Fs reconhecidas como funcionais, porém, ainda ependentes da participação do MAPA na con-ução de ações sanitárias. No futuro, produtosde UFs com nota “B” só poderão ser direcionados

ados com classifi cação equivalente ou inferior (restrição erá aplicável às UFs com nota “C” e “D” que terão um

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Produção Animal | Avicultura 25

uais de defesa animal mostra sponder aos desafi os sanitários

Produção Animal | Avicultura 25

No trabalho em que o MAPA avaliou o grau de efi ciência

dos sistemas estaduais de defesa sanitária animal (no que

tange, especifi camente, à área avícola), nenhuma UF ob-

teve pontos sufi cientes para ser classifi cada no estrato

“A”.

A melhor classifi cação (“B”) fi cou restrita a apenas um

estado (Santa Catarina), enquanto 11 estados e o Distrito

Federal receberam classifi cação “C”. A nota “D” – sinal

de alerta maior para quem aderiu ao Programa de Regio-

nalização – fi cou restrita a oito estados. Os outros seis

estados restantes não receberam avaliação por não terem

demonstrado interesse em participar do programa.

Mesmo assim, a classifi cação divulgada pelo MAPA (quadro abaixo) surpreendeu. Porque ninguém fez jus ao almejado conceito “A”. A melhor classifi cação (“B”) foi dada a apenas um estado, Santa Catarina, enquanto ou-tras doze UFs mereceram o conceito “C” (Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Pau-lo, Sergipe e Tocantins). Por fi m, receberam classifi cação “C” oito estados - Ceará, Espírito Santo, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e Rio Grande do Nor-te. Seis estados (Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Ma-ranhão e Roraima) não revelaram interesse em participar do Plano, pelo menos neste primeiro momento.

Como se constata, obter a classifi cação “A” é prati-camente impossível, pois a UF deve apresentar indepen-dência absoluta na resposta aos desafi os sanitários espe-cifi cados, algo – pelo menos por ora – inviável nas condições brasileiras, sobretudo por inexistir uma experi-

ência anterior em torno da questão.Da mesma forma, a inexistência de ex-

periência anterior tira qual-quer demérito de UFs

que tenham sido c l a s s i f i cadas nos estratos “B” e “C”. Não que lhes falte capacida-

de para respon-der a desafi os sani-

tários, elas apenas apresentam lacunas (em

maior ou menor grau, con-forme a classifi cação rece-bida) que restringem uma

resposta plena e adequada.Embora as UFs que receberam a classifi cação “D” pa-

reçam carecer, efetivamente, de uma estrutura básica de defesa sanitária para o setor avícola, é oportuno mencio-nar que alguns dos conceitos avaliados e responsáveis pela obtenção de uma baixa classifi cação não se referem especifi camente à estrutura técnica disponível. Assim, os critérios de avaliação incluíram, por exemplo, questões administrativas (como a execução das normativas previs-tas no PNSA – Programa Nacional de Sanidade Avícola) e, mesmo, burocráticas (como a geração e envio rotineiro – isto é, mensal – de informações sanitárias e dados epi-demiológicos). E isso, naturalmente, infl uenciou sobre-maneira a notação recebida, em especial naqueles esta-dos em que a avicultura tinha ou tem menor importância econômica (vide no Box das páginas 27 e 28 os critérios utilizados pelo MAPA para avaliar, exclusivamente sob o aspecto da avicultura, os sistemas estaduais de defesa sa-nitária animal).

Oportunidade de recuperaçãoNaturalmente, a classifi cação em estratos inferiores

àqueles originalmente esperados contrariou a avicultura e os órgãos ofi ciais das UFs afetadas, algumas das quais temem que o conceito recebido afete a atividade local, especialmente nas negociações com o mercado externo.

Não há esse risco, pois, como foi dito, a avaliação corresponde apenas a uma amostra da capacidade de resposta a um eventual desafi o pela Infl uenza Aviária ou Doença de Newcastle, nada tendo a ver com a efi ciência (inclusive qualitativa) da produção atual.

O mais importante, porém, é que a classifi cação rece-bida não é defi nitiva. Representou, apenas, a nota inicial de um longo (e presumivelmente interminável) “ano leti-vo”, já que auditorias periódicas devem ser realizadas

C

D

UFs consideradas “de ní-vel intermediário”, pois necessitam da coordena-

ção do MAPA na condução de al-guns procedimentos sanitários.

UFs que necessitam de estruturação e do de-senvolvimento de ações pontuais para a rea-lização da vigilância às doenças aviárias.

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n

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N/PN/P = não participaram do Plano

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26 Produção Animal | Avicultura

SAÚDE ANIMAL

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 17/2006Resultados das avaliações realizadas pelo PNSA

QUESITO AVALIADO* CLASSI-FICAÇÃO“I” “II” “III” “IV”

BA 8 17 8 14 C

CE 4 8 7 10 D

DF 8 19 9 13 C

ES 5 12 7 10 D

GO 7 19 9 11 C

MG 5 16 6 9 C

MS 5 19 9 12 C

MT 7 17 12 12 C

PA 5 14 3 10 D

PB 4 11 3 10 D

PE 7 12 5 11 C

PI 5 13 3 12 D

PR 7 18 9 12 C

RJ 5 15 4 9 D

RN 7 14 9 11 C

RO 8 16 7 11 C

RS 8 20 10 12 C

SC 7 22 11 11 B

SE 8 18 9 12 C

SP 8 16 9 13 C

TO 7 20 9 13 C

I – Dados descritivos da avicultura;II – Sistema de atenção veterinária;III – Capacidade de resposta à emergência sanitária;IV – Execução das normativas do PNSA.

Exceto pelo fato de nenhum candidato a integrante do “Plano Nacional de Prevenção da Infl uenza Aviária e de Controle e Prevenção da Doença de Newcastle” ter alcançado o conceito máximo previsto - a nota “A”, não houve maiores surpresas no resultado do “provão da re-gionalização”. Ainda assim muita gente estranhou que apenas um estado – Santa Catarina – tenha alcançado a nota “B”, enquanto outras UFs com nível similar de defe-sa sanitária receberam a nota “C”.

Questão de conceituação na notação, apenas - não diferenças signifi cativas na capacidade de defesa sanitá-ria, pelo menos em relação a algumas UFs. Assim, para a obtenção da nota máxima, “A”, o candidato deveria al-

Santa Catarina obteve o melhor conceito, mas não o “A” esperadocançar 65 pontos. Quem mais se aproximou desse valor foi Santa Catarina, com 51 pontos, que por sua vez era o mínimo previsto para o estrato “B”. Só que algumas UFs incluídas no estrato “C” apresentaram pequena diferen-ça em relação a Santa Catarina. Casos, em especial, do Rio Grande do Sul (50 pontos), do Distrito Federal e do Tocantins (49) e, ainda, de Mato Grosso (48 pontos).

Note-se, de toda forma, que várias UFs conseguiram atingir a nota máxima possível em um ou mais dos quatro quesitos avaliados: 1 - Dados descritivos da avicultura lo-cal (descrição da exploração avícola e atos normativos re-gulamentando a atividade); 2 - Sistema de atenção vete-rinária (recursos humanos disponíveis, capilaridade de ações de defesa na área avícola, fi nanciamento do siste-ma, atividades de educação sanitária, execução de ações de vigilância, controle de trânsito, etc.); 3 – Capacidade de resposta a uma emergência sanitária (disponibilidade de plano de contingência e de equipamentos para atua-ção emergencial, além, entre outros, de existência de fundo de indenização); e, 4 – Nível de execução, na UF, das normativas previstas no PNSA - Programa Nacional de Sanidade Avícola (cadastramento e registro de proprieda-des, georreferenciamento das explorações avícolas, etc.).

Assim, em relação ao quesito 1, seis estados alcança-ram a pontuação máxima prevista: Bahia, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Sergipe. Já no quesito 2 (máximo de 27 pontos), o melhor resultado foi o de Santa Catarina, com 22 pontos. Ninguém alcançou, também, os 15 pontos previstos no quesito 3, Mato Gros-so apresentando o melhor resultado (12 pontos). Por fi m, Distrito Federal, Santa Catarina e Tocantins alcançaram 13 pontos no quesito 4. O máximo previsto era 15.

Mas por quê ninguém conseguiu alcançar a nota má-xima? Porque – explica o vice-presidente Técnico-Científi -co da UBA, Ariel Antonio Mendes – o Ministério da Agri-cultura foi extremamente rigoroso na avaliação. E, sob essa ótica, era praticamente impossível alcançar-se o má-ximo previsto ou mesmo se aproximar dele porque essa foi a primeira avaliação do gênero feita no setor. Ou seja: sem uma experiência anterior era inevitável que defi ciên-cias fossem registradas num ou noutro quesito avaliado.

“Por isso, o que mais importa não é a classifi cação em si, mas o fato de a avicultura, agora, ter uma bússola, um ‘norte’ para orientá-la. Além disso, a classifi cação é ape-nas o retrato de um momento – passageiro e superável, conforme a reação dos envolvidos. Agora depende dos Estados melhorar sua classifi cação: as falhas ou lacunas existentes estão bem defi nidas”, ressalta Ariel Mendes.

pelo MAPA para avaliar o grau de adequação às exigên-cias previstas na Instrução Normativa nº 17. Por isso, não apenas os mal aquinhoados poderão recuperar-se da má nota recebida, como também os melhores classifi cados poderão ser rebaixados – se relaxarem no atendimento das normas estabelecidas.

Essa constatação ressalta a observação de que o Pla-

no Nacional de Prevenção da Infl uenza Aviária e de Con-trole e Prevenção da Doença de Newcastle é algo perma-nente, a ser encarado com contínua prioridade e atenção tanto pelo setor privado como pelo setor público. Pois desafi os como a Infl uenza Aviária e a Doença de Newcas-tle não permitem esmorecimento ou facilitação: reque-rem vigilância permanente.

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Produção Animal | Avicultura 27

Critérios que embasaram a avaliação, pelo MAPA, dos sistemas estaduais de defesa sanitária animal em relação à área avícola e pontos cabíveis

Descrição da exploração avícola do estado, bloco ou área geográfi ca

- Todos os pontos sobre avicultura comercial descritos e informações adicionais sobre avicultura de subsistência

4

- Todos os pontos sobre avicultura comercial descritos 3

- Necessita informações complementares 2

- Sem apresentação de informações 1

Recursos humanos envolvidos na atividade de Defesa Sanitária Animal – Área Avícola

- Profi ssionais ofi ciais da área de sanidade avícola em quan-tidade sufi ciente para executar as atividades previstas no plano, com treinamento em vigilância às doenças das aves

4

- Profi ssionais ofi ciais da área de sanidade avícola em quan-tidade sufi ciente para executar as atividades previstas no plano

3

- Profi ssionais ofi ciais de defesa sanitária animal, porém sem um grupo específi co que execute ação exclusiva na atenção à sanidade avícola

2

Carência de profi ssionais para execução das atividades de defesa sanitária animal – área avícola

1

Capilaridade de ações de Defesa e recursos materiais

- Escritórios regionais e locais, equipados e próximos à pro-dução avícola

4

- Escritórios regionais e locais próximos à produção avícola, mas sem equipamentos necessários à execução de vigilância

3

- Estrutura centralizada, mas com capacidade limitada de atenção à região de produção avícola

2

- Falta de estrutura para execução das atividades de vigilân-cia às doenças de aves

1

Financiamento da manutenção do Sistema de Defesa

- Financiamento com recurso estadual e privado 4

- Financiamento com recurso estadual, exclusivamente 3

- Financiamento com recurso federal e estadual 2

- Financiamento com recurso federal, exclusivamente 1

Geração e envio de informações e dados epidemiológicos

- Fluxo mensal de informação de suspeitas de doenças de aves e vacinações, além de acompanhamento veterinário às notifi cações

4

- Fluxo mensal de informação de suspeitas de doenças de aves, além de vacinações, mas sem acompanhamento vete-rinário às notifi cações

3

- Fluxo mensal de informação de suspeitas de doenças de aves, sem quantitativo de vacinações e sem acompanha-mento veterinário às especifi cações

2

- Não envio de informes mensais, conforme fl uxograma pre-visto pelo DSA

1

I - DADOS DESCRITIVOS

Atos Normativos

- Atos estaduais que regulamentem ações adicionais ao previsto na normativa federal

4

- Atos estaduais em consonância com a normativa federal 3

- Só utiliza a normativa federal 2

- Não obedece a atos normativos federais 1

II - SISTEMA DE ATENÇÃO VETERINÁRIA

Atividades de Educação Sanitária

- Aplicação de políticas federal, estadual e privada de educação sanitária

4

- Aplicação de políticas de educação sanitária federal e estadual

3

- Aplicação de políticas de educação sanitária federal 2

- Sem desenvolvimento de políticas de educação sa-nitária

1

Execução das ações de vigilância epidemiológica (atendimento às suspeitas e encaminhamento de

amostras ao laboratório ofi cial)

- Atendimento às suspeitas. Envio de material ao la-boratório ofi cial. Acompanhamento das suspeitas a campo enquanto o resultado não é liberado

4

- Atendimento às suspeitas. Envio de material ao labo-ratório ofi cial, mas sem acompanhamento das suspei-tas a campo enquanto o resultado não é liberado

3

- Atendimento irregular às suspeitas de campo. Envio irregular de aterial ao laboratório ofi cial

2

- Não executa atendimento às suspeitas e não envia material de pesquisa ao laboratório ofi cial

1

Controle de trânsito

Consórcios de fi scalização nos postos de fronteira, além da existência de postos fi xos e volantes distribu-ídos no estado, bloco ou região

4

- Existência e funcionamento dos postos fi xos e volan-tes distribuídos na fronteira e no interior do estado, bloco ou região

3

- Existência e funcionamento de postos fi xos e volan-tes nas fronteiras do estado, bloco ou região

2

- Não realiza fi scalização no trânsito interestadual 1

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SAÚDE ANIMAL

Fundo de emergência sanitária para indenização aos produtores e auxiliar em ações de saneamento, com

atenção às doenças das aves

- Existência de fundo estadual e privado, para auxiliar as ações de emergência sanitária, com aportes fi nanceiros continuados

4

- Existência de fundo estadual e privado, para auxiliar as ações de emergência sanitária, sem aportes fi nanceiros continuados

3

- Conta com recurso estadual para auxiliar as ações em caso de emergência

2

- Conta apenas com recursos federais para realizar as ações em caso de emergência

1

Plano de contingência à emergência sanitária e formação do grupo de emergência sanitária

- Possui plano de contingência estadual e grupo de emer-gência sanitária estadual e privado, com treinamento* em doenças de aves

4

- Possui plano de contingência estadual e grupo de emer-gência sanitária estadual, com treinamento* em doenças de aves

3

-Possui plano de contingência estadual e grupo de emer-gência sanitária estadual, mas não realizou treinamento* em doenças de aves

2

- Não possui grupo de emergência sanitária estadual 1

Equipamentos para Atuação em Emergência

- Equipado com material para emergência localizado pró-ximo à concentração de população avícola

4

- Equipamento existente e disponível apenas no órgão central

3

- Dispõe de uma lista de material, porém não há disponibi-lidade de todos os itens

2

- Não dispõe de material no estado e conta apenas com material disponibilizado pelo governo federal

1

Registro de estabelecimentos comerciais de aves de corte, de postura, de ovos comerciais e de ratitas

- Existência de fundo estadual e privado, para auxiliar as ações de emergência sanitária, com aportes fi nanceiros continuados

4

- Existência de fundo estadual e privado, para auxiliar as ações de emergência sanitária, sem aportes fi nanceiros continuados

3

- Conta com recurso estadual para auxiliar as ações em caso de emergência

2

- Conta apenas com recursos federais para realizar as ações em caso de emergência

1

Cadastramento das propriedades avícolas comerciais e de reprodução

- Possui plano de contingência estadual e grupo de emergên-cia sanitária estadual e privado, com treinamento* em doen-ças de aves

4

- Possui plano de contingência estadual e grupo de emergên-cia sanitária estadual, com treinamento* em doenças de aves

3

-Possui plano de contingência estadual e grupo de emergên-cia sanitária estadual, mas não realizou treinamento* em do-enças de aves

2

- Não possui grupo de emergência sanitária estadual 1

RESULTADOS

FINAIS

CRITÉRIOS AVALIADOS PONTOS MÍNIMOS POR ESTRATO

A B C D

I - Dados descritivos 8 7 5 2

II - Classifi cação do sistema de atenção veterinária 27 22 15 7

III - Capacidade de resposta à emergência sanitária 15 11 7 4

IV - Execução das normativas do PNSA 15 11 7 4

III - CAPACIDADE DE RESPOSTA À EMERGÊNCIA SANITÁRIA

IV - EXECUÇÃO DAS NORMATIVAS DO PNSAGeorreferenciamento da exploração

avícola e demais pontos de risco

- Equipado com material para emergência localizado próximo à concentração de população avícola

4

- Equipamento existente e disponível apenas no órgão central 3

- Dispõe de uma lista de material, porém não há disponibilida-de de todos os itens

2

- Não dispõe de material no estado e conta apenas com mate-rial disponibilizado pelo governo federal

1

Estabelecimentos comerciais de venda de aves vivas

- Cadastro atualizado dos estabelecimentos de comercializa-ção de aves vivas, com controle de origem

4

- Cadastro dos estabelecimentos de comercialização de aves vivas, com controle de origem

3

- Cadastro dos estabelecimentos de comercialização de aves vivas

2

- Não realiza fi scalização em estabelecimentos de aves vivas 1

* Treinamento em doenças de aves através de programa aprovado pelo DSA

28 Produção Animal | Avicultura

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Produção Animal | Avicultura 29Produção Animal | Avicultur

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ASSOCIAÇÕES

30 Produção Animal | Avicultura

Espírito Santo Avicultura capixaba pretende manter transporte de grãos via férreaEs

Av

tes do Centro-Oeste do Brasil e da região do Triangulo Mineiro. Esse aumento, no período da entressafra dos grãos, impossi-bilitou a continuação dos trabalhos.

Nélio Hand, secretário executivo da AVES, explica que na época de grande de-manda dos vagões, o custo do transporte via férrea aumenta e deixa de ser vantajo-so para o setor avícola do ES.

Um contrato para o transporte dos grãos de pelo menos cinco anos e um subsídio do Governo do Estado através de créditos do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços

Para tentar amenizar os problemas que a avicultura capixaba enfrenta em de-

corrência dos custos maiores de produção em relação a outros Estados, a AVES, As-sociação dos Avicultores do Espírito Santo tenta mais uma vez emplacar o transporte de grãos via férrea para os produtores de aves do Estado.

Através de reuniões realizadas nos úl-timos meses de 2007, em conjunto com a Secretaria de Estado da Agricultura do ES, o transporte de grãos por via férrea para a avicultura e suinocultura foi retomado em caráter experimental, e deve se estender até o mês de março deste ano.

Nos últimos dias do mês de dezem-bro, o primeiro carregamento de milho (quase três mil toneladas) chegou ao Estado.

O grão foi transportado do Mato Grosso numa composição da Ferrovia Centro Atlântico (FCA) até o terminal de Uberlândia em carretas, e a partir daí até Viana, a 18 km de Vitória.

O valor de cada saca de milho com 60 quilos, segundo a AVES, poderá ter uma redução de até R$ 1,00 neste início do sis-tema de transporte ferroviário.

A última tentativa de transporte de soja e milho através da malha férrea ocor-reu em novembro de 2006 e durou ape-nas cinco meses. A empresa responsável pela operação, a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) exigiu um aumento de 30% para o transporte dos insumos provenien-

(ICMS) pago pelo setor são algumas alter-nativas apontadas para viabilizar as ope-rações de transporte de grãos via férrea.

Hand explica que para fechar um con-trato longo e interessante para as classes é preciso ter volume de carga.

“A alternativa de transporte ferroviá-rio é excelente e cabe ao produtor a res-ponsabilidade de mantê-lo. Já iniciamos este processo anteriormente e tivemos que paralisar por falta de adesão dos pro-dutores capixabas. Agora, temos que se-guir em frente”, destaca.

30 Produção Animal | Avicultura

Secretário de Agricultura do ES, César Colnago, observa descarregamento de milho

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Produção Animal | Avicultura 31

Organizados pela Associação dos Avi-cultores do Norte de Tocantins (Avin-

to), um grupo formado por cerca de 30 pessoas, entre lideranças e representantes do Serviço de Aprendizagem Rural e do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Em-presas da região do Bico do Papagaio, na divisa com o Maranhão, esteve em Cha-pecó, Santa Catarina, na segunda quinze-na do mês de dezembro para conhecer novos modelos de produção de aves e a estrutura dos sindicatos e cooperativas desta região.

A avicultura começou a ser desenvol-vida no Tocantins há cerca de sete anos, com a chegada da Ave Norte Alimentos, que iniciou a integração dos interessados. O modelo econômico até então estava voltado para a bovinocultura e a agricultura.

A Avinto conta hoje com 60 aviculto-res que entregam a cada 60 dias, dois mi-lhões de aves para processamento e já es-tão entre os cinco melhores índices de resultados de produção do país. Até o fi m de 2008 serão construídos mais 400 gal-pões (aviários) para 20 mil aves cada.

O grupo de Tocantins conheceu in-dústrias, propriedades agrícolas e a Em-brapa Suínos e Aves em Concórdia, além do Sindicato Patronal dos Criadores de Aves do Estado de Santa Catarina, onde assistiu palestras.

Paraná Avicultores de Toledo, PR, fundam associação

Bernartt, muitas empresas do Paraná, com exceção daquelas localizadas no oeste do estado, já se responsabilizam pelo preço do carregamento.

“Através de um estudo sobre custo de produção e investimentos, conseguimos provar para as integradoras que atual-

mente o produtor recebe abaixo de seu custo total. Conside-rando que estas em-presas precisam de integrados fortes para produzir aves com qualidade, as integradoras com-preenderam que precisam repassar aos avicultores um pagamento justo, e desta forma o custo de carregamento, que hoje representa de 7% a 8% da re-ceita bruta do lote, será um ótimo avan-ço”, afi rma.

Entre os projetos futuros, a associação pretende aumentar a renda do produtor através de acordo

para um pagamento mínimo justo, entre 0,38 a 0,45 centavos por frango e uma bonifi cação para produtores que executa-rem a blindagem das granjas, conforme a normativa do governo federal.

Até o fi nal deste ano, a Aaviopar pre-tende contar com 400 associados, 50% do total de aviários da região oeste do Paraná.

Para participar da associação, a contri-buição anual é de 0,05% do valor do lote entregue, aproximadamente R$ 150 por ano.

Os avicultores da região de Toledo ga-nharam no fi nal de 2007 mais uma

entidade representativa: a Aaviopar, Asso-ciação dos Avicultores do Oeste do Para-ná. Com um quadro inicial de 200 asso-ciados, que totaliza uma quantidade aproximada de 350 aviários, a entidade é a continuação da Comissão Técnica de Avicultura, formada dentro do Sindicato Rural Patronal de To-ledo, existente desde 2006.

Para alcançar re-cursos governamen-tais e um acesso mais facilitado aos benefícios, o grupo de produtores optou pela formação da nova associação. De acordo com o presi-dente Luiz Ari Ber-nartt, que também faz parte da Comis-são Técnica da FAEP, a formação anterior surgiu quando o Pa-raná registrou casos da febre aftosa e o cancelamento das exportações de carne. “As atividades prestadas cresceram e foi criada uma as-sociação independente, para prestar ser-viços aos associados, o que a comissão não podia”, afi rma.

Apesar do pouco tempo de fundação, a equipe da Aaviopar já conseguiu uma redução nos custos de insumos, serviços e equipamentos para sócios, através da compra em comum.

Entre os projetos atuais, a associação trabalha para repassar o custo de carrega-mento às integradoras. De acordo com Ari

Será que os empresários avícolas de seu Estado sabem o que a entidade de classe do setor vem fazendo por eles?Divulgue as atividades de

sua Associação – reuniões, iniciativas, eventos, pleitos ofi ciais, necessidades,etc. – através da Produção Animal – AVICULTURA. Basta enviar e-mail para [email protected].

Tocantins Avicultores do Tocantins conhecem modelo de produção catarinense

Tocan

AvTocmo

“As empresas avícolas precisam de integrados fortes,

que possam produzir aves com qualidade”

Luis Ari Bernatti

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32 Produção Animal | Avicultura

ESTATÍSTICAS E PREÇOS

Produção e mercado em resumoEnquanto a produção cresce francamente (novembro de 2007), custos de produção (dezembro de 2007) rompem normalidade do setor

Mais explicativa do que qual-quer texto, a tabela abaixo

mostra em relação à produção avíco-la brasileira (dados até novembro de 2007) que a atividade continua se expandindo onde encontra espaço para tal, apresentando contenção nas áreas em que é solicitada melhor adequação ao mercado.

Assim, mantém-se bastante ati-va na área de corte (matrizes, pintos e na produção, exportação e oferta interna de carne de frango), porque em 2007 o frango voltou a ocupar o espaço (sempre crescente) que lhe pertencia e que foi temporariamen-te perdido em 2006. Por essa razão, aliás, os números registrados no ano são mais de recuperação do

que, propriamente, de expansão.Já o setor de postura continua

com o pé no freio, procurando manter seus plantéis (matrizes e co-merciais) abaixo ou, no máximo, em níveis iguais aos de 2006, pois está consciente de que necessita, primeiro, equacionar questões de produção, de comercialização e, es-pecialmente, de consumo. Encon-tra-se, portanto, no caminho correto.

E se os resultados do setor são signifi cativos em termos produtivos, ganham ainda maior expressão no aspecto econômico (dados relativos à totalidade de 2007), uma vez que o ano foi encerrado com absoluta recuperação das perdas anteriores,

registrando-se (ao menos em ter-mos nominais) preço médio recorde para o frango vivo e um valor muito próximo do recorde para o ovo.

Por sinal, talvez pela primeira vez em toda a história do setor, qua-se foi possível afi rmar que, manten-do-se em níveis satisfatórios para o consumidor, os preços praticados satisfi zeram também os produtores. Mas isso não ocorreu, pois, infeliz-mente, os custos atropelaram qual-quer perspectiva de maior estabili-dade econômica do setor.

De toda forma, fi ca a lição. Sem dúvida útil, porque as mesmas con-dições devem prevalecer em 2008. É um desafi o que o setor precisa aprender a vencer.

PRINCIPAIS INDICADORES DA AVICULTURA BRASILEIRA Novembro de 2007

NO MÊS NO ANO EM 12 MESES

Matrizes de corte(MILHÕES DE CABEÇAS)

3,858 38,716 42,30110,55% 11,21% 10,62%

Pintos de corte(MILHÕES DE CABEÇAS)

431,5 4.700,2 5.105,69,50% 12,68% 11,36%

Carne de frango(MIL/T)

Produção total887,9 9.359,7 10.211,1

12,29% 10,08% 8,79%

Exportação298,9 2.986,8 3.224,75,32% 20,67% 18,52%

Oferta interna589,0 6.372,9 6.986,516,12% 5,74% 4,82%

Matrizes de postura(MILHARES DE CABEÇAS)

40,126 646,034 708,177-50,40% 0,47% -0,09%

Pintainhas de postura(MILHÕES DE CABEÇAS

5,105 55,193 59.9854,57% -6,74% -7,71%

DESEMPENHO ECONÔMICO DO FRANGO VIVO E DO OVO Dezembro de 2007

NO MÊS NO ANO

Valor Var. Anual Valor Var. Anual

Frango vivo, R$/kg 1,65 41,02% 1,55 33,62%

Ovo, R$/caixa 45,30 27,43% 39,37 43,27%

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Produção Animal | Avicultura 33

MATRIZES DE CORTEAlojamento mensal em 24 meses

MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS 2005/2006 2006/2007 VAR. %

Dezembro 3,425 3,585 4,66%

Janeiro 3,347 3,137 -6,28%

Fevereiro 3,145 2,962 -5,83%

Março 3,099 3,674 18,55%

Abril 2,635 3,444 30,73%

Maio 3,110 3,863 24,20%

Junho 3,022 3,358 11,12%

Julho 3,263 3,601 10,36%

Agosto 3,152 3,527 11,90%

Setembro 3,105 3,347 7,77%

Outubro 3,444 3,945 14,56%

Novembro 3,490 3,858 10,55%

EM 11 MESES 34,813 38,716 11,21%

EM 12 MESES 38,238 42,301 10,62%

Fonte: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

Mantendo o forte ritmo de ex-pansão observado em outu-

bro, o alojamento de matrizes de corte foi elevado também em no-vembro, pois alcançou a marca dos 3,858 milhões de cabeças, aumen-tando 10,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em relação a outubro de 2007 registra-se uma re-dução, nominal, de 2,2%. Como no-vembro é mês mais curto, de 30 dias, pode-se considerar que ocorreu, na realidade, uma expansão de cerca de 1%, o que confi guraria, no mês, o maior alojamento do ano.

Em função dos últimos resulta-dos, o alojamento acumulado em 11 meses sobe para perto de 38,716 milhões de matrizes de corte, volu-me 11,21% maior que o observado em idêntico período de 2006. Cor-respondendo a uma média mensal de cerca de 3,520 milhões de cabe-ças, esse alojamento projeta para o ano volume total não muito distante dos 42,250 milhões de cabeças, 10% a mais que o alcançado em 2006.

Com certeza, os resultados fi nais de 2007 não serão muito diferentes, visto que nos 12 meses decorridos entre dezembro de 2006 e novem-bro de 2007 o número de matrizes alojadas alcançou um total de 42,301 milhões de cabeças, 10,62% a mais que o registrado nos 12 meses ime-diatamente anteriores.

Alojamento de matrizes de corteSuperada a marca dos 42 milhões de cabeças em 12 meses

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34 Produção Animal | Avicultura

ESTATÍSTICAS E PREÇOS

PINTOS DE CORTE Produção brasileira em 24 meses

MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS 2005/2006 2006/2007 VAR.% ANUAL

Dezembro 413,6 405,4 -1,98%

Janeiro 408,0 420,5 3,06%

Fevereiro 353,9 390,8 10,43%

Março 340,8 423,4 24,24%

Abril 333,0 414,3 24,41%

Maio 376,4 433,5 15,17%

Junho 379,8 418,8 10,27%

Julho 387,6 434,6 12,12%

Agosto 396,4 444,8 12,22%

Setembro 388,3 424,4 9,30%

Outubro 412,6 463,4 12,30%

Novembro 394,1 431,5 9,50%

EM 11 MESES 4.170,9 4.700,2 12,68%

EM 12 MESES 4.584,5 5.105,6 11,36%

Fonte: APINCO – Elaboração e análises: AVISITE

Produção de pintos de corteRecorde histórico, volume em 11 meses já chega aos 4,7 bilhões

Pode ser apenas coincidência. Mas,

à primeira vista, os alertas da UBA

para que se reduzisse a produção de

pintos de corte em novembro pare-

cem ter surtido resultados. Pois en-

quanto nos dois últimos anos o volu-

me produzido no mês recuou meio

por cento (2005) e 4,5% (2006) em

relação a outubro, neste ano o recuo

esteve próximo dos 7%, quase 32

milhões de pintos de corte a menos.

Em novembro, conforme a APIN-

CO, foram produzidos no Brasil

431,508 milhões de pintos de corte,

9,5% a mais que em novembro do

ano passado. Pela terceira vez no

ano o volume produzido fi cou abai-

xo do potencial instalado. Anterior-

mente, em 2007, isso só havia ocor-

rido em janeiro e em setembro.

A produção de pintos de corte

acumulada até novembro de 2007

somou 4,7 bilhões de unidades, volu-

me que além de superar em 12,68%

a produção do mesmo período de

2006, ultrapassa a produção total de

2006 (4,576 bilhões) e de 2005

(4,696 bilhões), recorde que só agora

está sendo superado.

Portanto, a produção de pintos

de corte alcançou, antes do encerra-

mento do ano, novo recorde e pode

chegar em 2007 aos 5,125 bilhões

(se mantiver a média dos 11 primei-

ros meses) ou, então, aos 5,150 bi-

lhões (se chegar à média do bimestre

outubro-novembro).

Qualquer que seja o resultado, a

produção deste ano será cerca de

12% superior à de 2006, mantendo

o índice de evolução dos últimos 12

meses, período em que totalizou

5,105 bilhões de cabeças e apresen-

tou aumento de 11,36% sobre o

que foi produzido entre dezembro

de 2005 e novembro de 2006.

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Produção Animal | Avicultura 35

Produção de carne de frangoAté novembro, “empate técnico”

com o total dos dois últimos anos

CARNE DE FRANGOProdução em 24 meses

MIL TONELADAS

MÊS 2005/ 2006 2006/ 2007 VAR. % ANUAL

Dezembro 883,6 851,4 -3,64%

Janeiro 856,8 828,9 -3,25%

Fevereiro 755,4 749,8 -0,74%

Março 814,9 843,7 3,54%

Abril 708,8 835,3 17,85%

Maio 707,1 859,7 21,58%

Junho 727,2 851,6 17,10%

Julho 802,2 872,6 8,78%

Agosto 764,4 871,8 14,04%

Setembro 777,3 866,9 11,53%

Outubro 797,5 891,4 11,78%

Novembro 790,7 887,9 12,29%

EM 11 MESES 8.502,3 9.359,7 10,08%

EM 12 MESES 9.385,9 10.211,1 8,79%Fonte: APINCO – Elaboração e análises: AVISITE

* Dezembro//2005: atual recorde do setor

Em novembro de 2007, conforme

a APINCO, a avicultura brasileira

produziu 887.928 toneladas de car-

ne de frango, volume 12,29% supe-

rior ao registrado em novembro de

2006 e apenas 0,39% menor que o

alcançado em outubro/07. Mas

como novembro é mais curto, a pro-

dução diária, no mês, foi cerca de

3% superior.

Com o último resultado, a pro-

dução brasileira de carne de frango

dos 11 primeiros meses de 2007 fi -

cou extremamente próxima dos

9,360 toneladas, apresentando evo-

lução de 10,08% sobre idêntico pe-

ríodo do ano passado.

O mais curioso, porém, é que o

volume ora alcançado (já represen-

tando novo recorde anual do setor,

mesmo sendo parcial) confi gura ver-

dadeiro “empate técnico” com a

produção anual registrada em 2005

e 2006, anos em que a produção fi -

cou em, respectivamente, 9,348 e

9,354 milhões de toneladas (diferen-

ças de apenas 0,12% e 0,06%, tam-

bém respectiva mente).

A média mensal registrada entre

janeiro e novembro de 2007 – pouco

mais de 850 mil toneladas – sugere

para o ano volume global da ordem

de 10,2 milhões de toneladas, 9% a

mais que o atingido em 2006. Mas

como em dezembro corrente deve

ser registrada a maior produção do

ano, o volume efetivo deve chegar

aos 10,260 milhões de toneladas.

Pelo menos.

Até aqui, a produção brasileira

de carne de frango acumulada em

um período de 12 meses soma

10,211 milhões de toneladas, sendo

8,79% superior àquela observada

entre dezembro de 2005 e novem-

bro de 2006.

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36 Produção Animal | Avicultura

ESTATÍSTICAS E PREÇOS

Exportação de carne de frangoEm 11 meses embarques superam totais de 2005 e 2006 e alcançam novo recorde histórico

CARNE DE FRANGOExportação brasileira em 24 meses

MIL TONELADAS

MÊS 2005/2006 2006/2007 VAR. % ANUAL

Dezembro 245,6 238,1 -3,06%

Janeiro 213,7 209,2 -2,11%

Fevereiro 198,9 232,4 16,84%

Março 225,5 303,6 34,61%

Abril 211,5 264,0 24,82%

Maio 196,5 275,2 40,07%

Junho 194,9 259,3 33,06%

Julho 186,2 284,0 52,54%

Agosto 300,6 304,7 1,36%

Setembro 210,6 242,1 15,00%

Outubro 259,9 313,4 20,57%

Novembro 283,8 298,9 5,32%

EM 11 MESES 2.475,1 2.986,8 20,67%

EM 12 MESES 2.720,7 3.224,7 18,52%

Fonte: ABEF - Elaboração e análises: AVISITE

As exportações brasileiras de carne de frango alcançaram novo recor-

de em novembro de 2007, visto que o volume acumulado em onze meses su-perou não só os 2,713 milhões de to-neladas de 2006 (quando as vendas externas de carne de frango recuaram 4,67%), mas também os 2,846 mi-lhões de toneladas de 2005, volume que até agora permanecia como re-corde do setor.

Conforme a ABEF, no 11º mês do

ano foram exportadas 298.903 tone-

ladas de carne de frango, volume

5,32% superior ao de novembro/06.

Em relação ao mês anterior, outu-

bro/07, houve queda de 4,62%. Con-

siderado, porém, que o mês teve me-

nor número de dias úteis, observa-se

que os embarques diários do mês

apresentaram aumento de quase 5%

em relação a outubro, alcançando vo-

lume diário (14,9 mil toneladas) que

também correspondeu a um novo

recorde.Faltando apenas um mês para o

fechamento do ano, as exportações brasileiras de carne de frango somam 2,987 milhões de toneladas, sendo 20,67% superiores ao que foi embar-cado no mesmo período do ano pas-sado. Em relação aos totais alcançados em 2005 e 2006, o atual resultado, embora parcial, é, respectivamente, 5% e 10% superior. Assim, em 2007, as vendas externas de carne de frango do Brasil alcançam um novo e sem dú-vida signifi cativo recorde.

O mesmo se aplica à receita que, em 11 meses, somou US$4,458 bi-lhões, valor quase 53% superior ao do mesmo período de 2006. E como o re-corde vigente, alcançado no ano pas-sado, foi de US$3,212 bilhões, a atual receita – por enquanto quase US$1,25 bilhão maior – também supera todas as marcas anteriores.

Não é fato anormal as exporta-ções de carne de frango sofrerem li-geiro declínio em dezembro. Mas se mantiverem, no mês, o desempenho médio registrado até novembro – 271,5 mil toneladas mensais – fi ca-rão próximas dos 3,260 milhões de

toneladas, 20% a mais que o embar-cado em 2006.

Por ora, nos últimos 12 meses, os embarques totalizam 3,225 milhões de toneladas, sendo 18,52% maio-res que os alcançados entre dezem-bro de 2005 e novembro de 2006.

EXPORTAÇÃO DE CARNE DE FRANGOEvolução do volume acumulado em 24 meses

Dezembro/05 a novembro/07MILHÕES DE TONELADAS

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Produção Animal | Avicultura 37

Disponibilidade Interna de carne de frangoNos 11 primeiros meses de 2007, oferta interna aumentou 5,74%

CARNE DE FRANGODisponibilidade interna em 24 meses

MIL TONELADAS

MÊS 2005/ 2006 2006/ 2007 VAR. % ANUAL

Dezembro 638,0 613,6 -3,82%

Janeiro 643,1 619,7 -3,62%

Fevereiro 556,5 517,5 -7,02%

Março 589,4 540,1 -8,35%

Abril 497,2 571,3 14,89%

Maio 510,6 584,5 14,46%

Junho 532,3 592,2 11,26%

Julho 616,5 588,6 -4,52%

Agosto 465,3 567,0 21,87%

Setembro 567,7 624,7 10,04%

Outubro 541,6 578,1 6,73%

Novembro 506,9 589,0 16,20%

EM 11 MESES 6.027,1 6.372,9 5,74%

EM 12 MESES 6.665,1 6.986,5 4,82%Fontes dos dados básicos:

APINCO e ABEF - Elaboração e análises: AVISITE

Descontado da produção de carne de frango (estimativas da APIN-

CO) o volume exportado (dados da ABEF), a conclusão é de que perma-neceram no mercado interno, em no-vembro passado, 589.025 toneladas de carne de frango, volume 16,20% superior ao registrado um ano atrás, no mesmo mês.

Em relação ao mês anterior, outubro/07, a disponibilidade de no-vembro foi quase 2% superior. Entre-tanto, considerado o menor número de dias do mês, a expansão foi ainda maior, de 5,29%, o que – ressalte-se – não impediu que o produto fi nal (frango abatido) alcançasse em no-vembro o melhor preço de 2007.

Com o último resultado, a dispo-nibilidade interna no ano fi cou próxi-ma de 6,373 milhões de toneladas, aumentando 5,74% em relação ao mesmo período de 2006. A média re-gistrada no período – de cerca de 580 mil toneladas mensais – projeta para a totalidade de 2007 volume de 6,952 milhões de toneladas, quanti-dade que será sem dúvida ultrapassa-da, visto que em dezembro corrente deve ser registrada a maior oferta do ano.

Supondo-se que, no total, sejam disponibilizadas internamente em 2007 cerca de 6,970 milhões de to-neladas de carne de frango, a oferta per capita – já considerada a reconta-gem populacional feita pelo IBGE, que chegou aos 183,989 milhões de habitantes – fi cará em torno dos 37,9 kg e representará aumento de apro-ximadamente 4% em relação aos 36,5 kg disponibilizados em 2006.

Embora o índice de expansão seja mais expressivo que o de um ano atrás, disponibilidade

interna de carne de frango deve apresentar expansão inferior a

5% em 2007

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38 Produção Animal | Avicultura

ESTATÍSTICAS E PREÇOS

Alojamento de matrizes de posturaComportamento no ano aponta repetição dos resultados de 2006

MATRIZES DE POSTURAAlojamento em 24 meses (ovos brancos e vermelhos)

MILHARES DE CABEÇAS

MÊS2005/2006

2006/2007

VAR. %% OVO BRANCO

2005/06 2006/07

Dez 65,770 62,143 -5,51% 60,04% 73,13%

Jan 101,510 59,975 -40,92% 75,38% 83,33%

Fev 82,983 34,687 -58,20% 77,19% 59,64%

Mar 18,159 100,664 454,35% 37,89% 64,12%

Abr 46,747 23,304 -50,15% 83,81% 56,66%

Mai 23,223 83,167 258,12% 77,62% 74,63%

Jun 42,489 95,915 125,74% 72,49% 63,49%

Jul 93,053 53,253 -42,77% 76,50% 64,66%

Ago 43,751 63,392 44,89% 66,41% 85,02%

Set 31,827 67,212 111,18% 34,56% 43,68%

Out 78,400 24,339 -68,96% 66,45% 55,63%

Nov 80,900 40,126 -50,40% 73,42% 91,92%

EM 11 MESES

643,042 646,034 0,47% 71,25% 68,03%

EM 12 MESES

708,812 708,177 -0,09% 70,21% 68,48%

Fonte: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

Em novembro passado, conforme a UBA, caiu à metade o aloja-

mento de matrizes de postura em re-lação ao mesmo mês de 2006. No período foram alojadas 40.126 ma-trizes, quase 92% delas de linhagens produtoras de ovos brancos.

Uma vez que no bimestre agos-to-setembro os alojamentos haviam aumentado 73% em relação a idên-tico período do ano anterior, temia-se que o alojamento anual de matri-zes de postura viesse a apresentar um incremento exagerado em rela-ção a 2006. Porém, a queda de 60% no bimestre seguinte (outubro-no-vembro) acaba de neutralizar essa expansão e, assim, o volume total até agora alojado no ano se encon-tra menos de meio por cento acima do alcançado entre janeiro e novem-bro do ano passado.

Embora seja impossível prever quanto vem sendo alojado em de-zembro, agora é clara a tendência de repetirem-se, com pequena variação em 2007, os mesmos números al-cançados em 2006. Nos últimos 12 meses (dezembro/06 a novembro/07) o volume total alojado (708.177 ma-trizes de postura) fi cou 0,09% abai-xo do registrado no mesmo período anterior. Ou seja: por ora, os núme-ros são os mesmos.

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Produção Animal | Avicultura 39

Alojamento de pintainhas de posturaVolume alojado permaneceu estável também em novembro

PINTAINHAS COMERCIAIS DE POSTURAAlojamento em 24 meses (ovos brancos e vermelhos)

MILHARES DE CABEÇAS

MÊS2005/2006

2006/2007

VAR. %% OVO BRANCO

2005/06 2006/07

Dez 5,817 4,792 -17,63% 71,73% 75,16%

Jan 5,695 4,821 -15,34% 76,67% 76,98%

Fev 5,493 4,749 -13,55% 75,24% 77,81%

Mar 5,343 5,028 -5,91% 76,67% 73,73%

Abr 4,472 4,980 11,36% 72,86% 73,53%

Mai 5,483 4,960 -9,53% 74,44% 74,17%

Jun 5,478 5,142 -6,14% 74,68% 74,39%

Jul 5,669 5,078 -10,44% 74,57% 74,30%

Ago 5,543 5,091 -8,16% 72,91% 74,48%

Set 5,034 5,074 0,80% 73,43% 72,28%

Out 6,086 5,166 -15,13% 75,33% 73,26%

Nov 4,882 5,105 4,57% 72,55% 73,80%

EM 11 MESES

59,179 55,193 -6,74% 74,55% 74,40%

EM 12 MESES

64,996 59,985 -7,71% 74,30% 74,46%

Fonte: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

Em novembro passado o aloja-mento de pintainhas de postura

somou 5,105 milhões de cabeças (74,40% de linhagens destinadas à produção de ovos brancos), volume que representou variação de 4,57% sobre o mesmo mês do ano passado e de apenas 1,18% sobre o mês an-terior, outubro de 2007.

Como se comprova, o setor man-tém até agora a mesma estabilidade que vem sendo observada desde, praticamente, o fi nal de 2006. Para melhor demonstrar como anda esse nível de estabilidade, basta observar que no mesmo período de 2006, os alojamentos mensais variaram até 12% e 27%, respectivamente, aci-ma e abaixo da média alojada no pe-ríodo, o que correspondeu a uma diferença de 1,6 milhão de pintai-nhas entre o menor e o maior aloja-mento. Já neste ano, os alojamentos mensais variaram, no máximo, 5% e 3% abaixo e acima da média e, as-sim, a diferença entre o menor e o maior alojamento foi de apenas 417 mil pintainhas.

Por sinal, a prova mais cabal dessa estabilidade é o alojamento acumulado em 11 meses – 55,193 milhões de pintainhas, média de 5,017 milhões/mês. Corresponden-do a uma redução de 6,74% sobre o mesmo período do ano passado, esse acumulado projeta para o ano volume total da ordem de 60,2 mi-lhões de cabeças, quase 6% a me-nos que o alojado em 2006 (63,910 milhões de pintainhas). Ou, ainda, quase 17% a menos que o alojado em 2005 (72,4 milhões de pintainhas).

Pode não parecer, mas esse é o retrocesso mais benéfi co que o setor poderia experimentar. Porque coloca a avicultura de postura em condições ímpares para enfrentar o desafi o do maior custo que aguarda toda a avi-cultura em 2008.

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40 Produção Animal | Avicultura

ESTATÍSTICAS E PREÇOS

FRANGO VIVOEvolução de preços na granja, interior paulista – R$/kg

MÊS MÉDIAR$/KG

VARIAÇÃO %ANUAL MENSAL

Dezembro/2006 1,17 2,63% - 8,59%

Janeiro/2007 1,33 27,88% 13,67%

Fevereiro/2007 1,79 79,00% 34,58%

Março/2007 1,55 89,02% -13,41%

Abril/2007 1,36 38,78% -12,26%

Maio/2007 1,20 4,35% -11,76%

Junho/2007 1,40 25,00% 16,66%

Julho/2007 1,68 82,60% 20,00%

Agosto/2007 1,84 55,93% 9,52%

Setembro/2007 1,68 9,80% -8,69%

Outubro/2007 1,60 -9,09% -4,76%

Novembro/2007 1,57 22,65% -1,87%

Dezembro/2007 1,65 41,02% 6,45%

MÉDIAS ANUAIS ENTRE 2000 E 2007

ANO R$/KG VAR. % ANO R$/KG VAR. %

2000 0,91 14,57% 2004 1,49 2,75%

2001 0,97 6,47% 2005 1,35 -8,72%

2002 1,13 16,49% 2006 1,16 -14,70%

2003 1,45 28,31% 2007 1,55 33,62%Fonte dos dados básicos: JOX - Elaboração e análises: AVISITE

FRANGO VIVO - PREÇOS HISTÓRICOS E PREÇO EFETIVO EM 2007

PREÇO HISTÓRICO (MÉDIA 1987 2005): preço em dezembro do ano anterior igual a 100

PREÇO MÉDIO EFETIVO EM 2007: (R$/KG, granja, interior paulista)

R$ 2,00

R$ 1,80

110

R$ 1,60

105

R$ 1,40

100

R$ 1,20

95

R$ 1,00

90

R$ 0,80

85

80

DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Desempenho do frango vivo no mês de dezembro2007 foi encerrado com o melhor preço do trimestre, mas não do ano

Só pra contrariar, durante os 31 dias do mês de dezembro o fran-

go vivo comercializado no interior paulista permaneceu absolutamente estável, mantendo o mesmo valor al-cançado nos últimos oito dias de no-vembro, R$1,65/kg. A estabilidade, inédita em relação ao último mês do ano, apenas reforçou a tese de que o mercado paulista do frango vivo já não refl ete a realidade da avicultura de corte, visto que no varejo o com-portamento do setor foi normal para a época. Confi rmou-se também que a carne de frango é, cada vez mais, prato secundário nas Festas.

Na realidade, a estabilidade em dezembro foi apenas “para inglês ver”, pois o equilíbrio esteve limita-do, exclusivamente, ao valor nominal do produto, visto que na maior parte do período o mercado de aves vivas esteve sobreabastecido. A ponto de, em várias ocasiões, remunerar os produtores por preços inferiores aos “ofi ciais”. Mas não porque ocorre-ram excedentes do produto destina-do especifi camente a esse mercado e, sim, porque o mercado paulista de aves vivas tornou-se válvula de esca-pe da produção integrada.

Para resumir, o frango vivo pau-lista já não é mais referencial para análise econômica do setor. O que não impede de observar que, de 2000 para cá, os preços do produto acumulam variação de 70%, índice que corresponde à valorização mé-dia anual próxima dos 8% - resulta-do aparentemente satisfatório para a atividade. Mas não é bem assim. Pois enquanto nos três primeiros anos desta década a cotação média do frango vivo evoluiu 59% (R$0,91/kg em 2000; R$1,45/kg em 2003), nos últimos três anos essa evolução fi cou em apenas 4,03% (R$1,49/kg em 2004/ R$1,55/kg em 2007).

R$1,57 R$1,65

R$1,17

R$1,33

R$1,79

R$1,55

R$1,36R$1,20

R$1,40

R$1,68

R$1,84

R$1,68R$1,60

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Produção Animal | Avicultura 41

OVO BRANCO EXTRA Evolução de preços no atacado paulista – R$/Caixa de 30 dúzias

MÊS MÉDIAR$/CXA

VARIAÇÃO %ANUAL MENSAL

Dezembro/2006 35,55 10,34% 22,37%

Janeiro/2007 30,30 25,77% -14,76%

Fevereiro/2007 39,25 34,88% 29,54%

Março/2007 41,18 58,87% 4,92%

Abril/2007 37,83 43,90% -8,14%

Maio/2007 37,21 45,29% -1,64%

Junho/2007 43,56 59,09% 17,06%

Julho/2007 42,13 63,16% -3,28%

Agosto/2007 43,34 73,22% 2,87%

Setembro/2007 38,42 42,03% -11,35%

Outubro/2007 37,29 28,36% -2,94%

Novembro/2007 37,21 28,09% -0,21%

Dezembro/2007 45,30 27,43% 23,64%

MÉDIAS ANUAIS ENTRE 2001 E 2007

ANO R$/CXA VAR. % ANO R$/CXA VAR. %

2000 23,12 16,89% 2004 34,47 -13,11%

2001 24,07 4,11% 2005 33,48 -2,87%

2002 27,88 15,83% 2006 27,48 -17,92%

2003 39,67 42,29% 2007 39,37 43,27%Fonte dos dados básicos: JOX - Elaboração e análises: AVISITE

Desempenho do ovo no mês de dezembroMês das Festas proporcionou as melhores cotações

de todo o exercício

Como se previa desde o início do mês, o ovo obteve, em dezem-

bro passado, sua melhor cotação no-minal de 2007, registrando no perío-do preço médio de R$45,30/caixa, valor que superou em 27,43% e 23,64% as cotações alcançadas em dezembro de 2006 e em novembro de 2007, respectivamente. Esse valor também superou em quase 4% o re-corde (do ano) mantido desde junho, mês em que o produto alcançou pre-ço médio de R$43,56/caixa. No en-tanto, esse ganho se tornou absolu-tamente efêmero, visto que nesse curto espaço de seis meses o custo do milho, principal matéria-prima do setor, apresentou variação de 30%.

Apesar, porém, da valorização mais recente ou, mesmo, da excep-cional elevação dos custos (fator que deveria ter puxado ainda mais os pre-ços do produto), o ovo encerrou 2007 apenas com o segundo melhor preço médio da corrente década, ou seja, com remuneração ainda inferior àquela alcançada em 2003. Curiosa-mente, aliás, o comportamento ob-servado nos últimos dois anos, 2006 e 2007, é praticamente o mesmo re-gistrado em 2002 (diferença de 40 centavos em relação ao preço de 2006) e em 2003 (diferença de 30 centavos em relação a 2007). Note-se, de toda forma, que esses valores são nominais. Defl acionados, de-monstram que o “buraco” do ano que passou é bem maior do que o revelado na tabela.

OVO EXTRA BRANCO- PREÇOS HISTÓRICOS E PREÇO EFETIVO EM 2007

PREÇO HISTÓRICO (MÉDIA 1987 2005): preço em dezembro do ano anterior igual a 100

PREÇO MÉDIO EFETIVO EM 2007: (R$/KG, granja, interior paulista)

R$ 50,00 130

R$ 45,00 120

R$ 40,00 110

R$ 35,00 100

R$ 30,00 90

R$ 25,00 80

R$ 20,00 70

R$ 15,00 60

R$ 10,00 50

DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

R$3

5,55

R$3

0,30

R$3

9,25

R$4

1,18

R$3

7,83

R$3

7,21

R$4

3,56

R$4

2,13

R$4

3,34

R$3

8,42

R$3

7,29

R$3

7,21

R$4

5,30

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42 Produção Animal | Avicultura

PONTO FINAL

Seriedade do trabalho

realizado e parcerias

conduzem à justa e

plena valorização do

produto ovo

Silvana Pellicci LaudannaFarmacêutica Bioquímica de

AlimentosDiretora Comercial da

Granja OVOBOM e Coordenadora do

Grupo de Trabalho da UBA incumbido da Revisão da

Portaria nº 1/90,que há quase 18 anos

(21 de fevereiro de 1990)rege as normas gerais de inspeção de ovos e seus

derivados.

Com a atualização da legislação, a caminho da plena valorização do produto ovo

A cadeia produtiva de ovos está, há tem-

pos, engajada no objetivo de permear

por todos os segmentos envolvidos – os pró-

prios produtores, reguladores e consumidores

– não só os benefícios do ovo para a saúde hu-

mana, mas também o entendimento de que a

qualidade é fator intrínseco desse que é um dos

principais (e, sem dúvida, mais rico, do ponto

de vista nutricional) alimen-

tos da população brasileira.

Plenamente consciente

dessa necessidade, hoje a

grande maioria dos produ-

tores brasileiros está produ-

zindo dentro de padrões

que contemplam a indispen-

sável segurança alimentar.

O plantel brasileiro de

poedeiras comerciais apre-

senta ótimos índices de pro-

dutividade, com desempenho que supera os

padrões internacionais estabelecidos para cada

linhagem de ave. Isso, por si só, indica cuidado

e atenção não só no manejo, mas também no

trato sanitário do plantel e no bem-estar

animal.

A partir daí observa-se na atividade um es-

forço generalizado no sentido de proporcionar

ao consumidor um padrão de qualidade que es-

teja presente no produto em nível nacional. A

meta é trabalhar juntamente com os órgãos ofi -

ciais (em nosso caso, o DIPOA e ANVISA, dos

Ministérios da Agricultura e da Saúde) para a

revisão da legislação existente. Mas os objetivos

da atualização vão mais além, pois o setor acre-

dita que uma legislação aprimorada e adequa-

da incentive aqueles que ainda não atingiram o

patamar básico necessário a caminharem cons-

cientemente em direção a esse objetivo.

Todo o esforço do setor privado nesse senti-

do vem sendo efetuado através das associações

de classe e com a participação de profi ssionais

do setor. Nos Grupos de Trabalhos montados, a

meta é integrar a teoria à prática e avaliar a via-

bilidade real de implantação da teoria no “cam-

po” - sempre dentro de padrões que correspon-

dam à diversidade da produção brasileira de

ovos e que levem em conta todos os aspectos

pertinentes, como clima, região produtora, dis-

tâncias, infra-estrutura, etc.

Graças à seriedade do

trabalho realizado e à com-

petência dos profi ssionais

nele envolvidos vimos, pas-

so a passo, abrindo novos

caminhos e, o mais impor-

tante, conquistando o reco-

nhecimento dos órgãos pú-

blicos envolvidos. E ao criar

laços de parceria com o

MAPA e a ANVISA estamos

não só atuando uníssonos

em prol da avicultura de postura e da popula-

ção brasileira, mas também a caminho da justa

e plena valorização do produto ovo.

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