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RELATÓRIO E CONTAS ABRIL 09 A MARÇO 10

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vodafone portugal annual report 2009

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Page 1: Vdf 2009 Report

RELATÓRIO E CONTASABRIL 09 A MARÇO 10

Page 2: Vdf 2009 Report

RELATÓRIO E CONTASABRIL 09 A MARÇO 10

RELATÓRIO E CONTASABRIL 09 A MARÇO 10

REL

ATÓ

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E C

ON

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VO

DA

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GA

L AB

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09 a

MAR

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0

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RIO

E C

ON

TAS

VO

DA

FON

E PO

RTU

GA

L AB

RIL

09 a

MAR

ÇO 1

0

Page 3: Vdf 2009 Report

A Internet abriu a porta. Por ela entraram nas nossas vidas o Youtube, o Facebook, o Twitter, os podcasts, os blogs e milhares de novas plataformas que nascem todos os dias. Com elas ganhámos acesso a tudo. E o poder de fazer tudo. Criar um zoo de animais imaginários. Lançar uma “amazon” capaz de armazenar lixo para ser usado como matéria-prima. Procurar alguém que não vemos há séculos. É a democracia 2.0. Uma revolução identificada pela primeira vez na capa da revista Time quando, em 2006, escolheu para personalidade do ano “You” (cada um de nós). Hoje temos o poder de sermos a pessoa que sempre quisemos ser. Power to You.

Page 4: Vdf 2009 Report

Relatório e Contas 09 02

principais indicadores

Os anos fiscais da Vodafone Portugal referem-se ao período compreendido entre 1 de Abril e 31 de Março do ano seguinte.

Milhões de Euros

Total das Receitas Operacionais Receitas de Serviços Receita de Serviços sem Tráfego de Entrada

RECEITAS OPERACIONAIS

1.600

1.400

1.200

1.000

800

600

400

200

0

Cash Flow Operacional

2005 2006 2007 2008 2009

1.32

5,1

1.18

3,0

995,

2

1.39

3,0

1.25

8,3

1.08

0,5

1.51

1,3

1.35

7,9

1.16

9,3

1.49

5,7

1.34

9,8

1.19

6,6 1.

424,

3

1.28

0,1

1.16

8,6

Margem de EBITDA

QUOTA DE MERCADO DE RECEITAS DE SERVIÇOS MÓVEIS

45%

43%

41%

39%

37%

35%2005 2006 2007 2008 2009

Quota de Merdado excluindo Programa e-Escola Quota de Merdado incluindo Programa e-Escola

37,2%

38,8%39,8%

39,4% 38,9%

40,1% 40,3%

39,7%

CLASH FLOW OPERACIONAL E MARGEM SOBRE AS RECEITAS DE SERVIÇOS Milhões de Euros

600

500

400

300

200

100

0

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%2005 2006 2007 2008 2009

412,

4

34,9% 37,4% 39,3% 40,5% 42,6%471,

1 533,

2

546,

3

545,

6

Page 5: Vdf 2009 Report

03 Principais Indicadores

RESULTADO LÍQUIDO

NÚMERO DE CLIENTES (CARTÕES SIM) DE SERVIÇOS MÓVEIS REGISTADOS

NÚMERO DE COLABORADORES

INVESTIMENTO ANUAL EM ACTIVOS FIXOS

Milhões de Euros

Milhões de Euros

Milhares

300

250

200

150

100

50

0

6.000

5.000

4.000

3.000

2.000

2.000

1.500

1.000

500

0

200

150

100

50

0

Os anos fiscais da Vodafone Portugal referem-se ao período compreendido entre 1 de Abril e 31 de Março do ano seguinte. Os gráficos “Número de Clientes de Serviços Móveis Registados” e “Número de Colaboradores” reflectem a posição no final de cada ano fiscal.

2005 2006 2007 2008 2009

2005

2005

2005

2006

2006

2006

2007

2007

2007

2008

2008

2008

2009

2009

2009

169,

34.

276

1.72

5

1.71

3

1.65

8

1.64

1

1.57

0

4.75

1

5.20

9

5.63

9

5.95

2

204,

4

269,

0

275,

2

253,

8

169,

3 186,

6

186,

8

156,

4

190,

8

Page 6: Vdf 2009 Report

05 Índice

índice

Mensagem do Chairman | 07Mensagem do CEO | 09

01.1 2009 na Vodafone Portugal | 1501.2 Mercado de Telecomunicações Móveis | 1801.3 Enquadramento Legal e Regulamentar | 2001.4 Resumo da Informação Económica | 2501.5 Desempenho Operacional da Vodafone Portugal | 25

02.1 A Estratégia da Empresa | 3302.2 Síntese da Actividade da Empresa | 3502.2.1 O Mercado de Consumo | 3502.2.2 O Mercado Empresarial | 4102.2.3 A Rede de Telecomunicações | 4302.2.4 O Serviço de Apoio a Clientes e a Unidade de Operações | 4402.2.5 A Comunicação | 4602.2.6 Os Canais de Distribuição | 4802.2.7 O Equipamento Terminal | 4902.3 Sistemas de Informação | 5102.4 Controlo Interno e Gestão da Qualidade | 5202.5 Responsabilidade Social Empresarial | 5202.6 Recursos Humanos | 5402.7 Análise das Contas | 5702.8 Política de Investimentos | 6002.9 Proposta de Aplicação de Resultados | 6102.10 Perspectivas Futuras | 6102.11 Agradecimentos | 62

03.1 Órgãos Sociais | 6703.2 Lista de Participações dos Accionistas no Capital | 6703.3 Participação dos Órgãos de Administração e Fiscalização no Capital | 6803.4 Negócios entre a Sociedade e os seus Administradores | 6803.5 Certificação Legal das Contas | 69

04.1 Balanço | 7504.2 Demonstração dos Resultados por Naturezas | 7704.3 Demonstração dos Resultados por Funções | 7804.4 Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados | 7904.5 Demonstração dos Fluxos de Caixa | 9804.6 Anexo à Demonstração dos Fluxos de Caixa | 98

PRINCIPAISACONTECIMENTOS

RELATÓRIODE ACTIVIDADE

RELATÓRIOSE CERTIFICAÇÃO LEGAL

DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS

E ANEXOS

Page 7: Vdf 2009 Report

07 Mensagem do Chairman

mensagem do Chairman

O ano fiscal 2009/10 na Vodafone Portugal caracterizou-se por três aspectos fundamentais:

· A passagem de testemunho efectuada em meados do ano do cargo que durante cerca de 20 anos ocupei como Administrador Delegado/Presidente Executivo para o meu colega do Conselho de Administração António Coimbra.

· A consolidação da posição da Vodafone Portugal como co-líder no mercado de comunicações móveis a par do operador incumbente.

· A entrada da Empresa no mercado da televisão por subscrição com uma oferta competitiva, assumindo-se, desta forma, como um operador “quadruple play” (telefonia móvel e fixa, internet, televisão), tendo sido ainda iniciado um investimento significativo em infra-estrutura de fibra óptica até à casa do Cliente.

A passagem de testemunho

Em 1990 coordenei a finalização e formalização de um consórcio com investidores nacionais e internacionais para concorrer a uma licença de operador móvel GSM, constituindo-se então formalmente a empresa que vim a designar de Telecel. Desde o final de 1990 até ao início de 1991 coordenei a equipa que elaborou a proposta a apresentar a concurso. Essa proposta acabou por ser considerada como a vencedora, face a sete outros concorrentes, pelo respectivo júri em Outubro de 1991. Tornei-me então, na prática, o primeiro Colaborador da Empresa, desde logo como seu Presidente Executivo.

Durante cerca de 20 anos estive, como líder executivo, intensamente envolvido no projecto Telecel, mais tarde Vodafone Portugal, desde a sua génese e lançamento até à sua maturidade.

Durante estes anos a Empresa passou por marcos importantes: o início do serviço ao público em 18 de Outubro de 1992, a entrada em bolsa em 1996, a tomada de uma posição accionista maioritária pelo Grupo Vodafone em 1999, a mudança de marca de Telecel para Vodafone em 2001 e a retirada da Empresa da bolsa em 2003, passando então a totalidade do capital a ser detido pelo Grupo Vodafone. Nos últimos anos o processo de integração no Grupo Vodafone tem vindo a acentuar-se.

Atempadamente fomos preparando a minha sucessão de forma a permitir a concretização de uma suave e adequada passagem de testemunho para um novo líder executivo e restante administração executiva, ou seja, para uma equipa de qualidade capaz de garantir, neste enquadramento, o futuro da nossa Empresa.

Assim, no ano passado, em Julho de 2009, confirmei, em reunião do Conselho de Administração, a minha intenção de deixar o cargo de Administrador Delegado a partir de 1 de Setembro, permanecendo a partir dessa data como Presidente do Conselho de Administração, não executivo, por acordo com o Accionista. Ao mesmo tempo propus que o meu colega António Coimbra me substituísse como Administrador-Delegado/Presidente Executivo. De seguida foram, com o meu apoio, nomeados como administradores executivos pela Assembleia-geral dois dos mais seniores directores da Empresa, que se vieram a juntar aos já existentes. A nova equipa executiva é assim constituída por António Coimbra, João Couto, João Mendes Dias, Jorge Capelas Fernandes e Mário Vaz.

A consolidação da Vodafone Portugal como co-líder do mercado

O valor do mercado total de serviços de telecomunicações móveis estima-se em 3,1 mil milhões de euros nos doze meses findos em 31 de Março de 2010, tendo decrescido face ao ano anterior cerca de 4,7%, fruto da redução significativa das tarifas de terminação (expurgando as receitas do tráfego

ANTÓNIO CARRAPATOSOChairman

Page 8: Vdf 2009 Report

Relatório e Contas 09 08

de entrada a redução teria sido de “apenas” 1,4%) e da redução das restantes tarifas de retalho apesar do elevado crescimento anual registado nos minutos de voz de saída (cerca de 18%) e do crescimento em 2,4% nos dados (os quais incluem todos os serviços não voz) que já representam 23,2% do mercado.

A Vodafone Portugal em 2009/10 consolidou a sua quota de mercado de receitas do serviço móvel. Excluindo o impacto da oferta do programa e-Escola (programa governamental onde a Vodafone Portugal tem uma presença marginal), a quota de mercado da Vodafone Portugal em termos da receita de serviços móveis cresceu mesmo para os 40,3% (mais 0,2 pontos percentuais do que no ano anterior). A Vodafone Portugal confirmou, assim, a sua posição de co-líder no mercado de comunicações móveis, facto praticamente único a nível internacional para um segundo operador (que iniciou a sua actividade 4 anos após o operador incumbente).

A Vodafone Portugal consolidou também em 2009/10 a sua posição de liderança em segmentos de mercado fundamentais, nomeadamente: empresarial, jovens e dados/smartphones (neste caso no mercado “livre”, não considerando, portanto, o programa governamental e-Escola). Este é um segmento com elevado potencial e significativa taxa de crescimento que confirma a importância dos serviços móveis, não só para a comunicação de voz mas também para a comunicação de dados e acesso à Internet.

Todos estes resultados obtidos partiram de um plano estratégico bem elaborado e executado nos últimos 6 anos que permitiu à Empresa passar de uma quota inferior a 34% para mais de 40%. De realçar que tal foi alcançado sem prejuízo da rentabilidade, tendo a margem de EBITDA face às receitas totais de serviços crescido aproximadamente 9 pontos percentuais naquele período para 42,6%.

A nossa ambição e visão, a nossa diferenciação em termos de inovação, orientação e qualidade de serviço ao Cliente, a força e consistência da Marca, para além da ênfase que sempre colocámos na formação, desenvolvimento e motivação dos Colaboradores, foram as razões fundamentais para o sucesso obtido.

Vodafone Portugal cada vez mais um operador global de comunicações

É de salientar finalmente mais um passo importante que a Vodafone Portugal deu em 2009/10 no sentido de se tornar um operador mais global de telecomunicações. Em resultado das propostas continuadas que a Empresa fez junto do seu Accionista para aumentar o envolvimento da Empresa para além da área das comunicações móveis, a Vodafone Portugal passou a oferecer novos serviços baseados na tecnologia ADSL e fibra. Em Julho de 2009 a Vodafone Portugal lançou o serviço de IPTV complementar à oferta já existente de Internet e telefonia fixa. As nossas receitas de serviços na área não móvel têm vindo a crescer nos últimos 3 anos a uma taxa superior a 20%, alcançando em 2009/10 um montante superior a 40 milhões de euros.

Concluindo

Em 2009/10 consolidámos as nossas já fortes competências e alcançámos, mais uma vez, os principais objectivos a que nos tínhamos comprometido com o nosso Accionista, nomeadamente em termos de quota de mercado, de rentabilidade, de reconhecimento e vitalidade da Marca e de nível de satisfação dos Clientes e dos nossos Colaboradores. Este facto é tanto mais de salientar quanto a situação económica do nosso país se veio a revelar mais gravosa (afectando em particular as famílias e as empresas) do que inicialmente previsto no plano e orçamento anual. Para os anos mais próximos não se perspectiva uma melhoria significativa da situação económica do país.

Ao longo da sua existência a Empresa conquistou uma posição única de referência no mundo empresarial e no sector em que actua, tanto a nível nacional e internacional como no Grupo Vodafone. Para o futuro o desafio residirá em não perdermos esta posição de referência, se possível melhorando-a, ao mesmo tempo que nos mantemos como uma Empresa em crescimento.

Neste momento em que abandono as minhas funções executivas gostaria de reafirmar o enorme orgulho que sempre tive, e mantenho, nos Colaboradores da Vodafone Portugal, com os quais trabalhei dia-a-dia e lado a lado ao longo destas últimas duas décadas, e em tudo aquilo que em conjunto realizámos.

Faço votos para que a Empresa, agora sob a liderança da nova equipa executiva constituída, continue a prosseguir um caminho de sucesso para o qual, com todo o gosto, continuarei a contribuir enquanto seu Presidente do Conselho de Administração (Chairman).

Page 9: Vdf 2009 Report

09 Mensagem do CEO

mensagem do CEO

A Vodafone Portugal teve mais um ano de sucesso em 2009/10 (ano fiscal findo em 31 de Março de 2010): a Empresa liderou na satisfação dos clientes de telecomunicações, aumentou ainda mais os níveis de motivação e empenho dos seus Colaboradores, reforçou a sua quota de mercado (descontando o efeito e-Escola) e melhorou os principais indicadores do negócio, designadamente ao nível da margem operacional.

O ano 2009/10 fica também assinalado por um facto que deve ser registado neste Relatório: ao fim de dezoito anos à frente dos destinos da Vodafone Portugal, António Carrapatoso decidiu abdicar das funções executivas que desempenhou com reconhecido brilhantismo desde a fundação da Telecel em 1991. Mantém, no entanto, a sua ligação à Empresa como Presidente do Conselho de Administração (Chairman) e Presidente da Fundação Vodafone Portugal.

O processo de transição para a nova Equipa de Gestão (que iniciou funções em 1 de Setembro de 2009) foi cuidadosamente planeado para evitar qualquer eventual impacto operacional na Empresa. Esta nova Equipa de Gestão, que tenho o prazer de liderar, mantém os anteriores administradores João Couto (Área Financeira) e Jorge Capelas Fernandes (Tecnologia) e integra dois novos membros: Mário Vaz (Unidade de Negócios Particulares) e João Mendes Dias (Unidade de Negócios Empresariais). Os dois novos administradores são, também eles, profundos conhecedores da Empresa e do sector, com provas dadas na própria Empresa ao longo das suas carreiras profissionais. A nova administração executiva é, pois, uma equipa de gestão coesa, competente, experiente e competitiva, preparada para alcançar os ambiciosos objectivos traçados para a Vodafone Portugal e ultrapassar os desafios que terá que enfrentar no mercado onde desenvolve a sua actividade.

Refira-se que foi adverso o quadro macroeconómico em que a Empresa operou durante o ano fiscal que encerramos. A crise financeira internacional gerou uma profunda crise económica com forte impacto em Portugal, o que explica largamente a contracção do mercado português de telecomunicações em 2,0% nos doze meses findos em 31 de Março de 2010, quando observada a evolução do total das receitas de serviços.

O sector das comunicações móveis foi ainda afectado pela pressão contínua sobre as tarifas reguladas de interligação entre operadores, que foram reduzidas em cerca de 26%, em média, e pelo efeito do programa e-Escola, que artificialmente alterou as quotas de mercado de banda larga móvel em Portugal. Este efeito afectou particularmente a Vodafone Portugal dada a sua reduzida participação no programa e-Escola.

A Empresa, porém, ultrapassou mais uma vez os objectivos a que se tinha proposto e com os quais se tinha comprometido com o Accionista para este ano fiscal. Merece destaque o aumento da quota de mercado de 40,1% para 40,3% (não considerando o efeito artificial e-Escola) e a manutenção da liderança nos principais indicadores operacionais. A Vodafone Portugal foi, uma vez mais, reconhecida como o operador mais inovador, o operador que oferece mais valor aos seus Clientes e o operador com os Clientes mais satisfeitos, de acordo com estudos de mercado confirmados por um estudo do próprio regulador sectorial, Anacom.

O ano 2009/10 manteve coerente a continuidade na estratégia de afirmação da Vodafone Portugal como operador global de telecomunicações. A oferta empresarial de voz e dados fixos foi reforçada, lançou-se a oferta triple play com IPTV para particulares e anunciou-se o investimento em FTTH, cuja oferta de serviços para Clientes se iniciará em Junho de 2010.

No segmento de Clientes Particulares o ano fiscal caracterizou-se pela manutenção da tendência de crescimento. A crise económica afectou, no entanto, a evolução da receita por Cliente, o que exigiu um esforço suplementar para se tentar garantir o crescimento da quota de receitas através de uma oferta diferenciada de novos serviços móveis (como o Vodafone 360 ou a VitaNet) e do reforço da oferta de serviços para Casa (destaque para os resultados obtidos no IPTV na base de Clientes ADSL). Consolidámos, também, a liderança nas faixas etárias dos 10 aos 24 anos, merecendo as

ANTÓNIO COIMBRACEO

Page 10: Vdf 2009 Report

Relatório e Contas 09 10

ofertas Yorn especial destaque pela aceitação crescente que têm vindo a registar por parte dos nossos Clientes mais jovens.

Quanto ao segmento Empresarial, a Vodafone Portugal reforçou a sua liderança na área móvel, reconhecida por estudos periódicos e independentes realizados pela DataE. Em Março de 2010, a quota de mercado de clientes empresariais da Vodafone Portugal era de 43,9%, sendo a Vodafone Portugal o principal operador utilizado pelas empresas no nosso país. Reforçámos igualmente a nossa posição na vertente dos serviços fixos empresariais, quer através do lançamento de novos serviços, que deram resposta adequada às expectativas e necessidades dos Clientes, quer pela maior adesão de Clientes às soluções propostas.

No ano de 2009/10 manteve-se um especial enfoque na melhoria contínua da eficiência operacional, o que permitiu optimizar a estrutura de custos em 6% face ao período homólogo e melhorar a margem operacional (EBITDA sobre a receita de serviços) para 42,6% (aumento de 2,1 pontos percentuais face ao ano anterior), compensando assim a redução de receita observada. No Resultado Líquido registou-se uma diminuição de 7,8% em relação ao ano anterior, o que se deve a uma redução dos resultados financeiros em cerca de 26 milhões de euros na sequência, sobretudo, da distribuição de dividendos efectuada no ano, o que implicou um menor volume de aplicações financeiras.

Na área da Sustentabilidade, a Vodafone Portugal e a Fundação Vodafone Portugal continuaram em 2009/10 a promover programas muito importantes para o desenvolvimento da Sociedade de Informação, para o combate à info-exclusão, para a melhoria de acessibilidade de pessoas com necessidades especiais e para o acompanhamento dos impactos ambientais, directos e indirectos, decorrentes do negócio, entre outros.

Feita, em síntese, a análise ao ano fiscal 2009/10, quero deixar aqui um profundo agradecimento aos nossos Agentes, parceiros fundamentais no negócio: com o seu empenho profissional e alinhamento com a estratégia da Empresa, eles contribuíram fortemente para os resultados positivos que alcançámos. Do mesmo modo, expresso uma especial palavra de apreço e agradecimento aos nossos Colaboradores, que com entusiasmo, determinação e eficácia souberam actuar e vencer no mercado, apesar do ambiente económico adverso em que se desenvolveu a actividade da Empresa. Este relatório confirma que é perante as grandes adversidades que as melhores empresas sobressaem, revelando-se capazes de ter sucesso nos momentos mais difíceis – como é o caso – ainda que, para tal, seja imprescindível contar com os melhores Parceiros, Fornecedores e Colaboradores. A todos os que contribuíram de forma determinante para os excelentes resultados apresentados neste Relatório, em nome da Vodafone Portugal, a minha palavra de profundo agradecimento e reconhecimento.

Page 11: Vdf 2009 Report

Quero criar

PRINCIPAISACONTECIMENTOSPRINCIPAISACONTECIMENTOS

Page 12: Vdf 2009 Report

Quero criar

Page 13: Vdf 2009 Report

Quero criar um zoo imaginário. O maior zoo do mundo. Online. Com todos os animais alguma vez inventados pelo ser humano. A natureza recriada por nós. A fauna do país das maravilhas mentais. Com um exemplar de cada espécie. Ao vivo, em 3D. Unicórnios. Grifos. Cavalos alados. Krakens. King Kong. Ewoks. Grendels. Trolls. Filhos orgânicos da nossa imaginação. Todos no mesmo sítio. Falo com a minha irmã que tem aulas de desenho. Dá-me o contacto do professor que faz animação de jogos. Este mostra-me o software de modulação 3D usado em filmes. Vou a chats de ppl destas apps. Conto a ideia. Chatters curtem. Alinham. Ganhei 6 sócios. Um arquitecto, amigo meu, diz que faz o projecto do Zoo nas horas livres. Um buddy dele é viciado em fantasia e ficção científica. Nomeio-o “Chief creatures officer”. Dá um business card fixe. Ele adora. Recruta cromos de liceus por mail para o ajudarem a catalogar animais. Já somos 20. Mais 100 mil bichos. Surge a página no Facebook: FantaZoo. Em inglês, porque é cool. Já temos fãs. Mas precisamos de designers gráficos e programadores. Alguém conhece alguém que conhece alguém que traz mais 5. Já somos 25. Mais 3 programadores. E um biólogo. A trabalhar na minha garagem. Por turnos. O zoo fica pronto 6 meses depois. O primeiro a entrar é o unicórnio. Símbolo dos projectos utópicos. Vira ícone do FantaZoo. Um comment no facebook abre portas em NY. Uma produtora de animação 3D quer fazer o zoo. Para mostrar o potencial a Hollywood. Compra-o. Faz-me partner e CEO. Agora tenho um gabinete com vista para o Empire State Building e sou rico. Mas vou ter de sair. Preciso de alimentar o unicórnio.

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15 01. Principais Acontecimentos

principaisacontecimentos

ABRIL 2009

Vodafone Portugal, é a operadora com a rede de Banda Larga Móvel mais rápida, de acordo com os testes técnicos efectuados pela ANACOM às redes de Banda Larga (3G) dos operadores móveis.

Vodafone Portugal, em parceria com a Câmara Municipal de Setúbal, lança a Rede Sénior, um projecto-piloto que visa proporcionar aos idosos afectados pelo isolamento, uma melhor qualidade de vida.

Vodafone Portugal lança o “Concurso Apps Vodafone” que visa incentivar a criação e o desenvolvimento de pequenas aplicações para telemóvel (Apps) em Portugal.

MAIO 2009

Vodafone Portugal realiza mais uma série de Concertos Flash que, de Maio a Setembro, percorrem seis cidades do País. 14 bandas e DJs, onde se incluem Boss AC, Da Weasel, The Gift, Clã e DJs de renome no panorama nacional, fizeram desta iniciativa um enorme sucesso.

Vodafone Portugal, no âmbito das iniciativas Take Off, leva um dos seus Clientes mais 4 amigos a Barcelona para assistirem ao vivo ao primeiro concerto da tournée dos U2 de promoção do álbum “No Line on the Horizon”.

Vodafone Portugal introduz, no mercado português, o novo BlackBerry Storm, o primeiro smartphone com ecrã táctil clicável, desenhado em exclusivo para a Vodafone.

JUNHO 2009

Vodafone Portugal lança o primeiro serviço de Banda Larga Móvel com taxação por tempo – a Vita Net Light –, permitindo, com carregamentos de 10 euros, o acesso a 10 horas de utilização, sem qualquer limite de tráfego de dados, durante um período de 6 meses.

Vodafone Portugal lança promoção de Verão de Roaming, permitindo aos seus Clientes realizar chamadas ao preço do primeiro minuto do seu tarifário nacional, entre 1 de Julho e 30 de Setembro de 2009.

Fundação Vodafone Portugal e Hospital Pulido Valente apresentam o Sistema Telemold, um sistema inovador de monitorização dos níveis de oxigénio no sangue e a actividade física de doentes com insuficiência respiratória, medicados com oxigenoterapia de longa duração domiciliária.

Vodafone Portugal é o primeiro operador nacional e um dos primeiros do mundo a comercializar serviços baseados na tecnologia HSPA+64QAM que permite triplicar a velocidade máxima do serviço Banda Larga Móvel de 7,2 Mbps para 21,6 Mbps.

JULHO 2009

Vodafone Portugal proporciona a alguns dos seus Clientes a oportunidade única e inesquecível de viajar até Espanha, Japão, Canadá e Estados Unidos da América para assistir ao vivo a alguns dos melhores festivais de música a nível mundial.

Vodafone Portugal lança o novo HTC Magic, o primeiro smartphone disponível em Portugal com o sistema operativo Google Android.

Vodafone Portugal lança o seu novo canal de trânsito em tempo real no Vodafone live!, com mais de 100 câmaras disponíveis, o que o torna no mais completo serviço móvel de trânsito disponível em Portugal.

01.12009 NA VODAFONE

PORTUGAL

Page 15: Vdf 2009 Report

Relatório e Contas 09 16

Vodafone Portugal lança o serviço de Televisão Digital Vodafone Casa TV que, com mais de 100 canais e dotado das funcionalidades mais avançadas de Televisão, vem reforçar a sua oferta de serviços para a casa.

Vodafone Portugal efectua a primeira sessão de dados em Portugal usando a nova tecnologia HSPA+MIMO que permite utilizar a Banda Larga Móvel com uma velocidade máxima teórica de download de 28,8 Mbps.

Vodafone Portugal lança promoção inédita ao oferecer aos seus Clientes um bónus de €10 em todos os carregamentos, de €20 ou mais, e ao sortear diariamente, durante 23 dias, 100 Clientes que deixarão de pagar as suas comunicações móveis até ao final do ano.

Vodafone Portugal lança o serviço PhotoSharing, um novo serviço de partilha de fotografias, disponível para todos os Clientes no portal Vodafone live!.

Vodafone Portugal introduz no mercado português o novo iPhone 3G S da Apple nas versões de 16GB e 32GB.

AGOSTO 2009

Vodafone Portugal lança serviço “Última Hora”, o primeiro serviço de alertas gratuito que permite aos Clientes receberem por SMS, de forma gratuita, as notícias de maior relevância jornalística em primeira-mão.

Vodafone Portugal destaca-se como o operador com os Clientes mais satisfeitos do mercado de telecomunicações, surgindo classificada em primeiro lugar em todos os indicadores apresentados no estudo divulgado pela ANACOM.

SETEMBRO 2009

Vodafone Portugal revoluciona a convergên-cia Internet-telemóvel-PC com o lançamento do Vodafone 360 – um conjunto de novos e inovadores serviços de Internet para tele-móvel e PC que vem proporcionar a primeira experiência de Internet móvel verdadeiramente integrada.

Vodafone Portugal lança o concurso de aplicações “App Star” dirigido a programadores que pretendam desenvolver Aplicações especificamente para os novos telefones exclusivos do serviço Vodafone 360.

Vodafone Portugal reduz tarifas na sua Loja de Música e liberta de protecção contra cópias a totalidade do seu catálogo, tornando possível que, faixas adquiridas através de computador ou do telemóvel, possam ser transferidas para qualquer outro suporte digital, como leitores de MP3, CD e PC.

OUTUBRO 2009

Vodafone adopta a assinatura “power to you” dando início a uma nova forma de comunicar, a qual passa por salientar o seu contributo para que os Clientes possam tirar o máximo partido das oportunidades de que dispõem.

Vodafone Portugal inaugura o seu novo edifício na cidade do Porto, integrando num único espaço todos os serviços da Empresa, até agora dispersos por vários pontos da cidade.

NOVEMBRO 2009

Edifício Sede da Vodafone Portugal, é distinguido com o Prémio Valmor e Municipal de Arquitectura 2005, atribuído pela Câmara Municipal de Lisboa.

Vodafone Portugal celebra a 16ª edição dos MTV Music Europe Awards com o lançamento de uma edição especial e exclusiva do Sony Ericsson W715 e com a oferta de viagens para assistir ao vivo,

Page 16: Vdf 2009 Report

17 01. Principais Acontecimentos

em Berlim, ao espectáculo e aceder à after party.

Vodafone Portugal lança um inovador router 3G/HSPA para partilha da ligação de Banda Larga Móvel – o Vodafone Hotspot, ideal para partilhar o acesso à Internet via Wi-Fi com membros da família, grupos de trabalho ou de amigos.

Vodafone Portugal lança para os seus Clientes Empresariais o serviço Backup and Restore, com o qual é possível armazenar a informação dos seus próprios PCs de forma segura e automática.

DEZEMBRO 2009

Vodafone Portugal lança promoção para os seus Clientes particulares em que devolve aos Clientes aderentes dez vezes o montante que gastarem em Dezembro em chamadas nacionais de voz para a rede móvel Vodafone.

Vodafone Portugal, em parceria com a Microsoft, lança o serviço de televisão digital Vodafone Casa TV integrado na consola Xbox 360, sendo a primeira vez a nível mundial que um serviço de televisão é integrado numa consola de jogos.

Vodafone Portugal, Índigo e Screenvision lançam o “Vodafone Sound Experience”, uma inovação mundial ao nível do entretenimento e da publicidade que, vivendo exclusivamente do som, desafia a imaginação de cada um convidando-o a fazer parte da história.

Vodafone Portugal lança em exclusivo no país o HTC Tattoo, o novo equipamento com o sistema operativo Google Android com aplicações e hardware totalmente personalizáveis.

Vodafone Portugal lança o serviço de Mensagens de Texto do Facebook, tornando-se o primeiro operador do mercado português a lançar este serviço através de

SMS e MMS, com presença oficial no site do Facebook e disponibilizando-o para todos os seus Clientes de serviços móveis.

Vodafone Portugal e Sonaecom celebram acordo destinado a assegurar a colaboração recíproca na área da partilha e acesso a redes de fibra óptica de nova geração (RNG) nos principais centros urbanos.

JANEIRO 2010

Vodafone Portugal lança Vodafone Trade, uma nova oferta completa de serviços de voz, Internet e TV dedicada ao segmento de Comércio e Restauração.

Vodafone Portugal reforça o seu posicionamento como principal operadora fornecedora de soluções BlackBerry com o lançamento do BlackBerry Bold 9700 e do BlackBerry Storm2.

Vodafone Portugal realiza a primeira ligação de Banda Larga Móvel com recurso à tecnologia HSPA Dual Carrier 43,2 Mbps.

FEVEREIRO 2010

Vodafone Portugal lança, pela primeira vez em Portugal, o serviço “Vai passar na TV” possibilitando, aos seus Clientes do serviço de Televisão Digital, o acesso exclusivo a emissões de programas de televisão que ainda não foram para o ar.

MARÇO 2010

Vodafone Portugal lança serviço de mobile ticketing permitindo aos seus Clientes adquirirem e receberem bilhetes para o Rock in Rio-Lisboa no telemóvel, proporcionando- -lhes ainda o acesso ao recinto através de uma entrada exclusiva da Vodafone.

Vodafone Portugal tem acordos de roaming com 487 operadores de telecomunicações em 207 países/territórios e acordos de roaming 3G com 150 operadores em 78 países, 43 dos quais disponibilizando a tecnologia 3,5G/HSDPA.

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Relatório e Contas 09 18

Europa

O ano de 2009 no sector europeu das telecomunicações móveis ficou significativamente marcado pela deterioração do enquadramento macroeconómico, bem como pela manutenção das fortes pressões regulatórias sobre a receita, que conduziram a uma contracção das receitas de serviços de 2,8%, de acordo com estimativas de analistas de mercado.

Com efeito, apesar do forte dinamismo e competitividade do sector europeu das telecomunicações móveis ao longo de 2009, este foi incapaz de passar incólume a uma redução superior a 4% do PIB dos países que compõem a União Europeia e às medidas regulatórias que implicaram importantes reduções das taxas de terminação, bem como do preço das chamadas de voz e dos serviços de dados em roaming.

As receitas provenientes dos serviços de voz foram as mais penalizadas, tendo apenas sido parcialmente compensadas pelo crescimento das receitas de dados móveis, impulsionadas pela crescente adopção de smartphones e do acesso à Internet em mobilidade, seja através de placas de dados (dispositivos externos de ligação), seja através de computadores portáteis com placa de dados integrada (embedded data cards). Este é aliás, de acordo com analistas de mercado, um dos grandes desafios que o sector das telecomunicações enfrenta: a tendência para a redução das receitas provenientes dos serviços de voz – as quais ainda representam a maior fatia das receitas dos operadores –, em simultâneo com o necessário reforço da capacidade da rede de forma a suportar o aumento do tráfego de dados móveis que representam a grande maioria da utilização face à voz.

O sector das telecomunicações móveis europeu manteve, todavia, em 2009, um significativo crescimento do número de clientes que no final de Dezembro superava os 500 milhões. Analisando as taxas de penetração do serviço móvel na população constata-se que, à excepção de França, os restantes países constantes do gráfico – os quais são responsáveis por mais de 99% dos clientes de serviços móveis na Europa Ocidental –, têm taxas superiores a 100%. Este valor, ainda que demonstre bem o estado de evolução do sector das telecomunicações móveis no continente europeu, encontra-se inflacionado por vários factores, nomeadamente pela existência de múltiplos cartões por utilizador, pela coexistência de cartões inactivos ou ainda pela existência de cartões dedicados a diversos tipos de máquinas, equipamentos ou viaturas. Acresce ainda os cartões utilizados em placas de dados de acesso à Internet em mobilidade que têm vindo, sobretudo nos últimos anos, a ganhar expressão. Por estas razões, a taxa real de penetração dos serviços móveis será necessariamente inferior.

A taxa de penetração do serviço móvel em Portugal ascendia a cerca de 156% em 31 de Dezembro de 2009, bem acima, portanto, dos 124% estimados para a Europa Ocidental na mesma data, sendo a segunda taxa de penetração mais alta de entre os países europeus constantes do gráfico seguinte.

Os serviços pós-pagos continuaram, à semelhança dos últimos anos, a representar a maioria das novas activações no mercado, representando cerca de 44% da base total de clientes de serviços móveis na Europa no final de 2009, ou seja, um crescimento anual de cerca de 2 pontos percentuais.

01.2MERCADO DE TELECOMUNICAÇÕES MÓVEIS

TAXAS DE PENETRAÇÃO DE SERVIÇOS MÓVEIS EM PAÍSES EUROPEUS – 31.12.2009

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Taxa de Penetração Registada Europa Ocidental

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Fonte: Estimativas de analistas de mercado. Excepção para a taxa de penetração em Portugal, a qual foi calculada a partir da estimativa de clientes de serviços móveis (incluindo clientes de operadores MVNOs) e da população residente em Portugal divulgada pelo INE.

180%

150%

120%

90%

60%

30%

0%

172%

156%

149%

147%

139%

133%

132%

130%

128%

125%

121%

120%

120%

120%

114%

112%

97%

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19 01. Principais Acontecimentos

Para esta evolução contribuiu, sobretudo, o crescimento do parque de placas de acesso à Internet em mobilidade, bem como uma crescente adopção de smartphones – em especial no segmento empresarial.

Portugal

Apesar do dinamismo, competitividade e capacidade de inovação reconhecidos ao sector das telecomunicações móveis nacional, este foi, à semelhança do mercado europeu, negativamente influenciado pelo contexto macroeconómico e pelas pressões regulatórias que afectaram de forma determinante as receitas do sector.

As receitas de serviços de telecomunicações móveis ter-se-ão, assim, contraído cerca de 5% em 2009, atingindo 3,2 mil milhões de euros no período de Janeiro a Dezembro. Com efeito, o arrefecimento da economia – que se contraiu 2,7% em termos reais em 2009 e que foi acompanhada de uma taxa de desemprego superior a 10% – e a redução das tarifas de interligação móvel decretada pela entidade reguladora do sector (Anacom), tiveram um impacto decisivo no desempenho dos operadores, conduzindo a que as receitas do sector das telecomunicações móveis registassem um decréscimo.

Com o segmento da voz móvel maduro e sujeito a fortes pressões regulatórias, os operadores têm apostado no crescimento das suas receitas de dados e no investimento em novas tecnologias que proporcionem uma utilização melhorada de novos e avançados serviços. O ano de 2009 foi, por conseguinte, mais um ano de crescimento das receitas de dados móveis, que já representam cerca de 23% das receitas de serviços móveis dos operadores (o que compara com cerca de 21% em 2008), impulsionadas pelas receitas de dados non-messaging, as quais, de acordo com estimativas internas, terão crescido mais de 20% em 2009, representando mais de 60% das receitas de dados móveis geradas pelos operadores (cerca de 55% em 2008). Para esta evolução, contribuiu, à semelhança da tendência verificada na Europa anteriormente retratada, o crescimento das receitas provenientes do acesso à Internet em mobilidade, bem como o crescimento do parque de smartphones que, em ambos os casos, beneficiaram de fortes investimentos em rede por parte dos operadores de forma a acomodar aumentos significativos do tráfego de dados.

O ano de 2009 marca, porém, mais um ano de crescimento da base de clientes de serviços móveis em Portugal. De facto, embora o país apresente uma das mais elevadas taxas de penetração do serviço móvel na população a nível Europeu, os operadores foram capazes de adicionar mais de 900 mil serviços móveis ao longo do ano de 2009, elevando em mais de 5% a base de clientes de serviços móveis em Portugal para 16,6 milhões em 31 de Dezembro de 2009.

De notar, no entanto, que a taxa de penetração referida tem em conta o número de serviços móveis registados nas redes dos operadores, pelo que a penetração do serviço móvel na população será necessariamente inferior à indicada, a qual se estima acima dos 90%. Tal facto resulta, entre outros aspectos, da existência de utilizadores que dispõem de mais do que um cartão de acesso a serviços móveis, seja para uso pessoal, para uso profissional (de acordo com a entidade reguladora do sector, a Anacom, 10% dos clientes de serviços de telecomunicações móveis possui mais do que um cartão activo) ou para utilização de serviços em dispositivos de acesso à Internet em mobilidade. Para além deste aspecto, há ainda a acrescentar as situações de serviços de telecomunicações móveis afectos a máquinas, a equipamentos e a viaturas – de que são exemplos terminais de pagamento

EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CLIENTES DE SERVIÇOS DE COMUNICAÇÕES MÓVEIS EM PORTUGAL N.º de ClientesRegistados (milhões)

Taxa de Penetração Registada

16

14

12

10

8

6

4

2

0

160%

140%

120%

100%

80%

60%

40%

20%

0%

Número de Clientes de Serviços Móveis em 31 de Dezembro Taxa de Penetração Registada

1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 20092008

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Relatório e Contas 09 20

automático com recurso à rede móvel e alguns equipamentos de alarme, de segurança, de telemetria e de telemática – e, ainda, a coexistência, durante um determinado período de tempo, de cartões inactivos (não geradores de qualquer evento de comunicação taxado) na base de clientes dos operadores.

Em termos do tráfego de voz, e recorrendo aos dados publicados pelo órgão regulador do mercado, foram gerados nas redes móveis dos operadores nacionais 8,2 mil milhões de chamadas, entre Janeiro e Dezembro de 2009, representando cerca de 17,7 mil milhões de minutos de conversação, o que corresponde a acréscimos da ordem dos 9% e 16%, respectivamente, face ao ano anterior. Portugal, é aliás, um dos países onde o processo de migração Fixo-Móvel é mais acentuado em toda a Europa, com os minutos originados nas redes móveis a representarem, de acordo com analistas de mercado, mais de 70% do total do tráfego de voz, o que compara com uma média da Europa inferior a 60%.

Ainda de acordo com a Anacom, foram enviados em 2009 cerca de 25,5 mil milhões de mensagens (SMS), correspondendo a um crescimento de 9% em relação a 2008. Os crescimentos no tráfego de Voz e SMS são, sobretudo, o reflexo do lançamento pelos operadores de tarifários que privilegiam as comunicações dentro da mesma rede ou comunidade e que incluem generosos pacotes de mensagens gratuitas.

Um dos grandes dinamizadores do crescimento do sector em 2009 continuou a ser o serviço de acesso à Internet de banda larga móvel. De acordo com os dados publicados pela Anacom, o número de clientes dos operadores móveis que podem aceder à Internet em banda larga móvel cresceu 59,4% em 2009, ascendendo a um total de cerca de 3,8 milhões em 31 de Dezembro de 2009, dos quais 2,2 milhões estavam activos nesta data. A aposta dos operadores neste segmento do mercado, em paralelo com o programa governamental e-Escola e e-Escolinha, estão na base deste crescimento.

Em 2009, ao contrário da tendência na maioria dos países europeus, voltaram a ser os serviços pré--pagos os principais responsáveis pelo crescimento do mercado português em termos do número de serviços móveis. Para tal evolução contribuiu o esforço comercial por parte dos operadores de reforço da oferta de tarifários pré-pagos, designadamente para o acesso à Internet em mobilidade e de tarifários específicos para a utilização da Internet móvel em smartphones. Em 31 de Dezembro de 2009, os serviços pré-pagos representavam 73% do total do mercado.

Durante o ano de 2009, há que assinalar os seguintes desenvolvimentos no âmbito legal e regulamentar com impacto na actividade da Empresa.

Retenção de Dados

Em 6 de Maio de 2009, foi publicada a Portaria nº 469/2009 que veio fixar as condições técnicas de segurança a que devem obedecer os pedidos e a transmissão às autoridades competentes dos dados conservados em cumprimento da Lei nº 32/2008 (Lei de Retenção de Dados), bem como fixar a data de entrada em vigor da referida Lei para 5 de Agosto de 2009.

Recorde-se que a Lei de Retenção de Dados, publicada no decurso do exercício passado, obriga os prestadores a conservar um conjunto de dados de tráfego e de localização, bem como os dados conexos necessários para identificar o assinante ou o utilizador registado, durante o período de 1 ano, para fins de investigação, detecção e repressão de crimes graves por parte das autoridades competentes.

Entretanto, em 18 de Agosto de 2009, foi publicada a Portaria nº 915/2009, que veio estabelecer um período experimental de 3 meses durante o qual foi tornada facultativa a utilização da aplicação informática implementada para a apresentação de pedidos e transmissão às autoridades competentes dos dados conservados em cumprimento da Lei de Retenção de Dados, tendo este período sido prorrogado por mais 6 meses com a publicação da Portaria 131/2010, de 2 de Março.

Roaming

O Conselho de Ministros da União Europeia aprovou, em Junho de 2009, a alteração do Regulamento (CE) nº 717/2007, relativo à itinerância (roaming) nas redes telefónicas móveis públicas da Comunidade, a qual fixa novos preços para as comunicações de voz (a nível retalhista e grossista), para o envio de mensagens de texto – SMS (retalhista e grossista) e estabelece novas regras para as comunicações de dados.

01.3ENQUADRAMENTO LEGAL E REGULAMENTAR

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21 01. Principais Acontecimentos

A obrigação de disponibilização de uma tarifa para SMS (Euro-SMS) e de uma outra aplicável às comunicações de voz (Eurotarifa-Voz) não impede, no entanto, os operadores de oferecerem, adicionalmente, outras tarifas alternativas no âmbito do mesmo tipo de comunicações em roaming entre países da União Europeia / Espaço Económico Europeu.

A partir de 1 de Março de 2010, os operadores móveis tiveram, ainda, de disponibilizar um mecanismo automático de bloqueio do serviço de dados logo que atingido um determinado limite de consumo/utilização. Salvo para os clientes que optem por não usufruir desse bloqueio automático, a partir de 1 de Julho de 2010 tal mecanismo será activado por defeito logo que o consumo/utilização atinja os 50 euros (excepto se o cliente tiver escolhido outro limite disponibilizado pelo operador).

Revisão do Pacote Regulamentar das Telecomunicações

O Parlamento Europeu aprovou, em 24 de Novembro de 2009, o novo enquadramento regulamentar europeu para o sector das comunicações electrónicas, através do qual vem alterar as Directivas 2002/22/CE (Directiva Serviço Universal), 2002/58/CE (Directiva relativa à privacidade e às comunicações electrónicas), 2002/21/CE (Directiva Quadro), 2002/19/CE (Directiva de Acesso) e 2002/20/CE (Directiva de Autorização), bem como o Regulamento (CE) nº 2006/2004 relativo à cooperação entre as autoridades nacionais responsáveis pela aplicação da legislação de defesa do consumidor.

As novas regras devem ser transpostas para o direito nacional até Maio de 2011, destacando-se, de entre as alterações introduzidas, o reforço dos direitos dos utilizadores, possibilitando, por exemplo, que estes mudem de operador no prazo de um dia útil; a harmonização da gestão do espectro radioeléctrico na UE, tendo especialmente em vista a transição da televisão analógica para a digital até 2012; e a revisão das regras sobre a protecção dos dados pessoais e da privacidade que passará a exigir o consentimento dos utilizadores para a instalação de “cookies” e a impor a obrigação de notificação das quebras de segurança às Autoridades Reguladoras Nacionais e aos clientes.

A par da maior independência agora conferida às Autoridades Reguladoras Nacionais, foi também criado um novo Organismo de Reguladores Europeus das Comunicações Electrónicas (ORECE), que terá como missão assegurar uma concorrência leal e uma maior coerência na regulamentação sobre os mercados de telecomunicações.

Call Centres

No dia 29 de Novembro de 2009 entrou em vigor o Decreto-Lei nº 134/2009, de 2 de Junho, que veio estabelecer as regras a que deve obedecer a prestação de serviços de promoção, informação e apoio aos consumidores e utentes através de um centro telefónico de relacionamento (“call centre”).

De entre as inovações trazidas por este diploma, destacam-se a proibição de fazer o consumidor esperar em linha durante mais de 60 segundos, findos os quais deverá ser disponibilizada uma forma de deixar o seu contacto e identificar a finalidade da chamada, bem como a proibição de o profissional proceder ao reencaminhamento da chamada para outros números que impliquem um custo adicional para o consumidor (sem o seu consentimento) e a emissão de qualquer publicidade durante o período de espera no atendimento. Relativamente ao menu electrónico (IVR), caso exista, a lei estabelece que o mesmo não poderá conter mais do que 5 opções iniciais, devendo uma destas ser a opção de contacto com o profissional.

A Vodafone Portugal teve oportunidade de contestar em diversas sedes o facto desta lei não estar alinhada com a realidade do sector, em particular com a elevada qualidade do Serviço de Apoio a Clientes da Vodafone Portugal que tem sido repetidamente comprovada pelos diversos prémios que lhe foram atribuídos, pelos excelentes resultados obtidos em inquéritos de opinião, pela constante renovação da certificação de qualidade do serviço e pelos inúmeros exemplos de pioneirismo e inovação nesta área. A Vodafone Portugal sugeriu, por conseguinte, alterações à proposta de redacção deste diploma por forma a adaptá-lo em conformidade.

Espectro

a) 450–470 MHz

Na sequência do concurso público lançado durante o exercício passado para atribuição de um direito de utilização de frequências na faixa dos 450-470 MHz, a ANACOM decidiu, por deliberação de 20 de Maio de 2009, revogar o acto que atribuiu o direito de utilização de frequências para

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Relatório e Contas 09 22

a prestação do serviço móvel terrestre acessível ao público, por a empresa a quem foi atribuído este direito não ter prestado a caução a que estava obrigada para a prestação do serviço.

b) 2500-2690 MHz

Por deliberação de 17 de Junho de 2009, a ANACOM aprovou o relatório da consulta pública sobre a atribuição de direitos de utilização na faixa de frequências 2500-2690 MHz (também conhecida por faixa dos 2,6 GHz), prevendo que o lançamento do procedimento de selecção para a atribuição deste espectro ocorra em finais de 2010.

c) BWA

Na sequência da consulta lançada em Maio de 2009, por deliberação de 14 de Outubro, a ANACOM aprovou o regulamento do leilão para a atribuição de direitos de utilização de frequências para o acesso de banda larga via rádio (BWA) nas faixas de frequências dos 3400-3600 e 3600-3800 MHz. Nos termos deste regulamento, entre outros aspectos, é referido que os operadores que disponham de direitos de utilização de frequências em Portugal para a prestação do serviço móvel terrestre só podem candidatar-se a estas frequências num segundo leilão, se o espectro objecto do primeiro leilão não tiver sido consignado.

Por deliberação de 4 de Fevereiro de 2010, a ANACOM, atenta ao interesse manifestado por algumas entidades na continuidade de ensaios técnicos de BWA na faixa de frequências 3,4-3,8 GHz, bem como à data prevista para atribuição de direitos de utilização de frequências nesta faixa, decidiu prorrogar o prazo para realização desses ensaios técnicos até 31 de Março de 2010.

d) FWA

Na sequência do pedido efectuado pela Vodafone Portugal, a ANACOM decidiu, por deliberação de 17 de Junho de 2009, alterar o respectivo direito de utilização de frequências para a exploração do FWA, reduzindo o número mínimo de estações centrais a instalar pela Empresa em 2008.

e) GSM

A 20 de Outubro de 2009, foram publicadas no Jornal Oficial da União Europeia novas regras comunitárias (uma decisão e uma directiva, a qual actualiza a directiva GSM de 1987), que vêm permitir, de forma expressa, a coexistência de novas tecnologias com o GSM na faixa de 900 MHz, como é o caso do UMTS. As novas disposições possibilitam também a adaptação da atribuição de espectro nos 900 MHz, de modo a permitir a utilização de tecnologias de banda larga de débito elevado de quarta geração.

Estas medidas devem ser implementadas no prazo de seis meses, de forma a que as faixas de frequências atribuídas ao GSM possam efectivamente ser utilizadas, designadamente pelos serviços de terceira geração.

De forma a dar cumprimento ao disposto na legislação comunitária, em Abril de 2010 a ANACOM submeteu à audiência prévia dos interessados o sentido provável de decisão (SPD) sobre a unificação, num único título, das condições aplicáveis ao exercício dos direitos de utilização de frequências atribuídos à Vodafone Portugal, à TMN e à Sonaecom para prestação do serviço móvel terrestre, de acordo com as tecnologias GSM 900/1800 e UMTS.

De acordo com este SPD, as obrigações de cobertura constantes da licença UMTS, que se mantêm inalteradas, poderão ser asseguradas através dos sistemas GSM ou UMTS, ou de outros sistemas que futuramente a ANACOM venha a autorizar. De igual modo, neste SPD é também proposta a eliminação das obrigações existentes ao nível do número e localização das infra-estruturas a instalar, nomeadamente das estações base.

f) QNAF

Por deliberação de 31 de Março de 2010, foi actualizado pela ANACOM o Quadro Nacional de Atribuição de Frequências (QNAF) para 2010, sendo removidas as referências tecnológicas à norma GSM associadas às frequências dos 900MHz e 1800MHz, permitindo-se, assim, a utilização nestas faixas de qualquer tecnologia (por exemplo, UMTS), desde que compatível com o GSM.

g) Dividendo Digital

A ANACOM aprovou, por deliberação de 29 de Julho de 2009, o relatório da consulta pública relativa ao dividendo digital.

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23 01. Principais Acontecimentos

De acordo com o relatório da consulta, e apesar de não terem ainda sido tomadas decisões sobre o assunto, a posição da ANACOM transmitida ao mercado deve ser entendida como um ponto de partida e uma linha de orientação subjacente aos futuros processos decisórios sobre este tema, de onde se destaca o reconhecimento de uma possível atribuição da sub-faixa dos 790-862 MHz para serviços de comunicações electrónicas de banda larga.

Portabilidade

a) Alteração do Regulamento de Portabilidade

Em Julho de 2009, após o devido procedimento de consulta pública, o regulamento da portabilidade foi alterado de modo a clarificar as dúvidas suscitadas na sequência dos trabalhos de revisão e actualização dos Anexos I e II da especificação de portabilidade. De acordo com as alterações introduzidas, o prazo para a transmissão do pedido de portabilidade e o prazo para a resposta ao pedido electrónico de portabilidade passaram a ser de 48 horas e de 24 horas, respectivamente, os quais decorrem de forma seguida em dias úteis.

b) Código de Conduta

Em Março de 2010, a direcção da APRITEL aprovou um Código de Conduta da Portabilidade, onde se estabelece um conjunto de regras e de procedimentos a operacionalizar pelos operadores de telecomunicações com o objectivo de simplificar e agilizar a troca de informação entre os mesmos. De entre as vantagens que este código apresenta para os seus signatários, nos quais a Vodafone Portugal está incluída, destacam-se os procedimentos relativos à portabilidade indevida e a abolição do envio mensal para o prestador doador dos documentos de denúncia das portabilidades efectivadas.

Desenvolvimentos nas Ofertas de Referência

Durante 2009, foram actualizadas as principais ofertas de referência de serviços grossistas disponibilizados, por obrigação regulamentar, pela PT Comunicações, às quais a Vodafone Portugal recorre para a oferta de alguns dos seus serviços de comunicações. Destacam-se, em particular:

· ORALL (Oferta de Referência de Acesso ao Lacete Local): a aprovação, em 17 de Fevereiro de 2010, pela ANACOM, de um conjunto de alterações a introduzir pela PT Comunicações na sua oferta de referência veio melhorar as condições de acesso da Vodafone Portugal, designadamente em termos de transparência da informação fornecida sobre a rede e a sua evolução futura (nomeadamente no que respeita à deslocalização de lacetes locais), bem como dos parâmetros de qualidade de serviço disponibilizados e penalidades pelo seu incumprimento.

· ORAC (Oferta de Referência de Acesso às Condutas): a consulta aprovada pela ANACOM em 17 de Novembro de 2009 é suportada no pressuposto de que o acesso às condutas é um elemento fulcral na concorrência entre redes e, em particular, no investimento em Redes de Nova Geração. A ANACOM propõe-se, assim, reforçar os parâmetros de qualidade de serviço a que a PT Comunicações se encontra obrigada, bem como as penalidades pelo seu incumprimento, e obrigar a inclusão do acesso aos postes sob posse da PT Comunicações nessa oferta. Em 31 de Março de 2010 não tinha ainda sido emitida a decisão final sobre esta consulta.

· Reanálise dos mercados de Circuitos Alugados: a ANACOM deliberou, em 16 de Dezembro de 2009, proceder a uma reanálise dos mercados de fornecimento retalhista de circuitos alugados e de fornecimento grossista dos segmentos terminais (de que resulta a oferta regulada ORCA utilizada pela Vodafone Portugal na contratação à PT Comunicações de circuitos para a sua rede).

A ANACOM propõe-se segmentar regionalmente o país para o segmento de circuitos de interligação (entre centrais), declarando a PT Comunicações dominante nas regiões em que a ANACOM não identifica concorrência. No segmento terminal de circuitos (entre a central da PT Comunicações e as instalações do cliente), a ANACOM propõe-se declarar a PT Comunicações com posição dominante em todo o território nacional. Somente no mercado dos serviços em que a PT Comunicações detém posição dominante seriam objecto de regulação o preço e as respectivas condições de oferta. Em 31 de Março de 2010 não tinha ainda sido emitida a decisão final sobre esta consulta.

Redes Nova Geração

Durante o período transacto, o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações lançou vários concursos públicos para a instalação, gestão, exploração e manutenção de redes de

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Relatório e Contas 09 24

comunicações electrónicas de alta velocidade (redes de nova geração) nas zonas rurais (centro, norte, Alentejo, Algarve, Açores e Madeira), tendo a instrução dos mesmos ficado a cargo da ANACOM.

No dia 6 de Fevereiro de 2010, foram divulgadas as decisões de adjudicação dos concursos para as zonas norte, centro, Alentejo e Algarve. Os concursos das redes de nova geração da zona norte e da zona do Alentejo e Algarve foram adjudicados à empresa DSTelecom. A adjudicação do concurso referente à zona Centro recaiu sobre a empresa Viatel.

Decreto-lei n.º 123/2009

No dia 21 de Maio de 2009 foi publicado o Decreto-Lei n.º 123/2009 que define o regime jurídico aplicável à construção, ao acesso e à instalação de infra-estruturas e de redes de comunicações electrónicas.

Este diploma vem estabelecer novas regras aplicáveis ao processo de licenciamento para a construção deste tipo de redes, bem como algumas regras relativas ao acesso aberto a infra- -estruturas pertencentes a outras entidades que sejam aptas à instalação de redes de comunicações electrónicas e estabelecer a TMDP (Taxa Municipal de Direitos de Passagem) como a única taxa a aplicar, pelos municípios, pela utilização e aproveitamento dos bens do domínio público e privado municipal, para a instalação de redes de comunicações electrónicas.

O diploma cria igualmente um Sistema de Informação Centralizado (SIC) sobre os cadastros das infra-estruturas detidas pelos operadores de comunicações electrónicas e outras entidades da área pública, bem como introduz novas regras respeitantes ao acesso, pelos operadores, às infra-estruturas em loteamentos, urbanizações, condomínios e edifícios (ITUR e ITED), consagrando-se os princípios de abertura, de orientação para os custos e de não discriminação.

ITED e ITUR

No seguimento da publicação do Decreto-lei n.º 123/2009 acima referido, a ANACOM, por Deliberação de 25 de Novembro de 2009, aprovou as versões finais da segunda edição do Manual de Infra-estruturas de Telecomunicações em Edifícios (ITED) e da 1ª Edição do Manual de Infra- -estruturas de Telecomunicações em Loteamentos, Urbanizações e Conjuntos de Edifícios (ITUR), que entraram em vigor em 1 de Janeiro de 2010, embora ainda com algumas disposições transitórias.

As referidas normas regulamentares concretizam os princípios constantes do Decreto-lei n.º 123/2009 e destinam-se, essencialmente, a assegurar a implantação de redes de nova geração suportadas em fibra óptica e possibilitar a flexibilização da utilização das mesmas infra-estruturas (propriedade dos condomínios/condóminos) por vários prestadores de serviços de comunicações electrónicas.

Serviço Universal

Apesar de esperado, não se verificou, no período do exercício em análise, qualquer decisão sobre a prestação do Serviço Universal, sendo a mesma esperada em 2010.

a) Sistema Contabilidade Analítica PTC

Por deliberação de 16 de Dezembro de 2009, na sequência da auditoria realizada por uma empresa externa e da audiência prévia da visada, a ANACOM aprovou as declarações de conformidade do sistema de contabilidade analítica da PT Comunicações com as disposições regulamentares aplicáveis, relativas aos exercícios de 2004 e 2005, bem como as determinações e recomendações que visam o aperfeiçoamento do sistema.

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25

01.4RESUMO DA INFORMAÇÃO ECONÓMICA

Valores em milhões de euros 2009 2008 2007 2006 2005(Abr09-Mar10) (Abr08-Mar09) (Abr07-Mar08) (Abr06-Mar07) (Abr05-Mar06)

RECEITAS OPERACIONAIS

Prestação de Serviços 1.280,1 1.349,8 1.357,9 1.258,3 1.183,0

Venda de Equipamentos e Acessórios 120,0 122,9 136,1 119,6 131,1

Outras Receitas 24,2 22,9 17,3 15,1 11,0

Total das receitas operacionais 1.424,3 1.495,7 1.511,3 1.393,0 1.325,1

CUSTOS OPERACIONAIS

Custo Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas 178,1 203,3 217,5 201,5 217,3

Fornecimentos e Serviços Externos 554,0 606,2 615,5 575,6 575,9

Custos com o Pessoal 92,6 89,0 94,3 84,8 82,8

Amortizações e Ajustamentos do Exercício 215,1 207,8 209,8 203,1 204,5

Provisões 6,5 9,2 5,0 20,5 1,0

Impostos 27,1 25,5 27,8 24,6 22,8

Outros Custos Operacionais 0,4 0,8 0,2 0,3 0,2

Total dos Custos Operacionais 1.073,7 1.141,7 1.170,1 1.110,3 1.104,5

Resultados Operacionais 350,6 353,9 341,2 282,7 220,6

Resultados Financeiros -11,7 14,2 20,1 4,6 -5,8

Resultados Extraordinários 6,5 5,0 2,5 -2,3 9,6

Resultados Antes de Impostos 345,4 373,1 363,9 285,0 224,5

Resultado Líquido do Exercício 253,8 275,2 269,0 204,4 169,3

Cash Flow Operacional (EBITDA)* 545,6 546,3 533,2 471,1 412,4

Número Total de Clientes de Serviços Móveis Registados no Final do Ano (‘000) 5.951,5 5.639,3 5.209,2 4.750,6 4.276,3

Número de Novos Clientes de Serviços Móveis (‘000) 312,2 430,1 458,6 474,2 690,6

Receita Média Mensal por Cliente de Serviços Móveis Registado (Euros) ** 17,6 20,0 22,2 22,8 24,6

Investimento Anual em Activos Fixos 190,8 156,4 186,8 186,6 169,3

Investimento Acumulado em Activos Fixos 2.746,9 2.556,1 2.399,7 2.212,8 2.026,2

* EBITDA = Resultados operacionais + Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo.** ARPU móvel mensal = Receitas de serviços móveis / média mensal de Cliente durante o período / 12 meses.

01. Principais Acontecimentos

Para análise detalhada à informação económica apresentada, ver capítulo 2.7 – Análise das Contas.

Base de Clientes

Em 31 de Março de 2010, a Vodafone Portugal contava com uma base de Clientes do seu serviço móvel de 5,95 milhões, o que reflecte um crescimento anual de 5,5%. Entre Abril de 2009 e Março de 2010, a Vodafone Portugal atraiu para o seu serviço móvel mais de 312 mil Clientes, o que é particularmente relevante tendo em conta a elevada taxa de penetração do serviço móvel na população e a elevada competitividade que caracterizou o mercado ao longo do ano. Os novos Clientes angariados pela Vodafone Portugal permitiram à Empresa manter estável a sua quota de mercado em cerca de 36%. Eliminando, porém, o efeito do programa e-Escola, no qual a Vodafone Portugal apenas marginalmente participa, a quota de mercado seria superior em mais de 1 ponto percentual. Com efeito, a Vodafone Portugal estima que existam no mercado mais de 680 mil clientes activos dos serviços de Banda Larga Móvel no âmbito do programa e-Escola, situando-se a participação da Vodafone Portugal neste programa um pouco acima de 2%.

01.5DESEMPENHO OPERACIONAL

DA VODAFONE PORTUGAL

Page 25: Vdf 2009 Report

Relatório e Contas 09 26

Os produtos pré-pagos, caracterizados pela ausência de assinatura mensal e pelo pré-pagamento do serviço, continuaram a representar a grande maioria das activações líquidas no ano. Em 31 de Março de 2010, os Clientes destes serviços representavam aproximadamente 80% da base de Clientes de serviços móveis registados da Vodafone Portugal.

Salienta-se ainda no desempenho ao nível dos Clientes de serviços móveis, a consolidação da quota de mercado da Vodafone Portugal no segmento de Clientes Particulares, a qual, de acordo com o Barómetro de Telecomunicações da Marktest, se situa acima dos 40%. Com base na mesma fonte, assumem particular relevância os ganhos de quota de mercado registados no segmento dos jovens (entre os 15 e os 24 anos a quota da Vodafone Portugal ultrapassa mesmo os 50%).

Também no segmento de Clientes Empresariais a Vodafone Portugal manteve a sua liderança histórica, reforçando-a, inclusive, em todos os segmentos de empresas (analisadas pelo número de colaboradores), de acordo com o Barómetro de Telecomunicações Empresarial (DataE).

Receitas

A Vodafone Portugal gerou receitas totais operacionais e de serviços de 1,42 mil milhões de euros e de 1,28 mil milhões de euros, respectivamente, nos doze meses findos em 31 de Março de 2010. O total de receitas operacionais decresceu, assim, 4,8% relativamente ao ano de 2008, enquanto as receitas de serviços contraíram cerca de 5,2%.

Este desempenho é o resultado da descida das tarifas de terminação móvel decretadas pelo órgão regulador sectorial, bem como da deterioração do ambiente macroeconómico a nível nacional e internacional, com repercussões ao nível do consumo das famílias e empresas. Este aspecto implicou também uma redução do tráfego de roaming, cuja receita foi igualmente influenciada pela redução das tarifas impostas pela Comissão Europeia. Não considerando a componente de receita afectada pela decisão do regulador nacional, ou seja, a receita gerada pelo tráfego de entrada, a descida das receitas operacionais e de serviços teria sido menos de metade que a anteriormente referida, designadamente de 2,2% e de 2,3%, respectivamente, descidas estas que encontram justificação, sobretudo, na deterioração do ambiente macroeconómico.

As receitas totais operacionais compreendem as receitas de serviços (receitas provenientes dos serviços de telecomunicações), cujo peso no total ascende a cerca de 90%, e outras receitas, que incluem principalmente as vendas de equipamentos e acessórios. Na componente de receitas de serviços, o serviço móvel continua a predominar, ainda que se tenha assistido a um importante e encorajador crescimento das receitas do negócio fixo, no qual a Vodafone Portugal tem uma aposta forte com vista a crescer no mercado de telecomunicações e afirmar-se como operador global capaz de responder a todas as necessidades de comunicações dos seus Clientes.

Pese embora a redução verificada nas receitas de serviços móveis, importa referir que este desempenho não reflecte, porém, uma performance abaixo do expectável ou que traduza um enfraquecimento da capacidade competitiva da Empresa. Na realidade, os factores que afectaram o nível de actividade da Empresa afectaram toda a indústria, em particular a do móvel, no qual a Vodafone Portugal origina mais de 90% das suas receitas de serviços. Analisando o desempenho do mercado constata-se, com efeito, o reforço da competitividade da Empresa e a consolidação da sua quota de mercado.

Fonte: Relatórios da Empresa.Os anos referidos no gráfico referem-se ao período compreendido entre 1 de Abril e 31 de Março do ano seguinte.

TOTAL DE CLIENTES DE SERVIÇOS MÓVEIS

6.000

5.000

4.000

3.000

2.000

1.000

02005 2006 2007 2008 2009

Activações Líquidas

4.75

1 5.20

9

5.63

9

5.95

2

4.27

6

milhares

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27 01. Principais Acontecimentos

A Vodafone Portugal soube, de facto, manter a posição ambiciosa e competitiva que sempre a distinguiu, consolidando os ganhos recentes de quota de mercado nas comunicações móveis, a qual, excluindo o efeito estimado do programa governamental e-Escola, se situou em 40,3% nos doze meses findos em 31 de Março de 2010. Este desempenho é o corolário de uma série de 6 anos de ganhos consecutivos de quota de mercado em que a Vodafone Portugal conquistou mais de 6,5 pontos percentuais à concorrência.

Saliente-se que a necessidade de ajustar as quotas de mercado ao impacto do programa e-Escola advém do facto de, no âmbito desta iniciativa governamental, a subsidiação de placas de acesso à Internet em mobilidade, e respectivas comunicações, serem função dos compromissos assumidos pelos operadores aquando da atribuição da licença 3G. Os compromissos muito mais elevados dos dois mais directos concorrentes da Vodafone Portugal na área móvel traduzem um maior número de beneficiários do programa subsidiado por esses operadores, bem como um maior volume de receitas de serviços associado ainda que com um custo significativo. No final de Março de 2010, a Vodafone Portugal estima que o número de Clientes da Empresa no âmbito deste programa não ultrapasse os 2,3% do total de clientes aderentes ao programa e-Escola, os quais são responsáveis por pouco mais de 3% das receitas do programa. Importa contudo salientar que as receitas provenientes do programa e-Escola representavam já cerca de 41% do total das receitas de Banda Larga Móvel do mercado de Telecomunicações, resultado de um crescimento de mais de 13 pontos percentuais durante o último ano.

ARPU

A receita média mensal por Cliente registado (ARPU) da Vodafone Portugal foi de 17,6 euros nos doze meses findos em 31 de Março de 2010, representando uma redução de 11,9% em relação ao ano anterior. À semelhança do ano anterior, este decréscimo fez-se notar, sobretudo, no ARPU de interligação, em resultado da redução das tarifas de interligação móvel (a taxa de interligação móvel em vigor desde Abril de 2009, de 6,5 cêntimos, reflecte um decréscimo superior a 40% face à tarifa de terminação móvel máxima em vigor durante o ano de 2008).

De forma idêntica ao mercado, a redução do ARPU resulta da proliferação de segundos e terceiros cartões num mesmo cliente. Ainda que a existência de múltiplos cartões possa reduzir a receita de cada serviço móvel registado quando analisado isoladamente, tal não obriga, forçosamente, a uma redução da receita por cliente.

Para além disso, o lançamento de campanhas promocionais e de novas opções tarifárias, bem como a redução dos tarifários de comunicações em roaming, contribuíram, de forma conjunta, para a redução do ARPU em 2009. Importa, contudo, destacar que a Vodafone Portugal continua a ser o operador em Portugal com a receita média por Cliente mais elevada.

Capex

O investimento em activos fixos realizado pela Empresa em 2009 totalizou 190,8 milhões de euros, ou seja, cerca de 13% do total das receitas operacionais geradas ao longo do ano. O valor de capex de 2009 aumentou, assim, 22,0% face ao ano anterior, justificado sobretudo pela necessidade de um maior esforço da Empresa na área fixa, em particular, na construção de uma rede de acesso

Fonte: Relatórios da Empresa;ARPU = (receitas de serviços móveis / média mensal de Clientes de serviços móveis registados no ano) / 12 meses.Os anos referidos no gráfico referem-se ao período compreendido entre 1 de Abril e 31 de Março do ano seguinte.

EVOLUÇÃO DA RECEITA MÉDIA MENSAL POR CLIENTE DE SERVIÇOSMÓVEIS REGISTADO (ARPU)

25

20

15

10

5

02005 2006 2007 2008 2009

22,8

22,2

20,0

17,6

24,6

Euros

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Relatório e Contas 09 28

em fibra ao Cliente final (FTTH), baseada em tecnologia GPON, tendo em vista a sua disponibilização comercial em 2010. O Capex destinado ao negócio móvel conheceu também um crescimento de dois dígitos, tendo sido orientado para a expansão da cobertura da sua rede 3G e dotando-a de novas velocidades alcançadas pelas tecnologias HSPA+ nas quais a Vodafone tem sido pioneira em Portugal.

Rentabilidade Operacional

Apesar da crise económica e das pressões regulatórias sobre a receita que conduziram a uma redução das receitas da Vodafone Portugal pelo segundo ano consecutivo, a Empresa conseguiu alcançar mais um ano de franca melhoria da sua rentabilidade operacional. Essa melhoria é o corolário de um processo de optimização da sua estrutura de custos – tendo em vista conferir à Organização maior agilidade e flexibilidade num mercado de competitividade acrescida – e à introdução de uma maior racionalidade nos custos de aquisição e de retenção que conheceram uma significativa redução em 2009.

A redução de custos alcançada não implicou, todavia, qualquer penalização no nível de serviço prestado ao Cliente, renovando a Vodafone Portugal, uma vez mais, a sua liderança nos indicadores de percepção mais valorizados pelos Clientes (o operador mais inovador, com a oferta de equipamentos e serviços mais competitivos, o operador com os clientes mais satisfeitos, entre outros), de acordo com estudos de mercado levados a cabo por entidades independentes.

O EBITDA da Vodafone Portugal ascendeu a 545,6 milhões de euros em 2009, o que, reflectindo um ligeiro decréscimo anual de 0,1%, permitiu aumentar a margem de EBITDA (medida pelo peso do EBITDA nas Receitas de Serviços da Empresa) em 2,1 pontos percentuais, para 42,6%.

Fonte: Relatórios da Empresa;Os exercícios económicos da Vodafone Portugal apresentados no gráfico referem-se ao período compreendido entre 1 de Abril e 31 de Março do ano seguinte.

600

500

400

300

200

100

0

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0

Clash Flow Operacional Margem sobre as Receitas de Serviços

2005 2006 2007 2008 2009

CASH FLOW OPERACIONAL E MARGEM SOBRE AS RECEITAS DE SERVIÇOS Milhões de Euros

412,

4

34,9% 37,4% 39,3% 40,5% 42,6%471,

1 533,

2

546,

3

545,

6

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RELATÓRIODE ACTIVIDADE

descobrir

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descobrir

Page 30: Vdf 2009 Report

O meu pai foi um actor famoso. As pessoas apontavam-no na rua, viravam-lhe a cabeça e cuspiam no chão. Ele orgulhava-se disso Era o preço do realismo, dizia. As suas interpretações de branco maléfico marcaram a Bollywood dos anos 50. Era o rosto que os indianos adoravam odiar. “Antes a mim, do que uns aos outros” dizia, “eu, pelo menos, sou um personagem de ficção”. E era exactamente isso que ele sempre foi para mim. Uma ficção. Uma história contada pela minha avó sobre um homem que deixara o mundo dos homens antes de eu nascer e já só existia em película. Mas nem essa eu cheguei a conhecer. Os seus filmes não chegaram ao vhs e saíram de cena. O meu pai era uma história cheia de testemunhos, mas sem provas. Nem posters, nem fotos promocionais, nem filmes.

Durante muito tempo a ficção chegou-me. Servia de ice breaker e fazia de mim uma personagem tão singular quanto os vilões retratados por ele. Mas um dia cresci, tive um filho e dei-me conta de que pior do que me faltar um pai, era faltar a referência de um pai. Queria olhar para ele, vê-lo andar, ocupar um espaço, conhecer a sua voz.

Foram os seus filmes que me propus descobrir no dia do meu 30º aniversário. Comecei por googlá-lo. “Simiano”. Nada. “evil indian actors”. Nada. Seguiu-se o imdb.com. Nada. Liguei a todos os indianos que conhecia. Nada. Num país com mais de mil milhões de pessoas, é difícil acreditar nos six degrees of Kevin Bacon.

A minha avó também não se lembrava dos filmes. “Tinham nomes indianos, esqueci”. Naveguei em sites de clubes de vídeo. O dono de um deles, no Soho londrino, respondeu-me. Tinha um primo que explorava uma sala de cinema em Mumbai. Liguei-lhe. O padrasto guardava cartazes antigos num anexo. Enviou-me fotos por mms. Num poster escamado pelo tempo e pelos pixels, via-se Asha Kumar, a estrela da altura e, ao seu lado, surgia um nome quase apagado: “Simiannu”. Bingo! Liguei para Bollywood para saber do meu pai. Nada. Falei do filme. Nada. E da Asha? Também não, mas a telefonista era de Goa e enviou-me lista de telemóveis de pessoas do cinema. Mandei sms a todos. Um deles falou-me de uma página no facebook criada por um grupo de fãs. Meti conversa no chat. Asha Kumar reformara-se e vivia num lar em Londres. Fui visitá-la. Não tinha cópias do filme. Haviam ardido num incêndio há muitos anos. Fui-me abaixo. Desarmada pelo meu desalento, ela ausentou-se uns minutos. Quando voltou segurava uma pequena lata de película. Guardava como recordação, mas não sabia se eu estava interessado. Continha o casting dos vários papéis do filme. Um deles, do Simiano... Dois meses depois de ter começado, a minha busca acabara. O meu filho conheceria o avô. Mas, se não fizer diferença, acabo esta história mais tarde. É que marquei um encontro com o meu pai e já estou atrasado, 30 anos.

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33 02. Relatório de Actividade

relatório de actividade

Com uma oferta de serviços cada vez mais abrangente, a Vodafone Portugal define-se como um operador global de serviços de Telecomunicações, capaz de responder às várias necessidades de comunicação dos seus Clientes.

Fruto da competitividade e acrescida complexidade deste mercado, a diferenciação tem sido o grande pilar da estratégia e da actividade da Vodafone Portugal, permitindo à Empresa crescer no mercado português e afirmar-se como o maior operador de Telecomunicações a seguir ao operador histórico. São quatro os principais factores de diferenciação que a Vodafone Portugal privilegia e que a distinguem no mercado: · CRM – a melhor gestão do relacionamento e serviço ao Cliente· Marca – a melhor marca de serviços de Telecomunicações· Inovação – o operador com os serviços mais inovadores e relevantes para os Clientes· Convergência – a melhor oferta integrada de serviços de comunicações.

Alicerçada nas competências acumuladas em mais de 17 anos de serviço ao público, a Vodafone Portugal quer manter-se uma empresa em crescimento, ganhando quota no mercado global de telecomunicações nacional. Tal ambição pressupõe que a Empresa cresça, no mercado móvel, mais do que o mercado, mantendo a liderança no segmento empresarial e ganhando quota de mercado no segmento de consumo. Nos restantes mercados, a Vodafone Portugal pretende aumentar a sua presença de modo a ser reconhecida como a principal alternativa, credível e séria, ao incumbente no mercado global de comunicações. Outro dos focos estratégicos da Vodafone Portugal é a optimização da sua estrutura de custos que lhe confira maior agilidade e flexibilidade, essenciais num mercado cada vez mais competitivo. A prioritização na eficiência, na agilidade de execução e no rigor orçamental são, por conseguinte, áreas de elevada importância estratégica.

Na área móvel, e sem descurar os serviços de voz (ainda o principal gerador de receita da Empresa e do mercado), a Vodafone Portugal mantém uma forte aposta nos serviços de dados móveis, a área que mais tem crescido e que apresenta maior potencial. Prosseguindo a sua estratégia com base na diferenciação, a Vodafone Portugal tem vindo a reforçar a sua oferta com novos e inovadores serviços, designadamente ao nível da Banda Larga Móvel e da Internet Móvel, disponibilizando também novos e avançados equipamentos terminais.

Ao nível da Banda Larga Móvel, a Vodafone Portugal continuou a inovar, introduzindo e testando novas tecnologias e lançando novos serviços aos preços mais competitivos e suportados na melhor rede. Em termos de tecnologia, destacam-se, em Junho de 2009, o lançamento comercial do serviço de Banda Larga Móvel a velocidades até 21,6 Mbps, com recurso à tecnologia HSPA+ 64QAM, e a demonstração das tecnologias HSPA+ MIMO e HSPA Dual Carrier, que irão no futuro proporcionar velocidades de transmissão de dados até 28,8 Mbps e 43,2 Mbps, respectivamente. Também em termos de inovação tecnológica, importa destacar o lançamento, em Novembro de 2009, do Vodafone Hotspot, um inovador router 3G/HSPA, da nova geração de dispositivos inteligentes de Banda Larga Móvel, que permite ligar até cinco utilizadores, sem necessidade de ter um equipamento de dados adicional.

Mas a inovação nos serviços de Banda Larga Móvel não se confina à tecnologia. Depois de, no ano anterior, a Vodafone ter sido o primeiro operador em Portugal, e um dos primeiros em todo o mundo, a disponibilizar comercialmente um tarifário pré-pago de Banda Larga Móvel, a Vodafone Portugal foi também, em Junho de 2009, o primeiro no país a lançar um tarifário com taxação por tempo de acesso à Internet e sem limite de tráfego – o Vita Net Light -, facilitando, ainda mais, o controlo das comunicações de dados, em particular para novos utilizadores das tecnologias de informação.

02.1A ESTRATÉGIA DA EMPRESA

Page 32: Vdf 2009 Report

Relatório e Contas 09 34

Outra prioridade estratégica da Vodafone Portugal na área dos serviços móveis, prende-se com a definição de um conjunto de serviços e de equipamentos que promovam o aumento da utilização de smartphones e de Internet Móvel.

Ao nível da Internet no telemóvel, o lançamento, em Setembro de 2009, do Vodafone 360, veio revolucionar a forma como os utilizadores em Portugal interagem com o seu telemóvel, ao proporcionar uma experiência única e verdadeiramente integrada de Internet Móvel. Tendo como elemento central o Vodafone People, o Vodafone 360 proporciona aos Clientes um único livro de endereços para todos os seus contactos do telefone, e-mail, Facebook, Windows Live Messenger e Google, oferecendo também uma experiência ímpar na utilização das redes sociais e dos chats. Também no Vodafone 360, o Cliente tem acesso ao serviço Vodafone Mapas e a uma das maiores lojas de aplicações do mundo, a Apps Shop Vodafone.

Porque o acesso à Internet é cada vez mais móvel, e de forma a potenciar a sua utilização, a Vodafone Portugal lançou, em Junho de 2009, o seu novo portal móvel, o Meu Portal, o qual, provido de uma maior capacidade de personalização pelo utilizador e de uma melhor experiência de navegação nos conteúdos informativos e lúdicos, irá, progressivamente, substituir o Vodafone live!. Algumas inovações lançadas no Meu Portal incluem o serviço PhotoSharing, para a partilha de fotografias, o serviço gratuito de alertas noticiosos Última Hora, ou ainda o lançamento do novo canal de trânsito que, com uma cobertura nacional assegurada por mais de 100 câmaras, é o mais completo serviço móvel deste tipo do mercado. Mas também os canais de música e Mobile TV foram alvo de evoluções em 2009, tendo a Vodafone Portugal libertado de protecção contra cópias a totalidade das músicas incluídas no seu catálogo em Setembro de 2009, permitindo que as faixas adquiridas pelo Clientes possam ser ouvidas em qualquer leitor de música. No serviço Mobile TV, a Vodafone Portugal reforçou o seu serviço com três novos canais, elevando o número de canais de televisão disponíveis no telemóvel para 29.

Ainda no capítulo da Internet no telemóvel cumpre referir o reforço da oferta tarifária alargando e tornando mais competitivas as opções de preços disponíveis aos Clientes. Uma aposta da Vodafone Portugal nesta área passa por tirar partido da liderança da Empresa no segmento jovem para alcançar a liderança no segmento de utilizadores de Internet Móvel.

Os equipamentos terminais, em especial os smartphones, são um elemento central da estratégia da Vodafone Portugal nesta área. Criados em parceria com a Samsung, o Vodafone 360 Samsung H1 e o Vodafone 360 Samsung M1, são dois dos marcos mais importantes em 2009 em matéria de smartphones, proporcionando a melhor experiência do serviço Vodafone 360. Outros lançamentos que demonstram a clara aposta da Vodafone Portugal no reforço da sua oferta de smartphones, incluem o lançamento do novo iPhone 3G S e do HTC Magic, o primeiro smartphone disponível em Portugal com o sistema operativo Google Android. Para além destes terminais, vários smartphones foram ainda lançados pela Vodafone Portugal, alguns dos quais em exclusivo ou lançados em primeira mão em Portugal pela Vodafone, como, por exemplo, o Nokia E72, os BlackBerry Storm 9500, Storm 9520, Curve 8520 e Bold 9700, o HTC Tattoo ou o Sony Ericsson Satio.

Na prossecução do duplo objectivo de ser uma empresa em crescimento e ter uma presença relevante no mercado não-móvel, a Vodafone Portugal apostou em 2009 no desenvolvimento de uma oferta triple play (TV + Net + Voz), tendo lançado, em Julho de 2009, a sua oferta de televisão sobre xDSL, o serviço Vodafone Casa TV. Este lançamento concretiza uma etapa determinante na afirmação da Vodafone Portugal como operador global de telecomunicações.

Inicialmente disponível para os Clientes Vodafone Casa ADSL, o serviço foi alargado para todo o mercado português dois meses após o seu lançamento, disputando argumentos com os operadores há muito instalados neste mercado. A qualidade do serviço, dotado das mais avançadas funcionalidades de televisão digital, funcionará como um importante catalisador do crescimento e da fidelização da base de Clientes da Vodafone Portugal.

No âmbito da sua estratégia nesta área, a Vodafone Portugal iniciou a construção de uma rede de acesso em fibra óptica ao Cliente final (FTTH), com o objectivo de lançar comercialmente a sua oferta triple play em Junho de 2010. A oferta de serviços de FTTH da Vodafone Portugal incluirá todos os serviços já disponibilizados na tecnologia xDSL mas proporcionando larguras de banda substancialmente superiores, para além de obviar substancialmente os entraves causados pela dependência de terceiros da oferta ULL da Vodafone Portugal, com impacto directo no serviço prestado ao Cliente.

Ainda neste contexto, a Vodafone Portugal e a Sonaecom estabeleceram, em Dezembro de 2009, um acordo destinado a assegurar a colaboração recíproca na área da partilha e acesso a redes de fibra óptica de nova geração (RNG) nos principais centros urbanos.

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35 02. Relatório de Actividade

Em resposta ao ambiente competitivo e económico é fundamental assegurar a execução orçamental e promover o foco na eficiência da actividade da Empresa. O ano de 2009 da Vodafone Portugal é o exemplo acabado de uma execução plena em que todos os objectivos traçados no início do ano, apesar das dificuldades foram, de um modo geral, superados.

A Vodafone Portugal manterá o seu foco estratégico. Continuará a operar de modo a reforçar os níveis de excelência a que tem habituado os seus Clientes. Porque é ambiciosa, competitiva, inovadora e absolutamente determinada em ir além das necessidades de comunicação dos seus Clientes. Porque quer ser diferente e criar um sentimento de admiração em quem com ela interage, independentemente da forma como a contacta. Porque só assim pode a Vodafone Portugal continuar a vencer num mercado altamente concorrencial.

02.2.1 O Mercado de Consumo

Produtos e Serviços

Vodafone Casa

O ano de 2009 marca a entrada da Vodafone Portugal no mercado da Televisão Digital com o lançamento, em Julho de 2009, do serviço Vodafone Casa TV. Ao completar a sua oferta de triple play Vodafone Casa (Televisão, Internet e Telefone) a Vodafone Portugal concretiza, assim, uma etapa determinante na afirmação da Empresa enquanto operador global de telecomunicações.

O serviço conta com mais de 160 canais, incluindo os melhores canais de desporto, música, séries, filmes e documentários. Conta também com um videoclube com centenas de filmes e com as funcionalidades mais avançadas de televisão, como a alta definição de imagem (HD) – 10 canais e vários filmes em HD – e de som, Gravador Digital, Guia TV, Pausa TV e, pela primeira vez em Portugal, a opção ‘Passou na TV’, que permite (re)ver alguns dos programas dos últimos dias, e a funcionalidade de Gravação Remota (via Web e via Telemóvel). Em Fevereiro de 2010, a Vodafone Portugal completa a sua oferta de serviços avançados de televisão digital com o lançamento, pioneiro em Portugal, do serviço ‘Vai passar na TV’. Com este serviço a Vodafone Portugal permite aos seus Clientes de televisão digital aceder, de forma exclusiva, a programas de televisão antes da sua emissão.

Um outro desenvolvimento digno de realce foi a disponibilização, em Dezembro de 2009, do serviço Vodafone Casa TV integrado na consola Xbox 360, uma parceria entre a Vodafone Portugal e a Microsoft que criou pela primeira vez a nível mundial um serviço de televisão integrado numa consola de jogos. O Vodafone Casa TV na Xbox 360 integra as funcionalidades do serviço de televisão da Vodafone Portugal e da Xbox 360, possibilitando ao Cliente ver televisão e, ao mesmo tempo, estar ligado com os amigos para fazer chat de voz ou de texto, ou aceder às principais redes sociais.

Inicialmente disponível para os Clientes Vodafone Casa ADSL, com um competitivo tarifário TV + Net + Voz, o acesso ao serviço foi alargado para todo o mercado português, em Setembro de 2009, juntamente com um novo tarifário TV + Voz, vocacionado para quem não precisa de um acesso fixo à Internet, mas pretende todas as funcionalidades do serviço de televisão, ao melhor preço.

Já no primeiro trimestre de 2010, foi iniciada a fase piloto da rede de fibra óptica da Vodafone Portugal, que permitirá a utilização de velocidades substancialmente superiores e o acesso a um universo mais alargado de serviços, melhorando a experiência do serviço Vodafone Casa.

Banda Larga Móvel

Em 2009 a Vodafone continuou a liderar a inovação no serviço de Banda Larga Móvel em Portugal, disponibilizando aos seus Clientes a oferta mais competitiva e os equipamentos mais inovadores, suportados, também, na melhor rede.

Depois de, em Agosto de 2008, ter sido o primeiro operador em Portugal, e um dos primeiros a nível mundial, a introduzir o conceito de pré-pago na Banda Larga Móvel, em Junho de 2009 a Vodafone Portugal voltou a inovar tornando-se no primeiro operador nacional a disponibilizar um serviço de Banda Larga Móvel pré-paga com taxação por tempo e sem limite de tráfego. Com carregamentos a partir de €10, o Vita Net Light disponibiliza 10 horas de navegação, sem limite de tráfego, que podem ser utilizadas durante 6 meses. É o serviço ideal para quem utiliza a Internet de forma pontual ou está a iniciar-se nas novas tecnologias de informação.

02.2SÍNTESE DA ACTIVIDADE

DA EMPRESA

Page 34: Vdf 2009 Report

Relatório e Contas 09 36

Nos planos pós-pagos a Vodafone Portugal efectuou diversas alterações com o objectivo de melhor adequar as características dos seus planos à evolução das necessidades dos Clientes do serviço de Banda Larga Móvel. Assim, para além de um aumento da velocidade de acesso e do tráfego incluído em todos os planos, a Vodafone Portugal introduziu o conceito de tráfego ilimitado em dois planos da sua oferta, mantendo inalterado o valor da mensalidade.

Ainda no campo da inovação tecnológica, a Vodafone Portugal foi o operador que durante o ano de 2009 liderou a introdução de novas tecnologias para acesso a dados em Banda Larga Móvel. Após ter efectuado a primeira ligação de dados móveis com a tecnologia HSPA+ 64QAM (Fevereiro de 2009), que permite triplicar a velocidade máxima do serviço Banda Larga Móvel de 7,2 Mbps para 21,6 Mbps, a Vodafone foi também o primeiro operador em Portugal, e um dos primeiros do mundo, a disponibilizar comercialmente velocidades de 21,6 Mbps numa rede móvel, o que aconteceu em Junho de 2009. Um mês depois, a Vodafone foi também o primeiro operador em Portugal a testar a tecnologia HSPA+ MIMO com velocidades até 28,8 Mbps, voltando a inovar em Janeiro de 2010 ao realizar a primeira sessão de transmissão de dados com recurso à nova tecnologia HSPA Dual Carrier 43,2 Mbps.

Durante o ano de 2009 a Vodafone Portugal lançou no mercado diversos equipamentos para acesso ao serviço de Banda Larga Móvel, sendo o primeiro operador a disponibilizar comercialmente um equipamento que permite velocidades até 21,6 Mbps de download e até 5,4 Mbps de upload, a Vodafone Connect Pen K4505. Num mercado caracterizado por equipamentos em cor branca ou preta, a Vodafone Portugal voltou a diferenciar-se lançando o equipamento Vodafone Connect Pen K3565 em 5 cores diferentes. Ainda na senda do pioneirismo, a Vodafone Portugal foi, em Novembro de 2009, o primeiro operador a disponibilizar um router 3G para a partilha da ligação de Banda Larga Móvel até 5 equipamentos ou utilizadores, com bateria interna, sem necessidade de ter um equipamento de dados adicional e com velocidades de download até 7,2 Mbps e de upload até 5,7 Mbps, o Vodafone Hotspot.

Em termos da rede de Banda Larga, o estudo da Anacom divulgado em Abril de 2009 classificou a Vodafone Portugal como o operador com a rede de Banda Larga Móvel mais rápida, com uma velocidade de download 23% superior à média dos restantes operadores em Lisboa e 43% superior à média dos restantes operadores no Porto.

Vodafone 360

Lançado em Setembro de 2009, o Vodafone 360 representa a concretização da aposta estratégica da Empresa em facilitar e simplificar o processo de acesso à Internet no telemóvel. Ao revolucionar a forma como os utilizadores interagem com o seu telemóvel, o Vodafone 360 vem proporcionar aos Clientes a primeira experiência de Internet Móvel verdadeiramente integrada.

Materializados de forma totalmente integrada em dois terminais exclusivos criados em parceria com a Samsung (o Vodafone 360 Samsung H1 e o Vodafone 360 Samsung M1), os principais serviços do Vodafone 360 (designadamente, o acesso à Internet e ao portal Vodafone, a integração com redes sociais, o backup e a sincronização de contactos e a loja integrada de música, de jogos e de aplicações) têm vindo a ser progressivamente estendidos a toda a gama de smartphones comercializados pela Vodafone Portugal.

Vodafone People

O elemento central da gama de serviços do Vodafone 360 é o Vodafone People. Com o Vodafone People é possível reunir num único local todos os contactos do telefone, e-mail, Google, Facebook e Windows Live Messenger, bem como obter ou publicar actualizações de estado, oferecendo uma experiência ímpar de utilização das redes sociais. É também possível utilizar o chat com o Windows Live Messenger e o Google Talk a partir do telemóvel.

O serviço efectua regularmente uma sincronização automática entre o telemóvel e o computador, o que permite manter permanentemente actualizados todos os contactos do Cliente, bem como as actualizações de estado das redes sociais.

O Vodafone People foi concebido e desenvolvido em exclusivo pela Vodafone, encontrando-se disponível nos dois equipamentos Samsung exclusivos acima mencionados, bem como no iPhone e em vários telefones Nokia e Sony Ericsson, entre outros modelos.

Apps Vodafone

Durante o ano de 2009 a Vodafone Portugal lançou o programa de criação e distribuição de aplicações (Apps) para telemóveis. Esta iniciativa, lançada em simultâneo em oito outros operadores

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do Grupo Vodafone, incluiu a abertura de uma Loja de Apps Vodafone em Julho de 2009 e, ainda, a criação de uma plataforma e de ferramentas de desenvolvimento (SDK) totalmente abertas e disponíveis a todos os programadores que pretendam desenvolver as suas aplicações para os Clientes da Vodafone.

Além do contributo de algumas entidades portuguesas detentoras de conteúdos, assistiu-se, também, à participação alargada da comunidade independente de programadores. Para a dinamização da iniciativa foram lançados três concursos de Apps, nos quais foram entregues mais de 500 mil euros em prémios, e organizados eventos dedicados a esta iniciativa, não apenas em Portugal mas também noutros países aderentes ao projecto.

Vodafone live! e Meu Portal

2009 foi o ano em que a Vodafone lançou o seu novo modelo de portal móvel, a que deu o nome de Meu Portal. O Meu Portal, lançado em Junho de 2009, irá progressivamente substituir o Vodafone live! como elemento central do acesso à Internet no telemóvel. As grandes novidades do novo portal são a superior capacidade de personalização que é conferida ao utilizador e uma melhor experiência de navegação nos conteúdos informativos e lúdicos.

Em Abril de 2009 a Vodafone Portugal concretizou a reformulação de toda a sua área de Informação e Lazer no portal móvel, conferindo-lhe maior facilidade de navegação e interacção. Entre as várias alterações, merece destaque o lançamento de um novo canal de trânsito que, com uma cobertura nacional superior a 100 câmaras, é o mais completo serviço móvel deste tipo no mercado.

Em Julho de 2009 a Vodafone Portugal lançou o serviço PhotoSharing. Este serviço de partilha de fotografias, completamente gratuito, permite a qualquer Cliente Vodafone partilhar as suas fotos, tornando-as disponíveis para serem descarregadas pela comunidade de utilizadores.

No mês seguinte foi lançado o primeiro serviço de alertas gratuito em Portugal, o serviço Última Hora. Em parceria com o jornal Público, este serviço permite que os Clientes da Vodafone recebam por SMS, e sem qualquer custo associado, as notícias de maior relevância jornalística em primeira- -mão, tornando-se o serviço de alertas com o crescimento de subscritores mais rápido da Vodafone Portugal.

Na área da música, a Vodafone Portugal deu em 2009 alguns passos determinantes na concretização da sua estratégia em se posicionar como a principal montra de música móvel a nível nacional. Em Setembro de 2009, a Vodafone Portugal disponibiliza sem protecção contra cópias a totalidade do seu catálogo de música. Em simultâneo, a Vodafone Portugal lança novas tarifas de utilização do serviço Mobile Music, que permite a aquisição de faixas ao preço mais competitivo do mercado nacional. Estes foram passos importantes na liberdade conferida ao Cliente para utilizar as faixas que adquire em qualquer leitor de música digital. Adicionalmente, foi ainda lançada, em Dezembro de 2009, a modalidade “10 músicas mp3”, a qual permite aos Clientes da Vodafone Portugal descarregar, por mês, 10 músicas mp3 sem protecção.

No que respeita ao Mobile TV, a Vodafone Portugal elevou o número de canais disponíveis no seu serviço para 29, em Outubro de 2009. Em colaboração com a RTP Mobile a Vodafone Portugal disponibilizou, também, a transmissão em directo de 32 jogos da Liga Sagres 09/10, seleccionados de entre os jogos mais importantes de cada jornada e incluindo sempre um dos três grandes – Benfica, Porto, Sporting.

Convergência Móvel-PC-Internet

Facebook

A Vodafone Portugal lançou, em Dezembro de 2009, o serviço de Mensagens de Texto do Facebook, tornando-se, assim, no primeiro operador do mercado português a lançar este serviço através de mensagens escritas (SMS) e mensagens multimédia (MMS), com presença oficial no site do Facebook e disponibilizando-o para todos os seus Clientes de serviços móveis.

Com este serviço, os Clientes da Vodafone Portugal passaram, através de um simples SMS, a poder efectuar directamente no seu telemóvel as operações que realizam com maior frequência no site do Facebook – tais como, enviar e actualizar mensagens, publicar um comentário no “mural”, pesquisar e adicionar novos amigos, entre outras.

Este serviço de mensagens de texto permite também receber um conjunto de notificações gratuitas, igualmente por SMS, com informações sobre publicações no “mural”, pedidos de amizade

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recebidos, identificação em fotos, mensagens recebidas e actualização de mensagens pessoais dos amigos, entre outras operações. É ainda possível enviar fotografias ou vídeos por MMS, que ficarão imediatamente disponíveis no site do Facebook.

Serviço de trânsito em tempo real

A Vodafone Portugal e a TomTom efectuaram uma parceria exclusiva que tornou possível o lançamento da solução TomTom High Definition (HD) Traffic™ em Portugal em Outubro de 2009. A qualidade única da rede móvel da Vodafone Portugal, combinada com o inovador sistema de informação de tráfego da TomTom, permite oferecer aos condutores portugueses informação actualizada para que possam escolher a rota mais adequada.

Vodafone webphone

A Vodafone Portugal lançou em Dezembro de 2009 uma evolução do serviço Vodafone webphone, passando a permitir que qualquer utilizador no mundo, e não apenas os Clientes da Vodafone Portugal, possa utilizar o serviço.

Através de uma versão lite do Vodafone webphone, os utilizadores que não são Clientes Vodafone podem registar-se no serviço, bastando, para tal, fornecer apenas o seu endereço de e-mail. Os utilizadores desta versão podem efectuar chamadas de voz, vídeo ou trocar mensagens instantâneas com qualquer utilizador do webphone noutro PC.

Mobile Ticketing

A Vodafone lançou em Março de 2010 um serviço de mobile ticketing que permite aos seus Clientes adquirirem e receberem bilhetes electrónicos para o Rock in Rio-Lisboa no telemóvel, proporcionando-lhes ainda o acesso ao maior evento de música e entretenimento do mundo através de uma entrada exclusiva Vodafone.

Esta é a primeira edição do Rock in Rio, em todo o mundo, em que foi implementada uma alternativa de bilhetes exclusivamente virtuais, que dispensam o tradicional bilhete em papel. Entre as suas vantagens destacam-se a possibilidade de comprar bilhetes sem necessidade de deslocação, ou o reencaminhamento do bilhete para um amigo, na impossibilidade de o Cliente não poder comparecer.

Este lançamento inseriu-se no âmbito da estratégia da Vodafone Portugal para o desenvolvimento do comércio e transacções em meios electrónicos, visando facilitar o dia-a-dia dos seus Clientes, através da utilização do telemóvel como alternativa aos meios tradicionais de pagamento e de acesso a eventos.

Mobile Internet

O acesso à Internet através do telemóvel continuou a ser uma das prioridades da Vodafone Portugal durante o ano de 2009, tendo, neste sentido, sido desenvolvidas várias iniciativas ao longo do ano visando aumentar a utilização destes serviços.

Em Maio de 2009, foram lançadas novas opções tarifárias que permitiram aos Clientes passar a utilizar todas as potencialidades do seu telefone, no que respeita a serviços de Internet, sem surpresas quanto ao custo em que incorriam – os Aditivos Internet. Com efeito, a partir desta data, os Clientes Vodafone puderam seleccionar o Aditivo mais adequado à frequência e intensidade da sua utilização de Internet no telemóvel, pagando apenas a respectiva mensalidade, até ao limite de megabytes incluído.

Ao longo do ano, a Vodafone Portugal tomou ainda a iniciativa de oferecer estes Aditivos a Clientes que adquiriram um telemóvel com capacidade para acesso à Internet, para que, nos 3 meses após a compra, pudessem experimentar, gratuitamente e com tranquilidade, todas as funcionalidades do seu novo terminal. Em Dezembro de 2009, numa iniciativa de promoção da utilização da Internet no telemóvel entre os jovens, a Vodafone Portugal ofereceu também, durante 1 mês, o Aditivo Internet com 75 MB/mês a Clientes dos tarifários YORN Power Extravaganza e Vita 91 Extreme.

Mobile Advertising

Durante o ano de 2009 foram muitos os anunciantes que implementaram acções de comunicação e publicidade específicas para o telefone móvel. As marcas e as agências de publicidade utilizaram principalmente o portal Vodafone live! como formato para estas primeiras acções.

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39 02. Relatório de Actividade

Dado o grande interesse despertado pelas marcas para este novo meio, a Vodafone Portugal diversificou a oferta do portal Vodafone live!, ao lançar mais canais com publicidade e um novo formato – os links patrocinados. Introduziu também interactividade nos formatos já existentes no MB Phone e estendeu a sua oferta publicitária ao serviço Toking.

Roaming

Em Abril de 2009 a Vodafone Portugal antecipou-se às medidas regulatórias, planeadas para 1 de Julho, e reduziu os preços do tarifário Vodafone World dos seus Clientes Empresariais, permitindo--lhes usufruir de preços mais vantajosos nas comunicações de roaming de voz na União Europeia. No dia 1 de Julho, com a entrada em vigor das imposições regulatórias, os preços foram revistos para os restantes Clientes e para as comunicações não abrangidas pela alteração de Abril. Também a 1 de Julho de 2009 arrancou uma campanha de utilização para Clientes de Voz da Vodafone Portugal, no âmbito da qual, os Clientes puderam fazer chamadas em roaming ao mesmo preço por minuto que em Portugal, dispensando-se, assim, do pagamento da taxa fixa inicial aplicada no tarifário Vodafone Travel. Esta campanha decorreu até ao dia 30 de Setembro de 2009 nas comunicações em roaming em 19 países, incluindo os principais destinos da Europa.

A Vodafone Portugal contribuiu, ainda, para uma maior transparência e controlo dos custos nas comunicações dos seus Clientes em roaming, com o lançamento, em 1 de Março de 2010, de um serviço que permite monitorizar e barrar acessos a dados em roaming assim que seja ultrapassado um determinado limite monetário mensal definido pelo Cliente. Este serviço, em simultâneo com o Monitor de Dados em Roaming – uma página web gratuita que disponibiliza informação diária relativa aos consumos de dados em roaming –, permite aos Clientes monitorizar a utilização diária de dados em roaming, bem como os custos mensais associados.

No final de Março de 2010, a Vodafone Portugal detinha acordos roaming com 487 operadores de telecomunicações num total de 207 países/territórios. Na mesma data, a Vodafone Portugal oferecia aos seus Clientes com equipamentos 3G a possibilidade de os utilizar nas redes de 150 operadores em 78 países, 43 dos quais disponibilizando a tecnologia 3,5G/HSDPA.

Tarifários

Serviço voz móvel

No ano de 2009, a Vodafone Portugal manteve a sua estrutura simplificada de planos tarifários base, complementada com uma oferta de Aditivos que permitem beneficiar de melhores preços em comunicações específicas. Neste âmbito, foram lançados novos Aditivos para chamadas internacionais, concebidos a pensar nas principais comunidades de imigrantes em Portugal. Aderindo a um destes Aditivos, estas comunidades passaram a poder ligar, a partir do seu telemóvel, para números fixos e móveis do seu país com toda a comodidade e aos melhores preços. Os países em questão são Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Moldávia, Roménia, Rússia e Ucrânia.

Orientado para o segmento jovem, foi disponibilizada, em Março de 2010, uma nova modalidade de tarifários pré-pagos com comunicações nacionais a 0 cêntimos para a comunidade de Clientes que partilham este tipo de tarifários. Nesta nova versão dos tarifários não há lugar à cobrança de qualquer mensalidade para beneficiar das vantagens do plano, bastando para tal fazer carregamentos periódicos.

Neste ano, a Vodafone Portugal manteve também a estratégia de lançamento regular de promoções tarifárias, com o objectivo de disponibilizar aos seus Clientes condições ainda mais atractivas na utilização do serviço móvel. Destacam-se as seguintes promoções realizadas durante 2009:

· Julho/Agosto de 2009 – Promoção “Vai ser assim 100 vezes por dia”: com cada carregamento de €20 os Clientes ganharam um bónus de €10 e ficaram automaticamente habilitados a um sorteio diário, em que 100 vencedores por dia deixaram de pagar o seu gasto habitual de telemóvel até ao final do ano de 2009.

· Dezembro de 2009 – Promoção “Este Natal o presente é x10. Fale até não poder mais”: os Clientes aderentes receberam em Janeiro o montante gasto em Dezembro em chamadas para a rede móvel Vodafone Portugal, com 2 modalidades à escolha. Numa, os Clientes recebiam dez vezes o montante gasto, podendo utilizar este crédito nos 30 dias seguintes no mesmo tipo de comunicações; enquanto na segunda modalidade, era devolvido o valor gasto, sem multiplicar por dez, e sem limite de prazo ou tipo de utilização. O custo de adesão em ambas as modalidades foi de €3.

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· Fevereiro de 2010 – Promoção do Dia de São Valentim: os Clientes aderentes que carregaram €15 ganharam um bónus de €5 para partilhar com o seu Vodafone preferido, ou seja, €2,5 para o Cliente aderente e €2,5 para um número Vodafone à sua escolha.

No que respeita à estratégia de operação de baixo custo e preço baixo, a Vodafone Portugal manteve a sua aposta nos tarifários Vodafone Directo, centrados na simplicidade e transparência da oferta. Neste âmbito, foi ainda lançada a promoção “Mais fica para o Verão”, em que se ofereceu 25% de bónus nos carregamentos de €15, ou mais, efectuados entre 15 Julho e 31 de Agosto de 2009.

Banda Larga Móvel

Também ao nível do seu serviço de Banda Larga Móvel, a Vodafone Portugal efectuou em 2009 diversas alterações à sua oferta comercial, de modo a melhor ajustar as características dos seus planos tarifários à evolução das necessidades dos seus Clientes, tendo igualmente desenvolvido diversas campanhas e promoções para dinamizar a adesão ao serviço:

· Julho de 2009 – Campanha de oferta de 50% do valor do equipamento de Banda Larga Móvel ou oferta da opção de Happy Hour durante 12 meses (que permite ao Cliente usufruir de tráfego ilimitado das 2h às 9h) para todas as adesões ao serviço até 31 de Agosto de 2009.

· Agosto de 2009 – Lançamento do primeiro tarifário pós-pago com tráfego ilimitado durante 24 horas por dia, 7 dias por semana. Com este novo tarifário, passou a ser possível navegar na Internet sem quaisquer preocupações com custos adicionais ou a necessidade de controlo de tráfego.

· Setembro e Outubro de 2009 – Oferta da opção de Happy Hour durante 12 meses a todos os Clientes que aderissem ao serviço pós-pago de Banda Larga Móvel da Vodafone Portugal até ao dia 31 de Outubro e que, obviamente, não tivessem optado pelo plano ilimitado.

· Novembro de 2009 – Oferta das duas primeiras mensalidades para todos os Clientes que aderissem a um dos planos pós-pagos do serviço de Banda Larga Móvel até ao final de Dezembro.

· Novembro de 2009 – Oferta de um bónus de 10 horas aos Clientes do plano Vita Net Light que efectuassem o primeiro carregamento até ao final do ano.

· Fevereiro de 2010 – Promoção que ofereceu a todos os Clientes que aderissem ao plano ilimitado de Banda Larga Móvel um desconto na mensalidade de €5 para sempre.

· Março de 2010 – Promoção no qual a Vodafone Portugal reembolsou a totalidade do valor pago pelo equipamento em comunicações repartido por 24 meses.

Vodafone Casa

Ao longo de 2009, realizaram-se várias promoções dos serviços Vodafone Casa com o intuito de incentivar os Clientes a experimentarem os serviços de Televisão, Internet e Telefone fixo, de entre as quais se destacam:

· Julho de 2009 – Campanha “TV Grátis até ao fim do ano”, que conferiu aos Clientes ADSL elegíveis para o serviço de Televisão, a possibilidade de utilizar gratuitamente o serviço base de Televisão, até ao final de 2009, sem quaisquer custos de adesão ou compromissos de permanência.

· Novembro de 2009 – Campanha “TV Grátis até ao Verão”, que possibilitou, nas novas adesões até 30 de Janeiro de 2010, o acesso gratuito ao serviço de Televisão da Vodafone Portugal até 30 de Junho de 2010.

Foi ainda oferecido aos Clientes, de forma continuada, o custo da instalação e da portabilidade nas novas adesões ao serviço Vodafone Casa.

Programa de Fidelização

Durante o ano de 2009, a Vodafone Portugal manteve a aposta na dinamização do programa Clube Viva como forma de fidelizar os seus Clientes.

Neste programa são atribuídos pontos aos Clientes com base no valor das suas facturas ou carregamentos, segundo uma equivalência de 2 pontos por euro. Os Clientes poderão, depois, converter esses pontos em descontos em equipamentos (telefones ou banda larga móvel), em produtos Vodafone Casa, em pacotes de comunicações de voz, SMS ou MMS e ainda em descontos em conteúdos de entretenimento, tais como wallpapers, jogos ou toques.

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Em 2009 o programa Clube Viva colocou especial enfoque nos smartphones, incluindo nomeadamente os terminais Vodafone 360 Samsung H1 e Vodafone 360 Samsung M1, os quais permitem a melhor experiência de acesso aos contactos das redes sociais, navegação na Internet, acessos a aplicações, jogos e música.

Foi também dado especial destaque aos serviços de Banda Larga Móvel e Vodafone Casa, o que permitiu que o Clube Viva se afirmasse como uma das principais ferramentas de difusão destes serviços junto da base de Clientes.

02.2.2 O Mercado Empresarial

Produtos e Serviços

Em 2009, a Vodafone Portugal manteve a sua aposta no desenvolvimento de serviços em mobilidade, através do lançamento de serviços inovadores com os tarifários mais competitivos, reforçou a sua oferta de serviços para o escritório e continuou a lançar soluções em parceria.

Utilização em Mobilidade

É uma preocupação constante da Vodafone Portugal disponibilizar aos seus Clientes Empresariais produtos e serviços capazes de responder aos requisitos, em constante evolução, de cada negócio. Para tal, a Vodafone Portugal tem procurado estar na vanguarda do mercado na introdução de novas tecnologias (de que são exemplos as várias tecnologias HSPA+ já referidas anteriormente neste relatório, designadamente, 64QAM 21,6 Mbps, MIMO 28,8 Mbps e Dual Carrier 43,2 Mbps) e na criação de produtos e serviços inovadores e de valor para os seus Clientes Empresariais. Ao nível dos produtos e serviços, destaca-se, em Novembro de 2009, o lançamento de um inovador router 3G/HSPA para a partilha da ligação de Banda Larga Móvel – o Vodafone Hotspot. Este equipamento faz parte da nova geração de dispositivos inteligentes de Banda Larga Móvel, permitindo ligar até 5 equipamentos ou utilizadores, sendo, portanto, ideal para partilhar o acesso à Internet via Wi-Fi com grupos de trabalho ou empresas de pequena dimensão. O Vodafone Hotspot disponibiliza velocidades de download até 7,2 Mbps e de upload até 5,7 Mbps, possuindo ainda uma memória extensível, tornando-o uma plataforma flexível e robusta para armazenar e partilhar diversos tipos de conteúdos.

Na área do acesso ao e-mail e à Internet através do telemóvel, merece destaque, em Março de 2010, o lançamento do BES Express, destinado aos Clientes com equipamentos BlackBerry. O BES Express permite a qualquer empresa ter acesso, com menores custos, à sincronização de e-mail, dos contactos e do calendário com o servidor Exchange. Para além do menor custo face à opção anteriormente disponível, outra grande vantagem do BES Express foi tornar possível o acesso a soluções empresariais de BlackBerry a empresas de dimensão mais reduzida, pois não implica investimentos em hardware, podendo, inclusive, ser instalado no servidor Microsoft Exchange do próprio Cliente.

No que diz respeito às comunicações de dados em roaming, a Vodafone Portugal lançou um serviço que permite aos seus Clientes controlarem o montante gasto em dados em roaming. Com adesão gratuita, o serviço consiste em suspender o acesso a dados em roaming aos Clientes que atinjam, num determinado mês/ciclo de facturação, um valor acumulado de gastos igual ou superior a €50, ou outro limite pretendido pelo Cliente. Sempre que o Cliente atinja um valor acumulado igual a 80% e 100% daquele valor, são enviados SMS a informar. Assim que o valor limite seja atingido, é-lhe suspenso o acesso aos dados em roaming, sendo possível ao Cliente continuar a utilização após indicação nesse sentido.

Em matéria de terminais móveis, existiu uma clara aposta da Vodafone Portugal no alargamento e diversificação da sua oferta de smartphones, como é exemplo o lançamento do novo iPhone 3G S. A maior velocidade de processamento e de acesso a dados foram algumas das alterações de características deste novo modelo. Além deste terminal, vários terminais smartphones foram lançados pela Vodafone Portugal, alguns dos quais em exclusivo ou lançados em primeira mão em Portugal pela Vodafone, como, por exemplo, o Nokia E72, os BlackBerry Storm 9500, Storm 9520, Curve 8520 e Bold 9700, o HTC Tattoo, ou ainda o Sony Ericsson Satio.

Utilização no Escritório

A Vodafone Portugal reforçou em 2009 a sua oferta de serviços de voz e dados orientados para a utilização no escritório. O lançamento de novos serviços para segmentos de mercado específicos, bem como o alargamento da oferta de novos serviços complementares à oferta de Voz e Dados Fixos, foram as grandes apostas de 2009.

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Números Especiais

A utilização de Números não Geográficos por parte das empresas em Portugal serve vários propósitos, desde a simplificação dos pontos de contacto, à divulgação comercial de organizações de produtos e de serviços. O lançamento do serviço Números Especiais Vodafone veio permitir alargar a oferta da Empresa de soluções para utilização no escritório, ainda que estas chamadas possam ser atendidas nos telefones fixos ou móveis do Cliente.

Este serviço está disponível em três opções: Número Verde, que permite contactos dirigidos à empresa de forma gratuita para o utilizador ou cliente final; Número Azul, que difere da opção anterior pelo facto do custo da chamada ser repartido entre o utilizador e a empresa contactada; e a opção Número Único, que permite dar uma abrangência nacional à empresa que subscreve esta opção, divulgando um único número de contacto.

Vodafone Trade

Tendo em conta a dimensão do sector de actividade dos segmentos de comércio e restauração, foi lançado em Janeiro de 2010, o Vodafone Trade, uma solução de comunicações para servir as necessidades específicas destes segmentos. A Vodafone Portugal disponibiliza este produto em três opções: Voz, Voz+Dados e Voz+Dados+TV, podendo o Cliente adaptar as opções à sua situação em particular.

Backup and Restore

A Vodafone Portugal lançou, em Novembro de 2009, um serviço de guarda e protecção de dados que permite aos Clientes não só manter a sua informação segura, mas também garantir um conjunto de opções e automatismos que assegurem a acessibilidade da informação em qualquer lugar ou circunstância, garantindo, assim, que as PMEs tenham acesso a um serviço de Business Continuity que tipicamente está apenas ao alcance de Grandes Empresas ou Organizações.

Serviços Premium

As empresas de maior dimensão têm, ao nível dos serviços fixos de comunicação, necessidades específicas, quer ao nível da segurança do produto, quer também ao nível das garantias de serviços. Tendo em conta essas necessidades, a Vodafone Portugal criou toda uma família de produtos e serviços específica para este segmento – os Serviços Premium: Data VPN, Net Premium e Voz Premium.

Tirando proveito do investimento efectuado em anos anteriores na implementação da sua rede ULL, a Vodafone Portugal reestruturou a sua oferta de Redes Privadas de Dados (Data VPN). Esta oferta destina-se a organizações que necessitam de transmissões de dados seguras entre vários locais da organização.

O acesso à internet é um serviço que nas grandes organizações tem requisitos específicos no que se refere às características do produto, à garantia dos débitos de transmissão e aos níveis de serviços. Assim, igualmente potenciando a sua rede de transporte, a Vodafone Portugal reestruturou e tornou mais competitiva a sua oferta de conectividade à Internet para o segmento mais alto do mercado (Net Premium).

Os serviços de Voz continuam ainda a ser os mais utilizados a nível empresarial, existindo nas grandes organizações necessidades específicas para a sua prestação. O serviço Voz Premium, lançado em 2009, vai de encontro a essas necessidades, permitindo ligar as centrais telefónicas existentes nas grandes empresas, independentemente delas utilizarem tecnologia RDIS ou conectividade em IP.

Soluções em Parceria

Ao longo de 2009, a Vodafone Portugal procedeu ao alargamento e à reestruturação da sua oferta de serviços desenvolvidos em parceria e destinados a colmatar necessidades específicas de diferentes segmentos verticais do mercado. De entre estes destaca-se o lançamento, em parceria, de um serviço de navegação e de gestão de viaturas de transporte de doentes destinado à Cruz Vermelha Portuguesa.

Também em 2009, a Vodafone Portugal desenvolveu em parceria um novo serviço para gestão de frotas de viaturas ligeiras, denominado Amplifrota. Este serviço é vocacionado especialmente para o segmento das viaturas ligeiras e de transportes urbanos. Trata-se de um serviço bastante versátil, capaz de fornecer informação em tempo real do estado e da localização das viaturas e

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43 02. Relatório de Actividade

disponibilizar os respectivos relatórios de viagem ao gestor da frota. Dadas as pequenas dimensões do equipamento e a facilidade de instalação, é possível a sua instalação também em motociclos.

Tarifários

Banda Larga Móvel

Em Agosto de 2009, a Vodafone Portugal anunciou o lançamento do seu primeiro tarifário de Banda Larga Móvel com tráfego ilimitado durante 24 horas por dia, 7 dias por semana. Este novo tarifário permite oferecer aos Clientes as soluções mais adequadas a cada tipo, frequência e intensidade de utilização. As empresas passam a poder navegar sem preocupações com o tráfego, quer estejam no escritório ou em mobilidade, permitindo um controlo total dos custos, apontado como um dos problemas que as empresas enfrentavam.

Dirigidos a empresas que privilegiam a mobilidade total dos seus colaboradores, a Vodafone Portugal disponibilizou, em Fevereiro de 2010, novos tarifários de Banda Larga Móvel. Os novos tarifários reflectem uma simplificação da oferta (redução de cinco planos para quatro), um upgrade da oferta de 3,6 Mbps para 4,0 Mbps e, ainda, a introdução de tráfego ilimitado, não promocional, nos planos 6,0 Mbps e 21,6 Mbps. Adicionalmente, a possibilidade de aderir à opção de Utilização Ilimitada passou a estar disponível no horário nocturno (das 2h às 9h).

Mobile Internet

Na área do acesso ao e-mail e à Internet através do telemóvel, a Vodafone Portugal realizou várias alterações à sua oferta comercial durante o ano de 2009.

Para os Clientes que têm uma utilização pontual da Internet no telefone, a Vodafone Portugal reformulou as suas tarifas, criando uma tarifa diária única de €1 por 10MB ou €3 por 50MB de tráfego que lhes permite utilizar todas as funcionalidades de Internet incluídas no seu telefone, como consultar sites, ver o seu e-mail ou utilizar o A-GPS.

No seguimento da reestruturação dos aditivos empresariais efectuada no final do ano anterior, foi lançada uma nova oferta de aditivos de e-mail e Internet para acesso no telemóvel mais adequada às reais necessidades dos Clientes. Estes aditivos têm 75MB, 250MB, 500MB e 2GB de tráfego incluído. Os aditivos permitem o envio de alertas SMS assim que determinado volume de tráfego, definido pelo Cliente, é atingido.

Serviço voz móvel

Na área da voz móvel, 2009 foi essencialmente um ano de estabilização e de pequenos ajustes à oferta comercial lançada no final do ano anterior. De forma a flexibilizar os tarifários empresariais, foram criadas as Vitamina Business, com e sem carregamentos obrigatórios. Para Clientes que pretendiam uma solução pré-paga, sem compromisso mensal, foi disponibilizada a opção Vita Business na versão Total (tarifa única para todas as redes) e 91 (tarifa preferencial para a rede da Vodafone).

Como já vem sendo hábito, a Vodafone Portugal efectuou a sua campanha de roaming durante o período de Julho a Setembro de 2009. Esta acção permitiu aos Clientes falarem nos operadores Vodafone de 19 países, ao preço do primeiro minuto do seu tarifário nacional. Foi igualmente disponibilizado aos Clientes um tarifário profissional Vodafone Europe que inclui 250 minutos que podem ser utilizados nas chamadas nacionais, internacionais e de roaming in e out, sempre com o mesmo tarifário. Este tarifário é especialmente indicado para empresas que utilizam frequentemente comunicações em roaming.

02.2.3 A Rede de Telecomunicações

O ano de 2009 confirmou a robustez e a fiabilidade da rede da Vodafone Portugal, a qual ficou mais uma vez reconhecida nas conclusões do último Índice Nacional de Satisfação de Clientes, divulgado pela Anacom em 2009, que atribui aos Clientes da Vodafone Portugal os maiores níveis de satisfação com a rede do seu operador. Um outro testemunho da robustez da rede ficou patente durante a catástrofe na Madeira, em Fevereiro de 2010. Apesar de todas as adversidades causadas pelo forte temporal que assolou a ilha, a rede da Vodafone Portugal foi a única a manter-se operacional durante todo o período, prestando, desta forma, um enorme contributo às entidades envolvidas nas operações de resgate e salvamento e de apoio às vítimas.

Durante o período de Abril de 2009 a Março de 2010, a Vodafone Portugal continuou a expansão da cobertura da sua rede 3G e liderou o mercado em termos de inovação tecnológica, lançando

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e testando novas tecnologias de serviços HSPA+ que reflectem uma clara evolução da rede no suporte a serviços de Banda Larga Móvel.

Com efeito, após ter sido o primeiro operador português a efectuar ligações de dados em HSPA+ (em Fevereiro de 2009), a Vodafone foi, em Junho de 2009, o primeiro operador em Portugal, e dos primeiros do mundo, a comercializar velocidades de download até 21,6 Mbps numa rede móvel suportada na tecnologia HSPA+ 64QAM. Esta tecnologia está actualmente disponível em toda a zona da Grande Lisboa, chegando em breve também ao Porto e ao Funchal.

Um mês depois, em Julho de 2009, a Vodafone Portugal foi também o primeiro operador em Portugal a testar a tecnologia MIMO, a qual permite utilizar a Banda Larga Móvel com uma velocidade máxima teórica de download de 28,8 Mbps.

Em Janeiro de 2010, a Vodafone Portugal deu mais um exemplo do seu ímpeto inovador ao efectuar a primeira sessão de transmissão de dados, com recurso à nova tecnologia HSPA Dual Carrier 43,2 Mbps. Esta tecnologia constitui um importante passo do desenvolvimento da tecnologia 3G/HSPA (High Speed Packet Access) ao utilizar a agregação de dois canais de rádio adjacentes para aumentar a velocidade de acesso e, dessa forma, melhorar significativamente a experiência dos Clientes no acesso à Internet em mobilidade.

Quanto à rede de transmissão de backhaul, a Vodafone Portugal continuou a expansão da sua rede de fibra para o acesso, com recurso em exclusivo a tecnologias metroethernet. Os trabalhos de expansão incidiram não apenas nas regiões metropolitanas da Grande Lisboa e Grande Porto mas também noutras cidades como Faro, Setúbal, Funchal e Ponta Delgada. Em paralelo, foi testada e preparada a introdução da tecnologia de rádio IP, que permitirá suportar os serviços de Banda Larga Móvel em regiões onde o acesso por fibra aos cell sites não seja possível. Na sequência do processo de transformação da rede de acesso móvel para rede IP, iniciado em 2008, a Vodafone Portugal generalizou em 2009 esta abordagem e implementou todas as expansões e upgrades da rede (NodeBs, RNCs e transmissão) com recurso a esta tecnologia, preparando-a para a forte evolução dos serviços de dados móveis esperada durante os próximos 2 anos.

O ano de 2009 marca também o lançamento de vários projectos de colaboração e sinergias com o Grupo Vodafone, em particular com a Vodafone Espanha. Destacam-se nesse domínio um projecto de ligações transfronteiriças para a conexão de cell sites e um projecto de criação de VPNs de dados para clientes ibéricos, ambos já em operação. Foram igualmente realizadas consolidações ao nível dos serviços de rede com vista a torná-la mais eficiente, não só em termos de custo, mas igualmente ao nível do suporte.

Na rede core, a Vodafone Portugal testou e implementou a tecnologia MSC in Pool na totalidade da sua rede, o que permitiu, não só aumentar a eficiência de recursos, como também atingir uma maior resiliência da rede ao nível dos comutadores, o que até aqui não era possível na rede core GSM/UMTS. Na rede core packet foi mantida a estratégia de migração para o All-IP preparando a sua evolução para o EPC (Evolved Packet Core).

Relativamente aos serviços de convergência fixo-móvel, o ano de 2009 ficou marcado pela consolidação das soluções convergentes baseadas em tecnologia IMS/NGIN, especialmente orientadas para o mercado empresarial. A capacidade demonstrada pela equipa da Vodafone Portugal neste domínio permitiu desenvolver serviços e aplicações para outros operadores do Grupo Vodafone, reforçando a imagem de inovação e pioneirismo tecnológico da Vodafone Portugal.

No que diz respeito à rede fixa, merece destaque o lançamento da oferta de televisão sobre xDSL – o serviço Vodafone Casa TV –, baseada numa arquitectura IPTV e dotada das funcionalidades mais avançadas de Televisão Digital, algumas únicas em Portugal. No âmbito da estratégia de desenvolvimento de rede, a Vodafone Portugal iniciou a construção de uma rede de acesso em fibra ao Cliente Final (FTTH), baseada em tecnologia GPON, preparando o seu lançamento comercial em 2010. A oferta de serviços de FTTH da Vodafone Portugal incluirá todos os serviços já disponibilizados na tecnologia xDSL mas proporcionando larguras de banda substancialmente superiores. Acresce ainda que a solução preconizada pela Vodafone Portugal prevê a disponibilização de um serviço de Televisão suportado em cabo coaxial na casa do Cliente (RF Overlay).

02.2.4 O Serviço de Apoio a Clientes e a Unidade de Operações

Ao longo de 2009 a Unidade de Operações e o Serviço de Apoio a Clientes da Vodafone Portugal mantiveram o seu foco na eficácia e eficiência dos seus processos e procedimentos de forma a garantir um serviço de excelência aos Clientes nos diferentes segmentos e serviços.

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45 02. Relatório de Actividade

2009 foi também o ano de grandes desafios, de entre os quais há a realçar:

· O desenvolvimento de uma nova linha de suporte dedicada aos serviços de rede fixa e de televisão (IPTV e Fibra)

· A implementação operacional de uma nova aplicação de CRM (Customer Relationship Management), Siebel 8

· A conclusão do processo de migração de todo o Contact Center (inbound e outbound) para ACD OneContact (SIP)

· A adaptação à nova legislação aplicável aos Contact Centers.

O ano de 2009 da Vodafone Portugal marca também o reforço da aposta nos canais de self care, alinhados com a estratégia de simplicidade e controlo que a Empresa pretende conferir ao Cliente. Este reforço fez-se em dois pilares principais, nomeadamente através da continuação do desenvolvimento do Serviço de Apoio a Clientes no telemóvel e da reformulação da área de Apoio a Clientes no site www.vodafone.pt.

No que diz respeito ao Serviço de Apoio a Clientes no telemóvel, a Vodafone Portugal estendeu o número de terminais em que o serviço está disponível a mais de duas dezenas de modelos e lançou ainda uma versão deste serviço baseada em tecnologia wap, o que permite que este serviço passe a estar disponível a mais de 3 milhões de Clientes. O Serviço de Apoio a Clientes no telemóvel foi lançado em 2008, permitindo ao Cliente a consulta directa no ecrã do telemóvel de informação sobre a sua conta/número, realização de alterações, utilização de serviços suplementares, entre outras funções.

Em relação à área de Apoio a Clientes na Internet (www.vodafone.pt/main/Ajuda), esta foi completamente reformulada com uma nova imagem e, sobretudo, com um conjunto de novas e importantes funcionalidades, de entre as quais se destacam:

· A possibilidade de o Cliente utilizar mecanismos de pesquisa por linguagem natural e de navegação através de um sistema dinâmico de ‘Perguntas Frequentes’, facilitando assim o acesso a informação relevante na resposta a eventuais dúvidas ou dificuldades do Cliente.

· O envio simplificado de correio electrónico para o Serviço de Apoio a Clientes através da criação de vários formulários específicos, o que torna mais expedito o processo de resposta.

· O acesso online aos manuais dos equipamentos.

O lançamento destas novas funcionalidades na área de Apoio a Clientes na Internet revelou-se um enorme sucesso ao contabilizar, desde logo, mais de 250 mil acessos mensais à área de Cliente.

Na área do atendimento ao segmento de Consumo, merece destaque em 2009 o desenvolvimento e consolidação do Contact Center da Covilhã, sendo hoje uma referência não só em termos dos resultados qualitativos alcançados, como também uma referência no sector ao ser distinguido pelo Great Place to Work Institute com o Prémio de Melhor Call Center para Trabalhar.

No suporte ao Cliente Empresarial (16914) e aos Agentes Empresariais (1291), o ano de 2009 ficou marcado pela implementação de novas ferramentas de suporte e pela automatização e optimização dos processos de atendimento, aumentando a objectividade e eficácia na resposta, bem como a gestão interna. De realçar que em 2009 a Vodafone Portugal alcançou os índices mais elevados de sempre na Satisfação do Cliente Empresarial.

Na área do Suporte Tecnológico, a Vodafone foi pioneira em Portugal na introdução de sistemas de suporte remoto, destacando-se, entre outras funcionalidades, a possibilidade de os Clientes efectuarem o backup de informação relevante de forma totalmente automática e o “upgrade over the air” do firmware dos equipamentos Vodafone 360 Samsung H1 e Vodafone 360 Samsung M1, especialmente desenvolvidos para o Vodafone 360. O ano de 2009 fica também marcado pela introdução no Serviço de Apoio a Clientes da Vodafone Portugal de processos automáticos de despiste de problemas, que representaram um significativo avanço de simplificação dos processos de suporte ao Cliente através do website. Na área de Processos Administrativos (PA), o ano de 2009 ficou marcado pela deslocalização, em Maio de 2009, dos canais GSM para o Centro de Serviços de Castelo Branco em regime de Outsourcing.

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Relativamente à oferta de rede fixa, suportada na rede ADSL, destaca-se em 2009 o lançamento da oferta de IPTV, o qual implicou o crescimento das equipas e da sua formação.

Em matéria de Portabilidade, a Vodafone Portugal procedeu a uma reestruturação dos procedimentos da área, no sentido de acomodar a nova legislação que obriga à conclusão da portabilidade para os Serviços Móveis em três dias úteis. Tendo em vista o cumprimento do acordo de simplificação do processo de portabilidade celebrado entre a PTC e a Vodafone Portugal – no qual esta última se obriga à entrega da documentação relativa às portabilidades efectivadas –, a área de Controlo de Qualidade PA implementou um procedimento diário de controlo de denúncias de forma a dar uma resposta eficaz aos “operadores doadores”.

Focada no Cliente e nas suas necessidades, a área de Controlo de Qualidade PA, manteve a sua aposta na optimização e eficiência dos processos. Um dos projectos concluídos no ano foi a implementação do Portal dos Agentes na rede de Agentes Empresariais, em Junho 2009, o qual veio permitir uma maior eficiência dos processos, mais adequados à estrutura organizacional.

A entrada em produção da nova aplicação de CRM, Siebel 8, foi também um marco no ano de 2009. A definição das melhores soluções de contingência para o período de paragem, bem como a formação das equipas e planeamento para recuperação dos vários canais com vista à redução do impacto desta migração para o Cliente e nas várias áreas de negócio, obrigaram a um grande esforço de toda a equipa de PA, o que foi levado a cabo com significativo sucesso.

Durante todo o ano de 2009, o principal foco das actividades relacionadas com Campanhas, Retenção e Back Office Comercial foi a optimização dos processos e dos recursos, a aposta na qualidade e na satisfação do Cliente e a geração de oportunidades de receitas provenientes de actividades ligadas ao Call Center. Tendo em conta estas linhas de orientação, podem destacar-se os seguintes projectos durante o ano de 2009:

· Optimização dos recursos alocados ao atendimento, através da disponibilização de campanhas outbound em todos os sites, que garantam actividade sempre que o volume de chamadas seja inferior ao previsto. Para atingir este objectivo foi necessária a criação e a uniformização dos processos associados ao outbound, bem como das aplicações utilizadas, sendo neste momento esta actividade totalmente baseada em OneContact.

· Formação dos Agentes que estavam exclusivamente alocados ao outbound para poderem reforçar o atendimento de algumas linhas e a equipa de Retenção. Por outro lado, os grupos de outbound foram reforçados com Assistentes provenientes do atendimento, permitindo desta forma uma gestão flexível e dinâmica de acordo com as necessidades destas duas áreas, aumentando a eficiência de ambas.

· Implementação de processos de qualidade na criação e execução de campanhas outbound, de forma a garantir que estes contactos são relevantes e traduzem-se numa boa experiência para o Cliente.

· Optimização dos processos associados às encomendas feitas através do Clube Viva, Telemarketing, Online e Projectos Especiais, com vista a garantir agendamentos céleres e entregas dentro do prazo esperado pelo Cliente. Neste sentido, houve um esforço muito significativo na criação de processos de controlo e de monitorização de todos os pedidos e na automatização de muitas tarefas associadas, tendo sido também reformulado o IVR do 1250, de forma a facilitar a escolha de opções e a utilização deste canal no âmbito do Clube Viva.

· Desenvolvimento de uma aplicação que irá sugerir ao Assistente a oferta ou a recomendação mais adequada a cada caso (NBA – Next Best Activity). Esta recomendação será feita com base nas necessidades e no perfil de cada Cliente, com o objectivo de lhe propor algo relevante, específico e personalizado, de forma a potenciar a sua satisfação, o seu grau de fidelização e a sua confiança na Vodafone Portugal.

· Reformulação geral dos processos de Atendimento Comercial Retenção e implementação dos processos de Retenção ADSL e IPTV.

02.2.5 A Comunicação

A Vodafone é uma das marcas mais reconhecidas e prestigiadas em Portugal. Esse mérito fica a dever-se, entre outros factores, a uma rigorosa e competente política de comunicação, pautada por uma grande consistência e coerência de actuação em torno da estratégia definida para a Marca.

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47 02. Relatório de Actividade

O reconhecimento da marca Vodafone pelo mercado em geral e pelos seus Clientes em particular, encontra-se reflectido nos excelentes resultados obtidos pela Marca em 2009, destacando-se:

· A atribuição de vários prémios, tais como os atribuídos pelo Clube dos Criativos de Portugal ao spot de rádio ‘Yorn Power Extravaganza – Ex-namorado’ e ao spot ‘U2 – Frango’, à ilustração ‘Yorn Power Extravaganza – Yorn pelos Ares’, ao spot de televisão ‘Beatbox’ ou ao jogo ‘Insólito Yorn – Best Of’ (na categoria Digital & Interactive Media).

· Os estudos de entidades independentes que permitem concluir ser a Vodafone Portugal o operador de telecomunicações com os Clientes mais satisfeitos e a quem o mercado reconhece a melhor performance em todos os indicadores de imagem.

· A atribuição do “Estatuto de Marca de Excelência Superbrands 2009”.

Uma das vertentes de comunicação desde sempre valorizada pela Empresa, é a política de patrocínios e eventos, a qual tem permitido continuar a comunicar e a reforçar os valores da Marca.

No desporto, a Vodafone Portugal manteve a ligação de longa data às provas de atletismo de grande participação, como a Mini-Maratona Vodafone, a Vodafone Meia-Maratona de Portugal e a Corrida da Mulher, bem como o patrocínio à Estância Vodafone na Serra da Estrela, no âmbito da ligação aos desportos de Inverno, que atrai em Portugal um número crescente de participantes. Na área do desporto motorizado, a Vodafone Portugal voltou a estar associada aos maiores eventos da modalidade, mantendo o estatuto de patrocinador principal do Vodafone Rally de Portugal e mantendo a sua ligação ao Rali Transibérico Vodafone e às 24 Horas TT Vodafone. Ainda no desporto motorizado, a Vodafone Portugal manteve-se associada ao patrocínio global à equipa de Fórmula 1 Vodafone McLaren Mercedes, continuando a reforçar a associação da marca Vodafone a uma imagem de liderança tecnológica.

Na música, a Vodafone Portugal implementou em 2009 mais um conjunto de iniciativas inovadoras e diferenciadoras, como o Vodafone Take Off, que em 2009 levou vários Clientes a alguns dos mais importantes festivais de música do mundo, tais como os festivais Benicassin em Espanha, FujiRock no Japão, Osheaga no Canadá e Lolapalloza nos Estados Unidos. Também nesta iniciativa, Clientes Vodafone tiveram a oportunidade de assistir, em Barcelona, ao primeiro concerto da Tour de uma das melhores bandas mundiais, os U2, e ainda ao mais famoso evento de prémios de música da Europa, com actuações dos melhores artistas internacionais, o MTV Europe Music Awards.

Inserido também no conjunto de iniciativas que integram a actuação da Marca na área da música, a Vodafone Portugal realizou, entre Janeiro e Setembro de 2009, mais uma série dos Concertos Flash que percorreram 12 cidades do País e envolveram 15 bandas e 12 DJs portugueses.

Em 2009, a Vodafone Portugal lançou uma nova assinatura e, com ela, uma nova promessa: ‘power to you’. A base deste novo conceito baseia-se numa lógica de apresentação de soluções de forma a possibilitar a todos os Clientes Vodafone agarrarem e tirarem o melhor partido das oportunidades da vida. A Vodafone Portugal investe, assim, nas necessidades e motivações dos seus Clientes e procura exceder em todos os momentos as suas expectativas. O lançamento desta nova assinatura foi marcado por uma grande campanha multi-meios, com uma forte presença em exterior que criou um grande efeito de mancha ‘power to you’ na semana do lançamento. O outdoor de grande formato foi também explorado em localizações privilegiadas com formatos e criatividades especiais.

Um outro marco em 2009 foi a campanha de lançamento do Vodafone 360, com grande destaque em outdoor digital e com recurso a vários outros suportes digitais inovadores e interactivos para a apresentação dos serviços Vodafone 360 e de todas as suas potencialidades.

Para a introdução da nova assinatura ‘power to you’ e dos serviços Vodafone 360, à semelhança do que acontece com os grandes lançamentos da Empresa, foram implementadas diversas acções de comunicação interna, com o objectivo de fomentar o envolvimento dos Colaboradores com os principais passos dados pela Vodafone Portugal na execução da sua estratégia.

O cinema foi igualmente um palco de inovações da Vodafone Portugal com a criação de vários filmes 3D adaptados às várias tipologias de filmes e o lançamento do Vodafone Sound Experience, uma nova e inédita experiência sensorial em que a Vodafone Portugal, através de sons, apela ao poder da imaginação do público das salas de cinema.

A Vodafone Portugal lançou também o primeiro anúncio de imprensa utilizando a realidade aumentada, proporcionando uma nova experiencia de união do real com o virtual.

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Ao nível da comunicação no ponto de venda, esta reflectiu as alterações decorrentes do novo posicionamento e da adopção da nova assinatura de marca – ‘power to you’, tornando-se, por conseguinte, mais directa e ainda mais próxima dos Clientes.

Ainda na área da distribuição, o formato de loja lançado em 2005 foi alargado a mais 20 lojas, nas quais se inclui a loja do emblemático edifício da Vodafone Portugal no Porto, na Avenida da Boavista.

É ainda de destacar a implementação de um novo sistema de sonorização ambiente das lojas, assente numa plataforma central de distribuição e gestão de conteúdos e cujas playlists são actualizadas mensalmente com cerca de 200 títulos musicais. A sonorização ambiente das lojas tem-se revelado um importante instrumento na oferta de uma experiência diferenciada em determinados pontos de venda. Como é habitual, a Vodafone Portugal esteve em 2009 presente em diversas feiras nacionais, de que são exemplos a Feira de Março (Aveiro), a Ovibeja (Beja), a Feira Nacional da Agricultura (Santarém), a Expomadeira (Funchal), a Expofacic (Cantanhede), a Fatacil (Lagoa), a Feira de São Mateus (Viseu), a Feira Nacional do Cavalo (Golegã) e a Futurália (Lisboa).

02.2.6 Os Canais de Distribuição

A rede de lojas da Vodafone Portugal era composta, em 31 de Março de 2010, por lojas próprias e lojas geridas por Agentes num total de 280 lojas, garantindo uma forte presença nos principais espaços comerciais do país.

Durante o ano de 2009 a Vodafone Portugal prosseguiu com a renovação de algumas das suas lojas com o objectivo de reforçar a funcionalidade e garantir uma imagem actual e apelativa. Paralelamente, a Vodafone Portugal adaptou as suas lojas aos novos produtos e serviços lançados durante esse ano. Destaca-se a introdução de espaços dedicados ao Vodafone Casa TV – que em algumas lojas representou, para além do espaço de exposição dedicado ao serviço, a inclusão de um video wall de grandes dimensões –, e ao Vodafone 360, sendo, neste âmbito, introduzidos materiais promocionais inovadores, como por exemplo as mesas multimédia, as quais permitem a exploração de forma interactiva de todas as funcionalidades do serviço.

No que respeita à formação da rede de distribuição houve, ao nível dos conteúdos programáticos, um especial enfoque nos novos serviços, como o Vodafone Casa TV e o Vodafone 360, e, ao nível das ferramentas utilizadas, acentuou-se a utilização do e-learning, que permite chegar de forma mais rápida e efectiva a todos os assistentes de loja.

Na área Empresarial, verificou-se um aumento do número de espaços com atendimento especializado para este segmento. A Vodafone Portugal reforçou a sua aposta na excelência e profissionalização dos seus canais de distribuição, com um programa de certificação cada vez mais completo. Nesta área merece ainda destaque o suporte ao lançamento das campanhas Vodafone Pro e das soluções fixas Vodafone PABX e Vodafone Trade.

Durante o ano de 2009 a Vodafone Portugal continuou a sua aposta no reforço da experiência Online em todas as suas vertentes: venda, informação e apoio a Clientes.

Na componente comercial, merecem destaque as iniciativas efectuadas no âmbito das campanhas de Verão e de Natal, onde foram criadas mecânicas interactivas que geraram um elevado interesse pela oferta de smartphones da Vodafone Portugal.

Na área da divulgação dos serviços foram efectuadas melhorias nos canais dedicados ao Vodafone Casa TV e ao entretenimento. De entre outras funcionalidades, destaca-se a possibilidade de agendar a gravação de programas TV no site da Vodafone Portugal e de efectuar a compra de conteúdos Online.

Na componente do apoio a Clientes na Internet foi lançado um canal de perguntas frequentes que permite endereçar a generalidade das questões dos Clientes de uma forma fácil e completa.

Em 2009, à semelhança dos anos anteriores, a rede de agentes autorizados Vodafone teve um papel de extrema relevância na relação da Vodafone Portugal com os seus Clientes, representando uma parcela muito significativa nos negócios realizados assim como um importante contributo para os níveis de satisfação dos Clientes.

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49 02. Relatório de Actividade

02.2.7 O Equipamento Terminal

Em 2009 observou-se uma ligeira quebra do preço médio de venda dos equipamentos terminais da Vodafone Portugal, mantendo-se a tendência de redução dos preços iniciada em 2005, pese embora todas as inovações, ao nível das funcionalidades e do design, que os novos equipamentos incorporam. A manutenção da aposta em equipamentos da marca Vodafone e em equipamentos comercializados em exclusivo pela Empresa, associados a um aumento do parque de placas de acesso à Internet em mobilidade, à massificação das tecnologias e ao aumento da taxa de substituição de equipamentos por parte dos Clientes, permitiram esta evolução dos preços médios de venda.

Os equipamentos terminais são uma componente essencial na estratégia da Empresa. Encarados como a materialização dos serviços de comunicações, é, de facto, ao nível dos terminais, bem como das tecnologias de rede e dos serviços de telecomunicações que, estimulados uns pelos outros, o desenvolvimento e inovação do sector de concretiza. Os equipamentos terminais são ainda uma área de diferenciação para a Vodafone Portugal que, através de uma oferta bastante alargada e competitiva, reforça a sua imagem de inovação, com benefícios ao nível da maior fidelização dos seus Clientes.

Os terminais foram, por conseguinte, um elemento nuclear das múltiplas acções de marketing efectuadas pela Vodafone Portugal em 2009. Estas acções estiveram, uma vez mais, associadas a períodos habitualmente mais propícios ao consumo por parte dos Clientes, como a Páscoa, o Verão, o Natal e alguns dias temáticos (Dia dos Namorados, Dia da Mãe e Dia do Pai) focando, em particular, as potencialidades dos equipamentos conjugadas com os serviços Vodafone, entre os quais se destacam o Vodafone live! e o Vodafone 360, a Internet Móvel, a Banda Larga Móvel e, em algumas campanhas específicas, os serviços de música, e-mail e GPS. Houve, igualmente, um especial enfoque nos smartphones e nas redes sociais, em resposta ao grande desenvolvimento que o mercado assistiu nestas áreas ao longo do último ano.

Ao nível do seu portfólio de telemóveis, a Vodafone manteve a sua aposta no lançamento exclusivo em Portugal de alguns equipamentos com características diferenciadoras. Sob o conceito Vodafone live! e Vodafone 360, foram lançados diversos telefones exclusivos, nomeadamente, o HTC Tattoo, o Nokia 1209, o Nokia 1662, o Nokia 2220, o Nokia 2760, o Nokia 5310, o Nokia 7100, o Nokia 5800, o Nokia X3, o LG GM750, o LG GT505, o LG GW520, o Samsung E1120, o Samsung E1310, o Samsung E1360, o Samsung C3050, o Samsung C3510, o Samsung B3410, o Samsung S5600, o Sony Ericsson W350i, o Sony Ericsson U1, o Sony Ericsson K330, ou ainda, o Sony Ericsson W202.

No capítulo dos smartphones, a Vodafone Portugal lançou, também em exclusivo, o BlackBerry Storm 9500, em Maio de 2009, o primeiro smartphone com ecrã táctil clicável. Desenhado em exclusivo para a Vodafone, o BlackBerry Storm 9500 combina a reconhecida solução wireless dos dispositivos BlackBerry para e-mail com a experiência de utilização fácil e intuitiva de aplicações, da agenda, da Internet Móvel e dos serviços multimédia, decorrente do uso de um ecrã táctil de alta resolução, que pode ser ajustado a qualquer momento para facilitar o manuseamento.

Em Julho de 2009 a Vodafone Portugal lançou o HTC Magic, o primeiro smartphone disponível em Portugal com o sistema operativo Google Android, e ainda o novo iPhone 3G S nas versões de 16GB e 32GB. O novo iPhone 3G S, para além das características únicas conhecidas do anterior modelo, proporciona uma melhor experiência aos utilizadores devido à maior rapidez conferida

Fonte: Relatórios da Empresa. Inclui telemóveis e placas de acesso à Internet em mobilidade.

EVOLUÇÃO DO PREÇO MÉDIO DE VENDA DOS EQUIPAMENTOS TERMINAIS PRATICADO PELA VODAFONE PORTUGAL Euros

150

125

100

75

50

25

02005 2006 2007 2008 2009

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pelo novo processador, ao aumento da capacidade de memória, ao upgrade da câmara para 3 megapixéis com foco automático e gravação de vídeo interna, ao controlo por voz e a uma maior capacidade da bateria.

Também com o sistema operativo Android, a Vodafone Portugal lançou, em Dezembro de 2009, o HTC Tattoo. Este equipamento destaca-se ao nível das aplicações e hardware totalmente personalizáveis e por se tratar do primeiro telemóvel da Google com um preço mais acessível.

Orientados essencialmente para o segmento empresarial, a Vodafone Portugal manteve em 2009 o pioneirismo no lançamento dos produtos BlackBerry, tendo sido lançados ainda o BlackBerry 8520 e os sucessores do Storm e do Bold, o BlackBerry 9520 e o BlackBerry 9700, respectivamente.

Também orientados para uma utilização profissional, foram ainda lançados os smartphones HTC Touch Diamond II, HTC Touch II, HTC Touch HD II e LG GM750, este último foi o primeiro terminal com sistema operativo Windows Mobile 6.5 à venda em Portugal, disponibilizado em exclusivo pela Vodafone.

O ano de 2009 foi ainda de consolidação do sucesso dos terminais da marca Vodafone. O esforço continuado e significativo na procura e selecção dos melhores terminais a preços mais acessíveis, conferiu aos equipamentos Vodafone uma maior credibilidade e aceitação (tendo inclusive alguns equipamentos ganho prémios de design). Os terminais com a marca Vodafone com maior destaque em 2009 foram o Vodafone 235, o Vodafone 236, o Vodafone 340, o Vodafone 533 Crystal, o Vodafone 540, o Vodafone 736, o Vodafone Indie (também na versão Agatha Ruiz de La Prada) e o Vodafone 541. Estes dois últimos terminais foram os primeiros com a tecnologia touch-screen com preço de venda ao público abaixo dos €100.

Face ao sucesso do Vodafone 541, lançado no Natal de 2009, a Vodafone Portugal lançou, em Março de 2010, o telemóvel Vodafone 541 Hannah Montana, que resulta da combinação do modelo de ecrã táctil, exclusivo da Vodafone, com a popular personagem da Disney. O Vodafone 541 Hannah Montana é um equipamento destinado aos Clientes mais jovens que pretendam ter o seu primeiro telemóvel de ecrã táctil. Na sua aquisição os Clientes puderam usufruir da oferta de brindes e de conteúdos da sua estrela favorita.

Em Setembro de 2009, a Vodafone Portugal revolucionou a convergência Internet-Telemóvel-PC com o lançamento do Vodafone 360 – um conjunto de novos e inovadores serviços de Internet para telemóvel e PC.

Materializados de forma totalmente integrada em dois terminais exclusivos criados em parceria com a Samsung – o Vodafone 360 Samsung H1 e o Vodafone 360 Samsung M1 –, os principais serviços do Vodafone 360 (designadamente, o acesso à Internet e ao portal Vodafone, a integração com redes sociais, o backup e a sincronização de contactos e a loja integrada de música, de jogos e de aplicações) têm vindo a ser progressivamente estendidos a toda a gama de smartphones comercializados pela Vodafone Portugal.

Associados a todos estes lançamentos e a outras campanhas promocionais de equipamentos, foram desenhadas ofertas de serviços (pacotes de MMS, SMS, GPRS, 3G, Mail e GPS) com o objectivo de promover a experimentação dos mesmos. A oferta de acessórios (kits de mãos-livres, auriculares e colunas bluetooth, etc.) que tornam mais cómoda, fácil e segura, a utilização do telemóvel e de brindes promocionais (cartões de memória com conteúdos de música e mapas para GPS, maquilhagem Bourjois, DVDs, etc.), complementaram a vasta oferta da Vodafone Portugal.

Em Julho de 2009 a Vodafone Portugal lançou o serviço de Televisão Digital, reforçando a sua oferta de serviços para a casa. Dotado de um user interface e de um telecomando especialmente desenhados pela Vodafone Portugal, o Vodafone Casa TV introduz no mercado um novo conceito de televisão, centrado numa utilização mais simplificada, intuitiva e única de todas as funcionalidades dos serviços de Televisão e Vídeo.

No que respeita ao acesso à Internet em mobilidade, a Vodafone Portugal lançou dois novos equipamento de dados em Agosto de 2009, designadamente o Vodafone K3565 e o Vodafone K3765, sendo esta última a primeira connect pen a suportar velocidades de upload até 5,7 Mbps.

Após ter sido em Fevereiro de 2009 o primeiro operador português a efectuar ligações de dados em HSPA+, em Junho de 2009 a Vodafone Portugal tornou-se o primeiro operador em Portugal, e dos primeiros do mundo, a comercializar velocidades de download até 21,6 Mbps numa rede móvel com o lançamento da Vodafone K4505, a primeira connect pen HSPA+, que confere aos Clientes o acesso à Internet em mobilidade a velocidades máximas até 21,6 Mbps.

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51 02. Relatório de Actividade

Em Setembro de 2009 a Vodafone introduziu mais uma inovação no mercado português com o lançamento das primeiras Connect Pen coloridas.

Em Novembro de 2009, a Vodafone Portugal lançou um inovador router 3G/HSPA para a partilha da ligação de Banda Larga Móvel – o Vodafone Hotspot. Este equipamento, que faz parte da nova geração de dispositivos inteligentes de Banda Larga Móvel, permite ligar até 5 equipamentos ou utilizadores. O Vodafone Hotspot é o equipamento ideal para partilhar o acesso à Internet via Wi-Fi com todos os membros da família, entre um grupo de amigos ou em pequenos grupos de trabalho, ou para aceder à Internet com dispositivos móveis, como por exemplo consolas de jogos portáteis, em total liberdade. Este equipamento foi distinguido com diversos prémios ou menções, como por exemplo da revista BiT e da revista Windows Magazine, e foi vencedor na categoria ‘Best Mobile Enterprise Product or Service’ do Global Mobile Awards 2010, atribuído pela GSMA no congresso mundial de telecomunicações móveis em Barcelona, em Fevereiro de 2010.

Na área de Sistemas de Informação (SI) da Vodafone Portugal, o ano de 2009 centrou-se em três grandes objectivos:

· Optimização de processos, numa acção de procura continuada de maior eficiência dos recursos

· Finalização do grande projecto de reengenharia e upgrade do sistema de Customer Relationship Management (CRM)

· Orientação para o Cliente, desenvolvendo as soluções que melhor respondam aos requisitos de negócio.

Em busca de maiores ganhos de eficiência, a Vodafone Portugal manteve em 2009 o programa de simplificação aplicacional e de racionalização de recursos de infra-estruturas de sistemas de informação iniciado no ano anterior. O programa visa a racionalização dos custos de manutenção e de valores de investimento, através da análise do custo total de propriedade de cada sistema e de um constante processo de ajuste da utilização de hardware às reais necessidades de infra- -estruturas subjacentes a cada aplicação.

A arquitectura dos SI continua a ser uma das áreas de maior enfoque da Vodafone Portugal e o ano de 2009 não foi excepção. Foi dada continuidade ao programa de implementação de uma Arquitectura Orientada a Serviços (SOA), que, tendo como objectivo obter um modelo ágil e flexível de “serviços atómicos”, facilmente reutilizáveis, possibilitará à Vodafone Portugal lançar os seus produtos de uma forma mais rápida e a um custo mais reduzido.

Na área tecnológica houve uma grande aposta na finalização do projecto de upgrade da plataforma de CRM (Siebel 8.0), incluindo a optimização dos processos de suporte ao Cliente e um novo interface web para o utilizador final. O projecto contemplou igualmente o redesenho de todo o motor de gestão de ordens e encomendas do Cliente ao abrigo dos princípios de arquitectura SOA acima enunciados, garantindo, deste modo, uma maior robustez e rapidez na concretização das mesmas.

Em matéria de novos produtos e serviços, inseridos na estratégia de orientação às necessidades dos nossos Clientes, os SI da Vodafone Portugal participaram no lançamento de importantes projectos como o IPTV e o FTTH.

No sentido de dar suporte à Direcção Online, foi criada uma equipa de SI dedicada que, suportada numa framework tecnológica completamente nova, irá apoiar a implementação da estratégia de negócio que passa por criar uma superior experiência Online para todos os segmentos e ao longo do ciclo de vida, que permita à Vodafone Portugal diferenciar-se da concorrência, bem como reduzir custos.

Neste âmbito, serão áreas de destaque o novo portal, o novo sistema de gestão de conteúdos e o novo sistema de gestão de acessos (SSO) e ainda o programa AskOnline (eGain), no qual Portugal é Lead OpCo, definindo e implementando a solução comum que será posteriormente reproduzida para o resto do Grupo Vodafone.

Alinhado com a estratégia de racionalização de custos preconizada pelo Grupo Vodafone, a Vodafone Portugal implementou em 2009 o projecto SAP-EVO dentro do prazo e orçamento previstos. O projecto teve como objectivo consolidar centralmente todos os processos e sistemas relacionados com as áreas de Compras, Recursos Humanos e Financeira de todas as operações locais do Grupo Vodafone. Durante a fase de implementação do projecto, que teve uma duração de 12 meses, estiveram envolvidos mais de 150 recursos da Empresa.

02.3SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Page 50: Vdf 2009 Report

Relatório e Contas 09 52

O ano de 2009 ficou também marcado pela consolidação do Outsourcing de Desenvolvimento e Manutenção de Aplicações iniciado em 2007. Este projecto assenta em princípios de melhoria contínua, pelo que a gestão do outsourcing, focada na optimização de processos que promovam o aumento de produtividade, eficiência e competitividade, será uma constante nos SI da Vodafone Portugal.

O Sistema de Gestão da Qualidade é uma ferramenta essencial para a melhoria contínua da Vodafone Portugal, ocupando, por isso, um lugar determinante no quotidiano da Empresa. O Sistema de Gestão de Qualidade da Vodafone Portugal permite-lhe perseguir os mais elevados padrões de qualidade na sua oferta e procurar a maior eficiência para os seus processos, tendo em vista a obtenção dos mais elevados níveis de satisfação, não só por parte dos seus Clientes, como também de todos os parceiros de negócio com quem a Vodafone Portugal interage.

A Vodafone Portugal é uma empresa certificada de acordo com o referencial NP EN ISO 9001:2008 desde Março de 2002, tendo renovado o Certificado de conformidade com esta norma, em Abril de 2008, por um período de três anos.

A Vodafone Portugal desenvolve ainda, em simultâneo com a Gestão da Qualidade, diversas actividades de monitorização do Controlo Interno, no âmbito das quais avalia permanentemente a adequação dos controlos à cobertura dos riscos que estes pretendem mitigar, bem como avalia a sua operacionalidade e efectividade tendo em conta o fim a que se destinam.

O trabalho desenvolvido ao longo de 2009 permitiu à Vodafone Portugal contribuir positivamente para que o Grupo Vodafone, no âmbito da legislação Sarbanes Oxley, alcançasse, pelo quarto ano consecutivo, a certificação dos controlos relevantes que garantem a integridade das demonstrações financeiras.

Consciente que o sucesso de uma empresa passa não só pela sua performance financeira mas, também, pela sua contribuição efectiva para o Desenvolvimento Sustentável (tanto através do desempenho ambiental como social), a Vodafone Portugal assume publicamente as suas responsabilidades e compromissos através das suas políticas de Sustentabilidade e Responsabilidade Social.

A estratégia de Sustentabilidade e de Responsabilidade Social da Vodafone Portugal deriva directamente dos Princípios de Negócio que são postos em prática em todas as actividades diárias, tal como definido nos requisitos das várias políticas estabelecidas. São exemplos a salientar: a Política Ambiental, o Código de Conduta das Compras, a Política de Desenvolvimento Responsável da Rede, a Política de Qualidade e a Política de Saúde e Segurança.

Para a Vodafone Portugal a Sustentabilidade e a Responsabilidade Social não são uma opção passageira ou mera filantropia. Pelo contrário, existe plena consciência dos efeitos benéficos para a Empresa em termos de:

· Reforço da sua reputação junto da comunidade e suas instituições· Confiança dos investidores· Melhoria da satisfação e motivação dos Colaboradores · Maior eficácia no recrutamento dos melhores talentos· Consolidação da imagem de marca.

Em termos práticos, os conceitos de Sustentabilidade e de Responsabilidade Social na Vodafone Portugal traduzem-se no envolvimento com todos os stakeholders – Colaboradores, Accionistas, Clientes, Fornecedores e Estado – em iniciativas conjuntas.

Para executar estas iniciativas são, preferencialmente, seleccionados projectos concretos, com públicos-alvo e resultados bem definidos, nos quais as competências específicas da Empresa, como o conhecimento e domínio da tecnologia, a capacidade de gestão de projectos e a capacidade negocial, são postas ao serviço dos parceiros associados em cada projecto e, como fim último, ao serviço da Sociedade Civil.

A nível interno, a Empresa incentiva a participação dos Colaboradores em iniciativas de solidariedade social, nos quais se incluem, entre outras, a doação de sangue, o auxílio a instituições de apoio

02.4CONTROLO INTERNO E GESTÃO DA QUALIDADE

02.5RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL

Page 51: Vdf 2009 Report

53 02. Relatório de Actividade

a crianças ou a idosos, recolhas de roupa, óculos e brinquedos, campanhas de reciclagem de radiografias e de medicamentos e, ainda, o Natal Solidário.

No domínio das acções com impacto mais directo na Sociedade, destacam-se em 2009 os seguintes programas e projectos dirigidos a áreas bem definidas, conduzidos pela Empresa ou pela Fundação Vodafone Portugal:

· Programas de acção ambiental: reciclagem e reutilização de telemóveis, baterias e acessórios; monitorização periódica dos níveis de exposição a campos electromagnéticos; implementação de um plano de conservação e poupança energética; implementação de um plano para redução da utilização de substâncias deplectoras da camada de ozono.

· Programas de preservação ambiental: Floresta + Verde; Reflorestação em diversos locais do país; Praia Saudável (e seus programas conexos, como o Verão de Campeão e o SOS Praias); Maré Viva.

· Programas na área da segurança: Sistema Táxi Seguro; Sistema Abastecimento Seguro; Praia Saudável.

· Programas de inclusão social: Vodafone SAY (software para adaptação de telemóveis a pessoas cegas ou com baixa visão); Rede Sénior; Manuais Escolares para Alunos com Deficiências Visuais; Formação em Tecnologias de Informação para Pessoas com Necessidades Especiais; Formação de Assistentes de Contact-Center para Atendimento de Pessoas com Necessidades Especiais; Apoio à edição do livro de desenho universal “Dom Leão e Dona Catatua”, em parceria com a CERCICA.

· Programas na área da saúde: AIRMED – Monitorização remota de parâmetros vitais; Sistema de Monitorização Remota de Epilepsia Pediátrica; Telemold – Telemonitorização de Oxigenoterapia de Longa Duração; Acompanhamento e Monitorização de Pessoas com Diabetes; SMS Dador.

Na vertente dos Campos Electromagnéticos, a Vodafone Portugal manteve em 2009 o seu apoio ao Projecto monIT, desenvolvido pelo Instituto de Telecomunicações. Este projecto visa disponibilizar ao público toda a informação relevante sobre os níveis de exposição a campos electromagnéticos, designadamente os que são gerados pelas antenas de comunicações. No seguimento natural da missão do projecto monIT, foi criado o prémio monIT, a atribuir através de um concurso nacional para os alunos do ensino secundário dos cursos Científico-Humanísticos, Tecnológicos e Profissionais, que conta com o apoio do Ministério da Educação. Na primeira edição do concurso, os alunos são convidados a criar um projecto relacionado com o tema “Explorar as Radiofrequências”.

Paralelamente, a Vodafone Portugal, na sua contínua aposta em disponibilizar informação científica e actual sobre a esta temática, tem apoiado, através do Instituto de Telecomunicações, acções de formação para diversas entidades, em particular para a classe médica e municípios, de forma a garantir um melhor conhecimento por parte deste público, conhecida que é a sua influência sobre as opiniões criadas em torno desta matéria.

Em 2009 a Vodafone Portugal cumpriu integralmente o plano de medições às suas estações--base, tendo como suporte a metodologia e os procedimentos publicados pela Autoridade Nacional de Comunicações (ICP-Anacom). Todos os locais monitorizados até ao momento cumprem com os limites de exposição recomendados pelos Organismos Internacionais.

Também na vertente dos Campos Electromagnéticos, a Vodafone Portugal deu resposta a todas as solicitações externas de pedidos de esclarecimento e desenvolveu um projecto de comunicação interna destinado a responder às questões dos Colaboradores relacionadas com este tópico.

Consciente da sua dimensão, a Vodafone Portugal considera que pode exercer uma influência positiva no sentido do desenvolvimento e consolidação de um sector de telecomunicações mais sustentável. Essa influência não incide apenas nas suas actividades, produtos e serviços, mas também em iniciativas que permitam fornecer à Sociedade uma informação aberta e rigorosa sobre o efeito das telecomunicações móveis no ambiente, no património natural. Significa isto que, no âmbito da Gestão Ambiental da Vodafone Portugal, o conceito de Ambiente contempla tanto os aspectos ambientais físicos, como os aspectos ambientais de índole social.

A estratégia ambiental da Vodafone Portugal centra-se em compromissos que são assumidos de forma consciente e que têm presentes, não só os condicionalismos e desafios constantes a que

Page 52: Vdf 2009 Report

Relatório e Contas 09 54

a Empresa está sujeita, mas também os esforços e os programas concretos que têm vindo a ser postos em prática. São eles:

· Controlar eventuais impactos ambientais resultantes, directa ou indirectamente, das suas actividades, produtos e serviços, dando prioridade a medidas de prevenção.

· Avaliar regularmente e melhorar continuamente o seu desempenho ambiental, designadamente através do recurso às melhores tecnologias disponíveis e à implementação de práticas adequadas do ponto de vista ambiental.

No ano fiscal de 2009 (findo em 31 de Março de 2010), o investimento da Vodafone Portugal em programas de Responsabilidade Social ascendeu a cerca de 2,7 milhões de euros, reforçando, não só, a sua intervenção em diversas áreas de actividade, como apoiando novas iniciativas e dando continuidade a projectos lançados em anos anteriores. No mesmo período, a Fundação Vodafone Portugal investiu cerca de 2,35 milhões de euros na execução do seu programa de actividades, todas elas relacionadas com o desenvolvimento da Sociedade da Informação.

Para uma análise mais detalhada sobre o desempenho ambiental e social da Vodafone Portugal, está disponível o Relatório de Responsabilidade Social 2009/10, referente às actividades levadas a cabo nos doze meses findos em 31 de Março de 2010 pela Empresa e pela Fundação Vodafone Portugal.

Em 31 de Março de 2010 a Vodafone Portugal contava com um total de 1.570 Colaboradores, em resultado da admissão de 26 novos Colaboradores no período de Abril de 2009 a Março de 2010 e de um turnover global de saídas de 5,8%.

A população da Vodafone Portugal apresentava uma média etária de 37 anos com a seguinte distribuição em 31 de Março de 2010:

02.6RECURSOS HUMANOS

DISTRIBUIÇÃO DO TOTAL DE EFECTIVOS POR FAIXA ETÁRIA EM 31 DE MARÇO DE 2010

Até aos 30 anos De 31 a 40 anos De 41 a 50 anos Mais de 50 anos

7%

3%

20%

70%

Total Homens Mulheres

EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE COLABORADORES

2.000

1.500

1.000

500

0Março 2008 Março 2009 Março 2010

1.65

8

1.64

1

1.57

0

Page 53: Vdf 2009 Report

55 02. Relatório de Actividade

Em 2009 a Vodafone Portugal manteve a sua aposta no desenvolvimento das competências dos seus Colaboradores, elemento crucial para o reforço das vantagens competitivas da Empresa. Nesse sentido, e tendo em conta os seus objectivos estratégicos, o planeamento da formação reveste-se da maior importância de modo a proporcionar as soluções adequadas e que representem valor acrescentado, quer para os Colaboradores, quer para a Empresa.

Entre Abril de 2009 e Março de 2010 a Vodafone Portugal investiu mais de 1 milhão de euros na formação dos seus Colaboradores, tendo realizado um total de 463 acções de formação que abrangeram 1.438 Colaboradores (92% da população) e que contaram com um total de 6.471 participações distribuídas da seguinte forma:

A Vodafone Portugal continuou em 2009 a investir no desenvolvimento de soluções online, quer para apoiar o lançamento de novos produtos e serviços, quer para reforçar o conhecimento e a implementação de políticas e programas transversais a toda a Empresa. O e-Learning tem vindo a observar um crescimento significativo no total de participações em acções de formação realizadas pelos Colaboradores, como é demonstrado no gráfico seguinte.

A formação e-Learning tem-se revelado também ser a forma mais eficaz da Vodafone Portugal disponibilizar formação e actualização de conhecimentos à sua rede de Parceiros e Agentes. Neste ano fiscal foram criados 9 novos programas num total de 29 cursos que constam do plano de formação da rede de Agentes.

Outra preocupação central da Vodafone Portugal tem a ver com a motivação dos seus Colaboradores. Acreditando no princípio que “empresas de sucesso ouvem as suas pessoas”, a Vodafone Portugal tem implementado há vários anos um processo de auscultação da opinião/sugestões dos seus Colaboradores, sendo este parte integrante da sua cultura organizacional.

2007/08 2008/09 2009/10

NÚMERO DE PARTICIPAÇÕES EM FORMAÇÃO

4.000

3.000

2.000

1.000

0E-Learning

2.17

4

1.96

7

3.70

1

Presencial

3.13

2

2.77

5

2.77

0

Gestão Técnica e Vocacional Comportamental Outros (Conhecimento do negócio, microinformática, inglês,etc.)

DISTRIBUIÇÃO DAS PARTICIPAÇÕES POR TIPO DE FORMAÇÃO

7%

7%

32%

54%

Page 54: Vdf 2009 Report

Relatório e Contas 09 56

O estudo anual de opinião realizado aos Colaboradores em Outubro e Novembro de 2009, designado por People Survey, obteve, uma vez mais, uma taxa de participação muito elevada: 99%. Os resultados deste estudo traduziram uma evolução positiva da generalidade dos indicadores, destacando-se entre os melhores no universo global da Vodafone. O Índice de Motivação e Empenho (Engagement Index), utilizado internacionalmente para efeitos de benchmarking, representou uma melhoria relativamente ao survey anterior e posicionou-se quatro pontos acima do índice global do Grupo Vodafone a nível mundial. As respostas relativamente ao interesse da Vodafone Portugal pelo bem-estar dos Colaboradores obtiveram, também, uma melhoria face ao ano anterior que se cifrou em 3 pontos percentuais.

No âmbito do Recrutamento e Selecção, a Vodafone Portugal continuou a privilegiar o recrutamento interno e a mobilidade, recorrendo apenas ao recrutamento externo para colmatar necessidades muito específicas e pontuais. Foi reforçada a relação da Empresa com as principais universidades, através da participação em jobshops, da celebração de protocolos de estágios no âmbito do processo de Bolonha e, ainda, do patrocínio de bolsas de estudo/mérito. Simultaneamente, a Vodafone Portugal manteve a presença na Feira Virtual Universia e alargou a divulgação da procura de talentos aos meios de comunicação online (Job Boards e redes sociais).

Na área de Compensação e Benefícios, realça-se, no âmbito do Plano AllShares, a atribuição, em Junho de 2009, de 340 acções do Grupo Vodafone a cada um dos 1.603 Colaboradores elegíveis. Estas acções poderão ser vendidas ou guardadas decorridos dois anos após a sua atribuição, desde que o Colaborador permaneça na Empresa nessa altura. Foram também atribuídas, ao abrigo do Plano GLTR, 3.503.832 acções do Grupo Vodafone a cerca de 120 quadros de Gestão da Vodafone Portugal, as quais poderão ser guardadas ou vendidas após 3 anos, desde que o Colaborador permaneça na Empresa.

Durante o ano de 2009 foram também concretizadas importantes alterações ao Plano de Pensões da Vodafone Portugal, que passou a disponibilizar aos Colaboradores elegíveis um maior leque de opções de escolha de Fundos de Pensões para os quais podem canalizar as suas contribuições, assim como as contribuições da Empresa. Foram escolhidas duas novas entidades gestoras, cada uma delas disponibilizando quatro Fundos de Pensões com diferentes perfis de risco. As principais regras do Plano não sofreram alterações.

Foi igualmente implementada em 2009 uma política de ‘Reconhecimento e Recompensa’, que visa premiar, simbolicamente, os Colaboradores que se tenham destacado numa determinada acção ou projecto, evidenciando uma actuação exemplar à luz dos princípios da cultura organizacional – The Vodafone Way.

No que respeita a projectos internacionais do Grupo Vodafone, importa salientar a implementação do projecto EVO (sistema SAP integrado a nível Global), que visa a uniformização dos principais processos de Recursos Humanos, bem como das áreas Financeira e Aprovisionamentos. No âmbito deste projecto, a Direcção de Recursos Humanos prestou também suporte directo às restantes áreas envolvidas no que diz respeito a processos de comunicação, mudanças organizacionais e formação de utilizadores.

A área da Saúde, Segurança e Bem-Estar continuou a dedicar especial atenção à consolidação do sistema de gestão de saúde e segurança, com incidência na gestão de riscos relacionados com os serviços prestados à Vodafone Portugal por Fornecedores e Parceiros, bem como na melhoria dos procedimentos internos e das condições de trabalho em geral, através da realização de diversas acções de informação e sensibilização.

No âmbito da Saúde, Segurança e Bem-Estar, há a destacar ainda o reconhecimento obtido pela Vodafone Portugal no âmbito do 9º Prémio Henrique Salgado, patrocinado pela Companhia de Seguros Tranquilidade, instituído para reconhecer as empresas que desenvolveram projectos e implementaram processos com consequências positivas na prevenção e gestão de riscos no local de trabalho.

Em 2009 foi implementado um programa de sensibilização designado por Loja Segura, o qual, através da publicação de uma newsletter, visa promover um ambiente seguro e saudável nas lojas Vodafone.

Ainda ao nível da Saúde, Segurança e Bem-Estar, foram realizados vários eventos ao longo do ano, sendo de destacar aqueles que visaram contribuir para promover um estilo de vida mais saudável e seguro, nomeadamente as iniciativas ‘Apaixone-se pelo seu coração’, dedicado à saúde do coração e aos riscos das doenças cardiovasculares, a qual contou com a participação de 700 Colaboradores; a iniciativa ‘Siga o caminho mais seguro’, dedicado ao tema da condução segura

Page 55: Vdf 2009 Report

57 02. Relatório de Actividade

e na qual participaram cerca de 340 Colaboradores; e ‘Pequenos hábitos grandes benefícios’, dedicada ao tema da alimentação saudável, na qual participaram 780 Colaboradores.

Evolução das Receitas

Em 2009 a actividade da Vodafone Portugal esteve sujeita a vários desafios que tiveram um impacto determinante no seu nível de actividade. Desde logo a crise económica que gerou mais desemprego e um maior pessimismo junto de empresas e famílias, com natural impacto no consumo e investimento. Em segundo lugar, as pressões regulatórias sobre a receita, com origem no órgão regulador nacional e na Comissão Europeia. E, em terceiro lugar, a continuidade do programa governamental e-Escola, no qual, fruto de menores compromissos associados à obtenção da sua licença UMTS, a Vodafone Portugal apenas marginalmente participa.

Ascendendo a 1.280,1 milhões de euros, as receitas de serviços de telecomunicações da Vodafone Portugal retraíram 5,2% em 2009, acompanhando a evolução observada no sector. Esta retracção condicionou decisivamente as receitas operacionais da Empresa que se reduziram em 4,8% no exercício findo em 31 de Março de 2010 para 1.424,3 milhões de euros. Não considerando, porém, a componente de receita relacionada com o tráfego de entrada (que se encontra influenciada pela descida das tarifas de interligação móvel), observa-se que a descida das receitas de serviços teria caído para menos de metade, situando-se em cerca de 2,3%, justificada sobretudo pela deterioração do ambiente macroeconómico.

A redução do nível de receita não reflecte, porém, uma performance aquém do expectável ou que traduza um enfraquecimento da capacidade competitiva da Empresa. Na realidade, os factores acima mencionados afectaram toda a indústria, em particular a do móvel, no qual a Vodafone Portugal origina mais de 90% das suas receitas de serviços de telecomunicações. Analisando a performance do mercado constata-se, com efeito, o reforço da competitividade da Empresa e a consolidação da sua quota de mercado.

Ainda na componente das receitas de serviços, cumpre destacar o crescimento das receitas do negócio fixo da Vodafone Portugal em 40%. Ainda que o peso desta componente de receita de serviços da Vodafone Portugal seja ainda reduzido, esta é uma área de aposta da Empresa com vista a crescer no sector das Telecomunicações nacional, tendo para o efeito alargado, em 2009, a sua oferta de serviços para a casa com o lançamento do seu serviço de Televisão Digital – o serviço Vodafone Casa TV.

Quanto às restantes componentes da receita, estas totalizaram 144,2 milhões de euros nos doze meses findos em 31 de Março de 2010, reflectindo uma ligeira quebra de 1,1% face ao ano de 2008. Esta redução é o resultado de um menor valor das receitas provenientes da venda de equipamentos e acessórios, que em 2009 contraíram 2,4%, para 120,0 milhões de euros, em linha com a descida dos preços médios dos equipamentos terminais.

02.7ANÁLISE DAS CONTAS

Milhões de Euros

Total das Receitas Operacionais Receitas de Serviços Receitas de Serviços sem tráfego de entrada

TOTAL DAS RECEITAS OPERACIONAIS E DE SERVIÇOS

2005 2006 2007 2008 2009

Fonte: Relatórios da Empresa.Os exercícios económicos da Vodafone Portugal apresentados no gráfico referem-se ao período compreendido entre 1 de Abril e 31 de Março do ano seguinte.

1.600

1.400

1.200

1.000

800

600

400

200

0

1325

,1

1.18

3,0

995,

2

1.39

3,0

1.25

8,3

1.08

0,5

1.51

1,3

1.35

7,9

1.16

9,3

1.49

5,7

1.34

9,8

1.19

6,6 1.

424,

3

1.28

0,1

1.16

8,6

Page 56: Vdf 2009 Report

Relatório e Contas 09 58

Evolução dos Custos

O total de custos operacionais da Vodafone Portugal, que inclui todos os custos com excepção dos financeiros e extraordinários, totalizou 1.073,7 milhões de euros nos doze meses findos em 31 de Março de 2010, o que representa uma redução de 6,0% face ao período homólogo do ano anterior. O peso destes custos no total das receitas operacionais desceu pelo quinto ano consecutivo para 75,4%, traduzindo uma melhoria superior a 10 pontos percentuais naquele período, dos quais 0,9 pontos percentuais foram alcançados no último ano. Este desempenho expressa o esforço que a Empresa tem colocado na melhoria da estrutura de custos sem, contudo, prejudicar a grande orientação para o Cliente que sempre tem norteado a sua actividade.

As principais componentes dos custos operacionais evoluíram da seguinte forma:

O Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas, que engloba não só o custo dos equipamentos vendidos mas também os custos relacionados com o pacote de activação e o respectivo cartão SIM, alcançou 178,1 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 12,4% face ao ano anterior. Esta evolução reflecte uma redução do preço dos equipamentos terminais, fruto de uma maior contribuição de equipamentos de marca própria, bem como do efeito escala na negociação de equipamentos terminais que decorre do facto da Vodafone Portugal estar inserida no Grupo líder mundial em telecomunicações móveis. O peso desta rubrica de custos no total das receitas operacionais reduziu 1,1 pontos percentuais em 2009 para 12,5%.

Os Fornecimentos e Serviços Externos (FSE), que englobam, entre outros, os custos de interligação, os custos relacionados com comissões aos canais de distribuição, os custos de manutenção de rede e os trabalhos especializados, foram de 554,0 milhões de euros em 2009, o que representa um decréscimo face ao ano anterior de 8,6%. Para além da redução observada na componente de interligação – na sequência da redução das tarifas reguladas de interligação móvel –, contribuiu também para esta evolução uma maior disciplina e rigor orçamental, geradoras de importantes poupanças, observadas, por exemplo, ao nível dos custos de aquisição e retenção de Clientes. Esta evolução dos custos ganha particular significado tendo em conta o maior esforço comercial da Vodafone Portugal no lançamento do seu serviço de Televisão Digital e o facto desta redução não ter sido alcançada com prejuízo do serviço prestado ao Cliente. Na verdade, a Vodafone Portugal manteve ao longo de 2009 a liderança nos principais indicadores de satisfação do mercado de telecomunicações móveis. Os FSE continuam a ser a rubrica com maior peso no total das receitas operacionais da Empresa. Em 2009, o peso dos FSE no total das receitas operacionais da Empresa ascendeu a 38,9%, ou seja, menos 1,6 pontos percentuais do que no ano anterior.

Os Custos com o Pessoal totalizaram 92,6 milhões de euros no ano de 2009, reflectindo um acréscimo de 4,0% em relação ao ano anterior, devido, sobretudo, ao esforço de constante racionalização e optimização dos seus recursos. O peso dos custos com o pessoal no total das receitas operacionais registou um ligeiro aumento de 0,5 pontos percentuais face ao ano de 2008, fixando-se em 6,5%.

As Amortizações e Ajustamentos do Exercício registaram um total de 215,1 milhões de euros em 2009, valor que representa um aumento de 3,5% face ao ano anterior. O peso das amortizações

Fonte: Relatórios da Empresa.Os exercícios económicos da Vodafone Portugal apresentados no gráfico referem-se ao período compreendido entre 1 de Abril e 31 de Março do ano seguinte.

CUSTOS OPERACIONAIS E PESO NAS RECEITAS OPERACIONAIS Milhões de Euros

1.200

1.000

800

600

400

200

0

100%

80%

60%

2005 2006 2007 2008 2009

Custos Operacionais Peso nas Receitas Operacionais

1.10

4,5

1.11

0,3

1.17

0,1

1.14

1,7

1.07

3,7

83,4%79,7%

77,4% 76,3% 75,4%

Page 57: Vdf 2009 Report

59 02. Relatório de Actividade

e ajustamentos do exercício no total das receitas operacionais de 2009 sofreu, assim, um ligeiro aumento de 1,2 pontos percentuais face ao ano de 2008, fixando-se em 15,1%.

O valor da rubrica de Provisões ascendeu a 6,5 milhões de euros em 2009, registando um decréscimo de cerca de 30% quando comparado com o ano anterior. Em 2009, as Provisões apresentaram um peso no total de receitas operacionais da Empresa inferior a 1%.

Os Impostos totalizaram 27,1 milhões de euros em 2009, traduzindo um aumento de 6,3% face ao ano anterior. O item com maior peso nesta rubrica continua a ser as taxas de espectro pagas ao órgão regulador do sector, que representam a grande maioria do valor da rubrica de impostos. O peso da rubrica de Impostos no total das receitas operacionais manteve-se abaixo dos 2% em 2009.

A rubrica de Outros Custos Operacionais totalizou 0,4 milhões de euros no exercício de 2009, ou seja, cerca de metade do valor apurado em 2008. O peso destes custos no total das receitas operacionais é marginal (inferior a 0,1%).

Resultados Obtidos

Apesar de ter registado uma contracção das suas receitas (resultado dos factores acima mencionados), a Vodafone Portugal foi capaz de manter em 2009 o seu Cash Flow Operacional (EBITDA) praticamente inalterado e de aumentar a sua margem operacional. Com efeito, a maior eficiência da actividade da Empresa permitiu-lhe atingir, em 2009, um EBITDA de 545,6 milhões de euros, o que traduz uma margem operacional (medida pelo peso do EBITDA nas Receitas de Serviços) de 42,6%.

Os Resultados Financeiros foram negativos em 11,7 milhões de euros nos doze meses findos em 31 de Março de 2010, o que compara com o resultado positivo de 14,2 milhões de euros alcançados no período homólogo de 2008. Esta evolução encontra justificação na componente dos proveitos financeiros, que reduziu 86% em 2009, em resultado do efeito combinado da descida da taxa de juro e da redução do valor aplicado em instrumentos financeiros em consequência da distribuição de dividendos. Do lado dos custos financeiros, estes reduziram 6,6% em 2009 face ao ano anterior, neles predominando os encargos bancários relacionados com os pagamentos dos serviços efectuados pelos Clientes.

Os Resultados Extraordinários aumentaram 30% em 2009, atingindo 6,5 milhões de euros. Para este crescimento contribuiu, sobretudo, a componente de proveitos e ganhos extraordinários que aumentaram 20% em 2009 impulsionados, sobretudo, por valores relacionados com as recuperações de IVA. Os Resultados antes de Impostos ascenderam a 345,4 milhões de euros em 2009, traduzindo um decréscimo de 7,4% face a 2008. A margem em relação ao total das receitas operacionais contraiu também em 2009, fixando-se em 24,3%, ou seja 0,6 pontos percentuais abaixo da margem apurada em 2008.

O Imposto Sobre o Rendimento apurado foi de 91,6 milhões de euros, o que significa um decréscimo de 6,4% em relação ao ano anterior. Este valor corresponde a cerca de 26,5% dos

Fonte: Relatórios da Empresa;Os exercícios económicos da Vodafone Portugal apresentados no gráfico referem-se ao período compreendido entre 1 de Abril e 31 de Março do ano seguinte.

CLASH FLOW OPERACIONAL E MARGEM SOBRE AS RECEITAS DE SERVIÇOS Milhões de Euros

600

500

400

300

200

100

0

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%2005 2006 2007 2008 2009

Clash Flow Operacional Margem sobre as Receitas de Serviços

412,

4

34,9% 37,4% 39,3% 40,5% 42,6%471,

1 533,

2

546,

3

545,

6

Page 58: Vdf 2009 Report

Relatório e Contas 09 60

Resultados antes de Impostos, ou seja, praticamente em linha com a taxa de imposto agregada máxima (taxa de IRC acrescida da Derrama) a que a Empresa está sujeita.

O Resultado Líquido atingiu, assim, o valor de 253,8 milhões de euros em 2009, o que representa um decréscimo de 7,8% em relação ao valor alcançado no ano anterior, ou seja, menos 21,4 milhões de euros. Este desempenho deve-se, sobretudo, aos resultados financeiros que conheceram uma contracção de cerca de 26 milhões de euros, tal como referido anteriormente. Também a redução das tarifas de interligação e a deterioração do ambiente macroeconómico tiveram um impacto importante nesta evolução do Resultado Líquido, já que praticamente anularam as poupanças alcançadas ao nível dos custos operacionais. O Resultado Líquido alcançado em 2009 corresponde a cerca de 17,8% do total das receitas operacionais do ano, traduzindo uma redução de 0,6 pontos percentuais face ao ano anterior.

Em 2009 a Vodafone Portugal continuou a canalizar uma importante fatia das suas receitas para o investimento nas suas redes de Telecomunicações e Sistemas de Informação, visando assegurar a manutenção dos elevados padrões de qualidade no serviço prestado ao Cliente e reforçar o posicionamento da Vodafone Portugal como um operador cada vez mais global de Telecomunicações.

Uma importante parte do investimento em rede foi orientada para a expansão e modernização das redes de Terceira Geração, de modo a suportar as velocidades acrescidas (até 21,6 Mbps) e a evolução dos serviços de dados móveis esperada no próximo par de anos. Também na área móvel, destaca-se o esforço da Vodafone Portugal na modernização da sua rede de transmissão, continuando a expansão da sua rede de fibra. Preparou-se, também a introdução da tecnologia de rádio IP de modo a suportar os serviços de banda larga móvel fora dos grandes centros urbanos.

Uma parte igualmente importante do investimento da Vodafone Portugal em 2009 foi direccionada para a rede fixa, designadamente no lançamento do seu serviço fixo de Televisão Digital baseado numa arquitectura IPTV sobre a sua rede xDSL e na construção de uma rede de acesso em fibra ao Cliente final (FTTH) baseada em tecnologia GPON.

A 31 de Março de 2010, o investimento acumulado em activos fixos da Vodafone Portugal totalizava cerca de 2.746,9 milhões de euros, após a realização de um investimento de 190,8 milhões de euros durante 2009, o que corresponde a cerca de 13% do total das receitas operacionais da Empresa no ano e que evidencia a constante preocupação da Vodafone Portugal em oferecer serviços muito competitivos e de elevada qualidade aos seus Clientes.

Assim, do total investido em 2009, a Vodafone Portugal aplicou cerca de três quartos no desenvolvimento das suas redes de telecomunicações, com o investimento nas redes de Terceira Geração, fibra óptica e ADSL a canalizar a maioria desse valor.

02.8 POLÍTICA DE INVESTIMENTOS

RESULTADO LÍQUIDO Milhões de Euros

2005 2006 2007 2008 2009

Fonte: Relatórios da Empresa;Os exercícios económicos da Vodafone Portugal apresentados no gráfico referem-se ao período compreendido entre 1 de Abril e 31 de Março do ano seguinte.

300

250

200

150

100

50

0

169,

3 204,

4

269,

0

275,

2

253,

8

Page 59: Vdf 2009 Report

61 02. Relatório de Actividade

O Conselho de Administração da Vodafone Portugal propõe que os resultados líquidos apurados em 2009, num total de 253.792.320,84 euros, tenham a seguinte aplicação:

· Distribuição aos Accionistas: 126.896.160,42 euros· Transferência para reservas livres: 126.896.160,42 euros

A crise económica atravessada nos últimos dois anos gerou uma nova fase na vida do mercado das telecomunicações que inverteu a tendência de crescimento registada em anos anteriores. Porém, a Vodafone Portugal soube manter a posição ambiciosa e competitiva que sempre a distinguiu, consolidando os ganhos recentes de quota de mercado nas comunicações móveis e lançando novos projectos na área fixa, que a posicionam como um operador capaz de satisfazer as necessidades globais de comunicações dos seus Clientes.

O ano de 2009/10, apesar de difícil, foi mais um ano em que a Vodafone Portugal atingiu os seus principais objectivos e reforçou a sua posição competitiva, tendo ganho quota de mercado aos seus principais concorrentes.

O ano de 2010/11 será novamente um ano de grandes desafios. Não obstante, a Vodafone Portugal pretende continuar a ser uma Empresa em crescimento no mercado total de comunicações e reforçar a sua posição competitiva. É fundamental, nesse sentido, continuar a inovar e a pautar a dinâmica e as tendências no mercado português. Há ainda que manter a forte agressividade comercial e uma elevada qualidade de serviço em todas as áreas, que permitam à Vodafone Portugal distinguir-se como o operador com os maiores níveis de satisfação e recomendação dos Clientes. Irá, por conseguinte, continuar a surpreender os Clientes no mercado móvel com o seu marketing inovador e a apostar na forte orientação para o Cliente que a caracteriza, disponibilizando as melhores ofertas e serviços aos seus Clientes.

Em virtude do seu avançado estado de desenvolvimento, o sector móvel – ainda maioritariamente dominado pelos serviços de voz –, tem um potencial de crescimento menor. Os dados móveis manter-se-ão como os grandes catalisadores do crescimento das receitas do serviço móvel e, também, dos investimentos em rede. Tal como no ano que findou, também em 2010/11 a Vodafone Portugal prevê continuar a liderar a introdução de novas tecnologias e a reforçar a sua rede em todo o país, tendo em vista proporcionar aos seus Clientes a melhor experiência ao nível dos dados móveis. A escala e âmbito globais do Grupo Vodafone permitirão, igualmente, à Vodafone Portugal disponibilizar comercialmente os melhores e mais inovadores equipamentos, os quais, em matéria de dados móveis, assumem uma importância acrescida.

No mercado fixo, a Vodafone Portugal enfrentará desafios acrescidos em resultado da dependência de terceiros na sua oferta baseada em ULL. Mas também aqui a Vodafone Portugal está igualmente determinada a vencer, tirando o máximo partido do conhecimento que tem do mercado e da tecnologia, investindo em recursos e sistemas para construir, também nesta área, a melhor oferta para os seus Clientes. Os ajustamentos organizacionais efectuados para acomodar esta nova área de negócio, a aposta continuada nas ofertas de Banda Larga e TV, o investimento em fibra, as parcerias e as novas soluções na oferta empresarial são iniciativas fundamentais para o sucesso que a Vodafone Portugal ambiciona nesta área.

02.9PROPOSTA DE APLICAÇÃO

DE RESULTADOS

02.10PERSPECTIVAS FUTURAS

Fonte: Relatórios da Empresa;Os exercícios económicos da Vodafone Portugal apresentados no gráfico referem-se ao período compreendido entre 1 de Abril e 31 de Março do ano seguinte.

INVESTIMENTO ANUAL EM ACTIVOS FIXOS

250

200

150

100

50

0

2005 2006 2007 2008 2009

Milhões de Euros

169,

3

186,

6

186,

8

156,

4 190,

8

Page 60: Vdf 2009 Report

Relatório e Contas 09 62

Os custos são outra área de enfoque para a Vodafone Portugal. O contexto económico e empresarial com que nos deparamos, obrigam à existência de empresas ágeis e flexíveis e com uma estrutura de custos que não condicione estes requisitos. Com efeito, é importante que a Vodafone Portugal consiga manter a optimização da sua estrutura de custos de forma a continuar a concorrer neste mercado cada vez mais competitivo e a continuar a realizar os investimentos necessários.

Assumindo o seu papel na sociedade, fruto da sua dimensão e da natureza da sua actividade, a Vodafone Portugal irá manter-se empenhada em ser um exemplo de empresa sustentável, que procura desenvolver o seu negócio tendo por base princípios éticos e socialmente responsáveis.

O próximo ano, por todos os desafios que comporta, exigirá grande determinação de todos os profissionais que fazem da Vodafone Portugal uma empresa de sucesso. As sólidas competências e a forte motivação que caracteriza os Colaboradores da Vodafone Portugal serão indispensáveis para alcançar novos êxitos.

A Vodafone Portugal continuará também a contar com toda uma rede de Parceiros que desde sempre tem contribuído, de forma determinante, para os bons resultados alcançados, assumindo-se como fundamental para o projecto da Empresa.

2010/11 será, certamente, um ano marcante na concretização da ambição da Empresa de ser reconhecida como a principal preferência dos portugueses na selecção do seu operador global de comunicações e uma das empresas mais admiradas em Portugal.

2009 foi mais um ano de grandes desafios, cujas competências desta equipa de excelência permitiram superar. Novos desafios se avizinham para os próximos anos. Estamos seguros que a Vodafone Portugal, com a sua capacidade e experiência acumuladas ao longo dos anos e com a motivação e empenho dos seus Colaboradores e Parceiros, conseguirá dar uma resposta positiva aos desafios futuros.

Antes de terminar, não queremos deixar de expressar os mais sinceros agradecimentos:

Aos nossos Clientes, que nos estimulam com a sua confiança na Empresa e cujas expectativas procuramos sempre cumprir e ultrapassar.

Aos nossos Colaboradores, cujo esforço e dedicação tornaram possível o desenvolvimento de uma das mais dinâmicas empresas portuguesas, de dimensão e rentabilidade consideráveis, capaz de oferecer um nível de qualidade de serviço de excelência.

Aos nossos Distribuidores e Agentes, que com o seu esforço e empenho continuaram a dar um contributo essencial para a forte ligação da Empresa aos seus Clientes.

Aos nossos Fornecedores, que têm conseguido responder eficazmente às nossas necessidades, assumindo-se como parceiros fundamentais no nosso projecto.

Ao nosso Accionista, que continuadamente nos presta o seu apoio e cooperação e cuja confiança acreditamos continuar a merecer.

Às Entidades Públicas e Governamentais, que procuraram entender os nossos desafios e expectativas, dialogando com a nossa Empresa.

Por último, uma palavra especial de agradecimento aos restantes membros dos nossos Órgãos Sociais: Fiscal Único e Mesa da Assembleia Geral.

Lisboa, 31 de Maio de 2010

O Conselho de AdministraçãoAntónio Rui de Lacerda Carrapatoso (Presidente do Conselho de Administração)António Manuel da Costa Coimbra (Administrador Delegado)João Mário Monteiro de Araújo CoutoJoão Pedro de Amaral e Silva Mendes DiasJorge Manuel Capelas FernandesJosé Miguel Alarcão Júdice Mário Jorge Soares Vaz

02.11 AGRADECIMENTOS

Page 61: Vdf 2009 Report

RELATÓRIOS ECERTIFICAÇÃO LEGAL

Pensei entãono seguinte

Page 62: Vdf 2009 Report

Pensei entãono seguinte

Page 63: Vdf 2009 Report

Guerras revoltam-me. Não tanto pelas mortes que causam, mas mais pelas marcas que deixam nos vivos. Para a maioria dos ex-combatentes, as armas são o seu passaporte para o dia seguinte. E depois de anos a limpá-las, a oleá-las, a tocá-las, a ouvir as suas pequenas sinfonias metálicas, sentem-se uns inúteis sem elas. A guerra fazia, de alguns, deficientes físicos. A paz trazia-lhes problemas sociais. Abdicar da arma era abdicar de uma amiga fiel. Largá-la era morrer um pouco.

Pensei então no seguinte: num programa de troca de armas por instrumentos de música. A substituição de um vício bélico por outro decibélico. Tal como as armas, estes instrumentos também têm metal, também têm sons, também precisam de estar sempre afinados, também exigem a máxima concentração e o uso dos braços.

Mas para pôr o programa em marcha precisava de várias coisas. Comecei por ONG’s que actuassem em países do 3º mundo. A namorada de um amigo trabalhava no sudoeste asiático e conhecia um grupo de guerrilheiros relutantes em largar o seu arsenal. Falei com ela. Achou difícil, mas estava disposta a tentar. Eles eram cerca de 40. Podiam formar uma banda filarmónica. Bati a várias portas à procura de subsídios e as portas não se abriram. “Disparate”, “inconsciência”, “parvoíce”, foram alguns dos piropos que ouvi. Resolvi procurar directamente em lojas de instrumentos. Tudo muito caro. Fui ao ebay. Havia uma orquestra búlgara a vender tudo a preço

de saldo. Licitei e ganhei. Agora já tinha guerrilheiros e instrumentos. Faltavam os professores.

Deixei posts em sites de escolas de música. Procurava interessados em férias prolongadas num lugar remoto e exótico. Responderam 30. Seleccionei 3 que me pareceram boa onda. Expliquei-lhes o projecto Decibélicos. Aceitaram. Um deles tinha um irmão na escola de cinema que se juntou a nós para fazer um documentário. Apanhámos um avião militar e, de repente, demos por nós, em plena selva, com um grupo de guerrilheiros pela frente. Tentámos comunicar, mas inglês nicles. A tensão aumentou. Restavam os instrumentos. Começámos a tocá-los e era como se falassem por nós. Três meses depois os guerrilheiros já tocavam juntos e não faziam má figura. O documentário “Decibélicos” ficou mesmo pronto e fascinou o mundo. Começaram a surgir franchisings dos Decibélicos, inscritos no nosso site. Os guerrilheiros foram convidados a tocar em toda a parte. Arranjaram um agente e processaram-nos. Queriam ser compensados por usarmos músicas deles no documentário sem lhes pedir licença.

Muita gente ficou indignada, mas eu registei este facto com apreço. Era a prova de que a sua música já falava mais alto do que as suas armas.

Page 64: Vdf 2009 Report

67 03. Relatórios e Certificação Legal

relatórios e certificação legal

Os órgãos sociais da Vodafone Portugal apresentavam a seguinte constituição em 31 de Março de 2010:

Conselho de AdministraçãoAntónio Rui de Lacerda Carrapatoso (Presidente do Conselho de Administração)António Manuel da Costa Coimbra (Administrador Delegado)João Mário Monteiro de Araújo CoutoJoão Pedro de Amaral e Silva Mendes DiasJorge Manuel Capelas FernandesJosé Miguel Alarcão Júdice Mário Jorge Soares Vaz

Fiscal ÚnicoSociedade de Revisores Oficiais de Contas “Deloitte & Associados, SROC S.A.”Duarte Galhardas (Suplente do Fiscal Único)

Mesa da Assembleia GeralCarla MatosSusana Almeida MendesCristina Nunes

Secretária da SociedadeCristina Minoya Perez Carla Matos (Suplente)

Em 31 de Março de 2010 o capital social da Vodafone Portugal encontrava-se distribuído da seguinte forma:

Accionista31 de Março de 2010

N.º de Acções % do Capital Social % dos Direitos de Voto

Vodafone Holdings Europe B.V. 111.783.700 61,37% 61,37%

Vodafone Group Plc 70.352.806 38,63% 38,63%

Em 31 de Março de 2010, a Vodafone Holdings Europe B.V. detinha directamente um total de 111.783.700 acções da Empresa, representando uma participação de 61,37% do capital social e dos direitos de voto, enquanto a Vodafone Group Plc detinha 70.352.806 acções do capital da Vodafone Portugal, correspondente a uma participação de 38,63% do capital social e dos direitos de voto.

03.1ÓRGÃOS SOCIAIS

03.2LISTA DE PARTICIPAÇÕES

DOS ACCIONISTAS NO CAPITAL

Page 65: Vdf 2009 Report

Relatório e Contas 09 68

Em 31 de Março de 2010, detinham acções da Vodafone Group Plc os seguintes membros do Conselho de Administração da Vodafone Portugal:

N.º de Acções

António Rui de Lacerda Carrapatoso 150.000

João Pedro de Amaral e Silva Mendes Dias 41.836

Jorge Manuel Capelas Fernandes 24.479

Mário Jorge Soares Vaz 660

Para além da titularidade das acções acima mencionadas, nenhum outro membro do Conselho de Administração ou Órgão de Fiscalização da Sociedade detinha, em 31 de Março de 2010, quaisquer acções ou obrigações da Sociedade ou de sociedades com as quais esta se encontra em relação de domínio ou de grupo, nem adquiriram e alienaram acções ou obrigações da Sociedade ou de sociedades com as quais esta se encontra em relação de domínio ou de grupo, durante os doze meses findos naquela data.

O Contrato de Prestação de Serviços Jurídicos celebrado com o Administrador Dr. José Miguel Júdice, com base nos termos da deliberação do Conselho de Administração da Sociedade datada de 5 de Setembro de 2005 e do parecer favorável do Fiscal Único datado de 9 de Setembro de 2005, manteve-se em vigor, nos mesmos termos e condições, durante o ano de 2009.

03.3PARTICIPAÇÃO DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO NO CAPITAL

03.4NEGÓCIOS ENTRE A SOCIEDADE E OS SEUS ADMINISTRADORES

Page 66: Vdf 2009 Report

69 03. Relatórios e Certificação Legal

Introdução

1. Examinámos as demonstrações financeiras anexas da Vodafone Portugal – Comunicações Pessoais, S.A. (“Empresa”), as quais compreendem o balanço em 31 de Março de 2010 que evidencia um total de 1.239.159 milhares de Euros e capitais próprios de 791.172 milhares de Euros, incluindo um resultado líquido de 253.792 milhares de Euros, as demonstrações dos resultados por naturezas e por funções, a demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e os correspondentes anexos.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, o resultado das suas operações e os seus fluxos de caixa, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito

3. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que este seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. Este exame incluiu, igualmente, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações e a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de Gestão com as demonstrações financeiras. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

Opinião

4. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima, apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da Vodafone Portugal – Comunicações Pessoais, S.A. em 31 de Março de 2010, bem como o resultado das suas operações e os seus fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal.

Lisboa, 1 de Junho de 2010

Deloitte & Associados, SROC S.A.Representada por Carlos Alberto Ferreira da Cruz

03.5CERTIFICAÇÃO LEGAL

DAS CONTAS

Page 67: Vdf 2009 Report

DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS E ANEXOS

Queria ajudar a preservar

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Queria ajudar a preservar

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Protegemos aquilo de que gostamos. E gostamos das coisas que nos faziam sentir especiais quando éramos pequenos. Nenucos, Action Men, Airfix, ursinhos. O meu projecto partiu daqui.

Queria ajudar a preservar as espécies mais ameaçadas do planeta. Mas estava farto das típicas campanhas “we’re doomed”. Pensei o seguinte: a maior ameaça às outras espécies somos nós. E porquê? Porque, no fundo, no fundo, não lhes reconhecemos valor. (“Sim, são importantes, mas alguém que trate disso, enquanto acabo estas profiteroles que estão divinais.”) Para os proteger, devíamos ter instinto de protecção. Mas este não nasce do ar. Era preciso dar um empurrão. Ou um abraço. Se as crianças do mundo se habituassem a abraçar os animais mais ameaçados, podia ser o começo de uma bela amizade. Liguei a uma designer de moda do Porto, minha amiga, desempregada há 5 meses.

“E se em vez de roupa, desenhasses bonecos de peluche?”. Ela torceu o nariz, mas deitou mãos às obras. Enviava-me sketchs por mail e eu comentava. Pouco a pouco nasciam os meus Teddies. Só que em vez de Teddy Bears, eram Teddy Kommodo Dragon, Teddy Snow Leopard, Teddy Órix, etc. Todos grandes, fofos e hipoalergénicos. Concebidos para que crianças de 1 a 5 anos adormecessem abraçadas a eles. Um misto de boneco, almofada e anjo da guarda. Agora zelavam pelas crianças. Quando estas crescessem, seria ao contrário.

Os peluches ficaram um delírio. Criámos a linha “Adopt Teddy”, com o slogan “All they need is hugs”.

Liguei a todas as creches do país. Entre visitas e conference calls, expliquei o projecto.

Cada criança escolhia um Teddy diferente, que seria tema de estudo nesse ano lectivo. Os trabalhos seriam publicados num blog criado por eles. E enviados para os governos de países com espécies em risco. A coisa pegou. Algumas crianças levaram os Teddies para o estrangeiro. Em breve recebíamos mails de Itália, Turquia, Tailândia. E pedidos de peluches de animais ameaçados que nem sabíamos existirem. Mas pesquisámos, fabricámos e exportámos. Seguiu-se o franchising. Envolvemos as populações dos locais com animais em risco. Estes passaram a gerar emprego. Adoptar um Teddy virou moda. Ganhámos confiança. Dois anos depois, propusemos a criação do 1º santuário para espécies em risco – o Teddy Santuary – onde as crianças pudessem ver os seus animais adoptivos, vivos. Mas faltava pressionar os governos mundiais. Lançámos a ideia de uma manifestação de peluches nas redes sociais. Esperávamos centenas de pessoas, mas o passa-palavra passou ao sms, ao chat e passou fronteiras. Milhões de pais e crianças inundaram as ruas. Vestidos com fatos dos seus animais. Ver milhões de peluches abraçados, a cantarem o “All you need is love” na versão “All they need is hugs”, foi um daqueles momentos que ficaram para a História. Os uploads e os viewings de vídeos foram tantos que o youtube crashou. A “manif de peluche”, como ficou conhecida, formou toda uma nova geração. A começar por mim. E com ela, uma outra espécie deixou de estar em vias de extinção: a dos sonhadores.

Page 70: Vdf 2009 Report

75 04. Demonstrações Financeiras e Anexos

demonstrações financeiras e anexos

04.1BALANÇOS EM 31 DE MARÇO DE 2010 E 2009 Montantes expressos em milhares de Euros

Activo Notas 31-03-2010 31-03-2009

Activo Bruto A/A Activo Líquido Activo Líquido

IMOBILIZADO: Imobilizações incorpóreas:

Despesas de instalação 8 e 10 41.883 36.022 5.861 5.964 Despesas de investigação e de desenvolvimento 8 e 10 60.231 47.301 12.930 11.421

Propriedade industrial e outros direitos 8 e 10 155.474 74.461 81.013 94.418 Imobilizações em curso 8 e 10 2.833 - 2.833 1.234

260.421 157.784 102.637 113.037 Imobilizações corpóreas: Terrenos e recursos naturais 10 3.293 - 3.293 3.293

Edifícios e outras construções 10 76.070 39.192 36.878 35.596 Equipamento básico 10 e 14 1.483.235 1.062.755 420.480 449.086

Equipamento de transporte 10 14.476 9.090 5.386 5.695 Ferramentas e utensílios 10 17.005 15.280 1.725 3.171

Equipamento administrativo 10 307.923 258.394 49.529 37.695 Imobilizações em curso 10 90.877 - 90.877 70.130

1.992.879 1.384.711 608.168 604.666 Investimentos financeiros:

Partes de capital em empresas do grupo 10 e 16 6.566 - 6.566 6.466 Partes de capital em empresas associadas 10 e 16 4.559 - 4.559 3.924

11.125 - 11.125 10.390

CIRCULANTE: Existências: Mercadorias 21, 22 e 41 15.724 5.640 10.084 14.049

15.724 5.640 10.084 14.049

DÍVIDAS DE TERCEIROS – CURTO PRAZO: Clientes, conta corrente 138.590 - 138.590 121.955

Clientes de cobrança duvidosa 21 e 23 57.312 57.312 - -Accionistas 16 10.026 - 10.026 11.292

Adiantamentos a fornecedores 2.467 - 2.467 13 Estado e outros entes públicos 48 260 - 260 20

Outros devedores 4.642 - 4.642 11.837 213.297 57.312 155.985 145.117

Títulos negociáveis: Outras aplicações de tesouraria 17 233.000 - 233.000 516.000

233.000 - 233.000 516.000 Depósitos bancários e caixa:

Depósitos bancários 5.757 5.757 5.284 Caixa 53 53 53

5.810 5.810 5.337

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS: Acréscimos de proveitos 49 60.118 60.118 56.201

Custos diferidos 49 30.112 30.112 28.695 Activos por impostos diferidos 6 22.120 22.120 20.294

112.350 112.350 105.190 Total de amortizações 1.542.495 Total de ajustamentos 62.952

Total do activo 2.844.606 1.605.447 1.239.159 1.513.786

As notas anexas fazem parte integrante do balanço em 31 de Março de 2010.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Page 71: Vdf 2009 Report

Relatório e Contas 09 76

Capital Próprio e Passivo Notas 31-03-2010 31-03-2009CAPITAL PRÓPRIO:

Capital 36, 37 e 40 91.068 91.068

Ajustamento de partes de capital em filiais e associadas 40 4.711 3.751

Reservas:

Reserva legal 40 18.232 21.500

Reservas livres 40 415.569 679.022

Reserva de fusão 40 7.800 7.800

Resultado líquido do exercício 40 253.792 275.239

Total do capital próprio 791.172 1.078.380

PASSIVO:

PROVISÕES:

Outras provisões 34 58.388 85.125

58.388 85.125

DÍVIDAS A TERCEIROS – CURTO PRAZO:

Dívidas a instituições de crédito 50 2.679 23.657

Fornecedores, conta corrente 29.748 45.952

Fornecedores – facturas em recepção e conferência 58.355 50.706

Adiantamentos de clientes 3 3

Fornecedores de imobilizado, conta corrente 46.483 8.068

Estado e outros entes públicos 48 28.070 38.933

Outros credores 19.478 21.831

184.816 189.150

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS:

Acréscimos de custos 49 121.536 99.600

Proveitos diferidos 49 83.247 61.531

204.783 161.131

Total do passivo 447.987 435.406

Total do capital próprio e do passivo 1.239.159 1.513.786

As notas anexas fazem parte integrante do balanço em 31 de Março de 2010.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

04.1BALANÇOS EM 31 DE MARÇO DE 2010 E 2009 Montantes expressos em milhares de Euros

Page 72: Vdf 2009 Report

77 04. Demonstrações Financeiras e Anexos

Custos e Perdas Notas 31-03-2010 31-03-2009

Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas 41 178.052 203.278

Fornecimentos e serviços externos 553.975 732.027 606.177 809.455

Custos com o pessoal:

Remunerações 43 57.922 57.416

Encargos sociais e outros 43 e 52 34.666 92.588 31.534 88.950

Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo 10 194.982 192.344

Ajustamentos 21 20.152 15.481

Provisões 34 6.458 221.592 9.199 217.024

Impostos 27.057 25.454

Outros custos e perdas operacionais 425 27.482 848 26.302

(a).......... 1.073.689 1.141.731

Juros e custos similares 45 16.067 16.067 17.209 17.209

(c).......... 1.089.756 1.158.940

Custos e perdas extraordinários 46 5.249 4.773

(e).......... 1.095.005 1.163.713

Impostos sobre o rendimento do exercício 6 91.635 97.890

(g).......... 1.186.640 1.261.603

Resultado líquido do exercício 253.792 275.239

1.440.432 1.536.842

Proveitos e Ganhos

Vendas de mercadorias 44 120.012 122.933

Prestação de serviços 44 1.280.126 1.349.812

Trabalhos para a própria empresa 9.455 8.181

Proveitos suplementares 13.709 11.023

Reversões de amortizações e ajustamentos:

Reversões de amortizações 10 536 1.781

Reversões de ajustamentos 21 500 1.036 1.932 3.713

(b).......... 1.424.338 1.495.662

Ganhos em empresas do grupo e associadas 45 735 488

Outros juros e proveitos similares 45 3.650 4.385 30.957 31.445

(d).......... 1.428.723 1.527.107

Proveitos e ganhos extraordinários 46 11.709 9.735

(f ).......... 1.440.432 1.536.842

Resultados operacionais (b - a) 350.649 353.931

Resultados financeiros (d - b) - (c - a) (11.682) 14.236

Resultados correntes (d - c) 338.967 368.167

Resultados antes de impostos (f - e) 345.427 373.130

Resultado líquido do exercício (f - g) 253.792 275.239

As notas anexas fazem parte integrante da demonstração dos resultados por naturezas do exercício findo em 31 de Março de 2010.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

04.2DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE MARÇO DE 2010 E 2009 Montantes expressos em milhares de Euros

Page 73: Vdf 2009 Report

Relatório e Contas 09 78

Notas 31-03-2010 31-03-2009

Vendas e prestações de serviços 44 1.400.138 1.472.746

Custo das vendas e prestações de serviços 53 (492.420) (567.407)

Resultados brutos 907.718 905.339

Outros proveitos e ganhos operacionais 35.295 32.049

Custos de distribuição (303.050) (367.248)

Custos administrativos (258.401) (202.998)

Outros custos e perdas operacionais (38.980) (23.200)

Resultados operacionais 53 342.582 343.942

Ganhos em filiais e associadas 10 e 45 735 489

Custo líquido de financiamento (17) (142)

Ganhos em outros investimentos 2.127 28.840

Resultados correntes 53 345.427 373.129

Impostos sobre os resultados correntes 6 (91.635) (97.890)

Resultados correntes após impostos 253.792 275.239

Resultado líquido do exercício 53 253.792 275.239

Resultados por acção (em Euros) 1,18 1,28

As notas anexas fazem parte integrante da demonstração dos resultados por funções do exercício findo em 31 de Março de 2010.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

04.3DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE MARÇO DE 2010 E 2009 Montantes expressos em milhares de Euros

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79 04. Demonstrações Financeiras e Anexos

(Montantes expressos em milhares de Euros – mEur)

Nota Introdutória

A Vodafone Portugal – Comunicações Pessoais, S.A. (“Vodafone Portugal” ou “Empresa”), à data da sua constituição designada por Telecel – Comunicações Pessoais, S.A., associou, a partir de Janeiro de 2001, a sua própria marca à marca Vodafone, reflectindo assim a relação da Empresa com o maior grupo mundial de comunicações móveis.

A Vodafone Portugal foi constituída em 15 de Maio de 1991 e tem como actividade principal a exploração do serviço de telecomunicações complementares móvel terrestre ao abrigo de uma licença concedida pelo Governo Português em 18 de Outubro de 1991, a qual teve uma duração de 15 anos a partir daquela data. Em 20 de Julho de 2006, a Anacom – Autoridade Nacional de Comunicações (“Anacom” ou “Regulador”) – deliberou renovar aquela licença por um período adicional de 15 anos, terminando em 19 de Outubro de 2021. A actividade da Empresa está condicionada aos termos expressos na referida licença.

Em 9 de Outubro de 1998, a Vodafone Portugal foi licenciada pela Anacom, como operador de redes públicas de telecomunicações no território nacional, data a partir da qual adquiriu a qualidade de operador de serviços de telecomunicações de uso público móveis, ficando habilitada ao estabelecimento e fornecimento de uma rede pública de telecomunicações. Esta licença tem uma duração de 15 anos, contados a partir da data da sua emissão, e termo em 9 de Outubro de 2013.

No sentido de complementar a sua oferta celular, a Vodafone Portugal solicitou e obteve da Anacom, em 1999, uma licença para a exploração do serviço fixo telefónico indirecto e uma licença para a exploração do serviço de acesso fixo via rádio, ambas por um prazo de 15 anos e com início em 1 de Janeiro de 2000. A exploração do serviço fixo telefónico indirecto teve início na data de obtenção da licença e o serviço de acesso directo na rede fixa da Vodafone Portugal, com recurso à tecnologia FWA (Fixed Wireless Access) como suporte principal, foi disponibilizado em fase piloto, em Junho de 2000. Em Fevereiro de 2006, decorrente da manifestação de interesse por parte dos operadores licenciados sobre o espectro já atribuído, a Anacom veio definir um regime de acessibilidade plena para a atribuição de frequências adicionais para Acesso Fixo via Rádio (FWA) na faixa dos 24,5/26,5GHz. Nessa mesma data, a Vodafone Portugal submeteu à Anacom um pedido de espectro adicional. Por deliberação do Regulador de 21 de Abril de 2006, foi atribuído à Vodafone Portugal o direito de utilização de frequências adicionais na faixa dos 24.941-24.997GHz/25.949-26.005 GHz. Em Novembro de 2006, foi emitido o título revisto e reconfigurado do direito de utilização de frequências para a exploração de sistemas FWA atribuído à Empresa.

Em 29 de Setembro de 2000 a Vodafone Portugal, candidatou-se à atribuição de uma licença para operar a tecnologia UMTS (Universal Mobile Telecommunications System), a qual lhe foi concedida em 19 de Dezembro do mesmo ano, por despacho do Governo Português proferido nos termos do regulamento do concurso para a atribuição de quatro licenças de âmbito nacional para os sistemas de telecomunicações móveis internacionais. Esta licença tem uma duração de 15 anos, com termo em 11 de Janeiro de 2016, ficando a Vodafone Portugal, no exercício da actividade licenciada, sujeita às obrigações decorrentes da legislação aplicável.

Em 14 de Fevereiro de 2008 a Vodafone Portugal requereu à Anacom o registo a seu favor da prestação de serviço de voz através da internet (VoIP) de utilização nómada. Em 25 de Março de 2008 a Anacom autorizou a prestação deste serviço por parte da Empresa, mantendo as restrições e as salvaguardas normais, associadas à prestação de um serviço de comunicações e às garantias dos consumidores.

O ano de 2009 marca a entrada da Vodafone Portugal no mercado da Televisão Digital com o lançamento, em Julho de 2009, da oferta de televisão sobre xDSL, baseada numa arquitectura IPTV e dotada das funcionalidades mais avançadas de Televisão Digital – o serviço Vodafone Casa TV. Ao completar a sua oferta de triple play Vodafone Casa (Televisão, Internet e Telefone), a Vodafone Portugal concretiza, assim, uma etapa determinante na afirmação da Empresa enquanto operador global de telecomunicações.

A pedido da OniWay – Infocomunicações, S.A. (“OniWay”), o Ministério da Economia aprovou em 13 de Janeiro de 2003, a revogação da licença 3G atribuída à OniWay, e despachou favoravelmente os pedidos da Vodafone Portugal, TMN e Optimus, atribuindo frequências adicionais a estes operadores. As contrapartidas associadas ao desenvolvimento da sociedade da informação, que estavam associadas à licença UMTS atribuída à OniWay, foram assumidas, em partes iguais, pelos três operadores que beneficiaram da redistribuição do espectro adicional, efectuada pela Anacom, após o pedido de cancelamento da licença por parte da OniWay.

04.4ANEXO AO BALANÇO

E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE MARÇO DE 2010

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Relatório e Contas 09 80

Pela Resolução de Conselho de Ministros nº 143/2006 de 30 de Outubro, o Conselho de Ministros aprovou a criação do Grupo de Trabalho UMTS, ao qual estão atribuídas competências de acompanhamento sobre o cumprimento das obrigações assumidas pelos titulares de licenças de exploração de sistemas de telecomunicações móveis internacionais de terceira geração baseadas na norma UMTS, no âmbito do concurso público realizado em 2000. Este Grupo de Trabalho UMTS é presidido pela Anacom e constituído por representantes dos três operadores móveis, do Regulador e da Agência para a Sociedade do Conhecimento, I.P. (UMIC). Este Grupo de Trabalho iniciou as suas funções no dia 22 de Novembro de 2006 e tem como responsabilidade elaborar o balanço das contrapartidas para a sociedade da informação já realizadas e, subsequentemente, reavaliar e redefinir o formato e o calendário de execução referente às contrapartidas ainda a realizar por parte dos operadores licenciados.

Em 5 de Junho de 2007, considerando que na Resolução 143/2006 ficou prevista a possibilidade de constituição de um fundo que possa financiar a realização de projectos orientados de acordo com as prioridades definidas pelo Governo, o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (MOPTC) celebrou um protocolo com os três operadores móveis, para a constituição de um Fundo para a Sociedade de Informação, actualmente designado por Fundação para as Comunicações Móveis (FCM), com o capital inicial de 24.940 mEur. A contribuição em partes iguais de cada operador móvel na FCM foi efectuada de forma faseada após a constituição formal desta entidade. Em simultâneo, com a assinatura do protocolo celebrado entre o MOPTC e os três operadores, foi assinado um acordo individual entre cada um dos operadores e o MOPTC, com vista à avaliação dos projectos já executados para o desenvolvimento da Sociedade de Informação, bem como para a redefinição dos projectos a desenvolver no futuro. No que diz respeito à Vodafone Portugal, foram validados pelo comité de validação do Grupo de Trabalho UMTS os projectos da Empresa para o desenvolvimento da Sociedade de Informação com os quais a Vodafone Portugal se tinha comprometido, tendo a Empresa decidido aplicar 13.885 mEur no projecto e-Iniciativas.

O projecto e-Iniciativas, cujo objectivo fundamental é potenciar o aumento do número de utilizadores da internet em Portugal, suporta, integral ou parcialmente, os custos relacionados com a oferta de um computador portátil e o serviço de banda larga aos candidatos elegíveis no âmbito das iniciativas e-Oportunidades, e-Escola e e-Professores destinados aos formandos e trabalhadores em formação inscritos na iniciativa Novas Oportunidades, alunos inscritos no 5º ao 12º ano de escolaridade e todos os docentes que exerçam a sua actividade profissional na educação pré-escolar, no ensino básico e secundário.

Em 2009, e complementarmente ao projecto e-Escola, foi lançada a iniciativa e-Escolinhas, a qual resulta de um conjunto de parcerias entre o Governo Português, a Intel, os operadores de telecomunicações – Optimus, TMN, Zon, Vodafone Portugal, a Microsoft, a Caixa Mágica e as autarquias aderentes, com o objectivo de permitir a crianças do 1º ciclo do ensino básico acederem aos computadores portáteis especificados no Programa em condições vantajosas. Esta iniciativa não obriga os participantes a aderir aos serviços de Internet de banda larga disponibilizado pelos operadores.

Em 16 de Abril de 2001 foi assinada a escritura de constituição da Fundação Vodafone Portugal para o Desenvolvimento da Sociedade de Informação. A criação desta instituição resulta dos compromissos assumidos pela Vodafone Portugal à data da sua candidatura à licença para operar uma rede UMTS. O património inicial da Fundação foi constituído por um fundo financeiro de 4.988 mEur. Em caso de extinção da Fundação, o seu património será sempre afecto à prossecução dos fins previstos nos objectivos que nortearam a sua constituição, podendo a sua gestão ser entregue a uma entidade vocacionada para a continuidade deste tipo de actividade.

Em 24 de Outubro de 2000, a Vodafone Portugal e a CFocus – Soluções de Marketing, S.A. constituíram a CelFocus – Soluções Informáticas para Telecomunicações, S.A. (“CelFocus”), uma joint venture que tem como objectivo o desenvolvimento e comercialização de soluções de Customer Relation Management (CRM) aplicadas ao sector das telecomunicações a nível nacional e internacional. O capital da CelFocus é de cem mil Euros, representado por cem mil acções nominativas de valor nominal de um Euro, no qual a Vodafone Portugal tem uma participação de 45%. O capital da CelFocus foi integralmente realizado em numerário na data de realização da escritura de constituição.

No dia 11 de Fevereiro de 2004 a Vodafone Portugal e a Oni Multimédia celebraram um acordo definitivo de compra e venda da totalidade do capital da OniWay, no âmbito das condições pré-definidas pelas duas empresas em Dezembro de 2002. Por força da revogação da licença para operar a rede de tecnologia UMTS, e adicionalmente pelas restrições decorrentes do enquadramento da actividade da empresa baseada no objecto social definido à data da sua constituição, a OniWay reduziu significativamente a sua actividade desde 2003. Nesta data o rédito da OniWay resulta

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81 04. Demonstrações Financeiras e Anexos

exclusivamente do aluguer à Vodafone Portugal, dos activos afectos à rede de telecomunicações, que ainda detém.

Nos termos dos nº 1 e 2 do Art.º 4º do Decreto-Lei nº 238/91, a Vodafone Portugal optou pela exclusão de elaborar demonstrações financeiras consolidadas, em virtude da empresa do grupo (“OniWay”) não ser materialmente relevante para a apresentação de uma imagem verdadeira e apropriada da situação financeira e dos resultados do conjunto das empresas.

As notas às contas respeitam a ordem estabelecida pelo Plano Oficial de Contabilidade (POC) aprovado pelo Decreto-Lei nº 410/89, de 21 de Novembro, modificado pelo Decreto-Lei nº 238/91, de 2 de Julho, e pelo Decreto-Lei nº 35/2005 de 17 de Fevereiro, sendo de referir que os números não indicados neste anexo não têm aplicação ou não são relevantes para a apresentação das demonstrações financeiras.

Nota 3 – Bases de Apresentação, Principais Princípios Contabilísticos e Critérios Valorimétricos Utilizados

As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade normal das operações da Empresa e a partir dos seus livros e registos contabilísticos, escriturados de acordo com princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal.

Os principais princípios contabilísticos e critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras foram os seguintes:

a) Especialização dos exercícios

A Empresa regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, pelo qual estas são reconhecidas à medida em que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos.

b) Imobilizações incorpóreas

As imobilizações incorpóreas são registadas ao custo de aquisição e são constituídas, essencialmente, por (i) despesas com o estudo e desenvolvimento da rede, (ii) propriedade industrial e outros direitos, os quais incluem as licenças de operador da rede móvel, fixa e de internet, (iii) despesas directamente relacionadas com a aquisição dos direitos de ingresso em espaços comerciais e (iv) despesas relacionadas com o apoio técnico necessário para o desenvolvimento e optimização das condições de exploração da rede.

A política de amortizações está directamente relacionada com a natureza das despesas incorridas, como segue:

· As despesas com os estudos de admissão aos concursos e as respectivas licenças são amortizadas em duodécimos, pelo método das quotas constantes, durante o período da licença (15 anos), a partir da data de início da actividade licenciada.

· As despesas capitalizadas decorrentes dos direitos de ingresso em espaços comerciais são amortizadas em duodécimos, pelo método das quotas constantes, durante o prazo dos contratos.

· As restantes imobilizações incorpóreas são amortizadas em duodécimos, pelo método das quotas constantes, durante 3 ou 5 anos, conforme a sua natureza, a contar da data em que são incorridas as respectivas despesas.

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Relatório e Contas 09 82

c) Imobilizações corpóreas

As imobilizações corpóreas são registadas ao custo de aquisição. Os encargos de manutenção corrente são registados como custo no período em que são incorridos. As grandes reparações e beneficiações, das quais decorre uma extensão da vida útil dos activos ou uma geração de benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As depreciações das imobilizações corpóreas são calculadas pelo método das quotas constantes e são contabilizadas por duodécimos a partir da data em que os bens entram em exploração, de acordo com as seguintes vidas úteis estimadas:

Rubricas Vida Útil (Anos)

Edifícios e outras construções 10 a 50

Equipamento básico 6 a 20

Equipamento de transporte 4

Ferramentas e utensílios 4 a 5

Equipamento administrativo 3 a 8

Em complemento à sua actividade de operador de comunicações móveis, a Vodafone Portugal mantém um regular serviço de assistência técnica aos equipamentos dos seus Clientes, assumindo-se como intermediário e facilitador entre o Cliente final e os Fabricantes. Para o desenvolvimento desta sua actividade, a Empresa procede à capitalização dos telefones móveis que utiliza para empréstimo aos seus Clientes, durante o prazo de reparação dos mesmos nos Fornecedores originais. Estes equipamentos, assim como todos os telefones afectos à actividade operacional normal, face à obsolescência indexada aos mesmos, bem como ao elevado grau de degradação a que estão sujeitos pelo ritmo de manuseamento, são depreciados considerando uma vida útil de 2 anos.

A Vodafone Portugal procede regularmente a análises de imparidade, focalizadas nos activos cuja utilização no processo produtivo da Empresa se estima, ou de curta duração, ou sujeitos a desvalorização contínua. A depreciação acelerada deste conjunto de activos é registada na rubrica “Aumento de amortizações extraordinárias” pelo montante de 1.820 mEur (2008: 938 mEur) (Notas 10 e 46).

A Vodafone Portugal reconhece como activo imobilizado corpóreo, por contrapartida de uma provisão, a melhor estimativa dos custos de reposição futuros das instalações alugadas cuja saída é considerada provável, à data de encerramento do exercício. Esta provisão é constituída quando (i) existe uma obrigação contratual de reposição ou existe experiência histórica que indica que estes custos vão ser incorridos, resultando numa saída de fluxos financeiros para colocar o local nas suas condições originais, e (ii) apenas até ao limite em que esta saída de fluxos financeiros é considerada provável. Os custos estimados decorrentes desta obrigação contratual, ascendem em 31 de Março de 2010 a 690 mEur, os quais foram registados como “Outras Provisões” (Nota 34), por contrapartida de “Imobilizações corpóreas” (Nota 10). A amortização deste activo, ao qual está indexada uma vida útil estimada de 8 anos, período de duração médio dos contratos, foi no exercício corrente de 151 mEur (2008: 113 mEur), tendo sido registada na rubrica de “Aumento de amortizações extraordinárias” (Nota 10 e 46).

d) Investimentos financeiros

Os investimentos financeiros em empresas do grupo e associadas são registados pelo método de equivalência patrimonial, sendo as participações inicialmente contabilizadas pelo custo de aquisição, o qual é acrescido ou reduzido ao valor proporcional à participação nos capitais próprios dessas empresas, reportado à data de aquisição ou da primeira aplicação do método da equivalência patrimonial.

De acordo com o método da equivalência patrimonial as participações financeiras são ajustadas anualmente pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das empresas do grupo e associadas por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício. As participações são ainda ajustadas pelo valor correspondente à participação noutras variações dos capitais próprios dessas empresas, por contrapartida da rubrica “Ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas”. Adicionalmente os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma diminuição do valor dos investimentos financeiros (Notas 16 e 45).

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83 04. Demonstrações Financeiras e Anexos

e) Locação financeira

Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método, o custo do activo é registado no imobilizado corpóreo, a correspondente responsabilidade é registada no passivo, os juros incluídos no valor das rendas e a amortização do activo é registada como custo na demonstração dos resultados do exercício a que respeita.

f) Existências

As mercadorias encontram-se valorizadas ao custo de aquisição, utilizando-se o custo médio como método de custeio.

Os ajustamentos às existências são calculados com base na diferença entre o valor de custo e o respectivo valor de realização, sempre que este é inferior ao custo (Nota 21).

g) Ajustamentos de dívidas a receber

Este ajustamento é constituído/reforçado com base na estimativa de perdas originada pela não cobrança de contas a receber de Clientes. A Empresa regista na rubrica de “Proveitos extraordinários – Penalizações por incumprimento contratual” a facturação emitida a Clientes, referente a penalidades por incumprimento contratual, em virtude de considerar que a facturação em causa não decorre directamente da sua actividade principal. Com base na informação histórica disponível referente à capacidade de cobrança da referida facturação, a Empresa procede simultaneamente à constituição de um ajustamento para o risco de cobrança estimado, reconhecido na mesma rubrica. A Vodafone Portugal apresenta nas demonstrações financeiras o ajustamento para o risco de cobrança estimado na rubrica “Ajustamentos de dívidas de terceiros” (Notas 21 e 46).

h) Títulos negociáveis

Os títulos negociáveis são registados ao mais baixo do custo de aquisição ou valor de mercado.

i) Programa promocional

A partir de 1998, a Empresa desenvolveu um programa de promoções directamente relacionado com o volume de tráfego e aquisição de equipamentos pelos Clientes, sendo atribuídos pontos que permitem o acesso a diversas promoções. A Empresa contabiliza os encargos estimados com este programa, numa conta de proveitos diferidos, os quais são aferidos por recurso a uma taxa de utilização histórica e corrigidos pela evolução estimada futura (Nota 34).

j) Plano de incentivos

As responsabilidades assumidas no âmbito do plano de incentivos para membros do Conselho de Administração, quadros da Empresa e restantes Colaboradores (Notas 34 e 51) são reconhecidas em cada ano, tendo em conta o tempo já decorrido para o vencimento do direito efectivo do exercício das opções sobre acções, ou do vencimento das próprias acções, atribuídas pelo Grupo Vodafone. Sempre que o valor de mercado é superior ao preço fixado no plano de incentivos para a cedência pela Empresa das correspondentes acções aos beneficiários, a Vodafone Portugal constitui uma provisão para esse efeito.

k) Impostos diferidos

Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação.

Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e avaliados anualmente, utilizando as taxas de tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias.

Os activos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada balanço é efectuada uma reavaliação das diferenças temporárias subjacentes aos activos por impostos diferidos, no sentido de os reconhecer ou ajustar, em função da expectativa actual da sua recuperação futura.

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Relatório e Contas 09 84

l) Benefícios de reforma

A partir de 1 de Maio de 1998, os Empregados efectivos da Empresa passaram a beneficiar de um plano complementar de pensões de reforma de contribuição definida. O custo em cada exercício referente a este benefício corresponde ao valor da contribuição da Empresa, no ano, para o respectivo fundo (Nota 52).

m) Trabalhos para a própria empresa

Em consistência com a prática no sector das telecomunicações, a Vodafone Portugal regista em “Trabalhos para a própria empresa” os custos salariais dos Colaboradores afectos em exclusividade a projectos de desenvolvimento associados a novas tecnologias.

O montante registado está suportado nas afectações reais dos Colaboradores aos projectos, as quais são revistas trimestralmente em função, quer do desenvolvimento dos próprios projectos, quer da necessidade de realocação adicional de recursos.

A política de amortizações segue os critérios descritos na Nota 3 b).

n) Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para Euros, tendo sido utilizadas as taxas de câmbio vigentes nas datas dos balanços.

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, foram registadas como proveitos e custos na demonstração dos resultados do exercício (Notas 4 e 45).

o) Rédito

Os proveitos decorrentes directamente da actividade normal da Empresa são contabilizados no exercício a que dizem respeito, independentemente da data do seu recebimento. A facturação dos serviços de telecomunicações é efectuada numa base mensal. Sempre que a facturação não é conhecida, os valores são registados por estimativa com base no tráfego ocorrido. As diferenças entre os valores estimados e reais são registadas no período subsequente dado que estes ajustamentos de estimativa não são significativos.

Assim, a Empresa classifica as suas fontes de proveitos nas demonstrações financeiras como se segue:1. Prestação de serviços: Tráfego pré-pago e pós-pago, tráfego de interligação, tráfego de roaming e serviços suplementares;2. Vendas de mercadorias e produtos: Proveitos provenientes da venda de telemóveis e acessórios.

Nota 4 – Cotações Utilizadas para Conversão em Euros

Em 31 de Março de 2010 foram utilizadas as seguintes taxas de câmbio, de acordo com o Banco de Portugal, para converter para Euros os activos e passivos expressos em moeda estrangeira:

Moeda Câmbio Euro

Dólar Australiano 1,47426

Franco Suiço 1,42234

Coroa Dinamarquesa 7,44336

Coroa Estónia 15,64722

Dólar das Fiji 2,59726

Libra Inglesa 0,89063

Dólar de Hong-Kong 10,50454

Shekel de Israel 5,50552

Rupia Indiana 60,82606

Coroa da Islândia 172,1502

Pataca de Macau 10,82232

Coroa Noroeguesa 8,02984

Dólar Nova Zelândia 1,90631

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85 04. Demonstrações Financeiras e Anexos

Moeda Câmbio Euro

Coroa Sueca 9,73379

Dólar de Singapura 1,89259

Baht da Tailândia 43,76523

Dólar Americano 1,35296

Nota 6 – Impostos

A Vodafone Portugal é tributada em IRC – Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas à taxa de 25%, acrescida de Derrama à taxa máxima de 1,5% sobre o lucro tributável, resultando numa taxa de imposto agregada máxima de 26,5%.

De acordo com o Artº 81.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, a Empresa encontra-se sujeita a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos, às taxas previstas no artigo mencionado.

Nos termos da legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (dez anos para a Segurança Social até 2000, inclusive, e cinco anos a partir de 2001), excepto quando tenham existido prejuízos ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são prolongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa referentes aos exercícios de 2005 a 2008 poderão ainda ser sujeitas a revisão.

O Conselho de Administração entende que eventuais correcções às declarações de impostos, resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais, não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Março de 2010.

O IRC contabilizado como custo do exercício findo em 31 de Março de 2010 encontra-se ajustado pelo efeito da contabilização de impostos diferidos, de acordo com a Directriz Contabilística nº 28 (Nota 3 k)).

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva do imposto sobre o rendimento, para o exercício findo em 31 de Março de 2010, apresenta-se como segue:

31-03-2010 31-03-2009

Resultado antes de impostos 345.427 373.130

Taxa nominal de imposto 26,5% 26,5%

91.538 98.879

Diferenças permanentes (i) 30 (1.276)

Diferenças temporárias 1.689 (807)

Tributação autónoma 642 739

Ajustamento taxa IRC Açores e Madeira (438) (457)

Imposto corrente (Nota 48) 93.461 97.078

Imposto diferido do ano (1.826) 812

Imposto sobre o rendimento do exercício 91.635 97.890

A taxa efectiva de imposto estimada para o exercício findo a 31 de Março de 2010 foi de 26,53% (2008: 26,23%).

Page 81: Vdf 2009 Report

Relatório e Contas 09 86

(i) Estes montantes tinham a seguinte composição em 31 de Março de 2010 e 2009:

Operações na Demonstração dos Resultados

Descrição 31-03-2010 31-03-2009

DIFERENÇAS PERMANENTES:

Donativos 1.077 (4.670)

Multas, penalidades e juros compensatórios 67 4

Quotizações (63) (36)

Outras provisões (1.036) 641

Equivalência patrimonial em associadas (Notas 10 e 45) (735) (488)

EBF – Criação líquida de emprego (169) (724)

Outros 974 457

Total 115 (4.816)

Taxa nominal de imposto 26,5% 26,5%

Imposto sobre o rendimento do exercício 30 (1.276)

As rubricas que deram origem à contabilização de activos por impostos diferidos em 31 de Março de 2010, podem resumir-se da seguinte forma:

Operações na Demonstração dos Resultados31-03-2009 Constituição ou Reversão 31-03-2010

Diferenças temporárias que originaram activos por impostos diferidos:

Outras provisões 55.885 5.257 61.142

Amortizações extraordinárias 5.259 1.239 6.498

Acréscimos de custos 6.948 (578) 6.370

Stock options 8.489 974 9.463

Total I 76.581 6.892 83.473

Valores reflectidos no balanço:

Impostos diferidos activos (Total I * Taxa 26,5%) 20.294 1.826 22.120

Total II 20.294 1.826 22.120

Nota 7 – Número Médio de Pessoal

O número médio de Empregados ao serviço da Empresa, no exercício findo em 31 de Março de 2010, foi de 1.590 (2008: 1.644).

Nota 8 – Imobilizações Incorpóreas

O valor líquido das imobilizações incorpóreas em 31 de Março de 2010 e 2009 pode resumir-se da seguinte forma:

Rubricas 31-03-2010 31-03-2009

Despesas de instalação (a) 5.861 5.964

Despesas de investigação e de desenvolvimento (b) 12.930 11.421

Propriedade industrial e outros direitos (c) 81.013 94.418

Imobilizações em curso 2.833 1.234

Total geral 102.637 113.037

(a) A rubrica “Despesas de instalação” engloba, basicamente, as despesas de constituição e expansão da rede operacional da Empresa, e direitos de ingresso referentes a espaços comerciais.

(b) As “Despesas de investigação e de desenvolvimento” compreendem, fundamentalmente, as despesas incorridas com estudos de engenharia, relacionados com o desenvolvimento da rede.

(c) A rubrica “Propriedade industrial e outros direitos” inclui, essencialmente, o custo da licença atribuída à Vodafone Portugal para operar a tecnologia UMTS no valor bruto de 155.291 mEur, o qual engloba a quota parte atribuída à Vodafone Portugal na redistribuição adicional do espectro 3G, inicialmente atribuído à OniWay e os montantes dispendidos pela Empresa nos projectos no contexto do desenvolvimento da sociedade da informação, que foram assumidos à data da concessão da licença 3G (Nota Introdutória).

Page 82: Vdf 2009 Report

87 04. Demonstrações Financeiras e Anexos

Nota 10 – Movimentos do Activo Imobilizado

Durante o exercício findo em 31 de Março de 2010 o movimento ocorrido no valor das imobilizações incorpóreas, corpóreas e investimentos financeiros, bem como nas respectivas amortizações acumuladas e ajustamentos, foi o seguinte:

Activo Bruto Saldo Inicial 31-03-2009 Aumentos Transferências Reclassificações Abates Saldo Final

31-03-2010

IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS: Despesas de instalação 32.630 120 3.427 5.731 (25) 41.883

Despesas de investigação e de desenvolvimento 56.513 8.669 785 (5.731) (5) 60.231

Propriedade industrial e outros direitos 155.474 - - - - 155.474

Imobilizações em curso 1.234 5.333 (3.734) - - 2.833 245.851 14.122 478 - (30) 260.421

Activo Bruto Saldo Inicial31-03-2009 Aumentos Transferências Reclassificações Abates Saldo Final

31-03-2010

IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS:

Terrenos e recursos naturais 3.293 - - - - 3.293

Edifícios e outras construções 70.654 297 5.269 - (150) 76.070

Equipamento básico 1.388.454 1.168 105.052 - (11.439) 1.483.235

Equipamento de transporte 15.557 1.420 1.105 - (3.606) 14.476

Ferramentas e utensílios 16.449 568 38 - (50) 17.005

Equipamento administrativo 274.173 867 39.679 - (6.796) 307.923

Imobilizações em curso 70.130 172.368 (151.621) - - 90.877

1.838.710 176.688 (478) - (22.041) 1.992.879

Activo Bruto Saldo Inicial31-03-2009 Aumentos Reduções Reclassificações

EquivalênciaPatrimonial

(Nota 45)

Saldo Final 31-03-2010

INVESTIMENTOS FINANCEIROS:

Partes de capital em empresas do grupo (Nota 16) 6.466 - - - 100 6.566

Partes de capital em empresas associadas (Nota 16) 3.924 - - - 635 4.559

10.390 - - - 735 11.125

Amortizações e Ajustamentos

Saldo Inicial 31-03-2009 Reforços

Amortizações Extraordinárias

(Nota 46)

Reversão de Amortizações Reclassificações Abates Saldo Final

31-03-2010

IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS:

Despesas de instalação 26.666 4.117 - - 5.246 (7) 36.022

Despesas de investigação e de desenvolvimento 45.092 7.945 - - (5.731) (5) 47.301

Propriedade industrial e outros direitos 61.056 13.405 - - - - 74.461

132.814 25.467 - - (485) (12) 157.784

IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS:

Edifícios e outras construções 35.058 4.175 409 (360) - (90) 39.192

Equipamento básico (a) 939.368 133.796 341 (172) - (10.578) 1.062.755

Equipamento de transporte 9.862 2.680 - - - (3.452) 9.090

Ferramentas e utensílios (a) 13.278 1.976 57 - (2) (29) 15.280 Equipamento administrativo

(a) 236.478 26.888 1.164 (4) 487 (6.619) 258.394

1.234.044 169.515 1.971 (536) 485 (20.768) 1.384.711

(a) Os montantes incluídos na coluna “Amortizações extraordinárias” e “Reversão de amortizações” correspondem aos reforços e reversões das amortizações extraordinárias de alguns activos sujeitos a desvalorização extraordinária, os quais foram reconhecidos no exercício nas rubricas de “Aumentos de amortizações” e de “Reversões de amortizações” da demonstração dos resultados (Nota 3 c)). Os reforços das “Amortizações extraordinárias” incluem 151 mEur referente à amortização dos custos estimados de reposição das instalações técnicas, reportadas por contrapartida da provisão (Nota 34).

Page 83: Vdf 2009 Report

Relatório e Contas 09 88

Nota 14 – Informações Adicionais Sobre as Imobilizações Corpóreas

Em 31 de Março de 2010 e 2009, o valor líquido contabilístico das imobilizações implantadas e em curso, em propriedade alheia é o seguinte:

31-03-2010 31-03-2009

Equipamento de rede 390.311 450.776

Nota 16 – Empresas do Grupo, Associadas e Relacionadas

Empresas do grupo e associadas

Em 31 de Março de 2010, a Vodafone Portugal detinha participações no capital das seguintes empresas (Nota Introdutória):

· CelFocus – Soluções Informáticas para Telecomunicações, S.A. (“CelFocus”)· OniWay – Infocomunicações, S.A. (“OniWay”)

As informações mais relevantes relativas à situação financeira e à actividade das empresas do grupo e associadas participadas pela Vodafone Portugal, relativas ao exercício em análise podem resumir-se da seguinte forma:

Empresa Sede Activo Líquido Capital Proveitos

TotaisCapital Próprio

Resultado Líquido

Participação (%)

Participações Financeiras

CelFocus Lisboa 15.344 100 16.878 10.132 842 45% 4.559

OniWay Lisboa 6.600 5.000 476 6.566 102 100% 6.566

A CelFocus e a OniWay têm um período de reporte coincidente com o ano civil.

Na presente informação, os dados relativos às empresas do grupo e associadas encontram-se reportados respectivamente, a 28 de Fevereiro de 2010 para a CelFocus, e 31 de Março de 2010 para a OniWay. Para efeitos de cálculo da equivalência patrimonial, foram ajustadas as demonstrações financeiras para o período económico da Empresa.

Os saldos em 31 de Março de 2010 e as transacções no exercício findo naquela data entre a Vodafone Portugal e as empresas do grupo e associadas são os seguintes:

OniWay CelFocus TotalSALDOS:

Fornecedores conta corrente 154 1.763 1.917

TRANSACÇÕES: Fornecimentos e serviços externos 385 5.146 5.531

Page 84: Vdf 2009 Report

89 04. Demonstrações Financeiras e Anexos

Empresas relacionadas

Os principais saldos em 31 de Março de 2010 e as transacções da Empresa com empresas relacionadas (Grupo Vodafone) no exercício findo naquela data, podem resumir-se como segue:

Clientes,

Conta Corrente

Fornecedores, Conta

Corrente

Acréscimos de Custos

Fornecimentos e Serviços

Externos

Custos Financeiros

Prestação de Serviços

ProveirosFinanceiros

Vodafone Telekomunikasyon 117 - - 56 - 1.126 -

Vodafone Omnitel 66 69 - 583 - 786 -

Societé Française du Radiotelephone (1.355) 1.728 - 3.132 - 19 -

Vodafone Procurement SARL - 24.388 - 12.835 - 7 -

Vodafone Roaming Services 621 1.014 - 5.992 - 1.227 -

Vodafone Espanha, S.A. 263 472 - 3.334 - 4.678 -

Vodafone Finance Ltd (a) - - - - - - 2.127

Vodafone Group Services Ltd (b) 5.413 (10.356) 163 62.651 - 22.411 -

Vodafone Ireland Marketing Ltd - 1.310 - 32.213 - - -

Vodafone Limited 115 32 - 426 - 2.028 -

Vodafone Overseas Finance Ltd - - - - 9 - -

Outras entidades 768 470 - 1.937 - 3.228 -

Total 6.008 19.127 163 123.159 9 35.510 2.127

(a) Os proveitos financeiros indicados decorrem sobretudo das aplicações efectuadas em papel comercial do Grupo Vodafone (Nota 17).

(b) Em 31 de Março de 2010, a Empresa detinha um empréstimo concedido à Vodafone Group Services Ltd de cerca de 10.026 mEur que se encontra registado no activo na rubrica “Accionistas” (31 de Março de 2009: 11.292 mEur). Os juros contabilizados no exercício em análise ascenderam a 223 mEur de juros obtidos (2008: 989 mEur) (Nota 45).

Nota 17 – Títulos Negociáveis

O montante de 233.000 mEur registado em 31 de Março de 2010 na rubrica “Outras aplicações de tesouraria” (2008: 516.000 mEur), corresponde a uma aplicação em papel comercial do Grupo Vodafone, pela qual a Empresa obtém juros que em 31 de Março de 2010 foram liquidados à taxa de 0,39%. Os juros contabilizados no exercício em análise ascenderam a 1.905 mEur (2008: 27.839 mEur) (Notas 16 e 45).

Nota 21 – Ajustamentos aos Valores do Activo Circulante

Os ajustamentos ao valor do activo circulante no exercício findo em 31 de Março de 2010 foram como se segue:

Ajustamentos Saldo Inicial 31-03-2009 Reforço Utilização Reversão Saldo Final

31-03-2010

EXISTÊNCIAS:

Mercadorias 4.338 1.856 (554) - 5.640

DÍVIDAS DE TERCEIROS:

Clientes de cobrança duvidosa 60.098 31.064 (33.350) (500) 57.312

Total geral 64.436 32.920 (33.904) (500) 62.952

No exercício em análise a Vodafone Portugal procedeu à contabilização na rubrica “Outros proveitos extraordinários” do diferencial positivo entre a facturação associada a penalidades por incumprimento contratual e o respectivo ajustamento às dívidas de terceiros, no montante de 953 mEur (2008: 1.177 mEur) (Notas 3 g) e 46). O reforço deste ajustamento está registado em “Ajustamentos a dívidas de terceiros”, pelo montante de 12.768 mEur (2008: 14.392 mEur).

A utilização de 33.350 mEur (2008: 23.401 mEur) da rubrica “Ajustamentos a dívidas de terceiros”, corresponde à anulação de créditos totalmente ajustados, com base nas medidas de descongestionamento das pendências judiciais previstas no Orçamento Geral do Estado para 2000 e do Decreto-Lei nº 114/98 de 4 de Maio. Em caso de recuperação de dívida após utilização do

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Relatório e Contas 09 90

ajustamento, o registo é efectuado na rubrica de “Proveitos extraordinários”. Em 2009 o montante reconhecido foi de 3.868 mEur (2008: 4.613 mEur) (Nota 46).

Nota 22 – Valores Globais das Existências que se Encontram fora da Empresa

Em 31 de Março de 2010, as existências da Vodafone Portugal encontram-se em instalações de terceiros. A gestão física destes activos foi subcontratada, mantendo a Vodafone Portugal uma responsabilidade directa sobre a sua aquisição, rotação e distribuição.

Nota 23 – Dívidas de Cobrança Duvidosa

Em 31 de Março de 2010, existiam saldos de Clientes classificados como de cobrança duvidosa, no montante de 57.312 mEur, para os quais se constituíram ajustamentos pela sua totalidade (Notas 3 g) e 21).

Nota 25 – Dívidas Activas e Passivas com o Pessoal

Em 31 de Março de 2010 e 2009, a Empresa detinha as seguintes dívidas com o Pessoal:

31-03-2010 31-03-2009

Saldos Devedores 162 147

Nota 32 – Garantias Prestadas

Em 31 de Março de 2010 e 2009 as garantias bancárias apresentadas pela Vodafone Portugal podem resumir-se da seguinte forma:

Natureza 31-03-2010 31-03-2009

Aluguer de espaços 2.311 1.951

Outras 7.045 7.033

Total geral 9.356 8.984

Nota 34 – Movimento Ocorrido nas Provisões

Durante o exercício findo em 31 de Março de 2010 ocorreram os seguintes movimentos nas rubricas de provisões:

Rubricas Saldo Inicial 31-03-2009 Reforços Utilizações Transferências Reversões

(Nota 46)Saldo Final 31-03-2010

Provisões para processos judiciais em curso 3.112 39 - - (67) 3.084

Outras provisões 82.013 17.259 (16.185) (26.750) (1.033) 55.304

Total geral 85.125 17.298 (16.185) (26.750) (1.100) 58.388

A rubrica “Outras provisões” inclui: (i) uma provisão para fazer face aos custos com os planos de incentivos para membros do Conselho de Administração e quadros da Empresa (Notas 3 j) e 51), de 9.463 mEur (31 de Março de 2009: 8.489 mEur), (ii) uma provisão para fazer face à incerteza de recebimento de facturação a Clientes e Fornecedores já vencida, de 217 mEur (31 de Março de 2009: 1.005 mEur), (iii) uma provisão para a cobertura de responsabilidades decorrentes da activação de Clientes, no montante de 2.000 mEur (31 de Março de 2009: 2.139 mEur) e (iv) uma provisão para riscos inerentes do negócio, no valor de 43.624 mEur (31 de Março de 2009: 40.403 mEur).

Adicionalmente, desde o exercício findo em 31 de Março de 2005, a Vodafone Portugal, tal como referido na Nota 3 c), constituiu uma provisão para fazer face aos custos a incorrer, em sede de cessação contratual, sempre que se torne obrigatória a reposição dos locais utilizados pela Empresa, nas condições iniciais de utilização. Esta provisão, actualmente de 690 mEur (31 de Março

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91 04. Demonstrações Financeiras e Anexos

de 2009: 581 mEur), tem como contrapartida a rubrica de “Imobilizações corpóreas”, sendo que a amortização anual, no montante de 151 mEur, está contabilizada no exercício.

Decorrente da adopção da IFRIC 13 (International Financial Reporting Interpretations Committee), o programa promocional de vendas passou a ser considerado como um proveito diferido em vez de uma provisão para cobertura de encargos pelo que houve a transferência de 26.750 mEur durante o exercício.

Nota 36 – Composição do Capital

Em 31 de Março de 2010, o capital social da Vodafone Portugal era composto por 182.136.506 acções com o valor nominal de 0,5 euros cada (Notas 37 e 40).

Nota 37 – Pessoas Colectivas com Participação Igual ou Superior a 20% no Capital da Empresa

As entidades que detêm mais de 20% do capital subscrito em 31 de Março de 2010 e 2009, são as seguintes (Notas 36 e 40):

Detentor do Capital 31-03-2010 31-03-2009

Montante % Montante %

Vodafone Holdings Europe B.V. 55.892 61,37 55.892 61,37

Vodafone Group Plc 35.176 38,63 35.176 38,63

Total geral 91.068 100,00 91.068 100,00

Nota 40 – Movimentos Ocorridos nas Rubricas de Capital Próprio

No exercício findo em 31 de Março de 2010, o movimento ocorrido nas rubricas de capital próprio foi o seguinte:

Saldo Inicial 31-03-2009

Aplicação do Resultado Transferências Diminuição Aumento Saldo Final

31-03-2010

Capital 91.068 - - - - 91.068

Ajustamento de partes de capital em filiais e associadas 3.751 - 960 - - 4.711

Reservas:

Reserva legal 21.500 - (3.268) - - 18.232

Reservas livres 679.022 137.619 2.308 (403.380) - 415.569

Reserva de fusão 7.800 - - - - 7.800

Resultado líquido do exercício 275.239 (275.239) - - 253.792 253.792

Total geral 1.078.380 (137.620) - (403.380) 253.792 791.172

Ajustamentos de partes de capital: O montante de 960 mEur representa a parte proporcional da Vodafone Portugal, nos resultados não distribuídos da CelFocus (960 mEur) e da OniWay (0,2 mEur).

Reserva legal: A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital. Decorrente da redução do capital social efectuada no exercício anterior, procedemos à redução das reservas legais em 3.268 mEur. O valor actual destas reservas corresponde a 20% do capital.

Reserva de fusão: Por escritura outorgada em 24 de Março de 2004 a Vodafone Portugal e a Vizzavi Portugal efectuaram uma operação de fusão, materializada por via da transferência global do património da Vizzavi Portugal, sociedade incorporada, para a Vodafone Portugal, sociedade incorporante, com efeitos retroactivos a 1 de Abril de 2003 e de que resultou uma “Reserva de fusão”, na Vodafone Portugal, no valor de 7.800 mEur.

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Relatório e Contas 09 92

Aplicação do resultado: Por deliberação da Assembleia-Geral realizada em 25 de Junho de 2009, foi aprovada a seguinte proposta de aplicação do resultado líquido apurado no exercício findo em 31 de Março de 2009:

Distribuição aos Accionistas 137.620

Transferência para Reservas Livres 137.619

275.239

Reservas livres: A diminuição verificada de 403.380 mEur refere-se à distribuição de dividendos aos accionistas, conforme deliberado em Assembleia-Geral realizada em 25 de Junho de 2009.

Nota 41 – Custo das Mercadorias Vendidas

O custo das mercadorias vendidas dos exercícios findos em 31 de Março de 2010 e 2009 foi determinado como se segue:

31-03-2010 31-03-2009

Existências iniciais 18.387 18.668

Compras 176.454 205.442

Transferências para imobilizações (229) (481)

Regularização de existências (836) (1.964)

Existências finais (15.724) (18.387)

178.052 203.278

As regularizações de existências incluem ofertas, consumos internos e quebras.

Nota 43 – Remunerações dos Membros dos Órgãos Sociais

As remunerações ordinárias atribuídas aos membros do Conselho de Administração da Empresa, nos exercícios findos em 31 de Março de 2010 e 2009 foram de 5.102 mEur e 6.149 mEur, respectivamente.

Nota 44 – Vendas e Prestações de Serviços por Actividade

As vendas e prestações de serviços, líquidas, distribuem-se da seguinte forma:

Actividade 31-03-2010 31-03-2009

Vendas de equipamentos e acessórios 120.012 122.933

Prestação de serviços e outros 1.280.126 1.349.812

Total geral 1.400.138 1.472.745

No exercício corrente o segmento de actividade afecto às telecomunicações móveis representa a quase totalidade das receitas e resultados da Empresa, sendo irrelevante a prestação da informação financeira segmentada pelas restantes actividades da Empresa.

Page 88: Vdf 2009 Report

93 04. Demonstrações Financeiras e Anexos

Nota 45 – Demonstração dos Resultados Financeiros

Os resultados financeiros dos exercícios findos em 31 de Março de 2010 e 2009 têm a seguinte composição:

Custos e Perdas: 31-03-2010 31-03-2009

Juros suportados 1.249 124

Diferenças de câmbio desfavoráveis (Notas 3 n) e 4) 481 1.108

Descontos de pronto pagamento concedidos 284 245

Outros custos e perdas financeiros (a) 14.053 15.732

16.067 17.209

Resultados financeiros (11.682) 14.236

4.385 31.445

Proveitos e Ganhos: 31-03-2010 31-03-2009

Juros obtidos (Notas 16 e 17) 2.800 29.497

Ganhos em empresas do grupo e associadas (Nota 10) 735 488

Diferenças de câmbio favoráveis (Notas 3 n) e 4) 680 722

Descontos de pronto pagamento obtidos 109 736

Outros proveitos e ganhos financeiros 61 2

4.385 31.445

(a) Inclui sobretudo custos incorridos com as comissões a entidades bancárias

Nota 46 – Demonstração dos Resultados Extraordinários

Os resultados extraordinários dos exercícios findos em 31 de Março de 2010 e 2009 têm a seguinte composição:

Custos e Perdas: 31-03-2010 31-03-2009

Donativos 1.534 1.367

Perdas em existências 262 -

Perdas em imobilizações 696 2.117

Multas e penalidades 13 5

Aumento de amortizações extraordinárias (Notas 3 c) e 10) 1.971 1.051

Outros custos e perdas extraordinários 773 233

5.249 4.773

Resultados extraordinários 6.460 4.962

11.709 9.735

Proveitos e Ganhos: 31-03-2010 31-03-2009

Recuperação de dívidas (Nota 21) 3.868 4.613

Ganhos em imobilizações 627 267

Redução de provisões (Nota 34) 1.100 2.282

Penalizações por incumprimento contratual (Notas 3 g) e 21) (a) 953 1.177

Outros proveitos e ganhos extraordinários (b) 5.161 1.396

11.709 9.735

(a) Este valor inclui a facturação de 13.721 mEur liquida do respectivo ajustamento efectuado de 12.768 mEur (Nota 21).

(b) Este saldo refere-se essencialmente a valores relacionados com as recuperações de IVA.

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Relatório e Contas 09 94

Nota 48 – Estado e Outros Entes Públicos

Em 31 de Março de 2010 e 2009, os saldos com estas entidades têm a seguinte composição:

Rubricas31-03-2010 31-03-2009

A receber A pagar A receber A pagar

Imposto sobre o Valor Acrescentado 260 14.870 20 17.827

Contribuições para a Segurança Social - 1.196 - 1.218

Imposto sobre o rendimento retido (IRS e IRC) - 700 - 1.539

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) (a) - 11.249 - 18.299

Outros (Imposto Municipal sobre Imóveis e Imposto de Selo) - 55 - 50

260 28.070 20 38.933

(a) Esta rubrica inclui a estimativa de imposto corrente para o exercício findo em 31 de Março de 2010, de 93.461 mEur (Nota 6), deduzida de pagamentos por conta efectuados e de retenções na fonte efectuadas por terceiros.

Nota 49 – Acréscimos e Diferimentos

Em 31 de Março de 2010 e 2009, os saldos destas rubricas têm a seguinte composição:

Acréscimo de Proveitos: 31-03-2010 31-03-2009

Facturação a emitir a clientes, agentes e operadores de rede 60.118 56.201

Custos Diferidos: 31-03-2010 31-03-2009MÉDIO E LONGO PRAZO:

Aluguer de circuitos 14.339 14.467

CURTO PRAZO:

Rendas e aluguer de equipamentos 8.467 5.457

Aluguer de circuitos 2.190 3.187

Seguros 1 74

Outros custos diferidos 5.115 5.510

30.112 28.695

Acréscimo de Custos: 31-03-2010 31-03-2009

Remuneração da utilização de outras redes 45.081 44.487

Remunerações a liquidar 20.541 20.496

Comissões a intermediários 12.894 11.343

Taxas de espectro 10.614 6.725

Aluguer de circuitos 6.599 3.379

Publicidade 2.283 3.232

Outros acréscimos de custos 23.524 9.938

121.536 99.600

Proveitos Diferidos: 31-03-2010 31-03-2009

Facturação antecipada a clientes 83.111 61.351

Outros 136 180

83.247 61.531

Nota 50 – Dívidas a Instituições de Crédito

Em 31 de Março de 2010 as dívidas de curto prazo a Instituições de Crédito, de 2.679 mEur (31 de Março de 2009: 23.657 mEur), são exclusivamente constituídas por descobertos bancários que vencem juros às taxas correntes de mercado.

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95 04. Demonstrações Financeiras e Anexos

Nota 51 – Plano de Incentivos

O resumo total dos planos de incentivos em vigor na Vodafone Portugal em 31 de Março de 2010, pode apresentar-se como se segue:

Responsável pela Atribuição

Data de Aprovação dos Planos

Data de Disponibilização

dos Planos

Opções de Compra

Atribuídas

Preço Unitário de

Exercício (£)

Opções de Compra

Anuladas

Opções de Compra já Exercidas

Opções de Compra a

Exercer

Vodafone Group Jul-01 Jul-04 5.936.077 1.5750 1.251.309 1.861.783 2.822.985

Vodafone Portugal Jul-02 Jul-06 4.724.800 1.0130 430.833 4.293.967 -

Vodafone Group Jul-02 Jul-05 13.141.308 0.9000 980.930 10.884.295 1.276.083

Vodafone Group Dec-02 Dec-05 408.555 1.2200 34.301 311.778 62.476

Vodafone Portugal Jul-03 Jul-06 3.612.116 1.1925 201.157 2.961.948 449.011

Vodafone Group Jul-05 Jun-08 718.242 1.3600 71.512 178.917 467.813

Vodafone Group Jul-06 Jul-08 573.920 (a) 28.220 544.340 1.360

Vodafone Group Jul-06 Jul-09 3.106.840 (a) 153.490 2.953.350 -

Vodafone Group Jul-06 Jul-09 535.707 1.1525 38.952 97.381 399.374

Vodafone Group Jul-07 Jul-09 518.720 (a) 23.360 495.360 -

Vodafone Group Jul-07 Jul-10 2.280.934 (a) 196.319 208.499 1.876.116

Vodafone Group Jul-07 Jul-10 651.665 1.6780 118.200 - 533.465

Vodafone Group Jul-08 Jul-10 468.640 (a) 16.530 16.820 435.290

Vodafone Group Jul/Nov08 Jul/Nov11 3.554.646 (a) 409.334 118.125 3.027.187

Vodafone Group Jun-09 Jun-11 545.020 (a) 21.760 3.400 519.860

Vodafone Group Jun-09 Jun-12 3.503.832 (a) 228.947 6.680 3.268.205 Total geral 44.281.022 4.205.154 24.936.643 15.139.225

(a) Acções transferidas para o Colaborador na data de exercício.A caducidade dos direitos de exercício das opções de compra definidas em cada um dos planos de incentivos, ocorre sete anos a partir da data da concessão do benefício.

Em Julho de 2001 e 2002, bem como em Dezembro de 2002 foram atribuídos pelo Grupo Vodafone, novos incentivos aos Colaboradores da Vodafone Portugal, os quais se traduzem em planos globais de opções de acções da Vodafone Group Plc, “GEM Options”, os quais permitirão aos Colaboradores elegíveis a oportunidade de adquirir acções a um preço fixo e em determinada data futura.

A elegibilidade dos Colaboradores para participação nestes planos está indexada à característica de efectividade do contrato de trabalho e à condição de pertencer a uma das empresas do grupo englobadas no plano, sendo que a aferição dos critérios para cada uma das emissões foi reportada a 2 de Maio de cada ano e nas datas de atribuição dos planos.

A opção de aquisição de acções apenas pode ser exercida 3 anos após a data de atribuição, e o número de acções disponíveis para negociação pelos Colaboradores foi fixado em 50% do salário base anual, calculado à data da introdução de cada um dos planos. A opção de aquisição das acções atribuídas por estes planos é facultativa.

Em Julho de 2003, ao abrigo do International Executive Share Plan, a Vodafone Portugal atribuiu a alguns Colaboradores da Empresa opções de compra de acções ao abrigo de um novo plano, cujos beneficiários são os actuais membros do Conselho de Administração e restantes quadros da Empresa.

Este novo plano de incentivos estabelecido no referido exercício, segue as regras indexadas aos anteriores planos de opções de compra de acções, no que diz respeito ao prazo de exercício e de caducidade.

Durante o exercício de 2009 foram atribuídos 2 novos planos de acções aos Colaboradores da Vodafone Portugal, os quais podem resumir-se como segue:

All Shares (545.020 acções atribuídas) – Foi atribuído o direito a 340 acções a todos os Colaboradores que em 1 de Abril de 2009 tivessem contrato de trabalho por tempo indeterminado. As acções serão transferidas para o Colaborador em 30 de Junho de 2011, sem este ter de pagar por elas, e desde que se mantenha como Empregado da Vodafone. Este plano não está sujeito a qualquer condição de performance.

Page 91: Vdf 2009 Report

Relatório e Contas 09 96

GLTR Shares (3.503.832 acções atribuídas) – As acções serão transferidas para o Colaborador em 30 de Junho de 2012, sem este ter de pagar por elas, e desde que a condição de performance tenha sido atingida e o Colaborador se mantenha como Empregado na Vodafone.

No exercício findo em 31 de Março de 2010, a Vodafone Portugal tem registada uma provisão no montante de 9.463 mEur (31 de Março de 2009: 8.489 mEur), para fazer face aos custos a incorrer com o exercício dos planos de opções de acções (Notas 3 j) e 34). Esta provisão é calculada tendo em conta o diferencial entre o valor da acção da Vodafone Group Plc no mercado bolsista, em cada período, e o valor da opção de compra ou da própria acção, para cada um dos planos, ajustados ao prazo de exercício dos respectivos planos de incentivos.

Nota 52 – Pensões de Reforma

Em Dezembro de 1997, foi aprovada a criação de um plano de complementos de pensões de reforma para todos os Empregados da Vodafone Portugal, incluindo os membros do Conselho de Administração. O plano foi implementado a partir de Maio de 1998 e é de contribuição definida. O plano é financiado pela Empresa e pelos Empregados (por sua opção) e abrange todos os Empregados com mais de seis meses de serviço. Para o efeito foi constituído um Fundo autónomo, cuja gestão está a cargo de uma Sociedade Gestora de Fundos de Pensões.

De acordo com as condições do plano, a Empresa compromete-se a efectuar contribuições entre 1% e 5,75% da massa salarial, dependendo da contribuição de cada Empregado e da sua idade.

Os encargos contabilizados no exercício findo em 31 de Março de 2010 referentes a este plano ascenderam a cerca de 2.121 mEur (2008: 2.913 mEur) registados na rubrica de “Custos com o pessoal”.

No momento da eventual desvinculação laboral, as contribuições efectuadas por cada Empregado até aquela data, revertem a seu favor, acrescidas do respectivo rendimento em cada ano. Contudo, as contribuições da Empresa só revertem em benefício do Empregado desvinculado de acordo com uma percentagem calculada em função do período de tempo de serviço prestado pelo Empregado, da seguinte forma:

Tempo de Serviço do Colaborador > 1 < 3 Anos > 3 < 5 Anos > 5 < 8 Anos > 8 < 10 Anos > 10 Anos

% do valor que reverte como

benefício10 25 50 80 100

Nota 53 – Demonstração dos Resultados por Funções

a) Reclassificação dos resultados extraordinários evidenciados na demonstração dos resultados por naturezas

A Demonstração dos Resultados por Funções foi preparada em conformidade com o estabelecido pela Directriz Contabilística nº 20, a qual apresenta um conceito de resultados extraordinários diferente do definido no Plano Oficial de Contabilidade (POC) para preparação da Demonstração dos Resultados por Naturezas. Assim, o valor dos resultados extraordinários apresentados na Demonstração dos Resultados por Naturezas (Nota 46) foi reclassificado para as rubricas de “Outros proveitos e ganhos operacionais” e “Outros custos e perdas operacionais” pelo montante de 11.709 mEur e 5.249 mEur (2008: 9.735 mEur e 4.773 mEur), respectivamente.

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97 04. Demonstrações Financeiras e Anexos

As reclassificações acima referidas reflectiram-se do seguinte modo nas diversas naturezas de resultados:

Demonstração dos Resultados de 01-04-2009 a 31-03-2010

Demonstração dos Resultados de 01-04-2008 a 31-03-2009

Por Naturezas Reclassificação Por Funções Por Naturezas Reclassificação Por Funções

Resultados operacionais 350.649 (8.067) 342.582 353.931 (9.988) 343.943

Resultados financeiros (11.682) 14.527 2.845 14.236 14.950 29.186

Resultados correntes 338.967 6.460 345.427 368.167 4.962 373.129

Resultados extraordinários 6.460 (6.460) - 4.962 (4.962) -

Resultado líquido do exercício 253.792 - 253.792 275.239 - 275.239

b) Custo das vendas e das prestações de serviços

01-04-2009 a 31-03-2010 01-04-2008 a 31-03-2009

MercadoriasPrestações de serviços

Total MercadoriasPrestações de serviços

Total

Existências iniciais 18.387 - 18.387 18.668 - 18.668

Entradas provenientes da produção/compras 176.454 314.368 490.822 205.442 364.128 569.570

Regularizações de existências (229) - (229) (481) - (481)

Saídas para a produção e imobilizado (836) - (836) (1.964) - (1.964)

Existências finais (15.724) - (15.724) (18.387) - (18.387)

Custo das vendas e prestações de serviços 178.052 314.368 492.420 203.278 364.128 567.407

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Page 93: Vdf 2009 Report

Relatório e Contas 09 98

Notas 31-03-2010 31-03-2009ACTIVIDADES OPERACIONAIS:

Recebimentos de clientes 1.360.473 1.480.257

Pagamentos a fornecedores (721.229) (849.280)

Pagamentos ao pessoal (88.486) (86.178)

Fluxos gerados pelas operações 550.758 544.799

Pagamento de imposto sobre o rendimento (100.511) (115.386)

Outros pagamentos relativos à actividade operacional (36.430) (38.677)

Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias 413.817 390.736

Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias 4.721 1.396

Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias (2.320) (1.606)

2.401 (210)

Fluxos das actividades operacionais (1) 416.218 390.526

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos concedidos 1.266 -

Imobilizações corpóreas 992 1.141

Juros e proveitos similares 3.650 30.956

5.908 32.097 Pagamentos respeitantes a:

Imobilizações corpóreas e incorpóreas (142.754) (157.714)

Empréstimos concedidos - (4.288)

(142.754) (162.002)

Fluxos de actividades de investimento (2) (136.846) (129.905)

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Recebimentos provenientes de:

Juros e proveitos similares 79 -

79 - Pagamentos respeitantes a:

Juros e custos similares - (283)

Dividendos (541.000) (663.843)

(541.000) (664.126)

Fluxos das actividades de financiamento (3) (540.921) (664.126)

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) (261.549) (403.505)

Caixa e seus equivalentes no início do período 2 497.680 901.185

Caixa e seus equivalentes no final do período 2 236.131 497.680

As notas anexas fazem parte integrante da demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo em 31 de Março de 2010.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

04.5DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE MARÇO DE 2010 E 2009 Montantes expressos em milhares de Euros

2. Discriminação dos Componentes de Caixa e seus Equivalentes

31-03-2010 31-03-2009

Numerário 53 53

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 5.757 5.284

Outras aplicações de tesouraria 233.000 516.000

Descobertos bancários (2.679) (23.657)

Caixa e seus equivalentes 236.131 497.680

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

04.6ANEXO À DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE MARÇO DE 2010 E 2009 Montantes expressos em milhares de Euros

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