vcp - relatório anual de sustentabilidade 2008

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Presente resPonsável, futuro sustentado RelatóRio anual de SuStentabilidade primeiro lote de celulose úmida produzida em três lagoas 2008 leidiane nunes da Silva Operadora na linha de fibras

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2008 da VCP produzido pela TheMediaGroup.

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Page 1: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

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2008

Alameda Santos, 1.357 - 6o andar

01419 908 São Paulo SP

www.vcp.com.br

Presente resPonsável,futuro sustentadoRelatóRio anual de SuStentabilidade

primeiro lote de celulose úmida

produzida em três lagoas 2008

leidiane nunes da Silva Operadora na linha de fibras

Page 2: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

con

teú

do Mensagem da Administração

Mensagem do Presidente

Perfil da Empresa

Estratégia

Gestão

Desempenho

Balanço Social

Sumário GRI

Indicadores de Desempenho

Informações Corporativas

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Page 3: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Este relatório reúne as principais informações sobre os resultados da Votorantim Celulose e Papel (VCP) e inclui dados de suas unidades fabris,

florestais e administrativas relativos ao ano fiscal de 2008. Os dados não abrangem a participação no consórcio Conpacel e na empresa Aracruz

Celulose S.A. De ciclo anual, o relatório anterior foi publicado em abril de 2008, sendo referente ao ano fiscal de 2007. (GRI 3.6, 3.2, 3.3)

Para o relato do desempenho econômico e financeiro, foram obedecidas as normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – com

adaptação à Lei nº 11.638/07, que atualiza as regras contábeis brasileiras e aprofunda a harmonização dessas normas aos princípios

internacionais de contabilidade. Também são seguidos os Princípios de Comunicação Transparente da Associação Brasileira de Comunicação

Empresarial (Aberje) e as recomendações da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca). Para os aspectos de responsabilidade

corporativa e sustentabilidade, utilizou-se o modelo da Global Reporting Initiative (GRI) e, para o Balanço Social, o Guia para Elaboração do

Balanço Social do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e o modelo preconizado pelo Instituto Ethos. (GRI 3.1, 3.9)

Alguns dados referentes a anos anteriores diferem de números publicados em relatórios passados, como decorrência de alterações

introduzidas pela Lei nº 11.638/07 ou por aperfeiçoamento de processos de mensuração. Essas mudanças são indicadas nos locais

pertinentes. (GRI 3.10, 3.11)

O critério de seleção das informações para a elaboração do documento baseou-se na análise de materialidade, na qual foram priorizadas

as relevâncias dos temas com relação às opções estratégicas da VCP, buscando retratar com fidelidade o seu desempenho. Foi utilizada

técnica de benchmarking, com modelos de referência nacionais e internacionais de relatórios, contando com o apoio da consultoria

KEYASSOCIADOS tanto na adaptação da estrutura do relatório como na organização de seu conteúdo. Todos os indicadores foram auditados

pela PricewaterhouseCoopers. (GRI 3.5, 3.13)

Este é o primeiro ano em que a Companhia publica o Relatório de Sustentabilidade com o nível A+, na metodologia GRI. A adoção desse

novo modelo reflete a motivação em aprimorar os relacionamentos com as diversas partes envolvidas, os processos de gestão e a prestação

de contas para analistas, investidores, sociedade e clientes. Este relatório aponta o interesse da Organização e seus esforços no sentido de

integrar a sustentabilidade à sua gestão. (GRI 3.7)

Seu processo de elaboração procurou primar pela participação interna. Foram formados grupos de trabalho com finalidades específicas e

de acordo com o foco do relatório: Atividades Anuais e Desempenho Operacional e Financeiro, Responsabilidade Social e Responsabilidade

Ambiental. Várias reuniões de interação foram realizadas com pessoas-chave, nos vários processos abordados pelo relatório, sendo definidos

coordenadores responsáveis pelos blocos formados por assuntos relevantes selecionados. O processo envolveu ainda entrevistas individuais e

específicas destinadas a esclarecer a importância do equilíbrio, da comparabilidade, da exatidão e da clareza das informações.

O relatório está dividido em três grandes capítulos: Estratégia, Gestão e Desempenho. Ao longo desses capítulos, o leitor poderá obter

informações sobre governança, estratégia, gestão e desempenho dos respectivos temas materiais identificados pela VCP. Procura-se, com isso,

permitir que a busca por informações seja mais objetiva e selecionar a leitura de acordo com as preferências de cada leitor.

A versão on-line desse relatório, incluindo as Demonstrações Financeiras, pode ser encontrada no site: www.vcp.com.br/Investidores

Solicitações de informações adicionais ou sugestões a respeito deste relatório podem ser enviadas para a área de Relações com Investidores

(e-mail: [email protected]). (GRI 3.4)

SOBRE O RELATóRIO

Page 4: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

01.

MEnSAGEM DAADMInISTRAçãO

(GRI 1.1)

Page 5: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Demonstramos agilidade na análise, na tomada de decisão e em sua execução. Rapidamente, revisamos todos os projetos de investimento,

adequando os desembolsos a um cenário de liquidez mais restrita. A prioridade foi a conclusão das obras de uma nova fábrica de celulose,

o Projeto Horizonte, no Mato Grosso do Sul, que entrou em operação no final de março de 2009. Essa mesma razão nos levou a suspender

temporariamente os estudos de uma nova fábrica no Rio Grande do Sul, como parte do Projeto Losango.

nesse meio tempo, nos preparávamos para ganhar muito mais musculatura. Essa condição foi dada com a aquisição da Aracruz Celulose,

operação anunciada em agosto e concluída em janeiro de 2009. É a sequência de um movimento iniciado em 2001, quando passamos a

deter 28% do capital votante da empresa, e com o negócio, a VCP se transforma na maior produtora mundial de celulose, com capacidade de

5,8 milhões de toneladas anuais.

Com a partida do Projeto Horizonte e a integração com a Aracruz, passaremos a vivenciar as oportunidades e os desafios representados por

nosso novo porte global, especialmente por acumularmos a liderança em volume de produção e em competitividade de custos.

Essa conjugação de forças representa uma nova dimensão de criação de valor em toda cadeia de produção, que se traduz em maior confiança

dos clientes, flexibilidade para atuar com diversificação de produtos e alternativas logísticas, rede global de relacionamentos e disponibilidade

de recursos humanos e tecnológicos para o desenvolvimento. A qualidade dos talentos das duas empresas combinadas e a potencialidade

das sinergias a serem capturadas nos permitem olhar o futuro ainda com mais confiança. Mais um fato emblemático em relação ao futuro é a

decisão de migrarmos, oportunamente, para o novo Mercado da BM&FBovespa, como avanço nas práticas de governança.

Este é um cenário que torna mais próximo o alcance da Visão VCP 2020, de dobrar o valor da empresa. Claramente também é um momento

de cautela, de repensar investimentos e estratégias. Mas nosso objetivo é ousado e para alcançá-lo vamos precisar fazer ainda mais em 2009.

Temos a convicção de que contaremos novamente com o apoio de nossos acionistas, clientes, profissionais e parceiros na busca da superação

de resultados. nossa visão é de longo prazo, combinando desempenhos econômico, social e ambiental com o compromisso de criação de

valor para todos os nossos públicos.

josé RobeRto eRmíRio de moRaes _ PRESIDEnTE DO COnSELHO DE ADMInISTRAçãO

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O exercício de 2008 foi um momento de transição para a VCP. Além

de marcar nossos 20 anos de existência, demonstrou a consistência

estratégica de uma empresa que tem se preparado ao longo de sua

história para assumir posição de relevância no mercado mundial. A

maneira como enfrentamos os efeitos da crise econômica, deflagrada

no segundo semestre, demonstra claramente o engajamento em torno

de um objetivo comum: crescer de forma sustentável, sendo referência

no setor de celulose e papel.

Page 6: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

MEnSAGEM DAPRESIDênCIA

02.

(GRI 1.1)

Page 7: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

O que parecia desafiador no primeiro semestre, mesmo com a economia mundial a pleno vapor e as operações realizadas com sucesso

garantido, tornou-se uma tarefa ainda mais complexa após a crise que surgiu no centro financeiro do mundo – os Estados unidos – e abalou

a economia global. A lição de casa foi exaustiva, mas imbuídos de um espírito de cooperação mútua pudemos alcançar as metas traçadas

para o ano. Vendemos 1,2 milhão de toneladas de celulose, exatamente o volume projetado, e aumentamos a participação de papéis

especiais no mix total de receita, seguindo a estratégia de presença seletiva em papéis de alto valor agregado. Isso só foi possível graças à

uma gestão prudente, aliada à coerência de governança.

Com disciplina e de acordo com a demanda, revisamos nosso portfólio de investimentos, a partir da avaliação de que a crise financeira

continuaria representando impactos importantes no preço da celulose a curto prazo. Concentramos recursos na conclusão da unidade

Três Lagoas, que agrega uma capacidade anual de 1,3 milhão de toneladas – volume já negociado com nossos clientes para 2009.

Desde 2002, o setor brasileiro de celulose e papel vinha obtendo desempenhos extraordinários, graças ao aumento da demanda por fibra.

nesse ambiente, aproveitamos bem nosso potencial competitivo, com base em tecnologia e produtividade florestal, firmando-nos como

produtor de baixo custo e alta eficiência. Essas vantagens se mantêm, especialmente com a expectativa de manutenção de crescimento em

tissue (papéis sanitários), produtos em que a fibra do eucalipto apresenta melhor desempenho.

no campo da sustentabilidade três reconhecimentos, em especial, nos honraram em 2008, como indicativos do nosso compromisso

com a criação de valor sustentável. O primeiro foi a inclusão no Dow Jones Sustainability Index, índice que reúne empresas socialmente

responsáveis listadas na Bolsa de nova York. O segundo foi a confirmação de nossa permanência no Índice de Sustentabilidade Empresarial

(ISE) da BM&FBovespa, pelo quarto ano consecutivo. O terceiro é representado pela menção do Projeto Poupança Florestal em relatório do

Programa das nações unidas pelo Desenvolvimento (PnuD) como exemplo de ação do setor privado para reduzir a pobreza e estimular o

desenvolvimento humano.

Acreditamos que uma empresa sustentável é construída a partir da adoção de valores éticos e morais. Por isso, o respeito para com todos

os públicos vem em primeiro lugar e permeia nossas atividades. Em 20 anos de história, possibilitamos o desenvolvimento de milhares de

pessoas, por meio de programas de capacitação humana e geração de renda, tanto entre os profissionais como das comunidades com as

quais nos relacionamos.

no cenário incerto de 2009, atuaremos com importantes vantagens competitivas representadas pela aquisição da Aracruz, concretizada nos

primeiros dias do ano. A combinação das duas empresas permitirá captarmos sinergias avaliadas em R$ 4,5 bilhões a valor presente, com a

formação de uma líder mundial que adota um modelo diferenciado de governança e sustentabilidade.

josé LuCiano Penido _ DIRETOR-PRESIDEnTE

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Agilidade, austeridade e busca de eficiência foram palavras-chaves

no desempenho da VCP em 2008. Avançamos rapidamente em nosso

projeto de crescimento em celulose e foco em papéis de maior valor

agregado, mesmo em meio a um cenário de retração internacional de

preços de commodities e da grave crise financeira global.

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Page 8: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

03.Ao adquirir o controle da Aracruz, concretizado no primeiro

trimestre de 2009, VCP criou a maior produtora de celulose

do mundo, com capacidade de 5,8 milhões de toneladas

anuais e participação de 12% no mercado global de celulose.

Atuação ecoeficiente levou ações da empresa a integrarem o

Dow Jones Sustainability Index e o ISE, da Bovespa.

Page 9: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Ao comemorar 20 anos de existência em

2008, a Votorantim Celulose e Papel S.A.

(VCP) preparou-se para assumir a posição

de maior produtora de celulose do mundo,

objetivo concretizado no primeiro trimestre

de 2009 ao adquirir o controle da Aracruz

Celulose S.A., empresa da qual já detinha

28% da participação acionária votante.

Com isso, a capacidade de produção

combinada das duas companhias chega

a 5,8 milhões de toneladas anuais, com

participação de 12% no mercado global de

celulose. (GRI 2.1)

no final de 2008, operava duas unidades

industriais em São Paulo: Jacareí (celulose

de mercado) e Piracicaba (papéis

especiais); uma fábrica em construção (em

Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, com

entrada em operação no final de março

de 2009); um consórcio de produção

de papel (Conpacel, em Americana, São

Paulo); três áreas florestais (São Paulo,

Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul);

um terminal portuário em Santos (SP); um

escritório corporativo em São Paulo (SP);

três escritórios de venda de celulose no

exterior – Zug (Suíça), Baltimore (EuA) e

Shangai (China); um Centro de Distribuição

em Campinas (SP), que começou a operar

no segundo semestre de 2008 e 19 filiais

KSR (distribuidora de papel). (GRI 2.3, 2.5)

A base florestal é representada por 596 mil

hectares, sendo 344 mil plantados, ou seja,

com área preservada acima do mínimo

legal. Das 1.592 mil toneladas (1.201 mil

toneladas de celulose e 391 mil toneladas

de papéis) negociadas em 2008, 60% do

total foi destinado às exportações para

clientes nos cinco continentes.

<< JuLIAnA – VIVEIRO DE CAPãO BOnITO – SP

PERFIL DA EMPRESA

A preocupação e o respeito pelo meio

ambiente estão implícitos em todas as

atividades da Companhia, do plantio à

colheita do eucalipto, passando pelos

processos de produção de celulose e

papel. Além da celulose branqueada de

eucalipto (celulose de mercado), destinada

especialmente a produtores de papel no

Brasil, nos Estados unidos, na Europa e

na Ásia, a VCP produz papéis couchés, offset, cut size, autocopiativos e térmicos,

comercializados com as marcas Image e

Starmax , Top Print e Printmax, Copimax e

Maxcote, Easycopy, Extracopy e Slipcopy,

Termocopy, Termolabel, Termoticket,

Termoloto, Termoscript e Termobank,

tendo como clientes principalmente

gráficas promocionais, editores e

distribuidores. (GRI 2.2, 2.7)

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Controlada pelo Grupo Votorantim – um

dos maiores conglomerados empresariais da

América Latina –, a VCP registrou, em 2008,

receita líquida de R$ 2.487 milhões, ativos

totais de R$ 11.464 milhões e prejuízo

líquido de R$ 1.312 milhões. (GRI 2.8)

Única empresa de capital aberto do Grupo,

a VCP negocia suas ações nas Bolsas de

Valores de São Paulo (BM&FBovespa) e

de nova Iorque (nYSE). Seus papéis estão

listados no nível 1 de Governança Corporativa

na bolsa paulista e integram o Índice de

Sustentabilidade Empresarial (ISE) desde

seu lançamento, em 2005. Além disso, em

2008, pela primeira vez, foi listada no Dow

Jones Sustainability Index, que seleciona

as empresas que apresentam melhor

desempenho em sustentabilidade em cada

setor da indústria no mundo. (GRI 2.6)

Com relação a mudanças significativas

ocorridas no período, dois fatos merecem

destaque: o cancelamento, em julho, de

2.784.091 ações preferenciais adquiridas dos

ex-controladores da Ripasa e a venda, em

agosto, do total de sua participação na joint venture Ahlstrom VCP Indústria de Papéis

Especiais S.A. para a empresa finlandesa

Ahlstrom Corporation, conforme estratégia

definida de reposicionamento do negócio e

foco na expansão em celulose. (GRI 2.9)

CaPaCidade de PRodução (31/12/2008) (GRi 2.8)

FlorestalÁrea total: 596 mil ha

Área plantada: 345 mil ha

Jacareí (SP)Área total: 167 mil ha

Área plantada: 97 mil ha

Conpacel (SP) – 50%Área total: 76 mil ha

Área plantada: 53 mil ha

Três Lagoas (MS)Área total: 227 mil ha

Área plantada: 138 mil ha

Rio Grande do SulÁrea total: 126 mil ha

Área plantada: 57 mil ha

Celulose de mercadoCapacidade total:

1.260 mil t (dez/08)2.700 mil t (2009) – com Horizonte

Jacareí (SP)1.100 mil toneladas

Conpacel (SP) – 50%Total: 325 mil t

Celulose de mercado: 160 mil t

Três Lagoas (MS)Celulose de mercado:

1.300 mil t (início em 2009)

PapelCapacidade total: 358 mil tPapel mercado: 328 mil t

Conpacel (SP) – 50%Papéis revestidos: 50 mil t

Papéis não revestidos: 145 mil t (+- 30 mil t para consumo próprio)

Piracicaba (SP)Térmicos/autocopiativos: 91 mil t

Papéis revestidos: 72 mil t

Page 11: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 9

GRuPo VotoRantim

Controlador da VCP, o Grupo Votorantim

completou 90 anos em 2008, mantendo-se

em constante evolução para se tornar um

dos maiores conglomerados empresariais

da América Latina. É o quarto maior grupo

privado do Brasil, de acordo com a revista

Valor Grandes Grupos-2008, do jornal Valor

Econômico, uma das mais importantes

publicações brasileiras diárias de economia

e finanças.

Concentra sua atuação em setores de base da

economia que demandam capital intensivo,

alta escala de produção e tecnologia de ponta,

como: cimento, mineração e metalurgia

(alumínio, níquel e zinco), siderurgia, celulose

e papel, suco concentrado de laranja e

LoCaLização

especialidades químicas. Atua também no

mercado financeiro, por meio do Banco

Votorantim, e em novos negócios, com

investimentos em empresas e projetos de

biotecnologia e tecnologia da informação.

Mantém operações próprias em cerca de 100

municípios brasileiros e em mais oito países

(Estados unidos, Canadá, Argentina, Chile,

Colômbia, Peru, Bolívia e China), além de

unidades comerciais e de logística na América

do norte, Europa, Ásia e Oceania, totalizando

sua presença em 17 países. Em 2008, registrou

receita líquida de R$ 35,0 bilhões, com

geração de caixa (EBITDA) de R$ 7,3 bilhões e

investimentos Capex de R$ 7,7 bilhões.

são Paulo

Piracicaba

JacareíPorto de Santos

ConpacelSão Paulo

Rio Grande do sul

Santa Maria Porto Alegre

Pinheiro MachadoPelotas

Rio GrandeBagé

mato Grosso do sul

Três Lagoas

Page 12: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

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COMPROMISSOS VOLunTÁRIOS (GRI 4.12)

A busca pela eficiência e melhoria contínua

da gestão socioambiental é expressa pelos

compromissos assumidos pela VCP com

iniciativas sustentáveis e pelas práticas

alinhadas às certificações internacionais de

qualidade de gestão.

Pacto Global – Iniciativa da Organização

das nações unidas (Onu) que convida

empresas de todo o mundo à promoção

do crescimento dos negócios em harmonia

com o meio ambiente e a sociedade, de

acordo com dez princípios relacionados

a Direitos Humanos, Direito do Trabalho,

Meio Ambiente e Combate à Corrupção. O

Pacto Global é uma forma de as empresas

contribuírem na busca de uma economia

global mais sustentável e inclusiva, para

que os Oito Objetivos de Desenvolvimento

do Milênio possam ser atingidos até 2015.

Mais informações: www.pactoglobal.org.br/

Pacto empresarial pela integridade

e contra a Corrupção – Estabelece um

conjunto de diretrizes e procedimentos que

devem ser adotados no relacionamento

com os poderes públicos. Tem como base

a Convenção da Onu contra a Corrupção,

o 10º princípio do Pacto Global e as

diretrizes da Organização para Cooperação

e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Mais

informações: www.empresalimpa.org.br/

oprojeto.aspx

Pacto pela erradicação do trabalho

escravo – Articulado pelo Instituto Ethos,

Organização Internacional do Trabalho (OIT)

e OnG Repórter Brasil, mantém ferramentas

para que o setor empresarial e a sociedade

brasileira não comercializem produtos de

fornecedores que usam trabalho escravo.

Mais informações: http://www1.ethos.org.

br/EthosWeb/pt/399/o_instituto_ethos/o_

internethos/o_que_fazemos/politicas_

publicas/pacto_pelo_trabalho_decente/

pacto_nacional_pela_erradicacao_do_

trabalho_escravo.aspx

declaração internacional sobre

Produção mais Limpa – Formaliza o

compromisso com os seis princípios do

Programa das nações unidas para o Meio

Ambiente (PnuMA), agência responsável

por catalisar as ações globais no contexto

do desenvolvimento sustentável: Liderança;

Conscientização, Educação e Formação;

Integração; Pesquisa e Desenvolvimento;

Transparência e Implementação. Mais

informações: http://www.unido.org/index.

php?id=o5133

selo empresa amiga da Criança –

Concedido pela Fundação Abrinq, reconhece

empresas que realizam ações sociais para

público interno e comunidade e promovem

e divulgam os direitos da criança e do

adolescente no Brasil. Mais informações:

http://www.fundabrinq.org.br/portal/

alias__abrinq/lang__en-uS/tabID__112/

DesktopDefault.aspx

Certificação FsC – O Forest Stewardship

Council (Conselho de Manejo Florestal)

é uma organização não governamental

que certifica práticas sustentáveis de

manejo florestal. É hoje o selo verde mais

reconhecido em todo o mundo e seu

objetivo é difundir o uso racional da floresta,

garantindo sua existência a longo prazo.

O FSC desenvolve os princípios e critérios

universais para certificação; credencia

organizações certificadoras especializadas e

independentes e apoia o desenvolvimento

de padrões nacionais e regionais de manejo

florestal. Mais informações: www.fsc.org.br/

Lei sarbanes-oxley – Criada nos

Estados unidos em 2002 para assegurar

a confiabilidade das demonstrações

contábeis e financeiras das companhias

listadas nas bolsas de valores daquele país.

A certificação abrange todos os processos

críticos envolvidos na apuração e divulgação

de resultados econômico-financeiros da

empresa. Mais informações:

http://www.soxlaw.com/

iso 9.001, iso 14.001, oHsas 18.001 –

As certificações ISO 9.001 de gestão da

qualidade, ISO 14.001 de gestão ambiental

e OHSAS 18.001 de saúde e segurança no

trabalho são padrões internacionalmente

reconhecidos por estruturar os

sistemas de gestão e gerenciamento do

desempenho de uma organização a partir

do estabelecimento de padrões. Mais

informações: www.iso.org

Page 13: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 11

Compromissos

• Pacto Global – 2007

• Pacto Empresarial pela

Integridade e Contra a

Corrupção – 2006

• Pacto pela Erradicação do

trabalho Escravo – 2005

• Declaração Internacional

sobre Produção Mais

limpa do PnuMA – 2005

• Selo Empresa Amiga

da Criança – 1999

Certificações

• Forest Stewardship

Council – 2005

• lei Sarbanes-Oxley – 2006

• ISO 9.001; ISO 14.001;

OHSAS 18.001

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Page 14: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200812

Digestor – Cozimento de cavaco a vapor – unidade Jacareí – SP

RECOnHECIMEnTOS, CERTIFICAçÕES E PREMIAçÕES (GRI 2.10)

índiCes de sustentabiLidade

A VCP passou a integrar em 2008 o Dow

Jones Sustainability Index World (DJSI), no

setor de papel e florestas, sendo reconhecida

como uma das oito empresas brasileiras em

excelência em gestão econômica, ambiental

e social. Pelo quarto ano consecutivo integra

também o Índice de Sustentabilidade

Empresarial (ISE), da BM&FBovespa.

O Dow Jones Sustainability Index World foi

lançado em 1999 como o primeiro indicador

de desempenho do mercado acionário que

reúne as principais empresas do mundo com

gestão orientada para a sustentabilidade.

Relaciona as companhias que, em cada

setor de atividade, apresentam melhor

desempenho nas questões ligadas à

sustentabilidade. A seleção tem por base

mais de 2,5 mil empresas, de 51 países e

57 setores de atividade, e considera, além

dos indicadores financeiros, aspectos como

transparência, relações com os investidores,

responsabilidade socioambiental e

qualidade da gestão.

Revisto anualmente, o DJSI de 2008 é

integrado por 320 empresas selecionadas

por uma consultoria suíça independente e

especializada em mercado de capitais (SAM

Group). Elas são classificadas como as mais

capazes de criar valor para os acionistas a

longo prazo, por meio de uma gestão dos

riscos associados a fatores econômicos,

ambientais e sociais.

Já o ISE é um referencial para os investimentos

socialmente responsáveis no mercado

brasileiro. Em sua quarta revisão, a carteira

reúne 38 ações de 30 das 394 empresas

com ações negociadas na Bolsa, totalizando

um valor de mercado de R$ 372 bilhões (ou

30,7% da capitalização total em dezembro

de 2008). O índice vigora de 1º de dezembro

de 2008 até 30 de novembro de 2009. O

processo de seleção é realizado em parceria

com o Centro de Estudos em Sustentabilidade

da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que avalia

aspectos econômico-financeiros, sociais,

ambientais, governança corporativa, gerais

básicos e natureza do produto. A VCP integra

o ISE desde a sua primeira carteira,

lançada em 2005.

Page 15: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 13

PRInCIPAIS RECOnHECIMEnTOS EM 2008

Prêmio motivo Cedente

Inclusão no relatório Creating Value for All: Strategies for Doing Business With the Poor (Criando Valor para Todos: Estratégias para Fazer negócios Com os Pobres)

Menção do Projeto Poupança Florestal como um dos destaques de ações empresariais que

possibilitam a inclusão dos menos favorecidos em seus processos produtivos.

Programa das nações unidas pelo Desenvolvimento (PnuD) – Organização das

nações unidas (Onu)

As Empresas Mais Admiradas da Carta Capital

Destaque do setor nos fatores: ética, qualidade de gestão, compromisso com RH

e comprometimento com o desenvolvimento sustentável.

Revista Carta Capital

DCI 2008 – As Empresas Mais Admiradas Eleita por empresários, executivos e economistas

como a mais admirada do setor de papel e celulose.Jornal Diário do Comércio e Indústria

As Empresas de Maior Prestígio do Brasil Escolhida pelos consumidores como a marca de

maior prestígio no setor de papel e celulose.Revista Época negócios

Prêmio Apex-Brasil de Excelência em Exportação Grande Empresa Exportadora, como destaque

entre as companhias que mais elevaram as suas exportações nos últimos anos.

APEX – BR Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos

CEO do Ano José Luciano Penido, diretor-presidente da VCP,

recebeu o Prêmio Latin American CEO Of The Year.RISI

Troféu Zélio

Apoio da empresa, pelo oitavo ano consecutivo, ao Salão Internacional do Humor de Piracicaba.

O troféu é uma criação do artista plástico e cartunista Zélio Alves Pinto.

Secretaria Municipal de Ação Cultural de Piracicaba

4ª Mostra de Ações Ambientais Ciesp Jacareí unidade Jacareí recebeu o prêmio na categoria

Ações Ambientais na Humanidade, com o Projeto nEA (núcleo de Educação Ambiental).

Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) – Jacareí

Destaque da Rural Reconhecimento por fomentar e incentivar a agricultura familiar do Rio Grande do Sul por

meio do plantio consorciado. Sindicato Rural de Bagé

Destaque da ABTCP Reconhecimento nas categorias Fabricante de

Papéis Gráficos, Manejo Florestal Sustentável e Responsabilidade Social.

Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP)

Prêmio Top Vale 2008

Empresa mais lembrada por leitores e população das cidades de Jacareí, São José dos Campos e

Taubaté (região do Vale do Paraíba), nas categorias Meio Ambiente e Responsabilidade Social.

Jornal Vale Paraibano

Selo Criança e Adolescente – Qualidade e Trabalho com Responsabilidade Social

Reconhecimento pelo atendimento prestado à criança e adolescente de Piracicaba através do

“Programa Adolescente em Ação”OABSP - Piracicaba

Empresa CidadãEleita pelo 6º ano consecutivo empresa cidadã

do município de JacareíCâmara Municipal de Jacareí

Prêmio Abrasca de Criação de Valor Criação de valor ao acionista em 2007.

Categoria: Papel e Celulose. Associação Brasileira das

Companhias Abertas (Abrasca)

Page 16: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200814

04.

Alinhada aos dez princípios do Pacto Global, a atuação

da VCP reflete o compromisso com a sustentabilidade

e tem por base o conceito de ecoeficiência e os

valores ética e respeito. Busca harmonizar a criação

de valor econômico, ambiental e social, em ações que

aprofundem o relacionamento com seus diversos públicos

e promovam melhorias no meio ambiente.

Page 17: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Visão estRatéGiCa da

sustentabiLidade (GRi 4.9)

A aspiração da VCP em sustentabilidade é

ser percebida como empresa que harmoniza

a criação de valor econômico, ambiental

e social. Essa aspiração está baseada na

busca constante pelo comprometimento

e envolvimento dos públicos de

relacionamento, reduzindo assim o risco do

negócio e ampliando as oportunidades em

responsabilidade corporativa.

Dentre os valores que permeiam a

VCP estão a ética e o respeito. A

Empresa acredita que para alcançar o

desenvolvimento sustentável é necessário

ir além da qualidade no que produz. O

engajamento e o compromisso com as

questões socioambientais são valores

imprescindíveis numa história de sucesso.

Por isso, investe em ações que visam

aprofundar o relacionamento com seus

diversos públicos e promover melhorias

no meio ambiente.

O conceito de ecoeficiência – produzir

mais com menos insumos e uso de

tecnologias mais limpas – é seguido à

risca por toda a Companhia, tendo como

objetivo comum a produção com base

em fontes renováveis. Por essa razão, foi

a primeira empresa brasileira a tornar-

se signatária em 2005 da Declaração

Internacional sobre a Produção Mais

Limpa, do Programa das nações unidas

para o Meio Ambiente (PnuMA).

<< SR. AnTônIO E DOnA EDnA – PROJETO COLMÉIAS

ESTRATÉGIA

na área florestal, além da certificação

internacional do Forest Stewardship

Council (Conselho de Manejo Florestal),

a VCP iniciou em 2008 um projeto de

certificação pelo Cerflor, que atesta,

no Brasil, a gestão sustentável dos

recursos florestais.

As atitudes da VCP alinham-se aos dez

princípios do Pacto Global, iniciativa

da Organização das nações unidas

(Onu) para mobilizar empresas de todo

o mundo a adotarem, em suas práticas

de negócios, valores fundamentais nas

áreas de Direitos Humanos, Relações de

Trabalho, Meio Ambiente e Combate à

Corrupção. no final de 2008, contava com

a adesão de 5.200 organizações.

VCP

REL

ATó

RIO

An

uAL

DE S

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BILI

DADE

200

8

15

Page 18: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200816

estRatéGia de neGÓCios

A estratégia de crescimento da VCP

reflete a visão de futuro sobre o mercado

mundial de celulose e papel. A Companhia

reposicionou seus ativos a partir do final

de 2006, concentrando a atuação em

celulose, para melhorar suas vantagens

competitivas, consolidando-se como uma

das maiores e mais rentáveis empresas do

mundo, e em 2009 ganhou ainda maior

relevância com a aquisição do controle da

Aracruz Celulose.

na definição estratégica, foram

identificadas cinco macrotendências:

1. Transferência da indústria de celulose e

papel do Hemisfério norte para novas

geografias, com destaque para América

Latina (especialmente Brasil), Indonésia

e Rússia, pela disponibilidade de

matéria-prima de baixo custo;

2. Custos em ascensão;

3. Adição de novas capacidades dos líderes

de celulose aumenta a concentração e a

força relativa desse elo;

4. Impacto da mídia eletrônica na

demanda de papel. Apesar do declínio

nos países desenvolvidos, a demanda

de papel deve continuar crescendo nos

países emergentes;

5. uso alternativo de fibras.

Essas macrotendências, aliadas à evolução

favorável do custo operacional da

indústria, impactam positivamente sobre

os preços de celulose, o que indica um

futuro promissor para o setor de celulose.

Adicionalmente, estima-se que as maiores

taxas de crescimento de consumo de papel

devem se concentrar, nos próximos anos,

nos segmentos de embalagens e papéis

sanitários (tissue).

Esse movimento foi aprofundado em

2008, com reforço ao foco de crescimento

em celulose e atuação concentrada

em papéis de alto valor agregado. Foi

nessa direção que a empresa priorizou

80% dos investimentos de R$ 1,2 bilhão

realizados durante o ano. O maior volume

foi absorvido pelo Projeto Horizonte, em

Três Lagoas (MS), com expansão de área

florestal e construção de uma fábrica, com

capacidade de 1,3 milhão de toneladas.

Projeto Horizonte – no final de março

de 2009, entrou em operação a unidade

Três Lagoas, um investimento total de

aproximadamente R$ 3,9 bilhões, iniciado

em fevereiro de 2007. Será a maior fábrica

de celulose do País com uma única linha de

produção. Instalada em terreno com mais de 2

milhões de metros quadrados, a unidade será

autossuficiente em geração de energia, com

o uso de licor negro e biomassa proveniente

de resíduos florestais, além de manter baixo

consumo de água. A construção mobilizou um

contingente de 10 mil pessoas em seu pico e

envolveu modernos sistemas de segurança e

saúde. O empreendimento elevará em 300%

o Produto Interno Bruto (PIB) do município de

Três Lagoas e em 13,5% o PIB do Mato Grosso

do Sul. Deverá criar cerca de 30 mil postos de

trabalho diretos e indiretos na região.

Em virtude da crise econômica deflagrada

no final de 2008, a VCP suspendeu

iniciativas em fase de desenvolvimento.

A de maior amplitude era o Projeto

Losango, no Rio Grande do Sul. O

plantio da safra de 2008 foi concluído,

porém não será feito o cultivo de 2009.

Foi também adiada a decisão sobre a

construção de uma fábrica de celulose,

que estava em fase de licenciamento

ambiental e teria sua execução discutida

em 2009 pelo Conselho de Administração

da Companhia. O projeto original previa a

entrada em operação em 2011.

Informações sobre: Gestão – página 34 e Desempenho – página 69

InVESTIMEnTOS EM 2008 (R$ MILHÕES)

FLORESTAS

MAnuTEnçãO, T.I., OuTRAS

COnPACEL

PROJETOS DE EXPAnSãO

MODERnIZAçãO

InVESTIMEnTOS (R$ MILHÕES)

639 593 542674

1.189

2004 2005 2006 2007 2008

33%2%

5%

6%

54%

Page 19: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 17

estRatéGia CLimÁtiCa

O tema mudanças climáticas é considerado

estratégico para a VCP, que investe

em uma matriz energética sustentável,

com recursos naturais renováveis (80%

originada da queima de biomassa e licor

negro), e vê vantagens competitivas

para negociação de créditos de carbono

(Protocolo de Quioto). (EC2 e En6)

As emissões de gases de efeito estufa (GEE)

são inventariadas desde 1998, abrangendo

todas as operações industriais e

florestais, e integram o Sistema de Gestão

Ambiental (SGA). O objetivo é identificar

oportunidades de desenvolvimento futuro

de projetos de captura de carbono, com

retornos significativos para a Empresa

e para o meio ambiente. A participação

no Carbon Disclosure Project (CDP),

desde 2005, impulsionou a avaliação da

possibilidade de configuração de projetos

de carbono de acordo com os critérios

da Bolsa de Chicago (Chicago Climate

Exchange – CCX).

A VCP identifica que a geração de créditos

de carbono poderá trazer oportunidades

de comercialização no âmbito do próprio

Grupo Votorantim e/ou através de câmaras

de comércio de emissões.

Instituições de pesquisa apoiam as ações

da VCP para obtenção de créditos de

carbono. Entre as parcerias para o estudo

de alternativas tecnológicas destaca-se

um projeto para quantificar os ciclos de

carbono em florestas naturais e plantadas

de reflorestamento (eucalipto), realizado

pela universidade de São Paulo (uSP).

Envolve especialistas de diversas áreas,

como biólogos, hidrólogos, engenheiros

florestais e meteorologistas.

unidade Florestal Extremo Sul

Page 20: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200818

Em cenários adversos, como eventos

climáticos extremos e mudanças de uso da

terra com manejo inadequado, os impactos

podem ser previstos e os riscos, calculados.

Com isso, os estudos buscam apontar

quais métodos podem ser empregados

para que sejam atingidos conceitos como

integridade e sustentabilidade

do ecossistema.

Com o comprometimento de produzir

produtos com menores teores de gases

de efeito estufa a VCP, de forma pioneira

no setor de celulose e papel, calculou

sua “pegada de carbono” ou “carbon footprint”, confirmando por auditoria

independente o fornecimento de celulose

de mercado com a remoção de

3,69 t CO2eq/ tsa.

Informações sobre: Gestão Ambiental – página 36 e Desempenho Ambiental – página 81

estRatéGia soCiaL

Alinhada às demandas da estratégia

do negócio, a estratégia social da VCP

estabelece direcionamentos claros

no relacionamento da empresa com

colaboradores, comunidades das regiões

onde está presente e sociedade.

Com o apoio do Sistema de

Desenvolvimento Votorantim (SDV), busca

promover a constante disseminação dos

valores Votorantim; desenvolver uma

cultura direcionada à gestão de pessoas,

aliada à excelência das operações e ao

foco nos resultados e permitir o melhor

uso do capital humano.

no relacionamento com as comunidades,

procura compreender a realidade e a

demanda dos municípios, definindo as

prioridades de investimento social com

base em indicadores como o Índice de

Desenvolvimento Humano (IDH), Índice

de Exclusão Social (IES), o Índice de

Desenvolvimento Infantil (IDI), entre

outros. A aplicação de recursos é orientada

para potencializar os resultados das ações

socioambientais, valorizando a cultura, as

necessidades locais e a sustentabilidade

dessas comunidades.

Informações sobre: Gestão Social– página 44 e Desempenho Social – página 88

Page 21: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

A VCP estabeleceu um grande objetivo para o ano de 2020: atingir faturamento equivalente a uS$ 4 bilhões, com retorno de investimentos superior ao seu custo de capital. Para amparar a realização dessa meta, definiu uma Missão e uma Aspiração.

Ser referência como empresa de celulose e papel, criando oportunidades e diferenciais competitivos, gerando valor sustentado para os acionistas, alinhada ao Sistema de Gestão Votorantim.

Alcançar posição de relevância mundial em celulose de fibra curta, sustentar a liderança regional de papéis revestidos e especiais e participar do mercado de papéis reprográficos.

A VCP está alinhada aos Valores do Grupo Votorantim, expressos na sigla SEREu: Solidez, Ética, Respeito, Empreendedorismo e união.

A Solidez representa a busca pelo crescimento sustentável com a geração de valor, mesmo em ambientes com constantes e aceleradas mudanças.

A Ética aparece na atuação responsável e transparente nas ações, para que os resultados sejam sempre percebidos como contribuições para o bem comum.

O Respeito está na relação com os diversos públicos com os quais interage em seus produtos e serviços e na disposição para aprender com as pessoas.

O Empreendedorismo surge na ousadia de realizar, na competência de manter o que foi alcançado e na determinação de buscar novas oportunidades.

A união é expressa na percepção de uma identidade comum que integra pessoas, ações, relações, interesses e resultados, na qual o todo é mais forte.

A VCPPRInCÍPIOS, VALORES E MISSãO (GRI 4.8)

MISSãO

ASPIRAçãO

VALORES

OBJETIVO

19VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008

Page 22: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200820

PoLítiCas e PRÁtiCas

O Sistema Integrado de Gestão VCP segue

os critérios de excelência do Prêmio

nacional de Qualidade (PnQ) e é alinhado

ao Sistema de Gestão Votorantim (SGV),

que permeia todas as empresas do Grupo.

O modelo conjuga as melhores práticas de

todas as unidades, com foco na qualidade

e na redução de custos. Os objetivos são:

• Gerar resultados – Estabelecer, atingir

e manter as metas empresariais e

estratégicas, por meio da captura de

sinergias, multiplicação e busca contínua

das melhores práticas;

• Modelo integrado – Tomada de ações

interligadas e ordenadas visando

atender às necessidades de mercado

(stakeholders);

• Identidade única – Pela uniformização da

linguagem e da padronização de ações;

• Perenização do conhecimento –

Comprometimento dos profissionais

no desenvolvimento de uma cultura

direcionada à retenção do conhecimento

dos processos, gestão da inovação e

promoção da excelência empresarial.

O sistema de Gerenciamento Pelas

Diretrizes permite estabelecer e

acompanhar metas de desempenho em

diferentes frentes. O GPD é definido pela

diretoria e permeia todas as ações da

Empresa. Com base nele, são abertos

Planos de Ação ou Projetos PDCA (Plan,

Do, Check and Act, ou Planejar, Executar,

Checar e Agir), executados com o apoio

de metodologias como Seis Sigma (uso de

modelos estatísticos para atingir metas

desafiadoras); Balanced Scorecard (BSC),

com avaliação contínua de indicadores de

desempenho nas perspectivas financeira,

de mercado, interna e de aprendizado

e crescimento; GVA (Geração de Valor

Adicionado), que mede a capacidade de

agregação de riqueza para o acionista;

Business Intelligence, para a radiografia

completa dos negócios, Manutenção

Preventiva Total (TPM) e 5S, entre outras.

Emerson - profissional do Acabamento da VCP Piracicaba em trabalho na Rebobinadeira Cameron / Beazer 5

Page 23: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 21

objetiVos e metas (GRi 1.2)

A VCP reposicionou seu portfólio nos

últimos anos. Seu foco, até 2020, é ser

uma empresa com 95% do seu negócio em

celulose e 5% em papel, com ênfase em

papéis especiais.

metas eConômiCas

As metas econômicas permanecem

inalteradas, como parte da Visão

VCP 2020:

• Atingir vendas de uS$ 4 bilhões;

• Produzir 6 milhões de toneladas de

celulose total (mercado e integrada);

• Comprometimento com disciplina

de investimento: retorno mínimo de

WACC+3% (Weighted Average Cost Of

Capital, ou custo médio ponderado

do capital).

metas ambientais

• Resíduos sólidos: zero de resíduos sólidos

para disposição em aterro industrial, a

partir de 2012, em todas as unidades

fabris da VCP;

• Ecoeficiência: Estender o Programa

de Ecoeficiência, já em andamento

com quatro clientes gráficos, para os

segmentos promocional e educacional,

atingindo 40 clientes até 2014.

metas soCiais

Com o objetivo de potencializar os

resultados sociais, obtendo maior sinergia

entre as diversas práticas desenvolvidas

para seus públicos de relacionamento, a

VCP atua orientada pela visão de futuro

e por políticas pautadas no compromisso

de desenvolvimento do País. Com base

nesses conceitos a VCP estabeleceu seus

principais desafios sociais em 2009:

• Estimular o debate e o reconhecimento

à prática da Responsabilidade Social na

comunidade ;

• Atuar com responsabilidade na geração

de emprego, capacitação e renda;

• Respeitar o compromisso com a

empregabilidade regional;

• Desenvolver o capital humano

da empresa.

Page 24: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200822

05.A gestão é profissionalizada e diferencia responsabilidades

dos gestores pelo desempenho dos negócios e atuação dos

acionistas, representados no Conselho de Administração.

O desempenho é direcionado por objetivos e metas

estabelecidos em reunião anual de planejamento estratégico,

que incluem aspectos econômicos, sociais e ambientais.

Page 25: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

GoVeRnança CoRPoRatiVa

O modelo de governança corporativa

da VCP segue rigorosos princípios de

transparência e equidade. Desde 2001,

é listada no nível 1 de Governança

Corporativa da BM&FBovespa e, em

2006, foi certificada pela adequação às

normas da Lei Sarbanes-Oxley, aplicável a

companhias que negociam ações na nYSE.

A certificação é mantida até hoje.

A comunicação aberta e a divulgação

ampla de informações fazem parte de

sua cultura e estão presentes em todas

as unidades de negócio. Periodicamente,

os gestores da VCP reúnem-se para

avaliações de desempenho e discussões

de metas e estratégias, sendo os

resultados do ano apresentados por meio

do Relatório Anual de Sustentabilidade,

em versão impressa e eletrônica.

As boas práticas de governança, aliadas

a um modelo sólido de desenvolvimento

sustentável, levaram a VCP a ser

listada pela primeira vez no Dow Jones

Sustainability Index World (DJSI) pelo

quarto ano consecutivo no Índice de

Sustentabilidade Empresarial

(ISE BM&FBovespa).

Algumas práticas de governança

corporativa incluem mecanismos para

acionistas e empregados fazerem

recomendações ou orientações ao

Conselho de Administração e à Diretoria,

assim como demais públicos de

relacionamento. um canal é a Ouvidoria,

com acesso pela página da Companhia

na internet. Para acionistas e investidores,

é mantido um Manual para participação

em Assembleia, também disponível para

consulta pela internet. Outro canal é o

ombudsman de investidores, que recebe

<< JuLIAnE – ÁREA ADMInISTRATIVA – unIDADE FLORESTAL CAPãO BOnITO – SP

reclamações, sugestões e opiniões, além

de apurar ou encaminhar para apuração as

manifestações recebidas para que sejam

resolvidas e certificar-se que as demandas

cheguem aos responsáveis. Mais uma

prática relevante é a realização de

encontros periódicos dos funcionários com

a Diretoria e o presidente da Empresa, nos

quais são discutidos resultados e desafios.

(GRI 4.4)

A Companhia mantém políticas de

divulgação de fatos relevantes e de

negociação de ações, aplicáveis a todos

os profissionais com acesso a informações

que possam ser consideradas privilegiadas.

Elas estabelecem os processos de

comunicação com o mercado e as

restrições para as negociações com papéis

da VCP em determinados períodos.

VCP

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GESTãO

Page 26: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200824

estRutuRa e FunCionamento

A VCP é uma sociedade anônima, de

controle acionário familiar, que mantém

como principais órgãos de governança o

Conselho de Administração e o Conselho

Fiscal. São adotadas normas nacionais

e internacionais de registros contábeis e

de manutenção de registro de empresa

aberta, tanto na Comissão de Valores

Mobiliários (CVM) quanto na Security

Exchange Commission (SEC), nos

Estados unidos. (GRI 4.1)

Conselho de administração –

Responsável pela determinação das

estratégias da Organização, o Conselho

de Administração é integrado por cinco

membros, sendo quatro representantes da

família Ermírio de Moraes, que controla

100% das ações ordinárias da Companhia,

e o presidente da Diretoria Executiva (CEO).

não há conselheiros independentes. Os

conselheiros são eleitos por voto direto

na Assembleia Geral dos Acionistas, para

mandatos de dois anos, com possibilidade

de reeleição, e não são remunerados pela

função. O presidente do Conselho não

ocupa função executiva. Em abril/2009

houve uma eleição de novos membros para

o Conselho de Administração. (GRI 4.2,

4.3, 4.7)

Conheça o perfil dos integrantes do

Conselho de Administração no site:

http://www.vcp.com.br/Investidores/

GovernancaCorporativa/Pages/

ConselhoseComites.aspx

Aderbal e Marcos – CAT Engenharia de Manutencao – unidade Piracicaba – SP

Page 27: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 25

diretoria executiva – A gestão é

profissionalizada, diferenciando a

atuação dos acionistas (representados

no Conselho de Administração) e as

responsabilidades dos gestores pelo

desempenho dos negócios. Composta

por um presidente (CEO) e seis diretores

(Comercial Celulose; negócio Papel; Supply

Chain e Estratégia; Técnica e Industrial;

Engenharia; Finanças e Relações com

Investidores e Desenvolvimento Humano e

Organizacional). São eleitos pelo Conselho

de Administração com mandato de um

ano, que pode ser renovado.

Conheça o perfil dos integrantes da

Diretoria Executiva no site: http://

www.vcp.com.br/Investidores/

GovernancaCorporativa/Pages/

ConselhoseComites.aspx

Conselho Fiscal/Comitê de auditoria – O

Conselho Fiscal reúne-se mensalmente e

desempenha também as atribuições de

um Comitê de Auditoria, para assegurar

que todos os controles sejam executados

adequadamente. É integrado por três

membros, sendo um representante de

acionistas minoritários, o segundo com

notórios conhecimentos de contabilidade

nos padrões brasileiros (BRGAAP) e o

terceiro especialista em contabilidade

norte-americana (uSGAAP). Reúne-se

mensalmente, e o mandato é de um

ano, com possibilidade de reeleição pela

Assembleia Geral, que também fixa sua

remuneração. (GRI 4.7)

Conheça o perfil dos integrantes

do Conselho Fiscal no site: http://

www.vcp.com.br/Investidores/

GovernancaCorporativa/Pages/

ConselhoseComites.aspx

Comitê de divulgação – Responsável pelo

processo de divulgação de informações,

atos e fatos relevantes da Companhia,

assegurando a ampla disseminação e a

qualidade das informações colocadas

à disposição do mercado, assim como

pela prática dos processos e controles de

divulgação. É integrado por representantes

das áreas de Relações com Investidores,

Controladoria, Jurídica, Tesouraria,

Comunicação e Planejamento Estratégico.

Comitê de investimentos – É

encarregado de avaliar a cada seis

meses o portfolio de projetos da

Empresa, organizados nas categorias

Expansão, Modernização, Pesquisa

e Desenvolvimento, Tecnologia da

Informação, Manutenção e Higiene,

Segurança, Meio Ambiente e Social. O

objetivo fundamental é racionalizar as

decisões de alocação de capital para

assegurar o cumprimento de metas no que

se refere a posicionamento estratégico,

competitividade, redução de riscos,

crescimento e retorno. É integrado pela

Diretoria, gerentes-gerais e área de Gestão

de Ativos e Riscos.

Comitê de sustentabilidade –

Responsável por assegurar que a

sustentabilidade integre a estratégia

empresarial e todos os seus processos

gerenciais. O Comitê é formado por

diretores e gerentes de diferentes

áreas da Empresa e representantes de

públicos estratégicos, compondo uma

equipe multidisciplinar de três a nove

membros efetivos, além de dois membros

permanentes (o diretor-presidente da VCP

e o gerente-geral de Sustentabilidade).

Comitê de inovação – Coordena o

programa de inovação, que contempla

projetos com foco no crescimento sustentável

do negócio, desenvolvimento de produtos

e soluções, aplicação no dia a dia de ideias

que contribuam para o crescimento e ganho

de eficiência das operações. É coordenado

pelo diretor de Desenvolvimento Humano e

Organizacional e integrado por gestores de

áreas de negócio. As unidades operacionais

também mantêm comitês.

Conduta – A Companhia mantém uma

política de divulgação de fatos relevantes

e um Código de Conduta a ser seguido

por todos os profissionais com acesso a

informações que possam ser consideradas

privilegiadas, além de estabelecer restrições

para as negociações com papéis da VCP em

determinados períodos. Todos os negócios

que envolvam relações comerciais entre

acionistas e seus familiares e empresas do

Grupo devem respeitar, rigorosamente, os

princípios de isenção e transparência, da

ética, da competitividade e da inexistência

de conflitos de interesse, razão pela qual

os acionistas e seus familiares não devem

desenvolver negócios ou atividades cuja

viabilização dependa exclusivamente do

Grupo, ou de suas empresas. As empresas

do Grupo devem adotar para com os

membros da família as mesmas regras

(divulgação, preço, forma de pagamento,

prazos contratuais, qualidade etc.)

estabelecidas no tratamento com terceiros.

(GRI 4.6, 4.8)

auditoria independente – O relacionamento

da VCP com os auditores segue os princípios

de independência, para eliminar o risco de

conflito de interesses. A auditoria externa é

escolhida pelo Conselho de Administração,

com consulta ao Conselho Fiscal/Comitê

de Auditoria. Em 2008, esse trabalho foi

executado pela PricewaterhouseCoopers

Auditores Independentes, para demonstrações

financeiras em moeda estrangeira, e pela Terco

GrantThornton Auditores Independentes, para

as demonstrações financeiras de acordo com a

legislação societária brasileira.

Page 28: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200826

aVaLiação de desemPenHo

O desempenho da Diretoria Executiva é avaliado periodicamente em uma reunião entre o

dirigente e o Conselho de Administração, que tem como objetivo analisar e alinhar os resultados

da Empresa, bem como a atuação pessoal do CEO. Essa avaliação é feita de acordo com os

objetivos e as metas estabelecidos com base no EBITDA Day – reunião anual de orçamento

e planejamento estratégico em que são estabelecidas metas quantitativas e qualitativas

direcionadoras da Companhia para o ano seguinte, que compõem o chamado Painel de Metas.

Além de aspectos econômicos, as metas incluem desempenho ambiental e social.

O CEO debate o Painel com os Conselheiros, dos quais recebe retorno sobre seu

desempenho, permitindo ajustes e adequações em sua conduta e nas diretrizes da Empresa.

Ao final do ano, o desempenho retratado no Painel de Metas é a base para a remuneração

variável do CEO e dos demais executivos da Empresa. Além disso, permite ao Conselho

de Administração acompanhar e avaliar as diretrizes propostas por seus membros para a

Companhia. (GRI 4.5, 4.9) A VCP ainda não conta com um processo formal de autoavaliação

do Conselho de Administração. (GRI 4.10)

estRutuRa oRGanizaCionaL

A VCP introduziu em dezembro de 2008 uma nova estrutura organizacional. Foram criadas

as diretorias de negócio Papel, Supply Chain e Estratégia e Técnica e Industrial, que

absorveram as antigas Diretorias Florestal e Logística Integrada e Operações Florestais. A

reestruturação teve o objetivo de proporcionar mais sinergia ao negócio, por ocasião da

partida do Projeto Horizonte em 2009.

Conselho de Administração

Presidência

Jurídico

Desenvolvimento Humando e

Organizacional

Finanças e Relações com Investidores

Comercial Celulose

negócio Papel, Supply Chain e

EstratégiaTécnica e Industrial Engenharia

Auditoria

Comitê de Auditoria

Page 29: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 27

negócio Papel, supply Chain e

estratégia – Engloba negócio Papel

(responsável pelos setores de Papéis

Gráficos e KSR, Papéis Especiais, Logística

Papel, Operações Piracicaba, Sistema de

Informação, Performance e Conpacel);

Supply Chain (Suprimentos e Logística);

Operações Florestais; Planejamento

Estratégico e Sistemas de Gestão.

técnica e industrial – Engloba

Engenharia e Projeto Horizonte; Pesquisa

e Desenvolvimento; Operações Jacareí e

Três Lagoas; Desenvolvimento e Qualidade

Florestal, Meio Ambiente Industrial.

engenharia – Responsável por coordenar

todos os trabalhos de engenharia nas

etapas de desenho, contratação, construção,

comissionamento e partida de projetos.

Comercial Celulose – Responsável por todo

o processo de venda do produto. Desde 2007,

fica sediada em Zug, na Suíça, e tem o apoio

de escritórios em São Paulo (Brasil), Baltimore

(Estados unidos) e Shanghai (China).

Finanças e Relações com investidores

– Suas atribuições incluem as áreas de

Controladoria, Controladoria Internacional,

Relações com Investidores, Análise de

negócios, Contabilidade e Planejamento

Tributário, Tesouraria, Gestão de Ativos e

Riscos e Custos e Competitividade.

desenvolvimento Humano e

organizacional – Tem a responsabilidade

de atrair, desenvolver e motivar profissionais,

prover lideranças atuais e futuras com as

competências requeridas para a efetividade

operacional, promover a segurança e saúde

no trabalho e a qualidade de vida. Gerencia

as áreas de comunicação interna e externa,

coordena todos os programas de melhoria de

estrutura e da dinâmica organizacional e lidera

os processos de gestão do conhecimento, bem

como os programas de fomento à inovação

(processos, produtos e linhas de negócio).

GeRenCiamento de RisCos (GRi 1.2)

Para a VCP, risco é todo e qualquer

evento que a impeça de atingir seus

objetivos. Apesar de manter uma gerência

responsável pela gestão de riscos e

ativos, essa cultura está disseminada

por toda a Empresa. Cada funcionário,

independentemente do setor de atuação,

é responsável por identificar, modelar,

influenciar e disseminar a questão.

Essa consciência é criada a partir de

reuniões e apresentações sobre conceitos,

de forma a permitir que cada área possa

capacitar seus gestores de risco. Todo o

processo é supervisionado pela gerência

de Ativos e Riscos, que atua para auxiliar

na elaboração e validação dos planos

de mitigação/contingência. Além disso,

procura antecipar eventos que afetem

os objetivos estratégicos e operacionais

da Empresa e apoia as demais áreas

aportando conhecimento e tecnologia.

O modelo de gestão de riscos da

Companhia foi considerado benchmark

no processo de análise para a seleção

das empresas que integram o Dow Jones

Sustainability Index, um reconhecimento

especial a todos os envolvidos no processo

de gerenciamento de riscos da empresa.

um dos desafios da VCP é aprimorar

constantemente a eficiência dos processos

de gestão de riscos. Para isso, entende

que será preciso criar um modelo para

antecipação de eventos de risco e melhor

encadeamento das iniciativas de gestão

nessa área, de modo a sustentar essa

cultura e garantir sua perenidade.

Riscos financeiros – uma gestão de caixa

conservadora minimiza a exposição a riscos

financeiros. São contratados instrumentos

de proteção para reduzir o impacto da

desvalorização cambial sobre passivos

financeiros denominados em moedas

estrangeiras. Além do hedge natural

proporcionado pelas exportações, podem

ser realizadas operações de swap ou

adquiridos títulos indexados à variação do

dólar norte-americano, com determinação

de limites de posições e exposição, além de

monitoramento dos riscos envolvidos.

As aplicações financeiras ou contratos

de swap são efetuadas com instituições

de primeira linha para limitar o risco de

crédito, e a maioria das exportações é

segurada por seguros de crédito.

Para todos os processos com prováveis

desfechos desfavoráveis são constituídas

provisões, além de mantidas apólices de

seguro de equipamentos, instalações e

cobertura de responsabilidade civil.

Riscos operacionais – A manutenção

preventiva e preditiva dos equipamentos

minimiza o risco de paradas não-programadas

nas atividades industriais e florestais. O

processo inclui inspeções periódicas, testes

e avaliações, para assegurar a eficiência e

qualidade das operações. na área florestal,

são plantadas diferentes espécies de clones de

eucalipto para reduzir a possibilidade de perda

de áreas em decorrência de alguma praga

ou doença. Adicionalmente, um sistema de

alerta e brigadas são mantidos para prevenir e

controlar os riscos de incêndio.

Page 30: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200828

Riscos ambientais – Todos os processos

de produção florestal e industrial da

VCP são pautados por dois princípios,

ecoeficiência – produzir mais, com menos

– e precaução – a ausência de certeza

científica não deve ser utilizada como

razão para postergar medidas eficazes e

economicamente viáveis para prevenir a

ameaça de danos sérios ou irreversíveis

de degradação ambiental ou danos à

saúde humana. A Empresa gerencia todos

os aspectos ambientais envolvidos em

seus processos de produção industrial e

florestal, com o uso racional dos recursos

naturais, atividades de conscientização,

educação e treinamento; investimento

em infraestrutura e equipamentos,

manutenção, planos de emergência,

procedimentos documentados, rotinas

operacionais e exigências contratuais.

Além disso, a gestão sustentável é

atestada pelas certificações FSC (Forest

Stewardship Council) e ISO 14001.

(GRI 4.11)

Riscos de mercado – A Companhia

não tem qualquer poder de ingerência

sobre preços de commodities e insumos

ou sobre as oscilações de demanda. O

acompanhamento de tendências dos

mercados nacionais e internacionais

de papel e celulose permite monitorar

esses riscos para amparar decisões

sobre redirecionamentos da produção.

Adicionalmente, são mantidos

contratos de longo prazo com clientes e

fornecedores estratégicos.

Riscos tecnológicos – A adoção

das mais modernas tecnologias do

setor confere ganhos de eficiência e

segurança nas operações, minimizando

riscos operacionais e de impacto ao

meio ambiente. São mantidos sistemas

redundantes em tecnologia de informação

e um plano de contingência de TI, para

assegurar a execução dos negócios em

qualquer ambiente.

Riscos de imagem/reputação – A

VCP adota a política para gestão de

crises e comunicação elaborada pelo

Grupo Votorantim, que prevê planos de

contingência para diferentes situações

que possam representar impacto sobre

a imagem ou a reputação das empresas.

Além disso, a busca de diálogo e

relacionamento transparente com todas as

suas partes interessadas tem como objetivo

inserir as expectativas de diferentes

públicos em sua estratégia empresarial.

Page 31: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 29

Fernando, Renan, Benedito e Cecília em reunião na unidade Jacareí – SP

Conduta

A VCP segue um Código de Conduta

comum a todas as empresas do Grupo

Votorantim. Os negócios que envolvem

relações comerciais entre acionistas e

seus familiares e empresas do Grupo, seja

na qualidade de pessoas físicas ou por

meio de empresas das quais façam parte

direta ou indiretamente, devem respeitar

rigorosamente os princípios de isenção

e transparência, ética, competitividade e

inexistência de conflitos de interesse. Por

essa razão, os acionistas e seus familiares

não devem desenvolver negócios ou

atividades cuja viabilização dependa

exclusivamente do Grupo ou de suas

empresas. (GRI 4.6, 4.8)

O Código é um conjunto de normas

mediadoras entre o jeito de ser e o jeito

de agir. nele estão descritos os princípios

que orientam o relacionamento do Grupo

com os principais públicos envolvidos

em sua atuação: empregados, clientes,

fornecedores, comunidades e governo,

entre outros.

As empresas do Grupo devem adotar para

com os membros da família as mesmas

regras (divulgação, preço, forma de

pagamento, prazos contratuais, qualidade

etc.) fixadas no tratamento com terceiros.

Cabe às pessoas ou empresas interessadas

em desenvolver relacionamentos de ordem

comercial com o Grupo, informar eventual

ocorrência de vínculos familiares, pois

as transações revistas nesse contexto

necessitarão da aprovação prévia do

Conselho Executivo do Grupo.

Combate à CoRRuPção

um dos itens do Código de Conduta diz

respeito ao combate à corrupção. As

medidas anticorrupção são aplicáveis a

100% das unidades e todos os profissionais,

no ato da integração, recebem cópia do

Código. O protocolo de recebimento,

assinado, fica arquivado no prontuário

de cada empregado. no ano, todos os

profissionais receberam treinamento sobre o

tema. (GRI SO2, GRI SO3)

Desde 2006, com a certificação SOX,

esse item é avaliado por uma auditoria

independente (PricewaterhouseCoopers), na

matriz de Entity Level Control. Além disso,

todos os meses são realizadas reuniões nas

unidades fabris com lista de presença, ata

e participação de pelo menos um diretor,

nas quais um tema do Código de Conduta é

apresentado pelo responsável da unidade.

não há registros na Ouvidoria de casos de

corrupção durante o ano. não há ações

judiciais relativas a corrupção. (GRI SO4)

Page 32: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200830

PoLítiCas PúbLiCas

A VCP participa de diferentes fóruns,

associações e outros grupos que envolvem

entidades de diversos setores. O objetivo

é tomar parte na elaboração de políticas

públicas para a preservação e restauração

do meio ambiente e criação de condições

de desenvolvimento das comunidades das

localidades em que atua. (GRI 4.13)

no fórum da Associação Brasileira Técnica

de Celulose e Papel (ABTCP), por exemplo,

participa como membro da Comissão de

Meio Ambiente, que tem como objetivo

a discussão de temas sobre mudanças

climáticas, projetos de carbono, conservação

de energia, resíduos sólidos, recursos hídricos

e produção mais limpa, entre outros.

na Associação Brasileira de Celulose e

Papel (Bracelpa), integra o Comitê de

Sustentabilidade e o Comitê de Comunicação,

com destaque para discussões sobre o

papel das empresas e sua responsabilidade

social corporativa, proteção ambiental e

posicionamento quanto às reduções de

Gases Efeito Estufa.

Outra participação importante ocorre no

Comitês de Bacias Hidrográficas, cuja idéia

central é o de estimular projetos que tragam

benefícios e melhorias da qualidade ambiental

da própria Bacia. Os resultados deste trabalho

vêem trazando ganhos importantes para áreas

de interesse público como saneamento básico,

prevenção da poluição e educação ambiental.

Desde o início da legislação aplicável nossa

empresa vem cumprindo seu papel de usuária

e pagadora pelo uso da água, participando

ativamente dos Comitês e contribuindo para

melhor divulgar os benefícios de aderir ao

pagamento com a responsabilidade de ver

os recursos aplicados na Bacia. Esses comitês

também fiscalizam a aplicação dos recursos

financeiros arrecadados pela Agência nacional

de Águas, com destaque aos projetos de

saneamento básico, recuperação de matas

ciliares, biodiversidade e conservação de

energia. (GRI SO5)

entidades do setor

• Associação Brasileira dos Produtores de

Celulose e Papel (Bracelpa)

• Associação Brasileira Técnica de Celulose

e Papel (ABTCP)

• Fundo de Desenvolvimento Florestal de

São Paulo

• Instituto de Pesquisa e Estudos Florestais

(Ipef)

• Sociedade de Investigações Florestais

(SIF)

• Associação Brasileira de Produtores de

Florestas Plantadas (Abraf)

• Associação Gaúcha de Empresas

Florestais (Ageflor)

• Associação Sul-Mato-Grossense de

Produtores e Consumidores de Florestas

Plantadas (Reflore)

• Associação Brasileira da Indústria de

Formulários (Abraform)

• Associação Brasileira da Indústria Gráfica

(Abigraf)

• Associação Brasileira de Tecnologia

Gráfica (ABTG)

• Associação nacional dos Distribuidores

de Papel (Andipa)

• Associação nacional dos Profissionais de

Venda em Celulose, Papel e Derivados

(Anave)

• Associação Brasileira das Indústrias de

Etiquetas Adesivas (Abiea)

• Associação Brasileira de Automação

Comercial (Afrac)

• Federação das Indústrias do Estado de

São Paulo (Fiesp)

• Federação das Indústrias do Estado do

Rio Grande do Sul (Fiergs)

• CEBDS

entidades sociais e ambientais

• Instituto Ethos de Empresas e

Responsabilidade Social

• Grupo Referencial de Empresas

Sustentáveis (GRES/Ethos)

• Instituto Akatu pelo Consumo Consciente

• Conselho Brasileiro de Manejo Florestal (Brasil)

• Forest Stewardship Council

(FSC)

• Global Report Initiative (GRI)

• The Forest Dialog/ WBCSD World Business

Council for Sustainable Development

• Carbon Development Program (CDP)

• PnuMA/Onu

• Conselho do núcleo Santa Virgínia do

Parque Estadual da Serra do Mar

• Conselho da Floresta nacional de Lorena

• Conselho da Floresta nacional de

Capão Bonito

• Conselho nacional do Meio Ambiente

(Conama) – Câmara Técnica

Comitês de bacias hidrográficas

• Ceivap – Comitê Federal da Bacia do

Paraíba do Sul

• Comitê para Integração da Bacia

Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul

• Comitê Estadual do Paraíba do Sul (CBH-PS)

• Comitê da Bacia Hidrográfica dos rios

Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ)

universidades

• núcleo de Extensão da Esalq – nace/

Esalq – uSP – parceira em projeto sobre

agrossilvicultura e gestão participativa da

área rural em Joanópolis

• unESP – Faculdade de Engenharia de

Guaratinguetá

• unESP – BOTuCATu

• núcleo de Arqueologia da universidade

Braz Cubas

• FAEnQuIL – uSP

• unITAu

• uFV (Viçosa)

Page 33: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 31

ORIGEM DOS FORnECEDORES

(% DO TOTAL DAS COMPRAS)

73,8%

21,5%

4,7%

SãO PAuLO

MATO GROSSO DO SuL

OuTROS ESTADOS

PoLítiCa e PRÁtiCas Com

FoRneCedoRes

A VCP desenvolve uma série de ações

que visam ao fortalecimento das relações

com fornecedores. uma delas é o Projeto

Aliança, criado para aproximar ainda mais

os parceiros de negócios. Os fornecedores

são convidados a participar do processo de

produção, dos projetos de expansão e da

resolução de problemas do cotidiano da

Companhia, de forma a estreitar os laços

de confiança entre as partes e permitir o

desenvolvimento de soluções de sucesso.

Fornecedores locais representaram 78,5%

do total de compras e contratações

realizadas pela Empresa em 2008,

considerados como tais aqueles localizados

no mesmo estado em que está instalada

uma unidade fabril (SP e MS). (GRI EC6)

Os contratos são estabelecidos por meio

de processo de homologação, que consiste

na avaliação de diversos aspectos: saúde e

segurança no trabalho, jurídico, comercial,

técnico, responsabilidade ambiental,

responsabilidade social corporativa e

financeiro. O fornecedor é reprovado caso

não obtenha nota mínima em alguma das

avaliações ou não atinja 70% no

cálculo ponderado.

O indicador de homologação (em %) é

calculado sobre a base de fornecedores

estratégicos, que são aqueles de quem a

VCP efetua compras acima de

R$ 1 milhão/ano, fornecedores de serviços,

de listas técnicas (que interferem no

produto final) e de logística internacional,

além de receptores de resíduos. O processo

é válido por dois anos, acompanhado de

uma avaliação periódica a cada três meses,

o que permite propor um novo plano de

ação caso o desempenho não

esteja satisfatório.

Page 34: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200832

A base de fornecedores é variável ao longo dos anos (777, 1.272 e 1.006 respectivamente

em 2006, 2007 e 2008). Em 2008, o critério adotado considerou a média e não somente

o valor pontual. Ao longo dos anos, o processo evolui com critérios mais rígidos. A

homologação é auditada com base nas normas ISO 9000 e ISO 14001.

Com a aplicação do programa de desenvolvimento de fornecedores, realizado com o Instituto

Euvaldo Lodi (IEL), as compras no Mato Grosso do Sul, que em 2007 representavam 0,17% do

total da VCP, passaram a equivaler a 4,7% em 2008. no estado, há um projeto de qualificação de

fornecedores locais conduzido pela VCP em conjunto com o Serviço nacional da Indústria (Senai).

2006 2007 2008

Valor total 1.896.289 2.071.083 2.275.286

Fornecedores de São Paulo 1.581.282 1.817.164 1.678.769

% fornecedores São Paulo 83,0 88,0 73,8

Fornecedores de Mato Grosso do Sul não apurado 3.467 106.762

% fornecedores de Mato Grosso do Sul não apurado 0,2 4,7

Fornecedores de outros estados 315.007 250.452 489.755

% fornecedores de outros estados 17 12 22

2006 2007 2008

número de contratos 87.101 45.709 60.819

Volume financeiro (R$ milhões) 1.896 2.071 2.275

Contratos que incluíram critérios ou avaliação de direitos humanos

85% 83% 91%

Contratos recusados, que exigiram condições de desempenho ou submetidos a avaliações referentes a direitos humanos

2% 4% 17%

GASTOS COM FORnECEDORES – R$ MIL (GRI EC6)

GASTOS COM FORnECEDORES – R$ MILHÕES (GRI EC6)

Page 35: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 33

Contratos com parceiros de negócios

são acompanhados pelo Código de

Ética da VCP, que rechaça práticas

discriminatórias e trabalho escravo ou

infantil. Em 2008, foram recusados

17% de 61 mil contratos avaliados, por

não atenderem aos requisitos de direitos

humanos, fiscais e trabalhistas.

tRabaLHo inFantiL ou FoRçado

A VCP adota diversas medidas para mitigar

o risco de contratação de trabalho infantil

ou de manutenção de trabalho forçado

nas atividades industriais e florestais,

como Minuta Contratual e Avaliação

de Responsabilidade Social. Todos os

contratos firmados com fornecedores

e demais parceiros de negócios são

acompanhados do Código de Ética da

Empresa, que rechaça qualquer prática

discriminatória ou em desacordo com a

legislação vigente. O documento traz ainda

cláusula específica sobre a proteção ao

trabalho, rejeitando o trabalho escravo

e exigindo que sejam cumpridas as

legislações trabalhista e previdenciária,

além de observações aos diretos humanos.

Além disso, a Empresa é signatária do

Pacto de Erradicação do Trabalho Escravo.

(GRI HR1, HR6, HR7)

Em 2008, foram avaliados 60.819

contratos de fornecedores, perfazendo um

montante financeiro de R$ 2,3 bilhões.

Desse total, 91% incluíram critérios de

avaliação de direitos humanos, sendo que

17% foram recusados por não atenderem

aos requisitos. (GRI HR2)

Page 36: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200834

GESTãO ECOnôMICA na gestão do caixa e dos riscos financeiros,

a VCP utiliza instrumentos derivativos

para proteger o fluxo de caixa futuro de

oscilações cambiais através de política que

permite realizar contratos dessa natureza

até o valor nocional (capital de referência

em contratos de permuta) de 80% do

fluxo de caixa livre operacional em dólares

(geração de caixa em moeda estrangeira

após o pagamento dos custos e despesas

na mesma moeda).

Em momentos de significativa

desvalorização do real, esses contratos

permitem manter um fluxo de

recebimentos suficiente para cobrir

obrigações. um eventual efeito positivo da

variação do câmbio compensa as despesas

decorrentes dos derivativos, não existindo

caráter especulativo nessas operações.

Os derivativos têm seus vencimentos

distribuídos ao longo do tempo. As regras

contábeis, entretanto, determinam que

seus valores sejam marcados a mercado no

fechamento do período, refletindo assim, o

valor (positivo ou negativo) do instrumento

naquela data, muito embora não haja

necessidade de liquidação imediata

(recebimento ou desembolso de caixa).

Os derivativos contratados pela VCP não

sofrem chamada de margem e o ajuste

de caixa só é observado no vencimento

do contrato. De forma alinhada à política,

no final de 2008, esses intrumentos

representavam volume nocional líquido

equivalente a 17% do fluxo de caixa

operacional em dólar. no acumulado do

ano, a despesa líquida da marcação a

mercado acumulou R$ 335 milhões. O

efeito caixa foi negativo em

R$ 121 milhões. A contrapartida dessas

operações foi observada no aumento

da receita decorrente da desvalorização

cambial, em razão dos melhores preços de

celulose e dos papéis exportados.

Por sua característica exportadora

(aproximadamente 60% das receitas

indexadas ao dólar), a Companhia

também mantém a maior parte do seu

endividamento bancário indexado ao dólar

americano. Dessa forma, assegurar uma

proteção natural (hedge) à exposição da

dívida, com recebimentos e obrigações

na mesma moeda. Adicionalmente, como

parte da estratégia de proteção, no final

de 2008, também possuía cerca de

uS$ 92 milhões em aplicações

indexadas ao dólar.

Page 37: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 35

VCP + aRaCRuz

no mês de janeiro de 2009, a VCP

anunciou a conclusão da compra do

controle acionário da Aracruz Celulose

S/A, configurando a criação da maior

empresa de celulose do mundo. As famílias

Lorentzen, Almeida Braga e Moreira

Salles venderam sua participação de

aproximadamente 28% no capital votante

da Aracruz, assim como o Grupo Safra,

detentor de outros 28% de ações com

direito a voto da empresa, e cada um dos

grupos receberá R$ 2,7 bilhões, em valor

nominal, pagos em seis parcelas até julho

de 2011. Com a negociação, o Grupo

Votorantim e o BnDES, passam a formar o

novo bloco de controle da companhia.

A operação envolve uma reestruturação

societária que contará com diversas etapas

até a sua conclusão, culminando com a

incorporação de Aracruz por VCP em uma

nova companhia que terá capacidade

produtiva de 5,8 milhões de toneladas/

ano, mais de 1 milhão de hectares em áreas

manejadas, sendo 40% de preservação, cerca

de 15 mil funcionários (diretos e terceirizados)

e aproximadamente R$ 7 bilhões em receita

líquida anual. Do ponto de vista de ganhos

de eficiência, e de mercado, dentre outros,

estudos preliminares indicam que a operação

deve gerar uma captura de sinergias da

ordem de R$ 4,5 bilhões.

Pilar da VCP desde a sua criação,

em abril de 1988, a sustentabilidade

também continuará como eixo central do

negócio. A VCP é integrante do Índice

de Sustentabilidade Empresarial da

Bovespa, signatária do Pacto Global da

Onu e também integrante do Índice de

Sustentabilidade Dow Jones. Tanto Aracruz

como VCP também se destacam pelo

manejo certificado de suas florestas. Com

a fusão entre as empresas, essas práticas

ganharão relevância e contribuirão para

a formação de uma nova companhia,

referência também em sustentabilidade e

ecoeficiência, garantindo processos mais

limpos e melhorando a qualidade de vida

das comunidades onde atua.

Para os dois sócios que farão parte do

bloco de controle da nova empresa, a

operação é a maturação de um projeto

de longo prazo, pois desde o fim dos

anos 1980, quando criou a VCP, o Grupo

Votorantim tem o setor de celulose como

foco e parte de seu core business, sendo

natural a sua busca pela consolidação no

setor em uma grande operação global.

O BnDES, por sua vez, participou da

criação e desenvolvimento das principais

empresas de celulose e papel do país. É

acionista da Aracruz desde a criação da

empresa, em 1967, e da VCP, desde 1988,

contribuindo para a inserção do País num

mercado altamente competitivo e no qual

o Brasil sempre teve potencial de figurar

como referência.

Informações sobre: Estratégia de negócios – página 16 e Desempenho Econômico – página 69

unidade Florestal do Vale do Paraíba – SP

Page 38: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200836

GESTãO AMBIEnTALEm sua gestão ambiental, a VCP

desenvolve iniciativas que buscam o

equilíbrio dos impactos provocados

por suas atividades no meio ambiente.

Para isso, adota programas que visam

à conservação da biodiversidade e a

ecoeficiência, desenvolvendo políticas

e práticas ambientais aplicadas ao seu

processo produtivo.

eCoeFiCiÊnCia

Política e práticas ambientais

As atividades industriais e florestais são

realizadas sob os mais rigorosos critérios

de ecoeficiência, alinhadas aos princípios

da sustentabilidade. O uso consciente

dos recursos naturais e o respeito às

comunidades de seu entorno sempre fizeram

parte da história da Empresa em seus 20

anos de existência e são fatores primordiais

para executar o programa P+L (Produção

Mais Limpa) nas unidades industriais.

Toda madeira utilizada nos processos

produtivos é oriunda de florestas plantadas

exclusivamente para esse fim. Além disso,

grande parte das florestas próprias são

certificadas pelo Forest Stewardship Council

(FSC – Conselho de Manejo Florestal), que

garante o correto manejo, contribuindo para

o desenvolvimento sustentável.

Para incentivar as boas práticas

ambientais, os melhores projetos de cada

unidade recebem o reconhecimento da

VCP. Em 2008, foi premiado um projeto de

Jacareí, que tem como objetivo o aumento

da densidade básica da madeira e a

redução do consumo específico com maior

produtividade. Como parte da política

ambiental, a Companhia procura planejar

suas operações visando à melhoria de seus

processos atrelada à redução de impactos

ambientais negativos e à ampliação dos

efeitos positivos. (GRI En14)

A VCP desenvolve várias iniciativas

para mitigar os impactos ambientais de

produtos e serviços em suas unidades,

englobando ações para otimização do

consumo de insumos, redução do descarte

de resíduos industriais e melhoria da

eficiência energética. (GRI En6)

ECOEFICIênCIACompromisso Votorantim com o equilíbrio dos cinco elementos fundamentais para a vida:• Água: consumo menor que 30m³/tsa;• Ar: redução das emissões que causam o aquecimento global e o efeito estufa;• Energia: utilização de recursos naturais renováveis;• Terra: 38% da área preservada e gerenciamento integrado de resíduos sólidos;• Pessoas: desenvolvimento de profissionais considerando principalmente os

aspectos dos direitos humanos e a promoção da diversidade.

Page 39: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 37

InICIATIVAS DE MITIGAçãO DE IMPACTO (GRI En6, En10 e En26)

Água energia materiais

Área industrial

Ações para otimizar o consumo e reduzir os impactos do descarte

• Segregação de água para reutilização na fábrica (índice de 48%

em Piracicaba e 81% em Jacareí);

• Exposições e palestras de conscientização para o uso racional

da água;

• Participação nas Câmaras Técnicas de uso e conservação da água na

indústria do Comitê da Bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ),

em Piracicaba, e do Comitê da Bacia do Rio Paraíba do Sul

(CBH-PS/Ceivap), em Jacareí.

• Trabalhos de melhoria de eficiência energética na unidade,

conforme indicador En5;

• Reuniões frequentes da Comissão Interna de

Consumo de Energia (Cice).

• Trabalhos para redução do consumo de matérias-primas;

• Desenvolvimento de matérias-primas com

menor impacto ambiental.

Descartes Efluentes da ETE. Perdas energéticas.Refugo, resíduo efluente

com matéria-prima.

Área florestal

Ações para otimizar o consumo

• Controle de vazão;

• Meta de redução de consumo nos pontos mais críticos (viveiros) – GPD viveiro;

• Conceito de reúso integral de água do viveiro RS.

• utilização preferencialmente de lâmpadas fluorescentes

• Monitoramento da qualidade dos plantios;

• Recomendações da P&D.

Descartes• Efluentes das quadras e

estufas dos viveiros;

• Efluentes dos lavadores.

• Lâmpadas fluorescentes e comuns.

• Embalagens de adubos, agrotóxicos e lubrificantes.

Ações para reduzir os impactos do descarte

• Monitoramento físico-químico do efluente (laudos nos escritórios de

meio ambiente e viveiros);

• Manutenção preventiva dos equipamentos (conforme

programação da área);

• Conceito de reúso integral de água do viveiro RS;

• Palestras informativas e projetos específicos de

conscientização e sensibilização.

• Homologação e avaliação ambiental do receptor de resíduos;

• Orientação aos usuários sobre o correto armazenamento

(treinamentos de integração e reciclagem, conforme lista de

presença com DHO, gestores e escritório de meio ambiente);

• Segregação dos resíduos;

• Palestras informativas e projetos específicos de

conscientização e sensibilização.

• Homologação e avaliação ambiental do receptor de resíduos;

• Orientação aos usuários sobre o correto armazenamento

(treinamentos de integração e reciclagem, conforme lista de

presença com DHO, gestores e escritório de meio ambiente);

• Segregação dos resíduos;

• Substituição de caixas plásticas por caixas de papelão para o envio

de mudas ao campo (RS);

• Palestras informativas e projetos específicos de

conscientização e sensibilização.

Page 40: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200838

iniciativa impacto

Construção ou uso de fábricas, minas e infraestrutura de transporte

não houve

Poluição

Fumaça preta do transporte de madeira;

contaminação do solo por vazamento/derramamento de óleos;

ruído do transporte de madeira (comunidade do entorno) e lançamento de efluentes dos separadores e viveiros.

Introdução de espécies invasoras, organismos nocivos e agentes patogênicos

não houve.

Conversão de habitat Impacto positivo: pastagem em eucaliptocultura e/ou área de conservação.

Mudanças em processos ecológicos fora do nível natural de variação

Evolução na estrutura sucessional das florestas nativas, restauração das APPs e retirada das espécies exóticas (pinus) em Capão Bonito.

Espécies afetadasna fauna pelo aumento durante a vida dos plantios florestais (positivo) e

redução parcial no pós-corte (negativo).

Extensão das áreas impactadas

O impacto em relação à fauna e à paisagem pode ser positivo ou negativo, dependendo da área que será colhida durante o ano, de acordo com o Plano Anual de Colheita (PAC). São positivas as fases de crescimento

e manutenção do plantio (estrutura florestal), enquanto o pós-colheita (área aberta) pode representar impacto negativo. Em 2008, foram colhidos 11.989 hectares de florestas e plantados 50.713 hectares.

Duração dos impactos Positivo – aproximadamente durante 7 anos; negativo – aproximadamente 1,5 ano.

Reversibilidade ou irreversibilidade dos impactosReversíveis em razão das etapas de reforma florestal (plantio pós-colheita) e condução florestal

(regeneração da cepa do eucalipto). A reforma do plantio possibilita ações de manejo da paisagem, criando mosaicos e conexões entre áreas florestadas.

IMPACTOS DIRETOS E InDIRETOS (GRI En12)

eCoeFiCiÊnCia oPeRaCionaL

A VCP desenvolve várias iniciativas para

ampliar a eficiência de suas operações,

reduzir o consumo de materiais e insumos

e mitigar os impactos ambientais de

produtos e serviços em suas unidades

industriais e florestais.

O Grupo de Trabalho de Energia, por

exemplo, analisa todas as ações e os

procedimentos adotados durante um

determinado período. A partir dessa

avaliação, traça estratégias, metas e planos

de ação para todas as unidades fabris.

Anualmente, a VCP vem reduzindo o

consumo de água bruta em seus processos

industriais. Tal resultado é consequência

de um esforço conjunto das unidades,

o que permitiu índices de reciclagem

e reutilização que chegam a 45% em

Piracicaba e 81% em Jacareí.

Desde 1999, a VCP mede suas emissões

de Gases de Efeito Estufa (GEE). Ao longo

desse tempo, vem investindo em uma

matriz energética baseada em combustíveis

renováveis, como o licor negro e a casca

ou cavaco de madeira, para uso industrial

em suas caldeiras. (GRI En18)

O Sistema de Gestão Ambiental monitora

os aspectos do transporte de produtos,

identificando os impactos provocados por

emissões atmosféricas e poluição sonora.

Periodicamente, são feitas inspeções

nos veículos e adotados programas para

conscientização dos motoristas e das

transportadoras contratadas. (GRI En29)

no ano, foram investidos R$ 57,4 milhões

em projetos ambientais, sendo

R$ 28,4 milhões em investimentos e

R$ 23,5 milhões em custeio. O valor

consolidado foi 48,6% superior aos

recursos destinados em 2007.

Page 41: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 39

Consumo de mateRiais,

eneRGia e ÁGua

mateRiais

Como parte do conceito 4R (Repensar,

Reduzir, Reutilizar e Reciclar), a VCP

desenvolve ações para otimizar a utilização

de insumos, em especial para reduzir o

consumo de produtos químicos.

na unidade Jacareí foi possível diminuir,

em 14%, o uso de ácido sulfúrico; em

13%, dióxido de cloro; em 7%, soda

cáustica e, em 3%, o peróxido de

hidrogênio durante o ano de 2008.

A unidade Piracicaba consumiu mais

aparas de papel de 2006 a 2008, a partir

da utilização das mantas de refugo couché

do processo. Em 2008, houve aumento no

consumo de celulose, cargas minerais e

químicos, devido a uma mudança no mix de

produção, por meio de: pequeno aumento

no volume de papéis couché; ampliação

significativa do papel base para térmicos

(baixa gramatura) e início da operação da

máquina de revestimento PC3 (novo coater).

Melhorias obtidas na unidade Piracicaba

em 2008:

• Projeto de melhoria continua para

redução em 2,6% na geração de resíduos

industriais em 2008;

• Otimização da malha de controle do

sistema de aplicação de tinta (supply system), minimizando o descarte

de formulações em interrupções do

processo, com ganho de 104 toneladas

de formulação – Projeto P+L;

• Redução de 453 toneladas de consumo de

celulose no processo, devido a otimizações

no processo de depuração da máquina P2;

• Redução de 108 toneladas/ano de fibra

e formulação devido à reutilização de

perdas após quebra de folha no processo

de revestimento;

• Reaproveitamento de sobra das

formulações. (GRI En26)

Maquina P2 em produção na unidade Piracicaba – SP

Page 42: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200840

EnERGIA Anualmente, a VCP investe em projetos

de eficiência energética através do Grupo

de Trabalho de Energia, responsável

pelo planejamento das ações no âmbito

energético em todas as unidades fabris, onde

o sistema de gestão de energia é fortalecido

pela Comissão Interna de Conservação de

Energia (Cice), que tem por objetivo:

• Realização de auditoria energética, com

mapeamento de todos os pontos de

consumo por área e quantidades;

• Elaboração conjunta do cronograma

de reuniões, para determinação de

atividades a serem desenvolvidas e meta

de redução de consumo de energia;

• Divulgação mensal dos resultados

alcançados;

• Envolvimento dos funcionários no

programa;

• Estudos de reduções energéticas.

As unidades industriais têm dedicado

grande esforço para reduzir a participação

dos combustíveis de fontes não renováveis

na matriz energética, focando a utilização

de licor negro e biomassa.

Em Jacareí foi elevada significativamente a

autoprodução de energia elétrica, em uma

usina de cogeração que combina ciclo de

gás e ciclo de vapor, modelo de geração

mais eficiente do que o convencional

(somente ciclo vapor). A unidade é a

única produtora de celulose que utiliza o

ciclo combinado. Em 2008, foi alterado

o conceito de utilização de vapor no

processo de branqueamento, passando

de troca térmica por contato direto para

troca por contato indireto, recuperando o

condensado no tratamento de água das

caldeiras. A economia energética no ano

foi de 164.007.000 KJ, resultando em

aumento de eficiência de 0,69%.(GRI En7)

Em Piracicaba, a eficiência no consumo

de gás natural melhorou a partir de 2007,

quando a operação começou a trabalhar

com uma única caldeira, e não com duas.

nessa fábrica, o consumo de gás está

diretamente relacionado ao tipo de papel

produzido e ao mix de produção. (GRI En7)

Em 2008, foram introduzidas várias

iniciativas para reduzir o consumo de

energia indireta, como parte de um

conjunto de ações para redução de

despesas que impactaram em ganhos

ambientais, como um programa de

transporte para otimizar o número de

viagens e necessidades de deslocamento

de pessoas de Jacareí (SP) para Três Lagoas

(MS), em virtude do Projeto Horizonte.

Foi instalado um itinerário de ônibus,

com saídas semanais, para transporte dos

colaboradores entre as unidades. Para a

otimização do transporte de profissionais

entre Jacareí e São Paulo, foi introduzido

um sistema único entre as unidades, o

Expressinho. Além disso, os carros da

frota podem utilizar combustíveis de

fontes renováveis – etanol. Também

houve melhora na utilização de recursos,

com a ampliação do uso de áudio e

videoconferências. (GRI En7)

José Adenílson, módulo de tora, unidade Florestal Capão Bonito – SP

Page 43: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 41

ÁGuA Anualmente, a VCP vem reduzindo o

consumo de água bruta. Em 2008, o

consumo absoluto foi de 34.493.597 m³, o

que representa queda de 8,5% em Jacareí e

3% em Piracicaba em comparação a 2007.

na unidade Piracicaba, a diminuição no

consumo reflete maior reaproveitamento

de água do processo de fabricação de

papel e reúso de água de refrigeração.

Através do sistema de captação,

bombeamento e refrigeração de água

industrial não contaminada no processo.

O volume total do recursos retirado da

fonte, em 2008, foi de 3.900.112 m³,

que representa redução de 2,96% ante o

ano anterior. Mais de 45% dessa água é

reciclada e reutilizada, percentual que vem

crescendo nos últimos três anos.

A preocupação em reduzir o consumo

de água bruta também faz parte da

rotina diária em Jacareí. A unidade

busca continuamente a melhoria de seus

processos para identificar oportunidades

de redução. A adoção de reúso de

condensado da evaporação e filtrado

alcalino das máquinas extratoras de

celulose na linha de branqueamento

de polpa, permitiu reduzir 295 m³/h

de captação de água e lançamento de

efluentes. O percentual de água reciclada e

reutilizada no ano foi de 81%.

O consumo das duas unidades industriais

não afeta os rios Piracicaba e Paraíba

do Sul. no primeiro caso, a vazão de

capacitação de água bruta é em média

de 0,17 m³/s e a vazão mínima do rio é

de 8,2 m³/s. Em Jacareí, a vazão média

de captação de água é de 0,7 m³/s,

ante vazão mínima do Rio Paraíba do

Sul de 40 m³/s, ou seja, o equivalente a

1,7%. Mesmo não causando impacto,

as unidades realizam controles on-line

de parâmetros de efluentes, além de um

plano de monitoramento hídrico. Também

participam do Comitê de Bacias PCJ

(Piracicaba, Capivari e Jundiaí) e do Rio

Paraíba do Sul. (GRI En9)

Estação de tratamento de esgoto – unidade Jacareí – SP

Page 44: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200842

emissÕes, eFLuentes e Residuos

emissões atmosféricas

Em 2008, o total de emissões diretas de CO2 na unidade Jacareí totalizou 292.306 toneladas.

na unidade Piracicaba ocorreu uma regulagem do sistema de combustão da caldeira que

permitiu melhoria no aproveitamento energético e, consequentemente, redução de emissão

de gases. Considerando as duas fábricas, o total de emissões de CO2 no ano foi de

344.765 toneladas.

A unidade Piracicaba registrou um pequeno aumento nas emissões de GEE no segundo

semestre de 2008, em razão da maior geração de vapor para o processo produtivo e

aumento do consumo em um novo equipamento de produção (coater na máquina PC3).

A unidade Jacareí também vem reduzindo as emissões de SOx e nOx (óxidos de enxofre e

nitrogênio). Para isso, foram instalados queimadores para baixa emissão de nOX, dentro das

melhores práticas de controle ambiental disponíveis.. Também houve a conversão da caldeira

CBC-80, com base de combustível óleo, para utilização também de gás natural. O consumo

de gás R22 (gás freon, ou diclorodifluormetano) foi reduzido em decorrência da utilização de

outros gases menos agressivos, como R141B e R134A (gases HFC – Hidroflúor Carbono).

efluentes Hídricos

A Produção Mais Limpa e o uso de metodologias Seis Sigma vêm permitindo uma melhoria

contínua no lançamento de efluentes e redução do uso de água. um desses projetos é o

reúso de condensado da evaporação e filtrado alcalino das máquinas extratoras de celulose

na linha de branqueamento de polpa, na unidade Jacareí. Com a iniciativa, houve redução

de 7.080 m3/dia de captação de água e lançamento de efluentes no Rio Paraíba do Sul.

Em Piracicaba, as metas de tratamento de efluentes procuram manter a concentração de

DBO e sólidos sedimentáveis em valores 30% abaixo do limite legal. O alcance dessa meta

– assim como de outras ambientais – é fundamental para os funcionários terem direito ao

Programa de Participação de Resultados (PPR).

Resíduos sólidos

nas unidades fabris, a gestão de resíduos é realizada com base no princípio dos 4Rs

(Reduzir, Repensar, Reutilizar e Reciclar). Anualmente, são fixadas metas de redução para

as unidades, que, se alcançadas, elevam o Indicador de Desempenho Ambiental (IDA),

que é atrelado ao Programa de Participações no Resultado (PPR). Para por em prática

esse conceito, a Empresa mantém parceria com o Instituto Akatu. O objetivo é equacionar

a eficiência operacional, com relativa diminuição do consumo de ativos ambientais, em

uma proposta para que a sociedade também participe dessa discussão e faça a sua parte.

Além disso, a VCP desenvolve um amplo trabalho de treinamento interno, para que os

funcionários absorvam esses conceitos de ecoeficiência.

A unidade Piracicaba possui 35 monitores ambientais de diversas áreas, que atuam na

conscientização e no direcionamento dos profissionais próprios e terceiros, para que

separem os resíduos perigosos e trabalhem de acordo com o padrão operacional, definido

com a área de meio ambiente da VCP.

Page 45: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 43

biodiVeRsidade

O Programa de Conservação de

Biodiversidade tem por objetivo conhecer,

identificar, monitorar e manejar a

biodiversidade contida nas áreas da

VCP, observando as particularidades da

região em alinhamento com as diretrizes e

operações da Empresa.

Atualmente, do total de área que a VCP

ocupa ou arrenda, aproximadamente

1.700 km2 constituem-se de áreas de

conservação, destes 230,8 km² estão

localizados dentro ou adjacentes a

áreas protegidas ou com alto índice de

biodiversidade e em 2008 foram restaurados

e preservados 23,37 km² de terras.

(GRI En11, En13)

A estratégia de conservação ambiental

fundamenta-se em dois fatores principais:

conhecimento do meio no qual a

VCP atua e definição das atividades

operacionais que são desenvolvidas

nestes ambientes. Constantemente são

realizados diagnósticos para verificação da

quantidade e qualidade das populações,

espécies ameaçadas e habitats, além

de monitoramento de emissões e ações

corretivas para desvios. A partir dos

levantamentos, é feito um planejamento

socioambiental das operações para

melhoria dos processos, visando reduzir os

impactos negativos e ampliar os positivos

e restaurar áreas para melhoria das

condições ambientais das reservas nativas,

incrementando recursos para a fauna e

flora. (GRI En14)

Dentre as ações implantadas para

viabilizar o Programa de Conservação da

Biodiversidade, destacam-se: o Projeto

Conserv-Ação que envolve o levantamento

de espécies da fauna e flora de todas as

áreas de conservação da VCP nas três

unidades florestais SP, MS e RS, bem

como monitorar os indicadores do estado

ambientais de cada uma.

um dos itens analisados é a presença de

espécies ameaçadas de extinção, para

tanto a VCP mantém o Programa de

Proteção de Espécies Raras e Ameaçadas

de Extinção, que inclui projetos específicos

nas unidades florestais com algumas

dessas espécies. Estes projetos são

definidos com base nos levantamentos

anteriores. Espécies ameaçadas estudadas

atualmente são o Pequi na unidade

Florestal Três Lagoas, o Muriqui (primata)

estudado na unidade Florestal de São

Paulo na região do Vale do Paraíba e o

papagaio-verdadeiro em Itapeva na região

de Capão Bonito.

O Projeto de Conservação do Papagaio-

Verdadeiro (Amazona aestiva) inclui,

além do monitoramento dos grupos e

censos periódicos, a instalação de 50

ninhos artificiais – tanto em áreas da VCP

como em propriedades vizinhas, pois a

proximidade destes ninhos das residências

diminui o número de saques causados por

aqueles que praticam o trafico de animais.

Em adição a isto os ninhos naturais são

monitorados e os filhotes anilhados.

Paralelamente ao estudo ecológico é

feito um trabalho de Educação Ambiental

para conscientização e sensibilização das

comunidades que vivem próximas às áreas

de ocorrência da espécie.

Informações sobre: Estratégia Climática – página 17 e Desempenho Ambiental – página 81

Agricultor, Sr. José Ferreira – Projeto Sementes do Futuro – unidade Florestal Capão Bonito – SP

Page 46: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200844

GESTãO SOCIALA Gestão Social da VCP é direcionada

para o relacionamento com seus públicos

de interesse – profissionais, governo e

sociedade e clientes – no que se refere à

excelência das iniciativas e respeito aos

direitos humanos.

PúbLiCo inteRno

desenvolvimento do capital humano

Em 2008, profissionais da VCP

participaram de atividades da Academia

de Excelência, criada para promover o

desenvolvimento das pessoas de forma

a sustentar a perenidade e a geração

de valor do Grupo Votorantim. Ela está

estruturada em três grandes centros

de capacitação: a Escola Introdutória,

focada na formação dos trainees e dos

profissionais do Grupo; o Centro de

Liderança, para desenvolvimento do

Perfil do Líder Votorantim; e os Centros

Técnicos, direcionados à formação e

preparação dos profissionais do Grupo

nas competências técnicas críticas para os

desafios dos negócios.

Com o objetivo de capacitar os novos

profissionais para atuação na fábrica

de celulose de Três Lagoas, houve

crescimento da média de horas de

treinamento por funcionário em relação

aos anos anteriores e maior concentração

para o público operacional.

Desde 2001, é mantido um Programa

de Especialização em Celulose e Papel

(nível de pós-graduação), criado com

o objetivo de proporcionar habilitação

técnico-científica aos profissionais,

desenvolvendo a capacidade de pesquisa

e criação nas áreas de conhecimento

da tecnologia de celulose e papel.

Desenvolvido em parceria com a

universidade Federal de Viçosa (uFV),

o programa tem carga horária de

390 horas.

Outra iniciativa é o Programa de

Formação em Técnico de Celulose e Papel,

para capacitar profissionais de nível

operacional. A primeira turma habilitou

72 profissionais, entre os anos de 2005 e

2007, com carga horária total de 3.270

horas e investimento de R$ 310.650,00. A

segunda turma, iniciada no ano de 2007

e com previsão para conclusão em 2009,

também está capacitando 72 profissionais.

Em 2008, foram aplicados R$ 4,6 milhões

em programas de treinamento, valor

12% acima do ano anterior. O número de

participações foi de 22.155, perfazendo

um total geral de aproximadamente

563.190 horas de treinamento.

empregabilidade – Dois programas

visam ao desenvolvimento contínuo

dos profissionais, apoiando sua

empregabilidade: concessão de bolsas de

estudos e de bolsas de idiomas. Eles foram

criados para possibilitar o crescimento

individual e o aprendizado organizacional,

além de amparar a atuação da Empresa

em âmbito global.

O programa de bolsa de estudos prevê

subsídio para cursos técnicos, de

graduação e pós-graduação. O programa

de idiomas concede bolsas principalmente

para o aprendizado de inglês. Em 2008,

foram contemplados 284 profissionais e o

valor investido foi de R$ 552.474,00 para

o Programa de Bolsa de Estudos. Para o

Programa de Idiomas, foram contemplados

89 profissionais, com o total investido de

R$125.149,96.

Desde agosto de 2007, a VCP investe

também em um projeto de Educação de

Jovens e Adultos (EJA), no Mato Grosso

do Sul, com o objetivo de capacitar

os profissionais que não concluíram

os ensinos Fundamental e Médio. A

Empresa cobre 100% do custo com

as mensalidades, além de ajuda para

transporte e lanche.

É mantida ainda uma política que prevê

o serviço de recolocação (outplacement) para os profissionais desligados de cargos

de gerência e diretoria, que varia de nove

meses a um ano. Em agosto de 2008, o

benefício foi concedido a profissionais

desligados em funções de coordenação,

após a reestruturação da área de Papel.

Em dezembro de 2008, foi promovido

um workshop de apoio à recolocação

para profissionais desligados nesses

níveis hierárquicos, em decorrência de

reestruturação de várias áreas. (GRI LA11)

Page 47: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 45

Crescimento individual e aprendizado

sobre a organização são os objetivos dos

programas de desenvolvimento contínuo,

que buscam ainda amparar a atuação

internacional da companhia. Em 2008,

as atividades de treinamento somaram

563,2 mil horas, com média de 194

horas de participação por profissional.

avaliação de desempenho – O Sistema

de avaliação SDV foi adotado de forma

coorporativa a partir de 2005, quando

começaram a ser avaliados os diretores-

presidentes das unidades de negócio

do Grupo. Desde então, passou a ser

disseminado para os demais níveis

hierárquicos, contemplando, até o

final de 2008, todos os gerentes,

coordenadores e consultores. no ano,

40,67% dos profissionais da VCP

receberam análise de desempenho e de

desenvolvimento de carreira. (GRI LA12)

Em 2008, foi realizado o 2º Ciclo de

Avaliações de Líderes, que constou de

autoavaliação, avaliação do gestor e de

subordinados. Para compor os resultados,

foram incluídas avaliações de potencial,

conduzidas pela consultoria Korn Ferry,

que permitiram elaborar uma matriz

nine Box, (nove quadros) que relaciona o

potencial de crescimento e o desempenho

desses profissionais. Foi realizado ainda

o mapeamento de sucessores para as

posições críticas, com a definição do Plano

de Desenvolvimento Individual (PDI).

Page 48: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200846

ComuniCação

A VCP preza pela transparência na

comunicação com seus públicos de

interesse e em especial com seus

empregados. Para isso, mantém vários

canais para prestar informações sobre

suas atividades e assuntos relevantes que

impactem a vida dos colaboradores. Entre

eles estão duas publicações: a revista

ÉVocê, publicada como encarte do jornal

do Grupo Votorantim nosso Grupo, e o

jornal Entre nós, com conteúdo específico

para cada uma das unidades da VCP.

A internet também tem sido utilizada

para comunicação rápida, por meio das

ferramentas de e-mail (Informe Executivo,

boletim Já, newsletter Votorantim Global e

Comunicado Departamento Informa) e do

Portal VCP net. Além desses canais, são

realizados eventos presenciais periódicos

– como o Encontro com o Presidente,

Encontro com a Diretoria e o Espaço

Aberto – e é mantida uma Ouvidoria,

aberta a todos os profissionais e demais

stakeholders da VCP.

O Encontro com o Presidente, realizado

uma vez por ano em cada unidade,

promove o diálogo direto entre os

profissionais e o diretor-presidente da

Empresa, em que são discutidos resultados

e desafios e abertas sessões de perguntas

e respostas.

Já o Espaço Aberto reúne mensalmente

líderes informais e formadores de opinião.

Críticas, sugestões, dúvidas e comentários

gerais são feitos abertamente e registrados

em ata distribuída aos gestores das

unidades e à Diretoria da Empresa, que

asseguram um retorno a respeito de todas

as questões registradas.

Sr. João – Fardo de Papel – unidade Piracicaba – SP

Diferentes canais promovem o diálogo

entre a VCP e seus profissionais, em um

processo que busca ampla transparência

na comunicação. Informações sobre as

atividades da empresa e fatos relevantes

dos negócios são temas de reuniões com

diferentes instâncias, de publicações

impressas, da internet e intranet.

Page 49: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 47

ContRatação LoCaL

Em todos os recrutamentos, a VCP prioriza a

busca de candidatos da cidade e/ou região,

sobretudo no Mato Grosso do Sul e no Rio

Grande do Sul. Apenas quando não consegue

preencher os pré-requisitos da vaga,

seleciona candidatos de outras localidades.

Para a parte operacional busca

recrutamento interno, com treinamento

específico para adequação à função. no

caso de Três Lagoas (MS), o treinamento

foi ministrado na unidade Jacareí, que

mantém a mesma natureza da fábrica então

em construção. Quando a Empresa não

tem estrutura interna, busca no mercado

profissionais com o perfil desejado.

A Companhia desenvolve também

programas de qualificação dos possíveis

candidatos. Em Três Lagoas (MS), foram

formadas 250 pessoas da comunidade

local em cursos técnicos de celulose,

química, mecânica, instrumentação e

eletrônica, pelo Serviço nacional de

Aprendizagem Industrial (Senai), para o

quadro de operações e manutenção da

fábrica de celulose.

Para atender à demanda, o Senai do

Mato Grosso do Sul fez parceria com

outros do Rio de Janeiro e de São Paulo.

A Companhia construiu/financiou dez

salas no Senai, que foram transferidas à

entidade no final do projeto.

Esse trabalho foi iniciado em abril de

2007 e finalizado em fevereiro de 2008. A

fábrica absorveu, em 2008, 107 pessoas

das 250 treinadas. O contingente não

aproveitado pelas áreas de operação

e manutenção tem sido absorvido por

prestadores de serviços, além de ser

avaliado para demais áreas, como DHO,

Logística e Colheita. (GRI EC7)

saúde e seGuRança oCuPaCionaL

Promover a saúde e a segurança dos

profissionais contratados é uma das

prioridades da VCP, que desenvolve

eficazes programas de treinamento e

prevenção de acidentes de trabalho.

O sistema de gestão de segurança e

saúde no trabalho prevê uma série de

ferramentas de prevenção de acidentes

e de doenças ocupacionais. Exemplos

são a Comunicação de Condições e

Práticas Abaixo do Padrão (Pockets), os

Formulários de Observação de Tarefa

(ORT) do Módulo de Comportamento

Seguro, as inspeções regulares e aleatórias

de segurança, o 5S Total – que inclui

aspectos relacionados ao cumprimento das

normas Regulamentadoras do Ministério

do Trabalho – e as reuniões de Comissão

Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)

e Comissão Interna de Prevenção de

Acidentes no Trabalho Rural (CIPA TR).

um Comitê Central de Segurança e Saúde

no Trabalho reúne-se mensalmente para

avaliar as condições de trabalho, identificar

pontos de melhoria e encaminhar

soluções. Ele é coordenado pelo gerente

corporativo de Higiene, Segurança e

Medicina do Trabalho e tem a participação

dos responsáveis técnicos pelas unidades

industriais e florestais (engenheiros de

segurança, técnicos de segurança, médicos

e enfermeiros do trabalho).

O Encontro com a Diretoria foi retomado em

2008. na ocasião, os profissionais puderam

conhecer melhor os desafios de cada área

de atuação através do diálogo com o líder

responsável pela operação e ainda foram

apresentadas as atividades de DHO.

Com o objetivo de manter o contato

e atendimento aos funcionários que

atuam na atividade florestal, a VCP criou,

em 2008 o DHO Móvel, uma equipe

dedicada que realiza visitas regulares

aos colaboradores que desempenham

atividades na área florestal, circulando nas

fazendas das 4h às 24h.

Os atendimentos visam suprir as

necessidades e esclarecer dúvidas dos

colaboradores em todas as funções de

Recursos Humanos, tais como Folha de

Pagamento, Benefícios, Remuneração,

Treinamento e Desenvolvimento, Segurança

do Trabalho, Comunicação e Inovação. no

ano, foram realizados 2.169 atendimentos

para mais de mil profissionais.

Page 50: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200848

Os Comitês de Segurança de Células

reúnem-se mensalmente, com a

participação de representantes de

segurança, de meio ambiente e de

ergonomia das células de produção. Cada

unidade também mantém um Comitê

de Gerenciamento de Segurança, cujas

reuniões têm periodicidade bimensal. É

conduzido pelo gerente-geral da unidade,

com a participação de todos os gestores e

do time de Higiene, Segurança e Medicina

do Trabalho. Em todas as reuniões dos

comitês são lavradas atas, enviadas para

todos os participantes e disponibilizadas

em rede. Há também um Comitê de

Segurança de Terceiros, com o objetivo

de avaliar as condições de trabalho dos

empregados terceirizados.

O percentual de empregados representados

em comitês formais de segurança e saúde

– compostos por gestores e trabalhadores

– que ajudam no monitoramento e

aconselhamento sobre programas

de segurança e saúde ocupacional é

superior a 75%. Desde 2004 com a

adoção do Sistema de Gestão de Saúde,

Segurança e Meio Ambiente do Sistema

de Gestão Votorantim (SGV), 100% dos

profissionais estão representados pelos

vários comitês da área de HSMT: comitês

de células, comitês de ergonomia,

comitês de qualidade de vida, comitê de

gerenciamento, CIPA e CIPA TR. (GRI LA6)

Os acordos sindicais preveem que

a empresa forneça gratuitamente

Equipamentos de Proteção Individual

(EPIs), treinamentos em caso de Incêndio

e direito de recusa ao trabalho por risco

grave ou iminente à integridade física do

profissional. (GRI LA9)

Em 2008, foram registrados 30 acidentes

com afastamento, com um óbito de terceiro

atingido por descarga elétrica durante

uma tempestade. nos últimos três anos

houve uma queda de 40% no número de

afastamentos e de 28,6% na taxa de lesões.

Todos os acidentes ou incidentes ocorridos

são tratados de acordo com sistemática

prevista pelo Sistema de Gestão de

SSMA, que inclui notificação Preliminar

de Acidente/Incidente, formulário em

que todos os acidentes e incidentes

são notificados para os profissionais de

segurança da VCP e para as lideranças de

2 a 24 horas após a ocorrência, de acordo

com sua gravidade.

Em um segundo momento, todos os

acidentes e incidentes são analisados e

investigados por meio da metodologia de

Árvore de Causas, com auxílio da Técnica

de Análise Sistemática de Causas

(TASC-DnV®). A partir dessa avaliação,

planos de ação são estabelecidos para

evitar a recorrência, conforme padrão

fixado pela Política Corporativa de

Segurança e pelo Sistema de Gestão de

SSMA do Sistema de Gestão Votorantim.

As condições de segurança são medidas

pelo Índice de Desempenho em

Segurança, que tem quatro variáveis

com pesos diferenciados. As variáveis

proativas (taxa de aplicação de ações de

segurança e índice obtido no programa

de Comportamento Seguro) recebem

peso maior que as variáveis reativas (Taxa

de Frequência de acidentes com e sem

afastamento e Taxa de Gravidade

de acidentes).

Com o suporte dessas ferramentas, a

Empresa busca diminuir o número de

acidentes e a Taxa de Frequência. A meta

é reduzir esse indicador para menos de um

acidente por 1 milhão de homens/horas

trabalhadas até 2010.

Page 51: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 49

Regras de Ouro de Segurança –

Procedimentos definidos com a

participação dos profissionais da Empresa

(próprios e terceiros) e que têm como

foco as atividades com risco de acidentes

graves. São definidas de sete a dez Regras

de Ouro em cada unidade ou processo. O

descumprimento das diretrizes inicia um

processo de gestão de consequências que

pode acarretar advertência e até mesmo

demissão. O objetivo é garantir que

todo e qualquer trabalho seja realizado

sob padrões absolutamente rígidos de

segurança, visando à preservação da saúde

e à qualidade de vida do profissional.

Movimento Alerta – Outra iniciativa

direcionada à conscientização dos

profissionais para a valorização da vida

é o Movimento Alerta. uma iniciativa do

Grupo Votorantim, ele visa padronizar a

comunicação em segurança para todas as

unidades do Grupo. A mensagem principal

está focada no slogan “Acidentes só

acontecem para quem passa dos limites”.

Trata-se de uma comunicação visual

bastante simples e objetiva que aborda

normas e procedimentos de segurança,

evitando a exposição desnecessária ao

risco e, portanto, zelando pela segurança,

saúde e pelo bem-estar individual e dos

colegas de trabalho.

Programa Estrada Segura – Desde 2004,

quando a VCP incluiu em seu Sistema

de Gestão de Saúde e Segurança os

terceiros fixos, tem registrado melhorias

no desempenho de segurança desse

público, verificadas também na forma de

crescimento do número de profissionais de

segurança locados nessas atividades.

uma das iniciativas de destaque nesse

processo é o Programa Estrada Segura.

Lançado em 2005, tem como objetivo

ampliar a segurança dos trabalhadores

das empresas prestadoras de serviços de

transporte, que percorrem juntas mais de

200 mil quilômetros por dia, com cargas

delicadas e muitas vezes perigosas, e inclui

a distribuição do jornal VCP na Estrada com Segurança.

Os resultados alcançados são positivos. Em

2006, o índice era de 1,58 acidente por

milhão de quilômetros rodados – padrão

mundial. Em 2007, caiu para 1,21 e, em

julho de 2008, baixou para 0,91.

PReVenção e ContRoLe de

RisCo de doenças (GRi La8)

O Programa + Vida, lançado em junho de

2003, visa favorecer uma atitude proativa

de todos os profissionais e seus familiares,

por meio de ações de promoção da saúde,

atividade física, lazer e cultura, buscando a

melhoria da qualidade de vida. A iniciativa,

pioneira, foi baseada no levantamento

dos hábitos de vida e de saúde dos

funcionários da VCP, por meio de exames

laboratoriais e questionário sobre estilo de

vida. O programa também possui métodos

para avaliar e acompanhar os resultados,

e em 2008, 8.347 profissionais e familiares

tiveram acesso a alguma atividade

do Programa.

Conduzido em quatro frentes (+Família,

+Saúde, +Movimento e +Cultura), o

programa conta com a participação

dos comitês instalados nas unidades,

constituídos por aproximadamente

40 profissionais que atuam de forma

voluntária. O +Saúde inclui ações como:

Orientação nutricional – Atendimento

individualizado com nutricionistas. Até o

final de 2008, a iniciativa havia atingido

2.675 profissionais, que juntos perderam

5.741,4 kg.

Programa para Gestantes – Em sete

módulos, o programa aborda assuntos

como gestação, sinais e sintomas

do trabalho de parto, tipos de parto

e anestesia, nascimento, puerpério,

amamentação, cuidados com o bebê e

interação mãe e bebê. O treinamento

é ministrado pelos profissionais de

enfermagem da empresa e aberto as

profissionais gestantes, esposas de

profissionais, provedoras gestantes e

esposas de provedores.

Saúde da Mulher – Ação de sensibilização

que, por meio de palestras e bate-papos,

aborda temas relevantes, como câncer de

mama e útero, TPM e direitos da mulher.

Saúde do Homem – A versão Saúde do

Homem engloba assuntos como exames

preventivos e controle do estresse.

Aids – A Empresa realiza anualmente

um evento de conscientização no Dia

Mundial de Luta contra a Aids (1º de

dezembro). Há também a abordagem do

tema por ocasião das Semanas Internas de

Prevenção de Acidentes, seja no âmbito

industrial, administrativo ou rural. Todos os

preceitos éticos pertinentes aos eventuais

portadores do vírus HIV ou da Síndrome da

Imunodeficiência Adquirida são seguidos

pelo serviço médico da VCP. A Empresa

garante o trabalho desses profissionais,

enquanto apresentam condições clínicas

e psicológicas compatíveis com sua

atividade profissional, sem qualquer tipo

de discriminação e prestando todo o

acompanhamento necessário.

Page 52: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200850

Tratamento para dependência química – É

mantido convênio com clínica especializada

para tratamento de dependência química,

tanto em regime de internação como

ambulatorial, que abrange todos os

profissionais próprios e seus

respectivos familiares.

Ergonomia – O processo ergonômico

da VCP foi pensado com o objetivo

de promover a melhoria gradativa e

consistente das condições de trabalho,

acompanhando sistematicamente as

mudanças tecnológicas, organizacionais

e processuais. Há comitês de ergonomia

compostos por profissionais das diferentes

áreas, que atuam voluntariamente no

desenvolvimento do mapa ergonômico

da Empresa, identificando pontos

críticos passíveis de melhorias, fazendo

o estudo do impacto financeiro das

possíveis mudanças e acompanhando as

queixas dos profissionais, identificando

nelas a existência de possíveis fatores

ergonômicos.

A abordagem feita pelo Processo

Ergonomia permite controlar o risco

pela introdução de mecanismos de

intensificação das tarefas ou instalação de

pausas compensatórias, além da ginástica

laboral, realizada em todos os setores da

Empresa duas vezes ao dia.

Paralelamente, é mantido em Jacareí um

serviço interno de fisioterapia, reabilitação

e condicionamento físico, para promover

melhor tratamento e pronta recuperação

dos profissionais acometidos por doenças

osteomusculares das mais diversas

etiologias, bem como propiciar um melhor

condicionamento físico.

Programa de Apoio ao Empregado

(PAE) – Introduzido em 2008, oferece

assistência profissional e confidencial a

qualquer tipo de problema que possa

comprometer a saúde e o bem-estar dos

profissionais VCP e de seus familiares.

Inclui assistência a problemas conjugais,

familiares, emocionais, financeiros, legais,

dependência de álcool/drogas e outros.

+Movimento – Ação de incentivo à

atividade física. A ginástica laboral está

implantada em 100% das unidades VCP.

Anualmente, a empresa realiza uma

semana dedicada à conscientização sobre

a importância da atividade física, até

mesmo através de mudanças simples de

hábito, como usar as escadas e percorrer

pequenas distâncias a pé.

+Família – Envolve ações educativas

com filhos de profissionais. Divididos em

duas faixas etárias – de 5 a 11 e de 12 a

17 anos –, o evento tem como objetivo

conscientizá-los sobre temas relacionados

à qualidade de vida, como alimentação

saudável, drogas e orientação sexual.

+Cultura – Promove ações de incentivo à

leitura, ao teatro e ao cinema.

PRÁtiCas tRabaLHistas

no final de 2008, a VCP mantinha 7.742

profissionais, entre próprios, terceiros

permanentes e temporários, além de

6.836 atuando em projetos, a exemplo da

construção da fábrica de celulose em Três

Lagoas (MS). Em relação ao ano anterior,

houve crescimento de 1,15% do quadro

geral e foram abertos 162 novos postos

de trabalho próprios.

O número de contratos de terceiros

permanentes diminuiu 1,5% em relação

a 2007, totalizando 4.838 profissionais.

Contudo, o número de contratos de

terceiros para projetos cresceu 56%,

grande parte em razão do avanço nas

obras do Projeto Horizonte. (GRI LA1)

Em 2008, 45% do quadro de pessoal

próprio da VCP era composto por

funcionários com até três anos de casa.

Do total, 83% eram homens e 17%

eram mulheres, sendo 37% deles com

idades entre 31 e 40 anos. A taxa de

empregados com nível de escolaridade

superior era de 34%; a maioria, 51%,

possuía nível médio.

Durante o ano, 824 profissionais

deixaram a Companhia e o quadro médio

de empregados manteve-se em 2.823

pessoas, representando um turnover de 29,19%.

Page 53: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 51

GênERO

83%

17%

ESCOLARIDADE

15%

51%34%

TEMPO DE SERVIçO (AnOS)

45%

24%

9%

22%

IDADE (AnOS)

35%6%22%

37%

PeRFiL do PRoFissionaL PRÓPRio VCP

HOMEnS

MuLHERES

ATÉ 3

DE 4 A 10

DE 11 A 20

ACIMA DE 20

FunDAMEnTAL

MÉDIO

SuPERIOR

DE 18 A 30

DE 31 A 40

DE 41 A 50

ACIMA DE 50

Page 54: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200852

RemuneRação

A política salarial da VCP se baseia nos

acordos coletivos e em pesquisas de

mercado realizadas anualmente pelo

Grupo de Recursos Humanos das empresas

do segmento papeleiro e de celulose.

Além de remuneração fixa, mantém

programas de incentivo, como participação

nos resultados (PPR), oferecido aos

funcionários em virtude da superação de

metas estabelecidas e de remuneração

variável (PRV), que contempla profissionais

em cargos executivos. (GRI LA3)

beneFíCios

Para agregar mais qualidade de vida

aos profissionais contratados, com

prazo determinado (temporário) ou

indeterminado, a VCP oferece um pacote

de benefícios adicionais: (GRI LA3)

• Assistência odontológica;

• Kit escolar;

• Auxílio-creche;

• Auxílio por filho especial;

• Seguro de vida;

• Auxílio-funeral;

• Convênio farmácia (unidades fabris

e florestais);

• Brinquedos de natal;

• Assistência médica;

• Vale-refeição (somente no

escritório central);

• Alimentação em restaurante próprios

(unidades fabris e florestais);

• Cartão-alimentação;

• Transporte fretado (unidades fabris

e florestais);

• Vale-transporte.

TOTAL DE COLABORADORES SInDICALIZADOSOutro benefício é o plano de previdência

privada VotorantimPrev, mantido pela

Fundação Senador José Ermírio de

Moraes (Funsejem), entidade fechada

sem fins lucrativos, auditada por auditor

independente e regularmente pelo Conselho

Fiscal. Os participantes optam por um

percentual de contribuição que varia de

0,5% a 6% do salário e a patrocinadora

efetua contrapartida das contribuições, que

são limitadas a 1,5% para quem ganha até

15 unidades de Referência do Plano. Aos

que estão acima dessa faixa, a Empresa

contribui até o limite de 6%. O custo da

patrocinadora pode variar de acordo com

as alterações do percentual de contribuição

dos participantes.

ReLaçÕes Com a emPResa

Todos os funcionários próprios da VCP são

contratados em regime de Consolidação

das Leis Trabalhistas (CLT) e abrangidos

pelos Acordos ou Convenções Coletivas,

independentemente de sua condição

de associado ou não a sindicatos de

trabalhadores ou de tempo de empresa.

(GRI LA4)

A VCP procura manter o prazo de 11

semanas para notificação referente a

mudanças operacionais, apesar de esse

aspecto não estar especificado em acordo

coletivo. As mudanças operacionais são

avaliadas sob duas dimensões: construção

da mudança e operacionalização após a

mudança. (GRI LA5)

Em nenhuma atividade desenvolvida na VCP

há risco de os empregados não exercerem

sua liberdade de opção para se associar

ou não a qualquer entidade reconhecida

legalmente. As negociações coletivas

acontecem sempre com a representação do

sindicato de trabalhadores da categoria,

o que dá legitimidade aos acordos ou

convenções firmadas. O Código de Conduta

garante esses direitos e respeita essa

liberdade. (GRI HR5)

1.171

2006 2007 2008

757677

Page 55: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 53

diVeRsidade e iGuaLdade de

oPoRtunidades (GRi La13 e La14)

Em 2008, a VCP deu sequência ao

programa iniciado em 2006 para

contratação de pessoas portadoras de

deficiência, seguindo a legislação que

prevê destinar de 2% a 5% dos postos de

trabalho a profissionais com esse perfil, de

acordo com o número total de funcionários

da unidade. no fim do exercício, 102

pessoas com deficiência integravam o

grupo de profissionais próprios da VCP.

Segundo o último censo de profissionais,

realizado em 2008, que coletou dados

sobre o perfil de cor com base na

autodeclaração, 84,4% das pessoas

empregadas diretamente pela VCP são

brancas, 14,5% negras (pretas ou pardas)

e 0,9% amarelas.

diReitos Humanos

O respeito aos direitos humanos guia

o relacionamento da VCP com seus

diversos públicos, é um de seus valores

e considerado tema fundamental no

desenvolvimento de suas atividades. As

diretrizes éticas e de garantias de respeito

à vida estão reunidas no Código de

Conduta, que dissemina o posicionamento

da VCP e de todas as empresas do Grupo

Votorantim contra quaisquer tipos de

constrangimento.

no acompanhamento dessas questões

atua a Ouvidoria, responsável por orientar

os profissionais e as partes interessadas na

busca de esclarecimentos e soluções para

assuntos de caráter ético, comportamental

ou em desacordo com o Código de

Conduta. Em 2008, a Ouvidoria recebeu

a denúncia de um caso de discriminação

racial na unidade Três Lagoas. A ação

foi presenciada por vários profissionais

do local e resultou na dispensa do autor

da infração, um exemplo prático do

funcionamento da política, gestão e

mecanismos de controle. (GRI HR4)

Também é promovida a capacitação

dos profissionais em direitos humanos

– atividade em que o número de horas

praticamente triplicou de um ano para o

outro. Adicionalmente, 100% do pessoal

de segurança é submetido a treinamento

nas políticas ou procedimentos da

Organização relativos a aspectos de

direitos humanos relevantes para as

operações, anualmente. (GRI HR8)

Alexandre, José Antônio, Devair, Felipe, Edson Carlos, Julio e André Mauricio em treinamento da Brigada de emergência na unidade Piracicaba – SP

Page 56: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200854

GoVeRno e soCiedade

Políticas e práticas sociais

O relacionamento da VCP com seus

diferentes públicos é pautado por diretrizes

que prezam pela ética e pela transparência.

Atuando de forma responsável e sempre

aberta ao diálogo, busca atender às

necessidades e expectativas de todas as

partes envolvidas em seus negócios.

O cumprimento de leis, normas e

compromissos assumidos está baseado

no Código de Conduta, que assegura a

integridade, qualificação e valorização

dos profissionais.

Esses princípios também se aplicam às

práticas trabalhistas e de trabalho decente,

na busca de garantia aos direitos humanos,

na gestão da cadeia produtiva e nos

relacionamentos com governos, sociedade e

comunidades com as quais interage.

Da mesma forma que põe em prática essa

filosofia, a VCP também a exige de seus pares

de negócio. Os contratos com fornecedores

e demais parceiros são rigorosamente

fiscalizados, a fim de que todas as obrigações

sociais sejam cumpridas.

Para se aproximar ainda mais do público

externo, a Companhia criou a Ouvidoria

que, entre outras funções, atua como canal

de denúncias relacionadas à atuação da

VCP e à conduta de seus profissionais.

Além da Ouvidoria, a VCP disponibiliza

a Linha Verde, em Jacareí e linhas

“0800”, canais de contato para partes

interessadas situadas em localidades

onde VCP atua que permitem o registro

de informações, demandas ou sugestões

das comunidades às equipes de meio

ambiente florestal e industrial.

Gestão de impactos (GRi so1)

Em 2008, a VCP colocou em prática

programas para avaliar os impactos diretos

e indiretos de seu manejo florestal em

comunidades locais. O processo considera

os aspectos antes, durante e depois

das operações.

uma das medidas adotadas no ano foi a

comunicação prévia com as comunidades

sobre a passagem dos caminhões de carga.

Agentes da VCP vão até essas localidades

e discutem a melhor maneira de executar a

tarefa, causando o menor impacto possível

no dia a dia da população local.

Em Jacareí, as principais ocorrências são

reclamações quanto ao odor e ruídos no

entorno. Em relação aos ruídos, a unidade

minimizou as ocorrências por meio de

investimentos em sistemas abafadores.

Quanto ao odor, o nível tem-se mantido

constante, sem grandes variações. não há

registro de reclamação sobre a produção

de papel em Piracicaba.

Cronogramas e ações preventivas e

corretivas, resultantes do processo de

facilitação do diálogo, são registrados

no sistema de gestão on-line da VCP.

Da mesma forma, todas as reuniões e

ações realizadas nas comunidades são

documentadas em atas e planilhas que

ficam arquivadas no Departamento

Florestal, em São Paulo.

Page 57: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 55

Cidadania e filantropia corporativa

A VCP possui uma política corporativa que

estabelece critérios para doações, inclusive

de caráter político-partidário. O documento

está disponível na intranet da Companhia e

deve ser seguido por todos os funcionários.

O processo baseia-se no manual A responsabilidade social das empresas no processo eleitoral, publicado pelo Instituto

Ethos e pela Transparency International.

Em 2008 a VCP doou R$ 255.128 a

projetos sociais.

A legislação vigente sobre financiamento

de campanhas eleitorais e de partidos

políticos indica que doações de empresas

para comitês financeiros são limitadas a

2% do faturamento bruto do ano anterior

à eleição. no caso da VCP, em 2008 o

percentual de doações para partidos

políticos representou 0,023%.

no site do Tribunal Superior Eleitoral

são divulgados os nomes de todos os

candidatos que receberam doações da

Empresa, com o respectivo valor doado

e informações sobre o número da nota

Fiscal. Além disso, para o público interno

envolvido no processo foram divulgados

os nomes dos candidatos que receberam

a aprovação da Diretoria. A doação é

basicamente em forma de papéis. Em

2008, três candidatos também receberam

doações em dinheiro. (GRI SO6)

Relações com a comunidade

no processo de comunicação aberta adotado

pela VCP, o diálogo com as comunidades

das regiões nas quais está presente é parte

importante das tomadas de decisão. A

Companhia busca participar ativamente

da discussão de problemas locais e do

encaminhamento de soluções, assim como

contribuir com melhorias na infraestrutura

que favoreçam o desenvolvimento local.

nesse sentido, o controle dos impactos

é passo fundamental nos negócios. Em

1998, a Empresa criou o Programa de

Educação Ambiental e Relacionamento

com a Comunidade, que funciona por meio

de núcleos de Educação Ambiental (nEAs).

Além de serem centros disseminadores de

informações ambientais, os nEAs também

funcionam como ponto de apoio para

esclarecer dúvidas das comunidades em

relação aos processos produtivos e à atuação

da Empresa. Contam ainda com bibliotecas

e realizam diversas atividades educacionais e

culturais. no final de 2008, a VCP mantinha

sete núcleos, localizados em Santa Branca (SP),

dois em Capão Bonito (SP) – sendo um na

fazenda e outro na cidade –, em Jacareí (SP),

Piracicaba (SP), Três Lagoas (MS) e Capão do

Leão (RS), além de uma unidade móvel, criada

para percorrer os municípios de atuação no

Vale do Paraíba, no interior de São Paulo.

Com foco em educação ambiental, a VCP

desenvolveu o Jornaleco, um informativo

mensal voltado para escolas da rede pública

de ensino, onde a VCP possui fábricas

e bases florestais (formato impresso). O

público do informativo é formado por

alunos e professores da rede pública de

ensino (estaduais e municipais) e filhos de

profissionais próprios e provedores.

Page 58: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200856

diReitos indíGenas

Pela primeira vez em 20 anos, a VCP está

próxima a uma comunidade indígena.

Trata-se da Tribo Ofaié, ou Povo do

Mel, localizada no município de Três

Lagoas. A VCP abraçou a causa e iniciou

um projeto de regularização da escola

existente na tribo e resgate da língua-

mãe. O projeto, executado em parceria

com a OnG Instituto Cisalpina, conta

com a participação de antropólogos das

universidades de Campo Grande e Brasília.

Seus objetivos são:

• Regularização da escola;

• Introdução do Ensino Fundamental

completo, para as crianças em idade

regular de ensino-aprendizagem

(6 a 14 anos);

• Introdução da Educação de Jovens e

Adultos (EJA), para adolescentes, jovens

e adultos (maiores de 15 anos);

• Execução de cursos instrumentais;

• Execução de oficinas de prevenção de

DST/Aids.

O projeto é de longo prazo. As primeiras

reuniões com a tribo foram realizadas

em 2008, para levantar as necessidades

e expectativas de seus integrantes. não

há informação de casos de violação de

direitos dos povos indígenas. (GRI HR9)

diReitos Humanos

A VCP está ciente dos riscos de contratação

de mão de obra infantil e de trabalho

forçado nas atividades industriais e

florestais e adota diversas medidas para

mitigá-los, como Minuta Contratual e

Avaliação de Responsabilidade Social. Todos

os contratos firmados com fornecedores

locais e demais parceiros de negócios são

acompanhados do Código de Ética, que

rechaça qualquer prática discriminatória ou

em desacordo com a legislação vigente. Os

fornecedores internacionais também são

convidados a responder o documento de

avaliação. O contrato traz ainda cláusula

específica sobre a proteção ao trabalho,

rejeitando o trabalho escravo e exigindo que

sejam cumpridas as legislações trabalhista

e previdenciária, além de observações

aos diretos humanos. A Empresa também

é signatária do Pacto de Erradicação do

Trabalho Escravo. (GRI HR1, HR6, HR7)

Ana Paula e Fabíola Andresa, alunas de uma escola local, em atividades no núcleo de Educação Ambiental (nEA) da unidade Jacareí – SP

Page 59: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 57

instituto VotoRantim

A VCP atua alinhada às diretrizes do

Instituto Votorantim, criado em 2002 com

o objetivo de qualificar o investimento

social do Grupo Votorantim. A decisão

de constituí-lo veio fortalecer sinergias

entre as empresas e identificar e

aproveitar oportunidades de gerar valor

para a sociedade, promovendo esforços

em torno de uma causa comum: a

juventude. Atualmente, atua no campo da

Responsabilidade Social Corporativa (RSC),

estimulando internamente princípios e

boas práticas de sustentabilidade.

Os programas direcionados à juventude

são definidos como “rotas”. Criando rotas

para o futuro, o Instituto sugere caminhos,

oferecendo aos jovens oportunidades

nos campos da educação, do trabalho,

da cultura e do esporte, bem como no

fortalecimento de direitos e no incentivo

aos jovens talentos que se destacam

em seus diversos projetos pelo Brasil.

na atuação em educação, o objetivo é

elevar a escolaridade do jovem para o seu

desenvolvimento continuado, por meio de

um ensino de qualidade.

inVestimento soCiaL exteRno

Anualmente, a VCP destina parte de seus

recursos para projetos sociais, ambientais

e culturais de interesse público. O repasse

segue os parâmetros do Investimento

Social Privado ou Externo (ISE) e está

em consonância com as estratégias

e diretrizes definidas pelo Instituto

Votorantim, que orienta as ações de todas

as empresas do Grupo.

O foco de atuação do Instituto é o

desenvolvimento de jovens, entre 15 e 29

anos, nas áreas específicas de educação,

trabalho, cultura e esporte. O objetivo é

fornecer educação complementar (arte,

cidadania, inclusão digital e reforço escolar,

entre outros), visando à qualificação

profissional e inserção no mercado.

Em 2008, a VCP destinou às iniciativas de

ação social R$ 1,6 milhão. O foco está em

ações relacionadas à geração de trabalho

e renda, em projetos da Empresa e de

parceiros, e o restante a doações para

ações específicas selecionadas. Seguindo

essa política, os principais projetos

desenvolvidos no ano foram:

PRoGRamas aPoiados (GRi eC8)

Programa objetivos beneficiários Resultados esperados

Área industrial

Geração

(Capão Bonito/ SP)

Investimento:

R$ 293,2 mil

Consolidar o Projeto Geração como ação no ambiente escolar e com

recursos da Secretaria de Educação do município de Capão Bonito (SP).

30 jovens e dois educadores por grupo; 120 jovens, de 15 a 17 anos

(cursando a partir da 7ª série).

Criar capacidade instalada na Secretaria para que o projeto se transforme em política pública;

adaptar e aprimorar o projeto-piloto desenvolvido em parte das escolas de Capão Bonito para todo o município.

Inclusão Digital

(Capão Bonito/ SP)

Investimento:

R$ 45 mil

Proporcionar a apropriação de tecnologias da informação,

promovendo a capacitação para o mercado de trabalho; colaborar para o desenvolvimento pessoal e profissional

de adolescentes.

400 alunos, de 13 a 18 anos.400 alunos formados em

Capão Bonito (SP).

Page 60: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200858

Centro de Educação Profissionalizante (CEP)

(Piracicaba, Saltinho e Rio das Pedras/ SP)

Investimento: R$ 122,4 mil

Capacitar o menor aprendiz assistido pela Guarda Mirim de Piracicaba como assistente administrativo, possibilitando sua inserção no mercado de trabalho por meio

de programa socioeducativo profissionalizante; desenvolver senso

crítico, incentivando a associação entre o conteúdo teórico e a prática de

aprendizagem; proporcionar melhor desempenho escolar no ensino regular.

270 jovens, de 16 a 18 anos, cujas famílias têm renda de até quatro

salários mínimos.

Atingir 100% dos jovens inseridos na Associação da Guarda Mirim

de Piracicaba (SP); obter 40% de contratação pela empresa na qual o menor aprendiz realizou sua prática

de aprendizagem.

Adolescente Aprendiz

(Três Lagoas/ MS)

Investimento: R$ 104,5 mil

Capacitar jovens de Três Lagoas com apoio do Serviço nacional de

Aprendizagem Industrial (Senai); promover sua inserção no mercado de

trabalho; diminuir a evasão escolar; atenuar os riscos a que os jovens

estão expostos.

150 jovens, de 18 a 23 anos.Inserção de 150 jovens (aprendiz do

projeto no mercado de trabalho).

Teen Barulho

(Salesópolis/ SP)

Investimento: R$ 62,8 mil

Promover as inclusões social e ambiental de adolescentes,

proporcionando-lhes, por meio de oficinas de teatro, canto, música e artesanato, oportunidades de

exteriorizarem seus sentimentos; atuar efetivamente na prevenção

dos problemas de gravidez precoce, drogas, DST e Aids, exploração

sexual infantil e juvenil e outros decorrentes da ociosidade, como baixo

autoconceito e falta de perspectiva e projeto de vida.

50 jovens, de 15 a 17 anos.Despertar o interesse dos jovens

por questões sociais e ambientais do município.

Fatec – Tecnólogo em Silvicultura (Capão Bonito/ SP)

Investimento:

R$ 1.000 mil

Viabilizar o curso de nível superior – Tecnólogo em Silvicultura, no Centro Paula Souza; atuar efetivamente

em parceria com o poder público e outras empresas na expansão da

educação profissional gratuita de nível tecnológico e na diversificação das

atividades florestais na região de Capão Bonito, que apresenta alta vocação

florestal; participar da construção do laboratório, aquisição dos

equipamentos e da compra de livros para a biblioteca.

60 jovens, de 18 a 21 anos (quatro turmas por ano, com

vestibulares semestrais).

Valorização das atividades florestais por meio dos usos múltiplos

da madeira; oportunidade de capacitação dos funcionários da VCP

e de terceiros; investimento social externo com potencial transformador

regional com alcance florestal.

Page 61: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 59

Marcus Vinicius, estudante, em visita à Biblioteca do nEA da unidade Jacareí – SP

Via VotoRantim (GRi eC8)

uma das maneiras de investir na juventude

é destinar recursos aos Fundos dos Direitos

da Criança e do Adolescente (FIA). O

mecanismo, instituído pelo Estatuto da

Criança e do Adolescente (ECA), estimula os

contribuintes a direcionar parte do Imposto

de Renda devido aos programas e projetos

de atenção aos direitos desse público.

Desde 2004, as empresas do Grupo

Votorantim adotam a prática e, a partir de

2006, foi estruturado o Via Votorantim,

um programa que integra e alinha todas

as destinações ao FIA, assegurando o

encaminhamento de recursos a programas

de qualidade.

O grande diferencial do programa é o

acompanhamento dos projetos apoiados,

com oficinas de capacitação para

profissionais das entidades responsáveis

por sua execução e membros dos Conselhos

Municipais dos Direitos da Criança e do

Adolescente (CMDCA), fortalecendo a rede

de proteção à criança e ao adolescente

dos municípios atendidos. Além disso, o

programa envolve diretamente funcionários

da Votorantim no acompanhamento dos

projetos apoiados, por meio de visitas e

relatórios de monitoramento. Em 2008,

foram desenvolvidos os seguintes projetos:

Projeto Vida – Seu objetivo é recuperar

a autoestima de crianças e adolescentes

que apresentam desinteresse pela escola,

falta de motivação e de perspectiva e que

estão expostos ao mundo das drogas.

Desenvolvido em Arroio Grande (RS),

visa alcançar crianças e adolescentes dos

bairros mais críticos do município. As

atividades incluem:

• Práticas esportivas (futebol, vôlei,

basquete e capoeira);

• Oficina de dança, teatro, música,

serigrafia e confecção de brinquedos;

• Oficinas de saúde e higiene;

• Oficinas de leitura e informática;

• Dinâmicas de grupo e palestras sobre

autoestima, socialização, sexualidade,

prevenção do uso de drogas e Doenças

Sexualmente Transmissíveis;

• Oficinas direcionadas aos familiares.

unidade acolhedora da Criança e

do adolescente – O Conselho Tutelar

do município de Brasilândia (MS) tem

aplicado medidas de proteção às crianças

e adolescentes que sofrem negligência,

violência e maus tratos no ambiente

familiar, são abandonadas ou precisam

ser afastadas da família de origem. nesse

contexto, o projeto tem como objetivo

oferecer abrigo qualificado, com proteção,

cuidados e acompanhamentos psicológico

e social que atendam às necessidades

básicas das crianças e dos adolescentes.

As atividades incluem:

• Abrigamento;

• Cursos e atividades de artes, recreação

e lazer;

• Reforço escolar e apoio à frequência e

assiduidade escolar;

• Palestras, reuniões e atendimentos

dirigidos aos familiares;

• Ações direcionadas à restituição dos

vínculos familiares.

Page 62: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200860

jovem aprendiz – Em Cerrito (RS),

muitas famílias estão na linha de extrema

pobreza por falta de trabalho. nesse

contexto, muitos jovens são impedidos

de continuar os estudos, não têm acesso

a vestuário e material didático e incidem

em problemas como gravidez precoce, uso

abusivo de álcool e drogas, isolamento e

depressão. Alguns cometem delitos e são

recolhidos em unidades de internação.

Para enfrentar essa situação, o projeto

promove a inclusão de adolescentes no

mercado de trabalho, proporcionando-lhes

novos conhecimentos, motivação e resgate

da autoestima, cidadania e dignidade. As

atividades incluem:

• Apoio aos adolescentes para

regularização de documentação;

• Cursos de informática e relações

humanas;

• Acompanhamento dos jovens nos

locais de trabalho e avaliações com os

contratantes;

• Encontros mensais para troca de

experiência;

• Palestras sobre sexualidade e prevenção

ao uso de drogas.

Formando jovens para o Futuro – O

município de Monteiro Lobato (SP) abriga

muitas famílias pobres e com dificuldade

de acesso à profissionalização. Esse quadro

se estende aos jovens, que se encontram

desmotivados e expostos a problemas

como alcoolismo, dependência química,

gravidez precoce e envolvimento em

infrações. O projeto pretende proporcionar

aos adolescentes e a seus familiares

atividades de qualificação profissional e

oportunidade de inserção no mercado

de trabalho.

As atividades incluem:

• Cursos profissionalizantes nas áreas de

mecânica e elétrica, incluindo temas

como meio ambiente e saúde, qualidade

total, matemática aplicada, informática,

empreendedorismo, ética e cidadania.

• Cursos profissionalizantes para familiares

na área da construção civil.

abrigo municipal – O projeto, executado

em Santa Branca (SP) tem por objetivo

abrigar provisoriamente crianças e

adolescentes vítimas de maus tratos ou

abuso sexual, órfãos e abandonados,

enquanto seus pais ou responsáveis se

estruturam para recebê-los novamente.

Inclui a oferta de atendimento

qualificado, infraestrutura adequada e

apoio lúdico-pedagógico que promovam

o desenvolvimento desse público. As

atividades incluem:

• Abrigamento;

• Aulas de dança, música e informática;

• Atividades de reforço escolar;

• Encaminhamento para outras atividades

socioeducativas da rede pública de

atendimento.

Centro de informática educativa –

Taquarivaí, na região de Capão Bonito (SP)

apresenta altos índices de vulnerabilidade

e pobreza. nesse contexto crescem as

ameaças aos adolescentes, expressas no

contato com as drogas, abuso sexual e

falta de oportunidades de qualificação

profissional. Assim, o projeto busca

fornecer aos adolescentes mais

vulneráveis suporte psicossocial e

iniciativas de qualificação profissional.

As atividades incluem:

• Construção de um espaço físico de

atendimento em terreno cedido pela

Prefeitura Municipal;

• Curso de informática;

• Atividades de reforço escolar;

• Palestras sobre sexualidade, DST e

dependência química;

• Atendimento psicossocial aos

adolescentes e a seus familiares.

Page 63: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 61

demoCRatização CuLtuRaL (GRi eC8)

A VCP também investe em projetos que tornem o jovem participante da cultura, possibilitando seu acesso a experiências artísticas. Por meio

do Programa para Democratização Cultural, desenvolve uma série de atividades direcionadas à população de baixa renda, especialmente

jovens, em regiões com poucas opções e aparelhos culturais.

PRojetos CuLtuRais

ação descrição

Biblioteca Pública PelotenseRestauração, recuperação e modernização do edifício histórico da biblioteca, caracterizada por um rico acervo

documental, de grande importância para a história do Brasil.

Caravana do Cinema Brasileiro

Realização de mostra gratuita de cinema, com a produção nacional recente, em escolas, centros comunitários, praças e ruas, seguidas de debate com o público acerca dos temas retratados nos filmes. Acontece em 32

municípios do Vale do Paraíba, Litoral norte e Serra da Mantiqueira, todos no Estado de São Paulo, que não possuem sala de cinema.

Circuito EstradaforaCaravana inflável itinerante que compreende exibições de filmes nacionais, apresentações teatrais, realização

de palestras para educadores da rede pública de ensino, além de atividades com artistas locais, como saraus e apresentações musicais.

Concertos pelo Brasil

Realização de 84 concertos de músicas erudita e instrumental em 43 cidades de 12 estados. O projeto visa oferecer à sociedade apresentações gratuitas das Orquestras Bachiana Jovem, Orquestra de Câmara do Estado de Mato

Grosso, além de outros grupos nacionais e internacionais. As apresentações serão realizadas em locais públicos como forma de comemorar os 90 anos do Grupo Votorantim.

III Festival de Cinema de Guararema

Realização de um festival de cinema com projeções gratuitas de filmes de curta e longa metragens. O evento conta com oficinas de produção audiovisual, exibições diurnas e noturnas (praça pública e Teatro Municipal), debates com

cineastas e personalidades, seminários sobre meio ambiente, além de passeios ecológicos.

Kinema: Linguagem Audiovisual e Educação

Formação em audiovisual para estudantes e professores da rede pública da região do Vale do Paraíba. Compreende também formação de acervo audiovisual e exibição de filmes.

Quadra – Pessoas e IdeiasFormação e desenvolvimento artístico de jovens na área de dança contemporânea, além de intercâmbios nacional e internacional de ideias para o desenvolvimento humano (eventos, discussões, debates) envolvendo instituições,

pesquisadores, estudantes e a comunidade no aprimoramento da Pesquisa de Tecnologia do Convívio.

Som MaiorRealização do Festival de Música Estudantil, além de oito workshops de música, teatro e literatura

e um show cultural no Teatro Municipal de Piracicaba.

Page 64: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200862

PouPança FLoRestaL

O Poupança Florestal é um programa de

inclusão social e distribuição de renda que

consiste em financiar toda a cadeia de

produção do eucalipto, desde o preparo

do solo até o fornecimento de mudas

de última geração e assistência técnica

pela Emater/RS-Ascar. A agrossilvicultura

(plantio consorciado de outras culturas nas

lavouras de eucalipto) é incentivada por

meio da doação de sementes, estimulando

a fixação do homem no campo. no

ano passado, mais de 56 toneladas de

sementes foram doadas a partir do projeto-

satélite Floresta à Mesa, beneficiando 162

produtores. Desde 2006, 485 produtores já

foram beneficiados com a doação de 176

toneladas de sementes, em uma área de

9.365 hectares.

A VCP garante a compra da madeira a

preço predeterminado e corrigido pelo

mesmo índice aplicado no financiamento.

Convênio firmado com o Banco Real

assegura taxas de juros competitivas para

os produtores, não exige a propriedade

como garantia e permite a utilização de

mão de obra familiar remunerada.

Os mais de 700 participantes do

programa passaram por treinamento

no Centro Regional de Qualificação de

Produtores Rurais de Canguçu (Cetac),

da Emater/RS-Ascar, onde receberam

aulas práticas e teóricas sobre manejo

e legislação ambiental. Ao todo, o

Poupança Florestal abrange 28 municípios

da metade Sul do Estado.

O programa valeu à VCP a inclusão no

relatório Creating Value for All: Strategies

for Doing Business With the Poor (Criando

Valores para Todos: Estratégias para Fazer

negócios Com os Pobres), produzido

pelo Programa das nações unidas para o

Desenvolvimento (PnuD). A Companhia

foi uma das três empresas brasileiras

relacionadas no estudo inédito que

apresenta diferentes exemplos de como

o setor privado está trabalhando para

reduzir a pobreza e contribuindo para o

desenvolvimento humano.

O estudo concentrou-se nas ações que

podem ser adotadas para incluir as

pessoas de baixa renda no mercado global,

como consumidores, trabalhadores e

produtores. O relatório demonstra ainda

os desafios de fazer negócio em mercados

caracterizados pela falta de infraestrutura

e de informação e relata como as empresas

lidam com essas dificuldades.

Page 65: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 63

IMPOSTOS E InVESTIMEnTOS nO MSno Mato Grosso do Sul, a construção da nova fábrica de celulose – Projeto Horizonte – significa um acréscimo importante de recolhimento de impostos para Estado e município. Do total de investimentos, cerca de 20% correspondem a equipamentos importados; cerca de 35% foram utilizados para a compra de equipamentos da indústria nacional; e aproximadamente 15% custearam as obras civis.

Para sustentar este investimento, a Companhia atuou em 16 programas ambientais na região. Entre os principais projetos desenvolvidos estão: qualificação da mão-de-obra regional; recuperação da vegetação natural; adequação de infra-estrutura e saúde; educação ambiental e relacionamento com a comunidade. As parcerias e incentivos realizadas com o Estado e municípios da região também foram fatores decisivos para que a nova fábrica fosse construída com indicadores econômicos e sociais de desenvolvimento.

imPaCtos indiRetos (GRi eC9)

Várias iniciativas foram adotadas pela

VCP na gestão dos impactos econômicos

indiretos decorrentes de sua atividade. As

ações concentraram-se em Três Lagoas,

no Mato Grosso do Sul, mas envolveram

também operações realizadas no estado

de São Paulo. Os impactos econômicos

indiretos são causados basicamente por

ações e programas de capacitação para

as comunidades do entorno das fábricas

e florestas. As iniciativas compreendem

projetos de caráter socioambiental, na busca

do desenvolvimento sustentável do negócio.

Programa ieL (instituto euvaldo Lodi)

– Tem como objetivo qualificar empresas

fornecedoras para adequação às exigências

do mercado em atendimento e qualificação

técnica. Iniciado em junho de 2008,

beneficiou 19 empresários do município

de Três Lagoas que atuam em diversos

segmentos (construtoras, floricultura,

empresas de informática, gráficas, bebidas,

agência de publicidade, vidro e decoração,

mecânica, restaurantes, florestal,

iluminação e financeira). Com investimento

R$ 54 mil, a expectativa é desenvolver

fornecedores locais, estimulando melhoria

e modernização na gestão das empresas,

incremento da competitividade, novos

negócios, novos mercados, transparência

dos critérios técnicos exigidos pelo

mercado para fornecimento e qualificação

da prestação de serviço.

Projetos Colmeias e apicultura

integrada e sustentável – Colocam

as florestas de eucaliptos da VCP à

disposição para a produção de mel.

Incluem programas de formação de

apicultores, de capacitação em gestão do

negócio e rastreabilidade da produção;

construção de infraestrutura para colheita

e beneficiamento dos produtos apícolas;

criação de indicadores da produtividade

de mel; e fortalecimento da atividade

apícola. Desenvolvido em Capão Bonito

(SP), desde 2005, pela Associação de

Produtores Rurais do Bairro dos Moreiras

(Aprubam), com o apoio da VCP, o

Colmeias foi estendido para Itapeva e

Itapetininga. Em 2008, contava com 42

apicultores diretamente envolvidos no

projeto, que utilizam 17 mil hectares de

florestas de eucalipto (pasto apícola).

Entre 2005 e 2007, foi administrado pela

OnG Ecoar Florestal, tarefa assumida no

decorrer do ano pela Arkhé Assessoria e

Consultoria Socioambiental. no ano, a

Empresa destinou R$ 95 mil para o projeto.

no Mato Grosso do Sul ele foi iniciado

em 2008, com o compromisso da VCP de

auxílio técnico. A gestão será executada

pelo SEBRAE-MS.

Foto Aérea – unidade VCP – MS

Page 66: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200864

Curso de tecnólogo de silvicultura –

Realizado pela Faculdade de Tecnologia de

São Paulo (Fatec), forma profissionais para

as atividades de planejamento, execução

e controle de manejo e produção florestal.

O projeto, com o apoio do Instituto

Votorantim, teve início em 2008, em Capão

Bonito (SP), beneficiando 80 jovens.

Projeto sementes do Futuro – Apoia o

desenvolvimento do sistema de produção

de sementes florestais nativas no município

de Ribeirão Grande (SP), visando à

conservação ambiental e geração de renda

para as comunidades rurais envolvidas.

Iniciado em 2005, por meio de parceria

com a Associação Ecoar Florestal, conta

com a participação de 42 coletores, que

obtiveram em 2008 um retorno de R$ 53

mil com a venda de sementes.

Projeto de desenvolvimento do Polo

madeireiro – Criado a partir de um

convênio com a Associação da Indústria

Madeireira de Capão Bonito (ASSIM),

prevê a venda de uma quantidade

predeterminada de madeira, a preço de

custo, pela VCP às madeireiras associadas

por um período de 10 anos. O objetivo

principal do projeto é o fomento à

indústria madeireira local, gerando

emprego e renda para o município. Em

2008 foram fornecidos 29.436,25m3.

CLientes

Responsabilidade sobre o produto

A preocupação com a qualidade, a saúde

e a segurança dos produtos está presente

em todas as etapas de produção, da

concepção de um projeto ao resultado

final. Anualmente, são realizadas pesquisas

para identificar as necessidades de planos

de ação sobre aspectos relevantes, que

direcionam ações preventivas ou corretivas.

Para a Companhia, a satisfação e a

segurança de seus parceiros comerciais

vêm em primeiro lugar. (GRI PR1)

A celulose e os papéis fabricados pela

VCP são produtos estáveis sob condições

normais de manuseio e estocagem, não

oferecendo riscos à saúde e à segurança

do cliente. Vários papéis possuem

aprovação para utilização em contato com

alimentos, atendendo à Portaria 177 da

Anvisa, como para os casos dos papéis

couché e térmicos. O papel autocopiativo

já foi analisado pelo Instituto Adolpho

Lutz, que considerou não existir problema

toxicológico para a saúde dos usuários. O

papel apergaminhado formulário contínuo

faz parte da composição dos papéis

couché, atendendo também à Portaria 177.

Todo e qualquer problema que cause

complicações de utilização, danos ao

produto do cliente, ou cuja especificação

esteja em desacordo com o estabelecido

pelo cliente (aspectos técnicos, logísticos,

embalagem etc.) ou ainda que provoque

segregação e/ou separação pelo cliente,

é registrado formalmente no Formulário

de Atendimento a Reclamação Cliente

Celulose. Conforme o procedimento

interno de atendimento de reclamações –

mercados interno e externo –, é realizada

uma análise técnica da queixa, que dará

origem ao Relatório Técnico ao Cliente.

Esse material é documentado e fica

armazenado no Departamento de Suporte

e Soluções Técnicas a Clientes.

imPaCtos na saúde e seGuRança (GRi PR1)

avaliação na fase de ciclo de vida do produto Celulose (1) Papel

Desenvolvimento do conceito do produto Sim nA

Pesquisa e desenvolvimento Sim nA

Certificação Sim nA

Fabricação e produção Sim nA

Marketing e promoção Sim nA

Armazenamento, distribuição e fornecimento Sim nA

uso e serviço Sim nA

Disposição, reutilização ou reciclagem nA nA

(1) Celulose Kraft Branqueada de Eucalipto processos ECF (Elemental Chlorine Free) e VCF (Votorantim Chlorine Free), isentos de cloro elementar

nA - não se aplica

Page 67: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 65

avaliação na fase de ciclo de vida do produto

Celulose (1) Papel

Terceirização de componentes do produto ou serviço

nA nA

Conteúdo, principalmente com respeito a substâncias que possam provocar impacto ambiental ou social

De acordo com políticas e procedimentos internos

De acordo com políticas e procedimentos

internos

uso seguro do produto ou serviço

De acordo com políticas e procedimentos internos são

impressos, nos dois lados do fardo, informações sobre o produto como tipo (ECF ou

VCF), data, linha de produção, nº de lote, unidade, código do

produto e código de barras.

nos produtos Copimax e Maxcote está ilustrado o

modo correto que o usuário deve manusear as caixas, a fim de que não ocorram acidentes.

Para os demais produtos este indicador não é aplicável.

Disposição do produto e impactos ambientais/sociais

Todo material é reciclável e pode ser reutilizado.

Indicação da reciclagem como método preferencial de

descarte para os produtos destinados ao consumidor final.

RotuLaGem

Há procedimentos internos na VCP que garantem a identificação e rastreabilidade dos

fados de celulose, através da impressão, nos dois lados opostos dos fardos de toda celulose

produzida de informações sobre o tipo de produto (ECF ou VCF), data e linha de produção,

nº de lote/unidade e código do produto e código de barras. Além disso, de acordo com o

produto a ser produzido é utilizada a cor de tinta:

ECF – Impressão na cor verde.

VCF – Impressão na cor preta. (GRI PR3)

Os papéis das marcas Copimax e Maxcote, destinados ao consumidor final, levam em

sua embalagem informações sobre as características do produto e o descarte preferencial

através da reciclagem, visando mitigar impactos ambientais e sociais. Cerca de 93% das

embalagens dos produtos VCP são recicláveis, como as dos produtos IMAGE, PRInTMAX,

TOPPRInT, TERMOSCRIPT, TERMOTICKET, TERMOLABEL, TERMOLOT, EXTRACOPY, MAXCOTE,

STARMAX, e TERMOCOPY são recicláveis, sendo a embalagem do produto COPIMAX a única

exceção por conter BOPP (polipropileno biorientado) em sua composição. Os materiais das

bobinas são 100% recicláveis.

inFoRmaçÕes na RotuLaGem (GRi PR3)

Page 68: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200866

Bobinas de Papel – unidade Piracicaba – SP

satisFação de CLientes

Ao longo dos últimos anos, a VCP tem

desenvolvido vários projetos estratégicos

com seus principais clientes, no intuito

de fortalecer ainda mais a cadeia de

produção. Com o objetivo de obter

aperfeiçoamento de processos, melhor

aproveitamento de celulose, assim como

conferir características específicas aos

produtos dos clientes, são estabelecidos

acordos de cooperação, pelos quais a

VCP transfere conhecimento técnico na

produção de vários tipos de papéis e divide

os ganhos advindos dessas iniciativas.

Desde 2002, a Companhia possui uma

sistemática anual de avaliação de

satisfação de clientes, de acordo com

a norma ISO 9000-2000. O objetivo é

alcançar no mínimo 80% de satisfação.

Caso esse índice não seja obtido, são

estabelecidos planos de ações para

elevar o coeficiente. O levantamento da

impressão é feito por meio de contatos

telefônicos diários, visitas comerciais

e técnicas, feiras e eventos do setor,

assim como durante visitas de clientes às

instalações da Companhia.

A pesquisa realizada em 2008 apontou

um índice de satisfação superior a 80% e

indicou pontos de melhoria. Como planos

de ação, estão previstos: realizar um road show com clientes na Europa e Ásia, em

2009; e colocar em prática os acordos de

cooperação estabelecidos com uPM

e GP-uSA.

Além disso, em 2008 a VCP contratou a

consultoria Roland Berger para realizar

uma pesquisa mais aprofundada das

necessidades dos seus clientes e identificar

pontos fortes e fracos, de forma a oferecer

serviços e produtos mais adequados

e, assim, ampliar sua participação

no mercado de celulose. no primeiro

estágio, que deverá levar dois anos, esse

trabalho será desenvolvido no continente

europeu, que representa cerca de 60% das

exportações de celulose da VCP e 40% do

consumo mundial de celulose. (GRI PR5)

Vários programas e iniciativas marcam

o relacionamento com os clientes,

destacando-se:

Foco do cliente – A VCP entende que

trabalhar “no foco do cliente” não significa

meramente tomar parte em um projeto,

mas sim absorver e praticar uma filosofia

de trabalho. Diversas ações vêm sendo

criadas, visando sempre a uma maior

compreensão de cada segmento.

Page 69: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 67

Programa VCP olho na Qualidade

– Criado para esclarecer dúvidas e

desenvolver uma rede de convertedores

que utilizam os papéis autocopiativos da

VCP, garantindo o uso correto do produto e

a qualidade na confecção de bobinas para

PDV/ECF e formulários multivias. Quem

participa ganha um selo comprovando

a autenticidade dos papéis, oferecendo

maior confiabilidade aos clientes.

Programa Garantia VCP Performance

total – Desenvolvido com o objetivo de

criar um diferencial competitivo para

os convertedores que compram papéis

térmicos VCP, atuam corretamente no

mercado, utilizam o papel correto para

a aplicação correta e, constantemente,

encontram-se diante de concorrentes

que utilizam papéis inadequados para

determinada aplicação. O programa

abrange a qualidade em toda a cadeia,

desde a compra da matéria-prima,

manuseio e conversão, buscando a

garantia da imagem adequada para o

produto final.

Certificação para gráficas – Programa

VCP de EcoEficiência na Gráfica – De

maneira pioneira, e em parceria com a

Escola Senai Theobaldo De nigris, foi

lançado, em maio de 2008, o Programa

VCP de Ecoeficiência na Gráfica

implantado inicialmente em quatro

gráficas do segmento promocional, todas

em São Paulo. Para 2009, a previsão

é certificar mais 8 gráficas, incluindo

empresas fora do estado. O objetivo é

disseminar os conceitos de ecoeficiência

e produção ambientalmente responsável.

Foram avaliados quesitos como gestão

de resíduos e de tintas, desperdício,

tratamento de seus efluentes etc.

Gerenciamento de relações com o cliente

A VCP é signatária do Código Brasileiro

de Autorregulamentação Publicitária,

que condena a propaganda enganosa.

Todas as iniciativas de marketing

adotadas para seus produtos respeitam

a legislação vigente, a ética e as normas

de referências locais e internacionais. A

Companhia não vende produtos proibidos

em certos mercados ou que sejam objetos

de questionamento por parte de seus

stakeholders. (GRI PR6)

ConFoRmidade

na esfera judicial, a VCP não sofreu ação

judicial de grande relevância no que se

refere à infração a normas e regulamentos

nos últimos três anos. Ao longo de 2008,

a Companhia esteve envolvida, como

autora ou requerida, em 50 processos

administrativos e ações judiciais cíveis,

criminais e trabalhistas, que foram pagos

ou aguardaram decisão no decorrer dos

anos de 2006 a 2008. (GRI SO8)

Em 2008, a VCP sofreu seis processos

administrativos relacionados a questões

ambientais, sendo: dois Termos de Ajuste

de Conduta (TACs) firmados, ambos

herdados dos respectivos ex-proprietários

das fazendas Limoeiro, em Resende

(RJ) – Procedimento Administrativo

1.30.008.000134/2006-60 – e São

Miguel, em natividade da Serra (SP) –

Procedimento Investigatório 02/1999;

Inquéritos Civis do Ministério Público do

Estado de São Paulo – Promotoria de

Justiça Cível – nº 18/2008 (Jacareí),

nº 02/2008 (São Luiz do Paraitinga),

nº 02/2008 (Salesópolis), nº 03/2008 e

nº 11/2008 (Promotoria de Justiça Regional

do Meio Ambiente do Vale do Paraíba).

Também foram computadas duas

advertências imputadas pela Polícia

Militar Ambiental do Estado de São Paulo,

referentes à supressão de vegetação nativa

em estágio secundário inicial em área de

0,04 ha e corte de duas árvores nativas

sem autorização do órgão ambiental

competente, na Fazenda Santa Terezinha

5 (Jacareí/SP). Por ter sido enquadrado na

Resolução Estadual SMA 37/2005, o auto

de infração ambiental não foi valorado,

pelo fato de a Empresa não ser reincidente.

Recebeu ainda multa no valor de R$ 5.100,

em favor do Fundo nacional Antidrogas

(Funad), por venda de produtos químicos

por CnPJ não habilitado para tanto.

(GRI En28)

Informações sobre: Estratégia Social – página 18 e Desempenho Social – página 88

Page 70: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200868

06.A VCP comercializou 1,2 milhão de toneladas de celulose e

391 mil de papel, alcançando a meta de volumes estabelecida

para 2008. A receita líquida somou R$ 2,5 bilhões, sendo

47% em exportações e 56% representada por celulose. no

ano, destacou-se o crescimento de 13% na demanda mundial

por celulose de eucalipto, foco de atuação da companhia.

Page 71: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

desemPenHo eConômiCo

o setor de Celulose e Papel

Em 2008, a produção brasileira de

celulose cresceu 6,7% para 12,8 milhões

de toneladas, posicionando o País como

quarto maior produtor mundial e líder

na produção de celulose de eucalipto.

A projeção da Associação Brasileira de

Celulose e Papel (Bracelpa) destaca a

competitividade da Indústria Brasileira em

um cenário de queda de preço do produto

que provocou fechamento de capacidades

de indústrias norte-americanas e

europeias. A produção de papel atingiu 9,2

milhões de toneladas, aumento de 1,6%

em relação ao ano anterior, com o 12º

maior volume no ranking mundial.

As indústrias do setor recolheram cerca

de R$ 2,2 bilhões em impostos e suas

exportações somaram uS$ 5,8 bilhões

(FOB), o equivalente a 16% do saldo da

balança comercial brasileira.

A área plantada soma 6,0 milhões de

hectares no País, sendo 1,7 milhão cultivado

para fins industriais. De acordo com a

Bracelpa, 2,7 milhões de hectares são

de florestas preservadas. O setor detém

certificações internacionais para 2,2 milhões

de hectares de florestas, com atestado de

que executam manejo correto e cumprem

normas de proteção do meio ambiente e da

biodiversidade. Adicionalmente, a indústria

mantém acordos para produção de madeira

com aproximadamente 16,5 mil pequenos e

médios produtores rurais, que cultivam 344

mil hectares no País.

<< BOBInA DE PAPEL STARMAX – unIDADE PIRACICABA – SP

PRODuçãO BRASILEIRA DE CELuLOSE E PAPEL

14

Milh

ões

t

Crescimento Médio Anual

Celulose 7,6%

Papel 5,7%

12

10

8

6

4

2

0

CELuLOSE

PAPEL

1970

0,8

1,1

1980

3,1

3,4

1990

4,4

4,7

2005

10,4

8,6

2006

11,2

8,7

2008

12,8

9,2

2007

12,0

9,0

VCP

REL

ATó

RIO

An

uAL

DE S

uSTE

nTA

BILI

DADE

200

8

69

DESEMPEnHO

Page 72: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200870

desemPenHo dos neGÓCios

Apesar da crise econômica mundial, a VCP

encerrou o exercício de 2008 com

1,6 milhão de toneladas vendidas – 1,2

milhão de celulose e 391 mil toneladas

de papel. O volume total manteve-se

inalterado em relação a 2007, mas

individualmente houve crescimento de

9% em celulose (1,1 milhão de toneladas

no ano anterior), alcançando a meta

estabelecida para o ano. Mesmo com o

recuo de 22% no volume vendido de papel

(499 mil toneladas em 2007), o volume

superou em 3%, ou 11 mil toneladas, a

meta de 2008.

COMPOSIçãO DO VOLuME – 2007

31%

69%

DESTInO DAS VEnDAS – 2007

(VOLuME, EM MIL TOnELADAS)

39% 40%

61% 60%

COMPOSIçãO DO VOLuME – 2008

DESTInO DAS VEnDAS – 2008

(VOLuME, EM MIL TOnELADAS)

PAPEL

CELuLOSE

MERCADO InTERnO

MERCADO EXTERnO

PAPEL

CELuLOSE DE MERCADO

PAPEL

CELuLOSE

MERCADO InTERnO

MERCADO EXTERnO

VOLuME DE VEnDAS

(MIL TOnELADAS)

1.5921.201

391

2008

1.5971.098

499

2007

1.612942

670

2006

1.493867

626

2005

1.459844

615

2004

25%75%

Page 73: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 71

CELuLOSE – COMPOSIçãO DE VEnDAS

DESTInO DAS EXPORTAçÕES – CELuLOSE

30%

10%

60%

CeLuLose

O bom desempenho industrial permitiu elevar

em 9% o volume de vendas de celulose, que

alcançou 1.201 mil toneladas em 2008. O

mercado externo respondeu por 76% do

volume (79% em 2007) e 78% da receita

líquida do produto (82% no ano anterior).

no acumulado do ano, o preço médio

manteve-se praticamente estável em

reais, com variação positiva de 0,5% e

comportamento inverso nos dois semestres.

nos primeiros seis meses, a elevação

dos preços compensou a valorização do

câmbio, enquanto no segundo semestre

houve queda dos preços em dólares, que foi

compensada pela rápida desvalorização do

real a partir de setembro.

Os estoques mundiais dos produtores de

celulose de fibra curta encerraram o ano

com 53 dias equivalentes de consumo,

acima dos 32 dias observados em

dezembro de 2007, mas abaixo dos 59 e

60 dias de outubro e novembro de 2008,

respectivamente.

A demanda por celulose de eucalipto se

destacou no mercado de fibras totais,

encerrando o ano com crescimento

próximo de 12%, fundamentada

pela atuação em um mercado com

comportamento mais inelástico (tissue

– papéis sanitários), competitividade em

custos e por substituição de outras fibras.

O custo caixa de produção elevou-se

13% em comparação a 2007, encerrando

o ano a R$ 533. Esse comportamento

foi influenciado pela alta nos produtos

químicos e energia elétrica e aumento do

custo com madeira, devido principalmente

ao maior raio médio da madeira

transportada.

ÁSIA

AMÉRICA DO nORTE

EuROPA

CuSTO CAIXA DE CELuLOSE (R$/T) *

* Inclui Conpacel

457 469 464 470533

2004 2005 2006 2007 2008

78%

22%

2008

82%

18%

2007

76%

24%

2008

Volume Receita líquida

79%

21%

2007

MERCADO InTERnO

MERCADO EXTERnO

Page 74: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200872

PaPeL

no acumulado do ano, foram

comercializadas 391 mil toneladas de

papel, superando em 3% a previsão para

o período. A redução de 22% no volume,

quando comparado a 2007, reflete o

reposicionamento estratégico de presença

seletiva em papéis, com desinvestimentos

e exercício do direito de venda da

participação de 40% na joint venture com

a Ahlstrom, em Jacareí, e pela troca de

ativos (unidade Luiz Antonio pelo Projeto

Horizonte) com a International Paper.

Dessa forma, os volumes de papéis de

imprimir e escrever, couché e cut-size

não são comparáveis. no caso dos

autocopiativos e térmicos, o aumento

no volume vendido foi de 6%, havendo

perspectivas de novo crescimento em

2009, quando o novo coater de Piracicaba

já estiver operando a plena capacidade.

PAPÉIS – MIX DE PRODuTOS PAPÉIS – COMPOSIçãO DAS VEnDAS

22%

32%

46%

2008

26%

38%

36%

2007

26%

42%

32%

2008

Volume Receita líquida

29%

48%

23%

2007

ESPECIAIS/OuTROS

REVESTIDOS

nãO REVESTIDOS

REVESTIDOS E ESPECIAIS MERCADO InTERnO

nãO REVESTIDOS MERCADO InTERnO

MERCADO EXTERnO

25%

68%

7%

2008

27%

60%

13%

2007

31%

54%

12%

2008

Volume Receita líquida

32%

49%

20%

2007

Com presença seletiva em produtos de

maior valor agregado, a VCP manteve

importante fatia do mercado de papéis

revestidos e não revestidos e aumentou

sua participação em especiais (térmicos

e autocopiativos). A instalação de um

novo coater em Piracicaba permitirá

ampliar esses volumes em 2009.

Page 75: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 73

Em 2008, a companhia manteve

importante fatia do mercado de papéis

revestidos e não revestidos e aumentou

sua participação no segmento de papéis

especiais (térmicos e autocopiativos).

no que se refere ao mix de vendas da

VCP, papéis não revestidos reduziram sua

participação no portfólio total, passando

de 48% em 2007 para 42%, conforme

estratégia definida de participação seletiva

em papéis e alto valor agregado.

O mercado interno ganhou mais

relevância, passando a representar 88% do

volume de vendas de papel, somando-se às

contribuições das unidades de Piracicaba e

Conpacel, e pela distribuidora KSR. A VCP

continua sua parceria com a Ahlstrom por

meio do fornecimento de celulose para

continuidade das operações da empresa

finlandesa em Jacareí, além de atuar como

representante de vendas de papéis dos

mercados gráfico e de distribuição.

Papel ecoeficiente – A VCP fez, em 2008,

uma ampla abordagem sobre o uso de

papel ecoeficiente que produz. Por meio

de uma Análise de Ciclo de Vida (ACV),

mostrou a grandes players do segmento a

importância do ciclo natural do papel com

as marcas VCP. Esse trabalho foi realizado

em parceria com institutos independentes,

como a Fundação Espaço Eco – uma das

maiores referências em sustentabilidade

no Brasil.

Fardo de Celulose

Page 76: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200874

desemPenHo FinanCeiRo

Receita líquida – A receita líquida totalizou

R$ 2,5 bilhões, 5% inferior à de 2007. O

desempenho reflete a redução de 5% do

preço médio, principalmente pela queda

dos preços médios de papéis revestidos e

não revestidos – efeito da competição no

mercado local – e pela maior participação

de celulose na composição da receita,

que representou 56% do faturamento. O

mercado interno respondeu por 53% da

receita líquida (54% em 2007).

COMPOSIçãO DA RECEITA – 2007

DISTRIBuIçãO DA RECEITA – 2007

COMPOSIçãO DA RECEITA – 2008

DISTRIBuIçãO DA RECEITA – 2008

PAPEL

CELuLOSE

RECEITA LÍQuIDA (R$ MILHÕES)

2.4871.393

1.094

2008

2.6141.271

1.343

2007

2.8921.130

1.762

2006

2.7721.067

1.705

2005

2.9821.127

1.855

2004

PAPEL

CELuLOSE

MERCADO InTERnO

MERCADO EXTERnO

PAPEL

CELuLOSE

MERCADO InTERnO

MERCADO EXTERnO

49%

46% 47%

51%

54% 53%

56%

44%

Page 77: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 75

Custo dos produtos vendidos – A

margem bruta foi reduzida de 34%

em 2007 para 32% em 2008, variação

explicada principalmente pela inflação

sobre insumos químicos observada ao

longo do ano. As reduções de custos e

os ganhos de produtividade industrial

compensaram apenas parcialmente esses

efeitos em 2008, e se consolidarão no

resultado de 2009.

despesas com vendas – As despesas com

vendas alcançaram R$ 259 milhões, 4%

inferior a 2007. Essa queda reflete o menor

volume de vendas de papel e o impacto

positivo das renegociações de contratos

de frete internacional em parceria com

o Grupo Votorantim. Em relação à

receita líquida, as despesas com vendas

mantiveram a participação de

t10% em 2008.

despesas gerais e administrativas – As

despesas gerais e administrativas, de

cerca de R$ 132 milhões, cresceram 7%

devido às despesas não recorrentes com

reestruturação corporativa e aquisição da

Aracruz, além do dissídio anual que incidiu

sobre o custo da mão de obra. O programa

de redução de despesas fixas compensou

parcialmente este efeito.

ebitda – A geração de caixa, expressa

pelo EBITDA (resultado antes de juros,

impostos, depreciação e amortização)

totalizou R$ 782 milhões, com margem

de 32%, dois pontos percentuais abaixo

do ano anterior. O resultado deve-se à

inflação observada nos principais insumos

no decorrer do ano.

Resultado financeiro – O resultado

financeiro representou despesa líquida

de R$ 1.515 milhões em 2008, em

comparação à receita de R$ 572 milhões

em 2007. Essa variação foi consequência,

principalmente, do efeito negativo da

desvalorização de 46% do real em relação

ao dólar, iniciada a partir do terceiro

trimestre de 2008, com impacto sobre os

empréstimos em moeda estrangeira. O

aumento no endividamento causado pela

correção cambial não gera necessidade de

desembolso imediato. A VCP controla sua

exposição financeira à moeda estrangeira

adequando seu fluxo de recebimentos

ao perfil de amortização da dívida. A

amortização da dívida segue o período

estabelecido em cada contrato e o prazo

médio de 3,5 anos com base em 31 de

dezembro de 2008.

imposto de Renda e Contribuição

social – A taxa efetiva de Imposto de

Renda e Contribuição Social foi de 37% em

2008 ante 14% em 2007, em decorrência

principalmente do resultado financeiro

negativo no período.

equivalência patrimonial – A VCP

contabilizou em 2008, via equivalência

patrimonial, valor negativo de R$ 493

milhões, inferior ao valor positivo de

R$ 42 milhões registrados em 2007. A

variação reflete as perdas com derivativos

da Aracruz, que tiveram impacto sobre o

resultado da empresa.

EBITDA (R$ MILHÕES)

MARGEM EBITDA

EBITDA E MARGEM *

1.269

43%

959

35%

1.113

38%

880

34%

782

32%

2004 2005 2006 2007 2008

* inclui participação pro forma de 50% no Conpacel, a partir de 2007

Page 78: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200876

Lucro líquido – Como consequência, o prejuízo líquido do exercício de 2008 foi de R$ 1.312

milhões, inferior ao lucro líquido de R$ 838 milhões registrado em 2007.

endividamento – Em 31 de dezembro de 2008, a dívida financeira líquida da VCP era de

R$ 4,2 bilhões, o que representou aumento de R$ 2,8 bilhões sobre o endividamento líquido

em 31 de dezembro de 2007. Esse acréscimo decorre da necessidade de recursos para

conclusão do Projeto Horizonte, que teve sua capacidade inicial ampliada de

900 mil para 1,3 milhão de toneladas, e ao efeito do câmbio no endividamento em dólares.

O crescimento da alavancagem era previsto, respeitando o cronograma de investimentos e

expansão, e início da geração de caixa do Projeto Horizonte no segundo trimestre de 2009.

endiVidamento (em 31 de dezembRo)

2007 2008

dívida bruta total 2.662 4.741

R$ 334 556

uSD 2.328 4.185

Custo médio a.a 6,3% 6,1%

Prazo médio (anos) 5,0 3,5

% parcela de curto prazo 20% 44%

Caixa total (*) 1.308 529

R$ 820 314

uS$ 488 215

% parcela de curto prazo 100% 99%

dívida líquida 1.354 4.212

(+) 50% dívida líquida Conpacel 201 -

dívida líquida consolidada 1.555 4.212

PERFIL DE AMORTIZAçãO DA DÍVIDA BRuTA* – R$ MILHÕES

* não considera o fluxo de amortização de derivativos

2.033

458 420 526395

909

2009 2010 2011 2012 2013 2014 em diante

Page 79: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 77

GeRação e distRibuição de RiQueza

(GRi eC1)

O valor adicionado em 2008 foi de R$ 2.198

milhões, distribuído entre terceiros (R$ 3.271

milhões, ou 149% do total, como pagamento

de juros a financiadores), profissionais

(R$ 332 milhões, ou 15% do valor adicionado,

na forma de salários e encargos sociais),

governo e sociedade (menos R$ 94 milhões) e

acionistas (menos R$ 1.310 milhões).

A DVA atualmente apresentada como parte

integrante das Demonstrações Contábeis,

atende aos critérios de elaboração e

apresentação exigido pelo CPC-09 (Comitê

de Pronunciamentos Contábeis) e pela

Deliberação CVM nº 557.

açÕes Como inVestimento

As ações preferenciais da VCP negociadas

na Bolsa de Valores de São Paulo

encerraram 2008 cotadas a R$ 17,93,

ou menos 66% em relação ao ano

anterior, enquanto o Ibovespa, que reúne

os papéis de maior liquidez, registrou

desvalorização de 41%. Os papéis da VCP

foram negociados em 100% dos pregões

da Bovespa, com crescimento de 24% no

número de negócios, com 128 milhões de

títulos, e de 2% no volume financeiro, que

totalizou R$ 4,8 bilhões.

na Bolsa de Valores de nova Iorque, a

última cotação dos ADRs nível III foi de

uS$ 7,93, recuo de 73% em dólares,

enquanto o índice Dow Jones registrou

queda de 34%. O Bloomberg Paper &

Forest Index Europe (BEuFRST) perdeu

52% e o Bloomberg Paper & Forest Index

uS (BuSFRST) desvalorizou-se 67%.

Viveiro de mudas – Florestal Extremo Sul

Page 80: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200878

PRInCIPAIS InDICADORES (GRI 2.8)2004 2005 2006 2007 2008

Vendas (mil toneladas) Totais 1.459 1.493 1.611 1.597 1.591- Mercado interno 515 506 591 630 635- Mercado externo 944 987 1.020 967 956 Resultados (R$ milhões) Receita bruta 3.295 3.167 3.316 3.007 2.909- Mercado interno 1.843 1.795 1.942 1.792 1.742- Mercado externo 1.452 1.372 1.373 1.215 1.167Receita líquida 2.982 2.772 2.892 2.614 2.487Lucro bruto 1.472 1.199 1.172 899 799Lucro operacional 995 667 719 817 (1.785)EBITDA 1.269 959 1.113 880 782Lucro líquido 790 549 658 838 (1.312)margens Margem bruta 49% 43% 41% 34% 32%Margem EBITDA 43% 35% 38% 34% 32%Margem líquida 26% 20% 23% 32% -53%ações nº de ações (mil) 191.613 191.613 204.146 204.146 201.361nº de ações ex-tesouraria (mil) (1) 191.456 190.532 204.114 204.117 201.361Lucro (prejuízo) por ação (R$ mil) (1) 4,13 2,88 3,22 4,1 (6,51)Valor de mercado (R$ milhões) 8.297 5.557 8.486 11.065 2.263Montante de dividendos (R$ milhões) 288 280 320 318 -Financeiro (R$ milhões) Ativo total 6.989 8.462 9.264 11.002 11.464Patrimônio líquido 3.917 4.162 5.116 5.632 4.132Investimentos (2) 639 593 542 674 1.189Liquidez corrente (ativo/passivo circulante) 0,9 2,5 1,7 1,7 0,7Retorno sobre patrimônio líquido (3) 23% 14% 16% 16% -23%Dívida bruta (4) 2.300 3.277 3.080 2.876 4.741Dívida líquida (4) 1.077 1.874 1.647 1.555 4.212Dívida líquida/patrimônio líquido 27% 45% 32% 28% 102%operacionais nº de empregados próprios – São Paulo 3.580 3.497 3.313 2.111 2127nº de empregados próprios – Rio Grande do Sul 44 123 174 215 137nº de empregados próprios – Mato Grosso do Sul 416 640nº de empregados próprios – total 3.624 3.620 3.487 2.742 2.904nº de empregados de terceiros – São Paulo 3.998 4.130 4.039 2.965 3.199nº de empregados de terceiros – Rio Grande do Sul 841 884 713 928 741nº de empregados de terceiros – Mato Grosso do Sul 1.013 898nº de empregados de terceiros – total 4.839 5.014 4.752 4.906 4.838nº de empregados total (5) 8.463 8.634 8.239 7.648 7.742Produtividade (R$ mil/funcionário) 823 765 829 953 855Produtividade (t/funcionário) 403 412 462 582 547Produção papel (mil t) (6) 597 602 611 424 318Produção celulose (mil t) 1.347 1.372 1.444 1.394 1.263

* Informações correspondem à VCP e às suas subsidiárias e controladas, com exceção da Aracruz Celulose S.A. (12,4%), exceto quando indicado de outra forma. Os indicadores diferem das demonstrações financeiras auditadas, as quais incluem a consolidação proporcional na Aracruz. Da mesma forma, os resultados da participação na Ahlstrom VCP Indústria de Papéis S.A. (“JV”), até o momento anterior à venda da participação da VCP em Agosto 2008 e da e da Ripasa S.A. Celulose e Papel (50%) até a formação do consórcio, também são reconhecidos pela equivalência patrimonial.

(1) Grupamento das ações em 2004, na proporção 200 para 1. Os anos anteriores foram ajustados para manter a compatibilidade; (2) não inclui as aquisições das participações na Aracruz e na Ripasa (2005); (3) Patrimônio líquido inicial; (4) Consolidado 50% da dívida da Ripasa a partir de janeiro de 2007; (5) não considera os temporários; (6) Exclui papel base para a produção de papel revestido.

Page 81: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 79

RECEITA LÍQuIDA – R$ MILHÕES

EBITDA E MARGEM *

RESuLTADO LÍQuIDO – R$ MILHÕES

RESuLTADO OPERACIOnAL – R$ MILHÕES

EBITDA (R$ MILHÕES)

MARGEM EBITDA

1.269

43%

959

35%

1.113

38%

880

34%

782

32%

2004 2005 2006 2007 2008

2.982 2.772 2.892 2.6142.487

790549 658

838

-1.312

2004 2005 2006 2007 2008

995667 719 817

-1.785

2004 2005 2006 2007 2008

* inclui participação pro forma de 50% no conpacel a partir de 2007

2004 2005 2006 2007 2008

Page 82: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200880

VALOR DE MERCADO – R$ MILHÕES

PRODuTIVIDADE – R$ MIL/FunCIOnÁRIO

DÍVIDA LÍQuIDA – R$ MILHÕES

InVESTIMEnTOS (R$ MILHÕES)

639 593 542674

1.189

2004 2005 2006 2007 2008

1.077

1.874 1.647 1.555

4.212

2004 2005 2006 2007 2008

823 765 829953

855

2004 2005 2006 2007 2008

8.297

5.557

8.486

11.065

2.263

2004 2005 2006 2007 2008

Informações sobre: Estratégia de negócios – página 16 e Gestão Econômica – página 34

Page 83: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 81

DESEMPEnHO AMBIEnTAL

Consolidado (R$ mil) 2006 2007 2008

investimentos 16.531 7.200 28.450

Resíduos 14.392 5.443 11.175

Emissões 0 0 4.807

Recursos hídricos 1.744 845 5.498

Revegetação de áreas degradadas e proteção de áreas 0 0 8

Remediação de áreas contaminadas 0 0 0

Gestão ambiental 0 856 247

Outros investimentos ambientais 395 56 915

Custeio 17.678 23.862 23.496

Resíduos 2.117 2.623 4.795

Emissões 136 15 776

Recursos hídricos 12.366 15.527 10.710

Revegetação de áreas degradadas e proteção de áreas 376 1.185 2.804

Remediação de áreas contaminadas 0 0 0

Gestão ambiental 2.339 4.124 3.775

Outros custeios ambientais 344 388 636

Programas básicos (mato Grosso do sul) 5.436

total 34.209 31.062 57.382

2006 2007 2008

jacareí (*)Volume (m3) 163.668.857 163.970.735 163.987.200

% 79% 80% 81%

Piracicaba

Volume (m3) 3.491.124 3.559.610 3.601.215

% 43% 45% 48%

Consolidado (R$ mil) 2006 2007 2008

jacareí Piracicaba jacareí Piracicaba jacareí Piracicaba

Total de energia economizada (GJ) 391.119,78 0 1.131.748,00 67.790,09 164.007,00 0

Aumento na eficiência 13% 0% 5% 5% 0,69% 0%

inVestimentos e Gastos em PRoteção ambientaL (GRi en30)

eCoeFiCiÊnCia

eneRGia eConomizada (GRi en5)

ÁGua ReCiCLada e ReutiLizada (GRi en10)

(*) Considerada apenas a água que recircula nas torres de resfriamento.

Page 84: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200882

Autossuficiência na matriz energética – unidade Três Lagoas – MS

Consumo de mateRiais, eneRGia e ÁGua

mateRiais usados (GRi en1)

Consumo de eneRGia indiReta (*) (GRi en4)

2006 2007 2008

materiais diretosPeso total (toneladas) 3.657.135 3.442.595 3.542.005

Volume total (litros) 59.704.545 164.208.423 216.206.428

não-renováveis

Peso total (toneladas) 109.630.449 85.012.800 81.796.554

Volume total (litros) 33.309.776 26.023.732 63.974.172

2006 2007 2008

Fontes não-renováveis

óleo Combustível 7A + 3A + Diesel (Forno de Cal) – kg

34.363.676 34.025.670 30.251.211

óleo Combustível 3A + Diesel (Vapor) – kg 10.665.698 5.377.546 5.419.120

Gás natural (nm3) 64.594.115 45.530.755 45.905.259

Fontes renováveisLicor negro + biomassa (t) 6.241.742 5.862.076 5.192.916

(*) unidade Jacareí

Page 85: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 83

totaL de RetiRada de ÁGua PoR Fonte – (GRi en8)

eneRGia diReta ComPRada – Gj (GRi en3)

Fonte 2006 2007 2008

Captação superficial (m3)

Jacareí 35.643.155 33.444.915 30.593.485

Piracicaba 4.306.695 3.976.371 3.858.013

Captação subterrânea (m3)

Piracicaba 39.514 42.600 42.099

Consolidado (m3)

Jacareí 35.643.155 33.444.915 30.593.485

Piracicaba 4.346.209 4.018.971 3.900.112

2006 2007 2008jacareí Piracicaba jacareí Piracicaba jacareí Piracicaba

não-renováveis

Carvão 0 0 0 0 0 0

Gás natural 2.755.994 1.039.957 3.092.538 983.061 3.106.973 1057145

óleo 1.708.748 0 1.556.338 0 1.596.117 1064787

óleo combustível 0 0 0 0 0 0

Diesel 3.457 397 12.970 398 12.720 397

GLP 0 93.176 0 106.575 0 112.810

Renováveis

Biodiesel nA nA nA nA nA nA

Valores médios de captação subterrânea para 2006 e 2007, em Piracicaba, devido a problemas com hidrômetro.

Consumo de eneRGia eLétRiCa – Gj (GRi en4)

2006 2007 2008

Jacareí 2.978.061,7 3.129.150,3 2.625.181,6

Piracicaba 432.099,3 412.793,1 415.263,8

Florestal (*) 3.275,6 13.878,0 17.594,2

(*) Dados referem-se a São Paulo e Rio Grande do Sul, em 2006, e incluem Mato Grosso do Sul em 2007 e 2008

Page 86: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200884

toneladas equivalentes de Co2

2006 2007 2008 Variação

jacareí

Emissões diretas 281.528 288.491 292.306 3.815

Quantidade de CO2 reaproveitada na planta de

PCC (Carbonato de Cálcio Precipitado) 11.001 10.257 8.196 -2.061

Emissões diretas (descontada a quantidade de CO2 reaproveitada) 270.527 278.234 284.110 5.876

Emissões indiretas (eletricidade importada) 3.494 1.772 3.174 -359

Piracicaba*

Emissões diretas 49.187 47.958 52.459 2.212

Emissões indiretas (eletricidade importada) 3.876 3.359 5.582 -2.223

Fonte 2006 2007 2008

Transporte ferroviário 2.336 2.336 2.336

Transporte marítimo 114.033 114.033 114.033

Total 116.368 116.368 116.368

Fonte 2006 2007 2008

Toneladas de CO2e 270.527 278.234 284.110

kg de nOx (nO e nO2) 1.117 1.081 1.128

kg de SOx (SO2 e SO3) 822 631 516

Consolidado 272.466 279.946 285.754

substâncias (kg)

Gás 141 B – Jacareí 69 176 125

Gás 134 A – Jacareí 6 6 4

Gás R-22 – Jacareí 1.768 1.394 1.443

Gás-R22 – Piracicaba 362 721 673

Soma 2.205 2.297 2.245

emissÕes de Gases de eFeito estuFa (GRi en16)

outRas emissÕes ReLeVantes de Gases de eFeito estuFa (GRi en17) – uso indireto de energia (t equivalentes de Co2)

emissÕes de substânCias destRuidoRas da Camada de ozônio (GRi en19)

emissÕes, eFLuentes e Resíduos

* Este controle está implantado na unidade Jacareí e a unidade Piracicaba deve replicá-lo a partir de 2009.

*As emissões de CO2 provenientes de automóveis não foram contabilizadas.

Page 87: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 85

Viveiro de mudas - unidade Florestal Capão Bonito – SP

jacareí Piracicabaemissões (kg) 2006 2007 2008 2006 2007 2008

nox (emissões diretas) 1.117.115 1.080.833 1.128.617 nD 72.358 54.900

nox (emissões indiretas) nD nD nD nD nD nD

nOx (outras emissões indiretas) nD nD nD nD nD nD

SOx (emissões diretas) 822.946 630.760 515.919 nA nA nA

SOx (emissões indiretas) nD nD nD nA nA nA

Poluentes orgânicos persistentes (POP) nD nD nD nA nA nA

Compostos orgânicos voláteis (VOC) nD nD nD nD nD nD

Poluentes atmosféricos perigosos (HAP) nD nD nD nD nD nD

Emissões de chaminé e fugitivas nD nD nD nD nD nD

Material particulado (MP) 1.585.070 695.358 1.029.942 nA nA nA

Outras (TRS) 74.365 30.740 30.739 nD nD nD

nox, sox, e outRas emissÕes atmosFéRiCas siGniFiCatiVas (GRi en20)

nD - não disponível; nA - não aplicável

desCaRte totaL de ÁGua, PoR QuaLidade e destinação (VoLume (m³/ano) (GRi en21)

2006 2007 2008 destinação método

Jacareí 30.088.655 30.215.074 22.111.414 Rio Paraíba do Sul Lodo ativado duplo estágio

Piracicaba 4.304.395 4.098.630 4.525.238 Rio Piracicaba Físico-químico e lodo ativado

Page 88: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200886

2006 2007 2008Resíduos perigosos Piracicaba jacareí Piracicaba jacareí Piracicaba jacareí

Reúso - - - - - -

Re-refino 6,51 - 2,69 - 2,59 -

Reprocessamento/reciclagem 0,478 - 0,356 - 0,540 72

Compostagem - - - - - -

Co-processamento 48,82 - 60,04 - 62,64 32

Tratamento biológico - - - - - -

Incineração 0,045 - 0,467 - 0,035 0,23

Aterro sanitário interno - - - - - -

Aterro sanitário externo - - - - - -

total 55,86 - 63,13 - 65,90 105,23

Resíduos não perigosos

Reúso 37,84 - 51,89 - 88,84 -

Re-refino - - - - - -

Reprocessamento/reciclagem 576,16 - 433,73 - 9.856,65 3.390

Compostagem - - 643,27 - 3.623,43 -

Co-processamento 6.788,95 - 6.246,11 - 4.855,50 -

Tratamento biológico - - - - - -

Incineração nA - nA - nA -

Aterro sanitário interno - - 740,66 - - 131.042

Aterro sanitário externo 947,41 - 2.245,60 - 779,63 419

total 8.350,36 - 10.361,26 - 19.204,05 134.851

total geral 8.406,21 184.837 10.424,40 188.271 19.269,95 134.956,23

Gestão de Resíduos (t) (GRi en22)

biodiVeRsidade

PRoPRiedades em ÁReas PRoteGidas e/ou aLto índiCe de biodiVeRsidade (GRi en11)

2006 2007 2008

Total – dentro ou adjacente a áreas (km2) 230,82 230,82 230,82

Dentro de áreas (km2) (1) 192,68 192,68 192,68

Em áreas adjacentes (km2) (2) 38,14 38,14 38,14

(1) Refere-se a SP e RS. MS não tem áreas nessa situação; (2) Refere-se a RS. SP e MS não têm áreas nessa situação.

* As informações disponibilizadas para os anos de 2006 e 2007 para a unidade Jacareí foram estimadas (% correspondente a geração de resíduos industriais = 99% base 2008) e foram contabilizadas de maneira macro. A apuração detalhada, por tipo de resíduo, iniciou-se no ano de 2008.

Page 89: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 87

Habitats PRoteGidos ou RestauRados (km2) – 2008 (GRi en13)

esPéCies em RisCo de extinção – Lista iuCn* (GRi en15)

PRojeto PaPaGaio VeRdadeiRo – monitoRamento de ninHos aRtiFiCiais (50 ninHos)

2006 2007 2008

Criticamente ameaçadas 0 0 0

Ameaçadas 6 7 7

Vulneráveis 12 15 15

Quase ameaçadas 0 0 0

Mínimo de preocupação 0 0 0

Total de espécies afetadas 18 22 22

espécie nome comum Quantidade

Amazona aestiva papagaio-verdadeiro 8 (16%)

Otus atricapillus coruja-sapo 5 (10%)

Falco sparverius quiri-quiri 4 (8%)

Xiphocolaptes albicollis arapaçu 3 (6%)

Myiarchus ferox maria-cavaleira 1 (2%)

Passeriformes não identificados 3 (6%)

Habitats

protegidos

Habitats em revegetação permanente

Habitats em revegetação

provisóriaHabitats

suprimidosLocalização

(estado)

Floresta Atlântica 519,97 21,94 0 0 São Paulo

Cerrado 586,93 0 0 0 Mato Grosso do Sul

Pampa 608,11 1,43 0 0 Rio Grande do Sul

total 1.715,01 23,37 0 0

ConFoRmidade

2006 2007 2008

nº de processos 3 7 6

• Administrativos 3 5 6

• Judiciais 0 2 0

• Arbitragem 0 0 0

Valor monetário relativo a multas (R$) 0 0 5.100

• Pagas 0 0 5.100

• Pendentes por decisão 0 0 0

n° total de sanções não monetárias 0 0 1

muLtas e sançÕes ambientais (GRi en28)

Informações sobre: Estratégia Climática – página 17 e Gestão Ambiental – página 36

* não considera unidade Florestal Rio Grande do Sul

Page 90: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200888

RECuRSOS InVESTIDOS EM TREInAMEnTO (R$ MILHÕES) (GRI LA10)

2006 2007 2008

4.105

4.585

3.705

DESEMPEnHO SOCIAL

tReinamento (HoRas) (GRi La10)

tiPo de atiVidades de tReinamento

Categoria 2006 2007 2008

Diretoria 16,00 208,00 48,00

Gerência 1.743,28 7.407,49 5.049,51

Administrativo 20.697,96 44.751,63 67.634,74

Operacional 29.168,71 79.713,19 410.958,96

Supervisão 23.559,99 14.762,79 22.839,93

Técnicos 43.598,90 80.769,04 56.658,38

Total 118.784,84 227.612,14 563.189,52

2006 2007 2008Participações Horas Participações Horas Participações Horas

Presenciais 7.744 118.220,42 17.109 227.205,12 22.005 562.694,95

Treinamento (on-line) 82 564,42 77 407,02 150 494,57

Videotreinamento e cartilhas 0 0 0 0 0 0

total 7.826 118.784,84 17.186 227.612,14 22.155 563.189,52

Page 91: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 89

AnÁLISE DE DESEMPEnHO –

% DE PROFISSIOnAIS (GRI LA12)

2006 2007 2008

35,30%

40,67%

27,65%

Roberta, nelson, Paulo e José Renato no Módulo de Cavaco da unidade Florestal Capão Bonito – SP

aVaLiação de desemPenHototaL de CuRsos disPoníVeis

tReinamento

2006 2007 2008

Capacitação Técnica 206 434 393

Formação 50 139 178

Saúde e Segurança 160 79 70

Idiomas 10 55 59

Comportamental 26 39 25

Ambiental 8 17 19

Total 460 763 744

2006 * 2007 * 2008

Investimento por empregado (R$) 1062,89 1497,21 1579,06

Horas de treinamento por empregado 34,07 83,01 193,94

* Dados de 2006 e 2007 revistos.

Page 92: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200890

COnTRATAçãO LOCAL (% DO TOTAL)

90,381,1 86,787,4

80,569,4

2006 2007 2008

EMPREGADOS

ALTA GERênCIA

ContRatação LoCaL (GRi eC7)

Região (*) 2006 2007 2008

Centro-Oeste 0 0 0

Sudeste 164 121 109

Sul 3 3 2

Total 167 124 111

Região (*) 2006 2007 2008

Centro-Oeste 0,0% 48,6% 33,0%

Sudeste 90,3% 86,4% 86,7%

Sul 90,8% 92,6% 91,2%

Total 90,3% 81,1% 86,7%

Região (*) 2006 2007 2008

Centro-Oeste 0,0% 0,0% 0,0%

Sudeste 89,6% 84,6% 85,2%

Sul 37,5% 37,5% 25,0%

Total 87,4% 80,5% 69,4%

membRos da aLta GeRÊnCia ContRatados no LoCaL

% emPReGados PRÓPRios PRoVenientes da Comunidade LoCaL

% membRos de aLta GeRÊnCia PRoVenientes da Comunidade LoCaL

VCP não mantém operações nas Regiões norte e nordeste.

VCP não mantém operações nas Regiões norte e nordeste.

VCP não mantém operações nas Regiões norte e nordeste.

Page 93: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 91

La adipsustrud mod essit augait ad min henim velis nonsenim nostincipit laorer susci ea facipisi. Henim veliquat vulputem ero dolortiscin elissit luptat praese min utet iril dunt dit digniam iriustrud el in essi eriustin volore dolestrud duipit ute consequi blaortio eugue mincipi scilla consequis augait, con velestrud duisl eugiam dit la core tat. Duis

Profissionais reunidos na entrada da VCP-MS

2006 2007 2008

n° de lesões 50 37 30

Taxa de lesões (TL) 0,42 0,36 0,30

n° de doenças ocupacionais 5 4 3

Taxa de doenças ocupacionais (TDO) 0,042 0,039 0,029

n° de dias perdidos 22.983 7.646 6.964

Taxa de dias perdidos (TDP) 195,34 74,32 68,6

n° de dias com faltas 4.210,84 5.583,38 5.703,69

Taxa de absenteísmo (TA) 0,20 0,29 0,27

n° absoluto de óbitos 3 1 1

saúde e seGuRança (GRi La7)

Page 94: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200892

ÍnDICE DE ABSEnTEÍSMO *

* Total de dias perdidos por faltas em relação ao total de dias/homem previstos para trabalho. Considera faltas justificadas e injustificadas e 250 dias de trabalho no ano.

** Dados de 2006 e 2007 revistos.

0,47%

0,21% 0,20%

0,29% 0,27%

2004 2005 2006 2007 2008

Claudio – Operador na sala de controle das extratoras de celulose – unidade Jacareí – SP

aFastados do tRabaLHo (GRi La7)

2006 2007 2008

acidentes de trabalho maternidade

tratamento de saúde

acidentes de trabalho maternidade

tratamento de saúde

acidentes de trabalho maternidade

tratamento de saúde

Total de licenciados

50 17 128 37 21 142 30 17 143

Licenças iniciadas

50 12 88 37 14 80 30 17 64

Total de dias perdidos

22.983 1.744 9.345 7.646 2.100 12.559 6.964 1.580 20.602

2004 2005 2006 2007** 2008

Total de ocorrências 124 66 50 37 30

Taxa de frequência 6,0 2,75 2,12 1,80 1,48

aCidentes na emPResa (*)

* Com afastamento.

** Dado de 2007 revisto.

Page 95: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 93

Profissionais em tempo integral

Contratos por prazo indeterminado ou permanente

Contratos por prazo determinado ou temporário

Região 2006 2007 2008 2006 2007 2008

Centro-Oeste 0 416 640 - - 1

Sudeste 3.314 2.111 2.127 - - 0

Sul 173 215 137 - - 0

Total 3.487 2.742 2.904 0 0 1

Contratados em tempo integral

Contrato de terceiro permanente

Contrato de terceiro projeto

Região 2006 2007 2008 2006 2007 2008

Centro-Oeste 0 1.013 898 0 4.379 6.836

Sudeste 4.037 2.971 3.199 0 0 0

Sul 713 928 741 0 0 0

Total 4.750 4.912 4.838 0 4.379 6.836

(*) Próprios e terceiros, exceto projeto.

PReVenção e ContRoLe de RisCos e doenças

PRÁtiCas tRabaLHistas

tipo de assistência abrangência

Aconselhamento Profissionais VCP e Terceiros

Prevenção e controle de risco Profissionais VCP e Terceiros

Tratamento Ambulatórios Médicos VCP e Rede Credenciada

Educação e treinamento Profissionais VCP e Terceiros

PRoGRamas de assistÊnCia (GRi La8)

tRabaLHadoRes PoR tiPo de emPReGo e ContRato (GRi La1)

Considerados empregados ativos e diretores (não considerados afastados e expatriados).

2006 2007 2008

norte 0 0 0

nordeste 0 0 0

Centro-Oeste 0 1.429 1.538

Sudeste 7.351 5.082 5.326

Sul 886 1.143 878

no exterior 0 0 0

Total 8.237 7.654 7.742

totaL de tRabaLHadoRes (*)

Page 96: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200894

2006 2007 2008

Diretoria 9 8 6

Gerência 182 158 154

Administrativo 403 446 427

Operacional 1777 1420 1432

Supervisão 126 71 63

Técnicos 990 639 822

Total 3.487 2.742 2.904

totaL de PRoFissionais PRÓPRios

RotatiVidade (GRi La2)

2006 % 2007 % 2008 %

taxa de rotatividade – total 14,33% 10,44% 29,19%

Rotatividade por gênero (nº de demitidos)

Homens 426 12% 231 8% 559 19%

Mulheres 82 2% 94 3% 265 9%

Rotatividade por faixa etária (nº de demitidos)

Até 30 anos 221 6% 134 5% 391 13%

De 30 a 50 anos 247 7% 160 6% 399 14%

Mais de 50 anos 40 3% 31 1% 34 1%

Rotatividade por região (nº de demitidos)

Centro-Oeste 157 5% 52 2% 307 11%

Sudeste 351 10% 273 10% 289 10%

Sul - - 228 8%

Page 97: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 95

mensal Por hora (220 h mensais)2006 2007 2008 2006 2007 2008

Salário mínimo nacional – R$ 350 380 415 1,5909 1,7273 1,8864

São Paulo - Menor salário pago (escriturário) – R$

410 517 549 1,8366 2,3500 2,4955

Proporção em relação ao salário mínimo (%)

117 136 132 117 - -

Florestal Sul – Menor salário pago (escriturário) – R$

406 431 528 1,8455 1,9591 2,64

Proporção em relação ao salário mínimo (%)

116 113 110 - - -

Mato Grosso do Sul – Menor salário pago (escriturário) – R$

- 404 415 - 1,8364 1,8864

Proporção em relação ao salário mínimo (%)

- 106 100 - - -

R$ milhões 2004 2005 2006 2007 2008

Salários 157 171 168 119 149

PPR + PRV 14 18 21 21 23

Encargos sociais compulsórios 41 69 64 52 62

Total de benefícios 34 39 45 36 49

RemuneRação

PRoPoRção saLaRiaL (GRi eC5)

FoLHa de PaGamento

Page 98: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200896

TOTAL DE COLABORADORES

SInDICALIZADOS (HR5)

ReLação Com a emPResa

1.171

2006 2007 2008

757677

2008Cd (1)

nº participantes ativos 2,136

Valor das obrigações da Empresa (uS$ milhões) 55.204.992

Índice de cobertura do passivo 100%

Salário-base contribuição – empregado 4,65%

Salário-base contribuição – empresa 3,64%

% empregados participantes 94%

beneFíCios

diVeRsidade e iGuaLdade

PLano de Pensão (GRi eC3)

diVeRsidade* (GRi La13)

(1) CD: Contribuição Definida (Plano VotorantimPrev); CDV: Contribuição Definida Variável (Plano VCnE – fechado para novas adesões).

* Profissionais próprios.

Gênero Faixa etária (anos) Raça/corPessoas com deficiência

Homens mulheres até 30 30 a 50 mais de 50 brancos negros amarelos

Diretoria 6 0 - - - 6 - - -

Gerência 69 9 3 62 13 75 - 3 -

Administrativo 237 190 185 223 19 380 40 7 54

Operacional 1.351 81 541 833 58 1.139 290 3 33

Supervisão /técnicos 752 209 294 605 62 855 93 13 15

Total 2.415 489 1.923 1.723 152 2.455 423 26 102

Page 99: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 97

PRoPoRção de saLÁRio de Homens e muLHeRes (R$ médio mensaL) (GRi La14)

2006 2007 2008Cargo Homens mulheres % Homens mulheres % Homens mulheres %

Diretoria nA nA - nA nA - nA nA -

Gerência 17.159,21 14.183,00 83% 16.917,39 16.079,00 95% 18.049,96 16.272,33 90%

Supervisão/Técnicos 4.526,96 3.169,31 70% 4.839,17 3.460,57 72% 4.767,88 3.315,14 70%

Administrativo 3.183,87 3.197,72 100% 3.311,49 3.185,87 96% 3.673,76 2.891,22 79%

Operacional 1.543,56 601,20 39% 1.270,24 512,14 40% 1.713,03 869,00 51%

2006 2007 2008

Mulheres 494 506 489

negros 122 118 116

Profissionais acima de 45 anos 631 454 479

Pessoas com deficiência 30 114 102

Mulheres em cargo de chefia 12 19 20

negros em cargo de chefia 2 3 3

ComPosição de GRuPos minoRitÁRios

Obs.: Salário-base em 31 de dezembro.

nA – não Aplicável – na VCP há apenas diretores homens.

diReitos Humanos

tReinamento em diReitos Humanos (GRi HR3)

tipos de atividade Participações Horas Participações Horas Participações Horas

Presenciais 1.241 5.632 2.972 12.630 3.590 36.421

Treinet (On-line) 0 0 0 0 0 0

Videotreinamentos e cartilhas 0 0 0 0 0 0

Total 1.241 5.632 2.972 12.630 3.590 36.421

Page 100: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 200898

COnTRIBuIçOES POLÍTICAS *

(VALOR R$ MIL)

2006 2007 2008

não houve

689.500

1.641

saúde e seGuRança oCuPaCionaL

número total2006 2007 2008 % treinado

Próprios 25 25 25 100%

Terceiros 59 75 81 100%

Total 84 100 106 100%

tReinamento de PessoaL de seGuRança (GRi HR8)

* Doações 100% no Brasil

Cidadania e FiLantRoPia CoRPoRatiVa/ inVestimento soCiaL PRiVado

Recursos financeiros investidos (R$ mil) 2007 2008

Programa de apoio a unidades de conservação 3.964 3.730

Programa de educação ambiental 43 122

Programa de monitoramento da qualidade das águas superficiais - 151

Programa comunicação e relacionamento 184

Programa fomento desenvolvimento empresarial 2 201

Programa monitoramento e controle operação transporte 6 85

Plano ambiental de construção 84

Programa adequação infraestrutura 135 853

Programa saúde pública 24 518

Total 4.173 5.928

inVestimento em inFRaestRutuRa e

seRViços em beneFíCio PúbLiCo – (GRi eC8)

(*) 100% doado no Brasil.

desenVoLVimento do CaPitaL Humano

média de HoRas de tReinamento (GRi HR3)

ContRibuiçÕes PoLítiCas* (GRi so6)

2006 2007 2008

Diretoria 1,78 26,00 8,00

Gerência 9,58 46,88 32,76

Administrativo 51,36 100,34 157,78

Operacional 16,41 56,14 286,95

Supervisão 186,98 207,93 362,50

Técnicos 44,04 126,40 68,71

Total 34,07 83,01 193,77

2006 2007 2008

Valor (R$ mil) 1.641 não houve 689,5

Page 101: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 99

ConFoRmidade

PRoCessos

muLtas – (GRi so8)

sançÕes não monetÁRias (GRi so8)

2006 2007 2008

nº de processos pagos

Administrativos 4 6 4

Judiciais 0 1 1

Arbitragem 0 0 0

Total 4 7 5

nº de processos pendentes por decisão

Administrativos 25 27 43

Judiciais 0 1 7

Arbitragem 0 0 0

Total 25 28 50

2006 2007 2008

Pagas 259.149,11 441.887,57 154.553,90

Pendentes por decisão 88.052,00 88.416,00 51.815.558,75

Total 347.201,11 530.303,57 51.970.112,65

2006 2007 2008

Trabalhista SR SR SR

Tributária SR SR SR

Regulação contábil SR SR SR

Corrupção SR SR SR

Discriminação SR SR

Procedimento Preparatório nº 149/2008 do Ministério Público do Trabalho da 4ª Região. Trata-se de termo de ajustamento de conduta.

Violação à legislação SR SR SR

Total 0 0 0

SR – sem registro.

Informações sobre: Estratégia Social – página 18 e Gestão Social – página 44

Page 102: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008100

ReLato da sustentabiLidade

Para a divulgação de seu desempenho, das

perspectivas e de seus modelos de gestão

em 2008, a VCP adotou pelo quarto ano

consecutivo as diretrizes internacionais

da Global Reporting Initiative (GRI), na

versão G-3. A GRI é uma rede de ação

global que colabora no desenvolvimento

de normas de elaboração de relatórios

de sustentabilidade, o que envolve as

dimensões econômica, social e ambiental

das empresas. (GRI 3.1)

A VCP apresenta documento com a

divulgação de seus resultados desde

1999, sendo que o último Relatório Anual

foi publicado em abril de 2007. Essa

estratégia visa estreitar o relacionamento

com os stakeholders – acionistas,

colaboradores, comunidades, fornecedores,

governo e clientes – além de servir como

ferramenta para aprimorar ainda mais seus

modelos de gestão. (GRI 3.2, 3.3)

O levantamento das informações deste

Relatório abrange o período de 1º de

janeiro a 31 de dezembro de 2008.

Os indicadores contemplam a área

administrativa, as unidades industriais e

florestais localizadas nos Estados de São

Paulo (Jacareí, Capão Bonito e Piracicaba)

e Mato Grosso do Sul (Três Lagoas). Os

dados não abrangem a participação de

50% da VCP no Consórcio Conpacel, a

participação em Aracruz, bem como as

terras e florestas localizadas no Estado do

Rio Grande do Sul, salvo quando expresso

o contrário. (GRI 3.6, 3.7, 3.8)

Para o levantamento dos indicadores

GRI e a elaboração da matriz de

materialidade, foi contratada a consultoria

Key Associados. A compilação dos

dados envolveu as principais áreas

da Companhia. A organização das

informações e dos capítulos priorizou a

transparência, com resultados divididos por

segmentos de negócios e as perspectivas

para 2009. Todos os dados, tanto de

natureza econômico-financeira como

ambientais e sociais, foram verificados

pela PricewaterhouseCoopers Auditores

Independentes. Alguns desses indicadores

foram revistos em relação aos dados

publicados no relatório anterior, como

consequência de ajustes, adequadção

da metodologia de cálculo e revisão.

Os indicadores financeiros seguiram as

disposições da Lei nº 11.638/07, que

alterou critérios para contabilização

de itens como ativos no exterior e

investimentos. (GRI 3.9, 3.10; 3.11, 3.13)

Mais informações sobre este relatório

podem ser obtidas com a área de Relações

com Investidores – Alameda Santos,

1357, 9º andar, São Paulo, SP, 01419-908

– e-mail: [email protected], telefone: 55 11

2138 4261/4361/4168/4287. (GRI 3.4)

Page 103: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 101

ReLaCionamento Com PaRtes

inteRessadas

O conteúdo do Relatório Anual de

Sustentabilidade 2008 foi definido em um

processo de identificação da materialidade,

baseado em vetores internacionais

e nacionais e no diálogo com partes

interessadas, para a identificação e o

refinamento de temas relevantes para a

organização e os interesses dos públicos

internos e externos. Como parte desse

processo, destacam-se duas atividades de

engajamento de stakeholders: o Projeto

do Pensamento Sistêmico e o 1º Ciclo de

Diálogo entre as Partes Interessadas.(GRI

3.5, 4.14; 4.15; 4.16)

A primeira envolveu profissionais de

diferentes áreas (Sustentabilidade,

Relações com Investidores, Comercial,

Desenvolvimento Humano e

Organizacional, Suprimentos, entre

outras), em dois dias de debates e

exercícios de Pensamento Sistêmico. na

ocasião, foram coletadas informações

e opiniões, para identificar a percepção

interna a respeito das partes interessadas

sobre as quais a Empresa detém ou sofre

influência significativa.

A segunda atividade, o Ciclo de Diálogo,

contou com a participação de clientes,

fornecedores, representantes de governo,

comunidades e OnGs. Realizado na

sede da VCP, em São Paulo, reuniu

representantes dos seguintes públicos:

OnGs (Guarda Mirim de Piracicaba,

Som Maior, Ecoar Florestal, Centro

Comunitário Monte Alegre e Projeto

Muriqui, Casa da Floresta); governo

(Secretaria do Meio Ambiente de Jacareí);

fornecedores (Fertécnica); clientes

(Papirus); investidores (analista do Banco

Real / Grupo Santander) e público interno

(representado por profissionais das

áreas de Sustentabilidade, Relações com

Investidores e Comercial Celulose).

Essas práticas contribuíram

significativamente para a identificação

dos temas materiais, possibilitando que

o processo de engajamento amadureça

ao seu tempo, de forma estruturada e

consistente. nessa definição foram ainda

ponderados os compromissos assumidos

pela VCP com iniciativas externas (a

exemplo de Pacto Global, certificações

de qualidade e outras) e nos índices de

sustentabilidade em que está presente (ISE,

da Bovespa e Dow Jones Sustainability

Index, da nYSE). no eixo interno, levou-

se em conta as estratégias e políticas da

Companhia e os compromissos relatados

no Relatório de Sustentabilidade de 2007.

O processo permitiu identificar os principais

temas e preocupações dos públicos de

relacionamento da VCP (GRI 4.17):

• Compromissos Econômicos, Ambientais

e Sociais;

• Desempenho Econômico;

• Operações Florestais e Industriais;

• Políticas / Sistema de Gestão

do Meio Ambiente;

• Emissões, Efluentes e Resíduos;

• Investimento Social Privado;

• Indicadores de Práticas Trabalhistas;

• Atração e Retenção de Talento;

• Cidadania / Filantropia Corporativa.

Foram considerados 40 temas, dos quais

37 reconhecidos como materiais. De

acordo com o grau de relevância, foram

situados em quatro quadrantes da matriz

de materialidade, de forma a identificar os

aspectos que devem ser considerados na

versão eletrônica e no relatório impresso,

assim como os temas que não foram

considerados de relevância significativa

para o relato de 2008. Foram considerados

os temas que detiveram índices externo

e interno superior a 50%, a partir de

critérios de ponderação e definição dos

parâmetros construídos e determinados

pela consultoria externa.

Esses temas foram validados pela Diretoria

da VCP, considerados na elaboração deste

relatório e serão avaliados e trabalhados

como parte do planejamento estratégico

da organização.

Page 104: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008102

matRiz de mateRiaLidade – metodoLoGia etHos

Page 105: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 103

Ciclo de diálogo com partes interessadas

temas para o Relatório impresso indicadores GRi

• Compromissos econômicos, ambientais e sociais 4.10, 4.11, 4.12. 4.13, En14, En26, En30

• Desempenho econômico EC1, En30

• Operações florestais e industriais En11, En12, En13, En15

• Políticas / Sistema de Gestão do Meio Ambiente En6, En18, En26, En30

• Emissões, efluentes e resíduos En16, En17, En19, En20, En21, En22, En23, En24, En25, En29

• Investimento social privado EC6, EC8

• Indicadores de práticas trabalhistas 4.5, EC3, EC5, LA1, LA2, LA3, LA4, LA5, LA6, LA13, HR5

• Atração e retenção de talento EC3

• Cidadania / filantropia corporativa SO6

• Compromissos voluntários (ex. Pacto Global, certificação FSC, etc.) 4.2, LA4, LA5, PR2, PR4, PR6

• Códigos de Conduta / compliance / corrupção e suborno SO3, SO4

• Conformidade legal, multas e sanções. LA7, LA9, PR2, PR3, PR4, PR6, PR7, PR9, En15, En24, En28

• Reclamações externas pertinentes1.2, 4.4, 4.12, 4.14, 4.15, 4.16, 4.17, EC8, LA4, HR2, HR5, HR6, HR7,

HR9, SO5, SO6, SO7, SO8, PR2, PR4, PR5, PR7, PR8, En9, En11, En12, En13, En14, En15, En23, En24, En29

temas para o Relatório on-line – Completo

• Estratégias e objetivos para sustentabilidade En14, En26; 4.7, 4.9

• Matriz de materialidade e relacionamento com partes interessadas 3.5, 4.14, 4.15, 4.17

• Gestão de riscos: investimentos, negócios e seguros EC2, HR5, HR6, SO2, SO4

• Estratégias de negócios

• Investimento de capital EC4

• Missão, Visão e Valores da VCP 4.6, 4.8

• Satisfação de clientes PR5, PR8

• Gerenciamento de risco e crise, governança corporativa 1.2, SO3, SO4

• Gerenciamento de relações com o cliente PR6

• Seguros ambientais

• Fornecedores socioambientais (corretos) HR2, HR6, HR7

Page 106: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008104

1 – base de Cálculo 2008 Valor (mil reais) 2007 Valor (mil reais)

Receita líquida (RL) 2.487.099 2.614.364

Resultado operacional (RO) (1.787.079) 817.018

Folha de pagamento bruta (FPB) 282.704 191.435

2 – indicadores sociais internos Valor (R$ mil) % sobre FPb % sobre RL Valor (R$ mil) % sobre FPb % sobre RL

Alimentação 9.326 3,30% 0,37% 7.031 3,67% 0,27%

Encargos sociais compulsórios 62.328 22,05% 2,51% 51.685 27,00% 1,98%

Previdência privada 4.554 1,61% 0,18% 4.839 2,53% 0,19%

Saúde 12.814 4,53% 0,52% 9.773 5,11% 0,37%

Segurança e saúde no trabalho 4.836 1,71% 0,19% 2.538 1,33% 0,10%

Educação 0,40 0,00% 0,0% 80 0,04% 0,00%

Cultura 0 - - 0 - -

Capacitação e desenvolvimento profissional 4.598 1,63% 0,18% 3.181 1,66% 0,12%

Creches ou auxílio-creche 223 0,08% 0,01% 160 0,08% 0,01%

Participação nos lucros ou resultados 23.109 8,17% 0,93% 20.621 10,77% 0,79%

Outros 17.248 6,10% 0,69% 11.319 5,91% 0,43%

total – indicadores sociais internos 139.036 49,18% 5,59% 111.226 58,10% 4,25%

3 – indicadores sociais externos Valor (R$ mil) % sobre Ro % sobre RL Valor (R$ mil) % sobre Ro % sobre RL

Educação 3.112 -0,17% 0,13% 736 0,09% 0,03%

Cultura 0 0,00% 0,00% 0 0,00% 0,00%

Esporte 103 -0,01% 0,00% 2,42 0,00% 0,00%

Outros 1.238 -0,07% 0,05% 2484 0,30% 0,10%

total das contribuições para a sociedade 4.453 -0,25% 0,18% 3.222 0,39% 0,12%

Tributos (excluídos encargos sociais) 93.301 -5,22% 3,75% 163.797 20,05% 6,27%

total – indicadores sociais externos 97.754 -5,47% 3,93% 167.019 20,44% 6,39%

4 – indicadores ambientais Valor (R$ mil) % sobre Ro % sobre RL Valor (R$ mil) % sobre Ro % sobre RL

Investimentos relacionados com a produção/operação da Empresa 56.467 -3,16% 2,27% 31.006 3,80% 1,19%

Investimentos em programas e/ou projetos externos 915 -0,05% 0,04% R$56 0,01% 0,00%

total dos investimentos em meio ambiente 57.382 -3,21% 2,31% 31.062 3,80% 1,19%

Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” para minimizar resíduos, ao consumo em geral na produção/ operação e ao aumento da eficácia na utilização de recursos naturais, a Empresa

( ) não possui metas ( ) cumpre de 51% a 75%

( ) cumpre de 0% a 50% (X) cumpre de 76% a 100%

( ) não possui metas ( ) cumpre de 51% a 75%

( ) cumpre de 0% a 50% (X) cumpre de 76% a 100%

BALAnçO SOCIAL

Page 107: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 105

5 – indicadores do Corpo Funcional 2008 2007

nº de empregados(as) ao final do período 2.904 2.742

nº de admissões durante o período 977 477

nº de empregados(as) terceirizados(as) 4.838 4.912

nº de estagiários(as) 32 0

nº de empregados(as) acima de 45 anos 479 454

nº de mulheres que trabalham na Empresa 489 506

% de cargos de chefia ocupados por mulheres 8,93% 7,98%

nº de negros(as) que trabalham na Empresa 116 118

% de cargos de chefia ocupados por negros(as) 1,34% 1,26%

nº de portadores(as) de deficiência ou necessidades especiais 102 114

6 – informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial 2008 meta 2009

Relação entre a maior e a menor remuneração na Empresa 77,53 nD

número total de acidentes de trabalho 30 nD

Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela Empresa foram definidos por: ( ) direção

(X) direção e gerências

( ) todos(as) empregados(as) ( ) direção

(X) direção e gerências

( ) todos(as) empregados(as)

Os padrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram definidos por:

(X) direção e gerências

( ) todos(as) empregados(as) ( ) todos(as) + Cipa

(X) direção e gerências

( ) todos(as) empregados(as)

( ) todos(as) + Cipa

Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à representação interna dos(as) trabalhadores(as), a Empresa: ( ) não se envolve

( ) segue as normas da OIT

(X) incentiva e segue a OIT ( ) não se envolverá

( ) seguirá as normas da OIT

(X) incentivará e seguirá a OIT

A previdência privada contempla: ( ) direção( ) direção e

gerências(X) todos(as)

empregados(as) ( ) direção( ) direção e

gerências(X) todos(as)

empregados(as)

A participação nos lucros ou resultados contempla: ( ) direção( ) direção e

gerências(X) todos(as)

empregados(as) ( ) direção( ) direção e

gerências(X) todos(as)

empregados(as)

na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social e ambiental adotados pela Empresa:

( ) não são considerados ( ) são sugeridos (X) são exigidos

( ) não serão considerados ( ) serão sugeridos

(X) serão exigidos

Quanto à participação de empregados(as) em programas de trabalho voluntário, a Empresa: ( ) não se envolve (X) apoia

( ) organiza e incentiva ( ) não se envolverá (X) apoirá

( ) organizará e incentivará

número total de reclamações e críticas de consumidores(as):

na Empresa

nD

no Procon

nD

na Justiça

nD

na Empresa

nD

no Procon

nD

na Justiça

nD

% de reclamações e críticas atendidas ou solucionadas:

na Empresa

nD

no Procon

nD

na Justiça

nD

na Empresa

nD

no Procon

nD

na Justiça

nD

Valor adicionado total a distribuir (em mil R$): em 2008: 2.198.396 em 2007: 3.350.095

Distribuição do Valor Adicionado (DVA): (GRI EC1)

84% governo 15% colaboradores (as)

0% acionistas 149% terceiros 60% retido14% governo 11% colaboradores (as)

9% acionistas 50% terceiros 16% retido

7 – outras informações

Para esclarecimento sobre as informações declaradas: Relações com Investidores – tel.: (11) 2138-4361 – e-mail: [email protected]

Esta empresa não utiliza mão de obra infantil, trabalho degradante e análogo à escravidão, não tem envolvimento com prostituição ou exploração sexual de criança ou adolescente e não está envolvida com corrupção.

nossa empresa valoriza e respeita a diversidade interna e externamente.

Page 108: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008106

SuMÁRIO GRI (GRI 3.12)

Correlação com o Pacto Global

Princípio do Pacto Global

Página / Comentário

1. estRatéGia e anÁLise

1.1. Declaração do detentor do cargo com maior poder de decisão na organização (como diretor-presidente, presidente do conselho de administração ou cargo equivalente) sobre a relevância da sustentabilidade para a organização e sua estratégia.

3, 5

1.2. Descrição dos principais impactos, riscos e oportunidades. 21, 27

2. PeRFiL oRGanizaCionaL

2.1. nome da organização. 7

2.2. Principais marcas, produtos e/ou serviços. 7

2.3. Estrutura operacional da organização, incluindo principais divisões, unidades operacionais, subsidiárias e joint ventures.

7

2.4. Localização da sede da organização. 112

2.5. número de países em que a organização opera e nome dos países em que suas principais operações estão localizadas ou são especialmente relevantes para as questões de sustentabilidade cobertas pelo relatório.

7

2.6. Tipo e natureza jurídica da propriedade. 8

2.7. Mercados atendidos (incluindo discriminação geográfica, setores atendidos e tipos de clientes/ beneficiários).

7

2.8. Porte da organização. 8, 78

2.9. Principais mudanças durante o período coberto pelo relatório referentes a porte, estrutura ou participação acionária.

8

2.10. Prêmios recebidos no período coberto pelo relatório. 12, 13

3. PaRâmetRos PaRa o ReLatÓRio

Perfil do relatório

3.1. Período coberto pelo relatório (como ano contábil/ civil) para as informações apresentadas. 100

3.2. Data do relatório anterior mais recente (se houver). 100

3.3. Ciclo de emissão de relatórios (anual, bienal etc.). 100

3.4. Dados para contato em caso de perguntas relativas ao relatório ou seu conteúdo. 100

escopo e limite do relatório

3.5. Processo para a definição do conteúdo do relatório. 101

3.6. Limite do relatório (como países, divisões, subsidiárias, instalações arrendadas, joint ventures, fornecedores).

100

3.7. Declaração sobre quaisquer limitações específicas quanto ao escopo ou ao limite do relatório. 100

3.8. Base para a elaboração do relatório no que se refere a joint ventures, subsidiárias, instalações arrendadas, operações terceirizadas e outras organizações que possam afetar significativamente a comparabilidade entre períodos e/ou entre organizações.

100

3.9. Técnicas de medição de dados e as bases de cálculos, incluindo hipóteses e técnicas, que sustentam estimativas aplicadas à compilação dos indicadores e outras informações do relatório.

100

Page 109: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 107

3.10. Explicação das consequências de quaisquer reformulações de informações fornecidas em relatórios anteriores e as razões para tais reformulações (como fusões ou aquisições, mudança no período ou ano-base, na natureza do negócio, em métodos de medição).

100

3.11. Mudanças significativas em comparação com anos anteriores no que se refere a escopo, limite ou métodos de medição aplicados no relatório.

100

sumário de conteúdo GRi

3.12. Tabela que identifica a localização das informações no relatório. 105

Verificação

3.13. Política e prática atual relativa à busca de verificação externa para o relatório. Se a verificação não for incluída no relatório de sustentabilidade, é preciso explicar o escopo e a base de qualquer verificação externa fornecida, bem como a relação entre a organização relatora e o (s) auditor (es).

100

4. GoVeRnança, ComPRomissos e enGajamento

Governança

4.1. Estrutura de governança da organização, incluindo comitês sob o mais alto órgão de governança responsável por tarefas específicas, tais como estabelecimento de estratégia ou supervisão da organização

1 a 10 24

4.2. Indicação caso o presidente do mais alto órgão de governança também seja um diretor executivo (e, se for o caso, suas funções dentro da administração da organização e as razões para tal composição).

1 a 10 24

4.3. Declaração do número de membros independentes ou não executivos do mais alto órgão de governança. 1 a 10 24

4.4. Mecanismos para que acionistas e empregados façam recomendações ou deem orientações ao mais alto órgão de governança.

1 a 10 23

4.5. Relação entre remuneração para membros do mais alto órgão de governança, diretoria executiva e demais executivos e o desempenho da organização (incluindo desempenho social e ambiental).

1 a 10 26

4.6. Processos em vigor no mais alto órgão de governança para assegurar que conflitos de interesse sejam evitados. 1 a 10 25, 29

4.7. Processo para determinação das qualificações e conhecimento dos membros do mais alto órgão de governança para definir a estratégia da organização para questões relacionadas a temas econômicos, ambientais e sociais.

1 a 10 24, 25

4.8. Declarações de missão e valores, códigos de conduta e princípios internos relevantes para o desempenho econômico, ambiental e social, assim como o estágio de sua implementação.

1 a 10 19, 25, 29

4.9. Procedimentos do mais alto órgão de governança para supervisionar a identificação e gestão por parte da organização do desempenho econômico, ambiental e social, incluindo riscos e oportunidades relevantes, assim como a adesão ou conformidade com normas acordadas internacionalmente, códigos de conduta e princípios.

1 a 10 15, 26

4.10. Processos para a autoavaliação do desempenho do mais alto órgão de governança, especialmente com respeito ao desempenho econômico, ambiental e social.

1 a 10 26

Compromissos com iniciativas externas

4.11. Explicação de se e como a organização aplica o princípio da precaução. 7 28

4.12. Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente de caráter econômico, ambiental e social que a organização subscreve ou endossa.

10

4.13. Participação em associações (como federações de indústrias) e/ou organismos nacionais/ internacionais. 30

engajamento dos stakeholders

4.14. Relação de grupos de stakeholders engajados pela organização. 101

4.15. Base para a identificação e seleção de stakeholders com os quais se engajar. 101

4.16. Abordagens para o engajamento dos stakeholders, incluindo a frequência do engajamento por tipo e por grupos de stakeholders.

101

4.17. Principais temas e preocupações que foram levantados por meio do engajamento dos stakeholders e que medidas a organização tem adotado para tratá-los.

101

Page 110: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008108

InDICADORES DE DESEMPEnHO

Correlação com o Pacto Global

Princípio do Pacto Global

Página / Comentário

indiCadoRes de desemPenHo eConômiCo

Forma de gestão 1, 4, 6 e 711, 15, 16, 20, 23,

26, 27, 31, 34

desempenho econômico

eC1 Valor econômico direto gerado e distribuído, incluindo receitas, custos operacionais, remuneração de empregados, doações e outros investimentos na comunidade, lucros acumulados e pagamentos para provedores de capital e governos.

77

eC2 Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as atividades da organização devido a mudanças climáticas.

7 17

eC3 Cobertura das obrigações do plano de pensão de benefício definido que a organização oferece. 96

eC4 ajuda financeira significativa recebida do governo.

Indicador não é apresentado por

sensibilidade das informações.

Presença no mercado

eC5 Variação da proporção do salário mais baixo comparado ao salário mínimo local em unidades operacionais importantes.

1 95

eC6 Políticas, práticas e proporção de gastos com fornecedores locais em unidades operacionais importantes. 31, 32

eC7 Procedimentos para contratação local e proporção de membros de alta gerência recrutados na comunidade local em unidades operacionais importantes.

6 47, 90

impactos econômicos indiretos

eC8 Desenvolvimento e impacto de investimentos em infraestrutura e serviços oferecidos, principalmente para benefício público, por meio de engajamento comercial, em espécie ou atividades pro bono.

57 a 62, 98

eC9 Identificação e descrição de impactos econômicos indiretos significativos, incluindo a extensão dos impactos.

63, 64

indiCadoRes de desemPenHo ambientaL

Forma de gestão 7, 8 e 9 17, 18, 36

materiais

en1 Materiais usados por peso ou volume. 8 83

en2 Percentual dos materiais usados provenientes de reciclagem. 8, 9

A VCP não utiliza materiais recicláveis

em seu processo produtivo.

energia

en3 Consumo de energia direta discriminado por fonte de energia primária. 8 83

en4 Consumo de energia indireta discriminado por fonte primária. 8 81, 82

en5 Energia economizada devido a melhorias em conservação e eficiência. 8, 9 81

en6 Iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia, ou que usem energia gerada por recursos renováveis, e a redução na necessidade de energia resultante dessas iniciativas.

8, 9 -

en7 Iniciativas para reduzir o consumo de energia indireta e as reduções obtidas. 8, 9 40

Page 111: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 109

Água

en8 Total de retirada de água por fonte. ADIC. 8 83

en9 Fontes hídricas significativamente afetadas por retirada de água. 8 41

en10 Percentual e volume total de água reciclada e reutilizada. 8, 9 81

biodiversidade

en11 Localização e tamanho da área possuída, arrendada ou administrada dentro de áreas protegidas, ou adjacente a elas, e áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas.

8 43, 86

en12 Descrição de impactos significativos na biodiversidade de atividades, produtos e serviços em áreas protegidas e em áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas.

8 38

en13 Habitats protegidos ou restaurados. 8 43, 87

en14 Estratégias, medidas em vigor e planos futuros para a gestão de impactos na biodiversidade. 8 36, 43

en15 número de espécies na Lista Vermelha da IuCn e em listas nacionais de conservação com habitats em áreas afetadas por operações, discriminadas pelo nível de risco de extinção.

8 87

emissões, efluentes e resíduos

en16 Total de emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa, por peso. 8 84

en17 Outras emissões indiretas relevantes de gases de efeito estufa, por peso. 8 84

en18 Iniciativas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e as reduções obtidas. 7, 8, 9 38

en19 Emissões de substâncias destruidoras da camada de ozônio, por peso. 8 84

en20 nOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas, por tipo e peso. 8 85

en21 Descarte total de água, por qualidade e destinação. 8 85

en22 Peso total de resíduos, por tipo e método de disposição. 8 86

en23 número e volume total de derramamentos significativos. 8não foram registrados

en24 Peso de resíduos transportados, importados, exportados ou tratados considerados perigosos nos termos da Convenção da Basileia13 – Anexos I, II, III e VIII, e percentual de carregamentos de resíduos transportados internacionalmente.

8

não se aplica aos resíduos gerenciados,

que não foram transportados

internacionalmente

en25 Identificação, tamanho, status de proteção e índice de biodiversidade de corpos d’água e habitats relacionados significativamente afetados por descartes de água e drenagem realizados pela organização relatora.

8

O descarte não é significativo (0,9%

da vazão do Rio Paraíba do Sul e 0,2% do Rio

Piracicaba)

Produtos e serviços

en26 Iniciativas para mitigar os impactos ambientais de produtos e serviços e a extensão da redução desses impactos. 7, 8, 9 37, 38

en27 Percentual de produtos e suas embalagens recuperados em relação ao total de produtos vendidos, por categoria de produto.

8, 9não há recuperação

de produtos e embalagens

Conformidade

en28 Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não monetárias resultantes da não conformidade com leis e regulamentos ambientais.

8 67, 68

transporte

en29 Impactos ambientais significativos do transporte de produtos e outros bens e materiais utilizados nas operações da organização, bem como do transporte de trabalhadores.

8 38

Geral

en30 Total de investimentos e gastos em proteção ambiental, por tipo. 7, 8, 9 81

Page 112: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008110

indiCadoRes de desemPenHo soCiaL

PRÁtiCas tRabaLHistas e tRabaLHo deCente

Forma de gestão 1, 3 e 6 17, 44

emprego

La1 Total de trabalhadores, por tipo de emprego, contrato de trabalho e região. 51, 93

La2 número total e taxa de rotatividade de empregados, por faixa etária, gênero e região. 6 94

La3 Benefícios oferecidos a empregados de tempo integral que não são oferecidos a empregados temporários ou em regime de meio período, discriminados pelas principais operações.

52

Relações entre os trabalhadores e a governança

La4 Percentual de empregados abrangidos por acordos de negociação coletiva. 1, 3 52

La5 Prazo mínimo para notificação com antecedência referente a mudanças operacionais, incluindo se esse procedimento está especificado em acordos de negociação coletiva.

3 52

saúde e segurança no trabalho

La6 Percentual dos empregados representados em comitês formais de segurança e saúde, compostos por gestores e por trabalhadores, que ajudam no monitoramento e aconselhamento sobre programas de segurança e saúde ocupacional.

1 48

La7 Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo e óbitos relacionados ao trabalho, por região.

1 91, 92

La8 Programas de educação, treinamento, aconselhamento, prevenção e controle de risco em andamento para dar assistência a empregados, seus familiares ou membros da comunidade com relação a doenças graves.

1 49, 50, 93

La9 Temas relativos a segurança e saúde cobertos por acordos formais com sindicatos. 1 48

treinamento e educação

La10 Média de horas de treinamento por ano, por funcionário, discriminadas por categoria funcional. 88

La11 Programas para gestão de competências e aprendizagem contínua que apoiam a continuidade da empregabilidade dos funcionários e para gerenciar o fim da carreira.

44

La12 Percentual de empregados que recebem regularmente análises de desempenho e de desenvolvimento de carreira.

45, 89

diversidade e igualdade de oportunidades

La13 Composição dos grupos responsáveis pela governança corporativa e discriminação de empregados por categoria, de acordo com gênero, faixa etária, minorias e outros indicadores de diversidade.

1, 6 96

La14 Proporção de salário base entre homens e mulheres, por categoria funcional. 1, 6 97

diReitos Humanos

Forma de gestão 1, 2, 3, 4, 5 e 6 56

Práticas de investimento e de processos de compra

HR1 Percentual e número total de contratos de investimentos significativos que incluam cláusulas referentes a direitos humanos ou que foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos.

1, 2, 3, 4, 5 e 6 33, 56

HR2 Percentual de empresas contratadas e fornecedores críticos que foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos e as medidas tomadas.

1, 2, 3, 4, 5 e 6 33

HR3 Total de horas de treinamento para empregados em políticas e procedimentos relativos a aspectos de direitos humanos relevantes para as operações, incluindo o percentual de empregados que recebeu treinamento.

1, 2, 3, 4, 5 e 6 98

Page 113: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 111

não discriminação

HR4 número total de casos de discriminação e as medidas tomadas. 1,2 e 6 53

Liberdade de associação e negociação coletiva

HR5 Operações identificadas em que o direito de exercer a liberdade de associação e a negociação coletiva pode estar correndo risco significativo e as medidas tomadas para apoiar esse direito.

1, 2 e 3 52

trabalho infantil

HR6 Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência de trabalho infantil e as medidas tomadas para contribuir para a abolição do trabalho infantil.

1, 2 e 5 33, 56

trabalho forçado ou análogo ao escravo

HR7 Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência de trabalho forçado ou análogo ao escravo e as medidas tomadas para contribuir para a erradicação do trabalho forçado ou análogo ao escravo.

1, 2 e 4 33, 56

Práticas de segurança

HR8 Percentual do pessoal de segurança submetido a treinamento nas políticas ou procedimentos da organização relativos a aspectos de direitos humanos que sejam relevantes às operações.

1 e 2 53, 98

direitos indígenas

HR9 número total de casos de violação de direitos dos povos indígenas e medidas tomadas. 1 e 2 56

soCiedade

Forma de gestão 10 18, 54, 55

Comunidade

so1 natureza, escopo e eficácia de quaisquer programas e práticas para avaliar e gerir os impactos das operações nas comunidades, incluindo a entrada, operação e saída.

54, 55

Corrupção

so2 Percentual e número total de unidades de negócios submetidas a avaliações de riscos relacionados a corrupção. 10 29

so3 Percentual de empregados treinados nas políticas e procedimentos anticorrupção da organização. 10 29

so4 Medidas tomadas em resposta a casos de corrupção. 10 29

Políticas públicas 10

so5 Posições quanto a políticas públicas e participação na elaboração de políticas públicas e lobbies. 1 a 10 30

so6 Valor total de contribuições financeiras e em espécie para partidos políticos, políticos ou instituições relacionadas, discriminadas por país.

10 55

Concorrência desleal

so7 número total de ações judiciais por concorrência desleal, práticas de truste e monopólio e seus resultados.

não foram registradas

Conformidade

so8 Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não monetárias resultantes da não conformidade com leis e regulamentos.

99

Page 114: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008112

Autodeclarado

C C+ B+ A+2002“de acordo com” B A

Obrig

atór

io

níVeL de aPLiCação GRi

A VCP declara ter atingido nível A+ de aplicação do GRI/G3, com dados econômico-

financeiros, sociais e ambientais auditados e nível de aderência verificado pela

PricewaterhouseCoopers.

ResPonsabiLidade PeLo PRoduto

Forma de gestão 1 e 8 64

saúde e segurança do cliente

PR1 Fases do ciclo de vida de produtos e serviços em que os impactos na saúde e segurança são avaliados visando melhoria, e o percentual de produtos e serviços sujeitos a esses procedimentos.

1 64

PR2 número total de casos de não conformidade com regulamentos e códigos voluntários relacionados aos impactos causados por produtos e serviços na saúde e segurança durante o ciclo de vida, discriminados por tipo de resultado.

1não foram registrados

Rotulagem de produtos e serviços

PR3 Tipo de informação sobre produtos e serviços exigida por procedimentos de rotulagem, e o percentual de produtos e serviços sujeitos a tais exigências.

8 65

PR4 número total de casos de não conformidade com regulamentos e códigos voluntários relacionados a informações e rotulagem de produtos e serviços, discriminados por tipo de resultado.

8não foram registrados

PR5 Práticas relacionadas à satisfação do cliente, incluindo resultados de pesquisas que medem essa satisfação. 66

Comunicações de marketing

PR6 Programas de adesão às leis, normas e códigos voluntários relacionados a comunicações de marketing, incluindo publicidade, promoção e patrocínio.

66

PR7 número total de casos de não conformidade com regulamentos e códigos voluntários relativos a comunicações de marketing, incluindo publicidade, promoção e patrocínio, discriminados por tipo de resultado.

não foram registrados

PR8 número total de reclamações comprovadas relativas à violação de privacidade e perda de dados de clientes. 1não foram registradas

Compliance

PR9 Valor monetário de multas (significativas) por não conformidade com leis e regulamentos relativos ao fornecimento e uso de produtos e serviços.

não foram registradas

Page 115: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 113

InFORMAçÕES CORPORATIVAS

ConseLHo de administRação

Paulo Henrique de Oliveira Santos –

Presidente

João Carvalho de Miranda

José Luciano Penido

ConseLHo FisCaL/ComitÊ

de auditoRia

Samuel de Paulo Matos

João Carlos Hopp

Haroldo do Rosário Vieira

diRetoRia exeCutiVa

José Luciano Penido – diretor-presidente

Ari Borg – diretor Comercial

Celulose

Carlos Roberto Paiva Monteiro – diretor

de engenharia

Francisco Fernandes Campos Valério –

diretor técnico e industrial

Marcelo Strufaldi Castelli – diretor

de negócio Papel,

supply Chain e estratégia

Miguel Caldas – diretor de

desenvolvimento

Humano e organizacional

Paulo Prignolato – diretor de Finanças

e Relações com investidores

endeReço

VCP – Votorantim Celulose e Papel

Alameda Santos, 1.357 – 6º andar

01419-908 – São Paulo – SP – Brasil (GRI 2.4)

www.vcp.com.br

CnPJ: 60.643.228/0001-21

IE: 100.550.127.115

seRViços aos inVestidoRes /

dePaRtamento de aCionistas

serviço de ações escriturais

Assessoria de Investfone

Banco Itaú

Tel.: 55 11 5029-7780

Fax: 55 11 3247-3120

Av. Engenheiro Armando de Arruda

Pereira, 707 - 10º andar

Bairro: Jabaquara – São Paulo

04344-902 – São Paulo – SP

[email protected]

banCo dePositÁRio dos adss níVeL iii

The Bank of new York

Shareholder Relations

P.O. Box 11258

Church Street Station

new York, nY 10286-1258

Tel.: 1 610 382-7836

e-mail: [email protected]

www.stockbny.com

esPeCiaLista em adss na boLsa de

VaLoRes de noVa YoRk – nYse

LaBranche & Co

Tel.: 1 212 820-0411

55 Broadway, 25th Floor

new York, nY 10006 - uSA

e-mail: [email protected]

CÓdiGos de neGoCiação nas boLsas

nível I – Bovespa: VCPA4

ADR nível III – nYSE: VCP

uma ADR equivale a uma ação preferencial

ReLaçÕes Com inVestidoRes

Paulo Prignolato – Diretor

Gustavo C. Barreira – Gerente

Mara B. Dias

Anna Laura F. Linkewitsch

Alameda Santos, 1.357 – 9º andar

01419-908 – São Paulo – SP – Brasil

Tel.: 55 11 2138-4261

Fax: 55 11 2138-4066

e-mail: [email protected]

auditoRes indePendentes

Terco Grant Thornton Auditores

Independentes

Av. das nações unidas, 12.995,

13º, 14º e 15º andares

Brooklin novo, São Paulo - SP

Brasil - CEP 04578.000

Tel.: 55 11 3054-0000

Fax: 55 11 3054-0077

Page 116: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008114

CRÉDITOS

CooRdenação: GeRÊnCia de ReLaçÕes Com inVestidoRes

ConsuLtoRia GRi: keYassoCiados Ltda.

Redação: editoRa Contadino

desiGn GRÁFiCo: tHemediaGRouP

Fotos: tiCo utiYama

aCeRVo VCP

Page 117: VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

VCP RElAtóRIO AnuAl DE SuStEntABIlIDADE 2008 115

Relatório de asseguração limitada dos auditores independentes sobre o RelatórioAnual de Sustentabilidade de 2008 da Votorantim Celulose e Papel S.A.

Aos Srs. AdministradoresVotorantim Celulose e Papel S.A.

Introdução

Fomos contratados com objetivo de realizarmos um trabalho de asseguração limitada doRelatório Anual de Sustentabilidade da Votorantim Celulose e Papel S.A., do exercíciosocial de 2008, preparado sob a responsabilidade da administração da VotorantimCelulose e Papel S.A.. Esta responsabilidade inclui o desenho, a implementação e amanutenção de controles internos para a adequada elaboração e apresentação doRelatório Anual de Sustentabilidade. Nossa responsabilidade é emitir um relatório deasseguração limitada das informações divulgadas no Relatório Anual de Sustentabilidadeda Votorantim Celulose e Papel S.A. do exercício social de 2008.

Procedimentos Aplicados

O trabalho de asseguração limitada foi realizado de acordo com as Normas eProcedimentos da Asseguração - NPO-01 emitidas pelo IBRACON, Instituto dos AuditoresIndependentes do Brasil, e compreendeu: (i) o planejamento dos trabalhos, considerandoa relevância e o volume das informações apresentadas no Relatório Anual deSustentabilidade de 2008 da Votorantim Celulose e Papel S.A.; (ii) a obtenção doentendimento dos controles internos; (iii) a constatação, com base em testes, dasevidências que dão suporte aos dados quantitativos e qualitativos do Relatório Anual deSustentabilidade; (iv) entrevistas com os gestores responsáveis pelas informações; e (v)confronto das informações de natureza financeira com os registros contábeis. Dessaforma, os procedimentos aplicados acima foram considerados suficientes para permitir umnível de segurança limitada e, por conseguinte, não contemplam aqueles requeridos paraemissão de um relatório de asseguração mais ampla, como conceituado nas Normas eProcedimentos de Asseguração – NPO-01.

Escopo e Limitações

Nosso trabalho teve como objetivo verificar e avaliar se os dados incluídos no RelatórioAnual de Sustentabilidade de 2008 da Votorantim Celulose e Papel S.A., no que tange àobtenção de informações qualitativas, à medição e aos cálculos de informaçõesquantitativas, se apresentam em conformidade com os seguintes critérios: (i) a NormaBrasileira de Contabilidade NBC T 15 – Informações de Natureza Social e Ambiental; e (ii)as diretrizes para relatórios de sustentabilidade do Global Reporting Initiative (GRI G3). Asopiniões, informações históricas e informações descritivas e sujeitas a avaliaçõessubjetivas não estão no escopo dos trabalhos desenvolvidos.

Nível de Aplicação GRI G3

Seguindo as diretrizes e critérios do GRI G3, a Votorantim Celulose e Papel S.A.declara um Nível de Aplicação A+ em seu Relatório Anual de Sustentabilidade de 2008.Os procedimentos aplicados foram suficientes para nos assegurarmos de que o nível deaplicação declarado pela Votorantim Celulose e Papel S.A. está de acordo com asdiretrizes e critérios estabelecidos pelo GRI G3.

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Conclusão

Baseados em nossa revisão, não temos conhecimento de qualquer modificação relevanteque deva ser procedida nas informações contidas no Relatório Anual de Sustentabilidadeda Votorantim Celulose e Papel S.A. relativas ao exercício social findo em 31 dedezembro de 2008, para que essas informações estejam apresentadas adequadamente,em todos os aspectos relevantes, em relação aos critérios utilizados, definidos pela NormaBrasileira de Contabilidade NBC T 15 e as diretrizes e critérios do GRI G3.

São Paulo, 29 de maio de 2009.

PricewaterhouseCoopersAuditores IndependentesCRC 2SP000160/O-5

Carlos Eduardo Guaraná MendonçaContador CRC 1SP196994/O-2