relatório anual de sustentabilidade 2009

Novos Caminhos para um Novo Tempo.Relatório de Sustentabilidade 2009

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Relatório de Sustentabilidade 2009 2

Dois mil e nove foi um ano muito especial. Ano em que o mundo todo atravessou uma grave crise fi nanceira, em que a questão da sustentabilidade conquistou grande destaque com a COP15* e em que o Brasil fi rmou-se como força relevante no cenário global. Ano em que a Klabin completou 110 anos de atividades.Maior produtora, exportadora e recicladora de papéis do Brasil, a Klabin encarou 2009 com a determinação, a disciplina e a responsabilidade de quem, há mais de um século, participa da história e do desenvolvimento do Brasil, trabalhando para transformar, com o comprometimento de todos, a crise global em oportunidade. Oportunidade de renovação, de inovação, de reinvenção. Oportunidade de melhorar processos, de aumentar produtividade, de construir novas soluções, novos caminhos. Foi nesse ambiente desafi ador que a Klabin construiu os resultados que apresentamos a seguir. E é a partir da certeza de que estes desafi os continuarão cada vez maiores que a empresa se prepara para o futuro. Um futuro que exigirá ainda mais disciplina, mais criatividade, mais determinação e mais responsabilidade. E em que, cada vez mais, a competitividade, a inovação e o compromisso com o desenvolvimento sustentável serão fatores determinantes para o sucesso.

Mais do que um tema ou uma síntese de realizações, um desafi o para os próximos 110 anos e um compromisso com o futuro.

Novos Caminhos para um Novo Tempo.

(*) Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, realizada em 2009, na cidade de Copenhague.


3Relatório de Sustentabilidade 2009 3

1. PERFIL 4

1.1 Presença no Mundo 5

1.2 Mapa das Operações 7

1.3 Capacidade de Produção 8

1.4 Klabin 110 anos 9

2. POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE KLABIN 13

3. MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO 14

4. PRINCIPAIS INDICADORES 16

5. UNIDADES DE NEGÓCIO

5.1 Florestal 19

5.2 Papéis 21

5.3 Papelão Ondulado 22

5.4 Sacos Industriais 23

5.5 Linha de Produtos 24

6. PESQUISA E DESENVOLVIMENTO 25

7. ESTRATÉGIA E VISÃO DE FUTURO 27

8. DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO 30

8.1 Mercado de Capitais 32

8.2 Investimentos 32

8.3 Governança Corporativa 33

8.4 Gestão de Riscos 33

9. RELACIONAMENTO COM AS PARTES INTERESSADAS 35

10. PESSOAS 36

11. FORNECEDORES 43

12. MEIO AMBIENTE 45

13. SOCIEDADE 60

14. RECONHECIMENTOS 65

14.1 Dimensão Econômica

14.2 Dimensão Ambiental

14.3 Dimensão Social

15. CERTIFICAÇÕES 66

16. BALANÇO SOCIAL - MODELO IBASE 67

17. INFORMAÇÕES CORPORATIVAS 69

Índice


4Relatório de Sustentabilidade 2009

Mantém 17 unidades industriais em oito Estados brasileiros

e uma fábrica na Argentina, totalizando capacidade

anual para produzir 1,9 milhão de toneladas de papel,

parte convertida em embalagens de papel e parte

comercializada em mais de 50 países. A Unidade Monte

Alegre, em Telêmaco Borba (PR), é uma das dez maiores

fábricas integradas de celulose e papel do mundo. No

fi nal de 2009, a Klabin empregava 12.302 pessoas, entre

contratados próprios e prestadores de serviços.

Em 2009, quando completou 110 anos de fundação, a

empresa comercializou 1.544 mil toneladas (excluindo

madeira), alcançando receita líquida de R$ 3 bilhões.

Suas áreas fl orestais estendem-se por 212 mil hectares

plantados com pínus e eucalipto e 191 mil hectares

de matas nativas preservadas nos Estados do Paraná,

de Santa Catarina, de São Paulo e do Mato Grosso do

Sul, nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.

Além de áreas próprias, a madeira que supre suas

fábricas é cultivada em parceria com 18,4 mil produtores

participantes do Programa de Fomento Florestal.

Há 30 anos é empresa de capital aberto, com ações

negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo. É controlada

pela holding Klabin Irmãos & Cia., que detém 59% do

capital votante.

Com um modelo de negócios baseado no desenvolvimento

sustentável, a Klabin une a viabilidade econômica dos

negócios a uma atuação socialmente responsável e

ambientalmente correta. Foi a primeira empresa do setor

no Hemisfério Sul a adquirir a certifi cação FSC - Forest

Stewardship Council (Conselho de Manejo Florestal), ainda

em 1998. O selo verde da entidade abrange as fl orestas

do Paraná, de Santa Catarina e de São Paulo e todas as

unidades industriais no Brasil, atestando a rastreabilidade

das matérias-primas em todas as etapas da produção.

Em 2009, foram recertifi cadas as áreas de Santa Catarina

e certifi cadas as de São Paulo. Assim, toda a madeira

produzida pela empresa em suas áreas fl orestais em

São Paulo, Santa Catarina e Paraná, para abastecer suas

fábricas e seus clientes do setor madeireiro detém

o selo FSC.

O compromisso de preservar a biodiversidade é

comprovado pela identifi cação de 659 espécies de animais

abrigadas em suas áreas fl orestais no Paraná e de 304

em Santa Catarina. Dessas, 51 e 32, respectivamente,

estão ameaçadas de extinção no País, de acordo com lista

elaborada pela International Union for Conservation of

Nature (IUCN). O modelo de gestão da Klabin foi escolhido

pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e

Alimentação (FAO) para integrar o livro Casos Exemplares

de Manejo Florestal Sustentável, a ser publicado em 2010.

As operações são certifi cadas pelas normas de gestão

de qualidade (ISO 9001) e ambiental (ISO 14001), e as

unidades de Papéis possuem ainda a certifi cação de

segurança e saúde ocupacional (OHSAS 18001). Os papéis

da Klabin contam também com avaliação pelo instituto

alemão ISEGA de que podem entrar em contato direto

com os alimentos. Além disso, atendem às normas do

Food and Drug Administration (FDA), órgão governamental

dos Estados Unidos que faz o controle de alimentos e

medicamentos. Adicionalmente, a Unidade Monte Alegre (PR)

conta com a certifi cação do Sistema de Gestão para

Segurança de Alimentos (ISO 22000).

1. Perfi l

Liderança em produtos de base fl orestal

Empresa brasileira de base fl orestal, a Klabin é a maior produtora de papéis e cartões para embalagens, embalagens de papelão ondulado e sacos industriais do País, além de ser a maior produtora de toras para serrarias e laminadoras. É também a maior recicladora de papéis e a principal exportadora do setor no Brasil.



1.1 Presença no Mundo Mapa de exportações

América do SulArgentinaBolíviaChileColômbiaEquadorParaguaiPeruSurinameUruguaiVenezuela

América do NorteCanadáEUAMéxico

América CentralAntígua/BarbudaAntilhas HolandesasCosta RicaDominicaEl SalvadorGuatemalaHaitiHondurasIlhas Virgens USJamaicaNicaráguaPanamáPorto RicoRepública DominicanaTrinidad e Tobago



EuropaAlemanhaBélgicaChipreEspanhaFinlândiaFrançaGrã-BretanhaGréciaHolandaItáliaLituâniaPolôniaPortugalRepública TchecaRússiaTurquia

ÁfricaAngolaÁfrica do SulBeninCamarõesCosta do Marfi mEgitoGanaGuinéNigériaQuêniaSenegalTogo

Oriente MédioArábia SauditaEmirados ÁrabesIrãIsraelJordâniaKuwait LíbanoSíria

OceaniaAustrália

ÁsiaBangladesh China CingapuraCoréia do SulFilipinasÍndiaJapãoPaquistãoSri LankaTailândiaTaiwan



1.2 Mapa das Operações



1.3 Capacidade de Produção - em 31/12/2009

Uma companhia 100% integrada• Capacidade de produção de papel e celulose em 2010: 1,9 milhão de t/ano

• Capacidade de produção de produtos para venda em 2010: 1,8 milhão de t/ano (1)



1.4 Klabin 110 anos

1890 – Foi criada a M.F. Klabin e Irmão, em São Paulo (SP)

– o berço da Klabin S.A.

1899 – Foi constituída pelos irmãos Maurício, Salomão e

Hessel Klabin, além do primo Miguel Lafer, a Klabin Irmãos

& Companhia (KIC), tipografi a e importadora de artigos

de escritório em São Paulo (SP) – produção de livros em

branco e também cartas de baralho, envelopes, cadernos

escolares e serpentinas de Carnaval.

Logomarca KIC – Klabin Irmãos & Cia.

1902 – A Klabin arrendou a Fábrica de Salto de Itu (SP),

uma das primeiras fábricas de papel do Brasil.

Anúncio da Fábrica de Papel de Salto de Itu.

1914 – Primeira fábrica de papel da Klabin, a moderna

indústria Companhia Fabricadora de Papel (CFP), em

São Paulo (SP), iniciou sua produção.

1924 – A CFP destacava-se entre as três maiores fábricas

do setor papeleiro no Brasil.

1931 – Foi arrendada a Manufatura Nacional de

Porcelana S.A., no Rio de Janeiro, considerada a maior

fábrica de louças da América do Sul. Entrada da Klabin na

produção de azulejos.

1934 – Foi adquirida a Fazenda Monte Alegre, em

Tibagi (PR), para a instalação da primeira fábrica integrada

de celulose e papel – Indústrias Klabin do Paraná.

Medição topográfi ca sendo realizada na Fazenda Monte Alegre.

1941 – Indústrias Klabin do Paraná teve sua razão social

alterada para Indústrias Klabin do Paraná de Celulose (IKPC).

1943 – Pioneirismo no Brasil. Teve início o programa de

fl orestamento com a plantação de araucárias na Fazenda

Monte Alegre (PR).



1946 – A fábrica da IKPC entrou em operação, com o

funcionamento da Máquina de Papel nº 2, produzindo

cartolina e papelcartão.

IKPC

1947 – Foi produzido o primeiro rolo de papel jornal na

Máquina de Papel nº 1 na IKPC.

– O Jornal do Commercio passou a ser impresso em papel

100% nacional, produzido pela Klabin.

Bobinas de papel jornal.

1952 – Teve início a fabricação de papelão ondulado nas

instalações da Companhia Fabricadora de Papel (CFP), em

São Paulo (SP).

1953 – Foi instalada uma fábrica de fósforos promocionais

em São Paulo (SP).

– Foi inaugurada a Usina Hidrelétrica Presidente

Getúlio Vargas, conhecida como Hidrelétrica de Mauá,

na Fazenda Monte Alegre (PR), com a presença do

Presidente da República Getúlio Vargas.

Getúlio Vargas ao lado de Horácio Lafer, na Usina de Mauá, Fazenda Monte Alegre.

1957 – Teve início a produção de papelcartão para

embalagens para líquidos na Companhia Fabricadora de

Papel (CFP), em São Paulo (SP).

1963 – Foi inaugurada a Máquina de Papel nº 6 (Projeto

de Expansão 3) na IKPC, em Monte Alegre (PR), com a

presença do Presidente da República João Goulart.

Visita do Presidente João Goulart à Indústrias Klabin do Paraná de Celulose (IKPC), para a inauguração da Máquina de papel nº 6.

1964 – Houve a emancipação do município de Telêmaco

Borba (PR), que se desenvolveu em torno das instalações

da IKPC.



1969 – A Papel e Celulose Catarinense S.A. (PCC), de

Lages (SC), constituída em 1961 durante Projeto de

Expansão 2, entrou em operação com a produção de

celulose e papel kraft natural.

1973 – Foi inaugurada a PONSA (Papelão Ondulado do

Nordeste S.A.), em Goiana (PE). Neste mesmo ano, foi

constituída uma subsidiária integral da Papel e Celulose

Catarinense S.A. (PCC) em Lages (SC), denominada Celucat

Artes Gráfi cas. O Grupo Klabin abre espaço no mercado de

sacos e envelopes, deixando de ser apenas fornecedor de

papel kraft para as fábricas convertedoras.

1979 – Indústrias Klabin do Paraná de Celulose S.A. (IKPC)

teve seu capital aberto, com negociação de ações na

Bolsa de Valores de São Paulo.

1980 – Foi inaugurada a Máquina de Papel nº 7 (Projeto

de Expansão 4), na Unidade Monte Alegre, em Telêmaco

Borba (PR), pelo Presidente da República João Figueiredo.

Modernização do parque industrial da IKPC com aumento

da produção de papelcartão e kraftliner.

Máquina de Papel n° 7.

1982 – Foi adquirida a Riocell para a produção de celulose

solúvel.

1984 – Teve início o Programa de Fitoterapia da Klabin, na

Unidade Monte Alegre, em Telêmaco Borba (PR).

Funcionário da Fitoterapia.

1984 – Foi inaugurado o Parque Ecológico Samuel Klabin,

na Unidade Monte Alegre (PR).

1993 – Foi Inaugurada a linha de produção de papéis

descartáveis na PCC. Com isso, a Klabin consolidou sua

atuação nesse segmento.

1996 – Foi instalada fábrica de envelopes e sacos em Pilar,

na Argentina.

Fábrica em Pilar, Argentina.



1998 – Foi a primeira empresa do setor de papel e celulose

das Américas a receber a certifi cação FSC (Conselho de

Manejo Florestal) para suas áreas fl orestais do Paraná.

1999 – Foi a primeira empresa do mundo a receber a

certifi cação FSC para o manejo de plantas medicinais

(Programa de Fitoterapia).

2000 – A Klabin adquiriu a Unidade de Otacílio Costa (SC),

que passou a ser a segunda maior fábrica da empresa,

voltada à produção de kraftliner.

2001 – Surgiu a Klabin S.A., que incorporou empresas

controladas, com o objetivo de concentrar as operações e

focar seus negócios e estratégias nos segmentos de papéis

e embalagens de papel.

– Conquistou a Certifi cação FSC para a cadeia de custódia

dos produtos fl orestais não-madeireiros.

2002 – A Klabin aderiu ao Nível I de Governança

Corporativa da Bovespa.

2005 – As fl orestas da Klabin localizadas em

Santa Catarina receberam a certifi cação FSC.

Floresta Plantada, em Santa Catarina.

2005 – Klabin, Tetra Pak, Alcoa e TSL Ambiental

inauguraram, em Piracicaba (SP), a primeira planta

do mundo que utiliza a Tecnologia de Plasma para a

reciclagem de embalagens longa vida.

2006 – Foi a primeira empresa do mundo a receber a

certifi cação FSC conjunta para o processo produtivo de

papelcartão, kraftliner e sacos industriais.

2007 – Recebeu a certifi cação FSC para o processo

produtivo de papelão ondulado e papel reciclado,

abrangendo, dessa forma, todas as linhas de papéis e

embalagens de papel da Klabin.

2008 – Fez o maior investimento da história da Klabin. A

conclusão do Projeto de Expansão MA-1100 posicionou a

Unidade Monte Alegre (PR), entre as dez maiores fábricas

integradas de celulose e papel do mundo.

– As fl orestas do Paraná completaram dez anos de

certifi cação FSC.

2009 – Aconteceu a visita do Presidente Luiz Inácio Lula

da Silva à Unidade Monte Alegre (PR), para conhecer a

Máquina de Papel nº 9 e participar da comemoração dos

110 anos da Klabin.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva visita a Klabin.



1. Buscar a qualidade competitiva, visando à melhoria

sustentada dos seus resultados, aperfeiçoando

continuamente os processos, produtos e serviços

para atender às expectativas de clientes, colaboradores,

acionistas, comunidade e fornecedores.

2. Assegurar o suprimento de madeira plantada para as

suas unidades industriais, de forma sustentada, sem

agredir os ecossistemas naturais associados.

3. Praticar e promover a reciclagem de fi bras celulósicas

em sua cadeia produtiva.

4. Evitar e prevenir a poluição por meio da redução dos

impactos ambientais relacionados a efl uentes hídricos,

resíduos sólidos e emissões atmosféricas.

5. Promover o crescimento pessoal e profi ssional dos

seus colaboradores e a busca da melhoria contínua

das condições de trabalho, saúde e segurança.

6. Praticar a Responsabilidade Social com foco nas

comunidades onde atua.

7. Atender à legislação e às normas aplicáveis ao produto,

meio ambiente, saúde e segurança.

2. Política de Sustentabilidade Klabin

A Klabin S.A. é uma empresa que produz madeira, papéis e cartões para embalagem, embalagens de papelão ondulado e sacos. Atua nos mercados interno e externo e se fundamenta nos seguintes princípios de sustentabilidade para todas as atividades relativas aos seus produtos e serviços:



Foram diferentes desafi os, vencidos um a um com a

dedicação e o esforço de nossas equipes. Vivenciamos a

evolução da curva de aprendizagem da Máquina de Papel

nº 9 instalada na unidade do Paraná, colocando sua nova

capacidade em operação em um momento de mercado

retraído, no Brasil e no mundo. Desenvolvemos novos

mercados, ampliando a base de clientes, aproveitando

nossa situação de entrante em mercados que buscavam

novas soluções em um momento de crise.

Aprofundamos o nosso controle de caixa, buscando novas

chances de tornar nossos processos mais ágeis, reduzir

custos e despesas, equilibrar o nível de alavancagem e

ampliar a preferência de clientes pelos nossos produtos.

Entre as medidas adotadas estavam o Programa Klabin de

Acompanhamento de Custos (PKAC), a redução de parte

de investimentos previstos e a suspensão temporária

das atividades em Ponte Nova (MG). Mantivemos total

disciplina em relação a despesas fi xas e variáveis, sem

abandonar o foco em três pontos-chave de nossa gestão:

qualidade de produtos, segurança de colaboradores e

instalações, e excelência em manejo fl orestal. Esse modelo

trouxe o importante reconhecimento da Organização das

Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO),

que incluiu a Klabin no livro Casos Exemplares de Manejo

Florestal Sustentável, a ser publicado em 2010.

Em outra frente, concentramos esforços em iniciativas

de inovação, que são um diferencial histórico da

Klabin em 110 anos de história. As mais significativas

envolvem a Linha Premium TCF – de papéis produzidos

sem branqueamento de celulose por cloro, com um

sack kraft mais claro e de alta capacidade de impressão

– e o produto Kraft Saturação, desenvolvido para o

mercado de laminados de madeira.

Os resultados do ano demonstram que devemos seguir

nesse caminho. Avançamos em vários indicadores, sendo

o lucro líquido de R$ 333 milhões o mais emblemático,

após o prejuízo de R$ 349 milhões que havíamos

registrado em 2008. Nossa receita bruta foi de

R$ 3,6 bilhões, em comparação a R$ 3,7 bilhões no ano

anterior. O desempenho do ano contempla o efeito da

adesão ao Programa de Parcelamento Fiscal (Refi s), que

inclui débitos em discussão de cerca de R$ 862 milhões,

os quais foram reduzidos para aproximadamente

R$ 335 milhões após a aplicação do Programa. O efeito no

lucro líquido do exercício foi uma redução de R$ 299 milhões.

Registramos avanços importantes também nos indicadores

de desempenho ambiental na Unidade Monte Alegre (PR),

com melhores resultados históricos: menor consumo

específi co de água (37 metros cúbicos por tonelada

produzida) e de óleo combustível (44 quilos por tonelada

de papel) e maior geração de energia por fonte térmica,

com 67,1 MWh (ante 49,5 MWh no ano anterior).

3. Mensagem da Administração

Pronta para enfrentar desafi os

Com foco na visão de futuro, 2009 foi um ano para a Klabin apoiar-se em seus pontos fortes como forma de superar as dúvidas impostas pelo cenário de crise fi nanceira global. Como empresas de todo o mundo, começamos o exercício sem conseguir identifi car claramente as perspectivas para o negócio. Naquele momento nos amparamos em um dos nossos principais pilares, a solidez fi nanceira, com ações para proteger e manter a liquidez como um importante diferencial em um ambiente de retração de capitais. Superamos as expectativas, pois encerramos 2009 com posição de caixa acima do saldo do ano anterior.



Um motivo de satisfação para nós foi receber o presidente

Luiz Inácio Lula da Silva em nossa principal Unidade –

Monte Alegre, em Telêmaco Borba, no Estado do Paraná

–, em evento de comemoração por nossos 110 anos.

Durante visita à nova máquina de papel, inaugurada

no fi nal do ano anterior, pudemos demonstrar que

mesmo em um cenário de crise contribuímos com o

desenvolvimento industrial do Brasil. Destacamos nosso

permanente compromisso de colocar o País na vanguarda

da tecnologia de produção papeleira, sempre com a

instalação dos mais modernos equipamentos disponíveis e

tecnologias de produção sustentáveis.

Ficamos particularmente orgulhosos quando o Presidente

afi rmou ter a convicção de que 50% de nossa história

centenária foi construída graças à competência de uma

boa gestão e os outros 50% pelo amor e dedicação de

todos os nossos profi ssionais. Para nós, esta é uma prática

permanente, de um grupo movido pelo trabalho e pela

busca do novo e da superação.

Destacamos ainda outras iniciativas no ano que

demonstram estarmos atentos e prontos a enfrentar

os desafios dos novos tempos. Exemplo é a adesão

ao programa Empresas pelo Clima (EPC), que tem

entre seus objetivos impulsionar a construção de

uma economia de baixo carbono, e à Coalizão de

Empresas pelo Clima, promovida pela Fundação

Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS),

que busca contribuir com propostas concretas para as

negociações ligadas à Convenção Quadro das Nações

Unidas sobre Mudanças Climáticas. Elas se somam ao

compromisso que assumimos ainda em 2002 com o

Pacto Global, para a construção de um mundo mais

sustentável e inclusivo.

Entregamos investimentos sociais em oito municípios

da região de Telêmaco Borba (PR), alinhados ao Projeto

de Expansão Klabin MA-1100, que contemplam a

instalação de uma escola para uso das redes de ensino

municipal e estadual, três postos de saúde, a ampliação

de um hospital e a construção de um centro de

reciclagem de resíduos e de um aterro sanitário.

A atenção ao caixa continua no centro de nossas

prioridades em 2010, pois nossa estratégia de

crescimento parte da premissa de forte geração de

caixa como forma de financiar futuras expansões. Isso

envolve também crescer em parceria na área florestal,

tanto com nossos fomentados como com terceiros

interessados em atuar no setor, nos habilitando a

construir uma fábrica de celulose para produzir até

1,5 milhão de toneladas, levando nossa capacidade

para aproximadamente 3,4 milhões de toneladas/ano

de papel e celulose. Ela servirá de plataforma para o

nosso crescimento e consolidação como empresa de

alta competitividade na produção de papéis e cartões.

Nossos olhos se voltam com muita atenção ao mercado

interno, que oferece relevantes oportunidades em

todos os segmentos de negócios: papéis, cartões, sacos

industriais e embalagens de papelão ondulado. No

mercado externo, estamos preparados para atender aos

clientes mais exigentes, com diferenciais de qualidade

e completo portfólio de produtos. Nossas exportações

de cartões para os Estados Unidos e a Europa tendem

a crescer num futuro próximo com o ingresso de novos

grandes clientes, já em fase fi nal de negociação.

As perspectivas são otimistas para economia do Brasil,

mas, mesmo em um cenário positivo, não abandonaremos

as práticas que buscam tornar a Klabin cada vez mais ágil,

efi ciente e competitiva, com capacidade de aproveitar

oportunidades para crescer e se aperfeiçoar. Sabemos

da nossa responsabilidade de garantir a qualidade dos

produtos que fabricamos e esperamos contribuir com o

futuro sustentável da Empresa e do Brasil. Foi assim que

chegamos aos 110 anos e construímos as bases de uma

empresa sólida e inovadora, pronta para novos desafi os e

muitos mais anos de história.

A Administração



4. Principais Indicadores



As vendas de toras para serrarias e laminadoras

atingiram 1,9 milhão de toneladas, volume 18% inferior

ao de 2008, afetadas pelo declínio do mercado de

construção residencial norte-americano, principal destino

das exportações dos clientes da Companhia. No último

trimestre do ano essas vendas registraram signifi cativa

melhora, impulsionadas pelo mercado interno.

MecanizaçãoA consolidação dos processos de mecanização de

colheita marcou as operações fl orestais em 2009,

com o uso da mais avançada tecnologia disponível

no mundo para a realização dessas atividades. Fruto

de investimento de R$ 70 milhões no período de dois

anos, o novo sistema otimiza a colheita de madeira e

a produção de biomassa nas áreas fl orestais do Paraná

e de Santa Catarina. Além da maior produtividade,

proporciona menor perda de madeira e redução de

custos de colheita e de reposição da fl oresta.

Baseado em práticas sustentáveis, o processo aproveita

os resíduos fl orestais – galhos e copas – como biomassa

para a geração de energia limpa na fábrica. A menor

pressão dos equipamentos sobre o terreno possibilita

ainda melhor conservação do solo, com ganhos no

preparo dos plantios futuros de fl orestas.

Os equipamentos são de última geração e com menor

emissão de gases poluentes. O modelo, chamado

Módulo de Colheita, compreende uma ofi cina e um

escritório móvel, com acesso a todos os sistemas de

informação da empresa, via satélite, diretamente

do ponto de operação, com ganhos de efi ciência na

comunicação. As máquinas também proporcionam

mais segurança e melhores condições ergonômicas aos

operadores e à equipe de campo, o que está de acordo

com a Política de Sustentabilidade da Klabin, que prevê

a promoção do crescimento pessoal e profi ssional dos

seus colaboradores e a busca da melhoria contínua das

condições de trabalho, saúde e segurança.

Modelo de manejoNo ano, foi certifi cada a área fl orestal de Angatuba, em

São Paulo e recertifi cadas as fl orestas plantadas e matas

nativas no Estado de Santa Catarina, com a classifi cação

de empreendimento exemplar em manejo fl orestal de

acordo com os critérios do Programa SmartWood, da

Rainforest Alliance, a mais prestigiada iniciativa de

certifi cação fl orestal do mundo, credenciada FSC - Forest

Stewardship Council. As áreas do Paraná haviam sido

recertifi cadas em 2008.

As recertifi cações confi rmam a trajetória da Klabin como

detentora de boas práticas ambientais. A empresa foi

a primeira do setor no Hemisfério Sul a obter o selo FSC

5. Unidades de Negócio

5.1 Florestal

Impulso à produtividade

A movimentação de 7,9 milhões de toneladas de toras e cavacos de pínus e eucalipto e de biomassa para produção de energia representou, em 2009, volume 6% abaixo do ano anterior, refl exo da retração de mercado desencadeada pela crise fi nanceira internacional. Desse total, 6 milhões de toneladas foram transferidas para as fábricas da Klabin no Paraná, em Santa Catarina e em São Paulo.



para suas áreas fl orestais no Paraná, em 1998. Também

foi a primeira companhia do mundo a ter produtos

fl orestais não madeireiros certifi cados, devido ao

manejo de plantas medicinais e à cadeia de custódia

de fi toterápicos e fi tocosméticos. Hoje, toda a cadeia

produtiva da Klabin, no Brasil, possui certifi cação FSC.

O modelo de gestão das fl orestas da companhia foi

reconhecido no ano como referência mundial pela

Organização das Nações Unidas para a Agricultura e

Alimentação (FAO) e integra o livro Casos Exemplares de

Manejo Florestal Sustentável, a ser publicado em 2010.

O manejo fl orestal promove o uso múltiplo da fl oresta,

com a produção de fi bras para a fabricação de celulose,

madeira em toras para a indústria local de serrarias e

laminadoras, e biomassa que se transforma em energia

limpa para as fábricas de papéis da empresa no Paraná e

em Santa Catarina.

Fomento fl orestalNa produção de madeira, a Klabin trabalha em parceria

com proprietários rurais de 79 municípios dos Estados

do Paraná, de Santa Catarina e de São Paulo. Em 2009, o

Programa de Fomento Florestal atingiu 6,9 mil hectares

nas regiões próximas às unidades desses três Estados,

abrangendo 542 produtores rurais.

O objetivo da iniciativa é estimular o plantio de fl orestas

em áreas ociosas e marginais das propriedades,

promover melhorias ambientais, recuperar matas nativas

e fi xar populações rurais, pois propicia ampliação da

renda e uma poupança futura para pequenos e médios

produtores. Com o Programa, a Klabin visa elevar de 9%

para 20% a participação total de madeira de terceiros

no abastecimento até 2012.

Criado em 1984, o Programa já envolveu

18,4 mil proprietários, 94,3 mil hectares plantados e

166 milhões de mudas distribuídas. Os produtores

recebem orientação técnica da Klabin desde o

fornecimento das mudas, passando por apoio no

manejo fl orestal e na comercialização de madeira. O

desenvolvimento das fl orestas é fi nanciado por duas

iniciativas do Governo Federal – o Programa Nacional

de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e

o Programa de Plantio Comercial e Recuperação de

Florestas (Propfl ora) –, nas quais a empresa é avalista dos

produtores rurais.



5.2 Papéis

Ampliação da base de clientes

O volume de vendas de papéis e cartões foi de 923 mil

toneladas, 4% abaixo do ano anterior. A receita líquida

totalizou R$ 1.373 milhões, 7% menor que em 2008.

Com a operação em plena capacidade da nova máquina

de papel de Monte Alegre (PR), a partir de meados do

ano, a empresa passou a deter capacidade de produção

de cartões revestidos de 680 mil toneladas/ano na

unidade, podendo ser produzidos adicionalmente

60 mil t/ano de cartões não revestidos em Angatuba (SP).

No ano, a Klabin investiu para ampliar a base de

clientes no mercado interno, lançou produtos de

menor gramatura, com maior rendimento em máquina

e melhor qualidade de impressão, e expandiu sua

estrutura comercial no exterior.

CartõesO volume de vendas de cartões revestidos atingiu

531 mil toneladas no ano, aumento de 5% em relação

a 2008. A receita líquida acumulou incremento de

6% quando comparada ao ano anterior. Conforme

estimativas da Bracelpa, o volume de vendas total de

papelcartão no mercado doméstico em 2009, excluindo

cartões para líquidos, foi de 507 mil toneladas,

0,3% inferior a 2008 (508 mil toneladas). No período,

a Klabin ampliou sua participação no mercado brasileiro.

O volume de vendas da Companhia no mercado

interno, excluindo cartões para líquidos, totalizou

125 mil toneladas (93 mil em 2008), representando

acréscimo de 35%. A participação de mercado

atingiu 25% em 2009, versus 18% em 2008.

A crise fi nanceira internacional abriu oportunidade para

novos fornecedores, com alta receptividade de clientes

a produtos inovadores, atendimento de qualidade e

práticas sustentáveis de produção. A fi lial aberta nos

Estados Unidos, em 2009, e o escritório na Bélgica,

em operação desde o fi nal de 2008, proporcionaram

importante proximidade com os clientes. Essa condição

foi combinada à oferta de produtos competitivos e

originados de uma cadeia de produção ambientalmente

correta, certifi cada FSC - Forest Stewardship Council.

Adicionalmente, o Instituto ISEGA, da Alemanha, atesta

que os papéis para embalagem da Klabin podem entrar

em contato direto com alimentos. No ano, as vendas

externas somaram 214 mil toneladas, o que representa

redução de 1% em comparação a 2008.

O papelcartão da Klabin é produzido a partir de um

mix de fi bras curtas (eucalipto) e longas (pínus), que

conferem ao produto desempenho superior. A aplicação

de barreiras e a adição de produtos químicos também

asseguram excelente comportamento em ambientes

refrigerados e frigorifi cados. Com gramaturas inferiores

e baixa densidade, possui alto desempenho e ótima

capacidade de impressão e é indicado para embalagens

em geral – produtos alimentícios (refrigerados e

congelados), de higiene e limpeza, brinquedos, calçados

e eletroeletrônicos – e do tipo multipack, como as de

cerveja, refrigerantes e iogurtes. A Klabin é a única

fabricante no Hemisfério Sul de cartões da linha

Liquid Packaging Board (LPB) para embalar líquidos e

alimentos pastosos.

KraftlinerA crise internacional provocou forte impacto sobre os

preços e as vendas de kraftliner, que recuaram 14%

no ano, para 393 mil toneladas. Para minimizar esses

efeitos e reduzir o volume de exportação, a Klabin

aumentou a utilização de papel de fi bra virgem em suas

fábricas de papelão ondulado, cujo consumo passou de

20 mil para 32 mil t/mês. A estratégia incluiu o aumento

do volume de vendas no mercado doméstico, diminuindo

a disponibilidade de kraftliner para exportação, o que



minimizou a pressão sobre os preços e regulou a oferta

nos mercados atendidos pela empresa.

O completo mix de produtos de papéis, ampliado com

alguns lançamentos, contribuiu para que as vendas

aproveitassem a retomada dos negócios especialmente

no mercado interno e se recuperassem no fi nal de 2009,

superando os volumes do ano anterior nas mesmas

bases de comparação. Além de abastecer de forma

integrada suas fábricas de embalagens de papelão

ondulado e sacos industriais, a Klabin exporta para mais

de 50 países e é líder no fornecimento de kraftliner em

vários mercados na América Latina.

Os principais desenvolvimentos de 2009 buscaram

atender maior número de clientes e evoluir na redução

de gramaturas, com a oferta de produtos competitivos

e sustentáveis. O principal lançamento foi a linha

Sack Kraft Premium TCF (Total Chlorine Free). Isentos de

cloro total e adequados ao contato com alimentos, estes

papéis são produzidos com celulose deslignifi cada, que

confere coloração intermediária entre o branco e o kraft

e excelente relação resistência x printabilidade. Com

melhor qualidade de impressão e maior apelo no ponto

de venda, permite diversos usos, como sacos industriais,

sacolas e caixas. Outras inovações abrangeram um

papel em dupla camada, produzido a partir de um mix

de fi bras virgens e reciclado, o Ecokraft, utilizado como

liner na fabricação de caixas de papelão ondulado,

e o papel Kraft Saturação, para uso em laminados

de madeira.

RecicladosMaior recicladora de papéis do Brasil, a Klabin produziu

155 mil toneladas de papel reciclado em 2009, com o

uso de cerca de 180 mil toneladas de aparas, além

de refi les e perdas de processo de suas fábricas de

papelão ondulado.

No fi nal do ano, começou a operar uma nova unidade

de reciclagem em Goiana (PE), para o processamento de

embalagens pós-consumo do tipo longa vida. Em projeto

executado em conjunto com a Tetra Pak, a unidade

separa o papel do plástico e do alumínio que compõem

essas embalagens, permitindo o reaproveitamento dos

materiais – as fi bras de celulose do papel são reutilizadas

para produzir papel reciclado para a produção de caixas

de papelão ondulado, e o alumínio e o plástico entram

na composição de diversos produtos como telhas

ecológicas.

Todas as unidades de papéis reciclado da empresa são

certifi cadas FSC - Forest Stewardship Council, além

de contarem com a certifi cação ISO 14001. Os papéis

reciclados são utilizados nas unidades de papelão

ondulado para a produção de chapas e caixas, sendo

basicamente vendidos no mercado interno.

5.3 Papelão Ondulado

Produtos desenvolvidos sob medida

O desenvolvimento de embalagens de papelão

ondulado mais competitivas, de menor gramatura e

maior resistência, permitiu que a Klabin enfrentasse a

desaceleração das encomendas que marcou boa parte

do ano de 2009 em melhores condições do que a média

do mercado. A retomada da economia de forma mais

consistente no segundo semestre propiciou que algumas

linhas operassem no limite da capacidade. Com isso, a

unidade conquistou clientes importantes e ampliou o

market share de 19,6% em 2008 para 20,2% em 2009.

Nesse cenário, a Klabin investiu nas unidades para

atender as encomendas dos clientes no curto prazo, e

retomou estudos para ampliar a capacidade instalada de

papelão ondulado. Adicionalmente foram introduzidas



alterações na estrutura administrativa, conferindo

maior autonomia às áreas comerciais para prestação

de serviços, suporte e desenvolvimento de produtos

aos clientes, além da ampliação de sinergia entre as

regiões, de forma a obter maior fl exibilidade e qualidade

no fornecimento de embalagens e desenvolvimento

contínuo das equipes.

No acumulado do ano, as vendas somaram

457 mil toneladas, crescimento de 3% em relação a

2008 (446 mil toneladas), enquanto houve estabilidade

no mercado, de acordo com dados da Associação

Brasileira de Papelão Ondulado (ABPO). Parte do

volume expedido para o mercado doméstico teve como

destino fi nal o mercado externo, com destaque para

os segmentos de fumo, frutas e produtos alimentícios

(carnes e frangos). A receita líquida permaneceu estável

em relação a 2008.

Os investimentos no ano incluíram a aquisição de três

impressoras e a atualização tecnológica de onduladeiras.

O consumo de papel kraftliner (fi bra virgem) na

composição das caixas de papelão ondulado foi

ampliado de 56%, em 2008, para 68%, em 2009.

As embalagens de papelão ondulado da Klabin atendem

a todos os segmentos da economia e asseguram total

proteção aos produtos transportados. Com foco nas

necessidades dos mercados, a empresa desenvolve

diferentes opções de embalagem, personalizadas de

acordo com especifi cações e exigências de clientes dos

setores de alimentos, higiene e limpeza, cosméticos e

fruticultura.

Todas as unidades de embalagens de papelão ondulado

são certifi cadas FSC - Forest Stewardship Council, além

de contarem com as certifi cações ISO 9001 e ISO 14001.

5.4 Sacos Industriais

Segurança e diferenciais para o cliente

Os atributos de inovação e gestão ambiental têm

amparado o desempenho dos negócios de sacos

industriais. A produção é proveniente de fl orestas

plantadas e certifi cada FSC - Forest Stewardship Council,

organização internacional que atesta o correto manejo

das fl orestas da Klabin e de sua cadeia produtiva.

O lançamento de destaque no ano envolveu sacos

produzidos com o papel Premium TCF, que tem

origem em celulose deslignifi cada e pode entrar em

contato com alimentos. Além do conceito ecológico, a

embalagem oferece condições superiores de impressão,

com destaque para a exposição no ponto de venda.

No ano, a Unidade de Negócio avançou na linha de

sacos desenvolvida especialmente para a embalagem

de farinha de trigo. O produto atende à tendência pelo

uso de embalagens que não vazem e que deixem rastros

no caso de violações, contrariamente às embalagens

alternativas. Os sacos são fabricados com papel de alta

resistência e trazem uma inovadora válvula soldada

por sistema de ultrassom, o que garante fechamento

seguro e efi ciente. O sistema elimina a perda de produto

no processos de transporte, armazenamento e uso,

deixando mais limpas e organizadas as áreas de estoque

e preparo de produtos.

Em 2009, foram comercializadas 130 mil toneladas de

sacos industriais no Brasil e na Argentina, volume 2%

acima do ano anterior (127 mil toneladas). A receita

líquida apresentou crescimento de 5% em relação

a 2008. No principal mercado para o produto, a

construção civil, houve estagnação nas vendas de sacos

para cimento. Segundo dados preliminares do Sindicato

Nacional da Indústria de Cimento (Snic), foram vendidos



51,3 milhões de toneladas de cimento de janeiro a

dezembro, volume estável em relação a 2008, quando

foi registrado crescimento de 14,6%.

5.5 Linha de Produtos

Garantia de qualidade e respeito ao meio ambiente.

Sementes de Pínus e Eucalipto

Geneticamente melhoradas

para oferecer o melhor produto

ao mercado.

Toras de Pínus e Eucalipto

Certifi cadas FSC - Forest

Stewardship Council, atendem,

principalmente, à demanda das

indústrias de serraria e laminadoras.

Papéis Kraft Fibra Virgem

Certifi cados FSC - Forest

Stewardship Council, contam

com uma ampla variedade de

gramaturas e são produzidos

com exclusivo mix de fi bras, que confere ao produto

características físicas e propriedades que garantem

aos clientes excelente performance nos mais variados

equipamentos, como onduladeiras e impressoras.

Papéis Kraft Reciclados

Produzidos com um mix de fi bras

de aparas pós consumo de caixas

de papelão e fi bras provenientes

de pontas de kraft fi bra virgem,

permitem soluções versáteis e de qualidade para miolos,

capas internas e externas para as embalagens de papelão

ondulado, além de serem certifi cados pelo FSC- Forest

Stewardship Council.

Papelcartão

Produzidos com fi bras longas

(pínus) e curtas (eucaliptos), os

cartões Klabin são certifi cados

FSC - Forest Stewardship Council

e têm características únicas de resistência, printabilidade

e maquinabilidade, atendendo às mais exigentes

especifi cações do mercado. São ideais para embalagens

de alimentos, inclusive refrigerados e congelados, bebidas,

brinquedos, cosméticos, eletroeletrônicos, entre outros.

Embalagens de Papelão

Ondulado

Desenvolvidas de acordo com

as necessidades de cada cliente

e certifi cadas FSC - Forest

Stewardship Council, as embalagens Klabin atendem aos

mais diversos segmentos com soluções inovadoras e total

proteção aos produtos transportados. O uso de papéis

fabricados pela própria empresa garante a qualidade do

produto fi nal.

Sacos Industriais

Certifi cados FSC - Forest

Stewardship Council e com padrão

de qualidade internacional, os

sacos industriais da Klabin atendem

aos mercados interno e externo, com destaque para

os segmentos de alimentos, construção civil, produtos

químicos e agronegócios.

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A inovação tem como foco atender às necessidades dos

clientes, que também são parceiros no desenvolvimento

de produtos, processos e materiais. Nesse trabalho,

a empresa conta com a participação de fornecedores

de equipamentos e insumos e tem o apoio de centros

de pesquisa que são sinônimos de excelência no setor.

Exemplo é o Innventia (ex-STFI-Packforsk), instalado na

Suécia, especializado no desenvolvimento de papéis e

embalagens com alto valor agregado.

Em 2009, a Companhia deu continuidade ao

desenvolvimento e à produção de papéis, cartões e

embalagens de menor gramatura, com redução dos

custos relacionados à fabricação, ao uso e ao transporte

das embalagens – pela maior quantidade do produto na

mesma tonelagem –, assim como vantagens ambientais,

decorrentes do menor uso de fi bras.

Foram lançados produtos como a linha Sack Kraft

Premium TCF (Total Chlorine Free) – isenta de cloro total –

que permite contato do papel com alimentos e possui

excelente relação resistência x printabilidade; o papel

Ekokraft, produzido em dupla camada, combinando

fi bras virgens e recicladas, para uso como liner em

embalagens de papelão ondulado; e os sacos com

válvula soldada por ultrassom, com sistema que confere

fechamento mais efi ciente e seguro para o mercado de

farinha de trigo.

Em Jundiaí (SP), a empresa conta com um Centro de

Competência, onde uma equipe de profi ssionais se

dedica à pesquisa e ao desenvolvimento de projetos

de embalagens de papelão ondulado inovadores,

diferenciados e competitivos.

Com o objetivo de ampliar a produtividade, as unidades

industriais adotam o Programa Klabin Superar, que

motiva os colaboradores a contribuírem com ideias

e sugestões para o melhoramento contínuo das

operações. Ele é baseado nos seguintes aspectos:

tornar os recursos disponíveis, agir em pontos críticos,

reconhecer e motivar as pessoas e defi nir metas

de melhorias.

Tecnologia fl orestalNo ano, intensifi caram-se as pesquisas para

desenvolvimento de clonagem de eucalipto resistente à

geadas para plantio em Santa Catarina. São mantidos

mais de 2 mil hectares de área comercial plantadas com

sementes do Eucalyptus benthamii, espécie que combina

alta resistência à geada e boa produção de fi bras curtas.

Em desenvolvimento de tecnologia, a empresa atua

com principais instituições de pesquisa no Brasil,

como o Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais

(Ipef, da Universidade de São Paulo), a Sociedade de

Investigações Florestais (SIF, da Universidade Federal de

Viçosa), a Fundação Paranaense de Estudos Florestais

(Fupef, da Universidade Federal do Paraná) e o Centro

de Estudos e Pesquisas Florestais (Cepef, da Universidade

Federal de Santa Maria). Também é associada à

6. Pesquisa e Desenvolvimento

Inovação em produtos e tecnologias

Qualidade, competitividade e respeito aos princípios de sustentabilidade são os vetores das iniciativas das Unidades de Negócios da Klabin, conjugadas em um processo de pesquisa e desenvolvimento que engloba as áreas de produção fl orestal, papéis, cartões e produtos convertidos. Essa integração permite aumentar a efi ciência, reduzir custos operacionais e privilegiar o desenvolvimento de tecnologias limpas.



Central American and Mexico Coniferous Resources

(Camcore), cooperativa com sede na Universidade da

Carolina do Norte (EUA) que é referência internacional

na conservação de pínus tropicais, e ao Innventia

(ex-STFI-Packforsk).

Em melhoramento genético, participa do mais

importante projeto internacional de estudo do genoma

do eucalipto, desenvolvido pelo Joint Genome Institute

(JGI), do Departamento de Energia dos Estados Unidos.

O projeto de sequenciamento completo do genoma do

eucalipto, liderado por pesquisadores do Brasil, da

África do Sul e dos Estados Unidos, gerará importantes

dados para a utilização na seleção e no melhoramento

de árvores mais produtivas, resistentes a pragas e

doenças e ao estresse ambiental (como seca e geada),

com madeira tecnologicamente adequada aos diferentes

usos aos quais se destina.

A participação da Klabin nesse estudo se dá por

meio do Projeto Genolyptus, que realizou parte do

sequenciamento no Brasil. O Genolyptus foi executado

entre 2002 e 2006, por uma rede integrada por

14 empresas fl orestais, 7 universidades e a Empresa

Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), sendo

fi nanciado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia

e pelas empresas. Essa pesquisa é considerada

fundamental para manter a competitividade dos

produtores de papel e celulose, produtos sólidos de

madeira e energia.



7. Estratégia e Visão de Futuro

Crescimento como vetor dos negóciosO crescimento é o vetor da estratégia da Klabin, que orienta sua atuação pelo conceito de criação de valor sustentável, o que signifi ca equilibrar iniciativas de caráter econômico, ambiental e social. Sua plataforma de negócios tem como base a inovação, a efi ciência no uso dos recursos naturais, a excelência em manejo fl orestal, a qualidade de produtos e a disciplina fi nanceira.

O Projeto MA-1100, concluído em 2008 e que teve sua

curva de aprendizagem atingida em 2009, conferiu

nova dimensão para a empresa, com capacidade de

1,9 milhão de toneladas anuais. Ele é fruto de

investimento de R$ 2,2 bilhões, que transformou a

Unidade Monte Alegre, no Paraná, em uma das

dez maiores fábricas integradas de papel e celulose

do mundo e posicionou a Klabin como a sexta maior

fabricante global de cartões de fi bras virgens.

Agora, a empresa se prepara para um novo ciclo de

crescimento, a ser desenvolvido em duas frentes:

melhora da efi ciência, traduzida por continuidade e

estabilidade operacional e por disciplina fi nanceira, e

aplicação de um próximo programa de expansão, que

permitirá diluir custos fi xos e aumentar a produtividade.

Com base na perspectiva de crescimento do mercado

brasileiro nos próximos anos, os objetivos da Companhia

a partir de 2010 são:

• Ampliar a geração operacional de caixa;

• Ampliar o prazo dos fi nanciamentos, melhorando o

perfi l do endividamento;

• Aumentar o volume de vendas;

• Desenvolver novos clientes de grande porte no

mercado externo;

• Investir em inovação, com o desenvolvimento de

novos produtos para os mercados interno e externo;

• Expandir a área plantada com recursos de terceiros

para amparar futuro crescimento;

• Melhorar o rating em Escala Global.

Os objetivos de longo prazo são mantidos como

prioritários e preveem:

• Retomar os estudos para a construção de nova

fábrica de celulose de fi bra curta e longa, com

capacidade anual de até 1,5 milhão de toneladas,

elevando a capacidade de celulose para até

3,4 milhões de t/ano;

• Instalar uma nova máquina de cartão com capacidade

de até 500 mil t/ano, aumentando a capacidade de

cartões para 1,2 milhão de t/ano. A capacidade total

de produção de papéis e embalagens de papéis

passará para 2,4 milhões de t/ano.

Para assegurar o suprimento de madeira destinada

à nova unidade de celulose, a Companhia utilizará a

seguinte estratégia:

– Recursos próprios

• Renovação acelerada de fl orestas existentes,

considerando que as novas fl orestas plantadas

têm rendimento 50% superior às que estão sendo

cortadas;

• Substituição de parte das fl orestas de pínus por

eucalipto, para atender à demanda por fi bras curtas

na Unidade Monte Alegre.

– Recursos de terceiros, em especial fundos de

investimentos, cujo aporte inicial soma US$ 20 milhões,

com previsão de investimento total de US$ 100 milhões.

• Aumento da área plantada por meio do fomento

fl orestal.



Diante do bom desempenho da economia brasileira e

de sinais positivos na Europa e nos Estados Unidos, as

perspectivas para a Klabin são promissoras. O ritmo de

aquecimento da economia brasileira tem garantido o

bom desempenho da demanda dos bens de consumo

duráveis e não duráveis. Com esse cenário, a atuação

dos segmentos de negócios em 2010 será conduzida

pelas seguintes premissas:

Cartões – Ampliar a diferenciação em relação aos

concorrentes com o desenvolvimento de novos produtos,

apoio de tecnologia de produção, dinamismo das

equipes e presença comercial nos principais mercados

globais. A Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, é

um evento que estimulará grande demanda por bens de

consumo, alimentos e bebidas, justamente produtos que

necessitam de embalagens de papelcartão. No mercado

externo, outro objetivo é consolidar a imagem da Klabin

como fornecedora de cartões de alta qualidade. No

mercado interno, a empresa busca oportunidades de

ampliar a participação das linhas de produtos.

Kraftliner – Ênfase nos negócios para o mercado

interno. O foco nas vendas domésticas é decorrência

do câmbio desfavorável para exportação e do impacto

positivo esperado pela realização de eventos que

movimentarão o mercado brasileiro, como a Copa

de 2014 e as Olimpíadas em 2016. Adicionalmente,

há perspectiva de crescimento expressivo nas vendas

para o mercado interno a partir da oferta de papéis

reciclados, até então não oferecidos no mercado local.

Nas exportações, serão selecionadas as melhores

oportunidades de retorno.

Embalagens – Acompanhando a perspectiva de

crescimento dos mercados de embalagens e chapas de

papelão ondulado, os negócios terão como prioridade

ampliar e conquistar grandes contas. Para atender

à demanda de forma diferenciada, a Unidade de

Negócios planeja expandir as impressoras e, a partir dos

investimentos realizados em 2009 e dos que serão feitos

em 2010, ampliar a produtividade nas onduladeiras,

alcançando maior capacidade de produção total.

Sacos Industriais – Com a expectativa de crescimento

alinhada à evolução do Produto Interno Bruto (PIB),

a Unidade de Negócio aprofundará a estratégia de

contínuo desenvolvimento de produtos direcionados

a mercados em que o uso dessa embalagem é ainda

pouco expressivo, bem como ampliará a presença

nos segmentos de sacos para construção civil. Com o

objetivo de se preparar para atender à forte demanda

esperada para 2010, a Unidade adquiriu em dezembro

de 2009 uma linha completa para a fabricação de

sacos multifolhados valvulados, com início de produção

previsto para o fi nal de junho de 2010.

Florestal – Continuarão a ser adotadas melhorias na

colheita e movimentação de madeira, com o objetivo

de ampliar a produtividade e reduzir custos. Exemplo

é o transporte de toras para processo, que passa a ser

realizado em Otacílio Costa (SC) com o comprimento

padrão de 7 metros, ante 2,4 a 3,6 metros atuais,

em uma adequação que permite maior produtividade

nos módulos de colheita e nos processadores. Outra

vantagem é que a madeira longa reduz o tempo de

carga e descarga, diminuindo custos. Em outra frente, é

esperado incremento de demanda de toras para serraria

e laminadoras em 2010, como efeito direto da retomada

da economia.



Vantagens competitivasO sistema integrado de produção – do cultivo da

madeira à produção de celulose e papéis para

embalagens e de embalagens de papel – confere

competitividade à Companhia. Além da certifi cação

FSC - Forest Stewardship Council de manejo ambiental,

os fatores de diferenciação incluem a produção de mais

madeira por hectare e mais celulose por metro cúbico de

madeira e a distância reduzida entre as áreas fl orestais

e as unidades de produção, com economia de tempo e

custos de transporte. A produtividade das áreas

fl orestais – especialmente eucalipto no Paraná

(50 m3/ha/ano, aos sete anos para as atuais fl orestas) e

pínus em Santa Catarina (42 m3/ha/ano) – supera a

média nacional,

respectivamente, de 41 m3/ha/ano e 30 m3/ha/ano.

Além de madeira, as fl orestas fornecem biomassa para

combustível e produtos fi toterápicos, num modelo de

uso múltiplo que as tornam cada vez mais produtivas,

com fi bras de celulose de melhor qualidade e menor

exigência de espaço e recursos. A capacidade única

de fabricar produtos com mix de fi bras longa (pínus) e

curtas (eucalipto) confere aos papéis e às embalagens

atributos de resistência e ótima qualidade de impressão.

A tecnologia tem permitido reduzir progressivamente

as gramaturas, inclusive com ganhos de resistência.

Essa condição representa economia para os clientes,

ganhos de logística pelo transporte de menores pesos

e vantagens ambientais, com o consumo de menores

volumes de matérias-primas.



8. Desempenho Econômico-Financeiro

Em 2009, o volume de vendas consolidado (excluindo madeira) totalizou 1.544 mil toneladas, 2% inferior a 2008. As vendas no mercado interno cresceram 3% e o volume exportado caiu 11%.A receita bruta (incluindo madeira) atingiu R$ 3,6 bilhões, equivalente a US$ 1,8 bilhão. A receita líquida totalizou R$ 3 bilhões, 4% inferior a 2008. A receita de exportação representou 24% da receita líquida total.

Resultado operacionalO custo dos produtos vendidos em 2009 foi de

R$ 2,2 bilhões, 4% inferior a 2008, infl uenciado

positivamente pela redução dos custos dos insumos

de produção – com destaque para óleo combustível,

aparas, energia elétrica e produtos químicos. Impactou

negativamente no CPV o aumento da depreciação.

O lucro bruto em 2009 foi de R$ 775 milhões,

4% inferior a 2008. A margem bruta em 2009 foi

de 26%, estável em relação a 2008.

As despesas com vendas em 2009 foram de

R$ 300 milhões, 6% inferiores a 2008 refl etindo

a redução do volume exportado, que impactou

diretamente as despesas com fretes, responsável por

60% do total das despesas com vendas.

As despesas gerais e administrativas totalizaram

R$ 177 milhões em 2009, 5% inferiores a 2008.

Outras receitas operacionais totalizaram R$ 11 milhões

em 2009, 44% inferiores em relação ao ano anterior.

A geração operacional de caixa (EBITDA) em 2009 após

ajustes não recorrentes totalizou R$ 747 milhões, com

margem de 25%. Sem os ajustes o EBITDA atingiu

R$ 734 milhões, com margem de 25%.



Resultado fi nanceiro e endividamentoO endividamento bruto em 31 de dezembro de 2009 era

de R$ 4.621 milhões, comparado com R$ 5.451 milhões

em 31 de dezembro de 2008, uma redução de

R$ 830 milhões. O endividamento de curto prazo

representa 15% da dívida total. A relação do

endividamento em moeda local e estrangeira frente à

dívida total é de 47% e 53%, respectivamente.

As disponibilidades em 31 de dezembro de 2009

somavam R$ 2,1 bilhões, valor R$ 349 milhões acima

do verifi cado em dezembro de 2008 e que supera as

amortizações de fi nanciamentos a vencer nos próximos

34 meses.

O endividamento líquido em 31 de dezembro de 2009

era de R$ 2,6 bilhões, redução de R$ 1,2 bilhão em

relação a 31 de dezembro de 2008. A relação

Dívida Líquida / EBITDA, que em 31 de dezembro de

2008 era de 5,1 vezes, encerrou o ano de 2009 em

3,4 vezes.

O impacto da valorização do real frente ao dólar de 25%

em 2009 (taxa fi nal venda) gerou um ganho de variação

cambial sem efeito caixa de R$ 664 milhões antes dos

impostos, que afetou positivamente o resultado líquido

de 2009.

Resultado líquidoEm 2009, antes do efeito não recorrente de

R$ 299 milhões gerado pela adesão ao Programa Refi s,

o lucro líquido atingiu R$ 632 milhões. Após o efeito, o

lucro líquido foi de R$ 333 milhões, versus um prejuízo

de R$ 349 milhões em 2008.



8.1 Mercado de Capitais

Em reunião extraordinária do Conselho de Administração

realizada em 13 de outubro de 2009, foi deliberada a

aquisição pela Companhia de até 45.677.497 ações

preferenciais de sua emissão para permanência em

tesouraria e posterior alienação ou cancelamento. No fi nal

do ano, a Klabin possuía em tesouraria 16,9 milhões de

ações preferenciais de sua própria emissão.

Em 2010, será retomado o programa de visitas de

acionistas, analistas e investidores às principais unidades

fabris, com destaque para Monte Alegre (PR) e Jundiaí (SP).

Acompanhando a tendência de comportamento do

Ibovespa, que apresentou valorização de 83% em 2009,

as ações preferenciais da Klabin (KLBN4) valorizaram-se

60%. Os papéis foram negociados em todos os pregões

da BM&FBovespa, registrando 464 mil operações que

envolveram 488 milhões de títulos e volume médio diário

negociado de R$ 7,4 milhões.

O capital social da Klabin é representado por 917,7 milhões

de ações, dos quais 316,8 milhões de ações ordinárias e

600,9 milhões de ações preferenciais.

DividendosO Conselho de Administração, nas reuniões extraordinárias

realizadas em maio, agosto e outubro de 2009, aprovou o

pagamento dos dividendos intermediários de

R$ 32,8 milhões, R$ 46,8 milhões e R$ 43,4 milhões,

respectivamente, totalizando R$ 123 milhões.

A administração da Companhia está propondo para

aprovação na Assembleia Geral Ordinária a ser realizada

em abril 2010, dividendo complementar no valor de

R$ 57 milhões, perfazendo o montante de R$ 180 milhões

para o exercício de 2009. Os recursos correspondem a

30% do lucro líquido ajustado antes dos efeitos decorrentes

da provisão referente à adesão ao Programa Refi s e a 57%

do lucro líquido ajustado após os efeitos do programa.

8.2 Investimentos

Os investimentos em 2009 totalizaram R$ 247 milhões,

volume inferior aos R$ 300 milhões previstos. A redução foi

decorrente de adequação à crise fi nanceira internacional,

postergando e/ou adiando investimentos de modo a

preservar o caixa da Companhia.

Do total investido, 49% foram alocados na Unidade Papéis,

40% na Unidade Florestal e 10% nas fábricas de caixas de

papelão ondulado.



8.3 Governança Corporativa

No aperfeiçoamento de seu modelo de governança

corporativa, a Klabin elaborou em 2009 um Código de

Conduta, que representa um guia para assuntos que

norteiam os relacionamentos entre seus conselheiros,

diretores e empregados, e com seus clientes,

fornecedores, órgãos públicos e a sociedade.

Aprovado em outubro pelo Conselho de Administração,

o documento estabelece valores e diretrizes que

visam orientar decisões e atitudes no exercício das

responsabilidades da Empresa. Sua aplicação será

disseminada em 2010, envolvendo colaboradores e

fornecedores. Mais do que assegurar o cumprimento

de leis e políticas, tem a fi nalidade de uniformizar

atitudes e padrões de comportamentos guiados pelos

valores básicos e pelas diretrizes da Companhia, visando

preservar e fortalecer sua imagem institucional.

O Código representa um reforço às práticas de

transparência da Klabin, que desde dezembro de 2002

integra o Nível 1 de Governança Corporativa da Bolsa

de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) – segmento de

negociação que lista ações de empresas comprometidas

com regras de transparência. A Companhia também

mantém tag along, mecanismo que assegura às ações

preferenciais o direito de inclusão em oferta pública

decorrente de eventual alienação de controle da

sociedade. Nesse caso, é garantido o recebimento de

preço igual a 70% do valor pago por ação ordinária

integrante do bloco de controle, sem prejuízo das

vantagens a elas atribuídas, isto é, a manutenção de

direito ao pagamento de dividendo por ação preferencial

10% maior do que o atribuído às ações ordinárias.

Acesse no site da Klabin o Código de Conduta

na íntegra.

Auditores independentesA política de relacionamento com os auditores

independentes, na prestação de serviços não

relacionados à Auditoria Externa, substancia-se nos

princípios que preservam a independência do auditor.

Durante o exercício de 2009, os auditores externos

somente prestaram serviços relacionados à auditoria das

demonstrações fi nanceiras.

8.4 Gestão de Riscos

Planos de contingência e um bem-estruturado programa

de manutenção industrial, assim como a gestão

ambiental e de saúde e segurança no trabalho são

utilizados pela Companhia para reduzir o impacto de

fatores adversos sobre os resultados. Essas ferramentas

contêm medidas de avaliação e mitigação dos principais

riscos operacionais e fi nanceiros.

Riscos operacionais – A manutenção preventiva de

máquinas e equipamentos, comandada por modernos

softwares e práticas de gestão, aumenta a efi ciência

e produtividade dos equipamentos, além de reduzir

os custos atrelados a paralisações não programadas.

Como proteção do patrimônio, a Companhia contrata

apólices de seguros com diversifi cada e ampla cobertura,

abrangendo suas instalações, danos materiais e

pessoais a terceiros e ainda a responsabilidade civil

sobre produtos. As áreas fl orestais recebem cuidados

meticulosos de prevenção, como manutenção de

brigadas de incêndio próprias, torres de observação e

patrulhamento permanente. As perdas por falhas que

se convertam em acidentes – tendo como resultado

incêndios, explosões e danos elétricos – estão

amparadas por apólices de riscos nomeados contratadas

para todas as unidades industriais e administrativas.



Riscos de mercado – O acompanhamento de

tendências nos mercados de papel e embalagens

busca monitorar esses riscos, como forma de auxiliar

os gestores nas tomadas de decisão sobre produção

e comercialização. Para mitigar os impactos, a

Klabin apoia-se na qualidade de seus produtos e na

segmentação das vendas, diluindo sua exposição a

uma determinada indústria e cliente. Com os recentes

investimentos na ampliação de sua capacidade produtiva

e modernização do parque produtivo, a Empresa garante

diferencial de qualidade e efi ciência para continuar

na liderança de mercado. Além de dar continuidade a

investimentos em produtos de maior valor agregado,

tem condições de buscar mercados ainda não explorados

no Brasil e no exterior.

Riscos fi nanceiros – A administração desses riscos

é realizada por meio de sistemas de controle e

determinação de limite de posições. A empresa e

suas controladas participam de operações envolvendo

instrumentos fi nanceiros, todos registrados em

contas patrimoniais, que se destinam a atender suas

necessidades operacionais e reduzir a exposição a riscos

fi nanceiros, principalmente de crédito, de moeda e de

taxa de juros. Não são realizadas operações envolvendo

instrumentos fi nanceiros com fi nalidade especulativa.

Mantém operações de fi nanciamento com funding

do mercado externo que estão expostas a riscos de

mercado decorrentes de mudanças nas cotações de

moedas estrangeiras. Para fazer frente a tal exposição,

possui plano de vendas cujo fl uxo projetado de receitas

de exportação cobre com folga o fl uxo de pagamentos

dos passivos. A Empresa está exposta à fl utuação nas

Taxas de Juros de Longo Prazo (TJLP) em virtude dos

contratos de fi nanciamentos fi rmados com o BNDES,

como também à taxa Libor, vinculada aos contratos de

fi nanciamento à exportação.

Risco de crédito – Esse risco é administrado por

normas específi cas de aceitação de clientes, análise

de crédito e estabelecimento de limites de exposição

por cliente. Adicionalmente, para as exportações, a

empresa contrata sempre que possível seguro de crédito,

garantindo, assim, o fl uxo de recebíveis no caso de

inadimplência de clientes.



9. Relacionamento com as Partes Interessadas

Comunicação abrangente

A Klabin busca estabelecer uma comunicação direta e pautada pela ética com seus diversos públicos, uma vez que seu negócio afeta grande número de pessoas da comunidade de seu entorno. Para isso, conta com vários canais de relacionamento e comunicação, como o site www.klabin.com.br, relatórios fi nanceiros e de sustentabilidade, boletins, matérias jornalísticas em imprensa local e nacional, participação em eventos do setor, entre outros. Além disso, promove constantemente ações para aproximar e aprimorar os contatos com seus públicos de relacionamento.



As vagas abertas são destinadas prioritariamente aos

colaboradores internos, identificados como aptos ao

exercício da função. O processo de recrutamento e

seleção externa procura garantir o alinhamento de

conceitos e a uniformização de padrões consistentes no

processo de análise de candidatos.

A decisão sobre o recurso humano mais adequado é

resultado de um processo fundamentado na adequação

de estratégias, instrumentos e metodologias para

avaliação dos candidatos, seguindo critérios técnicos,

comportamentais e legais relevantes para a escolha.

Com o objetivo de promover a inserção de jovens

no mercado de trabalho, menores de 18 anos são

contratados somente na condição de aprendizes,

nos termos da lei, e, eventualmente, em áreas

administrativas.

No final de 2009, o quadro de pessoal registrava

7.417 empregados próprios, sendo 7.308 no Brasil

e 109 na Argentina, e 4.885 de terceiros, somando

12.302 colaboradores.

10. Pessoas

A história de 110 anos da Klabin deve muito à atuação de seus colaboradores, que desempenham papel fundamental para a construção de uma empresa de sucesso. Esse relacionamento refl ete o compromisso de promover o crescimento pessoal e profi ssional e a busca da melhoria contínua das condições de trabalho, saúde e segurança. Nesse sentido, a área de Recursos Humanos tem como missão atrair, aperfeiçoar e reter profi ssionais de talento, estimulando potenciais e habilidades. Isso se dá por meio de constantes programas de formação, além de um amplo leque de benefícios.



Treinamento e desenvolvimentoAs atividades de treinamento contaram com

88.540 participações em 2009, envolvendo todos os

níveis hierárquicos. Foram 6.314 ações, representando a

média de 37,63 horas por colaborador. O investimento

destinado a desenvolvimento e capacitação somou

R$ 3 milhões no período.

Uma das principais atividades da área, em 2009, foi

consolidar o processo iniciado em 2004 com o Programa

Klabin de Desenvolvimento (PKD), direcionado aos

gestores da Companhia – cerca de 300 pessoas, entre

diretores, gerentes e coordenadores. Foram executados

o mapeamento dessa população e o processo de

avaliação e construídos Planos de Desenvolvimento

Individual (PDI), com ênfase em suprir competências

necessárias para o exercício da função.

Encerrou-se assim um ciclo, em que a primeira etapa do

PKD constara da defi nição de um Modelo de Competências

de Liderança, com o objetivo principal de nortear os planos

de preparação e desenvolvimento dos gestores. A segunda

fase, executada entre 2005 e 2006, teve como foco a

implementação de um Programa Básico de Desenvolvimento

das Competências, a fi m de promover o alinhamento e

estabelecer uma linguagem comum entre os gestores sobre

as competências identifi cadas na primeira fase.

Ainda em 2006, foi incorporada uma terceira fase, que

consistiu na construção do Centro de Acompanhamento

da Performance dos Executivos (Cape) – um sistema

integrado de gestão da performance que permite a

consolidação das competências e a contínua renovação

das práticas de liderança da empresa, mediante a aplicação

de instrumentos como análise de desempenho, análise de

potencial, identifi cação de talentos e potenciais sucessores.

A consolidação do processo, em 2009, constou da

implantação de Comitês de Análise para o cruzamento

minucioso das informações geradas e armazenadas

no Cape. O resultado dessas análises possibilita que

a equipe de Recursos Humanos, em parceria com

diretores e gerentes, identifi que os diferentes níveis de

potencialidades dos gestores e recomende os programas

necessários ao desenvolvimento individual e do grupo,

bem como as possibilidades de movimentações.

Desenvolvimento de competências – Os Planos de

Desenvolvimento Individual (PDI) dos gestores da empresa

são norteados pelo programa Competências do Gestor

Klabin, que visa à atuação coesa e alinhada aos valores

e objetivos organizacionais. O PDI leva em conta as

aspirações e os interesses pessoais, as potencialidades

e o desempenho, além das demandas e perspectivas de

acesso oferecidas pela Klabin. A ênfase é na autogestão

do desenvolvimento, com apoio oferecido pela empresa.

Atualmente, o processo contempla os cargos de

coordenação, gerência e diretoria e, a partir de 2010, será

aplicado gradativamente aos demais níveis hierárquicos.

Desenvolvimento de equipes – Abrange programas

estruturados sob demanda das áreas, para todos

os níveis hierárquicos. O objetivo é capacitar os

profi ssionais para o alcance de melhores resultados, por

meio do desenvolvimento de aspectos comportamentais

e habilidades de gestão de pessoas e equipes.

Remuneração e benefíciosA política de remuneração e benefícios é alinhada

às práticas de mercado, como forma de assegurar

competitividade na atração de profi ssionais. É composta

por uma parte fi xa e outra variável, vinculada a

desempenho e resultados. Todos os empregados têm

direito ao Programa de Participação nos Resultados (PPR),

que tem seus valores anuais baseados em indicadores

como EBITDA (geração operacional de caixa), volume

de produção, custos, acidentes de trabalho, qualidade e

meio ambiente. Em 2009, foram distribuídos



R$ 15 milhões referentes ao PPR. O menor salário pago

pela empresa é 23% superior ao salário mínimo nacional,

enquanto a proporção entre o menor e o maior salário

é de 51 vezes (sem considerar diretores, estagiários e

aprendizes).

A Klabin oferece uma série de benefícios a seus

colaboradores: plano de saúde, convênio odontológico,

seguro de vida (também para cônjuge), vale-alimentação,

vale-refeição, vale-transporte, convênio com farmácias,

empréstimo consignado em folha de pagamento,

coberturas para incapacidade/invalidez, auxílios – creche,

excepcional (para fi lhos) e funeral –, licença-maternidade

e paternidade, complemento de auxílio-doença e plano

de previdência privada. Trabalhadores temporários,

contratados por meio de agências de mão de obra,

recebem seguro de vida, vale-refeição e vale-transporte.

Com o objetivo de complementar o benefício pago

pelo INSS e, assim, proporcionar uma renda maior na

aposentadoria, a Klabin mantém desde 1998 um programa

de previdência privada destinado aos seus colaboradores.

O benefício oferecido é o de aposentadoria por idade,

calculado com base nos recursos acumulados na provisão

matemática de benefícios a conceder de cada participante

no momento da concessão. No encerramento do ano, o

patrimônio líquido do fundo totalizava R$ 117,4 milhões.

Todos os colaboradores participam do Programa de

Aposentadoria Klabin, com direito aos seguintes

benefícios:

Benefício Aposentadoria – Ao se desligar da empresa,

com idade entre 60 e 65 anos, o colaborador recebe um

benefi cio equivalente a seis vezes o seu salário nominal,

proporcional ao tempo de casa (chamado de Benefi cio

Mínimo). O programa também permite a aposentadoria

antecipada, a partir dos 55 anos.

Cobertura por invalidez e morte – Nos casos de

invalidez total e permanente ou falecimento.

A Klabin é solidária na decisão de formar uma poupança

de aposentadoria aos colaboradores com salário acima de

R$ 4.736,00, e sua contribuição corresponde à aplicação

de um percentual sobre a Contribuição Básica, defi nido em

razão do tempo de serviço, variando de 100% a 200%.



Qualidade de vidaLançado em março de 2005, o Programa Klabin de

Qualidade de Vida engloba ações de saúde, além de

atividades físicas, terapias alternativas, palestras educativas,

orientação nutricional, entre outros. Destacam-se os

seguintes programas:

Medicina preventiva – Exames periódicos ampliados,

integrando antecedentes clínicos, pessoais, familiares,

hábitos e estilos de vida; programa de prevenção e

tratamento ao tabagismo; saúde ocular; campanha de

combate à hipertensão arterial; grupo esteatose hepática;

monitoramento de doenças crônicas; grupo síndrome

metabólica; campanha de combate ao diabetes.

Terapias alternativas – Quickmassage; shiatsu; refl exologia

e auriculoterapia. Desde o início dos programas, em 2005,

foram realizados mais de 10 mil atendimentos.

Orientação nutricional – Colaboradores com Índice

de Massa Corporal (IMC) alterado, hipercolesterolemia

e hipertrigliceridemia têm atendimento prioritário no

Programa, que atende também profi ssionais que buscam

a promoção da saúde e não somente o controle de

peso. O processo de orientação inclui: consulta clínica,

aferição de peso, estatura e circunferência abdominal,

acompanhamento e orientação aos grupos (obesos,

tabagistas e síndrome metabólica).

Atividade física/integração – Ações incentivam

a atividade física, a valorização e a integração dos

colaboradores, bem como a proximidade da família com

a empresa. Além de ginástica laboral inclui atividades

específi cas em datas comemorativas, como Dia

Internacional da Mulher, Dia do Homem, Dia das Mães,

Dia dos Pais e Dia das Crianças.

Ações educativas – Abrangem todas as iniciativas que

tragam informações ao colaborador sobre qualidade de

vida e são compartilhadas com os familiares por meio

de prospectos. Os temas abordados são: TPM & hábitos

alimentares; Finanças pessoais e qualidade de vida; Como

tornar sua vida mais ativa; HPV (Human Papiloma Virus ou

Papilomavírus Humano); Primeiros socorros; A importância

de uma alimentação saudável em sintonia com a prática de

atividade física; Bom humor em nossa vida.



Saúde e segurançaO Programa Klabin de Excelência em Segurança e Saúde

Ocupacional (SSO) é composto por 11 diretrizes e

75 ferramentas/requisitos de gestão. Desde sua

instalação, em 2005, proporcionou de forma sustentável

a redução de 82% no índice de acidentes e de 80% na

taxa de gravidade.

Em 2009, foram registrados 77 acidentes com

afastamento (37 de empregados próprios e 40 de

contratados de terceiros), o que representa redução

de 39% em relação ao ano anterior. Os acidentes sem

afastamento – aqueles em que a lesão não impede que

o funcionário esteja de volta às suas funções, rotineiras

e habituais, no dia seguinte – recuaram 45%, de

170 para 94 ocorrências (61 de empregados próprios

e 33 de contratados de terceiros). Ocorreu um óbito

com trabalhador contratado de terceiro, supostamente

em decorrência de descarga elétrica em um painel. O

acidente foi investigado e, na perícia, não foi constatado

nenhum ponto energizado sem isolamento que pudesse

ter sido a causa do acidente.

Além de focar em instalações/equipamentos e

trabalhar a gestão, o Programa SSO aborda as questões

comportamentais. Nesse sentido, mais de

800 profi ssionais foram preparados e treinados para

observar o comportamento dos trabalhadores e atuar nas

áreas operacionais, corrigindo e reforçando positivamente

as questões de segurança do trabalho.

O aperfeiçoamento do modelo teve como objetivo colocar

em prática o Programa e difundir técnicas e ferramentas

de gestão de segurança e saúde ocupacional, compondo

um sistema que possibilite a identifi cação de riscos e

tratamentos para efetivo controle, visando à garantia da

vida, à saúde e à integridade física das pessoas.

A empresa incentiva o direito do empregado de

recusar a execução de trabalho em situações de riscos

graves e iminentes, sendo que esse tema também

consta de acordos sindicais e procedimentos formais.

Independentemente de esses acordos não apresentarem

referência explícita à cessão de Equipamentos de Proteção

Individual (EPI), a Empresa determina a obrigatoriedade

de uso por todos os colaboradores, próprios e terceiros.

Em cumprimento à legislação brasileira, a empresa possui

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) em

todas as unidades, formada por representantes da gestão

e dos trabalhadores, abrangendo 100% dos empregados.

A Klabin incentiva a atuação dessas comissões,

intensifi cando as ações propostas.



Relações com a empresaA Klabin valoriza a negociação coletiva com

representantes sindicais, assim como a liberdade de

associação. Com exceção da Diretoria-executiva,

100% dos empregados são contemplados por acordos

de negociação coletiva.

A empresa coloca à disposição tempo e local

adequados para que os sindicatos busquem a adesão

dos empregados à ação sindical, mesmo que esse

procedimento não esteja formalizado. Não há relato de

atitudes em unidades fabris ou setores que possam inibir

os empregados no exercício desse direito.

Da mesma forma, para que ocorra uma boa gestão e

seja mantido um clima de cooperação, os empregados e

os sindicatos são comunicados e envolvidos na medida

e no prazo necessários para execução de mudanças

operacionais signifi cativas.



Os fornecedores precisam comprovar qualidade técnica

para atender, com qualidade, prazos e volume, às

demandas da empresa; fornecer, quando necessário,

amostra/lote de seus produtos para avaliação; adotar

práticas de responsabilidade social – como assegurar

os benefícios básicos aos seus colaboradores,

proporcionar ambiente de trabalho seguro, produtivo

e participativo e não utilizar mão de obra infantil – e

apresentar padrões de responsabilidade ambiental.

Devem ainda colaborar para o fortalecimento da

cadeia de suprimento, promovendo a valorização da

livre concorrência, e proporcionar visita técnica para

avaliação de instalações, equipamentos, processos de

produção, etc.

Não há uma política formal de privilegiar compras com

fornecedores locais. Com o objetivo de desenvolver

novas fontes de suprimento nacionais e internacionais

e promover alternativas para materiais e insumos, a

Klabin procura estimular pequenas e médias empresas

a terem maior participação como fornecedores. O

foco da área se dirige ainda a aspectos como: adotar

processo de compras eletrônicas em fornecedores

qualificados; negociar acordos e contratos corporativos

para o fornecimento de materiais e serviços; e

coordenar e executar os processos de importação,

entre outros.

Prestadores de serviçosOs prestadores de serviços são submetidos a

procedimentos de fiscalização e auditoria para

a comprovação de que seguem rigorosamente a

legislação trabalhista e efetuam o recolhimento de

contribuições sociais e encargos trabalhistas. As

inspeções incluem vistoria de documentação trabalhista

e de locais de atuação, para assegurar condições

dignas de trabalho e ausência de mão de obra infantil.

Esse procedimento garante as condições estabelecidas

para os contratados diretamente pela Klabin, com

empregados fisicamente presentes nas unidades da

empresa ou outro local por ela determinado.

O acompanhamento de toda a documentação

referente à área trabalhista pode ocorrer nas

próprias instalações do fornecedor, visando ao maior

detalhamento nas análises. No caso de apuração

de eventuais irregularidades, a área contratante e o

setor de suprimentos são responsáveis pela adoção

de providências, que incluem um comunicado escrito

ao fornecedor sobre suspensão de pagamentos até

regularização do aspecto detectado como falho,

e a afirmação de que a reincidência ocasionará a

desabilitação como fornecedor.

11. Fornecedores

Responsabilidade na cadeia produtiva

O conceito de cadeia de suprimento orienta a atuação da área de Suprimentos, que é responsável por conduzir todas as relações comerciais da Klabin com seus fornecedores, estimulando a busca permanente por altos padrões de qualidade e conduta ética. Em 2009, a Empresa mantinha relacionamento com 5.292 fornecedores, sendo a maior parte (61%) em materiais de manutenção.



A empresa desabilitada somente pode ser recontratada

depois de ultrapassado o prazo de dois anos desde a

rescisão contratual. No caso de novas irregularidades

durante a vigência do novo contrato, o fornecedor é

definitivamente desabilitado.



Produção sustentávelA Empresa é pioneira no Brasil na aplicação do conceito

de desenvolvimento sustentável e no cuidado com

a preservação ambiental e da biodiversidade. Foi a

primeira do setor no Hemisfério Sul certifi cada FSC -

Forest Stewardship Council, em 1998. O Sistema de

Gestão Ambiental é certifi cado pela ISO 14001 em

todos os seus negócios (papéis, sacos e embalagens),

que traduz a efi ciência de processos ambientalmente

adequados.

EnergiaO consumo global de energia da Companhia foi inferior

em 4,9% em relação ao ano anterior, passando de

40.530.515 para 38.554.867 GJ, principalmente pelo

aumento da efi ciência das unidades industriais e pela

redução de 2% no volume total de papéis produzidos.

Destaca-se o aumento de 8% na participação de

biomassa e licor negro – fontes renováveis de energia –

na matriz energética, e redução de 36% na proporção

de gás natural e óleo combustível, duas fontes não

renováveis. Essa mudança contribuiu signifi cativamente

para a redução das emissões de gases de efeito

estufa (GEE).

12. Meio Ambiente

Assegurar o desenvolvimento sustentável em cada etapa dos processos e projetos é uma premissa que está no DNA da Klabin. A Companhia se baseia em um modelo que permite conciliar a produção de riquezas com a geração de bem-estar social e proteção ao meio ambiente. Esses valores, herdados de seus fundadores, norteiam a Política de Sustentabilidade, que prevê, entre outras ações, garantir o suprimento de madeira plantada para as suas unidades industriais sem agredir os ecossistemas naturais associados; evitar e prevenir a poluição por meio da redução dos impactos ambientais relacionados a efl uentes hídricos, resíduos sólidos e emissões atmosféricas; atender aos requisitos legais; e exercer a responsabilidade social com foco nas comunidades onde atua.



A geração total de energia proveniente de óleo

combustível foi reduzida em 39,7%, principalmente

pela entrada em operação da nova caldeira de biomassa

em Monte Alegre (PR), o que proporcionou a redução

da queima de 63.929 toneladas desse combustível

entre 2008 e 2009. Com isso, a geração proveniente de

biomassa aumentou 23%.



O consumo total de energia elétrica aumentou 0,88%

em relação ao ano anterior, devido ao acréscimo de

produção decorrente da ampliação da Unidade Monte

Alegre (PR). O consumo de energia gerada termicamente

foi ampliado em 7,9% em razão, principalmente, do

início de operação do novo turbogerador de 70 MW,

com consequente redução 7,4% do consumo de energia

comprada da concessionária.

A energia térmica gerada pelas turbinas a vapor da

Unidade de Papéis totalizou 880.509 MWh em 2009,

acréscimo de 21,7% sobre 2008, principalmente em

virtude do novo turbogerador em Monte Alegre (PR).

A participação de combustíveis fósseis na cogeração

de energia elétrica na Unidade de Papéis atingiu 8,8%,

resultando no decréscimo de 8,0% sobre o ano anterior,

principalmente devido ao início de operação da nova

caldeira de biomassa na Unidade Monte Alegre (PR),

que possibilitou a desativação de três caldeiras que

utilizavam óleo combustível para geração de vapor.



Com a estabilidade de operação da nova caldeira

de biomassa, foi possível reduzir o consumo de óleo

combustível na geração de vapor. Comparativamente

a 2006, essa diminuição foi de 22.274 toneladas,

contribuindo com a redução da emissão dos gases

geradores do efeito estufa.

ÁguaEm 2009, o consumo total de água das unidades da

Klabin foi de 64.499.007 m3, redução de 12,9% em

relação ao ano anterior.

O consumo específi co das unidades de papéis atingiu a

média anual de 42,94 metros cúbicos por tonelada, com

redução de 7,2% em relação ao ano anterior.

Com a conclusão do projeto de expansão da Unidade

Monte Alegre (PR), o consumo específi co de água atingiu

37,17 metros cúbicos por tonelada de papel na média

anual da unidade, com redução de 5,5%, em relação ao

ano anterior, o que demonstra aumento de efi ciência no

processo produtivo. Na Unidade de Otacílio Costa (SC) houve

decréscimo de 2,5%, e na Unidade de Correia Pinto (SC),

de 8,2%, devido ao bom andamento operacional.

A manutenção do Sistema de Gestão Ambiental nas

fábricas de papéis, embalagens e sacos proporcionou

a redução no consumo específi co de água em várias

unidades, em decorrência da padronização de

procedimentos operacionais, melhoria nos controles

ambientais e aumento de conscientização dos funcionários

próprios e terceiros.

A busca pela redução no consumo de água e o

fechamento de circuitos integram os novos investimentos

de todos os negócios da Empresa. Em embalagens de

papelão ondulado e sacos industriais, o fechamento de

circuito de água é adotado na maioria das unidades.

Efl uentes hídricosOs principais indicadores de desempenho das estações

de tratamento de efl uentes das unidades industriais são a

DBO5 (Demanda Bioquímica de Oxigênio) e DQO (Demanda

Química de Oxigênio), defi nidos pela legislação ambiental e

incluídos nas licenças de operação das unidades.

A Klabin atende à legislação e busca superá-la sempre

que possível, reduzindo suas perdas de insumos e

matérias-primas, otimizando os recursos e melhorando

continuamente seus processos. Dessa forma, evita e

previne a poluição por meio da redução dos impactos



ambientais relacionados aos efl uentes hídricos, a emissões

atmosféricas e resíduos sólidos.

A emissão de DQO na Unidade de Papéis teve redução de

35,2% e a de DBO5, de 32,9%, principalmente pelo bom

desempenho das estações de tratamento de efl uentes

das Unidades de Otacílio Costa (SC), Correia Pinto (SC) e

Monte Alegre (PR).

Emissões atmosféricasAtualmente, o controle das emissões atmosféricas é o

principal desafi o da indústria de papel e celulose. Na

Klabin, esse acompanhamento tem como objetivo reduzir

os materiais particulados (MP), óxidos de enxofre (SOx),

monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (NOx) e o

odor na produção de celulose (TRS), de forma a minimizar

o impacto ambiental, atender à legislação ambiental e

reduzir as reclamações das partes interessadas.

O controle das emissões atmosféricas é realizado por meio

das seguintes atividades:

• Incineração dos gases odoríferos (GNCC);

• Controle das emissões de SOx;

• Controle da emissão de NOx;

• Controle das emissões de enxofre total reduzido (TRS)

das caldeiras de recuperação por meio de controles

efi cientes da combustão;

• Mitigação das emissões de TRS do forno de cal, por

meio do controle do excesso de ar e controle do

residual de sódio na lama de cal;

• Controle da emissão de material particulado das

caldeiras de recuperação, caldeiras auxiliares e fornos

de cal, por precipitadores eletrostáticos;

• Utilização da energia obtida pela queima dos licores e

da biomassa na cogeração de energia. Assim, a

otimização do consumo de biomassa reduz o uso de

combustíveis fósseis e, consequentemente, as emissões

de gases de efeito estufa.

O plano de expansão previsto para os próximos anos

contempla novos investimentos ambientais nas Unidades

de Correia Pinto (SC) e Otacílio Costa (SC), visando reduzir

as emissões atmosféricas.



Créditos de carbonoEm outubro, a Klabin concluiu sua terceira venda de

créditos de carbono, com cerca de 20 mil toneladas

de CO2. O volume integra o projeto de Mecanismo de

Desenvolvimento Limpo (MDL) que contempla o período

de 2001 a 2010 e tem potencial para gerar cerca de

150 mil toneladas de crédito de carbono.

Já foram comercializadas, aproximadamente,

107 mil toneladas de CO2 no âmbito do projeto,

decorrente da substituição de óleo combustível por gás

natural na Unidade Piracicaba (SP). Esse é o primeiro

MDL da Klabin registrado na United Nations Framework

Convention on Climate Change (UNFCCC), em julho de

2006. O projeto tem capacidade de reduzir as emissões

de CO2 em 26% em relação às emissões de óleo

combustível.

Um segundo projeto de MDL, em fase de elaboração,

está ligado ao Projeto de Expansão MA-1100, em

Telêmaco Borba (PR). O mecanismo funcionará a partir

da instalação de tecnologia de ponta para a queima de

biomassa por uma caldeira CFB (Circulating Fluidized Bed),

que praticamente possibilitou a eliminação do óleo

combustível para geração de vapor na Unidade.

Resíduos sólidosA geração de grande quantidade de resíduos sólidos é

inerente ao processo de produção de papel e celulose,

o que requer ações para minimizar a geração na fonte e

dar destino adequado ao material. Os principais resíduos

gerados são não inertes (plásticos, isopor, sucatas

metálicas, grits, dregs, lama de cal, rejeitos fi brosos, etc.)

e necessitam de disposição adequada.

As áreas de disposição e triagem são devidamente

monitoradas, assegurando a não contaminação de

lençóis freáticos. A destinação de resíduos ocorre

por meio de parcerias com terceiros devidamente

regularizados.



Gases de efeito estufa (GEE)A Klabin busca continuamente alternativas para limpar

sua matriz energética, com o uso de combustíveis

alternativos e a melhoria de tecnologia que resultem

em menos emissões de gases de efeito estufa. O gráfi co

a seguir evidencia a redução signifi cativa na emissão

de GEE na Unidade Monte Alegre (PR) após a entrada

em operação da nova caldeira de biomassa devido

ao aumento da produção de vapor por biomassa em

substituição ao óleo combustível.

O uso de biomassa representou 88,1% das emissões

diretas de produção, 7,9% de acréscimo em relação

ao ano anterior. A biomassa utilizada é proveniente

de fl orestas plantadas, com manejo sustentável, que

durante a fase de crescimento sequestram CO2 da

atmosfera pelo processo de fotossíntese. Dessa forma,

estabelece-se o equilíbrio no balanço.

Em 2009, as emissões totais de gases causadores de

efeito estufa originadas de combustíveis fósseis foram

de 82,2% pelo uso de óleo combustível, 14,6% do gás

natural, 3,1% de GLP e 0,1%, de diesel. A emissão

proveniente de gás natural teve decréscimo de 17%,

e de óleo combustível, de 4,6% em relação ao ano

anterior.

As Unidades de Piracicaba (SP), Jundiaí - Distrito

Industrial (SP), Guapimirim (RJ), Goiana (PE),

Del Castilho (RJ) e Betim (MG) utilizam gás natural como

combustível na geração de vapor – fonte mais limpa

entre as de origem fóssil. Seu uso em substituição ao

óleo combustível permite a redução de 76 para 56 quilos

de CO2 /GJ, ou seja, 26% menos emissão de GEE por

unidade de energia.

No fi nal de 2009, o Conselho de Administração aprovou

investimento em nova caldeira de biomassa para a

Unidade de Otacílio Costa (SC), que substituirá a queima

de óleo combustível para a geração de energia e

vapor. O equipamento terá capacidade de geração de

60 t/h de vapor a 42 Bar e deverá entrar em

funcionamento no início de 2011.



Avaliação do Ciclo de Vida Em 2009, foi concluída a preparação do estudo de

Avaliação de Ciclo de Vida (ACV) para os produtos

fabricados na Unidade Monte Alegre (PR): Liquid Packaging

Board (LPB), Carrier Board, Folding Box Board e Kraftliner,

em conformidade com a série de normas da ISO 14040.

O trabalho foi modelado de forma a permitir o cálculo

da pegada de carbono (carbon footprint) dos produtos

selecionados, com levantamento do CO2 fi xado e emitido

nas áreas fl orestal e industrial.

O estudo envolve a contabilização tanto das retiradas

de recursos naturais e de energia da natureza como das

devoluções ao meio ambiente, desde o plantio de mudas

até a saída dos produtos da fábrica.

Os resultados coletados demonstram expressivas melhorias

de desempenho ambiental desde 1998, considerando

desde a fl oresta até a saída dos produtos na fábrica, com

destaque para o produto Liquid Packaging Board:

• Redução no consumo de energia: 32%;

• Redução no consumo de água: 27%;

• Redução no consumo de madeira: 33%;

• Redução no uso da terra: 65%;

• Saldo de CO2 equivalente positivo em 1.594 quilos

armazenados por tonelada de cartão LPB produzido,

ou seja, há maior absorção na fotossíntese do que

emissão no processo produtivo;

• Redução do potencial de acidifi cação: 10 vezes;

• Redução do potencial de eutrofi zação: 7,6 vezes;

• Redução da depleção de recursos abióticos: 2,1 vezes.

BiodiversidadeHistoricamente comprometida com a preservação do meio

ambiente, a Klabin desenvolve suas atividades de forma

garantir a conservação da biodiversidade e o equilíbrio dos

ecossistemas das regiões onde atua.

O manejo fl orestal da Companhia é referência mundial

e segue o conceito de mosaico, com plantios de pínus e

eucaliptos entremeados por matas nativas preservadas

– as áreas de conservação somam 191 mil hectares,

aproximadamente 40% do total de propriedades das

quais a Empresa detém a posse. Dessa forma, promove a

formação de importantes e bem distribuídos corredores

ecológicos, contribuindo para a preservação de uma rica

biodiversidade. Dentre essas áreas, destaca-se uma Reserva

Particular do Patrimônio Natural (RPPN), localizada na

Fazenda Monte Alegre (PR), com área de 3.852 hectares.

Até o fi nal de 2009, foram identifi cadas nas fl orestas da

Klabin no Paraná e em Santa Catarina 659 e 304 espécies

de animais, respectivamente. No Paraná são 90 mamíferos,

409 aves, 40 anfíbios, 40 répteis, 12 abelhas, 6 crustáceos

e 58 peixes. Desse total, 74 espécies são consideradas

ameaçadas de extinção pelo Instituto Ambiental do Paraná

(IAP), 15 pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos

Naturais Renováveis (Ibama) e 51 pela International Union

for Conservation of Nature (IUCN). Em Santa Catarina,

dentre as 252 espécies de aves, 41 de mamíferos, 6 de

anfíbios e 5 de répteis identifi cados, 32 são ameaçadas de

extinção pela IUCN e 6 pelo MMA.

Foram também identifi cadas 1.146 espécies de plantas

nas áreas da Klabin no Paraná e 695 espécies em

Santa Catarina. As árvores são o grupo mais estudado,

com 426 diferentes espécies no Paraná e 344 em

território catarinense. O segundo maior grupo de plantas

identifi cadas é o das herbáceas, que somam 245 espécies

abrangidas por estudos realizados na Klabin.



Parque EcológicoConstituído na década de 1980, o Parque Ecológico da

Klabin tem por objetivo reproduzir e proteger espécies

ameaçadas de extinção na região para repovoamento,

preservar paisagens íntegras e realizar estudos científi cos

em vida silvestre. No local também são realizadas

atividades de educação ambiental, principalmente com

crianças das comunidades vizinhas, e pesquisas de campo

em parceria com universidades e instituições acadêmicas.

Localizado na Unidade Monte Alegre, em

Telêmaco Borba (PR), o Parque ocupa uma área de

11.196 hectares, dos quais 7.883 hectares são formados

por fl orestas naturais, representadas pela Mata de

Araucária. Algumas dessas fl orestas ainda se encontram

em estado primitivo ou pouco alteradas.

Filhotes – O nascimento de fi lhotes de espécies de

animais em risco de extinção ocorrido em 2009 no

Parque Ecológico da Klabin demonstra o compromisso

da Empresa com o correto manejo fl orestal e a

preservação da biodiversidade.

Um deles representa o primeiro sucesso reprodutivo

no criadouro científi co da empresa com a espécie

veado-bororó (Mazama nana, também conhecida

pelos nomes de veado-cambuta, cambucica e

veado-mão-curta). O animal é de ocorrência restrita

nas Regiões Sudeste e Sul do Brasil e considerado pelo

Ibama como, possivelmente, a espécie mais ameaçada

de extinção entre os cervídeos brasileiros.

A jacutinga (Pipele jacutinga), outra espécie considerada

em alto risco de extinção, também se reproduziu no

Parque Ecológico, onde foi registrado o nascimento

de dois fi lhotes do pássaro. Em decorrência da caça,

do tráfi co de animais e da destruição de seu habitat, a

espécie havia praticamente desaparecido da maioria dos

locais onde era anteriormente encontrada.



Programa Matas Legais Iniciativa conjunta da Klabin e Associação de

Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi),

o Programa orienta pequenos e médios produtores

rurais a planejarem suas propriedades em atendimento

à legislação ambiental. Eles também aprendem a

conciliar a formação de matas ciliares e a recuperação

de áreas degradadas com a prática de outras atividades

agrícolas produtivas. A recuperação das matas ciliares

permite a formação dos corredores ecológicos de matas

nativas que, por sua vez, favorecem a manutenção e o

incremento da biodiversidade local.

O modelo sustentável contribui para o equilíbrio

do ecossistema local e para o aprimoramento das

atividades de fl orestas plantadas. A assistência técnica

é realizada em campo pela equipe de profi ssionais da

Apremavi, que dissemina conceitos de ecologia e orienta

o desenvolvimento de atividades como agricultura,

ecoturismo e fomento fl orestal. Assim, além do

cumprimento das normas ambientais, contribui para a

formação de um local agradável para se viver

e trabalhar.

O programa foi criado em 2005, em Santa Catarina,

e estendido em 2008 para o Paraná, benefi ciando em

torno de 540 produtores, nos dois estados. O objetivo,

nos próximos anos, é ampliar as atividades para todos os

produtores rurais que passarem a integrar o Programa

de Fomento Florestal da Klabin, via Pronaf e Propfl ora.

Em Santa Catarina, 283 produtores de 35 municípios

das regiões do Alto Vale do Itajaí e Planalto Catarinense

receberam orientação para o plantio de eucaliptos

e pínus e recuperação de áreas ciliares. O programa

distribuiu gratuitamente aproximadamente 80 mil mudas

de árvores nativas, o que signifi ca capacidade para

recuperar cerca de 50 hectares entre nascentes

e matas ciliares.

No Paraná, 127 novos produtores foram engajados no

Programa em 2009, totalizando 263 participantes. Além

da distribuição de mudas para a recuperação de matas

ciliares, o Matas Legais é integrado ao Programa Caiubi

de Educação Ambiental e inclui atividades com a rede

de ensino local, como cursos, ofi cinas vivenciais e de

capacitação, campanhas educativas e divulgação do

fomento fl orestal.

Apicultura e meliponiculturaA diversifi cação da atividade rural, com maior geração

de renda, e a preservação da biodiversidade local são

dois focos do Programa de Apicultura e Meliponicultura

desenvolvido pela Klabin em parceria com a Associação

de Apicultores de Telêmaco Borba e Cooperativa

Caminhos do Tibagi. Em 2009, contava com a

participação de 14 apicultores, que recolhem o mel de

17 apiários instalados nas propriedades da Klabin, cada

um deles contendo em média 25 colmeias. No ano,

a produção atingiu 10.450 quilos, com a média de

24 quilos por colmeia – acima da média nacional

de 16 quilos.

A Companhia cede suas fl orestas, aproveitando o

potencial da fl ora das áreas, como parte da visão de que

os múltiplos produtos da fl oresta impulsionam cadeias

produtivas que trazem benefícios ambientais e sociais

para a comunidade. A Associação opera uma unidade

de benefi ciamento de mel, que prepara o produto de

acordo com as exigências legais e de mercado. Com

atuação nos municípios paranaense de Telêmaco Borba,

Ortigueira, Imbaú, Reserva, Tibagi, Curiúva, Figueira e

Ventania, a cooperativa distribui e comercializa o mel e

seus derivados.

FitoterapiaO Programa de Fitoterapia da Klabin busca o uso

sustentável da biodiversidade e alia a preservação

do meio ambiente à responsabilidade social, com

fornecimento de fi toprodutos usados na assistência



e complementação à saúde dos colaboradores de

Telêmaco Borba, no Paraná. O Programa foi o primeiro

do mundo certifi cado FSC - Forest Stewardship Council

em relação ao manejo de plantas medicinais (em 1999)

e à cadeia de custódia de produtos não madeireiros para

fi toterápicos e fi tocosméticos (em 2001 e 2006).

Com uma operação permanente de avaliação das

fl orestas, a fi toterapia promove o multiuso racional

e sustentado da biodiversidade das matas nativas

e subbosques das plantações comerciais existentes

na Fazenda Monte Alegre (PR). O laborátorio de

manipulação utiliza plantas medicinais para produzir

cerca de 60 produtos, entre medicamentos e

fi tocosméticos (Linha Phitosfera – Beleza & Saúde).

Os fi toterápicos são empregados como auxiliares no

tratamento de cinco doenças básicas: gripes e resfriados,

ferimentos e lesões de pele, difi culdades digestivas,

diarreia e hipertensão arterial leve.

Herbário HKlabinO Herbário HKlabin foi criado em 2002, com

o objetivo de valorizar a diversidade da fl ora da

Fazenda Monte Alegre (PR) e estudar as características

morfo-anatômicas de algumas espécies de interesse,

bem como transformar-se em polo de referência

regional e, posteriormente, em possível depositário

do patrimônio genético brasileiro. Procura ainda

atender às necessidades do Programa de Fitoterapia,

proporcionando um banco de dados das principais

espécies vegetais utilizadas, além de buscar o

reconhecimento como referência da fl ora local e

de espécies exóticas.

O trabalho é desenvolvido em parceria com a

Universidade Estadual de Maringá, e tem propiciado

a troca de informações inter-herbários, possibilitando

maior divulgação da atividade nos meios científi cos e

auferindo mais credibilidade à iniciativa da Companhia.

O acervo atualmente contabiliza 2.249 espécies

confi rmadas taxonomicamente, das quais,

1.078 correspondem a coletas realizadas na Fazenda

Monte Alegre (PR), englobando 150 famílias botânicas

– o que confi rma a riqueza das matas da Empresa. Do

acervo atual, são registradas 628 espécies arbóreas,

939 arbustivas e 682 herbáceas. Cerca de

300 exemplares adicionais encontram-se em processo

de revisão e classifi cação botânica. As exsicatas

(amostras de plantas prensadas e secas, que contêm

as características principais de cada espécie) provêm

da Fazenda Monte Alegre, da região do entorno e de

contribuições de outras cidades do Paraná e do Brasil.

Em termos percentuais, as exsicatas correspondem a

96% da fl ora do Estado do Paraná – sendo 76% apenas

da cidade de Telêmaco Borba, 19% de Maringá e 5%

de outras cidades. Das coletadas em Telêmaco Borba,

93% são da Fazenda Monte Alegre.

Educação ambientalPrograma Caiubi

Iniciativa de educação ambiental, o Programa reúne

especialistas em diversos temas, com o objetivo de

capacitar professores das redes municipal e estadual

de ensino para educar as futuras gerações para

a preservação ambiental. As atividades incluem

seminários, palestras e cursos teóricos e práticos em

educação ambiental. Essa capacitação multidisciplinar

dos professores ajuda na formação de cidadãos mais

críticos e conscientes.

No Paraná, a 18ª etapa do Programa foi desenvolvida

com as escolas da rede municipal de ensino de

Telêmaco Borba. O encontro teve duração de dois

dias e foi realizado nos auditórios da Secretaria

de Educação e do Parque Ecológico da Klabin. Os

conteúdos foram ministrados por professores da

Universidade Estadual de Londrina (UEL) e abordaram

assuntos como ecopedagogia, práticas de educação

ambiental, agroecologia no cotidiano, além de ofi cina de



reaproveitamento de garrafas PET. Desde sua criação,

em 2001, o Programa já realizou 2,9 mil treinamentos

com professores, de 484 escolas, benefi ciando 158,3 mil

estudantes. No fi nal do ano, foi realizado um workshop

para apresentação das experiências dos professores no

desenvolvimento dos projetos em suas escolas, que são

desenvolvidos integrando a Agenda 21.

Em Santa Catarina, a iniciativa teve duas etapas,

desenvolvidas nos municípios de Ponte Alta do Norte

e Ponte Alta, com a participação de dez escolas e

105 professores, abrangendo 2.554 alunos. Os temas

abordados incluíram fauna silvestre, fl ora regional,

atividades lúdicas em educação ambiental e de

sensibilização quanto ao equilíbrio ambiental. Em Ponte

Alta, representantes da Associação para Preservação

do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) explicaram

o conceito do Programa Matas Legais, desenvolvido

em parceria com a Klabin, e demonstraram o correto

planejamento das propriedades rurais, que alia produções

agrícolas rentáveis com preservação ambiental.

Em Santa Catarina, o Programa tem a parceria da

Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), da

Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac) e da

Polícia Ambiental. As atividades são fi nalizadas com

uma visita à trilha ecológica da empresa em Correia

Pinto. Em suas dez etapas, colaborou com a formação

de 400 professores, de 125 escolas, e um total de

39,7 mil estudantes.

Em comemoração ao Dia da Árvore, em setembro, foi

desenvolvida ação ambiental que benefi ciou 1,5 mil alunos

de dez escolas da região de Lages. Os estudantes, que

já participaram de edições anteriores do Programa,

receberam cartilha sobre a importância do manejo

fl orestal em forma de mosaico para a preservação da

biodiversidade e o conceito de sustentabilidade. Com

esse sistema, que mescla o cultivo de pínus e eucalipto

à mata nativa preservada, a Klabin mantém uma rica

biodiversidade em suas áreas fl orestais.

Protetores Ambientais

Desenvolvido desde 2005 em parceria com a Polícia

Ambiental de Santa Catarina, incentiva o respeito

às pessoas e ao meio ambiente e o desenvolvimento

social, resgatando a cidadania. Durante seis meses, os

alunos recebem treinamentos teóricos e práticos sobre

preservação da natureza, legislação ambiental, aspectos

da fauna e fl ora locais, primeiros socorros, civismo,

moral e ética. Para se tornar um Protetor Ambiental,

a criança é selecionada por meio de uma prova de

conhecimentos gerais. Em 2009, capacitou 25 crianças e

jovens de quatro municípios catarinenses.

Uma das atividades do ano foi um acampamento na

Base de Pesquisa Avançada do Instituto Brasileiro do

Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

(Ibama), no município Painel (SC). Realizado em um

fi nal de semana, reuniu 35 crianças em brincadeiras e

atividades didáticas para a aplicação do conhecimento

socioambiental. Elas buscavam estimular o trabalho

em equipe e o comprometimento com o curso, além

de valorizar o respeito, a disciplina e a união, que são

importantes pilares do Programa. Na parte teórica,

tiveram aula sobre o aquífero Guarani, receberam

treinamentos de primeiros socorros e legislação

ambiental, além de participarem de palestra interativa

sobre o comportamento, biologia e identifi cação das

serpentes, bem como prevenção e tratamento no caso

de mordidas. Entre as atividades recreativas, foram

realizadas dinâmicas de orientação com bússola, pista de

cordas e caminhadas em trilhas ecológicas.



Força Verde Mirim

Projeto pioneiro na formação de agentes ambientais, é

desenvolvido no Paraná para a multiplicação de conceitos

sociais e ambientais. Alunos de escolas de regiões com

os menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH)

recebem treinamentos teóricos e práticos sobre

preservação da natureza, legislação ambiental, aspectos da

fauna e fl ora locais, primeiros socorros, civismo, moral e

ética. A formação é realizada durante seis meses.

Os integrantes do Batalhão de Polícia Ambiental Força

Verde são responsáveis pela transmissão desses conceitos

em atividades culturais diversas. A Klabin participa da

elaboração da metodologia e do conteúdo transmitido,

além de providenciar transporte, alimentação e espaço

para aulas de educação ambiental em seu Parque

Ecológico, na Unidade Monte Alegre. Outros parceiros

são a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e o Instituto

Ambiental do Paraná.

Em 2009 foi formada a terceira turma, composta por

35 crianças. Durante o ano os agentes mirins participaram

de atividades como ação ambiental comunitária no Dia

Mundial do Meio Ambiente e comemoração do Dia da

Árvore com plantio de mudas na campanha do Carbono Zero.

Copati

A Klabin atua em parceria com o Consórcio para a

Proteção Ambiental da Bacia do Rio Tibagi (Copati) com

o principal objetivo de promover a educação ambiental,

levando as comunidades a conhecer e utilizar os recursos

do meio ambiente de modo sustentado.

O consórcio promove uma série de projetos, dentre os

quais destaca-se o Pingo D’Agua, que capacita professores

e alunos para atuarem como agentes efetivos do

desenvolvimento comunitário. A Klabin tem auxiliado o

Pingo D’Água com a capacitação técnica dos educadores

envolvidos em Telêmaco Borba, Ortigueira, Sapopema,

Tibagi e Curiúva, no Paraná.

Investimentos ambientaisEm 2009, o investimento em meio ambiente totalizou

R$ 47,9 milhões, concentrado em projetos ambientais e

tratamento de efl uentes.

Os principais projetos contemplados foram:

• Monitoramento online de gases NOX , CO, O2 e

material particulado; sistema de circulação de nós na

planta da celulose, com menor geração de resíduos

sólidos e aumento da vida útil do aterro industrial;

aumento da capacidade de estocagem de licor negro

e separação de sabão; e construção de aterro

sanitário em Curiúva. Todos os projetos foram

realizados na Unidade Monte Alegre (PR).

• Substituição de óleo BPF por óleo BTE (baixo teor de

enxofre) no forno de cal das Unidades de Correia Pinto (SC)

e Otacílio Costa (SC), com o objetivo de reduzir as

emissões atmosféricas, principalmente poluentes

como óxidos de enxofre.

• Modifi cação da capacidade do tanque de condensado

para suportar altas pressões, evitando a emissão de

GNCC por pressões mínimas, e eliminação do uso de

cloro líquido, na Unidade de Correia Pinto (SC).

• Reforma do tanque de estocagem de terebintina e

melhorias no sistema de aeração da estação de

tratamento de efl uente e sistema de extração

e recirculação de lodo secundário, assim como

monitoramento do efl uente setorial da área de

recuperação e utilidades para prevenir contaminações

na estação de tratamento de efl uente, na Unidade de

Otacílio Costa (SC).



• Ampliação da Central de Aditivos, na Unidade de

Angatuba (SP).

• Controle da dispersão natural de pínus e

desenvolvimento do Programa de Restauração

Ambiental, com foco nas áreas de preservação

permanente e fl orestas nativas preservadas da Klabin

em Santa Catarina.

• Adequação da subestação de energia elétrica e

construção de depósito de produtos químicos,

na Unidade de Guapimirim (RJ).

• Reforma no sistema de vapor e caldeira da Unidade

de Del Castilho (RJ).

• Novo fi ltro prensa e adequações na estação de

Tratamento de Efl uentes, na Unidade de Lages (SC).



Projetos sociais Com foco no desenvolvimento da educação, saúde e

qualidade de vida da população e da infraestrutura

de saneamento dos municípios de Telêmaco Borba

e região dos Campos Gerais, no Estado do Paraná,

a Klabin investiu R$ 4 milhões em benefício da

sociedade. Os recursos foram viabilizados a partir da

contrapartida social do empréstimo do Banco Nacional

de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a

realização do Projeto de Expansão MA-1100 na Unidade

Monte Alegre (PR).

As iniciativas incluem três postos de saúde (nos

municípios de Reserva, Tibagi e Imbaú, no Paraná) e a

construção de uma ala pediátrica e a reforma das alas

cirúrgica e de raio-X do Hospital São Francisco, em

Ortigueira (PR). Telêmaco Borba (PR) recebeu a Escola

Estadual Dr. Luiz Vieira, um Centro de Coleta Seletiva e

15 academias ao ar livre, chamadas Movimento é Vida.

Em Curiúva (PR) foi entregue um aterro sanitário

ao Consórcio Intermunicipal para Aterro Sanitário,

composto ainda pelos municípios de Sapopema e

Figueira (PR).

A defi nição dos projetos executados em

Telêmaco Borba (PR) contou com a participação do

Comitê da Comunidade, formado por lideranças sociais,

empresariais e religiosas, representantes da Prefeitura,

Câmara de Vereadores, do Poder Judiciário e Ministério

Público, e por profi ssionais da Klabin. O Projeto

MA-1100 já havia resultado em diversos benefícios para

o município durante o período das obras (entre 2006

e 2008), como treinamento para mais de

1,5 mil trabalhadores da Cidade e região, a criação

de até 8 mil vagas temporárias, além da geração de

impostos estimada em R$ 350 milhões, entre outros.

Escola Estadual Dr. Luiz Vieira – Além do prédio da

Escola, com sete salas de aula e 13 ambientes (sala de

informática, laboratório, diretoria, cozinha e lavanderia,

entre outros), o Projeto contempla quadra poliesportiva

coberta e uma casa para o vigia. A Escola, instalada em

Telêmaco Borba (PR), tem capacidade para 350 alunos.

Centro de Coleta Seletiva – O Centro possui dois

galpões, sendo um para triagem e outro para a

valorização de resíduos sólidos, além de rampas de

descarga e escritório. Inclui os equipamentos necessários

para o início das atividades, como funil de descarga,

esteira, prensa, balança e computador. A capacidade de

reciclagem é de 20 toneladas por dia. Construído em

Telêmaco Borba (PR).

Academias ao ar livre Movimento é Vida – São

15 academias localizadas em praças de Telêmaco Borba (PR).

Todas receberam dez equipamentos para a prática de

atividades físicas, tais como simuladores de cavalgada e

caminhada, alongador, remada e rotação. Além disso,

foram instalados bancos, lixeiras e placas descritivas.

13. Sociedade

Compromisso com as comunidades

O compromisso de exercer a responsabilidade social nas comunidades onde atua faz parte da Política de Sustentabilidade da Klabin. Regida por esse princípio, a Empresa colabora e atua em parcerias com ações nas áreas da saúde, assistência social, cultura, educação técnica e ambiental e incentivo à participação voluntária de seus colaboradores.



Unidade de Saúde da Família – O Posto, em Tibagi (PR),

possui oito salas para atendimento, sendo

três consultórios e cinco espaços para atendimentos

diversos, como vacinação, inalação e curativos, além de

áreas de uso comum e administrativa/restrita. A Unidade

possui os principais equipamentos necessários para as

atividades.

Unidade de Saúde Prefeito Oscar Lopes Munhoz –

Possui três consultórios e cinco salas para atendimentos

de vacinação, inalação e curativos. A Unidade, instalada

no município de Reserva (PR), inclui os principais

equipamentos necessários para as atividades.

Estratégia Saúde da Família – O Posto de Imbaú (PR)

conta com três consultórios e cinco salas para

atendimentos diversos, além dos equipamentos

necessários para as atividades.

Hospital São Francisco (ampliação e reforma) – Além

das reformas nas lajes e paredes, foram instalados novos

pisos com função antiestática, janelas de alumínio e rede

de gases de uso hospitalar. Foi construída ainda nova

ala pediátrica, com 91,49 m2. O Projeto, que benefi cia

a população de Ortigueira, também envolveu a entrega

de novos equipamentos, como uma máquina de lavar

hospitalar.

Aterro Sanitário – Instalado no município de Curiúva (PR),

o aterro possui vala de 1,5 mil m2 revestida com manta

de polietileno de alta densidade (PEAD), três poços

de monitoramento do lençol freático, canaletas para

captação pluvial, bacia de detenção pluvial e um poço

de sistema de recirculação dotado de conjunto de

bombas com tubulações para recirculação. O local

onde o aterro foi construído possui cerca viva com

1.463 árvores nativas.

Ação SocialA Klabin contribui com diversas entidades ligadas

às comunidades das regiões onde estão instaladas

suas unidades industriais, tanto por meio de doações

fi nanceiras como com campanhas de conscientização

ou arrecadação de produtos. Em 2009, forneceu

25 mil caixas de papelão ondulado utilizadas na

Campanha do Agasalho, uma iniciativa do Fundo de

Solidariedade e Desenvolvimento Social e Cultural

do Estado de São Paulo. A Empresa colabora com

a Campanha do Agasalho desde 2001, com o

fornecimento de caixas onde são depositadas as

doações. A iniciativa de 2009 agregou ao conceito

de solidariedade a conscientização e refl exão sobre

questões ambientais e sustentabilidade, incentivando a

prática dos Três Rs: Reduzir, Reutilizar e Reciclar.

Também contribui anualmente com a Associação de Pais

e Amigos dos Excepcionais (APAE) em alguns municípios,

com a destinação de recursos fi nanceiros ou a doação de

materiais para a confecção de artesanato.

Doações A Klabin apoia fi nanceira e materialmente diversas

comunidades. As instituições que recebem essas doações

– asilos, orfanatos, entidades de classes e comunitárias

– abrangem os mais diferentes campos, como saúde,

assistência social, cultura, educação técnica e ambiental.

Uma das entidades benefi ciadas é o Conselho

Comunitário de Segurança de Telêmaco Borba, que

presta serviços de proteção, prevenção e segurança à

população, ao comércio, à indústria, à saúde e ao meio

ambiente. Em 2009, a Klabin destinou recursos para

despesas administrativas. A Polícia Militar e Civil e os

Bombeiros dos municípios de Correia Pinto e Otacílio

Costa, em Santa Catarina, também recebem doações

da Companhia, como alimentação e combustível, para

auxiliar nas atividades do dia a dia.



Saúde Na área da saúde, a Klabin destina recursos para

hospitais, institutos, centros de ensino, associações

que se dedicam à pesquisa, cirurgias e atividades de

reabilitação. Exemplos dessa iniciativa é o apoio aos

hospitais Santa Clara, em Otacílio Costa, e Faustino

Riscarolli, de Correia Pinto, ambos em Santa Catarina.

Na primeira instituição a doação mensal é direcionada

para o pagamento do salário de dez colaboradores.

Além de tornar o atendimento à comunidade mais

acessível e ágil, possibilita à administração um melhor

planejamento de verba para a compra de novos

equipamentos no decorrer do ano. Em Correia Pinto, o

hospital aplicou os recursos na compra de equipamentos

do centro cirúrgico.

Voluntariado Para consolidar as atividades de voluntariado de seus

colaboradores, a empresa apoia a Terra Viva Associação

de Voluntários da Klabin, entidade sem fi ns lucrativos

criada em 2003 para incentivar e organizar as ações

voluntárias da empresa. Os projetos apoiados pelo

Programa atendem crianças, idosos e portadores de

necessidades especiais de diversas entidades.

A companhia faz aportes mensais de recursos com

base em um orçamento anual estabelecido, enquanto

colaboradores e fornecedores realizam doações

esporádicas. Participam colaboradores e familiares dos

municípios de São Paulo e Jundiaí (SP), Telêmaco Borba (PR),

Feira de Santana (BA), São Leopoldo (RS), Otacílio Costa,

Correia Pinto e Lages (SC).

Educação diferenciadaAlgumas iniciativas de ação comunitária são

direcionadas aos fi lhos de colaboradores da região de

Telêmaco Borba, onde foi instalado um Espaço Cultural.

São programas de complementação à educação formal,

com ênfase em atividades artísticas, como dança e

canto coral.

Programa Passo Certo – Contribui com a formação

de fi lhos de colaboradores, com atividades de dança

clássica e contemporânea, para as meninas, e capoeira,

para os meninos. Realizado no Espaço Cultural Vera

Lafer, da Unidade Monte Alegre (PR), tem como

objetivo desenvolver valores como respeito, amizade e

companheirismo. As ações contribuem também com o

fortalecimento do exercício da cidadania, promovem a

superação das difi culdades e dos desafi os e incentivam

o espírito de equipe. Os alunos ainda ampliam suas

habilidades de concentração, agilidade, resistência,

controle corporal e atenção. Desde o início do Programa,

em agosto de 2008, 186 crianças já participaram das

atividades. A partir do segundo semestre de 2009, o

Passo Certo iniciou a categoria de dança clássica para as

colaboradoras da Klabin.

Programa Nossa Língua Digital – Desenvolvido no

laboratório de informática do Espaço Cultural Vera

Lafer, o Programa usa novas tecnologias da informação

e comunicação em iniciativas de educação direcionadas

a fi lhos de colaboradores. Inclui atividades como leitura,

debates e dinâmicas, produção de textos para jornais

e revistas eletrônicas, blogs e fotonovelas digitais.

Iniciado no primeiro semestre de 2009, é executado

em parceria com o Instituto Jaborandi, organização

não governamental que atua na melhoria da educação

formal e informal de adolescentes e jovens. A cada

semestre, cerca de 80 alunos são certifi cados pelo



Programa, que possui o selo de qualidade do Ministério

da Educação e é indicado pelo 1º Guia de Tecnologias

Educacionais, publicado pelo MEC.

Coral das Meninas Cantoras – Mantido na Unidade

Monte Alegre (PR), o Coral das Meninas Cantoras da

Klabin contribui para a prática de valores éticos e morais

e, sobretudo, para a formação das crianças, fi lhas de

colaboradores da Empresa. Constituído em agosto de

2004, o grupo é composto de 76 meninas com idade

entre 7 e 16 anos. Com repertório variado, elas já

se apresentaram em diversas cidades dos Estados do

Paraná, de São Paulo e de Santa Catarina, para um

público de mais de 5 mil pessoas.

Coral Klabin – Composto por 30 cantores, entre

funcionários (ativos e aposentados) da Unidade

Monte Alegre (PR) e familiares, o Coral Klabin completou

15 anos em 2009 e mais de 150 apresentações

realizadas. Nesse período, fi rmou-se como grupo de

destaque na região, ao mesmo tempo em que refl etiu

o interesse da Empresa em incentivar as manifestações

culturais e artísticas de seus funcionários e familiares. Já

se apresentou em diversos eventos na Companhia e em

diferentes locais do País. Dentre eles destacam-se: Natal Luz

em Gramado (RS), Encontro de Corais de Cerquilho (SP),

Festival de Corais de Paranavaí (PR) e Encontro de Corais

da Universidade Estadual de Ponta Grossa (PR).

Pacto GlobalDesde 2002 a Klabin é signatária do Pacto Global,

um compromisso da comunidade empresarial para a

construção de uma economia mais sustentável, inclusiva

e igualitária, com base no atendimento a dez princípios

nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente

e anticorrupção. Iniciativa desenvolvida pela Organização

das Nações Unidas (ONU), reúne também sindicatos e

entidades não governamentais. Atualmente, conta com

mais de 5,2 mil signatários em todo mundo.

Paralelamente, e de forma alinhada ao Pacto

Global, a Klabin também apoia os Oito Objetivos de

Desenvolvimento do Milênio, desafi o a ser atingido até

2015 por meio de ações concretas dos governos e da

sociedade. Estabelece oito compromissos: erradicação da

fome e da miséria; educação de qualidade para todos;

não discriminação; redução da mortalidade infantil;

saúde das gestantes; combate às doenças; qualidade de

vida e respeito ao meio ambiente; e universalização do

trabalho.



Princípios do Pacto Global

DIREITOS HUMANOS

Princípio 1 – Apoiar e respeitar a proteção dos direitos

humanos internacionais dentro de seu âmbito de infl uência.

Princípio 2 – Certifi car-se de que suas corporações não

sejam cúmplices de abusos em direitos humanos.

TRABALHO

Princípio 3 – Apoiar a liberdade de associação e o

reconhecimento efetivo do direito à negociação coletiva.

Princípio 4 – Apoiar a eliminação de todas as formas de

trabalho forçado e compulsório.

Princípio 5 – Apoiar a erradicação efetiva do trabalho

infantil.

Princípio 6 – Apoiar o fi m da discriminação relacionada a

emprego e cargo.

MEIO AMBIENTE

Princípio 7 – Adotar uma abordagem preventiva para os

desafi os ambientais.

Princípio 8 – Tomar iniciativas para promover maior

responsabilidade ambiental.

Princípio 9 – Incentivar o desenvolvimento e a difusão de

tecnologias ambientalmente sustentáveis.

CONTRA A CORRUPÇÃO

Princípio 10 – As empresas devem combater a corrupção

em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina.

Objetivos do Milênio



14.1 Dimensão Econômica

Destaques do Setor – Premiação organizada pela

Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel

(ABTCP), reconheceu a Klabin como vencedora na

categoria Fabricante de papel para embalagem.

Mais Admirada do setor – Prêmio concedido pelo

jornal DCI, em levantamento com empresários que

destacaram a empresa no setor de Papel e Celulose.

Sindusfarma – Caixas de papelão ondulado da Klabin

receberam o segundo lugar no Prêmio Sindusfarma de

Qualidade 2009, concedido pelo Sindicato da Indústria

de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo.

Asia Flexographic Excellence Award – Papelcartão da

Klabin proporcionou à Tetra Pak de Cingapura o prêmio

em impressão gráfi ca. A embalagem premiada foi a do

achocolatado Milo, da Nestlé.

14.2 Dimensão Ambiental

Casos exemplares – A Unidade Florestal no Estado

do Paraná foi escolhida pela Organização das Nações

Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) para

integrar o projeto Casos Exemplares de Manejo Florestal

Sustentável.

Prêmio Eco – Vencedora na categoria Sustentabilidade

em Novos Projetos, pelas iniciativas que acompanharam

o Projeto MA-1100, no Paraná. Prêmio foi concedido

pela Câmara Americana de Comércio em São Paulo.

5º Prêmio Brasil Ambiental – O projeto

Monitoramento da Biodiversidade foi o vencedor na

categoria Ambiental, em reconhecimento organizado

pela Câmara Americana de Comércio (Amcham Rio).

15º Prêmio Fiesp de Mérito Ambiental – Concedido

pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo

em reconhecimento ao projeto Ampliação, Otimização

e Modernização da Planta de Energia da Unidade

Monte Alegre da Klabin com Redução do Consumo de

Combustíveis Não Renováveis e Emissões Atmosféricas.

A Klabin foi uma das cinco empresas reconhecidas com

menção honrosa.

16º Prêmio Fritz Müller – Vencedora com o Projeto

Monitoramento da Biodiversidade, foi reconhecida pela

Editora Expressão e Fatma, na categoria Ambiental.

7º Benchmarking Ambiental – Os ganhos ambientais

obtidos com a aplicação de alta tecnologia em

tratamento de efl uentes constituíram caso destacado

pelo Instituto Mais. A Klabin conquistou o 18º lugar

entre 30 concorrentes e 150 projetos inscritos.

Expressão Ecologia – Prêmio concedido pela Editora

Expressão reconheceu diferentes iniciativas: Programa

Klabin de Monitoramento da Biodiversidade, na categoria

Conservação da Vida Silvestre; Programa Matas Legais,

na categoria: Conservação de Recursos Naturais; e

Força Verde Mirim, na categoria Educação Ambiental.

14.3 Dimensão Social

Prêmio Aberje – Com o caso Comunicação Integrada

como Ferramenta para a Gestão Sustentável do Projeto

de Expansão Klabin MA-1100, a Klabin foi vencedora

da etapa regional do prêmio concedido pela Associação

Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje).

14. Reconhecimentos

Premiações destacam atuação



A Klabin obteve em 2009 a recertifi cação FSC - Forest

Stewardship Council do manejo fl orestal de suas áreas no

Estado de Santa Catarina, em documentação válida pelos

próximos cinco anos. Primeira empresa do Hemisfério Sul

a obter o selo da entidade que é referência no mundo, a

Klabin também é reconhecida como um sucesso em gestão

ambiental na avaliação da Organização das Nações Unidas

para a Agricultura e Alimentação (FAO), que relata a

experiência no Paraná no livro Casos Exemplares de Manejo

Florestal Sustentável, a ser publicado em 2010.

Atualmente, toda a cadeia produtiva da Empresa, no Brasil, é

certifi cada FSC. Além disso, as unidades industriais têm seu

sistema de gestão ambiental certifi cado com a ISO 14001.

Na área de saúde e segurança no trabalho, as Unidades

Monte Alegre (PR), Otacílio Costa (SC), Correia Pinto (SC) e

Angatuba (SP) têm a certifi cação OHSAS 18001.

15. Certifi cações

Gestão da qualidade



16. Balanço Social - Modelo Ibase



17. Informações Corporativas

DIRETORIA-EXECUTIVA

Reinoldo Poernbacher Diretor-geral

Antonio Sergio Alfano Diretor Financeiro, de Planejamento e de Relações com Investidores

Francisco Cesar Razzolini Diretor de Projetos, Tecnologia Industrial e Suprimentos

Paulo Roberto Petterle Diretor de Operações

DIRETORIA

Antonio Andrucioli Diretor da Unidade de Sacos Industriais

Arthur Canhisares Diretor Industrial da Unidade de Papéis – PR e SP

Edgard Avezum Junior Diretor Comercial da Unidade de Papéis – Cartões

José Artemio Totti Diretor Florestal

José Gertrudes Soares Diretor Comercial da Unidade de Papéis – Kraftliner

Roberto Tonioli Diretor de Recursos Humanos

Sadi Carlos de Oliveira Diretor Industrial da Unidade de Papéis – SC

Membros efetivos

Armando Klabin - Presidente

Celso Lafer

Daniel Miguel Klabin

Israel Klabin

Lilia Klabin Levine

Miguel Lafer

Olavo Egydio Monteiro de Carvalho

Paulo Sérgio Coutinho Galvão Filho

Pedro Franco Piva

Roberto Luiz Leme Klabin

Rui Manuel Medeiros d’Espiney Patrício

Vera Lafer

Membros suplentes

Wolff Klabin

Amanda Klabin Tkacz

Alberto Klabin

Roberto Klabin Martins Xavier

Fernando José da Silva

Celi Elisabete Julia Monteiro de Carvalho Rosa

Graziela Lafer Galvão

Horácio Lafer Piva

Edgar Gleich

Sergio Francisco M. de Carvalho Guimarães

Francisco Lafer Pati

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

CONSELHO FISCAL

Membros efetivos

Adolpho Gonçalves Nogueira

João Alfredo Dias Lins

Luis Eduardo Pereira de Carvalho

Vivian do Valle Souza Leão Mikui

Wolfgang Eberhard Rohrbach

Membros suplentes

Antonino Giacometti

Carlos Alberto Alves

Thais Lopes Petrilli Aguiar

Antônio Marcos Vieira Santos

Tania Maria Camilo



KLABIN ARGENTINA S.A.

Paulo Roberto Petterle – Presidente e diretor-geral

Julio Alfredo Vieito – Vice-presidente

Antonio Andrucioli – Diretor

RELAÇÕES COM INVESTIDORES

Antonio Sergio Alfano – Diretor

Luiz Marciano Candalaft – Gerente

Endereço: Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.600 – 3º andar –

Itaim Bibi – 04538-132 – São Paulo/SP – Brasil

Tel.: 55 11 3046-8404

Fax: 55 11 3046-5833

E-mail: [email protected]

SISTEMA DE AÇÕES

Banco Itaú S.A.

Endereço: Av. Eng. Armando de Arruda Pereira, 707 –

9º andar – Torre Eldoro Villela –

Jabaquara – 04344-902 – São Paulo/SP – Brasil

BOLSA DE VALORES NO BRASIL

Bolsa de Valores de São Paulo

Códigos: KLBN3 e KLBN4

MERCADO DE AÇÕES NO EXTERIOR

Mercado de Balcão Norte-Americano US OTC (over-the-

counter) Market

Código: KLBAY

AUDITORES INDEPENDENTES

Deloitte, Touche & Tohmatsu Auditores Independentes

JORNAIS DE DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES

Valor Econômico e Diário Ofi cial do Estado de São Paulo

ENDEREÇOS

Klabin S.A. – Escritório-Sede – São Paulo

Av. Brigadeiro Faria Lima, 3600 – 3º, 4º e 5º andares –

Itaim Bibi

04538-132 – São Paulo/SP – Brasil

Tel.: 55 11 3046-5800

Klabin S.A. – Escritório Administrativo

Praia do Flamengo, 154 – 3º andar, sala 301-parte

22210-030 – Rio de Janeiro – RJ

Tel.: 55 21 3235-8300

Klabin Argentina S.A.

Calle del Canal, 467

Parque Industrial de Pilar

(B1629 MXA) – Buenos Aires – Argentina

Tel.: 54 232 249-6244

Klabin Forest Products Company

TMF Services Miami Inc.

1221 Brickell Avenue, suite 1200

Miami, FL 33131

USA

Tel: 305-377-1200

CRÉDITOS

Coordenação Geral

Comunicação e Responsabilidade Social

Conceito e projeto gráfi co

Futura Propaganda

Conteúdo e redação

Editora Contadino

Revisão Português

Ana Hunger


relatório anual de sustentabilidade 2009

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