relatÓrio anual de sustentabilidade 2011

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 1 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2011

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Page 1: RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2011

Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 1

RELATÓRIO ANUAL DE

SUSTENTABILIDADE 2011

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 2

ÍNDICE

Principais Indicadores

Sobre este Relatório

Perfil Corporativo

Visão, Missão, Valores

Linha do Tempo

Mensagem da Administração

Governança Corporativa

Introdução

Diretoria Executiva

Auditorias

Código de Conduta

Inovação

Estratégia e Modelo Operacional

Empresa-Rede

Segmentos de Negócios

Estratégias de crescimento

Gestão de Riscos

Criação de Valor

Ativos Intangíveis

Prêmios e Reconhecimentos

Resultados

Contexto Setorial

Desempenho Econômico-Financeiro

Sustentabilidade

Gente servindo Gente

Introdução

Perfil dos associados

Relacionamento com o público interno

Construção de carreira

Sociedade e Meio Ambiente

Introdução

Programa Ambiental

Programas Educacionais

Perspectivas

Dados Corporativos

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 3

PRINCIPAIS INDICADORES

INDICADORES OPERACIONAIS 2007 2008 2009 2010 2011 2011 x 2010

Indústria/Trading

Originação de soja (mil tons) 961 1.185 1.116 1.143 1.307 14%

Processamento de soja (mil tons) 711 732 763 664 734 11%

Trading de soja (mil tons) 186 385 421 494 519 5%

Venda de Óleo refinado Merc. Int. (mil cxs) 6.176 6.270 6.588 6.337 6.191 -2%

Venda de Óleo degomado Merc. Int. (mil tons) 20 34 33 20 37 83%

Venda de farelo de soja (mil tons) 554 551 592 494 574 16%

Mercado Interno 272 379 377 341 424 24%

Mercado Externo 282 172 215 153 150 -2%

Venda equivalente em base soja (mil tons) 899 1.112 1.196 1.147 1.272 11%

Agricultura

Hectares 22.833 22.833 22.833 22.833 22.833 0%

Próprios 22.509 22.509 22.509 22.509 22.509 0%

Terceiros (arrendamentos) 324 324 324 324 324 0%

Produção total Agricultura (tons) 41.913 39.578 49.438 42.399 45.936 8%

Área plantada total (ha) 9.790 9.473 9.512 9.894 9.810 -1%

Produção / área plantada (ton / ha) 4,3 4,2 5,2 4,3 4,7 9%

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 4

SOBRE ESTE RELATÓRIO

A Algar Agro, mesmo sendo uma companhia de capital fechado, adota práticas de gestão

profissionalizada, no padrão utilizado por companhias de capital aberto, alinhadas com os

princípios de governança corporativa do Grupo Algar. Com o propósito de tornar ainda mais

próximo e transparente o relacionamento com seus diferentes públicos, a Companhia decidiu

publicar o seu primeiro Relatório Anual de Sustentabilidade.

Elaborado de acordo com as diretrizes internacionais da Global Reporting Initiative (GRI), na

versão G3 – Nível C, o documento abrange as conquistas e desafios que pautaram o último ano

da Companhia, assim como também suas perspectivas, que são suportadas pela visão de futuro

compartilhada por todas as empresas do Grupo Algar. As informações referem-se ao exercício

encerrado em 31 de dezembro de 2011.

Suas demonstrações financeiras individuais estão elaboradas de acordo com as práticas

contábeis adotadas no Brasil e consolidadas de acordo com as normas internacionais de

relatórios financeiros (IFRS) emitidas pelo International Financial Accounting Standards - IASB.

Tais demonstrações foram auditadas pela KPMG Auditores Independentes. Os indicadores de

desempenho socioambiental foram apurados e validados internamente, não sendo submetidos à

asseguração externa. Os indicadores GRI estão alocados ao longo do texto e consolidados em

um índice remissivo.

Elaborado apenas na versão eletrônica, o Relatório Anual de Sustentabilidade da Algar Agro

demonstra de forma clara e objetiva que o espírito de inovação e o compromisso com a

sustentabilidade em suas diferentes esferas – econômica, social e ambiental – se concretizam

em resultados positivos para todos os seus stakeholders: acionistas, parceiros, associados,

clientes, fornecedores, produtores, comunidade e governo. Para isso, os indicadores e os temas

foram selecionados com base na relevância para o setor de atuação da Algar Agro.

Contato em caso de dúvidas ou para mais informações:

Rosely Lopes

Coordenadora de Planejamento

(55 34) 3218 – 3822

Email: [email protected]

Site: www.algaragro.com.br

ABC INDUSTRIA E COMERCIO S/A – ABC INCO Endereço: Rua José Andraus Gassani, 2.464, Distrito Industrial, Uberlândia, Minas Gerais, Brasil, CEP 38402-322

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 5

PERFIL CORPORATIVO

A Algar Agro, pertencente ao Grupo Algar, é uma companhia brasileira de capital fechado que

atua no mercado de soja desde 1978. Além da produção, do processamento e da

comercialização de soja nos mercados interno e externo, tem como produtos-âncora, de

fabricação própria, o óleo de soja ABC de Minas, líder de vendas no estado de Minas Gerais, e o

farelo de soja RaçaFort. O mix de produtos alimentícios voltado ao varejo também contempla

azeite de oliva, óleo composto, extrato e molho de tomate, todos da marca ABC de Minas. Em

menor escala, atua nos segmentos de agricultura (plantio de soja e milho), e pecuária (corte e

leite).

A infraestrutura física da Empresa inclui 28 armazéns localizados estrategicamente próximos às

áreas de originação de grãos, duas unidades de processamento de soja e uma unidade de

beneficiamento de sementes de soja. No Triângulo Mineiro, a Unidade Uberlândia (MG), também

sede administrativa da Algar Agro, é um dos mais avançados complexos industriais do País para

esmagamento, refino e envase de óleo de soja. Região geograficamente privilegiada, o centro do

Brasil oferece extraordinária malha viária, recursos naturais e tecnológicos e mão de obra

qualificada.

Igualmente equipada com tecnologia de ponta, a Unidade Porto Franco, no Maranhão, possui

localização favorável com convergência de modais rodoviários para ferroviários interligados ao

terminal de Itaqui. Esta localização viabiliza a compra da soja produzida no MAPITOPA, região

que abrange os Estados de Maranhão, Piauí, Tocantins, Pará e Nordeste do Estado do Mato

Grosso e é considerada uma nova fronteira agrícola do País, e também o escoamento de

produtos direcionados ao mercado externo.

A Algar Agro, assim como as demais companhias do Grupo Algar, assume uma postura

socialmente responsável em todas as suas ações. Prova disso são as certificações

internacionais de excelência de qualidade e de gestão de recursos ambientais conquistadas, os

programas educacionais voltados à comunidade e o cuidado na gestão de seus talentos

internos. A Companhia encerrou 2011 com 464 associados – como são chamados os

profissionais do Grupo – e receita líquida consolidada de R$ 1,1 bilhão. O resultado ratifica a

estratégia de crescimento sustentável e voltada aos interesses de todos os stakeholders.

Grupo Algar

O nome de um dos mais sólidos grupos empresariais do Brasil vem das iniciais do seu fundador,

Alexandrino Garcia. O Grupo Algar, que iniciou suas atividades em 1929 com serviço de

beneficiamento de arroz; atua nos setores de TI/Telecom, Agro, Serviços e Turismo. Suas

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 6

subsidiárias agregam mais de 21 mil associados, distribuídos por escritórios em mais de 1.000

cidades nos estados de Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Maranhão, e

no Distrito Federal.

Sede do Grupo Algar em Uberlândia – Minas Gerais

Acesse o Relatório de Sustentabilidade 2011 do Grupo Algar em www.algar.com.br.

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 7

VISÃO, MISSÃO, VALORES

Visão

Gente servindo Gente

Missão

Desenvolver relacionamentos e negócios sustentáveis, que gerem valor percebido.

Valores

Cliente, Nossa Razão de Existir *

Valorização dos Talentos Humanos

Integridade

Sustentabilidade

Crença no Brasil

(*) Citação do fundador Alexandrino Garcia

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 8

LINHA DO TEMPO

1978 – Comendador Alexandrino Garcia diversifica os negócios do Grupo Algar com aquisição

da empresa Fujiwara na cidade de Uberlândia (MG), que atuava no segmento de algodão, com

capacidade de esmagamento de 400 t/dia.

1982 – Expansão da capacidade de esmagamento para 600 t/dia.

1985 – Substitui o esmagamento de algodão pelo esmagamento de soja.

1989 – Nova expansão aumenta a capacidade de esmagamento para 1,2 mil t/dia e dá início às

atividades de refinação de 200 t/dia de óleo com envasamento automático.

1996 – Capacidade de esmague diário sobe para 1,5 mil t.

1999 – Primeira empresa da América Latina no segmento de alimentos a obter simultaneamente

as certificações de excelência em gestão ambiental (ISO 14001) e qualidade (ISO 9002).

2000 – Capacidade de esmagamento atinge 1,8 mil t/dia.

2001 – Investimentos em expansão e aprimoramento do processo de refinaria permitem ampliar

produção para 400 t/dia de óleo.

2006 – O óleo de soja passa a ser envasado em embalagem PET, aquisição de silo na cidade

de Coromandel (MG), com capacidade de armazenamento de 50 mil toneladas, e inauguração

da Unidade Porto Franco (MA), com capacidade de esmagar 1,6 mil t/dia de soja e estrutura

para armazenamento de 60 mil toneladas.

2007 – Expansão da capacidade de armazenamento no estado do Maranhão, com os silos em

Chapadinha (18 mil toneladas) e Ilha de Balsas (36 mil toneladas).

2008 – Para reforçar o posicionamento de “ser uma empresa nacional com atuação

regionalizada”, o óleo de soja ABC passa a se chamar ABC de Minas e o mix de produtos com a

marca é ampliado com o lançamento de mais quatro itens: azeite de oliva, óleo composto,

extrato e molho de tomate. Aquisição de armazém em Campos Lindos (TO) com capacidade de

armazenamento de 50 mil toneladas.

2009 – Dentro da estratégia de reestruturação de todas as marcas do Grupo Algar, a então ABC

Inco adota o nome de Algar Agro.

2011 – Ampliação das operações no Norte/Nordeste, com a construção da refinaria na Unidade

Porto Franco (MA) e investimentos de R$ 50 milhões.

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MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO

É com imenso orgulho que apresentamos o nosso primeiro Relatório Anual de Sustentabilidade.

A Algar Agro cultiva desde o início de sua história, há mais de três décadas, as crenças e

valores do Comendador Alexandrino Garcia, fundador do Grupo Algar. Somos uma empresa

mineira, que acredita no Brasil e nas pessoas, e que não mede esforços para construir relações

próximas e duradouras. Enxergamos este Relatório como um passo a mais no relacionamento

com todos os nossos públicos. A Algar Agro tem capital fechado e, portanto, não tem obrigações

de divulgação de informações periódicas. Mesmo assim, decidimos elaborar o nosso primeiro

relatório anual da melhor forma possível, de acordo com as diretrizes internacionais da Global

Reporting Initiative (GRI), na versão G3 – Nível C, para reforçar a transparência, um dos pilares

de boas práticas de governança corporativa, compromisso assumido em nossa Visão, “Gente

servindo Gente”.

O ano de 2011 da Algar Agro foi marcado por muitas conquistas, a começar pelo volume recorde

de soja originado, repetindo a evolução dos últimos anos. Com uma estrutura bastante

competitiva, tanto no que se refere aos nossos ativos físicos estrategicamente localizados como

às pessoas que partilham o jeito de ser e de se relacionar da Companhia, chegamos a 1,3

milhão de tonelada de soja originada em nossas três regiões de atuação: Minas Gerais; Mato

Grosso e Goiás; e no MAPITOPA, que abrange os estados do Maranhão, Piauí, Tocantins, Pará

e parte do Mato Grosso.

No Triângulo Mineiro (Unidade Uberlândia), onde as operações de esmagamento e refino já

estão estabelecidas há vários anos, as melhores notícias vieram do setor de varejo. Mais uma

vez, o óleo de soja ABC de Minas manteve-se à frente da concorrência, com market share de

28%, fato que muito nos honra e nos motiva para investir nos demais produtos (azeite, óleo

composto de soja, molho e extrato de tomate) incorporados à linha ABC de Minas nos últimos

anos.

Inaugurada em 2007, a Unidade Porto Franco (MA), por sua vez, ainda oferece capacidade de

crescimento nas operações, que foram utilizadas de maneira bastante satisfatória ao longo do

último ano. Dobramos a fabricação do farelo de soja na unidade, atingindo produção de 148 mil

toneladas no ano. Percentualmente, foi ainda maior o crescimento da fabricação de óleo de soja

degomado, que saltou de 18 para 36 mil toneladas.

Além de aumentar sua participação nos resultados da Empresa, a unidade maranhense foi, no

decorrer do último ano, o destino de boa parte dos investimentos da Algar Agro. Começamos ali

a construção de uma planta de refino e envase, prevista para ser inaugurada ainda no primeiro

semestre de 2012, com o propósito de produzir o óleo de soja ABC de Minas e ampliar a

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 10

penetração do produto nas regiões Norte e Nordeste, que atualmente consomem 10% da

produção da unidade mineira. Para isso, colocaremos em prática um arrojado plano de

marketing, o que inclui transmitir à força de venda local todo o conceito da cultura comercial da

Algar Agro. Nosso desafio, mais do que vender, é estabelecer relacionamentos de longo prazo

com os consumidores. Queremos ser a primeira escolha, assim como já ocorre na região

mineira.

O ano também foi marcado pelo bom desempenho no mercado externo. O aumento da

população mundial e a crescente demanda por alimentos industrializados favoreceram as

exportações da soja em grãos, assim como do farelo de soja (produto utilizado na alimentação

animal). Este produto tem excelente demanda interna – afinal, o Brasil é um dos principais

exportadores mundiais de carne de frango, bovina e suína – e é bastante competitivo no exterior.

O valor das operações internacionais atingiu US$ 250 milhões e US$ 57 milhões,

respectivamente, com soja em grãos e com farelo.

Ainda no que se refere às exportações, um ponto a ser destacado é a alta volatilidade

enfrentada em todos os mercados, seja de commodities ou de moedas, ao longo do ano

passado. Neste cenário, o desempenho da Algar Agro resulta também do eficiente

gerenciamento de risco dentro de nosso negócio. Trata-se de uma prática constante, mas em

2011 todos os riscos da Empresa foram mais uma vez mapeados. O processo gerou um novo e

mais rígido plano de trabalho, que será instituído a partir do próximo ano, com o propósito de

reforçar ainda mais a confiabilidade de nossas operações.

A execução das estratégias de crescimento de forma rápida e eficiente e todas as outras metas

atingidas e/ou superadas ao longo de 2011 comprovam a eficiência do modelo de gestão próprio

que, ano após ano, contribui para consolidar o crescimento da Companhia. Neste sentido, o

melhor indicador para o crescimento da Companhia é o volume de soja originado e

comercializado, 14% em relação ao ano anterior. A Algar Agro encerrou 2011 com receita

líquida de R$ 1,1 bilhão, o que representa acréscimo de 24% em relação ao desempenho

anterior, explicado por crescimento do volume de soja negociado. Por sua vez, o EBITDA,

importante indicador de resultado operacional, foi de R$ 53,6 milhões. Comparado ao de 2010,

houve redução de 15%, justificada por maiores despesas para adequação da estrutura

organizacional necessária ao plano de crescimento desenhado pela Companhia. É importante

ressaltar a Companhia considera no cálculo do EBITDA os itens de proteção das operações de

hedge, variação cambial e itens financeiros das operações de giro.

O crescimento operacional e econômico da Algar Agro está alinhado às melhores práticas de

governança corporativa, o que inclui uma política de Talentos Humanos focada na valorização

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 11

dos associados por meio do desenvolvimento profissional e da satisfação pessoal. Assim como

as demais empresas do Grupo Algar, mantemos um modelo de gestão de pessoas baseado na

meritocracia, no qual recompensamos a dedicação e o bom desempenho, e nos preocupamos

verdadeiramente com o crescimento pessoal e profissional de nossos associados. Afinal, a

evolução individual de nossos profissionais colabora significativamente para o desempenho da

Companhia.

Também são motivo de satisfação para a Algar Agro todas as ações ligadas à sustentabilidade

ambiental, a começar pelas inovadoras pesquisas que levaram à decisão de trocar a matriz

energética de nossas unidades. Em Uberlândia, onde substituímos a queima de derivados de

petróleo das caldeiras por biomassa, isso já é realidade. No Maranhão, a conversão será feita

em 2012 e utilizará madeira de reflorestamento.

A preocupação com o capital humano da Companhia, as inovadoras iniciativas ambientais e

também os projetos sociais que envolvem a comunidade nas áreas em que atuamos,

comprovam que a valorização humana e a educação são, para nós, metas tão importantes

quanto os resultados operacionais e financeiros.

Aproveitamos a oportunidade deste primeiro relatório anual para expressar nossa gratidão a

todos que, de alguma forma, nos ajudam a construir a história da Algar Agro no dia a dia:

produtores, clientes e consumidores finais, fornecedores, acionistas e, em especial, nossos

associados. A motivação destes profissionais nos dá a certeza de estarmos prontos para os

desafios não apenas de 2012, mas de todo o futuro que há por vir.

Luiz Alberto Garcia

Presidente do Conselho de Administração da Algar Agro

Leonardo Freitas

Diretor Superintendente da Algar Agro

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 12

GOVERNANÇA CORPORATIVA

A Algar Agro conduz seus negócios de acordo com as melhores práticas de governança

corporativa, inclusive aquelas atualmente requeridas de empresas que negociam suas ações no

mercado. Tais práticas seguem os mesmos princípios que foram herdados de seu fundador, o

comendador Alexandrino Garcia, e que atualmente são defendidos por todas as empresas do

Grupo Algar. O compromisso de transparência, prestação de contas, equidade e

responsabilidade corporativa sustenta o conjunto de práticas voltado a criar valor de maneira

perene para todos os stakeholders. Atualmente, a Algar Agro não possui processo formal

estruturado de engajamento ou de definição de stakeholder, mas procura compreender as suas

necessidades por meio de constantes diálogos. Também não há canal formal para que o mais

alto órgão da administração receba contribuições dos associados, ainda que a cultura e o

modelo de empresa-rede motive tal prática.

Conselho de Administração

O Conselho de Administração da Algar Agro tem a missão de zelar pela sustentabilidade da

Companhia, decidindo sobre os direcionamentos do negócio e preservando suas crenças e

valores.

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 13

Em dezembro de 2011, a Algar Agro contava com dez conselheiros efetivos, sendo seis

membros externos - que não ocupam cargos executivos na Companhia ou na empresa

controladora e não fazem parte do grupo de controle – eleitos por Assembleia Geral para

mandato de um ano, com possibilidade de reeleição por igual período. O Conselho se reúne

ordinariamente seis vezes por ano, de acordo com uma agenda pré-estabelecida, e

extraordinariamente, sempre que necessário. Além de aprovar o orçamento anual e os planos

estratégicos da Algar Agro, faz parte das atividades do colegiado orientar e avaliar a Diretoria

Executiva na gestão dos negócios com o propósito de maximizar o retorno sustentável dos

investimentos e respeitando os interesses das partes interessadas.

Com o objetivo de assessorar, instruir e balizar a tomada de decisões sobre temas específicos, o

Conselho de Administração da Algar Agro conta desde 2008 com o auxílio de três comitês

especializados não deliberativos. Seus integrantes são membros do Conselho de Administração

e especialistas externos, nomeados anualmente pelo próprio Conselho de Administração, ao

qual se reportam.

Luiz Alberto Garcia Presidente

Luiz Alexandre Garcia Vice-presidente

Alexandrino Garcia Neto Membro

Eliane Garcia Melgaço Membro

Mário Grossi** Membro

Hélio Marcos Machado Graciosa* Membro

Geraldo Sardinha* Membro

Walter Fontana Filho* Membro

Ozires Silva* Membro

Darc Antonio da Luz Costa* Membro

Eduardo Moreira da Costa * Membro

Composição do Conselho de Administração em 31/12/2011

* Membro externo

** Membro externo, falecido em setembro de 2011

Luiz Alberto Garcia (presidente) - Engenheiro eletrônico formado pela Escola Federal de

Itajubá/MG, possui especialização em (i) Global Business Leadership pela Georgetown

University Washington,DC/EUA; (ii) Leading the Family Business pelo IMD, Lausanne/Suíça; e

(iii) Owner/President Management Program pela Harvard University, EUA. Foi presidente da

ACEL - Associação Nacional dos Prestadores de Serviço Móvel Celular, do Conselho da Anatel,

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 14

da ABAG - Associação Brasileira de Agribusiness, da Telebrasil e do SindiTelebrasil. Foi

também conselheiro da Fundação Orsa. É Conselheiro da Fundação CPqD, membro do

Conselho da FIEMG, membro do IEDI – Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial

eda Fundap – Fundação de Pesquisas da Universidade Federal de Uberlândia.

Luiz Alexandre Garcia (vice-presidente) - Economista formado pela Universidade Gama

Filho/RJ, possui especialização em (i) Marketing, pela American University of Paris/França; (ii)

MBA pela Catholic University of America – Washington DC/EUA; e (iii) Leading the Family

Business e (iv) Program for Executive Development, ambos pelo IMD, Lausanne/Suíça. Atuou no

IFC/Banco Mundial – Washington DC, na Ericsson – Dallas/EUA e São Paulo e no Groupe Bull –

França. Foi Presidente da Associação Comercial e Industrial de Uberlândia – ACIUB, por dois

mandatos, e Presidente da ACEL – Associação Nacional das Operadoras de Celular. É membro

da 3ª geração da família controladora do Grupo Algar e, desde 2006, Presidente Executivo do

Grupo Algar.

Alexandrino Garcia Neto (membro) - É empresário no ramo de agronegócios e membro do

grupo de controle do Grupo Algar.

Eliane Garcia Melgaço (membro) - Administradora de empresas pela Pontifícia Universidade

Católica (PUC) de Minas Gerais, possui (i) MBA pela Catholic University – Washington DC –

USA; (ii) Leading the Family Business pelo IMD – Suíça; e (iii) PGA pelo INSEAD –

Fontenebleau/França. Atuou no Banco Nacional, Cartão Unibanco e ATL nas áreas de marketing

de relacionamento e comercial. É membro do grupo de controle do Grupo Algar e exerce

atualmente a função de Vice-Presidente Corporativa de Marketing e Sustentabilidade do Grupo

Algar.

Mario Grossi (membro externo) - Engenheiro formado pela Universidade de Livorno e Pisa –

Itália, possui cursos em administração de empresas pela Universidade Bocconi, Milão – Itália e

especialização pelo INSEAD, Fontenebleau/França. Foi Diretor Geral da Honeywell Bull para

América Latina, África, Ásia e Europa do Sul (Espanha, Portugal, Grécia) e Diretor Geral da Bull

S/A, Paris – França para a linha de produtos bancários. Foi Vice-Presidente Executivo (CEO) do

Grupo Algar de 1989 a 1997. Faleceu em setembro de 2011.

Hélio Marcos Machado Graciosa (membro externo) - Engenheiro de Telecomunicações e

Mestre em Engenharia Elétrica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC).

Foi Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento das Telecomunicações Brasileiras S/A –

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 15

TELEBRÁS, Presidente da Sociedade de Telecomunicações (SBrT) e Presidente do Conselho

de Administração da TELESC e TELEBAHIA. Atualmente é o Presidente do CPqD – Centro de

Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações, em Campinas/SP e do CPqD Technologies

& Systems Inc., em Fort Lauderdale, Flórida (USA) e Diretor de Relações Institucionais da

Cleartech. É também Presidente do Conselho Consultivo e membro do Conselho de

Administração da TELEBRASIL e de reconhecidas empresas.

Geraldo Sardinha Pinto Filho (membro externo) - Economista pela Faculdade de Ciências

Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) com especialização em Finanças

pela J.L.Kellogg Northwestern University - USA e pelo INSEAD – The Business School for the

World, France. É Diretor da Sardinha & Sant’Ana Consultoria Empresarial, onde atua como

consultor de finanças corporativas para empresas de grande porte com foco na implantação de

valor. É professor visitante da Sauder School of Business - University of British Columbia -

Canadá e do INSEAD – The Business School for the World – France, além de Professor

Associado da Fundação Dom Cabral – Brasil. É membro do Conselho de Administração da

Hermis Pardini, Grupo Seculus, Dori Alimentos e Odonto System.

Walter Fontana Filho (membro externo) - Economista, formado pela Pontifícia Universidade

Católica de São Paulo, com pós-graduação em Economia pela mesma universidade e

especialização em Administração de Marketing pela Fundação Getúlio Vargas. Foi Diretor

Presidente e Presidente do Conselho de Administração da Sadia. É membro do Conselho do

Jornal O Estado de São Paulo e do IEDI – Instituto de Estudo para o Desenvolvimento Industrial.

Ozires Silva (membro externo) - Engenheiro da Aeronáutica pelo Instituto Tecnológico da

Aeronáutica - ITA com pós-graduação em aeronáutica pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia

(CALTECH) - EUA. Liderou o grupo que promoveu a criação da Embraer - Empresa Brasileira de

Aeronáutica SA, empresa que dirigiu desde sua fundação, em 1970, até 1986 e, posteriormente,

entre 1991 e 1995, quando conduziu o processo de privatização da empresa. Foi Presidente da

Petrobras - Petróleo Brasileiro SA, Ministro de Estado da Infraestrutura e Presidente da Varig

S.A. Atualmente participa de diversas associações de classe e de representação pública e do

Conselho de Administração de renomadas empresas.

Darc Antonio da Luz Costa (membro externo) - Engenheiro pela Pontifícia Universidade

Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ), Mestre em engenharia de produção pela mesma

universidade e Doutor em engenharia de produção pela COPPE/UFRJ. Foi Vice-Presidente do

Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). É membro do Conselho

Page 16: RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2011

Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 16

Diretor do Centro Brasileiro de Estudos Estratégicos (CEBRES), Conselheiro do Centro de

Estudos Estratégicos da Escola Superior de Guerra, onde foi Coordenador, Presidente da

Federação das Câmaras de Comércio e Indústria da América do Sul, membro da Academia

Brasileira de Ciências Morais e Políticas e Sócio-Administrador da DLC - Desenvolvimento,

Logística e Cenários Simples Ltda.

Eduardo Moreira da Costa (membro externo) – engenheiro eletricista e M.Sc. em Ciência da

Computação pela UFMG e Ph.D. em eletrônica pela Universidade de Southampton, na

Inglaterra. Presidente da 2000ideias.com, empresa internacional de negócios em todos os

aspectos da Inovação, com bases no Rio e em Florianópolis, Professor do Departamento de

Engenharia e Gestão do Conhecimento da UFSC e Professor do IAG da PUC-Rio. Consultor do

BID, Banco Mundial e UNCTAD nas áreas de inovação, negócios eletrônicos e governo

eletrônico. Foi Diretor de Inovação da FINEP (2007-2010), criador dos programas PRIME e

JURO ZERO; Diretor do CNPq (1993-1997), criador do programa SOFTEX 2000 de incentivo à

exportação brasileira de software; e Pesquisador do CPqD da TELEBRÁS. Membro da Ordem

do Mérito Científico do Governo Brasileiro (2010). Conselheiro de entidades e membro de

Conselhos de Administração.

Diretoria Executiva

Responsável por instituir as políticas de gestão, operacionalização e postura corporativa nos

negócios, além de executar os planos e atingir as metas estabelecidas pelo Conselho de

Administração, a Diretoria Executiva reúne profissionais qualificados, que atuam no dia a dia

operacional da Companhia. É composta por cinco membros, sendo um Diretor Superintendente

e outros quatro diretores de áreas específicas, conforme segue: Diretor Financeiro, Diretor

Industrial, Diretor de Operações do Norte e Nordeste e Diretor de Varejo e Marketing. Nesta

composição são estatutários o Diretor Superintendente, o Diretor Financeiro e o Diretor

Industrial, nomeados na Assembleia Extraordinária que ocorreu no dia 30/05/2011 para mandato

até 30/04/2014.

Composição da Diretoria Executiva em 31/12/2011

Leonardo Freitas Diretor Superintendente

Gustavo Guimarães Diretor Financeiro

Ademir Simão Diretor Industrial

Paulo Henrique Machado Diretor de Operações Norte/Nordeste

Antônio Carlos Freitas Diretor de Varejo e Marketing

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 17

Leonardo Freitas (Diretor Superintendente) – Na Algar Agro desde 1996, assumiu a atual

função em 2011. Temporariamente acumulou o cargo de Diretor de Mercado e Financeiro, sendo

responsável pela originação e comercialização de grãos, coordenação das operações de

logística, operações no mercado internacional e pela política de gestão de risco da Companhia.

Antes de ingressar na Algar Agro, desenvolveu carreira no departamento financeiro de diversas

empresas do agronegócio e varejo. É bacharel em Administração de Empresas pela

Universidade Federal de Uberlândia e Mestre em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio

Vargas (FGV-SP).

Gustavo Guimarães (Diretor Financeiro) – Na companhia desde 2010. Responsável pelas

áreas de Tesouraria e Finanças, Planejamento, Contabilidade, Tecnologia da Informação,

Jurídico e Suprimentos, o CFO da Companhia tem mais de quinze anos de experiência em

gestão financeira e de auditoria. Como auditor, atuou em empresas locais e multinacionais,

incluindo auditorias financeira, contábil e de controles internos, due diligence, e laudos de

avaliação contábil. É formado em ciências contábeis pela Pontifícia Universidade Católica de

Minas Gerais (PUC/MG) e tem MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC 2007. Também exerce

a função de membro do Conselho Regional de Contabilidade desde 1997 e foi membro do

Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças entre 2004 e 2010.

Ademir Simão (Diretor Industrial) – Na Companhia desde 2007, tem entre suas

responsabilidades as questões ambientais e de garantia de qualidade, com o objetivo de manter

as certificações internacionais da Algar Agro. Também apóia o planejamento do plano logístico,

com foco na expansão e consolidação da participação da Companhia nos mercados em que

atua, além do controle operacional da recepção externa e unidades de armazenamento de soja.

Antes da Algar Agro, Ademir trabalhou para a Ceval Alimentos, como gerente, e Bunge

Alimentos, como gerente industrial e superintendente. Possui licenciatura em Engenharia

Química pela Universidade Regional de Blumenau (UFRB) e cursou pós-graduação em

Engenharia Econômica na Universidade do Vale do Itajaí e MBA em Gestão Internacional pela

Amana-Key.

Paulo Henrique Machado (Diretor de Operações Norte/Nordeste) – Iniciou carreira na Algar

Agro em 1990 como comprador de soja. Atualmente, responde pelas operações na região Norte

e Nordeste, incluindo as negociações para originação de soja na região, orçamento da área

comercial e controle de custos. Possui licenciatura em Agronomia pela Universidade Federal de

Uberlândia (UFU) com especialização em Fertilidade do Solo (UFLA), e pós-graduação em

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 18

Administração de Empresas e Marketing pela Universidade de São Paulo (USP), com vasta

experiência na área agrícola e na produção de grãos.

Antônio Carlos Freitas (Diretor de Varejo e Marketing) - Formado em Comunicação Social pela

PUC (RJ) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – e Pós Graduado em

Administração de Negócios pela FGV (RJ) – Fundação Getúlio Vargas, possui 39 anos de

atuação na área comercial, com 28 anos de experiência de gestão em Marketing e Vendas de

Produtos e Serviços. Trabalhou em empresas como FBDE (Auditoria da Empresa e Marketing

Consultoria e Vendas), EMS Indústria Farmacêutica, Fuscan Comercial de Automóveis e

Cervejaria Kaiser. Nos últimos 13 anos foi consultor sênior da ACT Consultoria Empresarial,

negócio próprio em que ele dirigiu, onde coordenou e/ou executou mais de cinquenta projetos de

reestruturação e reposicionamento de negócios em mais de quarenta empresas de diversos

segmentos, em praticamente todas as regiões do Brasil e viagens ao exterior.

Para sustentar os desafios específicos do Setor Agro, a Companhia possui quatro comissões de

apoio à gestão executiva:

Comissão Tributária

Comissão de Inovação

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 19

Comissão de Sustentabilidade

Comissão de Associados

Auditorias

Com o propósito de aprimorar continuamente as práticas de governança corporativa, desde 1988

a Algar Agro conta com duas auditorias.

A Auditoria Interna tem como missão avaliar de forma independente os processos, visando a

máxima eficiência, e propondo melhorias para os mecanismos de controle da Companhia. A

instância se reporta hierarquicamente ao Conselho de Administração, através do seu Comitê de

Auditoria e Gestão de Riscos, e funcionalmente à holding do Grupo Algar, de modo a garantir

sua autonomia e independência em relação às operações.

Para avaliar os padrões de informação e de conformidade contábil e tributário seguindo a

legislação vigente, a Companhia faz uso de auditorias internas e também uma renomada

Auditoria Externa. Desde 2009, a função é desempenhada pela KPMG Auditores Independentes,

membro do Big Four, nomeclatura utilizada para se referir ao grupo das quatro maiores

empresas especializadas em auditoria e consultoria do mundo.

Código de Conduta

O objetivo do Código de Conduta da Algar Agro é explicitar as regras e orientações de

comportamento a serem seguidas por todos os associados, tendo como base os valores e

princípios da Companhia. De forma clara e precisa, o documento traduz em práticas cotidianas o

compromisso em manter um relacionamento confiável e

duradouro, baseado na ética e na integridade, com

todos os stakeholders da Companhia: associados,

clientes, fornecedores, comunidade e acionistas. O

Código de Conduta pode ser acessado por qualquer

pessoa interessada em

www.algar.com.br/Conteudo/Institucional/File/Codigo-

de-conduta-Algar.pdf.

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 20

INOVAÇÃO

ESTRATÉGIA E MODELO OPERACIONAL

Empresa-Rede

A Algar Agro adota a política do Sistema Integrado de Gestão (SIG) com o propósito de atuar na

cadeia da soja no mercado global, comprometida com a melhoria da eficácia dos sistemas de

gestão da qualidade, meio ambiente, saúde e segurança e buscando continuamente atender

tanto as necessidades específicas de seus clientes como as expectativas de seus fornecedores,

associados e acionistas.

Base para a tomada de decisões da Diretoria Executiva, a integração de todos os dados e

processos da organização é conduzida por um modelo de gestão próprio, chamado de Empresa-

Rede, que é também adotado por todas as empresas do Grupo Algar.

Neste modelo, a Companhia é estruturada em pequenas unidades internas conhecidas como

Centros de Resultado. Com suas metas e orçamentos, cada um desses Centros contribui para o

desenvolvimento do plano estratégico da Companhia. A Diretoria Executiva, por sua vez,

administra estrategicamente os Centros de Resultado, alinhando-os às metas estabelecidas em

concordância com o Conselho de Administração.

Para que o conceito de Empresa-Rede funcione é necessária a promoção de uma cultura

corporativa democrática, onde todos estão preparados para dar sugestões, ouvir críticas e,

sobretudo, aprender. Isto porque a principal característica do modelo é a gestão participativa –

em todas as esferas, o processo estimula o comprometimento e a autonomia com

responsabilidade, permitindo a cada associado, independente do nível hierárquico, acompanhar

e ter participação significativa nas decisões que afetam o futuro sustentável da Companhia.

Segmentos de Negócios

Originação, esmagamento, refino e distribuição de soja

A Algar Agro se consolidou como um player de larga escala no mercado de soja, cuja estratégia

vertical de negócio abrange as etapas de originação de soja, esmagamento, refino e envase de

óleo, produção de farelo de soja e comercialização da soja e produtos derivados.

A originação de grãos é feita por meio da aquisição direta com diferentes produtores. O jeito de

ser do Grupo Algar, que cultiva o relacionamento bastante próximo com os seus mais diferentes

públicos, desempenha uma função estratégica nesta etapa do processo. Uma das vantagens

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 21

competitivas em termos de originação é a baixa rotatividade entre os agentes de campo, que são

os responsáveis pelo atendimento dos produtores de quem a Companhia adquire a soja. Isto

permite à Algar Agro permanecer ao lado do produtor por longo tempo, conhecendo-o,

participando ativamente de todo o processo e acompanhando as diferentes etapas da safra.

Estrategicamente distribuídos nas principais regiões de originação da soja (Minas Gerais, Goiás,

Mato Grosso, Maranhão, Piauí, Tocantins e Pará), os compradores de soja da Algar Agro estão

sempre prontos para assessorar o produtor em todas as suas necessidades. O apoio pode

incluir ações como a busca de orientação técnica para o plantio ou até mesmo o levantamento

de certidões e outros documentos exigidos para o financiamento da produção. Em outras

palavras, a Algar Agro é uma gestora de soluções e faz tudo o que for preciso para que o

produtor possa se dedicar de fato ao seu core business, que é o cultivo da soja.

Outro diferencial bastante valorizado pelos produtores, e que contribui para estreitar o

relacionamento, é o fato de a Algar Agro ser uma empresa brasileira, também produtora

agrícola, com solidez financeira reconhecida e destacada eficácia operacional. Tais atributos

ajudaram a Companhia a originar mais de 1,3 milhão de tonelada de soja em 2011, o que

representa aumento de 14% em relação ao ano anterior. Desde total, 50% foi destinado ao

mercado externo, especialmente países da Europa e Ásia, em forma de farelo e grão.

Para armazenar o volume de soja originado a cada safra, a Algar Agro conta atualmente com 28

armazéns espalhados pelos estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e na região do

MAPITOPA, com capacidade total de armazenamento de 1 milhão de tonelada de grãos.

O processamento da soja é feito por duas unidades estrategicamente localizadas. Com área de

406 mil m², a Unidade Uberlândia (MG) é um dos mais avançados complexos industriais de

esmagamento e refino de soja do País. Possui capacidade de armazenar 180 mil toneladas de

grãos e esmagar 1,8 mil tonelada de soja por dia – em 2011, o volume total somou 545 mil

toneladas. Igualmente equipada com tecnologia de ponta, a Unidade de Porto Franco, no

Maranhão, ocupa área de 200 mil m² e sua capacidade atual é de 60 mil toneladas para

armazenamento e 1,6 mil tonelada por dia para esmagamento. No último ano, o volume total de

esmagamento na unidade maranhense foi de 188 mil toneladas.

Farelo de Soja RaçaFort

Componente para mistura de rações para os mais diversos animais (peixes, caprinos, ovinos,

bovinos, equinos, suínos, aves e outros), o Farelo de Soja RaçaFort tem como principal cliente

as empresas de produção de proteína animal do Brasil. É vendido em sacas de 60 quilos e a

granel. Internacionalmente, o produto detém a certificação PDV: GMP+ B2, em conformidade

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 22

com os padrões do organismo GMP+ Internacional, que determina um modelo padrão de

condutas e procedimentos para resguardar a qualidade e segurança dos componentes da ração

animal e, por consequência, do próprio alimento.

Em 2011, a Algar Agro vendeu 574 mil toneladas de farelo de soja, sendo 424 mil toneladas na

Unidade Uberlândia e o restante na de Porto Franco. Do total, 150 mil toneladas foram

destinadas ao mercado externo, especialmente países da Europa, como Portugal, Holanda e

Espanha, e para a América Latina, o que gerou negócios no valor total de cerca de US$ 57

milhões.

Linha de produtos alimentícios ABC de Minas

Produzido desde 1989, o óleo de soja da Algar Agro tem se destacado pela liderança de

mercado no estado de Minas Gerais nos últimos cinco anos. No último ano, a produção somou

6,5 milhões de caixas e o market share em Minas Gerais, região a qual se destina cerca de 80%

da produção, finalizou o ano de 2011 em 28%. O restante da produção é distribuído no Sudeste,

em cidades de São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro que ficam próximas ao estado

mineiro, além de dez cidades do Nordeste.

Originalmente lançada no mercado como ABC, a marca do óleo de soja da Companhia passou

por um estudo em 2008, no qual se constatou que, além da qualidade equivalente a dos grandes

players do mercado, o produto atraía o consumidor final por ser um produto mineiro. Com o

propósito de reforçar essa identificação, a Algar Agro reformulou a marca, que passou a se

chamar ABC de Minas, e colocou no mercado outros quatro produtos fabricados por parceiros

externos. Atualmente, além do óleo de soja, a linha de produtos alimentícios ABC de Minas

reúne azeite extravirgem, óleo composto, molho e extrato de tomate.

Agricultura e pecuária

A Algar Agro possui mais de 9.800 hectares de plantação, sendo que quase 80% do total de

área plantada, o que equivale a 7.500 hectares, destina-se ao cultivo da soja em fazendas

localizadas na região do Triângulo Mineiro. A área irrigada, alvo de projetos de ampliação nos

próximos anos, corresponde a 7%.

A produção de soja em grãos é absorvida quase que na sua totalidade pela planta de

processamento Uberlândia. Uma pequena parcela, em torno de 5%, é destinada a uma unidade

de beneficiamento de sementes localizada também em Uberlândia. O plantio de milho, cuja

venda destina-se ao mercado doméstico regional, ocupa os 20% restantes de área plantada.

Nas fazendas do Triângulo Mineiro também estão cerca de 1.200 cabeças de gado leiteiro, que

produziram em 2011 quase 2,5 milhões de litros no ano. As atividades de pecuária de corte da

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 23

Algar Agro estão concentradas em uma fazenda localizada em Paranaíba, no Estado de Mato

Grosso do Sul. São 6.500 hectares de pastagens que, ao final de 2011, reunia 10,6 mil cabeças

de gado. As atividades de cria, recria e engorda são voltadas para o mercado doméstico.

Estratégias de crescimento

Área de atuação

A localização dos ativos físicos da Algar Agro é um dos pilares da estratégia de crescimento da

Companhia. A Unidade Uberlândia oferece acesso facilitado às principais áreas de produção de

soja dos estados de Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás e contribui para uma logística

competitiva aos mercados de exportação, por meio dos portos de Tubarão (ES) e de Santos

(SP), graças à existência de um terminal ferroviário. Além disso, a região do Triângulo Mineiro

oferece mão de obra qualificada e fácil acesso aos principais centros consumidores, já que está

próxima ao centro geográfico do Brasil é local de entroncamento de diferentes rodovias, e está

localizada no coração do Sudeste, contando com fácil acesso à toda essa região que concentra

56% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 24

Da mesma forma, a Unidade Porto Franco, no Maranhão, está próxima dos produtores de soja

do MAPITOPA e facilita o escoamento da produção para o mercado internacional, via Terminal

Marítimo de Ponta da Madeira (MA). Os armazéns também estão estrategicamente localizados,

montados próximos às principais regiões produtoras, nas imediações das unidades

beneficiadoras e dos produtores.

A logística também tem impacto significativo nas rotas de distribuição e, consequentemente, no

preço final dos produtos derivados da soja – onde o custo do transporte é representativo. No

caso do óleo de soja ABC de Minas, em que a qualidade dos produtos dos concorrentes é

grande e a decisão do consumidor em geral é tomada no momento da compra de acordo com o

preço final nas prateleiras, ter economia nos processos faz toda a diferença.

Em 2012, a inauguração de uma nova planta de refino e envase na Unidade Porto Franco no

Maranhão possibilitará ampliar o mercado consumidor do óleo de soja da Companhia, com a

maior penetração nas regiões Norte e Nordeste do País. Atualmente, a região recebe cerca de

10% da produção que sai de Minas Gerais. Com a inauguração da refinaria, prevista para o

primeiro semestre de 2012 a Companhia terá potencial para colocar no mercado mais 5 milhões

de caixas de óleo de soja por ano.

Paralelamente à construção da planta de refino e envase, que demandará investimentos totais

na ordem de R$ 50 milhões (R$ 23 milhões já investidos em 2011 e o restante em 2012), a área

de marketing da Companhia desenhou uma estratégia de vendas que priorizará, na primeira

etapa, dez estados da Região Norte e Nordeste. Assim como faz no Triângulo Mineiro e regiões

adjacentes, o plano da Algar Agro para avançar com a linha ABC de Minas no Norte e Nordeste

do Brasil está apoiado no modelo de gestão da cultura comercial do Grupo Algar, que visa a

parceria com clientes e fornecedores, e na busca da identidade do consumidor. Em outras

palavras, trata-se de um produto da mais alta qualidade, que tem preço competitivo e, apesar de

carregar a marca ABC de Minas, é produzido na região, com mão de obra e serviços locais.

Outro pilar da estratégia de vendas é que, ao invés de lidar com as grandes redes varejistas,

cujo arrojado poder de compra poderia afetar sua margem, a Algar Agro adota como ponto de

venda ideal, pequenos e médios estabelecimentos, com os quais seus consultores cultivam

relacionamento bastante próximo.

Gestão de Riscos

Alinhada com as melhores práticas de governança corporativa, a Algar Agro conta com o Comitê

de Auditoria e Gestão de Riscos do Grupo Algar, órgão vinculado ao Conselho de Administraão,

para assessorar o processo que envolve identificar, avaliar e classificar os diferentes riscos

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 25

intrínsecos às áreas de atuação da Companhia, além de acompanhar os planos de ação para

mitigá-los

Em 2011, as atividades de gestão de risco da Algar Agro estiveram concentradas no

mapeamento e monitoramento dos riscos estratégicos, operacionais e financeiros, desde a

produção agrícola até a comercialização dos seus produtos. Além dos riscos diretamente ligados

ao negócio, foram observados aqueles ligados à entidade Algar Agro e Grupo Algar, tal como o

risco de imagem. A análise resultou no apontamento de quinze riscos que já vinham sendo

controlados dentro do negócio. Para 2012 o foco da gestão de riscos estará voltado para o

aprimoramento dos controles que mitigam os riscos identificados.

Todo o modelo empregado está apoiado na metodologia Enterprise Risk Management (ERM) ou,

em português, Gerenciamento do Risco Corporativo adotado pelo Committee of Sponsoring

Organizations (COSO), organização internacional dedicada ao estabelecimento e disseminação

de melhores práticas em gestão de riscos, controles internos e detecção de fraudes.

CRIAÇÃO DE VALOR

Ativos Intangíveis

Ao longo de mais de três décadas, a Algar Agro consolidou diferenciais que a evidenciam no

mercado, fortacelem seus negócios e contribuem significativamente para a criação de valor da

Companhia. Porém, alguns destes diferenciais não podem ser mensurados em números e,

portanto, não estão explícitos em seus demonstrativos econômicos financeiros. São os

chamados ativos intangíveis, dentre os quais se destacam:

Força da marca – A Algar Agro é uma Companhia orgulhosamente brasileira, de capital 100%

nacional, que faz parte de um grupo empresarial empreendedor e sólido, o Grupo Algar, que é

reconhecido por valorizar relacionamentos e o potencial humano. Além disso, é detentora de

duas marcas fortes. Na área de agronegócios, o farelo de soja RaçaFort é reconhecido como um

produto de excelente qualidade nos mercados interno e externo. No setor alimentício, a marca

ABC de Minas tem como carro-chefe o óleo de soja mais vendido no estado de Minas Gerais há

mais de cinco anos (Fonte: AC Nielsen).

Inovação - Parte da estratégia para o crescimento da Algar Agro, a inovação está no DNA da

Companhia desde a sua fundação e é cultivada nos mais diferentes processos. Na área

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 26

industrial, por exemplo, as embalagens PET utilizadas

atualmente têm 17,5 gramas (antes eram 20 gramas por

embalagem). A mudança é fruto de um trabalho contínuo de

inovação e tecnologia com foco em sustentabilidade. Também

neste sentido, a Companhia vem realizando a troca da matriz

energética das duas unidades de processamento de soja. Na

Unidade Uberlândia (MG) o processo já foi concluído e na

Unidade Porto Franco (MA) o projeto de troca está aprovado e

será executado em 2012.

Também como parte desta cultura voltada ao incentivo de

novas idéias, em 2011 a Comissão de Inovação da Companhia

criou a “Campanha Safra de Ideias” com o objetivo de

incentivar, valorizar e premiar a colaboração de todos os

associados na descoberta de soluções inovadoras que mudem

para melhor o dia a dia da empresa. A Campanha recebeu mais

de 200 ideias de associados de todas as unidades espalhadas

pelo país, das quais 16 foram finalistas e 4 premiadas, com os

projetos previstos para implementação em 2012.

Clima de trabalho - A Algar Agro entende que a satisfação dos associados com o ambiente de

trabalho tem impacto direto sobre os resultados e a perenidade dos negócios de qualquer

empresa. Assim, além de infraestrutura adequada e de uma cultura de gestão de pessoas

consistente, aplica anualmente uma pesquisa de clima organizacional, comum a todas as

empresas Algar, com o propósito de avaliar e mensurar a percepção dos associados em relação

ao ambiente de trabalho. Em 2011, o índice geral de satisfação entre os profissionais da Algar

Agro ficou em 62%, três pontos percentuais acima do ano anterior. Os dados da pesquisa

oferecem subsídios para que não só a área de Talentos Humanos, mas todas as áreas da

Companhia busquem aprimorar ainda mais o relacionamento entre os associados e o bem estar

geral no dia a dia das atividades profissionais de cada um.

Capital humano e intelectual - A Algar Agro conta com profissionais comprometidos com a

qualidade de atendimento e serviços prestados e cujo potencial individual é continuamente

maximizado pela área de Talentos Humanos, por meio de treinamentos e ferramentas capazes

de promover o compartilhamento contínuo dos conhecimentos. A principal catalizadora do capital

intelectual da Companhia é a UniAlgar, universidade corporativa do Grupo Algar. Responsável

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 27

pela gestão do conhecimento acumulado nas empresas do Grupo, a instituição oferece e

coordena diversos cursos de aperfeiçoamento e capacitação em parceria com renomadas

instituições. Sempre que necessário, a Companhia encaminha os associados para adquirir

qualificação externamente.

Prêmios, Reconhecimentos e Certificações Em 2011, a Companhia ocupou a 90ª colocação no ranking das 400 maiores empresas do

agronegócio, segundo o prêmio Melhores e Maiores do Brasil 2011 da Revista Exame. O ranking

considera as informações referentes a vendas, exportação, número de funcionários e controle

acionário.

Uma premiação importante foi o prêmio “Gente

Nossa”, conferido pela AMIS - Associação Mineira de Supermercados – que seleciona através

de pesquisa junto aos supermercadistas, o melhor fornecedor por categoria levando em conta

quesitos tais como qualidade, relacionamento comercial e giro. A Algar Agro conquistou este

prêmio nos últimos cinco anos na categoria Óleo de Soja e Azeite.

Outro reconhecimento importante refere-se às diferentes certificações nacionais e internacionais,

que atestam a eficiência, qualidade e segurança de suas atividades e produtos, entre as quais

se destacam:

Certificado de Gestão Ambiental ISO 14001

Certifica a existência e a eficiência de processos no Sistema de Gestão Ambiental

adotado pela Companhia.

Certificado de Qualidade ISO 9001:2000

Atesta a eficiência do Sistema de Gestão de Qualidade focado na melhoria de seus

processos internos e na conscientização de todos associados em relação aos mesmos.

Certificado de Saúde Ocupacional e Segurança OHSAS 18001

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 28

Obtido em 2005, atesta o compromisso com a redução dos riscos ambientais e a

melhoria contínua de seu desempenho em saúde ocupacional e na segurança dos

associados.

Certificado de Segurança Alimentar PDV: GMP B2

Conferida por um rigoroso instituto holandês, a certificação atesta a qualidade do Farelo

de Soja RaçaFort, favorecendo a sua comercialização no mercado europeu. O produto,

que cumpre as exigências do Ministério da Agricultura e de órgãos de inspeção sanitária

brasileiros, também já conquistou outras importantes certificações.

CONTEXTO SETORIAL

A população mundial cresce a uma taxa de 1,7% ao ano e esse crescimento ocorre,

principalmente, nas economias emergentes onde se verifica também o aumento progressivo da

renda global. Consequentemente, torna-se maior a demanda pelo consumo de alimentos.

Estimativas da FAO (Food and Agricultural Policy Research Institute) apontam que a produção

de alimentos irá crescer em mais de 40% até 2030 e em mais de 70% até 2050, cenário que

oferece fundamentos sólidos e bastante satisfatórios para o otimismo em relação ao mercado

internacional de soja.

Da mesma forma, a realidade macroeconômica brasileira tem-se mostrado favorável ao setor

agroalimentício nos últimos anos, a despeito dos desdobramentos da crise financeira

internacional. Contribuiu para tal panorama o fortalecimento da economia doméstica em 2011:

baixa taxa de desemprego (4,7%); aumento real da renda média do trabalhador (em 2,7%); e

aumento de consumo estimulado pela oferta de crédito.

Neste contexto, as operações da Algar Agro têm perspectivas bastante positivas, tanto no que

se refere ao comércio exterior como às operações no Brasil, uma vez que a Companhia vem

atuando nas duas frentes. Em 2011, cerca de 50% da originação de soja da Empresa seguiu

para o mercado externo, sobretudo Europa e Ásia, na forma de grão e farelo RaçaFort. A outra

parte, incluindo a produção do óleo de soja, foi destinada ao mercado interno, em regiões

bastante promissoras: o Sudeste, responsável pela maior parte do Produto Interno Bruto (PIB)

brasileiro; e as regiões Norte e Nordeste, onde o crescimento do consumo tem sido uma

constante.

Também favorecem os negócios da Algar Agro nas duas frentes de negócios (mercado interno e

exportação) os prósperos programas para a utilização de biodiesel que estão sendo

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desenvolvidos em diferentes países, o que amplia a demanda por grãos e sementes

oleaginosas.

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 30

DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO

O bom desempenho das operações no decorrer de 2011 está refletido no resultado consolidado

da Algar Agro. Com 1,3 milhão de tonelada de soja originada, mais uma vez a Companhia

quebrou seu recorde anterior em termos de volume. As incertezas econômicas geradas a partir

da crise fiscal de alguns países do bloco europeu, em

termos mundiais, e o arrefecimento do ritmo de

crescimento da economia brasileira, em termos regionais,

não tiveram impacto negativo relevante sobre o principal

segmento de atuação da Companhia, qual seja, o

mercado de soja e seus derivados.

As eventuais oscilações dos preços, típica do segmento

de commodities, foram geridas a partir de estratégias de proteção com base em operações de

hedge. A unidade do Maranhão continuou ampliando sua participação no resultado, com o

aumento da capacidade de fabricação de farelo e de óleo degomado, enquanto a unidade do

Triângulo Mineiro manteve sua alta produtividade e a liderança regional no mercado de óleo

envasado, além de ampliar a venda dos demais produtos alimentícios com a marca ABC de

Minas. As vendas externas, tanto do grão quanto do farelo, também apresentaram alta.

A receita operacional líquida de 2011 registrou aumento

de 24,4% em relação ao exercício anterior, atingindo R$

1.132,5 milhões. O desempenho resulta de crescimento

em todos os itens que compõe a receita, a saber: soja em

grãos, óleo degomado e farelo, óleo envasado e gado

bovino, suíno, leite e revenda de mercadorias com a

marca ABC de Minas.

No decorrer do mesmo período, o custo dos produtos

vendidos (CPV) apresentou evolução de

33,4%, tendo passado de R$ 722,0 milhões

em 2010, para R$ 963,0 milhões em 2011.

Pela própria característica dos negócios da

Algar Agro, o CPV é composto

principalmente pelo custo de aquisição de

matéria prima que, em 2011, representou

91,6% do total. Este item, isoladamente, teve

Soja grão34,0%

Óleo degomado e

farelo37,0%

Óleo envasado

24,7%

Outros4,4%

Receita Operacional Bruta - 2011R$ 1.213,8 milhões

91,6%

1,7%

1,0%

4,8%0,8%

0,2%

CPV - 2011R$ 963,0 milhões

Custo de aquisição de materia prima e insumos

Pessoal

Materiais

Serviços de terceiros

Depreciação e amortização

Outros

676,5

1.069,0 1.035,7

910,6

1.132,5

2007** 2008* 2009 2010 2011

Receita operacional líquidaR$ milhões

* A partir de 2009 em IFRS

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 31

aumento de 35,9% no período, resultado do maior volume de soja originada no ano, além da

oscilação dos preços no mercado.

Como resultado do aumento proporcionalmente maior do CPV em relação ao ganho de receita, o

lucro bruto apresentou recuo de 10,1% na comparação entre os exercícios de 2011 e 2010,

tendo atingido R$ 169,5 milhões, com margem bruta de 15,0%.

O crescimento dos negócios é também acompanhado de evolução no total de despesas

operacionais, que totalizaram R$ 103,9 milhões em 2011, ante R$ 87,1 milhões no exercício

anterior, com alta de 19,3% no período. Mais uma vez em razão das características das

atividades operacionais da Algar Agro, fortemente voltada para a comercialização de produtos

agrícolas, suas despesas operacionais se concentram mais fortemente nas despesas com

vendas. No exercício de 2011, esse item totalizou R$ 75,0 milhões, sendo responsável por

72,2% do total das despesas operacionais do exercício. Comparado ao ano anterior, houve

evolução de 23,2% no

período. As despesas

comerciais tendem a

acompanhar a evolução

do volume de negócios e

são representadas, em

sua maior parte, por,

fretes, fobbings (despesas

com exportação) e

comissões sobre vendas.

As despesas administrativas apresentaram alta de 27,9% ante 2010, atingindo R$ 28,8

milhões. A conta tem nas despesas com pessoal e nos serviços de terceiros (assessorias e

consultorias, mão de obra temporária, gastos com viagens, etc), que atingiram em 2011 R$ 11,4

milhões e R$ 13,0 milhões, respectivamente, seus principais componentes. O desempenho se

explica por adequação na estrutura administrativa para suportar o plano de crescimento da

Companhia.

No exercício de 2011, a geração operacional de

caixa medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro

antes dos juros, impostos, depreciação e

amortização) foi de R$ 53,6 milhões, com margem

de 4,7%. Em comparação com o ano anterior, houve

recuo de 15% no Ebitda e de 2,2 ponto percentual na

69,8%

25,9%

4,3%

2010R$ 87,1 milhões

72,2%

27,8%

0,1%

2011R$ 103,9 milhões

Despesas de vendas

Despesas administrativas

Outras despesas operacionais líquidas

Despesas Operacionais

31,6

51,2 41,3

62,9 53,6

2007 2008 2009 2010 2011

EBITDA R$ milhões

Page 32: RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2011

Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 32

margem, principalmente explicado pelo desempenho dos gastos administrativos descritos

anteriormente..

As atividades financeiras tiveram resultado líquido negativo de R$ 34,1 milhões, considerando

receitas financeiras anuais de R$ 314,9 milhões e despesas de R$ 349,0 milhões. Os principais

itens a onerar as despesas financeiras no decorrer do exercício foram: (i) resultado de

operações de hedge (derivativos e marcação a mercado) em commodities; (ii) variações

cambiais passivas, resultado especialmente de perdas com a valorização da moeda nacional na

conversão de exportações; e (iii) pagamento de juros sobre empréstimos. Comparado ao ano

anterior, as despesas financeiras foram majoradas em R$ 79,5 milhões, ou 29,5%, sendo as

perdas cambias isoladamente responsáveis por 93,0% de tal aumento.

Parcialmente compensando a evolução das despesas, as receitas financeiras da Companhia

em 2011 tiveram aumento de R$ 106,4 milhões, ou 51,0%, em relação ao exercício anterior. O

item mais relevante das receitas financeiras foram os ganhos com derivativos e marcação a

mercado de commodities, que somou R$ 270,0 milhões no período, ante R$ 165,9 milhões no

exercício de anterior. O resultado líquido dessas operações de hedge em 2011, considerando o

total de ganhos excluído o total de perdas, foi positivo em R$ 70,4 milhões, o que confirma a

efetividade de tais operações financeiras como proteção para as operações de comercialização

física da soja.

Para fins de avaliação dos resultados de forma a eliminar os efeitos das oscilações dos

instrumentos financeiros de proteção, de câmbio e operações de financiamento de giro, ajusta-

se ao EBIT e EBITDA os valores correspondentes destas contas em Resultados Financeiros

Líquidos, conforme demonstrativo abaixo:

Composição do Ajuste do EBITDA (em R$ milhões) 2011

Resultado das operações com instrumentos financeiros de proteção 70,4

Resultado da variação cambial -55,9

Resultado financeiro líquido das operações de giro -36,7

Total -22,2

Desta forma, o EBITDA analisado acima já contempla

estes ajustes, considerando como Resultados

Financeiros Líquidos basicamente os valores

correspondentes às operações de financiamento dos

investimentos de longo prazo (Capex) e despesas e

taxas bancárias associadas. 4,2 6,1

12,1

14,5

11,9

2007 2008 2009 2010 2011

Resultado financeiro líquido

Page 33: RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2011

Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 33

O resultado final consolidado da Algar Agro

no exercício de 2011 foi lucro líquido de

R$ 25,6 milhões, praticamente em linha

com os R$ 26,6 milhões de lucro

registrados no exercício anterior. A margem

sobre a receita operacional líquida foi de

2,3%, 0,6 ponto percentual abaixo da

registrada em 2010, mantendo-se acima da

margem observada nos exercícios anteriores.

Endividamento

Em 31 de dezembro de 2011, a Companhia registrava dívida bruta consolidada de R$ 842,1

milhões e posição de caixa de R$ 278,4 milhões, o que indicava dívida líquida de R$ 563,6

milhões na data. No encerramento do exercício anterior, a dívida líquida somava R$ 464,0

milhões, o que indica que, no decorrer de 2011, a mesma foi majorada em 21,5%,

acompanhando o aumento do volume de soja originada.

O endividamento de longo prazo era de R$ 214,8 milhões no encerramento do ano, com

vencimento até 2022. O principal empréstimo é representado por uma linha de crédito do FNE –

Fundo de Financiamento do Nordeste, tomado em dezembro de 2005 com vencimento em 2020,

para dar suporte aos investimentos realizados na região do MAPITOPA, incluindo a nova

unidade industrial do Maranhão. Ao final de 2011, o saldo de tal financiamento era de R$ 111,2

milhões.

Os empréstimos de curto prazo, obtidos com o objetivo de financiar as atividades operacionais,

somavam R$ 717,7 milhões em 31 de dezembro de 2011, montante 47,0% superior aos R$

488,2 milhões registrados no final do ano anterior. A evolução denota o maior volume de

operações da Companhia no decorrer de 2011. As atividades da Algar Agro envolvem grandes

movimentações de capital de giro, principalmente no sentido de financiar os produtores parceiros

e fazer as aquisições de grãos. Os principais itens que compunham o endividamento de curto

prazo ao final do ano eram adiantamentos de contrato de câmbio (ACC) e pré pagamentos, que

totalizavam R$ 489,4 milhões, e créditos de exportação, somando R$ 212,4 milhões.

14,5

20,1

11,5

26,6 25,6

2,1%1,9%

1,1%

2,9%

2,3%

0,0%

0,5%

1,0%

1,5%

2,0%

2,5%

3,0%

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

2007 2008 2009 2010 2011

Lucro Líquido (R$ milhões) e

Margem Líquida (%)

Page 34: RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2011

Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 34

Para avaliação da dívida líquida da Companhia, considerando os estoques, ativos de altíssima

liquidez somados à disponibilidades, deduzidos os fornecedores, o resultado é uma evolução de

31% dada a maior necessidade de financiar o nível de originação de soja obtido no ano. Desta

forma, a Dívida Líquida de Caixa e do Estoque

de Soja Pago conforme segue:

Longo prazo24,2%

Curto prazo75,8%

Perfil da Dívida Líquida*31/12/2011 - R$ 513,1 milhões

* Excluída a posição de caixa em 31/12/2011 da dívida de curto prazo

68,2%

29,6%

2,2%

Composição da Dívida de Curto Prazo31/12/2011 - R$ 717,7 milhões

ACC e Pré-pagamento

Nota Cédula de Crédito Industrial e Exportação

Procer e Comercialização

47,7

93,9

123,7

100,2

131,2

2007 2008 2009 2010 2011

Divida Líquida de Caixa e Estoque de Soja Pago

Page 35: RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2011

Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 35

Indicadores financeiros (em R$ mil) 2007 2008 2009 2010 2011 2011 x 2010

Receita líquida 694.486 1.068.954 1.035.680 910.624 1.132.520 24%

Despesas/receitas operacionais -58.096 -52.440 -80.097 -87.096 -103.882 19%

Resultado operacional (EBIT) 22.265 38.249 27.993 55.124 43.447 -21%

EBITDA 31.608 51.239 41.282 62.885 53.607 -15%

Resultado financeiro líquido 4.213 6.092 12.109 14.528 11.925 -18%

Lucro (prejuízo) líquido 15.994 20.135 11.488 26.566 25.591 -4%

Ativo total 631.541 1.084.278 1.075.213 1.121.677 1.376.209 23%

Patrimônio líquido 129.637 153.249 314.774 330.858 350.371 6%

Caixa líquido 25.722 427.990 244.468 151.485 278.413 84%

Divida Líquida de Caixa e Estoque de Soja Pago

47.695 93.933 123.696 100.165 131.186 31%

Dívida Líquida / EBITDA (x vezes) 1,5 1,8 3,0 1,6 2,4 54%

Capex 42.565 29.728 12.935 14.528 34.921 140%

Margens (%)

Margem bruta -0,1% 18,3% 3,8% 11,1% 5,8% -48%

Margem Ebitda 4,6% 4,8% 4,0% 6,9% 4,7% -31%

Margem líquida 2,3% 1,9% 1,1% 2,9% 2,3% -23%

Page 36: RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2011

Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 36

SUSTENTABILIDADE

GENTE SERVINDO GENTE

Assim como nas demais empresas do Grupo Algar, todos os profissionais da Algar Agro são

chamados de “associado”. Do Dicionário Aurélio, “ligado por interesses comuns a uma ou mais

pessoas; o mesmo que sócio”, o significado da palavra espelha o conceito de “Empresa-Rede”

adotado pelo Grupo. O modelo estimula o comprometimento e a autonomia com

responsabilidade, o que possibilita aos associados participarem da tomada de decisões

corporativas.

Reconhecer a importância de cada profissional para o crescimento sustentável dos negócios

implica também em assumir o compromisso com a educação, a qualidade de vida e o

desenvolvimento humano e profissional das pessoas. Baseada em seus valores e crenças, a

política de Talentos Humanos adotada contempla qualificação profissional, ambiente de trabalho

agradável e políticas de remuneração e construção de carreira atraentes, de forma que os

associados tenham orgulho e se sintam motivados a fazer parte da Algar Agro. Outra

particularidade da gestão de pessoas da Companhia é o incentivo à diversidade: portadores de

necessidades especiais e aposentados têm conquistado cada vez mais espaço na equipe.

Perfil dos Associados

Ao final de 2011, a Algar Agro contava com 464 associados próprios, sendo 315 na região

Sudeste, onde fica a Unidade Uberlândia e a sede administrativa, 126 no Nordeste, na Unidade

Porto Franco e outros 23 alocados na região centro-oeste, em atividades ligadas à originação e

armazenagem de soja. O turnover ficou em torno de 2% no ano, considerando o conjunto das

atividades.

Dado o tipo da natureza do negócio, a maior parte do contingente é de homens (87,1%) e mais

da metade (51,5%) tem idade acima de 35 anos. As mulheres, 12,9% do total, estão alocadas,

quase que na totalidade, em áreas administrativas. Quando observado o contingente por faixa

etária, verifica-se que 24,8% dos associados têm até 30 anos, 53,7% estão na faixa de 31 a 50

anos e o restante, o equivalente a 21,5%, têm mais de 50 anos. No que se refere à escolaridade,

45% da equipe tem nível secundário enquanto os profissionais de nível superior e pós-

graduados somam, respectivamente, 22,8% e 5,2%.

Page 37: RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2011

Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 37

Mão de obra terceirizada

A Algar Agro, dada a natureza de suas operações, também faz uso de mão de obra terceirizada

ao longo de todo o ano. Ao final do último exercício, além dos 464 associados próprios, contava

com outros 57 empregados temporários ou terceirizados.

Taxa de rotatividade

A taxa de rotatividade da Algar Agro em 2011 foi de 2,1% para empregados próprios e 100%

para terceiros com contratos por prazo determinado ou temporário, conforme abaixo:

Total de

Desligados%

Total de

Desligados%

Total de

Desligados%

Total de

Desligados%

91 1,8% 0 0,0% 0 0,0% 254 91,0%

13 0,3% 0 0,0% 0 0,0% 25 9,0%

104 2,1% 0 0,0% 0 0,0% 279 100%

10 0,2% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%

46 0,9% 0 0,0% 0 0,0% 279 100,0%

48 1,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%

104 2,1% 0 0,0% 0 0,0% 279 100%TOTAL

Unidades

Gênero

Masculino

Feminino

TOTAL

Faixa Etária

> 50

30 a 50

< 30

Empregados Próprios (relativos a 31/dez) Terceiros (relativos a 31/dez)

Contrato por Prazo

Indeterminado ou Permanente

Contrato por Prazo

Determinado ou Temporário

Contrato de Terceiro

Permanente

Contrato de Terceiros por

Prazo Determinado ou

Temporário

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Correlação entre Empregados Próprios e Terceiros

EMPREGADOS PRÓPRIOS TEMPORARIOS/TERCEIROS

Page 38: RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2011

Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 38

Relacionamento com o público interno

Treinamento e Capacitação

De acordo com sua proposta de valorizar os talentos internos, a cada ano a Algar Agro destina

maior volume de horas e recursos financeiros a treinamentos. Em 2011, foram investidos R$

396,6 mil em 9.171 horas/aula presenciais para 370

associados. A média de treinamento por associado foi de

24,79 horas/aula. Grande parte dos treinamentos é

viabilizada pela UniAlgar, mas sempre que necessário a

Companhia envia seus associados a reconhecidas

instituições, congressos, feiras e outros eventos do gênero,

com o propósito de adquirir competências técnicas e

específicas de suas áreas de atuação.

Cursos do programa de integração, que visam disseminar a cultura comercial, e também os

treinamentos de diferentes programas de capacitação fazem parte do escopo da universidade

corporativa do Grupo Algar, a UniAlgar, que foi criada em 1988 com a missão de complementar

a educação tradicional com foco nas competências essenciais para os negócios. Todas as

iniciativas, programas e projetos da UniAlgar são desenvolvidos com o objetivo de melhorar a

performance individual ou de equipes e as melhorias resultam em um impacto positivo na

sustentabilidade da Companhia. Além de treinamentos presenciais, a UniAlgar utiliza cursos on-

line, promove chats, fóruns de discussões, hot sites de conteúdo e rede social para suportar o

aprendizado. Em 2011, 48 associados foram treinados por meio da plataforma de Ensino a

Distância (EaD).

Os programas contemplam o desenvolvimento do perfil de liderança em diferentes níveis. O

AVAN, por exemplo, é um plano de atualização em gestão que abrange diferentes áreas de

conhecimento e é destinado aos executivos seniores. O Programa Talentos em

Desenvolvimento, por sua vez, visa a capacitação de associados que ainda não desempenham

cargos executivos. Para o desenvolvimento dos supervisores, há o Programa de Médias

Lideranças, que contempla as particularidades da Companhia e os desafios da função.

Entre as novas ações desenvolvidas em 2011, merece destaque a estruturação do Programa

Jovem Empreendedor. Trata-se de um programa de trainee do Grupo Algar que tem o propósito

de atrair, desenvolver e reter jovens talentos para atuação futura nos seus diferentes negócios.

Cerca de 3.000 recém-formados efetuaram inscrição e, após processo de seleção, os primeiros

sete trainees da Algar Agro assumirão seus postos em 2012.

Área comercial

62%

Coordenação35%

Diretoria3%

Horas de treinamento em 2011Total - 8.901 horas

Page 39: RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2011

Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 39

Saúde e Bem-Estar

A UniAlgar também desenvolve ferramentas que visam o bem-estar e a qualidade de vida de

seus associados. Todos os executivos da Algar Agro e das demais empresas do Grupo Algar

participam do PDI da Saúde desde 2002. Depois de avaliados nas dimensões clínica, física e

nutricional, estes profissionais passam a receber orientações e motivação constante para a

adoção de práticas saudáveis capazes de combater o sedentarismo, a obesidade, o estresse e

outros fatores que afetam a qualidade de vida.

Para motivar ainda mais, quem consegue atingir seu objetivo ganha pontos no plano de carreira,

que são utilizados para calcular o bônus anual. Avaliações periódicas comprovam os resultados

positivos do programa ano após ano. Ao final de 2011, 100% dos executivos da Algar Agro eram

considerados ativos. O sucesso de PDI da Saúde levou à decisão do Grupo Algar de estender o

programa a todos os associados a partir de 2012.

Também com o foco em saúde, bem-estar e segurança, a Algar Agro mantém a Comissão de

Saúde e Segurança Corporativa. Sediada em Uberlândia e com reuniões bimestrais, a comissão

estabelece e coordena a realização de atividades, como a Caminhada Ecológica, que em 2011

envolveu associados e familiares. Nos últimos três anos, entre 2009 e 2011, o percentual de

associados representados por esta comissão foi de 75%. A Algar Agro também conta com

comissões exigidas pela legislação da CIPA e SESMT, que representam 100% dos

trabalhadores.

Outras ações menores e de diferentes naturezas foram promovidas ao longo do ano em

diferentes localidades. Os associados de Balsas e da Unidade Porto Franco, ambas no

Maranhão, por exemplo, puderam compartilhar com a família de festas juninas promovidas pela

Empresa. Na Fazenda Canadá, em Uberlândia (MG), o campo de futebol passou por reforma,

ganhando novas traves, redes e iluminação. Também no setor agropecuário, todos os

alojamentos foram readequados às necessidades dos associados.

Com foco em segurança do trabalho e qualidade de vida, a ação Diálogo da Semana de

Segurança abrangeu todos os Centros de Resultado, com a participação de líderes, técnicos de

segurança, equipes e coordenação industrial. No total, foram realizados 38 encontros de

diferentes temas. Reunidas, todas essas ações colaboram positivamente para o clima da

Companhia.

Page 40: RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2011

Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 40

Construção de carreira

A política de Talentos Humanos da Algar Agro contempla atrativos como um sistema de

remuneração justo, atrelado à meritocracia e, portanto, não há diferença salarial entre os sexos.

Além disso, oferece uma trilha de carreira clara, que permite ao associado viabilizar suas

possibilidades de crescimento e quais metas deve atingir para concretizar seus objetivos. Em

2011, o menor salário praticado pela Companhia foi no valor de R$ 588,70, o que corresponde a

1,08 do salário mínimo.

A Companhia mantém bom relacionamento com os sindicatos – em 2011, 94% dos associados

foram abrangidos por acordos de negociação coletiva. Profissionais que desempenham função

executiva, por terem políticas específicas de remuneração, não são contemplados pelos

acordos. Em abril de 2011, a Algar Agro distribuiu R$ 2,6 milhões em bônus referente à

remuneração variável do ano anterior. Para o exercício de 2011, entrou em vigor a nova política

de bônus, com ampliação tanto no que refere às metas quanto ao número de pessoas elegíveis.

Para mensurar a qualidade da atuação do associado em sua função e também poder fornecer

um plano de desenvolvimento com propostas mais objetivas, uma das ferramentas da trilha de

carreira da Companhia é a avaliação de desempenho aplicada a todos os associados do Grupo

Algar. Ao menos uma vez por ano, essa avaliação é aplicada formalmente. Em 2009 e 2010, o

percentual de associados que receberam a análise de desempenho foi de 65% e 78%,

respectivamente. Já em 2011, o percentual atingiu 445 associados, o que equivale a 96% do

total.

Outra política da área de Talentos Humanos para valorizar o seu capital humano é buscar na

própria base de associados pessoas qualificadas para assumir as novas vagas que surgem

antes de divulgá-las ao mercado. Em 2011, os programas de desenvolvimento promovidos pela

UniAlgar colaboraram para a promoção de 25 associados da Algar Agro.

Page 41: RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2011

Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 41

SOCIEDADE E MEIO AMBIENTE

A crença de que é possível crescer de maneira sustentável e envolver toda a sua rede de

relacionamento em práticas que contribuem para a construção de um mundo melhor faz parte do

jeito de ser da Algar Agro desde a sua fundação. A mesma convicção é compartilhada por todas

as empresas do Grupo Algar, que é signatário do Pacto Global - iniciativa desenvolvida pela

Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de mobilizar a comunidade empresarial

para a adoção de valores nas áreas de direitos humanos, relações de trabalho, meio ambiente e

combate à corrupção.

Na Algar Agro, a concretização de tais valores se dá por meio de programas em duas vertentes

– ambiental e educacional – que são totalmente complementares.

Programa Ambiental

A Algar Agro se orgulha de produzir alimentos saudáveis, de acordo com as mais exigentes

regras internacionais, e respeitando o meio ambiente. Essa postura motiva desafios constantes

com o propósito de evoluir nas práticas sustentáveis capazes de diminuir os impactos de seus

negócios.

A Companhia tem consciência de que as grandes mudanças climáticas se devem à emissão de

Gases de Efeito Estufa (GEE), que podem afetar diretamente as atividades de agricultura e,

consequentemente, o seu negócio. No que se refere a sua principal matéria-prima, a soja, há

uma influência direta sobre a produtividade e preço. Neste sentido, a Companhia vem

trabalhando para reduzir a emissão de GEE, adotando processos cada vez mais

autossustentáveis que objetivam, por exemplo, a redução de consumo de óleo diesel nos seus

geradores, a redução do uso de BPF nas caldeiras, a troca das matrizes por caldeiras com

consumo de biomassa e a redução do consumo de energia elétrica. Além disso, como signatária

da Moratória da Soja, assumiu o compromisso público de não comercializar soja oriunda de

áreas que forem desflorestadas após a assinatura do pacto, dentro do bioma Amazônia.

Para acelerar a disseminação da cultura ambiental, o engajamento com causas ambientais por

parte dos associados é fundamental. A Algar Agro incentiva o surgimento de novas ideias e o

desenvolvimento de projetos capazes de aprimorar todos os seus processos. A meta da

Companhia é estar apta a obter todas as certificações ambientais – e também as de gestão de

qualidade, da saúde e da segurança – correspondentes à sua área de negócios.

Estimular a consciência ecológica entre produtores, fornecedores e clientes é outro pilar

importante para a sustentabilidade no longo prazo. Em 2011, uma auditoria passou a validar as

Page 42: RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2011

Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 42

boas práticas ambientais nos fornecedores de soja. Os mesmos também são alvo do programa

Dia de Campo, que visa difundir e estimular a adoção de boas práticas.

Materiais usados por peso ou volume

Em 2011, as atividades da Algar Agro geraram 1.482.589 toneladas de materiais, entre grãos

(1.306.552 t), matérias-primas e insumos (1.807 t) e embalagens (174.231 t) do tipo filme

polietileno, frascos PET, latas de 900 mililitros e 9 litros, rótulos, caixas de papelão, tampas e

sacarias para farelo e semente. O volume, 17,7% maior em relação ao ano anterior, que foi de

1.259.286 toneladas, ocorreu em virtude do aumento do nível das operações.

A Algar Agro investe permanentemente em pesquisa com o propósito de diminuir o impacto das

embaladas utilizadas. Neste sentido, foi pioneira a adoção de frascos PET do óleo de soja com

17,5 gramas – o frasco anterior, utilizado por todo o mercado, pesa 20 gramas.

Com a regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, a meta da Algar Agro, em

parceria com os seus fornecedores, será a implantação de um processo de logística reversa de

suas embalagens. Outro desafio da empresa é implementar o uso de material reciclado

conforme já acontece com as embalagens de papelão.

Redução de energia

O modelo de gestão energética adotado pela Companhia objetiva gerar riqueza para o País com

o menor consumo de energia possível. Para isso, a Algar Agro adequou parte de seus motores,

adotando equipamentos de alta performance. Também foi alvo de ações de reformulação o

sistema de iluminação das principais atividades nas unidades de Uberlândia e Porto Franco. As

reduções obtidas permitiram à Algar Agro cumprir a meta de consumo de 30 kWh/tonelada de

soja recebida no ano de 2011. No ano de 2012, a meta é manter o consumo de 30 kWh/tonelada

de soja recebida.

Page 43: RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2011

Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 43

Consumo de energia indireta por fonte primária

Emissão de Gases do Efeito Estufa (GEE)

Em 2011, a Algar Agro reduziu em 28,8% a emissão de CO2, que foi de 18.697 toneladas ante o

total de 26.263 toneladas emitidas no ano anterior. A meta da Companhia era reduzir 10%.

Substância 2011 2010

Geração de eletricidade, calor ou vapor (EN3) 16.846 23.974

Outros processos de combustão 752 614

Beneficiamento físico-químico 1 1

Transportes de materiais, produtos ou resíduos - -

Abertura de respiradouros - -

Emissões Fugitivas 0 0

Substância 2011 2010

Consumo de Energia Elétrica Adquirida 1.034 1.603

TOTAL emissões Diretas e Indiretas: 18.697 26.263

Emissões Indiretas (TonCO2e) (EN4)

Emissões Diretas (TonCO2e)

2009 2010 2011

. Eletricidade 0 0 0

. Aquecimento 0 0 0

. Vapor 0 0 0

. Energia Nuclear 0 0 0

. Outras formas de energia importada 0 0 0

. Solar 0 0 0

. Eólica 0 0 0

. Geotérmica 0 0 0

. Hidrelétrica (GJ) 134.954 129.212 143.229

. Energia intermediaria de origem em biomassa 0 0 0

. Energia intermediaria de origem em hidrogênio 0 0 0

134.954 129.212 143.229

- Renováveis:

Consumo de energia indireta, por fonte:*

- Não renováveis:

Page 44: RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2011

Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 44

Além das emissões diretas detalhadas, as ações da Algar Agro geraram, ainda, 64,8 ton CO²e

em 2011, referente às viagens em aviação comercial. O volume de outras emissões indiretas

relevantes de GEE equivale, portanto, a apenas 0,37% do total de emissões diretas.

Desta forma, o foco da Algar Agro em ações de reduções de GEE são as emissões provocadas

pelas fontes estacionárias. Nesse sentido, um dos projetos mais ousados e acertados é o de

renovação da matriz energética, vencedor da Mostra Algar de Inovação em 2010. Na Unidade

Uberlândia, a substituição teve início em 2008, quando o combustível fóssil (óleo BPF) passou a

ser substituído, gradativamente, por biomassa (bagaço de cana). A mudança possibilitou em

2010 uma redução de 46% e em 2011 mais uma queda de 11%.

O próximo passo é, em 2012, iniciar o processo de transição na unidade Porto Franco, no

Maranhão, onde a fonte de energia renovável que se mostrou mais adequada é a madeira. Para

a primeira etapa, Algar Agro investiu no plantio de 6 mil hectares de eucalipto que será usado

para abastecer a caldeira da nova refinaria, com redução de cerca de 80% na emissão de CO².

Com esta e outras ações sustentáveis que já são práticas no dia a dia da Companhia, a Algar

Agro terá a primeira refinaria verde do País.

No que se refere ao consumo de óleo diesel, houve uma redução de 14% nos últimos dois anos

(9% em 2010 e 5% em 2011) em virtude da substituição do uso de geradores de energia em

duas unidades de recepção de soja da Algar Agro, ambas localizadas no Maranhão. Como o

inventário de GEE passou a ser quantificado somente em 2010, não foi possível comparação

entre os anos de 2009 e 2010, ano em que a redução na emissão de CO²e foi muito mais

expressiva, chegando a 46%.

Iniciativas para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa e as reduções obtidas.

Ação realizadaRedução

Obtida

Área em que a ação foi

realizadaAno

Reduzir o volume de óleo BPF utilizado na geração de vapor para o processamento de soja 46% Fábrica Uberlândia 2010

Reduzir o volume de óleo BPF utilizado na geração de vapor para o processamento de soja 11% Fábrica Uberlândia 2011

Reduzir o consumo de óleo diesel 9% Uberlândia e Filiais 2010

Reduzir o consumo de óleo diesel 5% Uberlândia e Filiais 2011

Total de Redução Obtido (comparado 2011 e 2010) 7.551 tonelas de CO2e -28,76%

Derramamentos significativos, multas e outras sanções

Em 2011, não houve derramamentos significativos na Algar Agro, mas a Companhia tem como

meta, em 2012, implantar o Programa de Ajuda Mútua (PAM) a fim de apoiar as demais

empresas do Distrito Industrial de Uberlândia com os equipamentos, equipe e conhecimento da

Brigada de Atendimento de Emergência constituída na Algar Agro desde 1996. No último ano, a

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 45

empresa também não sofreu multas ou sanções não monetárias resultantes da não

conformidade com leis e regulamentos ambientais para a Algar Agro.

Responsabilidade pelo produto

A Algar Agro avalia toda a matéria-prima na entrada de suas duas unidades, bem como a

qualidade dos insumos utilizados nos processos produtivos. Desde 2005, a gestão de riscos

focada na segurança alimentar de seus produtos está em conformidade com normas e

procedimentos nacionais e internacionais respeitados, como o Codex Alimentarius e o GMP

Quality Control of Feed Materials.

A Companhia possui certificação de 100% para farelo e óleo de soja ABC de Minas. Embora não

certificados, os demais produtos da marca têm seus fornecedores auditados pela Algar Agro.

Também são 100% avaliados, visando os impactos em saúde de segurança e buscando

melhorias, os estágios de ciclo de vida de produto a seguir i) armazenamento, distribuição e

fornecimento; ii) marketing e promoção; e iii) disposição, reutilização e reciclagem. Sobre o

último item especificamente, a Companhia não tem registro do percentual de produtos reciclados

junto aos consumidores. Fazer esta análise é um desafio que está sendo delineado junto à

Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE), em conformidade com a

Política Nacional de Resíduos Sólidos.

A Algar Agro possui moderno laboratório de controle de qualidade e profissionais com mais de

30 anos de experiência. Conta ainda com apoio de laboratórios credenciados junto ao Ministério

da Agricultura, o que permite a validação dos seus produtos de acordo com as normas da

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da Agricultura e do Instituto

Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Estes dois últimos

avaliam periodicamente os produtos da Companhia.

Em 2011, foram registrados apenas dois casos de não conformidade, ambos relacionados ao

óleo de soja em lata de 900 mililitros, que resultaram em multa de R$ 4.739,00. A Companhia

considera como multa significativa valores iguais ou superiores a R$ 5.000,00. Mesmo assim,

por acreditar que mais significativo que o valor monetário é o compromisso que tem com a

sociedade, relata o fato, bem como as medidas adotadas. Após processo de avaliação interna,

foi concluído que houve microvasamentos nas embalagens provocados pelo transporte do

produto. Por se tratar de ocorrência pontual, não foi necessário o recall do lote.

Sobre os procedimentos de rotulagem, a Algar Agro cumpre as todas as exigências existentes,

que se referem às propriedades nutricionais dos produtos. Para isto mantém procedimentos

operacionais e equipe especializada na análise dos rótulos, o que proporciona amplo

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 46

atendimento a todos os órgãos de regulamentação e fiscalização correspondentes. Sendo

assim, não houve nenhum caso de não-conformidade com regulamentos e códigos voluntários

relacionados a informações e rotulagem de produtos no último ano. Em 2012, é meta da

Companhia implantar procedimento em conformidade com a Política Nacional de Resíduos

Sólidos para conscientizar a população sobre o impacto do óleo de soja na água, quando o

mesmo não é disposto de forma correta para a reciclagem.

A mesma preocupação norteia as atividades de pecuária de corte e leite, que são desenvolvidas

nas fazendas localizadas no Mato Grosso do Sul e no Triângulo Mineiro. Para levar ao mercado

produtos de qualidade, com a garantia de segurança alimentar, a Companhia adota boas

práticas produtivas, que respeitam os princípios implícitos nos manuais dos órgãos reguladores.

Em 2012, é meta da Algar Agro a validação da certificação de parte de sua produção pecuária,

para que uma de suas unidades produtivas passe a integrar o seleto grupo da lista TRACE, que

congrega Estabelecimentos Rurais Aprovados (ERAS) habilitados para livre comércio com os

países do Bloco Comum Europeu. Tais estabelecimentos devem ser aprovados juntos ao

Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (SISBOV), cuja

regulamentação dos pré-requisitos é de autonomia do Ministério da Agricultura Pecuária e

Abastecimento (MAPA).

A preocupação com a qualidade dos serviços da Companhia considera também a satisfação dos

clientes. A Algar Agro realiza anualmente uma pesquisa de satisfação com entrevistas a clientes

do varejo, farelo e originação em todos os Estados em que atua. A Pesquisa avalia satisfação

quanto ao atendimento comercial, logística, serviços financeiros, serviços prestados pelo CRC

(Centro de Relacionamento com o Cliente) e a imagem institucional da empresa. Os resultados

da pesquisa realizada em 2011 serão divulgados em fevereiro e servirão para balizar as ações

em 2012.

Em linhas gerais, no que se refere à responsabilidade pelo produto, não houve multas

significativas na Algar Agro em 2011. A Empresa considera como multa significativa valores

iguais ou superiores a R$ 5.000,00. Todavia, a empresa avalia que mais significativo que o valor

monetário é o compromisso que a Algar Agro tem com seus clientes e comunidade, e por esta

razão que qualquer multa deve ser relatada pelo fato gerador e não pelo valor. O resultado é

fruto do compromisso da Companhia de buscar sempre o "lucro válido", ou seja, investir

continuamente em treinamento e equipamentos, para garantir que seus produtos tenham

qualidade, estejam de acordo com a legislação e não causem nenhum tipo de prejuízo à

sociedade.

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 47

Diretos Humanos

A Companhia é contra todo e qualquer tipo de discriminação e adota todas as medidas cabíveis

para evitar este tipo de conduta em seu negócio. Entre as ações preventivas e corretivas estão o

Código de Conduta e a Comissão de Associados que, na eventualidade de alguma

irregularidade, participa ativamente de uma sindicância que é acompanhada pelas áreas Jurídica

e de Talentos Humanos.

Em 2011, não houve nenhum caso de discriminação registrado na Algar Agro. Também não

houve registro de operações que colocaram em risco ou ameaçaram o direito à liberdade de

associação e negociação coletiva e a Companhia não sofreu multas significativas e sanções

não-monetárias resultantes da não-conformidade com as leis e regulamentos. Porém,

considerando a transparência das informações, a Algar Agro declara o total de R$ 34 mil em

multas trabalhistas no período.

O Código de Conduta para todas as empresas do Grupo Algar estabelece como regra a não

utilização e não aceitação de parceiros e fornecedores que atuam com trabalho escravo e/ou

força de trabalho infantil e não há, na Algar Agro, operações identificadas como de risco

significativo para ocorrências de trabalho de menores. Em 2011, não foram identificadas nenhum

tipo de ocorrência de exploração de mão de obra escrava ou infantil, bem como não houve

casos de violação de direitos indígenas.

Para reforçar ainda mais a preservação dos Direitos Humanos, todos os contratos firmados com

clientes e fornecedores possuem cláusulas atestando que os mesmos não empregam menores,

exceto na condição de aprendiz, bem como não empregam aprendizes em locais insalubres ou

que possam causar prejuízo à sua saúde. Da mesma forma, os contratos contam com cláusulas

sobre trabalho escravo e trabalhadores em situação análoga à escravidão. Adicionalmente, em

toda compra de soja, a Companhia consulta a "Lista do Trabalho Escravo", divulgada pelo

Ministério do Trabalho e Emprego.

Programas Educacionais

A Algar Agro, assim como todas as empresas do Grupo Algar, trata a educação como um meio

eficiente para garantir a sustentabilidade das gerações futuras. Por esse motivo todos os

projetos de sustentabilidade focam o desenvolvimento do potencial humano e são amplamente

divulgados. As ações internas de educação ambiental e cidadania são difundidas em um portal

de comunicação ambiental dirigido aos associados. Outra ferramenta importante na difusão de

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 48

informação e conhecimento – de treinamentos técnicos a questões de sustentabilidade – é a

plataforma de Ensino a Distância (EaD) da UniAlgar.

Os investimentos educacionais na comunidade, por sua vez, são concretizados por meio do

Instituto Algar, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) que recebe

doações de todas as empresas do Grupo Algar. Em 2011, a Algar Agro contribuiu com um total

de R$ 415 mil.

Os recursos serviram para projetos executados em parceria com 108 escolas públicas de onze

cidades em quatro estados (São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Maranhão), e que envolveram

cerca de 500 educadores e mais de 10 mil alunos. Nas regiões em que a Algar Agro atua,

sobretudo no Norte e no Nordeste, a atuação do instituto é bastante marcante, com adesão de

praticamente 100% das escolas convidadas a integrar o programa. Associados da Companhia

também são motivados a participar como voluntários da ação, que tem como objetivo

desenvolver atividades de formação continuada de educadores e alunos para melhorar a leitura,

a escrita e promover a inclusão digital.

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 49

PERSPECTIVAS

A localização estratégica das operações, o acesso a diferentes canais de distribuição, a

estrutura de gestão participativa e as boas práticas de governança corporativa sustentam um

plano de expansão forte e bastante viável para a Algar Agro nos próximos anos.

Baseada na atuação direta no campo junto com o produtor, o que permite uma avaliação

bastante real do mercado de soja brasileiro, a Algar Agro trabalha em 2012 com a expectativa de

uma safra superior à de 2011. Por este motivo, no que se refere à originação, seus esforços

estarão concentrados em manter o crescimento obtido nos últimos anos. A meta é aumentar a

originação em 10%, de modo a alcançar 1,5 milhão de tonelada de soja em 2012, o que também

demandará a ampliação da capacidade de armazenagem.

O volume maior de soja permitirá expandir a participação da Algar Agro tanto nos mercados

externo como no mercado interno. Para isso, faz parte da estratégia buscar novos parceiros na

Europa e principalmente na Ásia, região com grande potencial de compra e com o qual a

Companhia já tem uma relação estabelecida. No mercado doméstico, as perspectivas para 2012

estão concentradas principalmente nas regiões Norte e Nordeste do País, favorecidas pela

inauguração da planta de refino na Unidade Porto Franco, prevista para o mês de maio.

A nova fábrica irá demandar esforço de várias áreas da Algar Agro, a começar por Talentos

Humanos, que deverá contratar e capacitar mão de obra local. Inicialmente, a refinaria irá criar

45 novos postos diretos de trabalho na região. No que se refere à produção de óleo de soja, a

meta é colocar no mercado 2,5 milhões de caixas a mais já em 2012, chegando a 5 milhões de

caixas nos próximos anos.

A Companhia estudou o potencial da região e desenhou um plano comercial bastante

estruturado para ampliar a participação do óleo de soja ABC de Minas – e dos demais produtos

da marca – em cidades do Norte e Nordeste, regiões que atualmente consomem apenas 10% da

produção. Também no Maranhão, de acordo com a visão sustentável de diminuir o impacto

ambiental de suas operações, a Algar Agro dará início ao processo de renovação de sua matriz

energética.

Sobre os investimentos, a projeção para o ano de 2012 é de R$ 90 milhões, sendo 23% para os

ativos físicos, sobretudo no Maranhão, onde os planos para melhorar a eficiência energética

consumirão outros 13% deste total e mais 14% na finalização das obras de construção da nova

planta de refino e envase. Também terão grande participação no orçamento os investimentos em

unidades armazenadoras, tanto em expansão (15%) da capacidade estática, a fim de acomodar

o plano de crescimento em originação de soja da Companhia, quanto em unidades para

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Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 página 50

substituição (15%) dos armazéns hoje arrendados, na busca de uma melhor eficiência nos

custos.

DADOS CORPORATIVOS

www.algaragro.com.br

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