valor de empresas do setor sucroalcooleiro: um … · empresas agrícolas (avaliação) 3....

143
VALOR DE EMPRESAS DO SETOR SUCROALCOOLEIRO: UM MODELO DE AVALIAÇÃO RICARDO DE ASSIS PERINA EngenheiroAgrônomo eBacharel emCiências Econômicas Orientador: Prof. Dr. PEDRO CARVALHO DE MELLO Dissertação apresentada à Escola Superior de Agriltura '\uiz de Queiroz", Universidade de São Paulo, para obtenção do título de Mestre em Ciências, Área de Concentração: Economia Aplicada. PIRACICABA Estado de São Paulo -Brasil Dezembro - 2002

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VALOR DE EMPRESAS DO SETOR SUCROALCOOLEIRO:

UM MODELO DE AVALIAÇÃO

RICARDO DE ASSIS PERINA

Engenheiro Agrônomo e Bacharel em Ciências Econômicas

Orientador: Prof. Dr. PEDRO CARVALHO DE MELLO

Dissertação apresentada à Escola Superior de

Agricultura '\uiz de Queiroz", Universidade de

São Paulo, para obtenção do título de Mestre em

Ciências, Área de Concentração: Economia

Aplicada.

PIRACICABA

Estado de São Paulo -Brasil

Dezembro - 2002

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Errata

PERINA, R. A. Valor de empresas do setor sucroalcooleiro: um modelo de avaliação.

p. item linha onde se lê leia-se

2 1.1 décima quinta Variação Variação Absoluta 5 1.1 pnmeIra Exportação de açúcar ... Exportações por tipo de

açúcar ... 5 1.1 décima quinta Evolução das exportações Evolução das exportações

brasileira. brasileiras de àçúcar. 5 1.1 décima sétima U$/t) (U$/t) 6 1.1 sétima ... Kg/hab ... . .. Kg/hab/ano ... 7e8 1.1 quinta e nona Fonte: CEPEA (2002) Fonte: Elaborado pelo

autor com dados do CEPEA (2002)

9 1.1 décima terceira ... 34,6333 ... 37,2494 10 1.1 décima oitava ... tabela 6 ... ... tabela 7 ... 11 1.2 vigésima segunda ... Souza (2000) ... ., .Souza e Burnquist

€2000) ... 17 2 . décima ... valorização ... .,. valoração ... 18 2 sexta "Uma avaliação ... FALCINI Excluir o parágrafo todo

(1995, p 15) 22 2.1 décima quinta .. .isoladamente, e que ... .. .isoladamente; além

disso, ... 30 2A primeira Martins (2000) ... caixa Excluir o parágrafo todo 39 3 décima segunda ... enqargos dívida ... ... encargos da dívida ... 42 3 primeira RE ... Re .. · 44 3 décima VL

... Vi ... 47 3 décima quinta VI(t) ... Vi(t) ... 48 3 primeira ... equação 33 ... . .. equação 32 ... 66 4.1.1 sétima ... produção total... ... produção total anual.. . 66 4.1.1 nona ... 7557,09 ... 7557,09 t 66 4.1.1 décima primeira ... 5282,18 ... 5282,18 m3

76 4.1.4 segunda ... sola ... ... solo ... 81 4.1.7 sétima ... emnum ... ... em um ... 92 4.2.3 décima oitava ... valor capital de giro ... ...valor do capital de

gIro ... 99 5 décima segunda .. . moretários ... . , .monetários ... 102 5 primeira ... ernrpresários, ... ...empresários ... 102 5 sétima ... alteram taza de câmbio ... ... alteram a taxa de

câmbio ... 104 5 décima sexta ... tabela 21... ... tabela 22 ... 104 5 décima sexta ... tabela 22 ... ... tabela 23 ... 104 5 vigésima ... Otim Nomal Pess ... ... Otimista Normal

Pessimista ...

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Dados Internacionais de catalogação na Publicação (CIP> DIVISÃO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO • ESALO/USP

Perina, Ricardo de Assis Valor de empresas do setor sucroalcooleiro: um modelo de avaliação/ Ricardo de

Assis Perina. - - Piracicaba, 2002. 127 p.

Dissertação (mestrado) - - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 2002. Bibliografia.

1. Economia política 2. Empresas agrícolas (Avaliação) 3. Indústria açucareira(Economia) 4. Indústria agrícola (Economia) 5. Indústria alcooleira (Economia) 6. Mercado aberto 7. Negociação 8. Teoria econômica 9. Valor econômico I. Título

CDD 338.476641

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DEDICATÓRIA

Aos meus pais "in memorian" .

À Elza, minha esposa e incentivadora.

Aos meus filhos José Ricardo, Mariana

e Ana Luísa.

Que Deus permita que estes anos

estudos sejam exemplo positivo para o

resto de nossas vidas.

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AGRADECIMENTOS

Aos professores da ESALQ, representados na pessoa do Carlos

Bacha, que acreditaram na minha proposta.

Aos colegas com quem compartilhamos conhecimento e amizade.

Ao Daltro Cella e à Paula Pavarina pelos momentos que

estivemos juntos nos estudos, mas principalmente pelas demonstrações de

verdadeira amizade.

Ao colega Antônio Ruiz que me incentivou a assumir esta

empreitada. Ao Arlélio Leite dos Santos pelo companheirismo e pelo exemplo

de determinação. À Sandra e Ana Maria, col~boradoras de todas as horas, sem

elas meus caminhos com certeza seriam mais árduos.

A equipe de colaboradores do Departamento de Economia, nas

pessoas da Maielli e Ligiana pela paciência e dedicação.

A diretoria e equipe da Usina Benálcool S/A que me

proporcionaram acesso aos dados básicos necessários para o trabalho.

Aos professores Alexandre Mendonça de Barros, Márcia de

Moraes e Pedro Valentim Marques, pelas contribuições a este trabalho. Ao

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v

professor Adriano Azevedo Filho por me prestigiar com seus conhecimentos e

pela amizade construída durante esse tempo.

Particularmente, ao professor Pedro Mello, que nestes anos

privilegiou-me com sua atenção, não se negando a compartilhar seu amplo

espectro de cultura e conhecimento, dentro e fora das salas de aula. Ser seu

orientado muito me envaidece.

A Deus que me deu a vida e uma família maravilhosa, agradeço

pela saúde e proteção em todo tempo e lugar desta caminhada.

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SUMÁRIO

Página

LISTA DE FIGURAS............................................................................... viii

LISTA DE TABELAS............................................................................... ix

LISTA DE QUADROS............................................................................. xi

RESUMO................................................................................................ xii

SUMMARY.............................................................................................. xiv

1 INTRODUÇÃO.... .... ... ........... .............. ..................... ........ ...... ...... 1

1.1 Aspectos recentes do setor sucroalcooleiro................................. 1

1.2 O mercado livre e os negócios do setor sucroalcooleiro.............. 11

1.3 O que se pretende com esse trabalho......................................... 14

2 MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DO VALOR DA

EMPRESA.................................................................................... 17

2.1 Método de Valor Contábil............................................................. 21

2.2 Método de Valor de Reposição ou Reconstituição...................... 22

2.3 Método do valor de mercado........... ................ ......... ...... .............. 23

2.4 Método de Valor Presente............................................................ 24

2.4.1 Custo do capital.... ... .... ......... ........... ........ ........ ...... .......... ..... .... 30

2.4.2 Período de projeção.. ... .... .............. .... .............. ....... ... ...... ............ 33

3 TEORIA DA AVALIAÇÃO ECONÔMICA...................................... 36

4 UM MODELO PARA DETERMINAÇÃO DO VALOR DA

EMPRESA.................................................................................... 58

4.1 A empresa agrícola. ... ......................... .... ............. ....... ....... .... ...... 58

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vii

4.1.1 Composição do preço da cana-de-açúcar.... .... ... .... ... ....... ... ........ 59

4.1.2 Dados para planejamento agrícola............................................... 68

4.1.3 Dimensionamento de máquinas e equipamentos agrícola........... 74

4.1.4 Dados técnicos e econômicos...................................................... 75

4.1.5 Custos fixos agrícola..... ... ..... ....... ....... ..... ........ .... .... ...... .... .... ... ... 76

4.1.6 Custos variáveis agrícola.. ...... ........ ....... ... ............... ... ... .... ... .... ... 79

4.1.7 Avaliação da empresa agrícola.................................................... 80

4.1.8 Reposição máquinas. ............ ....... ............ ............... ....... ... .... .... ... 84

4.2 Empresa industriaL....... .... ..... ......... .... ...... .... ........ .... ...... ... ........... 84

4.2.1 Produção industrial. ...... .... ..... ......... .... ... ... .... ........... .............. .... ... 85

4.2.2 Dados industriais... ..... ... ... ....... .... ... .... .... ...... ........... ....... .... ... .... ... 86

4.2.3 Demonstrativo de recebimentos e desembolsos..... ... .... .... .......... 87

4.2.4 Valor da indústria...... ............ ... .... ....... ....... .............. ...... .... .... ... .... 95

4.2.5 Projeção de desempenho..... ...... ........ ... .... .............. ........ ...... ...... 96

4.2.6 Estimação do custo capital........................................................... 96

4.2.7 Estimação valor perpétuo............................................................. 97

5 RESULTADOS E DiSCUSSÃO................................................... 98

6 CONCLUSÕES........................................................ .................... 106

Anexo: COLETÂNEA DE PLANILHAS QUE COMPÕE O MODELO DE

AVALIAÇÃO DE EMPRESAS .................................................. 108

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFiCAS....................................................... 123

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LISTA DE FIGURAS

Página

1 Evolução das exportações de açúcar 2001-2002 .............................. . 06

2 Indicadores de preços do açúcar mercado interno no período de

1997 -2002 (sc 50kg) .......................................................................... . 07

3 Indicadores dos preços de álcool anidro e álcool hidratado no

período fev/99-setl02 ......................................................................... . 08

4 Comportamento do valor presente líquido em relação à taxa de

juros .................................................................................................. . 100

5 Comportamento do valor presente líquido em relação ao horizonte

de tempo ............................................................................................. . 101

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LISTA DE TABELAS

Página

1 Processamento de cana-de-açúcar nas safras de 2000/01

e 2001/02 ..................................................................................... 2

2 Ranking das dez maiores unidades processadoras de

cana na região Centro-Sul em mil toneladas.................................. 3

3 Exportação de açúcar por tipo, (toneladas) ..................................... 5

4 Evolução das exportações brasileira............................................... 5

5 Participação das principais distribuidoras no mercado de

álcool hidratado................................................................................. 9

6 Preços dos produtos da cana-de-açúcar.. ...... .... ......... ........... .... ...... 10

7 Evolução da produção ( Centro-Sul) ............................................... 11

8 Maiores processadores de cana - de - açúcar na região Centro - Sul

considerando-se grupos econômicos (2000/01) ........ ...................... 14

9 Equivalência entre quantidade de ATR e produtos............................. 64

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x

10 Custos fixos da empresa ..................................................................... 78

11 Custos variáveis da empresa agrícola................................................... 80

12 Fluxo de caixa líquido da empres agrícola........................................... 84

13 Dados para cálculos de depreciação e seguros................................... 87

14 Demonstrativos de recebimentos e desembolsos................................ 94

15 Estruturação do fluxo de caixa líquido da empresa industrial............. 96

16 Indicadores Financeiros no período de Set/99 - Set/02...................... 97

17 Valor da empresa e taxa de juros...... ..... ....... .... ....... ..... ....... ..... ..... ...... 99

18 Valor da empresa, taxa de juros e horizonte de tempo em R$ (mil).... 101

19 Valor da empresa e taxa de câmbio..................................................... 102·

20 Valor da empresa considerando a produtividade de cana-de açúcar

otimista................................................................................................ 103

21 Valor da empresa considerando a produtividade agrícola pessimista.. 104

22 Cenários de preços............................................................................. 104

23 Valor da empresa e preços dos produtos .... ....... ...... ........ .... ...... ... ...... 105

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LISTA DE QUADROS

Página

1 Tipos de Açúcar e Álcool........................................................... ........ 4

2 Principais Transações F&A no setor sucroalcooleiro . ........ ...... ........ 13

3 Critérios de Avaliação para diversos itens patrimoniais ................... 24

4 Representação esquemática do cálculo do valor presente.............. 25

5 Fluxos de Caixa do ponto de vista da Empresa............................... 29

6 Fluxos de Caixa Livre do ponto de vista do acionista...................... 29

7 Visualização do Fluxo de Caixa no horizonte de tempo n ............... 50

8 Produção da empresa agrícola......................................................... 74

9 Produção da empresa industrial........................................................ 86

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VALOR DE EMPRESAS DO SETOR SUCROALCOOLEIRO:

RESUMO

UM MODELO DE AVALIAÇÃO

Autor: RICARDO DE ASSIS PERINA

Orientador: Prof. PEDRO CARVALHO DE MELLO

O processo de desregulamentação do setor sucroalcooleiro na década

de 1990, induziu os empresários a buscar alternativas que visam a

sobrevivência e o crescimento da firma num ambiente de livre mercado. Fusões

e aquisições têm sido uma das soluções de adequação a essa nova realidade.

A concretização dos negócios de transferências patrimoniais exige, no entanto,

parâmetros econômicos que permitam a determinação do valor da empresa em

questão. Este trabalho tem por objetivo a construção de um modelo de

determinação desse valor, a partir do estudo e seleção de um método, validado

pela teoria econômica e aceito pelo mercado. O método selecionado utiliza o

valor presente líquido dos fluxos de caixa projetados num determinado período

de tempo, e descontados a uma determinada taxa de juros representativa da

classe de risco do setor. A construção do modelo exige o conhecimento de

peculiaridades das empresas do setor, que são caracterizadas por um parque

industrial com pesados investimentos em ativos fixos, e que dependem de

grande quantidade de matéria prima, a cana de açúcar, oriunda de grandes

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xiii

extensões de áreas agrícolas adjacentes ao parque, de maneira a se viabilizar

a logística de transportes. Sugere-se, para efeito de cálculo, a segmentação

das empresas em agrícola e industrial, construindo-se fluxos de caixa

independentes, onde a empresa agrícola é fornecedora de matéria-prima, e a

indústria compradora e processadora. Com os dados obtidos em pesquisa de

campo numa unidade considerada padrão , ou seja, com uma determinada

capacidade de moagem de cana de açúcar, com um dado mix de produção de

açúcar e álcool, e com a utilização de um modelo implementado em software

Excel, chega-se aos valores presente líquido dos fluxos de caixa das empresas

agrícola e industrial. Deduzindo-se destes valores o valor das dividas líquidas,

se obtém o valor líquido da empresa. Considerando-se que o valor da empresa

é obtido a partir de valores futuros, e portanto incertos, o modelo permite

diversas simulações a partir de cenários que analisam a sensibilidade dos

valores à mudanças nos parâmetros técnicos e econômicos.

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VALUE OF CDMPANIES DF THE SUGAR ANO ALCOHOL SECTOR:

SUMMARY

AN EVALUATION MOOEL

Author: RICARDO DE ASSIS PERINA

Adviser: Prof. PEDRO CARVALHO DE MELLO

The process of desregulation of the sugar and alcohol sector in the

decade of 1990, induced entrepreneurs to search alternatives that aim the firm's

survival and growth in an environment of free market. Mergers and acquisitions

have been one of the solutions of adequacy to this new reality. The realization

of patrimonial transferences' businesses demands, h oweve r, economic

parameters that allow the determination of the value of the company in

questiono This work has for objective the construction of a model of this value

determination, from the study and election of a method validated for the

economic theory and accepted for the market. The selected method uses the

liquid present value of cash flows projected in one determined period of time,

and discounted to one determined tax of interests that is representative to the

risk class of the sector. The models' construction demands the knowledge of

the companies peculiarities, which are characterized by an industrial park with

heavy investments in fixed assets, and they depend on a great amount of raw

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xv

material, the sugar cane, deriving of great extensions of agricultural areas that

are adjacent to the park, to make the transport logistics possible. It is suggested,

for calculation effect, the segmentation of the companies in agricultural and

industrial companies, making independent cash flows, where the agricultural

companies are raw material suppliers, and the industry is the purchaser and

processor one. With data from field research and from an unit considered a

standard unit, that means, with a determined capacity of sugar cane crushing ,

with a certain mix of sugar and alcohol production, and with the use of a Model

implemented in Excel software, arrives it to the liquid present values of the

agricultural and industrial companies cash flows. Deducing of these values the

value of liquid debts, it gets the company liquid value. Considering that the

company value is gotten from future values, and therefore uncertain values, the

model allows a lot of simulations from scenes that analyze the sensitivity of

values to changes of technical and economic parameters.

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1 INTRODUÇÃO

Na década dos anos 1990 a economia brasileira passou por

significativas transformações, onde a busca da competitividade num mercado

globalizado foi a tônica das estratégias das empresas. No setor sucroalcooleiro,

com a eliminação do sistema de preços administrados, não tem sido diferente.

Após a desregulamentação, o setor passou a atuar num ambiente de livre

mercado, o que exige dos administradores novas estratégias que visem não só

a sobrevivência como também o crescimento da firma. Entre as diversas

alternativas de inserção neste mercado, as empresas têm optado pela sua

reestruturação através de aquisições e/ou fusões, resultando nos últimos anos

em um significativo número de transferências acionárias. No presente trabalho

pretende-se construir um modelo adequado de avaliação de empresas no setor

sucroalcooleiro, fornecendo dados que auxiliem a tomada de decisões dos

agentes envolvidos nessas negociações.

1.1 Aspectos recentes do setor sucroalcooleiro

A indústria sucroalcooleira, de acordo com dados obtidos em

Guilhoto et aI. (2001), tem expressiva participação na economia brasileira sendo

responsável por algo em torno de 3% do PIB ou R$ 30.216 milhões em valores

de 1999, representando 11,2% do movimento dos agronegócios. O setor tem na

cana-de-açúcar a sua principal matéria-prima, que é produzida em áreas

agrícolas localizadas próximas da unidade de processamento industrial.

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2

Isso e os pesados investimentos em ativos fixos,máquinas e equipamentos

conferem-lhe uma especificidade, influenciando e condicionando o tamanho

ótimo das unidades produtoras, determinando características peculiares quanto

à configuração da estrutura de produção. Geograficamente,as unidades

industriais estão distribuídas principalmente na região centro-sul, nos estados

de São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato

Grosso do Sul e Goiás. Na tabela 1 pode-se verificar que em média, cada

unidade processou 1.118 mil toneladas na safra 2001/02. O complexo industrial

nesta região está representado por 217 unidades que processaram 242.610 mil

toneladas na safra 2001/02. Verifica-se que a quantidade processada pelas 50

maiores unidades teve um acréscimo de 9.333 toneladas o que no entanto,

representou uma diminuição proporcional ao total industrializado, passando de

51.75% para 48,00%.

Tabela 1. Processamento de cana-de-açúcar nas safras de 2000/01 e 2001/02.

Safra 00/01 Safra % Variação

Processamento (1 OOOt) 207.069 242.610 35541

Total de unidade 220 217 3

Média de processamento (1000t) 941 1118 177

Processamento das 50 maiores 107.166 116.499 9333

Participação das 50 maiores 51,75% 48,00 % 3,75

Fonte: União das Destilarias do Oeste Paulista - UDOP (2002)

Na safra 2001/02 com dados obtidos no site da UDOP - União das

Destilarias do Oeste Paulista (2002), a partir do "ranking" de produção nas

principais unidades processadoras, mostrada parcialmente na tabela 2, calcula-

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3

se os índices de concentração 1 C4 e Ca, conforme metodologia utilizada por

Marques (1992), respectivamente 9,05% e 15,56%.

Tabela 2. Ranking das dez maiores unidades processadoras de cana na região Centro-Sul em toneladas.

Safra 00/01 Safra 01/02

Ranking Um.Processadora Cana Ranking Uno Processadora Cana

1 São Martinho 5313581 1 Da Barra (SP) 5821092

2 Santa Elisa 5074654 2 Santa Elisa (SP) 5637141

3 Da Barra 4930166 3 Itamarati (SP) 5270109

4 Bonfim 3981008 4 São Martinho (SP) 5239159

5 Vale do Rosário 3822169 5 Vale do Rosário (SP) 4054867

6 Itamarati 3677914 6 Bonfim (SP) 3957066

7 S. João - Araras 3247780 7 Barra Grande (SP) 3947349

8 S.José - Macatuba 3167860 8 S. José - Macatuba 3824873

9 Barra Grande 3086609 9 Nova América (SP) 3642812

10 Nova América 2846447 10 S. João - Araras {SP} 3253493

Fonte: UDOP (2002)

O setor tem no açúcar e no álcool seus principais produtos,

ofertando ainda subprodutos tais como, melaço, torta de filtro para fertilização,

levedura para produção animal, bagaço para fins energéticos, óleo fúsel,

vinhaça para fertirrigação, além de energia elétrica gerada a partir do bagaço.

Novos produtos buscando diferenciação são ofertados visando-se a agregação

de valores. Assim, álcool gel, açúcar orgânico, new sugar (desenvolvido pela

usina da Barra) e outros aparecem como novas alternativas de mercado. O

quadro 1 relaciona os principais tipos de açúcar e álcool comercializados pelo

setor.

4

L,Q, C4 = 1=1 n ,Sendo Q = Quantidade matéria prima processada, i = unidades industriais, e

L,Q, 1=1

n = número de unidades.

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4

Tipos de Açúcar Tipos de Álcool

Grupos Subgrupos Grupos Subgrupos

Amorfo Açúcar Refinado Glaçúcar

Granulado Combustível e Álcool anido outros fins

Açúcar Líquido Xarope invertido Xarope simples

Açúcar Orgânico

Açúcar Demerara Álcool Hidratado Combustível e outros fins

Açúcar GC (granulometria controlada)

Cristal standard Açúcar Cristal Cristal superior Álcool gel

Cristal especial

Quadro 1 - Tipos de açúcar e álcool.

Fonte: União da Agroindústria Brasileira - Unica (2002)

Grande parte da produção do açúcar, 53% conforme a FNP

(2001), destina-se ao setor externo. Segundo Moraes (2000) as exportações

brasileiras cresceram 18,8% a.a. no período de 1988 a 1998, sendo o Brasil o

maior exportador mundial. Entre as diversas razões que levaram o país a

aumentar sua participação no mercado externo, têm-se os baixos níveis de

preços internos ocorridos na década de 1990, assim como fácil acesso ao

crédito vinculado à exportações futuras, através dos Aee ou pré-pagamento

contra garantias. Os preços têm como referências a bolsa de Nova York

(NYBOT), nos tipos VHP ou "Raw" (demerara). O refinado e cristal são

referenciados na Bolsa de Mercado de Futuros em Londres (L1FFE). A tabela 3

mostra a distribuição dos principais tipo de açúcares exportados, sendo o

principal deles o açúcar VHP representando em 2001 cerca de 60% do volume

exportado.

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Tabela 3. Exportação de açúcar (toneladas).

Açúcar

Refinado

Cristal

Demerara

VHP

Total

Fonte: UDOP (2002)

2000

400.600

1.299.014

1.018.798

3.778.569

6.496.981

5

2001

604.500

1.961.945

1.820.890

6.341.778

10.729.113

Analisando-se dados da DATAGRO apud ALCOPAR (2002),

verifica-se que o volume de exportações de açúcar se mantêm com tendência

crescente, embora no ano de 2000 com a queda de safra tenha havido uma

redução no volume exportado. Para 2002 estima-se algo em torno de 12

milhões de toneladas. A Tabela 4 mostra a quantidade exportada, o valor das

exportações em dólares, bem como o preço médio ponderado.

Tabela 4. Evolução das exportações brasileira.

Ano Mil toneladas U$ milhões Preço Médio (

U$/t)

1997 6377 1771,32 277,75

1998 8372 1940,84 231,81

1999 12124 1909,75 157,52

2000 6506 1199,11 184,30

2001 11173 2279,06 203,98

Fonte: DATAGRO citado por ALCOPAR (2002)

Os preços do açúcar mercado externo,em dolares por tonelada,

segundo a ALeOPAR (2002) com dados da DATAGRO, nos anos 2000 e

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6

2001 variaram no intervalo de U$148,94 à U$226,84 podendo ser

visualizados na figura 1.

U$240

220

200

180

160

140

120

100+-----~----~------~----~----~~----~----~

jan/OO abr/OO jul/OO ouUOO fev/01 mai/01 agol01 dez/Oi

período

Figura 1 - Evolução dos preços das exportações de açúcar 2000 à 2001.

Fonte: Base de dados ALCOPAR (2002)

No mercado interno, o crescimento da demanda é estimada pela

Única (2002) em 2% a.a., depende basicamente do consumo da indústria de

alimentos. O consumo per capita está em 56,2 kg/hab segundo a empresa

LMC (2002).

Os preços do açúcar no mercado interno, em moeda nacional,

segundo dados do indicador do CEPEA-ESALQ(2002) variaram entre

R$13,80 à R$30,33 , a saca de 50 kg, no período de maio/1997 à

outubro/2002 . A figura 2 ilustra as variações de preços ocorridas no período.

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7

Essas variações dependem dos preços externos como também do volume de

safra e época do ano.

R$ $35,00

$30,00

$25,00

$20,00

$15,00

$10,00

$5,00

$0,00 +---_____.------,-------~---~---~--_____.--

abr-97 jan-98 nov-98 set-99

período

jul-OO mai-01 mar-02

Figura 2 - Indicadores de preços do açúcar no mercado interno no período de

1997-2002/ (sc 50kg).

Fonte: Centro de Estudos e Pesquisas em Economia Aplicada - CEPEA (2002)

o álcool anidro e hidratado destinam-se, principalmente ao

mercado interno, compondo a matriz energética do país. O álcool anidro tem

sido adicionado à gasolina em proporção que varia de acordo com a política

governamental de abastecimento de combustível.

Os dados plotados na figura 3 ilustram uma correlação positiva

existente entre os preços do álcool anidro e do álcool hidratado. Tem-se

observado que a produção de álcool anidro, considerando-se os valores de

equivalência do ATR , utilizado para sua produção, tem melhor remuneração

que a do álcool hidratado. Isso é facilmente explicado pela queda no consumo

deste, em razão da obsolescência da frota movida exclusivamente à álcool.

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R$

8

Comparativamente, a produção de açúcar tanto para o mercado interno como

externo tem tido melhor remuneração que a do álcool, conforme Marjotta­

Maistro (2002). No estudo de Costa (2000), verifica-se influência dos preços do

açúcar e do álcool anidro nos preços do álcool hidratado. Assim os

empresários têm direcionado novos investimentos, em usinas de açúcar e

mesmo em colunas de destilação do álcool anidro.

--M

o,a '" w w AH

0,7

0,6

0,5

0,4

0,3

0,2

0,1

O+--~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~~-~--.

fev-99 mai-99 a90-99 nov-99 mar-OO jun-OO set-OO jan-01 abr-01 jul-01 out-01 fev-02 mai-02 a90-02

perfodo

Figura 3 -Indicadores de preços de álcool anidro e álcool hidratado no período

de fevereiro de 1999 à setembro de 2002.

Fonte: CEPEA (2002)

Segundo a ANP (2002), no ano 2001 a comercialização nacional de

álcool etílico hidratado foi realizada por 165 distribuidoras. O índice de

concentração C4 totalizou 40,07% e o índice Ca 60,35%, mostrando alto grau de

concentração deste mercado distribuidor. A tabela 6 mostra a participação das

principais distribuidoras no mercado de álcool hidratado.

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Tabela 5. Participação das principais distribuidoras no mercado

de álcool hidratado.

Distribuidora

BR

Ipiranga

Esso

Shell

Texaco

Acelub

Maçom

Petrosul

Petro-Garças

Outras

Fonte: ANP (2002)

Participação %

13,3047

10,5752

8,4339

7,7549

6,7239

6,1065

4,4540

2,9956

2,4019

34,6333

9

Numa análise conjuntural no ano de 2002, segundo o

CONSECANA, os preços do açúcar mantiveram-se com tendência estável e

mesmo crescente indicando que as unidades industriais nesta safra,

direcionariam o máximo de matéria-prima para a fabricação de açúcar,

utilizando-se de sua capacidade plena. Os preços do álcool anidro e do

hidratado, por outro lado, com o aumento da oferta em maio e junho aliado a

uma expectativa de maior produção de cana na safra 2002/03 tiveram declínio

nos preços que recuperaram-se apenas a partir do mês de agosto . A tabela 6

mostra os valores médios dos produtos no Estado de São Paulo. Conforme o

CEPEA ( 2002 ) os preços do açúcar em outubro de 2002 atingiram R$ 40,00 a

saca de 50 kg.

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10

Tabela 6. Preços dos produtos da cana-de-açúcar.

AMI AME-Bco AME-VHP AAC AHC AAI AHI

Mês R$/saco R$/saco R$/saco R$/m3 R$/m3 R$/m3 R$/m3

Maio 20,69 15,79 14,19 570,78 491,07 577,65 505,76

Junho 18,76 17,69 15,66 483,72 406,99 522,12 422,87

Julho 19,2 18,94 15,77 469,25 387,05 455,42 392,81

Agosto 22,95 19,88 17,85 493,71 421,57 489 418,58

Setembro 24,25 22,33 20,14 569,86 484,96 568,68 490,09

Fonte: CONSECANA (2002a)

Segundo a DATAGRO apud UDOP (2001), a indústria

sucroalcooleira tem crescido quanti e qualitativamente. No período de 1990 à

1998 a produção de cana-de-açúcar cresceu 3,98% a.a., enquanto a produção

de ART (Açúcares Redutores Totais) cresceu 4,83%. Neste período a produção

de açúcar cresceu 10,41%, a de álcool anidro 17,74%, enquanto o álcool

hidratado decresceu 2,84% a.a ..

Na reglao centro-sul, responsável pelo processamento de

praticamente 80% da matéria-prima, com dados da UDOP (2002), pode-se

verificar, conforme tabela 6, que a produção de cana-de-açúcar, a partir da

safra 1993/94, até a safra 2000/01 teve um crescimento2 de 3,9% a.a. A

produção de açúcar, neste mesmo período, teve um crescimento de 11,4% a.a.,

enquanto a de álcool anidro teve um crescimento de 13,57% a.a. e o álcool

hidratado um decréscimo de 7,18% a.a. A queda no consumo de álcool

hidratado está associado à redução no número de veículos movidos

exclusivamente com este produto.

2 Taxa de crescimento calculada conforme Gujarat( 2000 ); r = eBz -1 , onde r = taxa de crescimento B2 = inclinação do coeficiente de regressão, e = exp.

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11

Tabela 7. Evolução da produção (Centro-Sul).

Ano Cana (t) Açúcar (se) Álc.Anidro (m3) Álc.Hid.(m3

)

1993/94 184.088.464 7.008.673 2.378.810 7.993.866

1994/95 196.314.744 8.515.061 2.575.864 8.571.303

1995/96 203.944.477 9.315.315 2.588.202 8.260.971

1996/97 231.604.080 10.478.385 3.834.636 8.278.971

1997/98 249.691.936 11.384.396 4.779.591 8.482.987

1998/99 269.827.990 15.179.824 4.802.532 7.478.459

1999/00 263.948.899 16.899.838 5.393.194 6.241.040

2000/01 207.068.849 12.631.848 4.802.385 4.261.979

Taxa de crescimento 3,91 11,44 13,57 -7,18

Fonte: UDOP (2002)

1.2 O mercado livre e os negócios no setor sucroalcooleiro

Por sua importância, diversos autores têm realizado estudos

enfatizando a inserção do setor no contexto do livre mercado, entre eles Moraes

(2000) procurando identificar as características das transações e os arranjos

contratuais emergentes mais eficientes, e as tendências de reorganização da

cadeia produtiva dada a mudança do ambiente institucional.

A atual estrutura de produção sugere busca de alternativas que

visem a economia de escala através de fusões e/ou aquisições na indústria,

economia de escopo e, diferenciação de produto. A co-geração de energia vem

recebendo novos investimentos, sendo que Souza (2000) relata as condições

necessárias para viabiliza-Ios. Em 1999 já haviam 28 unidades industriais do

setor cadastrados no MAE - Mercado Atacadista de Energia.

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12

Visando-se maior competitividade têm-se observado aquisições,

fusões e formação de parcerias estratégicas no setor, com finalidades

simultâneas ou não de:

a) Economia de escala na comercialização, visando-se ocupar

espaços antes dominados por tradings no mercado internacional e aumentar

poder de mercado no caso do álcool.

b) Economia de escala atraves da concentração de ordem

administrativa e poder de mercado na compra de insumos.

c) Economia de escopo em casos de co-geração de energia.

d) Vantagens fiscais obtidas na comercialização de produtos em

diferentes estados do país.

Para se ter idéia do volume de negócios ocorridos no setor, a

partir de 1997 até meados de 2002 foram registradas 30 fusões e/ou

aquisições, sendo que 20 delas ocorreram a partir do ano de 2000 coincidindo

com a total desregulamentação do mercado, conforme detalhamento mostrado

na quadro 2. Pode-se ainda constatar que o maior número de transações

ocorreram no Estado de São Paulo, evidenciando também migração de grupos

tradicionais da região nordeste para a região centro-sul e de grupos

estrangeiros que operam no setor sucroalcooleiro atraídos provavelmente pelas

vantagens competitivas desta região, tais como, mercado consumidor,

produtividade e economias externas.

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13

Empresa Alvo Estado Data Comprador

São Geraldo São Paulo OuU97 Usina Santa Elisa

Santo Alexandre São Paulo 1997 IpiranQa

Usina Santa Olinda Mato Grosso do Sul 1997 Grupo J.Pessoa

Usina Amália/ Usina Sta.Rosa São Paulo 1998 Usina da Pedra

Usina Adelaide São Paulo Jun/98 Usina da Barra

Açucareira da Serra São Paulo Jun/98 Cosan

Usina Diamante São Paulo Jun/98 Cosan

Usina Iracema São Paulo 1999 Usina São Martinho

Usina SanaQro São Paulo 1999 Grupo J.Pessoa

Usina São José São Paulo 1999 Grupo Antonio Farias

Usina Rafard São Paulo 2000 Cosan

Usina Benalcool São Paulo Abr/OO Grupo J.Pessoa

Usina Delta Minas Gerais Mai/OO Grupo Carlos Lyra

Usina Criciumal São Paulo SeUOO Coimbra/ Dreyfus

Usina Ipaussu S/A Açúcar e São Paulo Nov/OO FBA - Franco BrásAA.

Destilaria Vale do Rio Turvo São Paulo Dez/OO José Duarte Silveira Barros

Alcovale D.vale Quitério Mato Grosso do Sul Jan/01 Unialco

Usina Portobello Santa Catarina Jan/01 Glencore

Usina Alcomira São Paulo F evr/O 1 Márcio André Pavan

Univalem São Paulo Abr/01 FBA - Franco BrásAA.

Destilaria ÁQua Limpa São Paulo Mai/01 Grupo Petribu

Usina Guarani São Paulo Jun/01 BeQhin Say (EBS)

Usina Luciânia Minas Gerais AQo/01 Coimbra Dreyfus

Usina Santo Antonio São Paulo SeU01 FBA - Franco Brás AA

Alta Paulista São Paulo 2001 José Luiz P.Ribeiro Barros

Açucareira da Serra São Paulo 2001 Cosan

Gasa São Paulo 2002 FBA - Franco Brás AA

Bela Vista São Paulo 2002 Bazan

Oeste Paulista São Paulo 2002 JorQe Cavalcante

Generalco São Paulo 2002 Aralco

Quadro 2 - Principais transações F&A no setor sucroalcooleiro.

Fontes: Pasin e Neves (2002), Lopes (2002) e pesquisa de campo

No âmbito da comercialização começam a se destacar grupos que

se unem objetivando maior poder de barganha, destacando-se além da

COPERSUCAR, o grupo COSAN, o Sindicato da Indústria Sucroalcooleira do

Mato Grosso do Sul, Grupo J Pessoa, CRYSTALSEV, entre outros. Uma

parceria estratégica no Estado do Paraná permitiu a construção de entreposto

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14

de embarque de açúcar no Porto de paranaguá , visando-se redução de custos

de comercialização.

A Gazeta Mercantil (2001) e Pasin e Neves (2002) mostram na

tabela 8, a moagem de cana de açúcar por grupo econômico, com indicação

evidente da reestruturação do mercado produtor, caracterizando um modelo

com maior grau de concentração, o que não significa necessariamente redução

no número de unidades produtoras. Os dados mostram que mesmo com essa

re-alocação os valores C4 e Ca, respectivamente 17,09% e 26,07% não refletem

um elevado nível de concentração mostrando espaço para novos negócios no

setor.

Tabela 8. Maiores processadores de cana-de-açúcar na região Centro-Sul

considerando-se grupos econômicos (2000/01).

Grupos Econômicos

1 Cosan 2 Cia. Energética Sta. Elisa 3 São Martinho 4 Zillo Lorenzetti 5 Da Barra 6 Açucareira Corona 7 Nova América

Mat.prima processada

(mil t)

12001 8511

7463 7431 5807 4747 4684

Fontes: Concentração ... (2001), Pasin e Neves (2002)

1.3 O que se pretende com esse trabalho

Grupos Econômicos

8 Pedro Biagi 9 Alto Alegre 10 S. João (Araras) 11 Vale do Rosário 12 Santa T erezinha 13 Usinas Itamarati 14 J.Pessoa

Mat.prima processada

(mil t)

4636 4556 4305 4162 3846 3678 3662

Neste contexto de mudanças, no qual as aquisições e fusões se

destacam, surge o problema da determinação do valor da empresa objeto de

negociação. Na busca de parâmetros coerentes que diminuam os problemas de

assimetria de informações entre as partes negociadoras, torna-se importante o

estudo dos diversos métodos de avaliação de empresas e seleção de um

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15

método adequado que, responda as principais questões relativas à precificação

desses ativos.

A prática da determinação do valor da uma empresa pode ser útil

então, em situações que requeiram:

a) Estimar o resultado da realização de novos investimentos;

b) Estimar valores de compra e venda, fusões ou parcerias

estratég ias;

c) Definir metas e monitorar desempenho analisando-se

mudanças do valor da empresa.

Deste modo, define-se a seguir os objetivos geral e específicos

. que nortearão a elaboração do trabalho.

Objetivo Geral

Este trabalho tem como objetivo geral estimar o Valor Presente de

uma empresa do setor sucroalcooleiro, a partir da especificação e levantamento

de dados das principais variáveis direcionadoras que influenciam a formação do

fluxo de caixa atualizado.

Objetivos Específicos

Como objetivos específicos pretende-se:

• Analisar os diversos métodos de avaliação econômica;

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16

• Verificar a consistência desses métodos com a teoria

econômica;

• Selecionar o método mais consistente adequando-o ao estudo;

• Elaborar um modelo para aferição do valor para a indústria

sucroalcooleira;

• Implementar o modelo em software, de modo simples e que

possa ser utilizado e adequado pelo próprios interessados, em situações onde

os parâmetros utilizados não representem a realidade daquela Empresa.

Justificativa e metodologia do trabalho

Embora uma transação de compra e venda ou fusão envolva

recursos de expressiva ordem, há pouca disponibilidade de conceitos e

informações objetivas que facilitem a determinação de um valor adequado no

negócio de empresas do setor sucroalcooleiro.

A partir do referencial teórico de Mondigliani, Miller eM. J. Gordan

utilizados em estudos de Millan (1992), Falcini (1995), Copeland et aI. (2000),

Damodaran (2001), Martins (2001) e Mattos(2001) o trabalho será estruturado

em capítulos, sendo que no capítulo 2, pretende-se analisar os diversos

métodos de avaliação econômica, para em seguida no capítulo 3, verificar a

consistência teórica do método selecionado. Nos capítulos 4 e 5 pretende-se,

respectivamente, levantar as informações, estruturar o modelo com uso do

software excel, e discutir os resultados obtidos. Para isso utilizar-se-ão

informações obtidas em uma empresa do setor sucroalcooleiro, cuja planta

representa uma unidade padrão na atual estrutura do setor.

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2 MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DO VALOR DA EMPRESA

No presente capítulo, pretende-se verificar os diversos métodos

elencados na literatura e que possam ser utilizados para avaliação da empresa.

A pesquisa bibliográfica relata um grande número de métodos que

visam determinar o valor de uma empresa. Muitas vezes, com nomenclatura e

metodologias diferentes, resultam valores semelhantes.

Martins (2001) afirma que, as diversas alternativas de avaliação

não são conflitantes entre si ou substitutivas uma de outras, podendo haver

integração entre diversos métodos.

A primeira grande dificuldade na valorização de uma empresa é

que ela não é um ente estático, mas acima de tudo depende de seres humanos

responsáveis pela criação de uma cultura interna que leve a interação dos

diversos fluxos e processos, objetos da atividade da mesma. Isso justifica o fato

de que muitas vezes o valor de empresa está acima daquele que é resultado da

soma dos deveres e obrigações que compõem o patrimônio líquido.

"Uma avaliação econômica, ao contrário do que possa parecer,

não é uma fixação concreta de um preço ou valor específico para um bem, mas

é uma estimativa de base, uma tentativa de estabelecer, dentro de uma faixa,

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18

um valor referencial de tendência, em torno do qual atuarão as forças de

mercado; é um ponto de referência muito importante para a análise e

compreensão das diversas forças que movimentam e motivam os indivíduos,

em economias livres e eficientes, nas suas relações de troca."FALCINI (1995, p

15)

"Uma avaliação econômica, ao contrário do que possa parecer,

não é uma fixação concreta de um preço ou valor específico para um bem, mas

é uma estimativa de base, uma tentativa de estabelecer, dentro de uma faixa,

um valor referencial de tendência, em torno do qual atuarão as forças de

mercado; é um ponto de referência muito importante para a análise e

compreensão das diversas forças que movimentam e motivam os indivíduos,

em economias livres e eficientes, nas suas relações de troca." FALCINI (1995, P

15)

Esse autor enfatiza dois fatores de importância para uma boa

avaliação o que muitas vezes dificulta a obtenção de resultados adequados.

o primeiro é o da utilidade que o empreendimento representa para

o indivíduo, que pode ser objetiva ou subjetiva. No que diz respeito à utilidade

objetiva de um empreendimento, a avaliação está assentada na realidade dos

números e cifras. A utilidade subjetiva, no entanto, pode apresentar-se com

valores decorrentes de interesses não só econômicos, mas muitas vezes

interesses pessoais, não traduzíveis para números realistas.

o segundo fator refere-se a qualidade das informações relevantes

sobre a empresa, no que tange às suas políticas e decisões de investimento,

financiamento e dividendos, que influirão no resultado futuro do

em preend imento.

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19

Segundo Martins et aI. (2001), a avaliação de uma empresa se

inicia pelas demonstrações contábeis, que podem ser ajustadas para obter-se o

valor econômico da empresa. No entanto, diversas críticas à sua utilização,

listadas a seguir, dificultam a aproximação de um valor adequado.

1. Os relatórios contábeis normalmente se baseiam em custos

históricos afastados dos valores correntes;

2. Alguns itens, principalmente as contas à receber, estão

contabilizados por seu valor futuro, quando o adequado seria o valor presente;

3. O conservadorismo tende a subestimar os valores dos ativos;

4. Existem várias operações relevantes que normalmente não são

registradas, tais como: arrendamento mercantil, posições em derivativos,

garantias, goodwill etc.

O capital intelectual, por exemplo, não é contemplado no uso

dessas demonstrações.

De acordo com Falcini (1995) o valor de um ativo pode ser

medido, basicamente, por dois métodos:

a) Estimativa de valor matemático intrínseco que corresponde a

uma estimativa do preço possível de uma eventual venda de um bem ou direito

no mercado, no estado em que se encontram;

b) Estimativa do valor de rendimentos líquidos descontados ao

valor presente a um determinado custo de oportunidade ou custo de capital;

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20

o segundo método é chamado pelo autor de valor econômico

relevante, ou do valor presente líquido. O valor economicamente relevante de

um investimento, no enfoque de rendimentos, é uma função do retorno

esperado desse investimento e de seu correspondente risco. Uma avaliação

devidamente fundamentada norteia o processo de tomada de decisão do

investidor em empresa que se revele eficiente através da sua capacidade

operacional de gerar rendimentos com menor risco possível, maximizando

assim o seu valor.

o cálculo do valor econômico está associado à presença de

incertezas, pois o processo de cálculo do valor presente envolve estimativa de

benefícios econômico futuros e, portanto, incerto. A busca de informações neste

sentido é fundamental para estimativas de valor econômico racional.

FALCINI (1995, p37) chama atenção para o fato de que '~

qualquer ponto do tempo, uma empresa é um conjunto de projetos de

investimento em andamento, cada qual num determinado estágio de geração

maior ou menor, de fundos de caixa, função de seus ciclos econômicos e de

vida".

o autor visualiza a empresa separando-a por atividades

econômicas classificando-as como: monetárias, operacionais, investimentos e

financiamentos com recursos próprios ou de terceiros. A primeira refere-se a

situação de liquidez da empresa. A segunda define a capacidade produtiva e o

nível tecnológico da mesma. Os investimentos são aqueles necessários para

manter ou aumentar esta capacidade e a última mostra o grau de alavancagem

e sua influência no valor da empresa.

Conforme Clemente (1999), o Valor Final da Empresa é obtido

pela soma do Valor Presente Líquido, Valor Residual e Valor dos Créditos ou

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21

Débitos Fiscais que compõem o Valor Operacional da Empresa. A esse valor

soma-se o Valor dos Ativos Não Operacionais, o Valor das Aplicações

Financeiras deduzidas do Valor Atual do Endividamento.

Com o uso de técnicas comparativas de mercado, em ativos e

passivos contábeis ajustados e desconto de fluxos futuros dos benefícios

líquidos Martins et alo (2001) listam os principais métodos de avaliação

econômica, expostos a seguir:

2.1 Método de Valor Contábil

o modelo de avaliação patrimonial contábil está baseado na soma

algébrica dos ativos e passivos exigíveis, mensurados em conformidade com os

princípios contábeis tradicionais.

Esse modelo pode ser representado pela equação:

Valor da

empresa

Ativos

contábeis

Passivos

exigíveis

contábeis

Patrimônio

Líquido

(1)

Por ativos contábeis entende-se como a soma dos ativos

circulante, realizável à longo prazo e o permanente. No item passivos exigíveis

incluem-se o circulante, o exigível à curto e longo prazo.

Martins et alo (2001), sugerem que os valores apresentados nas

peças contábeis devem ser adequados, para melhor representação do valor

patrimonial, pelos seus preços passados, presentes ou futuros. O primeiro

representa o custo histórico, o segundo o custo corrente e o terceiro o custo de

reposição futuro. Esses mesmos valores podem ser representados pelos

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22

preços de entrada, obtidos nos segmentos de mercado onde a empresa capta

recursos, ou pelos valores de saída obtidos nos segmentos do mercado onde a

empresa fornece os produtos.

No entanto, este método é suscetível à críticas, sendo que a

principal delas está relacionada às distorções resultantes da legislação tributária

que utiliza indicadores de correção inflacionária inadequados à realidade das

peças contábeis Martins (2000) considera que o método de avaliação

patrimonial pode ser utilizado desde que se incluam a inflação e o custo de

oportunidade, tratando, pois, o assunto de forma intertemporal.

Martins (2000) considera ainda que, os diversos métodos de

avaliação de empresas podem ser utilizados desde que se considerem dois

itens de fundamental importância, que é a inflação e o custo de oportunidade,

tratando, pois, o assunto de forma intertemporal. O autor conclui que os

métodos com base na avaliação contábil, e do valor presente líquido são

complementares e não devem ser tratados isoladamente, e que a pesquisa e a

prática devem buscar modelos integradores, pois todos os métodos buscam um

único objeto que é o caixa.

2.2 Método de Valor de Reposição ou Reconstituição

Esse método refere-se ao valor correspondente aos recursos

necessários para a aquisição, dentro de condições normais de todos os bens

possuídos pela empresa idênticos aos existentes. Tal método, muitas vezes

utilizado é criticado, pois uma empresa pode estar melhor localizada com

melhores condições de abastecimento e de mão-de-obra e, embora com as

mesmas características tecnológicas possui desempenho superior a outra. São,

portanto, empresas semelhantes com valores diferentes. Além disso, a

construção de uma nova empresa demanda tempo, que pode estar associado a

Page 39: VALOR DE EMPRESAS DO SETOR SUCROALCOOLEIRO: UM … · Empresas agrícolas (Avaliação) 3. Indústria açucareira (Economia) 4. Indústria agrícola ... A equipe de colaboradores

23

um custo de oportunidade intertemporal, não quantificável, que pode viesar o

valor obtido.

2.3 Método do Valor de Mercado

Um outro método que é utilizado refere-se à aferição do valor de

uma empresa, comparando a outros negócios em situações semelhantes que

tenham ocorrido recentemente. No entanto, tal critério pode ser utilizado apenas

quando o número de negócios similares ocorre em quantidade suficiente que

permita utilizar os valores como proxy. Além disso, esse método costuma

desconsiderar os benefícios líquidos futuros que a empresa poderia gerar.

Em termos de equação, a avaliação patrimonial pelo mercado

pode ser representada pela equação:

Valor da empresa Ativos ajustados - Passivos ajustados

(2)

Esse método pode ser utilizado em diversas situações onde os

itens patrimoniais possuam características tangíveis e possam ser quantificados

no mercado, como nos exemplos especificados no quadro 3. Nestes casos os

ativos e passivos podem ter seus valores contábeis ajustados pelos preços de

mercado.

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24

Item patrimonial Critério de avaliação proposto

Estoque de matérias-primas Custo de reposição

Estoque de produtos acabados Valor líquido de realização

Contas à receber Valor presente do recebimento futuro

Ajustado a seu valor de mercado, de

Passivo exigível acordo com as condições de crédito e

taxas de juros cordadas.

Quadro 3 - Critérios de avaliação para diversos itens patrimoniais. Fonte: Martins (2001)

2.4 Método de Valor Presente

o quarto método refere-se ao modelo de avaliação econômica que

utiliza o fluxo de caixa obtido pela diferença entre os benefícios e despesas

previstos de uma entidade, num determinado horizonte de tempo, atualizado no

momento presente por uma determinada taxa de desconto, apropriada para

este tipo de empresa.

abaixo:

Algebricamente, o valor presente pode ser obtido pela equação

Onde:

vp= i. Bt-Ct (=0 (1 + ry

VP = Valor Presente;

n = número de períodos projetados;

(3)

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25

t = Período;

Bt = Benefícios obtidos no período t ;

Ct = Desembolsos realizados no período t;

r = Taxa de desconto apropriada a empresa.

o cálculo do valor presente pode ser representado

esquematicamente no quadro 4, onde se obtém os fluxos de caixa nos diversos

períodos, por uma determinada taxa de desconto.

Ano FC Fator de desconto Valor presente (f) FC

O -FCO 1 -FCO

1 Fel 1 FCl * fI

(1 +1')

2 FC2 1 FC2 * f2 (1 + 1')2

N FCn 1 FCn* fn

(1+rt

Quadro 4 - Representação esquemática do cálculo do valor presente.

Fonte: Elaboração do autor, adaptado de Falcini (1995)

Assim, a partir desta disposição analítica, o Valor Presente da

Empresa pode ser representado pela equação:

n

VP =-FCo+ LFCt.ft 1=1

(4)

Onde:

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26

VP = Valor Presente dos Fluxos de Caixa obtidos num horizonte

de tempo n;

FCo = Fluxo de Caixa no período zero,referindo-se a desembolsos

iniciais para adequação da capacidade produtiva correspondente ao programa

de produção proposto;

FCt = Fluxo de Caixa obtido no período t;

FCn = Fluxo de Caixa no último período projetado;

ft = Fator de desconto no período t;

fn = Fator de desconto no período n;

t = período de tempo.

Para Copeland (2000) e Damodaran (2001) e Martins(2001) com o

Método do Fluxo de Caixa Descontado (FCD) pode-se obter o valor da empresa

por três càminhos. O primeiro descontando-se o fluxo de caixa do ponto de

vista da empresa sem considerar os encargos das dívidas ou novos

financiamentos. O segundo, como alternativa deste, desconta-se este fluxo de

caixa a uma taxa apropriada ao risco desta empresa somando-o ao resultado

atualizado das dividas acrescidas dos seus respectivos encargos. No terceiro

desconta-se o fluxo de caixa do ponto de vista do acionista, que é obtido

deduzindo-se do fluxo de caixa do ponto de vista da empresa o valor das

dívidas os seus encargos, e acrescentando-se os novos financiamentos

necessários para manter o nível de alavancagem adequado a empresa. O fluxo

de caixa do ponto de vista da empresa quando esta não possui dividas coincide

com o fluxo de caixa do ponto de vista do acionista.

Tecnicamente, o fluxo de caixa do ponto de vista da empresa é

igual ao seu resultado operacional depois dos impostos, mais custos que não

envolvem desembolso de caixa, menos investimento em capital de giro e capital

fixo. Ele não incorpora os fluxos de caixas relativos a despesas de

financiamento e ou dividendos. Reflete, pois o caixa gerado pelas operações

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27

que está disponível a todas as fontes de capital da empresa, tanto na forma de

capital próprio como de terceiros. Assim, pode-se expressar algebricamente

pela equação:

FC = (RT -CT -DT)(l-te)+Dt+~(CGt +It)

Onde:

RT = Receita no período t;

CT = Despesas desem bolsáveis em t;

DT = Despesas não desembolsáveis em t;

te = Alíquota de impostos;

t = Período de tempo;

~ CGt= Variação de capital de giro em t;

~ It = Variação de capital fixo em t;

(5)

O fluxo de caixa neste caso, representa o potencial de geração de

riqueza dos ativos, independente da sua forma de financiamento, já deduzidas

as parcelas destinadas a novos investimentos e variação no capital de giro.

Chega-se ao valor da empresa caso ela fosse financiada por capitais próprios,

ou seja, não alavancada financeiramente com recursos de terceiros.

No caso de empresas que possuem dívidas, para se chegar ao

valor líquido da empresa pelo método do fluxo de caixa da empresa, é

necessário deduzir-se o valor atualizado destas, descontando-as pelas taxas de

risco do referido segmento de atuação da em presa. Assim:

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VE = VP

Onde:

VE= Valor Líquido da Empresa;

Dívidas

atualizadas

28

(6)

VP= Valor total da empresa, obtido a partir do desconto do fluxo de

caixa do ponto de vista da empresa.

Pode-se também, utilizar o fluxo de caixa descontado do ponto de

vista do acionista para se chegar ao valor líquido da empresa. Eventuais

vantagens fiscais existentes sobre os encargos devem ser acrescidas no fluxo

de caixa, contribuindo positivamente neste caso, no valor líquido da empresa.

Martins et aI. (2001) afirmam que, o valor econômico da empresa

representa o potencial de geração de riqueza que os ativos da empresa

propiciam ou, que se espera que venham a propiciar, independentemente da

. forma em que esses ativos são financiados. Chega-se assim ao valor da

empresa caso ela fosse financiada exclusivamente com capitais próprios. Já o

valor para os acionistas é calculado pelo fluxo de caixa líquido, após,

computados os efeitos de todas as dívidas tomadas para financiar a empresa.

Esse fluxo de caixa representa o valor que realmente está disponível para os

acionistas. Resumidamente pode-se representar os dois tipos de fluxo de caixa

nos quadros 5 e 6 abaixo:

Page 45: VALOR DE EMPRESAS DO SETOR SUCROALCOOLEIRO: UM … · Empresas agrícolas (Avaliação) 3. Indústria açucareira (Economia) 4. Indústria agrícola ... A equipe de colaboradores

Especificação Recebimentos (R) ( -) Despesa (C) = Fluxo de Caixa Op. Bruto (FCOE)

(-) Impostos (te) = FCOE (1- te) (-) Variação nos Investimentos (+) Despesas não desembolsáveis (-) Variação no capital giro (=) FC

Quadro 5 - Fluxos de Caixa do ponto de vista da Empresa.

29

Fontes: Elaborado pelo autor, adaptado de Lapponi (1996), Copeland (2000) e Damodaram

(2001)

Especificação Fluxo de Caixa Operacional (-) Desp.financeiras acrescidas de reduções nos impostos: i (1- te) (-) Amortização financiamento + Novos financiamentos =FCL

Quadro 6 - Fluxos de Caixa Livre do ponto de vista do acionista.

Fontes: Elaborado pelo autor, adaptado de Copeland (2000) e Damodam (2001)

Autores como Finnerty (1999), Galesne et aI. (1999) afirmam que,

o método do valor presente líquido é apropriado ao uso de avaliação de

empresas e desenvolvimento de projetos financeiros, inclusive os "Project

Finance".

Vieira (1998) utilizando-se do instrumental computacional Excel e

da linguagem Visual Basic, avalia economicamente, micro e mini usinas de leite

na região de Marília, Estado de São Paulo utilizando-se do método do valor

presente líquido considerado pelo autor como adequado ao tratamento daquele

assunto.

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30

Martins (2000) considera ainda que os diversos métodos de

avaliação de empresas podem ser utilizados conjuntamente, desde que se

considerem dois itens de fundamental importância, que é a inflação e o custo de

oportunidade, tratando, pois, o assunto de forma intertemporal. O autor conclui

que os métodos com base na avaliação contábil e do valor presente líquido são

complementares e não devem ser tratados isoladamente, e que a pesquisa e a

prática devem buscar modelos integradores, pois todos os métodos buscam um

único objeto que é o caixa.

2.4.1 Custo do Capital

A utilização do método do valor presente exige a escolha correta

da taxa de desconto apropriada a classe de risco da empresa analisada.

Segundo Damodaram (2001) a escolha da taxa incorreta para

descontos dos fluxos de caixa pode levar a um viés no valor da empresa. A taxa

de desconto a ser utilizada na atualização dos valores obtidos nos fluxos de

caixa do ponto de vista da empresa deve refletir o custo de capital de cada uma

das fontes de financiamentos, próprios ou de terceiros, ponderada por sua

contribuição ao capital da empresa. É o chamado custo médio ponderado de

capital. Na composição dele deve-se levar em conta o custo de capital da

empresa que é o custo de oportunidade para o investidor, ou seja, a taxa de

retorno que estes investidores esperam receber em outros investimentos de

risco equivalente. O custo do capital de terceiros refere-se as taxas pactuadas

nos contratos de financiamento.

O custo médio ponderado do capital pode ser representado pela

equação:

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CMPC E D

= re -+ rd -A A

Onde:

CMPC = Custo Médio Ponderado do Capital;

D = Valor dívida;

E = Valor patrimônio líquido;

A = Total ativo;

re = Custo do capital próprio ou custo de oportunidade;

rd = Custo das dívidas pactuadas;

31

(7)

Ao se descontar o fluxo de caixa na ótica do acionista,

Damodaram (2001) recomenda a utilização do custo de oportunidade exigido

pelos detentores do capital, como taxa de desconto. A formação desta taxa

deve englobar uma taxa de mercado considerada livre de risco, acrescido de

um prêmio pelo risco assumido pelo empresário. Na quantificação do prêmio

deve-se levar em conta a volatilidade do mercado em que se insere a empresa,

representada pelo coeficiente ~ , multiplicado pelo spread entre retorno médio

do mercado e a taxa livre de risco.

Onde:

Co = Custo do capital ou custo de oportunidade;

ri = Taxa livre de risco;

(8)

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32

lp = Diferença entre o retorno médio do mercado e a taxa livre de

risco;

~ = Coeficiente relacionado ao risco da indústria.;

No caso de se optar pelo desconto do fluxo de caixa do ponto de

vista da empresa e do respectivo fluxo das dívidas acrescidas dos encargos, a

taxa de desconto utilizada nos dois fluxos deve corresponder ao custo do

capital próprio ou custo de oportunidade, refletindo a classe de risco da

empresa.

É importante salientar que essas taxas de desconto devem

representar valores reais ou deflacionados na medida em que os fluxos de

caixa são projetados em valores constantes.

o Valor Econômico da Empresa cresce em situações onde a taxa

de retorno ou custo do capital próprio seja maior que o CMPC (Custo Médio

Ponderado do Capital). Copeland (2000) simula situações onde, mantendo a

taxa de retorno menor que o custo médio ponderado de capital, o Valor

Econômico da Empresa diminui mesmo com o crescimento do Fluxo de Caixa

Operaciona I.

Para Azevedo Filho (2001) o valor atual dos fluxos líquidos de um

projeto é obtido a partir do desconto da diferença entre fluxos de benefícios e

fluxos de custos, a uma determinada taxa de desconto. Embora reconheça que

este método é o mais consistente dos indicadores disponíveis, traz a limitação

de não apresentar sensibilidade à escala de um empreendimento. A escolha da

taxa de desconto, dependendo de seu valor, pode alternar escolhas entre dois

ou mais investimentos.

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33

2.4.2 Período da Projeção

Copeland et a!. (2000) chamam a atenção para o tempo de

projeção. Como as empresas não têm prazo de duração definido, os autores

recomendam separar a análise do valor em dois períodos. O Valor Econômico

da Empresa é obtido pela soma do Valor Presente dos fluxos de caixas no

período um, que é resultado da projeção no período considerado, e o Valor

Presente do período dois que é chamado também Valor Residual ou Valor da

Perpetuidade.

Para se obter o valor do segundo período, também chamado valor

residual ou valor da perpetuidade, utiliza-se o resultado operacional do último

ano do 1° fluxo de caixa, como o do primeiro ano do 2° período e desconta-se o

mesmo pelo custo médio ponderado de capital, ou pelo custo de oportunidade

dependendo do critério utilizado para se obter o fluxo de caixa de acordo com a

equação:

Onde:

Vr = FC n+l

CMPC

Vr = Valor residual;

ou FC n+l V r = -----"-...:....:..-

CO

(9)

FCn+l = Fluxo de Caixa no período imediatamente seguinte ao

período de projeção;

CMPC = Custo Médio Ponderado do Capital;

CO = Custo de Oportunidade.

Esta equação corresponde àquela utilizada por Azevedo Filho

(2001), que é o valor de ativos com rendimento perpétuo. Importante salientar

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34

que o residual ou perpetuidade entrará na formação do fluxo de caixa do último

ano do 1° período de análise.

Provavelmente, a maior crítica que o método do valor presente

pode receber é a definição do horizonte de projeção dos benefícios e custos.

No entanto, uma boa base de dados com um tratamento adequado das

informações pode contribuir para que este assunto não seja fator limitante da

análise.

Está claro que ao se tratar de previsões, à medida que se projeta

por um número maior de anos, a possibilidade de erros provavelmente

aumenta, mas o fato de se considerar a perpetuidade da empresa em um

período longo faz com que o valor do fluxo de caixa descontado do último

período se aproxime de zero, não influenciando, pois, significativamente, o valor

presente.

Martins et aI. (2001) partindo de um exemplo hipotético mostram

que quando se projeta todas as variáveis com a mesma taxa de crescimento o

valor presente calculado para 254 períodos de fluxo de caixa é igual ao valor

calculado para 10 anos mais a perpetuidade. Copeland sugere o uso de um

período de tempo de 70 anos. Quando se tem taxa de desconto mais elevada,

acima de 10% ao ano, um horizonte de tempo acima de 30 anos pode ser

suficiente para uma boa aproximação do valor da empresa.

o exemplo citado por Martins et aI. (2001) , ou seja, o uso do

critério da perpetuidade, encontra base teórica no modelo Gordon e Shapiro,

apud Bussey (1999), onde o valor presente é obtido pela equação:

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1 Po =Do---­

(Ke-rb)

Onde:

Po = Valor Presente;

Do = Fluxo de Dividendos;

Ke = Custo do Capital;

r = taxa de retorno do capital;

b = taxa de reinvestimento.

35

(10)

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3 TEORIA DA AVALIAÇÃO ECONÔMICA

Falcini (1995) calcula o valor econômico de empreendimentos no

Brasil, tendo como referencial teórico o modelo desenvolvido por Gordon e

proposto por Modigliani e Miller.

Millan (1992) analisa a composição ótima da estrutura de capital

de uma empresa, utilizando-se também do modelo Modigliani e Miller (MM) e do

modelo proposto por Bradley et alo (1984). A partir do relaxamento de

determinadas hipóteses do Modelo MM, principalmente da informação perfeita,

este autor cita trabalhos que procuram justificar uma estrutura ótima de capital

motivado pela existência de custos de falências, possibilidade de expropriação

de riqueza dos credores, a presença do custo de agência e assimetria de

inforlTlações.

Para Modigliani e Miller (MM), citado em Millan (1992), a estrutura

de capital, que é formada pela participação de capital próprio e de terceiros, é

irrelevante para a determinação do valor da Empresa. Este trabalho de MM

definiu a linha de pensamento econômico sobre decisões de financiamentos.

Foram formuladas duas proposições partindo-se das hipóteses citadas a seguir:

• O mercado de capitais é perfeito; isto é, há presença de muitos

compradores e vendedores, não há custos ou taxas de transação, todos os

ativos são perfeitamente divisíveis, e não há regulamentações restritivas;

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37

• Qualquer indivíduo pode emprestar e tomar emprestado à taxa

livre de risco;

• Não há custos de falência;

• A empresa utiliza somente dois tipos de fontes de recursos:

capital de terceiros à taxa livre de risco e capital próprio;

• Todas empresas pertencem a uma mesma classe de risco;

• Impostos sobre lucros das empresas constituem a única forma

de arrecadação do governo, isto é, não há impostos pessoais;

• Todos os fluxos de caixa são perpétuos e uniformes, isto é, não

crescem;

• Todos os indivíduos possuem o mesmo nível de informação;

• Os administradores sempre maximizam a riqueza dos

acionistas.

Assim, proposição I de MM, diz que: "O valor de mercado de

qualquer empresa é independente de sua estrutura de capital e é dada pela

capitalização de seu retorno esperado a taxa apropriada à sua classe de risco".

MILLAN (1992, p.8).

Algebricamente a proposição I pode ser representada por:

Onde:

R V=E+D=-

P

v= Valor Total da Empresa;

E = Valor do Capital Próprio ou Patrimônio líquido;

D = Valor da Dívida Atualizada

(11 )

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38

R = Retorno esperado sobre os ativos da empresa, isto é, o lucro

esperado antes de deduzir os juros;

p = Taxa de desconto apropriado à taxa de risco, o custo médio

ponderado de capital, ou o custo do capital próprio de uma empresa não

alavancada financeiramente. É conhecida também como expectativa de retorno

da empresa.

A proposição II de MM é representada algebricamente por:

D re p + (p - rd )-

E

(12)

Onde:

re = Taxa esperada de retorno de uma empresa com dívidas, ou,

o custo do capital próprio de uma empresa alavancada financeiramente;

rd = Taxa livre de risco, ou, o custo de capital de terceiros;

D = Relação capital terceiro e capital ·próprio. E

Como pela proposição I, o custo médio ponderado de capital

(CMPC) não se altera com modificações da estrutura de capital, e pela

proposição 11, o custo do capital próprio (re) cresce linearmente com o

endividamento (D/E), tem-se que a taxa de retorno esperada decresce quando

a taxa livre de risco aumenta, que é a taxa de captação de empréstimo,

mantendo constante o custo médio ponderado de capital. Isto significa dizer que

o risco não sofre alterações, o que muda é a divisão dele entre os possuidores

de ações ou de títulos da dívida.

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39

Matos (2001) também utilizando o modelo MM apresenta que,

partindo de uma empresa que tenha a estrutura de capital composta por

recursos de credores e de acionistas, tem o seu valor equivalente ao de uma

empresa com capitais unicamente de acionistas. Isso pode ser demonstrado a

partir de uma empresa hipotética que possua um fluxo de caixa Vj(T) ,suficiente

para atender os encargos originados da dívida Dj(T) e as expectativas do

acionistas que esperam receber S j(T). O valor da dívida no momento presente

pode ser representado pela equação:

D ~ D D = ---.:!i!1 = L j(T) t

~ j=O (1 + R)

Onde:

D= Valor atual da dívida;

Dj(T) =Valor nominal dos encargos dívida continua e constante;

Dj = Valor nominal da dívida no horizonte de tempo;

~ = Fator de desconto a uma determinada taxa de risco;

R= Taxa de risco;

t = determinado período num horizonte de tempo;

j = tempo.

(13)

O valor que os acionistas esperam receber SJ" , pode ser (I)

representado pela diferença entre o valor do fluxo de caixa total menos o valor

de quitação das dívidas, que pode ser representado pela seguinte equação:

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Onde:

~(J)= Valor do fluxo de caixa destinado aos acionistas;

~(J) = Valor do fluxo de caixa total;

Dj(F) = Valor nominal da dívida num determinado período.

40

(14)

O Valor presente destinado aos acionistas equivale ao patrimônio

líquido da empresa e pode ser representado por:

S = Sj(T) = f.. Sj(T) t

R j-O (1 + R)

(15)

Onde:

S= Valor presente do fluxo de caixa destinado aos acionistas.

Numa empresa que não possua dívidas o valor destinado aos

acionistas, pode ser representado por:

v = Vj(T) = f Vj(T)

R ;=0 (1 + R J (16)

Onde:

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41

V= Valor presente líquido do fluxo de caixa.

Desde que S=V-D, temos que o valor de uma empresa alavancada

financeiramente é igual ao de uma empresa não alavancada. Está demonstrada

assim a proposição I de MM e representada na equação:

~ D )(T) + S )(T) ~ Vj(T) VL = S + D = LJ t = LJ t = Vu

)=0 (I + R) j=O (I + R)

(17)

Onde:

VL = Empresa alavancada com financiamentos;

Vu = Empresa não alavancada através de financiamentos.

A proposição 11 do modelo MM também é explicada por Matos

(2001), afirmando que a expectativa de retorno do acionista ou o seu custo de

capital é igual a expectativa de retorno do empreendimento mais um prêmio

relativo ao risco de mercado, que é obtido pelo produto da diferença entre

retorno da empresa e a taxa livre de risco do mercado multiplicado pela razão

dívida com patrimônio líquido. Algebricamente esta proposição pode ser obtida

a partir da expectativa de retorno Re do custo da dívida Rd, do custo do capital

próprio Rp e do custo médio ponderado do capital R.

A expectativa de retorno é obtida a partir de:

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o custo da dívida pode ser representado por:

_ Dj(T) • _ Rd - -- .. D j(T) - Rd .D

D

o custo de capital próprio pode ser representado por:

Como visto anteriormente:

S = patrimônio líquido;

D = valor da dívida.

Tem-se que:

R =R (S+D) R D P e S d S

E,

42

(18)

(19)

(20)

(21)

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RD D R =R +_e_-R -P e S d S

Chega-se a equação, que é a proposição II de MM:

43

(22)

(23)

Finalmente, o custo médio ponderado do capital, que vem a ser a

média ponderada do custo do capital próprio e o custo da dívida e pode ser

representado por:

E substituindo pelas equações anteriores tem-se que:

- S D R=Re-+Rd o -

V V

Que tam bém pode ser representada por:

Onde:

(24)

(25)

(26)

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8 = Proporção de capital próprio;

1-8 = Proporção da dívida.

44

o Modelo MM se amplia na presença de impostos, sendo que a

incidência deste sobre o lucro e podendo ser abatido como despesas

financeiras, fazem com que o endividamento seja compensador (Millan:1992).

Assim, uma empresa alavancada financeiramente tem o seu valor

maior que uma não alavancada, representando-se algebricamente, como:

fi = VU + te. D

(27)

Onde:

vL = Valor presente de uma empresa alavancada financeiramente;

VU = Valor presente de uma empresa não alavancada;

te = Alíquota de imposto de renda;

D = Capital de terceiros;

Na presença de impostos a proposição II passa a ser calculada:

D re = p + (1 - te)( p - rd ). -

E

Onde te = alíquota de imposto de renda pessoa jurídica.

Ou,

(28)

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45

R = CMPC = P [1 - te.D /( D + S)]

(29)

Assim o ganho obtido pela alavancagem financeira é:

G = V L - V U = te.D

(30)

A existência de impostos pessoais altera a fórmula (4) para:

G = 1 - f( (1 - te )(1 - te) J~ * B (1- th) U

(31)

Onde:

te = Imposto de renda pessoa física detentora de ações, quando

receber dividendos;

tb = Imposto de pessoa física que empresta recursos financeiros.

Admitindo-se que te = ° e que te = tb O ganho no valor da empresa

corresponde a G = 0, ou seja, não há acréscimo no valor da Empresa.

Caso tb = te = 0, temos G= te . D

Nota-se, pois, que a alavancagem financeira torna-se interessante

quando se pode utilizar eventuais vantagens de ordem fiscal.

Falcini (1995), realça que anteriormente a Miller e Modigliani,

Willians em 1938, concluía que o valor econômico ou real (valor do

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46

investimento) de uma ação é o valor presente (descontado a taxa apropriada)

de todos os seus dividendos líquidos futuros e perpétuos, devidamente

ajustados por modificações no poder de compra da unidade monetária utilizada.

Destaca no texto a questão do custo de oportunidade do capital investido, ou

seja, a remuneração mínima que ele exige pela abstinência do consumo no

tempo, transferindo-o para o tempo 1, remuneração esta também conhecida

como taxa de juros. Acrescenta que taxas de longo prazo podem ser alteradas,

o que leva admitir a possibilidade de descontar fluxos de caixa a taxas

diferenciadas.

Para se demonstrar o fundamento teórico do uso do modelo de

fluxo de caixa descontado para avaliação de empresas, Falcini (1995)

apresenta cinco situações em que uma empresa possa estar enquadrada:

a) Empresas não são alavancadas financeiramente e que

possuem Fluxo de Caixa Operacional (FCO) constante;

b) Empresas não alavancadas financeiramente, mas que tenham

crescimento do FCO, motivados por reinvestimento de parcela do resultado;

c) Idem com crescimento perpétuo (Modelo Gordon);

d) Empresas não alavancadas financeiramente com crescimento

superior ou inferior ao custo de capital;

e) Empresas alavancadas financeiramente em um contexto de

imposto de renda.

O primeiro modelo é obtido a partir da taxa de retorno requerida

pelo mercado, ou taxa de custo de capital. Assim:

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período t;

47

di (t+l) + P;(t+l) - P;(t)

Pt+l = P i(l)

(32)

Onde:

PI+l = Taxa de retorno requerida pelo mercado durante o

di (t+l) = Dividendos por ação pagos no fim do período t;

P;(t+l) = Preço por ação cotado pelo mercado no fim do período t;

P;(I) = Preço da ação cotado pelo mercado no inicio do período t.

Ou seja, a taxa de retorno é obtida pela razão entre a soma dos

dividendos obtidos no final do período mais os ganhos de capital divididos pelo

preço inicial da ação.

O valor de mercado da empresa será obtido a partir do somatório

dos valores individuais das ações que compõem o seu capital.

(t+1) ;

Vi(t)

Di P (1+1) + ni(t). i(t+l)

1 + P t+l

Onde:

V I (t) = Valor da empresa no momento presente ou n i (t) * P i (t);

Di = Soma dos dividendos pagos no fim do período t;

(33)

n. Pi = Valor total das ações no final do período t que é igual a V i

Pt + 1 = Taxa de retorno requerida pelo mercado no período t.

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48

Esta equação é obtida a partir da equação 33, multiplicando o 2°

termo por n i (I) que é o número de ações da empresa, e isolando n i (I) * P i (I)

Assim, como primeira conclusão, para se obter o Valor da

Empresa desconta-se o fluxo de caixa projetado, obtendo-se o Modelo

Modigliani e Miller. Esta mesma equação pode ser escrita partindo-se da

igualdade das. aplicações e usos dos fundos da seguinte forma, resultando

conforme Falcini (1995):

Onde:

FCO i(t+l) - Ii(t+l) + Vi(t+l) Vi(t) = -----------

1 + P(t+l)

V i ( t) = Valor da empresa no momento presente;

FCO i(t+l) = Fluxo de Caixa Operacional no período t;

(34)

I i (t + 1) = I nvestimento necessário para a continuidade e

crescimento da empresa no período t;

Vi i (t+ 1) = Valor residual da empresa no final do período 1.

Lembrar que Di(t+l) = FCD;(t+l) - 1iV+1)'

Verifica-se, pois, que nesta equação o item dividendos desaparece

da fórmula de avaliação, confirmando assim a proposição de Modigliani e Miller

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49

apud Falcini (1995) de que, na inexistência de imposto de renda e custos de

transações mobiliárias, a empresa pode optar por qualquer política de

pagamento de dividendos que preferir, pois isso não afetará o montante dos

fluxos de caixa a serem recebidos pelos seus financiadores em relação aos

seus investimento na empresa.

o segundo modelo, no caso de empresas não alavancadas

financeiramente e que estejam em crescimento dos fluxos operacionais de

caixa gerados pela empresa, é obtido a partir da equação anterior chegando a:

FCO I - li FC0 2 - 12 FCO n - In Vn Vo = + +... +---

l+p (l+p)2 (1+p)n (1+p)n

(35)

Nota-se que o crescimento do fluxo operacional do caixa depende

da realização de novos investimentos que sejam em montante superior a

necessidade de reposição do capital depreciado.

Considerando-se um modelo com projeção de um horizonte de

tempo infinito, pode-se expressá-lo pela equação:

i FeOI -1,

1=\ (1 + p:r (36)

Estas equações mostram que o Valor Presente da Empresa é o

somatório dos Fluxos de Caixas Operacionais, menos os novos investimentos

realizados, descontados a taxa p. Tal fluxo pode ser esquematizado no quadro

7.

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Período

1

2

3

N

Onde't = 1+1

Entradas Saídas

FCO]

FC02 = FCO] +r].1]

FC03 = FCO] +r].1] + r2 .1 2

,,-]

FCD" = FCq + L r,J,t 1:=1

Quadro 7 - Visualização do Fluxo de Caixa no horizonte de tempo n.

Fonte: Falcini (1995)

50

Somando-se os resultados dos fluxos de caixa (FCOI - h),

descontados a uma determinada taxa de juros tem-se:

,,-]

FCq + L r,..11: - I" V - FCq - II FCD] + lj.I1 - 12 1:=1

o - 1 + P + (1 + p) + ... + (1 + p )"

(37)

Reordenando os termos tem-se:

(38)

Esse resultado pode ser generalizado na equação (39) :

Vo = t FCDI + tI *[( t 1f J-( 1 J~

1=1 (1 + P J 1=] I 1:=1+1 (I + p) (1 + p) ~

(39)

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51

o primeiro termo da equação (39) é uma anuidade perpétua com

pagamentos constantes podendo ser escrita como:

Lim V,-0-

n---7 OO

t FeOI =FCq 1=1 (1 + p )" p

Segundo termo da equação (39) pode ser simplificado:

Substituindo a simplificação na equação (39), tem-se:

Portando quando n ---7 00 :

Vo

= FCO 1 + f II (rI - P ) P 1=1 P (1 + P ) I

(40)

(41 )

(42)

(43)

Segundo Falcini (1995) o primeiro termo da equação representa o

valor atual de uma empresa hipotética, que não fez nenhum novo investimento

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52

permanente; em outras palavras, é o valor econômico de uma empresa cujo o

fluxo de fundos de caixa operacional não está crescendo.

o segundo termo demonstra o valor atual dos novos investimentos

permanente feitos para o crescimento dos fluxos de caixa operacionais e, esse

valor atual depende diretamente do montante dos novos investimentos

realizados na empresa, bem como da diferença entre a taxa de retorno gerada

internamente pelas operações da empresa sobre o investimento realizado, rI, e

a taxa de retorno requerida pelo mercado, Pt, para a empresa não alavancada.

Assim, novos investimentos permanentes podem ser feitos na

empresa, fazendo crescer seus ativos, que se tiverem taxa de retorno superior

aquela requerida pelo mercado, adicionarão valor real ou econômico a

empresa.

Na seqüência são apresentados resumidamente os demais

modelos3 citados .

o terceiro modelo é obtido a partir do trabalho de M. J. Gordon em

1962 e dá origem a um modelo chamado "Modelo de Dividendos", aplicável a

empresas não alavancadas financeiramente, em crescimento perpétuo a uma

taxa constante, segundo Falcini (1995), a partir de algumas hipóteses básicas:

• Inexistência de taxação sobre a renda;

• A taxa de retorno esperado pelo investidor ou custo de capital

da empresa deve ser sempre maior que a taxa de crescimento dos fluxos de

caixa operacional.

3 Modelos expostos em Falcini (1995) p.181-194 com base em Copeland et aI..

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53

o modelo de Gordon pode ser deduzido a partir da equação (44) e

escrito algebricamente como:

VOU = p - g

(44)

Onde

VOU = Valor da Empresa não alavancada financeiramente, no

momento presente;

dI = Dividendo líquido a ser pago no período;

p = Taxa de retorno esperado pelos investidores;

g = Taxa de crescimento do fluxo de caixa operacional.

A taxa de crescimento do fluxo de caixa operacional pode ser

obtida pela equação:

g = k. r

(45)

Onde:

k = taxa de retenção ou proporção do FCO já deduzido os

investimentos de reposição para manutenção e retidos para proporcionar o

crescimento do fluxo de caixa futuro;

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54

r = Taxa de retorno esperado ou custo de capital.

Como se pode notar, fica comprovada tanto a validade de

proposição M.M. sobre a irrelevância da política de dividendos na avaliação de

empresas, como pelo mesmo caminho dedutivo chega-se a fórmula básica de

dividendos de Gordon para avaliação de empresas.

o quarto modelo, eliminando a condição de crescimento

econômico infinitamente mantido a uma taxa superior a da economia, o que

significa dizer que a empresa cresce um determinado período de tempo ('t)

após o que r = p, estabilizando o valor da empresa, é dado pela equação 46:

Vo

= FCO 1 + k(FCO l)'t r - p p p(1+p)

(46)

Onde:

't = número de períodos em que são realizados novos

investimentos.

E finalmente na presença de impostos e de alavancagem

financeira,

v = FCO 1 (1 - te) + te.B + k [FCO (1 + te)} [ r - CMPC ] o P 1 CMPC (1 + CMPC )

(47)

Onde:

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Vo = Valor da empresa no momento presente;

FCq = Fluxo de caixa operacional constante;

te= Taxa de imposto de renda;

B = Empréstimos mantidos à longo prazo no valor de mercado;

55

k = Taxa de investimento, que é a proporção retida dos fundos de

caixa operacional líquido para novos investimentos;

't = número de períodos;

r = taxa de retorno gerada pelas atividades operacionais sobre os

novos investimentos;

CMPC = Custo médio ponderado de capital.

Copeland et alo (2000) propõem, com base no modelo de MM,

uma forma alternativa e simples para avaliação de Empresas, onde o Valor de

Empresa é igual ao Valor resultante dos Ativos existentes acrescido de Valor

de Crescimento do fluxo de caixa, ou seja:

VE = FCO B + kFCO .n [ r - CMPC ] CMPC B CMPC (1 + CMPC )

Onde:

FCOB = Lucro operacional deduzido os impostos;

CMPC = Custo médio ponderado de capital;

(48)

k = Taxa de investimento, em relação ao FCOB, para crescimento;

n = Número esperado de anos que se espera que a Empresa

continue investindo em novos projetos;

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56

r = Taxa de retorno esperado sobre o capital investido (FCOBI

Capital Investido.

Assim, conclui-se neste capítulo que a teoria econômica a partir

das proposições de Modigliani e Miller e do modelo Gordon ,expostas em Millan

(1992), Falcini (1995) e Matos (2001) dá fundamentação teórica ao trabalho

chegando-se as conclusões de que:

1) O valor de uma empresa pode ser obtido a partir do desconto

dos fluxos de caixa futuros a uma determinada taxa representativa da classe de

risco da empresa;

2) O valor da empresa independe do grau de alavancagem

financeira da empresa, admitidas as hipóteses do modelo MM;

3) O custo médio ponderado de capital não se altera com

variações no grau de alavancagem da empresa;

4) O custo de capital próprio ou a expectativa de retorno do

capital próprio, está linearmente relacionado com o nível de endividamento da

empresa;

5) Na ausência de endividamento o CMPC é igual a expectativa

de retorno da empresa ou o custo de oportunidade do empresário ou custo do

capital próprio;

6) O valor de uma empresa alavancada financeiramente pode ser

obtido pela soma do valor presente do fluxo de caixa da empresa e do valor

presente do fluxo das dívidas acrescidas de seus encargos, descontados a

mesma taxa correspondente à classe de risco;

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57

7) Em economias onde o custo financeiro possa ser deduzido do

imposto de renda a pagar, empresas alavancadas financeiramente podem ter

valores superiores às não alavancadas;

8) Empresa que possuam fluxo de caixa constante durante a sua

vida útil pode ter seu valor calculado de acordo com o modelo desenvolvido por

Gordon;

9) Empresas que possuíam novos investimentos, têm seu valor

presente acrescido através da incorporação do resultado destes novos

investimentos no fluxo de caixa;

10) O valor presente pode ser acrescido ou dimi nu ído no caso da

taxa de retorno desses novos investimentos ser maior ou menor que a taxa de

desconto adequado às classes de risco da empresa.

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4 UM MODELO PARA DETERMINAÇÃO DO VALOR DA EMPRESA

Neste capítulo serão selecionadas as principais variáveis que

direcionam o valor da empresa, ou seja, os desembolsos e recebimentos

utilizados na formação do fluxo de caixa.

Copeland et. ai (2000), sugerem que a avaliação de empresas

com vários negócios deve ser segmentada por unidade de negócio. A soma da

avaliação separada de cada segmento constituirá o valor da empresa. Ele

sugere também que a avaliação não deva conter dupla contagem de valor de

ativos. O valor presente líquido obtido já estima o valor de mercado de ativos

fixos ou semi-fixos e a parcela de valor da empresa não tangível.

4.1 A empresa agrícola

O segmento agrícola do setor sucroalcooleiro , responsável pelo

abastecimento de matéria prima, pode ter suas atividades subdivididas em:

fundação, que compreende as áreas de expansão e/ou reforma, colheita

destas áreas após o desenvolvimento vegetativo, e cultivo das áreas colhidas

visando-se novos cortes. Estes três grandes grupos de atividade compreendem

diversas operações que podem ser manuais ou mecanizadas. Na categoria de

insumos tem-se o uso de calcário, herbicidas, mudas e fertilizantes químicos ou

provenientes de subprodutos da indústria, tais como vinhaça e torta de filtro.

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59

Basicamente, o ciclo de produção compreende a fundação com

uso intensivo de tratores e implementos, o cultivo da lavoura até o ponto de

corte, a colheita com uso de cortadores manuais ou colhetadeiras mecânicas, o

carregamento mecanizado e o transporte com caminhões específicos para esta

operação. A remuneração da cana de açúcar depende da sua qualidade que é

medida quimicamente pelo teor de ATR e dos preços dos produtos finais

obtidos pela empresa industrial. Na seqüência são apresentados o

detalhamento da composição das receitas e os custos envolvidos neste

processo de produção. Os resultados detalhados são obtidos na coletânea de

planilhas de cálculo em anexo.

4.1.1 Composição do preço da cana-de-açúcar

o preço da cana-de-açúcar no Estado de São Paulo é calculado

pelo CONSECANA - Conselho dos Produtores de Cana-de-açúcar, Açúcar e

Álcool, funcionando como órgão mediador entre usineiros e fornecedores,

sendo que no calculo são utilizadas equações que levam em conta qualidade

da matéria-prima, mix de produção e o preço dos produtos finais originados da

industrialização da cana-de-açúcar.

A qualidade da matéria-prima é medida a partir da determinação

do Pol, de pureza, de fibra e do rendimento de processo, obtendo-se a

quantidade de ATR numa determinada quantidade de cana-de-açúcar. A seguir

apresenta-se as equações básicas para os cálculos do A TR(kq/tonelada de

cana).

A equação geral do ATR é expressa por:

ATR = (10 x RP x 1,0526 x PC) + (10 x 0,88 x ARC)

(49)

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60

Onde:

RP = rendimento de processo, atualmente estimado pelo

CONSECANA em 0,88;

PC = Pai da cana-de-açúcar;

ARC = açúcar redutores da cana (%);

Numericamente chega-se a ATR a partir os seguintes dados

médios obtidos numa unidade industrial; que a título de exemplo são

relacionados a seguir:

PC=15,12

Pza=87,7

F=12,65

Então,

ATR = 10*0,88 *1,0526*15,12 + 10*0,88*0,6205 = 145,5152

Note-se que há necessidade de se obter primeiro o ARC que é

calculado a partir da equação 50:

ARC = AR%caldo x (1-0,01 x F) x (1,0313 - 0,00575 x F)

Onde:

AR%caldo = Açúcar redutores do caldo da cana (%);

F = Fibra % cana.

Numericamente com os dados já citados tem-se:

(50)

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61

ARe = 0,7411 * (I -0,01 * 12,65)* (1,0313 - 0,00575 * 12,65)= 0,6205

o AR%caldo, incluído na equação do ARC é calculado pela

equação 51:

AR = 3,6410-0,0343 * pza

(51)

Numericamente com os mesmos dados tem-se:

AR = 3,6410 - 0,0343 * 87,7 = 0,7411

A quantidade de açúcar extraída da cana-de-açúcar considerando­

se 99,7°S de polarização é calculada a partir da equação 51:

AÇÚCAR (99,7°Z)= {10 X PC x 0,88 x 1,66957 x [1-40/(Pza-1)]}/0,997

(51)

Numericamente chega-se a :

10 *15,12 * 0,88 * 1,6728(1- 87~-1) Aç9970z = ' = 120,02

, 0,997

o coeficiente R=1,66957 x [1-40/(Pza-1)] é chamado de

coeficiente de recuperação de açúcar, no caso do açúcar (99,7°Z).

Para o açúcar tipo VHP a equação 51 passa a ser:

AÇÚCAR(99,3°Z)=10*PC*O,88*1,6728(1-40/Pza-1)/O,993

(52)

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Neste caso, o coeficiente r é obtido pela equação:

R = 1,6728(1- 40 J Pza-1

62

(53)

No processo de fabricação do açúcar resulta uma determinada

quantia do mel que não é recuperada como açúcar, e que dá origem álcool

anidro residual ( 1ft ) e é obtido pela equação 54:

AEAr= ([9,26288 x PC x [1-(1,66957 x (1-40/(Pza-1)))] +8,8 x AR))} X 0,5504

(54)

AEAr = ~,26288 * 15,12~ - (1,66957(1- 8/~-1 ))J+ 8,8 * 0,7411)* 0,5504 = 10,768

A constante 0,5504 é chamada de eficiência da destilaria em litros

de álcool anidro por kg de ATR , e é resultado da equação:

E= 0,6503 x RF x RD

Onde:

RF = Rendimento de fermentação, estimado em 0,855;

RD = Rendimento de destilação, estimado em 0,99.

(55)

A quantidade de álcool anidro direto é obtida a partir da equação:

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63

QAEAd = ATRAEAd *0,5504

(56)

Onde o ATRAEAd corresponde a quantidade em quilos destinados a

produção do álcool anidro direto.

Da mesma forma, no caso de se optar pela produção de álcool

hidratado residual a quantidade obtida será:

AEHr = [(9,26288 x PC x (1-(1,66957 x (1-40/(Pza-1))))+ (8,8 x AR))] x 0,5744

(57)

AEHR = l~,26288 * 15,12 * (1- (1,66957 * (1- 8/~-1 ))))+ (8,8 * 0,7411)J* 0,5744 = 11,238 ,

Onde a constante 0,5744 também é chamada de eficiência da

destilaria, porém, em litros de álcool hidratado direto por kg de ATR, e obtido a

partir de:

E= 0,6503 x RF x RD x 1,04361

(58)

Onde a constante 1,04361 corresponde ao coeficiente de

transformação do álcool anidro em álcool hidratado.

A quantidade de álcool hidratado direto é obtida por:

QAEHd = ATRAEHde X 0,5744

(59)

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64

o ATR corresponde a quantidade em quilos destinados a

produção do álcool hidratado direto.

A partir das relações estequiométricas entre a quantidade de ATR

encontrada na matéria prima e o produto final resultante da sua transformação,

o CONSECANA apresenta a tabela 9 onde estão mostrados os valores que são

utilizados para se obter os diversos produtos a partir de determinadas quantias

de ATR.

Tabela 9 - Equivalência entre quantidade de ATR e produtos.

Especificação Kg ATR/ Produto / Participação no preço da

Açúcar (99,7°Z)

Açúcar (99,3°Z)

AAR

AHR

AAD

AHD

Fonte: CONSECANA (2002b)

Produto

1,0495

1,0453

1,8169

1,7409

1,8169

1,7409

ATR matéria-prima

0,9528 0,5608

0,9567 0,5687

0,5504 0,5608/0,5687

0,5744 0,5608/0,5687

0,5504 0,6044

0,5744 0,6093

Para se calcular o preço da cana-de-açúcar há a necessidade de

se ter o " mix " de produção da usina, a quantidade e os preços desses

produtos.

Utilizando informações já apresentadas, a quantidade de açúcar é

obtida pela equação 60.

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Qaç mix * QATR /~ + q AEAR

Eq ATR /aç

* Eq ATR I AEA )

Eq ATR I Aç

65

(60)

Numericamente a quantidade de açúcar mercado interno em

toneladas ,com os dados e cálculos efetuados tem-se:

005 *174,618,19,{

Q =' / (1+0,08972'~) = 7200 66 aCAMI 1 0495 ' ,

Numericamente a quantidade de açúcar mercado externo será:

035 * 174618,19j

º =' /(I+O,08972*~) = 57605 28

aCAME 1 0495 ' ,

A quantidade de álcool total que e a soma da produção do álcool

residual obtido a partir do mel residual do açúcar e do álcool direto destilado a

partir do processo de fermentação do caldo e obtida a partir da equação 61.

Q - ro *Q * + Mix*QATR AEA - P 'P AER aç qAER EqATRIAE

(61 )

QIAEA = O 50 * (7200 66 + 5040462)* O 0892 + 030 * 174618,19 = 31739 58 , , " '1,8169 '

A quantidade de álcool residual pode ser obtida pela equação 62

que é o primeiro termo da equação. Por diferença pode-se obter a quantidade

de álcool direto ou mesmo pela equação representada no segundo termo da

equação 61.

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66

(62)

QAEAR = 0,50 * (7200,66 + 50404,62)* 0,08972 = 2907,25

Para a determinação do preço da tonelada de cana-de-açúcar

deverão ser considerados os seguintes itens:

I - as quantidades, convertidas em quilogramas de ATR conforme

os fatores estequiométricos de conversão divulgados em Circular do

CONSECANA-SP.da produção total da Unidade Industrial, de cada um destes

produtos; que em nosso exemplo será:

a) açúcar cristal especial (mercado interno) AMI);

b) açúcar cristal especial e VHP (mercado externo) (AME)

c) álcool anidro residual (Aar)

d) álcool hidratado residual (Ahr)

e) álcool anidro direto (Aad)

f) álcool hidratado direto (Ahd)

7557,09

60456,74

5282,18

5282,18

52385,46

43654,55

II - os preços médios (PM), convertidos em preço de ATR,

praticados durante a safra, já deduzidos os impostos de vendas dos produtos

derivados da cana, no exemplo são especificados a seguir:

a) álcool anidro carburante (Mercado Interno e Externo)

b) álcool hidratado carburante (Mercado Interno e Externo)

c) álcool anidro industrial

d) álcool hidratado industrial (Mercado Interno e Externo)

R$ 400,44

R$330,84;

nd.;

nd;

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e) açúcar (Mercado Interno)

f) açúcar (Mercado Externo)

R$ 519,20

R$535,33

67

111 - A participação média (P) do custo de reposição da matéria

prima, em relação ao custo médio de reposição de cada produto acabado do

item I, conforme divulgado em Circular do CONSECANA-SP. Consta na tabela

9.

Para a determinação do peço médio, em reais, do kg do A TR da

cana-de-açúcar entregue pelo produtor (PATR) deve-se aplicar a seguinte

equação:

PATR = [(AMI * PM * P) + (AME * PM * P) + ... + (AHD * PM * P)]

(AMI) + (AME) + ... + (AHD)

PATR = 7557,09*0,56*519+60456,7362*0,56*535,33+··· = 25195 174618,19 '

(63)

Para a determinação do preço da tonelada de cana-de-açúcar

devido ao produtor de cana-de-açúcar aplicar-se-á a seguinte equação:

Preço da cana = PATR x quantidade de A TR em kg/tonelada de

cana-de-açúcar / 1000.

PC = 1000 * 251,95 * 145,1552 = 36 66 1000 '

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68

4.1.2 Dados. para planejamento Agrícola

Para determinação das áreas agrícolas utiliza-se de metodologia

adotada por Fernandes (2000). Inicialmente determina-se a produtividade da

área colhida a partir da equação (64). Neste caso, utilizou-se da premissa de

que os viveiros são utilizados como fonte de mudas durante o primeiro e

segundo corte. A partir do terceiro corte as áreas de viveiro são incorporadas

como áreas de corte comercial.

4*t2 * (TCH} + TCH2 )+ (4*t 2 +2 * t+l)*::ITCHe TCH = e-3

c 8 * t2 + (n - 2 )* (4 * t 2 + 2 * t + 1 )

Onde:

TCHc = Produtividade (tlha) na área colhida;

t = Relação área plantada e área de viveiro;

TCH} = Produtividade do primeiro corte;

TCH} = Produtividade do segundo corte;

TCHe = Produtividade a partir do terceiro corte;

n = número de cortes.

(64)

Assim considerando-se que a empresa agrícola apresente os

dados a seguir:

Produtividade agrícola (tlha)

1° corte: 117

2° corte: 100

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3° corte: 84

4° corte: 70

5° corte: 68

6° corte: 60

Meta de produção (t): 1.200.000

Relação de plantio - viveiro: 8

69

A produtividade TCHc com base nestes dados é calculada como:

TCH = 4 * 82 * (117 + 100)+ (4 * 82 + 2 * 8 + 1 )* (84 + 70 + 68 + 60) = 82 63 Uha c 8*82+(6-2)*(4*82+2*8+1) ,

A Produtividade por área total é obtida a partir da equação 65:

TCH = 1 * [(TCHl + TCH2 ) ~TCH 1

r MIl +L.J e n+ 1+-+-- e=3

2 * t 4 * t2

(65)

Onde:

TCHr = Produtividade (Uha) por área total;

M = 1 para sistema com cana de ano e meio e M=O para sistema

de cana de ano.

TCHc =_1_*[(11~+10~) +(84+70+68+60)1=69,36 Uha 6 + 1 1 + 2*8 + 4*82 J

A área total é obtida a partir da equação 66:

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70

AT = CANAl I TCH

I

(66)

Onde:

AI; = área total;

CANAl = produção total de cana;

TCHI = produtividade de cana por hectare;

Numericamente, a área total será:

AT = 1.200.000 = 1730221 ha 69,36 '

A produção total é obtida a partir da equação 67:

CAN4 = A I; * TCHI

(67)

Numericamente, a produção total de cana será:

CANAl =17302,21*69,36

A área de viveiro primário é obtida a partir da equação 68.

(68)

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71

Onde:

VP = Viveiro Primário;

(n+M) = número de cortes; m=1 se cana de 18 meses e m=O se

for cana de ano;

t = a relação área plantada em relação à área de viveiros.

Numericamente,

VP = 17302,21 = 9 05 ha (6+0)* (4 *82 + 2 *8+ 1) ,

A área de viveiro secundário a partir da equação 69:

VS = VP*2*t

(69)

Onde:

VS = área de viveiro secundário.

VS = 9,054 * 2 * 8 = 144,86 ha

A área de plantio comercial pela equação 70:

LC = VP*4*t 2

(70)

Onde:

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72

LC = Área de plantio comercial.

LC = 9,054 *4*8 2 = 2317,83 ha

A área de plantio total 71:

AP = VP+VS+LC

(71 )

Onde:

AP = Área de plantio total.

Numericamente,

AP = 9,05 + 144,86+ 2317,83 = 2471,74 ha

A área de colheita a partir da equação 72:

A Ct = VP * (8 * t2 + (n - 2)* (4 * t 2 + 2 * t + 1 ))

(72)

Onde:

ACt = Área de colheita total.

Numericamente,

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73

A área de soqueira a partir da equação 73:

(73)

Onde:

ASt = Área de soque ira total

Numericamente,

ASt =9,054(6-1)*(4*82 +2*8+1)=12358,72 ha

Com estes dados e com o inventário de áreas agrícolas

existentes, projeta-se no horizonte de tempo desejado, a evolução da produção

agrícola, onde encontra-se a área de viveiros de cana e áreas de corte

comercial. Obtém-se também as áreas de fundação da lavoura, área de corte e

de tratos culturais que demandarão recursos para a sua condução. O quadro 8

permite a visualização desses valores:

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Área Agrícola O

Area de viv prim 9 Area viv sec 141 Area cana planta com 2350 Area de plantio 2500 Area de1 corte viv 150 Area de 2 corte viv 150 Área de cana 1 corte 2350 Área de cana 2 corte 1900 Área de cana 3 corte 1600 Área de cana 4 corte 1600 Área de cana 5 corte 1800 Área de cana 6 corte 1500 Área de cana 7 corte O Área Total 13550 Fund de viv prim Fund de viv sec Fund de area comercial 2350 Área cana planta 2350 Área colhida 11200 Área tratos culturais 9550

Produção Agrícola O Produção 1 corte 274950 Produção 2 corte 190000 Produção 3 corte 134400 Produção 4 corte 112000 Produção 5 corte 122400 Produção 6 corte 90000 Produção 7 corte Produção Total 923750 Prod. Agr. Média 82,48 Prod. Total 68,17

Quadro 8 - Produção da empresa agrícola.

Fonte: Pesquisa de campo

1 2

9 9 145 145

2318 2318 2472 2472

150 154 150 150

2350 2318 2350 2350 1900 2350 1600 1900 1600 1600 1800 1600

14372 14893 9 9

145 145 2318 2318 2472 2472

11600 12118 10100 10822

1 2

274950 271186 235000 235000 159600 197400 112000 133000 108800 108800 108000 96000

998350 1041386 86,06 85,94 69,47 69,92

4.1.3 Dimensionamento de máquinas e equipamentos agrícola

74

3

9 145

2318 2472

154 154

2318 2318 2350 2350 1900 1600

15615 9

145 2318 2472

12836 11543

3

271186 231783 197400 164500 129200 96000

1090068 84,93 69,81

Para cálculo do número de máquinas e equipamentos necessários

para a implantação e condução da lavoura, utilizar-se-á das equações

desenvolvidas por Fernandes (2000), para isso será utilizada a equação:

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área * r* f Q = --------''--ef* j* 11

Onde:

Q = Quantidade de máquinas e equipamentos;

área = área trabalhada;

r = rendimento em horas por hectare;

f = freqüência da operação;

ef = tempo produtivo em índice;

j = jornada diária;

11 = número de dias disponível.

75

(74)

Como exemplo de aplicação desta equação, numa operação de

terraceamento necessária para a fundação 2472 ha de cana-de-açúcar,

utilizando-se um trator com potência de 150cv, com rendimento de 0,50

horas/ha, realizando-se esta operação com a freqüência de uma vez, com uma

jornada diária de 18 horas, com um tempo produtivo de 0,70 e com 89 dias

disponíveis, chega-se ao resultado que mostra o numero de tratores

necessários para esta operação:

Q= 2472*0,50*1,0 =110 070*18*89 ' ,

4.1.4 Dados técnicos e econômicos

Com o cálculo da demanda de horas de trabalho por atividade e,

da necessidade de máquinas e equipamentos, estabelece-se a distribuição de

uso de máquinas horas pelas atividades de fundação da lavoura, da colheita da

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76

cana-de-açúcar, e de cultivo de soqueira, bem como a demanda de horas por

operações agrícolas tais como preparo de sola, plantio, cultivo, corte, etc,

incluídas nas atividades citadas. Neste item também são apresentados os

seguintes itens considerados essenciais para calculo dos custos das atividades

por hectare. São eles:

Valor inicial das máquinas e equipamentos

Valor residual

Vida útil em anos

Vida útil por hora máquina

Alíquota de seguros

Estimativa de gastos com reparos

Consumo de combustíveis e lubrificantes

Utilização de horas máquinas por hectares

Consumo de combustíveis e lubrificantes por hectare

Reparos por hectare

Com base em Holanda (1974) e Noronha (1981) nos itens

seguintes são estruturadas as equações de· custos para elaboração do fluxo de

caixa líquido.

4.1.5 Custos fixos agrícola

Corresponde aos custos que independem do volume de produção

podendo ser desembolsáveis ou não. Podem ser considerados custos fixos:

depreciação, seguro do ativo, mão de obra fixa. Custo de administração e

diretoria também pode ser alocados como fixos.

Como o trabalho utiliza o método do Valor Presente Líquido, o que

interessa é o fluxo de caixa obtido nos diversos períodos de tempo. Assim

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77

algumas considerações devem ser feitas quanto a questão dos custos fixos.

Primeiramente, a depreciação é calculada apenas com o objetivo de calculo de

imposto de renda devido, não influenciando diretamente o resultado do fluxo de

caixa. Também não são computados juros de qualquer natureza, pois o valor

presente é calculado com base em uma determinada taxa de desconto, o que

permite verificar se o retorno do investimento atende a expectativa de retorno

do empresário.

A depreciação que corresponde à perda de valor que sofrem os

ativos durante um determinado período, pode ser originado por fatores físicos

(usos ou desgaste) fatores funcionais (obsolescência) ou acontecimentos

eventuais (acidentais). Há diversos métodos para cálculo da depreciação, entre

eles o método do valor uniforme, comumente usado, e obtido pela fórmula:

D=~+v;.

Onde:

D = Depreciação anual;

Vi = Valor inicial do ativo;

v;. = Valor residual;

n = Vida útil.

n

(75)

Neste trabalho optou-se em calcular a depreciação dividindo-se o

valor inicial pelo número de anos que as máquinas e equipamentos da empresa

têm de vida útil. Periodicamente as empresas renovam esses itens, sendo que

o seu valor residual é computado na receitas.

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78

o seguro do ativo refere-se ao valor pago anualmente de seguro

v+v seguro = I r * S

2

(76)

Onde:

s= taxa de seguro em %.

A remuneração do tratorista mais os encargos sociais podem ser

considerados como custo fixo, pois os mesmos ficam a disposição da empresa

por todo o ano.

O custo da terra foi considerado como sendo exclusivamente

propriedade de terceiros, incidindo pois, uma taxa paga ao proprietário da terra,

correspondendo ao arrendamento.

Resumidamente, os custo fixos agrícola no exemplo utilizado

considerando-se os anos de projeção com estabilidade na produção, estão

expressos na tabela 10:

Tabela 10. Custos fixos da empresa agrícola.

Especificação Depreciação Seguro Tratorista Administração Diretoria Arrendamento Total

Fonte: Dados da pesquisa

Valor 1105227,15

18735,00 997920,00 510660,00 180000,00

8880804,38 11693346,54

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79

4.1.6 Custos variáveis agrícola

Custo variável corresponde aos custos que dependem da

quantidade produzida e sua estrutura varia de acordo com as características

dos bens ou serviços produzidos. Neste trabalho a estrutura de custos

variáveis está adequada a área agrícola.

Estes custos estão classificados em três categorias, de acordo

com a sua natureza:

Mecanização

Serviços

Insumos

Nos custos de mecanização estão incluídos consumo de

combustíveis e lubrificantes, e reparos de máquinas e equipamentos. Custos

referente à alugueis de veículos ou máquinas e equipamentos estão

computados pelo valor de mercado.

Nos custo de serviços incluem-se a mão-de-obra necessária nas

atividades de fundação, colheita e cultivo de soqueira.

Nos custos de insumos incluem-se os gastos com calcário,

fertilizantes, inseticidas, herbicidas, etc.

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Tabela 11. Custos variáveis da empresa agrícola.

Especificação

Mecanização Servicos Insumos

Total

Fonte: Dados da pesquisa

Fundação

295,99 122,00

1193,65

1611,63

4.1.7 Avaliação da empresa agrícola

colheita

111,30 660,11

771,41

80

soca total

55,07 462,36 75,00 857,11

433,38 1627,03

563,45 2946,50

o método selecionado para a empresa, ou seja, o Método do

Valor Presente Líquido necessita primeiramente da estruturação do fluxo de

caixa líquido que será descontado a um determinada taxa apropriada, assim foi

utilizado os seguinte modelo de fluxo de caixa:

(+) Recebimentos

(-) Impostos sobre vendas

(=) Recebimentos líquidos

(-) Custo Total

(-) Custos fixos

(-) Custos variáveis

(-) Fundação

( -) Colheita

(-) Soqueira

(=) Lucro bruto

(-) IR

(-) Depreciação

(=) Fluxo de Caixa Operacional

(-) Reposição Máquinas e equipamentos

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(+/-) Variação capital de giro

(=) Fluxo de caixa líquido

81

No item recebimentos incluem-se o valor da cana recebida que é

obtida a partir da equação:

(77)

Onde:

Qc = quantidade de cana produzida em num determinado período;

~ = preço da cana obtido a partir do método CONSECANA.

Sobre o valor dos impostos sobre vendas incluem-se a ele os

encargos com o FUNRURAL a razão de 2,2% sob o faturamento de cana-de­

açúcar, PIS e COFINS a razão de 3,65% do faturamento.

Os recebimentos líquidos correspondem a diferença entre o valor

dos recebimentos e valor dos impostos e contribuições.

O item custo total corresponde a soma dos custos fixos e custos

variáveis.

Nos custos fixos incluem-se os valores referentes a depreciação

das maquinas e equipamentos que é calculada apenas para efeitos de

abatimento do imposto de renda, uma vez que o objetivo do trabalho é a

obtenção do fluxo de caixa. Também são considerados custos fixos, os valores

referentes a seguros, mão-de-obra-fixa, diretoria, administração agrícola. Os

valores correspondentes ao custos do arrendamento também são considerados

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82

como custos fixos; por se tratar de taxas fixas independentes da quantidade

produzida.

Nos custos variáveis incluem-se como já relatados gastos com

mecanização, serviços e insumos, referentes a fundação, colheita e cultivo da

cana-soca.

o lucro bruto é obtido a partir da diferença entre os recebimentos

líquido e o custo total.

Do lucro bruto deduz-se o valor do imposto de renda cujo a

alíquota média está em 10% a.a. e acrescentar-se no fluxo de caixa o valor da

depreciação anual que foi computada no custo fixo apenas para uso do

benefício fiscal. Obtém-se então o fluxo de caixa operacional.

Do fluxo de caixa operacional deve-se deduzir os valores gastos

com investimentos e capital de giro e suas variações nos anos subseqüentes.

Deduzindo-se do fluxo de caixa operacional a variação do capital

de giro e a reposição de máquinas e equipamentos, tem-se o valor do fluxo de

caixa líquido, que será utilizado para calculo do valor presente líquido.

No cálculo do capital de giro e da sua variação deve-se considerar

que a cultura de cana de açúcar é caracterizada por um ciclo relativamente

longo, sendo que a fundação da lavoura, na região centro-sul, é realizada de

janeiro à abril e colhida no ano seguinte a partir de maio até novembro. Após a

colheita deve ser realizado o cultivo da soqueira , obtendo-se uma nova safra

após 12 meses, por um períOdo consecutivo de 6 à 7 cortes.

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83

Assim o capital de giro necessário é composto por despesas de :

fundação, colheita e cultivo, podendo ser calculado pela equação:

CG = (G fundação * 18) + (Gcolheila * 1) + ( G cultivo * 12) + (G fixo * 12 )+ (G Fixos-desembolsáveis * 12 )

VarCG

12

Onde:

CG = Capital de giro;

Gfundação = Gastos desembolsáveis com fundações;

Gcolheila = Gastos desembolsáveis com colheita;

Gcultivo = Gastos desembolsáveis com cultivo;

Gfixo = Gastos fixos desembolsáveis.

Variação de capital de giro é calculado pela equação:

= Capital de Giro do

período

Capital Giro do período

do período anterior

(78)

(79)

Com os dados obtidos na empresa pode-se estruturar o fluxo de

caixa da empresa agrícola, sendo que na tabela 12 são apresentados os

valores referentes ao ano zero e mais três períodos. É importante citar que o

modelo permite projeção por até 70 (setenta) períodos.

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84

Tabela 12. Fluxo de caixa líquido da empresa agrícola.

Especificação O 1 2 3

Recebimentos 36602063,52 38179859,46 39964687,43 Impostos sobre vendas 2690251,67 2806219,67 2937404,53 Valor residual de maq. e equipo 431318,54 Recebimentos líquidos 33911811,85 35373639,79 37027282,90

GASTOS Custos fixos 10189210,45 10457008,99 10827462,69 Custos variáveis 18622796,69 19428921,27 20389328,79

Fundaçao 3983548,43 3983548,43 3983548,43 Colheita 8948410,12 9347868,56 9901609,93 Soqueira 5690838,15 6097504,29 6504170,43

Custo total 28812007,14 29885930,26 31216791,48 Lucro bruto 5099804,71 5487709,53 5810491,42 IR 866966,80 932910,62 987783,54 Depreciação 1105227,15 1105227,15 1105227,15 FCO 5338065,06 5660026,06 5927935,04

Inv. máq. e equipo 3747000,00 3747000,00 Capital de giro 9168282,67 14119176,64 14559130,98 15011942,23

Var capital de giro 9168282,67 4950893,97 439954,34 452811,25 Fluxo de caixa líquido -12915282,67 387171,09 5220071,72 1728123,78

Fonte: Dados da pesquisa

4.1.8 Reposição máquinas

Para efeito de cálculo consideramos que a empresa adquire todos

as máquinas e equipamentos novos no momento presente. Após 3 (três)

períodos de depreciação os mesmos são substituídos por máquinas novas. O

valor residual é computado no item recebimentos.

4.2 Empresa Industrial

O parque industrial pode ser subdivido em departamentos, sendo

o primeiro a recepção e moagem de cana, que é uma fase comum a produção

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85

de açúcar e álcool. A partir daí, o caldo obtido da extração da cana-de-açúcar

pode ser direcionado a produção do açúcar, que passa a caracterizar o

segundo departamento, ou a produção de álcool constituindo-se em outro

departamento. Esses departamentos, necessitam de energia e vapor que são

produzidos no departamento de suporte, ai incluindo-se, caldeiras, geradores e

tratamento de efluentes. Ainda pode-se identificar o departamento de

manutenção, as operações executadas em todo parque industrial. A

administração e a comercialização dos produtos são executadas através do

departamento de administração.

4.2.1 Produção Industrial

Com base nos dados apresentados no item formação de preços,

incluindo o teor de ATR, o mix de produção industrial, e no item evolução da

produção agrícola, projeta-se a produção de açúcar e álcool durante o horizonte

de tempo da análise, apresentado no quadro 9 :

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Produção Industrial 1

Qtde. de cana em t 998350,00 Qtde. de ATR em kg 145275055,54 Qtde de ATR em t 145275,06 Qtde. de açúcar mercado interno 5990,65 Qtde. de açúcar mercado externo 47925,19 Qtde. de álcool anidro 26406,00 Qtde. de álcool hidratado 23386,36 Qtde.total de açúcar 53915,84 Qtde. de alcool anidro direto 23987,30 Qtde. de alcool anidro residual 2418,71 Qtde. de alcool hidratado direto 20862,06

Qtde. de alcool hidratado residual 2524,30

Quant de prod. equiv em t de ATR 1

Quant. de AMI em ATR 6287,19 Quant. de AME em ATR 50297,49 Quant. de Aar em ATR 4394,55 Quant. de AhR em ATR 4394,55 Quant. de AaD em A TR 43582,52 Quant. de Ahd em A TR 36318,76 Total 145275,06

Quant de prod em t de cana 1

Quant. de AMI em cana 43206,40 Quant. de AME em cana 345651,18 Quant. de AAr em cana 30199,96 Quant. de Ahr em cana 30199,96 Quant. de AaD em cana 299505,00 Quant. de Ahd em cana 249587,50

!rota I

Quadro 9 - Produção da empresa industrial.

Fonte: Dados da pesquisa

4.2.2 Dados Industriais

86

2 3

1041385,62 1090068,21 151537390,80 158621444,4E

151537,39 158621,44 6248,89 6541,01

49991,09 52328,07 27544,28 28831,92 24394,47 25534,8€ 56239,97 58869,07 25021,31 26191,00

2522,97 2640,92 21761,36 22778,66

2633,11 2756,21

2 3

6558,21 6864,79 52465,65 54918,30 4583,99 4798,28 4583,99 4798,28

45461,22 47586,43 37884,35 39655,36

151537,39 158621,44

2 3

45068,89 47175,76 360551,08 377406,08

31501,78 32974,42 31501,78 32974,42

312415,69 327020,46 260346,41 272517,05

998350,00 1041385,62 1090068,21

Para o cálculo da depreciação e dos seguros é necessário a

determinação do valor dos ativos correspondentes a cada departamento, a vida

útil das máquinas, equipamentos e obras civis, assim como a alíquota de

seguros.

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Tabela 13. Dados para cálculo de depreciação e seguros.

Departamento Vr. inicial (un) Vida útil Seguro

Depreciação Seguros anos %

Extração 8000000,00 20,00 0,7 400000,00 Usina de Acuçar 7000000,00 20,00 0,7 350000,00 Destilaria 5000000,00 20,00 0,7 250000,00 Suporte 13000000,00 20,00 0,7 650000,00 Manutenção 1200000,00 20,00 0,7 60000,00 Total 34200000,00 1710000,00

Fonte: Dados da pesquisa

4.2.3 Demonstrativo de recebimentos e desembolsos

Este item pode ser esquematizado da seguinte forma:

( + ) Vendas de açúcar mercado interno

( + ) Vendas de açúcar mercado externo

( + ) Vendas de açúcar mercado externo

( + ) Vendas de álcool hidratado

( =) Vendas de produtos

( + ) Vendas de subprodutos

( -) Impostos sobre vendas

( =) Total de Vendas Líquida

( -) Despesas com matéria-prima

( -) Depreciação

( -) Seguros

( -) Custos de fabricação

Extração

usina de açúcar

destilaria

suporte

manutenção

( -) Funcionários Produção

56000 49000 35000 91000

8400 239400

87

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( -) Despesas Administrativas

( -) Despesas de comercialização

Açúcar mercado interno

Açúcar mercado externo

Álcool

( -) Reinvestimento

( -) Capital de giro

88

No item recebimento, inclui-se a venda de produtos

industrializados se subprodutos

• Venda de produtos industriais

A receita prevista de uma empresa do setor sucroalcooleiro pode

ser obtido pela equação:

Onde:

Rt = Receita total;

QAMI = Quantidade de açúcar no mercado interno;

P AMI = Preço do açúcar no mercado interno;

QAME = Quantidade do açúcar no mercado externo;

PME = Preço do açúcar no mercado externo;

QAAR = Quantidade de álcool anidro residual;

PAA = Preço do álcool anidro;

QAHR = Quantidade do álcool hidratado residual;

PAH = Preço do álcool hidratado;

(80)

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QMO = Quantidade de álcool anidro direto;

QAHO = Quantidade de álcool hidratado direto;

Qi = Quantidade de subprodutos;

Pj = Preço de subprodutos.

• Vendas de subprodutos

89

No caso da usina em estudo são subprodutos a levedura para

ração animal e o excesso de bagaço" in natura" para caldeiras industriais. Esse

montante corresponde aproximadamente à 3% do valor das vendas totais.

• Impostos e taxas sobre vendas

Sobre as vendas incide impostos de PIS e COFINS,

respectivamente, 0,65% e 3,20%. Sobre o açúcar do mercado interno ICMS e

IPI respectivamente 12% e 5%. Sobre o álcool hidratado o ICMS do estado é

25% e de outros estados 7%.

• Despesas com matéria prima

Referem-se aos gastos com cana de açúcar que podem ser de

origem própria ou de fornecedores. No modelo utilizado considerou-se toda

cana própria produzida em terras de terceiros e preços obtidos pelo método

CONSECANA, uma vez que na avaliação de empresas estão sendo

segmentados os negócios da área agrícola e industrial.

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90

• Depreciação

Como se pretende utilizar o valor presente líquido para aferir o

valor da empresa o que interessa é o fluxo de caixa. No entanto, a depreciação

é calculada para efeito de calculo do imposto de renda.

• Seguros

D=V; 11

Onde:

v; = Valor de Reposição;

11 = Vida útil.

(81)

Os seguros são calculados segundo uma taxa obtida com

seguradoras nacionais e computados sobre o valor dos ativos fixos da

empresas.

Onde

S = Valor dos seguros;

~ = Valor de reposição;

s = taxa seguros.

(82)

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91

• Custos de fabricação

Para calculo dos custos de fabricação segmentou-se a industria

em cinco centros de custos apropriando-se em cada um deles gastos com

materiais e insumos durante a safra.

• Funcionários da produção

Para cálculo do gastos com mão de obra segmentou-se os gastos

na área de produção e área administrativa. Na área da produção computou-se

os salários médios por centro de custo.

• Despesas de comercialização

Computou-se para o caso do açúcar do mercado interno despesas

para embalagem e transporte da usina para o centro consumidor. Para o açúcar

mercado externo, como o transporte é a granel, computou-se apenas transporte

da usina até o Porto de Paranaguá/PR ou Porto de Santos/SP e os gastos com

despesas portuárias até a elevação ao navio.

• Reinvestimentos

Uma empresa do setor sucroalcooleiro na região centro-sul, tem o

período de safra definido entre abril à novembro. Após o término da safra os

equipamentos industriais são totalmente desmontados e reformados, mantendo

pois, a capacidade de produção. Estima-se um custo de R$ 7.500.000,00 para

a adequação da capacidade do parque industrial à meta de produção da

empresa. Como despesas de manutenção de entresafra, que corresponde aos

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92

investimentos de reposição para manutenção da capacidade, a pesquisa de

campo revela um valor de R$ 2,50 por tonelada de cana moída .

• Capital de giro

Um novo investimento de capital, em geral, aumenta o nível das

atividades da empresa representando acréscimo no ativo e passivo circulante.

o capital de giro, segundo LAPPONI (1996) pode ser definido

como a diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante. Segundo o

autor o capital de giro pode ser obtido a partir do fluxo comercial do produto da

seguinte forma.

Contas à receber: Definidas as vendas do período e o prazo de

faturamento dessas vendas, obtém-se o valor que a empresa estará

financiando por período. Com esses valores obtém-se o valor de giro

necessário para a empresa financiar a venda de seus produtos.

Estoque mínimo de produtos acabados: P.ara atender as vendas a

empresa necessita manter um estoque mínimo de produtos acabados. Nesses

produtos acabados foram alocados recursos de matéria-prima, custos de mão­

de-obra e despesas gerais. Conhecido o volume do estoque mínimo de produto

acabado e o valor unitário de todos os custos e despesas, obteremos o valor

capital de giro referente ao estoque de produtos acabados.

Estoque de matérias primas: Para atender à produção é

necessário manter um estoque mínimo de matérias primas. Conhecido o

estoque e o valor das matérias primas e o valor dos produtos em processo

obteremos o valor de capital de giro necessário para manter o estoque de

matérias primas. Como em geral o fornecedor das matérias primas fatura sua

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93

venda, por exemplo: para 30, 60, 90 ou mais dias, a empresa estará recebendo

do fornecedor um financiamento sem nenhum custo aparente; portanto, o valor

do capital de giro total será diminuído deste valor.

Produtos em processo: Como o processo de produção não é

instantâneo, isto é, existe um determinado tempo de processo para obter uma

unidade de produto, recursos de matéria-prima e despesas de mão-de-obra e

gerais são alocados nesses produtos em processo. Desses valores obtém o

valor de capital de giro necessário para manter os produtos em processo.

Numa indústria sucroalcooleira, pela características da

sazonalidade de produção (concentrada de maio a novembro), e de gastos

com manutenção de entresafra (depreciado) a necessidade de capital de giro

deve ser calculada separando-a nos dois períodos.

CG - Vend .*n] + (Desp MP +Seg .+Custo Fab + func prod +desp adm }(n2 +n3 }tDesp MP (n4 -ns)

ind 360

Onde:

CGind = Capital de giro da indústria;

Vendo = Vendas no período;

n] = Prazo de faturamento;

DesPMP = Despesas com matéria-prima;

Sego = Despesas com seguros;

CuStOFab = Custos de fabricação;

func prod = Funcionários da produção;

desPadm = Despesas administrativas;

n2 = Dias de estoque de produtos acabados;

n3 = Dias de processo;

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114 = Número de diasd de estoque de matéria-prima;

115 = Prazo de pagamento à fornecedores de matéria-prima.

Os dados consolidados de recebimentos e desembolsos podem ser

visualizados na tabela 14. Esses valores foram obtidos a partir dos dados

básicos apresentados no anexo.

Tabela 14. Demonstrativos de recebimentos e desembolsos.

Período O 1 2 3

Vendas de açúcar mercado interno 3869958,98 4036780,33 4225491,30 Vendas de açúcar mercado externo 26925715,31 28086395,35 29399375,14 Vendas de álcool anidro 19804502,96 20658210,69 21623938,50 Vendas de álcool hidratado 15902725,45 16588240,24 17363705,51 Vendas de produtos 66502903 69369627 72612510 Vendas de subprodutos 1995087 2081089 2178375 Impostos sobre vendas 4614105 4813004 5038002 Total de Vendas Líquida 63883885 66637711 69752884 Despesas com matéria-prima 36602064 38179859 39964687 Depreciação 1710000 1710000 1710000 Seguros 239400 239400 239400 Custos de fabricação 1899692 1981582 2074216

Extração 546877 570451 597118 usina de açúcar 194409 202789 212269 Destilaria 318086 331798 347309 Suporte 746038 778197 814576 Manutenção 94282 98346 102944

Funcionários Produção 1758240 1758240 1758240 Despesas Administrativas 3107360 3176217 3254109 Despesas de comercialização 6982722 7283724 7624223

Açúcar mercado interno 327346 341457 357419 Açúcar mercado externo 4539200 4734870 4956215

Álcool 2116176 2207397 2310588 Reinvestimento 7500000 2500000 2500000 2500000 Ca~ital de giro 6532322 6801309 7105592

Fonte: Dados da pesquisa

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95

4.2.4 Valor da indústria

Neste item é estruturado o fluxo de caixa líquido da empresa nos

diversos anos definidos no horizonte de tempo característico do ciclo de

negócios do setor sucroalooleiro. Esse fluxo descontado a uma determinada

taxa de juros corresponderá ao Valor Presente Líquido da empresa. Para a

obtenção desse fluxo de caixa, são utilizados valores obtidos no item

recebimentos e desembolsos e consolidados no demonstrativo a seguir:

Demonstrativo de resultado

(+) Vendas

( -) Impostos sobre vendas

( = ) Vendas líquida

( -) Matéria-prima

( -) Despesas de comercialização

( -) Despesas industriais

( = ) Lucro bruto

( -) Despesas administrativas

(=) LO=EBIT

( -) IR

( =) Lucro Líquido

( +) Depreciação

( -) Reinvestimento

( +/- ) Variação no capital de giro

( = ) Fluxo de Caixa Líquido da Empresa

Com os dados obtidos no item recebimento e desembolso, pode­

se calcular o fluxo de caixa líquido apresentado na tabela 15.

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Tabela 15. Estruturação do fluxo de caixa líquido da empresa industrial.

Período

Demonstrativo de resultado Vendas Impostos sobre vendas Vendas líquida Matéria-prima Despesas de comercialização Despesas industriais Lucro bruto Despesas administrativas Juros s capital de giro LO=EBIT IR Lucro Líquido Deprec Reinvestimento Variação no capital de giro Fluxo de Caixa Líq. da Empresa

Fonte: Dados da pesquisa

°

7500000

-7500000,00

4.2.5 Projeção de desempenho

1

66502902,71 4614104,91

61888797,80 36602063,52

6982721,67 5607332,03

12696680,58 3107360,00

0,00 9589320,58 1630184,50 7959136,08 1710000,00 2500000,00 6532322,49

636813,59

2

69369626,60 4813003,97

64556622,63 38179859,46

7283724,10 5689221,57

13403817 ,50 3176217,00

0,00 10227600,50

1738692,09 8488908,42 1710000,00 2500000,00

268986,94 7429921,48

3

72612510,45 5038001,76

67574508,69 39964687,43

7624222,85 5781856,34

14203742,07 3254109,13

0,00 10949632,94

1861437,60 9088195,34 1710000,00 2500000,00

304282,32 7993913,03

Nesta fase é realizada a projeção no período de tempo

considerado para o cálculo do Valor Econômico da Empresa, levando-se em

consideração os dados históricos e os previstos a partir da posição estratégica

que a empresa assume na indústria em que está inserida. Serão desenvolvidos

cenários de desempenho caracterizando situações pessimistas, mais prováveis

e otim istas.

4.2.6 Estimação do custo capital

Neste trabalho a taxa de desconto pode ser referenciada às taxas

de depósitos interbancários (COI), títulos públicos, SELlC, e a remuneração da

caderneta de poupança como indicadores financeiros que comporão o custo de

capital. Como os fluxos de caixa são calculados a preços constantes, essas

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taxas devem ser deflacionadas por um índice de preços a ser escolhido entre

IPeA, calculado pelo IBGE ou IGP-M, calculado pela Fundação Getúlio Vargas.

Tabela 16. Indicadores Financeiros no período de seU99 à seU02.

Indices Ultimos 12 meses Ultimos 24 meses Ultimos 36 meses

CDI 18,42 38,03 62,96 IBX (MÉDIO) -0,72 -19,44 19,43 POUPANÇA 8,90 17,87 28,25 IGP-M 13,32 23,61 42,23 CDI-REAL 4,50 11,67 14,57

Fonte: Relatório Banco Itaú

• Taxa de CDI deflacionada pelo IGP-M.

4.2.7 Estimação valor perpétuo

o valor da perpetuidade como foi visto vem a ser o Valor Presente

do Fluxo de Caixa depois do período de projeção explícita. A estimativa do

Valor da Perpetuidade é um processo de quatro etapas:

Selecionar uma técnica apropriada;

- Decidir qual será o horizonte projetado;

- Estimar os parâmetros da avaliação;

- Avaliação em condições de risco.

No trabalho serão comparados diversos períodos de análise, com

horizonte de tempo bastante longo, eliminando a necessidade de se calcular o

valor da perpetuidade.

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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A im plementação do modelo de avaliação em software Excel

permite aos interessados realizarem simulações a medida que se alterem os

parâmetros técnicos e econômicos considerados. A tabela 17 é construída com

os dados do anexo, que possuem os seguintes valores:

Preço álcool hidratado R$/m3 680

Preço álcool anidro R$/m3 750

Preço açúcar mercado externo U$lb 7,2

Preço açúcar mercado interno U$/sc 9,5

Taxa de câmbio 3,4

POL 15,12

Pureza 87,7

Fibra 12,65

Rendimento de processo 0,88

Produtividade agrícola corte 1 Uha 117

Produtividade agrícola corte 2 Uha 100

Produtividade agrícola corte 3 Uha 84

Produtividade agrícola corte 4 Uha 70

Produtividade agrícola corte 5 Uha 68

Produtividade agrícola corte 6 Uha 60

Produtividade agrícola corte 7 Uha O

Horizonte de tempo (anos) 70

Meta de produção em toneladas 1200000

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Pode-se concluir com esses dados que, o valor presente líquido

obtido quando se utiliza, por exemplo, a taxa de desconto de 10%a.a. é de

R$107432 mil, sendo que o valor da empresa agrícola representa R$35114 mil,

e a empresa industrial R$72317 mil. Este será o valor referencial para eventual

negociação acionária, considerando-se uma empresa sem dívidas. Como já

salientado, desse valor deve-se subtrair o valor líquido das dívidas da empresa.

A taxa de desconto considerada depende do custo de oportunidade requerido

pelo comprador. A medida que este custo aumente, o valor presente diminui

alterando o valor referencial, por exemplo, para R$74416 mil considerando-se

uma taxa de desconto de 13%.

A anualização do valor presente com a taxa de desconto

escolhida, por exemplo, 10% a.a. estima valores moretários anuais de R$3516

mil para a empresa agrícola e R$7241 mil para a industrial.

Tabela 17. Valor da empresa e taxa de juros.

Valor presente líquido Taxa de juros

0,05 0,06 0,07 0,08 0,09 0,1

0,11 0,12 0,13

R$ (mil) agrícola indústria 86778 157023 70369 130145 58064 109978 48591 94442 41124 82187 35114 72317 30190 64223 26091 57479 22632 51783

Fonte: Dados da pesquisa

Total 243801 200514 168043 143033 123310 107432 94414 83571 74416

Valor uniforme líquido R$ (mil)

agrícola indústria 4486 8118 4295 7943 4100 7767 3905 7590 3710 8219 3516 7241 3323 7069 3132 6900 2943 6733

A figura 4 mostra graficamente o comportamento do valor

presente liquido a medida que se altera a taxa de desconto:

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VPL

260000

230000

170000

140000

-Total

80000

500001---~~~~~~_~~~~~~~~~~~~~~~~~~

0.04 0,05 0.05 0,07 0,08 0,09

taxa de Juro$

0.1 0,11 0.12 0,13 0,14

100

Figura 4 - Comportamento do valor presente líquido em relação a taxa de

juros.

Fonte: Dados da pesquisa

Com os mesmos parâmetros já citados mas, simulando-se com

diversos horizontes de tempo pode-se constatar que quando maior este período

e maior a taxa de desconto requerida, menor será a variação do valor presente

líquido, conforme tabela 18 e figura 5. Esses resultados sugerem que

horizontes de 40 à 50 anos são adequados à mensuração do valor de

empresas do setor sucroalcooleiro.

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101

Tabela 18. Valor da empresa taxa de juros e horizonte de tempo em R$ (mil)

Taxa de juros horizonte de tempo

30 35 40 50 60 70 0,05 184962 200240 211591 227879 237639 243800 0,06 161666 172852 180774 191370 197187 200514 0,07 142055 150270 155819 162780 166235 168043 0,08 125436 131489 135388 139971 142044 143033 0,09 111263 115735 118485 121516 122766 123310 0,1 99099 102413 104359 106372 107130 107432

0,11 88596 91059 92440 93784 94246 94414 0,12 79474 81310 82294 83194 83477 83571 0,13 71507 72879 73582 74188 74362 74415

Fonte: Dados da pesquisa

Valor Presente -VPL

108000

107000

106000

105000

104000

103000

102000

101000

100000

99000

~_- 107432

104359

98000 +------,-----,---------,---,--------,---------,

20 30 40 50 60 70 80

horizonte de tempo

Figura 5 - Comportamento do valor presente líquido em relação ao horizonte

de tempo.

Fonte: Dados da pesquisa

Sendo o setor sucroalcooleiro exportador de açúcar, a política

cambial tem especial importância na valorização das empresas, pois alterações

Page 118: VALOR DE EMPRESAS DO SETOR SUCROALCOOLEIRO: UM … · Empresas agrícolas (Avaliação) 3. Indústria açucareira (Economia) 4. Indústria agrícola ... A equipe de colaboradores

102

cambiais fazem com que os emrpresanos, aumentem ou diminuam as

exportações, alterando o fluxo de caixa das empresas, quando se contabiliza

essas transações em moeda nacional. É importante também analisar o impacto

do câmbio nos custos de produção, uma vez muitos insumos utilizados no setor

são atrelados a moedas externas. Para isso o modelo vincula diversas rubricas

de custos, a mudanças na taxa de câmbio. Na tabela 19, obtem-se os valores

presentes líquidos dos fluxos de caixa quando se alteram taza de câmbio e taxa

de juros simultaneamente. Nota-se que para uma taxa de câmbio de 2,6 e para

uma taxa de juros de 10% o valor presente e de R$94213 mil comparado com

R$107432 mil para a taxa de câmbio de 3,4.

Tabela 19. Valor da empresa e taxa de câmbio.

taxa de juros

0,05 0,06 0,07 0,08 0,09 0,1 0,11 0,12 0,13

Fonte: Dados da pesquisa

2,6 214722 176470 147754 125674 108245 94213 82709 73128 65037

taxa de câmbio R$ (mil)

2,8 221992 182481 152842 130014 112011 97518 85635 77738 67381

3 229261 188492 157909 134353 115778 100823 88562 78349 69726

3,2 236531 194503 162976 138693 119544 104127 91488 80960 72070

3,4 243800 200514 168043 143032 123310 107432 94414 83571 74415

A produtividade agrícola é um dos principais parâmetros que

influenciam o valor presente e, conseqüentemente o valor da empresa. Assim

simulando-se os cálculos para um cenário otimista, o valor da empresa passa a

ser R$130707mil comparados com R$107432 mil, no cenário considerado de

produtividade normal. A tabela 20 mostra os diversos valores considerando-se a

produtividade otimista e as diversas taxas de juros.

Como produtividade otimista considerou-se os seguintes

parâmetros em toneladas de cana de açúcar/ha :

Page 119: VALOR DE EMPRESAS DO SETOR SUCROALCOOLEIRO: UM … · Empresas agrícolas (Avaliação) 3. Indústria açucareira (Economia) 4. Indústria agrícola ... A equipe de colaboradores

1° corte 128,7

2° corte 110,0

3° corte 92,4

4° corte 77,0

5° corte 74,8

6° corte 66,0

Tabela 20. Valor da empresa considerando a produtividade de cana de

açúcar otimista.

Valor presente líquido Taxade ____________________ ~R~$~(~m~iIL) __________________ __

juros Agrícola Indústria 0,05 124544 159737 0,06 102847 132780 0,07 86550 112537 0,08 73978 96927 0,09 64049 84603 0,1 56040 74667 0,11 49461 66509 0,12 43971 59705 0,13 39325 53950

Fonte: Dados da pesquisa

total 284281 235627 199087 170906 148652 130707 115971 103676 93275

103

Num cenário pessimista por outro lado, o valor da empresa cai

para R$80450 mil, confome verificado na tabela 21, considerando-se os

seguintes parâmetros de produtividade agrícola em toneladas de cana de

açúcar / ha.

1° corte 105,3

2° corte 90, O

3° corte 75,6

4° corte 63,0

5° corte 61,2

6° corte 54,0

Page 120: VALOR DE EMPRESAS DO SETOR SUCROALCOOLEIRO: UM … · Empresas agrícolas (Avaliação) 3. Indústria açucareira (Economia) 4. Indústria agrícola ... A equipe de colaboradores

Tabela 21. Valor da empresa com produtividade agricola pessimista.

Taxa de juros 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09 0,1

0,11 0,12 0,13

agrícola 41504 31592 24186 18506 14051 10483 7575 5168 3149

Fonte: Dados da pesquisa

Valor presente líquido R$ (mil)

Indústria 154309 127511 107420 91956 79770 69967 61937 55254 49617

total 195813 159102 131605 110462 93821 80450 69512 60422 52765

104

Por outro lado, quando se constrói novos cenários onde preços

possam variar, conforme tabela 21, pode-se constatar na tabela 22, que a uma

taxa de 10% a.a., num ambiente otimista, o valor presente será de R$184047

mil, caindo para R$82735 mil num ambiente pessimista de preços.

Tabela 22. Cenários de preços.

Cenário Otim Nomal Pess

Açúca mercado externo (ct.U$/lb) 7,92 7,2 6,48 Açúcar mercado interno (U$/sc) 10,45 9,5 8,55 Álcool anidro (R$ m3

) 825 750 675 Álcool hidratado (R$/m3

} 748 680 612

Fonte: Dados da pesquisa

Page 121: VALOR DE EMPRESAS DO SETOR SUCROALCOOLEIRO: UM … · Empresas agrícolas (Avaliação) 3. Indústria açucareira (Economia) 4. Indústria agrícola ... A equipe de colaboradores

Tabela 23. Valor da empresa e preços dos produtos.

taxa de juros 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09 0,1

0,11 0,12 0,13

Fonte: Dados da pesquisa

otimista 389740 324593 275658 237910 208094 184047 164293 147808 133858

Valor presente líquido R$ (mil)

nomal 243801 200514 168043 143033 123310 107432 94414 83571 74416

pessimista 190628 156426 130749 110954 95328 82735 72399 63780 56493

105

Page 122: VALOR DE EMPRESAS DO SETOR SUCROALCOOLEIRO: UM … · Empresas agrícolas (Avaliação) 3. Indústria açucareira (Economia) 4. Indústria agrícola ... A equipe de colaboradores

6 CONCLUSÕES

A partir da década de 1990, o setor sucroalcooleiro passou a

atuar num ambiente de livre mercado, sendo que mais de 30 (trinta) fusões e

aquisições aconteceram como forma de adaptação à estrutura de

comercialização existente neste mercado.

Mesmo com este número de transações acionárias, há espaco

para novos negócios, inclusive com a maior participação de capital externo.

Entre os diversos métodos de avaliação econômica, o que utiliza

o valor presente líquido é adequado para mensurar o valor empresas do setor

sucroalcooleiro.

o método do valor presente líquido tem o respaldo da teoria

econômica, em estudos que se referenciam em Modigliani e Miller.

A partir de pesquisa de campo realizada junto a uma empresa de

porte médio, e que produz açúcar e álcool, construiu-se um modelo que utiliza

os parâmetros técnicos e econômicos que influenciam no fluxo de caixa,

im plementando-o em software Excel.

Considerando-se que a construção do fluxo de caixa é

estruturada, com base em dados previstos, o modelo permite simulações com

cenários alternativos, permitindo a visualização dos possíveis valores que uma

Page 123: VALOR DE EMPRESAS DO SETOR SUCROALCOOLEIRO: UM … · Empresas agrícolas (Avaliação) 3. Indústria açucareira (Economia) 4. Indústria agrícola ... A equipe de colaboradores

107

empresa pode assumir, quando da mudança dos parâmetros técnicos e

econômicos.

Os valores obtidos são indicativos, sendo que os valores finais de

negociação dependerão do resultado de negociações dadas as posições

assimétricas que compradores e vendedores assumem.

Page 124: VALOR DE EMPRESAS DO SETOR SUCROALCOOLEIRO: UM … · Empresas agrícolas (Avaliação) 3. Indústria açucareira (Economia) 4. Indústria agrícola ... A equipe de colaboradores

ANEXO:

Coletânea de planilhas que compõe o modelo de avaliação de

empresa

Page 125: VALOR DE EMPRESAS DO SETOR SUCROALCOOLEIRO: UM … · Empresas agrícolas (Avaliação) 3. Indústria açucareira (Economia) 4. Indústria agrícola ... A equipe de colaboradores

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Page 126: VALOR DE EMPRESAS DO SETOR SUCROALCOOLEIRO: UM … · Empresas agrícolas (Avaliação) 3. Indústria açucareira (Economia) 4. Indústria agrícola ... A equipe de colaboradores

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2872

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000,

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3000

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6 32

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3 23

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36

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00

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2775

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91

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91

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104,

50

......

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