convencao coletiva do trabalho do setor sucroalcooleiro goiano

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Sucroalcoleiro Goiano

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  • CONVENO COLETIVA DE TRABALHODO SETOR SUCROALCOOLEIRO GOIANO

    2015/2016

  • com muita satisfao que os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais e a Federao dos Trabalhadores na Agri-cultura do Estado de Gois FETAEG, colocam disposio de todos vocs a 31 Conveno Coletiva de Trabalho do Setor.

    Nestes 31 anos, este importante instrumento tem procurado melhorar as relaes de trabalho no setor em Gois, mas muito ainda h para melhorar. Por

    Nossa luta valiosa, pois conse-guimos durante 31 anos melhorar as condies de vida dos nossos traba-lhadores. Agora vamos representar todos os trabalhadores da Agroinds-tria Sucroalcooleira. JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!

    Jos Maria de Lima - Secretrio de Assalariados da FETAEG.

    isto faam bom proveito, exigindo o cumprimento das clusulas aqui convencionadas e procurem o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de seu Municpio e sindicalizem-se.

    Alair Luiz dos Santos - Presidente da FETAEG

  • 3Conveno Coletiva de Trabalho 2015/2016

    1 - Clusula Primeira - Vigncia e Data-base............................72 - Clusula Segunda - Abrangncia..........................................73 - Clusula Terceira - Piso Salarial...........................................74 - Clusula Quarta - Diria Unificada........................................85 - Clusula Quinta - Reajuste Salarial......................................86 - Clusula Sexta - Dia e Forma de Pagamento.......................97 - Clsula Stima - Canas Bisadas e Canas Cruas..............108 - Clusula Oitava - Horrio para Divulgao dosPreos........................................................................................109 - Clusula Nona - Preo para o Plantio e Aplicaes de De-fensivos Agrcolas.......................................................................1110 - Clusula Dcima - Comprovante de Produo.................1111 - Clusula Dcima Primeira - Tabela de Preos para o Pa-gamento por Produo do Trabalho Manual..............................1212 - Clusula Dcima Segunda - Respeito aos Costumes ...................................................................................................1313 - Clusula Dcima Terceira - Pagamento do 13 Salrio ...................................................................................................1314 - Clusula Dcima Quarta - Adicional de Insalubridade ...................................................................................................1415 - Clusula Dcima Quinta - Assinatura da CTPS...............1416 - Clusula Dcima Sexta - Preferncia para Trabalhadoresdo Local......................................................................................14 17 - Clusula Dcima Stima - Proibio de gatos...............15

    NDICE

  • 4 Setor Canavieiro Goiano

    18 - Clusula Dcima Oitava - Comunicao de Dispensa ...................................................................................................1619 - Clusula Dcima Nona - Comunio de Punio.............1620 - Clusula Vigsima - Proibio de Punio.......................1621 - Clusula Vigsima Primeira - Fornecimento de Ferrra-mentas de Trabalho...................................................................1722 - Clusula Vigsima Segunda - Proibio de Discrimina-o.............................................................................................1823 - Clusula Vigsima Terceira - Jornada de Trabalho.........1824 - Clusula Vigsima Quarta - Jornada de Trabalho...........1825 - Clusula Vigsima Quinta - Banco de Horas...................2026 - Clusula Vigsima Sexta - Descanso Semanal Remunera-do...............................................................................................2027 - Clusula Vigsima Stima - Ausncia Remunerada........2128 - Clusula Vigsima Oitava - Horas In Itinere e Forma de Pagamento.................................................................................2129 - Clusula Vigsima Nona - Condio Especial paraEstudante...................................................................................2230 - Clusula Trigsima - Condio Especial para a Trabalhadora..............................................................................2231 - Clusula Trigsima Primeira - Jornada Diferenciada ...................................................................................................2232 - Clusula Trigsima Segunda - Pagamento de Frias e Outras Verbas............................................................................2333 - Clusula Trigsima Terceira - Aplicao de Defensivos Agrcolas....................................................................................2334 - Clusula Trigsima Quarta - gua Potvel......................2435 - Clusula Trigsima Quinta - Atestados Mdicos.............24

  • 5Conveno Coletiva de Trabalho 2015/2016

    36 - Clusula Trigsima Sexta - SESMT.................................2537 - Clusula Trigsima Stima - Transporte Seguro e gratuto ...................................................................................................2538 - Clusula Trigsima Oitava - Transporte do Trabalhador Doente........................................................................................2639 - Clusula Trigsima Nona - Livre Exerccio da Atividade Sindical.......................................................................................2740 - Clusula Quadragsima - Delegacias Sindicais..............2741 - Clusula Quadragsima Primeira - Licena para Partici-pao em Atividade Sindical......................................................2842 - Clusula Quadragsima Segunda - Mensalidade Sindical ...................................................................................................2943 - Clusula Quadragsima Terceira - Contribuio Assisten-cial.............................................................................................2944 - Clusula Quadragsima Quarta - Ao Conjunta em De-fesa do Setor..............................................................................3045 - Clusula Quadragsima Quinta - Campanha ContraFaltas..........................................................................................3046 - Clusula Quadragsima Sexta - Detalhamento Sobre a Representao e Organizao..................................................3147 - Clusula Quadragsima Stima - Soluo das Divergen-cias............................................................................................3148 - Clusula Quadragsima Oitava - Convocao Especfi-ca...............................................................................................3249 - Clusula Quadragsima Nona - Respeito Conveno ...................................................................................................3250 - Clusula Quinquagsima - Aplicao do Instrumento Co-letivo...........................................................................................32

  • 51 - Clusula Quinquagsima Primeira - Multa por Descumpri-mento.........................................................................................3352 - Clusula Quinquagsima Segunda - Prorrogao e Revi-so.............................................................................................3353 - Clusula Quinquagsima Terceira - Regras de Transio de Representatividade...............................................................3354 - Clusula Quinquagsima Quarta - Efeitos da Conven-o.............................................................................................34

  • 7Conveno Coletiva de Trabalho 2015/2016

    CONVENO COLETIVA DE TRABALHO 2015/2016 NMERO DA SOLICITAO: MR015410/2015

    FEDERAO DOS TRABALHADORES NA AGRI-CULTURA DO EST GOIS- FETAEG E SINDICATOS DOS TRABALHADORES RURAIS EM GOIS (REPRE-SENTANDO OS TRABALHADORES) E SINDICATO DA INDSTRIA DE FABRICAO DE ETANOL DO ES-TADO DE GOIS SIFAEG, SINDICATO DA IND DE FAB. DE ACAR DO EST DE GOIS SIFACAR, FEDERAO DA AGRICULTURA E PECURIA DE GOIS-FAEG E SINDICATOS RURAIS (REPRESEN-TANDO OS EMPREGADORES), celebram a presente CONVENO COLETIVA DE TRABALHO, estipulando as condies de trabalho previstas nas clusulas seguintes:

    CLUSULA PRIMEIRA - VIGNCIA E DATA-BASE As partes fixam a vigncia da presente Conveno Coletiva de Trabalho no perodo de 20 de maro de 2015 a 19 de maro de 2016 e a data-base da categoria em 20 de maro.

    CLUSULA SEGUNDA - ABRANGNCIA A presente Conveno Coletiva de Trabalho abranger a(s) categoria(s) dos empregados rurais do setor sucroalcooleiro no Estado de Gois, com abrangncia territorial em GO.

    Salrios, Reajustes e Pagamento Piso Salarial

    CLUSULA TERCEIRA - PISO SALARIAL O piso salarial da ca-

  • 8 Setor Canavieiro Goiano

    tegoria dos trabalhadores na lavoura canavieira, a partir de 20/03/15, no ser inferior a R$ 910,00 (Novecentos e dez reais) mensais.

    CLUSULA QUARTA - DIRIA UNIFICADA Respei-tando-se as prticas e os acertos j existentes no mbito das empresas, que lhes garantem remunerao superior, os empre-gados rurais que prestarem servios por dia e por produo, desde que cumpram integralmente a jornada diria e salvo os casos em que a empresa dispensar o empregado antes de cumprir integralmente a jornada, tero valor salarial, a partir de 20 de maro de 2015, a diria nunca inferior a R$ 30,33 (Trinta reais e trinta e trs centavos).

    PARGRAFO NICO O trabalho no corte manual de cana apenas em parte do dia, com a obrigao do empregado cumprir o restante da jornada em outras atividades, no pode ser adotado como prtica normal das empresas ou com finalidade punitiva, ficando restrito a situaes eventuais e inesperadas.

    Reajustes/Correes Salariais

    CLUSULA QUINTA - REAJUSTE SALARIAL Os empregados rurais representados nesta Conveno Co-letiva de Trabalho que percebam salarios com valores superiores ao piso salarial (Clusula 3) e no sejam remunerados por produo na forma da clusula 11 (Tabela de preos para o pagamento por produo do trabalho manual), tero seus salrios reajustados em 5% (cinco por cento), a partir de 01 de Maio de 2015 e sobre os salrios de abril de 2014.

    PARGRAFO PRIMEIRO: Sero compensados todos os reajustes e aumentos, espontneos ou compulsrios, concedi-dos de 20/03/2014 a 19/03/2015, salvo os decorrentes de pro-

  • 9Conveno Coletiva de Trabalho 2015/2016

    moo, mrito, transferncia, equiparao salarial, implemento de idade e trmino de aprendizagem.

    Pagamento de Salrio Formas e Prazos

    CLUSULA SEXTA - DIA E FORMA DE PAGAMENTO Os empregadores rurais pagaro semanal ou quinzenalmente os salrios dos seus empregados, em dinheiro, cheques e/ou depositando os valores em conta bancria, preferencialmente em conta-salrio ou conta-poupana.

    PARGRAFO PRIMEIRO O pagamento dever ser efe-tuado mediante contra-cheque ou recibo, devendo o empregado receber comprovante do pagamento efetuado.

    PARGRAFO SEGUNDO Neste comprovante devero estar discriminados a remunerao do empregado, o nome do empregador, o nome e nmero do empregado, a quantia lquida paga, os dias de servio trabalhados, a natureza do trabalho executado, o total da produo, seu valor, incluindo-se e dis-criminando-se horas-extras, horas in itinere, adicional de insalubridade e outras verbas porventura existentes.

    PARGRAFO TERCEIRO Eventuais alteraes na periodicidade do pagamento sero precedidas de consulta e aprovao pelos trabalhadores, em reunio na empresa, para a qual ser notificado por escrito o respectivo sindicato dos trabalhadores rurais, com antecedncia mnima de 15 dias, ficando facultada a participao dos representantes do sindicato na referida reunio.

    PARGRAFO QUARTO No caso de pagamento quinze-nal, este ser efetuado s sextas-feiras (ou sbados, conforme o costume), de forma alternada e de sorte a que o pagamento ocorra efetivamente a cada 15 (quinze) dias.

    PARGRAFO QUINTO Deliberada a adoo dessa

  • 10 Setor Canavieiro Goiano

    sistemtica, as empresas anunciaro sua implementao com antecedncia de 15 (quinze) dias.

    PARGRAFO SEXTO Fica mantido o sistema de paga-mento mensal, obedecidos os limites da lei, aos empregados que atualmente recebem os salrios nessa periodicidade.

    CLUSULA STIMA - CANAS BISADAS E CANAS CRUAS Os preos para o corte manual de canas bisadas (assim entendidas aquelas que, tendo atingido suas ideais condies para o corte, tenham ficado pendentes de uma safra para outra), e de cana crua para moagem e para plantio ma-nual, sero negociados entre as partes, nos locais de trabalho, sendo facultada a participao dos representantes sindicais dos trabalhadores. Em no havendo acordo, a participao desses garantida, caso solicitada pelos trabalhadores.

    CLUSULA OITAVA - HORRIO PARA DIVULGAO DOS PREOS Os preos dos servios executados no corte manual de cana de aucar por produo, sero estabelecidos previamente, mediante acordo entre as partes interessadas e sero fornecidos pelo gerente ou fiscal do empregador rural no incio do pega ou, no mximo, at s 09:00 (nove) horas do dia do incio do servio.

    PARGRAFO PRIMEIRO Havendo outros pegas no mesmo dia, o preo ser fornecido no incio dos mesmos.

    PARGRAFO SEGUNDO Na medio da cana cortada manual, bem como nos demais servios que exigirem medio, ser usada uma medida padro (compasso de 2 metros com ponta de ferro) aferida pelos prprios trabalhadores e seus representantes sindicais e a empresa, servindo o Instituto Nacional de Pesos e Medidas INPM como rbitro em caso de controvrsias.

  • 11Conveno Coletiva de Trabalho 2015/2016

    PARGRAFO TERCEIRO A medio da cana no corte manual ser efetuada eito a eito para cada trabalhador pelo fiscal ou coordenador de turma.

    CLUSULA NONA - PREO PARA O PLANTIO E APLI-CAO DE DEFENSIVOS AGRCOLAS O preo para o trabalho de plantio e capina manuais da cana executado por produo, ser negociado entre empregadores e empregados rurais no prprio local de trabalho, podendo participar seus representantes.

    PARGRAFO NICO: Quando o preo da aplicao ma-nual de defensivos agrcolas for por produo sera negociado entre empregadores e empregados rurais no prprio local de trabalho, podendo participar seus representantes.

    Salrio produo ou tarefa

    CLUSULA DCIMA - COMPROVANTE DE PRO-DUO No incio da jornada de trabalho do dia seguinte, ou no final da jornada de trabalho, se essa j for a prtica, os empregadores fornecero a cada empregado no corte manual um comprovante de sua produo diria com o nome e nme-ro do empregado, o nmero de metros de servio praticado, especificando e classificando o preo desse servio. Podero ser mantidas outras normas tradicionalmente praticadas, em casos especiais, desde que ofeream as mesmas caractersticas de especificao acima.

    PARGRAFO PRIMEIRO Os empregadores fornecero, igualmente, comprovante da produo aos demais empregados que executam servios manuais de produo diversos do corte manual de cana, bem como para os diaristas que executam trabalho manual, contendo os dados necessrios e obrigatrios

  • 12 Setor Canavieiro Goiano

    dispostos no caput desta clusula.PARGRAFO SEGUNDO Se houver necessidade da

    retirada da cana do canavial antes de encerrado o corte dirio, ela ter de ser medida antes da retirada, na presena do corta-dor ou de seu representante, que ser informado da medio.

    CLUSULA DCIMA PRIMEIRA - TABELA DE PRE-OS PARA O PAGAMENTO POR PRODUO DO TRABALHO MANUAL Respeitando-se as prticas locais que j garantem remunerao superior, os empregados rurais que prestarem servios no corte manual de cana por produo, recebero suas remuneraes mnimas, com base no preo da cana cortada por metro corrido ou linear, enleiradas em 5 (cin-co) linhas.Nos eitos sobre terraos, as 05 (cinco) linhas tero seus preos acrescidos, at o 3(terceiro) corte, em 25% (vinte e cinco por cento), e o 4 e 5 cortes em 5% (cinco por cento), em relao aos constantes da tabela.Os preos para a cana queimada, a partir de 20/03/2015, obedecero seguinte tabela:Tabela de Denominao, Classificao e Preos da cana queimada:

    PARGRAFO PRIMEIRO As referncias acerca de tone-lagem por hectare constantes da tabela, serviro de parmetro apenas para dirimir dvidas surgidas quanto classificao, denominao e fixao do preo da cana.

    TIPO

    123456

    TONELAGEM POR HECTARE

    PREOS POR METRO LINEAR EM P CADA

    110-129100-109 90-9970-8950-69At 49

    0,4376 0,54680,3828 0,47910,3457 0,43240,2918 0,36450,2185 0,27340,1452 0,1821

  • 13Conveno Coletiva de Trabalho 2015/2016

    PARGRAFO SEGUNDO Os empregadores rurais que se interessarem no amontoamento da cana, se comprometem a negociar a esse respeito com os prprios empregados.

    PARGRAFO TERCEIRO Quando o corte da cana for realizado em lavoura com presena do capim colonio, ou outra erva daninha, que dificulte os servios de corte de cana, o preo a ser pago ser negociado entre as partes, tendo como referencial mnimo os valores fixados na tabela desta Clusula. Os empregadores devero lanar no comprovante de produ-o dirio do trabalhador, o percentual de acrscimo que for negociado na hiptese prevista neste pargrafo.

    PARGRAFO QUARTO Os preos para o corte de cana cuja tonelagem por hectare ultrapassar 129 (cento e vinte e nove) toneladas por hectare, tero acrscimo de 20% (vinte por cento) sobre a cana Tipo 1, da tabela desta clusula.

    Outras normas referentes a salrios, reajustes, pagamentos e critrios para clculo

    CLUSULA DCIMA SEGUNDA - RESPEITO AOS COSTUMES Os servios de corte manual de cana atrs re-feridos, devero obedecer s normas correntes, que lhes so prprias, conforme o uso, o sistema, os costumes e tcnicas locais.

    Gratificaes, Adicionais, Auxlios e Outros 13 Salrio

    CLUSULA DCIMA TERCEIRA - PAGAMENTO DO 13 SALRIO Aos empregados que recebem por produo, nas atividades de plantio e corte manual de cana de acar, a remunerao referente a 13 Salrio ser calculada com base na mdia da remunerao do empregado nos ltimos 06 (seis)

  • 14 Setor Canavieiro Goiano

    meses trabalhados ou do perodo trabalhado, quando este for inferior, ou dos ltimos 30 (trinta) dias trabalhados, caso este tenha valor superior ao da mdia encontrada.

    PARGRAFO NICO Para as demais atividades, no previstas no caput desta clusula, o pagamento ser de acordo com lei.

    Adicional de Insalubridade

    CLUSULA DCIMA QUARTA - ADICIONAL DE INSA-LUBRIDADE O Adicional de insalubridade, quando devido, ser pago na forma da lei.

    Contrato de Trabalho Admisso, Demisso,Modalidades Normas para Admisso/Contratao

    CLUSULA DCIMA QUINTA - ASSINATURA DA CTPS Os empregadores assinaro a Carteira de Trabalho de todos os empregados que lhes prestem servios, devendo a mesma ser devolvida ao empregado, pelo empregador ou preposto, com as devidas anotaes, no prazo mximo de 48 (quarenta e oito) horas, de acordo com o que dispe o artigo 29 da CLT, bem como cumpriro todas suas obrigaes tra-balhistas e sociais.

    PARGRAFO NICO A cpia do contrato de tra-balho ser entregue ao trabalhador no ato da devoluo da CTPS.

    CLUSULA DCIMA SEXTA - PREFERNCIA PARA TRABALHADORES DO LOCAL Os empregadores rurais daro preferncia contratao de trabalhadores dos munic-pios sedes das usinas e destilarias, do local da cana plantada e

  • 15Conveno Coletiva de Trabalho 2015/2016

    dos municpios vizinhos, desde que estes trabalhadores retor-nem ao seu municpio ao final da jornada diria de trabalho.

    PARGRAFO PRIMEIRO Para eventual contratao de trabalhadores em municpios de outros Estados ou Regies, o empregador dever consultar previamente (por escrito) os sindicatos de trabalhadores rurais dos municpios que com-pem a sua rea de produo quanto existncia ou no de mo-de-obra disponvel para o trabalho na lavoura de cana e que esteja interessada em participar do mencionado processo seletivo, ficando registrado que, nessa hiptese, o empregador dar preferncia aos aprovados na seleo, na conformidade de sua opo sem que isso implique em obrigatoriedade de contratao.

    PARGRAFO SEGUNDO Adotando o procedimento previsto no Pargrafo anterior, os sindicatos devero se pro-nunciar no prazo mximo de 5 (cinco) dias.

    PARGRAFO TERCEIRO Quando os empregadores contratarem trabalhadores em municpios de outros Estados ou Regies, obedecidos os procedimentos estabelecidos nos pargrafos anteriores, no lhes pagaro salrios diferentes dos que forem pagos aos trabalhadores da sede do local dos servios.

    PARGRAFO QUARTO Nos casos de contratao de trabalhadores em municpios de outros Estados ou Regies, o empregador fornecer alojamento gratuito, sem carter salarial, observando as normas de segurana, sade e higiene.

    CLUSULA DCIMA STIMA - PROIBIO DE GA-TOS Os empregadores no podero utilizar gatos na con-tratao de empregados para prestar-lhes servios na lavoura de cana, devendo designar um preposto para represent-los perante os empregados.

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    Desligamento/Demisso

    CLUSULA DCIMA OITAVA - COMUNICAO DE DISPENSA Os empregados s sero considerados demitidos pelos empregadores se receberem comunicao por escrito, com uma via para o empregado, sob pena de no ser conside-rada a demisso.

    PARGRAFO NICO As rescises contratuais de todos os empregados abrangidos por esta Conveno Coletiva deve-ro ter sua quitao apresentada para homologao no Sindi-cato dos Trabalhadores Rurais que representa o trabalhador, sob pena de no ter o instrumento de quitao qualquer valor probante, assegurado, todavia, no caso dos safristas, o prazo de 10 (dez) dias para a quitao das verbas rescisrias, contados a partir da extino do contrato de trabalho.

    Relaes de Trabalho Condies de Trabalho,Normas de Pessoal e Estabilidades Normas Disciplinares

    CLUSULA DCIMA NONA - COMUNIO DE PUNI-O Para aplicao da pena de suspenso ao empregado, esta ter que ser comunicada, por escrito, indicando o dia e hora da prtica da infrao e relatando os motivos da aplicao da penalidade, e na presena de 2 (duas) testemunhas.

    CLUSULA VIGSIMA - PROIBIO DE PUNIO Fica vedada qualquer punio ao trabalhador que tenha parti-cipado da negociao desta Conveno Coletiva de Trabalho, ou de movimento reivindicatrio ou greve, ocorrido em virtude desta negociao, pelo cumprimento das clusulas aqui conven-cionadas, ou pela garantia de qualquer outro direito legalmente assegurado, inclusive a transferncia para trabalho isolado dos

  • 17Conveno Coletiva de Trabalho 2015/2016

    demais trabalhadores da mesma propriedade e funo, desde que o mesmo tenha atuado dentro da legalidade.

    Ferramentas e Equipamentos de Trabalho

    CLUSULA VIGSIMA PRIMEIRA - FORNECIMENTO DE FERRAMENTAS DE TRABALHO Os empregadores rurais fornecero aos seus empregados, sem nus para estes, as ferramentas (podo, enxada, foice, afiadores, enxado), necessrias e indispensveis ao cumprimento de servios a eles atribudos, sendo que, no ato da resciso do contrato ser descontado do empregado o valor da ferramenta que no for devolvida ao empregador.

    PARAGRAFO PRIMEIRO Os empregadores rurais fornecero, sem custos para o empregado, os equipamentos de proteo individual exigidos por lei, tais como botas, lu-vas, culos, bons, e caneleiras, os quais sero devolvidos ao empregador, por ocasio da extino do contrato de trabalho ou do trmino da atividade que os exigiu.

    PARGRAFO SEGUNDO Os empregadores disponibiliza-ro sempre dois pares de luvas e dois pares de mangotes a seus em-pregados, possibilitando assim a higienizao destes equipamentos.

    PARGRAFO TERCEIRO Para os trabalhadores nas funes de corte manual de cana para moagem, corte manual de cana para plantio, plantio manual de cana, capina, aplica-o de defensivos agrcolas, catao de bituca e servios de irrigao nas lavouras de cana os empregadores fornecero uniformes, sem custo para os empregados, compreendendo 02 (dois) pares de botas, 02 (duas) calas e 02 (duas) camisas, substituindo-os quando necessrio, os quais sero devolvidos aos empregadores por ocasio da extino do contrato de trabalho ou trmino da atividade.

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    PARAGRAFO QUARTO: Para as demais atividades os empregadores fornecero uniformes, sem custo para os empre-gados, compreendendo 01 (um) par de bota, 02 (duas) calas e 02 (duas) camisas, substituindo-os quando necessrio, os quais sero devolvidos aos empregadores por ocasio da extino do contrato de trabalho ou trmino da atividade.

    PARGRAFO QUINTO: Para aquelas empresas que no fornecem os uniformes para as atividades mecanizadas tero o prazo de at 60 (sessenta) dias para o fornecimento.

    Igualdade de Oportunidades

    CLUSULA VIGSIMA SEGUNDA - PROIBIO DE DISCRIMINAO Fica probida qualquer discriminao em razo de idade e sexo, oferecendo-se igual oportunidade de trabalho a todos e a todas.

    Jornada de Trabalho Durao,Distribuio, Controle, Faltas Durao e Horrio

    CLUSULA VIGSIMA TERCEIRA - JORNADA DE TRABALHO A jornada de trabalho nas atividades de corte e plantio manuais ser de segunda a sbado. A jornada diria de segunda a sexta-feira ser das 07:00 s 16:00 horas, com uma hora de intervalo para refeio e descanso e, aos sbados, das 07:00 s 11:00 horas, facultada a pr-assinalao.

    CLUSULA VIGSIMA QUARTA - JORNADA DE TRA-BALHO A jornada normal de trabalho dos beneficirios desta conveno de 44 (quarenta e quatro) horas semanais e 220 (duzentos e vinte) horas mensais.

    PARGRAFO PRIMEIRO - A jornada diria de 8 (oito)

  • 19Conveno Coletiva de Trabalho 2015/2016

    horas de segunda a sexta-feira, acrescida do intervalo para refeio e descanso (de 1 a 2 horas), e mais 4 (quatro) horas aos sbados, podendo-se celebrar acordos.

    PARGRAFO SEGUNDO - admitida a adoo de um ou mais turnos de trabalho, sendo que a jornada normal em qualquer dos casos ser considerada de 44 (quarenta e quatro) horas semanais e 220 (duzentos e vinte) horas mensais.

    PARGRAFO TERCEIRO - No caso de adoo de trs turnos fixos, as turmas trabalharo nos horrios para os quais forem escaladas, sendo assegurada uma folga semanal e sua coincidncia com o domingo ao menos uma vez a cada sete semanas e a fruio do intervalo para refeio e descanso no inferior a 1 (uma) hora.

    PARGRAFO QUARTO - Poder haver prorrogao, compensao ou antecipao das jornadas, previamente acor-dadas, devendo as horas praticadas e no compensadas serem apuradas e pagas na forma da lei.

    PARGRAFO QUINTO - Faculta-se a adoo do trabalho em turnos ininterruptos de revezamento, desde que observada a jornada normal de 44 (quarenta e quatro) horas semanais e 220 (duzentos e vinte) horas mensais, nos termos do art. 7, XIV, da Constituio Federal e da Smula 423/TST e a fruio do intervalo para refeio e descanso no inferior a 1 (uma) hora.

    PARGRAFO SEXTO As empresas respeitaro todos os feriados fixados por lei federal, estadual ou municipal, desde que no contrariem as Leis ns. 6.802 (30/06/80), 9.093 (12/09/95) e 10.607 (19/12/02), no mbito dos municpios, facultando-se aos empregadores, entretanto, a adoo de Escala Anual de Dias Pontes, atravs da qual os feriados podem ser remanejados de sorte a agruparem-se no incio ou no final da semana, evitando-se, sempre que possvel, os feriados entre dois dias normais de trabalho.

  • 20 Setor Canavieiro Goiano

    PARAGRAFO STIMO - As empresas podero adotar jornada diria de nove horas de segunda a quinta e de oito horas na sexta-feira, compensando-se assim o sbado. Adotando-se esse regime, se o trabalhador for chamado pela empresa para prestao de servios no sbado, as horas que trabalhar ser consideradas horas extras e remuneradas ou compensadas na forma da Lei.

    Compensao de Jornada

    CLUSULA VIGSIMA QUINTA - BANCO DE HORAS As entidades de representao profissional, que firmarem a presente conveno coletiva de trabalho, participaro e subs-crevero os acordos coletivos para implantao do BANCO DE HORAS, elaborado no mbito das empresas nos termos da lei.

    Descanso Semanal

    CLUSULA VIGSIMA SEXTA - DESCANSO SE-MANAL REMUNERADO Os empregadores pagaro aos empregados no corte e plantio manual de cana de aucar que trabalharem durante os 6 (seis) dias da semana, o re-pouso semanal remunerado, assegurando-lhes, desta forma, folga remunerada aos domingos, esclarecendo-se que os empregados que prestarem servios base de produo, tero direito de receb-lo de acordo com a mdia salarial semanal.

    PARGRAFO NICO Em casos especiais no corte e plantio manual de cana de aucar poder ocorrer a realizao de trabalho aos domingos, desde que aprovado pelos trabalhadores envolvidos, remunerando na forma da lei.

  • 21Conveno Coletiva de Trabalho 2015/2016

    Controle da Jornada

    CLUSULA VIGSIMA STIMA - AUSNCIA REMU-NERADA Fica assegurado ao trabalhador rural na atividade de corte e plantio manual de cana o pagamento de seus salrios nos dias em que no trabalhar em virtude de motivos alheios a sua vontade, desde que comprovada a sua presena no ponto costumeiro de embarque, calculado o pagamento de acordo com a mdia salarial semanal.

    PARGRAFO PRIMEIRO Em caso de atraso, os empre-gados permanecero no ponto de embarque pelo prazo mximo de 2 (duas) horas, aps o horrio costumeiro.

    PARGRAFO SEGUNDO Para as demais atividades, no previstas no caput desta clusula, o pagamento ser de acordo com lei.

    CLUSULA VIGSIMA OITAVA - HORAS IN ITINERE E FORMA DE PAGAMENTO Para os trabalhadores que tenham direito a salrio in itinere, na condio do art. 58, 2 da CLT, fica convencionado o tempo pr-fixado de 01 (uma) hora in itinere por dia efetivamente trabalhado, independente do nmero de horas trabalhadas no dia.

    PARGRAFO PRIMEIRO - As horas in itinere sero calculadas sobre o piso salarial da categoria, previsto na clu-sula terceira (do piso salarial) desta Conveno.

    PARGRAFO SEGUNDO - As horas in itinere sero pagas, na forma prevista na clusula stima, a ttulo de salrio in itinere no valor de R$ 6,20 (seis reais e vinte centavos) por hora, equivalente ao tempo pre-fixado no caput, com base no clculo do valor/hora do piso salarial da categoria, acrescido do adicional de 50%, por ser hora extraordinria.

    PARAGRAFO TERCEIRO - Os valores recebidos pelo

  • 22 Setor Canavieiro Goiano

    empregado a ttulo de horas in itinere refletiro no clculo do valor do Descanso Semanal Remunerado - DSR

    Jornadas Especiais (mulheres, menores, estudantes)

    CLUSULA VIGSIMA NONA - CONDIO ESPE-CIAL PARA ESTUDANTE Fica assegurado ao empregado estudante o direito de se ausentar do trabalho nos perodos de estgio ou outras atividades exigidas pela escola, conside-rando-se falta justificada, porm no remunerada, desde que o empregado comprove tal situao mediante declarao ou outro documento fornecido pela escola.

    PARGRAFO NICO: Para atender ao disposto no caput desta clusula, fica assegurado ao empregador limitar o nmero de vagas para estgios com o objetivo de no prejudicar seu processo produtivo.

    CLUSULA TRIGSIMA - CONDIO ESPECIAL PARA A TRABALHADORA Fica assegurado, empregada rural na lavoura canavieira, que desenvolva sua funo no corte ou plantio manual de cana, o direito de se ausentar do traba-lho no perodo menstrual, considerando-se falta justificada, porm no remunerada. Fica assegurado o pagamento salarial correspondente, desde que fique comprovada, com atestado mdico fornecido na forma prevista na Clusula Trigsima Quinta, sua impossibilidade de comparecimento ao trabalho naquele perodo.

    Outras disposies sobre jornada

    CLUSULA TRIGSIMA PRIMEIRA - JORNADA DI-FERENCIADA A FETAEG e os sindicatos de trabalhadores

  • 23Conveno Coletiva de Trabalho 2015/2016

    rurais se comprometem a discutir com os empregados rurais de suas bases, sobre a possibilidade de adoo de jornadas diferenciadas de trabalho para as atividades de corte e plantio manual, englobando rotatividade de folga e trabalho aos do-mingos, e submeter a proposta patronal, com sua motivao, Assembleia Geral Extraordinria da categoria profissional, no respectivo sindicato, ficando a adoo da mencionada sis-temtica condicionada aprovao da proposta pela maioria dos presentes na referida assembleia.

    Frias e Licenas Remunerao de Frias

    CLUSULA TRIGSIMA SEGUNDA - PAGAMENTO DE FRIAS E OUTRAS VERBAS Aos empregados que recebem por produo, nas atividades de plantio e corte manual de cana de acar, a remunerao referente a frias e, em caso de extino do contrato de trabalho, tambm das demais verbas rescisrias, ser calculada com base na mdia da remunerao do empregado nos ltimos 06 (seis) meses trabalhados ou do perodo trabalhado, quando este for inferior, ou dos ltimos 30 (trinta) dias trabalhados, caso este tenha valor superior ao da mdia encontrada.

    PARGRAFO NICO Para as demais atividades, no previstas no caput desta clusula, o pagamento ser de acordo com lei.

    Sade e Segurana do TrabalhadorCondies de Ambiente de Trabalho

    CLUSULA TRIGSIMA TERCEIRA - APLICAO DE DEFENSIVOS AGRICOLAS A aplicao de defensivos agrcolas ser realizada observando-se a prescrio do receitu-

  • 24 Setor Canavieiro Goiano

    rio agronmico no que diz respeito dosagem, s condies de trabalho e proteo indispensvel para todos os trabalha-dores envolvidos na aplicao, bem como, na preservao e conservao do meio ambiente, obedecidas as prescries legais, e o uso obrigatrio dos equipamentos de proteo, pelos empregados e empregadores.

    PARGRAFO PRIMEIRO Os empregados designados para a aplicao de defensivos agrcolas, sero previamente submetidos a exame mdico para atestar sua aptido, sem nus para o empregado, devendo o exame ser repetido trimestral-mente, nas mesmas condies.

    PARGRAFO SEGUNDO Ao final da jornada diria de trabalho, ser destinado local apropriado para banho e troca de roupa para os empregados que desempenham essa funo.

    PARGRAFO TERCEIRO Constatada a inadaptao para este servio, firmada em atestado por mdico credenciado, o empregado ser transferido para outra funo.

    CLUSULA TRIGSIMA QUARTA - GUA POTVEL Os empregadores fornecero gua potvel no local de trabalho, que dever ser armazenada em recipiente que garanta a sua qualidade.

    Aceitao de Atestados Mdicos

    CLUSULA TRIGSIMA QUINTA - ATESTADOS M-DICOS Para as atividades manuais (corte e plantio de cana) fica assegurado o pagamento do salrio pelos empregadores durante os primeiros 15 (quinze) dias do afastamento do em-pregado por motivo de doena ou acidente, calculado de acordo com a mdia salarial dos ltimos 07 (sete) dias trabalhados em caso de acidente e, sobre a mdia salarial dos ltimos 30 dias

  • 25Conveno Coletiva de Trabalho 2015/2016

    trabalhados em caso de doena, ou a partir de sua admisso, quando este intervalo for inferior, comprovado por atestado na forma da lei, firmado por mdicos ou odontlogos creden-ciados pelos rgos da Previdncia Social, sem nus para o empregado.

    PARGRAFO PRIMEIRO - Os empregadores se compro-metem a fazer uma campanha de esclarecimento junto aos seus empregados no sentido de exigir que os emitentes do Atestado Mdico indiquem o nmero do CID (Cdigo Internacional da Doena), evitando-se prejuzos aos mesmos.

    PARGRAFO SEGUNDO Os atestados entregues at a data do fechamento (apurao) sero pagos no prazo normal do perodo a que se referem.

    PARGRAFO TERCEIRO Os empregadores ficaro desobrigados do cumprimento desta clusula a partir do mo-mento em que o governo assumir integralmente essa obrigao.

    PARGRAFO QUARTO Para as demais atividades, no previstas no caput desta clusula, o pagamento ser de acordo com a lei.

    Outras Normas de Preveno deAcidentes e Doenas Profissionais

    CLUSULA TRIGSIMA SEXTA - SESMT A critrio dos em-pregadores, fica autorizado a aplicao do art. 31.6.10 da NR-31.

    Outras Normas de Proteo ao Acidentado ou Doente

    CLUSULA TRIGSIMA STIMA - TRANSPORTE SEGURO E GRATUITO Os empregadores rurais fornecero transporte seguro e gratuito para o local de trabalho aos seus empregados rurais na atividade de corte manual de cana de

  • 26 Setor Canavieiro Goiano

    aucar, conduzido por motoristas habilitados, evitando-se o excesso de velocidade, observando as normas da NR 31.

    PARGRAFO PRIMEIRO Os veculos utilizados pelos empregadores rurais para o transporte dos empregados rurais no corte manual at o local de trabalho, devero sair dos pontos de embarque s 6:00 horas e regressar, s 16:00 horas, aps o expediente de trabalho, direto ao ponto de origem.

    PARAGRAFO SEGUNDO Excepcionalmente, quando o corte manual de cana-de-acar for concludo antes do horrio normal de encerramento da jornada de trabalho e, portanto, antes do horrio de regresso ao ponto de origem fixado no pargrafo anterior, o transporte de retorno ser imediato, direto ao ponto de origem, aps o encerramento do servio, salvo nas situaes excepcionais previstas no pargrafo nico da Clusula 4 (Diria Unificada) desta Conveno.

    PARGRAFO TERCEIRO Os empregados cumpriro as normas de segurana do transporte.

    PARGRAFO QUARTO Os empregadores no utilizaro motoristas, que fazem o transporte dos empregados rurais para os locais de trabalho, em outras atividades que possam comprome-ter a segurana dos trabalhadores e o cumprimento dos horrios de transporte dos empregados previstos nesta conveno.

    CLUSULA TRIGSIMA OITAVA - TRANSPORTE DO TRABALHADOR DOENTE O empregador transportar gratuitamente o empregado que sofrer acidente no trabalho ou ficar doente em servio, para o hospital credenciado pela Previdncia Social da cidade dos servios e manter na sua rea de produo, prximo s lavouras, posto de atendimento ambulatorial para os primeiros socorros.

    PARGRAFO PRIMEIRO Em caso de acidente de tra-balho de seus empregados, os empregadores se comprometem

  • 27Conveno Coletiva de Trabalho 2015/2016

    a comunicar o acidente ao rgo competente da Previdncia Social no prazo estipulado em lei.

    PARGRAFO SEGUNDO Na hiptese de ocorrncia de um dos sinistros mencionados no caput desta clusula o empregador efetuar, igualmente, o acompanhamento do tra-balhador enfermo at o seu adequado atendimento, garantindo, quando necessrio, o retorno empresa ou o transporte at a residncia do empregado.

    Relaes Sindicais Acesso do Sindicato ao Local de Trabalho

    CLUSULA TRIGSIMA NONA - LIVRE EXERC-CIO DA ATIVIDADE SINDICAL Os empregadores rurais facultaro aos Dirigentes Sindicais dos Sindicatos de Traba-lhadores Rurais (nas esferas de suas jurisdies), FETAEG, CONTAG e CENTRAL SINDICAL credenciada pelo STR ou FETAEG, o comparecimento ao local de trabalho, sem prejuzo deste, para visitar ou manter contato com os trabalhadores que prestem servios a esses empregadores, assegurando-se-lhes o livre exerccio da atividade sindical prevista em lei, desde que o empregador ou seu preposto seja previamente comunicado, facultando-se s entidades sindicais patronais (SRs, FAEG, SI-FAEG e CNA) igual oportunidade em relao aos empregadores.

    Representante Sindical

    CLUSULA QUADRAGSIMA - DELEGACIAS SIN-DICAIS Fica facultado aos Sindicatos de Trabalhadores Rurais instituir delegacias sindicais ou sees, obedecidas as prescries legais, dentro de sua base territorial, para o fim de tomarem conhecimento das sugestes com vistas a melhorar

  • 28 Setor Canavieiro Goiano

    as condies de trabalho, formuladas pelos trabalhadores e en-caminh-las sua entidade sindical e ao representante patronal designado pelo empregador, prestar informaes e assistncia aos trabalhadores e promover sua sindicalizao (art. 517, Pargrafo Segundo e 527 da CLT), s podendo os delegados sindicais serem dispensados por justa causa. Esta estabilidade garantida desde que o empregado no esteja no trmino do contrato de safra. Os delegados sindicais tero que ser escolhi-dos em Assembleias Gerais do respectivo sindicato, dentre os trabalhadores que prestam servios aos empregadores.

    PARGRAFO NICO Fica proibida a separao do Dirigente ou Delegado Sindical de sua turma costumeira de trabalho, e qualquer outra iniciativa patronal que prejudique a livre ao sindical, nos limites da lei.

    CLUSULA QUADRAGSIMA PRIMEIRA - LICENA PARA PARTICIPAO EM ATIVIDADE SINDICAL Fica assegurado o direito de se ausentar do trabalho, consi-derando-se falta justificada, porm no remunerada, queles trabalhadores convocados pelos Sindicatos de Trabalhadores Rurais para participarem de Congressos, Cursos, Conferncias, Reunies ou Seminrios convocados e realizados pelos Sindi-catos, FETAEG, CONTAG OU CENTRAL SINDICAL, pelo perodo mximo de 05 (cinco) dias por ano, desde que feita prvia comunicao s empresas.

    PARGRAFO PRIMEIRO Fica assegurada a mesma garantia para os dirigentes sindicais empregados, regularmente eleitos e empossados, pelo perodo mximo de 10 (dez) dias, desde que o respectivo sindicato encaminhe empresa, para esse fim especfico, o nome do dirigente, o perodo de ausncia e sua respectiva motivao.

    PARGRAFO SEGUNDO As faltas dos empregados ao

  • 29Conveno Coletiva de Trabalho 2015/2016

    servio em funo da participao nas rodadas de negociaes da Conveno Coletiva sero consideradas justificadas, porm no remuneradas, mediante comunicao escrita feita em-presa pelo respectivo sindicato dos trabalhadores at o incio das negociaes, limitada esta garantia a um empregado por empresa, no se aplicando esta limitao quando se tratar de dirigente sindical.

    Contribuies Sindicais

    CLUSULA QUADRAGSIMA SEGUNDA - MENSA-LIDADE SINDICAL Os empregadores, por fora desta Conveno, descontaro dos seus empregados sindicalizados, aps devida autorizao por estes, a mensalidade sindical, em favor do respectivo sindicato de trabalhadores rurais, cujos valores sero repassados conta do sindicato at o dcimo dia do ms subsequente a que se referem.

    CLUSULA QUADRAGSIMA TERCEIRA - CONTRI-BUIO ASSISTENCIAL Os empregadores, por fora desta Conveno, descontaro dos seus empregados associados ao respectivo sindicato dos trabalhadores rurais, em cumpri-mento deciso da Assembleia Estadual, realizada em 25 de Fevereiro de 2015, que aprovou a pauta de reivindicaes, a quantia equivalente ao valor de 03 (trs) dirias do piso salarial convencionado, a ttulo de Contribuio Assistencial.

    PARGRAFO PRIMEIRO O desconto referido nesta clusula ser efetuado de forma parcelada, nos meses de maio e junho de 2015, sendo descontado o valor correspondente a 1,5 dirias (uma diria e meia) em cada ms.

    PARGRAFO SEGUNDO Os valores descontados nos salrios sero creditados diretamente na conta bancria da FE-

  • 30 Setor Canavieiro Goiano

    DERAO DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA DO ESTADO DE GOIS - FETAEG, no prazo mximo de 10 (dez) dias, a contar do dia do desconto, para posterior rateio e distribuio aos sindicatos de trabalhadores rurais signatrios da presente conveno coletiva.

    PARGRAFO TERCEIRO Para os empregados que no estiverem trabalhando no ms destinado ao desconto, ser este efetuado nos trs primeiros meses de trabalho, procedendo-se o recolhimento da mesma forma e nos mesmos prazos previstos nesta clusula.

    PARGRAFO QUARTO Os empregadores encaminha-ro FETAEG, dentro de 15 (quinze) dias aps o recolhimento, a relao nominal dos empregados contribuintes e o respectivo valor recolhido.

    Outras disposies sobre relao entre sindicato e empresa

    CLUSULA QUADRAGSIMA QUARTA - AO CON-JUNTA EM DEFESA DO SETOR Os STRs e as entidades de grau superior a que os trabalhadores estejam vinculados, se comprometem a defender, em conjunto com as entidades patronais, os interesses do setor sucroalcooleiro, mediante a efetiva participao em fruns, seminrios, debates, eventos e outras promoes, subscrevendo e formulando reivindica-es que sero encaminhadas de forma conjunta aos rgos governamentais.

    CLUSULA QUADRAGSIMA QUINTA - CAMPANHA CONTRA FALTAS Os STTRs se comprometem a desenca-dear uma campanha de conscientizao contra as faltas injus-tificadas, esclarecendo os trabalhadores acerca dos prejuzos que tal prtica acarreta.

  • 31Conveno Coletiva de Trabalho 2015/2016

    Outras disposies sobrerepresentao e organizao

    CLUSULA QUADRAGSIMA SEXTA - DETALHA-MENTO SOBRE A REPRESENTAO E ORGANI-ZAO As entidades sindicais laborais signatrias deste instrumento coletivo representam a categoria dos empregados rurais no setor sucroalcooleiro, compreendendo os trabalha-dores utilizados nas atividades manuais e/ou mecanizadas de corte de cana para moagem, corte de cana para plantio, plantio de cana, capina, aplicao de defensivos agrcolas, catao de bituca e servios de irrigao nas lavouras de cana, compreendendo, entre outras, as funes de ajudantes no campo ou auxiliares agrcolas, operadores de maquinas agrcolas (tratores de pneus, motocanas, motobombas de irrigao, mquinas colheitadeiras/colhedoras de cana movi-das por esteira ou por pneus), fiscais de campo/apontadores agrcolas, lideres de campo ou lideres de produo no campo, lderes de brigada de incndio no campo, tcnicos agrcolas, auxiliares de queima e roguistas, com abrangncia territorial no Estado de Gois.

    Disposies Gerais Mecanismos de Soluo de Conflitos

    CLUSULA QUADRAGSIMA STIMA - SOLUO DAS DIVERGNCIAS As divergncias surgidas entre empregadores e empregados na aplicao das Clusulas desta Conveno, sero solucionadas atravs da interveno de seus representantes legais. Quando a soluo amigvel se tornar invivel, o conflito de interesses ser solucionado pela Justia do Trabalho, nos termos da legislao vigente.

  • 32 Setor Canavieiro Goiano

    CLUSULA QUADRAGSIMA OITAVA - CONVOCA-O ESPECFICA Fica facultada, a qualquer das partes, a convocao da outra parte para a avaliao e discusso de problemas gerais e/ou especficos e de interesse coletivo, devendo a convocao ser feita por escrito relatando-se os motivos que a justifiquem.

    CLUSULA QUADRAGSIMA NONA - RESPEITO CONVENO As partes convenentes se comprometem a respeitar a presente Conveno como legtimo instrumento de regulao das relaes de trabalho e do seu indispensvel aprimoramento, sem a participao de terceiros estranhos a este pacto coletivo.

    Aplicao do Instrumento Coletivo

    CLUSULA QUINQUAGSIMA - APLICAO DO INSTRUMENTO COLETIVO Este instrumento coletivo aplica-se categoria dos empregados rurais do setor sucro-alcooleiro, compreendendo os trabalhadores utilizados nas atividades manuais e/ou mecanizadas de corte de cana para moagem, corte de cana para plantio, plantio de cana, capina, aplicao de defensivos agrcolas, catao de bituca e servios de irrigao nas lavouras de cana, compreendendo, entre outras, as funes de ajudantes no campo ou auxiliares agrcolas, ope-radores de maquinas agrcolas (tratores de pneus, motocanas, motobombas de irrigao, mquinas colheitadeiras/colhedoras de cana movidas por esteira ou por pneus), fiscais de campo/apontadores agrcolas, lideres de campo ou lideres de produo no campo, lderes de brigada de incndio no campo, tcnicos agrcolas, auxiliares de queima e roguistas, com abrangncia territorial no Estado de Gois.

  • 33Conveno Coletiva de Trabalho 2015/2016

    Descumprimento do Instrumento Coletivo

    CLUSULA QUINQUAGSIMA PRIMEIRA - MULTA POR DESCUMPRIMENTO A parte convenente que infrin-gir qualquer das Clusulas contidas na presente Conveno, estar sujeita ao pagamento de uma multa correspondente ao valor de um dcimo (1/10) da diria vigente da categoria, e por trabalhador, em favor da parte prejudicada.

    Renovao/Resciso do Instrumento Coletivo

    CLUSULA QUINQUAGSIMA SEGUNDA - PROR-ROGAO E REVISO O processo de prorrogao e de reviso total ou parcial das Clusulas desta Conveno ser disciplinado pelo artigo 615 e seus pargrafos, da Consolidao das Leis do Trabalho CLT.

    Outras Disposies

    CLUSULA QUINQUAGSIMA TERCEIRA - REGRAS DE TRANSIO DE REPRESENTATIVIDADE Da Transio de Representatividade sindical conforme acordo celebrado entre FTIEG e FETAEG Para os empregados que so beneficirios e recebem os benefcios do adicional de tem-po de servio, produtividade e garantia a pr-aposentadoria, previstos na CCT dos Industririos sob n GO000140/2013 no MTE, ficam mantidos os direitos, conforme disposto abaixo:

    PARGRAFO PRIMEIRO DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIO: Para aqueles trabalhadores que rece-beram o benefcio fica garantido o valor percebido.

    PARGRAFO SEGUNDO DA PRODUTIVIDADE:

  • 34 Setor Canavieiro Goiano

    Para aqueles trabalhadores que recebem o benefcio, devem permanecer inalteradas as condies ali estabelecidas ou ter a parcela integrada ao salrio.

    PARGRAFO TERCEIRO GARANTIA A PR-APO-SENTADORIA Para aqueles trabalhadores que eram benefi-cirios da clusula PR-APOSENTADORIA da CCT descrita no caput desta clusula fica garantido as condies ali estabe-lecidos, independentemente da alterao de representatividade.

    CLUSULA QUINQUAGSIMA QUARTA - EFEITOS DA CONVENO A presente Conveno, assinado o reque-rimento de registro e arquivamento junto Superintendncia Regional do Trabalho e Emprego SRTE, em Goinia, pro-duzir efeitos de 20 de maro de 2015 a 19 de maro de 2016.

    CONQUISTAS DAS NEGOCIAESCOLETIVAS DE 2015.

    Reajuste de 8,2% no piso salarial(a partir de 20/03/2015)

    Reajuste de 6,8%na tabela de preo para o corte manual (a partir de 20/03/2015)

    Reajuste de 5% no trabalho mecanizado.(a partir de 01/05/2015)

  • 35Conveno Coletiva de Trabalho 2015/2016

    COMO CALCULAR SUAS FRIAS PROPORCIONAIS:Lembre-se que 15 dias, ou mais, contam como um ms

    para clculo de frias.At 5 faltas injustificadas direito ao valor correspon-

    dente a 2,5 dias de frias por ms trabalhado.Entre 06 e 14 faltas injustificadas direito ao valor cor-

    respondente a 2 dias de frias por ms trabalhado.Entre 15 e 23 faltas injustificadas - direito ao valor cor-

    respondente a 1,5 dias de frias por ms trabalhado.Entre 24 e 32 faltas injustificadas - direito ao valor cor-

    respondente a 01 dia de frias por ms trabalhado.

    Ento, pegue o salrio mensal, ou a mdia salarial mais favorvel, divida por 30 e multiplique o valor pelo nmero de dias encontrado.

  • 36Conveno Coletiva de Trabalho 2015/2016

    EM CASO DE DESCUMPRIMENTO DA CONVENO, PROCURE O SEU SINDICATO DE

    TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS

    SINDICATOS FONES

    01 ACRENA ............................ (64) 3645-1063 02 AMERICANO DO BRASIL . (64) 3504-12650 ANICUNS ............................. (64) 3564-083404 ARAU ................................. (62) 9130-863505 BARRO ALTO ...................... (62) 3347-672206 CAU .................................... (64) 3656-753307 CACHOEIRA ALTA ............. (64) 3654-232008 CARMO DO RIO VERDE ... (62) 3337-629709 CERES ................................... (62) 3323-156210 CATURA .............................. (62) 3528-121311 CHAPADO DO CU ......... (64) 9995-544412 EDIA ................................... (64) 3492-212013 GOIANSIA ..........................(62) 3353-111914 GOIATUBA ............................ (64)3495-215315 GOIS ................................... (62) 3371-117316 GUARAITA ........................... (62) 3338-324917 INHUMAS ............................ (62) 3514-466218 ITABERA ............................. (62) 3375-1401

  • 37 Setor Canavieiro Goiano

    19 ITAGUARU .......................... (62) 3398-113220 ITAPACI ................................ (62) 9311-913221 ITAPURANGA ...................... (62) 3355-121522 ITAUU ................................ (62) 3378-250123 ITUMBIARA ......................... (64) 3430-3044 24 ITAGUARI ............................ (62) 8515-941825 JANDAIA .............................. (64) 3563-122526 JOVIANIA ............................. (64) 8121-627627 JATA ..................................... (64) 3636-546428 MINEIROS ............................ (64) 3661-175129 MONTIVIDIU ....................... (64) 3629-185230 MONTES CLARO ................ (62) 3370-134131 MORRINHOS ....................... (64) 3416-210932 NAZRIO ............................. (64) 3680-126033 NOVA VENEZA ................... (62) 3356-112134 NOVA GLRIA .................... (62) 3345-3119 35 PALMEIRAS DE GOIS ..... (64) 3571-187436 PARANAIGUARA ................ (64) 8427-903137 PEROLNDIA ...................... (64) 3639-122638 PONTALINA ......................... (64) 3471-249739 QUIRINPOLIS ................... (64) 3615-171240 RIO VERDE .......................... (64) 3612-710041 RUBIATABA ......................... (62) 3325-120142 SANCLERLNDIA .............. (64) 3679-136543 SANTA HELENA ................. (64) 3614-1964

  • 38Conveno Coletiva de Trabalho 2015/2016

    44 SERRANPOLIS ................. (64) 3668-118145 SO LUIZ DO NORTE ........ (62) 9360-297846 TRINDADE ........................... (62) 3505-171147 TURVNIA ........................... (64) 3682-137648 URUANA .............................. (62) 3344-169549 URUA .............................. (62) 3357-5796

    Ministrio Pblico do TrabalhoPRT-18 ...........................................................(62) 3507.2700Superintendncia Regional do Trabalho e EmpregoSRTE .............................................................(62) 3227.7027

  • CoordenaoDireo da FETAEG e STTRs

    Assessoria JurdicaMilton Incio Heinen - Carlos Magno Cardoso

    [email protected]

    Assessoria Econmica:Leila Brito - [email protected]

    Capa:Danilo Jos Guimares

    Edio:Jornalista Fernando Martins

    Jornalista Adriani Martins

    Produo:

    Av. Rui Barbosa, n 109 - St. SerrinhaFone: (62) 3255.1616 - Goinia-GO

    [email protected]