universidade vale do rio doce...para obtenção do grau de bacharel em design gráfico à faculdade...
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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE
FACULDADE DE ARTES E COMUNICAÇÃO
CURSO DE DESIGN GRÁFICO
Gabriella Queiroz
Mariana Monteiro
Sylvia Cristina
O DESIGN GRÁFICO NA PROMOÇÃO DOS PONTOS TURÍSTICOS DE
GOVERNADOR VALADARES
Governador Valadares
2013
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GABRIELLA QUEIROZ
MARIANA MONTEIRO
SYLVIA CRISTINA
O DESIGN GRÁFICO E A PROMOÇÃO DOS PONTOS TURÍSTICOS DE
GOVERNADOR VALADARES
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC Projeto de Graduação Interdisciplinar – PGI apresentado ao curso de Design Gráfico da Universidade Vale do Rio Doce como requisito parcial à obtenção do título de bacharel em Design Gráfico.
Orientador: Prof. Ms. João Marcos Parreira
Mendonça
Governador Valadares
2013
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GABRIELLA QUEIROZ
MARIANA MONTEIRO
SYLVIA CRISTINA
O DESIGN GRÁFICO E A PROMOÇÃO DOS PONTOS TURÍSTICOS DE
GOVERNADOR VALADARES
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC Projeto, apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em Design Gráfico à Faculdade de Artes e Comunicação da Universidade Vale do Rio Doce.
Governador Valadares, ___ de ____________ de _____
Banca Examinadora:
__________________________________________
Prof. Ms. João Marcos Parreira Mendonça - Orientador
Universidade Vale do Rio Doce – UNIVALE
__________________________________________
Prof ª. Fernanda La Noce
Universidade Vale do Rio Doce – UNIVALE
__________________________________________
Prof. Mayer Lana Sirio
Universidade Vale do Rio Doce – UNIVALE
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Exportações Brasileiras de Malhas...........................................................19
Figura 2 – Relevância Econômica..............................................................................20
Figura 3 – Vídeo em pausa aos 00:26’.......................................................................24
Figura 4 – Vídeo em pausa, aos 02:09......................................................................25
Figura 5 –Vídeo em pausa, aos 02:22.......................................................................12
Figura 6 – Alguns pontos turísticos de Governador Valadares..................................26
Figura 7 – Marca “Eu amo BH radicalmente”.............................................................26
Figura 8 – Marca “I love NY”......................................................................................26
Figura 9 – Referências de Marcas com o mesmo objetivo de valorizar a cidade......27
Figura 10 – Figuras referentes ao texto, figueira, mundo, arvore genealógica..........27
Figura 11 – Alguns Rafes para o logotipo..................................................................28
Figura 12 – Estudos para logotipo..............................................................................28
Figura 13 – Logotipo...................................................................................................29
Figura 14 – Logotipo em diferentes cores..................................................................30
Figura 15 – Logotipo preto, branco e escala de cinza....................................................30
Figura 16 – Área Mínima da Logomarca..........................................................................31
Figura 17 – Medidas do Logotipo......................................................................................31
Figura 18 – Logotipo formas erradas.............................................................................32
Figura 19 – Cores do Logotipo........................................................................................33
Figura 20 – Diversas Estampas......................................................................................34
Figura 21 – Sistema de repetição, por Evelise Ruthschilling........................................35
Figura 22 – Modulo de repetições adaptada de Schwartz............................................36
Figura 23 – Impressora de Sublimação............................................................................37
Figura 24 – Açucareira em Governador Valadares.........................................................38
Figura 25 – Calçadão da Ilha do Araujo, Governador Valadares.................................39
Figura 26 – Rafes Calçadão da Ilha + Açucareira.........................................................39
Figura 27 – Estudos Calçadão da Ilha + Açucareira............................................................40
Figura 28 – Símbolos escolhidos, para a estampa Açucailha.......................................40
Figura 29 – Estampa Açucaillha – Feminina.................................................................40
Figura 30 – Estampa Açucaillha – Infantil......................................................................41
Figura 31 – Estampa Açucaillha – Masculina..................................................................41
Figura 32 – Ponte São Raimundo, em Governador Valadares.....................................42
Figura 33 – Praça Serra Lima, em Governador Valadares............................................42
Figura 34 – Rafes Ponte São Raimundo + Praça Serra Lima.......................................43
Figura 35 – Estudos Ponte São Raimundo + Praça Serra Lima...................................43
Figura 36 – Símbolos escolhidos, para a estampa Limamundo....................................43
Figura 37 – Estampa Limamundo – Feminina.................................................................44
Figura 38 – Estampa Limamundo – Infantil......................................................................44
Figura 39 – Estampa Limamundo – Masculina...............................................................45
Figura 40 – Vôo Livre, em Governador Valadares..........................................................45
Figura 41 – Pico do Ibituruna, em Governador Valadares.............................................46
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Figura 42 – Rafes Voô Livre + Pico do Ibituruna.............................................................46
Figura 43 – Símbolos escolhidos, para a estampa Libituruna.......................................47
Figura 44 - Estampa Libituruna – Feminina....................................................................47
Figura 45 – Estampa Libituruna – Infantil.........................................................................48
Figura 46 – Estampa Libituruna – Masculina...................................................................48
Figura 47 – Materiais Promocionais..................................................................................49
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5
1.1 Metodologia ........................................................................................................... 6
2 REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................................... 7
2.1 Design Gráfico ....................................................................................................... 7
2.2 Design Promocional ............................................................................................ 13
2.3 Design de Superfície ........................................................................................... 15
2.4 Identidade Visual ................................................................................................. 16
2.5 Características dos Tecidos de Malha................................................................. 17
2.5.1 Vantagens da Malha......................................................................................... 18
2.5.4 Diferenciais da Malharia ................................................................................... 18
2.5.5 Preços .............................................................................................................. 19
2.5.7Metas ................................................................................................................. 20
3 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................... 21
3.1 Publico Alvo ......................................................................................................... 21
3.2 Pesquisa .............................................................................................................. 21
3.3 Identidade Visual ................................................................................................. 29
3.4 Estampas ............................................................................................................ 34
3.5 Repetição ............................................................................................................ 35
3.6 Impressão ............................................................................................................ 37
3.7 Estampas Desenvolvidas .................................................................................... 38
3.8 Peças Gráficas .................................................................................................... 49
3.9 Catálogo .............................................................................................................. 65
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 70
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 72
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1. INTRODUÇÃO
Nos últimos anos um assunto que vem ganhando atenção dos estudiosos na
área do Design Gráfico, é a utilização dos pontos turísticos para incrementação do
turismo local através de produtos gráficos.
Acreditamos que Governador Valadares é uma cidade que possui potencial
para se tornar um grande polo turístico, principalmente em função da prática do voo
livre. Partindo desse atrativo, pretendemos envolver outras formas de divulgação da
cidade e, desta maneira, contribuir para valorização do potencial turístico por meio
dos produtos promocionais desenvolvidos, criando oportunidade para que até a
população da cidade conheça um pouco mais sobre sua história e seus pontos mais
influentes e importantes.
A necessidade de produtos para divulgação da cidade é evidente, uma vez
que ao longo do tempo, com o crescimento populacional, houve a necessidade de
expansão dos setores econômico e turístico de Governador Valadares.
Com o avanço do mercado consumidor, cresce também a necessidade de
desenvolver bens e serviços que compõem os pontos turísticos e atendam ao desejo
e a expectativa dos turistas e comunidade regional. Nesse sentido, a valorização da
imagem de Governador Valadares através de referencias visuais, apresentou-se
como uma possibilidade viável de execução deste projeto e sua importância para
toda a região.
Temos em vista, como público alvo, os visitantes que são recebidos por
ocasião dos vários eventos ao longo do ano e, mesmo comunidade regional, no
sentido de definir a melhor proposta promocional do turismo da região, ressaltando a
importância do trabalho de pesquisa realizado pelo designer, no propósito de
contribuir para suprir a carência de uma marca própria que projete a cidade, e que
reforce o sentimento de identidade da população e o conhecimento dos turistas em
relação à região.
Como uma das referências, buscamos compreender como o designer Milton
Geaser, na década de 70, revitalizou a cidade de Nova Iorque pela logotipia “I Love
NY”. Atualmente, a marca é impressa em produtos básicos, como camisetas e
sacolas. A famosa marca de roupas Louis Vitton utiliza também em suas bolsas e
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campanhas publicitárias. O Design Gráfico vem sendo reconhecido como uma
ferramenta estratégica para valorização de produtos e serviços. A promoção do
território, preservando a identidade regional. O tema Place Branding termo ainda
pouco conhecido e divulgado, é a construção e o gerenciamento da marca de
países, cidades ou regiões. Outro exemplo é na cidade de Amsterdã, onde
promoveram uma autoimagem positiva para o mundo, através, entre outros
produtos, de uma escultura com letras gigantescas, presente em um ponto turístico,
sendo utilizada pelos estrangeiros para fazer fotos que são distribuídas
mundialmente.
O tema desenvolvido é relevante porque tem como objetivo contribuir para a
divulgação e promoção do turismo na cidade de Governador Valadares, a partir de
produtos gráficos e visa ainda investir na importância do designer gráfico e na
valorização de sua prática, como um profissional capaz de propor e desenvolver
produtos diversificados que produzam equilíbrio econômico auxiliando na promoção
da cidade na comunidade regional, nacional e mundial de forma positiva.
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1.1 METODOLOGIA
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica, sobre design promocional, um breve
histórico e pesquisa da cidade Governador Valadares, e seus pontos turísticos.
Como a malharia é de grande relevância entre os produtos promocionais, tornou-se
preciso uma pesquisa da história da malha.
A partir da elaboração da marca e estampas, foram desenvolvidas aplicações
das mesmas em peças promocionais. Para tanto, foi necessário fazer uma pesquisa
imagética e um planejamento adequado para que haja transmissão de informação
direta com o público.
Para desenvolvimento da criação da marca, foram feitas pesquisas
imagéticas. Também percorremos e registramos por fotos a Praça Serra Lima, o
Calçadão da Ilha, a Açucareira, o Mercado Municipal, o Museu da cidade. Buscamos
nos inteirar sobre as pedras preciosas, fauna e flora da cidade; reunindo assim
dados para execução do projeto.
O desenvolvimento das estampas foi composto de vários ícones principais da
cidade de Governador Valadares, através de recolhimento e análise de dados,
pesquisa de tendências como cores, formas e tecidos. As estampas são exclusivas,
desenvolvendo experimentações e soluções para um melhor resultado para
confecção de uma coleção, sendo que os produtos selecionados para esse kit
promocional são as camisetas, canecas adesivos em geral, squeeze, mouse-pad,
agenda chinelo, capa de almofada, louças, toalha e embalagem .
As etapas e procedimentos na elaboração do presente projeto estão descritas
no Memorial que se segue.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 DESIGN GRÁFICO
No trabalho que se esboça através deste projeto, percebe-se que se faz
necessário considerar um conjunto de práticas orientadas que descrevam não
apenas a geração do produto final, mas, também, o contexto em que ele se situa
bem como informações a respeito do público-alvo, o conceito a que ele está
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destinado. Assim, partiu-se da premissa de que não existiria, a princípio, uma leitura
exclusivamente direcionada à construção do produto apresentando uma
fundamentação multifacetada que descreve não apenas o produto, mas o trabalho
(ação) em torno dele e o contexto em questão.
De acordo com Fischer (1987) o homem quer ser mais que apenas ele
mesmo. Vive em busca de um homem total, busca um mundo mais compreensivo e
mais justo, um mundo que tenha significação. Ele necessita da arte, como diz:
A arte concebida como “substituto da vida”, a arte concebida como meio de colocar o homem em estado de equilíbrio com o meio circundante – trata-se de uma ideia que contém o reconhecimento parcial da natureza da arte e da sua necessidade. Desde que um permanente equilíbrio entre o homem e o mundo que o circunda não pode ser previsto nem para a mais desenvolvida das sociedades, trata-se de uma ideia que sugere, também, que a arte não só é necessária e tem sido necessária, mas igualmente que a arte continuará sendo sempre necessária. (FISCHER, 1987, p.11)
A arte está presente em quase todos os momentos da vida do homem, como
por exemplo, quando leem livros, ouvem músicas, vão ao teatro, ao cinema, ao
parque, dentre outras; a arte se tornou necessária, ela tem a capacidade de
provocar relaxamento, divertimento, a calma ou até mesmo distração. A arte é o
meio do individuo com o todo, ele se torna capaz, reflete a capacidade para melhor
associação, para a circulação de experiências e ideias novas.
Segundo a ADG1 (1989), o Design Gráfico é um processo técnico criativo que
utiliza imagens e textos para comunicar mensagens, ideias e conceitos, com
objetivos comerciais ou de fundo social. O designer já existe há tempos, mesmo não
sendo conhecido por esse termo, mas o homem já fazia desenhos, pinturas e escrita
como ferramenta de comunicação.
A palavra - design nasceu com a Revolução Industrial, ganhando o significado atual a partir da Segunda Guerra. O Designer é uma pessoa voltada para a comunicação e a produção de objetos, livros, revistas e de
espaços, como praças relacionadas com o elemento humano. (ADG BRASIL, 2003)
Entende-se que a comunicação e a informação são métodos importantes no
convívio dos seres humanos, esse é um dos papéis do designer, colocando em
prática todos os meios estudados para apresentação de soluções visuais dos
problemas de comunicação.
1 Associação dos Designers Gráficos
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De acordo com Dondis (2007) o controle artístico, a expressão, a intuição, o
talento, são conteúdos livres, pois cada artista, designer, comunicador visual
desenvolve sua expressão pessoal. Esta flexibilidade está associada com o pensar,
observar, entender, criar e tantas outras qualidades agregadas a estes profissionais.
Entende-se que:
Qualquer aventura visual, por mais simples, básica ou despretensiosa, implica a criação de algo que ali não estava antes, e em tornar palpável o que ainda não existe. Mas qualquer um é capaz de conceber ou fazer alguma coisa, mesmo que seja uma torta de barro. Há critérios a serem aplicados ao processo e ao julgamento que dele fazemos. A inspiração súbita e irracional não é uma força aceitável no design. O planejamento cuidadoso, a indagação intelectual e o conhecimento técnico são necessários no design e no pré-planejamento visual. (DONDIS, 2007, p.136)
Segundo Chinen (2011), a forma na qual cada designer decide envolver uma
determinada imagem, sejam elas fotografias, ilustrações, desenhos, pinturas, dentre
outras, é resultado de uma analise do conteúdo e de suas funções conceituais. Uma
das funções da marca, entre outras, é proporcionar informação clara, para melhor
memorização.
Em resumo, o designer precisa representar estilizadamente as ideias pela seleção dos elementos mais importantes de um tema e sua disposição o mais concisa e simplificadamente possível na mensagem. O exemplo mais comum desse tipo de imagem é o logotipo: uma imagem utilizada para identificar uma empresa e diferenciá-la dos concorrentes. O propósito de uma forma tão elementar e estilizada é que seja rapidamente reconhecida e de fácil memorização. Quanto mais informação se puder agrupar na figura que represente a marca, melhor. (CHINEN, 2011, p.106)
Assim sendo, é essencial a análise detalhada de todos os elementos que
identificam a empresa para assim criar, de forma clara e objetiva, uma imagem que
resuma o seu potencial e a divulgue de tal forma que a torne reconhecida. Em se
tratando do projeto em desenvolvimento, este requer uma imagem que contenha
símbolos próprios que melhor traduzam e identifiquem o turismo em Governador
Valadares, despertando nas pessoas a vontade de visitar a região.
Como se pode ver, existe uma capacidade de criar e de ter novas ideias que
é muito explorada na profissão de um designer gráfico, como afirma Soutier:
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Criatividade é característica da espécie humana. Design e criatividade possuem conceitos que se completam. Transformar em palavras e imagens tudo que está ligado à criação é uma arte, e essa arte, por sua vez, se utiliza de uma linguagem como forma de expressão, o design gráfico. (SOUTIER, 1993, p. 53)
É nessa etapa do processo criativo que o designer gráfico exerce o mais forte
controle sobre seu trabalho e tem a maior oportunidade de expressar na obra que
destina transmitir.
Conforme Chinen (2011) o formato de um projeto gráfico, naturalmente é o
fator inicial que vai conduzir à organização do conteúdo, as escolhas das imagens, a
tipografia, cores, efeitos, tudo isso deve ser feito de modo a reforçar cada elemento
individualmente e integrar todo o conjunto. O autor aponta que:
A disposição das formas, o ritmo e a sequência como estão compostas estabelecem diferenças visuais que mantêm constante o interesse do leitor/espectador. O mesmo cuidado dedicado à seleção e manipulação das formas mais volumosas e, por si, chamativas, deve ser dado aos pequenos detalhes, seja de uma linha ou de um tipo para que o projeto possibilite um conjunto de experiências gratificantes ao espectador, que vá além do visual e que sejam emocionais, funcionais, divertidas e memoráveis. (CHINEN, 2011, p.128)
Trata-se de um planejamento da composição, sequência e ritmo do conteúdo;
ao designer cabe a responsabilidade de decidir em que ordem, como distribuir, e o
que deve aparecer em determinado momento no aspecto visual. A organização do
conteúdo, a partir das disposições das formas, ritmos, enfim, o conjunto, vem do
senso comum do designer e de sua compreensão dos conteúdos exigidos no curso
superior.
Dondis (2007) afirma que o artista, sempre em seu resultado final, tende a
uma manifestação verdadeira da sua expressão. O que leva a cada espectador
interpretar de uma maneira, o critério entre o artista e o público, de fato, entre todas
as pessoas, nas percepções visuais, o sistema no qual vemos.
Reforçando esse aspecto a autora afirma que:
(...) Todo padrão visual tem uma qualidade dinâmica que não pode ser definida intelectual, emocional ou mecanicamente, através de tamanho, direção, forma ou distância. Esses estímulos são apenas as medições estatísticas, mas as forças psicofísicas que desencadeiam como as de quaisquer outros estímulos, modificam o espaço e ordenam ou perturbam o equilíbrio. Em conjunto, criam a percepção de um design, de um ambiente ou de uma coisa. As coisas visuais não são simplesmente algo que está ali por acaso. São acontecimentos visuais, ocorrências totais, ações que incorporam a reação ao todo. (DONDIS, 2007, p.31)
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Orienta-se que a informação visual sempre vai causar alguma sensação,
estimulo, ou perturbação nas pessoas, porque conscientemente ou não, respondem
com algum acordo a seu significado; ela pode ser uma forma definível, incorporada,
em forma de símbolos, ou de experiências compartilhadas no ambiente e na vida.
De acordo com Chinen (2011) é necessário estratégias de como organizar as
formas dentro de um formato. O conteúdo é enriquecido através das próprias formas
e do espaço de fundo, assim transmitindo mensagens para o publico alvo. Isso,
porque:
Formas alinhadas podem ser adequadas para determinarem público e finalidade, mas deixam de funcionar em outras situações, que pedem uma composição menos rígida. O modo como as formas estão dispostas na composição orientam o olhar do espectador numa determinada ordem que ele, intuitivamente, percebe como uma hierarquia na qual o que é mais importante deve ser visto primeiro. Tentar estabelecer esta ordem também é um grande desafio ao designer. (...) Lidar adequadamente com a profundidade contribui para que o espectador perceba um elemento com sendo mais ou menos importante e altera o significado da mensagem. (CHINEN, 2011, p.27)
O designer tem capacidade de quebrar a monotonia da peça, criando a
sensação de movimento, onde as formas, em sentidos diferentes causam também
sensações diferentes. O trabalho do designer consiste em combinar diferentes
elementos, ordenando-os de tal maneira que crie um conjunto harmônico, que possa
ser apreciado, com um aspecto atraente.
Um dos fatores importantes em qualquer projeto dessa natureza é o uso das
cores, se apropriando de conceitos fundamentais num projeto de design. Conforme
Chinen (2011), as cores aditivas (que são produzidas por adição de luz) ou
subtrativas (são produzidas pela absorção de energia de luz) em qualquer projeto,
são bastante importantes, pois em elementos visuais elas transmitem diversas
sensações. Podem ser criadas as mais diversas combinações entre cores, de
acordo com o seu matiz. O autor complementa que:
A partir da posição da cor de cada círculo são estabelecidas relações de oposição e complementaridade. Com um sistema de cores é possível saber que impacto pode-se obter pelo contraste direto de duas cores oposta ou uma harmonização pelo uso de cores adjacentes no círculo. Ao planejar o seu projeto, o designer deve ter em mente que efeito buscar para comunicar ao seu público. Ele também precisa conhecer em que processo gráfico o material será impresso, pois o tipo de pigmento é determinante na quantidade de cores que poderão ser reproduzidas... (CHINEN, 2011, p.56)
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Entende-se que a cor apropriada irá determinar certos conhecimentos ao
publico, de tal modo, que a cor não apenas tem um significado universal
compartilhado através da experiência, como também um valor informativo
específico, que se dá através dos significados simbólicos a ela vinculados. É
fundamental que o designer entenda o universo das cores e principalmente
conhecer o procedimento gráfico em que será impresso.
Como afirma Dondis (2007) a disposição dos elementos básicos que são o
resultado da composição criada pelo designer a partir das formas, cores, texturas,
tons e tipografia, é o processo que nos revela e oferece através do que o homem
configura e imagina, aquilo que reconhece e identifica no ambiente.
O processo de composição é o passo mais crucial na solução dos problemas visuais. Os resultados das decisões compositivas determinam o objetivo e o significado da manifestação visual e têm fortes implicações com relação ao que recebido pelo espectador. (...) Não há regras absolutas: o existe é um alto grau de compreensão do que vai acontecer em termos de significado, se fizermos determinadas ordenações das partes que nos permitam organizar e orquestrar os meios visuais. Muitos dos critérios para o entendimento do significado na forma visual, o potencial sintático da estrutura no alfabetismo visual, decorrem da investigação do processo da percepção humana. (DONDIS, 2007, p.29)
Entende-se que o resultado de um projeto não é simples, mas de um
processo de grande empenho. A composição é gerada através de informações
reunidas em vários aspectos, até que se formem um conceito, atingindo o público
alvo.
O Designer Gráfico resgatando essa parte manual é de grande importância,
pois pode dar origem a uma ideia diferenciada e única.
Segundo Dondis (2007), o Designer Gráfico busca antecipar possíveis
soluções para o trabalho impresso, oferecendo a oportunidade de procurar, com
liberdade, muitas variedades e modificações. Para manter o controle do efeito total
do conjunto é necessário o método de pré-visualização.
A prática desse exercício de encontrar múltiplas soluções para um problema de design gráfico equivale a demonstrar a relação entre o uso de elementos e a natureza do meio de comunicação. Na impressão, por exemplo, o elemento visual dominante é a linha; outros elementos, como o tom, a cor, a textura ou a escala, são secundários. (...) Essa relação é especialmente importante nos meios de impressão em massa, já que eles envolvem uma combinação de palavras, imagens e formulações abstratas de design, e sua
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natureza básica se define por sua combinação do verbal e do visual, numa tentativa direta de transmitir informações. (DONDIS, 2007, p.207).
Pode-se dizer que são feitos vários esboços, até a etapa final que requer
algum conhecimento técnico da impressão, como a composição tipográfica,
diferentes tipos de impressão possíveis, processo de acabamento, etc. Além disso, e
o que talvez seja mais importante, leva a compreender melhor sobre o talento
artístico por meio impresso.
2.2 DESIGN PROMOCIONAL
O Design Promocional tem como princípio fundamental visar a divulgação de
atividades, serviços, produtos ou eventos, a partir de peças promocionais, para
demonstrar o objeto a ser proposto a determinado público, sendo assim uma área
muito diversificada, onde uma mensagem será passada ao consumidor. De acordo
com Niemeyer:
É importante salientar que, quando se promove produtos de uma empresa, deve-se seguir um sistema de comunicação integrado, de modo a haver uma coordenação na mensagem passada ao consumidor. Mesmo considerando que cada produto da empresa tenha uma abordagem diferente, e importante que haja uma consistência entre elas, já que se apresentam como um posicionamento da empresa perante o público-alvo. (NIEMEYER, 2002, p.21)
A promoção é um meio de divulgação dentro do Design Promocional e ainda
conforme a autora, ela aparece de diversas formas e mídias diferentes e sempre se
renova, transmitindo a personalidade junto ao público-alvo.
O Design Promocional se pode ter uma diversidade de projetos que têm por
objetivo a promoção de produtos ou serviços, tais como:
Material de Ponto de Venda - cartazes, displays, etc.
Impressos Promocionais - anúncios e encartes para revistas, jornais,
balcão, etc.
Folheteria - folders, flyers, malas diretas, convites, etc.
Produtos Promocionais - calendários, agendas, camisetas, cartões,
brindes, embalagens etc.
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Niemeyer (2002) afirma que, a embalagem é sim, um grande diferencial,
antes de ser um fator essencial de armazenamento de algo, tem alguma função
informativa. A embalagem tem a capacidade de despertar desejos pelo produto.
Segundo Niemeyer:
Um ponto que vem sendo cada vez mais explorado pelo marketing é o aspecto do pós-uso. Isso incide na utilização da embalagem pelo consumidor após o uso do produto nela contido. Este é um fator que agrega valor à embalagem, sendo mais um ponto a ser considerado pelo consumidor no momento da compra (...) uma vantagem a mais que vem
integrada ao produto, acrescentando-lhe valor. (NIEMEYER, 2002, p.35)
A embalagem é essencial e pode até levar o consumidor a uma compra por
impulso, porque uma embalagem com um projeto gráfico bem definido, criativo e
funcional, tem o poder de deixar o produto atraente, se destacando entre os outros,
assim colaborando para que os consumidores assim ajam.
O marketing é muito importante num projeto como esse, para Governador
Valadares, e de acordo com Zeegen, 2010:
Saber vender, promover e informar de maneira geral seus clientes é tão
essencial quanto a capacidade de criar uma imagem. Sem uma campanha
de marketing, por mais simples que seja, o ilustrador pode ficar preso no
primeiro obstáculo. (ZEEGEN, 2010, p. 102)
Tanto como o marketing e a elaboração do projeto vários itens devem ser
levados em conta como o público, a pesquisa, o material, o estabelecimento de
objetivos e a campanha promocional.
Como afirma Zeegen (2010), em relação ao público, que formar uma lista
atualizada de clientes em potencial é tão importante quanto criar materiais
promocionais positivos e compensadores.
Quanto à pesquisa ele diz que pesquisas frequentes e diretas sobre clientes
em potencial devem ser feitas semanal ou mensalmente, sem grande gasto de
tempo e dinheiro. E acrescenta que para ser eficaz, o material promocional deve
capturar a atenção do espectador e apresentar os fatos e informações de contato de
uma maneira clara, porém, interessante.
Deve ser dada uma atenção especial a Campanha Promocional porque é de
suma importância num grandioso projeto como esse.
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Conforme Albuquerque (2009):
Um conjunto de ações com o intuito de promover um destino, produto ou serviço constitui uma campanha promocional. Para que essa campanha seja elaborada, necessita-se saber quem é o público que se deseja atingir, onde ele está e o que será feito para que este seja atingido. (ALBUQUERQUE, 2009, p. 54)
Sendo assim, entender a estrutura do processo de promoção de
determinados produtos é uma importante etapa que exige alguns cuidados técnicos,
que facilite o entendimento e proporcione bons resultados.
2.3 DESIGN DE SUPERFÍCIE
Com o objetivo de apresentação de imagens com soluções estéticas e
funcionais no tratamento de superfícies, se define o Design de Superfície. É uma
atividade técnica e criativa voltada para aplicação nas indústrias, têxtil, papelaria,
cerâmica e materiais sintéticos.
Design de Superfície é todo design bidimensional que não tenha comprometimento com o Design Gráfico. A ênfase não necessariamente deve ser na repetição. (...) Se tiver sido projetada por um artista, seu produto será artístico, se o autor tiver sido um designer, o resultado será um design. (RUBIM2).
O design de superfície tem se apresentado como um diferencial nas indústrias
da moda, cerâmica e de design de produtos em geral.
Para Tambini (1999), o artesanato e o tecido neste caso, andam juntos com o
designer, tendo crescido bastante a área de estamparia.
Em todo século XX, o vínculo entre o artesanato e o design no desenvolvimento dos tecidos têm se revelado forte. Muitas vezes, os próprios designers são tecelões ou estampadores de profissão, e levam sua experiência prática ao processo de design artesanal em apoio à tecelagem industrial. (TAMBINI, 1999, p 35).
Nesse contexto ressaltado pelo autor, é importante destacar os pintores que
também exerceram uma notável influência sobre o design de tecidos.
2 DISPONIVEL EM renatarubim.com.br
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2.4 IDENTIDADE VISUAL
É fundamental uma identidade visual, para lançar os produtos gráficos deste
projeto, onde o maior objetivo da marca é identificar. Sendo que neste caso a marca
vai fortalecer os elementos culturais e o sentimento de pertencimento daqueles que
a usufruem. Uma necessidade de promoção da visibilidade dos recursos locais
criando um senso de identidade e pertencimento para atrair investimentos, incentivar
o turismo e divulgar sua a cultura da cidade, não apenas mundo afora, mas também,
para sua população local. Segundo Clifton (2004):
O conceito de marca é bem mais abrangente que a sua representação gráfica. Uma organização (social ou empresarial) através de seu nome fantasia e da sua representação gráfica - comunica a "promessa" de um
produto, o faz especial e único. (CLIFTON, 2004, p. 62)
A marca faz parte da proposta de divulgação da cidade, ressaltando as
características de Governador Valadares, e será a forma de identificação das peças
promocionais.
O traço identificador da marca é o de estabelecer uma distinção da origem ou
procedência dos produtos; o reconhecimento do trabalho e da atividade realizada.
Muitas vezes uma marca também é garantia de qualidade e funcionamento do
produto ou serviço oferecido.
Kotler (2000) afirma que não consumimos produtos, mas sim a imagem que
temos deles. Assim, construir uma marca não é apenas dar um nome a um produto
e sim gerar sensações e afinidades ao consumidor. Uma marca é a denominação
única de uma empresa que caracteriza a diferenciação dos produtos ou serviços
oferecidos.
Ainda conforme Kotler (2000), uma marca pode ser analisada como uma das
principais ferramentas de empresas, uma vez que as mesmas lutam para
estabelecer uma imagem de marca forte e sólida. Um empreendimento que detenha
uma marca favorável possui domínio sobre suas vendas e aos olhos do consumidor
oferecem garantia de bom desempenho.
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O conjunto de ações que realiza a comunicação da importância da marca
denomina-se Branding, que implementa a filosofia de qualidade e linguagem
padronizada que garante um posicionamento sólido perante o cliente.
A marca é o patrimônio da empresa, é o sinal pelo qual a empresa é
reconhecida no mercado, através de seu serviço e produto diferenciado, dentre
tantas outras existentes.
2.5 CARACTERÍSTICAS DOS TECIDOS DE MALHA
Os tecidos de malha diferenciam-se dos tecidos de cala (ou plano), onde a
trama e o urdume cruzam-se formando uma armação rígida que resulta em produto
final resistente. A malha, ao contrario, é feita com um só fio que corre em forma
espiral horizontalmente (malharia de trama) ou de vários fios longitudinais, um por
agulha (malharia de urdume). Em ambos os casos o fio assume a forma laçadas,
sendo que passa por dentro da anterior sem que exista algum ponto de ligamento
fixo entre elas, o que permite ter as seguintes características:
a- Flexibilidade
Caracterizada pelo aspecto dos fios em formas senoidais que se sustentam
entre si, livre para moverem-se quando submetidas a alguma tensão.
b- Elástico
Quando, sob tensão, as laçadas podem escorregar umas sobre as outras, e
retornam à posição inicial quando esta cessar.
c- Porosidade
Onde irá proporcionar um conforto fisiológico notável. Quando no calor,
absorve bem o suor e essa característica também facilita a transpiração. Atua como
isolante térmico, pois forma um colchão de ar dentro do tecido, fazendo com que no
frio, o corpo não perca calor.
18
d- Estabilidade Dimensional
O fio durante o processo de formação de tecido, é submetido à tensões que
lhe provocam um estiramento. Quando retiradas tende a sofrer uma retração, a qual
é maior na presença de fatores como água, calor e movimento, os quais promovem
alterações na estrutura das fibras, produzindo uma redução no comprimento do fio e
aumentando no seu volume. Esse efeito é o recolhimento da malha.
2.5.1 VANTAGENS DA MALHA
A. Elasticidade e flexibilidade
Adapta-se ao movimento do corpo e às roupas que aderir ao mesmo: collant,
meias, roupas de banho, artigos esportivos, roupas íntimas.
B. Facilidade de fabricação
Com exceção da malharia de urdume, não necessita de urdideira; com
poucos cones pode-se testar um fio ou estrutura nova. Adapta-se muito facilmente
às criações da moda.
C. Variedade de estruturas
Pode-se obter facilmente, variadas estruturas (entrelaçamentos) de
características bem diferente umas das outras, muitas vezes com pequenas
alterações.
D. Conforto fisiológico
Proporciona um conforto fisiológico, notável quando no calor e quando no frio
evita a troca de calor com o ambiente externo.
2.5.2 DIFERENCIAIS DA MALHARIA
Padronagem especializada e variada;
Design diferencial e próprio;
Regionalismo;
Malha especifica para o clima da cidade;
Produtos diversos;
19
Malha é tendência, nunca saí de moda;
Estilo e idade indefinidos;
Peças únicas;
Baixo custo;
Produto de qualidade;
Cultura da cidade;
Divulgação da marca;
Inovação;
Jovialidade;
Influencia da prática de esportes;
Tendência nos esportes;
Liberdade de expressão;
2.5.3 PREÇOS
Como se observa no quadro a seguir, as exportações brasileiras de
confeccionados de malha têm aumentado nos últimos anos em relação às
exportações totais de têxteis do país, que estão praticamente estagnadas desde
1991.
Figura 1 – Exportações Brasileiras de Malhas
Este aumento indica maior atualização tecnológica, e em consequência, maior
competitividade do parque produtor de malhas em relação ao parque têxtil brasileiro,
dado que na fabricação de malhas são usados equipamentos mais simples e de
menor custo. Cabe destacar ainda que tem havido um enobrecimento das
exportações brasileiras de malhas, uma vez que os principais grupos exportadores
estão procurando fugir da concorrência de países asiáticos (China, principalmente)
nos produtos de baixo custo.
20
Figura 2 – Relevância Econômica
2.5.4 METAS
No período de implementação e consolidação deste projeto espera-se:
A população de Governador Valadares tenha tomado conhecimento dos
pontos turísticos existentes na cidade;
Os visitantes de diversas regiões do país e exterior sejam bem acolhidos e
informados das belezas existentes da cidade;
O aumento de turistas e estatísticas de vendas;
A valorização da prática profissional do Designer Gráfico;
A valorização da cidade na memória da comunidade regional, nacional e mundial de
forma positiva.
21
3 DESENVOLVIMENTO
3.1 Público Alvo
O público alvo a que este projeto se dirige compreende praticamente a todas
as idades, fase infantil, que passa pela adolescência e fase adulta. Pois a malha,
pelo seu conforto, custo, disponibilidade, praticidade, pode ser usada por qualquer
pessoa que seja inclusive é indicada para aquelas pessoas que possuem cuidado
especial com a saúde física e mental. Praticando esportes, priorizando uma boa
leitura, costumam viajar com frequência, bem informados e modernos. Embora a
malha atenda a todas as classes sociais, mesmo aqueles que não dispõem de
condições econômicas e intelectuais, devido ao baixo custo e acessibilidade.
3.2 Pesquisa
Após apresentarmos, primeiramente, uma revisão de Literatura que
pudesse situar nosso trabalho nas principais referências teóricas relacionadas ao
Design Gráfico e ao produto, apresentado como objetivo final em termos práticos
fizemos uma breve apresentação de imagens que poderiam nortear caminhos e
escolhas imagéticas.
Nesta seção do trabalho, fazemos uma apresentação dos estudos que nos
levaram a alguns resultados conclusivos. Esta apresentação reúne algumas
tentativas que se constituem registros de etapas, para avançarmos nosso trabalho
rumo ao produto final. Lembramos que este trabalho se deu, indiscutivelmente,
graças a disciplinas não apenas práticas, mas também teóricas, como foi
mencionamos anteriormente.
Como o trabalho se trata da valorização da cidade de Governador
Valadares, é indispensável conhecer a trajetória da cidade, em seguida segundo
SOARES (1983)., foi elaborado um pequeno cronograma dos fatos mais marcantes
da cidade.
22
Cronologia da História de Governador Valadares:
1542. Sebastião Fernandes Tourinho é atraído pela majestosa Serra Negro, o
belo Pico da Ibituruna, além da exuberante vegetação nas margens do Rio
Doce, entre Suaçuí Grande e Rio Corrente. Diz a lenda que o Rei Dom
Manoel esteve em uma excursão pelas margens do Rio Doce, detendo-se um
pouco na figueira. Vendo uma incursão dos temíveis Aimorés, a excursão
esconde-se no sopé da Ibituruna. Dizem que esta é a origem do nome Porto
de Dom Manoel. Essa história é dada por verdadeira por José Serra Lima,
Rodrigues da Silva e João Gonçalves.
1882. Ligando Aimorés a Naque havia dois portos, sendo o principal o Porto
de Dom Manoel, que mais tarde passou a se chamar Porto das Canoas e
Santo Antônio do Porto de Figueira. Era o início da rua Quintino Bocaiúva. No
local havia uma árvore lendária, uma figueira. Figueira do Rio Doce teve seu
início no Distrito de Paz, sob o nome de Baguary, nome indígena que significa
vagaroso, por causa do Figueirinha que desaguava nas imediações do Porto
de Figueira.
1888. Lei Provincial confirmada pela lei estadual de 14/07/1989 criou o
Distrito de Santo Antônio do Bonsucesso ou Santo Antônio da Figueira,
município de Peçanha.
1909. Figueira já contava com mais ou menos 200 habitantes. Os tropeiros e
comerciantes ambulantes de Patrocínio, Peçanha e Santa Maria começaram
a descer a mata até Figueira.
1910. Inauguração da estrada de ferro Vitória-Minas. A partir daí o progresso
acelera, tanto em população quanto em crescimento econômico. Havia uma
pequena vila e algumas casas espalhadas.
1912. Início do loteamento da região e construção da primeira igreja católica,
a Igreja de Santo Antônio, com missas coordenadas pelo vigário de Peçanha,
Pe. Júlio.
23
1913. 300 habitantes. Uma grande tempestade atingiu a cidade. Árvores e
muitos telhados de casas onde hoje estão as ruas Israel Pinheiro, D. Pedro II,
Barão do Rio Branco e Bárbara Heliodora foram arrancados.
1918. Foi aberta a primeira "estrada do boi", em plena mata virgem entre
Itambacuri e Chonim. O gado que era levado para o Norte passava por esta
estrada.
1920. Primeira indústria de madeira, proprietário Francisco Pobel, na rua
Prudente de Moraes, e chegada de professoras de Peçanha.
1922. Primeira padaria na rua Prudente de Moraes, do Sr. Massad.
1923. A partir de uma lei de 7 de setembro o distrito passa a ser chamado de
Figueira.
1924. A cidade começa a crescer com a ajuda dos pioneiros: Segismundo
Costa (empreendedor), Seleme Hilel (comerciante que chegou a prefeito da
cidade), Francisco de Paula Freitas (primeiro farmacêutico), Said, Ramuth e
Tufic, Capitão Manuel Gonçalves, José Amado, José de Oliveira Fonseca,
Domingos Papi, Antônio Spirito, João Lopes e família Cabral.
1925. Instalação da Coletoria Federal, primeiro cinema (que só durou seis
meses) e a primeira usina elétrica a vapor de caldeira.
1932. Começam os projetos para a emancipação do distrito.
1936. Iniciados os trabalhos do matadouro e entrega do projeto de criação do
município ao deputado Cônego Domingos.
1937. Dia 15 de novembro foi assinado pelo Governador Benedito Valadares
decreto que emancipava administrativamente o município, publicado em 31
de dezembro do mesmo ano.
24
1938. 30 de janeiro acontece a instalação do município e a festa de posse do
primeiro prefeito, Dr. Moacyr Paletta de Cerqueira Lage.
Nesse vídeo,GV REEW 2012, mostra a cidade de Governador Valadares
exatamente do ponto de vista que é abordado em nosso trabalho. Valorizando a
cidade e seus atrativos de forma simples que o vídeo aborda, sendo utilizada a
técnica do Time Lapse que é um processo cinematográfico em que a frequência de
cada fotograma ou quadro por segundo de filme é muito menor do que aquela em
que o filme será reproduzido.
Sem a utilização de nenhum outro efeito o vídeo mostra toda a beleza natural
existente na cidade e alguns de seus pontos turísticos visto de formas e ângulos
diferentes. Assim pudemos absorver através de todo esse conceito de beleza e
simplicidade a linha a ser seguida no processo de criação de nossos produtos
gráficos.
Figura 3 – Vídeo em pausa, aos 00:26
25
Figura 3 – Vídeo em pausa, aos 00:26.
Figura 4 – Vídeo em pausa, aos 02:09.
Figura 5 – Vídeo em pausa, aos 02:22
Foram pesquisadas na internet, imagens iconográficas como referência para
melhor execução do projeto, com conteúdos que representassem os pontos
turísticos escolhidos como a Açucareira, calçadão da Ilha dos Araújos, vôo livre,
formato da cidade visto do alto do Pico da Ibituruna, a Santa da Ibituruna, fauna e
flora da cidade, a ponte do São Raimundo, Praça Serra Lima, Mercado Municipal,
índios, pedras preciosas e a árvore Oiti.
26
Figura 6 – Alguns pontos turísticos de Governador Valadares.
Para o desenvolvimento do material, baseamo-nos em logotipos de outros locais
com os mesmos fins de divulgação de seus valores, dos pontos turísticos e
características, conforme segue:
Figura 7 – Marca “Eu amo BH radicalmente”. Figura 8 - Marca “I love NY”
27
Figura 9 – Referências de Marcas com o mesmo objetivo de valorizar a cidade.
Ao final dessa pesquisa, pudemos identificar elementos em comum em todas
elas, como o fato de o nome das cidades estarem presente em todas as nossas
referências, as cores usadas são fortes e através delas remetem a alguma
característica predominante da própria cidade e/ou evento a que se destina. Com o
uso de tipografia simples e de poucos elementos, todas têm o mesmo objetivo de
serem lembradas com facilidade, ter um posicionamento bem definido, e ter o
reconhecimento de seu público. Buscamos assim absorver esses conceitos a serem
aplicados em nossa marca, para obtermos os mesmos resultados.
Figura 10 – Figuras referentes ao texto, figueira, mundo, arvore geológica.
28
Rafes:
Figura 11 – Alguns Rafes para o logotipo
Figura 12 – Estudos para logotipo.
29
3.3 IDENTIDADE VISUAL
MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL
Este Manual de Identidade Visual explica como usar a marca Raízes, é um
guia de informações e ideias que relacionam a aplicação dela. Expressando-se com
identidade, imagens ou slogan, seja na propaganda, estampas, e produtos diversos.
A marca Raízes é clara, o objetivo é valorizar a cidade de Governador Valadares,
pois possui um grande polo turístico. Onde é importante seguir este manual para
garantir a qualidade na implantação da identidade.
O conceito do logotipo foi trabalhado sendo que Governador Valadares há
muito tempo atrás era chamada Figueira, pela quantidade dessa árvore presente na
cidade. A Figueira considerada como símbolo das relações entre a Terra e o céu,
sendo o céu representado por seus galhos que remetem ao céu, clima de
Governador Valadares, característico também pelo voo livre que enfeita o céu da
cidade com seus parapentes e asa deltas. A Terra sendo representada pelas raízes
da Figueira, que trazem a ideia de voltar às raízes da cidade, de seus moradores ao
invés de procurar fazerem suas vidas, foram fincar raízes em sua própria cidade e
descobrir o que de bom Governador Valadares tem. Além de que a Figueira também
simboliza a abundância, voltando a remeter os recursos e riquezas existentes em
Governador Valadares. A ideia de usar uma impressão digital como a copa da
Figueira remete mais uma vez ao sentido de buscar a identidade da cidade que é
única assim como uma impressão digital, e de cada morador que nela vive.
Figura 13 – Logotipo
30
A marca Raízes pode ser utilizado com essas diferentes cores:
Figura 14 – Logotipo em diferentes cores
Não sendo possível usar a versão colorida, deve-se usar a P&B, ou nos tons
de cinza.
Figura 15 – Logotipo preto, branco e escala de cinza
31
area mínima é a proteção ao redor do logotipo, conforme indicado no gráfico a
baixo, toda a aplicação da mesma, a distância será de no mínimo 0,5 centímetros.
Figura 16 – Área Mínima da Logomarca
As medidas do logotipo,
Figura 17 – Medidas da Logotipo
O logotipo Raízes nunca deve ser alterada, seja na letra, na cor ou na forma,
como mostra o exemplo abaixo.
32
Figura 18 – Logotipo formas erradas.
As tipografias remetem a todo momento o conceito aplicado a logotipo.
TIPOGRAFIA
TIPOGRAFIA PREDOMINANTE
Família da fonte
Aracne Regular Italic
Subfamília da fonte
Italic
Nome completo da fonte
Aracne Regular Italic Light Italic
Nome do fabricante
Julia Martinez Diana, Antipixel
TIPOGRAFIA SECUNDÁRIA
Família da fonte
Amandine
Subfamília da fonte
Regular
Nome completo da fonte
Amandine
Nome da fonte do postscript
Amandine
33
CORES
A cor predominante é a cor marrom. Conhecido como a cor da terra, o
marrom nos dá a sensação de estabilidade, maturidade, consciência, simplicidade e
responsabilidade. Ela se refere a pedra, rocha, e afasta a insegurança. As outras
cores utilizadas, o verde e vermelho são tonalidades desse marrom escolhido.
Figura 19 – Cores do Logotipo.
O slogan, que também pode ser chamado de frase de efeito, é uma frase de
fácil memorização que resume as características de um produto, serviço ou até
mesmo uma pessoa. Como o nosso objetivo é a divulgação e valorização dos
pontos turísticos de Governador Valadares, resumiu-se nesse slogan:
VALORIZANDO VALADARES
O slogan foi direto ao ponto já que é valorizar a cidade e, ao visitar
Governador Valadares com certeza irá encontrar atrativos que correspondam aos
seus gostos pessoais, devido à variedade de opções de lazer e pontos turísticos, o
que torna Governador Valadares da mesma forma uma cidade singular, sem igual.
Ao se identificar com a cidade e seus pontos turísticos passará a valorizá-la e
desejar ter uma recordação que irá compor sua memória pessoal, motivando-o a
34
voltar mais vezes e quanto aos moradores em preservar e se orgulhar de sua
cidade, um verdadeiro patrimônio.
.
3.4 Estampas
A Estamparia é uma das modalidades, que consiste na impressão de
estampas em tecidos, é elaborada pelo designer, o qual se ocupa pela criação dos
desenhos adequados aos processos técnicos de estampagem.
Procurar conhecer os tipos de padronagens existentes e suas respectivas
classificações, também contribui no processo criativo do designer gráfico e o auxilia
na concepção de novas estampas criativas e únicas.
Segundo o dicionário Aurélio estamparia significa impressão no tecido, ou o
ato de estampar no lado direito do tecido (a estampa total), com a repetição do
módulo ao longo da superfície do tecido, ou representar um desenho único (estampa
localizada).
Algumas estampas:
Figura 20 – Diversas Estampas.
35
3.5 Repetição
É uma representação visual visando garantir a unidade, a continuidade, o
preenchimento e o ritmo da superfície. A repetição é formada a partir da
composição e organização dos elementos presentes no módulo em si, é importante
que as imagens conversem entre si quando repetidas. Existem infinitas maneiras
de repetição de imagens. Seu encaixe pode se dar a partir de um eixo, pode haver
rotação ou reflexão. Há também a possibilidade de combinação de 2 módulos em
posições diferentes criando um módulo mais complexo, e a sua repetição nas mais
diversas direções. Além desses exemplos citados de encaixe, existe a
possibilidade de uma padronagem ser constituída por módulos que não se
encaixem. Conforme as tabelas de referência, retiradas da internet :
Figura 21 – Sistema de repetição, por Evelise Ruthschilling
Em se falando de Design de Superfície a repetição é uma organização dos
elementos contidos no desenho em unidades que se repetem em intervalos
constantes para destacar os elementos diferenciais. É um conceito muito importante
pois a repetição dá unidade, criando um padrão ao trabalho que são alguns dos
conceitos básicos do Design Gráfico.
36
Figura 22 - Modulo de repetições adaptada de Schwartz.
37
3.6 Impressão
Para esse tipo de trabalho, foi utilizada a impressão por sublimação digital,
que é o nome que se dâ ao processo no qual a imagem é impressa em uma
impressora sublimática e transferida para o tecido, com auxílio de uma prensa
térmica ,interessante desse tipo de impressão é que as cores não são registradas
como pontos individuais, como é feito nas impressoras a jato de tinta. Pontos
individuais podem ser distinguidos a distâncias relativamente próximas, fazendo com
que fotos digitais pareçam menos realistas. Mas existe um longo rolo de filme
transparente que lembra folhas de celofane vermelho, azul, amarelo e cinza, que
são presas juntas pelas extremidades. Exemplo de uma impressora de sublimação:
Figura 23 – Impressora de Sublimação.
As tintas sólidas correspondentes às quatro cores básicas usadas em
impressão estão embutidas neste filme: azul, magenta, amarelo e preto, em uma
linguagem própria do designer, CMYK. A impressão digital direta você ganha
qualidade, agilidade e não precisa de uma escala grande, o que se torna muito
positivo para nosso trabalho de conclusão de curso.
38
3.7 Estampas Desenvolvidas
Baseamo-nos na teoria básica de que o Design Gráfico trabalha com formas e
é de grande importância conhecer todos os elementos visuais. Esses elementos de
onde vem toda a forma de criação de peças e conceitos de um designer são o ponto
e a linha. O ponto é o inicio de tudo, é considerado como a origem de todo processo
de criação pois esse elemento é uma forma de referência e representação do
espaço. Quando organizados de forma sequencial esses pontos se transformam em
linha. A linha pode ser definida como a trajetória de um ponto. Sendo mais dinâmica
que o mesmo nos permite manipular movimentos, através de variações de sua
espessura. Através desses conceitos reunidos tiramos embasamento para criação
das estampas, que são todas feitas de ponto e linha.
A partir dessa pesquisa foi montado um painel imagético como referência na
criação das estampas. Foram criadas 3 estampas diferentes, cada uma foi criada a
partir da junção dos pontos turísticos, para cada um dessas junções foram criados
nomes. A eficácia visual de uma estampa deve-se ao fato da sua capacidade de se
comunicar através de seus conceitos atingindo seu publico alvo. Seguindo essa
linha de raciocínio chegamos às escolhas das cores, onde a linha infantil, as cores
são em tons mais saturados e coloridos rementendo à dinamicidade da criança. A
linha feminina tem cores mais claras remetendo à delicadeza da mulher e a linha
masculina tem cores mais escuras e menos saturadas remetendo à força masculina.
1º Estampa: Açucareira + Calçadão da Ilha dos Araújos = AÇUCAILHA
A Açucareira, como é chamada, constituía uma indústria de grande importância
na região. O imóvel está situado às margens do Rio Doce, em uma área plana e
cercada. O referido imóvel foi tombado pelo conselho deliberativo do Patrimônio
Cultural de Governador Valadares em abril de 2001.
Figura 24 – Açucareira em Governador Valadares.
39
Percebemos após os estudos dessas imagens, que o desenho da forma da
Açucareira, tem os traços contínuos. Lembra-se então do desenho do calçadão da
Ilha dos Araújos, onde para a primeira estampa reuni os dois pontos turísticos, nada
mais justo, pois, a linha é um elemento essencial para o desenho.
Figura 25 – Calçadão da Ilha do Araujo, Governador Valadares.
Localizada no Rio Doce, a Ilha dos Araújos tem 2.100 metros de extensão,
numa área territorial de 18 alqueires. Possui ruas e muitas praças arborizadas e a
Avenida Rio Doce, que contorna toda a ilha possui um calçadão, que é muito
utilizada pelos moradores da Ilha e de outros bairros para caminhadas.
Rafes:
Figura 26 – Rafes Calçadão da Ilha + Açucareira
40
Figura 27 – Estudos Calçadão da Ilha + Açucareira
Figura 28 – Símbolos escolhidos, para a estampa Açucailha
Figura 29 – Estampa Açucaillha – Feminina
41
Figura 30 – Estampa Açucaillha – Infantil
Figura 31 – Estampa Açucaillha – Masculina
42
2º Estampa: Ponte São Raimundo + Praça Serra Lima = LIMAMUNDO
A ponte São Raimundo, construída na década de 40, quando foi asfaltada a
BR 116, conhecida como Rio - Bahia, hoje perímetro urbano de Governador
Valadares, de suma importância para cidade
Figura 32 – Ponte São Raimundo, em Governador Valadares.
Pelo tempo que a Ponte São Raimundo está erguida, nota-se que outro ponto
turístico também foi construído na década de 40 a Praça Serra Lima, para a
segunda estampa, foi feito o ligamento dos dois temas.
Figura 33– Praça Serra Lima, em Governador Valadares.
A praça foi construída em 1947, em homenagem ao José de Serra Lima,
nascido em Figueira do Rio Doce e que foi responsável pela demarcação e
traçado da cidade iniciado pelo senhor Olindo Palhares. Possui nas pontas do
cruzamento portais e mobiliário urbano em aço inoxidável. A arborização é um
oiti e tamareira (em homenagem 'as famílias sírio-libanesas que se encontravam
na cidade).
Rafes:
43
Figura 34 – Rafes Ponte São Raimundo + Praça Serra Lima.
Figura 35 – Estudos Ponte São Raimundo + Praça Serra Lima.
Figura 36 – Símbolos escolhidos, para a estampa Limamundo.
44
Figura 37 – Estampa Limamundo – Feminina
Figura 38 – Estampa Limamundo – Infantil
45
Figura 39 – Estampa Limamundo – Masculina
3º Estampa: Voo Livre + Ibituruna = LIBITURUNA
O voo livre é uma das atividades mais procuradas, em Governador Valadares, não
podíamos deixar de apresentar em uma estampa esse tema, pois a cidade recebe
muitos turistas, visitantes, atletas de todo o mundo, procurando esse tipo de
atividade.
Figura 40 – Vôo Livre, em Governador Valadares.
Como tudo isso ocorre no pico de Ibituruna (que na verdade é um monte), onde
oferece um dos melhores pontos de saltos de Paraglider e Asa Delta do mundo,
46
devido às térmicas incríveis que só a cidade de Governador Valadares. Então daí
nasce a nossa terceira estampa.
Figura 41– Pico do Ibituruna, em Governador Valadares
Uma das maiores atrações turísticas de Governador Valadares é o Pico da
Ibituruna. Pedra com 1.123m de altura e que pode ser vista de qualquer ponto da
cidade. Além do Voo Livre o Pico oferece uma vasta área verde repleta de trilhas
e uma biodiversidade estudada por biólogos de toda a região.
Rafes:
Figura 42 – Rafes Voô Livre + Pico do Ibituruna.
47
Figura 43– Símbolos escolhidos, para a estampa Libituruna
Figura 44 – Estampa Libituruna – Feminina
48
Figura 45– Estampa Libituruna – Infantil
Figura 46 – Estampa Libituruna – Masculina
49
3.8 Peças gráficas
Com objetivo de desenvolver produtos gráficos inspirados no município de
Governador Valadares, procurando identificar locais da vida urbana que melhor
retratem essa cidade, o presente projeto, pretendem contribuir para incrementar o
turismo local, buscando soluções diferenciadas na criação de variadas alternativas
de divulgação e promoção da cultura valadarense.
As peças gráficas foram desenvolvidas com base em pesquisas imagéticas de kits
promocionais consumidos pelo público alvo referido que se deseja atingir. No intuito
de ao serem adquiridas, essas peças promocionais, possam contribuir na divulgação
e projeção dos pontos turísticos de Governador Valadares. Uma vez que cada
pessoa ao se identificar com o turismo local, leve um pouco da cidade consigo
mantendo uma lembrança agradável estimulando outras pessoas .
Figura 47 - materiais promocionais.
Visando a maior variação possível, serão confeccionadas as seguintes
peças: camisetas, canecas, capas de almofadas, adesivos em geral, squeeze,
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sketchbook, chinelos, toalhas e bonecos de feltro. De forma a agradar o público
masculino, feminino e infantil.
CAMISETAS
As camisetas são um meio popular de divulgação pois é mais visível, e
considerando o clima quente de Governador Valadares escolhemos uma malha
fresca que se adapte ao clima da cidade, foram desenvolvidas estampadas, com
sublimação digital, em uma malha com uma porcentagem de poliéster e algodão
pois essas matérias possui melhor fixação de cor, abaixo pode-se perceber as
estampas totais.
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3.9 Catalogo
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CONCLUSÃO
O presente trabalho é resultado de um estudo detalhado que exigiu no
decorrer do mesmo, aprofundar um pouco mais nas possibilidades do Design
Gráfico e Design Promocional. Nesse sentido, procurou-se através de uma pesquisa
aprimorada determinar as contribuições desse profissional na criação de um produto
capaz de identificar a importância do turismo local motivado pela divulgação de
pontos estratégicos transformados em estampas a partir da junção dos mesmos.
A atuação do designer gráfico desta maneira permitiu o surgimento de novas
possibilidades de aplicação destas estampas principalmente na malharia. O
resultado foi o melhor possível, principalmente com a criação de um logotipo para
valorizar a cultura da cidade Governador Valadares.
Este projeto possibilitou inclusive colocar em prática vários conteúdos
estudados ao longo do curso de Design Gráfico, oferecido pela conceituada
universidade - Univale. Disciplinas como: Metodologia de Projeto, Computação
Gráfica, Semiótica, Estética, Tipografia, Composição e Plástica, Prática Projetual,
Fotografia, Desenho de Observação e Expressão, Teoria da Cor, em seus conceitos
e metodologias mais importantes são alguns dos conteúdos aplicados na execução
deste, e, sem os quais não se obteria êxito e qualidade nos produtos projetados,
conforme elucidado detalhadamente na criação deste projeto.
Assim, buscou-se atingir o objetivo de divulgar amplamente Governador
Valadares, não apenas na região, mas em todo território nacional e além mar, na
medida em que se diversificou o resultado final, não se detendo exclusivamente a
malharia, mas também demonstrando a aplicabilidade das estampas e logomarca,
criados nos mais variados produtos para atender a gostos variados e assim abrir um
leque de possibilidade de trabalho trazendo algum tipo de beneficio social e
contribuindo para mais um impulso a economia local, ou seja, o desenvolvimento da
própria cidade.
Desta forma, à medida que o projeto se materializava novas idéias surgiam
tendo sido gratificante e motivador perceber a sua viabilidade. Contribuindo para o
amadurecimento profissional dos envolvidos no mesmo. Portanto, acredita-se ser
esse projeto um ótimo investimento que com certeza pode se tornar necessário na
71
busca por novas alternativas que promovam maior visibilidade da cidade e atinja o
público ao qual esse projeto se destina de forma inovadora.
72
REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, SERGIO FLORES DE. Principios Orientadores para
Divulgação de Material Promocional de Destino Turistico Dentro do Marco da
Comunicação para Sustentabilidade. 205f. Dissertação. Universidade de Brasilia.
Disponível
em:<http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/4489/1/2009_SergioFloresdeAlbuquerq
ue.pdf> Acesso em: 27 de Maio de 2013.
CLIFTON, RITA; SIMMONS, JOHN. Brands and Branding. Editora Bloomberg Press, 2004.
CHINEN, NOBU. Curso Básico – Design Gráfico. São Paulo: Editora Escala Ltda,
2011.
DONDIS, DONIS A. Sintaxe da Linguagem Visual. 3. Ed. São Paulo: Martins
Fontes, 2007.
FASCINI, LÍGIA. O design do designer. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna
Ltda, 2007.
FERREIRA, AURÉLIO BUARQUE DE HOLANDA. Miniaurélio – O Minidicionário
da Língua Portuguesa. 4. Ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.
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