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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
A IMPORTANCIA DE BRINCAR DEFAZ-DE-CONTA NA EDUCACAo INFANTIL
CURITIBA2003
ANDREA DARLING AFORNALLI
A IMPORTANCIA DE BRINCAR DEFAZ-DE-CONTA NA EDUCACAO INFANTIL
TCC presentado com requisitoparcial para obten,ao do titulo de
pedagoga no curso de pedagogia daUniversidade Tuiuti do Parana
Orientadora: Elizabeth C. Suzin
CURITIBA2003
Ao verdadeiro Deus, que esta acima de todo nome,a Deus vivo, 0 Rei eterno
"0 carac;aada crianca e Lim vasa de terra boa para plantarmos a semente daPalavra de Deus e apontarmos 0 caminho para uma vida correta diante Dele"
Proverbios 22:6
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus Pai, Filho e Espirito Santo.
Aos meU5 pais Lidia e Maria Luiza pela cornpreensao e amor dedicados a mim comofilha.
Ao meu naivo Erik pel a forg8, incentivo e fe.
A Professora Elizabeth, as arnigas e colegas de trabalho Valeria e Maria Odete pelassugestoes apresentadas.
RESUMO
o presente estudo focaliza a importancia do brincar de faz de conta na educa<;ao
infanti!. Verifica os beneficios na area cognitiva, afetiva e social das criam;as de dais a
tres anos. Como metodologia deu-s6 preferencia par uma abordagem reflexiva e
qualitativa .Descobriu-se atravEs de pesquisas bibliogri3fica que este brincar permite que
a crian<;a assimile a funcionalidade das 890es ja aprendidas, a elaborar e resolver
situa~5es conflitantes, a desenvolver pensamento abstrato, concentray80 e ainda
envolve as inteligencias multiplas. 0 proximo passo foi aplicar, observar e verificar a
veracidade do que foi pesquisado. Po pesquisa de campo foi feita no Centro de Educa<;ao
Crista ABBA as resultados oblidos foram pertinentes, percebeu-se que para acontecer
a brincadeira nao e necessario objetos, brinquedos; no entanto se sao presentes
contribuem para enriquecer e tornil-Ia mais produtiva e envolvente, havendo assim a
possibilidade de desenvolver 0 cognitiv~, abrangendo as varias inteligencias.
SUMARIO
INTRODU9Ao . . 08
CAPITULO 1- 0 BRINCAR DE FAZ·DE·CONTA ................................•.................. 10
CAPITULO 11- PEDAGOGIA DO JOGO E POSSIBILIDADES EVOLUTIVAS.. ...12
L6gica e Desejo... ..... 17
CAPITULO III • PSICOSSEXUALIDADE E PSICOSSOCIALIDADE NAS FASESORAL E ANAL DA CRIAN9A . . 21
Teoria do Brincar... ............................. 25
CAPITULO IV· 0 FAZ DE CONTA E AS INTELIGENCIAS .27
Organiza,ao do Ambiente .. . 32
CAPITULO V - DESENVOLVIMENTO METODOLOGICO .. . 34
Atividades aplicadas de faz-de-conta .. ............ 35
Ficha de observayao sabre 0 comportamento da crian'Y8 .. . 38
Resultados .. .... .40
CONCLusAo. . ..41
~~~~~ ~
1. INTRODUCAO
E comum encontrarmos urna crian9a conversando sozinha, representado urn
personagem au imitando alguem como 0 pai, a mae au a professora
Esses comportamentos sao conhecimentos populares universal mente como a
brincadeira de faz-de-conta.
E interessante observar a facilidade e a disposi~o das crianc;as para inieiar 0
faz de conta, em contrapartida tambem fica evidente a resistencia para eneerrar a
jogo que tanto envolve e satisfaz a crianya.
Sabemos que atraves dessas brincadeiras os pequenos aprendem a respeitar
regras, descobrindo seus proprios limites e tambem as dos Qutros, aprimorando
assim as relac;6es de convivencia e sociallza9~o. Alem disso, a fantasia estlmula 0
potencial criador e desenvolve 0 aspecto emocional e afetivo da crianya, que se
torn a mais segura e com maior iniciativa.
Mas, que sensac;oes au sentimentos s~o esses que gerarn prazer, satisfazem
e S8 tarnam t~a necessarios para elas?
E como se fosse urn combustlvel, urn sustento, sem isso alga nao vai bern.
A proposta desse trabalho Ii! elucidar a necessidade que a crian9a de tres a
quatro anos tem de brincar de faz-de-conta; e ainda, explicitar os beneflcios e
vantagens dessa pratica.
Opartunizar tempo de qualidade e espac;o flsico adequado para a pratica,
verificar se todos tern a mesma facilidade em brincar espontaneamente.
Essa abordagern visa ser urn instrumento auxijiar para a compreensao das
brincadeiras e do universo imaginario infantil. No capitulo I, encontramos urn breve
hist6rico de estudos sobre 0 laz-de-conta e delini<;iio leita por Piaget, Vigotsky e sua
importancia na pratica pedagogica. Capitulo II refere-s8 ao brincar como fonte de
desenvolvimento motor, linguistico, intelectual e SOCial, descreve a teoria piagetiana
sabre 0 desenvolvimento da intelig€HlCia, e aponta a necessidade de um trabalho
que una 16gica e desejo, para que ocorra a assimila~o funcional das a90es, ja
aprendidas gerando prazer pela a<;aoludica e pelo dominio da a9;30.
Capitulo III encontramos urn paralelo entre a teeria psicossexLJal de Freud e a
psicossocial de Erickson, onde explica as caracteristicas das crianyas que estao
dentro da faixa etaria estudada e a importancia dessas fases para a formayao da
personalidade no adulto. E tambem n8sse capitulo a tearia do brincar, que descreve
a inido na fase oral passando par cinco fases ate estar pre parada para a brincar em
grupo.
No capitulo IV, explica-se a teoria das inteliglmcias multiplas, que tem no
simples brincar de faz-de-conta, a possibilidade de aflorar e desenvolver lodas as
competencias. Ressalta a importancia de preparar um ambiente inspirador para
aelona-las, no capitulo V contemplamos algumas atividades de faz-de-conta
realizado pelo grupe de crian9as do Centro de Educa~o ABBA e os resultados
obtides com a pratica.
10
CAPITULO I
a BRINCAR DE FAZ-DE-CONTA
Esse ato e tao antigo como 0 proprio homem e uma brincadeira universal,
para alguns esta na essencia dos mamlferos, para Qutros ela e aprendida no
meio.Trata-s8 de uma ocupa~ao prazerosa de (re) cria~ao da realidade na qual os
sujeitos anvolvidos possuem autonomia para a construc;ao e colaborayao do emedo
imaginario. Existem registros de que Platao e Aristoteles ja se interessavam em
estudar e reconheciam a importancia dessa pratica infantiL Nos seculos XVIII e XIX,
Rousseau e Frobel! defende a ludico nas praticas edLlcativas. Varios estudiosos
como Pestalozzi, Decroly, Montessori, John Dewey Wallon, Frenel, alem de Vigotsky
e Piaget, investigarao a dimensao pedagogica do jogo e ainda hoje desperta
interesse par pesquisadores como: Gardner, Gisela Wajskop e Zilma de Oliveira.
Facilmente se presume sua importancia no desenvolvimento da crian~a,ajuda
no crescimento e faz multo bern para a saude.
Piaget refere-.se ao faz-de-conta como um jogo simballco, Freud como jogo
infantil e Vygotisky como Lim brinquedo, todos eles viram de certa forma as
importancias desse ato para as crianc;as, consideraram pr6prio da fase, e importante
para a vida adulta.
Na visao Piagetiana 0 jogo simb6lico consiste na assimilayao funcional das
8c;oes ja aprendidas, gerando ainda um sentimento de prazer pela a980 ludica e pelo
dominio das a9Qes.
"
Para Vygotisky 0 brincar tem a funcao de permitir que a crian<;a aprenda a
elaborar e resolver situat;6es conflitantes que vivencia no seu dia-a-dia, al9m de
desenvolver a linguagem e a pensamento abstrato juntamente corn a concentrayao.
Outro aspecto observado por Vygotisky (1984, p.117) e que "A brincadeira
cria zona de desenvolvimento proximal da crian98 ... • que nela S8 comport a al9m do
habitual, suas atividades sao mais avan<;adas do que a vida real e tambem aprende
a separar objetos e significados, a que vern criar ulna estrutura basica pra as
mudan9Ss necessarias. A 5ubstltuic;ao de urna atividade organizadora par Qutre
caracteriza 0 sucesso dos perfedos evolutivos
Vygotisky caloea tambem, que devido aD fato da criany8 agir sabre 0
imagim:1iria, 0 pensarnento estando separado do objeto, a a~o surge das ,deias, e
ela estara dessa forma desenvolvendo 0 pensamento abstrato no faz-de-conta.
Segundo Piaget, a crian<;a 56 estara pronta para pensar de forma abstrata
quando atinge 0 estagio da 16gica formal.
Entao se abstra~o opera unicamente com idalas e associa90es das mesmas,
sendo que a realidade existe somente no ambito da subjetividade humana sem a
exist~ncia concreta, Ate aqui se conclui que 0 brincar de faz-de-conta tambem e urna
maneira de desenvolver a capacidade de resolver problemas e 0 raciocfnio 100ieo na
crian9a. Portanto proporcionar atividades que favoreyam 0 envolvimento da crian<;a
em brincadeiras que promovam 0 faz-de-conta tern nitida flln~o pedag6gica.
12
CAPiTULO II
PEDAGOGIA DO JOGO E POSSIBILIDADES EVOlUTIVAS
Uma concep~ao de matura~o do crescimento defende 0 brincar de faz-<:le-
conta como fonte de desenvolvimento motor, lingulstico, intelectual e social. 0 jogo
pode ser considerado, com razac, urn aspecto normal do desenvolvimento, mas que
ainda hi::i f~luito que se estudar, aprofundar e experimentar a cerea das condi96es
que fazem do jogo urn instrumento evolutivo.
Outra concepc;ao do jogo considera os materiais e brinquedos em primeiro
lugar da organizayao das atividades ludicas, pela curiosidade das crian<;8s em
rela<;:8o ao mundo externa, pensa-S8 que par ser geral e precoce e algo inato. Porem
esse cantata e exploraryao com objetos S8 dao par motiv8c;Oes de adultos au
crianQas que agem como mediadores. Contudo 0 que caracteriZ8 0 sucesso dos
periodos evolutivos, sao a substituic;ao de urna atividade arganizadora par outra.
Portanto espontaneidade de tal comportamento nao deve, porern, fazer com
que se esqueya que 0 espayo do jogo e, desde 0 inicia, urn espayo que se constroi,
urna experiemcia que se adquire enquanto que compartilhada, se enriquece atrav8S
da incorporayao de modelos culturais participados.
No brincar de faz-de-conta a crian<;a aprende a socializar-.se mesma durante
as frustra<;oes, descobrindo que 0 Dutro tern limites e encontrando os seus tambem.
"Nossos relacionamentos passoais fornecern a base para as satisfa<;oes mais
profundas em nossas vidas, assim como apresentam os mais difkeis desafios~
(BOLT; MYERS 1989, p.11). Pois descobrimos as diferen9as e semelhan~as entre
13
n6s e 0 proximo, ao perceber as reac;:6es do outro S8 torn a mais facil de S8 imaginar
no lugar, porem essas sensa~6es nao vern com nassas difereny8S, mas com nossas
semelhanyas. E no brinear que a crianC;:8tern sues primeiras experiencias com os
Qutros desenvolve nesses momentos a empatia.
Gisela Wayskop (NOVA ESCOLA, Setembro 1996) comenta que "Brincando a
crianc;:a aprende a lidar com 0 mundo e forma a sua personalidade, reeria situay6es
do cotidiano e experimenta sentimentos basicos, como 0 amor e 0 medo~.
MEla revive no faz-de-conta situ890es traumaticas podendo explora-las com
urn certo distanciamento que illS permite trabalhar as emcx;6es diHeeis que sentiu
naquele momento· (OLIVEIRA; MELLO, 2000 p,58),
Como por exemplo, a morte, tao dificil de aceitar e entender para 0 adulto,
muito mais incompreendida pela crian<;a. porem nao e raro encontrar crian9as
brincando de morrer. No brincar ela tenta trabalhar sentimentos e entender como e a
morrer. Oepois de YiYenciar, a crian98 acalma seu interior.
Segundo W.C, Winnicott (1975, p,76) "Acrian<;a que habit a uma area que nao
pode ser facilmente abordada, nem tampOLlco admite facilmente intrusoes ... ", esse
brincar satisfaz mesmo quando leva a um alto grau de
ansiedade","(WINNICONTT,1975 p.76), porem quando sentido em um grau elevado,
destr6i 0 brincar.
"E no brincar, e ta\vez apenas no brincar, que a crian<;a e 0 adulto fruem sua
liberdade de criat;:ao, ( ... ) e e somente sendo criativo que 0 individuQ descobre 0 eu"
(WINNICOTT, 1975. p.63).
I.
Oliveira et al (2000, p58) declara que "e a forma mais comum da crian""
pequena trabalhar seus conflitos e emo¢8s, ou mesma investigar questoes que
deseja compreender melhor~ A crianya passa do estado de equilibria com 0 seu
meio para a desiquilibra920 quando ocorre uma perturba~o cognitiva par urn
aspecto novo e real, no caso a morte. E quando 0 equiHbrio S8 rompe ela age sabre
o que the afetou buscando S8 reequilibrar. ~... 0 espirito humano pas sui urn processo
interne que 0 impulsiona a reorganizar seus saberes no sentido de uma adequa9~o
sempre melhor e real." (MONTANGERO; MAURICE - NAVILLE 1998, p. 153).
Ainda completa Oliveira et al (2000, p.55) "A brincadeira simb61ica leva a
construc;ao pel a crianya de urn !nundo ilus6rio de situa96es imaginarias, ande
objetos sao usados como substitutos de Qutros, conforme a crian~as as empregam
com ge5t05 e falas adequadas"
Urn simples peda90 de madeira pode ser telefone ou uma pizza. Urna caixa
de papelao grande 56 transfonna em aviao, uma menor num tambor ou instrumento
de percu~o, depende do imaginaL
Contudo n~o sao somente os objelos que ganham outro significado, mas
tambem, 0 espa90 ende acontece a brincadeira e os gestos. 1550 significa que
quando a crian~a brinca de ser motorista seus ge5t05 e expressOes sonoras
evidenciam a sua cria~o. Exemplo: A crianya 80 bater os pes no chao e imaginar-se
andando a caval 0, ".. esta orientando sua a~ao pelo significado da situ89ao e par
urna atitude mental e nao somente pela perceP980 imediata dos objetos e
situa,oes." (RCNEI, 1996 p.27).
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Piaget Inteligencia e Evolu~ao
Segundo a teoria piagetiana a intellgencia se desenvolve da seguinte
maneira: 0 conhecimento e construido durante as intera90es da ayao com 0 mundo,
levando em conta as caracteristicas biol6gicas, as transmissoes sociais, os
conhecimentos que ret ira de suas experiencias com objetos fisicos havendo urna
coordena9~o entre eles caracteriza urn quarto fator que e a equilibra9~a. 0 individua
passa do estado de equilibria com a seu meio para a desequilibray80 quando ocorre
uma perturbay80 cognitiva par um aspecto novo e real pouco compativel com as
seus julgamentos. E quando 0 equilibria S8 rompe ele age sobre 0 que Ihe afetau
buscando se reequilibrar, para Piagel isso e feito por adapta~o, e pcr organiza~ao.
A adapta~ao nada mais e do que troca entre a organiza~ao e as a96es do
meio, (N.I apud MONTANGERO; MAURICE-NAVILLE, 1998, p. 105).
Na assimil8yao, a pessoa usa as estruturas que ja pas sui, S8 nao sao
suficientes, eo precise construir novas estruturas, enti30 ocorre a acomadayaa.
Assim constr6i-se e reconstr6i-se continua mente as estruturas que 0 tornam
cada vez mais habilitado ao equilibrio. Porem essas reconstruyoos seguem estagios,
sao eles: sensoria motor, pre-operat6rio, operatoria concreto e formal, cada urn
deles sao conhecidos per caracteristicas particulares.
No estagio sensoria motor, que tern seu inicio no nascimento e vai ate dais
anos, as ac;oes sao guiadas pelas percepyoes sensoriais. Neste periodo a crianc;a
constr6i esquemas de a<;Oes que constituem uma especie de 16gica das ayoes e das
'0
percepc;oes. lssa se da atraves de diversas repetiy6es das mesmas a~:()es. Essas
organizac;6es feitas pel a crianVC1 the darao estruturas para 0 pr6ximo estagio.
Sendo assim Maurice-Naville e Montangero (1998, p.181) explica que" 0
conceito de estruturas situa-S8 no pOlo da organizayao, 0 que estabelece relac;oes
entre partes e todo no interior do sujeito, e nao no p610 da adapta~o, que concerne
as relac;oes entre 5ujeito e 0 meio".
No estagiD preMoperatorio, periodo de dois a sete anos, a crianc;a ja e capaz
de representar mentalmente pessoas e situac;oes podendo agif par simulac;oes. JaDcorrem as func;oes simbOlicas, infcio da interioriza~o de esquemas e 8c;oes de
representac;Oes. Esse estagio e caracterizado pela falta de informaC;8o sobre 0
pensamento da crianya devido a linguagem nao ser de conversas seguidas
o aparecimento das fungoes simb61icas sao de diferentes formas: pela
linguagem, jogo simb6lico ou de im8gin8980, que provavehnente e inicia da imagem
mental.
Yves de La Taille, (1992, p.17), completa que neste estagio, " .. em bora a
inteligencia ja seja capaz de empregar simbolas e signos, ainda the falta a
reversibilidade, au seja, a capacidade de pensar simultaneamente 0 estado ini\,;.Jale
o estado final de alguma transformac;ao efetuada sabre as objetos ....
Periodo operat6rio concreto que esta entre sete a doze anos, a crianva - ..
raciocina de forma coerente, contanto que passa a manipular as objetos ou
imaginar-se nessa situa~o de manipula9ao .. ." (LA TAILLE .. 1992 p.18)
Nesta fase a crianva e capaz de relacionar aspectos e obstruir dados da
realidade. Nao esta mais limitada a urna representayao imediata mais ainda
depende do mundo concreto para chegar a abstra9ilo.
17
Periodo formal de doze a quatorze anos, neste a Cfiang8 ja e capaz de pensar
sobre simples hip6teses. Segundo Jean Piaget (1983, pAO) •... 0 que vemos
aparecer nesse ultimo nivel, e a logica das proposiyoes, a capacidade de raciocinar
sobre enunciados, sabre hipoteses e nao mais samenle sabre objetos postas sabre
a mesa ou imediatamente representados"
A representat;ao agora pode sar abstrayao total, a crian98 agora e capaz de
pensar em varias reJay6es possiveis e 16gicas, nao S8 Jimitando mais a
representayao imediata nem em relayao previa mente existente.
constituem processo de equilibra<;ao sucessivos, marchas para 0
equilibrio~ Sendo que" .. 0 equilibrio significa que 0 desenvolvimento intelectual se
caracteriza par uma reversibilidade crescente. A reversibilidade e 0 carc~ter aparente
do ato da intellgencia, que e capaz de desvios e retornos".(PIAGET 1983, p.241).
L6gica e Desejo
Sabe-s8 que 0 sujeito na 1eoria de Piagel e uma pessoa social mente
vinculada, verdadeira de carne e 05S0, emocionalmente envolvida e moral mente
aut6noma. Tudo indica que Piaget n~o terl11inou sua obra, pois segundo outros
estudiosos, sua obra e bastante limitada, portanto e necessaria urgentemente
procurar integrar as intuir;6es na psicolagia do inconsciente e a tearia do
conhecimento l6gico (consciente).
I~
Freud suspeitava de qualquer tearia, que descrevesse pessoas racionais sem
conhecer 05 conflitos de impulsos inconscientes, 8ntaO sa verifiea a importancia de
tar como base urna psicologia do inconsciente.
Piagel concentrou-se apenas nas categorias \6gicas deixando de lado
componentes sociais e emocionais. Talvez per tar entendido que aD dedicar mais as
quest6es socio-emocionais, abriria urn lequa alem do alcanca como aconteceu com
Freud que descobriu as for~s inconscientes, e S8 fossa dessa maneira nao paderia
dedicar-se ao sell real interesse, as opera.yoes legieas.
Piaget fez pequenas ligayoes entre sociabilidade e 16gica atraves do dever
moral Ka moralidade e a l6gica da 8y80, do masma modo que a 16gica e a
moralidade do pensamento" (FURTH, 1995 p."149).
Ele optou par segutr essa pesquisa por que entendeu que 0 ingresso da
crianC;8 no mundo mora! se da pel a aprendizagem. A moral que S8 refere, sao as
atitudes e deveres que segundo ele as crianyas aprendem de forma espontanea e
imposta,
Segundo Yes de La Taille (1992, p.51), " .. tal imposic;iio e perteitamente
passive] na fase de heteronomia da crianga; S8 ela jil esta inclinada a aceitar como
inquestionaveis regras de jogo, provavelmente reagira da mesma forma as regras
morais~. Entao samente quando a criam;a superar a heteronamia que e 0 realismo
moral, estara numa Qutra fase. que e denominada autonomia moral, tera
interiorizado valores e atitudes, aos quais S8 refere a trocas intelectuais, que pade
talvez explicar as estruturas logicas e novamente Piaget tomou 0 rumo da 16gica
descobrindo suas ralzes, que estao antes mesmo da aquisir;ao da linguagem nas
ay6es sensorias motoras das crjan9as,
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Fez Iiga980 dos sentimentos interpessoais e marais com valores socio-
reciprocos, porem sendo a seu interesse as opera90es 16gicas n~o fez nada a mais
para explicitar a moralidade. Freud ao contrario deixou urna pesquisa rica sobre a
simb6Iico-emocional, tambem mostrou que as fontes de inler-rela90es pessoais e
sociais sao, em grande parte inconsciente, e que a realidade do munda infantil que eindelevelmente conservado com seu inconsciente. 0 prop6sito de Piaget foi construir
urna ieoria do conhecimento que fosse baseada na assimila9-a.o, e na l6gica da a9ao
BiologicB.
Dentro de cada individuo 0 sistema de significado com implicar;Oes reciprocas
recua ate seus inicios de desenvolvimento cujos tempos a crianC;:8, impelida pelo
desejo de ~eu - quero - meu - objeto~, primeiro descobre 0 significado dos simbolos
no prazer do objeto - encontrado - de - novo
Dessa forma verifica-se que 0 desejo e 0 conhecimento estavam ligados
quando por volta dos dois anos a libido fa; unida atraves de simbolos.
Segundo Hans G. Furth (1995 p.163) "Um impulso sublimado e ainda um
desejo e conhecimento adulto - em - sua - plena - for9a, contudo ele pode ser
desligado da a~o, QU antes, precisamente por causa disso, pode sar
emocionalmente ligado ao Id inconsciente~ ..
Artistas criativQs tern esta liga9ao ~Id conhecimentoM em um grau elevado. Ao
criarem um mundo simb6lico, que e para eles intensamente real e se assemelha
com 0 primeiro mundo simb6lico para toda crianya.
E ainda acrescenta que ".. quando 0 conhecimento tenta esconder suas
origens libidinais desliga~se de sua energia construtiva e passa a atuar de maneira
restritiva e essencialmente destrutiva". (Labedem, p.164).
Dessa forma verifica-se que a 16gica e 0 desejo estao intrinsecamente ligados
tambem no simbohsmo entre as crian9as, pais no brincar envolve as sensayaes
prazerosas e a construy80 da inteligencia. De forma que na 100ica e a vontade de
realizar a a980 que encontramos 0 prazer
21
CAPITULO III
PSICOSSEXUALIDADE E PSICOSSOCIALIDADE NAS FASES ORAL E
ANAL DA CRIAN<;:A
Baseado na teoria psicossexual de Freud temos aqui dues fases, a oral e anal
que descreve e explica atitudes de crianc;.as que S8 encontram dentro da faixa etafia
trabalhada, Erickson, atraves da visao psicossocial, esclarece e ressalta 0 cuidado
no trato, que dave tar ne5sa fase com as crianyas para que nao sejam marcadas
negativamente e lavern para a vida adulta, assas consequencias para a
personalidade.
Sabe-s8 que a desenvolvimento da personalidade asta associ ado ao
desenvolvimento fisico. As pessoas tandem dissociar 0 psiquico do fisico,
supervalorizando fun900s psiquicas como, par examplo. a afetividade e
subestimando as funt;6es fisieas como, par examplo, a excre98o. Sa repararmos as
primeiras ansiedades e motivayOes que 0 sar humano sente, estao ligados ao
fisiologico.
Fase oral
Segundo a teorica freudiana, e 0 periodo do nascimento a um ana, que
recebe esse nome· ... porque a maior parte das necessidades e interesses da crianya
esta concentrada na por~o superior do trato digestiv~", (D'ANDREA, 1975, p.35) Os
seus impulsos sflo satisfeitos na area da boca, es6fago e estomago, a libido est a
22
Iigada ao processo de alimentat;ao, sendo que 0 alimento nao e s6 0 material
nutritivo , mas tambem, a calor, carinho, colo e todo afeto possivel recebido, que
sao de extrema importancia para 0 reeem nascido. Devido a percepr.;ao irrealista nos
primeiros meses ap6s 0 nascimento a Cfianya nao con segue ainda distinguir "eu~ do
MnaO eu·, para ela a mae faz parte dela e prolongamento de sua boca " .. a seio
materno representara, como fonte de nutric;ao e como elemento de ligayao, com °exterior, 0 proprio mundo· (D'ANDREA, 1975 p.35). Entao sa 0 5810 for gratificador
que supre suas necessidades no tempo certa, que the da prazer, forma urna imagem
positiva sobre 0 mundo, porem se 0 seio for frustrador, uma imagem negativa eintrojetada, a expectativa do futuro do mundo sarao pessimistas.
Seie que cumpre as finalidades de maneira satisfat6ria e 0 seio born e 0 que
nao cumpre torna-S8 0 seio mau. Esse conceito de seio born e seio mau esla
relacionado 80 desenvolvimento da libido, 0 seio born gratifica e 0 seio mau frustra.
Olhando sob 0 ponto de vista psicossocial da crian<;a, Erickson afirma que
(D'ANDREA, 1975, p. 42) •.. bam seria a seio capaz de farneoer uma base justa de
confianc;a e desconfian<;a, preparando 0 individLIO para a posterior sucesso nas
relac;oes sociais·
o conflito basi co a ser desenvolvido em termos psicossociais e 0 da confiam;a
e desconfianc;a ao qual segundo Erickson, a crianc;a como indivlduo deve estar
preparada para urn equilibria
Para Freud quando a erian9a reeebe uma quantidade sufieiente de afeto,
calor, com medidas justas ela ultrapassara com seguranc;a a fase oral, fortalecendo
a ego e auto-estima. Estara apta para enfrentar a nova fase e suas dificuldades. No
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entanto, quando isso nao ocorre impedira um desenvolvimento normal em outras
fases, levando para a vida adulta padr6es orais de comportamento.
A esse respeito a visao psicossocial entende que quando a cnanya nao
rseebe da mae as doses necessarias de frustrac;ao, elas recebem urna configurayao
falsa do mundo, um atimismo exagerado, confian<;a muito grande, e essa falta de
frustrar;oes nao prepara 0 individuo para enfrentar problemas sociais de sua vida
futura. Ao contrario, se a mae Ihe proporciana frustrac;6es em demasia leva a crianc;a
a defender-se exageradamente do mundo externo, e pela desconfianr;8 perde
oportunidade de aumentar sua auto·estima, desenvolvendo a personalidade num
curso normal. Se as necessidades forem satisfeitas, a pessoa crescera de maneira
psicologicamente saudavel; se nao forem, seu ego sera imperfeito. Par exemplo, se
as necessidades orais forem frustadas nesse periodo, seja par desmame prematuro,
afastamento rigoroso de todos os objetos para sugar, 0 ego podera ser incapaz de
superar os desejos orais frustados. Alguns psicanalistas atribuem 0 alcoolismo e a
obesidade, par frustra90es ocorridas nessas fases.
Freud acreditava que grande parte do comportamento adulto, do otimismo
exagerado ao sarcasmo e ao cinismo, era atribuido a incidentes ocorrido durante °desenvolvimento do estagio ora1.
Fase Anal
Terminado a fase oral ao fim do primeiro ana de vida, nao significando que
atividades orais deixem de existir. A crianga passa para uma posi~o passiva e
receptiva para urna posi9aO ativa (engatinhar, andar, falar).
2.
Durante 0 segundo e terceiro ano de vida da crian~ " .. a energia jibidinosa
esta concentrada na por~o posterior do trato digestivo e a satisfayao ana! ocupa
uma posic;ao de destaque". Ela obtem prazer em estimular a parte terminal dos
intestines.
Alem desse prazer natural como a teoria psicossexual explica, alas recebem
eslimula90es pela valoriza~o que os pais dao a eSS8S funcroes, devido ao cuidado
com 0 funcionamento dos intestinos.
Outro fator que desperta a atel19:%0 da crian<;a a essa area e 0 fato de precisar
controlar os intestinos, pela necessidade de reter seus impulsos devido as
exige!ncias do meio.
a fato de aliviar a bexiga e intestinos da tensao e reter a urina au as fezes,
gera prazer tambem, Erickson· .. concebeu para essa fase anal um confiito basico
de cuja resoluy3a defende a desenvolvimento psicossocial da crianr;a nesta fase. 0
conflito e 0 da autonomia versus vergonha e duvida', (D'ANDREA, 1975 p.54).
o dominio das esfincteres proporciona a crian98 um dominio maior sabre a
ambiente, a medida que governa a musculatura, desenvalvendo a capacidade de
realizar 0 que quer. Comeya 0 processo de manipular as fezes, que trabalha a
questao de valores, sua obra, sau produto e a import~ncia desta para saus pais.
Quanta mais insistem para que para que a crianya fa9a cocO no lugar ahara
apropriado mais vai tentar deter a atenc;ao.
Segundo Flavio F. D'Andrea (1975 p.54), •.. urna crianya que aprendeu na
fase oral a confiar na mae e no mundo 8, portanto, em si mesma, tern que testar
essa confianya- Tenta n85se tempo colocar sua vonlade contra ados Qutros,
ninguem pode impedi-Ia de fazer na calC;8, 56 ela masmo.
25
Quando a crianya j8 tern controle sabre as esfincteres, e fazendo usa da
autanamia e nao segura~os, ao Quvir de familiaras criticas e ridiculariza90es, pod era
sentir -se humilhada e embarayada. E esses " ... sentimentos de ridiculo podem tornar
o individuo social mente inibido e inadaptado Por outro lado, a ausencia de
sentimentos de vergonha pode tornar ineficaz a autonamia do individua, pela
rejei9iio social que provoca.' (D'ANDREA 1975 p.54).
Se durante esse estagio sabrevierem muitas frustraybes, devidas a urn treino
excessivamente severo de controle dos esfincteres. 0 ego podera ser prejudicado
em seu desenvolvimento. Psicanalistas atribuem a avareza, a exagerada
preocupa~o com a limpeza a frustrac;Oes ocorridas na fase anal.
Tearia do Brincar
Alguns estudiosos tsm pracurado descobrir a origem do brincar, esta que
envolve, a fanlasia e a imaginal'~o. D.W. Winmcott (1975, p.70), descreve uma
teo ria do brincar, segundo ele, antes da crian98 estar pre parada para brincar em
conjunto ela passa p~r quatro fases.
A primeira se refere a natureza do objeto, e 0 tempo que "0 babe e a objeta
estao fundidos um no outro",D.W.Winnicott (1975, p.70). 0 bebe acredita que 0
objeto e a seio e faz parte dele, como sa fosse urn prolongamento de sua boca. A
visao que 0 bebe tem do objeto e subjetiva, a mae torna concreto aquila que 0 bebe
esta pronto a encontrar.
26
A segunda fase esta 0 reconhecer 0 n~o-eu. "0 objeto e repudiado, aceito de
novo e objetivamente percebido". Esse processo depende da mae para participar e
devolver 0 que e abandon ado.
E ne5sa fase que a crian98 acredita que ela eria 0 seia que a alimenta, 0
bebe tern certa experiencia de controle magico, isto e, experi{mcia daquilo que e
chamado de· onipotencia ... • (WINNICOTT 1975, p.70).
No decorrer da etapa juntamente com a gratifica<;:ao e a frustra<;:ao de ter ou
nao 0 objeto ela come~aa descobrir 0 objeto como 0 nao-eu.
o estagio seguinte esta caracterizado como 0 objeto fora, dentro, na fronteira.
A crian<;:8 brinea com base na suposiyao de que mesmo 8usente a pessoa a quem
ama e Ihe da seguran~a, esta disponivel quando e lembrada, ap6s ter sido
esquecida. Essa pessoa e sentida como se refletisse de volta 0 que acontece no
brincar, vemos aqui que 0 brincar implica confian9a.
No quarto e5tagio refere-se a capacidade que 0 beb~ tern de criar, imaginar,
inventar, originar e produzir um objeto.
A crian9a jil permite 0 fruir de duas areas na brincadeira: a mae brinca com 0
bebe de forma que se ajusta as suas atividades ludicas, logo a crianya ••.. introduz
seu pr6prio brincar". (WINNICOTT 1975, p.70).
A quinta etapa inicia urn tipo afetuoso de relayao com 0 objeto, a crian98 esta
preparando 0 caminho para 0 brincar conjunto num relacionamento.
27
CAPITULO IV
o FAZ - DE - CONTA E AS
INTELlG~NCIAS
o ser humane e unico, nao existe lim individuo S8 quer igual ao Dutro seja
fisica, emocional au intelectualmente, Constatamos lS50 nas digitais, nao existe duas
iguais, impassive! haver confusao nesse sentido Possuimos diferentes tipos de
mentes e, portanto aprendemos, lembramos, desempenhamos fun96es e
compreendemos de formas distintas. Algumas pessoas tern uma abordagem
IingOistica predominante na aprendizagem, da mesma mane ira, Qutros aprendem
melhor quando manejam simbolos de diversos tipas, enquanto Qutros ainda estao
mais aptos a apresentar sua compreensao atravas de demonstra90es pratlcas para
outros individuos e interagindo com eles.
o Dr. Howard Gardner, co-diretor do projeto Zero (Project Zero) e professor de Educa~o daUnive~idade de Havarcl. tem conduzido par munos anos uma pesquisa sobre 0desenvolvimenlo das CIlpaddades cognilivas human as. Ele rompeu com II tradir;Ao comumda teo ria da inteIiQ~nciti. que se ap6ia em dllss suposir;oes fundamentals: a cognir;:io humanae unitana e os individuos podem ser adeqluldamente desCfitos como pesquisadores de umaintelM;jencia lmiWl e quantifidivel. (CAMPEBELL, 2000 p.21).
Howard Gardner (1994, p 14), defende que as estudantes au talvez a
sociedade como un"! todo " .. estaria melhor servido se as disciplinas pudessem ser
apresentadas de diversos modos e a aprendizagem pudesse ser abordada atraves
de meios variados".
Segue-se uma breve descric;;lIo das oito inteligencias de Gardner:
1. A Inteligencia LingOfslica - Consiste na capacidade de pensar com
patavras e de usar a tinguagern para expressar e avaliar signifieados eomplexos.
2. A Inteligencia Logico Matematica - Possibilita calcular, quantifiear,
considerar posic;Oes e hip6teses e realizar operac;;Oesmatematicas complexas.
3. A Inteligencia Espacial - Instiga a capacidade de pensar de maneiras
tridimensionais, permite que as pessoas percebam as imagens intern as e externas,
reerie, transforme e modifique as imagens movimente a si mesma e os objetos
atravas do espaC;o, produza e decodifique informac;oes grafieas.
4. A Intelig~ncia Cinestesico-Corporal - Permite que a pessoa manipule
objetos e sintonize habilidades fisicas.
5. A Inteligencia Musical - E evidente que uma pessoa possua sensibilidade
para a entoac;ao e melodia, 0 ritmo e 0 tom.
6. A Inteligeneia Interpessoal - E a capacidade de compreender as outras
pessoas e interagir efetivamente com elas.
7. A Inteligemcia lntrapessoal - Refere-s8 a capacidade de construir uma
percepC;;Eloapurada de si mesmo e para usar esse conhecimento no planejamento e
no direcionamento de sua vida.
8. A Inteligencia Natllralista - Consiste em observar padrOesda natureza.
identificando e classificando objetos e compreendendo os sistemas naturais e
aqueles criados pelo homem.
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Apesar de existir diferentes tipos de inteltgencias, naG S8 pode classificar urna
melhor que a Qutra, pois todas inteligencias sao importantes. Cada individuo passu!
duas au mais, sempre obtendo destaque em urna au Dutra, nao significando que nao
seja passive I para 0 mesma desenvolver Qutra, exigira urn pouco mais de aten9ao e
dedic8t;c30, mas e passivel que cada urn desenvolva a que Ihe for requerida.
Urna inteligencia, nao desenvolvida, 80 descoberta, pode vir a acarretar para
a crian98 problemas de auto~estima, aprendizagem e muitos Qutros aspectos que
muitas vezes passam desapercebidos por seus educadores. Do contra rio, S8 bern
trabalhada, pade desenvolver naG 56 a inteligencia em questao, mas muitos Qutros
aspectos que sao de sum a imporlancia para urn born desenvolvimento social,
educacional e pessoa!.
Apesar de cada inleligencia possuir suas caracteristicas e diferen9as, a
principal motivo pelo qual nenhuma se torna mais importante que a outra e pelo
simples fato de que uma completa a outra, au seja, todas sao essenciais para urn
born andamento do desenvolvimento social, humano, psicologico, fatores que estao
diretamente ligados.
Como ja foi dito anteriormente brincadeiras de faz-de-conta e urn fen6meno
universal. Howard Gardner (1994, p.65), afirma que" .. nos primelfOs poucos anos
de vida, todas as crian<;:as atravessam um marco crucial. Movendo-se alem da
habilidade de pensar diretamente sabre 0 mundo de experiencia, elas agora tornam-
se capaz de imaginar".
Ele chama essa capacidade de "metarrepresentacional" e completa que " ..
nao precisa ter sido desenvolvida e certamente nao pareee existir de qualquer forma
interessante em outras especies" (GADNER 1994, p.65).
Durante a brincadeira a crianya tama posi980 frente a realidade do dia-a-dia
pedendo confirma-Ia, nega-Ia au alter a-I a conferindo novas poderes e autonomia ao
criar abras de imagina9ao, sejam M ••e!as produtas artfsticos au teorias sobre 0
mundo" (GARDNER 1994, p.65).
Usa da linguagem e fortemente encontrado na brincadeira do faz-de-conta,
encontramos dentro da esfera da linguagem "Nomear, classificar, executar roteiros e
representar ( ... ) e dificil conceber essa atividade na completa ausEmcia dela"
(GARDNER 1995, p.65) embora tambem eonstatou que oeorre a brincar com
pessoas surdas e com dificuldades linguisticas. Verificou que:
.. 0 reperlorio simb6lico dOl crianc;a pr~escolar 58 estende para bern alem da linguagem e
seus sernelt1antes na es{er;J da comunica~o. A crianya pequena tambem cr)(Jaja-se na
simboliza~o nas esferas do desenhm, do modelar com aroBa, do construir com blocos,
gesticular, dan<;ar, cantar, tinglr que voa ou dirfge, fidando com numeros e uma serie de
oulros dominios crnvejado5 (Ie simbolos ... (GARDNER 1994, p.56).
E. relevante citar uma faceta especial destas inteligencias observada par
Howard Gardner (1994, p.74) •... e que cada uma e sllscetivel de ser captada par urn
sistema simb61ieo ou significacional" Outro ponto tremendamente interessante nesla
teoria e saber que par mais que todos os indivfduos possuam e manifestem as sete
lnteligencias, elas tambern servem para nos distinguir uns dos outros. "As pessoas
possuem quantidades variadas dessas inteligencias, as combinam e as usam de
modos pessoais idiossincratieos· (GARDNER 1994, p.75)
Howard Gadner (1994, p.75) considera
31
...0 periodo de dois atlas a seis e scte cmos de idade, e um pcrlodo fascinanle dodesenvolvimcnlo humano (... ) Em sua opini:io e omle Rbriga mais segredos e poderes sabreo cresci menlo humano que qualquer Dutra fase comparavel do desenvolvimenlo. Os primeirosexemplos de capacida<fes simb6licas sJo dominados, habitos corporais e menlais suoestabelecidos, a crialividade e cl arte em geral sa:o f(lvorecidas au bloqueadas - nesta epoca.
Na opiniao de Dr. Haward Gadner (1994, p.73)
... somas uma especie que evolui para pensar IingUislicamente, conceber em tennos espaciais,anslisar de modos musicais, calculnr com instrurnentos l6gicos matemjticos... resolverproblemas usando todD 0 nosso corpo ou parte dele, compreencler a Quiros individuQs e a n6smesmos.
o simples brjncar de faz-de-conta pode proporcionar 0 desenvolvimento de
todas estas potencialidades, articulando no sujeito, a inteligencia linguistica, inter e
intrapessoal, a espacial, logieo rnatematica, cinestesico corporal e musical.
Na construC;8o de um cemirio, urna casinha ou 6nibus, as declarac;oes verbais
a autonomia no brinear encontramos envolvidas as inteligencias: espacial,
lingOistica, intrapessoal e interpessoaL Se he danya e musica esta presente as
inteligencias cinestesica corporal e musical.
No fazMde-conta a crian<;a aciona seus pensamentos para resolU/;6es de
problemas e concentraC;Bo que consequentemente trabalha a inteligencia 16gleo
rnatematica.
Esses momentos de representac;:6es dramaticas fla educa<.;8o infant;l, sao
riquissimos para 0 desabrochar das cornpetencias, pode-se proporcionar urn
ambiente e materials diversos que envolvam e inspirem as inteligencias multiplas.
Organiza9ao do Ambiente
Esse enfoque no espa<.;:o que sera desenvo\vido no trabalho sera de grande
importancia, pois sera ali, onde as encontros, as trocas de experiencias e as
intera<;6es entre as cfianyas S8 realizarao. Tambem sera 0 local ande 0 professor
observara as conquistas e dificuldades de cada aluno, portanto, esse ambiente deve
ser cooperativ~ e estimulante para 0 desenvolvimento e as rnanifestacoes das
diferentes intelige!ncias , par iS50, torna ....se indispensavel a usa de recursos didcit1cos.
o ambiente proposto e um ambiente positiv~ que encoraja a brincadeira de
faz-de-conta. Utilizar materiais que nutrem as diversas inteligencias e combina<.;:Oes
de intelig~ncias. ~O professor pade observar prontamente os interesses e ta16nt05 de
uma crian9a ao longo do ana" (GADNER 1994, p179).
Organizar 0 ambiente da forma que 0 estimule as brincadeiras, seja
aconchegante au uma simples mudan98 nas cadeiras sao a suficiente para dar asas
a imagina9ao.
Pode-se criar em varios cantos da sala, ambientes que fa~m sentidos sugere
Gisela Wajskop (1996) 'As pe,as de casinha nao devem ficar com as de super-
herois, a organizayao por tema ...~ Pais ajuda a criang8 a reproduzir a realidade, ( ... )
use conteudas didaticos como tema, (... ) erie a 110ra da brincadeira, distribua
brinquedos au sucatas, ( ... ) conte hist6rias ...•
E ainda acrescenta que e urn momento ende a crian98 S8 expoe e deve ser
respeitada, evitando ao maximo 8 interven9ao, podendo assim combinar regras e
impedir brigas.
Aproveitar esses momentos para observar a turma e cada aluno
individualmente leva a urn me!hor conhecimento sabre cada urn deles
CAPiTULO V
DESENVOlVIMENTO METODOlOGICO
A pesquisa sa deu em livros que tratam sobre 0 assunto de faz-de-conta e
aqueles que descrevem 0 desenvolvimento cogniti ..••o da crianya de dais a tres anos
de idade. Reslringiu-se nessa etapa devido a possibilidade de urn maior tempo
disponibillzado a essa faixa ataria.
As observa,Oes loram leitas em um grupo de 11 crian,as no Centro de
Educa,aoCristaABBA
Na preparay80 do ambiente usou-se todo tipo de materia is passiveis
encontrados como: caixas, tecidos, sucatas, mesas, cadeiras, brinquedos,
instrumentos musicais, areia, argila e Qutros mais.
Utilizau-se tambem fichas de observa9~o para cada aluno e nela continha
pontes importantes a serem observados como: interesses, tend~ncias egocentricas,
defensivas e sociais.
Esse trabalho de observa98o realiz.ou·se todas as sextas-feiras por ser 0 dia
do brinquedo na escola, durante um perlodo de cinco meses.
Entre todos os mementos em que 0 faz·de-conta aconteceu escel!leu·se tras
mementos para deixar como registro nessa pesquisa, e sera encontrado 0 perfil de
cada urn dos alunos observados a seguir.
35
TiTULO: Faz-de-conla
OBJETIVO: Observar como esta a criatividade e aulonomia das crian,as;
Verifiear a express~o oral das crianyas envolvidas;
Procurar a partir do faz-de-conta urn tema gerador.
MATERIAL UTILIZADO: Tecidos, caixas com varios brinquedos, mesas, cadeiras,
roupas e aeess6rios.
DESENVOlVIMENTO: Estavam disponivel em sala um ball de roupas e acessorios,
uma caixa de brinquedas, tecidas e tules. N~o foi necessaria chama-los para mexer
au procurar algo que interessass9. Envolveram-se pondo e tirando roupas,
explorando com muita curiosidade e alegria.
Com tecidos fizemos cabanas, com 0 tule surgiu UIT\8 noiva e consequentemente um
naivo.
Aproveitou-se 8 cabana como tema gerador.
AVALlA~i\O: Percebeu-sa que duranle a brincadeira, houve uma boa intera,ao
entre as crian9as, apesar de haver dais tamas desenvalvendo-se paralelamente,
alas se cruzavam, urn participava da brincadeira do outro por alguns momentos,
mais logo retornavam para as suas hist6rias.
Percebeu~se que alguns t~m mais autonomia que Quiros, contudo lodos exercitaram
sua criatividade.
CONClUSAo: No faz-de-conta a crianc;aaprends a conhecer e a trabalhar as suas
em090e5, at raves dessa linguagem ela vai dominando 0 mundo, cornpreendendo
como ele 13,isso S8 da tanto na escrita como simbolicamente.
TiTULO: Faz-de-conta e as Intelig(mcias Multiplas
OBJETIVO: Verificar quais as inteligencias sao utilizadas pel as criany8s durante 0
brincar.
MATERIAL: Microfone, caixas, almofadas, colchOes, brinquedos, piano de
brinquedo.
DESENVOlVIMENTO: As crian~as passaram a utilizar os materiais disponiveis,
organizaram 0 ambiente para brincar. 0 tema escolhido era culto.
Arrumaram as cadeiras, um cantava 0 Dutro tocava, depois foi a vez do pastor
falar
Houve urn pequeno conflito na arruma9c3o das cadeiras que precisou da
intervenc;.ao da Professora, mas que depois de solucionado deu tudo certo.
AVALIACAO: Percebeu-se envolvida a Inteligencia IingCdstica do comeyo ao fim, a
Inteligencia maternatica nos momentos de solucionar as pequenos problemas, a
Intelig~ncia Espacial na organizac;ao e reproduC;8o do culto, a Inteligencia
Intrapessoal e Interpessoal na intera<;Ao, trato com 0 colega, 0 descobrir dos limites
dos amigos e mostrar os seus, na autonomia.
CONCLusAo: Veriftcou-se que nessa atividade varias Inteligenclas estao
envolvidas e pod em ser trabalhadas nesse tempo sem interferlmcia
TiTULO: A Minhoca
OBJETIVO: Desenvolver a linguagem oral atraves da memoriza9fio de rnusica.
Observar a criatividade aD utilizar a musica no faz-de-conta.
DESENVOlVIMENTO: A mLlsica ensinada falava de dois pintinhos que queriam
comer a mesma minhoca, urn puxava de urn lado e 0 outro do outro, e a minhoca
quase arrebentava.
Ap6s cantar varias vezes a mlJsica corn gestos, foi distribufdo massa de
modelar e aD manusea-Ias come<;ou 0 faz-de-conta.
Fizeram minhocas, pintinhos e criaram uma sua tlistoria.
AVALlAr;AO: Observou-se que algumas crian""s tern mais facilidade que oulras de
em'olver e comunicar-se com os colegas. Prefenndo asslln brincar sozlnho.
CONCLUSAO: Percebeu-se que as brincadeiras come<;arn de forma expontanea a
partir de qualquer objeto e ate, de uma massa de modelar, e passive] €xtrair uma
historia.
18
FICHA DE OBSERVAi;AO SOBRE 0 COMPORTAMENTO DA CRIANi;A
DESENVOLVIDO NAS BRINCADEIRAS DE FAZ-DE-CONTA
1 - IDEIAS, VALORES, INTERESSES:
2 - TENDENCIAS EGOCENTRICAS:
a) Sensivel a fadiga?
b) Gosta de objetos coloridos?
c) Humor?
d) Reclamador?
e) Autoritario?
f) Nao divide 0 material (brinquedos)?
g) Ordeiro?
3 - TENDENCIAS EXOCENTRICAS
a) Gosta de Brincar?
b) Deixa-se dominar?
c) Perdoa?
d) Manifesta uma tendencia consciente linguistica para 0 grupo?
4 - TENDENCIAS DEFENSIVAS
a) Defendo os companheiros?
b) Defende os objetos alheios?
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5 - TENDENCIAS SOCIAlS
a) Sensivel as penas dos outros?
b) Ajuda os companheiros?
c) Defende os outros moral e materialmente?
d) Chora com facilidade?
e) Desanima facilmente?
f) Tem iniciativa (autonomia)?
g) Participa da brincadeira com outros colegas?
h) Demonstra lideranga?
i) Respeita 0 que e do outro?
j) Aprende durante a brincadeira comportamento:
Agressivo
Apatico
Instavel
Destruidor
Teimoso
Tenso
Sonolento
Provocador
Dispersivo
Turbulento
Implicante
'()
Resultados Obtidos
Alem de maior conhecimento sabre 0 assunto que possibilitou termos urn
posicionamento a favor do brincar. Verificamos a grande necessidade de
proporcionar mais momentos como esses para as crianyas. pOlS S9 observou que
esses exercicios cognitivQs de criar desenvolver ambiente e vivenciar personagens
com descobertas. resolur;6es de problemas afloraram e desenvolveram
competencias antes adormecidas, como a musical. a lingOislica, 16gico matematica,
possibiiitou tambem maior estirnulos para a aprendizagem. constatou-se que 0
desejo em aprender e conhecer e nitido dentro de 99% da turma, Percebeu-se a
ansia em aprender mals denlro das areas linguislica e matematica. Pode-s8
observar cientro dessa turma auto didatas que ja conhecem letras e taz relac;tlo com
sons iniciais e numeros ate cinqOenta. E devido as janelas de inteligencias no
brincar. pois conclufmos que e de extrema impert~ncia para 0 desenvolvimento
afetivo. &mocional e principalmente para a cognitive, pois essa pratica possibilita 0
desenvolvimenlO do pensamento abstrato na crian98-
CONCLUSAO
FeZ-S8 urna abordagem na area psicossocial tratada par Erickson e
psicosexualldade par Freud: verificou-se que servem de parttmetros para esse
assunto, porem bastante amplo, que S8 houver maior aprofundamento
poderemos tar urna visao pSicanalista do faz-de-conta, porquanto, nao e essa a
inten<;ao.
As visoes de Gardner para 0 faz-de-conta enriqueceu muito a pesquisa, e
verificou-se que esse atc desenvolve nao 56 a linguagem e as relacionamentos,
mas e urn momento ands encontramos envolvidas varias inteligencias, onde
habitos corporais e mentais sao estabelecidos, criatividade e arte tambem sao
favorecidas. Enquanto a crianrya brinea com os colegas, dramatiza, vivencia
personagens criados au cenas observadas proximas a ela.
Dentro desse apanhada, percebe-se que ainda ha rnuito que se pesquisar,
parem chegou-se a conc!usao que 0 brincar do faz-de-conta e normal e benefice
para 0 carpo, para a alma e para a mente. Verdadeiramente contribui para as
areas: Cognitiva, Emocienal, Afetiva e Social.
Verificou-se tambem a necessidade dos professares incentivarem as crianyas
que nao brincam, mesma par que, favorece a saude e 0 crescimento.
Dessa forma pode-se conduir que a hip6tese levantada foi canfirmada e as
objetivos foram atingidos nessa pesquis8, 0 qual foi feita com muita vantade e
prazer, au sando dizer que 0 deseja e a 100ica 59 unirarn outra vez.
Alam dissa, a simples ata de brincar poda proporcianar 0 desenvolvimenta de
tern a possibilidade de conhecer 0 outra e a si masma e de posicionar-se em um
lugar alheio, pais assume papeis e func;oesque na verdade nao sao seus
Contudo, 0 faz-de-conta e um ate rico em oportunidades IingOisticas,
espaciais e cinestesicas independente da fantasia ser individual ou coletiva.
Partindo desse trabalho podemos afirmar com convicc;.aoa necessidade de
brincar de faz-de-conta para 0 desenvolvimento do individuo, ja que atraves dele,
a crian98 enfrenta situa90es de medo e conflito e pode experimentar as
resolU(;Oessem necessariamente sofrer as conseqOencias que sao um treino
para a realidade, para aquilo que 0 espera la na frente. Alam disso, pode
desfrutar de momentos de alegria, 5atisfaC;2oe afetividade e S8expor a i550 sem
reservas, 0 que tambem a prepara para dar e reeeber carinho e amor sem buscar
uma recompensa.
Todas essas experieneias contribuem para a formacyaode urn indivlduo mais
segura, mais maduro e mais autonomo que, sem duvida, tara problemas e
conflitos, mas sabara resolve-los sem precisar fugir DUadulterar situ890es.
REFERENCIAS
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