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i UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DE SAÚDE SOLANO ALEX OLDONI NOVAS EXIGÊNCIAS DE FÓSFORO NA DIETA DE BOVINOS LEITEIROS – REVISÃO DE LITERATURA CASCAVEL 2008

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DE SAÚDE

SOLANO ALEX OLDONI

NOVAS EXIGÊNCIAS DE FÓSFORO NA DIETA DE BOVINOS

LEITEIROS – REVISÃO DE LITERATURA

CASCAVEL

2008

ii

NOVAS EXIGÊNCIAS DE FÓSFORO NA DIETA DE BOVINOS

LEITEIROS – REVISÃO DE LITERATURA

Cascavel

2008

iii

Solano Alex Oldoni

NOVAS EXIGÊNCIAS DE FÓSFORO NA DIETA DE BOVINOS

LEITEIROS – REVISÃO DE LITERATURA

Monografia apresentada como requisito parcial

para obtenção do título de Especialista, no Curso

de Especialização em Produção de Leite da

Faculdade de Ciências Biológicas e de Saúde da

Universidade Tuiuti do Paraná.

Orientador: Prof. Renato Palma Nogueira.

Cascavel

2008

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AGRADECIMENTOS

A Deus, em primeiro lugar.

Aos meus pais Adair e Noili, por toda ajuda, apoio e incentivo para a

conclusão deste curso.

A minha namorada Gabriela, pela compreensão de minha ausência.

A minha irmã Fernanda e meu cunhado Marcelo, pelo apoio durante o curso.

Ao professor Sergio Bronze, pela coordenação do curso e pioneirismo em

trazer um curso deste nível para áreas onde tal especialização faz-se necessária.

Ao meu orientador Renato Palma Nogueira, pelos ensinamentos e lição.

As minhas amizades conquistadas durante essa convivência.

v

SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS...............................................................................................iv

RESUMO..................................................................................................................vi

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................1

2 REVISÃO DE LITERATURA.................................................................................3

3 NOVAS EXIGÊNCIAS DE FÓSFORO..................................................................9

3 CONCLUSÃO......................................................................................................12

4 REFERÊNCIAS...................................................................................................13

vi

RESUMO

O objetivo deste trabalho é demonstrar que muitas dietas utilizadas no sul do Brasil apresentam o mineral fósforo em quantidades excessivas, e que esse excesso de mineral acaba não sendo aproveitado pelo animal e conseqüentemente excretado via fezes e urina, acarretando a poluição do meio ambiente, além de acabarmos mais rapidamente com uma fonte de mineral finita que já está se tornando escassa, com previsão de acabar antes mesmo que o petróleo.

Palavras-chave: Dieta, mineral, excesso, exigência.

1

1 INTRODUÇÃO

O fósforo desempenha um papel muito importante na estrutura e função das

células vivas. É um componente integrante de ácidos nucléicos, nucleotídeos e

fosfolipídios, além de componente fundamental de muitas coenzimas. Estes

compostos têm função no crescimento e divisão celular, no transporte e metabolismo

de gorduras, e na absorção e utilização de carboidratos, ácidos graxos e proteínas

(HARRIS JR et al, 2003).

Dentre as inúmeras funções do fósforo, a mais importante é certamente a

participação no metabolismo celular. Vários componentes da célula são ésteres de

ácido fosfórico, muitos dos quais dotados de energia livre padrão de hidrólise

(MARTIN, 1993).

De todos os elementos minerais essenciais, o fósforo é o que apresenta maior

risco potencial, pois pode levar à contaminação de lençóis freáticos, de forma que o

correto balanceamento é imprescindível para o máximo desempenho de bovinos

leiteiros e minimizar problemas ambientais, já que 95 a 98% da excreção total de

fósforo é via fezes. Daí a preocupação em otimizar sua performance na dieta animal

e minimizar sua excreção (PEREIRA, 2007; NRC, 2001).

Em maio de 2006, foi enviado por meio eletrônico uma série de perguntas a

um seleto grupo de profissionais especialistas no setor lácteo, pedindo que listassem

cinco tópicos relacionados à alimentação e nutrição, que serão importantes para os

próximos dez anos. A partir dessa lista, cada pessoa foi convidada a escolher o

tópico mais importante de desafio ou oportunidade que a indústria leiteira dos

Estados Unidos enfrentaria. Um total de 54 respostas foram recebidas, sendo que

nesse grupo de pessoas encontravam-se veterinários, consultores, educadores,

2

representantes da indústria e produtores de leite. A tabela 1 resume os desafios que

cada profissional selecionou e a freqüência das respostas (HUTJENS, 2007).

Tabela 1: Number one priority by each dairy respondent and frequency of the response. Forage quality 16

Nitrogen and phosphorus excretion 10

Ethanol, starch, and distillers grain impact 6

Ration formulation 4

Fiber digestion 4

Impact of milk prices and feed costs 3

Feed efficiency 2

Reducing feed variation and content 2

Body condition score and reproduction 1

Freedom to operate 1

Cow immunity and health 1

Optimizing milk components 1

Feed additive use and economics 1

Rumen acidosis control 1

Fonte: HUTJENS, 2007.

Os resultados indicam que novos temas estão emergindo, como o impacto

ambiental do nitrogênio e fósforo, assim como o impacto de resíduos do etanol. A

preocupação ambiental com a excreção de fósforo é fundamental e deve ser

resolvido com consumidores e regulamentações governamentais com relação ao

impacto da atividade leiteira (HUTJENS, 2007).

3

2 REVISÃO DE LITERATURA

Os minerais desempenham três tipos de funções essenciais para o

organismo. A primeira delas diz respeito a sua participação como componentes

estruturais dos tecidos corporais (exemplo Ca, P). Também atuam nos tecidos e

fluidos corporais como eletrólitos para manutenção do equilíbrio ácido-básico, da

pressão osmótica e da permeabilidade das membranas celulares (Ca, P, Na, Cl). Por

último, funcionam como ativadores de processos enzimáticos (Cu, Mn) ou como

integrantes da estrutura de metalo-enzimas (Zn, Mn) ou vitaminas (Co) (TOKARNIA,

DOBEREINER & PEIXOTO, 1998).

O mineral mais importante na suplementação de bovinos em pastagens é o

fósforo. Ele pode ser encontrado em diversas fontes como o fosfato bicálcico, fosfato

de rocha, fosfato monoamônio e outros, sendo o fosfato bicálcico o mais utilizado. As

diversas fontes de fósforo apresentam diferentes biodisponibilidades aos animais,

sendo que essa característica deve ser observada pelos técnicos no momento da

tomada de decisão para utilizar uma ou outra fonte (SOUZA & BOIN, 2001).

As exigências de fósforo são maiores durante a lactação, início de

crescimento e para reprodução. Vacas de alta produção necessitam de muito mais

fósforo de que vacas de média produção, ou níveis mais baixos. Vacas secas ou

vacas que não estão produzindo leite necessitar de menos fósforo que vacas

leiteiras, devido ao alto teor de fósforo excretado no leite (HARRIS JR et al, 2003).

O leite contém cerca de 0,12% de cálcio e 0,095% de fósforo. Uma vaca que

produz diariamente 100 libras (45,36 kg) de leite, exigiria aproximadamente 100 g de

fósforo/dia e excretaria 43 g no leite. Devido ao elevado teor de fósforo no leite, o

fornecimento contínuo de ração faz-se necessário, a fim de manter os elevados

níveis de produção (HARRIS JR et al, 2003).

4

A tabela a seguir mostra as quantidades de fósforo exigidas para bovinos

leiteiros nas diversas fases, conforme o NRC 2001.

Tabela 2: Daily nutrient requirements for growing, dry, and lactating ddairy cattle (3.5% fat, 1400 lb body wt.)

Fonte: HARRIS JR et al, 2003.

Os ruminantes obtêm fósforo através dos alimentos ingeridos por eles.

Forragens de alta qualidade tendem a ser pobres em fósforo, porém alimentos

concentrados são excelentes fontes. Grande parte do fósforo encontrado nos

cereais está vinculado a um composto químico chamado fitato. Esta fonte é mal

aproveitada por monogástricos, porém para ruminantes está prontamente disponível

(HARRIS JR et al, 2003).

Os microrganismos do rume produzem uma enzima chamada fitase, que

degrada o complexo composto. Como resultado, o fósforo é liberado e torna-se

disponível para a absorção (HARRIS JR et al, 2003).

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A tabela 3 nos mostra a concentração total de fósforo e fósforo ligado ao fitato

em determinados alimentos.

Tabela 3: Concentration of total phosphorus and phosphorus bound to phytate in selected feedstuffs.

Fonte: HARRIS JR et al, 2003.

A deficiência de fósforo é muito importante para bovinos, principalmente em

relação àqueles mantidos em regime de campo. Extensas áreas com deficiência de

P nas pastagens ocorrem em todo mundo e não há dúvida que essa deficiência é o

distúrbio mineral mais comum e, também economicamente, mais importante

afetando os herbívoros em regime de campo no Brasil (TOKARNIA, DOBEREINER

& PEIXOTO, 1998).

Diversos alimentos podem ser utilizados na dieta do animal para atender as

exigências de fósforo. Os teores em gramíneas forrageiras tropicais variam de 0,8 a

3g de P/kg de matéria seca. Certamente, em termos de fósforo, tais níveis não

permitem elevados desempenhos na ausência de suplementação com outras fontes

de fósforo, entretanto, tem-se observado que em pastagens tropicais bem

6

manejadas os teores de fósforo tendem a ser mais elevados (2 a 3g de P/kg de MS),

o que reduz, mas não elimina a necessidade de fornecimento suplementar de

fósforo (CORSI & MARTHA JUNIOR, 2000).

Os componentes fosfatados nos suplementos minerais e nos concentrados

utilizados em rações para gado de leite apresentam de uma maneira geral uma

elevada disponibilidade de fósforo. Quando alimentos concentrados são

incorporados na dieta em níveis de 10-20%, eles tendem quase sempre a atender

ou até mesmo a superar as exigências de fósforo dos animais. Este efeito

obviamente está vinculado ao tipo de alimento e aos fatores inerentes ao próprio

animal (CORSI & MARTHA JUNIOR, 2000).

Para as vacas em início de lactação, a elevada demanda por fósforo aumenta

a absorção deste elemento no trato digestivo, ao mesmo tempo em que as

exigências de cálcio repercutem na maior mobilização de fósforo a partir dos ossos.

Com o objetivo de assegurar um consumo adequado de fósforo no início da lactação

(o pico no consumo de MS é posterior ao pico na produção de leite), as

recomendações de fósforo são maiores nesta fase, o que pode gerar um excesso

desse elemento no organismo do animal. Em outras palavras, é possível que no

início da lactação os níveis de fósforo na dieta não precisem ser tão elevados, visto

que o excedente não utilizado pelo animal seja excretado principalmente nas fezes e

no leite e, em menor quantidade, na urina (CORSI & MARTHA JUNIOR, 2000).

A relação do fósforo consumido com o fósforo excretado salienta a

importância da exata determinação das exigências desse elemento pelos animais e

ainda sinaliza que o dimensionamento adequado da quantidade de fósforo a ser

fornecida na dieta é fundamental para baratear os custos das rações e/ou

suplementos e reduzir as perdas de fósforo para o ambiente. Como resultado, para

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uma maior produção de leite as recomendações de fósforo variam em função do

sistema adotado. Essa inconsistência nas tabelas nutricionais pode ser atribuída à

disponibilidade do fósforo no organismo do animal e às exigências de manutenção

(CORSI & MARTHA JUNIOR, 2000).

O fósforo é freqüentemente fornecido em excesso, em quantidades que não

trazem nem benefícios e nem prejuízos à saúde e desempenho dos animais. Um

dos motivos que leva o pecuarista a superdimensionar o fornecimento desse

elemento em dietas é o conceito de que a falta de fósforo esteja relacionada com

problemas de reprodução. Até os efeitos do fósforo sobre o ambiente tornarem-se

preocupantes, o fornecimento de fósforo acima das exigências dos animais era tido

como um “seguro barato” para um bom desempenho reprodutivo do rebanho.

Entretanto, muitos dos estudos que relacionaram o fósforo com baixo desempenho

reprodutivo foram conduzidos em situações de baixos níveis de fósforo na MS da

dieta (abaixo de 0,20%) (CORSI & MARTHA JUNIOR, 2000).

A literatura mostra consistentemente que o fósforo não deve influir de maneira

negativa sobre a reprodução se os seus níveis na dieta forem de 0,25% da MS, isto

é, superiores às exigências de fósforo pelos microorganismos do rúmem. Níveis

inferiores a estes reduzem o crescimento microbiano e a síntese de proteína

microbiana e possivelmente têm efeito deletério sobre a digestibilidade da dieta. A

menor digestibilidade da dieta reduz o status energético do animal, que pode

repercutir negativamente sobre a reprodução. Além disso, a pesquisa não tem

demonstrado benefícios na produção de leite para o fornecimento de fósforo acima

dos níveis recomendados nas tabelas de exigências nutricionais (CORSI & MARTHA

JUNIOR, 2000).

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Segundo PALMER et al (1941), citado por NRC (2001), o desempenho

reprodutivo de novilhas leiteiras foi comprometido muito mais quando associou-se a

deficiência de fósforo com proteína dietética, mostrando que a deficiência destes

teve efeito aditivo no que diz respeito à idade ao primeiro estro. No entanto, não há

provas para apoiarmos a idéia que a suplementação excessiva de fósforo para

melhorar o desempenho reprodutivo de vacas leiteiras.

A ingestão excessiva de fósforo pode causar problemas no metabolismo do

cálcio, induzindo à excessiva reabsorção óssea, formação de cálculos urinários e a

“febre do leite”, pois o excesso de fósforo diminui a absorção de cálcio no intestino.

Na maioria das vezes a toxicidade do fósforo aumenta devido a uma baixa

proporção de cálcio na dieta. Suplementação oral excessiva de fósforo pode levar a

quadros de diarréia leve e dor abdominal (NRC, 2001; OLIVEIRA et al, 2006).

Os bovinos leiteiros em geral são muito hábeis em excretar o excesso de

fósforo absorvido para manter as concentrações no sangue dentro do intervalo

normal, através da secreção salivar, pela urina e fezes (NRC, 2001).

O principal problema do fósforo, em termos ambientais, diz respeito à

poluição da água. O fósforo apresenta baixa solubilidade e mobilidade no solo não

sendo, portanto, prontamente lixiviado. Assim, o fósforo se concentra na camada

mais superficial do solo e quando ocorre a erosão e/ou o escorrimento superficial,

ele é levado para mananciais ou outras superfícies de água. Se o produtor não

controlar os níveis de fósforo no solo quando usa o esterco e/ou fertilizantes e não

levar em consideração o valor da forragem no suplemento, haverá problemas para o

ambiente e nos custos de produção. Basta lembrar que cerca de 50% dos custos

dos suplementos vitamínico-minerais fornecidos em dietas para vacas de leite são

devidos ao fósforo (CORSI & MARTHA JUNIOR, 2000).

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3 NOVAS EXIGÊNCIAS DE FÓSFORO

Segundo o NRC 2001, onde admite-se a utilização do fósforo ligado ao fitato,

e tendo por bases as análises bromatológicas de diversas forrageiras na região Sul

do país, temos novas exigências de fósforo na suplementação mineral, onde

observamos que, ajustando o nível de fósforo no suplemento, só com a economia

por evitar o desperdício, podemos acrescentar por exemplo vitaminas e promotores

de eficiência alimentar, como a monensina sódica.

A tabela 4 apresenta exigências de fósforo segundo alguns modelos

nutricionais.

Tabela 4: Exigências atuais de fósforo de acordo com diferentes modelos nutricionais para vacas produzindo 45 kg de leite/dia e consumindo 23 kg de matéria seca/dia.

Referência Requerimento por kg de MS NRC 2001 (USA) 0,37% GfE 2001 (Alemanha) 0,39% INRA 2002 (França) 0,38% CVB 2005 (Holanda) 0,34%

Fonte: NOGUEIRA & VARGAS, 2009.

A seguir, demonstraremos algumas simulações no software do NRC (National

Reseach Council) 7ª Edição para animais em lactação.

Tomemos como 1º exemplo a seguinte situação: animal da raça holandesa,

pesando 600 kg, 65 meses de idade, 100 dias em lactação, escore corporal 3,

produzindo 25 kg/dia com gordura e proteína 3,0. Este animal possui uma dieta de

19,68 kg/dia de matéria seca, sendo 2 kg de farelo de soja 44% PB, 6 kg de milho

grão seco, 4,5 kg de silagem de milho planta inteira, 7 kg de silagem de grama tifton

e apenas 180 gramas de suplemento mineral com 4% de fósforo.

10

Segundo o NRC, eis as exigências minerais desse animal e o que esta dieta

está fornecendo:

Podemos observar que, com uma suplementação de apenas 180 gramas de

mineral com 4% de fósforo, fechamos a exigência mineral deste animal, sendo que a

recomendação de suplementação mineral de acordo com o fabricante é de 12

gramas por litro de leite produzido (12x25=300 gramas).

Para 2º exemplo, uma vaca da raça Jersey, pesando 500 kg, produção leiteira

em torno de 20 kg/dia, 65 meses de idade, 100 dias de lactação e escore corporal 3.

Produz leite com gordura em torno de 4,2% e proteína 3,6%. Este animal consome

16,8 kg de matéria seca, sendo destes 6 kg de grama tifton ensilada, 4 kg de milho

silagem planta inteira, 5 kg de milho grão, 1,59 kg de farelo de soja 44% e 210

gramas de um suplemento mineral, com 6% de fósforo.

Após colocarmos estes dados todos no NRC, temos as seguintes exigências

minerais:

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Observamos que a suplementação mineral deste que não segue os novos

padrões nutricionais impostos tanto pelo NRC como demais programas de

formulação, conseguimos fechar a exigência do mineral cálcio com grande

desperdício de fósforo, e como mencionamos anteriormente, trazem apenas

prejuízos.

12

4 CONCLUSÃO

O fósforo é o mineral mais importante no organismo animal, pois está

presente em todas as reações metabólicas. Tanto a sua deficiência quanto excesso

podem ser prejudiciais ao organismo.

A deficiência de fósforo pode acarretar resultados catastróficos tanto na parte

de produção, quanto de reprodução. Encontramos deficiência principalmente em

animais criados à pasto, especialmente em capineiras de baixo valor nutricional ou

maduras.

Nos bovinos leiteiros criados em regime intensivo observamos o excesso de

fósforo na dieta, acarretando desbalanceamento nutricional. Esse excesso, além de

encarecer a produção, poder prejudicar a reprodução e contaminar o meio ambiente,

especialmente lençóis freáticos, devido à sua baixa lixiviação. O NRC (2001) sugere

uma redução nos níveis de fósforo inclusos na dieta, a fim de evitar essa

contaminação.

13

5 REFERÊNCIAS

ALVIM, F. & CASTRO NETO, A. G. Suplementação Mineral de Bovinos Leiteiros

(Parte I). 2005. Disponível em:

<http://www.rehagro.com.br/siterehagro/publicacao.do?cdnoticia=139>. Acesso em:

20/03/2008.

CORSI, M. & MARTHA JUNIOR, G. B. A Importância do Fósforo na Dieta de

Vacas de Leite , 2000. Disponível em:

<http://www.bichoonline.com.br/artigos/bb0029.htm>. Acesso em: 20/03/2008.

HARRIS JR, B., MORSE, D., HEAD, H. H., VAN HORN, H. H. Phosphorus

Nutrition and Excretion by Diary Animals. CRI 249, 2003. Animal Science

Departament, University of Florida.

HUTJENS, M. Nutritional Strategies of the Future. 2007. WCDS Advances in Dairy

Tecnology. Volume 19: 13-19.

MARTIN, L. C. T. Nutrição Mineral de Bovinos de Corte. São Paulo: Nobel, 1993.

173 p.

NATIONAL RESEARCH COUNCIL. Nutrient Requeriments of Dairy Cattle 7 th

Revised Edition. Washington, D. C.: National Academy Pess, 405 p. 2001.

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NOGUEIRA, R. P. & VARGAS, E. V. Repensando a utilização de fósforo nas

dietas de vacas leiteiras. Revista Leite Integral, ano 3, nº 19, fevereiro/março 2009.

Pág. 22 a 26.

OLIVEIRA, V. M. de, AROEIRA, L. J. M., SILVA, M. R. Como prevenir a “febre do

leite” em vacas leiteiras. 2006. Disponível em:

<http://www.cnpgl.embrapa.br/nova/publicacoes/comunicado/COT49.pdf>. Acesso

em 24/12/08.

PALMER, T. W., GULLICKSON, T. W., BOYD, W. L., FITCH, C. P. & NELSON, J. W.

1941. The effect of rations deficient in phosphorus and p rotein on ovulation,

estrous, and reproduction of dairy heifers . J. Dairy Sci. 24:199-210.

PEREIRA, M. N. Curso Online: Formulação de Dieta para Bovinos de L eite –

Módulo 7: Balanceamento Minerais e Vitaminas. 2007. Material disponível em

CD-Rom.

SOUZA, A. A. & BOIN, C. Suplementação Mineral de Bovinos em Pastagens .

2001. Disponível em:

<http://www.beefpoint.com.br/?noticiaID=4829&actA=7&areaID=60&secaoID=175>.

Acesso em: 21/03/2008.

TOKARNIA C.H.; DÖBEREINER J. & PEIXOTO P.V. Deficiências minerais em

animais de fazenda, principalmente bovinos criados em regime de campo ,

1998. p. 11-22. In: Gonzalez, F.H.D., Opina H., Barcellos J.O.J. (Ed.) Nutrição

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Mineral em Ruminantes. 2a ed. UFRGS, Porto Alegre, RS. Disponível em

<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-

736X2000000300007&script=sci_arttext>. Acesso em 20/03/2008.