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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO UNINOVE PROGRAMA DE MESTRADO E DOUTORADO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO DIRETORIA DE SAÚDE BEATRIZ GUIMARÃES RIBEIRO CARDOSO EFEITO DA LASERTERAPIA PRÉVIA SOBRE O REPARO MÚSCULO ESQUELÉTICO DE RATO SÃO PAULO 2013

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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO – UNINOVE

PROGRAMA DE MESTRADO E DOUTORADO EM CIÊNCIAS DA

REABILITAÇÃO

DIRETORIA DE SAÚDE

BEATRIZ GUIMARÃES RIBEIRO CARDOSO

EFEITO DA LASERTERAPIA PRÉVIA SOBRE O REPARO MÚSCULO

ESQUELÉTICO DE RATO

SÃO PAULO

2013

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BEATRIZ GUIMARÃES RIBEIRO CARDOSO

EFEITO DA LASERTERAPIA PRÉVIA SOBRE O REPARO MÚSCULO

ESQUELÉTICO DE RATO

Orientadora: Raquel Agnelli Mesquita Ferrari

SÃO PAULO

2013

Dissertação de Mestrado

apresentada ao Programa de

Pós-Graduação em Ciências da

Reabilitação da Universidade

Nove de Julho, para obtenção

do título de mestre.

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DEDICATÓRIA

Aos meus pais, Maria e Luiz, por serem minha base;

À minha irmã, Maria Fernanda, por ser meu pilar;

E ao meu filho, Felipe, por ser a minha força.

Obrigada, amo vocês!

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AGRADECIMENTOS

À Deus, por permitir que eu traçasse novos caminhos e, mesmo com todas as

dificuldades, encerrasse mais esse ciclo.

À minha família, especialmente aos meus pais, irmã e filho, por estarem ao

meu lado em todos os momentos.

Aos meus amigos, em especial à Deise Araújo, Fernanda Colella, Luiz

Henrique Carvalho, Marcelo Paiva, Raphael Cardoso, por permanecerem

em minha vida mesmo quando tudo resolvia dar errado.

À minha Orientadora Raquel Agnelli Mesquita Ferrari, por todo o

ensinamento, paciência e dedicação nesses dois anos de Mestrado.

Aos alunos Iniciação Científica, especialmente a Mariana Gomes e Tatiane

Matarazzo Cantero, por toda a ajuda e auxílio, independente do dia e da hora

estavam comigo no laboratório firmes e animadas.

Aos colegas do laboratório, em especial ao Agnelo Neves Alves, Ana

Franco, Elis Victor, Gabriela Cardoso, Vinicius Cardoso, por esses dois

anos de convivência e aprendizado.

À Universidade Nove de Julho (UNINOVE), por proporcionar essa

oportunidade e a infraestrutura necessária para realização desse trabalho.

À Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP),

pela concessão da bolsa (2012/11461-5) que permitiu minha dedicação durante

esse período, além da viabilização desse trabalho.

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“Talvez não tenha conseguido fazer o melhor, mas lutei

para que o melhor fosse feito. Não sou o que deveria

ser, mas Graças a Deus não sou o que era antes”.

(Marthin Luther King)

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RESUMO

O laser de baixa potência (LBP) tem sido utilizado por promover um

reparo muscular de melhor qualidade, porém, pouco se sabe sobre seus efeitos

quando aplicado previamente. O objetivo do presente estudo foi avaliar os

efeitos do LBP previamente a lesão muscular sobre o processo de reparo,

atividade da metaloprotease de matriz MMP-2 e deposição do colágeno. Foram

utilizados 40 ratos Wistar, divididos em 5 grupos: (G1) Controle; (G2) Sham;

(G3) Somente irradiação com laser; (G4) LBP previamente à lesão; (G5)

Somente lesão. A criolesão consistiu de duas aplicações de bastão resfriado

em nitrogênio líquido no músculo tibial anterior (TA). Os grupos 4 e 5 foram

avaliados em 1, 3 e 7 dias após a lesão. A irradiação prévia foi realizada com o

laser AsGaAl (λ 780nm; 10 J/cm²; 40 mW; 10 segundos por ponto; 8 pontos;

3.2 J) e ao término do protocolo, os músculos TA foram removidos para análise

morfológica (coloração com hematoxilina-eosina), colágeno (coloração de

Picrosirius) e atividade de MMP-2 pela técnica de Zimografia. Os resultados

demonstraram que o LBP aplicado previamente a lesão reduziu o infiltrado

inflamatório após 3 dias, mionecrose após 1 e 3 dias, aumentou o número de

vasos sanguíneos após 3 e 7 dias e de fibras imaturas após 7 dias. Também

aumentou a atividade da MMP-2 e reduziu a deposição de colágeno após 7

dias. Concluindo, o LBP previamente à lesão modulou positivamente o

processo inflamatório e reparo muscular, atividade da MMP-2 e organização e

deposição do colágeno durante a regeneração muscular.

Palavras-chave: Terapia a laser de baixa potência; Músculo tibial anterior;

Regeneração.

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ABSTRACT

The low level laser therapy (LLLT) is widely used in order to promote

faster and better repair muscle with reference to different types of injury,

however, studies on the prior application of the laser are scarce. The aim of this

study is to evaluate the effect of LLLT prior to injury on the repair process and

the matrix metalloproteinase MMP-2. For that, were used 40 Wistar rats divided

into 5 groups: (G1) Control, (G2) Sham; (G3) No lesion with LLLT immediately

prior to sacrifice; (G4) LLLT immediately prior to muscle injury TAD; (G5) Only

injury without treatment with LLLT. The cryoinjury applications consist of two rod

cooled in liquid nitrogen directly into the TA muscle. Groups 4 and 5 were

assessed at 1, 3 and 7 days after injury. The LLLT were performed using the

GaAlAs laser (λ 780nm) with the density energy of 10 J/cm², output power of 40

mW, time of 10 seconds per point, with 8 points of application and total energy

3.2 J. After treatment, the TA muscles were removed and sections were

obtained with the assistance of a microtome for morphology analysis using

hematoxylin-eosin and collagen using Picrosirius staining. To assess the activity

of MMP-2 is used technique Zymography in the different groups and its

characterization technique was used for Western blotting. The results

demonstrate that LBP applied prior to induction of the injury caused a reduction

of inflammatory cells after 3 days, myonecrosis after 1 and 3 days, an increase

of blood vessels after 3 and 7 days and after 7 days immature fibers. There was

increased activity of MMP-2 after 7 days and reduced collagen deposition in the

same period, with better organization of your arrangement tissue. In conclusion,

LBP applied immediately before the injury induced positive effects on the

modulation of inflammation and repair muscle activity of MMP-2 and

organization and collagen deposition during muscle regeneration.

Keywords: Laser Therapy, Low-Level; Muscle, Skeletal; Regeneration.

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ÍNDICE

1. CONTEXTUALIZAÇÃO ....................................................................... 12

1.1. Regeneração muscular e células satélites ................................. 12

1.2. Matriz extracelular – importância de seu remodelamento e das

metaloproteases de matriz na regeneração muscular ................ 13

1.3. Importância do colágeno no tecido muscular ............................. 14

1.4. Laser de baixa potência .............................................................. 15

1.5. Justificativa ................................................................................. 16

2. OBJETIVOS ......................................................................................... 17

2.1. Geral ........................................................................................... 17

2.2. Específicos ................................................................................. 17

3. MATERIAL E MÉTODOS .................................................................... 18

3.1. Animais ....................................................................................... 18

3.2. Grupos experimentais ................................................................. 18

3.3. Procedimento de criolesão ......................................................... 19

3.4. Irradiação laser de baixa potência .............................................. 20

3.5. Análise morfológica .................................................................... 22

3.6. Análise de colágeno ................................................................... 23

3.7. Zimografia ................................................................................... 23

3.8. Análise dos resultados ................................................................ 24

4. RESULTADOS ..................................................................................... 25

4.1. Artigo 1 ....................................................................................... 25

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................. 46

6. REFERÊNCIAS .................................................................................... 47

7. APÊNDICES ......................................................................................... 54

7.1. Comprovante de submissão de artigo para a Revista

Fisioterapia e Pesquisa .............................................................. 54

7.2. Comprovante de submissão de artigo para a Revista Lasers in

Medical Science .......................................................................... 55

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Demonstração do procedimento de criolesão ............................ 20

Figura 2. Procedimento de irradiação com LBP da região lesionada ....... 22

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Parâmetros dosimétricos do laser de baixa potência ................ 21

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LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS

µg Micrograma

µl Microlitros

µm Micrometro

AsGaAl Arseneto de Gálio e Alumínio

CaCl2 Cloreto de cálcio

cDNA DNA complementar

CK Creatina quinase

cm2 Centímetro ao quadrado

CO2 Dióxido de carbono

COX-2 Ciclooxigenase 2

CS Célula satélite

DEPC Dimetil pirocarbonato

DNA Ácido desoxirribonucleico

dNTP Deoxinucleotídeos trifosfatos

EDTA Ácido etilenodiamino tetra -acético

eV Eletrón-volt

GAPDH Gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase

HCl Ácido clorídrico

J Joules

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J/cm2 Joules por centímetro ao quadrado

LBP Laser de baixa potência

LDH Lactato desidrogenase

MEC Matriz extracelular

mg Miligrama

mg/ml Miligrama por mililitro

ml Mililitro

mM Milimolar

mm Milímetro

MMP-2 Metaloproteinase de matriz 2

MMP-9 Metaloprotease de matriz 9

MMPs Metaloproteases de matriz

MRF4 Fator regulatório miogênico 4

MRFs Fatores regulatórios miogênicos

mW Miliwatts

Myf5 Fator miogênico 5

MyoD Fator de determinação miogênico 1

NaCl Cloreto de sódio

NaN3 Azida de sódio

nM Nanomolar

nm Nanômetros

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ºC Grau Celsius

PCR Reação em cadeia polimerase

PCR Proteína C-reativa

pH Potencial de hidrogênio

RNA Ácido ribonucleico

RNAm Ácido ribonucleico mensageiro

ROS Espécie reativa de oxigênio

rpm Rotações por minuto

SDS Dodecil sulfato de sódio

TA Tibial anterior

TAD Tibial anterior direito

TAE Tibial anterior esquerdo

TGF- β Fator de crescimento transformador β

TNF- α Fator de necrose tumoral α

W/cm² Watts por centímetro ao quadrado

ZnCl2 Cloreto de zinco

λ Comprimento de onda

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1. CONTEXTUALIZAÇÃO

O músculo esquelético é um tecido dinâmico (Muñoz-Cánoves et al,

2013) composto por fibras musculares e células satélites (CS) embebidas em

uma matriz extracelular (Shi & Garry, 2006) que apresenta excelente

capacidade de regeneração após uma lesão (Souza & Gottfried, 2013).

As lesões musculares são comuns, principalmente em atletas (Souza &

Gottfried, 2013) e representam de 10 a 55% de todas as lesões no meio

esportivo (Kääriäinen et al, 2000), resultando em afastamento aos treinos e

competições por longas semanas e comprometendo o desempenho dos atletas

(Almekinders, 1999). Essas lesões são causadas, em sua maioria, por traumas

diretos (Palacio et al, 2009; Almeida et al, 2013), sendo 90% delas, contusões

ou estiramentos (Järvinen et al, 1993; Fernandes et al, 2011),

1.1. Regeneração muscular e Células Satélites (CS)

A regeneração muscular envolve a reação inflamatória, ativação e

proliferação de células precursoras, síntese e degradação de elementos que

constituem a matriz extracelular, degradação de tecido necrótico, deposição de

colágeno e remodelamento (Tidball, 2005; Baptista et al, 2011; Souza et al,

2011). Durante o processo inflamatório, ocorre vasodilatação, aumento da

permeabilidade vascular, estase sanguínea, aderência das células

inflamatórias através de moléculas de adesão e recrutamento de citocinas

devido ativação inflamatória das células endoteliais (Sprague et al, 2009). Além

disso, há infiltração de neutrófilos que fagocitam detritos celulares e fibras

necróticas induzindo a ativação de CS (Grounds et al, 2002; Tidball, 2010).

As CS são células precursoras miogênicas indiferenciadas que

permanecem quiescentes entre a lâmina basal e o sarcolema das fibras

musculares (Zammit et al, 2004; Buckingham & Montarras, 2008) e estão

diretamente envolvidas com o crescimento e a regeneração muscular

(Lindstrom, 2010; Tidball, 2010). Após uma lesão, as CS são ativadas e uma

pequena quantidade de células regressa ao estado quiescente para

restabelecer a população de CS (auto-renovação) (Hawke et al, 2001; Chargé

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& Rudnicki, 2004; Tedesco et al, 2010), enquanto a maioria migra para o local

da lesão (Tidball et al, 2010). Então elas se proliferam, sendo denominadas

mioblastos (Muñoz-Cánoves et al, 2013), que se diferenciam e se fundem

gerando células musculares multinucleadas (miotubos) jovens que se

diferenciam para formar fibras musculares funcionais ou se fundirem a fibras

pré-existentes (Pallafacchiana et al, 2010), reparando o tecido muscular

lesionado (Yin et al, 2013). As CS, quando ativadas, expressam diversos

fatores regulatórios miogênicos (MRFs) durante os diferentes estágios da

miogênese, envolvidos no processo de proliferação e diferenciação celular

(Assis et al, 2013). Os MRFs primários (MyoD e Myf5) são necessários para

determinação e proliferação dos mioblastos e são expressos em estágio inicial

(Chargé & Rudnicki, 2004; Buckingham et al, 2006; Shi & Garry, 2006;

Vatansever et al, 2012). Já os MRFs secundários miogenina e MRF4 são

importantes para a diferenciação terminal das células satélites e a fusão

celular, sendo expressos nos estágios mais tardios (Chargé & Rudnicki, 2004;

Relaix et al, 2006; Zammit et al, 2006; Vatansever et al, 2012).

1.2. Matriz extracelular - Importância de seu remodelamento e das

metaloproteases de matriz na regeneração muscular

A matriz extracelular (MEC) é uma estrutura dinâmica que fornece

suporte e proteção para as fibras musculares, estabilização para o tecido

muscular (Carmignac & Durbeej, 2012) e permite a transmissão da força de

contração muscular (Kragstrup et al, 2011), desempenhando um papel

importante na regeneração muscular (Kjaer et al, 2004; Washington et al,

2011). A MEC é composta por colágenos, fibronectina, elastina, proteoglicanos

e laminina (Cornelison et al, 2008; Mann et al, 2011) e seu remodelamento, que

é um processo que envolve a síntese e degradação de seus componentes

(Zimowska et al, 2008), é realizado por enzimas dependentes de cálcio e zinco

chamadas metaloproteases de matriz (MMPs) (Nelson et al, 2000; Barnes et al,

2009; Rodríguez et al, 2010; Hadler-Olsen et al, 2011).

No músculo esquelético, é demonstrada uma específica participação

da MMP-2 (gelatinase A) e MMP-9 (gelatinase B) no remodelamento da MEC

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(Chen et al, 2009). A MMP-2 está diretamente relacionada à regeneração e

maturação das fibras musculares esqueléticas (Alameddine et al, 2012) uma

vez que atua na degradação de colágeno do tipo IV modulando sua deposição

e permitindo sua melhor organização no tecido (Chang et al, 2001; Kjaer et al,

2004; Prakobwong et al, 2007; Chen et al, 2009). Já a MMP-9, além de

degradar a matriz durante a reação inflamatória, ativa as CS no início da

regeneração muscular (Chen et al, 2009). Dessa forma, as MMPs são

importantes durante a regeneração muscular por degradarem os componentes

da lâmina basal, facilitando a migração, proliferação e diferenciação das CS

(Zimowska et al, 2008), além de permitirem a angiogênese, importante para um

reparo muscular de melhor qualidade (Mann et al, 2011; Assis et al, 2013).

1.3. Importância do colágeno no tecido muscular

O colágeno é um dos componentes da MEC e seu tipo é classificado

de acordo com sua localização e função. O colágeno do tipo I é encontrado no

tecido conjuntivo denso (epimísio) e tem como função estabilizar a arquitetura

do tecido. Já o colágeno do tipo III é abundante no tecido conjuntivo frouxo

(perimísio) e tem importante função elástica (Souza et al, 2011). O colágeno do

tipo IV é o principal componente da lamina basal (Visse et al, 2003) e tem um

papel importante no arranjo tecidual (Kjaer et al, 2004, Lampe & Bubhby,

2005). No músculo esquelético, o colágeno mantém a integridade funcional das

fibras musculares e auxilia na transmissão da força durante a contração

muscular, por isso a correta organização e distribuição das fibras colágenas

são necessárias para uma melhor funcionalidade do tecido muscular (Gillies et

al, 2011).

Quando há uma lesão, uma rápida resolução do dano tecidual requer

uma sequencia bem organizada dos eventos que ocorrem durante a reação

inflamatória e qualquer perturbação em um desses eventos resulta em

ineficiência da regeneração muscular caracterizada pela persistência da

degeneração das fibras musculares, inflamação e fibrose (Mann et al, 2011). A

fibrose é uma condição patológica onde há acumulo excessivo de

componentes da MEC, especialmente de colágeno, resultando em permanente

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cicatriz tecidual que reduz a capacidade e desempenho muscular (Mann et al,

2011; Souza & Gottfried, 2013).

1.4. Laser de baixa potência

Na prática clínica, o laser de baixa potência (LBP) é um recurso

terapêutico muito utilizado para promover de forma mais rápida e de melhor

qualidade o reparo muscular frente aos diferentes tipos de lesão (Peplow et al,

2010). Existem diversos tipos de laser, sendo os mais usados os que se

encontram na porção óptica do espectro vermelho (400 a 780 nm) e do

infravermelho (780 a 1 mm), sendo que seus fótons de energia são inferiores a

2,0 elétron-volt (eV) e, por isso, não são capazes de induzir mutação e

carcinogênese por não atingirem a energia necessária para quebrar a ligação

das moléculas biológicas e do DNA (Moore et al, 2005).

Estudos utilizando o LBP demonstram efeitos positivos na modulação

da resposta inflamatória, reparo muscular e deposição de colágeno em

excesso, além de aumento da atividade de MMP-2 quando aplicado após a

indução da lesão (Mesquita-Ferrari et al, 2011(a); Baptista et al, 2011; Souza et

al, 2011; Assis 2012; Assis, 2013; Alves, 2013). No estudo de Baptista et al

(2011) foi demonstrado que a irradiação com LBP após lesão muscular

promoveu incremento no processo de reparo evidenciado pelo aumento de

colágeno IV após 7 dias. No estudo de Souza et al, (2011) foi verificado

aumento significativo de fibras colágenas dos tipos I e III após 7 dias no grupo

tratado com laser após criolesão além de aumento da angiogênese e redução

da mionecrose. Utilizando também o LBP, Mesquita-Ferrari et al (2011(a))

verificaram que houve uma modulação na expressão de citocinas uma vez que

este causou diminuição na expressão de TNF-α após 1 e 7 dias, e de TGF- β

após 7 dias. Alves et al (2013) verificaram que a aplicação do LBP após a

criolesão teve um efeito positivo no processo inflamatório, na atividade da

MMP-2 e na organização e distribuição do colágeno na regeneração muscular.

Contudo há poucos estudos que avaliaram os efeitos do LBP quando aplicado

previamente a uma lesão. Esta situação é de extrema relevância

especialmente quando consideramos indivíduos nos quais o risco de lesão é

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sempre eminente, como ocorre na prática desportiva. Estudos em animais

(Lopes-Martins et al, 2006; Almeida et al, 2011) e humanos (Leal-Junior et al,

2009(a); Leal-Junior(b) et al, 2009; Baroni et al, 2010, Marchi et al, 2012) têm

demonstrado que o uso do laser previamente a indução de fadiga muscular tem

diminuído o nível de lactato sanguíneo por melhorar sua remoção, além de

redução do processo inflamatório, proteína C-reativa (PCR) e Creatina Kinase

(CK). Lopes-Martins et al (2006) demonstraram que o laser aplicado antes da

indução de fadiga muscular por meio de estimulação elétrica previne seu

desenvolvimento no músculo TA de ratos durantes as repetições tetânicas.

Almeida et al (2011) demonstrou que o LBP aplicado imediatamente antes à

indução de fadiga muscular melhorou o desempenho muscular e reduziu a

expressão de ciclooxigenase-2 (COX-2). Leal-Junior et al (2009(a)) avaliaram o

feito do LBP infravermelho aplicado imediatamente antes da indução de fadiga

em atletas e observaram redução de CK e de lactato sanguíneo. Baroni et al

(2010) observaram que o tratamento com LBP antes do exercício reduziu CK e

LDH e atenuou a diminuição da força muscular. Marchi et al (2012)

demonstraram que o LBP antes do exercício de corrida aumentou o

desempenho muscular e reduziu o estresse oxidativo e o dano muscular.

1.5. JUSTIFICATIVA

Há grande interesse no estabelecimento de recursos e terapias a

serem utilizados na tentativa de proporcionar uma regeneração muscular de

melhor qualidade e menor duração e, com esse intuito, muitos estudos sobre a

utilização do LBP foram realizados. Contudo, até o momento, foi avaliado o

efeito do laser somente após a lesão muscular e, os estudos sobre aplicação

prévia do laser foram, na sua maioria, em humanos e na condição de estudar a

fadiga muscular. Desta forma, com o presente estudo, objetivamos verificar se

o LBP pode ser um importante recurso terapêutico a ser utilizado previamente

em indivíduos que, frequentemente, estão sujeitos a lesão muscular como os

atletas, minimizando os danos causados por essas lesões.

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2. OBJETIVOS

2.1. Geral

Analisar efeitos da irradiação com LBP (λ 780nm) previamente à

criolesão do músculo esquelético de rato.

2.2. Específicos

Avaliar os efeitos da aplicação do LBP previamente à lesão

sobre os aspectos morfológicos durante o processo de reparo do

músculo esquelético de rato após criolesão.

Avaliar os efeitos da irradiação prévia do LBP na deposição e

organização de colágeno no músculo esquelético.

Avaliar os efeitos da irradiação prévia do LBP sobre o

remodelamento da MEC por meio da análise da atividade de

MMP-2 no músculo esquelético de rato em processo de reparo,

após criolesão.

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3. MATERIAL E MÉTODOS

Os experimentos foram realizados em conformidade com as diretrizes

do Conselho Nacional para o Controle de Experimentação Animal (CONCEA) e

Comitê de Ética em Pesquisa Animal da Universidade Nove de Julho

(UNINOVE) (aprovação AN0016/2012).

3.1. Animais

Foram utilizados 40 ratos (Rattus norvegicus) Wistar machos mantidos

no biotério da UNINOVE em caixas plásticas apropriadas, temperatura

ambiente de 22°C, umidade relativa de 40%, luminosidade controlada com ciclo

de 12h (claro/escuro) e comida e água ad libitum.

3.2. Grupos experimentais

Os animais foram distribuídos aleatoriamente em 5 grupos

experimentais:

I. Grupo controle: os animais não foram submetidos a nenhum

procedimento, com remoção bilateral do músculo tibial anterior

(TA) (n= 5);

II. Grupo Sham: submetidos ao procedimento de exposição do

músculo TA (n= 5);

III. Grupo irradiado com LBP: irradiação com LBP imediatamente

antes à eutanásia, no músculo TA esquerdo (TAE) sem

criolesão dos animais que compõem o Grupo irradiado com

LBP e lesionado (n= 5);

IV. Grupo somente lesão: foi realizada a criolesão no músculo TA

direito (TAD) sem a irradiação prévia com LBP (n= 15);

V. Grupo irradiado com LBP e lesionado: Foi realizada

irradiação com LBP imediatamente antes da criolesão no

músculo TAD (n= 15).

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19

Os animais do Grupo somente lesão e Grupo irradiado com LBP e

lesionado foram eutanasiados em 1, 3 e 7 dias. Os animais do Grupo

Controle e Grupo Sham foram eutanasiados no primeiro dia do experimento

e, os animais do Grupo irradiado com LBP foram eutanasiados

imediatamente após a irradiação com laser. As amostras musculares foram

destinadas a análise morfológica por análise histológica (HE - coloração com

Hematoxilina e Eosina), deposição de colágeno pela coloração de Picrosirius,

além da atividade da MMP-2 utilizando a técnica de Zimografia.

3.3. Procedimento de criolesão

O procedimento de criolesão foi realizado após os animais serem

anestesiados com injeção intraperitonial de anestésico geral injetável a base de

Ketamina 10% (0,2 ml/100 gramas do animal) e de Xilazina 2% (0,1 ml/100

gramas do animal). Para aplicação da anestesia foram utilizadas seringas da

marca BD 100 Unidades com Agulha BD Ultra-Fine®, modelo insulina com a

agulha Ultra-Fine® (regular), comprimento: 12,7 mm, calibre: 0,33 mm e bisel

trifacetado. Após a anestesia, foi realizada a tricotomia (Figura 1) e, em

seguida, a irradiação com LBP imediatamente antes da realização da criolesão

(Figura 2).

O músculo TA foi exposto cirurgicamente e a criolesão realizada por

meio de duas aplicações (duração de 10 segundos cada), utilizando bastão

metálico (3 mm com extremidade plana) previamente resfriado em nitrogênio

liquido, diretamente na superfície ventral do músculo. Após o procedimento, foi

realizada a sutura das áreas incisadas utilizando-se fio de poliamida (5.0) e os

animais foram mantidos em gaiolas com aquecimento para prevenir a

hipotermia, conforme figura 1. O modelo de criolesão utilizado está de acordo

com o descrito na literatura (Miyabara et al, 2005; Baptista et al, 2011; Souza et

al, 2011; Alves et al, 2013).

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20

Figura 1: Demonstração do procedimento de criolesão desde a tricotomia e

exposição do TA até a sutura.

A criolesão foi o modelo de lesão escolhido por ser bem conhecido e

altamente reprodutível, capaz de reproduzir a resposta natural do músculo

frente a lesões, bem como a sua capacidade de regeneração. Dessa forma,

esse modelo para indução da lesão muscular foi o escolhido para este estudo

por produzir lesões com características homogêneas, com área bem definida,

de forma limpa, além de visualização macroscópica observada pela cor branca

que se desenvolve na superfície ventral do músculo, causando menor

variabilidade na severidade da lesão (Baptista et al., 2011, Assis et al, 2012;

Alves et al, 2013).

3.4. Irradiação laser de baixa potência

A irradiação laser foi realizada com base nos parâmetros (Tabela 1)

descritos por Alves et al, 2013; sendo utilizado o Twin Laser® (MM Optics, São

Carlos – SP, Brasil).

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21

Tabela 1: Parâmetros do laser de baixa potência.

Meio ativo Arseneto de Gálio e Alumínio (AsGaAl)

Comprimento de onda 780 nm

Área do feixe 0,04 cm2

Potência média 40 mW

Densidade de potência 1 W/cm2

Densidade de energia 10 J/cm2

Energia por ponto 0.4 J

Total de pontos 8 pontos

Tempo por ponto 10 segundos

Tempo total 80 segundos

Energia total 3.2 J

Foi realizada a irradiação do laser imediatamente antes da criolesão no

Grupo irradiado com LBP e lesionado e imediatamente antes da eutanásia

no Grupo irradiado com LBP, sendo realizada a eutanásia dos grupos

experimentais nos períodos determinados.

Os animais do Grupo irradiado com LBP receberam irradiação

diretamente sobre a área correspondente ao local dos animais do Grupo

irradiado com LBP e lesionado, sendo oito pontos de irradiação na região do

músculo TA na área lesionada, conforme descrito previamente (Mesquita-

Ferrari et al, 2011(a); Baptista et al, 2011). Utilizamos a técnica de irradiação

pontual diretamente sobre a pele que recobre o músculo TA (Figura 2). Para

evitar refração do feixe, o laser foi aplicado em ângulo de 90 graus entre o

emissor e a pele do animal. No início e final do procedimento experimental, a

potência de emissão de luz do laser foi aferida utilizando o “LaserCheck power

meter” (Coherent, Santa Clara,CA, USA).

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Figura 2. Irradiação com LBP realizada previamente à criolesão. (A)

Equipamento utilizado; (B) Pontos irradiados; (C) Realização da irradiação.

Ao término do protocolo proposto, os animais foram submetidos à

eutanásia por superdose de anestésico e os músculos TA foram removidos e

seccionados transversalmente em duas partes no centro da lesão (Durigan et

al, 2008) para a análise morfológica, de deposição e distribuição de colágeno e

detecção da atividade da MMP-2.

3.5. Análise morfológica

Amostras dos músculos foram coletadas, fixadas em formol tamponado

10%, incluídas em parafina e espécimes foram cortados transversalmente com

10 µm de espessura por meio de um micrótomo (Leica RM2125, Nussloch,

Alemanha). Foi utilizada a coloração com hematoxilina-eosina (HE) para

exame histológico de rotina realizada sob microscopia de luz convencional

(Zeiss Axioplan 2, Alemanha). A análise qualitativa dos cortes histológicos

corados com HE incluiu uma descrição das fases da reparação de tecidos,

envolvendo a presença de infiltrado inflamatório, mionecrose, fibras musculares

imaturas (núcleo centralizado) e vasos sanguíneos maduros (Alves et al, 2013).

Para análise quantitativa, cinco áreas correspondentes à região da

lesão foram fotografadas com auxílio de microscópio de luz convencional (Zeis

s Axioplan 2, Alemanha). As imagens foram analisadas utilizando o plug-in

“Count Cells” do software Image J (National Institute of Health - NIH, EUA).

Foram contabilizadas as células inflamatórias totais, mionecrose, vasos

sanguíneos maduros e fibras musculares imaturas (núcleo centralizado), por

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área. Três cortes de cada animal foram examinados e os dados foram

submetidos à análise estatística.

3.6. Análise de colágeno

Cortes adicionais foram corados com Picrosirius Red (Sigma, St. Louis,

MO, EUA), seguindo o método descrito por Junqueira et al (1982) e foram

examinados com auxílio de microscópio de luz polarizada Pol-Interferencial

Photomicroscope (Modelo 61282, Carl Zeiss, Alemanha). As imagens também

foram analisadas pelo programa Image J (NIH, EUA), no qual a área relativa

ocupada pelo colágeno foi calculada em relação à área total do corte, conforme

descrito por Hadi et al (2011) e Alves et al (2013).

3.7. Zimografia

O extrato tecidual do músculo TA foi testado quanto à presença de

atividade proteolítica, conforme descrito por Cleutjens et al (1995). As amostras

musculares de aproximadamente 50 mg foram lavadas duas vezes em solução

salina e, então, homogeneizadas em 2ml de tampão de extração (10 mM de

ácido cacodílico, pH 5,0, 150 mM de NaCl, 1 μM de ZnCl2, 20 mM de CaCl2,

1.5 mM de NaN3, e 0.01% de Triton X-100) com contínua homogeneização no

gelo por um período de aproximadamente 5 minutos. O conteúdo proteico total

foi estimado usando o reagente Bradford (BioRad Laboratories, Hercules, CA,

EUA) de acordo com o método descrito por Bradford (1976).

Para o ensaio enzimático, 100 µg de proteínas foram resolvidas por

eletroforese em gel de poliacrilamida (10%) com 1 mg/ml de gelatina bovina

(SigmaAldrich, St Louis, EUA). Após a eletroforese, o gel foi lavado 3 vezes

durante 20 minutos em solução 2,5 % de Triton X-100 para remoção do SDS e

incubado no tampão de substrato (50 mM de Tris-HCl, pH 8,0, 5 mM de CaCl2,

10 mM de ZnCl2 e 0,02 % de NaN3), a 37ºC, durante aproximadamente 20

horas. Após este tempo, o gel foi corado com Coomassie Blue por 30 minutos,

descorado com ácido acético: metanol: água (1: 4: 5) para visualização das

bandas de atividade. Para documentação, o gel foi escaneado e analisado. Foi

utilizado o software Image J (NIH) para a quantificação das bandas de

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atividade proteolítica do gel por densitometria (quantidade em pixels). Em

seguida, esses valores foram convertidos em unidades arbitrárias a partir do

valor obtido no grupo controle.

3.8. Análise dos resultados

Os valores foram testados quanto a sua normalidade pelo teste

Kolmogorov-Smirnov e os dados foram expressos em média e desvio-padrão,

pois aderiram à curva de Gauss. A comparação entre os grupos foi realizada

pela ANOVA, por serem dados paramétricos. O Teste de contraste (Pós-Hoc)

utilizado foi o Tukey. Os resultados foram considerados estatisticamente

significantes se p≤ 0,05. Os dados foram analisados por meio do programa

BioStat 5.0.

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25

4. RESULTADOS

4.1. Artigo 1

Laserterapia prévia sobre o reparo músculo esquelético de rato

Ribeiro-Cardoso BG1, Alves AN2, Cantero TM3, Fernandes KPS4, França CM5,

Teixeira DF6, Bussadori SK4, Mesquita-Ferrari RA4

1 Mestranda em Ciências da Reabilitação, Universidade Nove de Julho –

UNINOVE, São Paulo – SP, Brasil.

2 Doutorando em Ciências da Reabilitação, Universidade Nove de Julho –

UNINOVE, São Paulo – SP, Brasil.

3 Aluna de graduação, Universidade Nove de Julho – UNINOVE, São Paulo –

SP, Brasil.

4 Docente dos Programa de Mestrado e Doutorado em Ciências da

Reabilitação e em Biofotônica aplicada as Ciências da Saúde, Universidade

Nove de Julho – UNINOVE, São Paulo – SP, Brasil.

5 Docente do Programa de Mestrado e Doutorado em Biofotônica aplicada às

Ciências da Saúde, Universidade Nove de Julho – UNINOVE, São Paulo – SP,

Brasil.

6 Docente do Departamento de Exatas, Universidade Nove de Julho –

UNINOVE, São Paulo – SP, Brasil.

Autor para correspondência:

Raquel Agnelli Mesquita-Ferrari

Departamento de Pós Graduação, Mestrado em Ciências da Reabilitação;

Universidade Nove de Julho – UNINOVE

Rua Vergueiro, 349,

CEP 01504001, São Paulo – SP, Brasil

Tel (11) 3385-9222

Título para as páginas: Laser prévio e reparo muscular

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RESUMO

O laser de baixa potência (LBP) é muito utilizado com intuito de

promover de forma mais rápida e de melhor qualidade o reparo muscular frente

aos diferentes tipos de lesão, porém, os estudos sobre a aplicação prévia do

laser ainda são escassos. O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos

do LBP aplicado previamente a lesão muscular sobre o processo de reparo,

atividade da metaloprotease de matriz MMP-2 e deposição do colágeno. Foram

utilizados 40 ratos Wistar, divididos em 5 grupos: (G1) Controle; (G2) Sham;

(G3) Sem lesão com LBP imediatamente antes ao sacrifício; (G4) LBP

imediatamente antes da lesão; (G5) Somente lesão sem tratamento com LBP.

A criolesão consistiu de duas aplicações de bastão resfriado em nitrogênio

líquido diretamente no músculo tibial anterior (TA). Os grupos 4 e 5 foram

avaliados em 1, 3 e 7 dias após a lesão. Foi utilizado para o tratamento o laser

AsGaAl (λ 780nm) com densidade de energia de 10 J/cm², potência de 40 mW,

tempo de 10 segundos por ponto, sendo 8 pontos de aplicação e energia total

de 3.2 J. Ao término do tratamento, os músculos TA foram removidos e cortes

histológicos foram obtidos com auxílio de micrótomo para análise da morfologia

utilizando a coloração com hematoxilina-eosina e de colágeno utilizando

coloração de Picrosirius. Para a avaliação da atividade de MMP-2 nos

diferentes grupos avaliados foi utilizada a técnica de Zimografia. Os resultados

demonstram que o LBP aplicado previamente a indução da lesão causou

redução de células inflamatórias após 3 dias, mionecrose após 1 e 3 dias,

aumento de vasos sanguíneos após 3 e 7 dias e de fibras imaturas após 7 dias.

Houve aumento da atividade da MMP-2 após 7 dias e redução da deposição de

colágeno nesse mesmo período, com melhor organização de seu arranjo

tecidual. Em conclusão, o LBP aplicado imediatamente antes da lesão induziu

efeitos positivos sobre a modulação do processo inflamatório e reparo

muscular, atividade da MMP-2 e organização e deposição do colágeno durante

a regeneração muscular.

Palavras-chave: Terapia a laser de baixa potência; Músculo tibial anterior;

Regeneração.

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INTRODUÇÃO

As lesões musculares representam de 10 a 55% de todas as lesões no

meio esportivo1, sendo 90% delas causadas por contusões ou estiramentos2,3,

resultando em afastamento dos atletas aos treinos e competições por um longo

período4,5.

Após uma lesão muscular, as células satélites (CS) são ativadas,

migram para o local da lesão6 e se proliferam, sendo denominadas mioblastos7,

que se diferenciam e se fundem gerando células musculares multinucleadas

(miotubos) jovens que se diferenciam para formar fibras musculares funcionais

ou se fundirem a fibras pré-existentes8, reparando o tecido muscular

lesionado9. As CS são células precursoras miogênicas indiferenciadas que

permanecem quiescentes entre a lâmina basal e o sarcolema das fibras

musculares10 e estão diretamente envolvidas com o crescimento e a

regeneração muscular6,11.

A matriz extracelular (MEC) é uma estrutura dinamica que fornece

suporte e proteção para as fibras musculares, estabilização para o tecido

muscular12, e a transmissão da força de contração muscular13. A MEC é

composta por colágenos, fibronectina, elastina, proteoglicanos e laminina14,15 e

seu remodelamento é realizado por enzimas dependentes de cálcio e zinco

chamadas metaloproteases de matriz (MMPs)16,17,18, sendo que no músculo

esquelético há específica participação das enzimas MMP-2 (gelatinase A) e

MMP-9 (gelatinase B)19. Dessa forma, as MMPs são importantes durante a

regeneração muscular por degradarem os componentes da lâmina basal,

facilitando a migração, proliferação e diferenciação das CS20,21, além de

permitirem a angiogênese, importante para um reparo muscular de melhor

qualidade15,22.

E na busca por recursos terapêuticos que modulem o processo

inflamatório e melhore o reparo muscular, temos hoje vários estudos com o

laser de baixa potência (LBP) demonstrando efeitos positivos na modulação da

resposta inflamatória, reparo muscular, deposição de colágeno em excesso e

atividade da MMP-2 quando aplicado após a indução da lesão22,23,24,25,26,27.

Contudo, poucos estudos avaliaram os efeitos do LBP quando aplicado

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previamente a uma lesão. Esta situação é de extrema relevância,

especialmente quando consideramos indivíduos nos quais o risco de lesão é

sempre eminente, como ocorre na prática desportiva. Estudos em animais28,29

e humanos30,31,32,33 têm demonstrado que o uso do laser previamente a indução

de fadiga muscular causou diminuição do nível de lactato sanguíneo por

melhorar sua remoção, redução do processo inflamatório e dano muscular.

Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos da

aplicação prévia deste recurso sobre os aspectos morfológicos do tecido

muscular após a criolesão, além da quantificação de colágeno e análise da

atividade gelatinolítica da MMP-2.

MATERIAIS E MÉTODOS

Os experimentos foram realizados em conformidade com as diretrizes

do Conselho Nacional para o Controle de Experimentação Animal (CONCEA) e

Comitê de Ética em Pesquisa Animal da Universidade Nove de Julho

(UNINOVE) (aprovação AN0016/2012). Foram utilizados 40 Wistar machos

mantidos no biotério da UNINOVE em caixas plásticas apropriadas,

temperatura ambiente de 22°C, umidade relativa de 40%, luminosidade

controlada com ciclo de 12h (claro/escuro) e comida e água ad libitum.

Durante o período experimental, os animais foram divididos em 5

grupos experimentais: Grupo controle (n=5); Grupo Sham - apenas

submetidos ao procedimento de exposição do músculo tibial anterior direito

(TAD) (n=5); Grupo irradiado com LBP - irradiação com LBP no músculo tibial

anterior esquerdo (TAE) imediatamente antes a eutanásia dos animais que

compõem o Grupo irradiado com LBP e lesionado; Grupo somente lesão (n=

15); Grupo irradiado com LBP e lesionado (n=15). O grupo controle foi

eutanasiado no primeiro dia após o início do experimento. O Grupo irradiado

com LBP foi eutanasiado imediatamente após a aplicação do recurso. O

Grupo somente lesão e o Grupo irradiado com LBP e lesionado foram

eutanasiados nos períodos de 1, 3 e 7 dias após a indução da lesão.

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Procedimento de criolesão

Os animais foram anestesiados com administração intraperitoneal de 1

ml/kg de 10% ketamina e 2% xilazina. Então, foi realizada incisão cirúrgica e

exposição do músculo TA seguida da criolesão que foi realizada por meio de

duas aplicações (duração de 10 segundos cada com intervalo de 30 segundos

entre elas) com bastão metálico de 3 mm e extremidade plana resfriado em

nitrogênio liquido, na superfície ventral do músculo TA23,24,27,34. Após o

procedimento, foi realizada a sutura das áreas incisadas utilizando-se fio de

poliamida (5.0) e os animais mantidos em gaiolas com aquecimento para

prevenir a hipotermia.

Irradiação laser de baixa potência

A irradiação laser foi realizada com base nos parâmetros (Tabela 1)

descritos por Alves et al (2013)27, sendo utilizado o Twin Laser® (MM Optics,

São Carlos – SP, Brasil). Foi realizada a irradiação do laser imediatamente

antes da criolesão no Grupo irradiado com LBP e lesionado e imediatamente

antes da eutanásia no Grupo irradiado com LBP.

Tabela 1: Parâmetros do laser de baixa potência.

Meio ativo Arseneto de Gálio e Alumínio (AsGaAl)

Comprimento de onda 780 nm

Área do feixe 0,04 cm2

Potência de saída 40 Mw

Densidade de potência 1 W/cm2

Densidade de energia 10 J/cm2

Energia por ponto 0.4 J

Total de pontos 8 pontos

Tempo por ponto 10 segundos

Tempo total 80 segundos

Energia total 3.2 J

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Utilizamos a técnica pontual diretamente sobre a pele que recobre o

músculo TA. Para evitar refração do feixe, o laser foi aplicado em ângulo de 90

graus entre o emissor e a pele do animal. No início e final do procedimento

experimental, a potência de emissão de luz do laser foi aferida utilizando o

“LaserCheck power meter” (Coherent, Santa Clara, CA, USA). Ao término do

protocolo proposto, os animais foram submetidos à eutanásia por superdose de

anestésico e os músculos TA removidos para análise.

Análise morfológica

As amostras musculares do TA foram fixadas em formol e incluídas em

parafina, na sequência foram obtidos cortes transversais utilizando micrótomo

(Leica RM2125, Nussloch, Alemanha). Os cortes foram submetidos à coloração

com hematoxilina-eosina (HE) e analisados com microscopia de luz

convencional (Zeiss Axioplan 2, Alemanha). Foram realizadas análises

qualitativas e quantitativas dos aspectos relacionados à inflamação e reparo do

tecido muscular. Na análise qualitativa foi dado enfoque a presença de

infiltrado inflamatório, mionecrose, fibras musculares imaturas e vasos

sanguíneos. Para a quantificação destes aspectos, foi realizado o registro

fotográfico de cinco áreas de cada corte, conforme descrito por Alves et al

(2013)27, e contagem do número de células inflamatórias totais, mionecrose,

vasos sanguíneos e fibras musculares imaturas com auxílio do software Image

J (National Institute of Health - NIH, EUA). Os resultados das cinco áreas do

mesmo corte foram somados; três cortes de cada animal foram examinados.

Os dados foram submetidos à análise estatística.

Análise de colágeno por coloração com Picrosirius

Os cortes obtidos das amostras musculares foram corados com

Picrosirius Red (Sigma, St. Louis, MO, EUA)35 e examinados e fotografados

com auxílio de microscópio de luz polarizada Pol-Interferencial

Photomicroscope (Modelo 61282, Carl Zeiss, Alemanha). As imagens também

foram analisadas pelo programa Image J (NIH, EUA), conforme descrito por

Hadi et al (2011)36 e Alves et al (2013)27.

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Análise de atividade gelatinolítica pela técnica de Zimografia

O tecido muscular (50 mg) foi submetido a homogeneização em

tampão de extração contendo ácido cacodílico conforme descrito por Alves et

al (2013). O conteúdo proteico total foi estimado usando o reagente Bradford

(BioRad Laboratories, Hercules, CA, EUA) de acordo com o método descrito

por Bradford (1976)37. O extrato tecidual do músculo TA foi testado quanto à

presença de atividade proteolítica, conforme descrito por Cleutjens et al

(1995)38. As amostras musculares foram resolvidas por eletroforese em gel de

poliacrilamida (10%) com 1 mg/ml de gelatina bovina (SigmaAldrich, St Louis,

EUA). Em seguida, o gel foi lavado com Triton X-100 para remoção do SDS e

incubado em tampão de substrato a 37ºC, durante 20 horas sendo na

sequência corado (Coomassie Blue) e descorado (ácido acético: metanol:

água) para visualização das bandas líticas. O gel foi escaneado e a

quantificação das bandas de atividade proteolítica foi realizada utilizando o

software Image J (NIH). Os valores foram convertidos em unidades arbitrárias

considerando o Grupo Controle igual a um27.

RESULTADOS

Análise morfológica qualitativa e quantitativa

A quantificação dos achados permitiu verificar que a irradiação prévia

com LBP induziu uma redução significativa no número total de células

inflamatórias e mionecrose após três dias (p≤0,01) (Figura 1A e B) e uma

redução da mionecrose após um dia (p≤0,01) (Figura 1B) quando comparado

aos grupos criolesionados sem irradiação prévia nos respectivos períodos.

Observou-se, também que após 3 e 7 dias (p≤0,01), houve um aumento

significativo no número de vasos sanguíneos (Figura 1C) e após 7 dias

(p≤0,01) um aumento no número de fibras musculares imaturas (Figura 1D) no

grupo lesionando que recebeu foi irradiado previamente com LBP. Com base

nos achados histológicos foi possível verificar que nos músculos do Grupo

Controle não foram evidenciados sinais de inflamação e alterações na

localização de mionúcleos e formato das fibras. Estes aspectos também foram

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verificados para o Grupo irradiado com LBP sem lesão (dados não mostrados)

e sham. Já nos grupos Lesão (1 e 3 dias) foram evidenciados moderado

infiltrado inflamatório e mionecrose. Na presença da irradiação prévia com LBP,

os músculos destes mesmos períodos de análise apresentaram uma redução

da mionecrose, além de redução do infiltrado inflamatório após 3 dias. Após 7

dias, o grupo irradiado previamente à lesão apresentou aumento de vasos

sanguíneos e de fibras imaturas em relação ao grupo somente lesão (Figura 2).

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Figura 1. Análise quantitativa dos aspectos morfológicos do tecido muscular

nos diferentes grupos experimentais: (A) número total de células inflamatórias

(B); mionecrose (C); número de vasos sanguíneos (D); número de fibras

imaturas. Os valores estão expressos em média e desvio padrão

(ANOVA/Tukey). #p≤0,01 comparado com o grupo criolesionado sem

irradiação prévia com LBP.

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Figura 2. Cortes histológicos dos músculos TA, irradiados ou não com LPB

prévio, corados por HE nos diferentes períodos avaliados.

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Análise qualitativa e quantitativa das fibras colágenas

A análise dos cortes corados por Picrosirius permitiu verificar uma

distribuição uniforme e organizada das fibras colágenas no grupo controle,

especialmente em região de perimísio e endomísio, sendo evidenciados estes

mesmos aspectos no grupo somente irradiado com LBP e grupo sham. A

irradiação prévia não alterou a organização e distribuição deste após 1 e 3 dias

não havendo diferença estatística quando realizada a quantificação da

concentração do colágeno (Figura 3). Após 7 dias, houve uma melhor

distribuição e organização das fibras de colágeno no grupo que recebeu

irradiação prévia com LBP em comparação ao grupo que somente foi

submetido a lesão (Figura 4), sendo este fato comprovado pela quantificação

do colágeno (p≤0,01) (Figura 3) que evidenciou redução significativa na

concentração de colágeno no grupo irradiado previamente com LBP e avaliado

neste período.

Figura 3. Quantificação da área de fibras colágenas em porcentagem. Os

valores foram expressos em média e desvio padrão (ANOVA/ Tukey). *p≤0,01

quando comparado ao grupo controle. # p≤0,01 quando comparado ao grupo

somente lesão.

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Figura 4. Cortes histológicos dos músculos TA, irradiados ou não com LPB prévio, corados

por Picrosirius.

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Análise da atividade da MMP-2

Foram detectadas pela técnica de zimografia duas bandas líticas

correspondentes as formas pró (72 kDa) e ativa (64 kDa) da MMP-2 nas

amostras musculares analisadas (Figura 5A). Os resultados permitiram verificar

que houve um aumento significativo na atividade da banda Pró nos grupos

lesionados com e sem irradiação prévia (p≤0,05) em comparação aos grupos

controle, sham e LBP nos períodos de 1, 3 e 7 dias. Após 1 dia, foi possível

verificar uma redução significativa na atividade da MMP-2 Pró no grupo

irradiado previamente com LBP e lesionado quando comparado ao grupo

somente lesionado (p≤0,05). Após 7 dias observou-se a presença de duas

bandas líticas da MMP-2 nos grupos lesionados com e sem irradiação prévia,

sendo que o grupo irradiado com LBP e lesionado apresentou um aumento

significativo tanto na atividade da banda lítica Pró quanto da banda Ativa

quando comparado ao grupo somente lesionado, respectivamente (p≤0,05)

(Figura 5B).

Figura 5. Detecção da atividade gelatinolítica em amostras musculares (100ug)

dos diferentes grupos experimentais analisados utilizando Zimografia. (A)

Detecção das bandas referentes às formas Pró e Ativa da MMP-2 (~72 e 64

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38

kDa, respectivamente) nos diferentes grupos experimentais. Padrão de peso

molecular (P), Grupo controle (C), grupo sham (Sh), grupo somente irradiação

laser (LBP); grupo lesionado sem tratamento (L) e grupo irradiado com LBP e

lesionado (LBP+L). (B) Quantificação das bandas líticas por densitometria

após 1 dia, 3 e 7 dias. Os dados foram expressos em média e desvio padrão

(ANOVA/Tukey). *p≤0,05 comparados ao grupo controle, sham e LBP;

#p≤0,05 comparados ao grupo somente lesão.

DISCUSSÂO E CONCLUSÃO

As lesões musculares, comuns no esporte, frequentemente levam a

perda de função muscular e queda da qualidade de vida em atletas39. Desta

forma, a busca por recursos terapêuticos que favoreçam o reparo muscular

torna-se cada vez mais evidente.

Estudos analisando os efeitos do LBP durante o processo de

regeneração muscular frente a diferentes tipos de lesão, tais como por veneno

de serpente40, trauma41, criolesão24,25,27 têm sido descritos na literatura

demonstrando efeitos positivos para o reparo muscular. Dourado et al (2011)40

avaliaram o efeito dos lasers vermelho e infravermelho (comprimento de onda

632,8 nm (HeNe) e 904 nm (GaAs), densidade de energia 4 J/cm²) aplicado

após indução da lesão com veneno de serpente e observaram aumento da

angiogênese e diminuição de neutrófilos após 3 dias. Souza et al (2011)25

utilizou o LBP após a criolesão (comprimento de onda 660 nm, potência de

saída 20 mW, densidade de energia 5 J/cm²) e demonstraram aumento da

angiogênese e redução da mionecrose no músculo esquelético de rato após 7

dias. Almeida et al (2013)41 demonstraram que o LBP (comprimento de onda

810 nm, potência de saída 100 mW, energia 1, 3 e 9 J) aplicado após trauma

em músculo esquelético de rato diminuiu os danos morfológicos causados pela

lesão após 6, 12 e 24 horas. Nosso grupo de pesquisa demonstrou em estudo

prévio27 utilizando os mesmos parâmetros dosimétricos adotados no presente

estudo que o LBP após criolesão reduziu o infiltrado inflamatório e a

mionecrose após 1 dia, aumentou o número de vasos sanguíneos após 3

e 7 dias assim como aumentou o número de fibras musculares imaturas e da

atividade gelatinolítica da MMP-2 após 7 dias, além de melhorar a

organização e distribuição das fibras colágenas após 7 dias.

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39

No presente estudo, que utilizou o LBP previamente a lesão aguda,

foram encontrados resultados semelhantes aqueles verificados pela aplicação

pós lesão, uma vez que foi demonstrada uma redução do infiltrado inflamatório

após 3 dias e da mionecrose após 1 e 3 dias, aumento de vasos sanguíneos

após 3 e 7 dias e de fibras imaturas após 7 dias, além de aumento da atividade

de MMP-2 e redução na deposição de colágeno após 7 dias, sugerindo que a

irradiação com LBP prévio pode promover um reparo muscular mais eficiente e

de melhor qualidade.

Mais especificamente com relação ao remodelamento da MEC e

participação das MMPs foi demonstrado que o LBP (comprimento de onda 660

nm, potência de saída 20 mW, densidade de energia 5 J/cm²) aplicado após

criolesão em músculo esquelético de rato reduziu a expressão de TNF-α após

1 e 7 dias e de TGF-β após 7 dias23, sendo o TGF-β associado a formação de

tecido cicatricial durante a regeneração muscular e regulação da produção de

enzimas que inibem a degradação da MEC15. No presente estudo, houve

melhor organização das fibras colágenas com redução significante de sua

deposição no grupo irradiado com LBP e lesionado após 7 dias associado com

o aumento da atividade da MMP-2 após esse mesmo período, demonstrando

que a irradiação com LBP imediatamente antes da criolesão pode ser um útil

recurso terapêutico para prevenção de fibrose. A MMP-2 está diretamente

relacionada com a regeneração muscular por estar envolvida com a síntese e

degradação da MEC20, principalmente colágeno15, facilitando a migração,

proliferação e fusão de mioblastos e promovendo a formação de novos vasos

sanguíneos19, além de evitar uma deposição excessiva dos componentes da

MEC (fibrose). Esse resultado é importante, principalmente no meio esportivo,

uma vez que o acúmulo excessivo de componentes da MEC, especialmente de

colágeno, pode resultar em redução de desempenho muscular15.

O LBP aplicado previamente possui efeito protetor em músculo

saudável por influenciar a atividade celular por meio da estimulação ou inibição

de funções químicas e fisiológicas39. Esse efeito protetor possivelmente ocorre

por aumento da atividade mitocondrial e dos componentes da cadeia

respiratória que induz a aumento na síntese de ATP e AMPc39,42,43. Dias et al

(2011)44 utilizaram diferentes doses de LBP no músculo masseter de rato e

demonstraram um aumento de metabolismo oxidativo e de MMP-2 e

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40

relacionaram estes achados ao aumento na quantidade de mitocôndria e

síntese de ATP. No estudo de Wagatsuma et al (2011)45 foi realizado um

bloqueio mitocondrial em músculo de rato seguido de criolesão e constatou-se

que houve retardo na regeneração muscular evidenciando a importância da

biogênese mitocondrial para este processo.

Alguns estudos demonstraram efeitos positivos da aplicação prévia do

LBP em situação de fadiga muscular sendo evidenciados efeitos como redução

de creatina quinase (CK)29,30,32,33,46, de lactato sanguíneo30,46, de lactato

desidrogenase (LDH)32,33, do estresse oxidativo33, aumento do desempenho

muscular29,47,48, além de atenuação na diminuição da força32 e da fadiga

muscular28,31,48. Além disso, foi verificado que o LBP aplicado previamente a

indução de fadiga causou redução do processo inflamatório por diminuição na

expressão de mRNA da ciclooxigenase 2 (COX-2)29.

A modulação positiva da inflamação e enzimas relacionadas ao dano

muscular pela aplicação do LBP previamente pode explicar os achados

evidenciados no presente estudo. O LBP estimula a atividade da mitocôndria

que sintetiza ATP e espécies reativas de oxigênio (ROS)43, sendo que ROS em

combinação com fatores de crescimento e quimiocinas, participa de uma

cascata de eventos relacionada a regeneração muscular redirecionando as

células satélites para o local lesionado, mas se níveis elevados de ROS

permanecem por longo período no local da lesão, levam a dano oxidativo e

interferem negativamente na diferenciação de células musculares49. Dessa

forma, os resultados obtidos no estudo sugerem que o LBP tenha modulado

positivamente a atividade mitocondrial e síntese de ATP e ROS.

Em conclusão, os resultados do presente estudo demonstram que o

LBP aplicado previamente à indução da lesão modulou positivamente o

processo inflamatório e de reparo muscular, a atividade da MMP-2 e a

organização e deposição do colágeno durante a regeneração muscular,

sugerindo que esse recurso possa ser um grande aliado como intervenção

terapêutica principalmente no meio esportivo onde o risco de lesão muscular é

iminente.

Agradecimentos: à FAPESP pelo apoio financeiro (2011/17638-2;

2012/11461-6).

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46

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo avaliou os efeitos do laser de baixa potência

previamente a lesão muscular sobre a regeneração do músculo esquelético e o

remodelamento da matriz extracelular e demonstrou que o LBP reduziu o

número de células inflamatórias totais e a mionecrose, aumentou o número de

vasos sanguíneos, fibras imaturas e a atividade da MMP-2, além de promover

melhor organização de fibras colágenos no tecido muscular e reduzir sua

deposição, sugerindo que o laser aplicado previamente à lesão proporciona

uma regeneração muscular eficaz e de melhor qualidade. Contudo, como são

poucos os estudos sobre os efeitos do LBP quando aplicado previamente, são

necessários mais estudos sobre seu efeito na regeneração muscular para

maior entendimento dos mecanismos envolvidos nesse processo, além de

avaliação se há alterações nesses fatores devido à diferença entre o tempo de

aplicação prévia do laser e indução da lesão.

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7. APÊNDICES

7.1. Comprovante de submissão de artigo à Revista Fisioterapia e

Pesquisa

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7.2. Comprovante de submissão de artigo Revista Lasers in Medical

Science.