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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO Programa de Pós Graduação em Agronomia Melhoramento genético de plantas João Filipi Rodrigues Guimarães Aspectos gerais e estudos de bases genéticas da cultura do arroz Recife - PE Dezembro de 2001

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE

PERNAMBUCO

Programa de Pós – Graduação em Agronomia

Melhoramento genético de plantas

João Filipi Rodrigues Guimarães

Aspectos gerais e estudos de bases genéticas da cultura do arroz

Recife - PE

Dezembro de 2001

João Filipi Rodrigues Guimarães

Aspectos gerais e estudos de bases genéticas da cultura do arroz

Revisão de literatura apresentada ao

curso de Pós-Graduação em

Agronomia (Melhoramento Genético

de Plantas), da Universidade Federal

Rural de Pernambuco como exigência

para obtenção dos créditos da

disciplina de Seminários II.

Sob coordenação do Professor D.Sc.

Mario de Andrade Lira Junior

Recife - PE

Dezembro / 2010

RESUMO

Vários estudiosos indicam o sudeste da Ásia como sendo o local de origem do arroz. A Índia

é uma das regiões de grande diversidade desse cereal e onde existem um expressivo número

de variedades locais. Mianmar, também têm sido considerado como centro de origem dessa

espécie. O arroz atualmente é o segundo cereal mais cultivado no mundo, ocupando uma área

aproximada de 148 milhões de hectares. O maior produtor mundial é China com uma

produção anual de arroz, superior a 193 toneladas. No Brasil, a área total cultivada com arroz

é de aproximadamente 2,9 milhões de ha, desse total 49% refere-se a áreas plantadas em

sistema de cultivo em sequeiro, 50% irrigado e 1% em várzeas, com uma produção somada de

12,06 milhões de toneladas, estando o Brasil em 9º lugar entre os maiores produtores

mundiais de arroz. O arroz é classificado como pertencente à Divisão Angiosperma, tribo

Oryzae, ordem Poales, família Poaceae (Gramineae), subfamília Oryzeae, gênero Oryza. O

número básico de cromossomos do gênero Oryza é 12, no entanto, existem várias espécies

poliplóides com 2n=48. Na maioria das vezes o programa de melhoramento genético se

fundamentaliza no desenvolvimento de genótipos mais produtivos, sendo estes resistentes a

fatores bióticos e abióticos e, desta forma, aumentar a produção. O processo de domesticação

de uma planta implica na seleção de características importantes para a sobrevivência da

população nas condições em que está sendo trabalhada. Isto induz ao chamado “ efeito de

afunilamento” das bases genéticas, ou seja, a partir de um “background” genético bastante

rico, alguns grupos de genes de interesse vão sendo sustentados na população e outros

extinguidos. Os programas clássicos de melhoramento genético de arroz empregam métodos

que potencializam a endogamia. No processo habitual, o acréscimo da endogamia pelo

progresso das gerações segregantes por meio de autofecundações induz a uma diminuição

acentuada nas possibilidades de recombinação favoráveis. Dessa forma o uso limitado de

genitores em programas de melhoramento de arroz ocasiona uma restrição da heterogeneidade

genética e a diminuição das alternativas de ganhos acrescentais na seleção. O não uso de

variedades crioulas cultivadas em favor do uso de cultivares largamente adaptadas é a causa

principal da erosão de recursos genéticos. Dessa forma a utilização de coeficientes de

parentesco como alternativa para obtenção de medida de dissimilaridade talvez seja a opção

mais fácil e barata para se obter a dissimilaridade entre um grupo de genótipos desde que haja

informações inerentes a sua genealogia. Alguns autores sugerem como alternativa ampliar a

base genética do arroz, utilizando parentais geneticamente divergentes com traços

introduzidos a partir de programas de melhoramento de outras, uso de cultivares tradicionais

de vários cruzamentos com linhagens elite, composição de populações com ampla base

genética utilizando o macho esterilidade e condução dessas populações por seleção recorrente

e utilização de espécies silvestres de arroz, principalmente Oryza glumaepatula.

Palavras chave: Oryza Sativa, diversidade genética, genealogia, melhoramento genético

SUMÁRIO

1 Introdução .............................................................................................................................. 4

2 Aspectos Gerais ...................................................................................................................... 6

2.1 Origem e dispersão ............................................................................................................. 6

2.2 Importância econômica e social ........................................................................................ 7

2.3 Aspectos botânicos do arroz .............................................................................................. 8

3 Estudos de bases genéticas na cultura do arroz ................................................................ 10

3.1 Influências do melhoramento genético do arroz ............................................................ 10

3.2 Consequências do estreitamento das bases genéticas .................................................... 12

3.3 Estratégias de aumento das bases genéticas em cultivares de arroz ........................... 13

4 Considerações finais ............................................................................................................ 15

BIBLIOGRAFIA CITADA ................................................................................................... 16

4

1 Introdução

O arroz é considerado pela FAO (Food and Agriculture Organization of the United

Nations) como o alimento mais importante para a segurança alimentar do mundo. Além de

fornecer um excelente balanceamento nutricional é uma cultura extremamente rústica, o que faz

ela também ser considerada a espécie de maior potencial de aumento de produção para o combate

da fome no mundo (BARATA, 2010). Este cereal pertencente à família Poaceae, constiui-se no

principal alimento para grande maioria da população da América Latina e da Ásia. No Brasil,

é o responsável por 18% das calorias e 12% das proteínas da dieta básica da população

(LOPES, 2002).

Segundo Montalvan et al., (1998) vários autores chamam atenção para o nível de

estreitamento das bases genéticas do arroz brasileiro empregados em programas de

melhoramento. Um dos fatores que o pesquisador não deve descuidar-se é a base genética das

linhagens que estão sendo produzidas pelo seu programa. Um número aparentemente grande

de linhagens pode representar um tamanho efetivo populacional restrito, quando estas

linhagens são muito aparentadas (BRESEGHELLO, 1999).

Para os melhoristas, interessa a obtenção de grande variabilidade genética nas plantas

para a imposição de processos seletivos que efetivamente resulte em ganhos genéticos

significativos (MUNIZ, 2007). A ampliação da base genética esta condicionada, é de

fundamental importância do conhecimento prévio da genealogia dos genótipos que serão

empregados nos programas de melhoramento genético do arroz, e dessa forma restringir ao

máximo os cruzamentos aparentados (SILVA et al.,1999). Das principais cultivares de arroz

irrigado cultivadas no Brasil, nota-se a ocorrência ampla coincidência de ancestrais. Seis

ancestrais considerados os mais importantes são responsáveis pela contribuição de 71% dos

alelos das lavouras de arroz irrigado do Brasil (BRESEGHELLO, 1999).

A avaliação da distância genética quando se compara genótipos é capaz proporcionar

informações relativas ao conteúdo do germoplasma, essa técnica é capaz de com alta eficácia

possibilitar uma melhor amostragem de genótipos, principalmente quando o objetivo é

aumentar a base genética dos cultivares. E para mensuração da distância genética entre os

genótipos, o coeficiente de parentesco se destaca como uma alternativa fácil e barata para este

tipo de estimativa, entretanto para a adoção desta técnica e necessário conhecer a genealogia

dos genótipos avaliados (BERTAN, 2007).

5

Objetiva-se com essa revisão proporcionar um melhor entendimento sobre os aspectos

gerais e estudo de genealogia na cultura do arroz.

6

2 Aspectos Gerais

2.1 Origem e dispersão

Vários estudiosos indicam o sudeste da Ásia como sendo o local de origem do arroz.

A Índia é uma das regiões de grande diversidade desse cereal e onde existem um expressivo

numero de variedades locais, as províncias de Bengala e Assam, bem como na Mianmar, têm

sido consideradas como centros de origem dessa espécie (OECD, 2009).

Bem antes de qualquer evidência histórica, o arroz foi, provavelmente, o principal

alimento e a primeira planta cultivada na Ásia. As mais antigas referências ao arroz são

encontradas na literatura chinesa, há cerca de 5.000 anos. O uso do arroz é muito antigo na

Índia, sendo citado em todas as escrituras hindus. Variedades especiais usadas como

oferendas em cerimônias religiosas, já eram conhecidas em épocas remotas. Certas diferenças

entre as formas de arroz cultivadas na Índia e sua classificação em grupos, de acordo com

ciclo, exigência hídrica e valor nutritivo, foram mencionadas cerca de 1.000 a.C.

(EMBRAPA, 2010). Da Índia, essa cultura provavelmente estendeu-se à China e à Pérsia,

difundindo-se, mais tarde, para o sul e o leste, passando pelo Arquipélago Malaio, e

alcançando a Indonésia, em torno de 1500 A.C. A cultura é muito antiga nas Filipinas e, no

Japão, foi introduzida pelos chineses cerca de 100 anos a.C.(TORO, 2006)

Alguns autores apontam o Brasil como o primeiro país a cultivar esse cereal no

continente americano. Consta que integrantes da expedição de Pedro Álvares Cabral, após

uma peregrinação por cerca de 5 km em solo brasileiro, traziam consigo amostras de arroz,

confirmando registros de Américo Vespúcio que trazem referência a esse cereal em grandes

áreas alagadas do Amazonas. Em 1587, lavouras arrozeiras já ocupavam terras na Bahia e, por

volta de 1745, no Maranhão (MAGRINI e CANEVER, 2003). A ampla adaptabilidade do

arroz, aliada à sua habilidade de produzir bem nas mais variadas regiões e ao continuado

esforço da pesquisa no mundo, assegura que o seu grão permaneça sendo um importante

produto de consumo pelo homem. As influências combinadas da natureza, da seleção humana,

da diversificação edafoclimática e de práticas culturais variadas permitiram uma ampla

diversidade de ecótipos, atualmente encontrada no gênero Oryza (EMBRAPA, 2010).

A domesticação de plantas silvestres eliminou diversas características que impediam a

utilização dessas espécies na agricultura. Entretanto, esse processo também tornou os vegetais

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cultivados mais susceptíveis às pragas e às doenças. O melhoramento genético clássico foi o

responsável pelo aumento espetacular da produtividade das espécies cultivadas

(FORNASIERI FILHO & FORNASIERI, 2006). Atualmente, o arroz é cultivado em um

décimo das terras aráveis. No entanto, 30% delas contêm níveis elevados de salinidade, outros

20% estão periodicamente sujeitos à seca e 10% sujeitos a baixas temperaturas. Além disso, o

arroz também é vulnerável ao ataque de insetos, fungos, bactérias e vírus. Todas essas formas

de estresse comprometem o desenvolvimento e a produtividade (MARGIS, 2005).

2.2 Importância econômica e social

O arroz é um dos mais importantes grãos em termos de valor econômico. É

considerado o cultivo alimentar de maior importância em muitos países em desenvolvimento,

principalmente na Ásia e Oceania, onde vivem 70% da população total dos países em

desenvolvimento e cerca de dois terços da população subnutrida mundial. É alimento básico

para cerca de 2,4 bilhões de pessoas e, segundo estimativas, até 2050, haverá uma demanda

para atender ao dobro desta população (EMBRAPA, 2005).

O arroz atualmente é o segundo cereal mais cultivado no mundo, ocupando uma área

aproximada de 148 milhões de hectares. O maior produtor mundial é China com uma

produção anual de arroz de pouco mais de 193 toneladas (FAO, 2009). O consumo médio

individual de arroz é de 60 kg/pessoa/ano, sendo que os países asiáticos são os que

apresentam as médias mais elevadas, situadas entre 100 e 150 kg/pessoa/ano, enquanto que na

América Latina consomem-se em média 30 kg/pessoa/ano, destacando-se o Brasil como um

consumo 45 kg/pessoa/ano (GOMES & MAGALHÃES, 2004), destacando-se o Brasil com

um consumo de 33 g/capita/dia. Nas últimas quatro décadas, a produção mundial de arroz

mais do que duplicou, passando de 257 milhões de toneladas, em 1965, para pouco mais de

678 milhões, em 2009 (FAO, 2009).

No Brasil, a área total cultivada com arroz é de aproximadamente 2,9 milhões de há,

desse total 49% refere-se a áreas plantadas em sistema de cultivo em sequeiro, 50% irrigado e

1% em várzeas (IBGE, 2009), com uma produção somada de 12,06 milhões de toneladas,

estando o Brasil em 9º lugar entre os maiores produtores mundiais de arroz (FAO, 2009). Do

total de arroz produzido no Brasil, 78,6% é oriundo do sistema de cultivo de várzea e 21,4%

de terras altas (IBGE, 2009). O Estado do Rio Grande do Sul se destaca como o maior

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produtor de arroz irrigado do Brasil, com uma produção que responde por 62,7% da produção

nacional A região nordeste é responsável pela produção de pouco mais de 1 milhão de

toneladas em uma área plantada de 714.466 ha. O maior produtor da região é o estado do

Maranhão com uma produção de 609.209 toneladas e uma área plantada de 472.621 ha,

Pernambuco responde por aproximadamente 2% da produção da região nordeste o que

corresponde a 20.035 toneladas de arroz em uma área de 3.730 ha, com um rendimento de

5.371 Kg/ha (IBGE, 2009).

No decorrer de toda história, o arroz (Oryza sativa L.) vem sendo um dos mantimentos

humano mais consumido. Este cereal abastece, no mínimo, metade da necessidade energética

da população mundial, fundamentalmente em populações que vivem em condições miseráveis

nos países de regiões tropicais e subtropicais, e dos considerados países emergentes ou em

desenvolvimento. Há uma probabilidade de aumento no consumo, em virtude do crescimento

demográfico mundial (TERRES et al., 1998).

O arroz é composto basicamente de amido, água, proteína, lipídeos, fibras, sais

minerais e vitaminas (SCHIRMER, 2003).

2.3 Aspectos botânicos do arroz

O arroz é classificado como pertencente à Divisão Angiosperma, tribo Oryzae, ordem

Poales, família Poaceae (Gramineae), subfamília Oryzeae, gênero Oryza (Lu, 1999).

Vaughan (1989) assegurou que o numero de espécies classificadas em diferentes estudos varia

de 20 a 30; mas apenas duas dessas espécies são cultivadas, a asiática, O. sativa L., e a

africana, O. glaberrima Steud. Vaughan (1989) reconheceu Linnaeus como o pesquisador que

denominou o gênero Oryza e a espécie O. sativa e Steudel como o autor do nome O.

glaberrima.

O número básico de cromossomos do gênero Oryza é 12, no entanto, existem várias

espécies poliplóides com 2n=48. Esse gênero diferencia-se por apresentar seis distintos

genomas, A,B,C,D,E e F (FERREIRA, 2006). As duas espécies cultivadas e os híbridos não

proporcionam distúrbios cromossômicos expressivos (FAGUNDES, 2004).

A espécie O. sativa é anual e autógama e após à germinação das sementes, em poucas

semanas as plantas começam a emitir perfilhos. O sistema radicular pode ser superficial, caso

das variedades adaptadas ao ecossistema irrigado, ou profundo no caso das que são cultivadas

9

em sequeiro(ABICHEQUER,2004). As flores da planta de arroz são hermafroditas e estão

reunidas em uma inflorescência do tipo panícula, que emerge da parte terminal do colmo.

Essa inflorescência é composto por um grupo de flores perfeitas (espiguetas). (FONSECA,

2008).

10

3 Estudos de bases genéticas na cultura do arroz

3.1 Influências do melhoramento genético do arroz

Na maioria das vezes o programa de melhoramento genético se fundamentaliza no

desenvolvimento de genótipos mais produtivos, sendo estes resistentes a fatores bióticos e

abióticos e, desta forma, aumentar a produção. Assim, o cotidiano dos melhoristas de plantas

se baseia na criação e ampliação da variabilidade, eleger genótipos aspiráveis e testá-los em

vários ambientes, para uma adaptação que possibilite a expressão elevada da sua capacidade.

Desta forma, o melhoramento genético tem realizado uma extraordinária função na evolução

do arroz, pois proporciona aos agricultores o cultivo de genótipos de alta resposta produtiva e

com caracteres agronômicos de importância na cadeia produtiva (BERTAN, 2005).

Os programas clássicos de melhoramento genético de arroz empregam métodos que

potencializam a endogamia. No processo habitual, o acréscimo da endogamia pelo progresso

das gerações segregantes por meio de autofecundações induz a uma diminuição acentuada nas

possibilidades de recombinação favoráveis, uma vez que com alelos iguais em um mesmo

loco, os processos de intercruzamento não são eficazes para a produção de novas

combinações gênicas. Assim, os métodos clássicos utilizados nos programas de

melhoramento de arroz, em destaque o genealógico, limitam o alcance de novas combinações

favoráveis de genes (MARTINEZ et al., 1997).

Segundo Jensen (1970) e Canci et al. (1997), nos sistemas convencionais de

melhoramento de espécies autógamas, o uso de um número restrito de pais implica na gênese

de um baixo “ pool” gênico, podendo colaborar para a supressão de genes importantes. A

principal implicação da restrição da variabilidade genética é a redução da probabilidade de

ganhos aditivos na seleção devido ao reduzido tamanho do conjunto gênico explorado

(HANSON, 1959).

O processo de domesticação de uma planta implica na seleção de características

importantes para a sobrevivência da população nas condições em que está sendo trabalhada.

Isto induz ao chamado “ efeito de afunilamento” especificamente em se tratando de

diversidade genética, ou seja, a partir de um “background” genético bastante rico, alguns

grupos de genes de interesse vão sendo sustentados na população e outros extinguidos. Além

11

disso, a limitada distância genética torna-as mais vulneráveis a epidemias de pragas e doenças

e dificulta o estabelecimento de um programa de melhoramento genético sustentável.

No decorrer dos últimos anos houve unicamente acréscimos pouco significantes no

potencial de produtividade do arroz. É possível que o afunilamento da base genética das

populações adotadas pelos programas de melhoramento tenham contribuindo para o

estabelecimento de tais taxas de produtividade. A conseqüência capital da restrição da

heterogeneidade genética é a diminuição das alternativas de ganhos acrescentais na seleção. O

não uso de variedades crioulas cultivadas em favor do uso de cultivares largamente adaptadas

é a causa principal da erosão de recursos genéticos (MAGALHÃES et al., 2005). Segundo

Rangel et al., (1996) as principais cultivares de arroz irrigado encontradas na América Latina

portam aproximadamente 36% dos genes de apenas três genótipos, isso se deve ao uso de

uma única linhagem oriunda de três genótipos ser largamente utilizada como progenitora em

programas de melhoramento, no mesmo estudo ele mostra que apenas 10 ancestrais

contribuem com 68% do conjunto gênico de 42 cultivares de arroz irrigado avaliadas.

No Rio Grande do Sul, maior produtor de arroz do Brasil esse valor atinge 86% nas

cultivares mais plantadas. Silva et al., (1999) afirma que o estreitamento das bases genéticas

ocorre também nas cultivares de arroz de terras altas, através de estudos de genealogia o autor

mostrou que apenas as cultivares ancestrais Pratão, Pérola e Dourado Precoce são

responsáveis por uma contribuição genética acumulada de 42, 61% em um grupo gênico de 34

cultivares com genealogia conhecida, esse valor alcança 69,88% quando se leva em

consideração os nove primeiros ancestrais.

Para Montalván et al., (1998) de 31 cultivares de arroz de terras altas lançadas entre os

anos de 1971 e 1993, somente sete antepassados (Dourado Precoce, Pérola, Pratão, 560 A,

Varieté du Zaire, Iguape Agulha e OS6) contribuem com 70% dos genes do germoplasma

utilizado atualmente. Breseghello et al., (1999) avaliando 59 cultivares de arroz irrigado no

nordeste mostrou que apenas três ancestrais respondem por 35% da contribuição genética

relativa acumulada do conjunto gênico. Montalván et al, (1998) avaliando a base genética das

cultivares de arroz de terras altas em três períodos (1971-1980), (1980-1990) e (1991-1993)

mostrou que cinco ancestrais de arroz eram responsáveis pela contribuição de genes no

período I, 13 antepassados no período II e 22 no período III. Período I é caracterizado por

uma base genética muito estreita, das quatro cultivares lançadas três são irmãos completos

(IAC 25, IAC 164 e IAC 165) e meio irmãos da quarta (IAC 47).

Em sua maioria os genes do núcleo celular são os mais estudados em relação à

genealogia das cultivares, pois estes na maioria dos casos são os principais responsáveis pela

12

manifestação de características de interesse ao melhoramento, mas em alguns casos genes

oriundos de organelas citoplasmáticas também assumem esta função (SILVA et al., 2002).

Hargrove et al., (1980), avaliando a genealogia de 15 genótipos de arroz oriundas da coleção

do IRRI (International Rice Research Institute), mostrou que todas possuem os mesmos

componentes genéticos citoplasmáticos, pois todas são oriundas de cruzamentos onde o

parental feminino foi a cultivar de arroz Cina. Silva et al., (2002) realizando estudo de

genealogia citoplamatica, confirmou que 16 ancestrais contribuem com seus genes em 39

cultivares de arroz de terras altas no Brasil. Apenas as cultivares Pratão e Dourado Precoce

foram fontes de genes do citoplasma para 11 (28%) e 9 (23%) cultivares.

3.2 Consequências do estreitamento das bases genéticas

O estreitamento demasiado da base genética das populações usadas no melhoramento

compõe um dos principais fatores que podem estar restringindo a obtenção de variedades de

arroz irrigado com potencial produtivo superior ao das cultivares hoje em dia utilizadas. A

principal conseqüência da limitação da diversidade genética é a diminuição das possibilidades

de ganhos suplementares na seleção (RANGEL, et al., 1996 ).

Almeida, L. et al.,(2010) avaliando o melhoramento da soja para regiões de baixas

latitudes, afirma que muitos pesquisadores consideram que a base genética das cultivares

comerciais de soja é restrita, podendo isso representar um fator de risco para a estabilidade da

cultura.

Em batata, o desafio de identificar genótipos com características superiores é impedido

devido às diferenças que devem ser detectadas em relação às cultivares existentes atualmente

serem cada vez menores, e o número de caracteres considerados no momento da seleção, cada

vez maiores. Isto se deve, em grande parte, ao estreitamento da base genética dessa cultura

(SILVA, G. et al., 2009). A estreita base genética, a homogeneidade dos clones cultivados e a

suscetibilidade a doenças são derivadas do cultivo de somente um ou alguns clones que,

aliadas aos limitados conhecimentos sobre a genética da espécie, constituem-se nos principais

problemas para a obtenção de genótipos superiores de pimenta do reino (GAIA, et al., 2005).

Marin et al. (2002), em estudos em gemoplasma de tomate, atribui o fato de diversas

cultivares dessa cultura serem suscetíveis às mesmas pragas e doenças, em virtude do

13

pequeno número de genitores, utilizadas nos programas de melhoramento, para a obtenção de

novos cultivares.

Almeida, et al., (2007) afirma que grandes progressos no melhoramento para

resistência à ferrugem da folha do trigo já foram alcançados nas últimas décadas, no entanto,

o estreitamento da base genética e o surgimento de novas raças patogênicas implicam na

necessidade contínua de buscar novas fontes de resistência

3.3 Estratégias de aumento das bases genéticas em cultivares de arroz

Pesquisas relacionadas à obtenção de distâncias genética têm sido de grande valor em

programas de melhoramento em que se usa a técnica de hibridações, por proverem parâmetros

para a identificação de genitores que permitam amplo efeito heterótico na progênie e maior

possibilidade de reaver genótipos superiores nas gerações segregantes (CRUZ & REGAZZI,

2001). Segundo Vieira et al., (2005) a utilização do coeficiente de parentesco como

alternativa para obtenção de medida de dissimilaridade talvez seja a opção mais fácil e barata

para se obter a dissimilaridade entre um grupo de genótipos desde que haja informações

inerentes a sua genealogia. O modelo mais comum para obtenção do coeficiente parentesco

em plantas é o proposto Whrite (1938) representado pela equação 1:

Equação (1): RXY = ∑(0,5)n+n’

RXY = grau de parentesco entre indivíduos X e Y;

n = número de gerações entre o ascendente comum e a cultivar X;

n` = número de gerações entre o ascendente comum e o cultivar Y;

Reis et al., (1999) utiliza coeficientes de parentesco para avaliar divergência genética

comparado a outras técnicas multivariadas em cultivares de trigo. Vieira et al., (2005)

empregou o coeficiente de parentesco na obtenção das estimativas da divergência genética

entre cultivares brasileiras de aveia, visando a correlação com estimativas de divergência

genética obtidas por meio do uso de marcadores moleculares AFLP. Tal necessidade do

estudo de divergencia se dá em virtude do fato de que, segundo Falconer (1981), a heterose e

a competência particular de combinação entre dois genitores dependem da ocorrência de

14

dominância no controle da característica e da ocorrência de variabilidade genética entre os

genitores. Segundo Silva et al., (1999) a não divulgação das genealogias das cultivares de

arroz ou a restrição dessas informações, podem também ser um dos principais causadores do

estreitamento das bases genéticas dessa cultura. Rangel et al., (1996) sugere quatro

alternativas para ampliar a base genética das cultivares de arroz: (a) Uso de parentais

geneticamente divergentes introduzidos a partir de programas de melhoramento, (b) uso de

cultivares tradicionais de vários cruzamentos com linhagens elite, (c) composição de

populações com ampla base genética utilizando a macho esterilidade e condução dessas

populações por seleção recorrente e (d) utilização de espécies silvestres de arroz,

principalmente Oryza glumaepatula.

15

4 Considerações finais

Baseado nas informações contidas nessa revisão é possível destacar que as bases

genéticas das principais cultivares de arroz tanto para o sistema irrigado, quanto em sequeiro

são bastante estreitas, o que requer estudos genealógicos detalhados sobre os parentais

utilizados em programas de melhoramento dessa cultura, afim de se evitar cruzamentos

aparentados e para tanto a utilização da estimativa da divergência genética por meio da

genealogia das cultivares se destaca como uma alternativa simples e não onerosa.

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