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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE LAADOTT DOENÇA CELÍACA Isadora Oliveira Morais Conceição de Maria Diniz Castelo Branco Pereira Rio Branco 2011

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRELAADOTT

DOENÇA CELÍACA

Isadora Oliveira MoraisConceição de Maria Diniz Castelo Branco Pereira

Rio Branco2011

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DOENÇA CELÍACA

• SINONÍMIA– Espru celíaco– Espru não tropical– Enteropatia sensível ao glúten

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DOENÇA CELÍACA

Intolerância eterna a certos tipos de alimentos que possuem uma

proteína em comum : a proteína GLÚTEN

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DOENÇA CELÍACA

• ETIOPATOGENIA–Etiologia desconhecida–Fatores:•Ambientais• Imunológicos•Genético

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DOENÇA CELÍACA

• ETIOPATOGENIA–Ambiental:• Associação clara com a Gliadina, um

componente do glúten presente no trigo, cevada e centeio

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DOENÇA CELÍACA

• ETIOPATOGENIA– Imunológica• A fração tóxica do glúten, a gliadina, se liga a

mucosa intestinal• Quando a gliadina não é totalmente digerida

pelas proteases da borda em escova dos enterócitos, é capaz de se ligar à transglutaminase presente no epitélio das paredes do intestino

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DOENÇA CELÍACA• ETIOPATOGENIA– Imunológica• É uma doença auto-imune, dependente de linfócitos T

e da auto imunidade humoral

Antigliadina IgG e IgA Antiendomísio IgA

Antitransglutaminase tecidual IgA e IgG

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DOENÇA CELÍACA

• ETIOPATOGENIA–Genética• Linfócitos T portadores do HLA DQ2 parecem

reconhecer especificamente este complexo, e podem ser por ele estimulados• Formando um complexo que resulta em uma

reação de hipersensibilidade• A ausência do HLA DQ2 exclui o diagnóstico

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Doença Celíaca

• HISTOLOGIA–Mucosa intestinal• atrofia das vilosidades associado à hiperplasia

das criptas• Variação da gravidade da região proximal para

distal do intestino

SÍNDROME DISABSORTIVA

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SÍNDROME DISABSORTIVA

Diarréia volumosa crônica

Apatia ou irritabilidade

vômitos

Esteatorréia

Emagrecimento

Desnutrição

Edema periférico

desidratação

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DOENÇA CELÍACA

• QUADRO CLÍNICO– Início com introdução de cereais na dieta– Remissões espontâneas– Apresentar-se em qualquer idade

Má absorção: diarréia,

esteatorréia, perda de peso, anemia e

doença óssea

Assintomático

Depleção de um único nutriente:

anemia ferropriva, megaloblástica, osteomalacia e

edema

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DOENÇA CELÍACA

• IMPORTANTE:– Anemia refratária ao tratamento oral podem ter

doença celíaca!!!

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DOENÇA CELÍACA• DIAGNÓSTICO– Biopsia do intestino delgado• Deve ser feita em pacientes com sintomas e

achados laboratoriais sugestivos de má absorção• E/ ou com deficiência de nutrientes• E com uma sorologia tTG positiva

ALTERAÇÃO HISTOLÓGICA

RESPOSTA CLÍNICA E

HISTOLÓGICA IMEDIATA APÓS DIETA

DIAGNÓSTICO

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DOENÇA CELÍACA

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DOENÇA CELÍACA

• DIAGNÓSTICO– Antigliadina IgG e IgA• Sensíveis• Pouco específico• Não usados no screening• Usado para o controle do tratamento

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DOENÇA CELÍACA

• DIAGNÓSTICO– Antiendomísio IgA• Usado no screening

– Antitransglutaminase tecidual IgA e IgG• Recomendado em caso de deficiência seletiva de IgA,

vista em 2,6% dos celíacos

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DOENÇA CELÍACA

TRATAMENTO

DIETA LIVRE DE GLÚTEN

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• Doenças associadas:– Dermatite herpetiforme– Diabetes Melito tipo 1– Deficiência de IgG

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DOENÇA CELÍACA

• COMPLICAÇÕES– Linfoma intestinal EATL (entreopathy associated T

lymphoma)– Espru refratário– Espru colagenoso– Adenorcarninoma de esôfago– Adenocarcinoma do delgado– Carcinoma escamoso da orofaringe

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DOENÇA CELÍACA

• Exercícios:1. Exemplo de manifestação extra intestinal da

doença celíaca é:A. InfertilidadeB. HiperglicemiaC. BradicardiaD. Dermatite seborréicaE. trombocitopenia

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DOENÇA CELÍACA

• Exercícios:1. Exemplo de manifestação extra intestinal da

doença celíaca é:A. InfertilidadeB. HiperglicemiaC. BradicardiaD. Dermatite seborréicaE. trombocitopenia

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DOENÇA CELÍACA

• Exercícios:2. Lactente, 11 meses, com historia de diarréia desde os seis meses de vida e alteração na curva de crescimento pondero-estatural. A mãe informa que o menor nunca passou por intervenções nem sofreu patologias prévias. Aleitamento materno exclusivo até os seis meses, quando foi introduzida alimentação sólida. Ao exame físico, apresenta-se apático, desnutrido, com distensão abdominal. O diagnóstico mais provável é:

A. Deficiência de alfa-1-antitripsinaB. Intolerância a lactoseC. Parasitose intestinalD. Enteropatia por sensibilidade a glútenE. Fibrose cística

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DOENÇA CELÍACA

• Exercícios:2. Lactente, 11 meses, com historia de diarréia desde os seis meses de vida e alteração na curva de crescimento pondero-estatural. A mãe informa que o menor nunca passou por intervenções nem sofreu patologias prévias. Aleitamento materno exclusivo até os seis meses, quando foi introduzida alimentação sólida. Ao exame físico, apresenta-se apático, desnutrido, com distensão abdominal. O diagnóstico mais provável é:

A. Deficiência de alfa-1-antitripsinaB. Intolerância a lactoseC. Parasitose intestinalD. Enteropatia por sensibilidade a glútenE. Fibrose cística

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DOENÇA CELÍACA

Exercícios:3. A doença celíaca leva à atrofia vilositária da mucosa jejunoileal, limitando a absorção de nutrientes. Na orientação nutricional específica, preconiza-se:A. A eliminação da gliadinaB. O aumento de triglicerídeo de cadeia médiaC. Dieta com mínimo de resíduoD. A redução de ácidos graxos saturadosE. O aumento de alimentos que contenham derivados

do trigo

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DOENÇA CELÍACA

Exercícios:3. A doença celíaca leva à atrofia vilositária da mucosa jejunoileal, limitando a absorção de nutrientes. Na orientação nutricional específica, preconiza-se:A. A eliminação da gliadinaB. O aumento de triglicerídeo de cadeia médiaC. Dieta com mínimo de resíduoD. A redução de ácidos graxos saturadosE. O aumento de alimentos que contenham derivados

do trigo

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DOENÇA CELÍACA• Exercícios

– 4. Homem de 58 anos, diabético há 15 anos, procurou ambulatório de clínica médica com queixas de vômitos e diarréia. Não cumpre a dieta prescrita; não faz exercícios recomendados e usa irregularmente glipizida. Ao exame fisico constata-se que houve emagrecimento de 4kg no último mês. Exames revelam glicemia de jejum de 220mg/dl; glicemia pós prandial de 290 mg/dl, hemoglobina glicada de 11%. Encaminhado para investigação na gastroenterologia, realizou os seguintes exames: endoscopia difestiva alta, anticorpo antiendomísio e anti transglutaminase tecidual; parasitológico de fezes; coprocultura; colonoscopia com biópsia; transito intestinal; e cápsula endoscopica, sem diagnpostico etiológico. Afastados outras causas, foi atribuída à complicação crônica ao diabetes. Em relação relação a este diagnóstico, uma das afirmações esta INCORRETA:

A. Podem fazer parte do quadro: atonia vesicular e hipotensão posturalB. A diarréia é crônica e tem característica propedêutica de ser noturnaC. Um dos mecanismos da diarréia é o crescimento bacteriano execessivoD. A doença celíaca é mais comum em diabéticos do tipo 2E. A eritromicina é usada no tratamento da gastroparesia

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DOENÇA CELÍACA• Exercícios

– 4. Homem de 58 anos, diabético há 15 anos, procurou ambulatório de clínica médica com queixas de vômitos e diarréia. Não cumpre a dieta prescrita; não faz exercícios recomendados e usa irregularmente glipizida. Ao exame fisico constata-se que houve emagrecimento de 4kg no último mês. Exames revelam glicemia de jejum de 220mg/dl; glicemia pós prandial de 290 mg/dl, hemoglobina glicada de 11%. Encaminhado para investigação na gastroenterologia, realizou os seguintes exames: endoscopia difestiva alta, anticorpo antiendomísio e anti transglutaminase tecidual; parasitológico de fezes; coprocultura; colonoscopia com biópsia; transito intestinal; e cápsula endoscopica, sem diagnpostico etiológico. Afastados outras causas, foi atribuída à complicação crônica ao diabetes. Em relação relação a este diagnóstico, uma das afirmações esta INCORRETA:

A. Podem fazer parte do quadro: atonia vesicular e hipotensão posturalB. A diarréia é crônica e tem característica propedêutica de ser noturnaC. Um dos mecanismos da diarréia é o crescimento bacteriano execessivoD. A doença celíaca é mais comum em diabéticos do tipo 2E. A eritromicina é usada no tratamento da gastroparesia