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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA MESTRADO EM CLÍNICA INTEGRADA RAFAELLA MARIA SILVA DE SOUZA INFLUÊNCIA DOS MATERIAIS ENDODÔNTICOS NA PRODUÇÃO DE ARTEFATOS DE IMAGEM EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Recife-PE 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA

MESTRADO EM CLÍNICA INTEGRADA

RAFAELLA MARIA SILVA DE SOUZA

INFLUÊNCIA DOS MATERIAIS ENDODÔNTICOS NA PRODUÇÃO DE

ARTEFATOS DE IMAGEM EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE

CÔNICO

Recife-PE 2015

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RAFAELLA MARIA SILVA DE SOUZA

INFLUÊNCIA DOS MATERIAIS ENDODÔNTICOS NA PRODUÇÃO DE

ARTEFATOS DE IMAGEM EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE

CÔNICO

Recife-PE 2015

Dissertação apresentada ao Colegiado da Pós-

Graduação em Odontologia do Centro de Ciências da

Saúde da Universidade Federal de Pernambuco, como

requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em

Odontologia.

Orientador: Profª. Drª. Maria Luiza dos Anjos Pontual

Co-Orientadora: Profa. Dr

a. Flávia Maria de Moraes

Ramos-Perez

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Aprovado em: 24/02/2015

BANCA EXAMINADORA:

Prof.Dr. DANYEL ELIAS DA CRUZ PEREZ - UFPE Presidente Orientador:

Profa. Prof. Dr. ARNALDO DE FRANÇA CALDAS JÚNIOR - UFPE

1º Examinador Mestrando:

Prof. Dra. ANDRÉA DOS ANJOS PONTUAL – UFPE 2º Examinador

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

REITOR

Prof. Dr. Anísio Brasileiro de Freitas Dourado

VICE-REITOR

Prof. Dr. Silvio Romero de Barros Marques

PRÓ-REITOR DA PÓS-GRADUAÇÃO

Prof. Dr. Francisco de Sousa Ramos

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DIRETOR

Prof. Dr. Nicodemos Teles de Pontes Filho

COORDENADOR DA PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA

Profa. Dra. Alessandra Albuquerque T. Carvalho

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA

MESTRADO EM ODONTOLOGIA

COLEGIADO

Profa. Dra. Alessandra Albuquerque T. Carvalho

Prof. Dr. Anderson Stevens Leônidas Gomes

Prof. Dr. Arnaldo de França Caldas Júnior

Prof. Dr. Carlos Menezes Aguiar

Prof. Dr. Danyel Elias da Cruz Perez

Profa. Dra. Flávia Maria de Moraes Ramos Perez

Prof. Dr. Jair Carneiro Leão

Profa. Dra. Jurema Freire Lisboa de Castro

Prof. Dr. Luiz Alcino Monteiro Gueiros

Profa. Dra. Maria Luiza dos Anjos Pontual

Profa. Dra. Renata Cimões Jovino Silveira

MEMBROS COLABORADORES

Prof. Dr. Claudio Heliomar Vicente da Silva

SECRETARIA

Oziclere Sena de Araújo

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Dedico a Deus, a minha Família e a Ciência esse

mestrado. Em especial a minha mãe Maria de Fátima

Silva de Souza, mulher guerreira, determinada e

batalhadora. Meu maior exemplo de amor, dedicação,

luta, fé, sabedoria e incentivo. Obrigada minha mãe por

todo amor, pelos dias de cansaço, trabalho, abdicações e

por ter sempre acreditado em meu potencial, ao longo de

todos os esses anos! A você toda minha gratidão.

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AGRADECIMENTOS

A Deus e a Nossa Senhora por conduzir meu destino de forma tão límpida,

leve e evolutiva. Por me conceder sonhos realizados, novos objetivos, luz,

esperança, sonhos e superação de dificuldades. Por me permitir aprendizado e

amadurecimento com os sabores e dissabores que a vida e as escolhas oferecem.

Aos espíritos de luz, e anjo da guarda por toda proteção, auxílio, assistência que

recebi.

A minha Família, em especial minha mãe Maria de Fátima Silva de Souza,

meu maior exemplo de amor, dedicação, paciência e fé! Por me segurar nos

momentos de maior fraqueza, por acreditar que eu conseguiria quando nem eu

mesma acreditei, por toda abdicação e incentivo, por sempre me proporcionar o

melhor, e fazer de mim quem eu sou. Ao meu pai Severino José de Souza, pelas

noites em claro, conselhos, conversas, dedicação, suporte, amor e abdicações e aos

meus irmãos Wagner Silva de Souza e Rafaell Nicollau Silva de Souza, pela

força, conversas sinceras, cumplicidade, apoio, suporte, amor, amizade, momentos,

pelas vibrações, por sempre estimularem minhas capacidades. A minha cunhada

Thatyane Alice, que tanto me escutou, me abriu soluções, me orientou, e dispôs de

tantos momentos para me assistir e incentivar. A minha Avó Auta e minha Tia

Lourdes, por todas as orações, conselhos, torcida, apoio e todo amor. À vocês que

são minha estrutura, meus guias, meus espelhos minha base e minha fortaleza, o

meu muito obrigada! Amo infinitamente cada um de vocês.

A minha orientadora Prof.ª Dr.ª Maria Luiza dos Anjos Pontual pela

paciência, ensinamentos, conselhos, carinho, amizade. Agradeço pelas

advertências, conversas, momentos, dedicação, exemplo e ajuda. Admiro e valorizo

muito você como amiga e como profissional.

A minha e co-orientadora Prof.ª Dr.ª Flávia Maria de Moraes Ramos-Perez,

pela paciência, amizade, orientação e aprendizado. Admiro demais sua sabedoria e

a forma com a qual se põe diante das situações a serem resolvidas.

Aos Professores Andréa Pontual, Danyel Elias e Monikelly Nascimento,

amigos, conselheiros que tanto admiro e aos colaboradores em especial Tiago

Pereira, Laís, Joanna e Frederico Sampaio, por toda preocupação, ajuda,

colaboração.

Aos meus amigos Nathalia Ferraz, Anizabel Ferraz, Rosana Travassos,

Eline Viegas, Daniela Siqueira, Anderson Almeida, Fernanda Donida, Caroline

Igrejas, Leonardo Vilar, Luana Osório, Felipe Falcão, Silvio Menezes, Walkyria

Motta, Damião, Priscila Correia, Everaldo Pinheiro, por toda doação,

compreensão, ajuda, conselhos e momentos vividos, por caminharmos juntos e

acharmos soluções mesmo diante das maiores dificuldades, por entender que

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muitas vezes eu não pude estar presente, e por abrirem mão de alguns momentos

ou vivências por mim, pela força, suporte, conversas, estímulo, torcida e amizade

admirável.

Aos amigos, monitores e alunos da Radiologia por tantos momentos,

conversas, ajuda, brincadeiras, aprendizado.

Aos Professores, amigos estagiários e alunos da Clínica Integral I, pela

oportunidade, aprendizado, vivências.

Aos funcionários da pós-graduação, em especial Oziclere, Tamires, Dona

Tânia, por toda paciência, ajuda, conversas, conselhos.

Aos componentes da banca na qualificação, pré-banca e defesa da

dissertação, pelo auxílio, paciência e contribuição.

Aos Professores da pós-graduação pelos ensinamentos, pela amizade e

pela construção de conhecimentos.

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pelo apoio financeiro concedido à pesquisa desde a concepção do projeto.

À Universidade Federal de Pernambuco, ao Programa de Pós-graduação

em Clínica Odontológica, e a Faculdade de Odontologia de Pernambuco pelo

espaço, crescimento, novos caminhos e possibilidades.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Fig.01 Padronização para exposição 73

Fig 02 Imagem da radiográfica Digital 73

Fig 03 Mandíbula Humana Hidratada 76

Fig 04 Mandíbula envolta por cera 76

Fig 05 Mandibula posicionada para aquisição no tomógrafo i-CAT Next

Generation Imaging Sciences International (Hatfield, PA, USA)

77

Fig 06 Posicionamento dos dentes nos alvéolos 78

Fig 07 Desenho esquemático da montagem dos dentes do grupo controle 1 na primeira (dentes 1a, 2a, 3a, 4a) e segunda aquisição (dentes 1b, 2b, 3b, 4b), em seguida, o mesmo acontecerá com o grupo controle 2.

79

Fig 08 Desenho esquemático da montagem dos dentes para um grupo experimental, representado pelas diferentes cores. Na primeira exposição, o dente 1a do grupo experimental 3 por exemplo, foi colocado na posição 1, o dente 2a do mesmo grupo foi colocado na posição 3, e os alvéolos em lilás contiveram sempre os mesmos dois dentes hígidos, que foram posicionados de forma intercalada aos obturados, a fim de evitar interferências dos materiais de preenchimento entre dentes adjacentes. Já na segunda aquisição, outros dois dentes do mesmo grupo, dente 2b e 4b ocuparam as posições referentes aos alvéolos 2 e 4. Da mesma forma aconteceu na terceira e quarta exposições.

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LISTA DE QUADRO E TABELAS

Quadro 1 - Grupos e materiais de preenchimento utilizados...........................30

Tabela 1– Resultados da moda das avaliações no grupo total e nos protocolos

estudados.........................................................................................................34

Tabela 2 - Resultados da moda das avaliações em cada grupo e protocolos

estudados.........................................................................................................36

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AR............................................Dispositivo para a redução de artefatos

Grupo (AH) .............................Cimento AH Plus e guta-percha

Grupo (S26)..............................Cimento Sealer 26 e guta-percha

Grupo (FC) .............................Cimento FillCanal e guta-percha

Grupo (GP)............................... Guta-Percha

Grupo (GC1).............................Grupo controle1 - dentes hígidos

Grupo (GC2).............................Grupo Controle 2 - dentes desobturados

FOV...........................................Campo de Visão

FRV...........................................Fratura Radicular Vertical

kVp............................................Quilovoltagem Pico

mAs...........................................Valor do produto corrente-tempo

mGy...........................................Quantidade de dose de radiação absorvida por

massa

mm.............................................milímetros

TCFC..........................................Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico

Voxel...........................................Resolução espacial da imagem

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Resumo

Objetivo deste estudo foi verificar a influência dos materiais endodônticos, tecidos radiculares e posição dos dentes na produção de artefatos em Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC). Quarenta e oito pré-molares humanos inferiores foram distribuídos em dois grupos controles: dentes sem instrumentação e dentes instrumentados e quatro grupos experimentais, nos quais, após a instrumentação adicionou-se: guta-percha, guta-percha+Sealer 26, guta-percha+AH Plus e guta-percha+FillCanal. Os dentes foram montados em uma mandíbula para a exposição com o i-Cat em resoluções de 0.125 e 0.2mm de voxel. Três radiologistas avaliaram as imagens no formato pdf. A concordância para a presença e intensidade de artefatos intra e inter-avaliador variou de 0.79-0.96 e 0.54-0.95 (Kappa), respectivamente. Diferentes posições nos alvéolos não interferiram na produção de artefatos (p=1.000; teste Exato de Fisher). A maior parte das imagens foi classificada como excelente e boa (grupos controles) e boa e regular (grupos experimentais). Em todas as avaliações dos grupos experimentais foram observados artefatos. Em relação à intensidade dos artefatos, houve diferença significativa apenas no terço radicular cervical do AH Plus com resolução 0.125mm (p≤0.05; teste Exato de Fisher). Imagens com resolução de 0.2 mm, sugeriram presença de fratura no grupo Guta-percha e Guta-percha+Ah Plus. Todos os materiais de preenchimento produziram artefatos, reduzindo a qualidade da imagem para o auxílio no diagnóstico. Os tecidos radiculares e a posição do dente não interferiram na formação de artefatos. Dependendo da finalidade diagnóstica, é indicada a exposição com resolução de 0.125mm, por apresentar dose de radiação equivalente à de 0.2mm e imagens com melhor qualidade.

Palavras-Chave: Artefatos. Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico. Materiais Restauradores do Canal Radicular. Diagnóstico.

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Abstract

The aim of this study was to investigate the influence of endodontic filling materials,

root tissues and position of the teeth in the production of Artifacts in Cone-Beam

Computed Tomography (CBCT). Forty-eight human lower premolars were divided

into two control groups (C1 teeth without instrumentation, C2 instrumented teeth) and

four experimental groups, in which, after instrumentation ,gutta-percha, gutta-percha

+ Sealer 26, gutta-percha + AH Plus and gutta-percha + FillCanal were added. The

teeth were mounted on a jaw for exposure with i-Cat in resolutions 0.125 and 0.2 mm

voxel. Three radiologists evaluated the images in pdf format. The agreement for the

presence and intensity of intra and inter-rater artifacts ranged from 0.79-0.96 and

0.54-0.95 (Kappa), respectively. Different positions in the alveoli did not affect the

production of artifacts (p = 1.000; Fisher's exact test). The images (99%) were

classified as excellent or good (control groups) and good and regular (experimental

groups). Image artifacts were observed in all evaluations of the experimental groups.

Regarding the intensity of the artifacts, there was a significant difference only in the

cervical root third of AH Plus with Resolution 0.125mm (p≤0.05; Fisher's exact test).

Images with 0.2 mm resolution, suggested fracture presence in Guta-percha group

and Gutta-percha + Ah Plus. All filling materials produced artifacts, reducing image

quality to aid in diagnosing. The root tissue and position of the tooth did not interfere

in the formation of artifacts. Depending on the diagnostic purposes, it is indicated

exposure with resolution of 0.125mm, to present radiation dose equivalent to 0.2mm

and images with better quality.

Keywords: Artifacts. CT Cone Beam. Root Canal Filling Materials. Diagnosis.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 15

2 REVISÃO DA LITERATURA 17

2.2 Limitações da TCFC 18

2.3 Artefatos de Imagem 19

2.4 Diagnóstico Endodôntico e Artefatos em TCFC 21

2.5 Pesquisa com artefatos em materiais endodônticos e

simulação de fraturas utilizando TCFC

23

3 OBJETIVOS 26

3.1 OBJETIVO GERAL 26

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 26

4 INFLUÊNCIA DOS MATERIAIS ENDODÔNTICOS DA

PRODUÇÃO DE ARTEFATOS DE IMAGEM EM TOMOGRAFIA

COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO

27

5 CONCLUSÕES 41

REFERÊNCIAS 42

ANEXOS 51

APENDICES 61

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1.0 INTRODUÇÃO

A Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC) destaca-se como

modalidade de imagem para auxiliar na avaliação, interpretação e tratamento das

alterações endodônticas (SCARFE et al., 2009; WANG et al., 2010; DURACK;

PATEL, 2012; VENSKUTONIS 2014).

Segundo Krithikadatta et al., (2010), apesar destas vantagens, limitações tem

sido descritas como conseqüência da produção de artefatos nessas imagens. Estes

caracterizam-se por estrias, estruturas de linhas e sombras orientadas ao longo das

linhas de projeção (SCHULZE et al., 2011).

Estudos recentes apontam os materiais obturadores dos sistemas de canais

radiculares como cimentos e guta-percha como indutores da formação de artefatos

nas imagens de TCFC (SCHULZE et al., 2011; TANOMARU-FILHO, et al 2008;

PATEL, et al., 2008; BRITO-JÚNIOR et al., 2014). Apontam ainda que esses

artefatos possuem potencial de mascarar ou mimetizar alterações iatrogênicas ou

patológicas na porção radicular (SCHULZE et al., 2011; PATEL, et al., 2008; OZER,

2010), acarretando dificuldades na interpretação (PATEL, et al., 2008; BRITO-

JÚNIOR et al., 2014; BECHARA et al., 2012) e redução na detecção dessas

alterações, quando presentes (OZER, 2010; KHEDMAT et al., 2012; JUNQUEIRA et

al., 2013; LONG et al., 2014). Isto deve-se à radiopacidade, propriedade físico-

química relacionada aos componentes presentes nesses materiais, que mesmo

estando dentro dos padrões preconizados pela ADA e ISO produzem tais

intercorrências (TANOMARU-FILHO et al., 2008).

Estudos da literatura inglesa apenas têm avaliado a presença e/ou tipo de

artefatos. No entanto, nenhum estudo avaliou a intensidade dos artefatos produzidos

quando materiais e terços radiculares tem sido comparados. Em adição, a posição

que os dentes ocupam e as estruturas dentais não tem sido analisadas como

indutoras ou potencializadoras da produção artefatual.

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A fim de analisar a influência que diferentes materiais obturadores dos

sistemas de canais radiculares possuem na produção de artefatos e sua

intensidade, bem como verificar se as diferentes posições ocupadas pelos dentes na

boca e/ou a diferença de radiopacidade existente entre os tecidos dentais, também

são capazes de induzir a formação de artefatos, dentes com a presença ou ausência

de material de preenchimento foram submetidos a dois protocolos de exposição.

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2.0 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 CBCT e a Endodontia

Tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) é uma modalidade de

imagem para uso em esqueleto maxilo-facial. O sistema ultrapassa muitas limitações

da radiografia convencional, produzindo imagens tridimensionais não distorcidas da

área em análise, sendo adequado para utilização na Endodontia (DURACK; PATEL,

2012).

A TCFC é uma ferramenta de auxílio para a localização e extensão de lesões

periapicais, localização de perfurações (VENSKUTONIS et al., 2014), detecção de

fratura vertical e de reabsorções cervicais (SCARFE et al., 2009) além de investigar

anatomia do canal radicular e percalços endodônticos (WANG et. al., 2010).

Segundo a American Association of Endodontists (AAE) e a American

Academy of Oral e Maxilo-facial Radiology (AAOMR) 2011, na Endodontia é

recomendado o uso da TCFC para a identificação da presença de canal radicular,

canais acessórios, de anomalias, curvatura da raiz, diagnóstico de lesão periapical

associada com o sinais atípicos, sintomas sem a presença de patologia periapical

em radiografia convencional , avaliação de diagnóstico da presença de patologias

não odontogênicas e complicações do tratamento do canal radicular pós-operatórias.

Além disso, a TCFC é indicada como adjuvante na avaliação do diagnóstico em

trauma dental, reabsorção interna e externa, bem como na avaliação da proximidade

de estruturas anatômicas aos ápices radiculares antes do tratamento cirúrgico

endodôntico.

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2.2 Limitações da TCFC

TCFC é às vezes, afetada por artefatos de imagem relacionadas com o feixe

de raios X. Quando o feixe de raios X da TCFC encontra um objeto de densidade

muito elevada, tais como o esmalte ou restaurações metálicas, os fótons de menor

energia do feixe são absorvidos pela estrutura. O resultado é que a energia média

dos raios X aumenta o feixe. Isso é chamado de "endurecimento do feixe" e o

fenômeno produz dois tipos de artefatos: os de distorção de estruturas metálicas,

chamado de "artefatos de escavação‖, e o aparecimento de estrias e faixas escuras

entre duas estruturas densas (PATEL, 2009). Dessa forma, artefatos podem

interferir na interpretação das imagens (LOFTHAG-HANSEN, 2007; ESTRELA,

2008).

Outras limitações são a alta dose de radiação, o alto custo e a degradação da

qualidade de imagem devido à presença de artefatos causados por restaurações

metálicas, especialmente quando um pino metálico intracanal é utilizado. Às vezes,

artefatos metálicos em conjunto com os pinos intracanais podem simular diagnóstico

de perfuração ou lesão destrutiva em torno de uma de raiz suspeita (BUENO et. al.,

2011).

Em adição, materiais de preenchimento radicular (PARIROKH et al., 2012;

FERREIRA et al., 2013) e a presença de níveis de cinza não uniformes também tem

colaborado para a formação de artefatos nas reconstruções de TCFC (HUNTER,

MCDAVID, 2012).

O exame clínico completo e duas radiografias periapicais com diferentes

angulações horizontais prévias à TCFC devem ser realizados, já que o risco para

diagnóstico falso positivo para reabsorção, perfurações (BUENO et. al., 2011) e

fratura radicular, deve ser considerado (PARIROKH et al., 2012; FERREIRA et al.,

2013).

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2.3 Artefatos de Imagem

Artefatos são comuns em TCFC. Um artefato de imagem pode ser definido

como a visualização de uma estrutura de dados reconstruídos, que não está

presente no objeto sob investigação. De um modo geral, artefatos são induzidos por

discrepâncias entre as condições físicas reais da medição set-up (ou seja,

composição técnica do aparelho da TCFC somada à composição, posição e o

comportamento do objeto sob investigação) e o sistema matemático simplificado

utilizado para a reconstrução tridimensional. Caracterizam-se por estrias, estruturas

de linhas e sombras orientadas ao longo das linhas de projeção. Na literatura

científica, os seguintes artefatos são relatados: de extinção; de efeito do feixe

cônico; em anel; de movimento (artefatos de desalinhamento); de endurecimento do

feixe (beam hardening artefact). Além disso, o ruído e a dispersão podem produzir

artefatos adicionais (SCHULZE et al., 2011).

Os artefatos ocasionados pelo endurecimento do feixe compõe as fontes mais

importantes dessa alteração, ocorrendo quando fótons de raio X são absorvidos por

materiais e estruturas, em decorrência de fótons de energia mais elevada, tendo

como consequência a formação de estrias claras ou raios de sol (white streaks),

bandas hipodensas ou linhas escuras (dark bands) distorção ou borramento de

materiais (cupping artefefact) (SCARFE; FARMAM, 2008; SCHULZE et al., 2011;

DURACK; PATEL, 2012; WHITE; PHAROAH, 2013, BECHARA, 2013).

Holberg et al., (2005) e Stuehmer et al., (2008) afirmaram que estruturas

metálicas produzem menos estrias de artefatos de destaque na TCFC do que na

convencional TC (Tomografia Computadorizada). Já Para Hsieh (2007) e Stuehmer

(2008) há um equívoco comum entre alguns usuários da TCFC ao defender que

conjuntos de dados da TCFC contém menos artefatos que a CT. De fato a TCFC

envolve artefatos adicionais, causados pela divergência de feixe cônico, dispersão e

ruídos (SCHULZE et al., 2011).

Perrela (2009) avaliou a acurácia do exame da TC mutslice e TC por feixe

cônico na identificação de lesões simuladas em 15 mandíbulas, na presença e

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ausência de artefatos metálicos em vários protocolos de investigação. Exceto nas

reconstruções 3D, os protocolos de aquisição da TC multislice sofreram mais

influência de artefatos do que os adquiridos por TCFC.

O tempo de aquisição da TCFC varia entre cerca de 6s e 40s havendo tempo

suficiente para uma cabeça humana realizar movimentos. Vale ressaltar que, quanto

menor o tamanho do voxel, maior será a resolução espacial e menor será o

movimento necessário para mover as estruturas do paciente fora dos voxels

corretos. Geralmente, artefatos de movimento apresentam–se como estruturas em

contornos duplos.

Tem sido demonstrado que, mesmo um metal leve como o titânio provoca

enorme feixe de endurecimento para as quilovoltagens típicas de aparelhos de

TCFC (SCHWARTZ; FOSTER, 1971). Estudos em Endodontia, afirmaram que os

cimentos endodônticos são causadores de artefatos de imagem (OZER, 2010;

SCHULZE, et al., 2011; PATEL et al., 2013, BECHARA, 2013; BRITO JR et al.,

2014, BRITO JR et al., 2014). Os artefatos devem-se à presença de radiopacidade

causada pelos componentes dos materiais endodônticos (TOMARU-FILHO, et al.,

2004).

De acordo com a especificação no. 6876 da International Organization for

Standardization - ISO (2001) e no. 57 da American Dental Association - ADA (2000),

os cimentos endodônticos devem possuir uma radiopacidade, maior ou igual a 3 e 2

mm de alumínio, respectivamente. A radiopacidade é uma propriedade físico-

química importante para a avaliação dos diferentes tecidos dentais, ósseos e de

materiais restauradores, porém, essa propriedade acarreta grande produção de

artefatos nas imagens de TCFC (CARVALHO-FILHO, 2008).

Algumas pesquisas realizadas fixaram valores de densidade em milímetros de

alumínio, com o objetivo de eliminar fatores ligados à formação da imagem,

verificando se os cimentos encontravam-se dentro das normas da ADA ou da ISO.

Contudo, mesmo em concordância com essas normas, eles podem contribuir para

formação de imagens artefatuais que mascaram ou mimetizam alterações

iatrogênicas ou patológicas na porção radicular (BODRUMLU, 2007; TANOMARU-

FILHO, 2008).

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21

Artefatos de objetos com alta densidade e número atômico nas imagens de

TCFC, interferem na qualidade da imagem reduzindo o contraste, escurecendo

estruturas de interesse e adjacentes. Nas reconstruções tridimensionais de canais

preenchidos por materiais endodônticos, as faixas hipodensas mimetizam

reabsorções, perfurações (BUENO et al., 2011) e linhas de fratura, acarretando

dificuldades na interpretação da imagem (BECHARA et al., 2013; BRITO JR et al.,

2014).

Segundo Grossman (1958) um cimento endodôntico deve cumprir alguns

requisitos, e entre eles apresentar radiopacidade adequada para permitir sua

identificação nas imagens radiográficas. Porém, diferentes componentes dos

materiais endodônticos, bem como alterações na quantidade em suas formulações,

influenciam na radiopacidade (COLLARES et al., 2013) e essa, influência na

formação de artefatos em imagens de TCFC.

O cimento AH Plus foi considerado o mais radiopaco nos estudos de Tomaru-

filho et al 2007, (8,8 mm de alumínio) quando comparado aos cimentos com bases

diferentes como o Endofill (Oxido de Zinco e eugenol) e o Sealer 26 (Hidróxido de

cálcio e resina epóxi), bem como quando comparado aos cimentos com base

resinosa - resina epóxi (MARCIANO et al., 2011; SONNTAG et al., 2014 e

SCHÄFER et al., 2013).

Para Collares et al., (2013) cargas inorgânicas presentes no AH Plus, como o

Tungstato de Cálcio, e alterações em sua concentração, afetam as propriedades

físico-químicas como a radiopacidade de um material obturador com base em

resina epóxi.

2.4 Diagnóstico Endodôntico e Artefatos em TCFC

A gestão bem sucedida de problemas endodônticos é dependente das

técnicas de diagnóstico por imagem, fornecendo informações importantes a respeito

dos dentes investigados e sua anatomia. A TCFC atua como adjuvante na

avaliação, interpretação diagnóstica e tratamento de intercorrências endodônticas

(DURACK E PATEL, 2012).

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A interpretação das imagens tomográficas deve ser realizada com cautela,

especialmente na presença de materiais de preenchimento como cimentos

endodônticos, pinos, núcleos metálicos e restaurações. Cuidados devem ser

tomados quando se avalia através de TCFC raízes obturadas, uma vez que a

radiopacidade presente nos materiais obturadores (GORDUYSUS; AVCU, 2009), e

a dispersão produzida por materiais obturadores de alta densidade intra-radicular,

podem erroneamente sugerir a presença de uma solução de continuidade

(YONGBIN ZHANG, et. al., 2007, HASSAN et al., 2009; PARIROKH et. al., 2012),

reabsorção ou perfurações (BUENO et. al., 2011).

Assim como na radiografia periapical, a TCFC, apesar de sua natureza

tridimensional, não possui acurácia na avaliação da presença/ausência de FRVs,

quando simuladas. Os artefatos de imagem causados pela presença de guta-percha

e cimentos nas raízes, provavelmente tem resultado na superestimação das FRVs,

(KHEDMAT et al., 2012; JUNQUEIRA et al., 2013, PATEL et. al., 2013; LONG et al.,

2014), contribuindo para simulação dessas mesmo quando estiverem ausentes

(PATEL et al., 2013)

Parirokh et al., (2012) relataram um caso clínico onde artefatos em TCFC em

restauração contendo pino e coroa, mostrou radiolucidez na porção interna e ao

redor de um dente que estava livre de alterações patológicas quando analisado em

microscópio dental operatório e em radiografias convencionais. O pino e a coroa

foram removidos e o dente foi observado sob um microscópio operatório dental. O

exame clínico, bem como a observação direta ao microscópio operatório dental, não

mostraram lesões patológicas dentro e ao redor do dente. O erro diagnóstico foi

ocasionado pela presença de artefato em CBCT. Apesar das vantagens de imagens

tomográficas na prática endodôntica, na presença de estruturas metálicas, tais como

pinos e núcleos, as imagens devem ser interpretadas com cautela.

Quando sinais e sintomas clínicos acoplados aos meios convencionais de

imagem não oferecerem informações adequadas à resolução de intercorrências

endodônticas, a TCFC poderá ser a imagem de escolha para auxílio na

interpretação e avaliação endodôntica. Porém, os casos devem ser julgados de

forma individual e os sistemas de TCFC utilizados devem ser considerados

(VENSKUTONIS et al., 2014).

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2.5 Pesquisa com artefatos em materiais endodônticos e simulação de fraturas

utilizando TCFC

Brito-Junior et. al., (2013) utilizaram pré-molares unirradiculares humanos

divididos em 5 grupos (n=5). Após instrumentação, os canais foram obturados

utilizando os cimentos: Endofill (EF), Sealer 26 (S26), Fillapex (FA), ou AH Plus

(AH). O grupo obturado apenas com cones guta-percha foi utilizado como controle.

As imagens de TCFC foram obtidas usando um dispositivo 3D CS9000C

(Carestream Health, Inc., Rochester, NY, EUA) em protocolo de 0,076 e 0,2 mm de

voxel. Os cortes axiais foram realizados da região coronal à apical de cada raiz. As

imagens foram avaliadas e reavaliadas no intervalo de 2 semanas por um

radiologista e um endodontista quanto a presença de artefatos. Para o sealer 26 e

endofill mais artefatos foram observados em imagens obtidas com voxel de 0,20

mm. Os artefatos foram produzidos por todos os cimentos estudados, principalmente

quando um tamanho 0.20 mm voxel foi utilizado. O emprego de menor dimensão do

voxel foi indicado para reduzir a presença de artefatos e melhorar a precisão do

diagnóstico.

Ferreira et al., (2013) avaliaram sessenta pré-molares superiores humanos

instrumentados e obturados com cimento endodôntico e guta-percha. Os dentes

foram montados individualmente em blocos de resina acrílica para simulação de

tecidos moles e 0,5 mm de espessura foi colocada em torno das raízes para simular

o espaço do ligamento periodontal. Antes do preparo dos canais, as coroas foram

encurtadas 2mm milímetros acima da junção amelocementária e os dentes foram

divididos em dois grupos para a colocação de pino de fibra de vidro e de titânio.

Após foram submetidos à TCFC através do i-CAT e do Scanora 3D. As imagens

foram avaliadas por seis radiologistas. A sensibilidade média para a detecção de

FVRs foi significativamente maior para as raízes com pinos de fibra de resina

usando o sistema de i-CAT (0,85 +_ 0,04). Para os autores, apesar do sistema ter

demonstrado superioridade com relação aos convencionais, o risco para o

diagnóstico falso positivo de FRVs deve ser considerado, quando guta-percha,

cimentos e pinos forem utilizados.

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Vasconcelos et.al., (2014) avaliaram os padrões característicos de artefatos

associados às raízes de dentes obturados com guta-percha em quatro dispositivos

de TCFC. Pré-molares humanos foram colocadas em alvéolos vazios em um crânio

humano seco, cinco na maxila e cinco na mandíbula. O crânio foi escaneado, as

reconstruções realizadas através do OnDemand e os cortes foram selecionados: (I)

dois axiais a 3 mm abaixo da junção cemento-esmalte e dois a 6 mm abaixo desta

junção (II) um no plano coronal, no centro de cada canal e (III) um sagital no centro

do dente. Os tamanhos de voxel foram variáves (0,085, 0,125, 0,127 e 0,133) de

acordo com cada dispositivo. 50 imagens foram geradas para cada protocolo. As

imagens foram analisadas através do programa Image J por três radiologistas. 20%

das imagens foram reavaliadas após duas semanas. Os mesmos padrões de

artefatos estavam presentes em todas as imagens, e a variação de voxel, não

interferiu na aparência do artefato.

Ozer (2010) comparou a acurácia diagnóstica da TCFC em diferentes

protocolos de resolução na detecção de FRVs simuladas em sessenta pré-molares

humanos. Os canais radiculares foram preparados com o sistema Protaper e os

dentes divididos em dois grupos: dentes fraturados e dentes intactos. Uma

mandíbula humana foi revestida com cera para simular tecido mole. A acurácia

diagnóstica da TCFC através do i-CAT foi comparada entre as diferentes aquisições

de resolução (0,125, 0,2, 0,3, 0,4 mm de voxel). Dois endodontistas e um

radiologista avaliaram em cortes sagital, coronal e axiais, a presença de FRVs em

todos os protocolos, e as imagens foram reavaliadas em uma semana. Não foram

encontradas diferenças significativas entre observadores ou entre diferentes

tamanhos de voxels. Todos os grupos foram semelhantes em sensibilidade e

especificidade. Para os autores, o sistema de TCFC é confiável para detectar FRVs

simuladas, e um voxel de 0,2 mm no i-CAT foi o melhor protocolo, considerando

menor exposição de raios-x e desempenho diagnóstico.

Hassan et al., (2010), analisaram 5 diferentes sistemas tomográficos para o

diagnóstico de fraturas radiculares. Oitenta dentes molares e pré-molares foram

divididos em 4 grupos e colocados em mandíbulas humanas secas. Os dentes dos

grupos Fr-F e Fr-NF foram artificialmente fraturados; e os grupos controle-F e

controle-NF não sofreram fraturas. Após, os grupos Fr-F e controle-F tiveram suas

raízes preenchidas por guta-percha. Dois observadores avaliaram as imagens em

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planos de reconstrução axial, coronal e sagital. Houve uma diferença significativa na

detecção e exatidão para o auxílio no diagnóstico de fraturas entre os cinco sistemas

(p = 0,00001). A presença de raízes fraturadas não influenciou a sensibilidade, mas

resultou em menor especificidade. Cortes axiais foram significativamente mais

precisos do que sagital e coronal para a detecção da FRV em todos os sistemas.

Significativamente mais FRVs foram detectadas entre os molares do que pré-

molares. O i-CAT Next Generation® foi considerado o sistema mais preciso.

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26

3.0 OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Analisar a influência dos materiais obturadores dos sistemas de canais

radiculares na produção de artefatos em dois protocolos de Tomografia

computadorizada de feixe cônico (TCFC).

3.2 Objetivos Específicos

Verificar quais materiais endodônticos induzem a produção de artefatos nas

imagens;

Comparar os materiais endodônticos quanto à presença ou ausência e intensidade

de artefatos por terços;

Verificar se os tecidos dentários são capazes de produzir artefatos

Verificar se existe diferença com relação à presença e intensidade de artefatos de

imagens entre os dois protocolos de exposição utilizados;

V- Verificar se as diferentes posições dos dentes influenciam na produção de

artefatos.

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4 ARTIGO

INFLUÊNCIA DOS MATERIAIS ENDODÔNTICOS DA PRODUÇÃO DE

ARTEFATOS DE IMAGEM EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE

CÔNICO

RESUMO

OBJETIVO: Verificar a influência dos materiais endodônticos, tecidos dentários e posição dos dentes na produção de artefatos em Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC).

METODOLOGIA: Quarenta e oito pré-molares humanos inferiores foram distribuídos em dois grupos controles: dentes sem instrumentação e dentes instrumentados e quatro grupos experimentais, nos quais, após a instrumentação adicionou-se: guta-percha, guta-percha+Sealer 26, guta-percha+AH Plus e guta-percha+FillCanal. Os dentes foram montados em uma mandíbula para a exposição com o i-Cat em resoluções de 0.125 e 0.2mm de voxel. Três radiologistas avaliaram as imagens no formato pdf.

RESULTADOS: A concordância para a presença e intensidade de artefatos intra e inter-avaliador variou de 0.79-0.96 e 0.54-0.95 (Kappa), respectivamente. Diferentes posições nos alvéolos não interferiram na produção de artefatos (p=1.000; teste Exato de Fisher). A maior parte das imagens foi classificada como excelente e boa (grupos controles) e boa e regular (grupos experimentais). Em todas as avaliações dos grupos experimentais foram observados artefatos. Em relação à intensidade dos artefatos, houve diferença significativa apenas no terço radicular cervical do AH Plus com resolução 0.125mm (p≤0.05; teste Exato de Fisher). Imagens com resolução de 0.2 mm, sugeriram presença de fratura no grupo Guta-percha e Guta-percha+Ah Plus.

CONCLUSÃO: Todos os materiais de preenchimento produziram artefatos, reduzindo a qualidade da imagem para o auxílio no diagnóstico. Os tecidos dentários e a posição do dente não interferiram na formação de artefatos. Dependendo da finalidade diagnóstica, é indicada a exposição com resolução de 0.125mm, por apresentar dose de radiação equivalente à de 0.2mm e imagens com melhor qualidade.

Palavras-Chave: Artefatos, Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico, Materiais restauradores do canal radicular, Diagnóstico

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INTRODUÇÃO

A Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC) destaca-se como

modalidade de imagem para auxiliar na avaliação, interpretação e tratamento das

alterações endodônticas (1,2,3,4). Apesar destas vantagens, limitações tem sido

descritas como conseqüência da produção de artefatos nessas imagens (5) que

caracterizam-se por estrias, estruturas de linhas e sombras orientadas ao longo das

linhas de projeção (6).

Estudos recentes apontam os materiais obturadores dos sistemas de canais

radiculares como cimentos e guta-percha (6, 7, 8, 9) como indutores da formação de

artefatos nas imagens de TCFC. Apontam ainda que esses artefatos possuem

potencial de mascarar ou mimetizar alterações iatrogênicas ou patológicas na

porção radicular (6, 8, 10), acarretando dificuldades na interpretação (8, 9, 11) e

redução na detecção dessas alterações, quando presentes (10, 12, 13, 14). Isto

deve-se à radiopacidade, propriedade físico-química relacionada aos componentes

presentes nesses materiais, que mesmo estando dentro dos padrões preconizados

pela ADA e ISO produzem tais intercorrências (7).

Estudos da literatura inglesa apenas têm avaliado a presença e/ou tipo de

artefatos. No entanto, nenhum estudo avaliou a intensidade dos artefatos produzidos

quando materiais e terços radiculares tem sido comparados. Em adição, a posição

que os dentes ocupam e as estruturas dentais não tem sido analisadas como

indutoras ou potencializadoras da produção artefatual.

A fim de analisar a influência que diferentes materiais obturadores dos

sistemas de canais radiculares possuem na produção de artefatos e sua

intensidade, bem como verificar se as diferentes posições ocupadas pelos dentes na

boca e/ou a diferença de radiopacidade existente entre os tecidos dentais, também

são capazes de induzir a formação de artefatos, dentes com a presença ou ausência

de material de preenchimento foram submetidos a dois protocolos de exposição.

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MATERIAIS E MÉTODOS

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres

Humanos da Universidade de Pernambuco, sob parecer 895.891.

Seleção e Preparo da Amostra

Foram selecionados quarenta e oito dentes pré-molares inferiores

unirradiculares humanos in vitro que foram armazenados em solução de cloreto de

sódio a 5%, e essa trocada diariamente, durante quatro dias. Após, os dentes

sofreram inspeção visual através de lupa estereoscópica e exame radiográfico, de

modo a assegurar a presença de um único canal radicular, risogênese completa e

canais amplos e acessíveis. Aqueles que apresentaram tratamento endodôntico

prévio, anomalia radicular, trincas ou fraturas, reabsorção radicular, canais

supranumerários, lesões cervicais e destruição coronária foram excluídos.

Todos os dentes foram instrumentados utilizando a técnica crown-down e o

sistema rotatório ProTaper® Universal (Dentsply Maillefer, Ballaigues, Switzerland)

até a lima F4, 1mm aquém do forame apical. Para a instrumentação o sistema foi

acoplado ao motor X-Smart Maillefer (Made in Suiça).

.

Divisão dos grupos de dentes

Para cada exposição, os quarenta e oito dentes foram distribuídos de forma

aleatória em seis grupos com oito dentes cada, sendo dois grupos controles -

controle 1 onde nenhuma intervenção endodôntica foi realizada e grupo controle 2,

onde os dentes sofreram cirurgia de acesso e instrumentação. Os canais radiculares

dos dentes pertencentes aos grupos experimentais, foram instrumentados e

obturados com o Sealer 26, AH Plus e FillCanal. E para o grupo Guta-percha,

utilizou-se a técnica do cone mestre (F4).

A instrumentação foi realizada com o sistema rotatório Protaper até a lima F4.

A obturação foi realizada através da condensação lateral ativa, usando cone de

guta-percha principal (F4–Dentsply Maillefer), cones acessórios (F –Dentsply

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Maillefer) e os cimentos preparados segundo as especificações dos fabricantes

(Quadro 1).

As coroas dos dentes pertencentes aos grupos experimentais, com exceção

as do grupo Guta-percha, receberam material obturador provisório a base de Óxido

de Zinco (Villevie - Normal; Lote 509, Dentalville, Joinvile, Brasil) para simular

condições mais próximas ao real e minimizar interferências ambientais.

Quadro 1 - Grupos e materiais de preenchimento utilizados.

Grupos Material de preechimento

Composição Fabricante Lote

*

NA NA NA NA

** NA NA NA NA

GGP Guta-Percha

cone ( F4) Guta-percha (20%), óxido de zinco (75%), carbonato de cálcio, sulfato de bário, ceras, resinas, corantes.

Dentsply, Petropolis, RJ, Brasil

LOTE F4: 906357F

GS26 Cimento Sealer

26 e cones de guta-percha (F4 e F)

Pó: trióxido de bismuto, hidróxido de cálcio, hexametilenotetramina e dióxido de titânio Pasta: resina epóxi bisfenol

Dentsply, Petrópolis, RJ, Brasil

LOTE 024863G Cone F: 685991E 670332E

GAH Cimento

Ah Plus e cones de Guta-percha (F4 e F)

Pasta A: resina epóxi, tungstato de cálcio, óxido de zircônio, aerosil, óxido de ferro Pasta B: Adamantano amina N, N '-dibenzil-5oxanonane-diamina-1, 9, TCD-diamina, tungstato de cálcio, óxido de zircónio, aerosil, óleo de silicone

Dentsply, Konstanz, Alemanha e distribuído por Petrópolis, RJ, Brasil

LOTE 1404000998 Cone F: 685991E 670332E

GFC Cimento

FillCanal e cones de guta-percha (F4 e F)

Pó: Óxido de Zinco, Resina Hidrogenada, Subcarbonato de Bismuto, Sulfato de Bário e Borato de Sódio. Líquido: Eugenol, Óleo de Amêndoas Doce.

TECHNEW, Quintino, RJ, Brasil

LOTE Pó 13035 Líquido14003 Cone F: 685991E 670332E

* GC1 - Dentes sem instrumentação **GC2 - Dentes com instrumentação NA – Não se aplica

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As raízes foram mergulhadas em cera derretida para simular o ligamento

periodontal (9). Cada grupo foi montado nos alvéolos das regiões de dentes pré-

molares de uma mesma mandíbula humana. Previamente à montagem, a mandíbula

foi hidratada por imersão em água e envolta por cera com espessura de 15 mm,

para simular tecidos moles da face (15). Para obtenção das imagens, os dentes

foram posicionados na mandíbula, em seguida o conjunto foi posicionado na

plataforma de acrílico do aparelho de TCFC (i-CAT Next Generation®, Imaging

Sciences International, Hatfield, PA, EUA). Dois protocolos de exposição com 0.125

e 0.2 mm de voxel foram empregados. Ambos com Fov 8x8 cm, 26.9s, mAs 37.7 e

kVp 120.

Montagem de dentes na mandíbula para aquisição das imagens

Para os grupos controles, em cada protocolo selecionado, quatro dentes de

um grupo foram posicionados por vez, nos quatro alvéolos correspondentes aos pré-

molares inferiores e realizou-se uma aquisição. Em seguida, esses dentes foram

removidos para a montagem dos outros quatro dentes do mesmo grupo e realizou-

se nova aquisição de imagem.

Para os grupos experimentais, a mandíbula recebeu dois dentes pré-molares

hígidos. Esses dentes foram posicionados nos alvéolos adjacentes aos dentes dos

grupos experimentais, com o objetivo de se evitar possíveis interferências causadas

por artefatos entre os dentes adjacentes com materiais de preenchimento. Em cada

protocolo selecionado, dois dentes de um mesmo grupo foram expostos por vez,

para cada exposição. Na exposição seguinte, outros dois dentes do mesmo grupo

foram posicionados em alvéolos de pré-molares diferentes, respeitando o sentido

horário, totalizando 4 exposições para cada grupo por protocolo.

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Avaliação das imagens

As imagens foram salvas no formato XSTD (xoran) e exportadas ao programa

Xoran/CAT® (XoranThechnologies, Ann Arbor, EUA). Para melhor visualização das

reconstruções multiplanares, as imagens foram processadas utilizando um mesmo

filtro de nitidez, brilho e contraste. Dois radiologistas com mais de cinco anos de

experiência em TCFC selecionaram simultaneamente uma reconstrução coronal,

uma sagital e três axiais para cada dente. A seleção das reconstruções coronal e

sagital foi determinada pela melhor representação de imagem encontrada. Para a

seleção das reconstruções axiais, foram adotados os seguintes critérios de

localização: a reconstrução axial cervical ocorreu 1mm abaixo do limite

amelocementário, enquanto que o axial apical, 3mm acima do ápice radicular e o

axial médio correspondeu a metade do comprimento da raíz. Essas reconstruções

foram montadas no template do programa Xoran/CAT® e salvas em arquivos pdf

(Portable Document Format).

Em seguida, três outros radiologistas experientes realizaram as avaliações

das imagens em pdf individualmente, avaliando os seguintes parâmetros: qualidade

de imagem e sua classificação quanto ao auxílio diagnóstico dos tecidos radiculares,

presença/ausência de artefatos, intensidade de artefatos por terços, presença

sugestiva de outro tipo de alteração dentária radicular, e qual alteração dentária

presente. A avaliação foi realizada em ambiente com pouca intensidade de luz,

utilizando monitores de LED de 21.5‖ e o programa Adobe Reader®. Aos

examinadores, foi permitido utilizar apenas a ferramenta Zoom (aumento até 3

vezes) do programa. No intervalo de uma semana, as imagens foram reavaliadas

pelos mesmos avaliadores sob as mesmas condições.

Análise dos dados

Os dados foram analisados através frequências absolutas e percentuais

através do software IBM SPSS Statistics 21, EUA. Para avaliar a diferença entre os

grupos foram utilizados o teste Qui-quadrado de Pearson, o teste Exato de Fisher

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quando as condições para utilização do teste Qui-quadrado não foram verificadas ou

o teste da Razão de Verossimilhança quando não foi possível a obtenção do teste

Exato de Fisher. O nível de significância adotado foi de 0.05.

Para avaliação inter e intra-examinador foi realizado o teste Kappa adotando

95% de confiabilidade e 5% de erro. Foram também obtidos os coeficientes kappa

médios para cada item. Para a obtenção dos testes estatísticos realizou-se a moda.

Como houve maior variabilidade inter examinador, foi adotado o segundo momento

da avaliação.

RESULTADOS

A concordância para a presença e intensidade de artefatos intra e inter-

avaliador variou de 0.79 – 0.96 e 0.54 – 0.95, respectivamente.

A tabela 1 apresenta os resultados das modas das avaliações das imagens

nos protocolos 0.125 e 0.2. Não houve diferença significativa na qualidade da

imagem entre os dois protocolos. Em ambos, 99% das avaliações foram

consideradas satisfatórias. Na classificação da qualidade da imagem, boa e regular

foram as classificações mais freqüentes, com 58.7 e 32.6%, respectivamente. Os

artefatos foram identificados em 66.7% das avaliações, não havendo diferença entre

os protocolos na classificação da intensidade dos artefatos nos terços cervical

(p=0.921), médio (p=0.957) e apical (p=1.000).

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Tabela 1– Resultados da moda das avaliações no grupo total e nos protocolos

estudados.

Protocolo

Parâmetros avaliados 0.125 0.2 Total Valor de p N % N % n %

Qualidade satisfatória da

imagem

Não 1 2,1 - - 1 1,0 p(1)

= 1,000

Sim 47 97,9 48 100,0 95 99,0

Classificação quanto à qualidade da imagem

Pobre 1 2,2 - - 1 1,1 p(1)

= 0,099

Regular 12 26,1 18 39,1 30 32,6 Boa 27 58,7 27 58,7 54 58,7 Excelente 6 13,0 1 2,2 7 7,8

Presença de artefatos

Não 16 33,3 16 33,3 32 33,3 p(2)

= 1,000

Sim 32 66,7 32 66,7 64 66,7

Intensidade dos

artefatos terço cervical

Ausente 16 33,3 17 35,4 33 34,4 p(1)

= 0,921 Pouco 21 43,8 19 39,6 40 41,7

Moderada 9 18,8 11 22,9 20 20,8 Intensa 2 4,2 1 2,1 3 3,1

Intensidade dos artefatos terço médio

Ausente 16 33,3 16 33,3 32 33,3 p(2)

= 0,957

Pouco 24 50,0 25 52,1 49 51,0 Moderada 8 16,7 7 14,6 15 15,6

Intensidade dos artefatos terço apical

Ausente 18 37,5 18 37,5 36 37,5 p(1)

= 1,000

Pouco 28 58,3 27 56,3 55 57,3 Moderada 2 4,2 3 6,3 5 5,2

TOTAL 48 100,0 48 100,0 96 100,0

(1): Através do teste Exato de Fisher. (2): Através do teste Qui-quadrado de Pearson.

Na tabela 2, estão apresentados os resultados da moda das avaliações em

cada grupo e protocolos estudados. Os grupos foram semelhantes em quase todos

os parâmetros em ambos protocolos avaliados. Houve diferença significativa na

classificação da qualidade da imagem e na presença de artefatos em ambos

protocolos, quando avaliados os seis grupos estudados (p≤0.05). O protocolo 0.125

proporcionou melhor classificação da qualidade de imagem para todos os grupos,

com exceção do grupo AH plus. Os examinadores não verificaram artefatos nas

imagens dos grupos controle e encontraram artefatos em todas as imagens dos

grupos experimentais (p≤0.05). Em relação à intensidade dos artefatos, houve

diferença significativa apenas no terço radicular cervical, entre os grupos

experimentais (GP, S26, AH e FC) para as imagens do protocolo 0.125, sendo

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considerada pouca (100%, 62.5%, 25% e 75%, respectivamente), moderada (0%,

37.5%, 62.5%, 12.5%, respectivamente) e intensa (0%, 0%, 12.5% e 12.5%,

respectivamente) (p≤0.05). Ao se comparar a intensidade dos artefatos entre os

terços radiculares de um mesmo grupo, houve diferença significativa no GAH, sendo

maior para o terço cervical (p≤0.05).

Na presença de outro tipo sugestivo de alteração dentária radicular, no

protocolo 0,125 um caso foi encontrado no GC1 (reabsorção externa) e três no GC2

(sobrepreparo). No protocolo 0.2 foram identificados um caso para o GC1

(calcificação) e GC2 (sobrepreparo), e um para o GGP e GAH (fratura).

Em relação às diferentes posições dos dentes nos alvéolos, não houve

diferença significativa na produção de artefatos em ambos protocolos estudados

(p=1.000; teste Exato de Fisher).

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Tabela 2 - Resultados da moda das avaliações em cada grupo e protocolos estudados.

(*): Diferença significativa ao nível de 5,0% ; 1): Através do teste Exato de Fisher; 2): Através do teste Razão de verossimilhança;p1= Para a comparação entre os 6 grupos em cada linha (pergunta).;p2= Para a comparação entre os 4 grupos Experimentais em cada linha.;p3= Para a comparação entre os terços radiculares em cada coluna por grupo de cimento.

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DISCUSSÃO

No presente trabalho, a avaliação inter e intraexaminador foi realizada para

verificar a confiabilidade das avaliações. A concordância interexaminador variou de

moderada à ótima e a intraexaminador de boa à ótima. Esses resultados podem ser

explicados pelos profissionais serem experientes, de uma mesma especialidade e

padronização das condições de avaliação. Concordância semelhante ocorreu no

trabalho de Vasconcelos et al (16).

No presente trabalho, verificou-se que ambos protocolos possuem qualidade

da imagem satisfatória e presença e intensidade de artefatos semelhantes. Ausência

da influência do tamanho do voxel de 0.125 e 0.2, também foi encontrada por Ozer et

al (10), na detecção de fraturas em dentes sem material endodôntico.

Das imagens consideradas satisfatórias para avaliação dos tecidos radiculares,

a maioria foi considerada boa e regular sem haver diferença significativa entre os

protocolos. Entretanto, Hassan et al (17) encontraram influência do tamanho do voxel

na qualidade de imagem de dentes fraturados. Por outro lado, no presente estudo

mais imagens do protocolo 0.125 foram consideradas boas. Este fato deve-se ao

voxel de 0.125 apresentar maior resolução de imagem, bem como a produção de

artefatos ao longo dos condutos radiculares causados por todos os materiais

endodônticos estudados. Cimentos endodônticos e cones guta-percha também

produziram artefatos em trabalhos anteriores (6, 8, 9).

A dose de radiação e qualidade de imagem de TCFC varia de acordo com os

aparelhos (18, 19). Dentre os tomógrafos de feixe cônicos estudados por Kamburoğlu

et al (20), o i-Cat Next Generation® foi o que apresentou menor dose de radiação (249

mm para mGy) e melhor qualidade de imagem. No presente estudo, para ambos

protocolos a dose de radiação foi de aproximadamente PKA= 40,83. Desta forma,

considerando o princípio de Alara (as low as with resonably achieveble), sugere-se

quando possível e para indicações específicas na avaliação dos condutos radiculares,

o uso da resolução 0.125mm. Em contraste, Ozer (10), utilizando semelhantes fatores

e aparelhos, concluiu que o protocolo de 0.2 mm deve ser o de escolha por ter

apresentado menor exposição à radiação e melhor performance para o diagnóstico. A

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pequena dimensão do voxel melhora a qualidade de imagem CBCT devido à maior

resolução espacial (3).

Brito-junior et al (9), verificaram um aumento da presença de artefatos nos

cimentos Sealer 26 e Endofill no protocolo 0.2 com 28s que no 0.076 com 19s, para o

tomógrafo CS9000C 3D. No entanto, no presente estudo não houve influência da

associação entre material de preenchimento e voxel na presença de artefatos. Na

avaliação da intensidade de artefatos, o cone principal de guta-percha causou

artefatos de ―pouca‖ intensidade. Nos demais grupos, a adição de cimento e cones

acessórios de guta-percha, elevou a intensidade de artefatos, também verificado por

Gorduysus; Avcu (21) em imagens radiográficas.

A radiopacidade é uma propriedade físico-química importante para a distinção

de tecidos dentais, ósseos, e de diferentes materiais (22). Entretanto, é determinada

de acordo com a ISO, em que utiliza como parâmetro as imagens radiográficas, que

exibem imagens e possuem princípios de formação diferentes das imagens de

TCFC. O cimento AH Plus foi considerado o mais radiopaco em alguns estudos (23,

24, 30, 31) e pelo seu fabricante (25), mesmo quando comparado a outros cimentos

com base resinosa (26). Sugere-se que a composição do cimento AH Plus por

agentes opacificadores como o tungstato de cálcio (27), óxido de zircônio (28) e

óxido de ferro (29), possa atenuar mais raios X que a carga dos outros cimentos

estudados. Para Collares et al (27) cargas inorgânicas presentes nesse cimento,

como o Tungstato de Cálcio, e alterações em sua concentração, afetam as

propriedades físico-químicas de um material obturador com base em resina epóxi

(26). Tal fato pode explicar a maior intensidade de artefatos do grupo AH Plus no

terço cervical que nos demais materiais, quando 0.125 mm de voxel foi utilizado.

Além disso, avaliando-se os terços em um mesmo material, apenas as imagens

da resolução 0.125 do grupo AH Plus apresentaram maior intensidade de artefatos no

terço cervical. Esta porção radicular apresenta maior amplitude e diâmetro e

consequentemente, maior quantidade de material e radiopacidade.

O esmalte é o responsável pelo endurecimento do feixe de raios X e formador

de artefatos (30). No entanto, no presente estudo ao serem analisadas as imagens

dos dentes pertencentes aos grupos dentes hígidos e de dentes apenas

instrumentados, não foi verificada a produção artefatual pelos diferentes tecidos

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dentais: esmalte, dentina e cemento, apesar de suas diferentes radiopacidades.

Dentina e cemento não foram testados por outras pesquisas como hipótese para a

produção de artefatos. Ainda para esses grupos, resultados falso-positivos

sugeriram a presença de reabsorção externa e calcificação. Essas alterações podem

ter sido propostas pelos examinadores procurarem avaliar a morfologia e por alguns

canais não estarem instrumentados.

Artefatos interferem na qualidade da imagem, reduzindo o contraste,

escurecendo estruturas de interesse e formando faixas hipodensas que mimetizam

linhas de fratura (8, 9, 11), reabsorção e canais adicionais (10). Em estudos prévios,

o risco para o diagnóstico falso positivo de fraturas radiculares verticais foi

considerado, quando guta-percha, cimentos e pinos foram utilizados (31, 32).

Similarmente, no presente estudo, a presença de fratura radicular foi sugerida nos

grupos GP e AH para o protocolo 0.2.

Nackaerts et al 2011 (33), avaliaram os valores de intensidade nas imagens

de aparelhos de TCFC utilizando um phatom nas mesmas e em diferentes posições,

contendo três barras, uma com água e os outras com hidroxiapatita de cálcio e

concluíram que os valores de intensidade podem ser influenciados pelo

pocisionamento do objeto em estudo e por parâmetros do dispositivo utilizado. Esta

pesquisa foi a primeira a avaliar se as diferentes posições dos dentes nos alvéolos

(posição no tomógrafo), influenciam na produção de artefatos em TCFC. Assim, foi

criado um sistema móvel a fim de fornecer a todos os grupos de dentes, as mesmas

condições de localização e posicionamento por alvéolos. Dentes hígidos também

foram utilizados de forma alternada aos obturados, impedindo influências artefatuais

entre materiais endodônticos. Portanto, foi verificado que não houve influência da

posição dos dentes na formação de artefatos.

Diante disso, sugere-se que, para a avaliação da presença de intercorrências,

fraturas ou fissuras radiculares por meio da TCFC, o dente não apresente material

endodôntico, caso esteja em momento pré ou trans operatório. Em condições pós-

operatórias, sugere-se a seleção de voxels mais específicos para a exposição, como

o de 0.125mm, já que apresenta melhor qualidade de imagem e dose de exposição

equivalente a do voxel de 0.2mm.

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Os cimentos empregados na obturação devem ser escolhidos de acordo com

suas características e de acordo com o planejamento e complexidade do tratamento

reabilitador, de modo a minimizar interferências artefatuais e resultados falso-

positivos quando a TCFC for utilizada como alternativa de auxílio ao diagnóstico.

Para dentes que possuam estrutura fragilizada, que requeiram retratamentos,

preparos protéticos, e pinos, maior risco à fratura deve ser considerado. Nesse

contexto, sugere-se cimentos com menor radiopacidade.

Agradecimento: aos participantes e colaboradores da pesquisa. Não houve

nenhuma afiliação financeira ou envolvimento com qualquer organização comercial

com interesse financeiro direto no assunto ou materiais discutido neste artigo.

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5.0 CONCLUSÕES

Todos os materiais de preenchimento produzem artefatos, causando redução

na qualidade da imagem, especialmente para o terço cervical do cimento AH Plus,

onde apresentam maior intensidade. A posição do dente, bem como os tecidos

dentais não interferem na formação de artefatos em imagens de TCFC. Quando

possível e para finalidades específicas, deve-se preferir imagens com resolução de

0,125 mm, por apresentar qualidade satisfatória de imagem e dose de radiação

equivalente a resolução de 0,2mm.

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31. Parirokh M, Ardjomand k, Manochehrifar H. Artifacts in Cone-Beam Computed Tomography of a Post and Core Restoration: A Case Report. Iran Endod J 2012;7(2):98-101.

32. Nackaerts O, M Frederik, Yan H, Souza PC, Pauwels R, Jacobs R.

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33. Perrela, A. Validity of multislice computed tomography and cone-beam computed tomography for the identification of bone lesions in the mandible with and without dental metal artefacts the presence of dental metallic artefacts. Tese - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.

34. Scarfe WC, Levin MD, Gane D, Farman AG. Use of Cone Beam Computed Tomography in Endodontics. Int J Dent. 2009; 2009:634567.

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49

35. Scarfe WC, Farman AG. What is cone-beam CT and how does it work? Dent Clin North Am 2008;52(4):707-730.

36. Schäfer E, Bering N, Bürklein S. Selected physicochemical properties

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37. Shenoi RP, Ghule HM. Configuration of the mesio-buccal root of maxillary first permanent molar teeth: An in vitro study Contemp Clin Dent 2012;3(3):277–281.

38. Schulze R, Heil U, Grob D. Bruellmann, D. D.; Dranischnikow, E.; Schwaneckeand, U.; Schoemer, E. Artefacts in CBCT: a review. Dentomaxillofacial Radiology 2011;40(5):265–273.

39. Schwartz, S. F.; Foster, J. K. Roentgenographic interpretation of experimentally produced bony lesions. Part 1 Oral Surg Oral Med Oral Pathol 1971;32(4):606-612.

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50

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47. White SC, Pharoah MJ. Oral Ragiology. Principles and Interpretacion. 7 ed. Missouri: Elsevier Mosby, 2013.

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Anexo A – Normas da Revista JOE

Guidelines for Publishing Papers in the JOE

Writing an effective article is a challenging assignment. The following guidelines are provided to

assist authors in submitting manuscripts.

The JOE publishes original and review articles related to the scientific and applied aspects of

endodontics. Moreover, the JOE has a diverse readership that includes full-time clinicians, full-

time academicians, residents, students and scientists. Effective communication with this diverse

readership requires careful attention to writing style.

General Points on Composition

Organization of Original Research Manuscripts

Manuscripts Category Classifications and Requirements

Available Resources

1. General Points onComposition

1. Authors are strongly encouraged to analyze their final draft with both software (e.g.,

spelling and grammar programs) and colleagues who have expertise in English grammar.

References listed at the end of this section provide a more extensive review of rules of

English grammar and guidelines for writing a scientific article. Always remember that

clarity is the most important feature of scientific writing. Scientific articles must be clear

and precise in their content and concise in their delivery since their purpose is to inform

the reader. The Editor reserves the right to edit all manuscripts or to reject those

manuscripts that lack clarity or precision, or have unacceptable grammar or syntax. The

following list represents common errors in manuscripts submitted to theJOE:

2. The paragraph is the ideal unit of organization. Paragraphs typically start with an

introductory sentence that is followed by sentences that describe additional detail or

examples. The last sentence of the paragraph provides conclusions and forms a transition

to the next paragraph. Common problems include one-sentence paragraphs, sentences

that do not develop the theme of the paragraph (see also section ―c‖ below), or sentences

with little to no transition within a paragraph.

3. Keep to the point. The subject of the sentence should support the subject of the

paragraph. For example, the introduction of authors’ names in a sentence changes the

subject and lengthens the text. In a paragraph on sodium hypochlorite, the sentence, ―In

1983, Langeland et al., reported that sodium hypochlorite acts as a lubricating factor

during instrumentation and helps to flush debris from the root canals‖ can be edited to:

―Sodium hypochlorite acts as a lubricant during instrumentation and as a vehicle for

flushing the generated debris (Langeland et al., 1983)." In this example, the paragraph’s

subject is sodium hypochlorite and sentences should focus on this subject.

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4. Sentences are stronger when written in the active voice, i.e., the subject performs the

action. Passive sentences are identified by the use of passive verbs such as ―was,‖

―were,‖ ―could,‖ etc. For example: ―Dexamethasone was found in this study to be a factor

that was associated with reduced inflammation,‖ can be edited to: ―Our results

demonstrated that dexamethasone reduced inflammation.‖ Sentences written in a direct

and active voice are generally more powerful and shorter than sentences written in the

passive voice.

5. Reduce verbiage. Short sentences are easier to understand. The inclusion of unnecessary

words is often associated with the use of a passive voice, a lack of focus or run-on

sentences. This is not to imply that all sentences need be short or even the same length.

Indeed, variation in sentence structure and length often helps to maintain reader interest.

However, make all words count. A more formal way of stating this point is that the use of

subordinate clauses adds variety and information when constructing a paragraph. (This

section was written deliberately with sentences of varying length to illustrate this point.)

6. Use parallel construction to express related ideas. For example, the sentence, ―Formerly,

endodontics was taught by hand instrumentation, while now rotary instrumentation is the

common method,‖ can be edited to ―Formerly, endodontics was taught using hand

instrumentation; now it is commonly taught using rotary instrumentation.‖ The use of

parallel construction in sentences simply means that similar ideas are expressed in similar

ways, and this helps the reader recognize that the ideas are related.

7. Keep modifying phrases close to the word that they modify. This is a common problem in

complex sentences that may confuse the reader. For example, the statement,

―Accordingly, when conclusions are drawn from the results of this study, caution must be

used,‖ can be edited to ―Caution must be used when conclusions are drawn from the

results of this study.‖

8. To summarize these points, effective sentences are clear and precise, and often are short,

simple and focused on one key point that supports the paragraph’s theme.

9. Authors should be aware that the JOE uses iThenticate, plagiarism detection software, to

assure originality and integrity of material published in the Journal. The use of copied

sentences, even when present within quotation marks, is highly discouraged. Instead, the

information of the original research should be expressed by new manuscript author’s own

words, and a proper citation given at the end of the sentence. Plagiarism will not be

tolerated and manuscripts will be rejected, or papers withdrawn after publication based on

unethical actions by the authors. In addition, authorsmaybesanctioned for future

publication.

2. Organizationof Original ResearchManuscripts

Please Note: All abstracts should be organized into sections that start with a one-word title (in

bold), i.e., Introduction, Methods, Results, Conclusions, etc., and should not exceed more

than 250 words in length.

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1. Title Page: The title should describe the major emphasis of the paper. It should be as

short as possible without loss of clarity. Remember that the title is your advertising

billboard—it represents your major opportunity to solicit readers to spend the time to read

your paper. It is best not to use abbreviations in the title since this may lead to imprecise

coding by electronic citation programs such as PubMed (e.g., use ―sodium hypochlorite‖

rather than NaOCl). The author list must conform to published standards on authorship

(see authorship criteria in the Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to

Biomedical Journals atwww.icmje.org). The manuscript title, name and address

(including email) of one author designated as the corresponding author. This author will be

responsible for editing proofs and ordering reprints when applicable. The contribution of

each author should also be highlighted in the cover letter.

2. Abstract: The abstract should concisely describe the purpose of the study, the

hypothesis, methods, major findings and conclusions. The abstract should describe the

new contributions made by this study. The word limitations (250 words) and the wide

distribution of the abstract (e.g., PubMed) make this section challenging to write clearly.

This section often is written last by many authors since they can draw on the rest of the

manuscript. Write the abstract in past tense since the study has been completed. Three to

ten keywords should be listed below the abstract.

3. Introduction: The introduction should briefly review the pertinent literature in order to

identify the gap in knowledge that the study is intended to address and the limitations of

previous studies in the area. The purpose of the study, the tested hypothesis and its

scope should be clearly described. Authors should realize that this section of the paper is

their primary opportunity to establish communication with the diverse readership of

the JOE. Readers who are not expert in the topic of the manuscript are likely to skip the

paper if the introduction fails to succinctly summarize the gap in knowledge that the study

addresses. It is important to note that many successful manuscripts require no more than

a few paragraphs to accomplish these goals. Therefore, authors should refrain from

performing extensive review or the literature, and discussing the results of the study in this

section.

4. Materials and Methods: The objective of the materials and methods section is to permit

other investigators to repeat your experiments. The four components to this section are

the detailed description of the materials used and their components, the experimental

design, the procedures employed, and the statistical tests used to analyze the results. The

vast majority of manuscripts should cite prior studies using similar methods and succinctly

describe the essential aspects used in the present study. Thus, the reader should still be

able to understand the method used in the experimental approach and concentration of

the main reagents (e.g., antibodies, drugs, etc.) even when citing a previously published

method. The inclusion of a ―methods figure‖ will be rejected unless the procedure is novel

and requires an illustration for comprehension. If the method is novel, then the authors

should carefully describe the method and include validation experiments. If the study

utilized a commercial product, the manuscript must state that they either followed

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manufacturer’s protocol orspecify any changes made to the protocol. If the study used

an in vitro model to simulate a clinical outcome, the authors must describe experiments

made to validate the model, or previous literature that proved the clinical relevance of the

model. Studies on humans must conform to the Helsinki Declaration of 1975 and state

that the institutional IRB/equivalent committee(s) approved the protocol and that informed

consent was obtained after the risks and benefits of participation were described to the

subjects or patients recruited. Studies involving animals must state that the institutional

animal care and use committee approved the protocol. The statistical analysis section

should describe which tests were used to analyze which dependent measures; p-values

should be specified. Additional details may include randomization scheme, stratification (if

any), power analysis as a basis for sample size computation, drop-outs from clinical trials,

the effects of important confounding variables, and bivariate versus multivariate analysis.

5. Results: Only experimental results are appropriate in this section (i.e., neither methods,

discussion, nor conclusions should be in this section). Include only those data that are

critical for the study, as defined by the aim(s). Do not include all available data without

justification; any repetitive findings will be rejected from publication. All Figures, Charts

and Tables should be described in their order of numbering with a brief description of the

major findings. Author may consider the use of supplemental figures, tables or video clips

that will be published online. Supplemental material is often used to provide additional

information or control experiments that support the results section (e.g., microarray data).

6. Figures: There are two general types of figures. The first type of figures includes

photographs, radiographs or micrographs. Include only essential figures, and even if

essential, the use of composite figures containing several panels of photographs is

encouraged. For example, most photo-, radio- or micrographs take up one column-width,

or about 185 mm wide X 185 mm tall. If instead, you construct a two columns-width figure

(i.e., about 175 mm wide X 125 mm high when published in the JOE), you would be able

to place about 12 panels of photomicrographs (or radiographs, etc.) as an array of four

columns across and three rows down (with each panel about 40 X 40 mm). This will

require some editing to emphasize the most important feature of each photomicrograph,

but it greatly increases the total number of illustrations that you can present in your paper.

Remember that each panel must be clearly identified with a letter (e.g., ―A,‖ ―B,‖ etc.), in

order for the reader to understand each individual panel. Several nice examples of

composite figures are seen in recent articles by Jeger et al (J Endod 2012;38:884–888);

Olivieri et al., (J Endod 2012;38:1007 1011); Tsai et al (J Endod 2012;38:965–970).

Please note that color figures may be published at no cost to the authors and authors are

encouraged to use color to enhance the value of the illustration. Please note that a

multipanel, composite figure only counts as one figure when considering the total number

of figures in a manuscript (see section 3, below, for maximum number of allowable

figures).

The second type of figures are graphs (i.e., line drawings including bar graphs) that plot a

dependent measure (on the Y axis) as a function of an independent measure (usually

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plotted on the X axis). Examples include a graph depicting pain scores over time, etc.

Graphs should be used when the overall trend of the results are more important than the

exact numerical values of the results. For example, a graph is a convenient way of

reporting that an ibuprofen-treated group reported less pain than a placebo group over the

first 24 hours, but was the same as the placebo group for the next 96 hours. In this case,

the trend of the results is the primary finding; the actual pain scores are not as critical as

the relative differences between the NSAID and placebo groups.

7. Tables: Tables are appropriate when it is critical to present exact numerical values.

However, not all results need be placed in either a table or figure. For example,

thefollowingtablemaynotbenecessary:

% NaOCl

N/Group % InhibitionofGrowth

0.001 5 0

0.003 5 0

0.01 5 0

0.03 5 0

0.1 5 100

0.3 5 100

1 5 100

3 5 100

8. Instead, the results could simply state that there was no inhibition of growth from 0.001-

0.03% NaOCl, and a 100% inhibition of growth from 0.03-3% NaOCl (N=5/group).

Similarly, if the results are not significant, then it is probably not necessary to include the

results in either a table or as a figure. These and many other suggestions on figure and

table construction are described in additional detail in Day (1998).

9. Discussion: This section should be used to interpret and explain the results. Both the

strengths and weaknesses of the observations should be discussed. How do these

findings compare to the published literature? What are the clinical implications? Although

this last section might be tentative given the nature of a particular study, the authors

should realize that even preliminary clinical implications might have value for the clinical

readership. Ideally, a review of the potential clinical significance is the last section of the

discussion. What are the major conclusions of the study? How does the data support

these conclusions

10. Acknowledgments: All authors must affirm that they have no financial affiliation (e.g.,

employment, direct payment, stock holdings, retainers, consultantships, patent licensing

arrangements or honoraria), or involvement with any commercial organization with direct

financial interest in the subject or materials discussed in this manuscript, nor have any

such arrangements existed in the past three years. Any other potential conflict of interest

should be disclosed. Any author for whom this statement is not true must append a

paragraph to the manuscript that fully discloses any financial or other interest that poses a

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conflict. Likewise the sources and correct attributions of all other grants, contracts or

donations that funded the study must be disclosed

11. References: The reference style follows Index Medicus and can be easily learned from

reading past issues of the JOE. The JOE uses the Vancouver reference style, which can

be found in most citation management software products. Citations are placed in

parentheses at the end of a sentence or at the end of a clause that requires a literature

citation. Do not use superscript for references. Original reports are limited to 35

references. There are no limits in the number of references for review articles

3. ManuscriptsCategoryClassificationsandRequirements

Manuscripts submitted to the JOE must fall into one of the following categories. The abstracts

for all these categories would have a maximum word count of 250 words:

1. CONSORT Randomized Clinical Trial-Manuscripts in this category must strictly adhere to

the Consolidated Standards of Reporting Trials-CONSORT- minimum guidelines for the

publication of randomized clinical trials. These guidelines can be found at www.consort-

statement.org/. These manuscripts have a limit of 3,500 words, [including abstract,

introduction, materials and methods, results, discussion and acknowledgments; excluding

figure legends and references]. In addition, there is a limit of a total of 4 figures and 4

tables*.

2. Review Article-Manuscripts in this category are either narrative articles, or systematic

reviews/meta-analyses. Case report/Clinical Technique articles even when followed by

extensive review of the literature will should be categorized as ―Case Report/Clinical

Technique‖. These manuscripts have a limit of 3,500 words, [including abstract,

introduction, discussion and acknowledgments; excluding figure legends and references].

In addition, there is a limit of a total of 4 figures and 4 tables*.

3. Clinical Research (e.g., prospective or retrospective studies on patients or patient records,

or research on biopsies, excluding the use of human teeth for technique studies). These

manuscripts have a limit of 3,500 words [including abstract, introduction, materials and

methods, results, discussion and acknowledgments; excluding figure legends and

references]. In addition, there is a limit of a total of 4 figures and 4 tables*.

4. Basic Research Biology (animal or culture studies on biological research on physiology,

development, stem cell differentiation, inflammation or pathology). Manuscripts that have

a primary focus on biology should be submitted in this category while manuscripts that

have a primary focus on materials should be submitted in the Basic Research Technology

category. For example, a study on cytotoxicity of a material should be submitted in the

Basic Research Technology category, even if it was performed in animals with histological

analyses. These manuscripts have a limit of 2,500 words [including abstract, introduction,

materials and methods, results, discussion and acknowledgments; excluding figure

legends and references]. In addition, there is a limit of a total of 4 figures or 4 tables*.

5. Basic Research Technology (Manuscripts submitted in this category focus primarily on

research related to techniques and materials used, or with potential clinical use, in

endodontics). These manuscripts have a limit of 2,500 words [including abstract,

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introduction, materials and methods, results, discussion and acknowledgments; excluding

figure legends and references]. In addition, there is a limit of a total of 3 figures and tables

*.

6. Case Report/Clinical Technique (e.g., report of an unusual clinical case or the use of

cutting-edge technology in a clinical case). These manuscripts have a limit of 2,500 words

[including abstract, introduction, materials and methods, results, discussion and

acknowledgments; excluding figure legends and references]. In addition, there is a limit of

a total of 4 figures or tables*.

* Figures, if submitted as multipanel figures must not exceed 1 page length. Manuscripts

submitted with more than the allowed number of figures or tables will require approval of

the JOE Editor or associate editors. If you are not sure whether your manuscript falls within

one of the categories above, or would like to request preapproval for submission of additional

figures please contact the Editor by email at [email protected].

Importantly, adhering to the general writing methods described in these guidelines (and in the

resources listed below) will help to reduce the size of the manuscript while maintaining its

focus and significance. Authors are encouraged to focus on only the essential aspects of the

study and to avoid inclusion of extraneous text and figures. The Editor may reject manuscripts

that exceed these limitations.

Available

Resources:

Strunk W, White EB. The Elements of Style. Allyn & Bacon, 4th ed, 2000, ISBN 020530902X.

Day R. How to Write and Publish a Scientific Paper. Oryx Press, 5th ed. 1998. ISBN 1-57356-

164-9.

Woods G. English Grammar for Dummies. Hungry Minds:NY, 2001 (an entertaining review of

grammar).

Alley M. The Craft of Scientific Writing. Springer, 3rd edition 1996 SBN 0-387-94766-3.

Alley M. The Craft of Editing. Springer, 2000 SBN 0-387-98964-1.

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Anexo B - Parecer Consubstanciado do Comitê de Ética em Pesquisa

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Apêndice A

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Apêndice B

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Apêndice C

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Apêndice D

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Apêndice E

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

(Elaborado de acordo com a Resolução 466/2012-CNS/CONEP)

Convidamos o (a) Sr.(a) para participar, como voluntário(a), da pesquisa científica INFLUÊNCIA DE ARTEFATOS DE MATERIAIS ENDODÔNTICOS NO DIAGNÓSTICO EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO que está sob a responsabilidade da pesquisadoraProf. Dra. Gabriela Queiroz de Melo Monteiro – Prof. Adjunta do Programa de Pós Graduação em Odontologia da FOP/UPE, Telefone para contato: 99966327 , e-mail: [email protected] e de sua equipe Andréa dos Anjos Pontual, Maria Luiza dos Anjos Pontual, Flávia Maria de Moraes Ramos-Perez e Rafaella Maria Silva de Souza.

Após ser esclarecido (a) sobre as informações a seguir, no caso de aceitar a fazer parte do estudo, rubrique as folhas e assine ao final deste documento, que está em duas vias. Uma delas é sua e a outra é do pesquisador responsável. Em caso de recusa ou desconforto o (a) Sr.(a) não será penalizado (a) de forma alguma. O (a) Senhor (a) tem o direito de retirar o consentimento a qualquer tempo, sem qualquer penalidade.

INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA:

• Trata-se de um projeto que visa a influência dos materiais obturadores dos sistemas de canais radiculares na presença ou ausência de artefatos em três tomógrafos computadorizados de feixe cônico e tem como finalidade o auxílio diagnóstico à especialidade de Radiologia e de Endodontia.

• Tendo como objetivos:

Verificar quais materiais endodônticos produzem artefatos; Verificar se a ausência de materiais endodônticos no canal radicular instrumentado ou não instrumentado e é capaz de produzir artefatos; Verificar se existe diferença qualitativa e quantitativa com relação à presença ou ausência de artefatos de imagens entre os três aparelhos de Tomografia computadorizada de feixe cônico;Determinar ordenadamente qual dentre os tomógrafos estudados, se mostrará mais confiável na veracidade das imagens reproduzidas; Verificar se existe influência quanto a posição do dente e a presença de artefatos.

• A pesquisa será realizada em dentes humanos previamente instrumentados e tratados endodonticamente em laboratório. Com a presença de 4 grupos experimentais e 2 grupos controle, que serão armazenados para estudos posteriores.Estarão inclusos nesse projeto os Cirurgiões-Dentistas Radiologistas e Endodontistas mediante assinatura do presente Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Esclarecemos que manteremos em anonimato, sob sigilo absoluto, durante e após o término do estudo, de todos os dados que identifiquem o sujeito da pesquisa usando apenas, para divulgação, os dados inerentes ao desenvolvimento do estudo, não havendo

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identificação dos voluntários, a não ser entre os responsáveis pelo estudo. Os dados coletados ficarão armazenados em Pastas de Arquivo, sob a responsabilidade dos participantes da pesquisa, pelo período de 5 anos.

- Poderá haver como risco, o constrangimento dos Cirurgiões-Dentistas avaliadores, a avaliação incompleta dos quesitos propostos pela pesquisa, bem como o extravio de dentes cedidos para a pesquisa. E em caso de caso de recusa ou desconforto, o avaliador terá o direito de retirar o consentimento em qualquer momento, sem qualquer penalidade. O Cirurgião-Dentista voluntário que desejar participar do projeto através da interpretação de imagens e preenchimento da ficha de avaliação, terá como benefício a contribuição para o desenvolvimento tecnológico e científico da Odontologia, em especial na área da Materiais dentários, Endodontia e da Radiologia auxiliando na determinação do tomógrafo de maior precisão de imagens e quais materiais obturadores dos canais radiculares podem induzir a presença de artefatos em maior ou menos grau, estabelecendo evidências científicas de grande aplicabilidade para a prática clínica

Odontológica no quesito diagnóstico.

• Gabriela Queiroz de Melo Monteiro, – Faculdade de Odontologia da Universidade de Pernambuco, Av. General Newton Cavalcanti, 1650, Tabatinga, Camaragibe-PE, CEP: 54753-220. Fone: (81) 3184-7659/3184-7660

• Andréa dos Anjos Pontual, Maria Luiza dos Anjos Pontual, Flávia Maria de Moraes Ramos-Perez e Rafaella Maria Silva de Souza– Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Clínica e Odontologia Preventiva. Avenida Prof. Moraes Rego, 1235 Cidade Universitária 50670901 - Recife, PE - Brasil Universitária, (81) 2126-8000. O (a) senhor (a) não pagará nada para participar desse projeto. Em caso de dúvidas relacionadas aos aspectos éticos deste estudo, ou Caso suas dúvidas não sejam resolvidas pelos pesquisadores ou seus direitos sejam negados, favor recorrer ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Pernambuco, localizado à Av. Agamenon Magalhães, S/N, Santo Amaro, Recife-PE, telefone 81-3183-3775 ou ainda através do e-mail [email protected].

___________________________________________________

(Assinatura do pesquisador)

CONSENTIMENTO DA PARTICIPAÇÃO DO PROFISSIONAL COMO VOLUNTÁRIO (A):

Eu_______________________________________, CPF________________________abaixo

assinado, após a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar e ter

esclarecido as minhas dúvidas com o pesquisador responsável, sobre a pesquisa INFLUÊNCIA

DE ARTEFATOS DE MATERIAIS ENDODÔNTICOS NO DIAGNÓSTICO EM TOMOGRAFIA

COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO, alego que fui devidamente informado(a) e

esclarecido(a) pelo pesquisador sobre a pesquisa e os procedimentos nela envolvidos,

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sobre minha atuação prática e científica na mesma, assim como os possíveis riscos e

benefícios decorrentes de minha participação. Foi-me garantido que posso retirar meu

consentimento a qualquer momento, sem que isto leve a qualquer penalidade. Ciente dos

meus direitos, concordo em participar desta pesquisa como voluntário(a), bem como

autorizo a divulgação e a publicação de toda informação por mim transmitida, exceto dados

pessoais, em publicações e eventos de caráter científico. Desta forma, assino este termo,

juntamente com o pesquisador, em duas vias de igual teor, ficando uma via sob meu poder e

outra em poder do(s) pesquisador (es).

Camaragibe, Data:_____/_____/_________

_____________________________________ ___________________________________

Assinatura do Sujeito (ou responsável) Assinatura do pesquisador

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Apêndice F

TERMO DE DOAÇÃO DE DENTES

INFLUÊNCIA DE ARTEFATOS DE MATERIAIS ENDODÔNTICOS NO DIAGNÓSTICO EM

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO

Eu,_______________________________________________CPF-_____________________,

inscrito no CRO-PE sob o número__________, declaro que doei

_______________________________________ (quantidade e grupo de dentes) à

pesquisadora Prof. Dra. Gabriela Queiroz de Melo Monteiro – Prof. Adjunta do Programa de

Pós Graduação em Odontologia da FOP/UPE, e sua equipe Maria Luiza dos Anjos Pontual,

Flávia Maria de Moraes Ramos-Perez, Andréa dos Anjos Pontual e Rafaella Maria Silva de

Souza ea fim de viabilizar a execução da pesquisa intitulada "INFLUÊNCIA DE ARTEFATOS DE

MATERIAIS ENDODÔNTICOS NO DIAGNÓSTICO EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE

CÔNICO”. Igualmente declaro que estes dentes foram extraídos previamente ao meu

conhecimento da pesquisa supracitada, por indicação clínica e independente da mesma,

sendo armazenados em frasco único, o que impossibilita a identificação dos indivíduos dos

quais os dentes foram extraídos.

Recife, ____ de _____________ de 20____.

_____________________________________________________

Cirurgião-Dentista

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Apêndice G

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Apêndice H

FICHA DE AVALIAÇÃO

Avaliador 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) Especialidade: Radiologia ( ) Endodontia ( )

Prancha_________ Dente nº_______________________ Avaliação 1ª ( ) 2º ( )

1- A imagem apresenta qualidade satisfatória para auxiliar no correto diagnóstico dos tecidos dentais radiculares? ( ) Sim ( ) Não

2- Se sim, classifique a qualidade da imagem 0 - Pobre 1- regular 2- boa 3- excelente ( )

3- Há presença de artefatos de imagens?

( ) Sim ( ) Não

4- Na presença de artefatos de imagem, avalie sua intensidade quanto aos terços

Terço cervical- ( ) ausente ( ) pouco ( ) moderada ( ) intensa Terço médio- ( ) ausente ( ) pouco ( ) moderada ( ) intensa Terço apical- ( ) ausente ( ) pouco ( ) moderada ( ) intensa

5- Na presença de artefatos de imagem, classifique-os quanto aos tipos

Terço cervical ( ) ausente ( ) estrias claras ( ) halo hipodenso ( ) Cupping Terço médio ( ) ausente ( ) EStrias claras ( ) halo hipodenso ( ) Cupping Terço apical ( ) ausente ( ) estrias claras ( ) halo hipodenso ( ) Cupping

6- Há presença de outro tipo sugestivo de alteração dentária?

( ) Sim ( ) Não

7- Se presente, escreva alteração_______________________________________

8- Qual(is) dos tipos de corte possibilitou melhor interpretação diagnóstica? ( ) nenhuma ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3, 4, 5

9- Qual(is) dos tipos de corte possibilitou menor interpretação diagnóstica ? ( ) nenhuma ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3, 4, 5

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Apêndice I

Metodologia

A presente pesquisa foi realizada após aprovação do Comitê de Ética em

Pesquisa em Seres Humanos da Universidade de Pernambuco, sob CAAE:

38636714.6.0000.5207 e número de parecer 895.891. Foram

utilizados quarenta e oito dentes pré-molares unirradiculares humanos, provenientes

de doações de Cirurgiões-Dentistas. Para a seleção, todos os dentes foram

submetidos ao exame clínico, através de uma inspeção visual com lupa

estereoscópica; e radiográfico, assegurando a ausência de fraturas completas ou

incompletas, assim como rachaduras e lacunas.

Critérios de inclusão

- Dentes com risogênese completa,

- Ausência de reabsorção,

- Presença de canais amplos e acessíveis ou pouco atrésicos.

Critérios de Exclusão

- Destruição coronária acentuada,

- Presença de lesões cervicais,

- Anomalia radicular de forma ou de número,

- Presença de mais de um canal radicular,

- Presença de fraturas radiculares.

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Preparo dos dentes

Os dentes foram limpos de qualquer fragmento aderente: tecido ósseo,

tecidos moles e cálculo através de raspagem e polimento. Após, foram colocados

num recipiente com uma solução de cloreto de sódio a 5%, e essa trocada

diariamente, durante quatro dias. Em seguida foram realizadas radiografias

periapicais através do sistema digital Digora Optime - Soredex, com o mesmo tempo

de exposição de 0,4s (Figuras 1 e 2) e os dentes selecionados de acordo com os

critérios de inclusão.

Figura 1: Padronização para exposição Figura 2: Imagem da radiografia Digital

Realização do preparo biomecânico e divisão de grupos

Todos os dentes foram instrumentados utilizando a técnica crown-down e o

sistema rotatório ProTaper® Universal (Dentsply Maillefer, Ballaigues, Switzerland)

até a lima F4, 1mm aquém do forame apical. Para a instrumentação o sistema foi

acoplado ao motor X-Smart Maillefer (Made in Suiça).

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Ao longo da instrumentação os canais foram irrigados com 2,5% de

hipoclorito de sódio (Biodinâmica Produtos Químicos Ltda, Ibiporã, PR, Brasil). Após

a instrumentação, depositou-se EDTA 17% (Biodinâmica Ltda., Ibiporã, PR, Brasil)

nos canais durante 5 minutos, seguido de lavagem com hipoclorito de sódio. As

raízes foram secas com cones de papel absorventes (Dentsply Maillefer), e os

dentes obturados.

Os canais radiculares pertencentes ao grupo experimental foram preenchidos

com a técnica de compactação lateral ativa, usando cones de guta-percha

padronizados (F4 - protaper Denstsply Maillefer) e cones acessórios (F - Destsply

Maillefer) e um dos seguintes cimentos: Sealer 26 (S26), AH Plus (AH), e FillCanal

(FC). Para o grupo Guta-percha utilizou-se um cone de guta-percha mestre com

conicidade e diâmetro iguais a última lima utilizada. Com relação aos outros dois

grupos (grupos controle) um sofreu cirurgia de acesso e instrumentação (C2) e o

outro grupo C1 (padrão ouro) não sofreu intervenção endodôntica (Quadro 1).

Após a obturação, com exceção do grupo Guta-Percha, as coroas de todos os

dentes pertencentes ao grupo experimental receberam material obturador provisório

a base de Óxido de Zinco (Villevie - Normal; Lote 509, Dentalville, Joinvile, Brasil)

para simular condições mais próximas ao real e evitar interferências ambientais.

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Quadro 1 Componentes e Fabricantes de Cimentos selecionados

Grupos Material de preechimento

Composição Fabricante Lote

*

NA NA NA NA

** NA NA NA NA

GGP Guta-Percha cone ( F4)

Guta-percha (20%), óxido de zinco (75%), carbonato de cálcio, sulfato de bário, ceras, resinas, corantes.

Dentsply, Petropolis, RJ, Brasil

LOTE F4: 906357F

GS26 Cimento Sealer

26 e cones de guta-percha (F4 e F)

Pó: trióxido de bismuto, hidróxido de cálcio, hexametilenotetramina e dióxido de titânio Pasta: resina epóxi bisfenol

Dentsply, Petrópolis, RJ, Brasil

LOTE 024863G

Cone F: 685991E 670332E

GAH Cimento

Ah Plus e cones de Guta-percha (F4 e F)

Pasta A: resina epóxi, tungstato de cálcio, óxido de zircônio, aerosil, óxido de ferro Pasta B: Adamantano amina N, N '-dibenzil-5oxanonane-diamina-1, 9, TCD-diamina, tungstato de cálcio, óxido de zircónio, aerosil, óleo de silicone

Dentsply, Konstanz, Alemanha e distribuído por Petrópolis, RJ, Brasil

LOTE 1404000998 Cone F: 685991E 670332E

GFC Cimento

FillCanal e cones de guta-percha (F4 e F)

Pó: Óxido de Zinco, Resina Hidrogenada, Subcarbonato de Bismuto, Sulfato de Bário e Borato de Sódio. Líquido: Eugenol, Óleo de Amêndoas Doce.

TECHNEW, Quintino, RJ, Brasil

LOTE Pó 13035 Líquido14003 Cone F: 685991E 670332E

* GC1 (Padrão-Ouro) – Dentes sem instrumentação **GC2 - Dentes com instrumentação NA – Não se aplica

Simulação de tecidos moles e montagem de dentes na mandíbula

As raízes foram mergulhadas em cera derretida (de 0,3 mm de espessura) a

fim de simular o ligamento periodontal (BRITO-JÚNIOR et al., 2014). Cada grupo foi

montado nos alvéolos das regiões de dentes pré-molares de uma mesma mandíbula

humana (Figura 3). Previamente à montagem dos dentes, a mandíbula foi hidratada

por meio da imersão em água e em seguida, envolta por cera (15 mm de espessura)

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para simulação de tecido mole correspondente a uma pessoa de tamanho médio

(CALDAS et al., 2010; SCHROPP et al., 2012) (Figura 4).

Figura 3: Mandíbula Humana Hidratada Figura 4: Mandíbula envolta por cera

Aquisição das imagens de TCFC

Após a montagem dos grupos de dentes nos alvéolos da mandíbula, foram

obtidas imagens de TCFC utilizando o aparelho i-CAT Next Generation Imaging

Sciences International (Hatfield, PA, USA), (Figura 5) seguindo dois protocolos de

exposição: protocolo A com 0,125 voxel, Fov 8x8 cm, 26,9s, mAs 37,7 e kVp 120, e

protocolo B com 0,2 voxel, Fov 8x8 cm, 26,9s, mAs 37,7 e kVp 120.

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Figura 5: Mandibula posicionada para aquisição no tomógrafo i-CAT Next Generation Imaging Sciences International (Hatfield, PA, USA)

As aquisições foram separadas em aquisição dos grupos controle e aquisição

dos grupos experimentais, conforme a distribuição dos dentes na mandíbula a seguir

(figura 6, 7 e 8)

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Figura 6: Posicionamento dos dentes nos alvéolos

Montagem de dentes na mandíbula.

De modo proporcionar as mesmas condições padronização para todos os

grupos em ambos protocolos, atribuiu-se um número arábico para sua identificação,

um romano quanto à sua localização na mandíbula e uma letra: de A a D para

expressar a aquisição (Figura 6)

Nos grupos controles, em cada protocolo selecionado, os quatro dentes de

um grupo foram posicionados por vez, nos quatro alvéolos correspondentes aos pré-

molares inferiores. Em seguida, esses dentes foram removidos para a montagem

dos outros quatro dentes do mesmo grupo e realizou-se nova aquisição de imagem

(Figura 7).

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Figura 7- Desenho esquemático da montagem dos dentes do grupo controle 1 na primeira (dentes 1a, 2a, 3a, 4a) e segunda aquisição (dentes 1b, 2b, 3b, 4b), em seguida, o mesmo acontecerá com o grupo controle 2.

Nos grupos experimentais, dois dentes de um mesmo grupo foram

selecionados por vez, para cada exposição. Para a exposição seguinte, esses

dentes foram removidos e dois novos dentes do mesmo grupo foram posicionados

em alvéolos diferentes até que fossem realizadas 4 exposições por grupo. De forma

alternada a esses, dois dentes hígidos preencheram os alvéolos adjacentes,

evitando interferências dos materiais de preenchimento entre si. Quanto aos dentes

hígidos, os mesmos dois dentes foram utilizados para todas as exposições (Figura

8).

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Figura 8 - Desenho esquemático da montagem dos dentes para um grupo experimental, representado pelas diferentes cores. Na primeira exposição, o dente 1a do grupo experimental 3 por exemplo, foi colocado na posição 1, o dente 2a do mesmo grupo foi colocado na posição 3, e os alvéolos em lilás contiveram sempre os mesmos dois dentes hígidos, que foram posicionados de forma intercalada aos obturados, a fim de evitar interferências dos materiais de preenchimento entre dentes adjacentes. Já na segunda aquisição, outros dois dentes do mesmo grupo, dente 2b e 4b ocuparam as posições referentes aos alvéolos 2 e 4. Da mesma forma aconteceu na terceira e quarta exposições.

Desta forma, para cada protocolo, um total de quatro exposições para cada

grupo experimental e duas exposições para cada grupo controle, foram realizadas.

Avaliação das imagens

As imagens foram salvas no formato XSTD (xoran) e exportadas ao programa

Xoran/CAT® (XoranThechnologies, Ann Arbor, EUA). Para melhor visualização das

reconstruções multiplanares, todas as imagens foram processadas utilizando um

mesmo filtro de nitidez, brilho e contraste. Dois radiologistas experientes realizaram

de forma simultânea, para cada dente, a seleção uma reconstrução coronal, uma

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sagital, e três axiais (cervical, médio e apical) através do XoranCat. Em seguida

realizaram a montagem de uma prancha em formato pdf para cada dente. Para a

seleção dos cortes, visando minimizar discrepâncias entre as suas localizações e a

quantidade de material de preenchimento presente por área, o corte axial cervical

ocorreu 1mm abaixo do limite amelocementário, enquanto que o axial apical, 3mm

acima do ápice radicular e o axial médio correspondeu a metade do comprimento da

raíz. Em seguida, três outros radiologistas experientes realizaram as avaliações e

preenchimento do questionário, dispondo de monitores de LED de 21,5‖, Zoom,

ambiente escurecido e o programa Adobe Reader®. No intervalo de uma semana,

todas as imagens foram reavaliadas pelos mesmos avaliadores nas mesmas

condições.

4.6 Análise dos Dados

O teste Kappa avaliou a concordância intra e inter avaliadores e o Teste Qui-

Quadrado, comparou a relação presença de artefato, considerando os cimentos, os

protocolos de exposição, e posição dos dentes na mandíbula. Quando a realização

do teste Qui-Quadrado não foi possível, foi realizado o teste Exato de Fisher e

quando as condições impossibilitaram a realização desse, foi realizado o teste da

Razão de Verossimilhança. A análise estatística foi realizada usando o software

estatístico SPSS 21 (Statistical Package for the Social Sciences).

Para avaliação inter e intra-examinador foi realizado o teste Kappa e adotado

95% de confiabilidade e 5% de erro. Foram também obtidos os coeficientes kappa

médios para cada item.

Para a obtenção dos testes estatísticos realizou-se a moda e em poucos

casos a mediana dos três avaliadores. Como houve maior variabilidade inter

examinador, foi adotado o segundo momento da avaliação como mais próximo do

real.