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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO AMIDO E SUA INTER-RELAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO E PONTO DE COLHEITA DE MANGAS ( Mangifera indica L.) cv. Tommy Atkins. PAULO RICARDO SANTOS DUTRA Recife-PE 2004

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO

AMIDO E SUA INTER-RELAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO E PONTO DE COLHEITA DE MANGAS ( Mangifera indica L.) cv. Tommy Atkins.

PAULO RICARDO SANTOS DUTRA

Recife -PE 2004

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO

AMIDO E SUA INTER-RELAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO E PONTO DE COLHEITA DE MANGAS ( Mangifera indica L.) cv. Tommy Atkins.

PAULO RICARDO SANTOS DUTRA

Dissertação apresentada à Coordenação do Curso de Pós- graduação em Nutrição, Área de Concentração em Ciências dos Alimentos, como parte das exigências para a obtenção do Título de MESTRE.

Orientadora: Dra. Nonete Barbosa Guerra - UFPE. Co-orientador: Dr. Joston Simão de Assis – FAMESF e EMBRAPA Semi-árido.

Recife -PE 2004

DEDICATÓRIA

À divindade existente em cada um e entre nós,

DEDICO

Com toda honra aos meus pais, Vicente (in memor i an) e Nena,

e aos meus avós,

OFEREÇO

À minha e sposa Tereza, aos meus filhos Paula, Isabela e

Ricardo, e aos irmãos Ângela e José Antônio ,

COMPARTILHO

AGRADECIMENTOS À professora Nonete Barbosa Guerra pela orientação, confiança e amizade; Ao pesquisador Joston Simão de Assis pela orientação e apoio na realização da pesquisa; À Universidade Federal de Pernambuco- UFPE e a todos que contribuíram para a realização do Programa de Pós- graduação em Petrolina, em especial ao então Magnífico Reitor Mozart Ramos Neves, às p rofessoras Anita Aline , Tânia Stamford e Nonete Guerra; Aos amigos do Centro Federal de Educação Tecnológica - CEFET Petrolina : Valderi, Aidran e Cícero Antônio pelo apoio à realização do Programa de Pós -graduação e pela amizade; À F undação de Amparo à Pesquisa de Pernambuco-FACEPE pelo financiamento da pesquisa; Aos integrantes da equipe que participaram do Projeto de Pesquisa: Luciana, Jorge , Lílian, Amielthon, Vanessa e Ana Paula por toda dedicação ; Ao s colegas dos Laboratórios do CEFET Petrolina , da EMBRAPA Semi-árido e do LEAAL/ UFPE por apoiarem as análises; À Fazenda Timbaúba Agrícola que cedeu os frutos e ao técnico Regivandro que colaborou na escolha dos frutos por ponto de colheita; Às professora s Silvana Magalhães Salgado e Zelyta Pinheiro de Faro e a Arthur Bibiano de Melo Filho pelo apoio , incentivo e amizade ; A Sâmara Alvachian Cardoso Andrade; Eulálio Cabral e Cícero Antônio de Souza Araújo pelas orientações nas análises estatísticas ; Aos colegas do Mestrado pelo convívio e apoio, assim como a todos que , de alguma forma , contribuíram para a realização deste trabalho .

EPÍGRAFE

“AMOR como intelecto é VERDADE; AMOR como ação é RETIDÃO; AMOR como sentimento é PAZ; AMOR como discernimento é NÃO-VIOLÊNCIA” Sathya Sai Baba

LISTA DE ABREVIATURAS

ATT Acidez titulável total

CV Cultivar

DDV Diâmetro dorso-ventral

DL Diâmetro longitudinal

Dlat Diâmetro lateral

DAF Dias após florada

GD Graus-dia

GL Grau de liberdade

GR. ESP. Gravidade específica

PC 1 Componente principal 1

PC 2 Componente principal 2

PCA Análise de componente principal

PD Produto dos diâmetros

P Precipitação pluviométrica

QM Quadrado médio

R Radiação solar global

SST Sólidos solúveis totais

SST/ATT Relação sólidos solúveis totais e acidez titulável total

TCA Ciclo do ácido tricarboxílico

t Temperatura média

tM Temperatura máxima

tm Temperatura mínima

UR Umidade relativa do ar

VOL Volume

LISTA DE FIGURAS

Páginas

01 Aspecto geral do fruto de manga. 1: depressão em torno do pedúnculo; 2: diâmetro lateral (espessura); 3: espádua dorsal; 4: espádua ventral; 5: diâmetro dorso-ventral (largura); 6: face dorsal; 7: diâmetro longitudinal (comprimento); 8: ponto estigmático; 9: “nak” sobre bico bem formado; 10 ápice; 11: sinus.

Fonte: Adaptado de Medina et al. (1981).

25

02 Curvas de crescimento de mangas Tommy Atkins a partir do peso e do volume, em duas safras. Petrolina-PE, 2002.

30

03 Curvas de crescimento de mangas Tommy Atkins a partir dos diâmetros, em duas safras. Petrolina-PE, 2002.

31

04 Diferenças morfológicas entre os frutos de mangas Tommy Atkins em duas safras. Petrolina-PE, 2002.

32

05 Correlações do peso com volume e produto dos diâmetros de mangas Tommy Atkins em duas safras. Petrolina-PE, 2002.

33

06 Teores de amido e sólidos solúveis totais (SST) de manga Tommy Atkins em duas safras. Petrolina-PE, 2002.

36

07 Representação gráfica dos “scores” e “loadings” da análise de componentes principais dos indicadores físicos e do amido de mangas Tommy Atkins coletadas de 50 a 120 dias após florada em duas safras. Petrolina-PE, 2002.

39

08 Representação gráfica dos “scores” e “loadings” da análise de componentes principais dos indicadores químicos de mangas Tommy Atkins coletadas de 50 a 120 dias após florada em duas safras. Petrolina-PE, 2002.

40

09 Pontos de colheita em mangas Tommy Atkins. Petrolina-PE, 2002. 42

LISTA DE QUADRO E TABELAS

Páginas

QUADRO

01 Indicadores de ponto de colheita em diferentes cultivares de manga.

15

TABELAS 01 Indicadores físicos de manga Tommy Atkins desenvolvidas em duas safras.

Petrolina-PE, 2002.

29

02 Evolução dos indicadores físico-químicos e químicos de manga Tommy Atkins em duas safras. Petrolina-PE, 2002.

35

03 Relação entre o teor de amido e os indicadores físicos de mangas Tommy Atkins em duas safras. Petrolina-PE, 2002.

04 Relação entre o teor de amido e os indicadores físico-químicos e químicos de

mangas Tommy Atkins em duas safras. Petrolina-PE, 2002. 05 Indicadores físico-químicos e químicos de mangas Tommy Atkins em duas

safras e em diferentes pontos de colheita. Petrolina-PE, 2002.

41

41

44

RESUMO

Problemas relativos à determinação do ponto ótimo de colheita da manga Tommy Atkins

produzidas no Vale do São Francisco, Nordeste do Brasil, motivaram esta pesquisa para

avaliar a evolução do amido e de outros indicadores envolvidos no desenvolvimento do fruto,

tendo em vista estabelecer o ponto de colheita comercial. A pesquisa abrangeu períodos de

março a julho (safra 1) e de julho a novembro (safra 2) de 2002, onde foram analisados 270

frutos coletados aleatoriamente aos 50, 64, 78, 85, 92, 99, 106, 113 e 120 dias após a florada

(DAF) e 40 frutos colhidos segundo a coloração interna. Os dados resultantes dos ensaios

físicos, físico-químicos e químicos foram submetidos a ANOVA, análise de componentes

principais e a regressão linear. Os resultados, independentemente das safras, demonstraram a

existência de correlações entre o teor de amido (2,53 a 8,68 g% - safra 1 e 2,23 a 9,77 g% -

safra 2) e a maioria dos indicadores analisados, principalmente com a gravidade específica e

pH, evidenciando a importância deste polissacarídeo como indicador do ponto ótimo de

colheita. Diante da influência das condições climáticas sobre o desenvolvimento dos frutos, a

maioria dos indicadores analisados, na safra 2 (produção principal), evidenciam uma

antecipação da época de colheita. Considerando os pontos de colheita 1 e 2 é lícito determinar

106 DAF e 92 DAF como épocas de colheita para as safras 1 e 2, respectivamente.

ABSTRACT

Problems related to the determination of the best maturity index for the mango Tommy Atkins

produced in the São Francisco Valley in Brazilian Northeast motivated this research, it

aimed to evaluate starch evolution and other indicators involved on fruit ripening to establish

the best commercial harvest index. The research covered two harvest periods (march to july -

safra 1 e july to november - safra 2) de 2002, in which 270 randomly picked fruits were

analyzed at 50, 64, 78, 85, 92, 99, 106, 113 and 120 days after fruit set (DAF) from panicles

previously assigned and 40 fruits picked according to internal maturity color. The data

obtained by, physical, physical-chemical and chemical analysis were submitted to ANOVA,

Principal Components Analysis, and Linear Regression. The results independent of the

harvest period, demonstrated the existence of correlation among starch content ( 2,53 to 8,

68% crop 1 and 2,23 to 9,77 crop 2) and the majority of the analyzed indicators, specially the

specific gravity and pH, making it evident the importance of this parameter as an indicator

of the ideal harvest index. So considering the influence of climatic conditions on fruit

developing, as showed on harvest period 2 (the main harvest period) on which most of the

analyzed parameters reached the major percentage, we can determine that 106 DAF and 92

DAF are harvest times for crops 1 and 2 respectively.

SUMÁRIO

Páginas

1 INTRODUÇÃO 11

2 REVISÃO DE LITERATURA

13

2.1 Aspectos gerais 13

2.2 Estabelecimento do ponto de colheita 14

2.3 Indicadores cronológicos e meteorológicos

2.4 Indicadores físicos

17

17

2.5 Indicadores físico-químicos e químicos 19

3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo geral

3.2 Objetivos específicos

23

23

23

4 MATERIAL E MÉTODOS 24

4.1 Coleta de amostra 24

4.2 Análises físicas, físico-químicas e químicas.

4.3 Dados meteorológicos e cálculo da unidade de calor

4.3 Análises estatísticas

25

26

27

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 28

5.1 Indicadores físicos 28

5.2 Indicadores físico-químicos e químicos

5.3 Análise de componentes principais

5.4 Correlações entre os parâmetros analisados e o amido

5.5 Ponto de colheita para exportação.

34

38

41

42

6 CONCLUSÕES 46

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 47

APÊNDICES 56

ANEXOS 58

1 INTRODUÇÃO

Entre os principais produtores de manga ( Mangifera indica L.) no ano de 2002,

Índia, China, México, Tailândia, Paquistão, Indonésia, Filipinas, Nigéria, encontra-se o Brasil

em nono lugar ( FAO, 2003) com uma produção de 800.000 toneladas das quais 270.000

foram produzidas na Região do Vale do São Francisco que contribuiu com 90% das

exportações, destinadas para os Estados Unidos e à Europa ( BELIG et al., 2003; BRASIL,

2003).

A principal cultivar comercializada para o mercado externo, é a Tommy Atkins,

com participação de 80% da produção que tem apresentado um significativo aumento nos

últimos anos: 1.350 toneladas em 1980 para 104.000 toneladas em 2002, das quais 93.500

toneladas são originadas da Região do Vale do São Francisco, cuja área plantada apresentou

evolução de 7.000 ha (1992) a 20.000ha (2001). Atualmente, esta Região que abrange parte

dos estados da Bahia e de Pernambuco concentra dezesseis dos dezenove Packing-house

autorizados pelos Estados Unidos da América e Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento (MAPA) do Brasil, para exportações de mangas. Estes valores expressam o

crescimento da cultura no Brasil e principalmente no nordeste, atingindo a primeira colocação

em exportações de frutas frescas em 2001 com faturamento acima de 50 milhões de dólares

( BELIG et al., 2003; SOUZA et al., 2002).

Por essa razão a cada safra, novos investimentos vêm sendo feitos no sentido de

introduzir tecnologias agrícolas e agroindustriais que otimizem as condições de

desenvolvimento, a definição do ponto de colheita, o transporte e armazenamento, a vida de

prateleira e comercialização dos frutos. No entanto, de acordo com Botton (1992), foram

constantes as reclamações dos importadores europeus quanto à falta de uniformidade no

amadurecimento dos frutos e dos consumidores quanto à variabilidade da relação

sabor/firmeza.

11

Estes problemas que podem comprometer a qualidade dos frutos e gerar prejuízos

econômicos aos produtores, segundo Bleinroth (1988) decorrem das dificuldades encontradas

na padronização do ponto de colheita, que geralmente é determinado pelo aspecto visual do

fruto: forma, tamanho, brilho e cor da casca, aspecto das lenticelas ( MEDLICOTT et al.,

1988) e número de dias após florada ou pegamento ( LEDERMAN et al., 1998), com a

vantagem de serem não destrutivas, outras formas de determinação é pela firmeza da polpa,

conteúdo de amido, sólidos solúveis, acidez titulável, taxa respiratória e de produção de

etileno ( SAUCEDO & AREVALO, 1994). O ideal seria que o ponto de colheita coincidisse

com o desenvolvimento fisiológico satisfatório de forma a proporcionar um tempo de vida de

prateleira suficiente para sua comercialização sem alterações de qualidade. Para tanto, os

indicadores de colheita precisam ser objetivos, de fácil determinação a fim de serem aplicados

no campo de modo a permitir um melhor gerenciamento da produção, plano de mercado e

manejo pós-colheita do fruto, principalmente em relação ao tratamento térmico e

armazenamento refrigerado.

Atualmente, na Região do Vale do São Francisco, os principais indicadores de

colheita são: aspecto externo do fruto (lenticelas, ombro, casca), coloração da polpa,

determinação dos sólidos solúveis totais (°Brix) e firmeza ( ALVES et al., 2002).

Pesquisas recentes têm enfatizado a importância do metabolismo dos carboidratos

sobre as mudanças bioquímicas que ocorrem no fruto após a colheita, principalmente a

conversão do amido a açúcares solúveis. Esta transformação, altamente desejável em termos

de amadurecimento, pode ser prejudicada, caso o fruto seja colhido antes de alcançar o teor

máximo de amido (ARRIOLA et al., 1976 apud BLEINROTH, 1988), o que também afeta a

textura, por perda da firmeza, antes do fruto completar a maturação (UEDA et al., 2001;

LIZADA, 1993).

Diante da importância do metabolismo do amido no amadurecimento da manga,

foi realizado este estudo sobre o comportamento dos indicadores físicos e bioquímicos do

fruto de manga, durante o seu desenvolvimento, tendo em vista obter possíveis correlações

entre o conteúdo deste polissacarídeo e os demais indicadores, que permitam definir o ponto

ideal de colheita de mangas Tommy Atkins, como forma de melhorar a seleção dos frutos,

manter sua qualidade e projetá-los ainda mais no mercado internacional.

12

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Aspectos gerais

A Mangueira ( Mangifera indica L.), originária da região ‘Indo-Burmese’, na

Índia, é uma das espécies mais importantes e disseminadas da família Anacardiaceae, sendo

cultivada em oitenta e sete países ( HULME, 1971; FAO, 2003). As melhores regiões

produtoras de manga têm temperaturas média de 30°C a 33°C durante o desenvolvimento do

fruto ( LIMA FILHO et al., 2002) que abrange os seguintes estádios: juvenil; crescimento

máximo; maturação; senescência. ( HULME, 1971).

Na juvenilidade, os frutos apresentam crescimento lento, acúmulo de matéria

fresca e seca, taxa de transpiração elevada e um pequeno embrião ( GUARINONI, 2000;

SUBRAMANYAM; KRISHNAMURTHY; PARPIA, 1975). O estádio de crescimento

máximo se caracteriza pelo aumento do volume do fruto, inclusive da semente ( SAINI;

SINGH; PALIWAL, 1971). O fruto de mangueira, por ser climatérico, quando atinge este

estádio se encontra fisiologicamente maduro e em condições de colheita. O tempo para atingi-

lo, no entanto, varia de cultivar para cultivar conforme segue : 80 dias para a manga Irwin

( WANG & SHIESH, 1990), 90 dias para as cultivares Langra, Krishnabhog, Alphonso,

Dashehari e Fazli Zafrani ( SUBRAMANYAM; KRISHNAMURTHY; PARPIA, 1975) e de

90 a 150 dias na cultivar Tommy Atkins ( MEDINA, 1992 ). A fase de maturação é

caracterizada por grandes mudanças químicas na casca e na polpa do fruto: alta relação

carbono / nitrogênio (C/N), acumulação do teor de amido, pico climatérico, início do

amadurecimento propriamente dito, acúmulo de matéria seca, paralisação do crescimento da

semente e pequeno aumento do volume e do peso ( MEDINA, 1995; SUBRAMANYAM;

KRISHNAMURTHY; PARPIA, 1975; MORAES; PUSCHMANN; LOPES, 2000; WANG &

SHIESH, 1990). De acordo com Reid (1985) apud Harvey (1987), fruto maturo é aquele que

atinge um estádio de desenvolvimento que permite amadurecer após ser colhido, atendendo às

13

exigências do mercado consumidor. Durante a Senescência, última etapa do desenvolvimento,

a taxa respiratória aumenta, com rápido declínio no teor de sacarose e aumento no teor de

glicose ( HULME, 1971) que caracterizam o início da quebra da organização celular.

O padrão de qualidade para consumo da manga depende, portanto, da maturidade

do fruto no momento da colheita ( HULME, 1971; LAKSHMINARAYANA, 1973;

SUBRAMANYAM; KRISHNAMURTHY; PARPIA, 1975) que também exerce influência

nos aspectos fitossanitários ( GUARINONI, 2000), na resposta do fruto ao tratamento térmico

( JACOBI; MACRAE; HETHERINGTON, 2001) e na sua conservação pós-colheita

(atmosfera, tempo e temperatura de armazenamento), pois no fruto imaturo ocorre maior

perda de água e danos pelo frio ( GUARINONI, 2000).

2.2 Estabelecimento do ponto de colheita

Tendo em vista uma maior precisão para estabelecer o ponto ideal de colheita para

manga, vários indicadores são estudados pelos pesquisadores: Subramanyam, Krishnamurthy,

Parpia (1975) e O’hare (1995) preconizam que devem ser colhidas verdes e com consistência

firme no estádio pré-climatérico; Harvey (1987) além da cor da casca considera a cor da

polpa, gravidade específica, peso, textura, amido, acidez titulável totais e sólidos solúveis

totais. Medilicott et al. (1988) se referem ainda aos aspectos morfológicos que em mangas

Tommy Atkins completamente maduras se apresentam bem definidos.

Para determinar o ponto de colheita, o produtor depara-se com outros

complicadores, tais como: a variação entre a floração e o pegamento na mesma planta ao

longo de algumas semanas e conseqüentemente maturidades fisiológicas diferentes dos frutos

no momento da colheita ( LAKSHMINARAYANA, 1973; MEDLICOTT et al., 1988); a

aplicação de hormônios vegetais para induzir a floração da planta, prática utilizada na Região

do Vale do São Francisco, provoca emissões de inflorescências em épocas diferentes que

produz frutos com vários estádios de desenvolvimento na mesma planta, dificultando o

manejo de colheita.

De acordo com a literatura, os indicadores utilizados para determinar o ponto de

colheita da manga podem ser agrupados em três categorias: indicadores cronológicos,

indicadores físicos, físico-químicos e químicos que em alguns casos apresentam-se

contraditórios, conforme disposto no Quadro 1.

14

Quadro 1 Indicadores de ponto de colheita em diferentes cultivares de manga.

Indicadores Índices Cultivares Referências Bibliográficas

Unidades de calor (graus centígrados - dia) 710 a 858 Alphonso, Kesar, Ratna;

Burondkar et al. ( 2000)

1426 1000

Banganapalle Carabao

Rao & Srinath (1967) Bugante (1985) apud Lizada (1991)

Número de dias após indução floral 110-134 Carabao Bugante (1985) apud Lizada (1991)

Número de dias após florada (pegamento) 96 105

Tommy Atkins Tommy Atkins

Morais (2001) Lederman et al, ( 1998)

90 Irwin Wang & Shiesh (1990) Sólidos solúveis totais (°Brix) 6,92 a 7,56

7,20 2,0 a 4,0

Kesington Tommy Atkins Ataulfo

Jacobi, MacRae, Hetherington (2001) Lederman et al.(1998) Báez-Sañudo, Bringas, Ojeda (1997a)

Acidez titulável total (% ác.cítrico) 0,85 % a 1,7 % 4,0 %

Tommy Atkins, Haden, Kent, Keitt Ataulfo

Lederman et al. (1998), Báez-Sañudo et al. (1993) Báez-Sañudo, Bringas, Ojeda (1997a)

Teor de açucares (sacarose) 2,85 % Kent Hulme (1971)

Relação amido / acidez 4,0 Langra Pantástico & Lodh (1975)

Conteúdo de amido (%) 4,33 a 6,81 10,0 a 11,0 13,0 5,0

Tommy Atkins Kent Alphonso Zill, Haden

Morais (2001), Rocha et al. (2001) Hulme (1971) Hulme (1971) Popenoe, Hatton, Harding,(1958)

15

Quadro 1 Indicadores de ponto de colheita em diferentes cultivares de manga.

Indicadores Índices Cultivares Referências Bibliográficas

O crescimento do ombro, tamanho e forma do fruto;

Ombro cheio e definição do bico

Tommy Atkins Filgueiras et al.( 2000), Medlicott et al.( 1988)

. Ombro cheio e definição do bico

Julie Wardlaw & Leonard (1936) apud Medlicott et al. (1988)

Forma arredondada Irwin Wang & Shiesh (1990)

Cor interna do fruto Creme,Amarela a alaranjada

Haden,Tommy Atkins, Kent, Keitt

Báez-Sañudo, Bringas, Ojeda (1997b), Malevski et al. (1977), Alves et al. (2002)

Firmeza (Kg/cm ²) 13,2 Tommy Atkins Alves et al. ( 2002)

Aspecto das lenticelas. Látex

Fechamento Aumento no tamanho Leitoso

Tommy Atkins Filgueiras et al.( 2000) Molina (1997) Medina (1995)

Gravidade específica (g/ cm³) 1,00 - 1,02 Dashehari, Langra e Fazri Zafrani

Mukherjee (1972), Tandon, Kalra, Singh (1988)

1,01 - 1,02 Kesington Jacobi, Wong, Giles (1995); 1,00 - 1,02 Alphonso Subramanyam, Gouri, Krishnamurthy (1976)

1,01 – 1,02 Haden

Subramanyam, Krishnamurthy, Parpia (1975)

16

17

2.3 Indicadores cronológicos e meteorológicos.

O número de dias após pegamento, após florada plena ou indução floral para a

manga atingir a maturação comercial geralmente ocorre entre 93 e 115 dias, dependendo da

variedade e região produtora ( MOLINA, 1997), também sendo eficaz na determinação do

ponto de colheita do abacaxi ( GUERRA, 1979), mas não constitui um bom indicador para

graviola ( LIVERA, 1992).

A maturação de frutas como: pêra, nectarina e manga também podem ser

estimadas pela unidade de calor (graus-dia) entre o pegamento e a colheita, conforme

realizado por Burondkar et al. (2000) que ao estudar o período de maturação de três cultivares

de manga constatou período mais curto em uma localidade por apresentar maior unidade de

calor por dia em relação ao outro local de produção. De acordo com Wills et al. (1989) o

número de graus-dia é baseado na temperatura média e de base do local de produção,

determinados ao longo de vários anos. A este indicador encontra-se associado o número de

dias após o pegamento ou indução floral, necessária para o acúmulo de unidades de calor.

Segundo Lima Filho et al. (2002), a fotossíntese e o crescimento da mangueira

são favorecidos pela temperatura entre 24°C e 30°C. Na Região do Vale do São Francisco, as

temperaturas dia/ noite, entre maio e agosto ocorrem a 28°C/ 18°C o que favorece a floração

da mangueira nas condições ambientais da região, contribuindo para a produção de manga

cuja safra principal ocorre no período de outubro a dezembro.

2.4 Indicadores físicos

O crescimento da manga segue na maioria das cultivares, um padrão em curva

sigmóide simples ( HULME, 1971; TANDON & KALRA, 1983; WANG & SHIESH, 1990;

SAINI; SINGH; PALIWAL, 1971), com algumas exceções, como nas cultivares Ubá e

Alphonso que apresentaram curva sigmóide dupla ( MORAES; PUSCHMANN; LOPES,

2000; LAKSHMINARAYANA; SUBHADRA; SUBRAMANYAM, 1970).

A determinação desta curva pode ser obtida pelas medidas dos diâmetros ou do

peso dos frutos ao longo do desenvolvimento. Embora variações, quanto ao peso de mangas

Tommy Atkins, 412g e 545,73g, também tenham sido constatados por Siqueira et al. (1988) e

Bleinroth et al. (1985), respectivamente.

18

Castro Neto et al. ( 2001) e Morais (2001) ao avaliarem os diâmetros do fruto,

representados na Figura 1, e sua correlação com o peso da matéria fresca e seca, encontraram

que ambos apresentaram alta correlação com o volume e o produto dos diâmetros nas

cultivares Haden e Tommy Atkins.

O desenvolvimento do fruto é influenciado pelo crescimento da semente ( SAINI;

SINGH; PALIWAL, 1971) e por fatores climáticos ( RAO & SRINATH, 1967) que são

determinantes das características de qualidade.

Outro indicador que pode ser utilizado para acompanhar o desenvolvimento do

fruto é a gravidade específica, que nos últimos estádios de maturação, apresenta uma elevação

conforme registrado para mangas Carabao. Esse comportamento pode ser atribuído à

acumulação contínua de amido, matéria seca e de sólidos solúveis ( LIZADA, 1991).

Kapse & Katrodia (1997) também se referem à existência de uma relação entre a

gravidade específica e o amadurecimento em mangas Kesar sob armazenamento que

apresentaram melhores características de qua lidade com frutos colhidos com gravidade

específica entre 1,00 g/cm³ e 1,02 g/cm³. Estes autores também referem uma correlação

positiva deste indicador com sólidos solúveis totais e açúcares e de forma negativa com a

acidez. De acordo com Lizada (1991), os frutos apresentam maior perda de água quando a

gravidade específica se encontra reduzida.

No México e no Brasil, a determinação da coloração da polpa por meio de escala

de notas é um dos indicadores de maturação em manga Tommy Atkins ( ALVES et al, 2002 e

BAEZ-SAÑUDO et al., 1998), podendo ser também determinada por pigmentos ou uso de

colorímetro. Segundo Medlicott et al. (1992), as clorofilas, os carotenóides e os flavonóides

constituem os principais pigmentos que participam nos processos de mudanças de cor que

sofrem influência da posição do fruto na planta em relação à insolação durante a fase de

maturação, o que justifica a inclusão desta variável como requisito de qualidade de mangas

( MEDLICOTT et al.,1988). Esta classificação baseada na cor do mesocarpo correlaciona o

início de amadurecimento com a coloração amarela ( CHAPLIN, 1987) que na cultivar

Tommy Atkins de acordo com Medlicott et al. (1988) constitui-se uma das características de

qualidade para esta cultivar quando madura.

Outro aspecto a ser considerado diz respeito à rapidez e a segurança das

determinações não-destrutivas que podem promover desse modo, uma nova dinâmica ao

manejo pós-colheita de frutos. Neste contexto a ultra-sonografia tem gerado dados que

permitem correlacionar a ma turidade com a firmeza do fruto, com o conteúdo de açúcar e

19

com teor de acidez ( MIZRACH et al., 1999). O emprego de colorímetros para determinação

da maturidade de manga é recomendado tanto no campo como no packing-house por

Malevski et al.(1977). Resultados satisfatórios são referidos por Schmilovitch et al. ( 2000)

com o uso do infravermelho próximo (NIR) para estimar o teor de sólidos solúveis totais e a

firmeza em mangas Tommy Atkins. Não obstante a vantagem apresentada pelos

pesquisadores trata-se de técnica, cujo emprego é limitado pelo elevado custo dos

equipamentos e por exigir recursos humanos qualificados para executá-los.

2.5 Indicadores físico-químicos e químicos

A manga se caracteriza pelo rápido crescimento das células, pela elevada

atividade respiratória e pela grande capacidade de acumular reservas nutricionais na forma de

amido ( CHOUDHURY, 1995). O amido encontra-se confinado nos plastídios do fruto, onde

também ocorre sua degradação ( TUCKER, 1993), acarretando uma progressiva redução dos

seus grânulos durante o processo de amadurecimento, até atingirem níveis insignificantes

( MORGA et al., 1979) ou desaparecerem completamente no fruto maduro ( MEDLICOTT;

BHOGAL; REYNOLDS, 1986; CASTRILLO; KRUGER; WHATLEY, 1992). Uma vez no

citoplasma, os produtos da hidrólise do amido (glicose, glicose-1-fosfato ou glicose-6-fosfato)

são utilizados pela glicólise para produção de energia ou convertidos à glicose fosfato e

frutose para síntese de sacarose ( TUCKER, 1993).

Subramanyam, Krishnamurthy, Parpia (1975) observaram aumento de 1 a 13% de

amido durante o desenvolvimento da cultivar Alphonso, enquanto Morga et al. (1979)

encontraram ao comparar mangas Carabao imaturas com maduras que os teores de amido

foram reduzidos de 11,38 g a 0,00 g de amido / 100g de peso fresco do fruto. Dessa forma um

dos principais fenômenos bioquímicos que ocorrem durante o crescimento do fruto diz

respeito ao aumento e posterior redução do teor de amido ( SUBRAMANYAM;

KRISHNAMURTHY; PARPIA, 1975). O decréscimo dos valores deste polissacarídeo é

acompanhado por um rápido acúmulo de açúcares, principalmente sacarose em diferentes

variedades de manga ( MORAES; PUSCHMANN; LOPES, 2000, SELVARAJ; KUMAR;

PAL, 1989). Esta redução é atribuída ao aumento da atividade das amilases (á e â) e amido

fosforilase na glicogênese que ocorre quando o amadurecimento é completado ( LIZADA,

1993; SELVARAJ; KUMAR; PAL, 1989). Pesquisa desenvolvida por Bernardes-Silva,

Lajolo, Cordenunsi (2003) demonstra, entretanto, que a síntese de sacarose nas mangas Haden

e Tommy Atkins não se encontra necessariamente correlacionada com a degradação do amido

20

o que ratifica Hubbard, Pharr, Huber (1991) e Castrillo, Kruger, Whatley (1992) quanto à

insuficiência da degradação do amido para suprir o carbono necessário à formação da

sacarose.

Os frutos, cujo desenvolvimento não se completou, perdem a capacidade de

amadurecer fora da planta, pois segundo Bleinroth (1980) o amido ainda se encontra em

formação. Enquanto Brookfield et al. (1997) afirmam que o fruto quando não dispõe de

reservas não permite seu armazenamento por longos períodos, nem tampouco “flavour” e

textura característicos.

Os açúcares constituem 91% dos sólidos solúveis totais do mesocarpo da manga

Ngowe madura ( BRINSON et al., 1988). Este percentual é, no entanto, variável por depender

das condições de cultivo e estádio de maturação ( SIQUEIRA et al., 1988). Segundo

Subramanyam, Krishnamurthy, Parpia (1975), na manga os açúcares redutores predominam

durante o crescimento, enquanto que no estádio maduro prevalece a sacarose, no que foi

ratificado por Castrillo, Kruger, Whatley (1992) em pesquisa com a manga Haden e por

Bernardes-Silva, Lajolo, Cordenunsi (2003) em mangas Tommy Atkins, Palmer e Haden.

O incremento dos teores de sacarose ocorre, principalmente, no final do

amadurecimento ( SELVARAJ; KUMAR; PAL, 1989; SUBRAMANYAM; GOURI;

KRISHNAMURTHY, 1976), alcançando na cultivar Irwin valores 5-6 vezes superiores aos

encontrados em frutos com 17 semanas após florada ( UEDA et al., 2001). Este

comportamento sugere que o catabolismo dos polissacarídeos encontra-se associado à

diminuição do conteúdo de amido. Para Hubbard, Pharr, Huber (1991) e Castrillo, Kruger,

Whatley (1992), no entanto, a síntese de sacarose é o principal fluxo metabólico do

amadurecimento da manga uma vez que o teor de amido não é suficiente para fornecer mais

que 7% do carbono requerido à sua produção. A sacarose contribui com 57% dos açúcares

totais da manga Keitt madura, seguida da frutose e glicose com 28% e 15%, respectivamente

( MEDLICOTT & THOMPSON, 1985). Estes açúcares, sacarose, frutose e glicose

apresentam, durante o amadurecimento, um aumento da ordem de 3,5, 2,5 e 2,7 vezes.

Recentemente Bernardes-Silva, Lajolo, Cordenunsi (2003) afirmaram, baseados no perfil

cromatográfico, que estes são os “únicos sólidos solúveis encontrados durante as fases de

desenvolvimento e amadurecimento” de mangas. Quanto aos açúcares redutores, Hulme

(1971) e Medina (1995) referem que se mantêm constantes durante o desenvolvimento de

manga, mostrando uma desprezível diminuição no amadurecimento e no pós-climatérico.

O amadurecimento da manga também é caracterizado pela diminuição da firmeza

devido a alterações dos constituintes da parede celular, por aumento da atividade das enzimas

21

pécticas que resulta da despolimerização da protopectina da parede celular ( ROE &

BRUMMER, 1981; BRINSON et al.,1988; GOWDA & HUDDAR, 2001).

Esta diminuição da resistência à compressão apresenta correlação significativa

com o aumento da atividade enzimática da poligacturonase e celulase e diminuição da

pectinesterase ( GOMEZ-LIM, 1997; ROE & BRUMMER, 1981; ABU-SARRA & ABU-

GOUKH, 1992). A atuação destas enzimas sobre a protopectina e as ligações da estrutura da

pectina foi conferida por Faria et al. (1994) em mangas Haden.

De acordo com Mitcham & Mcdonald (1992) nas mangas Tommy Atkins a

redução da hemicelulose da parede celular é associada ao amadurecimento e à atividade da

enzima celulase. Assim sendo, o amaciamento da polpa é, portanto, irreversível e encontra-se

estritamente ligado ao estádio de maturação do fruto ( GUARINONI, 2000).

Segundo Tandon & Kalra (1984) o conteúdo máximo de pectina solúvel em água

ocorre na maturidade, justo o inverso do teor de protopectina que aumenta até o crescimento

máximo do fruto. Em mangas Dashehari maturas foi constatado uma redução do teor de

substâncias pécticas totais de 1,58% a 1,46% nos frutos maduros.

Em mangas Tommy Atkins em diferentes estádios de maturação o percentual de

substâncias pécticas foi superior ao encontrado na manga Keitt ( MITCHAM &

McDONALD, 1992). Estas diferenças são explicadas em função das mudanças que ocorrem

na parede celular que permitem considerar a manga Tommy Atkins com boa capacidade de

armazenamento ( TUCKER & SEYMOUR, 1991).

Segundo Salles & Tavares (1999), a manga que tem como principal ácido

orgânico, o cítrico, apresenta teor variável de 0,13 a 0,71% e de 0,67 a 3,66% em frutos

maduros e verdes, respectivamente. Esta redução da acidez durante a maturação do fruto é

atribuída ao aumento da atividade de citratoliase ( UEDA et al., 2001), da sua conversão a

açucares, bem como da sua utilização no processo metabólico ( GOWDA & HUDDAR,

2001), como substrato para a respiração e reserva energética ( HULME, 1971; TUCKER,

1993; MOSCA & FILGUEIRAS, 1997). Este comportamento tem sido registrado para

diversos frutos de mangas: Ubá ( MORAES; PUSCHMANN; LOPES, 2000), Espada,

Itamaracá, Rosa, Jasmim e Coité ( MAIA et al., 1986) e Alphonso, Banganapali, Dasheri,

Fazli, Langra, Suvarnarekha, Totapuri ( SELVARAJ; KUMAR; PAL, 1989). Em manga

Tommy Atkins madura foram determinados níveis de acidez titulável total (ATT) de 0,38%

( BLEINROTH et al., 1985) e 0,21% ( SIQUEIRA, et al., 1988), valores que podem variar

conforme as condições climáticas da região ( ZANINI JUNIOR; OGATA; LINS, 1987).

Além dos fatores climáticos, deve-se ainda considerar a fisiologia do próprio fruto a exemplo

22

de manga Harumanis que apresenta uma diminuição da acidez mais rápida no mesocarpo

interno, sugerindo que o amadurecimento progride do interior para o exterior do fruto

( LAZAN et al., 1993). De acordo com Jacobi, Macrae, Hetherington (2001) o menor teor de

acidez titulável total encontra-se correlacionado com o estádio de maturação mais avançado e,

conseqüentemente, com o menor tempo de vida de prateleira ( SUBRAMANYAM;

KRISHNAMURTHY; PARPIA, 1975).

Por meio do cálculo da relação sólido solúvel total / acidez titulável total

( SST/ATT) é possível avaliar o sabor, um dos mais importantes fatores de qualidade dos

frutos. Valores de 41,00 a 64,10 determinados para mangas Tommy Atkins completamente

maduras, demonstram a predominância do sabor doce ( BLEINROTH et al., 1985,

SIQUEIRA et al.,1988 ) tão apreciado pelo consumidor.

Quanto à elevação nos níveis de pH que, de acordo com Medilicott & Jeger

(1987) apud Melo Neto (1999), encontra-se associada com o excesso de utilização dos ácidos

orgânicos armazenados nos vacúolos como substratos respiratórios, atingindo valores de 4,29

e 4,24, determinados por Bleinroth et al.(1985) e Siqueira et al.(1988), respectivamente para

mangas Tommy Atkins maduras.

Verifica-se por meio desta revisão que a importância do teor máximo de amido

como indicador do ponto de colheita e do tempo de vida de prateleira de mangas vem sendo

evidenciada ao longo do tempo desde Popenoe, Hatton, Harding,(1958); Pantastico & Lodh

(1975) e Medlicott, Bhogal, Reynolds (1986), Lederman et al.(1998), Morais (2001), Rocha

et al. (2001) até Bernardes-Silva, Lajolo, Cordenunsi (2003) em mangas Tommy Atkins. Essa

constatação justifica a avaliação da eficácia deste indicador para as mangas produzidas no

Vale do São Francisco, dadas as peculiaridades desta Região.

23

3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo geral

Avaliar a relação do teor de amido com o desenvolvimento do fruto e sua

influência na determinação do ponto de colheita de manga Tommy Atkins produzidas no Vale

do São Francisco.

3.2 Objetivos específicos

Estabelecer associações entre o teor de amido e outros indicadores da maturação;

Oferecer indicadores que facilitem a colheita de frutos com o padrão exigido para

exportação;

Verificar a influência dos períodos de safra sobre os indicadores de

desenvolvimento.

24

4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 Coleta de amostra

O material utilizado nesta pesquisa foi constituído por mangas Tommy Atkins

produzidas na Fazenda Timbaúba Agrícola(1), no Perímetro Irrigado Senador Nilo Coelho

N-11, no município de Petrolina-PE que está localizada na latitude 09°13’ S e na longitude

40°29’ W com altitude média de 365,5 m (EMBRAPA, 2002). As principais variáveis

ambientais da Região do Vale do São Francisco são: temperatura mínima (18,2°C a 22°C),

temperatura máxima (29,5°C a 33,9°C), temperatura média (24,2°C a 28,2°C), radiação solar

(363cal/cm²/dia a 528cal/cm²/dia), umidade relativa do ar (54% a 71,5%) e pluviosidade (400

mm) ( LIMA FILHO et al., 2002;).

Foram coletados de 42 plantas, aleatoriamente, quinze frutos por vez aos 50, 64,

78, 85, 92, 99, 106, 113 e 120 dias após a florada (DAF) em duas épocas do ano a partir de

trezentas panículas marcadas no primeiro dia de pegamento. Na safra 1 compreendida entre 18

de março e 16 de julho de 2002 com temperatura média 23,37°C e plantas com quatro anos,

enquanto que a safra 2 compreendida de 10 de julho a 07 novembro de 2002 com temperatura

média 25,98°C e plantas com cinco anos.

Paralelamente foram colhidos cinco frutos, ao acaso, para cada ponto de colheita

no mesmo pomar e época de produção com auxílio de funcionários da Fazenda, segundo

classificação descrita por Alves et al. (2002) baseada na cor interna do fruto: ponto 1- a polpa

de cor creme; ponto 2 - mudança de até 30% da cor creme para a amarela, iniciando do centro

do fruto; ponto 3 - polpa de 30 a 60% de cor amarela; ponto 4 - cor amarelo- laranja superior a

60% da parte central do fruto.

_______________

(1) irrigadas por microaspersão

25

4.2 Análises físicas, físico-química e químicas

Após a colheita, os frutos foram imediatamente conduzidos ao Laboratório de

Pós-colheita da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) Semi-árido, onde

foram lavados, secados e avaliados individualmente, quanto aos seguintes indicadores:

- peso obtido em balança semi-analítica MARTE, Modelo: AS-1000 C com escala

de +- 0,01g;

- volume determinado pelo método de deslocamento de água, em cm³;

- gravidade específica aplicando a relação entre peso e volume, em g/cm³;

- firmeza obtida pela compressão média de duas medidas, em lados opostos, na

região equatorial do fruto, após o corte da casca, através de um penetrômetro Fruit Pressure

Tester modelo FT 327, marca Wagner com punção 5/16” e leitura máxima de 13 Kg/cm²;

- diâmetros medidos por paquímetro digital MITUTOYO/ Corporation – Modelo

Cd 6”0CS com leituras em mm e transformadas em cm. O diâmetro longitudinal (DL ou

comprimento) medido da cavidade basal ao ápice. A medida obtida entre a espádua dorsal e

ventral corresponde ao diâmetro dorso-ventral (DDV ou largura) que corresponde ao maior

diâmetro transversal do fruto, enquanto que o diâme tro lateral (Dlat ou espessura) é

perpendicular ao dorso-ventral (Figura 1).

Figura 1 Aspecto geral do fruto de manga. 1: depressão em torno do pedúnculo; 2: diâmetro lateral (espessura); 3: espádua dorsal; 4: espádua ventral; 5: diâmetro dorso-ventral (largura); 6: face dorsal; 7: diâmetro longitudinal (comprimento); 8: ponto estigmático; 9: “nak” sobre bico bem formado; 10: ápice; 11: sinus. Fonte: Adaptado de Medina et al. (1981).

26

Em seguida foi procedida a retirada da polpa das unidades coletadas que após

trituração, homogeneização e filtração foram submetidas aos seguintes ensaios analíticos

realizados no Laboratório de Físico-Química do Centro Federal de Educação Tecnológica

(CEFET) de Petrolina:

- sólidos solúveis totais (SST) por meio de um refratômetro digital de bancada

marca Abbe, modelo Mark II, com divisões de 0,1ºBrix, sob temperatura auto-compensada;

- açúcares não redutores (sacarose) e redutores por técnica descrita pelo Instituto

Adolfo Lutz (1985), baseada na redução ácida da solução e caracterização pelos reagentes de

Fehling A e B, utilizando-se o azul de metileno como indicador na titulação, expressos em g%;

- acidez titulável total (ATT) por técnica descrita pelo Instituto Adolfo Lutz

(1985), utilizando-se uma solução com NaOH 0,1N, calculada em % de ácido cítrico;

- pH por meio de potenciômetro marca MICRONAL, Modelo B474 com leituras

em 0,01;

- teor de amido(1) determinado por técnica descrita pelo Instituto Adolfo Lutz

(1985), baseada na redução ácida do amido a glicose e caracterização desta última pelos

reagentes de Fehling A e B, utilizando-se o azul de metileno como indicador na titulação,

calculado em g%;

- substâncias pécticas totais de acordo com a metodologia descrita por Rangana

(1997), expressas em g%.

Procedimento similar foi desenvolvido com os frutos colhidos nos quatro pontos

de colheita que foram submetidos aos mesmos ensaios analíticos com exceção da pectina,

sacarose, açúcares redutores e diâmetros. Nestes frutos foi realizado corte transversal próximo

ao caroço e foram escolhidos os três com cor interna mais padronizada que foram submetidos

às análises físico-químicas.

4.3 Dados meteorológicos e cálculo da unidade de calor

Para o cálculo de unidade de calor, expressa em graus–dia ou GD, somatório da

diferença entre temperatura média do dia e a temperatura base (17,9°C) segundo Burondkar et

al. (2000), os dados meteorológicos diários foram obtidos da Estação Experimental do

Bebedouro (EMBRAPA, 2002), município de Petrolina.

_______________

(1) Validado conforme NBR 14597 (2000)

27

4.4 Análises estatísticas

Os dados obtidos foram submetidos a um delineamento experimental inteiramente

casualizado com dois fatores, considerando-se 9 coletas e 2 safras (18 tratamentos) durante o

desenvolvimento do fruto e no outro delineamento com 4 pontos de colheita e 2 safras

(8 tratamentos) para cada indicador estudado. Foi aplicado a análise de variância ( ANOVA)

e o teste de Tukey ao nível de 5% de significância para comparação entre as médias que

foram obtidas de três repetições. Para averiguar a relação entre o teor de amido e os demais

indicadores foi realizada a análise de componentes principais ( PCA), utilizando dados

autoescalonados seguida do coeficiente de correlação de Pearson e regressão linear entre os

indicadores. As análises foram realizadas pelo software Programa Statistica 6.0 for Windows

(STATSOFT, 2000).

28

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Considerando que a qualidade desejável para o estabelecimento do ponto ótimo

de colheita de frutos e hortaliças não se encontra associado a uma mudança universal, foram

monitorados vários indicadores, envolvidos nos diferentes estádios de desenvolvimento da

manga Tommy Atkins, produzida em Petrolina, tendo em vista obter parâmetros que o

caracterizem.

5.1 Indicadores físicos

Para avaliar o desenvolvimento dos frutos foram procedidas medições de diversos

indicadores físicos, conforme Tabela 1 e APÊNDICE C.

No que diz respeito ao peso e ao volume, além da semelhança entre os valores,

independentemente das safras, os resultados ratificam aqueles apresentados por Morais (2001)

em trabalho realizado com a cultivar em estudo. As curvas resultantes, na Figura 2,

demonstram um padrão de crescimento semelhante ao relatado por Saini, Singh, Paliwal

(1971) e Wang & Shiesh (1990) em outras cultivares.

Tabela 1 Indicadores físicos de mangas Tommy Atkins desenvolvidas em duas safras. Petrolina, 2002.

Coletas Peso (g) Volume (cm³) Gravidade específica(g/cm³) Firmeza (Kg/cm²)

(DAF) Safra 1* Safra 2* Safra 1 Safra 2 Safra 1 Safra

Safra 2 Safra 1 Safra 2 50 188,09+-6,32 eA 110,99+-9,10dA 198,33+-10,50 dA 111,00+-10,57 cA 0,95+-0,02 bA 1,00+-0,02 cB >13,00 ** >13,00 **

64 293,13+-15,10 dA 333,37+-17,44 cA 294,13+-7,50 cdA 327,27+-16,11 bA 1,00+-0,02 aA 1,02+-0,00 bcA >13,00 12,50+-0,35 a

78 346,16 +-28,18cdA 419,72+-11,97 bcA 348,60+-29,82 bcA 411,00+-9,93 abA 0,99+-0,00 abA 1,02+-0,01 bcA >13,00 12,67+-0,14 a

85 415,58+-9,85 abcA 444,96+-24,01 abA 408,73+-9,59 abA 437,27+-19 aA 1,02+-0,00 aA 1,02+-0,01 bcA >13,00 12,65+-0,17a

92 401,02+-45,57 bcA 468,30+-49,43 abA 395,80+-46,44 abA 435,20+-59,92 aA 1,01+-0,01 aA 1,08+-0,03 aB 12,66+-0,56 aA 12,20+-0,62 aA

99 437,18+-69,83 abcA 517,71+-29,15 aA 430,92+-81,58 abA 501,27+-27,36 aA 1,02+-0,03aA 1,03+-0,01 bcA 13,00+-1,27 aA 12,37+-0,40 aA

106 426,71+-56,98 abcA 461,78+-8,86 abA 415,00+-54,24 abA 447,44+-5,15 aA 1,03+-0,00 aA 1,03+-0,01 bcA 12,22+-0,41 abA 12,38+-0,29 aA

113 487,27 +-29,24abA 476,50+-10,99 abA 472,00+-26,81 aA 455,67+-8,51 aA 1,03+-0,00 aA 1,05+-0,01 abA 11,47+-1,23 abA 12,47+-0,32 aA

120 509,46+-19,92 aA 509,97+-21,95 abA 494,87+-17,41 aA 472,88 +-21,23aA 1,03+-0,01 aA 1,08+-0,00 aB 9,50+-2,76 bA 12,58+-0,11 aB

Coletas Diâmetro longitudinal(cm) Diâmetro lateral (cm) Diâmetro dorso -ventral (cm) Produto dos diâmetros(cm³) (DAF) Safra 1* Safra 2* Safra 1 Safra 2 Safra 1 Safra 2 Safra 1 Safra 2

50 9,13+-0,08 cA 7,94+-0,28 cB 5,99+-0,34 eA 4,85+-0,15dB 7,08+-0,10dA 5,76+-0,21 dB 386,81+-24,77 eA 222,24+-22,37 dB 64 10,02+-0,33 cbA 11,04+-0,24 bB 7,04+-0,22 dA 7,30+-0,24 cA 8,12+-0,16cA 7,97+-0,04 cA 573,09+-29,15 dA 641,94+-22,52 cA 78 10,18+-0,44 abA 11,48+-0,40 abB 7,58+-0,09 cdA 8,13+-0,06 bA 8,32+-0,11 cA 8,56+-0,17 bcA 642,59+-43,06 cdA 799,07+-38,48 bcA 85 10,81+-0,23 abA 11,86+-0,23 abB 8,01+-0,11 bcA 8,22+-0,18 abA 8,66+-0,03 bcA 8,86+-0,29 abA 750,12+-17,78 bcA 863,92+-33,73 abA 92 10,63+-0,45 abA 11,81+-0,33 abB 8,01+-0,24bcA 8,43+-0,38 abA 8,53+-0,26 cA 9,08+-0,36 abA 727,75+-73,63 bcdA 906,62+-99,68 abB 99 10,78+-0,43 abA 12,23+-0,09 aB 8,28+-0,43abA 8,88+-0,18 aA 8,64+-0,38 bcA 9,32+-0,23 aB 774,60+-101,62 abcA 1012,29+-50,27 aA 106 10,65+-0,60 abA 11,48+-0,23 abA 8,30+-0,34 abA 8,52+-0,16 abA 8,47+-0,22 cA 8,91+-0,04 abA 750,36+-91,16 bcA 871,00+-14,92 abA 113 11,11+-0,37 aA 11,71+-0,12 abA 8,86+-0,16 aA 8,49+-0,12 abA 9,43+-0,19 aA 9,05+-0,11 abA 929,22+-59,65 aA 898,92+-31,34 abA 120 10,73+-0,20 abA 11,93+-0,03 abB 8,85+-0,11aA 8,76+-0,13 abA 9,16+-0,22 abA 9,06+-0,12 abA 869,92+-36,44 abA 946,71+-19,69 abA

Médias com mesma letra maiúscula não diferem entre safras e com mesma letra minúscula não diferem entre coletas (p<0,05). Comparação múltipla de médias pelo Teste de Tukey. *Médias de três repetições +- desvio padrão **Medidas acima da capacidade máxima do aparelho (13 Kg/cm²)

DAF: dias após florada

29

Com relação aos diâmetros lateral (Dlat), longitudinal (DL) e dorso ventral

(DDV), a Figura 3, demonstra que o crescimento máximo, alcançado aos 85 DAF, para ambas

as safras, foi seguido por uma fase estacionária entre 85 e 120 DAF com oscilações, na sua

maioria não significativa entre as coletas. Convém ressaltar que as medidas obtidas aos 120

DAF são comparáveis às citadas por Bleinroth et al. (1985), para a mesma cultivar.

Comportamento similar foi referido por Moraes, Puchman, Lopes (2000) em mangas Ubá,

cuja fase estacionária ocorrida entre os 105 e 168 DAF, coincidiu com o alcance do

comprimento definitivo e enchimento do mesocarpo do fruto.

Figura 2 Curvas de crescimento de mangas Tommy Atkins a partir do peso e do volume, em duas safras. Petrolina -PE, 2002.

Safra 2

0100200300400500600

50 64 78 85 92 99 106 113 120Dias após florada

Pes

o (

g)

0100200300400500600

Vo

lum

e (c

m³)

Peso Volume

Safra 1

0100200300400500600

50 64 78 85 92 99 106 113 120

Dias após florada

Pes

o (g

)

0100200300400500600

Vo

lum

e (c

m³)

30

Convém ressaltar que entre 50 e 85 DAF, os diâmetros lateral, longitudinal e

dorso-ventral apresentaram um crescimento médio de 1,24 e 1,57 vez, o peso de 2,21 e 4,00

vezes e o volume de 2,06 e 3,94 vezes nas safra 1 e 2, respectivamente, demonstrando um

crescimento mais intenso dos frutos da última safra.

Figura 3 Curva de crescimento de mangas Tommy Atkins a partir dos diâmetros, em duas safras. Petrolina-PE, 2002.

Safra 1

02468

1012

50 57 64 71 78 85 92 99 106 113 120Dias após florada

Diâ

met

ro (

cm)

Diâmetro longitudinal Diâmetro lateralDiâmetro dorso-ventral

Safra 2

02468

1012

50 57 64 71 78 85 92 99 106 113 120

Dias após florada

Diâ

met

ro (

cm)

Diâmetro longitudinal Diâmetro lateralDiâmetro dorso-ventral

31

Uma análise acurada dos dados permite constatar que os frutos da safra 2

apresentaram diâmetros longitudinal superiores (p < 0,05) aos da safra 1, principalmente no

período que antecedeu os 106 DAF. Estes resultados bem como a relação DL/ DDV explicam

para as diferenças morfológicas, forma mais oblonga dos frutos da safra 2 registradas na

Figura 4, cujas médias foram 1,23 e 1,33 para as safras 1 e 2, respectivamente.

Figura 4 Diferenças morfológicas entre os frutos de manga Tommy Atkins em duas safras.

Petrolina-PE, 2002.

Safra 1

Safra 2

32

Entre os indicadores de crescimento analisados, as melhores correlações foram

obtidas entre peso e volume, peso e produto dos diâmetros ( Figura 5). Esta constatação

ratifica pesquisa realizada por Castro Neto et al. ( 2001) com mangas Haden e por Morais

(2001) com mangas Tommy Atkins. Desse modo, a medição do volume e do produto dos

diâmetros permite a estimativa do peso fresco do fruto, indicador importante para

determinação do ponto de colheita, sem retirá- lo da planta.

Segundo Choudhury (1995), a firmeza ideal para a colheita da Tommy Atkins se

encontra na faixa de 10 a 12 kg/cm², valores (Tabela 1) que foram alcançados aos 106 DAF

da safra 1 embora os da safra 2 tenham permanecidos praticamente inalterados ao longo do

tempo. A despeito da utilização deste indicador para determinação do ponto de colheita pelos

produtores, os resultados obtidos demonstram a inadequação deste procedimento e ratificam

Lederman et al. (1998) ao recomendar a utilização de mais de um indicador para este fim.

Com relação à firmeza, observa -se a partir dos 92 DAF uma redução que embora mais

pronunciada na safra 1, não foi significativa em relação a 2, com exceção da última coleta.

Figura 5 Correlações do peso com volume e produto dos diâmetros de mangas Tommy Atkins em duas safras. Petrolina-PE, 2002.

Safra 1

y = 0,9191x + 26,379

R2 = 0,9993

0100200300400500600

0 100 200 300 400 500 600

Volume (cm3)

Peso

(g)

y = 0,9333x + 11,727

R2 = 0,9941

0100200300400500600

0 100 200 300 400 500 600

Volume (cm³)

Peso

(g)

Safra 1

y = 0,6116x - 45,266

R2 = 0,9719

0100200

300400500600

0 200 400 600 800 1000

Produto dos diâmetros (cm³)

Peso

(g)

Safra 2

Safra 2

y = 1,8795x + 13,755

R2 = 0,996

0100200

300400500600

0 200 400 600 800 1000 1200

Produto dos diâmetros (cm³)

Peso

(g)

33

Este abrandamento da textura, característico do amadurecimento, é resultante da

transformação de polissacarídeos insolúveis da parede celular e do amido por ação de enzimas

específicas.

Outro indicador físico que apresentou diferença entre as safras foi à gravidade

específica, considerada por diversos autores ( KAPSE & KATRODIA, 1997; MUKHERJEE,

1972) como um bom indicador de maturidade para mangas, quando se encontra entre

1,00 g/cm³ e 1,02 g/cm³. Valores superiores como os detectados em mangas Dashehari,

encontravam-se associados ao início do amadurecimento, a menor teor de amido, a elevado

teor de SST e curta vida de prateleira ( TANDON; KALRA; SINGH, 1988). Os frutos

colhidos na safra 1 enquadram-se no referido intervalo (1,01g/cm³ a 1,03 g/cm³) nas coletas

realizadas entre os 85 DAF a 120 DAF, diferentemente dos da safra 2 que aos 64 DAF, já

exibiam valores superiores aos referidos por Mukherjee (1972), sem contudo, apresentarem a

correspondente elevação do teor de SST ( Tabela 2).

5.2 Indicadores físico-químicos e químicos

Os indicadores físicos apontam 85 DAF como o ponto de crescimento máximo,

para ambas as safras, significando que os frutos encontram-se aptos a promoverem as

modificações bioquímicas que caracterizam o amadurecimento. Estas modificações que

abrangem dentre outros, síntese e degradação de carboidratos: açúcares de baixo peso

molecular e polímeros de elevado peso molecular, como o amido, repercutem sobre a textura,

uma das mais significantes alterações do fruto e sobre o seu “flavor”.

As substâncias pécticas constituem um bom indicador destas mudanças conforme

demonstrado por Tandon & Kalra (1984). Os percentuais deste constituinte ( Tabela 2 e

APÊNDICE B), na safra 1 são similares aos determinados por estes autores em mangas

Dashehari, isto é, evoluíram gradativamente até alcançarem um máximo 1,09 g%, aos 106

DAF, caracterizando o estádio de maturação. Durante este estádio ocorre, mediada por

enzimas específicas, a hidrólise ou simplesmente a quebra gradual das ligações entre as

moléculas da protopectina, dando lugar à formação de moléculas de menor peso molecular

( pectinas) que são mais solúveis em água. Embora os dados obtidos não apresentem

diferenças, do ponto de vista estatístico, entre as safras para a maioria das coletas, constata-se

que os resultados da safra 2 além de variados apresentam um comportamento diferenciado,

entretanto comparável, ao detectado para a firmeza.

34

Tabela 2 Evolução dos indicadores físico-químico e bioquímico durante o desenvolvimento de mangas Tommy Atkins em duas safras. Petrolina-PE, 2002

Coletas Sólido solúveis totais (°Brix) pH Acidez titulável total (%ácido cítrico) SST /ATT

(DAF) Safra 1* Safra 2* Safra 1 Safra 2 Safra 1 Safra 2 Safra 1 Safra 2 50 7,36+-0,28 aA 7,81+-0,20 bA 3,02+-0,03 cA 3,47+-0,01 Eb 1,68+-0,15 abA 1,40+-0,08 aA 4,39+-0,38 dA 5,58+-0,41 cA 64 6,86+-0,13 aA 7,77+-0,15 bA 3,21+-0,08 cdA 3,55+-0,18 deB 1,88+-0,23 aA 1,36+-0,25 abB 3,68+-0,47 dA 5,82+-0,98 cA 78 7,37+-0,26 aA 7,34+-0,24 bA 3,42+-0,06 bdA 3,66+-0,15 deB 1,39+-0,12 bcA 1,03+-0,08 cB 5,33+-0,29 cdA 7,14+-0,69 bcA 85 7,81+-0,20 aA 7,28+-0,20 bA 3,47+-0,02 bA 3,59+-0,02 deA 1,38+-0,00 bcA 1,12+-0,09 abcA 5,66+-0,16 cdA 6,53+-0,62 bcA 92 7,98+-0,30 aA 8,18+-0,19 abA 3,51+-0,01 bA 3,71+-0,08 cdA 1,09+-0,07 cdA 1,07+-0,08 bcA 7,36+-0,24 bcdA 7,70+-0,75 bcA 99 7,99+-0,70 aA 9,07+-0,26 abA 3,77+-0,01 aA 3,92+-0,08 acA 0,92+-0,07 deA 0,90+-0,07 cdA 8,73+-1,32 abcA 10,09+-0,99 bA 106 7,60+-0,17 aA 9,16+-0,05 abA 3,75+-0,04 aA 3,89+-0,02 acA 0,84+-0,01 deA 0,99+-0,00 cdA 9,09+-0,26 abcA 9,25+-0,05 bcA 113 8,23+-0,91 aA 9,41+-0,45 abA 3,81+-0,05 aA 3,87+-0,01 bcA 0,71+-0,08 eA 0,95+-0,07 cdA 11,63+-1,48 aA 9,93+-0,66 bA 120 8,28+-3,22 aA 10,46+-0,14 aA 3,87+-0,04 aA 4,09+-0,05 aB 0,75+-0,00 eA 0,70+-0,07 dA 10,99+-4,33 abA 15,10+-1,50 aB

Coletas Amido (%) Sacarose (g%) Açucares redutores(g%) Pectina total (%) (DAF) Safra 1* Safra 2* Safra 1 Safra 2 Safra 1 Safra 2 Safra 1 Safra 2

50 2,53+-0,12 fA 2,23+-0,02 eA 3,06+-0,01 bA 3,47+-0,13 dA 3,10+-0,04 bA 3,05+-0,02 acA 00,33+-0,05 dA 1,05+-0,04 aB 64 4,12+-0,31 eA 5,20+-0,53 cdA 3,68+-0,11 bA 3,38+-0,14 dA 3,44+-0,05 bA 2,33+-0,37 bB 00,76+-0,26 cA 1,06+-0,05 aB 78 4,99+-0,09 deA 4,53+-0,55 dA 3,65+-0,14 bA 2,52+-0,09 eB 4,63+-0,10 aA 2,74+-0,10 bcB 11,05+-0,11 abA 1,08+-0,04 aA 85 6,62+-0,40 bcA 5,23+-0,05 cdB 3,25+-0,62 bA 3,84+-0,58 cdA 2,19+-0,32 cA 3,23+-0,08 aB 00,98+-0,07 acA 1,15+-0,09 aA 92 6,97+-0,36 bA 6,83+-0,43 bA 3,61+-0,19 bA 4,23+-0,46 bcA 2,09+-0,23 ceA 3,11+-0,16 acB 00,96+-0,05 abcA

aaaaabcAabcA 1,10+-0,25 aA

99 6,22+-0,36 bcdA 6,48+-0,45 bcA 3,12+-0,15 bA 4,81.+0,23 abB 2,15+-0,06 ceA 2,93+-0,07 acB 00,97+-0,11 abcA 0,97+-0,14 aA 106 8,68+-0,72 aA 6,48+-0,08 bcB 4,91+-0,07 aA 4,62+-0,35 abA 2,24+-0,03 cA 2,99+-0,28 acB 11,09+-0,04 aA 0,65+-0,06 bB 113 5,58+-0,79 cdA 7,44+-0,25 bB 3,58+-0,15 bA 4,22+-0,09 bcA 1,21+-0,05 dA 2,92+-0,09 acB 00,97+-0,09 abcA 1,10+-0,06 aA 120 5,71+-0,64 bcdA 9,77+-0,31 aB 4,71+-0,09 aA 5,09+-0,25 aA 1,62+-0,06 deA 2,94+-0,17 acB 00,79+-0,07 bcA 1,05+-0,02 aA

Médias com mesma letra maiúscula não diferem entre safras com mesma letra minúscula não diferem entre coletas (p< 0,05). Comparações múltiplas das médias ( Teste de Tukey)

*Médias de três repetições +- desvio padrão DAF: dias após florada SST: sólidos solúveis totais ATT : acidez titulável total

35

Enquanto os demais frutos climatéricos apresentam um declínio do teor de amido,

acompanhado da evolução dos açúcares no amadurecimento, este fruto, conforme Figura 6,

alcançou o valor máximo deste constituinte, 8,68 g% e 9,77 g%, aos 106 DAF e 120 DAF,

nas safras 1 e 2, respectivamente, sem contudo apresentar uma relação inversa com a

sacarose, demonstrando que o teor de amido durante o desenvolvimento da manga, evolui de

modo peculiar. Estes achados comprovam os de Bernardes-Silva, Lajolo, Cordenunsi (2003)

que referem um intervalo de tempo entre a degradação do amido e a síntese de sacarose. No

período abrangido os percentuais de amido ( Tabela 2 e APÊNDICE D) foram superiores aos

obtidos por Morais (2001) e Rocha et al. (2001) para esta mesma cultivar. Considerando que

o teor máximo de amido é indicado como bom índice de maturidade para mangas

( POPENOE; HATTON; HARDING, 1958) e os resultados desta pesquisa demonstram a

existência de comportamentos distintos dos teores de amido para as safras em estudo.

Figura 6 Teores de amido e sólidos solúveis totais de manga Tommy Atkins em duas safras.

Petrolina-PE, 2002.

O teor de açúcares redutores ( Tabela 2) na safra 1 apresentou um declínio a partir

dos 106 DAF, enquanto na safra 2 permaneceu sem diferença significativa ao longo do

período. A redução observada na safra 1 coincidiu com a elevação da sacarose, confirmando

que os açúcares são interconversíveis. O valor máximo de sacarose aos 106 DAF na safra 1 é

considerado indicativo do início de amadurecimento por Tandon & Kalra (1983), estádio no

qual predomina este açúcar que corresponde a 2,12 e 1,49 vezes aos açucares redutores nas

23456789

1011

50 64 78 85 92 99 106 113 120

Dias após florada

Te

or

de

am

ido

(g

%)

0

2

4

6

8

10

12

lid

os

so

lúv

eis

to

tais

Bri

x)

amido - safra 1 amido - safra 2sólidos solúveis totais - safra 1 sólidos solúveis totais - safra 2

36

safras 1 e 2, respectivamente. Estas diferenças entre safras comprovam que os tecidos das

plantas são unidades autocontroladas, cujas características dependem essencialmente da forma

como as células respondem as diferentes condições de cultivo.

Os teores de SST em mangas são geralmente variáveis, face à influência de

fatores exógenos ( clima, tratos culturais ) e endógenos ( cultivar, estádio de maturação). Os

resultados da Tabela 2, demonstram um aumento deste indicador em ambas as safras, com

ligeira superioridade da safra 2 a partir dos 92 DAF até atingir 10,46° Brix, seu valor máximo.

Comportamento análogo foi seguido pela sacarose (Tabela 2), açúcar predominante na manga

madura ( SELVARAJ; KUMAR; PAL, 1989), justo o inverso do exibido pelos açúcares

redutores a partir dos 85 DAF, resultados que confirmam os achados de Vasquez-Salinas &

Lakshminarayana (1985) e Subramanyam, Krishnamurthy, Parpia (1975). Quanto à

correspondência entre os valores dos SST e ponto de colheita ideal para mangas Tommy

Atkins, existe uma controvérsia entre os autores, conforme segue: 8% A 10% para Medlicott

et al. (1988); 12° Brix segundo Salunke & Desai (1984); 6 a 7° Brix conforme Choudhury

(1995) e 7,5° Brix de acordo com Filgueiras et al. (2000) para mangas destinadas aos

mercados distantes e 10°Brix para consumo imediato. Estes últimos valores foram inferiores

aos obtidos neste experimento, sendo provavelmente associados a mangas coletadas no ponto

de colheita 1 ( ALVES et al., 2002), que nos últimos anos vem sendo substituído, em

Petrolina, pelos pontos 2 e 2,5, considerando as exigências do mercado externo. Os resultados

demonstram que aos 92 DAF o teor médio dos SST é de aproximadamente 8° Brix para

ambas as safras, superando, portanto, o requisito de maturidade estabelecido Báez-Sañudo,

Bringas, Ojeda (1997b), 6,8° Brix para esta cultivar.

Embora a maioria dos frutos contenha ácidos orgânicos em nível superior ao

requerido pelas operações do ciclo dos ácidos tricarboxílicos (TCA) e de outras vias

metabólicas ( KAYS, 1991), estas reservas são utilizadas durante o amadurecimento o que

explica o declínio da ATT, registrado na Tabela 2, para ambas as safras o que também foi

constatado por Moraes, Puschmann, Lopes (2000). Os valores obtidos aos 85 DAF da safra 1,

encontram-se próximos ao estabelecido para o ponto de colheita das mangas produzidas no

México, por Báez-Sañudo, Bringas, Ojeda (1997b), os quais também, constataram redução da

vida de prateleira da Tommy Atkins, em valores inferiores a 1,22 %. Esta observação, não se

aplica aos frutos produzidos em Petrolina que a partir dos 92 DAF, que coincide com as

características de maturação, apresentam percentual inferior, ao referido acima, nas duas

safras conforme Tabela 2.

37

A elevação do pH durante o amadurecimento, registrada na Tabela 2, também foi

evidenciado por Maia et al. (1986) em outras cultivares: espada, Itamaracá, rosa, jasmim e

coité. De acordo com Medlicott & Jeger (1987) apud Melo Neto ( 1999) este comportamento

pode encontrar-se associado ao excesso de utilização dos ácidos orgânicos estocados nos

vacúolos, como substrato da respiração. Considerando o pH (aproximadamente igual a 3,5)

recomendado por Choudhury (1995) para a colheita de mangas Tommy Atkins, verifica-se

que coincide com os valores obtidos aos 85 DAF em ambas as safras, época na qual os frutos

atingiram o crescimento máximo.

Neste experimento, a relação SST/ATT máxima foi alcançada aos 113 DAF para a

safra 1 e aos 120 DAF na 2 ( Tabela 2), inferiores ao relatado por Siqueira et al.(1989) e

Bleinroth et al.(1985) para mangas Tommy Atkins fisiologicamente maduras (41,05 a 64,10)

e superiores aos utilizados normalmente para colheita de frutos para exportação. Essa

diferença decorrente do teor de acidez que nos frutos do Vale do São Francisco foi inferior

aos citados pela literatura ( BÁEZ-SAÑUDO; BRINGAS; OJEDA, 1997b; MEDLICOTT;

BHOGAL; REYNOLDS, 1986) e pelas condições de amadurecimento dos frutos após a

colheita.

5.3 Análise de componentes principais

Com o objetivo de reduzir a dimensionalidade dos dados para melhor avaliá- los,

bem como detectar padrões de associação entre os indicadores físicos, físico-químicos e

químicos, foi aplicada a Análise de Componentes Principais - PCA (Principal Component

Analysis), cujos resultados encontam-se dispostos nas Figuras 7 e 8.

Com relação aos indicadores físicos ( Figura 7 e APÊNDICE A), constata-se que

a PC 1, explica a variância dos dados; em quase sua totalidade com 91,72% e 88,47% para as

safras 1 e 2, respectivamente. A maioria das amostras das coletas aos 92, 99, 106 e 113 DAF

formou um grupo distinto, considerando os diversos indicadores analisados em estreita

associação com o amido.

Ao aplicar a PCA aos dados dos ensaios químicos, na Figura 8 e APÊNDICE B

verifica-se uma boa construção das informações em duas componentes principais ( PC 1 e PC

2) que totalizaram 77,98% e 78,66%, no que concerne às safras 1 e 2.

A primeira componente da safra 1 separou as amostras em dois grupos: um em

função das variáveis glicose e acidez e outro do pH, amido e pectina. Observa-se que

associada às amostras colhidas aos 106 DAF encontram-se elevados valores de pH, amido e

38

pectina em contraposição a menores teores de glicose e acidez. Esta relação inversa, entre os

referidos indicadores, é coerente com os fenômenos bioquímicos do amadurecimento de

frutos climatéricos. A PC 2 encontra-se relacionada aos SST, evidenciando que os frutos

colhidos a partir da coleta 92 DAF apresentam-se superior aos demais quanto ao “flavor”.

Figura 7 Representação gráfica dos “scores” e “loadings” da análise de componentes principais dos indicadores físicos e do amido de mangas Tommy Atkins cole tadas de 50 a 120 dias após florada em duas safras. Petrolina-PE, 2002.

Safra 1

Bi-plot

PC1(91,72%)

PC

2(6,

65%

)

AMIDO

PESOVOLDLDDVDLAT

GRESPPD

50 64 78

85

92

99

106

113120

-2,5

-2,0

-1,5

-1,0

-0,5

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

-2,5 -2,0 -1,5 -1,0 -0,5 0,0 0,5 1,0 1,5

Safra 2

Bi-plot

PC1(88,47%)

PC

2(9,

70%

)

AMIDO

PESOVOLDLDDVDLAT

GRESP

PD

50

64

7885

92

99

106

113

120

-2,0

-1,4

-0,8

-0,2

0,4

1,0

1,6

-3,0 -2,5 -2,0 -1,5 -1,0 -0,5 0,0 0,5 1,0 1,5

39

Figura 8 Representação gráfica dos “scores” e “loadings” da análise de componentes principais dos indicadores químicos de mangas Tommy Atkins coletadas de 50 a 120 dias após florada em duas safras. Petrolina-PE, 2002.

Bi-plot

PC1(56,64%)

PC

2(21

,34%

)

BRIX

PHACIDEZ

PECTINAAMIDO

SACAROSE

GLICOSE

50

64

78

8592

99

106

113

120

-1,4

-0,8

-0,2

0,4

1,0

1,6

2,2

-2,5 -2,0 -1,5 -1,0 -0,5 0,0 0,5 1,0 1,5

Bi-plot

PC1(63,57%)

PC

2(15

,09%

)

BRIXPH ACIDEZ

PECTINA

AMIDOSACAROSE

GLICOSE

50

64

78

85

92

99

106

113120

-2,0

-1,5

-1,0

-0,5

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

-2,0 -1,4 -0,8 -0,2 0,4 1,0 1,6

Safra 1

Safra 2

40

Quanto à safra 2, embora apresente comportamento similar, As

associações entre os indicadores, ocorreram a partir da coleta 99 DAF,

indicando um retardo do amadurecimento destes frutos. A segunda

componente além do SST, encontra-se também relacionada à sacarose.

5.4 Correlações entre os indicadores analisados e o amido

Considerando o destaque que tem sido dado ao amido como

indicador do ponto de colheita de mangas e um melhor ente ndimento dos

fenômenos envolvidos no desenvolvimento destes frutos foram estabelecidas

as possíveis correlações entre os teores deste polissacarídeo e os demais

indicadores analisados, pelos respectivos coeficientes de correlação de

Pearson e de determinação, Tabelas 3 e 4.

Tabela 3 Relação entre o teor de amido e os indicadores físicos de mangas Tommy Atkins em duas safras. Petrolina-PE, 2002.

Variáveis Safra 1 Safra 2 r R² Equaç ão r R² Equação Peso 0,70* 0,72 y= 0,016x0,9822 0,82* 0,84 y= 1,6128e0,003x Volume 0,70* 0,71 y= 0,0104x1,0579 0,78* 0,80 y = 1,6112e0,0031x Diâmetro Longitudinal 0,76* 0,72 y= 0,0273e0,5066x 0,74* 0,77 y= 0,2367e0,2811x Diâmetro Lateral 0,72* 0,69 y= 0,0402x2,3838 0,80* 0,82 y= 0,5127e0,3013x Diâmetro Dorso-ventral 0,57 0,51 y= 0,0067x3,1355 0,78* 0,81 y = 0,3164e0,3385x Gravidade específica 0,79* 0,74 y= 3E-05e11,874x

0,86* 0,86 y= -222x2+2620,2x-1396,2 Produto dos diâmetros 0,65 ns 0,80* 0,81 y = 1,6216e0,0016x S ignificância com p < 0,05 ns: não significativo

Tabela 4 Relação entre o teor de amido e os indicadores físico-químicos e químicos de mangas Tommy Atkins em duas safras. Petrolina-PE, 2002.

Variáveis Safra 1 Safra 2 r R² Equação r R² Equação

SST 0,35 ns 0,82* 0,71 y= 0,40x²-5,36 + 22,46 pH 0,70* 0,71 y=-11,48x² + 83,85x -146,35 0,89* 0,79 y = 34,48ln(x) - 39,52 ATT(% ác.cítrico) -0,66 ns -0,86* 0,76 y= -8,60 ln(x) + 6,33 Pectina 0,82* 0,80 y= 1,64 e 1,36x -0,09 ns Sacarose 0,53 ns 0,75* 0,66 y= 1,03x² - 5,98x + 12,79 Açúcares redutores -0,45 ns 0,07 ns * Significância com p < 0,05 ns : não significativo

41

No que diz respeito aos indicadores físicos, verifica-se que independentemente

das safras os maiores coeficientes de correlação, foram obtidos com a gravidade específica

(Tabela 3). Esta constatação se reveste da maior importância, ao considerar que a gravidade

específica é uma medida não destrutiva que, associada a outras como peso, volume e

diâmetros, permitirá o estabelecimento do ponto de colheita da Tommy Atkins, com um maior

grau de certeza, como também estabelecer um planejamento dos tratos culturais e manejo de

pós-colheita em relação aos estádios de desenvolvimento dos frutos. A insignificante

correlação entre o amido e DDV e produto dos diâmetros deve ser decorrente das alterações

morfológicas apresentadas pelos frutos da safra 1.

De uma forma geral as correlações mais elevadas foram obtidas na safra 2 entre o

amido e o pH, seguida da gravidade específica, ATT, SST, peso e produto dos diâmetros.

Com relação à safra 1 destacam-se com a pectina, gravidade específica seguida pelo pH. Estes

resultados apresentam consistência com as representações gráficas nas Figuras 7 e 8.

5.5 Ponto de colheita para exportação.

Com vistas a avaliar a metodologia normalmente utilizada pelos produtores que

observa o estabelecido por Alves et al. (2002) foram efetuadas coletas e análises dos frutos de

ambas as safras em quatro pontos de colheita (Figura 9) por eles estabelecidos.

Figura 9 Pontos de colheita em mangas Tommy Atkins. Petrolina- PE, 2002.

1 2 3 4

42

Os resultados obtidos encontram-se dispostos na Tabela 5 e APÊNDICE E. Ao

avaliá- los verifica-se que os indicadores físicos praticamente não diferiram entre as safras e

entre os pontos de colheita, ratificando a curva de crescimento (Figura 2) resultante do

acompanhamento do desenvolvimento dos frutos após 85 DAF. Fica também evidenciado que

a influência do peso e do volume é restrita ao início do desenvolvimento, o que certamente

contribuiu para a elevada correlação entre estes indicadores e o teor de amido ( Tabela 3).

Quanto aos indicadores químicos, constata-se a inexistência de diferenças

significativas para a maioria deles entre os pontos 1 e 2 em ambas as safras, cotejando os

valores de SST, pH , ATT, amido, firmeza e gravidade específica dos referidos pontos de

colheita com os resultados da safra 2 ( Tabela 5) constata-se uma correspondência

relatados para os frutos entre 85 DAF e 92 DAF ( Tabelas 1 e 2) e que esta última data

coincide com a colheita do ponto 1 que por sua vez não difere do ponto 2. O conjunto destes

indicadores apresentam considerável uniformidade em torno do período acima e maior

correlação com o teor de amido ( Tabelas 3 e 4). O mesmo raciocínio aplica-se à safra 1 na

qual os mesmos pontos de colheita apresentaram valores de ATT e pH ( Tabela 5) que

correspondem aos 99 DAF ( Tabela 2) e SST, gravidade específica e amido ( Tabela 5) aos

106 DAF ( Tabelas 1 e 2), período no qual o teor de amido foi máximo, coincidindo com o

ponto 1 que apresentou indicadores químicos, similares em sua maioria aos do ponto 2.

O ponto de colheita 4 diferiu dos demais em a todos os indicadores bioquímicos,

com exceção da ATT e quanto à gravidade específica foi o único indicador físico a apresentar

diferenças significativas, na safra 2. O conjunto de resultados confirma que este ponto de

colheita é avançado para comercialização a longa distância.

Na prática, os pontos de colheita entre 2 e 3 são atualmente os mais aplicados na

Região do Vale do São Francisco, visando ao mercado americano e europeu por embarque

marítimo e confirmou-se diferenças entre safras que deverão ser repassadas aos produtores

para melhorar o seu manejo pós-colheita.

Uma análise global dos resultados revela que os valores dos indicadores estudados

independentemente da coleta foram maiores na safra 2. Este comportamento deve ter sido

influenciado pelas condições climáticas: temperatura média e radiação que foram 2,6% e 19%

superiores nessa safra (ANEXOS A a E). Outro fator a ser considerado é a unidade de calor

(GD) obtida entre o pegamento e o ponto de colheita 1 que correspondeu a 783,6 GD aos 106

DAF e 663,9 GD aos 92 DAF nas safras 1 e 2, respectivamente, dados que se aproximam do

registrado por Lederman et al. (1998) aos 105 dias após pegamento da mesma cultivar.

43

Tabela 5 Indicadores físico e bioquímico de mangas Tommy Atkins em duas safras e em diferentes pontos de colheita. Petrolina-PE, 2002.

Ponto de Sólidos solúveis totais (°Brix) pH ATT (% ácido cítrico) SST/ATT Amido (g%)

colheita Safra 1* Safra 2* Safra 1 Safra 2 Safra 1 Safra 2 Safra 1 Safra 2 Safra1 Safra 2 1 8,00+-0,00 bA 7,87+-0,12 bA 3,69 3,49 0,96+-0,03 aA 1,36+-0,00 aB 8,31+-0,27cA 5,80+-0,09 cA 7,85+-0,12 bA 6,70+-0,06 cB

2 8,07+-0,12 bA 7,40+-0,00 bB 3,68 3,71 1,02+-0,03 aA 1,08+-0,00 bA 7,95+-0,33bcA 6,87+-0,00 cA 8,48+-0,12 aA 6,82+-0,08 cB

3 8,13+-0,42 bA 7,87+-0,12 bA 3,76 3,90 0,77+-0,07 bA 0,76+-0,07 cA 10,63+-1,34bA 10,40+-0,76 bA 6,07+-0,04 cA 7,76+-0,12 bB

4 12,53+-0,23 aA 8,77+-0,06 aB 3,95 4,02 0,69+-0,07 bA 0,62+-0,00 cA 18,37+-2,34aA 14,12+-0,09 aB 3,53+-0,03 dA 8,47+-0,21 aB

Ponto de Peso (g) Volume (cm³) Firmeza (kg/cm²) Gravidade Específica (g/cm³) colheita Safra 1* Safra 2* Safra 1 Safra 2 Safra 1 Safra 2 Safra 1 Safra 2

1 487,12+-75,59 aA 454,07+-20,73 aA 472,33+-75,59 aA 446,00+-6,93 aA 11,30+-1,13 aA 12,00+-0,00 aA 1,03+-0,01 aA 1,02+-0,03 abA

2 385,26+-33,28 aA 526,23+-39,78 aA 373,00+-24,27 aA 553,33+-40,69 aB 11,67+-0,58 aA 12,38+-0,13 aA 1,03+-0,02 aA 0,95+-0,01 bA

3 405,38+-23,87 aA 565,03+-18,98 aB 406,33+-21,22 aA 562,67+-32,35 aA 9,00+-2,00 aA| 11,32+-1,08 aA 1,00+-0,03 aA 1,01+-0,02 abA

4 498,63+-88,54 aA 599,06+-43,67 aA 473,50+-95,93 aA 547,67+-41,43 aA 9,83+-0,52 aA 11,45+-1,55 aA 1,06+-0,03 aA 1,09+-0,01 aA

Médias com mesma letra maiúscula não diferem entre safras e com mesma letra minúscula não diferem entre pontos de colheita (p<0,05) Comparação múltipla de médias pelo Teste de Tukey *Médias de três repetições +- desvio padrão SST : sólidos solúveis totais ATT: acidez titulável total.

44

45

Pesquisas anteriores relatam que um período de maturação mais

curto na estação principal de produção de manga corrobora os resultados

obtidos nesta pesquisa. Este indicador foi considerado por Burondkar et al.

(2000) que demonstram a influência da variação de unidade de calor (GD)

sobre o amadurecimento de manga e a necessidade de mais estudos sobre o

assunto. A influência das condições climáticas também foi evidenciada por

Medlicott et al . (1988), ratificando os resultados obtidos nesta pesquisa.

Estes resultados apontam a necessidade de realizar mais estudos

para aprofundar os conhecimentos sobre o comportamento pós-colheita dos

frutos colhidos em épocas e estádios de maturação diferentes.

45

46

6 CONCLUSÕES

Os resultados ob tidos nas condições desta pesquisa permitem emitir

as seguintes conclusões:

- o teor de amido, pela sua evolução durante o desenvolvimento e

pelas correlações obtidas com a maioria dos parâmetros analisados apresenta-

se como importante indicador do ponto de colheita de mangas Tommy Atkins;

- independemente das safras, os maiores coeficientes de correlação

foram obtidos entre o teor de amido e a gravidade específica e o pH, que

podem ser empregados para predição da época de colheita;

- a época de produção influencia nos parâmetros de crescimento dos

frutos, inclusive nos aspectos morfológic os que na safra 2 ( época da

produção principal) a maioria alcançou maior percentual o que resultou na

antecipação do ponto de colheita;

- em função das diferenças registradas entre as safras, o conjunto

dos indicadores aponta como ponto ótimo de colheita: 106 DAF para a safra 1

e 92 DAF para a safra 2, cujos frutos apresentam similaridades aos coletados

nos pontos de colheita 1 e 2.

- os frutos da safra 2 apresentam- se morfologicamente diferentes

dos frutos da safra 1 em função das diferenças observadas nos diâmetros

longitudinal e na relação entre os diâmetros longitudinal e dorso- ventral.

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7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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APÊNDICES

APÊNDICE A Loadings das componentes principais ( PC 1 e PC 2) dos indicadores físicos e do amido de mangas Tommy Atkins em duas épocas do ano. Petrolina-PE, 2002.

Variáveis Safra 1 Safra 2 PC 1 PC2 PC 1 PC2

Amido 0,755608 ª -0,653827 0,865100 ª -0,428102 Peso 0,989938 a 0,073728 0,994177 a 0,092286

Volume 0,988505 a 0,078541 0,984488 a 0,167028 Diâmetro Longitudinal 0,978752 a -0,028266 0,967622 a 0,201964 Diâmetro. Lateral 0,994105 a 0,057220 0,988931 a 0,136014 Diâmetro. Dorso-ventral 0,961959 a 0,247468 0,986513 a 0,146027 Gravidade específica 0,982753 a -0,072845 0,710258 ª -0,678490 Produto dos diâmetros 0,986132 a 0,149807 0,989665 a 0,123351 a – indica loadings das componentes principais para qual eles pertencem (p< 0,05). APÊNDICE B Loadings das componentes principais ( PC 1 e PC 2) dos indicadores físico-químicos e químicos de mangas Tommy Atkins em duas épocas do ano. Petrolina-PE, 2002. Variáveis Safra 1 Safra 2 PC 1 PC2 PC 1 PC2 Amido 0,878310ª -0,031052 -0,906997ª 0,036643 SST 0,338155 -0,911499ª -0,934417ª 0,149675 pH 0,942063ª 0,100283 -0,980623ª 0,100503 ATT(% ác.cítrico) -0,920234ª -0,018208 0,903231ª 0,119668 Pectina 0,756822ª -0,160966 0,356934 -0,467239 Sacarose 0,553917 0,780980ª -0,886960ª -0,123675 Açucares redutores -0,682114 0,126814 -0,250707 -0,880073ª a – indica loadings das componentes principais para qual eles pertencem (p< 0,05).

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APÊNDICE C Análise de variância dos indicadores físicos de mangas Tommy Atkins em duas safras. Petrolina-PE, 2002.

GL QM P Indicadores

Safra 1 Safra 2 Safra 1 Safra 2 Safra 1 Safra 2 Peso 8 8 30.056,83 48.142,80 0,0000 0,0000 Volume 8 8 25.405,96 42.178,90 0,0000 0,0000 Diâmetro longitudinal 8 8 1,07 5,00 0,0002 0,0000 Diâmetro lateral 8 8 2,49 4,70 0,0000 0,0000 Diâmetro dorso-ventral 8 8 1,33 3,60 0,0000 0,0000 Firmeza 8 8 7,20 2.553,50 0,0010 0,0000 Gravidade específica 8 8 0,00 0,00 0,0002 0,0000 Produto dos diâmetros 8 8 78.403,65 170.803,70 0,0000 0,0000 APÊNDICE D Análise de variância dos indicadores físico-químicos e químicos de mangas Tommy Atkins em duas safras. Petrolina-PE, 2002.

GL QM p Indicadores

Safra 1 Safra 2 Safra 1 Safra 2 Safra 1 Safra 2 Sólidos solúveis totais (SST) 8 8 0,65 3,51 0,8491 0,0000 pH 8 8 0,25 0,12 0,0000 0,0000 Acidez titulável total (ATT) 8 8 0,53 0,15 0,0000 0,0000 Substâncias pécticas totais 8 8 0,16 0,06 0,0000 0,0008 Teor de amido 8 8 9,24 13,16 0,0000 0,0000 Teor de sacarose 8 8 1,30 1,95 0,0000 0,0000 Açúcares redutores 8 8 3,25 0,24 0,0000 0,0014 Relação SST/ATT 8 8 24,62 26,64 0,0000 0,0000

APÊNDICE E Análise de variância dos indicadores físico-químicos e químicos de mangas Tommy Atkins em diferentes pontos de colheita e em duas safras. Petrolina-PE, 2002.

GL QM p Indicadores

Sólidos solúveis totais (SST) 3 14,97 0,0000 pH 3 0,11 -------- Acidez titulável total (ATT) 3 0,07 0,0002 Teor de amido 3 14,72 0,0000 Peso 3 9.786,02 0,1423 Volume 3 7.486,80 0,2119 Firmeza 3 4,69 0,0842 Gravidade específica 3 0,00 0,1090 Relação SST/ATT 3 70,63 0,0000

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ANEXOS

ANEXO A Registros de observações meteorológicas da Estação Bebedouro Petrolina. PE. EMBRAPA Semi-árido (2002).

Mês: Março Mês: AbriL Dia t(°C) UR(%) tM(°C) tm(°C) R(Iy/dia) P(mm) Dia t(°C) UR(%) tM(°C) tm(°C) R(Iy/dia) P(mm)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 SOMA MÉDIA

26,5 25,0 26,2 25,2 25,4 26,5 26,2 25,9 26,7 27,1 26,0 26,4 26,7 25,3 27,6 26,9 27,7 26,8 27,5 25,2 27,4 27,5 27,0 27,2 26,8 27,2 27,0 27,2 26,5 27,3 27,1 825 ,2 26,6

65 72 72 76 81 71 85 68 71 65 72 70 69 73 67 64 62 69 72 78 69 76 68 65 72 63 63 60 63 63 78 2165,9 69,9

33,0 34,5 32,0 33,0 30,0 33,5 33,0 33,0 33,5 33,5 32,0 34,0 34,5 34,0 35,0 34,0 34,5 33,0 35,0 31,0 36,0 35,5 35,4 34,0 32,5 34,5 34,5 32,0 34,5 34,5 34,0 1043 ,4 33,7

22,6 19,8 20,8 19,4 21,4 20,0 22,2 20,6 21,2 20,0 21,2 20,0 20,0 19,0 20,2 20,0 21,0 20,8 23,0 22,4 20,0 22,8 22,0 21,0 21,4 20,4 22,1 23,6 21,1 19,6 20,2 649,8 21,0

408 ,9 445 ,6 315 ,4 358 ,8 275 ,4 410 ,6 352 ,2 422 ,3 418 ,9 420 ,6 358 ,8 313 ,8 440 ,6 544 ,1 504 ,0 455 ,6 444 ,0 357 ,2 347 ,2 295 ,4 417 ,3 368 ,8 398 ,9 425 ,6 398, 9 422 ,3 362 ,2 303 ,8 295 ,4 388 ,9 392 ,2 12063 ,5389 ,1

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 2,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,8 0,0 0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 3,6

27,3 27,6 27,7 27,1 26,4 26,3 27,2 27,0 27,2 27,4 27,6 25,7 24,8 25,7 25,9 26,0 26,8 25,7 25,9 24,7 26,3 23,5 25,6 24,2 24,1 25,0 24,7 24,4 24,7 25,3 777 ,6 25,9

70 76 57 68 66 71 60 65 63 65 66 79 82 68 75 76 64 72 69 83 78 93 68 84 84 78 79 64 67 65 2155 ,071,8

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 SOMA MÉDIA

33,5 34,0 34,5 33,5 34,0 32,6 33,5 34,5 35,0 34,0 34,0 34,0 34,5 32,5 32,5 32,0 32,5 32,5 33,0 32,0 31,5 29,0 32,0 31,0 31,0 32,0 32,5 32,5 33,5 33,5 987 ,1 32,9

22,6 22,6 20,6 20,4 19,2 22,0 21,2 21,4 21,2 21,4 23,2 22,8 20,4 19,6 19,2 19,6 21,0 19,0 19,2 19,4 20,0 18,0 18,6 19,4 18,6 20,0 18,0 20,8 15,8 18,0 603 ,2 20,1

312 ,1 275 ,4 418 ,9 338 ,8 388 ,9 353 ,8 383 ,9 360 ,5 407 ,2 347 ,2 320 ,4 340 ,5 362 ,2 445 ,6 362 ,2 422 ,3 427 ,3 474 ,0 425 ,6 412 ,2 338 ,8 245 ,3 420 ,6 317, 1 372 ,2 320 ,4 383 ,9 479 ,0 470 ,7 482 ,3 11409 ,3380 ,3

0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 19,8 72,5 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 3 , 1 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 95,4

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ANEXO B Registros de observações meteorológicas da Estação Bebedouro Petrolina. PE. EMBRAPA Semi-árido (2002).

Mês: Maio Mês: Junho

Dia t(°C) UR(%) tM(°C) tm(°C) R(Iy/dia) P(mm) Dia t(°C) UR(%) tM(°C) tm(°C) R(Iy/dia) P(mm)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 SOMA MÉDIA

26,1 26,3 24,8 26,5 25,6 25,5 23,8 24,9 25,5 26,2 26,4 25,7 25,0 25,5 25,6 24,9 26,6 27,1 27,0 25,7 26,3 26,8 25,7 23,3 22,3 21,1 22,6 23,8 24,7 25,6 25,4 782 ,6 25,2

74 70 79 71 62 70 89 74 65 62 63 67 65 67 78 79 69 62 67 73 71 73 69 87 87 84 76 79 74 65 71 2241 ,172,3

34,0 33,0 32,5 34,0 34,0 33,5 30,5 32,0 33,0 33,5 33,5 32,5 31,5 35,0 32,0 31,0 34,0 34,0 34,0 33,5 34,0 35,0 33,0 27,5 28,5 25,0 30,0 30,5 32,0 32,0 29,0 997 ,5 32,2

19,4 21,2 19,6 20,4 18,0 19,0 19,6 18,4 18,2 19,2 22,6 20,6 18,6 17,0 21,4 19,8 21,8 20,4 21,2 21,8 20,0 20,4 18,4 21,0 19,6 17,4 16,0 18,8 18,6 18,2 21,0 607 ,6 19,6

431 ,9 319 ,0 374 ,6 435 ,2 454 ,8 458 ,1 235 ,6 333 ,7 435 ,2 422 ,1 394 ,3 312 ,5 337 ,0 382 ,8 274 ,8 276 ,5 368 ,1 407 ,4 358 ,3 312 ,5 369 ,7 307 ,6 301 ,0 160 , 3 206 ,1 178 ,3 343 ,6 278 ,1 323 ,9 355 ,0 204 ,5 10352 ,6334 ,0

0 , 0 0 , 0 0 , 0 0, 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 3 , 6 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 2 , 2 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 5 , 8

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 SOMA MÉDIA

24,9 25,0 24,1 25,6 25,4 26,5 24,8 25,5 24,8 25,0 24,6 24,5 24,0 23,3 23,6 25,0 23,4 22,9 23,5 23,2 22,6 23,5 23,1 23,6 22,9 23,2 22,0 23,1 23,2 24,1 720 ,9 24,0

74 68 77 65 74 63 70 74 73 62 74 73 86 83 76 68 67 78 76 83 90 78 72 78 85 77 76 73 83 70 2247 ,774,9

31,5 32,0 32,0 32,5 31,5 35,0 31,5 30,5 31,6 32,0 31,0 31,5 30,0 29,5 29,0 31,5 31,0 31,0 30,5 29,0 28,5 30,5 30,0 29,0 28,5 29,0 27,0 31,0 30,5 29,0 917 ,1 30,6

17,2 18,4 18,0 18,2 20,0 21,6 16,0 19,8 20,0 19,6 18,4 19,8 20,0 18,0 16,8 20,0 19,0 16,4 14,0 19,2 20,0 19,0 17,6 18,6 18,2 17,8 17,8 15,4 19,6 21,0 555 ,4 18,5

327 ,2 356 ,6 404 ,1 392 ,6 387 ,7 341 ,9 364 ,8 248 ,7 305 ,9 373 ,0 305 ,9 333 ,7 230 ,7 260 ,1 248 ,7 366 ,5 359 ,9 312 ,5 353 ,4 268 ,3 232 ,3 335 ,4 284 ,7 230 ,7 211 ,0 225 ,8 207 ,8 356 ,6 248 ,7 373 ,0 9248 ,3 308 ,3

0 , 0 0, 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 6 , 6 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 10,7 0 , 0 0 , 0 5 , 6 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 22,9

44

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ANEXO C Registros de observações meteorológicas da Estação Bebedouro Petrolina. PE. EMBRAPA Semi-árido (2002).

Mês: Julho Mês: Agosto

Dia t(°C) UR(%) tM(°C) tm(°C) R(Iy/dia) P(mm) Dia t(°C) UR(%) tM(°C) tm(°C) R(Iy/dia) P(mm)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 SOMA MÉDIA

22,5 23,0 23,8 23,7 23,1 22,5 22,6 24,2 24,1 24,4 24,1 23,4 24,5 24,7 25,1 24,3 25,0 24,9 24,1 23,9 22,9 23,7 24,1 24,9 25,2 24,5 24,3 24,3 24,7 24,7 24,7 745 ,8 24,1

83 75 71 70 83 72 71 63 62 70 76 74 67 63 65 65 65 49 70 72 80 79 75 63 64 65 79 82 67 65 60 2162 ,269,7

28,5 29,0 30,0 29,5 29,5 30,0 31,0 35,0 33,5 31,5 29,0 31,0 32,5 32,5 32,0 31,0 31,5 32,5 30,5 30,0 29,5 32,0 31,5 32,0 31,0 31,0 30,0 31,5 30,5 31,5 31,5 962 ,0 31,0

16,8 17,6 16,8 15,6 18,8 17,0 15,8 14,4 13,6 17,2 19,4 16,8 17,8 19,4 18,6 19,0 18,2 17,6 17,4 20,0 19,4 16,0 18,0 18,8 19,2 18,4 20,8 19,2 18,0 20,4 17,8 553 ,8 17,9

186 ,5 248 ,7 304 ,3 287 ,9 184 ,9 400 ,8 305 ,9 397 ,5 430 ,3 358 ,3 273 ,2 404 ,1 395 ,9 389 ,4 289 ,6 340 ,3 381 ,2 420 ,5 358 , 3 263 ,4 219 ,2 310 ,8 301 ,0 415 ,5 332 ,1 304 ,3 216 ,0 273 ,2 242 ,1 299 ,4 263 ,4 9798 ,0 316 ,1

0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 4 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 4

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 SOMA MÉDIA

24,2 25,8 25,5 23,8 24,2 24,6 24,3 24,6 23,6 23,5 24,5 24,6 25,7 26,0 25,5 24,8 24,5 23,8 23,7 24,1 23,7 22,9 23,6 23,3 24,5 24,3 24,5 25,2 24,9 25,2 25,1 758 ,5 24,5

69 59 58 56 56 62 63 62 69 63 54 71 65 64 66 70 67 62 75 72 71 78 70 69 67 72 68 60 84 67 84 2071 ,966,8

32,0 33,0 32,5 32,0 31,5 32,0 31,5 31,5 30,5 31,0 31,5 31,0 32,0 32,0 32,0 31,0 31,0 30,0 30,0 31,0 30,0 31,5 30,0 31,0 32,0 31,5 32,0 32,5 32,5 32,5 33,0 977 ,5 31,5

17,0 19,8 21,2 17,8 16,0 16,2 15,2 17,0 16,0 16,0 16,2 16,0 19,2 18,8 19,0 19,2 17,6 18,6 17,4 18,4 18,2 15,6 19,0 13,8 16,6 16,8 17,2 17,6 18,8 16,8 19,8 542 ,8 17,5

404 ,7 378 ,3 350 ,2 434 ,5 437 ,8 452 ,6 391 ,5 451 ,0 262 ,7 310 ,6 486 ,4 360 ,1 439 ,6 290 ,8 391 ,5 287 ,4 434 ,5 330 ,4 338 ,7 346 ,9 285 ,8 332 ,1 218 ,1 394 ,8 432 ,8 411 ,3 429 ,5 460 ,9 411 ,3 457 ,6 419 ,6 11834 ,1381 ,7

0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0

60

61

ANEXO D Registros de observações meteorológicas da Estação Bebedouro Petrolina. PE. EMBRAPA Semi-árido (2002).

Mês: Setembro Mês: Outubro

Dia t(°C) UR(%) tM(°C) tm(°C) R(Iy/dia) P(mm) Dia t(°C) UR(%) tM(°C) tm(°C) R(Iy/dia) P(mm)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 SOMA MÉDIA

24,5 26,0 28,5 26,9 25,8 26,6 26,9 26,1 25,3 23,0 22,8 25,0 25,0 26,2 27,6 26,2 26,2 25,3 26,8 25,6 26,7 26,7 27,6 26,2 27,7 28,2 25,9 26,1 25,6 25,8 782 ,5 26,1

74 63 58 55 57 54 55 53 62 82 82 61 65 53 52 62 56 65 54 63 57 74 67 69 64 63 76 69 68 63 1898 ,563,3

33,5 32,0 36,0 33,5 33,0 34,0 34,5 33,0 32,5 29,0 28,0 32,0 33,0 34,5 35,5 33,0 33,0 30,0 33,5 34,0 35,5 36,0 33,5 34,5 36,0 35,5 31,0 32,0 32,5 33,0 997 ,0 33,2

19,8 18,2 19,8 21,4 19,2 18,8 18,8 18,7 18,8 19,6 19,0 16,4 18,4 17,8 18,6 18,6 19,8 19,2 21,2 17,8 18,2 17,6 20,8 19,6 21,6 22,0 22,2 19,6 19,0 18,8 579 ,3 19,3

451 ,6 470 ,1 485 ,3 455 ,0 375 ,8 483 ,6 493 ,7 451 ,6 315 ,1 281 ,4 284 ,8 498 ,8 449 ,9 517, 3 513 ,9 503 ,8 357 ,2 417 ,9 540 ,9 451 ,6 493 ,7 520 ,7 411 ,1 444 ,8 465 ,1 424 ,6 254 ,4 308 ,4 330 ,3 364 ,0 12816 ,1427 ,2

0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 2 , 1 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 2 , 1

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 SOMA MÉDIA

26,3 26,8 26,7 27,6 26,5 28,1 27,2 25,9 26,9 26,8 26,8 26,1 27,2 26,5 26,0 25,9 26,3 28,6 27,7 27,3 27,6 28,5 29,0 27,5 26,4 26,5 27,1 28,2 26,6 27,2 28,2 840 ,3 27,1

59 54 58 55 50 55 54 63 56 52 52 63 61 58 59 67 61 49 52 57 54 62 59 53 59 61 63 60 64 63 63 1796 ,758,0

34,5 35,5 34,5 34,5 35,5 35,5 34,0 31,5 35,5 34,0 34,0 33,5 34,5 35,5 33,5 34,0 34,5 37,0 35,5 34,0 34,0 36,5 35,2 34,5 34,0 35,5 36,0 35,0 35,0 36,0 37,0 1079 ,734,8

20,0 19,4 20,0 21,0 20,0 20,1 19,1 20,8 20,0 21,0 19,0 18,4 19,1 20,2 20,2 20,8 19,2 19,6 19,6 19,8 19,8 19,6 21,8 20,8 20,2 18,8 18,8 21,6 21,6 20,6 20,2 621 ,1 20,0

413 ,3 525 ,6 432 ,1 435 ,5 427 ,0 478 ,0 442 ,3 488 ,2 360 ,6 377 ,6 503 ,5 534 ,1 537 ,5 370 ,8 401 ,4 425 ,3 438 ,9 532 ,4 498 ,4 367 ,4 496 ,7 520 ,5 461 ,0 510 ,3 523 ,9 544 ,3 517 ,1 411 ,6 404 ,8 472 ,9 525 ,6 14378 ,6463 ,8

0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0

61

62

ANEXO E Registros de observações meteorológicas da Estação Bebedouro Petrolina. PE. EMBRAPA Semi-árido (2002).

Mês: Novembro

Dia t(°C) UR(%) tM(°C) tm(°C) R(Iy/dia) P(mm)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 SOMA MÉDIA

30,4 29,4 30,0 26,1 27,8 28,2 27,7 27,4 26,9 26,7 27,9 27,7 26,4 26,1 27,1 26,0 26,8 28,2 27,9 28,2 27,8 28,0 28,7 28,4 27,1 27,8 26,7 28,9 28,5 27,0 831 ,9 27,7

55 56 52 71 67 63 57 55 65 54 58 43 50 51 60 52 51 49 58 61 59 59 66 61 55 60 66 61 54 59 1728 ,9 57,6

38,0 37,5 35,5 33,5 35,0 36,5 34,5 34,5 35,5 34,5 34,0 34,5 34,5 34,0 34,5 35,0 35,0 36,0 36,0 35,5 36,0 35,0 35,5 35,0 34,5 35,0 34,0 35,5 34,5 35,0 1054 ,0 35,1

21,2 23,6 24,2 20,1 22,4 22,2 22,0 21,2 21,1 20,0 20,2 19,8 18,6 19,9 22,0 19,2 19,2 19,8 20,6 21,4 21,0 21,4 23,0 22,8 20,4 20,8 20,6 21,4 22,4 20,0 632 ,5 21,1

487 ,0 487 ,0 374 ,1 404 ,4 466 ,7 490 ,3 492 ,0 390 ,9 429 ,7 507 ,2 352 ,2 540 ,9 520 ,7 449 ,9 352, 2 559 ,4 557 ,7 515 ,6 520 ,7 461 ,7 492 ,0 468 ,4 390 ,9 342 ,1 455 ,0 441 ,5 401 ,0 417 ,9 422 ,9 455 ,0 12724 ,8424 ,2

0 , 0 0 , 0 0 , 0 20,6 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 1 0 , 0 0 , 0 0 , 0 0 , 0 20,7

62

63