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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO GUSTAVO MARTINS NOGUEIRA OLIVEIRA MONITORAMENTO DOS MOSQUITOS Aedes aegypti (LINNAEUS, 1762) (INSECTA, DIPTERA, CULICIDAE) NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO, CAMPUS CUIABÁ CUIABÁ - MT 2016

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Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO GUSTAVO MARTINS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

GUSTAVO MARTINS NOGUEIRA OLIVEIRA

MONITORAMENTO DOS MOSQUITOS Aedes aegypti (LINNAEUS, 1762)

(INSECTA, DIPTERA, CULICIDAE) NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO

GROSSO, CAMPUS CUIABÁ

CUIABÁ - MT

2016

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO GUSTAVO MARTINS

GUSTAVO MARTINS NOGUEIRA OLIVEIRA

MONITORAMENTO DOS MOSQUITOS Aedes aegypti (LINNAEUS, 1762)

(INSECTA, DIPTERA, CULICIDAE) NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO

GROSSO, CAMPUS CUIABÁ

Monografia apresentada ao Departamento

de Botânica e Ecologia do Instituto de

Biociências da Universidade Federal de

Mato Grosso, como requisito final para

obtenção do Grau de Especialista em

Gestão e Perícia Ambiental.

Profª. Dra. Rosina Djunko Miyazaki

Universidade Federal de Mato Grosso

CUIABÁ - MT

2016

Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO GUSTAVO MARTINS

GUSTAVO MARTINS NOGUEIRA OLIVEIRA

Monografia apresentada ao Departamento

de Botânica e Ecologia do Instituto de

Biociências da Universidade Federal de

Mato Grosso, como requisito final para

obtenção do Grau de Especialista em

Gestão e Perícia Ambiental.

Banca Examinadora

______________________________________

Profª. Dra. Rosina Djunko Miyazaki (UFMT)

___________________________________

Profª. Dra. Edna Lopes Hardoim (UFMT)

______________________________________

Prof. MSc. Rogério Pinto de Moura Moreira (UFMT)

Local: Cuiabá - MT

Data de aprovação:

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO GUSTAVO MARTINS

RESUMO

Objetivou-se verificar o nível de infestação do Aedes aegypti na Universidade Federal de

Mato Grosso, Campus Cuiabá. Foram instaladas, mensalmente, armadilhas do tipo ovitrampa

em 10 locais diferentes, onde havia grande fluxo de pessoas, ao longo do Campus Cuiabá da

UFMT, de janeiro a junho de 2015. As armadilhas permaneceram instaladas por 5 dias e

depois recolhidas e encaminhadas ao Laboratório de Entomologia Médica da UFMT. Cada

ovitrampa consistia de um recipiente plástico de cor preta e de uma palheta de Eucatex, e

continham uma solução com 270 mL de água e 30 mL de infusão de feno, preparada na

proporção 20,8 g de feno para 2,5 L de água, e deixada em um galão fechado por uma semana

para decomposição da matéria vegetal. Foram utilizados os Índices de Positividade de

Ovitrampa (IPO) e de Densidade de Ovos (IDO) para calcular a infestação do local e as

épocas mais e menos reprodutivas das fêmeas, respectivamente. A Engenharia Sanitária foi o

local que apresentou o maior número de ovos do mosquito, e abril a época de maior

reprodução das fêmeas do Aedes aegypti. Concluiu-se que, com a presença constante e

distribuição homogênea do Aedes aegypti no Campus Cuiabá da UFMT, faz-se necessário um

monitoramento mais rigoroso, com estratégias e práticas de combate aos mosquitos mais

eficientes, e dando continuidade a educação sanitária, de modo que a população local adquira

hábitos que promovam a saúde e evitem as doenças.

Palavras chave: Aedes aegypti. Dengue. Ovitrampa. UFMT.

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ABSTRACT

This study aimed to verify the infestation levels of Aedes aegypti in the Federal University of

Mato Grosso, Cuiabá Campus. Ovitraps were installed, monthly, in 10 different locations,

where there was a great influx of people, throughout the Campus, from January to June 2015.

The traps remained installed for 5 days and then collected and sent to the UFMT’s Medical

Entomology Laboratory. Each ovitrap consisted of a black plastic container and an Eucatex

ovipaddle, and a solution containing 270 ml of water and 30 ml of hay infusion, prepared in

the proportion 20.8 g of hay to 2.5 L of water and left in a gallon closed by a week for

decomposition of the vegetable matter. Ovitrap Positivity Index (OPI) and Egg Density Index

(EDI) were used to calculate the infestation site and the females’ most and least reproductive

seasons, respectively. The Sanitary Engineering was the place that had the highest number of

mosquito eggs, and April the period with the greatest female reproduction of the Aedes

aegypti. It was concluded that, with the constant presence and homogeneous distribution of

Aedes aegypti in the Campus, it is necessary a more rigorous monitoring, with more efficient

strategies and practices to combat the mosquitoes, and continuing health education, so that

local people acquire habits that promote health and prevent the diseases.

Palavras chave: Aedes aegypti. Dengue. Ovitrap. UFMT.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 1

2. MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................................... 3

2.1. ARMADILHAS OVITRAMPA .......................................................................................... 3

2.2. ÁREA EXPERIMENTAL ................................................................................................... 3

2.3. ÍNDICES UTILIZADOS ..................................................................................................... 5

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................... 6

4. CONCLUSÕES ...................................................................................................................... 9

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 10

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1. INTRODUÇÃO

Aedes aegypti são mosquitos domésticos, antropofílicos, com atividade hematofágica

diurna e que depositam seus ovos, de preferência, em locais com água parada e limpa. Seus

ovos, porém, resistem bem à falta d’água, durando até 450 dias. A alta capacidade de

adaptação desses mosquitos tem feito com que os mesmos sejam encontrados em ambientes

ditos desfavoráveis, como exemplo, a presença de mosquitos adultos em altas latitudes e

larvas em água suja (TAUIL, 2002). O Aedes aegypti é vetor de doenças como a dengue, a

febre amarela urbana, e, mais recentemente no Brasil, a febre chikungunya e a zika.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) (2015), há quatro sorotipos do vírus

que causa a dengue, DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4, distintos, mas intimamente

relacionados. A recuperação da infecção de um determinado sorotipo promove imunidade

permanente àquele sorotipo específico, sendo a imunidade cruzada aos outros sorotipos, logo

após a recuperação, apenas parcial e temporária. Infecções subsequentes a outros sorotipos

aumentam o risco de desenvolver dengue hemorrágica. Antes de 1970, apenas 9 países tinham

registrado epidemias de dengue hemorrágica, agora, a doença é endêmica em mais de 100

países, sendo os países asiáticos e os latino-americanos os mais afetados.

O Brasil se viu livre da dengue, sem registrar nenhum caso, de 1923 até 1982 (PEDRO,

1923; OSANAI et al., 1983). Tendo participado de uma campanha continental contra o Aedes

aegypti, o Brasil conseguiu, em 1955, erradicar esse vetor de seu território, sendo o último

foco eliminado em abril daquele ano, em uma cidade da Bahia (BRAGA e VALLE, 2007;

FRANCO, 1969). Entretando, segundo a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) (2001), a

declaração oficial da erradicação do vetor no país só foi feita em 1958, na XV Conferência

Sanitária Panamericana, em Porto Rico. Em 1967 registrou-se no Pará a reintrodução do vetor

no país, e depois no Maranhão em 1969. Em 1973 o Aedes aegypti foi novamente eliminado

do Brasil, mas não durou muito, visto que foi novamente reintroduzido no país em 1976,

dessa vez pelo estado da Bahia.

Apesar da epidemia em Boa Vista, Roraima, em 1981, com os sorotipos DEN-1 e DEN-

4, a dengue só passa a ter importância epidemiológica em 1986, com a epidemia no estado do

Rio de Janeiro com o sorotipo DEN-1 (BRAGA e VALLE, 2007; SCHATZMAYR, 2000). O

sorotipo DEN-2 foi introduzido em 1990 (NOGUEIRA et al., 1990) e o DEN-3 em 2001

(NOGUEIRA et al., 2001).

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Em Cuiabá, Mato Grosso, o sorotipo DEN-1 circula desde 1991, e o DEN-2 foi

introduzido em 1995 (MIYAZAKI et al., 2009). Cuiabá encontra-se em uma região

caracterizada como depressão, rodeada por chapadas, com baixa ventilação, duas estações

bem definidas, com inverno seco e verão chuvoso (NOGUEIRA et al., 2005) e altas

temperaturas o ano inteiro, o que, segundo projeções do Painel Intergovernamental de

Mudanças Climáticas (2007), faz com que os insetos piquem mais, e também aumenta a

velocidade com que os ovos se tornam mosquitos.

A febre amarela urbana, assim como a dengue, é causada por um arbovírus, e é uma

doença febril que na forma mais grave pode levar à morte em até 12 dias. Foi registrada pela

primeira vez no Brasil em 1685 com a epidemia de Recife, e não se tem um caso registrado

desde 1942 (FUNASA, 2001).

A febre chikungunya é causada também por um arbovírus, o chikungunya (CHIKV). O

vírus foi introduzido nas Américas em outubro de 2013, chegando pelo Caribe. O primeiro

caso de transmissão no Brasil se deu em setembro de 2014, em Oiapoque, Amapá, se

espalhando, ainda em 2014, por mais quatro estados e pelo Distrito Federal (HONÓRIO et al.,

2015).

O zika vírus (ZIKV), causador da zika, é o mais novo arbovírus emergente no Brasil

transmitido pelo Aedes aegypti. Os primeiros registros da zika no Brasil foram de pacientes de

Natal, Rio Grande do Norte, no começo de 2015, que apresentavam sintomas parecidos com o

da dengue. Testes posteriores comprovaram a infecção pelo vírus da zika por parte dos

pacientes (ZANLUCA et al., 2015).

O presente trabalho tem como objetivo verificar o nível de infestação do Aedes aegypti

na Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Cuiabá.

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2. MATERIAL E MÉTODOS

2.1. ARMADILHAS OVITRAMPA

O monitoramento do mosquito Aedes aegypti baseou-se na armadilha do tipo ovitrampa,

que consiste de um recipiente plástico de cor preta com altura de 9 cm, diâmetro de 12 cm e

capacidade de 580 mL, também uma palheta de Eucatex com comprimento de 13,5 cm e

largura de 2,5 cm, com a parte áspera apontada para fora do recipiente, para oviposição, e por

último uma solução com 270 mL de água e 30 mL de infusão de feno. A infusão foi preparada

na proporção 20,8 g de feno para 2,5 L de água, e deixada em um galão fechado por uma

semana para decomposição da matéria vegetal. Para cada palheta foi determinado um código

(data e número da armadilha), registrado em um formulário de campo.

2.2. ÁREA EXPERIMENTAL

A instalação das armadilhas foi feita a 1,5 m de altura em 10 pontos estratégicos, onde

há um grande fluxo de pessoas, nas dependências da Universidade Federal de Mato Grosso

(UFMT), campus Cuiabá (Figura 1).

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Figura 1. Pontos de instalação das ovitrampas na UFMT, campus Cuiabá: 1) CCBS III, 2) Zoológico, 3) Rodoviária (ICET), 4) Engenharia

Sanitária, 5) Ginásio de Esportes, 6) FAMEV, 7) Centro Cultural. 8) Instituto de Linguagens, 9) ICHS, 10) Marcenaria.

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As coletas foram mensais, de janeiro a junho de 2015. As armadilhas eram deixadas em

seus respectivos pontos por um período de cinco dias (mais que isso virariam criadouros).

Depois de recolhidas as armadilhas, as palhetas foram acondicionadas em uma caixa de isopor

por 48 horas, propiciando um ambiente úmido para o embrionamento dos ovos. Após esse

período, utilizou-se um microscópio estereoscópico para contagem dos ovos, e em seguida as

palhetas foram imersas em recipientes plásticos, devidamente identificados, contendo 500 mL

de água. Uma vez que os ovos eclodiram, às larvas foi dada ração extrusada flutuante (0,01

g/dia) até que os adultos emergissem, estes então sofreram eutanásia com acetato de etila

(99%) para posterior identificação, através da chave dicotômica.

2.3. ÍNDICES UTILIZADOS

Através do método da ovitrampa é possível calcular dois tipos de índices, o Índice de

Positividade de Ovitrampa (IPO) e o Índice de Densidade de Ovos (IDO), sendo esses os mais

simples para detectar o quão infestado determinado local está (GOMES, 1998). O IPO calcula

a infestação do local, como os mosquitos estão distribuídos espacialmente, e o IDO detecta as

épocas mais e menos reprodutivas das fêmeas (GOMES, 2002).

a) Índice de Positividade de Ovitrampa:

b) Índice de Densidade de Ovos:

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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados para o número de ovos de Aedes aegypti coletados de ovitrampas

instaladas na UFMT, campus Cuiabá, nos seis primeiros meses de 2015 são apresentados na

Tabela 1.

Tabela 1. Número de ovos coletados de ovitrampas instaladas em dez locais da UFMT,

campus Cuiabá, de janeiro a junho de 2015.

Ano/

Local

2015 Total

Jan Fev Mar Abr Mai Jun

1 231 56 22 20 51 0 380

2 118 102 32 87 102 267 708

3 419 488 70 375 97 299 1748

4 225 315 327 1225 121 42 2255

5 98 124 186 141 0 134 683

6 188 69 34 210 62 165 728

7 4 20 70 546 72 115 827

8 573 90 84 133 74 130 1084

9 154 206 219 200 133 108 1020

10 298 301 67 114 29 93 902

Total 2308 1771 1111 3051 741 1353 10335

Observando-se a Tabela 1, verifica-se que das seis coletas realizadas, foram totalizados

10335 ovos de Aedes aegypti. O mês com o número mais expressivo de ovos coletados foi

abril, com 29,52% do total de ovos, e o mês menos expressivo foi maio, com 7,17%.

Entre os locais avaliados, o Departamento de Engenharia Sanitária foi o que mais

apresentou ovos do mosquito, cerca de 21,81% do total, e o que menos apresentou foi o bloco

do CCBS III, com 3,67%.

Os resultados dos Índices de Positividade de Ovitrampra e de Densidade de Ovos são

apresentados nas Figuras 2 e 3, respectivamente.

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Figura 2. Índice de Positividade de Ovitrampa mensal de dez diferentes locais da UFMT,

campus Cuiabá, de janeiro a junho de 2015.

Todos os meses tiveram a presença de ovos em todos os locais avaliados, com exceção

de maio e junho, que tiveram um local cada sem registro de ovos nas ovitrampas (Figura 2),

demonstrando a regularidade da distribuição do mosquito.

Figura 3. Índice de Densidade de Ovos mensal de dez diferentes locais da UFMT, campus

Cuiabá, de janeiro a junho de 2015.

0

20

40

60

80

100

jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15

Índ

ice

de

Po

siti

vid

ade

de

Ovi

tram

pa

(%)

Período

0

50

100

150

200

250

300

350

jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15

Índ

ice

de

De

nsi

dad

e d

e O

vos

Período

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Observa-se pela Figura 3, dentre os meses avaliados, abril como sendo a época com

maior reprodução das fêmeas do mosquito Aedes aegypti, com um IDO de 305,1, e maio

como a época de menor reprodução, com IDO de 82,33.

Os valores mensais de chuva acumulada e o número de dias com chuva em Cuiabá em

2015 são apresentados na Figura 4.

Figura 4. Dados de Chuva acumulada mensal x N° de dias com chuva em Cuiabá no ano de

2015.

Os dados apresentados na Figura 4 demonstram uma relação direta entre os períodos de

maior reprodução das fêmeas e os períodos com maior volume de chuvas, corroborando os

resultados encontrados por Souza et al. (2010), que obteve uma associação positiva entre o

nível de infestação de Aedes aegypti e a pluviosidade média mensal, apresentando níveis altos

de infestação no período chuvoso.

O alto IDO de junho, no entanto, vai de encontro aos resultados esperados para o

período, tendo em vista a baixíssima precipitação ocorrida no mesmo. Segundo Miyazaki et

al. (2009), chuvas que ocorreram dias antes da instalação das ovitrampas podem ter influência

sobre a coleta dos ovos, uma vez que o entorno do local de instalação da armadilha favoreça o

acúmulo de água e dificulte o seu escoamento e a sua evaporação, o que pode explicar a alta

densidade de ovos coletados no mês.

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4. CONCLUSÕES

A presença constante do Aedes aegypti no campus Cuiabá da UFMT, com uma

distribuição espacial homogênea e um IDO superior a 100 em praticamente todos os locais e

meses avaliados, sugere a deficiência por parte da UFMT no combate ao mosquito, o que gera

um grande risco às milhares de pessoas que estão todos os dias na Universidade.

Faz-se necessário um monitoramento mais rigoroso, com estratégias e práticas de

combate aos mosquitos mais eficientes, e uma ação conjunta entre as faculdades, de modo a

abranger a maior área possível da Universidade, e dar continuidade a educação sanitária que

objetive a população local a adquirir hábitos que promovam a saúde e evitem a doença.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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