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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS MARCUS VINICIUS DE AMORIM EXPRESSÃO DOS ÍNDICES ECONÔMICO-FINANCEIROS DE EMPRESAS DO MESMO SETOR CONSIDERANDO OSCILAÇÕES POSITIVAS E NEGATIVAS NO VALOR DE SUAS AÇÕES Cuiabá MT 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

MARCUS VINICIUS DE AMORIM

EXPRESSÃO DOS ÍNDICES ECONÔMICO-FINANCEIROS DE

EMPRESAS DO MESMO SETOR CONSIDERANDO OSCILAÇÕES

POSITIVAS E NEGATIVAS NO VALOR DE SUAS AÇÕES

Cuiabá – MT

2019

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MARCUS VINICIUS DE AMORIM

EXPRESSÃO DOS ÍNDICES ECONÔMICO-FINANCEIROS DE

EMPRESAS DO MESMO SETOR CONSIDERANDO OSCILAÇÕES

POSITIVAS E NEGATIVAS NO VALOR DE SUAS AÇÕES

Orientador: Profª. Drª. Giseli Alves Silvente

Cuiabá – Março/2019

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Curso de Ciências Contábeis, da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis, da Universidade Federal de Mato Grosso, para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

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MARCUS VINICIUS DE AMORIM

EXPRESSÃO DOS ÍNDICES ECONÔMICO-FINANCEIROS DE

EMPRESAS DO MESMO SETOR CONSIDERANDO OSCILAÇÕES

POSITIVAS E NEGATIVAS NO VALOR DE SUAS AÇÕES

Monografia defendida e aprovada em 28/03/2019 pela banca examinadora

constituída pelos professores:

________________________________________

Profª. Drª. Giseli Alves Silvente

Presidente

________________________________________

Prof. MSc.Ederaldo José Pereira de Lima

Membro

________________________________________

Profª. MSc. Lyss Paula de Oliveira

Membro

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DEDICATÓRIA

Primeiramente, dedico este

projeto ao meu bondoso Deus, por

proporcionar o melhor dos subterfúgios

existentes no mundo, meus pais, Juarez

e Divina, e minha irmã Milena.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por colocar em meu caminho os pais

maravilhosos que tenho, Sr. Juarez e Srª. Divina, à minha brilhante irmã Milena,

orgulho da minha vida. Agradeço por estarem presentes em grande parte da minha

vida, pelos conselhos, carinho e amor, que me fizeram chegar a esta fase da vida com

muita alegria e saúde.

Aos meus familiares, em especial aos meus avós maternos, Conceição e

Eduardo, aos meus avós falecidos paternos, Orizia e Olavo. Aos meus tios de sangue

e também aos de consideração, Cyborg, José Ferreira, Adriana e Siegfried. Em

memória à Marlene.

Aos meus melhores amigos paulistanos, André, Carlos, Hélio, Heleno, Igor,

Marcelo, Marlon, Roberto e Vickybert, pelas aventuras, parceria, e momentos de

alegria e união que passamos quando juntos, pessoas aos quais tenho um grande

respeito e total confiança. Aos amigos praianos José Pereira, Antônio, José Souza,

Maria da Guia e Rodrigo Pereira.

À minha ilustre amiga Patricia Tomborelli, pelo carinho ao longo do curso. Aos

amigos cuiabanos, Alisson, Aluã, Bruno, Celso, Igor, Jorge, Marconni, Nelson, Paulo

Vinicius, Pedro Felipe, Renato, Ricardo, Thiago.

Aos amigos adquiridos durante a graduação, em especial, ao Rodrigo

Cuiabano, Lucas Aguiar, Ricardo Fonseca, Key Yamamoto, Amanda Andrade, Renata

Albuquerque, Bruna Furlan e Thaisa Marques.

Aos professores, mestres e doutores do curso de Ciências Contábeis da

Universidade Federal de Mato Grosso, em especial à minha orientadora Giseli Alves

Silvente, aos professores Varlindo, Adão, Benedito, Joaquim, Ederaldo, Lyss, Vander,

e também aos ex-professores Ana Maria, Joílson e Diego, pelo desempenho do

exercício profissional e dedicação na transmissão do conhecimento.

Ao professor Manoel, hoje na presença de Deus, pelos ensinamentos teóricos

e práticos, pela experiência de vida, pela demonstração de caráter, ética,

comprometimento e zelo pela qualidade do ensino superior.

À RIROUS, ao Bedin, Ícaro, Jaum e Xandoh, Igo e fãs, que proporcionaram da

minha estadia em Cuiabá, dias maravilhosos, shows inesquecíveis.

À todos que me ajudaram direta ou indiretamente ao longo da vida...

OBRIGADO PELA OPORTUNIDADE!

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“Seja você quem for, seja qual

for a posição social que você tenha na

vida, a mais alta ou a mais baixa, tenha

sempre como meta muita força, muita

determinação e sempre faça tudo com

muito amor e com muita fé em Deus,

que um dia você chega lá. De alguma

maneira você chega lá.”

Ayrton Senna

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LISTA DE QUADROS E TABELAS

Quadro 1 – Indicadores de Liquidez

Quadro 2 – Indicadores de Atividade

Quadro 3 – Indicadores de Endividamento e Estrutura

Quadro 4 – Indicadores de Rentabilidade

Quadro 5 – Indicadores de Avaliação de Ações

Quadro 6 – Determinação das empresas quanto ao segmento de atuação

Quadro 7 – Determinação das empresas quanto à precificação das ações

Tabela 1 – Expressão dos indicadores econômico-financeiros

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AC – Ativo Circulante

ANC – Ativo Não Circulante

AT – Ativo Total

B3 – Brasil, Bolsa e Balcão

Bacen – Banco Central

BP – Balanço Patrimonial

CE – Composição do Endividamento

CMN – Conselho Monetário Nacional

CNPC – Conselho Nacional de Previdência Complementar

CNSP – Conselho Nacional de Seguros Privados

CpA – Cotação por Ação

CPV – Custo dos Produtos Vendidos

CTt – Capital de Terceiros

CVM – Comissão de Valores Mobiliários

DA – Despesas Antecipadas

DFC – Demonstração dos Fluxos de Caixa

DLPA – Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados

DP – Dividendos Pagos

DpA – Dividendos por Ação

DRE – Demonstração do Resultado do Exercício

DVA – Demonstração do Valor Adicionado

EG – Endividamento Geral

ELP – Exigível a Longo Prazo

GA – Giro dos Ativos

IPL – Imobilização do Patrimônio Líquido

LC – Liquidez Corrente

LG – Liquidez Geral

LI – Liquidez Imediata

LL – Lucro Líquido

LPA – Lucro por Ação

LS – Liquidez Seca

NE – Notas Explicativas

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PC – Passivo Circulante

PCT – Participação do Capital de Terceiros

PL – Patrimônio Líquido

PMC – Prazo Médio de Cobrança

PME – Prazo Médio de Estocagem

PMPF – Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores

Previc – Superintendência Nacional de Previdência Complementar

RDA – Rentabilidade de Ação

ROE – Retorno sobre o Patrimônio Líquido

ROI – Retorno sobre o Investimento

RL – Receita Líquida

RLP – Realizável a Longo Prazo

S/A – Sociedade Anônima de Capital Aberto

SFN – Sistema Financeiro Nacional

Susep – Superintendência de Seguros Privados

VPA – Valor Patrimonial da Ação

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................... 10

2 REVISÃO DE LITERATURA................................................................... 12

2.1 Sistema Financeiro Nacional.................................................................... 12

2.1.1 Bolsa de Valores...................................................................................... 13

2.2 Sociedades Anônimas............................................................................. 13

2.2.1 Ações....................................................................................................... 14

2.3 Análise das Demonstrações Financeiras................................................. 15

2.3.1 Análise Financeira.................................................................................... 17

2.3.2 Análise Econômica................................................................................... 22

2.3.3 Análise Fundamentalista.......................................................................... 25

3 METODOLOGIA...................................................................................... 26

3.1 Seleção das empresas............................................................................. 26

3.2 Reestruturação das Demonstrações Financeiras.................................... 27

3.3 Determinação e análise comparativa dos indicadores econômico-

financeiros................................................................................................ 27

4 RESULTADO E ANÁLISE....................................................................... 28

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................... 31

REFERÊNCIAS....................................................................................... 32

APÊNDICE 1 – Cotação das ações da SLC Agrícola S.A. após a

publicação das Demonstrações Financeiras............................................ 35

APÊNDICE 2 – Cotação das ações da Terra Santa Agro S.A. após a

publicação das Demonstrações Financeiras............................................ 37

APÊNDICE 3 – Reestruturação das Demonstrações Financeiras da

SLC Agrícola S.A. ................................................................................... 39

APÊNDICE 4 – Reestruturação das Demonstrações Financeiras da

Terra Santa Agro S.A. ............................................................................. 41

ANEXO 1 – Demonstrações Financeiras da SLC Agrícola S.A. .............. 44

ANEXO 2 – Demonstrações Financeiras da Terra Santa Agro S.A. ........ 48

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1. INTRODUÇÃO

As ações são papéis de renda variável comercializadas em mercado de

ações, sendo este representado no Brasil pela antiga BM&FBovespa (PEREIRA,

2013, p. 86), que a partir de março de 2017, através da fusão entre BM&FBovespa e

Cetip, passou a ser denominada de B3 – Brasil, Bolsa, Balcão (B3, 2018).

Por se tratarem de renda variável, este mercado está susceptível às

oscilações influenciadas por variáveis macroeconômicas, relacionadas aos aspectos

políticos, econômicos, sociais e financeiros; por variáveis setoriais, diretamente

ligadas à área de operação como barreiras de entrada e saída de produtos,

concorrência, regulamentação governamental, entre outros; e por variáveis de

mercado, determinada pela lei da oferta e procura, ou seja, o aumento pela procura

de uma ação específica promove a elevação do seu valor no mercado (FREITAS,

2017).

De fato, o comportamento do mercado de ações acaba sendo movido por

informações, quantitativas e/ou qualitativas, sejam elas relativas às companhias, aos

agregados setoriais ou macroeconômicos, sendo perceptível a relação entre a

variação nos preços das ações frente à exposição de uma nova informação (SILVA,

2012).

As sociedades anônimas de capital aberto (S/A), através da oferta pública de

seus papéis no mercado, lançam e movimentam as suas ações com o objetivo de

captar novos recursos para investimento e reestruturação de passivos, todavia, ao

final de cada exercício social e com base na escrituração, devem apresentar com

clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício

através das demonstrações financeiras, que por sua vez, são utilizadas para a

obtenção de importantes indicadores que fomentam as análises de seus usuários,

sejam eles interno ou externo, permitindo a visualização do desempenho econômico-

financeiro relacionado à período passado da companhia, para assim diagnosticar sua

posição atual, e em consequência, produzir resultados que sirvam de base para a

previsão de tendências futuras (BRASIL, 1976; NETO, 2012, p.110; B3, 2018).

Os indicadores econômico-financeiros apresentam interpretações inerentes à

sua composição, ou seja, enquanto alguns são traduzidos de maneira positiva quando

há uma elevação do seu valor, outros manifestam a qualidade positiva com a redução

do numerário. Desta forma, comparando isoladamente os indicadores obtidos entre

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os exercícios de 2016 e 2017 das companhias em análise, após a publicação de suas

demonstrações financeiras, o presente estudo estabelece as seguintes hipóteses: i.

na empresa que apresentou valorização das ações, alguns índices apresentarão

melhoria no valor interpretativo, ao passo que, os mesmos índices, demonstrarão

piora no valor interpretativo na empresa com desvalorização das ações; ii. na empresa

que apresentou valorização das ações, alguns índices apresentarão piora no valor

interpretativo, enquanto, os mesmos índices, demonstrarão melhora no valor

interpretativo na empresa com desvalorização das ações; iii. em ambas empresas, os

mesmos índices apresentarão melhoria no valor interpretativo; iv. em ambas

empresas, os mesmos índices apresentarão piora no valor interpretativo.

Ao determinar a hipótese (i) como principal, em obediência ao valor

interpretativo sugerido pela literatura, refuta-se, automaticamente, às demais

hipóteses (ii, iii e iv).

Diante desta exposição, o objetivo do presente estudo foi determinar quais

indicadores econômico-financeiros apresentaram comportamento em conformidade

com padrão interpretativo sugerido pela literatura, tendo como base a análise

comparativa isolada dos índices resultados por S/As, atuantes no mesmo setor, que

apresentaram valorização e desvalorização na precificação das ações após a

publicação das demonstrações financeiras. Com base nesse contexto, surge o

interesse em contribuir para as pesquisas na área questionado: Quais indicadores

econômico-financeiros possivelmente expressam maior impacto na precificação das

ações, analisando e comparando os resultados obtidos em companhias, do mesmo

setor, que apresentaram valorização e desvalorização na precificação das ações após

a publicação das demonstrações contábeis no site da B3?

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Sistema Financeiro Nacional

O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é compreendido por um conjunto de

instituições e instrumentos financeiros que atuam no mercado intermediando as

transações entre agentes econômicos superavitários e deficitários. Estruturalmente,

pode ser classificado em dois subsistemas: i.Normativo, responsável pela edição de

normas e a sua aplicação; e ii.Operador, composto por instituições operadoras que

fazem a intermediação financeira entre os agentes superavitários e deficitários

(BACEN, 2018).

O órgão normativo é composto pelo: i.Conselho Monetário Nacional (CMN),

principal órgão normativo do SFN e responsável por formular a política da moeda e

do crédito, objetivando o progresso econômico e social do País; ii. Conselho Nacional

de Seguros Privados (CNSP); e iii.Conselho Nacional de Previdência Complementar

(CNPC) (BACEN, 2018).

As entidades supervisoras trabalham para que os cidadãos e os integrantes

do sistema financeiro sigam as regras definidas pelos órgãos normativos. No ramo de

moeda, crédito, capitais e câmbio, atuam o Banco Central (Bacen), órgão executivo

do SFN responsável por executar as orientações do CMN, regulando e

supervisionando as instituições financeiras; e Comissão de Valores Mobiliários (CVM),

autarquia em regime especial que fiscaliza, normatiza, disciplina e desenvolve o

mercado de valores mobiliários no Brasil (BACEN, 2018; KERR, 2011).

Quanto aos órgãos operadores ligados ao Bacen, estão compreendidos os

bancos e caixas econômicas, administradoras de consórcios, cooperativas de crédito,

instituições de pagamento e demais instituições não bancárias e, corretoras e

distribuidoras, esta última também fiscalizada pela CVM dependendo de sua

atividade. Dentre os órgãos operadores ligados à CVM estão a: i.Bolsas de Valores,

sociedades anônimas ou associações civis dotadas de autonomia financeira,

patrimonial e administrativa, que mantém local ou sistema adequado ao encontro de

seus membros e à realização entre eles de transações de compra e venda de títulos

e valores mobiliários, em mercado livre e aberto; e ii.Bolsas de Mercadorias e Futuros,

associações privadas civis também dotadas de autonomia financeira, patrimonial e

administrativa, que tem como objetivo a efetuação do registro, compensação e

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liquidação, física e financeira, das operações realizadas em pregão ou em sistema

eletrônico (BACEN, 2018).

No ramo de seguros privados, o órgão normativo é representado pelo CNSP,

a entidade supervisora pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), e os

órgãos operadores pelas seguradoras e entidades abertas de previdência. Já no ramo

de previdência fechada, o CNPC aparece como órgão normativo, a Superintendência

Nacional de Previdência Complementar (Previc) como entidade supervisora, e as

entidades fechadas de previdência complementar como órgão operador (BACEN,

2018).

2.1.1 Bolsa de Valores

As bolsas de valores, entidades jurídicas constituídas em sua maioria na

forma de sociedades por ações, apresentam responsabilidades e funções de interesse

público, conferindo liquidez aos títulos e proporcionando o acontecimento de

negociações dinâmicas, realizadas a um preço justo de mercado com base no

consenso de oferta e procura (NETO, 2012, p. 76).

A principal entidade responsável pela circulação de papéis de renda variável

comercializadas em mercado de ações era representada no Brasil pela antiga

BM&FBovespa (PEREIRA, 2013, p. 86) que, a partir de março de 2017, através da

fusão entre BM&FBovespa e Cetip, passou a ser denominada de B3 – Brasil, Bolsa,

Balcão (B3, 2018). As atividades realizadas pela B3 incluem a criação e administração

de sistemas de negociação, compensação, liquidação, depósito e registro para todas

as principais classes de ativos, compreendendo desde ações e títulos de renda fixa

corporativa até derivativos de moedas, operações estruturadas e taxas de juro e de

commodities, Além disto, atua na operação como contraparte central garantidora para

a maior parte das operações realizadas em seus mercados e, oferta serviços de

central depositária e de registro (B3, 2018).

2.2 Sociedades Anônimas

A Lei nº 6.404, de 15 de Dezembro de 1976, dispões acerca das sociedades

anônimas, também denominadas de companhias, empresas estas que apresentam

como características: a) o capital dividido em ações; b) a responsabilidade dos sócios

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ou acionistas limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas; c) a

finalidade lucrativa, não contrária à lei, à ordem pública e aos bons costumes; d) o

objeto completo e preciso, definido no estatuto social. Em casos omissos, não

definidos na lei especial supracitada, aplicam-se as disposições contidas no Código

Civil (BRASIL, 2002).

Quanto à classificação com base no capital, as sociedades anônimas podem

ser: i. Abertas, quando os valores mobiliários de sua emissão estão admitidos à

negociação no mercado de ações; ii. Fechadas, quando não há negociação de seus

títulos ou ações no mercado de valores mobiliários (BRASIL, 1976).

A diretoria da companhia de capital aberto, ao final de cada exercício social e

com base na escrituração, deverá apresentar com clareza a situação do patrimônio

da companhia e as mutações ocorridas no exercício através do(a): i. Balanço

Patrimonial (BP); ii. Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA); iii.

Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); iv. Demonstração dos Fluxos de

Caixa (DFC); v. Demonstração do Valor Adicionado (DVA); complementadas por

Notas Explicativas (NE) e outros quadros analíticos ou demonstração contábeis

segundo a necessidade para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados

do exercício (BRASIL, 1976). A fim de conferir qualidade e credibilidade nas

informações geradas pelas demonstrações financeiras, a Lei nº 6.404/76 estabelece

que as sociedades anônimas de capital aberto devem, obrigatoriamente, observar as

normas expedidas pela CVM, além de submeter seus demonstrativos contábeis à

auditoria independente nela registrada (BRASIL, 1976; DINIZ, 2015, p.77-78).

2.2.1 Ações

Através da oferta pública de ações, as companhias de capital aberto lançam

e movimentam as suas ações com o objetivo de captar recursos novos para

investimento e reestruturação de passivos, aumentando o seu capital, ou pulverizam

as suas ações, num processo em que o capital da empresa permanece o mesmo,

aumentando somente a base de sócios (B3, 2018).

Conforme a natureza dos direitos ou vantagens conferidas aos seus titulares,

as ações podem ser ordinárias, preferenciais, ou de fruição. As ações ordinárias

proporcionam ao seu detentor o direito de voto nas assembleias de acionistas

enquanto que, as preferenciais, possibilitam o recebimento de dividendos em valor

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superior ao das ordinárias, bem como a prioridade no recebimento de reembolso do

capital (BRASIL, 1976; B3, 2018).

O comportamento das ações no mercado racional reflete as decisões tomadas

pela empresa que alteram o seu valor, podendo, por exemplo, estimular a valorização

através da criação de expectativa futura, ou ainda ocasionar desvalorização por

projeções de retração do mercado. A dinâmica dos preços é facilmente notada pelos

acionistas quando ocorre alteração nos negócios (NETO, 2012, p. 21).

Visando atrair e melhorar a avaliação das companhias pelo usuário externo,

a B3 – Brasil, Bolsa, Balcão – criou segmentos especiais de listagem de companhias

que prezam por rígidas regras de governança corporativa, dentre eles a Bovespa

Mais, Bovespa Mais Nível 2, Novo Mercado, Nível 2 e Nível 1, além do Tradicional,

cada um com a sua particularidade e requisitos (B3, 2018).

2.3 Análise das Demonstrações Financeiras

A análise das demonstrações contábeis constitui um dos estudos mais

importantes da administração financeira, atraindo o interesse tanto para os

administradores internos da empresa quanto para os usuários externos, pois fornece,

através de indicadores, o desempenho econômico-financeiro relacionado à período

passado da companhia, para assim diagnosticar sua posição atual, e em

consequência, produzir resultados que sirvam de base para a previsão de tendências

futuras (NETO, 2012, p.110). Nesta abordagem, a análise avalia os reflexos gerados

pelas tomadas de decisões sobre a liquidez, estrutura patrimonial e rentabilidade de

uma entidade (NETO, 2012, p.111).

Internamente, este tipo de análise trata da avaliação do desempenho geral da

companhia, fornecendo resultados retrospectivos e prospectivos das diversas

decisões financeiras tomadas. Externamente, as análises das demonstrações

financeiras também têm por objetivo fornecer dados sobre o desempenho da

empresa, os quais variam segundo sua posição, de credor ou de investidor,

entretanto, a dificuldade na avaliação dessas informações torna-se maior em

decorrência das limitações de informações contidas nos relatórios publicados (NETO,

2012, p. 110).

O estudo dos indicadores necessita seguir algumas orientações para que o

resultado gerado apresente melhor qualidade, a saber que: a) um indicador não deve

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ser abordado isoladamente, pois desta maneira dificilmente contribuirá com

informações relevantes para o analista; b) a comparação deve ser temporal,

permitindo acompanhar a evolução dos valores; c) a comparação deve ser setorial,

desenvolvida por meio de confronto dos resultados de uma empresa em análise com

os demonstrados pelos seus principais concorrentes (NETO, 2012, p.111).

O enfoque segundo o qual a análise das demonstrações financeiras é

desenvolvida pode variar conforme o interesse do analista:

Por exemplo, o administrador da empresa, ao medir periodicamente seus resultados, procura avaliar, na realidade, o impacto determinado pelas decisões financeiras sobre o desempenho global. Em princípio, está interessado igualmente em todos os seus aspectos econômico-financeiros, sem atribuir relevância maior ou menor a qualquer deles. Para os acionistas atuais da empresa (ou interessados em investir em suas ações), o objetivo da análise centra-se com maior nível de preferência sobre seus lucros líquidos e desempenho de suas ações no mercado e dividendos. Evidentemente, demonstram interesse também no risco financeiro (visualizado pelo dimensionamento de alavancagem financeira), como formas de melhor avaliar a taxa de retorno exigida, e na liquidez que fornece a capacidade financeira da empresa em distribuir dividendos. Ressalte-se que os credores atuais (ou futuros) da empresa costumam dar atenção especial a sua capacidade de liquidar, conforme previstos os compromissos financeiros assumidos (ou que venham a assumir) e não dispensam secundariamente a preocupação quanto a seus resultados econômicos como

forma de indicarem capacidade de continuidade (NETO, 2012, p.111).

Outro destaque a ser levado em consideração é a maneira particular como

são analisados os indicadores pelos usuários da informação que, a depender do

conhecimento técnico e experiência profissional, pode resultar em interpretações

diferenciadas sobre o mesmo objeto, corroborando com a ideia de que que não há

uma maneira única de se realizar a avaliação das demonstrações financeiras de uma

empresa (DINIZ, 2015, p.28). A quantidade de índices utilizados na análise depende

da profundidade que se deseja alcançar no estudo, todavia, o aumento excessivo do

número de indicadores interpretados dificulta a compreensão do estudo, reduzindo a

qualidade da informação (MATARAZZO, 2010, p.82).

Visando estabelecer uma melhor metodologia de avaliação dos diversos

aspectos do desempenho da empresa, os índices econômico-financeiros podem ser

apresentados através de grupos homogêneos subdivididos em: i. Indicadores de

Liquidez; ii. Indicadores de Atividade; iii. Indicadores de Endividamento e Estrutura; iv.

Indicadores de Rentabilidade; v. Indicadores de Análise de Ações (NETO, 2012,

p.111).

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2.3.1 Análise Financeira

2.3.1.1 Indicadores de Liquidez

Os indicadores de liquidez auferem a capacidade de uma empresa cumprir

com as obrigações passivas assumidas, a partir da comparação entre os direitos

realizáveis e as exigibilidades (SILVA, 2013, p.284). Entretanto, por se utilizarem de

valores estáticos para a realização dos cálculos, não refletem com precisão a

magnitude e época em que ocorreram as diversas entradas e saídas circulantes

(NETO, 2012, p.112).

Dentre os principais índices de liquidez, destacam-se o de Liquidez Corrente

(LC), Liquidez Seca (LS), Liquidez Imediata (LI) e Liquidez Geral (LG), descritos e

demonstrados simplificadamente no quadro 1.

Quadro 1 – Indicadores de Liquidez

Indicador Descrição Fórmula Interpretação

Liquidez

Corrente

Representa o quanto a empresa deve

a curto prazo aplicando em haveres e

direitos circulantes.

𝐿𝐶 =𝐴𝐶

𝑃𝐶

Se > 1

favorável

Se = 1

indiferente

Se < 1

desfavorável

Liquidez

Seca

Representa o percentual das dívidas

de curto prazo que pode ser resgatado

mediante o uso de ativos circulantes

de maior liquidez.

𝐿𝑆 =𝐴𝐶 − 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞 − 𝐷𝐴

𝑃𝐶

Liquidez

Imediata

Reflete a porcentagem das dívidas de

curto prazo que pode ser saldada

imediatamente pela entidade, por suas

disponibilidades de caixa.

𝐿𝐼 =𝐷𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑙

𝑃𝐶

Liquidez

Geral

Reflete a saúde financeira a longo

prazo da empresa. 𝐿𝐺 =

(𝐴𝐶 + 𝑅𝐿𝑃)

(𝑃𝐶 + 𝐸𝐿𝑃)

Fonte: NETO, 2012; adaptado pelo autor, 2019. Legendas: LC – Liquidez Corrente; LS – Liquidez Seca; LI – Liquidez Imediata; LG – Liquidez Geral; AC – Ativo Circulante; PC – Passivo Circulante; Estoq. – Estoque; DA – Despesas Antecipadas; RLP – Realizável a Longo Prazo; ELP – Exigível a Longo Prazo.

O indicador de LC demonstram a relação existente entre o AC e o PC, ou seja,

o quanto a empresa possui em dinheiro, bens e direitos realizáveis no curto prazo,

comparando com suas dívidas a serem pagas até o final do exercício subsequente.

Em números, a empresa que apresenta o índice com o valor superior à 1 demonstra

capital de giro líquido positivo, entretanto, para que interpretação tenha sua validade,

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a comparação deve utilizar como base empresas do mesmo porte, atividade e

disposição geográfica (SILVA, 2013, p.287).

No caso do indicador de LS, faz-se necessário excluir do cálculo os estoques,

por apresentarem liquidez imediata e facilitada, e também as despesas antecipadas,

pois não representam valores a receber, mas sim, serviços, utilidades e benefícios a

receber. Desta forma, este índice representa o percentual das dívidas de curto prazo

que pode ser resgatado mediante o uso de ativos circulantes de maior liquidez (NETO,

2012, p.113).

A LI, um dos índices de menor importância na análise das demonstrações

financeiras, reflete a porcentagem das dívidas de curto prazo que pode ser saldada

imediatamente pela entidade, por suas disponibilidades de caixa (NETO, 2012, p.113).

Por sua vez, a LG versa sobre a saúde financeira a longo prazo da empresa.

Como o recomendado anteriormente, este índice necessita ser associada aos

resultados encontrados por outros indicadores, pois o seu valor pode ser prejudicado

em caso de grandes diferenças nos prazos dos ativos e passivos (NETO, 2012,

p.113).

2.3.1.2 Indicadores de Atividade

Os indicadores de atividade tratam sobre a liquidez dos estoques, dos valores

devidos a fornecedores, além dos valores a receber de clientes, relacionados às suas

respectivas rotações ou giros. O cálculo apresenta por base as diversas durações de

um ciclo operacional, desde a aquisição de insumos básicos ou mercadorias até o

recebimento das vendas realizadas (NETO, 2012).

Dentre os principais índices de atividade, destacam-se o de Prazo Médio de

Estocagem (PME), Prazo Médio de Cobrança (PMC) e Prazo Médio de Pagamento a

Fornecedores (PMPF), descritos e demonstrados simplificadamente no quadro 2.

O PME indica o tempo médio, expresso em dias, que os produtos ficam

armazenados na empresa antes de serem vendidos, podendo os estoques ser

interpretados conforme a ótica de: i. capacidade de conversão em dinheiro; ii.

comprometimento de recursos. Em princípio, quanto menor o seu valor, melhor,

entretanto, faz-se necessária a análise conjunta com o PMC e PMPF, além de

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considerar fatores que possam interferir e causar distorção no resultado das

atividades (SILVA, 2013, p.254).

Quadro 2 – Indicadores de Atividade

Indicador Descrição Fórmula Interpretação

PME

Indica o tempo médio necessário para

a total renovação dos estoques da

empresa.

𝑃𝑀𝐸 =𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞. 𝑀

𝐶𝑃𝑉× 360

<

PMC

Demonstra o prazo médio para o

recebimento de duplicatas

relacionadas às vendas a prazo

𝑃𝑀𝐶 =𝐷𝑢𝑝. 𝑎 𝑟𝑒𝑐. 𝑀

𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠× 360

PMPF

Traduz o tempo médio que a empresa

leva para cumprir com as suas

obrigações relacionadas aos

fornecedores.

𝑃𝑀𝑃𝐹 =𝐹𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐. 𝑀

𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎𝑠× 360 >

Fonte: NETO, 2012; adaptado pelo autor, 2019. Legendas: PME – Prazo Médio de Estocagem; PMC – Prazo Médio de Cobrança; PMPF – Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores; Estoq.M – Estoque médio; CPV – Custo dos Produtos Vendidos; Dup. a rec.M – Valor médio a receber proveniente de vendas a prazo; Vendas – Vendas anuais a prazo; Fornec.M – Contas a pagar a fornecedores; Compras – Compras anuais a prazo; (<) quanto menor, melhor; (>) quanto maior, melhor.

O PME indica o tempo médio, expresso em dias, que os produtos ficam

armazenados na empresa antes de serem vendidos, podendo os estoques ser

interpretados conforme a ótica de: i. capacidade de conversão em dinheiro; ii.

comprometimento de recursos. Em princípio, quanto menor o seu valor, melhor,

entretanto, faz-se necessária a análise conjunta com o PMC e PMPF, além de

considerar fatores que possam interferir e causar distorção no resultado das

atividades (SILVA, 2013, p.254).

O PMC demonstra o prazo médio para o recebimento de duplicatas

relacionadas às vendas a prazo. Quanto menor o valor encontrado para este índice,

melhor para empresa, pois poderá manter recursos disponíveis para outras aplicações

mais rentáveis por prazos maiores, elevando o giro de seus ativos e,

consequentemente, auferindo maior nível de rentabilidade (NETO, 2012, p.115).

Já o PMPF traduz o tempo médio que a empresa leva para cumprir com as

suas obrigações relacionadas aos fornecedores. Em tese, quanto maior o valor obtido

neste índice, melhor para empresa, que poderá financiar suas necessidades de capital

de giro com recursos menos onerosos desde que os encargos atribuídos às compras

não excedam a taxa inflacionária vigente (NETO, 2012, p.115).

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2.3.1.3 Indicadores de Endividamento e Estrutura

Os indicadores de estrutura de capital tratam sobre a relação entre a estrutura

e a rentabilidade de uma empresa, avaliando a composição do passivo por meio da

participação das fontes de financiamento, da composição de obrigações e também a

participação dos recursos próprios (BAZZI, 2016, p.52). Já o indicador de

endividamento visa avaliar e revelar qual o grau de endividamento, demonstrando a

política de obtenção de recursos adotada pela entidade, ou seja, como se dá o

financiamento do ativo, seja com recursos próprios, seja com capital de terceiros

(BAZZI, 2016, p. 56). Em suma, os indicadores de endividamento e estrutura fornecem

elementos para avaliação do grau de comprometimento financeiro, a capacidade de

cumprimento dos compromissos financeiros assumidos a longo prazo, além de aferir

a composição das fontes passivas de recursos da empresa (NETO, 2012, p.116).

Dentre os principais índices de estrutura e endividamento, destacam-se a

Imobilização do Patrimônio Líquido (IPL), Participação do Capital de Terceiros (PCT),

Composição do Endividamento (CE) e Endividamento Geral (EG), descritos e

demonstrados simplificadamente no quadro 3.

Quadro 3 – Indicadores de Endividamento e Estrutura

Indicador Descrição Fórmula Interpretação

IPL

Indica a parcela do patrimônio que

está aplicada em seu ativo não

circulante.

𝐼𝑃𝐿 =𝐴𝑁𝐶

𝑃𝐿× 100

<

PCT

Visa relacionar o capital próprio com o

capital de terceiros, demonstrando o

risco e grau de dependência.

𝑃𝐶𝑇 =𝐶𝑇𝑡

𝑃𝐿× 100

CE

Indica quanto do endividamento total

da empresa deverá ser pago em curto

prazo.

𝐶𝐸 =𝑃𝐶

𝐶𝑇𝑡× 100

EG Mede a proporção entre os ativos

totais que é financiada pelos credores. 𝐸𝐺 =

(𝐴𝑇 − 𝑃𝐿)

𝐴𝑇× 100

Fonte: BAZZI, 2016; adaptado pelo autor, 2019. Legendas: IPL – Imobilização do Patrimônio Líquido; PCT – Participação do Capital de Terceiros; CE – Composição do Endividamento; EG – Endividamento Geral; ANC – Ativo Não Circulante; PL – Patrimônio Líquido; CTt – Capital de Terceiros; PC – Passivo Circulante; AT – Ativo Total; (<) quanto menor, melhor.

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A IPL tem como objetivo indicar a parcela do patrimônio que está aplicada em

seu ativo não circulante ou, em outras palavras, quanto do ativo não circulante é

financiado pelo patrimônio líquido. Desta forma, o índice demonstra o grau de

dependência dos recursos de terceiros para a manutenção da empresa, ou seja,

quanto menor a dependência perante ao capital de terceiros, melhor será para

companhia (BAZZI, 2016, p.55). A utilização dos ativos permanentes e o seu retorno

financeiro decorrem ao longo do tempo, sendo assim, o melhor cenário para empresa

é aquele em que o financiamento deste ativo se faz através de recursos próprios

(MATARAZZO, 2010, apud DINIZ, 2015, p.114).

Denominada como índice de Grau de Endividamento para alguns autores, a

PCT é um indicador de risco da empresa, ou de dependência do capital de terceiros,

que visa relacionar as duas principais fontes de recursos de uma entidade, o capital

próprio com o capital de terceiros. Este índice pode ser interpretado no sentido de que

quanto maior a participação do capital de terceiros, pior será para companhia pois

apresentará menor liberdade nas decisões financeiras (MATARAZZO, 2010, p.88).

O índice de CE indica quanto do endividamento total da empresa deverá ser

pago em curto prazo. Neste caso, quanto menor o envolvimento de dívidas

relacionadas ao curto prazo, melhor será para empresa que disporá de maior

tranquilidade para organizar a quitação de dívidas em longo prazo, diminuindo assim

o risco na atividade (BAZZI, 2016, p.58). O processo de expansão empresarial sugere

o financiamento dos investimentos através do endividamento de longo prazo,

possibilitando a amortização da dívida à medida que em ela ganhe capacidade

operacional (DINIZ, 2015, p.113).

O EG mede a proporção entre os ativos totais que é financiada pelos credores,

indicando a solvência da empresa em todos os prazos ou a cobertura de dívida com

todos os credores. Como interpretação sugerida, quanto menor for a participação de

credores financiando os ativos totais da empresa, melhor será a situação analisada,

pois caracterizará menor dependência na participação do capital de terceiros (BAZZI,

2016, p.61).

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2.3.2 Análise Econômica

2.3.2.1 Indicadores de Rentabilidade

Os indicadores de rentabilidade visam avaliar os resultados auferidos pela

entidade em relação a determinados parâmetros – ativo, investimento, patrimônio

líquido e receita com vendas – que melhor revelem suas dimensões, demonstrando o

rendimento dos investimentos realizados e o grau de eficácia econômica da empresa,

tomando como base, em geral, o lucro operacional e o lucro líquido (NETO, 2012,

p.118; BAZZI, 2016, p.64). De acordo com NETO (2012, p.118), os analistas, em sua

maioria, não dão a devida atenção a estes indicadores, que por sua vez, costumam

exercer influência significativa sobres as tomadas de decisões envolvendo o mercado

de crédito e acionário.

Dentre os principais índices de rentabilidade, destacam-se a Retorno sobre o

Investimento (ROI), Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) e Giro dos Ativos (GA),

descritos e demonstrados simplificadamente no quadro 4.

Quadro 4 – Indicadores de Rentabilidade

Indicador Descrição Fórmula Interpretação

ROI

Indica a relação entre os resultados da

empresa e o volume de recursos nela

investidos pelos sócios e terceiros.

𝑅𝑂𝐼 =𝐿𝐿

𝐴𝑇 𝑀é𝑑𝑖𝑜× 100

> ROE

Indica quanto a empresa gera de lucro

líquido em função do seu capital

próprio.

𝑅𝑂𝐸 =𝐿𝐿

𝑃𝐿 𝑀é𝑑𝑖𝑜× 100

GA

Indica quantas vezes o ativo foi

renovado em relação às vendas

líquidas do período.

𝐺𝐴 =𝑅𝐿

𝐴𝑇× 100

Fonte: BAZZI, 2016; adaptado pelo autor, 2019. Legendas: ROI – Retorno sobre o Investimento; ROE – Retorno sobre o Patrimônio Líquido; GA – Giro dos Ativos; LL – Lucro Líquido; AT – Ativo Total; PL – Patrimônio Líquido; RL – Receita Líquida; (>) quanto maior, melhor.

Considerado por muitos autores como o mais importante indicador de análise

das demonstrações financeiras, o ROI avalia o retorno produzido pelo total dos

recursos aplicados por acionistas e credores nos negócios, ou seja, a relação entre

os resultados da empresa e o volume de recursos nela investidos pelos sócios e

terceiros (NETO, 2012, p.119; BAZZI, 2016, p.66). O valor pelo indicador encontrado

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é traduzido da seguinte maneira, quanto maior o índice obtido, melhor será a situação

econômica da empresa, pois o investimento realizado estará influenciando

positivamente na obtenção de lucro líquido (BAZZI, 2016, p.66).

Por sua vez, o ROE demonstrar aos acionistas ou proprietários, a quantidade

de prêmio obtida em relação a seus investimentos realizados no empreendimento. Da

mesma forma que ocorre com o ROI, quanto maior o índice encontrado, melhor será

a avaliação para a empresa, pois o capital próprio investido estará impactando

positivamente na geração de lucro líquido, que será o prêmio do investidor pelo risco

de seu negócio (SILVA, 2013, p.246).

Já o GA, informa a velocidade de renovação do ativo em relação às vendas

líquidas no período. Quanto maior o valor encontrado para este indicador, melhor para

a empresa, que demonstrará eficiência na capacidade de geração de vendas em

relação à base investida no ativo total (BAZZI, 2016, p.67).

2.3.2.2 Indicadores de Avaliação de Ações

Os indicadores de avaliação de ações, através da análise de desempenho da

empresa sobre suas ações, fornecem apoio e estrutura às decisões de investimentos

dos analistas de mercado e acionistas, tendo como objetivo demonstrar quais são os

elementos quantitativos e a sua relação com os diversos objetos relacionados às

ações negociadas no mercado de capitais (NETO, 2012, p.120; BAZZI, 2016, p.94).

Para BAZZI (2016, p.94), deve-se tomar cuidado ao utilizar os índices de

avaliação de ações, haja visto a complexidade estrutural do SFN e as inúmeras

variáveis de fatores que interferem na ordem conjuntural, psicológica ou monetária

dos investidores.

Dentre os principais índices de avaliação de ações, destacam-se o Valor

Patrimonial da Ação (VPA); Lucro por Ação (LPA), Rentabilidade de Ação (RDA), e

Dividendos por Ação (DpA), descritos e demonstrados simplificadamente no quadro

5.

O VPA é considerado um indicador de avaliação de ações com ênfase no

patrimônio, indicando qual a representatividade de uma ação perante o PL da

empresa (BAZZI, 2016, p.96), devendo ser analisado em conjunto com os demais

índices deste segmento.

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O LPA, índice de apresentação obrigatória na DRE de empresas de capital

aberto, demonstra o lucro auferido por cada ação emitida pela companhia em

determinado período (NETO, 2012, p.120; BAZZI, 2016, p.94).

A RDA representa o valor do retorno anual de ação que o investidor terá para

cada R$ 100,00 aplicados em relação ao preço de mercado (BAZZI, 2016, p.98). Este

índice é o resultado inverso do Índice Preço por Lucro (P/L), tratado como um dos

quocientes mais tradicionais do processo de análise de ações e com ampla utilização

pelos investidores. Por apresentar natureza estática, o seu resultado deve ser

validado para o uso na data de sua apuração, devendo observância também a política

de distribuição de dividendos particular de cada empresa (NETO, 2012, p.120).

Quadro 5 – Indicadores de Avaliação de Ações

Indicador Descrição Fórmula Interpretação

VPA

Demonstra qual a representatividade

de uma ação perante o patrimônio

líquido da empresa.

𝑉𝑃𝐴 =𝑃𝐿

𝑁º 𝑎çõ𝑒𝑠

>

LPA

Ilustra quanto do lucro obtido pela

empresa corresponde a cada uma das

ações emitidas.

𝐿𝑃𝐴 =𝐿𝐿

𝑁º 𝑎çõ𝑒𝑠

RDA

Representa quanto o investidor terá de

retorno anual para cada R$ 100,00

investidos para aquisição das ações

em relação ao preço de mercado.

𝑅𝐷𝐴 =𝐿𝑃𝐴

𝐶𝑝𝐴× 100

DpA

Indica quanto do lucro da empresa foi

distribuído em relação a cada ação por

ela emitida.

𝐷𝑝𝐴 =𝐷𝑃

𝑁º 𝑎çõ𝑒𝑠× 100

Fonte: BAZZI, 2016; adaptado pelo autor, 2019. Legendas: VPA – Valor Patrimonial da Ação; LPA – Lucro por Ação; RDA – Rentabilidade de Ação; DpA – Dividendos por Ação; PL – Patrimônio Líquido; LL – Lucro Líquido; CpA – Cotação por Ação; DP – Dividendos Pagos; (>) quanto maior, melhor.

Por fim, o DpA indica o quanto do lucro da empresa foi distribuído em relação

a cada ação emitida por ela, sendo dever da companhia a sua apresentação em

demonstração contábil (BAZZI, 2016, p.99).

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2.3.3 Análise Fundamentalista

Nas sociedades anônimas de capital aberto, a maximização de suas riquezas

é examinada por meio do valor de mercado das ações, que por sua vez, é determinado

com o auxílio de diversas técnicas de análise, entre elas a análise fundamentalista.

A análise fundamentalista, uma das técnicas mais utilizadas no mercado de

capitais, tem como objetivo identificar oportunidades de investimento para as

empresas através de comparações entre o valor próprio de uma ação e o seu valor

de mercado, ou ainda, por meio de análise estruturada do BP e da DRE, avaliando a

performance da empresa ao longo do tempo a fim de identificar os resultados da

organização e desenvolver análises futuras nas mais diversas decisões financeiras

que nela possam ser tomadas. O escopo da análise fundamentalista é o mesmo

utilizado para análise das demonstrações contábeis tradicional, usufruindo de alguns

índices econômico-financeiros, porém com mais ênfase quantitativa, qualitativa e

temporal, visando revelar um prognóstico do futuro da empresa, não deixando de lado

os resultados passados (BAZZI, 2016, p.93).

Os métodos utilizados na análise fundamentalista – Top Down e Bottom Up -

são, na maioria dos casos, utilizados de forma complementar. No método Top Down

a análise tem como ponto de partida a avaliação do cenário macroeconômico e,

posteriormente, a escolha da melhor empresa dentro deste contexto. Neste método,

de fora para dentro, as perspectivas para o desempenho das companhias podem ser

afetadas distintamente, tornando esta análise dinâmica e complexa. Já no método

Bottom Up a escolha pela melhor empresa é fundamentada em análises sobre os

demonstrativos financeiros, projeções ao longo do tempo, comparações entre

concorrentes, incluindo a avaliação de indicadores subjetivos como a qualidade da

gestão e governança, a força da marca, o alinhamento dos executivos e riscos

empresariais fora do balanço (CVM, 2017, p.136-137).

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3. METODOLOGIA

O presente estudo foi desenvolvido através de pesquisa qualitativa por meio

de abordagem documental que, segundo GODOY (1995), caracteriza-se por buscar o

fenômeno a partir do contexto em que ocorre e do qual faz parte, utilizando referências

bibliográficas com fundamentos teóricos e específicos, legislações vigentes, livros,

periódicos acadêmicos e científicos e, sites relacionados ao mercado de ações e

análise fundamentalista. Para o autor, o método qualitativo não se apresenta como

uma proposta rigidamente estruturada, permitindo ao investigador propor trabalhos

que explorem novos enfoques. Não obstante, SOUZA & KERBAUY (2017) relatam a

frequente dualidade encontrada no momento de definir a pesquisa em qualitativa e

quantitativa, sugerindo denominar a metodologia como mista ou quali-quantitativa

quando a abordagem isolada for insuficiente para compreender a realidade

investigada.

3.1 Seleção das empresas

A fim de conferir maior qualidade às informações geradas, o estudo dos

indicadores necessita seguir orientações a saber que: a) um indicador não deve ser

abordado isoladamente, pois desta maneira dificilmente contribuirá com informações

relevantes para o analista; b) a comparação deve ser temporal, permitindo

acompanhar a evolução dos valores; c) a comparação deve ser setorial, desenvolvida

por meio de confronto dos resultados de uma empresa em análise com os

demonstrados pelos seus principais concorrentes (NETO, 2012, p.111).

Assim sendo, a escolha das companhias de capital aberto se deu por seleção

não-probabilística condicionada, observando os seguintes critérios:

a) ambas ocuparem o mesmo segmento de atuação (quadro 6);

b) uma apresentar aumento e a outra diminuição na precificação de suas

ações ordinárias, verificando o intervalo de duas semanas posteriores à

publicação das demonstrações financeiras no site da B3, referentes ao

exercício de 2016 e 2017 (quadro 7).

Diante dos critérios supracitados e com base nos quadros 6 e 7, apêndices I

e II, foram selecionadas duas empresas demonstradas a seguir:

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Quadro 6 – Determinação das empresas quanto ao segmento de atuação

Empresa Setor Subsetor Segmento Classificação

SLC Agrícola S.A. Consumo não cíclico

Agropecuária Agricultura Novo Mercado Terra Santa Agro S.A.

Fonte: elaborado pelo autor, 2019.

Quadro 7 – Determinação das empresas quanto à precificação das ações

Empresa SLC Agrícola S.A. Terra Santa Agro S.A.

Nome de Pregão SLC AGRICOLA TERRA SANTA

Composição do Capital 100% Ações Ordinárias 100% Ações Ordinárias

Código de Negociação SLCE3 TESA3

Publicação das Demonstrações Financeiras

Exercício 2017 2016 2017 2016

Data da publicação 07/03/2018 27/03/2017 27/03/2018 09/03/2017

Valor das ações 35 17,11 13,46 13,46

Data duas semanas após a publicação

21/03/2018 10/04/2017 10/04/2018 23/03/2017

Valor das ações 37,61 18,18 12,71 13,06

Oscilação

Positiva Negativa

Valorização Valorização Desvalorização Desvalorização

7,46% 6,25% -5,57% -2,97%

Fonte: elaborado pelo autor, 2019.

3.2 Reestruturação das Demonstrações Financeiras

A obtenção dos indicadores econômico-financeiros se dará pela aplicação de

fórmulas, que se utilizarão de valores fornecidos pelas demonstrações financeiras

reestruturadas e adequadas, conforme os Apêndices III e IV.

3.3 Determinação e análise comparativa dos indicadores econômico-financeiros

Os indicadores econômico-financeiros utilizados foram extraídos das obras de

NETO (2012) e BAZZI (2016), aplicando-se as respectivas fórmulas para a

determinação dos índices e posterior comparação dos resultados.

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4. RESULTADO E ANÁLISE

A verificação da expressão dos índices leva em consideração a interpretação

relatada pela literatura para os diversos índices econômico-financeiros (NETO,2012;

BAZZI, 2016).

Tabela 1 – Expressão dos indicadores econômico-financeiros

EMPRESA

Oscilação Positiva

Oscilação Negativa

(A) (B)

ANÁLISE FINANCEIRA 2017 2016 2017 2016 INT.

INDICADORES DE LIQUIDEZ

Liquidez Corrente LC 1,35 1,26 0,90 0,95 >1

Liquidez Geral LG 0,69 0,72 0,12 0,09 >1

Liquidez Imediata LI 0,45 0,58 0,02 0,01 >1

Liquidez Seca LS 0,94 0,90 0,68 0,90 >1

INDICADORES DE ATIVIDADE

Prazo Médio de Estocagem PME 245,05 275,06 227,85 196,76 <

Prazo Médio de Cobrança PMC 43,57 44,85 12,01 14,15 <

Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores PMF 95,53 118,96 79,61 87,58 >

INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO E ESTRUTURA

Imobilização do Patrimônio Líquido IPL 112,99 119,08 170,71 170,10 <

Participação de Capital de Terceiros PCT 96,23 107,76 124,58 115,42 <

Composição do Endividamento CE 64,13 65,09 47,81 41,33 <

Endividamento Geral EG 49,04 51,87 55,47 53,58 <

ANÁLISE ECONÔMICA

INDICADORES DE RENTABILIDADE

Retorno sobre o Investimento ROI 6,88 0,29 0,34 -6,79 >

Retorno sobre o Patrimônio Líquido ROE 13,90 0,62 0,75 -15,31 >

Giro dos Ativos GA 42,00 30,48 35,90 39,07 >

INDICADORES DE AVALIAÇÃO DE AÇÕES

Valor Patrimonial da Ação (*) VPA 28,26 27,51 55,14 54,38 >

Lucro por Ação LPA 3,87 0,16 0,41 -8,50 >

Rentabilidade de Ação (*) RDA 11,07 0,96 3,05 -63,19 >

Dividendos por Ação (*) DpA 0,88 0,07 (**) PREJ. >

Fonte: elaborado pelo autor, 2019. Legenda: (A) – SLC Agrícola S.A.; (B) – Terra Santa Agro S.A.; PREJ. – Prejuízo Acumulado no Exercício; (*) – PL, LL e DP multiplicados por 1.000 (mil), para aplicação no cálculo e determinação do índice; (**) – Lucro utilizado para dedução do Prejuízo Acumulado; █ – Indicadores que se expressaram conforme a hipótese (i) – padrão interpretativo sugerido pela literatura – em ambas empresas; INT. – Interpretação; (>) – Quanto maior, melhor; (<) – Quanto menor, melhor; (>1) – se maior que um, favorável.

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Os valores encontrados para os índices em análise, demonstraram a

possibilidade de sustentação da hipótese (i), sendo observada a expressão e

compatibilidade de alguns indicadores - LC, PME, IPL, PCT, CE, EG e GA –

apresentados na tab. 1., onde a empresa com valorização das ações demonstrou

melhoria no valor interpretativo destes, enquanto que a empresa com oscilação

negativa, indicou piora no valor interpretativo dos mesmos.

Os indicadores de LC e GA podem retratar uma melhora no cenário

empresarial quando há uma elevação nos seus valores. Diante desta informação,

enumera-se os seguintes acontecimentos expostos no exercício de 2016 e 2017: i. a

LC aumentou de 1,26 para 1,35 na empresa com oscilação positiva, em contrapartida,

caiu de 0,95 para 0,90 na companhia com oscilação negativa, obedecendo a lógica

determinada na hipótese (i) do estudo; ii. o GA aumentou de 30,48 para 42,00 na

empresa A, apresentando redução de 39,07 para 35,90 na empresa B.

Já os indicadores de PME, além dos indicadores de endividamento e estrutura

- IPL, PCT, CE e EG – demonstram, segundo o valor interpretativo sugerido pela

literatura, uma evolução no panorama da companhia quando há uma redução nos

seus valores. Diante desta informação, enumera-se os seguintes acontecimentos

expostos no exercício de 2016 e 2017: i. a empresa A apresentou uma redução de

275,06 para 245,05 no PME, de 119,08 para 112,99 na IPL, de 107,76 para 96,23 na

PCT, de 65,09 para 64,13 na CE, e de 51,87 para 49,04 no EG; ii. a empresa B

apresentou um aumento de 196,76 para 227,85 para o PME, de 170,10 para 170,71

na IPL, de 115,42 para 124,58 na PCT, de 41,33 para 47,81 na CE, e de 53,58 para

55,47 no EG.

TAVARES & SILVA (2012), através da utilização de índices econômico-

financeiros, investigaram a possibilidade de segregação de grupos de investimentos

utilizando a análise financeira fundamentalista e determinaram que, apesar de uma

pequena parcela de indicadores apresentar significância estatística, a hipótese (i)

pode ser confirmada, contribuindo assim para a seleção das melhores e piores

alternativas de investimentos no mercado de ações.

Na mesma linha, MALTA & DE CAMARGOS (2016) analisaram o papel de

indicadores econômico-financeiros na predição do retorno acionário, demonstrando

que 8 variáveis – PCT, ROE, ROI, Retorno sobre o Ativo, Margem Bruta, LPA, Liquidez

de Mercado e Market-to-book ratio – apresentaram a capacidade de fornecer

informações úteis para o planejamento de estratégias de investimentos.

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Dos índices supracitados por MALTA & DE CAMARGOS (2016), tanto o PCT

quanto o Retorno sobre o Ativo (GA) ratificaram a hipótese (i) construída no presente

estudo, reforçando a possibilidade de expressão de alguns indicadores no impacto da

análise financeira fundamentalista realizada pelos investidores.

A expressão dos índices PCT e LC é reforçada por MATARAZZO (2010, p.

84) que enfatiza o uso destes e do ROE por praticamente todos os analistas. SILVA

(2013, p. 289) considera a LC como um dos indicadores mais famosos e utilizados,

por algumas pessoas, como medidor da saúde financeira das empresas.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir dos resultados encontrados no presente estudo, concluímos que os

índices LC, PME, IPL, PCT, CE, EG e GA, apresentaram o comportamento esperado

pela hipótese (i), ou seja, a empresa com valorização das ações demonstrou melhoria

no valor interpretativo destes, ao passo que, a empresa com oscilação negativa,

indicou piora no valor interpretativo dos mesmos, sugerindo a possibilidade de adoção

dos indicadores supracitados pelos investidores. Além disso, a PCT e GA, quanto à

capacidade de fornecer informações úteis para o planejamento de estratégia de

investimentos, reforçam os resultados encontrados em outra pesquisa.

Ademais, destaca-se o grupo de indicadores de endividamento e estrutura –

IPL, PCT, CE e EG – por se enquadrarem, em sua totalidade, de acordo com o valor

interpretativo defendido na hipótese (i).

Por fim, a qualidade dos achados neste estudo, poderá ser incrementada

através de novas pesquisas abrangendo outras áreas, setores, indicadores e tipos de

ações.

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REFERÊNCIAS

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MALTA, T. L.; DE CAMARGOS, M. A.; Variáveis da análise fundamentalista e dinâmica e o retorno acionário de empresas brasileiras entre 2007 e 2014. Revista de Gestão. v. 23, n. 1, p. 52-62, 2016. MATARAZZO, D. C. Análise financeira de balanços: abordagem gerencial. 7ª ed., São Paulo: Atlas, 2010. cap. 4: Análise através de índices, p. 81-137. NETO, A. A. Finanças Corporativas e Valor. 6ª ed., São Paulo: Atlas, 2012. cap. 4: Ambiente financeiro brasileiro, p. 72-91, cap. 6: Análise das demonstrações financeiras, p. 110-126. PEREIRA, C. L. Mercado de Capitais. 1ª ed., Curitiba: Intersaberes, 2013. cap. 3: Mercado de capitais, p. 80-103. SILVA, C. A. T.; DE CARVALHO, C. C.; NUNES, D. M. S. O que move o preço da ação? Uma abordagem sobre a influência das notícias no mercado acionário. Revista REUNIR, v. 2, n. 3, p. 1-13, 2012. SILVA, J. P. Análise financeira das empresas. 12ª ed., São Paulo: Atlas, 2013. cap. 10: Análise da lucratividade e desempenho, p. 231-251, cap. 11: Análise dos ciclos financeiro e operacional, p. 252-263, cap. 13: Análise da liquidez e capacidade de pagamento, p. 282-298. SOUZA, K. R.; KERBAUY, M. T. M. Abordagem quanti-qualitativa: superação da dicotomia quantitativa-qualitativa na pesquisa em educação. Revista Educação e Filosofia, v. 31, n. 61, p. 21-44, 2017. TAVARES, A. L.; SILVA, C. A. T. A análise financeira fundamentalista na previsão de melhores piores alternativas de investimento. Revista Universo Contábil. v. 8, n.1, p. 37-52, jan./mar., 2012. TRADINGVIEW. TradingView. Disponível em: <https://br.tradingview.com/>. Acesso em: 20 jun. 2018.

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Apêndices

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Apêndice 1

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3

6

APÊNDICE 1 – Cotação das ações da SLC Agrícola S.A. após a publicação das Demonstrações Financeiras

Fonte: TRADINGVIEW, 2018; adaptado pelo autor, 2019.

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Apêndice 2

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APÊNDICE 2 – Cotação das ações da Terra Santa Agro S.A. após a publicação das Demonstrações Financeiras

Fonte: TRADINGVIEW, 2018; adaptado pelo autor, 2019.

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Apêndice 3

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APÊNDICE 3 – Reestruturação das Demonstrações Financeiras da SLC Agrícola S.A.

BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO 2017 2016 2015 PASSIVO 2017 2016 2015

AC 2.241.985 2.324.447 2.171.379 PC 1.662.232 1.838.376 1.747.970

Disponível 749.328 1.064.506 701.460 Fornecedores 424.041 439.735 398.860

Contas a Receber 351.858 185.538 228.024 Empréstimo/Financiamento 860.976 1.155.641 931.732

Estoque 1.092.521 1.007.599 1.151.897 Outras Obrigações 377.215 243.000 417.378

Outros Créditos 48.278 66.804 89.998

ANC 3.043.346 3.121.208 3.132.785 PNC 929.626 986.114 1.169.400

RLP 182.726 221.255 271.791

Imobilizado 2.647.977 2.686.064 2.764.677 PL 2.693.473 2.621.165 2.386.794

Intangível 10.400 3.245 2.967

Ativo Operacional 5.083.088 5.235.011 5.210.814 CTt 2.591.858 2.824.490 2.917.370

Investimentos 202.243 210.644 93.350

ATIVO TOTAL 5.285.331 5.445.655 5.304.164 PASSIVO TOTAL 5.285.331 5.445.655 5.304.164

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

2017 2016 2015

Receita Bruta de Vendas/Serviços 2.219.901 1.659.649 1.761.581

(-) CPV (1.542.605) (1.413.181) (1.328.460)

Lucro Bruto 677.296 246.468 433.121

(-) Despesas Operacionais (83.843) (136.153) (147.623) INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

Lucro Operacional Líquido 593.453 110.315 285.498

(+/-) Resultado Financeiro (92.463) (114.476) (118.844) Nº de Ações 95.297.500

Lucro Líquido antes do IR/CSLL 500.990 (4.161) 166.654

(-) IR/CSLL (131.728) 19.802 (45.483) Cotação 07/03/2018 21/03/2017

Lucro/Prejuízo Líquido do Exercício 369.262 15.641 121.171 R$ 35,00 R$ 17,11

Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

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Apêndice 4

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APÊNDICE 4 – Reestruturação das Demonstrações Financeiras da Terra Santa Agro S.A.

BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO 2017 2016 2015 PASSIVO 2017 2016 2015

AC 532.140 441.555 622.272 PC 588.274 464.787 1.236.401

Disponível 11.271 4.232 30.419 Fornecedores 151.079 177.245 174.946

Contas a Receber 38.906 14.234 50.250 Empréstimo/Financiamento 230.089 131.897 872.094

Estoque 461.751 401.091 518.169 Outras Obrigações 207.106 155.645 189.361

Outros Créditos 20.212 21.998 23.434

ANC 1.686.139 1.657.094 1.768.099 PNC 642.265 659.664 137.959

RLP 305.070 258.051 314.883

Imobilizado 1.092.802 1.114.547 1.163.842 PL 987.740 974.198 1.016.011

Intangível 280.427 284.496 289.374

Ativo Operacional 2.210.439 2.098.649 2.390.371 CTt 1.230.539 1.124.451 1.374.360

Investimentos 7.840 0 0

ATIVO TOTAL 2.218.279 2.098.649 2.390.371 PASSIVO TOTAL 2.218.279 2.098.649 2.390.371

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

2017 2016 2015

Receita Bruta de Vendas/Serviços 796.315 820.031 866.424

(-) CPV (681.644) (840.954) (880.554)

Lucro Bruto 114.671 (20.923) (14.130)

(-) Despesas Operacionais (66.280) (114.859) (122.177) INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

Lucro Operacional Líquido 48.391 (135.782) (136.307)

(+/-) Resultado Financeiro (90.439) (34.825) (126.831) Nº de Ações 17.914.118

Lucro Líquido antes do IR/CSLL (42.048) (170.607) (263.138)

(+/-) IR/CSLL 49.398 18.252 58.934 Cotação 27/03/2018 09/03/2017

Lucro/Prejuízo Líquido do Exercício 7.350 (152.355) (204.204) R$ 13,46 R$ 13,46

Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

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Anexos

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Anexo 1

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ANEXO 1 – Demonstrações Financeiras da SLC Agrícola S.A. Conta Descrição 31/12/2017 31/12/2016 31/12/2015

1 Ativo Total 5.293.685 5.453.376 5.309.633

1.01 Ativo Circulante 2.250.339 2.332.168 2.176.848

1.01.01 Caixa e Equivalentes de Caixa 611.539 888.740 701.460

1.01.01.01 Caixa e Equivalentes de Caixa 611.539 888.740 623.608

1.01.01.02 Aplicações Financeiras de curto prazo 0 0 77.852

1.01.02 Aplicações Financeiras 137.789 175.766 0

1.01.02.01 Aplicações Financeiras Avaliadas a Valor Justo 137.789 175.766 0

1.01.03 Contas a Receber 351.858 185.538 228.024

1.01.03.01 Clientes 168.128 73.392 176.691

1.01.03.02 Outras Contas a Receber 183.730 112.146 51.333

1.01.03.02.01 Adiantamentos a Fornecedores 9.017 1.728 4.438

1.01.03.02.02 Operações com Derivativos 47.140 99.963 26.639

1.01.03.02.03 Titulos e creditos a Receber 123.657 7.948 4.444

1.01.03.02.05 Outras Contas a Receber 3.916 2.507 15.812

1.01.04 Estoques 569.524 486.425 728.192

1.01.05 Ativos Biológicos 522.997 521.174 423.705

1.01.06 Tributos a Recuperar 45.908 66.727 89.321

1.01.06.01 Tributos Correntes a Recuperar 45.908 66.727 89.321

1.01.06.01.01 Impostos a Recuperar 45.908 66.727 89.321

1.01.07 Despesas Antecipadas 8.354 7.721 5.469

1.01.08 Outros Ativos Circulantes 2.370 77 677

1.01.08.02 Ativos de Operações Descontinuadas 2.370 77 677

1.02 Ativo Não Circulante 3.043.346 3.121.208 3.132.785

1.02.01 Ativo Realizável a Longo Prazo 182.726 221.255 271.791

1.02.01.06 Tributos Diferidos 18.760 26.265 23.509

1.02.01.06.01 Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 18.760 26.265 23.509

1.02.01.07 Despesas Antecipadas 2.567 3.777 2.830

1.02.01.09 Outros Ativos Não Circulantes 161.399 191.213 245.452

1.02.01.09.03 Tributos a Recuperar 62.841 55.834 51.954

1.02.01.09.04 Operações com Derivativos 23.766 48.648 101.852

1.02.01.09.06 Títulos a Receber 0 0 7.464

1.02.01.09.07 Adiantamentos a Fornecedores 57.763 71.542 76.430

1.02.01.09.08 Outras Contas a Receber 17.029 15.189 7.752

1.02.02 Investimentos 202.243 210.644 93.350

1.02.02.02 Propriedades para Investimento 202.243 210.644 93.350

1.02.03 Imobilizado 2.647.977 2.686.064 2.764.677

1.02.03.01 Imobilizado em Operação 2.587.912 2.638.106 2.708.061

1.02.03.03 Imobilizado em Andamento 60.065 47.958 56.616

1.02.04 Intangível 10.400 3.245 2.967

1.02.04.01 Intangíveis 10.400 3.245 2.967

1.02.04.01.02 Outros (sistema) 10.400 3.245 2.967

Conta Descrição 31/12/2017 31/12/2016 31/12/2015

2 Passivo Total 5.293.685 5.453.379 5.309.633

2.01 Passivo Circulante 1.662.232 1.838.376 1.747.970

2.01.01 Obrigações Sociais e Trabalhistas 23.315 15.308 13.763

2.01.01.01 Obrigações Sociais 22.869 14.947 13.351

2.01.01.02 Obrigações Trabalhistas 446 361 412

2.01.02 Fornecedores 424.041 439.735 398.860

2.01.02.01 Fornecedores Nacionais 424.041 439.735 398.860

2.01.03 Obrigações Fiscais 28.414 7.995 6.702

2.01.03.01 Obrigações Fiscais Federais 27.133 6.480 5.655

2.01.03.01.01 Imposto de Renda e Contribuição Social a Pagar 25.737 4.626 4.155

2.01.03.01.02 Impostos, Taxas e Contribuições Diversas 1.396 1.854 1.500

2.01.03.02 Obrigações Fiscais Estaduais 1.035 1.370 828

2.01.03.03 Obrigações Fiscais Municipais 246 145 219

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2.01.04 Empréstimos e Financiamentos 860.976 1.155.641 931.732

2.01.04.01 Empréstimos e Financiamentos 860.976 1.155.641 931.732

2.01.04.01.01 Em Moeda Nacional 718.405 913.499 691.775

2.01.04.01.02 Em Moeda Estrangeira 142.571 242.142 239.957

2.01.05 Outras Obrigações 283.654 204.675 376.498

2.01.05.02 Outros 283.654 204.675 376.498

2.01.05.02.05 Dividendos a Pagar 83.598 7.112 29.100

2.01.05.02.06 Adiantamento de Clientes 98.652 19.285 110.401

2.01.05.02.07 Operações com Derivativos 42.583 56.604 120.544

2.01.05.02.08 Arrendamentos a pagar 37.486 37.467 34.196

2.01.05.02.09 Titulos a Pagar 17.543 81.813 75.564

2.01.05.02.10 Outros Debitos 3.792 2.394 6.693

2.01.06 Provisões 41.832 15.022 20.415

2.01.06.01 Provisões Fiscais Previdenciárias Trabalhistas e Cíveis 41.502 15.022 20.415

2.01.06.01.02 Provisões Previdenciárias e Trabalhistas 12.445 10.232 10.132

2.01.06.01.03 Provisões para Benefícios a Empregados 26.941 2.704 8.659

2.01.06.01.05 Provisões para Contingências Trabalhistas 2.116 2.086 1.624

2.01.06.02 Outras Provisões 330 0 0

2.01.06.02.03 Provisões para Passivos Ambientais e de Desativação 330 0 0

2.02 Passivo Não Circulante 929.626 986.114 1.169.400

2.02.01 Empréstimos e Financiamentos 728198 745604 947145

2.02.01.01 Empréstimos e Financiamentos 728.198 745.604 947.145

2.02.01.01.01 Em Moeda Nacional 587.608 468.580 346.883

2.02.01.01.02 Em Moeda Estrangeira 140.590 277.024 600.262

2.02.02 Outras Obrigações 14.453 24.425 68.946

2.02.02.02 Outros 14.453 24.425 68.946

2.02.02.02.03 Títulos a Pagar 0 0 36.700

2.02.02.02.04 Operações com Derivativos 14.372 24.346 31.624

2.02.02.02.05 Outros Debitos 81 79 622

2.02.03 Tributos Diferidos 186.975 216.085 153.309

2.02.03.01 Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 186.975 216.085 153.309

2.03 Patrimônio Líquido Consolidado 2.701.827 2.628.886 2.392.263

2.03.01 Capital Social Realizado 947.522 947.522 947.522

2.03.02 Reservas de Capital 49.970 80.984 75.056

2.03.02.01 Ágio na Emissão de Ações 67.573 72.102 72.282

2.03.02.04 Opções Outorgadas 42.993 39.534 35.121

2.03.02.05 Ações em Tesouraria (60.596) (30.652) (32.347)

2.03.04 Reservas de Lucros 404.975 292.744 291.798

2.03.04.01 Reserva Legal 28.074 10.474 8.977

2.03.04.05 Reserva de Retenção de Lucros 5.628 5.628 5.628

2.03.04.08 Dividendo Adicional Proposto 116.405 7.112 29.100

2.03.04.10 Reserva de Investimento Incentivada 4.367 0 0

2.03.04.11 Reserva para Expansão 250.501 269.530 248.093

2.03.08 Outros Resultados Abrangentes 110.732 1.129.785 891.332

2.03.09 Participação dos Acionistas Não Controladores 188.628 177.851 186.555

Conta Descrição

01/01/2017 01/01/2016 01/01/2015

à à à

31/12/2017 31/12/2016 31/12/2015

3.01 Receita de Venda de Bens e/ou Serviços 2.219.901 1.659.649 1.761.581

3.01.01 Receita Operacional dos Produtos 1.858.054 1.601.945 1.481.751

3.01.02 Ativos Biológicos 361.847 57.704 279.830

3.02 Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos (1.542.605) (1.413.181) (1.328.460)

3.02.01 Custo dos Produtos (1.215.305) (1.328.248) (328.971)

3.02.02 Ativos Biológicos Apropriados ao Custo (327.300) (84.933) (999.489)

3.03 Resultado Bruto 677.296 246.468 433.121

3.04 Despesas/Receitas Operacionais (83.843) (136.153) (147.623)

3.04.01 Despesas com Vendas (90.206) (97.589) (92.070)

3.04.02 Despesas Gerais e Administrativas (86.036) (59.087) (58.437)

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3.04.02.01 Gerais e Administrativas (73.050) (45.733) (47.709)

3.04.02.02 Honorários da Administração (12.986) (13.354) (10.728)

3.04.04 Outras Receitas Operacionais 3.091 4.139 0

3.04.05 Outras Despesas Operacionais 89.308 16.384 2.884

3.05 Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos 593.453 110.315 285.498

3.06 Resultado Financeiro (92.463) (114.476) (118.844)

3.06.01 Receitas Financeiras 183.685 399.656 447.366

3.06.02 Despesas Financeiras (276.148) (514.132) (566.210)

3.07 Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro 500.990 (4.161) 166.654

3.08 Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro (131.728) 19.802 (45.483)

3.08.01 Corrente (77.161) (27.061) (33.038)

3.08.02 Diferido (54.567) 46.863 (12.445)

3.09 Resultado Líquido das Operações Continuadas 369.262 15.641 121.171

3.11 Lucro/Prejuízo Consolidado do Período 369.262 15.641 121.171

3.11.01 Atribuído a Sócios da Empresa Controladora 356.341 29.945 122.529

3.11.02 Atribuído a Sócios Não Controladores 12.921 (14.304) (1.358)

3.99 Lucro por Ação - (Reais / Ação)

3.99.01 Lucro Básico por Ação

3.99.01.01 ON 3,71424 0,30842 1,26000

3.99.02 Lucro Diluído por Ação

3.99.02.01 ON 3,69213 0,30790 1,26000

Fonte: B3, 2018; adaptado pelo autor, 2019.

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Anexo 2

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ANEXO 2 – Demonstrações Financeiras da Terra Santo Agro S.A. Conta Descrição 31/12/2017 31/12/2016 31/12/2015

1 Ativo Total 2.222.459 2.102.087 2.396.399

1.01 Ativo Circulante 536.320 444.993 628.300

1.01.01 Caixa e Equivalentes de Caixa 10.561 4.232 25.414

1.01.02 Aplicações Financeiras 710 0 5.005

1.01.03 Contas a Receber 38.906 14.234 50.250

1.01.03.01 Clientes 12.719 5.164 15.917

1.01.03.02 Outras Contas a Receber 26.187 9.070 34.333

1.01.04 Estoques 259.067 205.930 300.232

1.01.05 Ativos Biológicos 202.684 195.161 217.937

1.01.06 Tributos a Recuperar 17.671 17.549 19.317

1.01.07 Despesas Antecipadas 4.180 3.438 6.028

1.01.08 Outros Ativos Circulantes 2.541 4.449 4.117

1.01.08.01 Ativos Não-Correntes a Venda 51 210 0

1.01.08.03 Outros 2.490 4.239 4.117

1.01.08.03.01 Créditos diversos 0 1.860 2.056

1.01.08.03.02 Partes Relacionadas 0 2.379 2.061

1.02 Ativo Não Circulante 1.686.139 1.657.094 1.768.099

1.02.01 Ativo Realizável a Longo Prazo 305.070 258.051 314.883

1.02.01.06 Tributos Diferidos 171.567 151.532 184.102

1.02.01.08 Créditos com Partes Relacionadas 0 0 16.655

1.02.01.09 Outros Ativos Não Circulantes 133.503 106.519 114.126

1.02.01.09.03 Tributos a Recuperar 89.180 59.208 65.724

1.02.01.09.04 Depósitos Judiciais 20.223 7.880 7.300

1.02.01.09.05 Outros Créditos 12.761 15.046 4.833

1.02.01.09.06 Títulos a receber 11.339 24.385 36.269

1.02.02 Investimentos 7.840 0 0

1.02.02.02 Propriedades para Investimento 7.840 0 0

1.02.03 Imobilizado 1.092.802 1.114.547 1.163.842

1.02.04 Intangível 280.427 284.496 289.374

Conta Descrição 31/12/2017 31/12/2016 31/12/2015

2 Passivo Total 2.222.459 2.102.087 2.396.399

2.01 Passivo Circulante 588.274 464.787 1.236.401

2.01.01 Obrigações Sociais e Trabalhistas 11.434 11.274 8.840

2.01.02 Fornecedores 151.079 177.245 174.946

2.01.03 Obrigações Fiscais 8.886 8.707 7.008

2.01.04 Empréstimos e Financiamentos 230.089 131.897 872.094

2.01.05 Outras Obrigações 186.786 135.664 173.513

2.01.05.02 Outros 186.786 135.664 173.513

2.01.05.02.04 Adiantamentos de Clientes 143.123 102.143 121.750

2.01.05.02.06 Tributos Parcelados 5.642 2.075 1.291

2.01.05.02.08 Instrumentos Financeiros Derivativos 11.947 5.907 2.088

2.01.05.02.10 Arrendamentos e serviços a pagar 16.237 15.453 39.802

2.01.05.02.11 Dívida com a União - PESA 2.923 3.236 3.075

2.01.05.02.12 Títulos a pagar 6.914 6.850 5.507

2.02 Passivo Não Circulante 642.265 659.664 137.959

2.02.01 Empréstimos e Financiamentos 561.607 619.273 106.042

2.02.02 Outras Obrigações 12.372 12.385 6.555

2.02.02.02 Outros 12.372 12.385 6.555

2.02.02.02.06 Tributos Parcelados 10.165 5.256 933

2.02.02.02.08 Fornecedores 0 2.090 504

2.02.02.02.10 Títulos a pagar 2.207 2.061 731

2.02.02.02.11 Dívida com a União - PESA 0 2.978 4.387

2.02.03 Tributos Diferidos 48.668 8.211 6.506

2.02.04 Provisões 19.618 19.795 18.856

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2.02.04.01 Provisões Fiscais Previdenciárias Trabalhistas e Cíveis 19.618 19.795 18.856

2.02.04.01.06 Provisão para Contingências 19.618 19.795 18.856

2.03 Patrimônio Líquido Consolidado 991.920 977.636 1.022.039

2.03.01 Capital Social Realizado 2.707.502 2.707.502 2.707.502

2.03.02 Reservas de Capital 1.890 2.108 2.708

Conta Descrição

01/01/2017 01/01/2016 01/01/2015

à à à

31/12/2017 31/12/2016 31/12/2015

3.01 Receita de Venda de Bens e/ou Serviços 796.315 820.031 866.424

3.01.01 Receita líquida de vendas 657.793 711.011 788.464

3.01.02 Variação do valor justo dos ativos biológicos e produtos agrícolas

138.522 109.020 77.960

3.02 Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos (681.644) (840.954) (880.554)

3.02.01 Custos dos Produtos Vendidos (590.449) (716.263) (841.201)

3.02.03 Realização do valor justo dos ativos biológicos (91.195) (124.691) (39.353)

3.03 Resultado Bruto 114.671 (20.923) (14.130)

3.04 Despesas/Receitas Operacionais (66.280) (114.859) (122.177)

3.04.01 Despesas com Vendas (16.594) (24.716) 0

3.04.02 Despesas Gerais e Administrativas (57.920) (54.241) (86.340)

3.04.02.01 Gerais, Administrativas e com Vendas (50.376) (48.845) (79.798)

3.04.02.02 Honorários da Administração (7.544) (5.396) (6.542)

3.04.03 Perdas pela Não Recuperabilidade de Ativos 0 0 (54.894)

3.04.05 Outras Despesas Operacionais 8.224 (35.902) 19.057

3.04.05.04 Outras receitas (despesas), líquidas 8.224 (35.902) 0

3.05 Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos 48.391 (135.782) (136.307)

3.06 Resultado Financeiro (90.439) (34.825) (126.831)

3.06.01 Receitas Financeiras 50.961 31.060 54.962

3.06.02 Despesas Financeiras (141.400) (65.885) (181.793)

3.06.02.01 Despesas Financeiras (142.148) (117.087) (118.737)

3.06.02.02 Variações cambiais, líquidas 3.103 56.170 (63.056)

3.06.02.03 Derivativos, líquidos (2.355) (4.968) 0

3.07 Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro (42.048) (170.607) (263.138)

3.08 Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro 49.398 18.252 58.934

3.08.01 Corrente 0 (6) (359)

3.08.02 Diferido 49.398 18.258 59.293

3.09 Resultado Líquido das Operações Continuadas 7.350 (152.355) (204.204)

3.11 Lucro/Prejuízo Consolidado do Período 7.350 (152.355) (204.204)

3.11.01 Atribuído a Sócios da Empresa Controladora 7.350 (152.355) (204.204)

3.99 Lucro por Ação - (Reais / Ação)

3.99.01 Lucro Básico por Ação

3.99.01.01 ON 0,41 (8,50) (11,39)

3.99.02 Lucro Diluído por Ação

3.99.02.01 ON 0,00 0,00 (0,41)

Fonte: B3, 2018; adaptado pelo autor, 2019.