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APLICABILIDADE DAS NORMAS DE SEGURANÇA NA PRODUÇÃO DE ESTRUTURAS PRÉ- FABRICADAS DE CONCRETO JECUTIEL DA SILVA CUIABÁ/MT MARÇO/2014 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA ENGENHARIA E TECNOLOGIA COORDENAÇÃO DE ENSINO DE ENGENHARIA CIVIL TRABALHO DE GRADUAÇÃO

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APLICABILIDADE DAS NORMAS DE SEGURANÇA NA PRODUÇÃO

DE ESTRUTURAS PRÉ- FABRICADAS DE CONCRETO

JECUTIEL DA SILVA

CUIABÁ/MT MARÇO/2014

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE ARQUITETURA ENGENHARIA E TECNOLOGIA

COORDENAÇÃO DE ENSINO DE ENGENHARIA CIVIL

TRABALHO DE GRADUAÇÃO

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JECUTIEL DA SILVA

APLICABILIDADE DAS NORMAS DE SEGURANÇA NA PRODUÇÃO

DE ESTRUTURAS PRÉ- FABRICADAS DE CONCRETO

Trabalho de Graduação submetido ao corpo docente da Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia da Universidade Federal de Mato Grosso, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.

Orientadora: Prof.ª M.ª Adriana Eloá Bento Amorim

CUIABÁ/MT MARÇO/2014

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DEDICATÓRIA

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DEDICATÓRIA

A Deus, que governa o universo e me conhece individualmente, sabendo de

minhas limitações.

A meus avós (“in memorian”) que mesmo sendo analfabetos, me ensinaram

com sabedoria que devo buscar o conhecimento e evoluir sempre sem perder a

essência da humildade.

Aos meus familiares e amigos que caminharam comigo nesta jornada de

muitas lutas em busca de condições de oportunidades melhores.

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AGRADECIMENTOS

À professora Mestra Adriana Eloá Bento Amorim pela orientação deste

trabalho, esta exercida com maestria e dedicação de quem realmente ama o que

faz.

Ao professor Doutor Paulo Celso do Couto Nince pela condução do trabalho

de graduação com muita sabedoria.

Ao professor Doutor Douglas Queiroz Brandão por avaliar este trabalho de

graduação e me incentivar a melhorar sempre.

Ao professor Olívio Fiorese Neto por avaliar este trabalho de graduação e

também me incentivar a melhorar sempre.

Aos colaboradores da empresa pesquisada, principalmente ao Supervisor de

Estágio e Diretor-Geral da Empresa por me dar a oportunidade de aprender na

prática as atividades de Engenharia Civil.

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RESUMO

Resumo do Trabalho de Graduação submetido ao corpo docente da FAET/UFMT

como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil

APLICABILIDADE DAS NORMAS DE SEGURANÇA NA PRODUÇÃO

DE ESTRUTURAS PRÉ- FABRICADAS DE CONCRETO

JECUTIEL DA SILVA

Março/2014

Orientadora: Adriana Eloá Bento Amorim

Departamento: Engenharia Civil

Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo apresentar os riscos ambientais

decorrentes das atividades desenvolvidas na produção de estruturas pré-fabricadas de

concreto e apontar as recomendações da norma regulamentadora de segurança para

construção civil que possa ser aplicados neste tipo de produção industrial. Após a realização

da revisão bibliográfica referente à fabricação de estruturas, aos riscos ocupacionais e às

normas de segurança do trabalho, foi realizado o levantamento das condições de trabalho

em uma empresa de produção de estruturas pré-fabricadas de concreto armado na cidade

de Cuiabá, constituindo um estudo de caso. Os resultados apontaram que há diversos riscos

ocupacionais neste tipo de atividade. As medidas de segurança aplicadas pela empresa

estudada estão parcialmente em conformidade. As medidas de segurança correspondentes

às atividades são contempladas na norma Regulamentadora NR18- Condições e Meio

Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, do Ministério do Trabalho e Emprego.

Porém, algumas determinações deveriam ser específicas para este setor da construção civil.

Palavras chave: Riscos ocupacionais

Produção de estruturas pré-fabricadas de concreto

Norma de segurança

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ABSTRACT

Abstract of the monograph submitted to the Graduate Faculty of FAET/UFMT as

partial requirement for obtaining the degree of Bachelor in Civil Engineering

APPLICABILITY OF SAFETY STANDARDS TO THE PRODUCTION OF PREFABRICATED CONCRETE STRUCTURES

JECUTIEL DA SILVA

March/2014

Advisor: Adriana Eloá Bento Amorim

Department: Civil Engineering

This Course Concluding Paper's aim is to present the environmental risk involved in

performing tasks in the fabrication of precast concrete structures and also to appoint which of

the national safety standard for construction that can be applied to this type of industrial

production. After concluding a bibliographical revision on the subjects of fabrication of

structures, occupational hazards and work-place safety standards, a survey was performed

inside the production line of a company that makes prefabricated concrete structures for

construction in Cuiabá, as a case study. The results accuse several occupational hazards in

this type of activity. The security norms implemented by the company studied are partially in

accordance. The measures corresponding security activities are addressed in the Regulatory

Standard Norm NR18 Working Conditions and Work Environment in the Construction

Industry, of the Work and Employment Ministry. However, some determinations should be

specific to this sector of the construction.

Key words: Occupational hazards

Production of prefabricated concrete structures

Safety standard

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Estrutura pré- fabricada de concreto – para obra do tipo galpão industrial............... 16

Figura 2 - Shopping Tamboré, em Barueri (SP), em estrutura de concreto pré-fabricado........ 16

Figura 3 - Esquema das atividades de produção de elementos pré-fabricados........................ 17

Figura 4 - Vista de fôrma de pré-fabricado................................................................................ 18

Figura 5 - Trabalhos de armação em canteiro de obra.............................................................. 19

Figura 6 - Lançamento de concreto e vibrador de imersão....................................................... 20

Figura 7 - Detalhe de desmoldagem de pilar............................................................................. 21

Figura 8 - Talha em monotrilho para transporte interno das peças pré-fabricadas................... 22

Figura 9 - Moldagem de consolo................................................................................................ 23

Figura 10 - Detalhe de consolo recém desmoldado em processo de cura................................ 24

Figura 11 - Armazenamento de pilares...................................................................................... 24

Figura 12 - Armazenamento de elementos lineares.................................................................. 25

Figura 13 - Armazenamento de painéis..................................................................................... 25

Figura 14 - Dispositivos de içamento com laços........................................................................ 26

Figura 15 - Dispositivos de içamento com chapa...................................................................... 26

Figura 16 - Dispositivo de içamento fixado posteriormente....................................................... 27

Figura 17 - Dispositivos de içamento externo............................................................................ 27

Figura 18 - Divisão dos riscos ambientais em grupos............................................................... 32

Figura 19 - “Layout” da planta da empresa............................................................................... 36

Figura 20 - Setor 1: Planta baixa contendo a cozinha, a despensa, o refeitório, os sanitários

e a área de recreação................................................................................................................. 39

Figura 21 - Vista interna do refeitório da empresa estudada..................................................... 42

Figura 22 - Vista do acesso dos banheiros diretamente para o refeitório.................................. 42

Figura 23 - Setor 2 : Armazenamento, consolos e acabamentos finais..................................... 43

Figura 24 - Vista da barra de ferro fixada na perfuratriz............................................................ 47

Figura 25 - Serra de bancada para metais................................................................................ 48

Figura 26 - Vista interna do vestiário do Setor 3........................................................................ 49

Figura 27 - Setor 3: Armazenagem de ferramentas e insumos................................................. 50

Figura 28 - Setor 3 – Prevenção contra incêndio....................................................................... 50

Figura 29 - Sinalização de segurança no Setor......................................................................... 51

Figura 30 - Setor 3 – Organização ............................................................................................ 51

Figura 31 - Área da armação de aço no Setor 4........................................................................ 54

Figura 32 - Betoneira para preparo do concreto no Setor 4..................................................... 55

Figura 33 - Setor 4 – Transporte de materiais........................................................................... 56

Figura 34 - Armazenamento do cimento no Setor 4.................................................................. 56

Figura 35 - Armazenamento de Aço no Setor 4......................................................................... 57

Figura 36 - Vista geral do Setor 5.............................................................................................. 59

Figura 37 - Setor 6 – Uso do vibrador de imersão..................................................................... 60

Figura 38 - Setor 6 – Talha suspensa em monovia................................................................... 61

Figura 39 - Carro-de-mão para transporte de materiais no Setor 6........................................... 64

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Classificação dos setores e respectivo local/ atividades desenvolvidas............... 37

Quadro 2 - Setores de produção; atividades desenvolvidas; números de colaboradores e

respectivas funções.................................................................................................................... 38

Quadro 3 - Riscos ocupacionais e medidas de proteção observados no Setor 1..................... 40

Quadro 4 - Riscos no da cozinha e refeitório, conforme PPRA da empresa............................. 41

Quadro 5 - Conformidade e aplicabilidade da NR 18 no setor 1............................................... 41

Quadro 6 - Riscos ocupacionais e medidas de proteção observados no Setor 2..................... 44

Quadro 7 - Conformidade e aplicabilidade da NR18 no Setor 2................................................ 45

Quadro 8 - Riscos ocupacionais e medidas de proteção observados no Setor 3..................... 46

Quadro 9 - Riscos no Setor 3 – Almoxarifado, Encarregados (Gerência ) e Oficina................. 46

Quadro 10 - Conformidade e aplicabilidade da NR 18 no Setor 3.......................................... 48

Quadro 11 - Riscos ocupacionais e medidas de proteção observados no Setor 4................... 52

Quadro 12 - Setor 4: riscos na área de armadura e concretagem............................................. 53

Quadro 13 - Conformidade e aplicabilidade da NR 18 no setor 4............................................. 54

Quadro 14 - Riscos ocupacionais e medidas de proteção observados no Setor 5................... 58

Quadro 15 - Conformidade e aplicabilidade da NR 18 no setor 5............................................. 58

Quadro 16 - Riscos ocupacionais e medidas de proteção observados no Setor 6................... 61

Quadro 17 - Setor 6 – Moldagem do concreto e monovia ........................................................ 62

Quadro 18 - Conformidade e aplicabilidade da NR 18 no setor 6............................................. 63

Quadro 19 - Resultados por setor de produção......................................................................... 65

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

CNAE - Cadastro Nacional de Atividades Econômicas

NBR - Norma Brasileira

NR - Norma Regulamentadora

MTE - Ministério do Trabalho e Emprego

PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

PCMSO - Programa de Controle Médico e de Saúde Ocupacional

PCMAT - Programa das Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da

Construção

SESMT - Serviços Especializados em Segurança e Medicina do Trabalho.

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SUMÁRIO

FICHA CATALOGRÁFICA

FOLHA DE APROVAÇÃO

DEDICATÓRIA

AGRADECIMENTOS

RESUMO

ABSTRACT

LISTA DE FIGURAS

LISTA DE QUADROS

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 13

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................... 15

2.1 PRODUÇÃO DE ESTRUTURAS PRÉ- FABRICADAS DE CONCRETO ...................... 15

2.1.1 Atividades preliminares ....................................................................................... 17

2.1.2 Execução propriamente dita ................................................................................ 17

2.1.3 Atividades posteriores ......................................................................................... 22

2.2 RISCOS OCUPACIONAIS E SEGURANÇA NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO ... 28

2.2.1 A legislação da segurança do trabalho na construção civil ................................. 29

2.2.2 Riscos ambientais: identificação, classificação e controle. .................................. 31

2.2.3 Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores ...................................... 33

2.2.4 Segurança em obras de estruturas pré-fabricadas de concreto .......................... 34

3 MÉTODO E MATERIAIS ................................................................................................. 35

3.1 AMBIENTE DA PESQUISA .......................................................................................... 35

3.1.1 A empresa: classificação, “layout” e organograma ............................................. 35

3.2 DADOS DOCUMENTAIS .............................................................................................. 36

3.3 LEVANTAMENTO DE CAMPO ..................................................................................... 37

3.4 ANÁLISE E APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ..................................................... 37

3.4.1 Identificação dos riscos ....................................................................................... 37

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ..................................................................................... 38

4.1 SETOR 1 – COZINHA, REFEITÓRIO, RECREAÇÃO e SANITÁRIOS ....................... 39

4.1.1 Descrição das atividades no setor 1 .................................................................... 39

4.1.2 Riscos e medidas de proteção observados no Setor 1 ........................................ 39

4.1.3 Comparação com as diretrizes da NR 18 ............................................................ 41

4.2 SETOR 2 – ARMAZENAMENTO, CONSOLOS E ACABAMENTOS FINAIS ................ 43

4.2.1 Descrição das Atividades no setor 2 ................................................................... 43

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4.2.2 Riscos e medidas de proteção observados no setor 2 ........................................ 43

4.2.3 Comparação com as diretrizes da NR 18 ............................................................ 44

4.3 SETOR 3 – OFICINA, CONSOLEIROS, ENCARREGADOS (GERÊNCIA), SANITÁRIOS,

VESTIÁRIOS E ALMOXARIFADO ....................................................................................... 45

4.3.1 Descrição das Atividades .................................................................................... 45

4.3.2 Riscos e medidas de proteção observados no setor 3 ........................................ 45

4.3.3 Comparação com as diretrizes da NR 18 ............................................................ 48

4.4 SETOR 4 – CIMENTO, AREIA, BRITA, AÇO, CONCRETO E ARMAÇÃO ................... 52

4.4.1 Descrição das atividades no setor 4 .................................................................... 52

4.4.2 Riscos e medidas de proteção observados no setor 4 ........................................ 52

4.4.3 Comparação com as diretrizes da NR 18 ............................................................ 53

4.5 SETOR 5 – PINTURA DE ESTRUTURAS METÁLICAS, OFICINA MECÂNICA E

DEPÓSITO DE EPS E TELHAS METÁLICAS ..................................................................... 57

4.5.1 Descrição das atividades no setor 5 .................................................................... 57

4.5.2 Riscos encontrados e medidas de proteção observados no setor 5 .................... 57

4.5.3 Comparação com as diretrizes da NR 18 ........................................................... 58

4.6 SETOR 6 – FÔRMAS, MOLDAGEM E ADENSAMENTO DO CONCRETO,

TRANSPORTE .................................................................................................................... 60

4.6.1 Descrição das atividades no setor 6 .................................................................... 60

4.6.2 Riscos e medidas de proteção observados no setor 6 ....................................... 61

4.6.3 Comparação com as diretrizes da NR 18 ........................................................... 62

4.7 SÍNTESE DOS RESULTADOS POR SETOR DE PRODUÇÃO .................................... 64

5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES ..................................................................................... 69

REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 71

ANEXO A ............................................................................................................................ 73

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1 INTRODUÇÃO

Assim como no restante do Brasil, a construção civil na cidade de Cuiabá apresenta

pleno crescimento, devido às políticas públicas de moradia e de infraestrutura do Governo

Federal, conjuntamente com o governo estadual. As construções são casas populares,

fábricas (galpões de estoques, silos e tanques), viadutos, pontes, canalização de leitos de

rios, transposições e outras obras de mobilidade urbana.

Com esta crescente demanda de obras de construção civil, as empresas buscam

maior produtividade. Para Van Acker (2002) a pré-fabricação de elementos de concreto é

um processo industrializado que contribui para melhorar a produtividade. As indústrias com

uma sistemática de fabricação em série de peças, desenvolveram um campo particular

para a construção de edificações, que ganham velocidade de montagem e qualidade do

produto, pois se garantem as condições favoráveis ao trabalho, proteção dos

equipamentos, a automação, reutilização de formas, especialização dos trabalhos e

velocidade de produção.

Porém, a busca por maior produtividade na indústria da construção civil, aliada às

técnicas construtivas brasileiras ainda predominantemente manufaturadas e à falta de

qualificação da mão de obra, induz à ocorrência de acidentes. A indústria da construção

civil sempre está presente entre as primeiras colocadas no ranking das empresas que mais

apresenta acidentes do trabalho, os quais são consequências dos riscos presentes no

ambiente e/ou inerentes às atividades.

No Brasil não há uma norma técnica de segurança do trabalho específica para

atividades de produção de elementos pré-fabricados de concreto. A Norma

Regulamentadora NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da

Construção1, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE, 2013a), estabelece diretrizes de

ordem administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implantação de

medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e

no meio ambiente de trabalho na indústria da construção. Mas é praticamente toda voltada

à segurança de execução de obras em canteiros e não na fábrica de elementos

construtivos. As empresas produtoras de elementos pré-fabricados de concreto se

assemelham mais às atividades de indústria do que de canteiro de obras e, portanto,

podem apresentar particularidades no que tange às medidas de prevenção de acidentes

durante a produção. Para Ogliari (2012) há um descaso com a segurança por parte dos

empregadores e trabalhadores na produção e montagem de estruturas pré-moldadas de

concreto, necessitando de mudança. Assim sendo, questionou-se se a norma brasileira de

1 A Norma Regulamentadora NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, do

Ministério do Trabalho e Emprego está apresentada no Anexo A.

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segurança para a construção civil abrange todos os riscos ocupacionais presentes na

produção de estruturas pré-fabricadas de concreto armado. Havendo, portanto, a

necessidade de se investigar esta realidade, que foi o objetivo principal deste trabalho,

tendo como o objetivos específicos os seguintes:

a) obter informações técnicas dos procedimentos do processo de produção das

estruturas pré-fabricadas de concreto, através das pesquisas bibliográfica e

documental; e do acompanhamento dos serviços na empresa fabricante;

b) identificar e classificar os riscos ocupacionais, conforme prescrito a NR 9 - Programa

de Prevenção de Riscos Ambientais (MTE, 2013b) e na literatura;

c) apontar quais as medidas de segurança observadas na empresa estão em

conformidade com as diretrizes da NR 18- Condições e Meio Ambiente de Trabalho

na Indústria da Construção (MTE, 2013a);

d) verificar quais determinações da NR 18 podem ser aplicadas às atividades de

produção de pré-fabricados de concreto na indústria; e

e) apresentar subsídios para a elaboração de novas pesquisas, bem como contribuir

para elaboração de normas específicas para o sistema de pré-fabricação.

Neste contexto, justifica-se o desenvolvimento desta pesquisa por apresentar a

aplicabilidade das normas brasileiras de segurança do trabalho da construção civil a partir

da identificação dos riscos nos setores de produção de estruturas pré-fabricadas de

concreto. Trata-se de um estudo de caso realizado numa empresa localizada na cidade de

Cuiabá, estado de Mato Grosso, Brasil. Após a identificação dos riscos conforme as

normas técnicas e legislação em vigor, foram apontadas as normas brasileiras de

segurança do trabalho pertinentes ao setor da construção civil que podem ser aplicadas à

produção de pré-fabricados de concreto, bem como as necessidades de outras medidas de

segurança para o setor, visando a amenização ou eliminação destes riscos, dando o

devido cuidado a preservação da saúde dos colaboradores envolvidos.

Para melhor compreensão este trabalho foi desenvolvido em capítulos, sendo este

o primeiro capítulo relativo à Introdução.

No segundo capítulo está apresentada a Revisão Bibliográfica, abordando todos

os conceitos relacionados e necessários para compreensão do trabalho de pesquisa e que

orientou o Método e Materiais aplicado no estudo e no desenvolvimento desta pesquisa,

apresentada no terceiro capítulo. O quarto Capítulo referente aos Resultados e

Discussões são apresentados os resultados obtidos e é feita a análise dos dados; seguido

de Conclusões e Sugestões para futuras pesquisas, onde é feita uma síntese com as

considerações finais sobre a pesquisa e em seguida são apresentadas as Referências.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 PRODUÇÃO DE ESTRUTURAS PRÉ- FABRICADAS DE CONCRETO

A norma técnica brasileira NBR 9062- Projeto e execução de estruturas de concreto

pré-moldado (ABNT, 2006), estabelece que há diferença nas definições de elemento pré-

moldado e pré-fabricado, sendo o elemento pré-moldado aquele executado fora do local

definitivo de utilização, produzido em condições menos rigorosas de controle de qualidade,

sem a necessidade de pessoa, laboratório e instalações congêneres próprias. A mesma

norma define que elemento pré-fabricado é aquele produzido fora do local definitivo da

estrutura, em usina ou instalações análogas que disponham de pessoal e instalações

laboratoriais permanentes para o controle de qualidade.

Para Ogliari (2012) a pré-fabricação significa apenas que partes da edificação são

pré-moldadas em usinas fora do canteiro, para serem montadas depois na obra, como se o

conceito inicial de uma estrutura moldada no local fosse obtido novamente. Esse ponto de

vista é completamente errôneo. Todo sistema construtivo tem suas próprias

características, as quais para uma maior ou menor influência no "layout" da estrutura,

largura do vão, sistemas de estabilidade, etc.

Ogliari (2012) aponta ainda que geralmente a pré-fabricação ainda é vista por

projetistas inexperientes como se fosse apenas uma variante técnica das construções de

concreto moldadas no local. Mesmo assim o mercado de pré-fabricados para a construção

civil cresce a cada dia.

Para Van Acker (2002) a produção dos elementos pré-fabricados merece atenção

especial, pois se realizada sem controle pode pôr a perder todo um projeto bem elaborado,

trazer patologias à edificação e até comprometer a segurança estrutural do elemento.

As etapas envolvidas na produção dependem do tipo de concreto empregado. No

caso de pré-fabricado, como o analisado neste caso, as etapas podem ser divididas em:

produção ou execução do elemento, transporte da fábrica à obra, montagem e realização

das ligações na obra.

O estudo de caso deste trabalho trata-se das estruturas pré-fabricadas, ou seja,

produzidas em fábrica ou empresa especializada, com ênfase no processo de produção.

A Figura 1 mostra um exemplo de estrutura pré-fabricada de concreto em obra

industrial do tipo galpão com pórticos sucessivos.

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Figura 1 - Estrutura pré- fabricada de concreto – para obra do tipo galpão industrial.

Fonte: Empresa PREMOART apud OGLIARI, 2012.

Outro exemplo de estrutura pré-fabricada de concreto em obra comercial que

demanda rapidez na entrega que é de um shopping Center (Figura 2).

Figura 2 - Shopping Tamboré, em Barueri (SP), em estrutura de concreto pré-fabricado.

Fonte: Construção, 2010.

De acordo com El Debs (2000), a execução dos elementos pré-fabricados de

concreto pode, em linhas gerais, ser subdividida em três fases de produção, descritas as

seguir: atividades preliminares, a execução propriamente dita e atividades posteriores. A

Figura 3 mostra o esquema das fases da produção de uma estrutura pré-fabricada de

concreto em que existem atividades simultâneas.

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Figura 3 - Esquema das atividades de produção de elementos pré-fabricados.

Fonte: Adaptado de El Debs,2000.

2.1.1 Atividades preliminares

Conforme El Debs (2000), as atividades preliminares são constituídas de:

a) preparação dos materiais: inclui-se nesta fase o armazenamento de matérias

primas, a dosagem e mistura do concreto, o preparo da armadura (corte e

dobramento) e a montagem da armadura, quando for o caso; e

b) transporte dos materiais ao local de trabalho: transporte do concreto misturado

até a fôrma, normalmente feito por meio mecânico e transporte da armadura,

montada ou não para ser colocada nas fôrmas.

2.1.2 Execução propriamente dita

A execução de uma estrutura pré- fabricada de concreto armado é composta por:

a) preparação da fôrma e da armadura: limpeza da fôrma, aplicação de

desmoldante, colocação da armadura montada, ou montagem da armadura,

colocação de peças complementares, como por exemplo, insertos metálicos,

fechamento da fôrma, aplicação da pré-tração na armadura, quando for o caso;

a.1) Fôrmas: as fôrmas são de fundamental importância na execução dos pré-

fabricados, pois são elas que determinam a qualidade do produto e a produtividade

do processo. As qualidades desejáveis para as fôrmas são:

a.1.1) estabilidade volumétrica, para que as dimensões dos elementos obedeçam

às tolerâncias especificadas;

a.1.2) possibilidade de ser reutilizadas diversas vezes sem gastos excessivos de

aquisição e manutenção;

Produção de Pré-fabricados

Atividades Preliminares

Armazenamento: areia, brita,

cimento, aditivos e aço

Preparação dos materiais

Transporte do material ao local

de trabalho

Execução

Preparação das fôrmas

Preparação das armaduras

Moldagem e Adensamento

Cura e desmoldagem

Atividades Posteriores

Transporte Interno

Armazenamento

Acabamentos Finais

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a.1.3) serem de fácil manejo e que facilitem tanto a colocação e fixação da

armadura em seu interior, e dos elementos especiais, quando for o caso;

a.1.4) apresentar pouca aderência ao concreto e fácil limpeza;

a.1.5) facilidade de desmoldagem, não apresentar pontos de presa;

a.1.6) estanqueidade, para que não ocorra fuga de nata de cimento, com prejuízo

na resistência e no aspecto do produto;

a.1.7) versatilidade, de forma a possibilitar seu uso em várias seções transversais;

Normalmente as fôrmas são feitas dos seguintes materiais: madeira; aço; concreto

ou alvenaria; plástico reforçado com fibra de vidro.

A escolha do material para a execução das fôrmas depende de vários fatores,

destaca-se entre eles: acabamento superficial; tolerâncias dimensionais; dimensão e forma

dos elementos; tipo de adensamento e cura; e o número de reutilizações. Um exemplo de

fôrma pode ser visto na Figura 4.

Figura 4 - Vista de fôrma de pré-fabricado.

Fonte: Própria, 2014.

a.2) Trabalhos de armação

Os trabalhos de armação nos elementos pré-moldados são basicamente os

mesmos das estruturas moldadas no local conforme El Debs (2000). No entanto, a

produção em série e as facilidades de execução em local apropriado, possibilitam uma

racionalização dos trabalhos, em maior ou menor grau, dependendo das circunstâncias.

Para Van Acker (2002), em decorrência da produção em série, há maior chance de

viabilizar o emprego de equipamentos que possibilitem aumentar a produtividade dos

trabalhos de armação. Os equipamentos utilizados para esse fim destinam-se à execução

de corte e dobra de fios, barras e telas com maior ou menor grau de automatização.

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Existem também equipamentos para retificação de fios, para o caso de fornecimento do

produto em bobina.

Destaca-se também a viabilidade de empregar solda para facilitar a armação de

acordo com Ogliari (2012), bem como para a fixação de insertos metálicos utilizados nas

ligações tanto entre estruturas, como elementos decorativos ou acessórios de fachadas

por exemplo.

Para elementos pequenos, a montagem da armadura é feita em bancadas com

auxílio de gabaritos, sendo posteriormente colocadas em fôrmas. Segundo Ogliari (2012),

nesse caso devem ser tomadas as devidas precauções no armazenamento e no manuseio

das armações prontas, para que o ajuste na fôrma não seja prejudicado.

Para El Debs (2000) no caso de elementos grandes, em que o procedimento

descrito anteriormente seria trabalhoso, devido ao peso e ao manuseio da armação, a

montagem é feita na própria fôrma ou junto a ela, com um certo prejuízo na racionalização

dos trabalhos. A Figura 5 mostra a montagem de armação de aço em canteiro.

Figura 5 - Trabalhos de armação em canteiro de obra

Fonte: SENAI, 2001.

b) colocação do concreto (moldagem): lançamento e adensamento do concreto,

eventuais acabamentos, como desempeno e alisamento estético;

b.1) Adensamento: o adensamento tem forte implicação na qualidade do concreto e

na produtividade do processo, pois implica em durabilidade e proteção do aço.

A Figura 6 mostra o lançamento de concreto e um vibrador de imersão que é usado para adensar o concreto e eliminar os vazios na massa.

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Figura 6 - Lançamento de concreto e vibrador de imersão.

Fonte: Própria, 2014.

Em princípio, na execução de pré-moldados, procura-se utilizar concreto de

resistência mais alta que das estruturas de concreto moldada no local. Assim, é comum se

trabalhar com concretos com menores relações água/cimento e, portanto, com menores

índices de consistência, salvo casos especiais.

Em face disto, El Debs (2000) afirma ser necessário maiores cuidados para

adensar adequadamente, de forma a garantir a qualidade do concreto.

As principais formas de adensamento empregadas são: vibração; centrifugação;

prensagem e vácuo. Há a possibilidade de combinação dessas formas, como por exemplo,

vibração e prensagem, utilizada em tubos de concreto e painéis, denominada vibro-

laminação. O adensamento por vibração pode ser de duas formas: vibração interna e

vibração externa. A vibração interna é feita normalmente por vibradores do tipo agulha.

A vibração externa, que é mais usada em fábricas pode ser subdividida em: com

vibradores de fôrma; com mesas ou cavalete vibratório e; com vibração superficial.

c) cura do concreto: operação correspondente ao período em que o elemento

moldado fica na fôrma até atingir a resistência adequada;

c.1) Aceleração do endurecimento e cura

Na execução de elementos pré-moldados procura-se sempre liberar a fôrma e o

elemento o mais rápido possível, ou seja, procura-se reduzir o chamado “tempo morto”,

para aumentar a produtividade do processo.

Van Acker (2002) mostra que as possíveis formas de acelerar o endurecimento do

concreto são as seguintes: usar cimento de alta resistência inicial (ARI); aumentar a

temperatura; usar aditivos.

Em relação à cura propriamente dita, pode ser feita das seguintes formas:

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c.1.1) Cura por aspersão – na qual as superfícies expostas são mantidas úmidas;

c.1.2) Cura por imersão – corresponde a colocação em tanques de água;

c.1.3) Cura térmica – corresponde a aumentar a temperatura do concreto;

c.1.4) Cura com película impermeabilizante – corresponde a aplicar pinturas que impeçam

a saída de água pela superfície exposta.

d) desmoldagem: liberação da força de protensão, quando for o caso, e retirada do

elemento da fôrma (em certas situações é necessário retirar inicialmente parte da

fôrma antes da liberação da protensão).

Os procedimentos empregados na desmoldagem dependem basicamente da fôrma

conforme diz El Debs (2000). A desmoldagem pode ser feita das seguintes formas:

d.1) direta – este caso corresponde a retirada dos elementos por levantamento, com

retirada ou não de partes laterais da fôrma;

d.2) por separação dos elementos – este caso corresponde as fôrmas tipo bateria

utilizadas na execução de painéis;

d.3) por tombamento da fôrma – neste procedimento, também direcionado a execução de

painéis, o elemento é moldado com a fôrma na posição horizontal e é colocado na posição

vertical para a desmoldagem mediante o uso de mesa de tombamento. O produto

resultando da desmoldagem pode ser visto na Figura 7.

Figura 7 - Detalhe de desmoldagem de pilar.

Fonte: Própria, 2014.

A resistência do concreto para a desmoldagem depende das solicitações as quais o

elemento possa ser submetido em seguida. Há a indicação prática que esta deva ser no

mínimo a metade da resistência de projeto, mas deve-se atentar a peculiaridade de cada

projeto e solicitações determinadas no mesmo (VAN ACKER, 2002).

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Para Van Acker (2002), quando a desmoldagem e o manuseio da peça são feitos com

resistências baixas, podem ocorrer os seguintes problemas: deformações excessivas;

perda da resistência proveniente de fissuração prematura e quebra de cantos e bordas.

2.1.3 Atividades posteriores

Segundo El Debs (2000), constituem as atividades posteriores de produção de

estruturas de concreto armado, o transporte interno, acabamentos finais e

armazenamento, sendo:

a) transporte interno: transporte dos elementos do local da desmoldagem até a área

de armazenamento ou área de acabamentos, em certos casos;

No transporte interno na fábrica podem ser utilizados pórticos rolantes, carrinhos de

rolamento, pontes rolantes, monotrilhos e outros equipamentos do gênero, tais como os

mostrados na Figura 8. A forma de transporte dos pré-moldados já deve estar definida

previamente ao planejamento do canteiro, permitindo melhor interação entre o local de

armazenamento e equipamentos de içamento.

Figura 8 - Talha em monotrilho para transporte interno das peças pré-fabricadas.

Fonte: Própria, 2014..

Brumatti (2008) destaca que, caso o transporte dos pré-moldados seja feito

manualmente pelos próprios operários da obra, a distância entre o estoque e o local de

utilização deverá ser a mínima possível, reduzindo o risco de avarias nas peças e o risco

de acidentes, assim como se diminui o esforço físico do operário.

Os equipamentos mais comumente empregados são as pontes rolantes e os

pórticos rolantes, pois dessa forma utiliza-se o mesmo equipamento para a desmoldagem,

transporte interno, empilhamento e carregamento dos elementos (EL DEBS, 2000).

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b) acabamentos finais: inspeção, tratamentos finais, eventuais remendos e

maquiagem, conforme a modelagem do consolo (Figura 9), e sua cura (Figura 10).

c) armazenamento: período em que os elementos permanecem em local apropriado

até o envio à obra. Em geral, os elementos são retirados da área de fabricação e

armazenados em local apropriado. Eventualmente, alguns tipos de elementos

podem transitoriamente ir para uma área de acabamento superficial, ou mesmo de

retoques. Este último tipo de operação, que também pode ser feito na área de

armazenamento, deve ser sempre minimizado, conforme destaca Van Acker (2002).

Figura 9 - Moldagem de consolo.

Fonte: Própria, 2014.

O armazenamento ocorre fundamentalmente pelas seguintes razões:

c.1) por uma questão de planejamento da produção e;

c.2) para que aumente a resistência do concreto até a resistência de projeto.

O armazenamento ocupa uma área considerável da fábrica e depende

principalmente da produção, dos tipos de elementos e dos equipamentos de transporte

interno (Figura 11).

A etapa de armazenamento ocorre fundamentalmente pelas seguintes razões:

c.1) por uma questão de planejamento da produção e;

c.2) para que aumente a resistência do concreto até a resistência de projeto.

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Figura 10 - Detalhe de consolo recém desmoldado em processo de cura.

Fonte: Própria, 2014.

O armazenamento ocupa uma área considerável da fábrica e depende

principalmente da produção, dos tipos de elementos e dos equipamentos de transporte

interno (Figura 11).

Nessa etapa, deve ser objeto de atenção as seguintes ocorrências:

a) possível deformação excessiva devido a pouca idade do concreto;

b) estufamentos devido a variação de temperatura e as retrações diferenciadas.

Figura 11 - Armazenamento de pilares.

Fonte: Própria, 2014.

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A forma correta de armazenamento de elementos lineares (Figura 12) e de

armazenamento de painéis (Figura 13) contam com o auxílio de guias de madeira ou

metálicas.

Figura 22 - Armazenamento de elementos lineares.

Fonte: EL Debs , 2000.

Figura 13 - Armazenamento de painéis.

Fonte: EL Debs, 2000.

Da desmoldagem até sua colocação no local definitivo de utilização, os elementos

estão sujeitos a movimentação. Para realizar esta movimentação são necessários

equipamentos e dispositivos auxiliares, exceto no caso de elementos muito pequenos, em

que essa operação é feita manualmente.

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Os dispositivos auxiliares são em sua maioria para uso no içamento, sendo

subdivididos em internos e externos. Os dispositivos internos podem ser os seguintes:

a) laços ou chapas chumbados (Figuras 14 e 15);

b) orifícios;

c) laços ou argolas rosqueadas posteriormente (Figura 16);

d) Os dispositivos externos podem ser dos seguintes tipos:

e.1) balancins;

e.2) prensadores transversais;

e.3) aços mecânicos; e

e.4) ventosas (Figura 17, à direita).

Figura 14 - Dispositivos de içamento com laços.

Fonte: EL Debs, 2000.

Figura 15 - Dispositivos de içamento com chapa.

Fonte: EL Debs, 2000.

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Figura 16 - Dispositivo de içamento fixado posteriormente.

Fonte: EL Debs, 2000.

Ainda em relação aos dispositivos externos, cabe registrar o uso de reforços para a

movimentação dos elementos para que não haja choques ou movimentos bruscos com as

peças e se perca por completo ou tenha que ser reforçada (Figura 17).

Figura 17 - Dispositivos de içamento externo.

Fonte: EL Debs, 2000.

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2.2 RISCOS OCUPACIONAIS E SEGURANÇA NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

Oliveira (2012) destacou que, em um estudo da Organização Internacional do

Trabalho (OIT), cerca de 2,2 milhões pessoas morrem anualmente em decorrência de

acidentes e doenças de origem profissional, os quais, geralmente, são causados por: não

uso dos equipamentos de proteção individual (EPI); desobediência às normas e

procedimentos; negligência pessoal; imprudência pessoal; terceirização de serviços a

pessoal não treinado. Estes dados mostram a importância da prevenção e a atenção que o

tema de segurança do trabalho deve ter em qualquer atividade laboral e devido ao

aumento de demanda de construção com pré-fabricados, aumenta também os cuidados a

serem tomados neste setor.

De acordo com Araújo (2010) inúmeros fatores contribuem para a ocorrência de

acidentes e doenças nos locais de trabalho. Estudos nacionais e internacionais apontam

que a maioria dos acidentes e doenças decorrentes do trabalho ocorrem, principalmente,

por:

a) falta de planejamento e gestão gerencial compromissada com o assunto;

b) descumprimento da legislação;

c) desconhecimento dos riscos existentes no local de trabalho;

d) inexistência de orientação, ordem de serviço ou treinamento adequado;

e) falta de arrumação e limpeza;

f) utilização de drogas no ambiente de trabalho;

g) inexistência de avisos, ou sinalização sonora ou visual sobre os riscos;

h) prática do improviso e pressa;

i) utilização de máquinas e equipamentos ultrapassados ou defeituosos;

j) utilização de ferramentas gastas ou inadequadas;

k) iluminação deficiente ou inexistente;

l) utilização de escadas, rampas e acessos sem proteção coletiva adequada;

m) falta de boa ventilação ou exaustão de ar contaminado;

n) existência de radiação prejudicial à saúde;

o) utilização de instalações elétricas precárias ou defeituosas;

p) presença de ruídos, vibrações, calor ou frio excessivos; e

q) umidade excessiva ou deficitária.

Do ponto de vista econômico, Faleiros Júnior (2010) aponta que a construção civil

está intimamente relacionada aos fatores especulativos e econômicos do país, sendo um

setor susceptível a grandes variações de mercado. E a sazonalidade na mão de obra ajuda

na manutenção da falta de qualificação dos mesmos.

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Já para Cunha (2007) o custo dos acidentes aumenta evidentemente o custo de

qualquer atividade produtora. Mediante uma avaliação adequada dos custos dos

acidentes, a gerência de uma empresa, seja ela de grande, médio ou pequeno porte, pode

dar-se conta que, mais que um gasto do ponto de vista financeiro, um programa de

segurança adequado e eficiente intervém favoravelmente na produtividade.

Quando ocorre um acidente de trabalho todos têm prejuízos: o trabalhador, a

empresa, o governo, o país e a sociedade.

2.2.1 A legislação da segurança do trabalho na construção civil

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 7º, inciso XXII, modificou a orientação

das normas constitucionais anteriores, especificando que o trabalhador tem direito à

“redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e

segurança” (BRASIL, 1988). Com o Decreto-Lei nº 5.452 de 1º de maio de 1943, foi

aprovada a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, desde então a principal norma

legislativa brasileira referente ao direito do trabalho e que regula as relações individuais e

coletivas do trabalho (BRASIL, 1943).

No Brasil, a legislação de segurança pertinente à construção civil está

fundamentada nas normas regulamentadoras do MTE, aprovadas pela Portaria nº 3.214,

de 8 de junho de 1978 (BRASIL, 1978), através da sua norma regulamentadora, NR18 –

Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (MTE, 2013a),

apresentada no Anexo A, conforme atualizada até a presente data.

A NR 18 tem como objetivo estabelecer diretrizes de ordem administrativa, de

planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e

sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de

trabalho na indústria da construção.

É de fundamental importância o estudo da aplicação da NR 18 na construção civil

visto que as atividades realizadas são as que mais se assemelham às atividades de

produção de estrutura pré-fabricadas de concreto.

De acordo com Oliveira (2012) o embasamento legal para segurança e saúde do

trabalho pode ter como base primária a Norma Regulamentadora NR 4 - Serviços

Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT (MTE,

2013c), estabelece que todas as empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da

administração direta e indireta, bem como os órgãos de poderes legislativo e judiciário, que

possuam empregados regidos pela CLT, deverão manter, obrigatoriamente, Serviços

Especializados em Segurança Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a

saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.

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As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo Ministério do

Trabalho, estarão obrigadas a manter serviços especializados em segurança e em

medicina do trabalho. O dimensionamento do SESMT depende do grau de risco e do

número de trabalhadores lotados no estabelecimento. Regra geral, as empresas que

possuem menos que 50 empregados lotados no mesmo estabelecimento não necessitam

de constituir o SESMT.

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) é obrigatório por parte

das empresas que admitem trabalhadores como empregados, conforme a norma

regulamentadora NR 9, e consiste em avaliar os possíveis fatores de risco ambientais nos

locais de trabalho, bem como estabelecer um plano e um cronograma de ações para

melhoria das situações encontradas.

O PPRA é um planejamento de ações integradas com os responsáveis pelo

desenvolvimento do programa de higiene, segurança e saúde ocupacional. Considera os

fatores de riscos físicos, químicos e biológicos, que em função de sua natureza,

concentração ou intensidade e tempo de exposição podem ocasionar danos à saúde dos

trabalhadores (MTE, 2013

Segundo Araújo (2010) risco é uma ou mais condições de uma variável, com

potencial necessário para causar danos, ou ainda, a possibilidade de perda ou perdas de

uma empresa devido a um acidente, bem como a uma série de acidentes. A análise de

riscos é uma técnica de avaliação de todas as etapas de um determinado processo, a fim

de identificar e avaliar os riscos que possam ser gerados, para então efetuar o controle

necessário e, consequentemente, realizar-se o trabalho com segurança.

Araújo (2010) ainda destaca que o PPRA serve de subsídio para a elaboração do

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), descrito na NR 7 (MTE,

2013d). O PPRA é um dos programas de higiene, segurança e saúde ocupacional que

apresenta um plano de implantação e manutenção para gestão dos fatores de riscos

ambientais (físicos, químicos e biológicos) nos locais de trabalho. Este programa tem como

objetivo a preservação da saúde e da qualidade de vida dos trabalhadores por meio da

antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos agentes ambientais no trabalho,

considerando também a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. O PCMSO é

um instrumento para a segurança e a saúde dos trabalhadores. Este programa deve estar

sempre articulado com as demais NR, principalmente com o PPRA. É o planejamento de

ações na área médica visando à melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores e do

ambiente de trabalho. Tem como objetivo a preservação da saúde dos trabalhadores e é

elaborado pela equipe de medicina do trabalho da empresa.

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2.2.2 Riscos ambientais: identificação, classificação e controle.

Consta na Norma Regulamentadora NR 09 (MTE, 2013b) que os riscos

ambientais devem ser divididos por grupos (Figura 18), e classificados tecnicamente de

acordo com a sua natureza e a padronização das cores correspondentes. Onde para cada

elemento dos grupos de agentes de riscos ambientais, podem ser levantados efeitos e

danos específicos à saúde do trabalhador, de acordo sua Tabela I do anexo IV da mesma.

A classificação dos riscos ambientais, conforme a NR 09 e literatura:

a) Riscos físicos: são representados por fatores ou agentes existentes no ambiente de

trabalho que podem afetar a saúde dos trabalhadores, como: ruído, vibração, radiações

ionizantes, radiações não ionizantes, frio, calor, pressões anormais e umidade;

b) Riscos químicos: são identificados pelo grande número de substâncias que podem

contaminar o ambiente de trabalho e provocar danos à integridade física e mental dos

trabalhadores, a exemplo de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores,

substâncias, compostos ou outros produtos químicos;

c) Riscos biológicos: estão associados ao contato do homem com vírus, bactérias,

protozoários, fungos, parasitas, bacilos e outras espécies de microorganismos;

d) Riscos ergonômicos: estão ligados à execução de tarefas, à organização e às relações

de trabalho, ao esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso,

mobiliário inadequado, posturas incorretas, controle rígido de tempo para produtividade,

imposição de ritmos excessivos, trabalho em turno e noturno, jornadas de trabalho

prolongadas, monotonia, repetitividade e situações causadoras de estresse;

e) Risco de acidentes ou mecânicos: são muito diversificados e estão presentes no arranjo

físico inadequado, pisos pouco resistentes ou irregulares, material ou matéria-prima fora de

especificação, máquina e equipamentos sem proteção, ferramentas impróprias ou

defeituosas, iluminação excessiva ou insuficiente, instalações elétricas defeituosas,

probabilidade de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado, animais peçonhentos

e outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes.

A Figura 18 mostra a classificação dos principais riscos ocupacionais em grupos, de

acordo com a sua natureza e a padronização das cores correspondentes.

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Figura 18 - Divisão dos riscos ambientais em grupos

Fonte: Araújo,2010.

O reconhecimento dos riscos ambientais contém os seguintes itens:

a) a sua identificação;

b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras;

c) a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos;

d) a caracterização das atividades e do tipo de exposição;

e) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de comprometimento da

saúde decorrente do trabalho;

f) os possíveis danos à saúde relacionada aos riscos identificados, disponíveis na

literatura técnica; e

g) a descrição das medidas de controle existentes.

A avaliação do risco é, em última análise, a caracterização da natureza quantitativa

e qualitativa dos efeitos adversos a uma população e pode incluir a obtenção da dose-

resposta, ou seja, dos efeitos decorrentes de níveis crescentes de exposição ao agente.

A avaliação quantitativa será realizada sempre que necessária para:

a) comprovar o controle da exposição ou a inexistência dos riscos identificados na

etapa de reconhecimento;

b) dimensionar a exposição dos trabalhadores; e

c) subsidiar o equacionamento das medidas de controle.

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As prioridades deverão ser definidas com base nos efeitos tóxicos / danosos dos

agentes de risco, na frequência de exposição e na quantidade de expostos.

2.2.3 Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores

Para a realização das avaliações quantitativas que se mostrem necessárias devem

ser utilizadas metodologias reconhecidas nacional e/ou internacionalmente.

As avaliações podem ser individuais e/ou ambientais. Como o PPRA visa a

prevenção de danos à saúde dos trabalhadores deve ser utilizada, preferencialmente, a

avaliação individual.

As medidas de controle devem ser adotadas para eliminar, minimizar ou neutralizar os

riscos ambientais sempre que se verificar a ocorrência de uma ou mais das situações

descritas a seguir:

a) identificação do risco potencial à saúde ou ao meio ambiente na fase de

antecipação;

b) constatação de risco evidente à saúde na fase de antecipação; e

c) quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal

entre danos observados na saúde dos trabalhadores e a situação de trabalho a que

eles ficam expostos.

As medidas de controle são dadas a partir dos levantamentos de antecipação,

reconhecimento e avaliação dos riscos ambientais.

A NR 9 (MTE, 2013a) e a NR 5- Comissão Interne de Prevenção de Acidentes -

CIPA (MTE, 2013e) preveem a elaboração de um Mapa de Riscos para identificação dos e

divulgação dos riscos ambientais ocupacionais. O Mapa de Riscos é uma das modalidades

mais simples de avaliação qualitativa dos riscos existentes nos locais de trabalho. Visto

que, é um instrumento participativo, elaborado pelos próprios trabalhadores e de

conformidade com as suas sensibilidades (SESI-SEBRAE, 2005).

Segundo Araújo (2010), o mapa de riscos é um instrumento de responsabilidade da

CIPA que consiste na identificação qualitativa dos riscos ocupacionais e na apresentação

de propostas para estes.

O mapa de riscos é a representação gráfica do reconhecimento dos riscos

existentes nos locais de trabalho, pelos trabalhadores, por meio de círculos de diferentes

tamanhos e cores.

A avaliação qualitativa das condições de trabalho é a etapa que envolve a coleta de

informações sobre o processo produtivo e a observação detalhada do ambiente de

trabalho e seus trabalhadores com o objetivo de realizar um correto reconhecimento e

caracterização das condições de risco. As informações levantadas e observações

realizadas devem incluir:

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a) descrição do processo produtivo;

b) layout simplificado da planta industrial;

c) equipamentos e máquinas existentes e sua disposição na planta;

d) descrição dos locais de trabalho: setores, postos de trabalho, tarefas e

procedimentos realizados;

e) duração da jornada e regime de trabalho;

f) tempo e frequência de cada tarefa, procedimento ou operação;

g) riscos existentes e trabalhadores expostos;

h) trabalhadores com exposição similar;

i) trabalhadores com maior risco de exposição;

j) existência ou não de equipamentos de proteção coletiva e individual;

k) condições gerais de conforto, higiene e segurança;

l) resultados de exames médicos anteriormente realizados; e

m) outras informações e avaliações que se julgue importantes para a avaliação.

Na avaliação quantitativa, se faz necessário o uso de um método científico e a

utilização de instrumentos e equipamentos destinados à quantificação dos riscos, que não

é o caso deste trabalho.

2.2.4 Segurança em obras de estruturas pré-fabricadas de concreto

Em seu trabalho, Ogliari (2012) fez o levantamento de riscos em obras de

estruturas pré- fabricadas de concreto e apresentou uma lista de verificação de serviços de

execução de montagem, destacando como principais itens: guincho, quedas de altura,

trabalhos com solda e outros equipamentos. Apontou que o guincho é a principal máquina

utilizada na montagem de estruturas pré-moldadas, por isso merece cuidado e atenção

durante sua utilização. Quanto à queda de altura, observou a grande quantidade de

serviços executados acima de 2,0m do piso e a autoconfiança dos operários sem

dispositivos adequados de segurança. E nos serviços com solda foi verificada a falta de

equipamentos de proteção individual adequados. Alertou ainda que os riscos encontrados

são evidentes e mostraram-se em todos os serviços de montagem das estruturas;

significando que é preciso uma conscientização de todas as partes interessadas para

mudar essa realidade e melhorar a segurança e consequentemente o serviço.

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3 MÉTODO E MATERIAIS

Para este trabalho a estratégia de pesquisa foi o estudo de caso, visto que se

pretende estudar um fenômeno dentro do seu contexto real, segundo Gil (2010).

3.1 AMBIENTE DA PESQUISA

Foi realizado um estudo de caso desenvolvido numa empresa fabricante de

estruturas de concreto pré-moldado, localizada na cidade de Cuiabá, onde os riscos

ocupacionais foram investigados para posterior classificação (conforme a NR 9) e análise

de conformidade e aplicações (conforme a NR18).

3.1.1 A empresa: classificação, “layout” e organograma

A empresa é cadastrada e classificada por atividade econômica através do código

do Cadastro Nacional de Atividades Econômicas- CNAE 45.21-7-00 – Construção /

Construção de Edifícios e Obras de Engenharia, sendo caracterizada como indústria da

construção civil na área de edificações. Este CNAE consta na NR 4- SESMT. Portanto,

conforme Item 18.1 da NR 18, a empresa está submetida à esta norma regulamentadora.

Os setores investigados foram assim distribuídos:

a) setor 1: a cozinha e o refeitório foram considerados como Setor 1, por se tratar

de área de apoio aos setores de produção, constando também neste setor uma

despensa, dois banheiros e uma pequena área de recreação;

b) setor 2: compreende a parte de armazenamento, fabricação de consolos e de

acabamentos finais;

c) setor 3: é o local onde fica a solda, os banheiros e vestiários, fôrmas de

consolos, salas dos encarregados e almoxarifado;

d) setor 4: neste setor ficam armazenados os insumos como aço, cimento, areia e

brita e é onde ocorre a mistura do concreto e o corte e dobra de aço.

e) setor 5: estão localizadas a oficina de máquinas, ferramentas e veículos e

também o depósito de telhas e EPS para lajes; e

f) setor 6: local onde ficam armazenadas as fôrmas e onde ocorre a colocação da

armadura e o lançamento e adensamento do concreto. Neste setor também se

encontra a talha suspensa para movimentação de peças prontas, armaduras e

fôrmas.

A Figura 19 mostra o “layout” da planta da empresa, onde estão destacados, por

cores, os setores investigados.

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Figura 19 - “Layout” da planta da empresa.

Fonte: Própria, 2014.

3.2 DADOS DOCUMENTAIS

A pesquisa documental se fez com obtenção de documentos fornecidos pela

empresa, que são:

a) referentes aos projetos e “layout” da planta (Figura 19);

b) referentes aos procedimentos de produção industrial das estruturas de concreto

e as respectivas medidas de segurança do trabalho; e

c) cópia do PPRA- Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - fornecido por

membro da CIPA- Técnico de Segurança do Trabalho da empresa.

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3.3 LEVANTAMENTO DE CAMPO

O levantamento de campo foi realizado através de visitas em cada setor para

registro das informações acerca dos procedimentos de produção na planta da empresa e

dos riscos ocupacionais existentes no setor, obtendo dados qualitativos.

Para registro dos dados foram feitas anotações e tomadas fotográficas, a partir da

observação durante a produção, por setor (Figura 19), durante a jornada de trabalho e em

dias pré- determinados de acordo com a disponibilidade da empresa.

A partir desta etapa foi feita a Classificação dos setores e respectivo local/

atividades desenvolvidas.

Em cada setor são desenvolvidas atividades dependentes na produção. O Quadro

1 mostra a classificação dos setores e respectivas atividades.

Quadro 1 - Classificação dos setores e respectivo local/ atividades desenvolvidas

Setor (es) Local/ Atividades

1 cozinha e refeitório

2

armazenamento, fabricação de consolos e de acabamentos finais

3 solda, os banheiros e vestiários, fôrmas de consolos, salas dos

encarregados e almoxarifado

4 mistura do concreto, corte e dobra de aço.

5 oficina de máquinas, ferramentas e veículos; depósito de telhas e de EPS

para lajes

6 fôrmas ; colocação da armadura e o lançamento e adensamento do

concreto; talha suspensa para movimentação de peças prontas, armaduras e fôrmas.

Fonte: Própria, 2014.

3.4 ANÁLISE E APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

3.4.1 Identificação dos riscos

Após identificação dos riscos através do levantamento de campo e da consulta ao

PPRA fornecido pela empresa, estes foram classificados os riscos ocupacionais, em

físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos (ou acidentais), conforme a NR 9

(MTE, 2013b) e a literatura.

Para cada risco foram apontadas as medidas de prevenção apresentadas pela

empresa e contatadas no local que estão em conformidade com a norma NR18 (MTE,

2013a), com cópia em Anexo A, e destacando as medidas de prevenção que podem ser

aplicados ou não nas atividades de produção da fábrica.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Para melhor compreensão da análise e discussões optou-se em subdividir a

apresentação dos resultados em duas partes para cada setor estudado.

A primeira parte trata dos riscos ocupacionais encontrados, apresentados por setor

de produção da empresa. A partir da análise dos dados que constam no PPRA - fornecido

pela empresa e observação no local foram constatados os riscos relatados. Os riscos

foram classificados conforme a NR 9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e

literatura, que consta no Item 2.2 deste trabalho.

A segunda parte trata da conformidade ou não das atividades e respectivas

medidas de prevenção, com as diretrizes da norma NR 18, apontando aquelas que podem

ou não serem aplicadas às atividades correspondentes.

Para cada atividade estão locados colaboradores (Quadro 2), totalizando 32 que

trabalham efetivamente nestes locais e estão sujeitos aos riscos ocupacionais de seus

setores e dos setores próximos.

Quadro 2 - Setores de produção; atividades desenvolvidas; números de colaboradores e

respectivas funções

Setor (es) Atividades

desenvolvidas N.º de

colaboradores Função do

colaborador

1-Cozinha e refeitório Preparo de alimentos 2 Cozinheiro e ajudante

de cozinha

2-Acabamentos finais 4-Mistura do concreto

6-Lançamento e adensamento

Mistura, transporte, lançamento e

adensamento do concreto

10 Pedreiro e Servente

4-Corte, dobra e montagem 6-Montagem

Corte, dobra e montagem da

armadura 7 Armador

6-Operação de transporte e desforma

Transporte interno e desforma de peças

2 Operador de Talha

2- Armação, concretagem e

acabamento de consolos 3-Preparo de fôrmas de consolos

6- Armação, concretagem e acabamento de consolos

Armação, concretagem e acabamento de

consolos

4 Consoleiro

2- Corte, dobra e solda 3- Corte, dobra e solda

4- Corte, dobra e solda 6- Corte, dobra e solda

Corte, dobra e solda 2 Soldador

2- Delegação e Coordenação 3- Delegação e Coordenação

4- Delegação e Coordenação

5- Delegação e Coordenação

6- Delegação e Coordenação

Delegação e Coordenação

2 Chefia

2- Montagem e manutenção

3- Montagem e manutenção

4- Montagem e manutenção

5- Montagem e manutenção

6- Montagem e manutenção

Montagem e manutenção de

máquinas e equipamentos

3 Eletromecânico

Fonte: Própria, 2014.

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4.1 SETOR 1 – COZINHA, REFEITÓRIO, RECREAÇÃO e SANITÁRIOS 4.1.1 Descrição das atividades no setor 1

O Setor 1 é subdividido em compartimentos. A Cozinha e o refeitório são áreas de

apoio aos setores de produção. Junto à cozinha há a despensa (onde são armazenados os

materiais para consumo); dois sanitários, sendo um masculino outro feminino; e uma área

de lazer/recreação (que serve de apoio ao refeitório). Na cozinha são preparados os

alimentos (lavados, cozidos, assados, cortados, etc.). No refeitório são realizadas as

refeições de café da manhã e almoço, sendo usado o espaço também para treinamentos

teóricos de qualificação e saúde e segurança do trabalho. A Figura 20 mostra este setor e

seus compartimentos.

Figura 20 - Setor 1: Planta baixa contendo a cozinha, a despensa, o refeitório, os sanitários e a área de recreação.

Fonte: Própria, 2014.

4.1.2 Riscos e medidas de proteção observados no Setor 1

O Quadro 3 mostra o resumo dos riscos observados, seus agentes, as fontes

geradoras, os EPI’s e medidas de proteção observados na pesquisa.

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Quadro 3 - Riscos ocupacionais e medidas de proteção observados no Setor 1

Riscos Agente(s) Causas/Fonte geradora EPI’s observados Medidas de proteção

observadas

Físico

Ruído

provenientes de outros setores e de empresas vizinhas com baixa intensidade, mas com tempo prolongado.

- -

Calor

foi constatada temperatura elevada próximo aos fogões, no momento de preparo das refeições, em período de 4 a 5 horas por dia; devido a cobertura metálica,

Avental Ventilação cruzada

Umidade encontrada em pequenas quantidades devido higienização

Luvas, botas de PVC e Avental

Piso antiderrapante

Químico

Poeiras em pequena quantidade e mais intensa no período de estiagem

- Limpeza diária

Névoas Em pequena quantidade provocada pelo cozimento dos alimentos.

- -

Biológico Diversos Vírus, bactérias, protozoários, bacilos, etc.

Toucas higiênicas e luvas

Restrição de acesso à cozinha

Ergonômico

Postura inadequada

Trabalho em pé - -

Excesso de peso

Transporte de vasilhas cheias

- Divisão do trabalho

Monotonia e repetitividade

Ações repetidas - -

Mecânico

Incêndio Devido ao uso de fogo com gás GLP

- Extintores

Queimaduras Devido ao fogo Avental e luva de

proteção térmica -

Cortes e furos Devido ao uso de objetos pérfuro-cortantes

- -

Quedas Devido a umidade no piso Botas de PVC -

Animais peçonhentos

Devido ao manuseio de alimentos

- Dedetização

Fonte: Própria, 2014.

No Quadro 3, as lacunas em branco representam que não existem os EPI’s e as

medidas de proteção para o respectivo risco registrado.

Os riscos na cozinha que fica no Setor 1 constatados pela equipe da CIPA da

empresa estão apresentados no Quadro 4 e diferem dos riscos observados no local.

Observou-se que no PPRA da empresa constam os riscos observados na cozinha e no

refeitório. Não constam os riscos demais áreas de apoio à produção que constituem o

Setor 1 deste trabalho, que foram negligenciados na elaboração do referido PPRA.

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Quadro 4 - Riscos no da cozinha e refeitório, conforme PPRA da empresa

Fonte: Adaptado do PPRA da empresa, 2014.

4.1.3 Comparação com as diretrizes da NR 18

No Quadro 5 estão apresentados os riscos, as medidas em conformidade com a

NR18, aplicabilidade e medidas normativas referentes ao Setor 1 de produção.

Comparando os dados obtidos com as diretrizes da NR18, tem-se:

Segundo a NR 18, Item 18.4 - Áreas de Vivência, os canteiros de obra devem

dispor de: instalações sanitárias; vestiário; alojamento; local de refeições; cozinha, quando

houver preparo de refeições; lavanderia; área de lazer. Não aplicáveis os itens

“alojamento”, “lavanderia”, “área de lazer”, por não possuir funcionários alojados.

Quadro 5 - Conformidade e aplicabilidade da NR 18 no setor 1.

Setor

Riscos identificados e classificados

conforme a NR 9

Medidas em conformidade com a

NR18

Aplicabilidade da NR18 (Item)

Medidas normativas

1

Físico

-Piso antiderrapante e lavável. -Parede de material liso e lavável

Áreas de vivência (18.4) Cobertura térmica

Químico - Ordem e limpeza (18.29) Limpeza

Biológico

Uso de EPI, limpeza e organização

Áreas de vivência(18.4) EPI (18.23) Ordem e limpeza (18.29)

-Banheiro exclusivo p/ trabalhadores da cozinha; -Acesso indireto dos banheiros ao refeitório.

Ergonômico - Treinamento(18.28)

-Usar equipamentos para otimizar os trabalhos repetitivos; -Sempre dividir o peso com mais pessoas.

Mecânico

-Sistema de proteção contra incêndios; -Uso de EPI; - Limpeza e organização.

EPI(18.23) Proteção contra incêndio(18.26) Treinamento (18.28) Ordem e limpeza (18.29)

Fornecimento do EPI Treinamento

Fonte: Própria, 2014 .

Risco Fator de risco Fonte Geradora EPI observado Recomendação

Acidente

Grupo 5

Contato com

materiais/ferramentas/equipamentos

cortantes pontiagudos/contato com

substancias quentes.

Facas-manuseio no

preparo de

refeiçôes/manuseio

de panelas

Luvas de

segurança

contra agentes

termicos.

Fatores

Ergonomico

Grupo 4

Exigência de esforço fisico ( Força )

Carregamento e

manuseio de panelas

grandes com

refeiçôes.

-

Risco Fisico

Grupo 1Calor Fogão -

Usar: Bota de

PVC/avental de

plástico/

Evitar fazer

força/carregar

panelas ou

utensilos

pesados

sozinho.

Setor: Cozinha

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As instalações sanitárias atendem aos requisitos de quantidades (um conjunto para

cada vinte trabalhadores). Atendem requisitos de construção que são: materiais resistentes

e laváveis; e os pisos impermeáveis, com acabamento antiderrapante; higienização

constante (Figuras 21 e 22). A cozinha atende à norma quanto aos requisitos de: tamanho,

proteções de higiene, botijão de gás instalado externamente e de forma adequada. O

ambiente da cozinha e despensa encontrava-se organizado, faltando somente o banheiro

exclusivo para os colaboradores que manuseiam os alimentos.

Figura 21 - Vista interna do refeitório da empresa estudada.

Fonte: Própria, 2014.

O refeitório possui número suficiente de lugares que são 50 para 45 funcionários

(da administração e produção). Atende às medidas exigidas na norma, assim como para conforto térmico. Como não conformidade tem-se o acesso direto dos sanitários ao refeitório (Figura 22).

Figura 22 - Vista do acesso dos banheiros diretamente para o refeitório

Fonte: Própria, 2014.

Acesso aos

sanitários

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4.2 SETOR 2 – ARMAZENAMENTO, CONSOLOS E ACABAMENTOS FINAIS

4.2.1 Descrição das Atividades no setor 2

É neste setor onde ficam armazenadas as peças prontas para expedição e

transporte até a obra (Figura 23). Neste período são fabricados os consolos que ainda

faltam (consistindo em perfurar, armar, moldar e curar os mesmos) e os acabamentos

finais, que são: o polimento, a proteção contra umidade (caso o projeto exija). Deve-se

destacar as atividades de transporte, carga e descarga de peças pelos caminhões

guindastes.

Figura 23 - Setor 2 : Armazenamento, consolos e acabamentos finais

Fonte: Própria, 2014.

4.2.2 Riscos e medidas de proteção observados no setor 2

Localizado no pátio da empresa e totalmente descoberto, o Setor 2 tem como riscos

as consequências do trabalho realizado à céu aberto. Os colaboradores ficam expostos às

intempéries, aos riscos químicos e ao risco mecânico de atropelamento, devido à

circulação de caminhões a qual ainda geram muita poeira.

O Quadro 6 mostra o resumo dos riscos observados, seus agentes, causas e as

fontes geradoras, os EPI’s e medidas de proteção observados. As lacunas em branco

representam que não existem os EPI’s e as medidas de proteção para o respectivo risco

registrado.

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Quadro 6 - Riscos ocupacionais e medidas de proteção observados no Setor 2

Riscos Agente(s) Causas/Fonte geradora EPI’s

observados

Medidas de proteção

observadas

Físico

Ruído

em grande quantidade e intensidade, pelos marteletes,perfuradores demolidores, lixadeiras e caminhões

Protetores auriculares

-

Radiações não ionizantes

Encontrado no uso de solda

Máscara de solda ou óculos de

proteção, avental e luvas

EPI

Calor Excessivo devido a ser local descoberto sujeito a intempéries

Protetor solar EPI

Umidade Encontrada no período chuvoso

Botas

-

Químico

Poeiras em excesso no período de estiagem

- -

Fumos na operação de soldagem - -

Névoas Pouca devido a liberação pelos escapamentos dos caminhões

- -

Biológico Diversos Possíveis, mas não mensurados

- -

Ergonômico

Postura inadequada

Trabalhe em pé ou encurvado

- -

Excesso de peso

Peças muito grandes Protetor lombar

Uso de equipamentos para carga e transporte

Esforço físico Movimentação de peças

Protetor lombar Uso de

equipamentos para carga e transporte

Mecânico

Arranjo físico deficiente

Desnível do solo - -

Ferramentas inadequadas defeituosas

Ferramentas Superdimensionadas ou subdimensionadas e defeituosas

Luvas, avental, botas, óculos

Manutenção dos equipamentos

Eletricidade Ferramentas elétricas - Aterramento e

isolação

Fonte: Própria, 2014.

4.2.3 Comparação com as diretrizes da NR 18

No Quadro 7 estão apresentados os riscos, as medidas em conformidade com a

NR18 , aplicabilidade e medidas normativas referentes ao Setor 2 de produção.

Comparando os resultados apresentados no Quadro 7 com as diretrizes da NR 18,

observou-se que as atividades são interrompidas na ocorrência de chuva; e quando há sol

tem-se grande perda de produtividade devido ao mal estar por excesso de calor. O que

representa que ainda há falta de atenção por parte da empresa para a melhoria da

segurança dos colaboradores e da produtividade.

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Quadro 7 - Conformidade e aplicabilidade da NR18 no Setor 2

Setor

Riscos identificados e classificados

conforme a NR9

Medidas em conformidade com a NR18

Aplicabilidade da NR18 (Item)

Medidas normativas

2

Físico -Uso do EPI.

18.11-Operações de soldagem e corte a quente 18.23- EPI

-Local coberto -Piso regular e seco

Químico -Uso do EPI

18.11 Operações de soldagem e corte a quente 18.23-EPI

-Uso de máscaras -Piso sem poeira.

Biológico Uso de EPI, limpeza e organização

18.23-EPI 18.29 -Ordem e limpeza

-Exames médicos

Ergonômico -Uso do EPI -Uso de equipamentos

18.14-Movimentação e transporte de materiais 18.23- EPI 18.28 -Treinamento

-Usar equipamentos para mover peças -Sempre dividir o peso com mais pessoas. -Usar os EPI corretos

Mecânico

-Limpeza e organização; -Manutenção de equipamentos; -Isolamento e aterramento.

18.22 -Máquinas, equipamentos e ferramentas diversas 18.23- EPI 18.27 -Sinalização de segurança 18.28 -Treinamento 18.29- Ordem e limpeza

-Treinamento -Manutenção de equipamentos -Uso correto de EPI -EPI- luvas para eletricidade -Sinalização de segurança

Fonte: Própria, 2014.

4.3 SETOR 3 – OFICINA, CONSOLEIROS, ENCARREGADOS (GERÊNCIA),

SANITÁRIOS, VESTIÁRIOS E ALMOXARIFADO 4.3.1 Descrição das Atividades

O Setor 3 é composto por: oficina de solda; área de manutenção e fabricação de

fôrmas de consolos e peças metálicas auxiliares aos pré-fabricados; salas do gerente de

produção e do encarregado; os sanitários e vestiários; e o almoxarifado (onde são

armazenadas ferramentas, máquinas e equipamentos da produção).

4.3.2 Riscos e medidas de proteção observados no setor 3

No Quadro 8 estão apresentados os riscos com seus agentes; as causas e fontes

geradoras; os EPI’s e as medidas de proteção observados no Setor 3. As lacunas em

branco representam ausência do EPI ou medida de proteção.

Na oficina de solda tem-se o constante uso de solda e corte de aço. Destaca-se

que no almoxarifado ficam armazenados os cilindros de gás usados na solda com

maçarico, expondo os trabalhadores ao risco de incêndio e explosão. Destaca-se as

instalações de máquinas, equipamentos e ferramentas, que por si só geram riscos aos

colaboradores.

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Quadro 8 - Riscos ocupacionais e medidas de proteção observados no Setor 3

Riscos Agente(s) Causa/Fonte geradora EPI’s observados Medidas de

proteção observadas

Físico

Ruído

Serras, perfuradores, esmeril e lixadeiras

Protetores auriculares

-

Radiações não ionizantes

Uso de solda

Máscara de solda ou óculos de

proteção, avental e luvas

EPI

Calor Ambiente natural Protetor solar EPI

Local coberto

Químico Poeiras Solo sem pavimento - Piso em concreto

Fumos Soldagem - -

Biológico Diversos Possíveis, mas não mensurados

- -

Ergonômico

Postura inadequada

Trabalhe em pé ou encurvado

- -

Esforço físico Movimentação de peças Protetor lombar Uso de equipamentos

para carga e transporte

Mecânico

Incêndio ou explosão

Material combustível ou explosivo e fogo da solda

-

-Restrição ao acesso destes materiais -Sinalização -Extintores

Ferramentas inadequadas

Ferramentas Luvas, avental, botas, óculos

Manutenção dos equipamentos

Eletricidade Ferramentas elétricas - Aterramento e

isolação

Fonte: Própria, 2014.

Os riscos apontados pelo PPRA da empresa encontram-se descritos no Quadro 9,

e também diferem dos observados no local. Os principais riscos destacados no PPRA da

empresa são aqueles relacionados ao uso da solda e devido ao ruído proveniente das

máquinas e equipamentos.

Quadro 9 - Riscos no Setor 3 – Almoxarifado, Encarregados (Gerência ) e Oficina

Risco Fator de risco Fonte Geradora EPI observado Recomendação

Fisico

Grupo 1Ruido contínuo ou intermitente

Ruido proveniente

de máquinas e

equipamentos

existentes no

processo de

trabalho./Aérea-Por

meio de vibraçôes

sonora.

Protetor

auditivo

(Auricular)

CA-10551

Usar bota de

segurança/oculos de

proteção tipo

escuro/protetor solar.

Setor: Almoxarifado

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Fonte: Adaptado do PPRA da empresa, 2014

Destaca-se a presença de uma condição insegura, que representa o maior risco

presente na atividade (mecânico): a barra de ferro fixada na perfuratriz que pode causar

sérias lesões a um colaborador (Figura 24).

Figura 24 - Vista da barra de ferro fixada na perfuratriz

Fonte: Própria, 2014.

Risco Fator de risco Fonte Geradora EPI observado Recomendação

Fisico

Grupo 1

Ruido contínuo ou

intermitente

Ruido proviniente

de máquinas e

equipamentos

existentes no

processo de

trabalho./Aérea-Por

meio de vibraçôes

sonora.

Protetor

auditivo

(Auricular)

CA-10551

Usar bota de

segurança/oculos

de proteção tipo

escuro/protetor

solar.

Setor: Gerencia

Risco Fator de risco Fonte Geradora EPI observado Recomendação

Radiação Eletromagnética não

ionizante.Atividades de solda

Máscara de

solda de

segurança CA-

5964

Ruido contínuo ou intermitente

Ruido proviniente

de máquinas e

equipamentos

existentes no

processo de

trabalho./Aérea/Po

r meio de vibraçôes

sonora.

Protetor

auditivo

(Auricular) CA-

10551

Quimico

Grupo 2

Particulados ( insolúveis ou de baixa

insolubilidade ) não especificado de

outra maneira (PNOS) (inalável)

(Exposição respiratoria/contato com a

pele/contato com os olhos/ingestão)

Poeiras metálicas

proveniente de

trabalho com solda.

Respirador

purificador de

ar tipo peça

semifacial

filtrante para

particulas

PFF3 CA 14484

Bota de

segurança/Mascara de

solda/protetor concha.

Fisico

Grupo 1

Setor: Oficina

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Observou-se a postura do colaborador (risco ergonômico); os riscos mecânicos de:

cortes e perfurações, queimaduras, lançamento de partículas. Quanto às conformidades

observou-se o uso de EPI; e a situação da bancada (estável), como vistos na Figura 25.

Figura 25 - Serra de bancada para metais.

Fonte: Própria, 2014.

4.3.3 Comparação com as diretrizes da NR 18

No Quadro 10 estão apresentados os riscos, as medidas em conformidade com a

NR18 , aplicabilidade e medidas normativas referentes ao Setor 3 de produção.

Quadro 10 – Conformidade e aplicabilidade da NR 18 no Setor 3.

Setor

Riscos identificados e classificados conforme a

NR9

Medidas em conformidade com

a NR18

Aplicabilidade da NR18

(Item) Medidas

normativas

3

Físico -Uso do EPI.

18.11 -Operações de soldagem e corte a quente 18.23- EPI 18.28 -Treinamento

-Treinamento

Químico -Uso do EPI 18.11 -Operações de soldagem e corte a quente 18.23 -EPI

-Uso de máscaras -Piso sem poeira.

Biológico Uso de EPI, limpeza e organização

18.23 EPI 18.29 -Ordem e limpeza

-Exames médicos

Ergonômico -Uso do EPI -Uso de equipamentos

18.14- Movimentação e transporte de materiais 18.23 -EPI 18.28 -Treinamento

-Usar equipamentos para mover peças -Sempre dividir o peso com mais pessoas. -Usar os EPI corretos

Mecânico

-Limpeza e organização; -Sinalização; -Manutenção de equipamentos; -Isolamento e aterramento.

18.22-Máquinas, equipamentos e ferramentas diversas 18.23 -EPI 18.27-Sinalização de segurança 18.28- Treinamento 18.29 -Ordem e limpeza

-Treinamento -Manutenção de equipamentos -Uso correto de EPI -Sinalização de segurança

Fonte: Própria, 2014.

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Comparando os resultados apresentados no Quadro 10 com as diretrizes da NR 18

tem-se :

a) Áreas de vivência (Item 18.4): Neste setor é que se encontram a maioria dos

banheiros e bebedouros usados pelos trabalhadores e também o vestiário (Figura

26), sendo considerado organizado, limpo, em quantidade suficiente de pelo menos

1 (um) conjunto para cada 20 trabalhadores e pisos e paredes, conforme especifica

a norma;

Figura 26 - Vista interna do vestiário do Setor 3

Fonte: Própria, 2014.

b) Operações de soldagem e corte a quente (Item18.11): nesta área encontra-se a

oficina e a produção de fôrmas de consolos, onde se utiliza a solda e o corte a

quente. Foi observado o uso de EPI, tais como: óculos de segurança, máscara de

solda, avental, luva. Constatou-se o isolamento elétrico das máquinas, proteção e

restrição dos cilindros de gases usados no corte a quente;

c) Máquinas, equipamentos e ferramentas diversas (Item 18.22): É neste setor que se

utilizam mais equipamentos e ferramentas, sendo os constados os riscos

mecânicos;

d) Equipamentos de Proteção Individual (Item 18.23): foi verificado o uso de diversos

EP’s de forma correta, assim como a disponibilidade destes para uso;

e) Armazenagem e estocagem de materiais (Item 18.24): pôde ser observada a

organização na estocagem de materiais, faltando apenas maior atenção à

identificação e sinalização (Figura 27).

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50

Figura 27 - Setor 3: Armazenagem de ferramentas e insumos.

Fonte: Própria, 2014.

f) Proteção contra incêndio (Item 18.26): Neste setor encontra-se um extintor, devido

ao risco elétrico e com os gases usados na solda (Figura 28).

Figura 28 - Setor 3 – Prevenção contra incêndio

Fonte: Própria, 2014.

g) Sinalização de segurança (Item 18.27): há sinalizações indicativas, motivacionais e

de alerta, conforme observado na Figura 29.

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51

Figura 29 - Sinalização de segurança no Setor

Fonte: Própria, 2014.

h) Treinamento (Item 18.28): segundo informações obtidas do PPRA da empresa,

todos os funcionários já receberam treinamentos diversos e participam de

treinamentos periódicos na área de segurança e saúde do trabalhador;

i) Ordem e Limpeza (Item 18.29): este setor pode ser considerado organizado e

limpo, conforme ilustra a Figura 30, com raras exceções.

Figura 30 - Setor 3 – Organização

Fonte: Própria, 2014.

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4.4 SETOR 4 – CIMENTO, AREIA, BRITA, AÇO, CONCRETO E ARMAÇÃO 4.4.1 Descrição das atividades no setor 4

No setor 4 ficam armazenados os insumos: cimento, areia, brita e aço. Também é

o local onde o aço é cortado, dobrado e armado; e o concreto é misturado (usina de

concreto).

4.4.2 Riscos e medidas de proteção observados no setor 4

Há presença de todos os cinco tipos de riscos ambientais, conforme mostra o

Quadro 11, com respectivas as causas e fontes gerados, as medidas de proteção e EPI’s

observados. As lacunas em branco representam ausência do EPI ou medida de proteção.

Quadro 11 - Riscos ocupacionais e medidas de proteção observados no Setor 4.

Riscos Agente(s) Causas/ Fonte geradora EPI’s observados Medidas de

proteção observadas

Físico

Ruído

Máquinas e equipamentos: betoneiras e serras

Protetores auriculares

-

Radiações não ionizantes

Uso de solda

Máscara de solda ou óculos de

proteção, avental e luvas

EPI

Calor Natural Protetor solar EPI e cobertura de

parte da área

Umidade Água da mistura do concreto

Botas -

Químico Poeiras Solo e Cimento Luvas, máscaras -

Fumos Na soldagem - -

Biológico Diversos Possíveis, mas não mensurados

- -

Ergonômico

Postura inadequada

Trabalho em pé ou encurvado

- -

Excesso de peso

Peças muito grandes Protetor lombar Uso de

equipamentos para carga e transporte

Esforço físico Movimentação de peças e insumos

Protetor lombar Uso de

equipamentos para carga e transporte

Repetitividade Armação e concretagem - -

Mecânico

Perfuração Pontas de aço desprotegidas

Luvas, óculos, aventais, botas

Sinalização de advertência

Equipamentos desprotegidos

Betoneiras, serras Luvas, avental, botas, óculos

Manutenção dos equipamentos

Eletricidade Ferramentas elétricas - Aterramento e

isolação

Fonte: Própria , 2014.

Os riscos apontados pelo PPRA da empresa no setor de armadura (Quadro 12) e

de concretagem diferem dos riscos observados no local, sendo a alimentação da betoneira

um grande esforço físico e exposição aos riscos ergonômicos. Observou-se que o trabalho

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é realizado à céu aberto (sem cobertura), estando os trabalhadores sujeitos às intempéries

(umidade, calor, raios).

Quadro 12 - Setor 4: riscos na área de armadura e concretagem

Fonte: Adaptado do PPRA da empresa, 2014.

4.4.3 Comparação com as diretrizes da NR 18

No Quadro 13 estão apresentados os riscos, as medidas em conformidade com a

NR18 , aplicabilidade e medidas normativas referentes ao Setor 4 de produção.

Risco Fator de risco Fonte Geradora EPI observado Recomendação

Acidente

Grupo 5

Contato com

materiais/ferramentas/equipamentos

cortante/escoriantes/pontiagudos.

Coluna de ferro

Luva de

proteção

CA 25339

CalorFonte natural de

calor ( Sol )Protetor solar

Ruido continuo ou intermitente

Ruido proviniente

de maquinas/Aéria-

Por meio de

vibraçôes sonoras

Protetor

Auditivo-tipo

copolímetro

CA 10551

Fisico

Grupo 1

Usar: Bota de

segurança/Protetor

solar/luva de

vaqueta/protetor

lombar/protetor

concha

(policorte no setor)

Setor: Armadura

Risco Fator de risco Fonte Geradora EPI observado Recomendação

Acidente

Grupo 5Batida contra

Parte mecanica da

betoneira

Luva de

segurança CA

25339

Fatores

Ergonomico

Grupo 4

Exigência de esforço fisico

Alimentação da

betoneira com

materiais para a

fabricação de

concreto.

Protetor

lombar

Risco Fisico

Grupo 1Ruido continuo ou intermitente

Betoneira,batidas

de ferramentas em

materiais

solidos,transito de

veiculos e

equipamentos

existentes no

proceso de

pordução/aérias

por meio de

vibração sonoras.

Protetor

auditivo

(Auricular) CA-

10551

Quimico

Grupo 2

Cimento portland -

Exposição/respiratoria/contato com a

pele/contato com os olhos/ingestão.

Contato com o

cimento na

abertura da bolsa.

RESPIRADOR

PURIFICADOR

DE AR TIPO

PEÇA

SEMIFACIAL

FILTRANTE

PARA

PARTÍCULAS

PFF1 CA-

18682

Usar: Bota de

segurança/luva de

raspa/avental de

raspa/oculos

transparente e

escuro/protetor

lombar/máscara

semifacial/protetor

solar

Setor: Concretagem

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Quadro 13 - Conformidade e aplicabilidade da NR 18 no setor 4

Setor

Riscos identificados e classificados conforme a

NR9

Medidas em conformidade com a

NR18

Aplicabilidade da NR18 (Item)

Medidas normativas

4

Físico

-Uso do EPI. -Cobertura e nivelamento parcial - bancadas

18.8- Armações de aço 18.9 -Estruturas de concreto 18.11- Operações de solda 18.23- EPI

-Local inteiro coberto -Piso regular e seco

Químico -Uso do EPI 18.11 -Operações de solda 18.23 -EPI

-Uso de máscaras -Piso sem poeira.

Biológico Uso de EPI, limpeza e organização

18.23 -EPI 18.29 -Ordem e limpeza

-Exames médicos

Ergonômico -Uso do EPI -Uso de equipamentos

18.14- Movimentação e transporte de materiais 18.23 -EPI 18.28-Treinamento

-Usar equipamentos para mover peças -Treinamento -Usar os EPI corretos

Mecânico

-Manutenção de equipamentos; -Isolamento e aterramento.

18.22-Máquinas, equip. 18.23 -EPI 18.27-Sinalização 18.28 -Treinamento

-Treinamento -Manutenção de equipamentos -Uso correto de EPI

Fonte: Própria, 2014.

Comparando os resultados apresentados no Quadro 13 com as diretrizes da NR

18, tem-se :

a) Armações de Aço (Item 18.8): a exposição aos riscos mecânicos é elevada.

Apesar de haver sinalização; o local ser organizado; ter cobertura; ser provido de

bancadas e de pessoal treinado; faltam as lâmpadas protegidas contra impactos

(Figura 31).

Figura 31 - Área da armação de aço no Setor 4

Fonte: Própria, 2014.

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Apesar da ressalva sobre o esforço físico em excesso no espaço descoberto, este

setor é o que mais possui pessoal treinado e capacitado. Estruturas de concreto (Item

18.9): Neste setor é que se mistura os materiais e destina até as formas em outro setor,

tendo aqui esforços físicos, peso excessivo, repetição de movimentos, ruídos. Foi

observado o uso de EPI, como protetor lombar, protetor auricular, luvas, botas, protetor

solar e avental (Figura 32);

Figura 32 - Betoneira para preparo do concreto no Setor 4.

Fonte: Própria, 2014.

b) Movimentação e transporte de materiais e pessoas (Item 18.14): constatou-se

apenas a movimentação de materiais (Figura 32); com utilização do veículo para

transporte de concreto. As armações de aço eram transportadas em sua maioria

manualmente, em alguns casos por carrinho, exigindo excessivo esforço físico

(Figura 33);

c) Máquinas, equipamentos e ferramentas diversas (Item 18.22): as principais

máquinas instaladas são: betoneira e serra elétrica (esta utilizada para corte do

aço). Estas máquinas são utilizadas constantemente, representando riscos de

acidentes. Observou-se a frequente manutenção; a sinalização e proteção elétrica

destes equipamentos, assim como a conservação das demais ferramentas;

d) Equipamentos de Proteção Individual (Item 18.23): para todo o setor foram

observados o uso e a disponibilidade de equipamentos de proteção individuais;

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Figura 33 - Setor 4 – Transporte de materiais

Fonte: Própria, 2014.

e) Armazenagem e estocagem de materiais (Item 18.24): neste setor são estocados

os principais insumos para a produção de pré-fabricados. Pôde-se constatar falhas

na estocagem do cimento (excesso de altura dos sacos) e do aço (exposição à

umidade no piso), conforme mostram as Figuras 34 e 35, respectivamente;

f) Sinalização de Segurança (Item 18.27): há sinalização de segurança quanto ao uso

de EPI. Porém, há ausência de sinalização de isolamento da área quando do

descarregamento de aço, conforme a norma prescreve;

g) Treinamento (Item 18.28): segundo dados obtidos do PPRA da empresa, todos

trabalhadores deste setor passaram por treinamento para o exercício da função e

quanto as normas de segurança;

h) Ordem e limpeza (Item 18.29): verificou-se que há organização e limpeza, conforme

exigido na norma.

Figura 34 - Armazenamento do cimento no Setor 4.

Fonte: Própria, 2014.

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57

Figura 35 - Armazenamento de Aço no Setor 4.

Fonte: Própria, 2014.

4.5 SETOR 5 – PINTURA DE ESTRUTURAS METÁLICAS, OFICINA MECÂNICA E DEPÓSITO DE EPS E TELHAS METÁLICAS

4.5.1 Descrição das atividades no setor 5

O Setor 5 é composto da área para pintura de estruturas metálicas, da oficina

mecânica de veículos e da área de montagem e manutenção de máquinas, equipamentos

e ferramentas e o depósito de EPS (Poliestireno expandido- “isopor”) para lajes treliçadas,

telhas e terças metálicas.

4.5.2 Riscos encontrados e medidas de proteção observados no setor 5

Este setor é menos utilizado em relação aos outros. Os maiores riscos estão nas

atividades de pintura das estruturas metálicas; visto que o conserto de veículos e

manutenção de máquinas e equipamentos não são constantes.

No Quadro 14 estão apresentados os riscos com seus agentes; as causas e fontes

geradoras; os EPI’s e as medidas de proteção observados no Setor 5. As lacunas em

branco representam ausência do EPI ou da medida de proteção.

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Quadro 14 - Riscos ocupacionais e medidas de proteção observados no Setor 5.

Riscos Agente(s) Causas/Fonte geradora EPI’s

observados Medidas de proteção

observadas

Físico

Ruído

Pistola de pintura e setores vizinhos.

Protetores auriculares

-

Calor Natural Protetor solar EPI e cobertura do

local

Químico Poeiras Solo - -

Névoas Pistola de pintura Máscara Local restrito

Biológico Diversos Possíveis, mas não mensurados

- -

Ergonômico

Postura inadequada Trabalhe em pé ou encurvado

- -

Excesso de peso Peças muito grandes Protetor lombar Uso de equipamentos

para carga e transporte

Esforço físico Carga e descarga manual Protetor lombar Uso de equipamentos

para carga e transporte

Mecânico

Animais peçonhentos Ratos, cobras, escorpião - Limpeza, organização

e dedetização

Armazenamentos inadequados

Risco de desmoronamento de pilhas

Luvas, avental, botas, óculos

-

Corte, esmagamento, perfuração

Uso de Ferramentas Luvas, avental, botas, óculos

EPI e Treinamento

Fonte: Própria, 2014.

4.5.3 Comparação com as diretrizes da NR 18

O Quadro 15 apresenta os riscos, as medidas em conformidade com a NR18 ,

aplicabilidade e medidas normativas referentes ao Setor 5 de produção.

Quadro 15 - Conformidade e aplicabilidade da NR 18 no setor 5.

Setor

Riscos identificados e classificados conforme a

NR9

Medidas em conformidade com a

NR18 Aplicabilidade da NR18 Medidas normativas

5

Físico -Uso do EPI. 18.4- Áreas de vivência 18.23- EPI

- Usar o EPI

Químico -Uso do EPI 18.23- EPI -Uso de máscaras -Piso sem poeira.

Biológico Uso de EPI, limpeza e organização

18.23- EPI 18.29- Ordem e limpeza

-Exames médicos

Ergonômico -Uso do EPI -Uso de equipamentos

18.14- Movimentação e transporte de materiais 18.23 -EPI 18.28- Treinamento

-Usar equipamentos para mover peças -Sempre dividir o peso com mais pessoas. -Usar os EPI corretos

Mecânico

-Limpeza e organização;

18.22-Máquinas, equipamentos e ferramentas diversas 18.23 -EPI 18.27-Sinalização de segurança 18.28- Treinamento 18.29- Ordem e limpeza

-Treinamento -Manutenção de equipamentos -Uso correto de EPI -Sinalização de segurança

Fonte: Própria, 2014.

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Comparando os dados apresentados no Quadro 15 com as diretrizes da NR 18,

tem-se:

a) Movimentação e transporte de materiais (Item 18.14): neste setor há pouca

movimentação. Quando ocorre é realizada por caminhão com guincho ou

manualmente , em conformidade com a norma;

b) Máquinas, equipamentos e ferramentas diversas (Item 18.22): são utilizadas

ferramentas para consertos de veículos e equipamentos da fábrica, assim como

compressor para pintura das estruturas metálicas. As máquinas aparentavam bom

estado de conservação.

c) Equipamentos de Proteção Individual (Item 18.23): foi constatado o uso, em

conformidade com a norma.

d) Armazenagem e estocagem de materiais (Item 18.24): os materiais são

armazenados em ordem e separados por tipo de material, conforme pode ser visto

na Figura 36;

Figura 36 - Vista geral do Setor 5.

Fonte: Própria, 2014.

e) Ordem e limpeza (Item 18.29): a área do Setor 5 pode ser considerada organizada

e limpa. Porém, está sujeita à presença de animais peçonhentos, devido à

localização próxima à divisa com terreno que contém muita vegetação e entulhos.

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4.6 SETOR 6 – FÔRMAS, MOLDAGEM E ADENSAMENTO DO CONCRETO,

TRANSPORTE 4.6.1 Descrição das atividades no setor 6

Neste amplo setor estão instaladas as fôrmas de lajes, pilares, vigas e postes. As

principais atividades deste setor são: a concretagem (Figura 37) e o transporte através do

monotrilho (Figura 38).

A área de concretagem é o local onde se monta as armaduras em fôrmas

previamente separadas de acordo com a dimensão da peça projetada, passando o

desmoldante e lançando, vibrando e moldando o concreto (Figura 37).

Figura 37 - Setor 6 – Uso do vibrador de imersão

Fonte: Própria, 2014.

Depois da cura, a peça é transportada para o armazenamento ou vai direto para a

obra do cliente. O transporte dentro da planta da fábrica é feito através de guindaste dos

caminhões ou através de uma talha suspensa em um monotrilho (Figura 38).

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Figura 38 - Setor 6 – Talha suspensa em monovia.

Fonte: Própria, 2014.

4.6.2 Riscos e medidas de proteção observados no setor 6

No Quadro 16 estão apresentados os riscos com seus agentes; as causas e fontes

geradoras; os EPI’s e as medidas de proteção observados no Setor 6. As lacunas em

branco representam ausência do EPI ou da medida de proteção.

Quadro 16 - Riscos ocupacionais e medidas de proteção observados no Setor 6.

Riscos Agente(s) Causas/Fonte geradora EPI’s observados Medidas de

proteção observadas

Físico

Ruído

Vibradores e monotrilho

Protetores auriculares

-

Vibrações No Monotrilho - -

Calor Natural Protetor solar EPI

Umidade Encontrada no período chuvoso

Botas -

Químico

Poeiras solo - -

Névoas Óleo queimado e desmoldantes

Luvas e máscaras -

Biológico Diversos Possíveis, mas não mensurados

- -

Ergonômico

Postura inadequada

Trabalho em pé ou encurvado

- -

Excesso de peso

Peças muito grandes e pesadas

Protetor lombar Uso de

equipamentos para carga e transporte

Esforço físico Movimentação de peças Protetor lombar Uso de

equipamentos para carga e transporte

Mecânico

Risco de queda em

altura Monotrilho - -

Batida contra Fôrmas e ferragens Luvas, avental, botas, óculos

Organização, limpeza

Eletricidade Ferramentas elétricas - Aterramento e

isolação

Fonte: Própria, 2014.

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Os riscos no transporte de peças podem ser considerados os de maior gravidade,

pois ainda há muito o que fazer, tanto no monotrilho que expõe ao risco de queda em

altura, quanto no içamento de peças pelos caminhões.

Os riscos apontados pelo PPRA da empresa, apresentados no Quadro 17, diferem

dos riscos observados no local, mas não deixam de indicar a monovia como um dos

maiores agentes causadores de riscos, e que pode gerar acidentes mais graves.

Quadro 17 - Setor 6 – Moldagem do concreto e monovia

Fonte: Adaptado do PPRA da empresa, 2014.

4.6.3 Comparação com as diretrizes da NR 18

No Quadro 18 estão apresentados os riscos, as medidas em conformidade com a

NR18, aplicabilidade e medidas normativas referentes ao Setor 6 de produção.

Risco Fator de risco Fonte Geradora EPI observado Recomendação

Acidente

Grupo 5Batida contra

Molde do pré-

moldadoN/A

Fatores

Ergonomico

Grupo 4

Exigência de esforço fisicoAjuste manual dos

moldes

Protetor

lombar

Risco Fisico

Grupo 1Ruido continuo ou intermitente

Ruido proviniente

de máquinas e

equipamentos

existentes no

processo de

trabalho./Aérea/Po

r meio de vibraçôes

sonora.

Protetor

auditivo

(Auricular) CA-

10551

Quimico

Grupo 2

Hidrocarbonetos aromático (Exposição

respiratoria/contato com a

pele/ingestão).

Óleo queimado

LUVA PARA

PROTEÇÃO

CONTRA

AGENTES

ABRASIVOS E

ESCORIANTES

CA 25339

Usar: Bota de

segurança/oculos

de

proteção/protetor

auricular/mascara

semifacial

PFF1/luva de

vaqueta/avental de

raspa/protetor

solar.

Setor: Moldagem

Risco Fator de risco Fonte Geradora EPI observado Recomendação

Acidente

Grupo 5

Queda por diferença de altura maior

que 2 metros, (Trabalho em altura )

Queda da talha

elétricaInexistente

Ruido continuo ou intermitente

Ruido proviniente

de maquinas e

equipamentos

existentes no

ambiente de

trabalho e outras

atividades da

operação

munck/Aéro: Por

meio de vibraçôes

sonoras.

Protetor

auditivo

(Auricular) CA-

10551

Vibração do corpo inteiro

Máguina

talhadeira/estrutura

corporal

Inexistente

Fisico

Grupo 1

Bota de

segurança/oculos de

proteção tipo

escuro/cinto de

segurança/luva de

segurança/protetor

solar/protetor

concha.

Setor: Monovia

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Quadro 18 - Conformidade e aplicabilidade da NR 18 no setor 6

Setor

Riscos identificados e classificados conforme a

NR9

Medidas em conformidade com a

NR18

Aplicabilidade da NR18

Medidas normativas

6

Físico -Uso do EPI. 18.23- EPI

-Local coberto -Piso regular e seco -Outro meio de transporte de peças que não o monotrilho

Químico -Uso do EPI 18.23- EPI -Uso de máscaras -Piso sem poeira.

Biológico Uso de EPI, limpeza e organização

18.23- EPI 18.29- Ordem e limpeza

-Exames médicos

Ergonômico -Uso do EPI -Uso de equipamentos

18.14- Movimentação e transporte de materiais 18.23- EPI 18.28 -Treinamento

-Usar equipamentos para mover peças -Sempre dividir o peso com mais pessoas. -Usar os EPI corretos

Mecânico

-Limpeza e organização; -Manutenção de equipamentos; -Isolamento e aterramento.

18.13- Medidas de proteção contra quedas de altura 18.22-Máquinas, equipamentos e ferramentas diversas 18.23 -EPI 18.27-Sinalização de segurança 18.28 -Treinamento 18.29 -Ordem e limpeza

-Treinamento -Manutenção de equipamentos -Uso correto de EPI -Sinalização de segurança

Fonte: Própria, 2014.

Comparando os dados obtidos com as diretrizes da NR 18, tem-se:

a) Armações de aço (Item 18.8): neste setor o aço é apenas colocado dentro das

fôrmas, tendo seu risco no transporte e manuseio. O que pode ser suprimido com

EPI, sinalização e treinamento.

b) Estruturas de concreto (Item 18.9): o concreto chega pronto do setor 5 , em seguida

colocado nas fôrmas, adensado e curado. Os riscos estão no manuseio deste e na

vibração com equipamento elétrico. Estão em conformidade com a norma os itens

referentes ao isolamento elétrico do vibrador, o uso de EPI, a divisão dos esforços

e o treinamento da equipe.

Neste setor, a aplicabilidade da norma NR18 exige bastante atenção para alcançar um

bom resultado preventivo nos mais diversos tipos de riscos a que estão expostos todos

trabalhadores.

c) Medidas de proteção contra quedas de altura (Item 18.13): neste requisito a

empresa não está conforme, pois a talha suspensa é muito perigosa e não há uma

proteção garantida ao operador, conforme visto na Figura 37.

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d) Movimentação e transporte de materiais e pessoas (Item 18.14): há apenas a

movimentação de materiais pela talha suspensa e por carrinhos de tração humana,

como o mostrado na Figura 39.

e) Cabos de aço e cabos de fibra sintética (Item 18.16): é feita a inspeção

regularmente nos cabos de aço utilizados tanto na talha quanto os usados nos

caminhões guindautos para evitar acidentes por rompimento destes, mas não há

um registro destas inspeções, conforme prescreve a norma.

Figura 39 - Carro-de-mão para transporte de materiais no Setor 6

Fonte: Própria, 2014.

f) Máquinas, equipamentos e ferramentas diversas (Item 18.22): os mais usados são

os vibradores de imersão (Figura 37), a talha elétrica e a máquina de solda (esta

usada nas armaduras e ajustes nas fôrmas);

g) Equipamentos de Proteção Individual (Item 18.23): são usados pelos

colaboradores (Figura 37) inclusive o protetor solar, que é fornecido e cobrado o

seu uso. Não foi verificado EPI para evitar a queda de altura da talha suspensa.

h) Treinamento (Item 18.28): conforme consta no PPRA da empresa, todos os

trabalhadores deste setor são treinados.

i) Ordem e Limpeza (Item 18.29): trata-se de um setor organizado e limpo, onde as

fôrmas são separadas por tamanho e tipo de uso (para postes, lajes, vigas).

4.7 SÍNTESE DOS RESULTADOS POR SETOR DE PRODUÇÃO

Com a finalidade de comparação dos dados obtidos por setor de produção,

apresenta-se o Quadro 19, contendo a síntese dos resultados de toda a pesquisa.

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Foi observado que os setores que em que as atividades são desenvolvidas a céu-

aberto (sujeito às intempéries) possuem mais riscos que os demais. Também foi

constatado que a solda e a movimentação de peças são as causas de riscos com maior

possibilidade de acidentes graves e danos a saúde dos trabalhadores. Portanto pode-se

elencar os setores 2, 3 e 6 como os de maior risco.

Verificou-se também que o Setor 4 é mais provido das medidas de segurança em

conformidade com a NR18; assim como a utilização dos EPI’s. Portanto, mesmo tendo

ainda parte de sua área descoberta do que aos trabalhadores, trata-se de um local onde as

falhas de segurança estão mais relacionadas aos materiais do que aos trabalhadores, pois

estes são os que receberam mais treinamento, segundo consta no PPRA da empresa.

Todos os setores tem aplicabilidade da NR18, mas o setor 4 se encaixa melhor no

objeto desta norma. O setor 6 é o que mais está sujeito a acidentes, onde a há falha

quanto ao treinamento para que a área seja isolada no perímetro de carga e descarga. O

que resultaria na “linha de vida”, evitando acidentes. Assim como o uso de equipamentos

como a talha suspensa (que sempre será uma fonte de risco permanente) deveria ser

substituído por outro sistema de içamento e transporte de peças mais seguro.

Quadro 29 - Resultados por setor de produção

Setor Riscos Medidas e EPI’s

observados Conformidades

com a NR18 Aplicabilidade da NR18 (Item)

Medida Normatizada

1

Físico Ventilação cruzada, piso antiderrapante,Avental, luvas e botas de PVC.

-Piso antiderrapante e lavável. -Parede de material liso e lavável

18.4 Cobertura térmica

Químico Limpeza diária - - -

Biológico Restrição de acesso a

cozinha,Toucas e luvas

Uso de EPI, limpeza e organização

18.4 18.23 18.29

-Banheiro exclusivo p/ trabalhadores da cozinha; -Acesso indireto dos banheiros ao refeitório

Ergonômico Divisão do trabalho - 18.28

-Usar equipamentos para otimizar os trabalhos repetitivos; -Sempre dividir o peso com mais pessoas.

Mecânico Extintores, dedetização, luvas térmicas e avental

-Sistema de proteção contra incêndios; -Uso de EPI; - Limpeza e organização.

18.23 18.26 18.28 18.29

Fornecimento do EPI Treinamento

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Quadro 39 (Continuação)- Resultados por setor de produção

Setor Riscos Medidas e EPI’s

observados Conformidades

com a NR18 Aplicabilidade da NR18 (Item)

Medida Normatizada

2

Físico

Protetor auricular, protetor solar, máscara

de solda, óculos de proteção, luva, bota e

avental de raspa.

-Uso do EPI. 18.11 18.23

-Local coberto -Piso regular e seco

Químico - -Uso do EPI 18.11 18.23

-Uso de máscaras -Piso sem poeira.

Biológico - Uso de EPI, limpeza e organização

18.23 18.29

-Exames médicos

Ergonômico

Uso de equipamentos para carga e transporte e

Protetor lombar

-Uso do EPI -Uso de equipamentos

18.14 18.23 18.28

-Usar equipamentos para mover peças -Sempre dividir o peso com mais pessoas. -Usar os EPI corretos

Mecânico

Manutenção, aterramento e isolação

dos equipamentos, Luvas, avental, bota e

óculos

-Limpeza e organização; -Manutenção de equipamentos; -Isolamento e aterramento.

18.22 18.23 18.27 18.28 18.29

-Treinamento -Manutenção de equipamentos -Uso correto de EPI -Sinalização de segurança

3

Físico

Local coberto, protetor auricular, protetor solar,

máscara de solda, óculos de proteção, luva, bota e

avental

-Uso do EPI. 18.11 18.23 18.28

-Treinamento

Químico Piso em concreto -Uso do EPI 18.11 18.23

-Uso de máscaras -Piso sem poeira.

Biológico - Uso de EPI, limpeza e organização

18.23 18.29

-Exames médicos

Ergonômico

Uso de equipamentos para carga e transporte e

Protetor lombar

-Uso do EPI -Uso de equipamentos

18.14 18.23 18.28

-Usar equipamentos para mover peças -Sempre dividir o peso com mais pessoas. -Usar os EPI corretos

Mecânico

Manutenção, aterramento e isolação

dos equipamentos, Luvas, avental, bota e

óculos

-Limpeza e organização; -Sinalização; -Manutenção de equipamentos; -Isolamento e aterramento.

18.22 18.23 18.27 18.28 18.29

-Treinamento -Manutenção de equipamentos -Uso correto de EPI -Sinalização de segurança

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Quadro 49 (Continuação)- Resultados por setor de produção

Setor Riscos Medidas e EPI’s

observados Conformidades

com a NR18 Aplicabilidade da NR18 (Item)

Medida Normatizada

4

Físico

Cobertura parcial, protetor auricular,

protetor solar, máscara de solda, óculos de

proteção, luva, bota e avental de raspa.

-Uso do EPI. -Cobertura e nivelamento de parte da área - bancadas

18.8 18.9

18.11 18.23

-Local inteiro coberto -Piso regular e seco

Químico Luvas e máscaras -Uso do EPI 18.11 18.23

-Uso de máscaras -Piso sem poeira.

Biológico - Uso de EPI, limpeza e organização

18.23 18.29

-Exames médicos

Ergonômico

Uso de equipamentos para carga e transporte e

Protetor lombar

-Uso do EPI -Uso de equipamentos

18.14 18.23 18.28

-Usar equipamentos para mover peças -Treinamento -Usar os EPI corretos

Mecânico

Manutenção, aterramento e isolação

dos equipamentos, sinalização de

advertência, luvas, avental, bota e óculos

-Limpeza e organização; -Manutenção de equipamentos; -Isolamento e aterramento.

18.22 18.23 18.27 18.28 18.29

-Treinamento -Manutenção de equipamentos -Uso correto de EPI -Sinalização de segurança

5

Físico Cobertura do local, protetor auricular,

protetor solar, -Uso do EPI.

18.4 18.23

- Usar o EPI

Químico Local restrito e máscara

para pintura -Uso do EPI 18.23

-Uso de máscaras -Piso sem poeira.

Biológico - Uso de EPI, limpeza e organização

18.23 18.29

-Exames médicos

Ergonômico

Uso de equipamentos para carga e transporte e

Protetor lombar

-Uso do EPI -Uso de equipamentos

18.14 18.23 18.28

-Usar equipamentos para mover peças -Sempre dividir o peso com mais pessoas. -Usar os EPI corretos

Mecânico Treinamento,limpeza, dedetização, luvas,

avental, bota e óculos

-Limpeza e organização;

18.22 18.23 18.27 18.28 18.29

-Treinamento -Manutenção de equipamentos -Uso correto de EPI -Sinalização de segurança

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Quadro 59 (Continuação)- Resultados por setor de produção

Setor Riscos Medidas e EPI’s

observados Conformidades

com a NR18 Aplicabilidade da NR18 (Item)

Medida Normatizada

6

Físico Botas, protetor auricular,

protetor solar -Uso do EPI. 18.23

-Local coberto -Piso regular e seco -Outro meio de transporte de peças que não o monotrilho

Químico Luvas e máscaras -Uso do EPI 18.23

-Uso de máscaras -Piso sem poeira.

Biológico - Uso de EPI, limpeza e organização

18.23 18.29

-Exames médicos

Ergonômico

Uso de equipamentos para carga e transporte e

Protetor lombar

-Uso do EPI -Uso de equipamentos

18.14 18.23 18.28

-Usar equipamentos para mover peças -Sempre dividir o peso com mais pessoas. -Usar os EPI corretos

Mecânico Organização,limpeza,

aterramento, isolação, luvas, avental, bota e óculos

-Limpeza e organização; -Manutenção de equipamentos; -Isolamento e aterramento.

18.13 18.22 18.23 18.27 18.28 18.29

-Treinamento -Manutenção de equipamentos -Uso correto de EPI -Sinalização de segurança

Fonte: Própria, 2014.

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5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES

Após análise qualitativa dos setores de produção de estruturas pré-fabricadas de

concreto, pôde constatar a presença dos cinco tipos de riscos ambientais classificados

conforme NR 9, com predominância nos riscos mecânicos.

Em todos os setores foram observados riscos ocupacionais além daqueles

registrados no PPRA da empresa. Do total de riscos ocupacionais observados, pôde-se

constatar que 60% são mecânicos; 20% são ergonômicos; 10% são de agentes químicos;

5% de agentes físicos e 5% de agentes biológicos.

Observou-se que em todos os setores da fábrica há atividades cujas medidas de

proteção coletiva e/ou EPI’s não estão cem conformidade com a norma NR 18. Deve

atentar para as medidas de proteção contra os riscos ergonômicos. Vale ressaltar que a

empresa está em processo de implantação de sistemas de prevenção de acidentes,

elaboração do mapa de riscos, treinamentos constantes e fiscalização quanto ao uso de

equipamentos de proteção individuais, com destaque ao empenho da maioria dos

colaboradores, sendo poucos resistentes a esta reeducação.

A empresa que só produz elementos pré-fabricados de concreto corresponde as

atividades desenvolvidas em ambiente controlado. Isto se deve ao treinamento e local

constantes e porque contém funcionários mais especializados do que uma obra de

construção civil, pois os colaboradores não são tão sazonais quanto em uma obra comum

e acabam se especializando mais.

Verificou-se que as recomendações da NR 18 são aplicáveis à produção de pré-

fabricados de concreto. Então a NR18 pode atender a demanda de normatização na

segurança do trabalho para pré-fabricados. Seriam pertinentes pequenos ajustes na norma

de segurança para a construção civil, visto que no projeto de revisão da NR 18 (em revisão

no Comitê Permanente do Ministério do Trabalho e Emprego), ainda não contemplou

especificamente os serviços com elementos pré-fabricados de concreto, tais como:

1.º) Medida de proteção coletiva como a instalação de áreas cobertas para a execução dos

serviços no pátio é uma recomendação necessária, devido às intempéries e incidência de

poeiras, evitando trabalho a céu aberto, principalmente em cidades de clima quente como

Cuiabá, tendo este incômodo sido relatado pela maioria dos colaboradores como um

grande fator de improdutividade.

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2.º) Medidas de proteção específicas para o equipamento e para o(s) operador (es) no

setor de suspensão e transporte de cargas, havendo preferencialmente, no mínimo, um

funcionário na empresa com treinamento ou curso de “rigging” (planejamento e operação

de movimentação de cargas com equipamentos).

Por fim, sugere-se um estudo mais detalhado dos riscos, contemplando o

levantamento e análise quantitativos para se obter uma avaliação mais completa, inclusive

para fins de investigação de insalubridade. E, como este trabalho teve ênfase na produção

de estruturas pré-fabricadas de concreto sugere-se também estudos continuados sobre a

segurança e normas pertinentes, abrangendo o transporte e montagem na obra.

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REFERÊNCIAS

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9062- Projeto e

execução de estruturas de concreto pré-moldado. Rio de Janeiro, 2006.

BRASIL (1943). Decreto - Lei nº 5.452, de 01.05.1943. Consolidação das Leis do

Trabalho CLT. Brasília, 1943. Disponível em:

<www.mte.gov.br/segurancaesaude/legislacao>. Acesso em: 22 jul. 2013.

BRASIL (1988). Constituição da Republica Federativa do Brasil. Disponível em:

<www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: jul. 2013

BRASIL (1978). Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978- Normas Regulamentadoras.

Disponível em: <www.mte.gov.br/segurancaesaude/legislacao>. Acesso em: 22 jul de

2013.

EL DEBS, Mounir Khalil. Concreto pré-moldado: Fundamentos e aplicações. Ed. São

Carlos: EESC-USP, 2000.

FALEIROS JÚNIOR, José Herbet. Procedimentos de cálculo, verificação e

detalhamento de armaduras longitudinais na seção transversal em elementos

protendidos. Dissertação de Mestrado. 2010.Universidade Federal de São Carlos. São

Carlos, SP 2010. 179f. Disponível em < http://www.bdtd.ufscar.br/htdocs/tedeSimplificado

//tde_busca/arquivo.php?codArqui vo= 3707 >. Acesso em: 22 jul. 2013.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2010. 200p.

IGLESIA, Tiago Borges. Sistemas construtivos em concreto pré-moldado. Trabalho de

Conclusão de Curso em Engenharia Civil. 2006. Faculdades Anhembi/ Morumbi. São

Paulo, SP, 2006. Disponível em < http://engenharia.anhembi.br/tcc-06/civil-33.pdf>.

Acesso em: Jul. 2013.

CONSTRUÇÃO. Matec emprega placas pré-moldadas com revestimento e

acabamento em obra de shopping center. 26/10/2010. Disponível em

<http://piniweb.pini.com.br/construcao/tecnologia-materiais/matec-emprega-placas-pre-moldadas-

com-revesti-mento -e-acabamento-em-obra-189820-1.aspx>. Acesso em: 10 out 2013.

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MTEa. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora NR 18-Condições e

Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. Disponível em: <

www.mte.gov.br/ legislação>. Acesso em: Jul.2013.

MTEb. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora NR 9- Programa de

Prevenção de Riscos Ambientais. Disponível em: < www.mte.gov.br/ legislação>.

Acesso em: Jul. 2013.

MTEc. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora NR 4- Serviços

Especializados em segurança e Medicina do Trabalho-SESMT. Disponível em: <

www.mte.gov.br/ legislação>. Acesso em: Jul. 2013.

MTEd. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora NR 7-Programa de

Controle Médico e Saúde Ocupacional-PCMSO. Disponível em: < www.mte.gov.br/

legislação>. Acesso em: Jul. 2013.

MTEe. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora NR 5- Comissão

Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA. Disponível em: < www.mte.gov.br/

legislação>. Acesso em: Jul. 2013.

OGLIARI, Ana Cristina. Análise da segurança do trabalho em empresa de pré-

moldados na cidade de Chapecó (2012). Trabalho de Conclusão de Curso- Engenharia

Civil. Universidade Comunitária da Região de Chapecó, Chapecó, SC, 2012.63p.

Disponívelem<http://www5.unochapeco.edu.br/pergamum/biblioteca/php/

imagens/00008F/00008F35.pdf>. Acesso em :Jul.2013.

OLIVEIRA, Cláudio A. D. de. Segurança e saúde no trabalho. Guia de prevenção de

riscos. São Caetano do Sul: Yendis, 2012, 161p.

SENAI- SEBRAE. Cartilha da Segurança e Saúde do Trabalho na Construção Civil/ES

– NR-18. Vitória, Espírito Santo, 2001.

SESI-SEBRAE. Dicas de prevenção de acidentes e doenças no trabalho. Saúde e

Segurança no Trabalho: Micro e Pequenas Empresas / Luiz Augusto Damasceno Brasil

(org.). - Brasília: SESI - DN, 2005.

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ANEXO A

NR18 – CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

(MTE, 2013a)

Publicação D.O.U.

Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78

Alterações/Atualizações D.O.U.

Portaria DSST n.º 02, de 20 de maio de 1992 21/05/92

Portaria SSST n.º 04, de 04 de julho de 1995 07/07/95

Portaria SSST n.º 07, de 03 de março de 1997 04/03/97

Portaria SSST n.º 12, de 06 de maio de 1997 07/05/97

Portaria SSST n.º 20, de 17 de abril de 1998 20/04/98

Portaria SSST n.º 63, de 28 de dezembro de 1998 30/12/98

Portaria SIT n.º 30, de 13 de dezembro de 2000 18/12/00

Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de 2001 27/12/01

Portaria SIT n.º 13, de 09 de julho de 2002 10/07/02

Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005 07/01/05

Portaria SIT n.º 157, de 10 de abril de 2006 12/04/06

Portaria SIT n.º 15, de 03 de julho de 2007 04/07/07

Portaria SIT n.º 40, de 07 de março de 2008 10/03/08

Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011 24/01/11

Portaria SIT n.º 224, de 06 de maio de 2011 10/05/11

Portaria SIT n.º 237, de 10 de junho de 2011 13/06/11

Portaria SIT n.º 254, de 04 de agosto de 2011 08/08/11

Portaria SIT n.º 296, de 16 de dezembro de 2011 19/12/11

Portaria SIT n.º 318, de 08 de maio de 2012 09/05/12

Portaria MTE n.º 644, de 09 de maio de 2013 10/05/13

SUMÁRIO

18.1 Objetivo e Campo de Aplicação

18.2 Comunicação Prévia

18.3 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT

18.4 Áreas de Vivência

18.5 Demolição

18.6 Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas

18.7 Carpintaria

18.8 Armações de Aço

18.9 Estruturas de Concreto

18.10 Estruturas Metálicas

18.11 Operações de Soldagem e Corte a Quente

18.12 Escadas, Rampas e Passarelas

18.13 Medidas de Proteção contra Quedas de Altura

18.14 Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas

18.15 Andaimes e Plataformas de Trabalho

18.16 Cabos de Aço e Cabos de Fibra Sintética

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18.17 Alvenaria, Revestimentos e Acabamentos

18.18 Telhados e Coberturas

18.19 Serviços em Flutuantes

18.20 Locais Confinados

18.21 Instalações Elétricas

18.22 Máquinas, Equipamentos e Ferramentas Diversas

18.23 Equipamentos de Proteção Individual

18.24 Armazenagem e Estocagem de Materiais

18.25 Transporte de Trabalhadores em Veículos Automotores

18.26 Proteção Contra Incêndio

18.27 Sinalização de Segurança

18.28 Treinamento

18.29 Ordem e Limpeza

18.30 Tapumes e Galerias

18.31 Acidente Fatal

18.32 Dados Estatísticos (Revogado pela Portaria SIT n.º 237, de 10 de junho de 2011)

18.33 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CIPA nas empresas da Indústria da Construção

18.34 Comitês Permanentes Sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção

18.35 Recomendações Técnicas de Procedimentos RTP

18.36 Disposições Gerais

18.37 Disposições Finais

18.38 Disposições Transitórias

18.39 Glossário

18.1 Objetivo e Campo de Aplicação

18.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de

organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos

processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção.

18.1.2 Consideram-se atividades da Indústria da Construção as constantes do Quadro I, Código da Atividade

Específica, da NR 4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho e as

atividades e serviços de demolição, reparo, pintura, limpeza e manutenção de edifícios em geral, de qualquer

número de pavimentos ou tipo de construção, inclusive manutenção de obras de urbanização e paisagismo.

(Alterado pela Portaria SSST n.º 63, de 28 de dezembro de 1998)

18.1.3 É vedado o ingresso ou a permanência de trabalhadores no canteiro de obras, sem que estejam

assegurados pelas medidas previstas nesta NR e compatíveis com a fase da obra.

18.1.4 A observância do estabelecido nesta NR não desobriga os empregadores do cumprimento das

disposições relativas às condições e meio ambiente de trabalho, determinadas na legislação federal, estadual

e/ou municipal, e em outras estabelecidas em negociações coletivas de trabalho.

18.2 Comunicação Prévia

18.2.1 É obrigatória a comunicação à Delegacia Regional do Trabalho, antes do início das atividades, das

seguintes informações:

a) endereço correto da obra;

b) endereço correto e qualificação (CEI,CGC ou CPF) do contratante, empregador ou condomínio;

c) tipo de obra;

d) datas previstas do início e conclusão da obra;

e) número máximo previsto de trabalhadores na obra.

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18.3 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT

18.3.1. São obrigatórios a elaboração e o cumprimento do PCMAT nos estabelecimentos com 20 (vinte)

trabalhadores ou mais, contemplando os aspectos desta NR e outros dispositivos complementares de

segurança.

18.3.1.1. O PCMAT deve contemplar as exigências contidas na NR 9 - Programa de Prevenção e Riscos

Ambientais.

18.3.1.2. O PCMAT deve ser mantido no estabelecimento à disposição do órgão regional do Ministério do

Trabalho e Emprego - MTE. (Alterado pela Portaria SIT n.º 296, de 16 de dezembro de 2011)

18.3.2. O PCMAT deve ser elaborado por profissional legalmente habilitado na área de segurança do trabalho.

(Alterado pela Portaria SIT n.º 296, de 16 de dezembro de 2011)

18.3.3. A implementação do PCMAT nos estabelecimentos é de responsabilidade do empregador ou

condomínio.

18.3.4. Integram o PCMAT: (Alterado pela Portaria SIT n.º 296, de 16 de dezembro de 2011)

a) memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações, levando-se em

consideração riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas respectivas medidas preventivas;

b) projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as etapas de execução da obra;

c) especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas;

d) cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT em conformidade com as etapas

de execução da obra; (Alterada pela Portaria SIT n.º 296, de 16 de dezembro de 2011)

e) layout inicial e atualizado do canteiro de obras e/ou frente de trabalho, contemplando, inclusive, previsão de

dimensionamento das áreas de vivência; (Alterada pela Portaria SIT n.º 296, de 16 de dezembro de 2011)

a) programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e doenças do trabalho, com sua

carga horária.

18.4 Áreas de Vivência

18.4.1 Os canteiros de obras devem dispor de:

a) instalações sanitárias;

b) vestiário;

c) alojamento;

d) local de refeições;

e) cozinha, quando houver preparo de refeições;

f) lavanderia;

g) área de lazer;

h) ambulatório, quando se tratar de frentes de trabalho com 50 (cinqüenta) ou mais trabalhadores.

18.4.1.1 O cumprimento do disposto nas alíneas "c", "f" e "g" é obrigatório nos casos onde houver

trabalhadores alojados.

18.4.1.2 As áreas de vivência devem ser mantidas em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza.

18.4.1.3 Instalações móveis, inclusive contêineres, serão aceitas em áreas de vivência de canteiro de obras e

frentes de trabalho, desde que, cada módulo: (Alterado pela Portaria SIT n.º 30, de 13 de dezembro de 2000)

a) possua área de ventilação natural, efetiva, de no mínimo 15% (quinze por cento) da área do piso, composta

por, no mínimo, duas aberturas adequadamente dispostas para permitir eficaz ventilação interna;

b) garanta condições de conforto térmico;

c) possua pé direito mínimo de 2,40m (dois metros e quarenta centímetros);

d) garanta os demais requisitos mínimos de conforto e higiene estabelecidos nesta NR;

e) possua proteção contra riscos de choque elétrico por contatos indiretos, além do aterramento elétrico.

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18.4.1.3.1 Nas instalações móveis, inclusive contêineres, destinadas a alojamentos com camas duplas, tipo

beliche, a altura livre entre uma cama e outra é, no mínimo, de 0,90m (noventa centímetros). (Incluído pela

Portaria SIT n.º 30, de 13 de dezembro de 2000)

18.4.1.3.2 Tratando-se de adaptação de contêineres, originalmente utilizados no transporte ou

acondicionamento de cargas, deverá ser mantido no canteiro de obras, à disposição da fiscalização do trabalho

e do sindicato profissional, laudo técnico elaborado por profissional legalmente habilitado, relativo a ausência

de riscos químicos, biológicos e físicos (especificamente para radiações) com a identificação da empresa

responsável pela adaptação. (Incluído pela Portaria SIT n.º 30, de 13 de dezembro de 2000)

18.4.2 Instalações Sanitárias

18.4.2.1 Entende-se como instalação sanitária o local destinado ao asseio corporal e/ou ao atendimento das

necessidades fisiológicas de excreção.

18.4.2.2 É proibida a utilização das instalações sanitárias para outros fins que não aqueles previstos no

subitem 18.4.2.1.

18.4.2.3 As instalações sanitárias devem:

a) ser mantidas em perfeito estado de conservação e higiene;

b) ter portas de acesso que impeçam o devassamento e ser construídas de modo a manter o resguardo

conveniente;

c) ter paredes de material resistente e lavável, podendo ser de madeira;

d) ter pisos impermeáveis, laváveis e de acabamento antiderrapante;

e) não se ligar diretamente com os locais destinados às refeições;

f) ser independente para homens e mulheres, quando necessário;

g) ter ventilação e iluminação adequadas;

h) ter instalações elétricas adequadamente protegidas;

i) ter pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), ou respeitando-se o que determina o

Código de Obras do Município da obra;

j) estar situadas em locais de fácil e seguro acesso, não sendo permitido um deslocamento superior a 150

(cento e cinqüenta) metros do posto de trabalho aos gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios.

18.4.2.4 A instalação sanitária deve ser constituída de lavatório, vaso sanitário e mictório, na proporção de 1

(um) conjunto para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores ou fração, bem como de chuveiro, na proporção de

1 (uma) unidade para cada grupo de 10 (dez) trabalhadores ou fração.

18.4.2.5 Lavatórios

18.4.2.5.1 Os lavatórios devem:

a) ser individual ou coletivo, tipo calha;

b) possuir torneira de metal ou de plástico;

c) ficar a uma altura de 0,90m (noventa centímetros);

d) ser ligados diretamente à rede de esgoto, quando houver;

e) ter revestimento interno de material liso, impermeável e lavável;

f) ter espaçamento mínimo entre as torneiras de 0,60m (sessenta centímetros), quando coletivos;

g) dispor de recipiente para coleta de papéis usados.

18.4.2.6 Vasos sanitários

18.4.2.6.1. O local destinado ao vaso sanitário (gabinete sanitário) deve:

a) ter área mínima de 1,00m2 (um metro quadrado);

b) ser provido de porta com trinco interno e borda inferior de, no máximo, 0,15m (quinze centímetros) de altura;

c) ter divisórias com altura mínima de 1,80m (um metro e oitenta centímetros);

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d) ter recipiente com tampa, para depósito de papéis usados, sendo obrigatório o fornecimento de papel

higiênico.

18.4.2.6.2 Os vasos sanitários devem:

a) ser do tipo bacia turca ou sifonado;

b) ter caixa de descarga ou válvula automática;

c) ser ligado à rede geral de esgotos ou à fossa séptica, com interposição de sifões hidráulicos.

18.4.2.7 Mictórios

18.4.2.7.1 Os mictórios devem:

a) ser individual ou coletivo, tipo calha;

b) ter revestimento interno de material liso, impermeável e lavável;

c) ser providos de descarga provocada ou automática;

d) ficar a uma altura máxima de 0,50m (cinqüenta centímetros) do piso;

e) ser ligado diretamente à rede de esgoto ou à fossa séptica, com interposição de sifões hidráulicos.

18.4.2.7.2 No mictório tipo calha, cada segmento de 0,60m (sessenta centímetros) deve corresponder a um

mictório tipo cuba.

18.4.2.8 Chuveiros

18.4.2.8.1 A área mínima necessária para utilização de cada chuveiro é de 0,80m² (oitenta decímetros

quadrados), com altura de 2,10m (dois metros e dez centímetros) do piso.

18.4.2.8.2 Os pisos dos locais onde forem instalados os chuveiros devem ter caimento que assegure o

escoamento da água para a rede de esgoto, quando houver, e ser de material antiderrapante ou provido de

estrados de madeira.

18.4.2.8.3 Os chuveiros devem ser de metal ou plástico, individuais ou coletivos, dispondo de água quente.

18.4.2.8.4 Deve haver um suporte para sabonete e cabide para toalha, correspondente a cada chuveiro.

18.4.2.8.5 Os chuveiros elétricos devem ser aterrados adequadamente.

18.4.2.9 Vestiário

18.4.2.9.1 Todo canteiro de obra deve possuir vestiário para troca de roupa dos trabalhadores que não residem

no local.

18.4.2.9.2 A localização do vestiário deve ser próxima aos alojamentos e/ou à entrada da obra, sem ligação

direta com o local destinado às refeições.

18.4.2.9.3 Os vestiários devem:

a) ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente;

b) ter pisos de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente;

c) ter cobertura que proteja contra as intempéries;

d) ter área de ventilação correspondente a 1/10 (um décimo) de área do piso;

e) ter iluminação natural e/ou artificial;

f) ter armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com cadeado;

g) ter pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), ou respeitando-se o que determina o

Código de Obras do Município, da obra;

h) ser mantidos em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza;

i) ter bancos em número suficiente para atender aos usuários, com largura mínima de 0,30m (trinta

centímetros).

18.4.2.10 Alojamento

18.4.2.10.1 Os alojamentos dos canteiros de obra devem:

a) ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente;

b) ter piso de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente;

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c) ter cobertura que proteja das intempéries;

d) ter área de ventilação de no mínimo 1/10 (um décimo) da área do piso;

e) ter iluminação natural e/ou artificial;

f) ter área mínima de 3,00m2 (três metros) quadrados por módulo cama/armário, incluindo a área de circulação;

g) ter pé-direito de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) para cama simples e de 3,00m (três metros)

para camas duplas;

h) não estar situados em subsolos ou porões das edificações;

i) ter instalações elétricas adequadamente protegidas.

18.4.2.10.2 É proibido o uso de 3 (três) ou mais camas na mesma vertical.

18.4.2.10.3 A altura livre permitida entre uma cama e outra e entre a última e o teto é de, no mínimo, 1,20m

(um metro e vinte centímetros).

18.4.2.10.4 A cama superior do beliche deve ter proteção lateral e escada.

18.4.2.10.5 As dimensões mínimas das camas devem ser de 0,80m (oitenta centímetros) por 1,90m (um metro

e noventa centímetros) e distância entre o ripamento do estrado de 0,05m (cinco centímetros), dispondo ainda

de colchão com densidade 26 (vinte e seis) e espessura mínima de 0,10m (dez centímetros).

18.4.2.10.6 As camas devem dispor de lençol, fronha e travesseiro em condições adequadas de higiene, bem

como cobertor, quando as condições climáticas assim o exigirem.

18.4.2.10.7 Os alojamentos devem ter armários duplos individuais com as seguintes dimensões mínimas:

a) 1,20m (um metro e vinte centímetros) de altura por 0,30m (trinta centímetros) de largura e 0,40m (quarenta

centímetros) de profundidade, com separação ou prateleira, de modo que um compartimento, com a altura de

0,80m (oitenta centímetros), se destine a abrigar a roupa de uso comum e o outro compartimento, com a altura

de 0,40m (quarenta centímetros), a guardar a roupa de trabalho; ou

b) 0,80m (oitenta centímetros) de altura por 0,50m (cinqüenta centímetros) de largura e 0,40m (quarenta

centímetros) de profundidade com divisão no sentido vertical, de forma que os compartimentos, com largura de

0,25m (vinte e cinco centímetros), estabeleçam rigorosamente o isolamento das roupas de uso comum e de

trabalho.

18.4.2.10.8 É proibido cozinhar e aquecer qualquer tipo de refeição dentro do alojamento.

18.4.2.10.9 O alojamento deve ser mantido em permanente estado de conservação, higiene e limpeza.

18.4.2.10.10 É obrigatório no alojamento o fornecimento de água potável, filtrada e fresca, para os

trabalhadores por meio de bebedouros de jato inclinado ou equipamento similiar que garanta as mesmas

condições, na proporção de 1 (um) para cada grupo de 25 (vinte e cinco) trabalhadores ou fração.

18.4.2.10.11 É vedada a permanência de pessoas com moléstia infecto-contagiosa nos alojamentos.

18.4.2.11 Local para refeições

18.4.2.11.1 Nos canteiros de obra é obrigatória a existência de local adequado para refeições.

18.4.2.11.2 O local para refeições deve:

a) ter paredes que permitam o isolamento durante as refeições;

b) ter piso de concreto, cimentado ou de outro material lavável;

c) ter cobertura que proteja das intempéries;

d) ter capacidade para garantir o atendimento de todos os trabalhadores no horário das refeições;

e) ter ventilação e iluminação natural e/ou artificial;

f) ter lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior;

g) ter mesas com tampos lisos e laváveis;

h) ter assentos em número suficiente para atender aos usuários;

i) ter depósito, com tampa, para detritos;

j) não estar situado em subsolos ou porões das edificações;

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k) não ter comunicação direta com as instalações sanitárias;

l) ter pé-direito mínimo de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros), ou respeitando-se o que determina o

Código de Obras do Município, da obra.

18.4.2.11.3 Independentemente do número de trabalhadores e da existência ou não de cozinha, em todo

canteiro de obra deve haver local exclusivo para o aquecimento de refeições, dotado de equipamento

adequado e seguro para o aquecimento.

18.4.2.11.3.1 É proibido preparar, aquecer e tomar refeições fora dos locais estabelecidos neste subitem.

18.4.2.11.4 É obrigatório o fornecimento de água potável, filtrada e fresca, para os trabalhadores, por meio de

bebedouro de jato inclinado ou outro dispositivo equivalente, sendo proibido o uso de copos coletivos.

18.4.2.12 Cozinha

18.4.2.12.1 Quando houver cozinha no canteiro de obra, ela deve:

a) ter ventilação natural e/ou artificial que permita boa exaustão;

b) ter pé-direito mínimo de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros), ou respeitando-se o Código de Obras do

Município da obra;

c) ter paredes de alvenaria, concreto, madeira ou material equivalente;

d) ter piso de concreto, cimentado ou de outro material de fácil limpeza;

e) ter cobertura de material resistente ao fogo;

f) ter iluminação natural e/ou artificial;

g) ter pia para lavar os alimentos e utensílios;

h) possuir instalações sanitárias que não se comuniquem com a cozinha, de uso exclusivo dos encarregados

de manipular gêneros alimentícios, refeições e utensílios, não devendo ser ligadas à caixa de gordura;

i) dispor de recipiente, com tampa, para coleta de lixo;

j) possuir equipamento de refrigeração para preservação dos alimentos;

k) ficar adjacente ao local para refeições;

l) ter instalações elétricas adequadamente protegidas;

m) quando utilizado GLP, os botijões devem ser instalados fora do ambiente de utilização, em área

permanentemente ventilada e coberta.

18.4.2.12.2 É obrigatório o uso de aventais e gorros para os que trabalham na cozinha.

18.4.2.13 Lavanderia

18.4.2.13.1 As áreas de vivência devem possuir local próprio, coberto, ventilado e iluminado para que o

trabalhador alojado possa lavar, secar e passar suas roupas de uso pessoal.

18.4.2.13.2 Este local deve ser dotado de tanques individuais ou coletivos em número adequado.

18.4.2.13.3 A empresa poderá contratar serviços de terceiros para atender ao disposto no item 18.4.2.13.1,

sem ônus para o trabalhador.

18.4.2.14 Área de lazer

18.4.2.14.1 Nas áreas de vivência devem ser previstos locais para recreação dos trabalhadores alojados,

podendo ser utilizado o local de refeições para este fim.

18.5 Demolição

18.5.1 Antes de se iniciar a demolição, as linhas de fornecimento de energia elétrica, água, inflamáveis líquidos

e gasosos liquefeitos, substâncias tóxicas, canalizações de esgoto e de escoamento de água devem ser

desligadas, retiradas, protegidas ou isoladas, respeitando-se as normas e determinações em vigor.

18.5.2 As construções vizinhas à obra de demolição devem ser examinadas, prévia e periodicamente, no

sentido de ser preservada sua estabilidade e a integridade física de terceiros.

18.5.3 Toda demolição deve ser programada e dirigida por profissional legalmente habilitado.

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18.5.4 Antes de se iniciar a demolição, devem ser removidos os vidros, ripados, estuques e outros elementos

frágeis.

18.5.5 Antes de se iniciar a demolição de um pavimento, devem ser fechadas todas as aberturas existentes no

piso, salvo as que forem utilizadas para escoamento de materiais, ficando proibida a permanência de pessoas

nos pavimentos que possam ter sua estabilidade comprometida no processo de demolição.

18.5.6 As escadas devem ser mantidas desimpedidas e livres para a circulação de emergência e somente

serão demolidas à medida em que forem sendo retirados os materiais dos pavimentos superiores.

18.5.7 Objetos pesados ou volumosos devem ser removidos mediante o emprego de dispositivos mecânicos,

ficando proibido o lançamento em queda livre de qualquer material.

18.5.8 A remoção dos entulhos, por gravidade, deve ser feita em calhas fechadas de material resistente, com

inclinação máxima de 45º (quarenta e cinco graus), fixadas à edificação em todos os pavimentos.

18.5.9 No ponto de descarga da calha, deve existir dispositivo de fechamento.

18.5.10 Durante a execução de serviços de demolição, devem ser instaladas, no máximo, a 2 (dois)

pavimentos abaixo do que será demolido, plataformas de retenção de entulhos, com dimensão mínima de

2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) e inclinação de 45º (quarenta e cinco graus), em todo o perímetro

da obra.

18.5.11 Os elementos da construção em demolição não devem ser abandonados em posição que torne

possível o seu desabamento.

18.5.12 Os materiais das edificações, durante a demolição e remoção, devem ser previamente umedecidos.

18.5.13 As paredes somente podem ser demolidas antes da estrutura, quando esta for metálica ou de concreto

armado.

18.6 Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas

18.6.1 A área de trabalho deve ser previamente limpa, devendo ser retirados ou escorados solidamente

árvores, rochas, equipamentos, materiais e objetos de qualquer natureza, quando houver risco de

comprometimento de sua estabilidade durante a execução de serviços.

18.6.2 Muros, edificações vizinhas e todas as estruturas que possam ser afetadas pela escavação devem ser

escorados.

18.6.3 Os serviços de escavação, fundação e desmonte de rochas devem ter responsável técnico legalmente

habilitado.

18.6.4 Quando existir cabo subterrâneo de energia elétrica nas proximidades das escavações, as mesmas só

poderão ser iniciadas quando o cabo estiver desligado.

18.6.4.1 Na impossibilidade de desligar o cabo, devem ser tomadas medidas especiais junto à concessionária.

18.6.5 Os taludes instáveis das escavações com profundidade superior a 1,25m (um metro e vinte e cinco

centímetros) devem ter sua estabilidade garantida por meio de estruturas dimensionadas para este fim.

18.6.6 Para elaboração do projeto e execução das escavações a céu aberto, serão observadas as condições

exigidas na NBR 9061/85 - Segurança de Escavação a Céu Aberto da ABNT.

18.6.7 As escavações com mais de 1,25m (um metro e vinte e cinco centímetros) de profundidade devem

dispor de escadas ou rampas, colocadas próximas aos postos de trabalho, a fim de permitir, em caso de

emergência, a saída rápida dos trabalhadores, independentemente do previsto no subitem 18.6.5.

18.6.8 Os materiais retirados da escavação devem ser depositados a uma distância superior à metade da

profundidade, medida a partir da borda do talude.

18.6.9 Os taludes com altura superior a 1,75m (um metro e setenta e cinco centímetros) devem ter estabilidade

garantida.

18.6.10 Quando houver possibilidade de infiltração ou vazamento de gás, o local deve ser devidamente

ventilado e monitorado.

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18.6.10.1 O monitoramento deve ser efetivado enquanto o trabalho estiver sendo realizado para, em caso de

vazamento, ser acionado o sistema de alarme sonoro e visual.

18.6.11 As escavações realizadas em vias públicas ou canteiros de obras devem ter sinalização de

advertência, inclusive noturna, e barreira de isolamento em todo o seu perímetro.

18.6.12 Os acessos de trabalhadores, veículos e equipamentos às áreas de escavação devem ter sinalização

de advertência permanente.

18.6.13 É proibido o acesso de pessoas não-autorizadas às áreas de escavação e cravação de estacas.

18.6.14 O operador de bate-estacas deve ser qualificado e ter sua equipe treinada.

18.6.15 Os cabos de sustentação do pilão devem ter comprimento para que haja, em qualquer posição de

trabalho, um mínimo de 6 (seis) voltas sobre o tambor.

18.6.16 Na execução de escavações e fundações sob ar comprimido, deve ser obedecido o disposto no Anexo

no 6 da NR 15 - Atividades e Operações Insalubres.

18.6.17 Na operação de desmonte de rocha a fogo, fogacho ou mista, deve haver um blaster, responsável pelo

armazenamento, preparação das cargas, carregamento das minas, ordem de fogo, detonação e retirada das

que não explodiram, destinação adequada das sobras de explosivos e pelos dispositivos elétricos necessários

às detonações.

18.6.18 A área de fogo deve ser protegida contra projeção de partículas, quando expuser a risco trabalhadores

e terceiros.

18.6.19 Nas detonações é obrigatória a existência de alarme sonoro.

18.6.20 Na execução de tubulões a céu aberto, aplicam-se as disposições constantes no item 18.20 - Locais

confinados.

18.6.20.1 Toda escavação somente pode ser iniciada com a liberação e autorização do Engenheiro

responsável pela execução da fundação, atendendo o disposto na NBR 6122:2010 ou alterações posteriores.

(Incluído pela Portaria MTE n.º 644, de 9 de maio de 2013)

18.6.21 Os tubulões a céu aberto devem ser encamisados, exceto quando houver projeto elaborado por

profissional legalmente habilitado que dispense o encamisamento, devendo atender os seguintes requisitos:

(Incluído pela Portaria MTE n.º 644, de 9 de maio de 2013)

a) sondagem ou estudo geotécnico local, para profundidade superior a 3metros;

b) todas as medidas de proteção coletiva e individual exigidas para a atividade devem estar descritas no

Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT, bem como plano

de resgate e remoção em caso de acidente, modelo de check list a ser aplicado diariamente, modelo de

programa de treinamento destinado aos envolvidos na atividade contendo as atividades operacionais, de

resgate e noções de primeiros socorros, com carga horária mínima de 8 horas;

c) as ocorrências e as atividades sequenciais das escavações dos tubulões a céu aberto devem ser registradas

diariamente em livro próprio pelo engenheiro responsável;

d) é proibido o trabalho simultâneo em bases alargadas em tubulões adjacentes, sejam estes trabalhos de

escavação e/ou de concretagem;

e) é proibida a abertura simultânea de bases tangentes.

f) a escavação manual só pode ser executada acima do nível d'água ou abaixo dele nos casos em que o solo

se mantenha estável, sem risco de desmoronamento, e seja possível controlar a água no interior do tubulão.

g) o diâmetro mínimo para escavação de tubulão a céu aberto é de 0,80m.

h) o diâmetro de 0,70m somente poderá ser utilizado com justificativa técnica do Engenheiro responsável pela

fundação.

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18.6.22 O equipamento de descida e içamento de trabalhadores e materiais utilizado na execução de tubulões

a céu aberto deve ser dotado de sistema de segurança com travamento, atendendo aos seguintes requisitos

para a sua operação: (Alterado pela Portaria MTE n.º 644, de 9 de maio de 2013)

a) liberação de serviço em cada etapa (abertura de fuste e alargamento de base) registrado no livro de registro

diário de escavação de tubulões a céu aberto;

b) dupla trava de segurança no sarilho, sendo uma de cada lado;

c) corda de cabo de fibra sintética que atenda as recomendações do item 18.16 da NR-18, tanto da corda de

içamento do balde como do cabo-guia para o trabalhador;

d) corda de sustentação do balde deve ter comprimento para que haja, em qualquer posição de trabalho, no

mínimo de 6 (seis) voltas sobre o tambor;

e) gancho com trava de segurança na extremidade da corda do balde;

f) sistema de ventilação por insuflação de ar por duto, captado em local isento de fontes de poluição, e em caso

contrário, adotar processo de filtragem do ar;

g) sistema de sarilho fixado no terreno, fabricado em material resistente e com rodapé de 0,20 m em sua base,

dimensionado conforme a carga e apoiado com no mínimo 0,50 m de afastamento em relação à borda do

tubulão;

h) depositar materiais afastados da borda do tubulão com distância determinada pelo estudo geotécnico;

i) cobertura translúcida tipo tenda, com película ultravioleta, sobre montantes fixados no solo;

j) possuir isolamento de área e placas de advertência;

k) isolar, sinalizar e fechar os poços nos intervalos e no término da jornada de trabalho;

l) impedir o trânsito de veículos nos locais de trabalho;

m) paralisação imediata das atividades de escavação dos tubulões no início de chuvas;

n) utilização de iluminação blindada e a prova de explosão.

18.6.23 A escavação de tubulões a céu aberto, alargamento ou abertura manual de base e execução de

taludes, deve ser precedida de sondagem ou de estudo geotécnico local. (Revogado pela Portaria MTE n.º

644, de 9 de maio de 2013)

18.6.23.1 Em caso específico de tubulões a céu aberto e abertura de base, o estudo geotécnico será

obrigatório para profundidade superior a 3,00m (três metros). (Revogado pela Portaria MTE n.º 644, de 9 de

maio de 2013)

18.7 Carpintaria

18.7.1 As operações em máquinas e equipamentos necessários à realização da atividade de carpintaria

somente podem ser realizadas por trabalhador qualificado nos termos desta NR.

18.7.2 A serra circular deve atender às disposições a seguir:

a) ser dotada de mesa estável, com fechamento de suas faces inferiores, anterior e posterior, construída em

madeira resistente e de primeira qualidade, material metálico ou similar de resistência equivalente, sem

irregularidades, com dimensionamento suficiente para a execução das tarefas;

b) ter a carcaça do motor aterrada eletricamente;

c) o disco deve ser mantido afiado e travado, devendo ser substituído quando apresentar trincas, dentes

quebrados ou empenamentos;

d) as transmissões de força mecânica devem estar protegidas obrigatoriamente por anteparos fixos e

resistentes, não podendo ser removidos, em hipótese alguma, durante a execução dos trabalhos;

e) ser provida de coifa protetora do disco e cutelo divisor, com identificação do fabricante e ainda coletor de

serragem.

18.7.3 Nas operações de corte de madeira, devem ser utilizados dispositivo empurrador e guia de alinhamento.

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18.7.4 As lâmpadas de iluminação da carpintaria devem estar protegidas contra impactos provenientes da

projeção de partículas.

18.7.5 A carpintaria deve ter piso resistente, nivelado e antiderrapante, com cobertura capaz de proteger os

trabalhadores contra quedas de materiais e intempéries.

18.8 Armações de Aço

18.8.1 A dobragem e o corte de vergalhões de aço em obra devem ser feitos sobre bancadas ou plataformas

apropriadas e estáveis, apoiadas sobre superfícies resistentes, niveladas e não escorregadias, afastadas da

área de circulação de trabalhadores.

18.8.2 As armações de pilares, vigas e outras estruturas verticais devem ser apoiadas e escoradas para evitar

tombamento e desmoronamento.

18.8.3 A área de trabalho onde está situada a bancada de armação deve ter cobertura resistente para proteção

dos trabalhadores contra a queda de materiais e intempéries.

18.8.3.1 As lâmpadas de iluminação da área de trabalho da armação de aço devem estar protegidas contra

impactos provenientes da projeção de partículas ou de vergalhões.

18.8.4 É obrigatória a colocação de pranchas de madeira firmemente apoiadas sobre as armações nas fôrmas,

para a circulação de operários.

18.8.5. É proibida a existência de pontas verticais de vergalhões de aço desprotegidas.

18.8.6 Durante a descarga de vergalhões de aço, a área deve ser isolada.

18.9 Estruturas de Concreto

18.9.1 As fôrmas devem ser projetadas e construídas de modo que resistam às cargas máximas de serviço.

18.9.2 O uso de fôrmas deslizantes deve ser supervisionado por profissional legalmente habilitado.

18.9.3 Os suportes e escoras de fôrmas devem ser inspecionados antes e durante a concretagem por

trabalhador qualificado.

18.9.4 Durante a desforma devem ser viabilizados meios que impeçam a queda livre de seções de fôrmas e

escoramentos, sendo obrigatórios a amarração das peças e o isolamento e sinalização ao nível do terreno.

18.9.5 As armações de pilares devem ser estaiadas ou escoradas antes do cimbramento.

18.9.6 Durante as operações de protensão de cabos de aço, é proibida a permanência de trabalhadores atrás

dos macacos ou sobre estes, ou outros dispositivos de protensão, devendo a área ser isolada e sinalizada.

18.9.7 Os dispositivos e equipamentos usados em protensão devem ser inspecionados por profissional

legalmente habilitado antes de serem iniciados os trabalhos e durante os mesmos.

18.9.8 As conexões dos dutos transportadores de concreto devem possuir dispositivos de segurança para

impedir a separação das partes, quando o sistema estiver sob pressão.

18.9.9 As peças e máquinas do sistema transportador de concreto devem ser inspecionadas por trabalhador

qualificado, antes do início dos trabalhos.

18.9.10 No local onde se executa a concretagem, somente deve permanecer a equipe indispensável para a

execução dessa tarefa.

18.9.11 Os vibradores de imersão e de placas devem ter dupla isolação e os cabos de ligação ser protegidos

contra choques mecânicos e cortes pela ferragem, devendo ser inspecionados antes e durante a utilização.

18.9.12 As caçambas transportadoras de concreto devem ter dispositivos de segurança que impeçam o seu

descarregamento acidental.

18.10 Estruturas Metálicas

18.10.1 As peças devem estar previamente fixadas antes de serem soldadas, rebitadas ou parafusadas.

18.10.2 Na edificação de estrutura metálica, abaixo dos serviços de rebitagem, parafusagem ou soldagem,

deve ser mantido piso provisório, abrangendo toda a área de trabalho situada no piso imediatamente inferior.

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18.10.3 O piso provisório deve ser montado sem frestas, a fim de se evitar queda de materiais ou

equipamentos.

18.10.4 Quando necessária a complementação do piso provisório, devem ser instaladas redes de proteção

junto às colunas.

18.10.5 Deve ficar à disposição do trabalhador, em seu posto de trabalho, recipiente adequado para depositar

pinos, rebites, parafusos e ferramentas.

18.10.6 As peças estruturais pré-fabricadas devem ter pesos e dimensões compatíveis com os equipamentos

de transportar e guindar.

18.10.7 Os elementos componentes da estrutura metálica não devem possuir rebarbas.

18.10.8 Quando for necessária a montagem, próximo às linhas elétricas energizadas, deve-se proceder ao

desligamento da rede, afastamento dos locais energizados, proteção das linhas, além do aterramento da

estrutura e equipamentos que estão sendo utilizados.

18.10.9 A colocação de pilares e vigas deve ser feita de maneira que, ainda suspensos pelo equipamento de

guindar, se executem a prumagem, marcação e fixação das peças.

18.11 Operações de Soldagem e Corte a Quente

18.11.1 As operações de soldagem e corte a quente somente podem ser realizadas por trabalhadores

qualificados.

18.11.2 Quando forem executadas operações de soldagem e corte a quente em chumbo, zinco ou materiais

revestidos de cádmio, será obrigatória a remoção por ventilação local exaustora dos fumos originados no

processo de solda e corte, bem como na utilização de eletrodos revestidos.

18.11.3 O dispositivo usado para manusear eletrodos deve ter isolamento adequado à corrente usada, a fim de

se evitar a formação de arco elétrico ou choques no operador.

18.11.4 Nas operações de soldagem e corte a quente, é obrigatória a utilização de anteparo eficaz para a

proteção dos trabalhadores circunvizinhos. O material utilizado nesta proteção deve ser do tipo incombustível.

18.11.5 Nas operações de soldagem ou corte a quente de vasilhame, recipiente, tanque ou similar, que

envolvam geração de gases confinados ou semiconfinados, é obrigatória a adoção de medidas preventivas

adicionais para eliminar riscos de explosão e intoxicação do trabalhador, conforme mencionado no item 18.20 -

Locais confinados.

18.11.6 As mangueiras devem possuir mecanismos contra o retrocesso das chamas na saída do cilindro e

chegada do maçarico.

18.11.7 É proibida a presença de substâncias inflamáveis e/ou explosivas próximo às garrafas de O2

(oxigênio).

18.11.8 Os equipamentos de soldagem elétrica devem ser aterrados.

18.11.9 Os fios condutores dos equipamentos, as pinças ou os alicates de soldagem devem ser mantidos longe

de locais com óleo, graxa ou umidade, e devem ser deixados em descanso sobre superfícies isolantes.

18.12 Escadas, Rampas e Passarelas

18.12.1 A madeira a ser usada para construção de escadas, rampas e passarelas deve ser de boa qualidade,

sem apresentar nós e rachaduras que comprometam sua resistência, estar seca, sendo proibido o uso de

pintura que encubra imperfeições.

18.12.2 As escadas de uso coletivo, rampas e passarelas para a circulação de pessoas e materiais devem ser

de construção sólida e dotadas de corrimão e rodapé.

18.12.3 A transposição de pisos com diferença de nível superior a 0,40m (quarenta centímetros) deve ser feita

por meio de escadas ou rampas.

18.12.4 É obrigatória a instalação de rampa ou escada provisória de uso coletivo para transposição de níveis

como meio de circulação de trabalhadores.

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18.12.5 Escadas.

18.12.5.1 As escadas provisórias de uso coletivo devem ser dimensionadas em função do fluxo de

trabalhadores, respeitando-se a largura mínima de 0,80 (oitenta centímetros), devendo ter pelo menos a cada

2,90m (dois metros e noventa centímetros) de altura um patamar intermediário.

18.12.5.1.1 Os patamares intermediários devem ter largura e comprimento, no mínimo, iguais à largura da

escada.

18.12.5.2 A escada de mão deve ter seu uso restrito para acessos provisórios e serviços de pequeno porte.

18.12.5.3 As escadas de mão poderão ter até 7,00m (sete metros) de extensão e o espaçamento entre os

degraus deve ser uniforme, variando entre 0,25m (vinte e cinco centímetros) a 0,30m (trinta centímetros).

18.12.5.4 É proibido o uso de escada de mão com montante único.

18.12.5.5 É proibido colocar escada de mão:

a) nas proximidades de portas ou áreas de circulação;

b) onde houver risco de queda de objetos ou materiais;

c) nas proximidades de aberturas e vãos.

18.12.5.6 A escada de mão deve:

a) ultrapassar em 1,00m (um metro) o piso superior;

b) ser fixada nos pisos inferior e superior ou ser dotada de dispositivo que impeça o seu escorregamento;

c) ser dotada de degraus antiderrapantes;

d) ser apoiada em piso resistente.

18.12.5.7 É proibido o uso de escada de mão junto a redes e equipamentos elétricos desprotegidos.

18.12.5.8 A escada de abrir deve ser rígida, estável e provida de dispositivos que a mantenham com abertura

constante, devendo ter comprimento máximo de 6,00m (seis metros), quando fechada.

18.12.5.9 A escada extensível deve ser dotada de dispositivo limitador de curso, colocado no quarto vão a

contar da catraca. Caso não haja o limitador de curso, quando estendida, deve permitir uma sobreposição de

no mínimo 1,00m (um metro).

18.12.5.10 A escada fixa, tipo marinheiro, com 6,00 (seis metros) ou mais de altura, deve ser provida de gaiola

protetora a partir de 2,00m (dois metros) acima da base até 1,00m (um metro) acima da última superfície de

trabalho.

18.12.5.10.1 Para cada lance de 9,00m (nove metros), deve existir um patamar intermediário de descanso,

protegido por guarda-corpo e rodapé.

18.12.6 Rampas e passarelas.

18.12.6.1 As rampas e passarelas provisórias devem ser construídas e mantidas em perfeitas condições de

uso e segurança.

18.12.6.2 As rampas provisórias devem ser fixadas no piso inferior e superior, não ultrapassando 30º (trinta

graus) de inclinação em relação ao piso.

18.12.6.3 Nas rampas provisórias, com inclinação superior a 18º (dezoito graus), devem ser fixadas peças

transversais, espaçadas em 0,40m (quarenta centímetros), no máximo, para apoio dos pés.

18.12.6.4 As rampas provisórias usadas para trânsito de caminhões devem ter largura mínima de 4,00m

(quatro metros) e ser fixadas em suas extremidades.

18.12.6.5 Não devem existir ressaltos entre o piso da passarela e o piso do terreno.

18.12.6.6 Os apoios das extremidades das passarelas devem ser dimensionados em função do comprimento

total das mesmas e das cargas a que estarão submetidas.

18.13 Medidas de Proteção contra Quedas de Altura

18.13.1 É obrigatória a instalação de proteção coletiva onde houver risco de queda de trabalhadores ou de

projeção e materiais.

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18.13.2 As aberturas no piso devem ter fechamento provisório resistente.

18.13.2.1 As aberturas, em caso de serem utilizadas para o transporte vertical de materiais e equipamentos,

devem ser protegidas por guarda-corpo fixo, no ponto de entrada e saída de material, e por sistema de

fechamento do tipo cancela ou similar.

18.13.3 Os vãos de acesso às caixas dos elevadores devem ter fechamento provisório de, no mínimo, 1,20m

(um metro e vinte centímetros) de altura, constituído de material resistente e seguramente fixado à estrutura,

até a colocação definitiva das portas.

18.13.4 É obrigatória, na periferia da edificação, a instalação de proteção contra queda de trabalhadores e

projeção de materiais a partir do início dos serviços necessários à concretagem da primeira laje.

18.13.5 A proteção contra quedas, quando constituída de anteparos rígidos, em sistema de guarda-corpo e

rodapé, deve atender aos seguintes requisitos:

a) ser construída com altura de 1,20m (um metro e vinte centímetros) para o travessão superior e 0,70m

(setenta centímetros) para o travessão intermediário;

b) ter rodapé com altura de 0,20m (vinte centímetros);

c) ter vãos entre travessas preenchidos com tela ou outro dispositivo que garanta o fechamento seguro da

abertura.

18.13.6 Em todo perímetro da construção de edifícios com mais de 4 (quatro) pavimentos ou altura equivalente,

é obrigatória a instalação de uma plataforma principal de proteção na altura da primeira laje que esteja, no

mínimo, um pé-direito acima do nível do terreno.

18.13.6.1 Essa plataforma deve ter, no mínimo, 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) de projeção

horizontal da face externa da construção e 1 (um) complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de extensão,

com inclinação de 45º (quarenta e cinco graus), a partir de sua extremidade.

18.13.6.2 A plataforma deve ser instalada logo após a concretagem da laje a que se refere e retirada, somente,

quando o revestimento externo do prédio acima dessa plataforma estiver concluído.

18.13.7 Acima e a partir da plataforma principal de proteção, devem ser instaladas, também, plataformas

secundárias de proteção, em balanço, de 3 (três) em 3 (três) lajes.

18.13.7.1 Essas plataformas devem ter, no mínimo, 1,40m (um metro e quarenta centímetros) de balanço e um

complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de extensão, com inclinação de 45º (quarenta e cinco graus), a

partir de sua extremidade.

18.13.7.2 Cada plataforma deve ser instalada logo após a concretagem da laje a que se refere e retirada,

somente, quando a vedação da periferia, até a plataforma imediatamente superior, estiver concluída.

18.13.8 Na construção de edifícios com pavimentos no subsolo, devem ser instaladas, ainda, plataformas

terciárias de proteção, de 2 (duas) em 2 (duas) lajes, contadas em direção ao subsolo e a partir da laje

referente à instalação da plataforma principal de proteção.

18.13.8.1 Essas plataformas devem ter, no mínimo, 2,20m (dois metros e vinte centímetros) de projeção

horizontal da face externa da construção e um complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de extensão, com

inclinação de 45º (quarenta e cinco graus), a partir de sua extremidade, devendo atender, igualmente, ao

disposto no subitem 18.13.7.2.

18.13.9 O perímetro da construção de edifícios, além do disposto nos subitens 18.13.6 e 18.13.7, deve ser

fechado com tela a partir da plataforma principal de proteção.

18.13.9.1 A tela deve constituir-se de uma barreira protetora contra projeção de materiais e ferramentas.

18.13.9.2 A tela deve ser instalada entre as extremidades de 2 (duas) plataformas de proteção consecutivas,

só podendo ser retirada quando a vedação da periferia, até a plataforma imediatamente superior, estiver

concluída.

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18.13.10 Em construções em que os pavimentos mais altos forem recuados, deve ser considerada a primeira

laje do corpo recuado para a instalação de plataforma principal de proteção e aplicar o disposto nos subitens

18.13.7 e 18.13.9.

18.13.11 As plataformas de proteção devem ser construídas de maneira resistente e mantidas sem sobrecarga

que prejudique a estabilidade de sua estrutura.

18.13.12 Redes de Segurança (Incluído pela Portaria SIT n.º 157, de 10 de abril de 2006)

18.13.12.1 Como medida alternativa ao uso de plataformas secundárias de proteção, previstas no item 18.13.7

desta norma regulamentadora, pode ser instalado Sistema Limitador de Quedas de Altura, com a utilização de

redes de segurança.

18.13.12.2 O Sistema Limitador de Quedas de Altura deve ser composto, no mínimo, pelos seguintes

elementos:

a) rede de segurança;

b) cordas de sustentação ou de amarração e perimétrica da rede;

c) conjunto de sustentação, fixação e ancoragem e acessórios de rede, composto de:

I. Elemento forca;

II. Grampos de fixação do elemento forca;

III. Ganchos de ancoragem da rede na parte inferior.

18.13.12.3 Os elementos de sustentação não podem ser confeccionados em madeira.

18.13.12.4 As cordas de sustentação e as perimétricas devem ter diâmetro mínimo de 16mm (dezesseis

milímetros) e carga de ruptura mínima de 30 KN (trinta quilonewtons), já considerado, em seu cálculo, fator de

segurança 2 (dois).

18.13.12.5 O Sistema Limitador de Quedas de Altura deve ter, no mínimo, 2,50 m (dois metros e cinqüenta

centímetros) de projeção horizontal a partir da face externa da construção.

18.13.12.6 Na parte inferior do Sistema Limitador de Quedas de Altura, a rede deve permanecer o mais

próximo possível do plano de trabalho.

18.13.12.7 Entre a parte inferior do Sistema Limitador de Quedas de Altura e a superfície de trabalho deve ser

observada uma altura máxima de 6,00 m (seis metros).

18.13.12.8 A extremidade superior da rede de segurança deve estar situada, no mínimo, 1,00m (um metro)

acima da superfície de trabalho.

18.13.12.9 As redes devem apresentar malha uniforme em toda a sua extensão.

18.13.12.10 Quando necessárias emendas na panagem da rede, devem ser asseguradas as mesmas

características da

rede original, com relação à resistência à tração e à deformação, além da durabilidade, sendo proibidas

emendas com sobreposições da rede.

18.13.12.10.1 As emendas devem ser feitas por profissionais com qualificação e especialização em redes, sob

supervisão de profissional legalmente habilitado.

18.13.12.11 A distância entre os pontos de ancoragem da rede e a face do edifício deve ser no máximo de 0,10

m (dez centímetros).

18.13.12.12 A rede deve ser ancorada à estrutura da edificação, na sua parte inferior, no máximo a cada 0,50m

(cinqüenta centímetros).

18.13.12.13 A estrutura de sustentação deve ser projetada de forma a evitar que as peças trabalhem folgadas.

18.13.12.14 A distância máxima entre os elementos de sustentação tipo forca deve ser de 5m (cinco metros).

18.13.12.15 A rede deve ser confeccionada em cor que proporcione contraste, preferencialmente escura, em

cordéis 30/45, com distância entre nós de 0,04m (quarenta milímetros) a 0,06m (sessenta milímetros) e altura

mínima de 10,00m (dez metros).

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18.13.12.16 A estrutura de sustentação deve ser dimensionada por profissional legalmente habilitado.

18.13.12.16.1 Os ensaios devem ser realizados com base no item 18.13.12.25 desta norma regulamentadora.

18.13.12.17 O Sistema de Proteção Limitador de Quedas de Altura deve ser submetido a uma inspeção

semanal, para verificação das condições de todos os seus elementos e pontos de fixação.

18.13.12.17.1 Após a inspeção semanal, devem ser efetuadas as correções necessárias.

18.13.12.18 As redes do Sistema de Proteção Limitador de Quedas de Altura devem ser armazenadas em local

apropriado, seco e acondicionadas em recipientes adequados.

18.13.12.19 Os elementos de sustentação do Sistema de Proteção Limitador de Quedas de Altura e seus

acessórios devem ser armazenados em ambientes adequados e protegidos contra deterioração.

18.13.12.20 Os elementos de sustentação da rede no Sistema de Proteção Limitador de Quedas em Altura não

podem ser utilizados para outro fim.

18.13.12.21 Os empregadores que optarem pelo Sistema de Proteção Limitador de Quedas em Altura devem

providenciar projeto que atenda às especificações de dimensionamento previstas nesta Norma

Regulamentadora, integrado ao Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da

Construção - PCMAT.

18.13.12.21.1 O projeto deve conter o detalhamento técnico descritivo das fases de montagem, deslocamento

do Sistema durante a evolução da obra e desmontagem.

18.13.12.21.2 O projeto deve ser assinado por profissional legalmente habilitado.

18.13.12.22 O Sistema de Proteção Limitador de Quedas em Altura deve ser utilizado até a conclusão dos

serviços de estrutura e vedação periférica.

18.13.12.23 As fases de montagem, deslocamento e desmontagem do sistema devem ser supervisionadas

pelo responsável técnico pela execução da obra.

18.13.12.24 É facultada a colocação de tecidos sobre a rede, que impeçam a queda de pequenos objetos,

desde que prevista no projeto do Sistema Limitador de Quedas de Altura.

18.13.12.25 As redes de segurança devem ser confeccionadas de modo a atender aos testes previstos nas

Normas EM 1263-1 e EN 1263-2.

18.13.12.26 Os requisitos de segurança para a montagem das redes devem atender às Normas EN 1263-1 e

EM 1263-2.

18.14 Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas

(Item 18.14.1 ao 18.14.23.6 com redação dada pela Portaria SIT n.º 224, de 06 de maio de 2011)

18.14.1 As disposições deste item aplicam-se à instalação, montagem, desmontagem, operação, teste,

manutenção e reparos em equipamentos de transporte vertical de materiais e de pessoas em canteiros de

obras ou frentes de trabalho. (Alterado pela Portaria SIT n.º 296, de 16 de dezembro de 2011)

18.14.1.1 Os equipamentos de transporte vertical de materiais e de pessoas devem ser dimensionados por

profissional legalmente habilitado.

18.14.1.2 Os equipamentos de transporte vertical de materiais e pessoas devem ser projetados,

dimensionados e especificados tecnicamente por profissional legalmente habilitado.

(Redação vigente até 09/05/2015 - Vide Portaria MTE n.º 644, 09 de maio de 2013)

“Os elevadores de transporte vertical de material ou de pessoas devem atender às normas técnicas vigentes

no país e, na sua falta, às normas técnicas internacionais vigentes”.

(Redação vigente a partir de 10/05/2015 - Vide Portaria MTE n.º 644, 09 de maio de 2013)

18.14.1.3 Os serviços de instalação, montagem, desmontagem e manutenção devem ser executados por

profissionais qualificados e sob a supervisão de profissional legalmente habilitado.

18.14.1.3.1 A qualificação do montador e do responsável pela manutenção deve ser atualizada anualmente e

os mesmos devem estar devidamente identificados.

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18.14.1.4 Toda empresa fabricante, locadora ou prestadora de serviços em instalação, montagem,

desmontagem e manutenção, seja do equipamento em seu conjunto ou de parte dele, deve ser registrada no

Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA e estar sob responsabilidade de

profissional legalmente habilitado com atribuição técnica compatível.

18.14.1.5 Os elevadores tracionados a cabo, fabricados após doze meses da publicação deste item, devem ter

os painéis laterais, os contra-ventos, a cabine, o guincho de tração e o freio de emergência identificados de

forma indelével pelo fabricante, importador ou locador.

18.14.1.6 Toda empresa usuária de equipamentos de movimentação e transporte de materiais e ou pessoas

deve possuir o seu “Programa de Manutenção Preventiva” conforme recomendação do locador, importador ou

fabricante.

18.14.1.6.1 O Programa de Manutenção Preventiva deve ser mantido junto ao Livro de Inspeção do

Equipamento.

18.14.1.7 O uso dos elevadores após sua montagem ou manutenções sucessivas deve ser precedido de

Termo de Entrega Técnica, elaborado por profissional legalmente habilitado, prevendo a verificação

operacional e de segurança, respeitando os parâmetros indicados pelo fabricante, que deverá ser anexado ao

Livro de Inspeção do Equipamento.

18.14.1.8 A Entrega Técnica Inicial dos elevadores e respectivos relatórios de manutenção deve ser feita para

o responsável técnico da obra e constar do Livro de Inspeção do Equipamento. (Alterado pela Portaria SIT n.º

296, de 16 de dezembro de 2011)

18.14.1.9 Os elevadores tracionados a cabo ou cremalheira devem possuir chave de partida e bloqueio que

impeça o seu acionamento por pessoas não autorizadas.

18.14.1.10 (Revogado pela Portaria SIT n.º 296, de 16 de dezembro de 2011)

18.14.1.11 É proibido o uso de chave do tipo comutadora e/ou reversora para comando elétrico de subida,

descida ou parada. (Inserido pela Portaria SIT n.º 296, de 16 de dezembro de 2011)

18.14.1.12 Todos os componentes elétricos ou eletrônicos que fiquem expostos ao tempo devem ter proteção

contra intempéries. (Inserido pela Portaria SIT n.º 296, de 16 de dezembro de 2011)

18.14.1.13 Deve ser realizado teste dos freios de emergência dos elevadores na entrega para início de

operação e, no máximo, a cada noventa dias, devendo o laudo referente a estes testes ser devidamente

assinado pelo responsável técnico pela manutenção do equipamento e os parâmetros utilizados devem ser

anexados ao Livro de Inspeção do Equipamento existente na obra. (Inserido pela Portaria SIT n.º 296, de 16 de

dezembro de 2011)

18.14.2 Todos os equipamentos de movimentação e transporte de materiais e pessoas só devem ser operados

por trabalhador qualificado, o qual terá sua função anotada em carteira de trabalho.

18.14.2.1 Os operadores devem ter ensino fundamental completo e devem receber qualificação e treinamento

específico no equipamento, com carga horária mínima de dezesseis horas e atualização anual com carga

horária mínima de quatro horas.

18.14.2.1.1 Aos operadores que possuírem experiência comprovada em CTPS, anterior a maio de 2011, é

dispensada a exigência de ensino fundamental completo. (Inserido pela Portaria SIT n.º 296, de 16 de

dezembro de 2011)

18.14.2.2 São atribuições do operador:

a) manter o posto de trabalho limpo e organizado;

b) instruir e verificar a carga e descarga de material e pessoas dentro da cabine;

c) comunicar e registrar ao engenheiro responsável da obra qualquer anomalia no equipamento;

d) acompanhar todos os serviços de manutenção enquanto executados no equipamento.

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18.14.3 Devem ser observados os seguintes requisitos de segurança durante a execução dos serviços de

montagem, desmontagem, ascensão e manutenção do elevador:

a) isolamento da área de trabalho;

b) proibição da execução de outras atividades nas periferias das fachadas onde estão sendo executados os

serviços;

c) proibição de execução deste tipo de serviço em dias de condições meteorológicas não favoráveis como

chuva, relâmpagos, ventanias, etc.

18.14.4 Quando o local de lançamento de concreto não for visível pelo operador do equipamento de transporte

ou bomba de concreto, deve ser utilizado um sistema de sinalização, sonoro ou visual, e, quando isso não for

possível deve haver comunicação por telefone ou rádio para determinar o início e o fim do transporte.

18.14.5 No transporte e descarga de materiais, perfis, vigas e elementos estruturais é proibida a circulação ou

permanência de pessoas sob a área de movimentação da carga e devem ser adotadas medidas preventivas

quanto à sinalização e isolamento da área.

18.14.6 Os acessos da obra devem estar desimpedidos, possibilitando a movimentação dos equipamentos de

guindar e transportar.

18.14.7 Os equipamentos de guindar e transportar materiais e pessoas devem ser vistoriados diariamente,

antes do inicio dos serviços, pelo operador, conforme orientação dada pelo responsável técnico do

equipamento, atendidas as recomendações do manual do fabricante, devendo ser registrada a vistoria em livro

de inspeção do equipamento.

(Alterado pela Portaria SIT n.º 296, de 16 de dezembro de 2011)

18.14.8 Na movimentação e transporte de estruturas, placas e outros pré-moldados, bem como cargas em

geral, devem ser tomadas todas as medidas preventivas que garantam a sua estabilidade.

18.14.9 Todas as manobras de movimentação devem ser executadas por trabalhador qualificado e por meio de

dispositivos eficientes de comunicação e, na impossibilidade ou necessidade, por meio de códigos de sinais.

18.14.10 Devem ser tomadas precauções especiais quando da movimentação de materiais, máquinas e

equipamentos próximos às redes elétricas.

18.14.11 O levantamento manual ou semimecanizado de cargas deve ser executado de forma que o esforço

físico realizado pelo trabalhador seja compatível com a sua capacidade de força, conforme a NR-17

(Ergonomia).

18.14.12 Os guinchos de coluna ou similar (tipo "Velox") devem ser providos de dispositivo próprios para sua

fixação.

18.14.13 O tambor do guincho de coluna deve estar nivelado para garantir o enrolamento adequado do cabo.

18.14.14 A distância entre a roldana livre e o tambor do guincho do elevador tracionado a cabo deve estar

compreendida entre 2,5 m e 3,0 m de eixo a eixo.

18.14.15 Deve ser instalada uma proteção resistente desde a roldana livre até o tambor do guincho de forma a

evitar o contato acidental com suas partes, sendo a área isolada por anteparos rígidos de modo a impedir a

circulação de trabalhadores.

18.14.16 O guincho do elevador deve ser dotado de chave de partida e bloqueio que impeça o seu

acionamento por pessoa não autorizada.

18.14.17 Em qualquer posição da cabina do elevador, o cabo de tração deve dispor, no mínimo, de seis voltas

enroladas no tambor.

18.14.18 Os elevadores de caçamba devem ser utilizados apenas para o transporte de material a granel.

18.14.19 É proibido o transporte de pessoas por equipamento de guindar não projetado para este fim.

18.14.20 Os equipamentos de transportes de materiais devem possuir dispositivos que impeçam a descarga

acidental do material transportado.

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18.14.21 Torres de Elevadores

18.14.21.1 As torres de elevadores devem ser dimensionadas em função das cargas a que estarão sujeitas.

18.14.21.1.1 É proibido o uso de elevadores com torre de elevador e/ou cabine de madeira.

18.14.21.2 As torres dos elevadores devem ser montadas e desmontadas por trabalhadores qualificados.

18.14.21.3 As torres dos elevadores devem estar afastadas das redes elétricas ou estar isoladas conforme

normas específicas da concessionária local.

18.14.21.4 As torres dos elevadores devem ser montadas de maneira que a distância entre a face da cabina e

a face da edificação seja de, no máximo, sessenta centímetros.

18.14.21.4.1 Para distâncias maiores, as cargas e os esforços solicitantes originados pelas rampas deverão ser

considerados no dimensionamento e especificação da torre do elevador.

18.14.21.5 A base onde estão instalados o guincho, o suporte da roldana livre e a torre dos elevadores

tracionados a cabo, deve ser de concreto, nivelada, rígida e dimensionada por profissional legalmente

habilitado, de modo a suportar as cargas a que estará sujeita.

18.14.21.6 Os elementos estruturais componentes da torre do elevador devem estar em condições de

utilização, sem apresentar estado de corrosão ou deformação que possam comprometer sua estabilidade.

18.14.21.7 As torres para elevadores de caçamba devem ser dotadas de dispositivos que mantenham a

caçamba em equilíbrio.

18.14.21.8 Os parafusos de pressão dos painéis laterais devem ser apertados e os contraventos

contrapinados.

18.14.21.9 Para elevadores tracionados a cabo ou do tipo cremalheira a quantidade e tipo de amarração deve

ser especificada pelo fabricante ou pelo profissional legalmente habilitado responsável pelo equipamento.

18.14.21.10 A altura livre para trabalho após amarração na última laje concretada deve ser:

a) nos elevadores tracionados a cabo, com a cabina nivelada no último pavimento concretado, a distância entre

a viga da cabina e a viga superior da torre do elevador deve estar compreendida entre quatro e seis metros,

sendo que para os elevadores com caçamba automática, esta distância deve ser aumentada em dois metros;

b) nos elevadores do tipo cremalheira, a altura da torre após o último pavimento concretado será determinada

pelo fabricante, em função do tipo de torre e seus acessórios de amarração.

18.14.21.11 O trecho da torre do elevador acima da última laje deve ser mantido estaiado observando-se o

seguinte:

a) nos elevadores tracionados a cabo, pelos montantes posteriores, de modo a evitar o tombamento da torre no

sentido contrário à edificação;

b) nos elevadores do tipo cremalheira, conforme especificações do fabricante.

18.14.21.11.1 Nos elevadores do tipo cremalheira o último elemento da torre do elevador deve ser montado

com a régua de cremalheira invertida, de modo a evitar o tracionamento da cabina.

18.14.21.12 A torre e o guincho do elevador devem ser aterrados eletricamente.

18.14.21.13 Em todos os acessos de entrada à torre do elevador deve ser instalada uma barreira que tenha, no

mínimo, um metro e oitenta centímetros de altura, impedindo que pessoas exponham alguma parte de seu

corpo no interior da mesma.

18.14.21.14 A torre do elevador deve ser dotada de proteção e sinalização, de forma a proibir a circulação de

trabalhadores através da mesma.

18.14.21.15 As torres de elevadores de materiais devem ter suas faces revestidas com tela de arame

galvanizado ou material de resistência e durabilidade equivalentes.

18.14.21.15.1 Nos elevadores de materiais, onde a cabina for fechada por painéis fixos de, no mínimo, dois

metros de altura, e dotada de um único acesso, o entelamento da torre é dispensável.

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18.14.21.16 As torres do elevador de material e do elevador de passageiros devem ser equipadas com

dispositivo de segurança que impeça a abertura da barreira (cancela), quando o elevador não estiver no nível

do pavimento.

(Redação vigente até 10/05/2015 - Vide Portaria MTE n.º 644, 09 de maio de 2013)

“As torres do elevador de material e do elevador de passageiros devem ser equipadas com chaves de

segurança com ruptura positiva que dificulte a burla e impeça a abertura da barreira (cancela), quando o

elevador não estiver no nível do pavimento.” (Redação vigente a partir de 10/05/2015 - Vide Portaria MTE n.º

644, 09 de maio de 2013)

18.14.21.17 As rampas de acesso à torre de elevador devem:

a) ser providas de sistema de guarda-corpo e rodapé, conforme subitem 18.13.5;

b) ter pisos de material resistente, sem apresentar aberturas;

c) não ter inclinação descendente no sentido da torre;

d) ser fixadas à estrutura do prédio ou da torre, nos elevadores tracionados a cabo;

e) nos elevadores de cremalheira a rampa pode estar fixada à cabine de forma articulada.

18.14.21.18 Deve haver altura livre de no mínimo dois metros sobre a rampa.

18.14.21.19 As cabines dos elevadores tracionados a cabo devem possuir sistema de guias que dispensem a

utilização de graxa nos tubos-guias da torre do elevador. (Alterado pela Portaria SIT n.º 224, de 06 de maio de

2011)

18.14.21.20 Os eixos de saída do redutor e do carretel, nos elevadores tracionados a cabo, devem ser

identificados de maneira a permitir sua rastreabilidade. (Alterado pela Portaria SIT n.º 296, de 16 de dezembro

de 2011)

18.14.21.21 Devem ser mantidos atualizados os laudos de ensaios não destrutivos dos eixos de saída do

redutor e do carretel, nos elevadores de tração a cabo, sendo a periodicidade definida por profissional

legalmente habilitado, obedecidos os prazos máximos previstos pelo fabricante no manual de manutenção do

equipamento. (Alterado pelaPortaria SIT n.º 296, de 16 de dezembro de 2011)

18.14.22 Elevadores de Transporte de Materiais

18.14.22.1 É proibido o transporte de pessoas nos elevadores de materiais tracionados a cabo, com exceção

dos elevadores do tipo cremalheira onde somente o operador e o responsável pelo material a ser transportado

podem subir junto com a carga, desde que fisicamente isolados da mesma.

18.14.22.1.1 É proibido:

a) transportar materiais com dimensões maiores que as dimensões internas da cabine no elevador tipo

cremalheira;

b) transportar materiais apoiados nas portas da cabine;

c) transportar materiais do lado externo da cabine, exceto nas operações de montagem e desmontagem do

elevador;

d) transportar material a granel sem acondicionamento apropriado;

e) adaptar a instalação de qualquer equipamento ou dispositivo para içamento de materiais em qualquer parte

da cabina ou da torre do elevador, salvo se houver projeto específico do fabricante que, neste caso deve estar

à disposição da fiscalização no local da utilização do equipamento.

18.14.22.2 Deve ser fixada uma placa no interior do elevador de material, contendo a indicação de carga

máxima e a proibição de transporte de pessoas.

18.14.22.3 O posto de trabalho do guincheiro deve ser isolado, dispor de proteção segura contra queda de

materiais, e os assentos utilizados devem atender ao disposto na NR-17 (Ergonomia).

18.14.22.4 Os elevadores de materiais tracionados a cabo devem dispor:

a) sistema de frenagem automática;

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b) sistema de segurança eletromecânica instalado a dois metros abaixo da viga superior da torre do elevador;

(Redação vigente até 09/05/2015 - Vide Portaria MTE n.º 644, 09 de maio de 2013)“sistema de segurança

eletromecânica monitorado através de interface de segurança no limite superior, instalado a

dois metros abaixo da viga superior da torre do elevador;” (Redação vigente a partir de 10/05/2015 - Vide

Portaria MTE n.º 644, 09 de maio de 2013)

c) sistema de trava de segurança para mantê-lo parado em altura, além do freio do motor;

d) interruptor de corrente para que só se movimente com portas ou painéis fechados;

(Redação vigente até 09/05/2015 - Vide Portaria MTE n.º 644, 09 de maio de 2013)

“intertravamento das proteções com o sistema elétrico, através de chaves de segurança com ruptura positiva,

que garantam que só se movimentem quando as portas, painéis e cancelas estiverem fechadas;”

(Redação vigente a partir de 10/05/2015 - Vide Portaria MTE n.º 644, 09 de maio de 2013)

e) sistema que impeça a movimentação do equipamento quando a carga ultrapassar a capacidade permitida.

(Alterada pela Portaria SIT n.º 224, de 06 de maio de 2011 - Vide prazo no art. 2º da Portaria MTE n.º 644, 09

de maio de 2013)

18.14.22.5 Todo serviço executado no elevador deve ser registrado no “Livro de Inspeção do Elevador” o qual

deverá acompanhar o equipamento e estar sobre a responsabilidade do contratante.

18.14.22.6 O elevador deve contar com dispositivo de tração na subida e descida, de modo a impedir a descida

da cabina em queda livre (banguela).

18.14.22.7 Os elevadores de materiais devem ser dotados de botão em cada pavimento para acionar lâmpada

ou campainha junto ao guincheiro a fim de garantir comunicação única através de painel de controle de

identificação de chamada.

18.14.22.8 Os elevadores de materiais devem ser providos, nas laterais, de painéis fixos de contenção com

altura em torno de um metro e, nas demais faces, de portas ou painéis removíveis.

18.14.22.9 Os elevadores de materiais de tração a cabo devem ser dotados de cobertura fixa, basculável ou

removível.

18.14.23 Elevadores de Passageiros

18.14.23.1 Nos edifícios em construção com oito ou mais pavimentos a partir do térreo ou altura equivalente é

obrigatória a instalação de pelo menos um elevador de passageiros devendo seu percurso alcançar toda a

extensão vertical da obra.

18.14.23.1.1 O elevador de passageiros deve ser instalado a partir da conclusão da laje de piso do quinto

pavimento ou altura equivalente.

18.14.23.2 É proibido o transporte simultâneo de carga e passageiros nos elevadores tracionados a cabo.

18.14.23.2.1 Quando ocorrer o transporte de carga nos elevadores de tração a cabo, o comando do elevador

deve ser externo.

18.14.23.2.2 Em caso de utilização de elevador de passageiros para transporte de cargas ou materiais, não

simultâneo, deverá haver sinalização por meio de cartazes em seu interior, onde conste de forma visível, os

seguintes dizeres, ou outros que traduzam a mesma mensagem: “É PERMITIDO O USO DESTE ELEVADOR

PARA TRANSPORTE DE MATERIAL, DESDE QUE NÃO REALIZADO SIMULTÂNEO COM O TRANSPORTE

DE PESSOAS.”

18.14.23.2.3 Quando o elevador de passageiros for utilizado para o transporte de cargas e materiais, não

simultaneamente, e for o único da obra, será instalado a partir do pavimento térreo.

18.14.23.2.4 O transporte de passageiros terá prioridade sobre o de carga ou de materiais.

18.14.23.3 O elevador de passageiros deve dispor de:

a) interruptor nos fins de curso superior e inferior, conjugado com freio automático eletromecânico;

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(Redação vigente até 09/05/2015 - Vide Portaria MTE n.º 644, 09 de maio de 2013) “interruptor nos fins de

curso superior e inferior monitorado através de interface de segurança;” (Redação vigente a partir de

10/05/2015 - Vide Portaria MTE n.º 644, 09 de maio de 2013)

b) sistema de frenagem automática, a ser acionado em caso de ruptura do cabo de tração ou, em outras

situações que possam gerar a queda livre da cabine;

c) sistema de segurança eletromecânico situado a dois metros abaixo da viga superior da torre, ou outro

sistema que impeça o choque da cabine com esta viga; (Redação vigente até 09/05/2015 - Vide Portaria MTE

n.º 644, 09 de maio de 2013) “sistema de segurança situado a dois metros abaixo da viga superior da torre,

monitorado através de interface de segurança, ou outro sistema com a mesma categoria de segurança que

impeça o choque da cabine com esta viga;” (Redação vigente a partir de 10/05/2015 - Vide Portaria MTE n.º

644, 09 de maio de 2013)

d) interruptor de corrente, para que se movimente apenas com as portas fechadas; (Redação vigente até

09/05/2015 - Vide Portaria MTE n.º 644, 09 de maio de 2013) “intertravamento das proteções com o sistema

elétrico, através de chaves de segurança com ruptura positiva, que garantam que só se movimentem quando

as portas, painéis e cancelas estiverem fechadas;” (Redação vigente a partir de 10/05/2015 - Vide Portaria

MTE n.º 644, 09 de maio de 2013)

e) cabina metálica com porta

f) freio manual situado na cabina, interligado ao interruptor de corrente que quando acionado desligue o motor.

g) sistema que impeça a movimentação do equipamento quando a carga ultrapassar a capacidade permitida.

(Alterada pela Portaria SIT n.º 224, de 06 de maio de 2011 - Vide prazo no art. 2º da Portaria MTE n.º 644, 09

de maio de 2013)

18.14.23.4 Todo serviço executado no elevador deve ser registrado no Livro de Inspeção do Elevador, o qual

deverá acompanhar o equipamento e estar sob a responsabilidade do contratante.

18.14.23.5 A cabina do elevador automático de passageiros deve ter iluminação e ventilação natural ou artificial

durante o uso e indicação do número máximo de passageiros e peso máximo equivalente em quilogramas

(Kg).

18.14.23.6 É proibido o uso de frenagem da cabina por sistema do tipo viga flutuante para elevadores de

materiais e ou passageiros, cujo princípio de acionamento ocorra por monitoramento da tensão do cabo de aço

de tração.

18.14.23.7 São permitidas por 12 meses, contados da publicação desta portaria, a instalação e a utilização de

elevador de passageiros tracionado com um único cabo, desde que atendidas às disposições da NR-18.

(Inserido pela Portaria MTE n.º 644, de 09 de maio de 2013)

18.14.23.7.1 Terminado o prazo estabelecido no subitem 18.14.23.7, os elevadores de passageiros tracionados

a cabo somente poderão ser utilizados nas seguintes condições: (Inserido pela Portaria MTE n.º 644, de 09 de

maio de 2013)

a) as obras que já tenham instalados elevadores de passageiros tracionados com um único cabo poderão

continuar utilizando por mais 12 meses, desde que atendam às disposições desta NR.

b) somente podem ser instalados elevadores de passageiros tracionados a cabo que atendam ao disposto na

norma ABNT NBR 16.200:2013, ou alteração posterior, além das disposições desta NR.

18.14.23.7.2 As disposições do item 18.14.23.7 e seus subitens não se aplicam a elevadores definitivos

tracionados a cabo utilizados para transporte vertical de pessoas, nem a elevadores provisórios tracionados a

cabo para transporte de materiais. (Inserido pela Portaria MTE n.º 644, de 09 de maio de 2013)

18.14.24 Gruas

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18.14.24.1 A ponta da lança e o cabo de aço de levantamento da carga devem ficar, no mínimo, a 3m (três

metros) de qualquer obstáculo e ter afastamento da rede elétrica que atenda à orientação da concessionária

local.

18.14.24.1.1 Para distanciamentos inferiores a 3m (três metros), a interferência deverá ser objeto de análise

técnica, por profissional habilitado, dentro do plano de cargas. (Incluído pela Portaria SIT n.º 114 de 17 de

janeiro de 2005)

18.14.24.1.2 A área de cobertura da grua, bem como interferências com áreas além do limite da obra, deverão

estar previstas no plano de cargas respectivo. (Incluído pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005)

18.14.24.2 É proibida a utilização de gruas para o transporte de pessoas. (Alterado pela Portaria SIT n.º 114,

de 17 de janeiro de 2005)

18.14.24.3 O posicionamento da primeira ancoragem, bem como o intervalo entre ancoragens posteriores,

deve seguir as especificações do fabricante, fornecedor ou empresa responsável pela montagem do

equipamento, mantendo disponível no local as especificações atinentes aos esforços atuantes na estrutura da

ancoragem e do edifício. (Alterado pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005)

18.14.24.4 Antes da entrega ou liberação para início de trabalho com utilização de grua, deve ser elaborado um

Termo de Entrega Técnica prevendo a verificação operacional e de segurança, bem como o teste de carga,

respeitando-se os parâmetros indicados pelo fabricante. (Alterado pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de

2005)

18.14.24.5 A operação da grua deve se desenvolver de conformidade com as recomendações do fabricante.

18.14.24.5.1 Toda grua deve ser operada através de cabine acoplada à parte giratória do equipamento exceto

em caso de gruas automontantes ou de projetos específicos ou de operação assistida. (Incluído pela Portaria

SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005)

18.14.24.6 É proibido qualquer trabalho sob intempéries ou outras condições desfavoráveis que exponham os

trabalhadores a risco. (Alterado pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005)

18.14.24.6.1 A grua deve dispor de dispositivo automático com alarme sonoro que indique a ocorrência de

ventos superiores a 42 Km/h. (Incluído pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005)

18.14.24.6.2 Deve ser interrompida a operação com a grua quando da ocorrência de ventos com velocidade

superior a 42km/h. (Incluído pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005)

18.14.24.6.3 Somente poderá ocorrer trabalho sob condições de ventos com velocidade acima de 42 km/h

mediante operação assistida. (Incluído pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005)

18.14.24.6.4 Sob nenhuma condição é permitida a operação com gruas quando da ocorrência de ventos com

velocidade superior a 72 Km/h. (Incluído pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005)

18.14.24.7 A estrutura da grua deve estar devidamente aterrada de acordo com a NBR 5410 e procedimentos

da NBR 5419 e a respectiva execução de acordo com o item 18.21.1 desta NR. (Incluído pela Portaria SIT n.º

114, de 17 de janeiro de 2005)

18.14.24.8 Para operações de telescopagem, montagem e desmontagem de gruas ascensionais, o sistema

hidráulico deverá ser operado fora da torre. (Alterado pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005)

18.14.24.8.1 As gruas ascensionais só poderão ser utilizadas quando suas escadas de sustentação

dispuserem de sistema de fixação ou quadro-guia que garantam seu paralelismo. (Incluído pela Portaria SIT n.º

114, de 17 de janeiro de 2005)

18.14.24.8.2 Não é permitida a presença de pessoas no interior da torre de grua durante o acionamento do

sistema hidráulico. (Incluído pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005)

18.14.24.9 É proibida a utilização da grua para arrastar peças, içar cargas inclinadas ou em diagonal ou

potencialmente ancoradas como desforma de elementos pré-moldados. (Alterado pela Portaria SIT n.º 114, de

17 de janeiro de 2005)

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18.14.24.9.1 Nesse caso, o içamento por grua só deve ser iniciado quando as partes estiverem totalmente

desprendidas de qualquer ponto da estrutura ou do solo. (Incluído pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de

2005)

18.14.24.10 É proibida a utilização de travas de segurança para bloqueio de movimentação da lança quando a

grua não estiver em funcionamento.

18.14.24.10.1 Para casos especiais deverá ser apresentado projeto específico dentro das recomendações do

fabricante com respectiva ART – Anotação de Responsabilidade Técnica. (Incluído pela Portaria SIT n.º 114,

de 17 de janeiro de 2005)

18.14.24.11 A grua deve, obrigatoriamente, dispor dos seguintes itens de segurança: (Alterado pela Portaria

SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005)

a) limitador de momento máximo;

b) limitador de carga máxima para bloqueio do dispositivo de elevação;

c) limitador de fim de curso para o carro da lança nas duas extremidades;

d) limitador de altura que permita frenagem segura para o moitão;

e) alarme sonoro para ser acionado pelo operador em situações de risco e alerta, bem como de acionamento

automático, quando o limitador de carga ou momento estiver atuando;

f) placas indicativas de carga admissível ao longo da lança, conforme especificado pelo fabricante;

g) luz de obstáculo (lâmpada piloto);

h) trava de segurança no gancho do moitão;

i) cabos-guia para fixação do cabo de segurança para acesso à torre, lança e contra-lança;

j) limitador de giro, quando a grua não dispuser de coletor elétrico;

k) anemômetro;

l) dispositivo instalado nas polias que impeça o escape acidental do cabo de aço;

m) proteção contra a incidência de raios solares para a cabine do operador conforme disposto no item 18.22.4

desta NR;

n) limitador de curso para o movimento de translação de gruas instaladas sobre trilhos;

o) guarda-corpo, corrimão e rodapé nas transposições de superfície;

p) escadas fixas conforme disposto no item 18.12.5.10 desta NR;

q) limitadores de curso para o movimento da lança - item obrigatório para gruas de lança móvel ou retrátil.

18.14.24.11.1 Para movimentação vertical na torre da grua é obrigatório o uso de dispositivo trava-quedas.

(Incluído pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005)

18.14.24.12 As áreas de carga ou descarga devem ser isoladas somente sendo permitido o acesso às mesmas

ao pessoal envolvido na operação. (Alterado pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005)

18.14.24.13 Toda empresa fornecedora, locadora ou de manutenção de gruas deve ser registrada no CREA -

Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, para prestar tais serviços técnicos. (Alterado pela

Portaria SSST n.º 20, de 17 de abril de 1998)

18.14.24.13.1 A implantação, instalação, manutenção e retirada de gruas deve ser supervisionada por

engenheiro legalmente habilitado com vínculo à respectiva empresa e, para tais serviços, deve ser emitida ART

- Anotação de Responsabilidade Técnica. (Incluído pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005)

18.14.24.14 Todo dispositivo auxiliar de içamento (caixas, garfos, dispositivos mecânicos e outros),

independentemente da forma de contratação ou de fornecimento, deve atender aos seguintes requisitos:

(Incluído pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005)

a) dispor de maneira clara, quanto aos dados do fabricante e do responsável, quando aplicável;

b) ser inspecionado pelo sinaleiro ou amarrador de cargas, antes de entrar em uso;

c) dispor de projeto elaborado por profissional legalmente, mediante emissão de ART – Anotação de

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Responsabilidade Técnica – com especificação do dispositivo e descrição das características mecânicas

básicas do equipamento.

18.14.24.15 Toda grua que não dispuser de identificação do fabricante, não possuir fabricante ou importador

estabelecido ou, ainda, que já tenha mais de 20 (vinte) anos da data de sua fabricação, deverá possuir laudo

estrutural e operacional quanto à integridade estrutural e eletromecânica, bem como, atender às exigências

descritas nesta norma, inclusive com emissão de ART - Anotação de Responsabilidade Técnica – por

engenheiro legalmente habilitado. (Incluído pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005)

18.14.24.15.1 Este laudo deverá ser revalidado no máximo a cada 2 (dois) anos. (Incluído pela Portaria SIT n.º

114, de 17 de janeiro de 2005)

18.14.24.16 Não é permitida a colocação de placas de publicidade na estrutura da grua, salvo quando

especificado pelo fabricante do equipamento. (Incluído pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005)

18.14.24.17 A implantação e a operacionalização de equipamentos de guindar devem estar previstas em um

documento denominado “Plano de Cargas” que deverá conter, no mínimo, as informações constantes do

Anexo III

desta NR - “PLANO DE CARGAS PARA GRUAS”. (Incluído pela Portaria SIT n.º 114 de 17 de janeiro de 2005)

18.14.24.18 A implantação, instalação, manutenção e retirada de gruas deve ser supervisionada por

engenheiro legalmente habilitado com vínculo à respectiva empresa e, para tais serviços, deve ser emitida

Anotação de Responsabilidade Técnica - ART. (Incluído pela Portaria SIT n.º 224, de 06 de maio de 2011)

18.14.25 Elevadores de Cremalheira (Item 18.14.25.1 ao 18.14.25.8 com redação dada pela Portaria SIT n.º

224, de 06 de maio de 2011)

18.14.25.1 Os elevadores de cremalheira para transporte de pessoas e materiais deverão obedecer às

especificações do fabricante para montagem, operação, manutenção e desmontagem, e estar sob

responsabilidade de profissional legalmente habilitado.

18.14.25.2 Os manuais de orientação do fabricante deverão estar à disposição, no canteiro de obra.

18.14.25.3 Dentre os requisitos para entrega técnica, devem ser verificados e ou testados os seguintes itens,

quando couber:

a) o equipamento deve estar de acordo com o contratado.

b) o equipamento deve estar identificado com placas de forma indelével no interior da cabina.

18.14.25.4 Os elevadores de carga e passageiros devem dispor no mínimo dos seguintes itens de segurança:

(Vide prazo no Art. 2º da Portaria MTE n.º 644, de 09 de maio de 2013

a) intertravamento das proteções com o sistema elétrico, através de chaves de segurança com ruptura positiva,

que impeça a movimentação da cabine quando:

I. a(s) porta(s) de acesso da cabine não estiver (em) devidamente fechada(s);

II. a rampa de acesso à cabine não estiver devidamente recolhida no elevador do tipo cremalheira; e

III. a porta da cancela de qualquer um dos pavimentos ou do recinto de proteção da base estiver aberta;

b) dispositivo eletromecânico de emergência que impeça a queda livre da cabine, monitorado por interface de

segurança, de forma a freá-la quando ultrapassar a velocidade de descida nominal, interrompendo automática

e simultaneamente a corrente elétrica da cabine;

c) chave de segurança monitorada através de interface de segurança, ou outro sistema com a mesma

categoria de segurança, que impeça que a cabine ultrapasse a ultima parada superior ou inferior;

d) nos elevadores do tipo cremalheira, de dispositivo mecânico, que impeça que a cabine se desprenda

acidentalmente da torre do elevador.

18.14.25.5 Os elevadores do tipo cremalheira devem ser dotados de amortecedores de impacto de velocidade

nominal na base caso o mesmo ultrapasse os limites de parada final.

18.14.25.6 (Revogado pela Portaria SIT n.º 296, de 16 de dezembro de 2011)

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18.14.25.7 (Revogado pela Portaria SIT n.º 296, de 16 de dezembro de 2011)

18.14.25.8 (Revogado pela Portaria SIT n.º 296, de 16 de dezembro de 2011)

18.15 Andaimes e Plataformas de Trabalho

(Alterado pela Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de 2001)

18.15.1 O dimensionamento dos andaimes, sua estrutura de sustentação e fixação, deve ser realizado por

profissional legalmente habilitado.

18.15.1.1 Os projetos de andaimes do tipo fachadeiro, suspensos e em balanço devem ser acompanhados

pela respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica. (Inserido pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de

2011)

18.15.2 Os andaimes devem ser dimensionados e construídos de modo a suportar, com segurança, as cargas

de trabalho a que estarão sujeitos.

18.15.2.1 Somente empresas regularmente inscritas no CREA, com profissional legalmente habilitado

pertencente ao seu quadro de empregados ou societário, podem fabricar andaimes completos ou quaisquer

componentes estruturais. (Inserido pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

18.15.2.2 Devem ser gravados nos painéis, tubos, pisos e contraventamentos dos andaimes, de forma

aparente e indelével, a identificação do fabricante, referência do tipo, lote e ano de fabricação.

(Inserido pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

18.15.2.3 É vedada a utilização de andaimes sem as gravações previstas no item 18.15.2.2.

(Inserido pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011 - Vide prazo no Art. 2ª da Portaria)

18.15.2.4 As montagens de andaimes dos tipos fachadeiros, suspensos e em balanço devem ser precedidas

de projeto elaborado por profissional legalmente habilitado. (Inserido pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro

de 2011)

18.15.2.5 Os fabricantes dos andaimes devem ser identificados e fornecer instruções técnicas por meio de

manuais que contenham, dentre outras informações: (Inserido pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de

2011)

a) especificação de materiais, dimensões e posições de ancoragens e estroncamentos; e

b) detalhes dos procedimentos seqüenciais para as operações de montagem e desmontagem.

18.15.2.6 As superfícies de trabalho dos andaimes devem possuir travamento que não permita seu

deslocamento ou desencaixe. (Inserido pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

18.15.2.7 Nas atividades de montagem e desmontagem de andaimes, deve-se observar que:

(Inserido pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

a) todos os trabalhadores sejam qualificados e recebam treinamento específico para o tipo de andaime em

operação;

b) é obrigatório o uso de cinto de segurança tipo paraquedista e com duplo talabarte que possua ganchos de

abertura mínima de cinquenta milímetros e dupla trava;

c) as ferramentas utilizadas devem ser exclusivamente manuais e com amarração que impeça sua queda

acidental;e

d) os trabalhadores devem portar crachá de identificação e qualificação, do qual conste a data de seu último

exame médico ocupacional e treinamento.

18.15.2.8 Os montantes dos andaimes metálicos devem possuir travamento contra o desencaixe acidental.

(Inserido pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

18.15.3 O piso de trabalho dos andaimes deve ter forração completa, ser antiderrapante, nivelado e fixado ou

travado de modo seguro e resistente. (Alterado pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

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18.15.3.1 O piso de trabalho dos andaimes pode ser totalmente metálico ou misto, com estrutura metálica e

forração do piso em material sintético ou em madeira, ou totalmente de madeira. (Inserido pela Portaria SIT n.º

201, de 21 de janeiro de 2011)

18.15.3.2 Os pisos dos andaimes devem ser dimensionados por profissional legalmente habilitado. (Inserido

pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

18.15.4 No PCMAT devem ser inseridas as precauções que devem ser tomadas na montagem, desmontagem

e movimentação de andaimes próximos às redes elétricas. (Alterado pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro

de 2011)

18.15.5 A madeira para confecção de andaimes deve ser de boa qualidade, seca, sem apresentar nós e

rachaduras que comprometam a sua resistência, sendo proibido o uso de pintura que encubra imperfeições.

18.15.5.1 É proibida a utilização de aparas de madeira na confecção de andaimes.

18.15.6 Os andaimes devem dispor de sistema guarda-corpo e rodapé, inclusive nas cabeceiras, em todo o

perímetro, conforme subitem 18.13.5, com exceção do lado da face de trabalho.

18.15.7 É proibido retirar qualquer dispositivo de segurança dos andaimes ou anular sua ação.

18.15.8 É proibida, sobre o piso de trabalho de andaimes, a utilização de escadas e outros meios para se

atingirem lugares mais altos.

18.15.9 O acesso aos andaimes deve ser feito de maneira segura.

18.15.9.1 O acesso aos andaimes tubulares deve ser feito de maneira segura por escada incorporada à sua

estrutura, que pode ser: (Inserido pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

a) escada metálica, incorporada ou acoplada aos painéis com dimensões de quarenta centímetros de largura

mínima e a distância entre os degraus uniforme e compreendida entre vinte e cinco e trinta e cinco centímetros;

b) escada do tipo marinheiro, montada externamente à estrutura do andaime conforme os itens 18.12.5.10 e

18.12.5.10.1; ou

c) escada para uso coletivo, montada interna ou externamente ao andaime, com largura mínima de oitenta

centímetros, corrimãos e degraus antiderrapantes.

18.15.9.1.1 O acesso pode ser ainda por meio de portão ou outro sistema de proteção com abertura para o

interior do andaime e com dispositivo contra abertura acidental. (Inserido pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de

janeiro de 2011)

ANDAIMES SIMPLESMENTE APOIADOS

18.15.10 Os montantes dos andaimes devem ser apoiados em sapatas sobre base sólida e nivelada capazes

de resistir aos esforços solicitantes e às cargas transmitidas. (Alterado pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de

janeiro de 2011)

18.15.11 É proibido trabalho em andaimes apoiados sobre cavaletes que possuam altura superior a 2,00m

(dois metros) e largura inferior a 0,90m (noventa centímetros).

18.15.12 É proibido o trabalho em andaimes na periferia da edificação sem que haja proteção tecnicamente

adequada, fixada a estrutura da mesma. (Alterado pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

18.15.13 É proibido o deslocamento das estruturas dos andaimes com trabalhadores sobre os mesmos.

18.15.14 Os andaimes cujos pisos de trabalho estejam situados a mais de um metro de altura devem possuir

escadas ou rampas. (Alterado pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

18.15.15 O ponto de instalação de qualquer aparelho de içar materiais deve ser escolhido, de modo a não

comprometer a estabilidade e segurança do andaime.

18.15.16 Os andaimes de madeira somente podem ser utilizados em obras de até três pavimentos ou altura

equivalente e devem ser projetados por profissional legalmente habilitado. (Alterado pela Portaria SIT n.º 224,

de 06 de maio de 2011)

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18.15.17 O andaime deve ser fixado à estrutura da construção, edificação ou instalação, por meio de

amarração e estroncamento, de modo a resistir aos esforços a que estará sujeito. (Alterado pela Portaria SIT

n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

18.15.18 As torres de andaimes não podem exceder, em altura, quatro vezes a menor dimensão da base de

apoio, quando não estaiadas.

ANDAIMES FACHADEIROS

18.15.19 Os andaimes fachadeiros não devem receber cargas superiores às especificadas pelo fabricante. Sua

carga deve ser distribuída de modo uniforme, sem obstruir a circulação de pessoas e ser limitada pela

resistência da forração da plataforma de trabalho.

18.15.20 Os acessos verticais ao andaime fachadeiro devem ser feitos em escada incorporada a sua própria

estrutura ou por meio de torre de acesso.

18.15.21 A movimentação vertical de componentes e acessórios para a montagem e/ou desmontagem de

andaime fachadeiro deve ser feita por meio de cordas ou por sistema próprio de içamento.

18.15.22 Os montantes do andaime fachadeiro devem ter seus encaixes travados com parafusos, contrapinos,

braçadeiras ou similar.

18.15.23 Os painéis dos andaimes fachadeiros destinados a suportar os pisos e/ou funcionar como travamento,

após encaixados nos montantes, devem ser contrapinados ou travados com parafusos, braçadeiras ou similar.

18.15.24 As peças de contraventamento devem ser fixadas nos montantes por meio de parafusos, braçadeiras

ou por encaixe em pinos, devidamente travados ou contrapinados, de modo que assegurem a estabilidade e a

rigidez necessárias ao andaime.

18.15.25 Os andaimes fachadeiros devem ser externamente cobertos por tela de material que apresente

resistência mecânica condizente com os trabalhos e que impeça a queda de objetos. (Alterado pela Portaria

SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

18.15.25.1 A tela prevista no subitem 18.15.25 deve ser completa e ser instalada desde a primeira plataforma

de trabalho até dois metros acima da última. (Inserido pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

ANDAIMES MÓVEIS

18.15.26 Os rodízios dos andaimes devem ser providos de travas, de modo a evitar deslocamentos acidentais.

18.15.27 Os andaimes tubulares móveis podem ser utilizados somente sobre superfície plana, que resista a

seus esforços e permita a sua segura movimentação através de rodízios. (Alterado pela Portaria SIT n.º 201,

de 21 de janeiro de 2011)

ANDAIMES EM BALANÇO

18.15.28 Os andaimes em balanço devem ter sistema de fixação à estrutura da edificação capaz de suportar

três vezes os esforços solicitantes.

18.15.29 A estrutura do andaime deve ser convenientemente contraventada e ancorada, de tal forma a eliminar

quaisquer oscilações.

ANDAIMES SUSPENSOS (Alterado pela Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de 2001)

18.15.30 Os sistemas de fixação e sustentação e as estruturas de apoio dos andaimes suspensos devem ser

precedidos de projeto elaborado e acompanhado por profissional legalmente habilitado. (Alterado pela Portaria

SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

18.15.30.1 Os andaimes suspensos devem possuir placa de identificação, colocada em local visível, onde

conste a carga máxima de trabalho permitida. (Alterado pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

18.15.30.2 A instalação e a manutenção dos andaimes suspensos devem ser feitas por trabalhador qualificado,

sob supervisão e responsabilidade técnica de profissional legalmente habilitado obedecendo, quando de

fábrica, as especificações técnicas do fabricante. (Inserido pela Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de

2001)

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18.15.30.3 Deve ser garantida a estabilidade dos andaimes suspensos durante todo o período de sua

utilização, através de procedimentos operacionais e de dispositivos ou equipamentos específicos para tal fim.

(Inserido pela Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de 2001)

18.15.31 O trabalhador deve utilizar cinto de segurança tipo pára-quedista, ligado ao trava-quedas de

segurança este, ligado a cabo-guia fixado em estrutura independente da estrutura de fixação e sustentação do

andaime suspenso. (Inserido pela Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de 2001)

18.15.32 A sustentação dos andaimes suspensos deve ser feita por meio de vigas, afastadores ou outras

estruturas metálicas de resistência equivalente a, no mínimo, três vezes o maior esforço solicitante. (Inserido

pela Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de 2001)

18.15.32.1 A sustentação dos andaimes suspensos somente pode ser apoiada ou fixada em elemento

estrutural. (Alterado pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

18.15.32.1.1 Em caso de sustentação de andaimes suspensos em platibanda ou beiral da edificação, essa

deve ser precedida de estudos de verificação estrutural sob responsabilidade de profissional legalmente

habilitado. (Alterado pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

18.15.32.1.2 A verificação estrutural e as especificações técnicas para a sustentação dos andaimes suspensos

em platibanda ou beiral de edificação devem permanecer no local de realização dos serviços. (Alterado pela

Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

18.15.32.2 A extremidade do dispositivo de sustentação, voltada para o interior da construção, deve ser

adequadamente fixada, constando essa especificação do projeto emitido. (Inserido pela Portaria SIT n.º 30, de

20 de dezembro de 2001)

18.15.32.3 É proibida a fixação de sistemas de sustentação dos andaimes por meio de sacos com areia,

pedras ou qualquer outro meio similar. (Inserido pela Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de 2001)

18.15.32.4 Na utilização do sistema contrapeso como forma de fixação da estrutura de sustentação dos

andaimes suspensos, este deve atender as seguintes especificações mínimas: (Alterado pela Portaria SIT n.º

201, de 21 de janeiro de 2011)

a) ser invariável quanto à forma e peso especificados no projeto;

b) ser fixado à estrutura de sustentação dos andaimes;

c) ser de concreto, aço ou outro sólido não granulado, com seu peso conhecido e marcado de forma indelével

em cada peça; e,

d) ter contraventamentos que impeçam seu deslocamento horizontal.

18.15.33 É proibido o uso de cabos de fibras naturais ou artificiais para sustentação dos andaimes suspensos.

(Inserido pela Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de 2001)

18.15.34 Os cabos de suspensão devem trabalhar na vertical e o estrado na horizontal. (Inserido pela Portaria

SIT n.º 30, de 20 de dezembro de 2001)

18.15.35 Os dispositivos de suspensão devem ser diariamente verificados pelos usuários e pelo responsável

pela obra, antes de iniciados os trabalhos. (Alterado pela Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de 2001)

18.15.35.1 Os usuários e o responsável pela verificação devem receber treinamento e manual de

procedimentos para a rotina de verificação diária. (Alterado pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

18.15.36 Os cabos de aço utilizados nos guinchos tipo catraca dos andaimes suspensos devem: (Alterado pela

Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

a) ter comprimento tal que para a posição mais baixa do estrado restem pelo menos seis voltas sobre cada

tambor; e

b) passar livremente na roldana, devendo o respectivo sulco ser mantido em bom estado de limpeza e

conservação.

18.15.37 Os andaimes suspensos devem ser convenientemente fixados à edificação na posição de trabalho.

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(Alterado pela Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de 2001)

18.15.38 É proibido acrescentar trechos em balanço ao estrado de andaimes suspensos. (Alterado pela

Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de 2001)

18.15.39 É proibida a interligação de andaimes suspensos para a circulação de pessoas ou execução de

tarefas. (Alterado pela Portaria SIT n.º 30 de 20 de dezembro de 2001)

18.15.40 Sobre os andaimes suspensos somente é permitido depositar material para uso imediato. (Alterado

pela Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de 2001)

18.15.40.1 É proibida a utilização de andaimes suspensos para transporte de pessoas ou materiais que não

estejam vinculados aos serviços em execução. (Inserido pela Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de 2001)

18.15.41 Os quadros dos guinchos de elevação devem ser providos de dispositivos para fixação de sistema

guarda-corpo e rodapé, conforme subitem 18.13.5. (Alterado pela Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de

2001)

18.15.41.1 O estrado do andaime deve estar fixado aos estribos de apoio e o guarda-corpo ao seu suporte.

(Inserido pela Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de 2001)

18.15.41.2 É vedada a utilização de guinchos tipo catraca dos andaimes suspenso para prédios acima de oito

pavimentos, a partir do térreo, ou altura equivalente.

(Inserido pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011 - Vide prazo no Art. 2ª da Portaria)

18.15.42 Os guinchos de elevação para acionamento manual devem observar os seguintes requisitos:

(Alterado pela Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de 2001)

a) ter dispositivo que impeça o retrocesso do tambor para catraca;

b) ser acionado por meio de alavancas, manivelas ou automaticamente, na subida e na descida do andaime;

possuir segunda trava de segurança para catraca; e ser dotado da capa de proteção da catraca.

18.15.43 - A largura mínima útil da plataforma de trabalho dos andaimes suspensos deve ser de sessenta e

cinco centímetros. (Alterado pela Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de 2001)

18.15.43.1 A largura máxima útil da plataforma de trabalho dos andaimes suspensos, quando utilizado um

guincho em cada armação, deve ser de noventa centímetros. (Inserido pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de

janeiro de 2011)

18.15.43.2 Revogado pela Portaria SIT n.º 157, de 10 de abril de 2006)

18.15.43.3 Os estrados dos andaimes suspensos mecânicos podem ter comprimento máximo de 8,00 (oito

metros). (Inserido pela Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de 2001)

18.15.44 Quando utilizado apenas um guincho de sustentação por armação é obrigatório o uso de um cabo de

segurança adicional de aço, ligado a dispositivo de bloqueio mecânico automático, observando-se a

sobrecarga indicada pelo fabricante do equipamento. (Alterado pela Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de

2001)

ANDAIMES SUSPENSOS MOTORIZADOS (Inserido pela Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de 2001)

18.15.45 Na utilização de andaimes suspensos motorizados deverá ser observada a instalação dos seguintes

dispositivos: (Alterado pela Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de 2001)

a) cabos de alimentação de dupla isolação;

b) plugs/tomadas blindadas;

c) aterramento elétrico;

d) dispositivo Diferencial Residual (DR); e,

e) fim de curso superior e batente.

18.15.45.1 O conjunto motor deve ser equipado com dispositivo mecânico de emergência, que acionará

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automaticamente em caso de pane elétrica de forma a manter a plataforma de trabalho parada em altura e,

quando acionado, permitir a descida segura até o ponto de apoio inferior. (Inserido pela Portaria SIT n.º 30, de

20 de dezembro de 2001)

18.15.45.2 Os andaimes motorizados devem ser dotados de dispositivos que impeçam sua movimentação,

quando sua inclinação for superior a 15º (quinze graus), devendo permanecer nivelados no ponto de trabalho.

(Inserido pela Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de 2001)

18.15.45.3 O equipamento deve ser desligado e protegido quando fora de serviço. (Alterado pela Portaria SIT

n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

PLATAFORMA DE TRABALHO COM SISTEMA DE MOVIMENTAÇÃO VERTICAL EM PINHÃO E

CREMALHEIRA E PLATAFORMAS HIDRÁULICAS (Inserido pela Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro

de 2001)

18.15.46 As plataformas de trabalho com sistema de movimentação vertical em pinhão e cremalheira e as

plataformas hidráulicas devem observar as especificações técnicas do fabricante quanto à montagem,

operação, manutenção, desmontagem e às inspeções periódicas, sob responsabilidade técnica de profissional

legalmente habilitado. (Alterado pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

18.15.47 Em caso de equipamento importado, os projetos, especificações técnicas e manuais de montagem,

operação, manutenção, inspeção e desmontagem devem ser revisados e referendados por profissional

legalmente habilitado no país, atendendo ao previsto nas normas técnicas da Associação Brasileira de Normas

Técnicas – ABNT ou de entidades internacionais por ela referendadas, ou ainda, outra entidade credenciada

pelo Conselho Nacional de metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - CONMETRO. (Alterado pela

Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

18.15.47.1 Os manuais de orientação do fabricante, em língua portuguesa, devem ficar à disposição no

canteiro de obras ou frentes de trabalho. (Alterado pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

18.15.47.2 A instalação, manutenção e inspeção periódica dessas plataformas de trabalho devem ser feitas por

trabalhador qualificado, sob supervisão e responsabilidade técnica de profissional legalmente habilitado.

(Inserido pela Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de 2001)

18.15.47.3 O equipamento somente deve ser operado por trabalhador qualificado. (Alterado pela Portaria SIT

n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

18.15.47.4 Todos os trabalhadores usuários de plataformas devem receber orientação quanto ao correto

carregamento e posicionamento dos materiais na plataforma. (Alterado pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de

janeiro de 2011)

18.15.47.4.1 O responsável pela verificação diária das condições de uso do equipamento deve receber manual

de procedimentos para a rotina de verificação diária. (Alterado pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de

2011)

18.15.47.4.1.1 Os usuários devem receber treinamento para a operação dos equipamentos. (Alterado pela

Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

18.15.47.5 Todos os trabalhadores devem utilizar cinto de segurança tipo pára-quedista ligado a um cabo guia

fixado em estrutura independente do equipamento, salvo situações especiais tecnicamente comprovadas por

profissional legalmente habilitado. (Alterado pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

18.15.47.6 O equipamento deve estar afastado das redes elétricas ou estas estarem isoladas conforme as

normas específicas da concessionária local. (Inserido pela Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de 2001)

18.15.47.7 A capacidade de carga mínima no piso de trabalho deve ser de cento cinquenta quilogramas - força

por metro quadrado. (Alterado pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

18.15.47.8 As extensões telescópicas, quando utilizadas, devem oferecer a mesma resistência do piso da

plataforma. (Alterado pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

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18.15.47.9 São proibidas a improvisação na montagem de trechos em balanço e a interligação de plataformas.

(Inserido pela Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de 2001)

18.15.47.10 É responsabilidade do fabricante ou locador a indicação dos esforços na estrutura e apoios da

plataforma, bem como a indicação dos pontos que resistam a esses esforços. (Inserido pela Portaria SIT n.º 30,

de 20 de dezembro de 2001)

18.15.47.11 A área sob a plataforma de trabalho deve ser devidamente sinalizada e delimitada, sendo proibida

a circulação de trabalhadores dentro daquele espaço. (Alterado pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de

2011)

18.15.47.12 A plataforma deve dispor de sistema de sinalização sonora acionado automaticamente durante sua

subida e descida. (Inserido pela Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de 2001)

18.15.47.13 A plataforma deve possuir no painel de comando botão de parada de emergência. (Inserido pela

Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de 2001)

18.15.47.14 O equipamento deve ser dotado de dispositivos de segurança que garantam o perfeito nivelamento

da plataforma no ponto de trabalho, não podendo exceder a inclinação máxima indicada pelo fabricante.

(Inserido pela Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de 2001)

18.15.47.15 No percurso vertical da plataforma não pode haver interferências que possam obstruir o seu livre

deslocamento. (Alterado pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

18.15.47.16 Em caso de pane elétrica o equipamento deve possui dispositivos mecânicos de emergência que

mantenham a plataforma parada permitindo o alívio manual por parte do operador para descida segura da

mesma até sua base. (Alterado pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

18.15.47.17 O último elemento superior da torre deve ser cego, não podendo possuir engrenagens de

cremalheira, de forma a garantir que os roletes permaneçam em contato com as guias. (Alterado pela Portaria

SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

18.15.47.18 Os elementos de fixação utilizados no travamento das plataformas devem ser devidamente

dimensionados para suportar os esforços indicados em projeto. (Inserido pela Portaria SIT n.º 30, de 20 de

dezembro de 2001)

18.15.47.19 O espaçamento entre as ancoragens ou estroncamentos deve obedecer às especificações do

fabricante e serem indicadas no projeto. (Alterado pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

18.15.47.19.1 A ancoragem da torre é obrigatória quando a altura desta for superior a nove metros. (Alterado

pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

18.15.47.20 A utilização das plataformas sem ancoragem ou estroncamento deve seguir rigorosamente as

condições de cada modelo indicadas pelo fabricante. (Alterado pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de

2011)

18.15.47.21 No caso de utilização de plataforma com chassi móvel, este deve ficar devidamente nivelado,

patolado ou travado no início de montagem das torres verticais de sustentação da plataforma, permanecendo

dessa forma durante seu uso e desmontagem. (Alterado pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

18.15.47.22 Os guarda-corpos, inclusive nas extensões telescópicas, devem atender ao previsto no item

18.13.5 e observar as especificações do fabricante, não sendo permitido o uso de cordas, cabos, correntes ou

qualquer outro material flexível. (Alterado pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

18.15.47.23 O equipamento, quando fora de serviço, deve ficar no nível da base, desligado e protegido contra

acionamento não autorizado. (Alterado pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

18.15.47.24 A plataforma de trabalho deve ter seus acessos dotados de dispositivos eletro-eletrônicos que

impeçam sua movimentação quando abertos. (Inserido pela Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de 2001)

18.15.47.25 É proibido realizar qualquer trabalho sob intempéries ou outras condições desfavoráveis que

exponham a risco os trabalhadores. (Inserido pela Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de 2001)

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18.15.47.26 É proibida a utilização das plataformas de trabalho para o transporte de pessoas e materiais não

vinculados aos serviços em execução. (Inserido pela Portaria SIT n.º 30, de 20 de dezembro de 2001)

PLATAFORMAS POR CREMALHEIRA (Inserido pela Portaria SIT n.º 30 de 20 de dezembro de 2001)

18.15.48 As plataformas por cremalheira devem dispor dos seguintes dispositivos: (Alterado pela Portaria SIT

n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

a) cabos de alimentação de dupla isolação;

b) plugs/tomadas blindadas;

c) aterramento elétrico;

d) dispositivo Diferencial Residual (DR);

e) limites elétricos de percurso superior e inferior;

f) motofreio;

g) freio automático de segurança; e,

h) botoeira de comando de operação com atuação por pressão contínua.

CADEIRA SUSPENSA (Inserido pela Portaria SIT n.º 13, de 9 de julho de 2002)

18.15.49 Em quaisquer atividades em que não seja possível a instalação de andaimes, é permitida a utilização

de cadeira suspensa (balancim individual).

18.15.50 A sustentação da cadeira suspensa deve ser feita por meio de cabo de aço ou cabo de fibra sintética.

(Alterado pela Portaria SIT n.º 13, de 9 de julho de 2002)

18.15.51 A cadeira suspensa deve dispor de:

a) sistema dotado com dispositivo de subida e descida com dupla trava de segurança, quando a sustentação

for através de cabo de aço; (Alterado pela Portaria SIT n.º 13, de 9 de julho de 2002)

b) sistema dotado com dispositivo de descida com dupla trava de segurança, quando a sustentação for por

meio de cabo de fibra sintética; (Alterado pela Portaria SIT n.º 13, de 9 de julho de 2002)

c) requisitos mínimos de conforto previstos na NR 17 - Ergonomia;

d) sistema de fixação do trabalhador por meio de cinto. (Inserido pela Portaria SIT n.º 13, de 9 de julho de

2002)

18.15.52 O trabalhador deve utilizar cinto de segurança tipo pára-quedista, ligado ao trava-quedas em cabo-

guia independente.

18.15.53 A cadeira suspensa deve apresentar na sua estrutura, em caracteres indeléveis e bem visíveis, a

razão social do fabricante e o número de registro respectivo no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ.

(Alterado pela Portaria SIT n.º 13, de 9 de julho de 2002)

18.15.54 É proibida a improvisação de cadeira suspensa.

18.15.55 O sistema de fixação da cadeira suspensa deve ser independente do cabo-guia do trava-quedas.

18.15.56 Ancoragem (Inserido pela Portaria SIT n.º 157, de 10 de abril de 2006)

18.15.56.1 Nas edificações com, no mínimo, quatro pavimentos ou altura de 12m (doze metros) a partir do

nível do térreo devem ser instalados dispositivos destinados à ancoragem de equipamentos de sustentação de

andaimes e de cabos de segurança para o uso de proteção individual a serem utilizados nos serviços de

limpeza, manutenção e restauração de fachadas. (Alterado pela Portaria SIT n.º 318, de 8 de maio de 2012)

18.15.56.2 Os pontos de ancoragem devem:

a) estar dispostos de modo a atender todo o perímetro da edificação;

b) suportar uma carga pontual de 1.500 Kgf (mil e quinhentos quilogramas-força);

(Alterada pela Portaria SIT n.º 318, de 8 de maio de 2012)

c) constar do projeto estrutural da edificação;

d) ser constituídos de material resistente às intempéries, como aço inoxidável ou material de características

equivalentes.

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18.15.56.3 Os pontos de ancoragem de equipamentos e dos cabos de segurança devem ser independentes.

18.15.56.4 O item 18.15.56.1 desta norma regulamentadora não se aplica às edificações que possuírem

projetos específicos para instalação de equipamentos definitivos para limpeza, manutenção e restauração de

fachadas.

18.15.56.5 A ancoragem deve apresentar na sua estrutura, em caracteres indeléveis e bem visíveis:

(Inserido pela Portaria SIT n.º 318, de 8 de maio de 2012)

a) razão social do fabricante e o seu CNPJ;

b) indicação da carga de 1.500 Kgf;

c) material da qual é constituído;

d) número de fabricação/série.

PLATAFORMAS DE TRABALHO AÉREO (Inserido pela Portaria SIT n.º 40, de 7 de março de 2008)

18.15.57. As plataformas de trabalho aéreo devem atender ao disposto no Anexo IV desta Norma

Regulamentadora. (Inserido pela Portaria SIT n.º 40, de 7 de março de 2008)

18.16 Cabos de Aço e Cabos de Fibra Sintética

18.16.1 É obrigatória a observância das condições de utilização, dimensionamento e conservação dos cabos

de aço utilizados em obras de construção, conforme o disposto na norma técnica vigente NBR 6327/83 - Cabo

de Aço/Usos Gerais da ABNT.

18.16.2 Os cabos de aço de tração não podem ter emendas nem pernas quebradas que possam vir a

comprometer sua segurança. (Alterado pela Portaria SIT n.º 13, de 9 de julho de 2002)

18.16.2.1 Os cabos de aço devem ter carga de ruptura equivalente a, no mínimo, 5 (cinco) vezes a carga

máxima de trabalho a que estiverem sujeitos e resistência à tração de seus fios de, no mínimo, 160 kgf/mm2

(cento e sessenta quilogramas-força por milímetro quadrado). (Incluído pela Portaria SIT n.º 13, de 9 de julho

de 2002)

18.16.3 Os cabos de aço e de fibra sintética devem ser fixados por meio de dispositivos que impeçam seu

deslizamento e desgaste. (Alterado pela Portaria SIT n.º 13, de 9 de julho de 2002)

18.16.4 Os cabos de aço e de fibra sintética devem ser substituídos quando apresentarem condições que

comprometam a sua integridade em face da utilização a que estiverem submetidos. (Alterado pela Portaria SIT

n.º 13, de 9 de julho de 2002)

18.16.5 Os cabos de fibra sintética utilizados para sustentação de cadeira suspensa ou como cabo-guia para

fixação do trava-quedas do cinto de segurança tipo pára-quedista, deverá ser dotado de alerta visual amarelo.

(Incluído pela Portaria SIT n.º 13, de 9 de julho de 2002)

18.16.6 Os cabos de fibra sintética deverão atender as especificações constantes do Anexo I - Especificações

de Segurança para Cabos de Fibra Sintética, desta NR. (Incluído pela Portaria SIT n.º 13, de 9 de julho de

2002)

Anexo I - Especificações de Segurança para Cabos de Fibra Sintética (Incluído pela Portaria SIT n.º 13, de

9 de julho de 2002)

1. O Cabo de fibra sintética utilizado nas condições previstas do subitem 18.16.5 deverá atender as

especificações previstas a seguir:

a) deve ser constituído em trançado triplo e alma central.

b) Trançado externo em multifilamento de poliamida.

c) Trançado intermediário e o alerta visual de cor amarela em multifilamento de polipropileno ou poliamida na

cor amarela com o mínimo de 50% de identificação, não podendo ultrapassar 10%(dez por cento) da

densidade linear.

d) Trançado interno em multifilamento de poliamida.

e) Alma central torcida em multifilamento de poliamida.

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f) Construção dos trançados em máquina com 16, 24, 32 ou 36 fusos.

g) Número de referência: 12 (diâmetro nominal em mm.).

h) Densidade linear 95 + 5 KTEX(igual a 95 + 5 g/m).

i) Carga de ruptura mínima 20 KN.

j) Carga de ruptura mínima de segurança sem o trançado externo 15 KN.

2. O cabo de fibra sintética utilizado nas condições previstas no subitem 18.16.5 deverá atender as prescrições

de identificação a seguir:

a) Marcação com fita inserida no interior do trançado interno gravado NR 18.16.5 ISO 1140 1990 e fabricante

com CNPJ.

b) Rótulo fixado firmemente contendo as seguintes informações:

I. Material constituinte: poliamida

II. Número de referência: diâmetro de 2mm

III. Comprimentos em metros

c) Incluir o aviso: "CUIDADO: CABO PARA USO ESPECÍFICO EM CADEIRAS SUSPENSAS E CABO-GUIA

DE SEGURANÇA PARA FIXAÇÃO DE TRAVA-QUEDAS".

3. O cabo sintético deverá ser submetido a Ensaio conforme Nota Técnica ISO 2307/1990, ter avaliação de

carga ruptura e material constituinte pela rede brasileira de laboratórios de ensaios e calibração do Sistema

Brasileiro de Metrologia e Qualidade Industrial.

18.17 Alvenaria, Revestimentos e Acabamentos

18.17.1 Devem ser utilizadas técnicas que garantam a estabilidade das paredes de alvenaria da periferia.

18.17.2 Os quadros fixos de tomadas energizadas devem ser protegidos sempre que no local forem

executados serviços de revestimento e acabamento.

18.17.3 Os locais abaixo das áreas de colocação de vidro devem ser interditados ou protegidos contra queda

de material.

18.17.3.1 Após a colocação, os vidros devem ser marcados de maneira visível.

18.17.4 Os serviços de aquecimento, transporte e aplicação de impermeabilizante a quente e a frio devem

estar previstos no PCMAT e/ou no PPRA e atender a NBR 9574:2008 ou alteração posterior. (Incluído pela

Portaria MTE n.º 644, de 9 de maio de 2013)

18.17.4.1 O equipamento para aquecimento deve ser metálico, possuir tampa com respiradouro de segurança,

termômetro ou termostato, bem como possuir nome da empresa fabricante ou importadora e CNPJ em

caracteres indeléveis e visíveis. (Incluído pela Portaria MTE n.º 644, de 9 de maio de 2013)

18.17.4.2 O Manual Técnico de Operação do equipamento deve acompanhar qualquer serviço de

impermeabilização. (Incluído pela Portaria MTE n.º 644, de 9 de maio de 2013)

18.17.4.3 Não é permitido o aquecimento a lenha nos serviços de impermeabilização. (Incluído pela Portaria

MTE n.º 644, de 9 de maio de 2013)

18.17.4.4 O local de instalação do equipamento para aquecimento deve: (Incluído pela Portaria MTE n.º 644,

de 9 de maio de 2013)

a) possuir ventilação natural e /ou artificial;

b) ter piso nivelado e incombustível;

c) ter sinalização de advertência e isolamento;

d) ser mantido limpo e em ordem.

18.17.4.5 O transporte do material a quente deve ser feito através de recipiente metálico, com tampa e alça,

utilizando no máximo ¾ de sua capacidade. (Incluído pela Portaria MTE n.º 644, de 9 de maio de 2013)

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18.17.4.6 Os trabalhadores envolvidos na atividade devem possuir treinamento específico nos termos desta

NR, com carga horária mínima de 4h anuais e o seguinte conteúdo mínimo: (Incluído pela Portaria MTE n.º

644, de 9 de maio de 2013)

a) operação do equipamento para aquecimento com segurança;

b) manuseio e transporte da massa asfáltica quente;

c) primeiros socorros;

d) isolamento da área e sinalização de advertência.

18.17.4.7 O fornecimento dos Equipamentos de Proteção Individual - EPI deve atender o disposto no item

18.23 desta NR. (Incluído pela Portaria MTE n.º 644, de 9 de maio de 2013)

18.17.4.8 As operações em Espaços Confinados devem atender os itens 18.20 e 18.26.4 da NR-18 e a NR-33.

(Incluído pela Portaria MTE n.º 644, de 9 de maio de 2013)

18.17.4.9 A armazenagem dos produtos utilizados nas operações de impermeabilização, inclusive os cilindros

de gás, deve ser feita em local isolado, sinalizado, ventilado e isento de risco de incêndios, sendo proibida sua

armazenagem no local de operação do equipamento de aquecimento. (Incluído pela Portaria MTE n.º 644, de 9

de maio de 2013)

18.17.5 Não é permitida a utilização de cilindros de GLP inferiores a 8 quilos em qualquer operação de

impermeabilização. (Incluído pela Portaria MTE n.º 644, de 9 de maio de 2013)

18.17.5.1 Os cilindros de GLP de 45 quilos devem estar sobre rodas e afastados no mínimo 3 metros do

equipamento de aquecimento. (Incluído pela Portaria MTE n.º 644, de 9 de maio de 2013)

18.17.5.1.1 Devem ser utilizados tubos ou mangueiras flexíveis, previstos nas normas técnicas brasileiras, de

no mínimo 5 metros em qualquer operação, quando do uso do equipamento de aquecimento a gás. (Incluído

pela Portaria MTE n.º 644, de 9 de maio de 2013)

18.17.6 Quanto ao funcionamento do equipamento de aquecimento, devem ser observados os seguintes itens:

(Incluído pela Portaria MTE n.º 644, de 9 de maio de 2013)

a) manter o trabalhador próximo ao recipiente quando o mesmo estiver em aquecimento;

b) possuir abertura da válvula para escoar o asfalto derretido de forma lenta;

c) manter a tampa fechada;

d) proibir qualquer movimentação com a tampa destravada.

18.17.7 Após o uso, a manutenção e a limpeza do equipamento de aquecimento devem seguir as

recomendações do fabricante. (Incluído pela Portaria MTE n.º 644, de 9 de maio de 2013)

18.17.8 O Contratante deve manter no canteiro de obras a cópia da Ficha de Informações de Segurança de

Produto Químico - FISPQ, bem como o Plano de Emergência. (Incluído pela Portaria MTE n.º 644, de 9 de

maio de 2013)

18.17.9 Os equipamentos de aquecimento elétrico e seus componentes devem ser aterrados nos termos da

NR-10. (Incluído pela Portaria MTE n.º 644, de 9 de maio de 2013)

18.17.10 O equipamento de aquecimento a gás deve ser verificado a cada nova conexão do cilindro com

solução de água e sabão para identificação de eventuais vazamentos no queimador, regulador e válvulas.

(Incluído pela Portaria MTE n.º 644, de 9 de maio de 2013)

18.17.11 É proibida atividade que envolva o equipamento de aquecimento em locais sujeitos à ocorrência de

ventos fortes e chuva. (Incluído pela Portaria MTE n.º 644, de 9 de maio de 2013)

18.18 Telhados e Coberturas (Alterado pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005)

18.18.1 Para trabalho em telhados e coberturas devem ser utilizados dispositivos dimensionados por

profissional legalmente habilitado e que permitam a movimentação segura dos trabalhadores.

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18.18.1.1 É obrigatória a instalação de cabo guia ou cabo de segurança para fixação de mecanismo de ligação

por talabarte acoplado ao cinto de segurança tipo pára-quedista. (Alterado pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de

janeiro de 2005)

18.18.1.2 O cabo de segurança deve ter sua(s) extremidade(s) fixada(s) à estrutura definitiva da edificação, por

meio de espera(s) de ancoragem, suporte ou grampo(s) de fixação de aço inoxidável ou outro material de

resistência, qualidade e durabilidade equivalentes. (Incluído pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de

2005)

18.18.2 Nos locais sob as áreas onde se desenvolvam trabalhos em telhados e ou coberturas, é obrigatória a

existência de sinalização de advertência e de isolamento da área capazes de evitar a ocorrência de acidentes

por eventual queda de materiais, ferramentas e ou equipamentos. (Alterado pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de

janeiro de 2005)

18.18.3 É proibida a realização de trabalho ou atividades em telhados ou coberturas sobre fornos ou qualquer

equipamento do qual possa haver emanação de gases, provenientes ou não de processos industriais. (Alterado

pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005)

18.18.3.1 Havendo equipamento com emanação de gases, o mesmo deve ser desligado previamente à

realização de serviços ou atividades em telhados ou coberturas. (incluído pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de

janeiro de 2005)

18.18.4 É proibida a realização de trabalho ou atividades em telhados ou coberturas em caso de ocorrência de

chuvas, ventos fortes ou superfícies escorregadias. (Alterado pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de

2005)

18.18.5 Os serviços de execução, manutenção, ampliação e reforma em telhados ou coberturas devem ser

precedidos de inspeção e de elaboração de Ordens de Serviço ou Permissões para Trabalho, contendo os

procedimentos a serem adotados. (Incluído pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005)

18.18.5.1 É proibida a concentração de cargas em um mesmo ponto sobre telhado ou cobertura. (Incluído pela

Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005)

18.19 Serviços em Flutuantes

18.19.1 Na execução de trabalhos com risco de queda n'água, devem ser usados coletes salva-vidas ou outros

equipamentos de flutuação.

18.19.2 Deve haver sempre, nas proximidades e em local de fácil acesso, botes salva-vidas em número

suficiente e devidamente equipados.

18.19.3 As plataformas de trabalho devem ser providas de linhas de segurança ancoradas em terra firme, que

possam ser usadas quando as condições meteorológicas não permitirem a utilização de embarcações.

18.19.4 Na execução de trabalho noturno sobre a água, toda a sinalização de segurança da plataforma e o

equipamento de salvamento devem ser iluminados com lâmpadas à prova d'água.

18.19.4.1 O sistema de iluminação deve ser estanque.

18.19.5 As superfícies de sustentação das plataformas de trabalho devem ser antiderrapantes.

18.19.6 É proibido deixar materiais e ferramentas soltos sobre as plataformas de trabalho.

18.19.7 Ao redor das plataformas de trabalho, devem ser instalados guarda-corpos, firmemente fixados à

estrutura.

18.19.8 Em quaisquer atividades, é obrigatória a presença permanente de profissional em salvamento,

primeiros socorros e ressuscitamento cardiorrespiratório.

18.19.9 Os serviços em flutuantes devem atender às disposições constantes no Regulamento para o Tráfego

Marítimo e no Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar - RIPEAM 72, do Ministério da

Marinha.

18.19.10 Os coletes salva-vidas devem ser de cor laranja, conter o nome da empresa e a capacidade máxima

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representada em Kg (quilograma).

18.19.11 Os coletes salva-vidas devem ser em número idêntico ao de trabalhadores e tripulantes.

18.19.12 É proibido conservar à bordo trapos embebidos em óleo ou qualquer outra substância volátil.

18.19.13 É obrigatória a instalação de extintores de incêndio em número e capacidade adequados.

18.19.14 É obrigatório o uso de botas com elástico lateral.

18.20 Locais Confinados

18.20.1 Nas atividades que exponham os trabalhadores a riscos de asfixia, explosão, intoxicação e doenças do

trabalho devem ser adotadas medidas especiais de proteção, a saber:

a) treinamento e orientação para os trabalhadores quanto aos riscos a que estão submetidos, a forma de

preveni-los e o procedimento a ser adotado em situação de risco;

b) nos serviços em que se utilizem produtos químicos, os trabalhadores não poderão realizar suas atividades

sem a utilização de EPI adequado;

c) a realização de trabalho em recintos confinados deve ser precedida de inspeção prévia e elaboração de

ordem de serviço com os procedimentos a serem adotados;

d) monitoramento permanente de substância que cause asfixia, explosão e intoxicação no interior de locais

confinados realizado por trabalhador qualificado sob supervisão de responsável técnico;

e) proibição de uso de oxigênio para ventilação de local confinado;

f) ventilação local exaustora eficaz que faça a extração dos contaminantes e ventilação geral que execute a

insuflação de ar para o interior do ambiente, garantindo de forma permanente a renovação contínua do ar;

g) sinalização com informação clara e permanente durante a realização de trabalhos no interior de espaços

confinados;

h) uso de cordas ou cabos de segurança e armaduras para amarração que possibilitem meios seguros de

resgate;

i) acondicionamento adequado de substâncias tóxicas ou inflamáveis utilizadas na aplicação de laminados,

pisos, papéis de parede ou similares;

j) a cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores, dois deles devem ser treinados para resgate;

k) manter ao alcance dos trabalhadores ar mandado e/ou equipamento autônomo para resgate;

l) no caso de manutenção de tanque, providenciar desgaseificação prévia antes da execução do trabalho.

18.21 Instalações Elétricas

18.21.1 A execução e manutenção das instalações elétricas devem ser realizadas por trabalhador qualificado,

e a supervisão por profissional legalmente habilitado.

18.21.2 Somente podem ser realizados serviços nas instalações quando o circuito elétrico não estiver

energizado.

18.21.2.1 Quando não for possível desligar o circuito elétrico, o serviço somente poderá ser executado após

terem sido adotadas as medidas de proteção complementares, sendo obrigatório o uso de ferramentas

apropriadas e

equipamentos de proteção individual.

18.21.3 É proibida a existência de partes vivas expostas de circuitos e equipamentos elétricos.

18.21.4 As emendas e derivações dos condutores devem ser executadas de modo que assegurem a

resistência mecânica e contato elétrico adequado.

18.21.4.1 O isolamento de emendas e derivações deve ter característica equivalente à dos condutores

utilizados.

18.21.5 Os condutores devem ter isolamento adequado, não sendo permitido obstruir a circulação de materiais

e pessoas.

18.21.6 Os circuitos elétricos devem ser protegidos contra impactos mecânicos, umidade e agentes corrosivos.

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18.21.7 Sempre que a fiação de um circuito provisório se tornar inoperante ou dispensável, deve ser retirada

pelo eletricista responsável.

18.21.8 As chaves blindadas devem ser convenientemente protegidas de intempéries e instaladas em posição

que impeça o fechamento acidental do circuito.

18.21.9 Os porta-fusíveis não devem ficar sob tensão quando as chaves blindadas estiverem na posição

aberta.

18.21.10 As chaves blindadas somente devem ser utilizadas para circuitos de distribuição, sendo proibido o

seu uso como dispositivo de partida e parada de máquinas.

18.21.11 As instalações elétricas provisórias de um canteiro de obras devem ser constituídas de:

a) chave geral do tipo blindada de acordo com a aprovação da concessionária local, localizada no quadro

principal de distribuição.

b) chave individual para cada circuito de derivação;

c) chave-faca blindada em quadro de tomadas;

d) chaves magnéticas e disjuntores, para os equipamentos.

18.21.12 Os fusíveis das chaves blindadas devem ter capacidade compatível com o circuito a proteger, não

sendo permitida sua substituição por dispositivos improvisados ou por outros fusíveis de capacidade superior,

sem a correspondente troca da fiação.

18.21.13 Em todos os ramais destinados à ligação de equipamentos elétricos, devem ser instalados disjuntores

ou chaves magnéticas, independentes, que possam ser acionados com facilidade e segurança.

18.21.14 As redes de alta-tensão devem ser instaladas de modo a evitar contatos acidentais com veículos,

equipamentos e trabalhadores em circulação, só podendo ser instaladas pela concessionária.

18.21.15 Os transformadores e estações abaixadoras de tensão devem ser instalados em local isolado, sendo

permitido somente acesso do profissional legalmente habilitado ou trabalhador qualificado.

18.21.16 As estruturas e carcaças dos equipamentos elétricos devem ser eletricamente aterradas.

18.21.17 Nos casos em que haja possibilidade de contato acidental com qualquer parte viva energizada, deve

ser adotado isolamento adequado.

18.21.18 Os quadros gerais de distribuição devem ser mantidos trancados, sendo seus circuitos identificados.

18.21.19 Ao religar chaves blindadas no quadro geral de distribuição, todos os equipamentos devem estar

desligados.

18.21.20 Máquinas ou equipamentos elétricos móveis só podem ser ligados por intermédio de conjunto de

plugue e tomada.

18.22 Máquinas, Equipamentos e Ferramentas Diversas

18.22.1 A operação de máquinas e equipamentos que exponham o operador ou terceiros a riscos só pode ser

feita por trabalhador qualificado e identificado por crachá.

18.22.2 Devem ser protegidas todas as partes móveis dos motores, transmissões e partes perigosas das

máquinas ao alcance dos trabalhadores.

18.22.3 As máquinas e os equipamentos que ofereçam risco de ruptura de suas partes móveis, projeção de

peças ou de partículas de materiais devem ser providos de proteção adequada.

18.22.4 As máquinas e equipamentos de grande porte devem proteger adequadamente o operador contra a

incidência de raios solares e intempéries.

18.22.5 O abastecimento de máquinas e equipamentos com motor a explosão deve ser realizado por

trabalhador qualificado, em local apropriado, utilizando-se de técnicas e equipamentos que garantam a

segurança da operação.

18.22.6 Na operação de máquinas e equipamentos com tecnologia diferente da que o operador estava

habituado a usar, deve ser feito novo treinamento, de modo a qualificá-lo à utilização dos mesmos.

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18.22.7 As máquinas e os equipamentos devem ter dispositivo de acionamento e parada localizado de modo

que:

a) seja acionado ou desligado pelo operador na sua posição de trabalho;

b) não se localize na zona perigosa da máquina ou do equipamento;

c) possa ser desligado em caso de emergência por outra pessoa que não seja o operador;

d) não possa ser acionado ou desligado, involuntariamente, pelo operador ou por qualquer outra forma

acidental;

e) não acarrete riscos adicionais.

18.22.8 Toda máquina deve possuir dispositivo de bloqueio para impedir seu acionamento por pessoa

nãoautorizada.

18.22.9 As máquinas, equipamentos e ferramentas devem ser submetidos à inspeção e manutenção de acordo

com as normas técnicas oficiais vigentes, dispensando-se especial atenção a freios, mecanismos de direção,

cabos de tração e suspensão, sistema elétrico e outros dispositivos de segurança.

18.22.10 Toda máquina ou equipamento deve estar localizado em ambiente com iluminação natural e/ou

artificial adequada à atividade, em conformidade com a NBR 5.413/91 - Níveis de Iluminância de Interiores da

ABNT.

18.22.11 As inspeções de máquinas e equipamentos devem ser registradas em documento específico,

constando as datas e falhas observadas, as medidas corretivas adotadas e a indicação de pessoa, técnico ou

empresa habilitada que as realizou.

18.22.12 Nas operações com equipamentos pesados, devem ser observadas as seguintes medidas de

segurança:

a) para encher/esvaziar pneus, não se posicionar de frente para eles, mas atrás da banda de rodagem, usando

uma conexão de autofixação para encher o pneu. O enchimento só deve ser feito por trabalhadores

qualificados, de modo gradativo e com medições sucessivas da pressão;

b) em caso de superaquecimento de pneus e sistema de freio, devem ser tomadas precauções especiais,

prevenindo-se de possíveis explosões ou incêndios;

c) antes de iniciar a movimentação ou dar partida no motor, é preciso certificar-se de que não há ninguém

trabalhando sobre, debaixo ou perto dos mesmos;

d) os equipamentos que operam em marcha a ré devem possuir alarme sonoro acoplado ao sistema de câmbio

e retrovisores em bom estado;

e) o transporte de acessórios e materiais por içamento deve ser feito o mais próximo possível do piso,

tomando-se as devidas precauções de isolamento da área de circulação, transporte de materiais e de pessoas;

f) as máquinas não devem ser operadas em posição que comprometa sua estabilidade;

g) é proibido manter sustentação de equipamentos e máquinas somente pelos cilindros hidráulicos, quando em

manutenção;

h) devem ser tomadas precauções especiais quando da movimentação de máquinas e equipamentos próximos

a redes elétricas.

18.22.13 As ferramentas devem ser apropriadas ao uso a que se destinam, proibindo-se o emprego das

defeituosas, danificadas ou improvisadas, devendo ser substituídas pelo empregador ou responsável pela obra.

18.22.14 Os trabalhadores devem ser treinados e instruídos para a utilização segura das ferramentas,

especialmente os que irão manusear as ferramentas de fixação a pólvora.

18.22.15 É proibido o porte de ferramentas manuais em bolsos ou locais inapropriados.

18.22.16 As ferramentas manuais que possuam gume ou ponta devem ser protegidas com bainha de couro ou

outro material de resistência e durabilidade equivalentes, quando não estiverem sendo utilizadas.

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18.22.17 As ferramentas pneumáticas portáteis devem possuir dispositivo de partida instalado de modo a

reduzir ao mínimo a possibilidade de funcionamento acidental.

18.22.17.1 A válvula de ar deve fechar-se automaticamente, quando cessar a pressão da mão do operador

sobre os dispositivos de partida.

18.22.17.2 As mangueiras e conexões de alimentação das ferramentas pneumáticas devem resistir às

pressões de serviço, permanecendo firmemente presas aos tubos de saída e afastadas das vias de circulação.

18.22.17.3 O suprimento de ar para as mangueiras deve ser desligado e aliviada a pressão, quando a

ferramenta pneumática não estiver em uso.

18.22.17.4 As ferramentas de equipamentos pneumáticos portáteis devem ser retiradas manualmente e nunca

pela pressão do ar comprimido.

18.22.18 As ferramentas de fixação a pólvora devem ser obrigatoriamente operadas por trabalhadores

qualificados e devidamente autorizados.

18.22.18.1 É proibido o uso de ferramenta de fixação a pólvora por trabalhadores menores de 18 (dezoito)

anos.

18.22.18.2 É proibido o uso de ferramenta de fixação a pólvora em ambientes contendo substâncias

inflamáveis ou explosivas.

18.22.18.3 É proibida a presença de pessoas nas proximidades do local do disparo, inclusive o ajudante.

18.22.18.4 As ferramentas de fixação a pólvora devem estar descarregadas (sem o pino e o finca-pino) sempre

que forem guardadas ou transportadas.

18.22.19 Os condutores de alimentação das ferramentas portáteis devem ser manuseados de forma que não

sofram torção, ruptura ou abrasão, nem obstruam o trânsito de trabalhadores e equipamentos.

18.22.20 É proibida a utilização de ferramentas elétricas manuais sem duplo isolamento.

18.22.21 Devem ser tomadas medidas adicionais de proteção quando da movimentação de superestruturas por

meio de ferragens hidráulicas, prevenindo riscos relacionados ao rompimento dos macacos hidráulicos.

18.23 Equipamentos de Proteção Individual

18.23.1 A empresa é obrigada a fornecer aos trabalhadores, gratuitamente, EPI adequado ao risco e em

perfeito estado de conservação e funcionamento, consoante as disposições contidas na NR 6 - Equipamento

de Proteção Individual - EPI.

18.23.2 O cinto de segurança tipo abdominal somente deve ser utilizado em serviços de eletricidade e em

situações em que funcione como limitador de movimentação.

18.23.3 O cinto de segurança tipo pára-quedista deve ser utilizado em atividades a mais de 2,00m (dois

metros) de altura do piso, nas quais haja risco de queda do trabalhador.

18.23.3.1 O cinto de segurança deve ser dotado de dispositivo trava-quedas e estar ligado a cabo de

segurança independente da estrutura do andaime. (incluído pela Portaria SSST n.º 63, de 28 de dezembro de

1998)

18.23.4 Os cintos de segurança tipo abdominal e tipo pára-quedista devem possuir argolas e mosquetões de

aço forjado, ilhoses de material não-ferroso e fivela de aço forjado ou material de resistência e durabilidade

equivalentes.

18.23.5 Em serviços de montagem industrial, montagem e desmontagem de gruas, andaimes, torres de

elevadores, estruturas metálicas e assemelhados onde haja necessidade de movimentação do trabalhador e

não seja possível a instalação de cabo-guia de segurança, é obrigatório o uso de duplo talabarte, mosquetão

de aço inox com abertura mínima de cinquenta milímetros e dupla trava. (incluído pela Portaria SIT n.º 201, de

21 de janeiro de 2011)

18.24 Armazenagem e Estocagem de Materiais

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18.24.1 Os materiais devem ser armazenados e estocados de modo a não prejudicar o trânsito de pessoas e

de trabalhadores, a circulação de materiais, o acesso aos equipamentos de combate a incêndio, não obstruir

portas ou saídas de emergência e não provocar empuxos ou sobrecargas nas paredes, lajes ou estruturas de

sustentação, além do previsto em seu dimensionamento.

18.24.2 As pilhas de materiais, a granel ou embalados, devem ter forma e altura que garantam a sua

estabilidade e facilitem o seu manuseio.

18.24.2.1 Em pisos elevados, os materiais não podem ser empilhados a uma distância de suas bordas menor

que a equivalente à altura da pilha. Exceção feita quando da existência de elementos protetores

dimensionados para tal fim.

18.24.3 Tubos, vergalhões, perfis, barras, pranchas e outros materiais de grande comprimento ou dimensão

devem ser arrumados em camadas, com espaçadores e peças de retenção, separados de acordo com o tipo

de material e a bitola das peças.

18.24.4 O armazenamento deve ser feito de modo a permitir que os materiais sejam retirados obedecendo à

seqüência de utilização planejada, de forma a não prejudicar a estabilidade das pilhas.

18.24.5 Os materiais não podem ser empilhados diretamente sobre piso instável, úmido ou desnivelado.

18.24.6 A cal virgem deve ser armazenada em local seco e arejado.

18.24.7 Os materiais tóxicos, corrosivos, inflamáveis ou explosivos devem ser armazenados em locais

isolados, apropriados, sinalizados e de acesso permitido somente a pessoas devidamente autorizadas. Estas

devem ter conhecimento prévio do procedimento a ser adotado em caso de eventual acidente.

18.24.8 As madeiras retiradas de andaimes, tapumes, fôrmas e escoramentos devem ser empilhadas, depois

de retirados ou rebatidos os pregos, arames e fitas de amarração.

18.24.9 Os recipientes de gases para solda devem ser transportados e armazenados adequadamente,

obedecendo-se às prescrições quanto ao transporte e armazenamento de produtos inflamáveis.

18.25 Transporte de Trabalhadores em Veículos Automotores

18.25.1 O transporte coletivo de trabalhadores em veículos automotores dentro do canteiro ou fora dele deve

observar as normas de segurança vigentes.

18.25.2 O transporte coletivo dos trabalhadores deve ser feito através de meios de transportes normalizados

pelas entidades competentes e adequados às características do percurso.

18.25.3 O transporte coletivo dos trabalhadores deve ter autorização prévia da autoridade competente,

devendo o condutor mantê-la no veículo durante todo o percurso.

18.25.4 A condução do veículo deve ser feita por condutor habilitado para o transporte coletivo de passageiros.

18.25.5 A utilização de veículos, a título precário para transporte de passageiros, somente será permitida em

vias que não apresentem condições de tráfego para ônibus. Neste caso, os veículos devem apresentar as

seguintes condições mínimas de segurança:

a) carroceria em todo o perímetro do veículo, com guardas altas e cobertura de altura livre de 2,10m (dois

metros e dez centímetros) em relação ao piso da carroceria, ambas com material de boa qualidade e

resistência estrutural que evite o esmagamento e não permita a projeção de pessoas em caso de colisão e/ou

tombamento do veículo;

b) assentos com espuma revestida de 0,45m (quarenta e cinco centímetros) de largura por 0,35m (trinta e

cinco centímetros) de profundidade de 0,45m (quarenta e cinco centímetros) de altura com encosto e cinto de

segurança tipo 3 (três) pontos;

c) barras de apoio para as mãos a 0,10m (dez centímetros) da cobertura e para os braços e mãos entre os

assentos;

d) a capacidade de transporte de trabalhadores será dimensionada em função da área dos assentos acrescida

do corredor de passagem de pelo menos 0,80m (oitenta centímetros) de largura;

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e) o material transportado, como ferramentas e equipamentos, deve estar acondicionado em compartimentos

separados dos trabalhadores, de forma a não causar lesões aos mesmos numa eventual ocorrência de

acidente com o veículo;

f) escada, com corrimão, para acesso pela traseira da carroceria, sistemas de ventilação nas guardas altas e

de comunicação entre a cobertura e a cabine do veículo;

g) só será permitido o transporte de trabalhadores acomodados nos assentos acima dimensionados.

18.26 Proteção Contra Incêndio

18.26.1 É obrigatória a adoção de medidas que atendam, de forma eficaz, às necessidades de prevenção e

combate a incêndio para os diversos setores, atividades, máquinas e equipamentos do canteiro de obras.

18.26.2 Deve haver um sistema de alarme capaz de dar sinais perceptíveis em todos os locais da construção.

18.26.3 É proibida a execução de serviços de soldagem e corte a quente nos locais onde estejam depositadas,

ainda que temporariamente, substâncias combustíveis, inflamáveis e explosivas.

18.26.4 Nos locais confinados e onde são executados pinturas, aplicação de laminados, pisos, papéis de

parede e similares, com emprego de cola, bem como nos locais de manipulação e emprego de tintas, solventes

e outras substâncias combustíveis, inflamáveis ou explosivas, devem ser tomadas as seguintes medidas de

segurança:

a) proibir fumar ou portar cigarros ou assemelhados acesos, ou qualquer outro material que possa produzir

faísca ou chama;

b) evitar, nas proximidades, a execução de operação com risco de centelhamento, inclusive por impacto entre

peças;

c) utilizar obrigatoriamente lâmpadas e luminárias à prova de explosão;

d) instalar sistema de ventilação adequado para a retirada de mistura de gases, vapores inflamáveis ou

explosivos do ambiente;

e) colocar nos locais de acesso placas com a inscrição "Risco de Incêndio" ou "Risco de Explosão";

f) manter cola e solventes em recipientes fechados e seguros;

g) quaisquer chamas, faíscas ou dispositivos de aquecimento devem ser mantidos afastados de fôrmas, restos

de madeiras, tintas, vernizes ou outras substâncias combustíveis, inflamáveis ou explosivas.

18.26.5 Os canteiros de obra devem ter equipes de operários organizadas e especialmente treinadas no

correto manejo do material disponível para o primeiro combate ao fogo.

18.27 Sinalização de Segurança

18.27.1 O canteiro de obras deve ser sinalizado com o objetivo de:

a) identificar os locais de apoio que compõem o canteiro de obras;

b) indicar as saídas por meio de dizeres ou setas;

c) manter comunicação através de avisos, cartazes ou similares;

d) advertir contra perigo de contato ou acionamento acidental com partes móveis das máquinas e

equipamentos.

e) advertir quanto a risco de queda;

f) alertar quanto à obrigatoriedade do uso de EPI, específico para a atividade executada, com a devida

sinalização e advertência próximas ao posto de trabalho;

g) alertar quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação de materiais por grua, guincho e

guindaste;

h) identificar acessos, circulação de veículos e equipamentos na obra;

i) advertir contra risco de passagem de trabalhadores onde o pé-direito for inferior a 1,80m (um metro e oitenta

centímetros);

j) identificar locais com substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis, explosivas e radioativas.

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18.27.2 É obrigatório o uso de colete ou tiras refletivas na região do tórax e costas quando o trabalhador estiver

a serviço em vias públicas, sinalizando acessos ao canteiro de obras e frentes de serviços ou em

movimentação e transporte vertical de materiais.

18.27.3 A sinalização de segurança em vias públicas deve ser dirigida para alertar os motoristas, pedestres e

em conformidade com as determinações do órgão competente.

18.28 Treinamento

18.28.1 Todos os empregados devem receber treinamentos admissional e periódico, visando a garantir a

execução de suas atividades com segurança.

18.28.2 O treinamento admissional deve ter carga horária mínima de 6 (seis) horas, ser ministrado dentro do

horário de trabalho, antes de o trabalhador iniciar suas atividades, constando de:

a) informações sobre as condições e meio ambiente de trabalho;

b) riscos inerentes a sua função;

c) uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual - EPI;

d) informações sobre os Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC, existentes no canteiro de obra.

18.28.3 O treinamento periódico deve ser ministrado:

a) sempre que se tornar necessário;

b) ao início de cada fase da obra.

18.28.4 Nos treinamentos, os trabalhadores devem receber cópias dos procedimentos e operações a serem

realizadas com segurança.

18.29 Ordem e Limpeza

18.29.1 O canteiro de obras deve apresentar-se organizado, limpo e desimpedido, notadamente nas vias de

circulação, passagens e escadarias.

18.29.2 O entulho e quaisquer sobras de materiais devem ser regulamente coletados e removidos. Por ocasião

de sua remoção, devem ser tomados cuidados especiais, de forma a evitar poeira excessiva e eventuais riscos.

18.29.3 Quando houver diferença de nível, a remoção de entulhos ou sobras de materiais deve ser realizada

por meio de equipamentos mecânicos ou calhas fechadas.

18.29.4 É proibida a queima de lixo ou qualquer outro material no interior do canteiro de obras.

18.29.5 É proibido manter lixo ou entulho acumulado ou exposto em locais inadequados do canteiro de obras.

18.30 Tapumes e Galerias

18.30.1 É obrigatória a colocação de tapumes ou barreiras sempre que se executarem atividades da indústria

da construção, de forma a impedir o acesso de pessoas estranhas aos serviços.

18.30.2 Os tapumes devem ser construídos e fixados de forma resistente, e ter altura mínima de 2,20m (dois

metros e vinte centímetros) em relação ao nível do terreno.

18.30.3 Nas atividades da indústria da construção com mais de 2 (dois) pavimentos a partir do nível do meio-

fio, executadas no alinhamento do logradouro, é obrigatória a construção de galerias sobre o passeio, com

altura interna livre de no mínimo 3,00m (três metros).

18.30.3.1 Em caso de necessidade de realização de serviços sobre o passeio, a galeria deve ser executada na

via pública, devendo neste caso ser sinalizada em toda sua extensão, por meio de sinais de alerta aos

motoristas nos dois extremos e iluminação durante a noite, respeitando-se à legislação do Código de Obras

Municipal e de trânsito em vigor.

18.30.4 As bordas da cobertura da galeria devem possuir tapumes fechados com altura mínima de 1,00m (um

metro), com inclinação de aproximadamente 45º (quarenta e cinco graus).

18.30.5 As galerias devem ser mantidas sem sobrecargas que prejudiquem a estabilidade de suas estruturas.

18.30.6 Existindo risco de queda de materiais nas edificações vizinhas, estas devem ser protegidas.

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18.30.7 Em se tratando de prédio construído no alinhamento do terreno, a obra deve ser protegida, em toda a

sua extensão, com fechamento por meio de tela.

18.30.8 Quando a distância da demolição ao alinhamento do terreno for inferior a 3,00m (três metros), deve ser

feito um tapume no alinhamento do terreno, de acordo com o subitem 18.30.1.

18.31 Acidente Fatal

18.31.1 Em caso de ocorrência de acidente fatal, é obrigatória a adoção das seguintes medidas:

a) comunicar o acidente fatal, de imediato, à autoridade policial competente e ao órgão regional do Ministério

do Trabalho, que repassará imediatamente ao sindicato da categoria profissional do local da obra;

b) isolar o local diretamente relacionado ao acidente, mantendo suas características até sua liberação pela

autoridade policial competente e pelo órgão regional do Ministério do Trabalho.

18.31.1.1 A liberação do local poderá ser concedida após a investigação pelo órgão regional competente do

Ministério do Trabalho, que ocorrerá num prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas, contado do protocolo de

recebimento da comunicação escrita ao referido órgão, podendo, após esse prazo, serem suspensas as

medidas referidas na alínea "b" do subitem 18.31.1.

18.32 Dados Estatísticos

(Revogado pela Portaria SIT n.º 237, de 10 de junho de 2011)

18.32.1 O empregador deve encaminhar, por meio do serviço de postagem, à FUNDACENTRO, o Anexo I,

Ficha de Acidente do Trabalho, desta norma até 10 (dez) dias após o acidente, mantendo cópia e protocolo de

encaminhamento por um período de 3 (três) anos, para fins de fiscalização do órgão regional competente do

Ministério do Trabalho - MTb. (Revogado pela Portaria SIT n.º 237, de 10 de junho de 2011)

18.32.1.1 A Ficha de Acidente do Trabalho refere-se tanto ao acidente fatal, ao acidente com e sem

afastamento, quanto a doença do trabalho. (Revogado pela Portaria SIT n.º 237, de 10 de junho de 2011)

18.32.1.2 A Ficha de Acidente do Trabalho deve ser preenchida pelo empregador no estabelecimento da

empresa que ocorrer o acidente ou doença do trabalho. (Revogado pela Portaria SIT n.º 237, de 10 de junho

de 2011)

18.32.2 O empregador deve encaminhar, por meio do serviço de postagem, à FUNDACENTRO, o Anexo II,

Resumo Estatístico Anual, desta norma até o último dia útil de fevereiro do ano subseqüente, mantendo cópia e

protocolo de encaminhamento por um período de 3 (três) anos, para fins de fiscalização do órgão regional

competente do Ministério do Trabalho - MTb. (Revogado pela Portaria SIT n.º 237, de 10 de junho de 2011)

18.33 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CIPA nas empresas da Indústria da Construção

18.33.1 A empresa que possuir na mesma cidade 1 (um) ou mais canteiros de obra ou frentes de trabalho, com

menos de 70 (setenta) empregados, deve organizar CIPA centralizada.

18.33.2 A CIPA centralizada será composta de representantes do empregador e dos empregados, devendo ter

pelo menos 1 (um) representante titular e 1 (um) suplente, por grupo de até 50 (cinqüenta) empregados em

cada canteiro de obra ou frente de trabalho, respeitando-se a paridade prevista na NR 5.

18.33.3 A empresa que possuir 1 (um) ou mais canteiros de obra ou frente de trabalho com 70 (setenta) ou

mais empregados em cada estabelecimento, fica obrigada a organizar CIPA por estabelecimento.

18.33.4 Ficam desobrigadas de constituir CIPA os canteiros de obra cuja construção não exceda a 180 (cento

e oitenta) dias, devendo, para o atendimento do disposto neste item, ser constituída comissão provisória de

prevenção de acidentes, com eleição paritária de 1 (um) membro efetivo e 1 (um) suplente, a cada grupo de 50

(cinqüenta) trabalhadores.

18.33.5 As empresas que possuam equipes de trabalho itinerantes deverão considerar como estabelecimento

a sede da equipe.

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18.33.6 As subempreiteiras que pelo número de empregados não se enquadrarem no subitem 18.33.3

participarão com, no mínimo 1 (um) representante das reuniões, do curso da CIPA e das inspeções realizadas

pela CIPA da contratante.

18.33.7 Aplicam-se às empresas da indústria da construção as demais disposições previstas na NR 5, naquilo

em que não conflitar com o disposto neste item.

18.34 Comitês Permanentes Sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção

18.34.1 Fica criado o Comitê Permanente Nacional sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria

da Construção, denominado CPN, e os Comitês Permanentes Regionais sobre Condições e Meio Ambiente do

Trabalho na Indústria da Construção, denominados CPR (Unidade(s) da Federação).

18.34.2 O CPN será composto de 3 (três) a 5 (cinco) representantes titulares do governo, dos empregadores e

dos empregados, sendo facultada a convocação de representantes de entidades técnico-científicas ou de

profissionais especializados, sempre que necessário. (Alterado pela Portaria SSST n.º 63, de 28 de dezembro

de 1998)

18.34.2.1 No primeiro mandato anual, o coordenador do CPN será indicado pela Secretaria de Segurança e

Saúde no Trabalho, no segundo pela FUNDACENTRO e, nos mandatos subseqüentes, a coordenação será

indicada pelos membros da Comissão, dentre seus pares.

18.34.2.2 À coordenação do CPN cabe convocar pelo menos uma reunião semestral, destinada a analisar o

trabalho desenvolvido no período anterior e traçar diretrizes para o ano seguinte.

18.34.2.3 O CPN pode ser convocado por qualquer de seus componentes, através da coordenação, com

antecedência mínima de 30 (trinta) dias, reunindo-se com a presença de pelo menos metade dos membros.

18.34.2.4 Os representantes integrantes do grupo de apoio técnico-científico do CPN não terão direito a voto,

garantido o direito de voz.

18.34.2.5 As disposições anteriores aplicam-se aos Comitês Regionais, observadas as representações em

âmbito estadual.

18.34.2.6 São atribuições do CPN:

a) deliberar a respeito das propostas apresentadas pelos CPR, ouvidos os demais CPR;

b) encaminhar ao Ministério do Trabalho as propostas aprovadas;

c) justificar aos CPR a não aprovação das propostas apresentadas;

d) elaborar propostas, encaminhando cópia aos CPR;

e) aprovar os Regulamentos Técnicos de Procedimentos - RTP.

18.34.3 O CPR será composto de 3 (três) a 5 (cinco) representantes titulares e suplentes do Governo, dos

trabalhadores, dos empregadores e de 3 (três) a 5 (cinco) titulares e suplentes de entidades de profissionais

especializados em segurança e saúde do trabalho como apoio técnico-científico.

18.34.3.1 As propostas resultantes dos trabalhos de cada CPR serão encaminhadas ao CPN. Aprovadas,

serão encaminhadas ao Ministério do Trabalho, que dará andamento às mudanças, por meio de dispositivos

legais pertinentes, no prazo máximo de 90 (noventa) dias.

18.34.3.2 Nos estados onde funcionarem organizações tripartites que atendem às atribuições estabelecidas

para os CPR, presume-se que aquelas sejam organismos substitutivos destes.

18.34.3.3 São atribuições dos Comitês Regionais - CPR:

a) estudar e propor medidas para o controle e a melhoria das condições e dos ambientes de trabalho na

indústria da construção;

b) implementar a coleta de dados sobre acidentes de trabalho e doenças ocupacionais na indústria da

construção, visando estimular iniciativas de aperfeiçoamento técnico de processos construtivos, de máquinas,

equipamentos, ferramentas e procedimentos nas atividades da indústria da construção;

c) participar e propor campanhas de prevenção de acidentes para a indústria da construção;

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d) incentivar estudos e debates visando ao aperfeiçoamento permanente das normas técnicas,

regulamentadoras e de procedimentos na indústria da construção;

e) encaminhar o resultado de suas propostas ao CPN;

f) apreciar propostas encaminhadas pelo CPN, sejam elas oriundas do próprio CPN ou de outro CPR;

g) negociar cronograma para gradativa implementação de itens da Norma que não impliquem em grave e

iminente risco, atendendo as peculiaridades e dificuldades regionais, desde que sejam aprovadas por

consenso e homologados pelo Comitê Permanente Nacional - CPN. (Incluído pela Portaria SSST n.º 20, de 17

de abril de 1998)

18.34.3.3.1 As propostas resultantes de negociações do CPR, conduzidas na forma do disposto na alínea "g"

do subitem 18.34.3.3, serão encaminhadas à autoridade regional competente do Ministério do Trabalho, que

dará garantias ao seu cumprimento por meio de dispositivos legais pertinentes, de acordo com as prerrogativas

que lhe são atribuídas pelo subitem 28.1.4.3, da Norma Regulamentadora 28.(Incluído pela Portaria SSST n.º

20, de 17 de abril de 1998)

18.34.4 O CPN e os CPR funcionarão na forma que dispuserem os regulamentos internos a serem elaborados

após sua constituição.

18.35 Recomendações Técnicas de Procedimentos RTP

18.35.1 O Ministério do Trabalho, através da Fundação Jorge Duprat de Figueiredo de Segurança e Medicina

do Trabalho - FUNDACENTRO, publicará "Recomendações Técnicas de Procedimentos - RTP", após sua

aprovação pelo Comitê Permanente Nacional sobre Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da

Construção - CPN, visando subsidiar as empresas no cumprimento desta Norma. (Alterado pela Portaria SSST

n.º 07, de 3 de março de 1997)

RTP 01 - Medidas de Proteção contra Quedas de Altura.

RTP 02 - Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas - Elevadores de Obra.

RTP 03 - Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas.

RTP 04 - Escadas, Rampas e Passarelas.

RTP 05 - Instalações Elétricas Temporárias em Canteiros de Obras.

18.36 Disposições Gerais

18.36.1 São de observância, ainda, as disposições constantes dos subitens 18.36.2 a 18.36.7. (Alterado pela

Portaria SSST n.º 07, de 3 de março de 1997)

18.36.2 Quanto às máquinas, equipamentos e ferramentas diversas:

a) os protetores removíveis só podem ser retirados para limpeza, lubrificação, reparo e ajuste, e após devem

ser, obrigatoriamente, recolocados;

b) os operadores não podem se afastar da área de controle das máquinas ou equipamentos sob sua

responsabilidade, quando em funcionamento;

c) nas paradas temporárias ou prolongadas, os operadores de máquinas e equipamentos devem colocar os

controles em posição neutra, acionar os freios e adotar outras medidas com o objetivo de eliminar riscos

provenientes de funcionamento acidental;

d) inspeção, limpeza, ajuste e reparo somente devem ser executados com a máquina ou o equipamento

desligado, salvo se o movimento for indispensável à realização da inspeção ou ajuste;

e) quando o operador de máquinas ou equipamentos tiver a visão dificultada por obstáculos, deve ser exigida a

presença de um sinaleiro para orientação do operador;

f) as ferramentas manuais não devem ser deixadas sobre passagens, escadas, andaimes e outras superfícies

de trabalho ou de circulação, devendo ser guardadas em locais apropriados, quando não estiverem em uso;

g) antes da fixação de pinos por ferramenta de fixação a pólvora, devem ser verificados o tipo e a espessura da

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parede ou laje, o tipo de pino e finca-pino mais adequados, e a região oposta à superfície de aplicação deve

ser previamente inspecionada;

h) o operador não deve apontar a ferramenta de fixação a pólvora para si ou para terceiros.

18.36.3 Quanto à escavação, fundação e desmonte de rochas:

a) antes de ser iniciada uma obra de escavação ou de fundação, o responsável deve procurar se informar a

respeito da existência de galerias, canalizações e cabos, na área onde serão realizados os trabalhos, bem

como estudar o risco de impregnação do subsolo por emanações ou produtos nocivos;

b) os escoramentos devem ser inspecionados diariamente;

c) quando for necessário rebaixar o lençol d'água (freático), os serviços devem ser executados por pessoas ou

empresas qualificadas;

d) cargas e sobrecargas ocasionais, bem como possíveis vibrações, devem ser levadas em consideração para

determinar a inclinação das paredes do talude, a construção do escoramento e o cálculo dos elementos

necessários;

e) a localização das tubulações deve ter sinalização adequada;

f) as escavações devem ser realizadas por pessoal qualificado, que orientará os operários, quando se

aproximarem das tubulações até a distância mínima de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros);

g) o tráfego próximo às escavações deve ser desviado e, na sua impossibilidade, reduzida a velocidade dos

veículos;

h) devem ser construídas passarelas de largura mínima de 0,60m (sessenta centímetros), protegidas por

guardacorpos, quando for necessário o trânsito sobre a escavação;

i) quando o bate-estacas não estiver em operação, o pilão deve permanecer em repouso sobre o solo ou no fim

da guia de seu curso;

j) para pilões a vapor, devem ser dispensados cuidados especiais às mangueiras e conexões, devendo o

controle de manobras das válvulas estar sempre ao alcance do operador;

k) para trabalhar nas proximidades da rede elétrica, a altura e/ou distância dos bate-estacas deve atender à

distância mínima exigida pela concessionária;

l) para a proteção contra a projeção de pedras, deve ser coberto todo o setor (área entre as minas, carregadas)

com malha de ferro de 1/4" a 3/16", de 0,15m (quinze centímetros) e pontiada de solda, devendo ser

arrumados sobre a malha pneus para formar uma camada amortecedora.

18.36.4 Quanto a estruturas de concreto:

a) antes do início dos trabalhos deve ser designado um encarregado experiente para acompanhar o serviço e

orientar a equipe de retirada de fôrmas quanto às técnicas de segurança a serem observadas;

b) durante a descarga de vergalhões de aço a área deve ser isolada para evitar a circulação de pessoas

estranhas ao serviço;

c) os feixes de vergalhões de aço que forem deslocados por guinchos, guindastes ou gruas, devem ser

amarrados de modo a evitar escorregamento;

d) durante os trabalhos de lançamento e vibração de concreto, o escoramento e a resistência das fôrmas

devem ser inspecionados por profissionais qualificados.

18.36.5 Quanto a escadas:

a) as escadas de mão portáteis e corrimão de madeira não devem apresentar farpas, saliências ou emendas;

b) as escadas fixas, tipo marinheiro, devem ser presas no topo e na base;

c) as escadas fixas, tipo marinheiro, de altura superior a 5,00m (cinco metros), devem ser fixadas a cada 3,00m

(três metros).

18.36.6 Quanto à movimentação e transporte de materiais e de pessoas:

a) o código de sinais recomendado é o seguinte:

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I. elevar carga: antebraço na posição vertical; dedo indicador para mover a mão em pequeno círculo

horizontal;

II. abaixar carga: braço estendido na horizontal; palma da mão para baixo; mover a mão para cima e para

baixo;

III. parar: braço estendido; palma da mão para baixo; manter braço e mão rígidos na posição;

IV. parada de emergência: braço estendido; palma da mão para baixo; mover a mão para a direita e a

esquerda rapidamente;

V. suspender a lança: braço estendido; mão fechada, polegar apontado para cima; mover a mão para cima e

para baixo;

VI. abaixar a lança: braço estendido; mão fechada; polegar apontado para baixo; erguer a mão para cima e

para baixo;

VII. girar a lança: braço estendido; apontar com o indicador no sentido do movimento;

VIII. mover devagar: o mesmo que em I ou II, porém com a outra mão colocada atrás ou abaixo da mão de

sinal;

IX. elevar lança e abaixar carga: usar III e V com as duas mãos simultaneamente;

X. abaixar lança e elevar carga: usar I e VI, com as duas mãos, simultaneamente;

b) deve haver um código de sinais afixado em local visível, para comandar as operações dos equipamentos de

guindar.

c) os diâmetros mínimos para roldanas e eixos em função dos cabos usados são:

d) peças com mais de 2,00m (dois metros) de comprimento devem ser amarradas na estrutura do elevador;

e) as caçambas devem ser construídas de chapas de aço e providas de corrente de segurança ou outro

dispositivo que limite sua inclinação por ocasião da descarga.

18.36.7 Quanto a estruturas metálicas:

a) os andaimes utilizados na montagem de estruturas metálicas devem ser suportados por meio de vergalhões

de ferro, fixados à estrutura, com diâmetro mínimo de 0,018m (dezoito milímetros);

b) em locais de estrutura, onde, por razões técnicas, não se puder empregar os andaimes citados na alínea

anterior, devem ser usadas plataformas com tirantes de aço ou vergalhões de ferro, com diâmetro mínimo de

0,012m (doze milímetros), devidamente fixados a suportes resistentes;

c) os andaimes referidos na alínea "a" devem ter largura mínima de 0,90m (noventa centímetros) e proteção

contra quedas conforme subitem 18.13.5.

Diâmetro do Cabo (mm) Diâmetro da Roldana (cm) Diâmetro do Eixo (mm)

12,70 30 30

15,80 35 40

19,00 40 43

22,20 46 49

25,40 51 55

d) as escadas de mão somente podem ser usadas quando apoiadas no solo.

18.37 Disposições Finais

18.37.1 Devem ser colocados, em lugar visível para os trabalhadores, cartazes alusivos à prevenção de

acidentes e doenças de trabalho.

18.37.2 É obrigatório o fornecimento de água potável, filtrada e fresca para os trabalhadores por meio de

bebedouros de jato inclinado ou equipamento similar que garanta as mesmas condições, na proporção de 1

(um) para cada grupo de 25 (vinte e cinco) trabalhadores ou fração.

18.37.2.1 O disposto neste subitem deve ser garantido de forma que, do posto de trabalho ao bebedouro, não

haja deslocamento superior a 100 (cem) metros, no plano horizontal e 15 (quinze) metros no plano vertical.

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18.37.2.2 Na impossibilidade de instalação de bebedouro dentro dos limites referidos no subitem anterior, as

empresas devem garantir, nos postos de trabalho, suprimento de água potável, filtrada e fresca fornecida em

recipientes portáteis hermeticamente fechados, confeccionados em material apropriado, sendo proibido o uso

de copos coletivos.

18.37.2.3 Em regiões do país ou estações do ano de clima quente deve ser garantido o fornecimento de água

refrigerada.

18.37.2.4 A área do canteiro de obra deve ser dotada de iluminação externa adequada.

18.37.2.5 Nos canteiros de obras, inclusive nas áreas de vivência, deve ser previsto escoamento de águas

pluviais.

18.37.2.6 Nas áreas de vivência dotadas de alojamento, deve ser solicitada à concessionária local a instalação

de um telefone comunitário ou público.

18.37.3 É obrigatório o fornecimento gratuito pelo empregador de vestimenta de trabalho e sua reposição,

quando danificada.

18.37.4 Para fins da aplicação desta NR, são considerados trabalhadores habilitados aqueles que comprovem

perante o empregador e a inspeção do trabalho uma das seguintes condições:

a) capacitação, mediante curso específico do sistema oficial de ensino;

b) capacitação, mediante curso especializado ministrado por centros de treinamento e reconhecido pelo

sistema oficial de ensino.

18.37.5 Para fins da aplicação desta NR, são considerados trabalhadores qualificados aqueles que comprovem

perante o empregador e a inspeção do trabalho uma das seguintes condições:

a) capacitação mediante treinamento na empresa;

b) capacitação mediante curso ministrado por instituições privadas ou públicas, desde que conduzido por

profissional habilitado;

c) ter experiência comprovada em Carteira de Trabalho de pelo menos 6 (seis) meses na função.

18.37.6 Aplicam-se à indústria da construção, nos casos omissos, as disposições constantes nas demais

Normas Regulamentadoras da Portaria no 3.214/78 e suas alterações posteriores.

18.37.7 É facultada às empresas construtoras, regularmente registradas no Sistema CONFEA/CREA, sob

responsabilidade de profissional de Engenharia, em situações especiais não previstas nesta NR, mediante

cumprimento dos requisitos previstos nos subitens seguintes, a adoção de soluções alternativas referentes às

medidas de proteção coletiva, a adoção de técnicas de trabalho e uso de equipamentos, tecnologias e outros

dispositivos que: (Alterado pela Portaria SIT n.º 237, de 10 de junho de 2011)

a) propiciem avanço tecnológico em segurança, higiene e saúde dos trabalhadores;

b) objetivem a implementação de medidas de controle e de sistemas preventivos de segurança nos processos,

nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção;

c) garantam a realização das tarefas e atividades de modo seguro e saudável.

18.37.7.1 Os procedimentos e meios de proteção adotados devem estar sob responsabilidade de Engenheiro

legalmente habilitado e de Engenheiro de Segurança do Trabalho com a devida emissão de Anotação de

Responsabilidade Técnica - ART. (Alterado pela Portaria SIT n.º 237, de 10 de junho de 2011)

18.37.7.2 As tarefas a serem executadas mediante a adoção de soluções alternativas devem estar

expressamente previstas em procedimentos de segurança do trabalho, nos quais devem constar:

(Alterado pela Portaria SIT n.º 237, de 10 de junho de 2011)

a) os riscos aos quais os trabalhadores estarão expostos;

b) a descrição dos equipamentos e das medidas de proteção coletiva a serem implementadas;

c) a identificação e a indicação dos equipamentos de proteção individual - EPI a serem utilizados;

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d) a descrição de uso e a indicação de procedimentos quanto aos Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC e

EPI, conforme as etapas das tarefas a serem realizadas;

e) a descrição das ações de prevenção a serem observadas durante a execução dos serviços, dentre outras

medidas a serem previstas e prescritas pelo Engenheiro de Segurança responsável.

18.37.7.3 Os equipamentos utilizados, observado o disposto na NR-12, devem possuir:

(Alterado pela Portaria SIT n.º 237, de 10 de junho de 2011)

a) manual do proprietário ou de instruções de uso emitido pelo fabricante;

b) manual de manutenção, montagem e desmontagem.

18.37.7.4 As tarefas envolvendo soluções alternativas somente devem ser iniciadas com autorização especial,

precedida de Análise Preliminar de Risco - APR e Permissão de Trabalho - PT, que contemplem os

treinamentos, os procedimentos operacionais, os materiais, as ferramentas e outros dispositivos necessários à

execução segura da tarefa. (Alterado pela Portaria SIT n.º 237, de 10 de junho de 2011)

18.37.7.4.1 A APR poderá ser elaborada por profissional ou por equipe multidisciplinar, desde que aprovada

por Engenheiro de Segurança do Trabalho, com emissão de ART específica. (Inserido pela Portaria SIT n.º

237, de 10 de junho de 2011)

18.37.7.5 A documentação relativa à adoção de soluções alternativas integra o PCMAT, devendo ser mantida

no estabelecimento - canteiro de obras ou frente de trabalho ou serviço - acompanhada das respectivas

memórias de cálculo, especificações técnicas e procedimentos de trabalho, e ser disponibilizada para

conhecimento dos trabalhadores e do Sindicato da categoria. (Inserido pela Portaria SIT n.º 237, de 10 de

junho de 2011)

18.37.7.6 As soluções alternativas adotadas na forma do subitem 18.37.7 e as respectivas memórias de

cálculo, especificações técnicas e memoriais descritivos devem ser mantidas no estabelecimento - canteiro de

obras ou frente de trabalho ou serviço, à disposição da fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego.

(Inserido pela Portaria SIT n.º 237, de 10 de junho de 2011)

18.37.8 A FUNDACENTRO fará publicar anualmente e comunicará ao órgão regional competente do Ministério

do Trabalho, até no máximo 30 de junho de cada ano, os resultados estatísticos a ela encaminhados, relativos

ao exercício anterior.

18.38 Disposições Transitórias

18.38.1 O Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT, referido

no subitem 18.3.1., deverá ser elaborado e implantado nos dois primeiros anos, a partir da vigência desta

Norma, conforme abaixo discriminado:

a) no primeiro ano de vigência desta NR, nos estabelecimentos com 100 (cem) ou mais trabalhadores;

b) no segundo ano de vigência desta NR, nos estabelecimentos com 50 (cinqüenta) ou mais trabalhadores.

18.38.2 O elevador de passageiros referido no subitem 18.14.23.1.1 será exigido após 4 (quatro) anos de

vigência desta Norma, desde que haja pelo menos 30 (trinta) ou mais trabalhadores.

18.38.3 No terceiro e quarto anos de vigência desta Norma, o elevador de passageiros deve ser instalado a

partir da 7a laje dos edifícios em construção com 10 (dez) ou mais pavimentos ou altura equivalente cujo

canteiro de obras possua, pelo menos, 40 (quarenta) trabalhadores.

18.38.4 As empresas que fabricam, locam, comercializam ou utilizam os andaimes referidos no subitem

18.15.47, devem adequar os referidos equipamentos, em um prazo máximo de 1 (um) ano, a partir da vigência

desta Norma.

18.39 Glossário

Acidente Fatal - quando provoca a morte do trabalhador.

Acidente Grave - quando provoca lesões incapacitantes no trabalhador.

Alta-Tensão - é a distribuição primária, em que a tensão é igual ou superior a 2.300 volts.

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Altura Livre Móvel - Altura máxima atingida pela grua sem a utilização de ancoragens ou estaiamentos.

Amarras - cordas, correntes e cabos de aço que se destinam a amarrar ou prender equipamentos à estrutura.

Ancorada (ancorar) - ato de fixar por meio de cordas, cabos de aço e vergalhões, propiciando segurança e

estabilidade.

Ancoragem - Sistema de fixação entre a estrutura da torre da grua e a edificação.

Andaime:

a) Geral - plataforma para trabalhos em alturas elevadas por estrutura provisória ou dispositivo de sustentação;

b) Simplesmente Apoiado - é aquele cujo estrado está simplesmente apoiado, podendo ser fixo ou deslocar-se

no sentido horizontal;

c) Em Balanço - andaime fixo, suportado por vigamento em balanço;

d) Suspenso Mecânico - é aquele cujo estrado de trabalho é sustentado por travessas suspensas por cabos de

aço e movimentado por meio de guinchos;

e) Cadeira Suspensa (balancim) - é o equipamento cuja estrutura e dimensões permitem a utilização por

apenas uma pessoa e o material necessário para realizar o serviço;

f) Fachadeiro - andaime metálico simplesmente apoiado, fixado à estrutura na extensão da fachada;

g) Multidirecional - equipamento constituído de sistema tubular pré-fabricado com montagem sem utilização de

parafusos e porcas, permitindo o encaixe rápido dos elementos horizontais e diagonais através de uma pinça

com chaveta rápida, que se encaixa em um estribo de engate fixado nos montantes ou postes, proporcionando

sua utilização em diversos ângulos em planta, onde suas conexões podem ser realizadas a cada cinquenta

centímetros de altura; (Inserido pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

h) Tubo e Abraçadeira - sistema constituído por montantes, travessas, diagonais e/ou longarinas tubulares,

através de fixação das partes ou nós por meio de abraçadeira fixa, abraçadeira giratória e/ou luva de

acoplamento”. (Inserido pela Portaria SIT n.º 201, de 21 de janeiro de 2011)

Anteparo - designação genérica das peças (tabiques, biombos, guarda-corpos, pára-lamas etc.) que servem

para proteger ou resguardar alguém ou alguma coisa.

Aterrada / aterramento - Procedimento para proteção contra descargas elétricas, sobretudo atmosféricas.

Consiste, resumidamente, numa conexão entre a estrutura do equipamento e o solo.

Arco Elétrico ou Voltaico - descarga elétrica produzida pela condução de corrente elétrica por meio do ar ou

outro gás, entre dois condutores separados.

Área de Controle das Máquinas - posto de trabalho do operador.

Áreas de Vivência - áreas destinadas a suprir as necessidades básicas humanas de alimentação, higiene,

descanso, lazer, convivência e ambulatória, devendo ficar fisicamente separadas das áreas laborais.

Armação de Aço - conjunto de barras de aço, moldadas conforme sua utilização e parte integrante do concreto

armado.

ART - Anotação de Responsabilidade Técnica, segundo as normas vigentes no sistema CONFEA/CREA.

Aterramento Elétrico - ligação à terra que assegura a fuga das correntes elétricas indesejáveis.

Atmosfera Perigosa - presença de gases tóxicos, inflamáveis e explosivos no ambiente de trabalho.

Autopropelida - máquina ou equipamento que possui movimento próprio.

Bancada - mesa de trabalho.

Banguela - queda livre do elevador, pela liberação proposital do freio do tambor.

Bate-Estacas - equipamento de cravação de estacas por percussão.

Blaster - profissional habilitado para a atividade e operação com explosivos.

Borboleta de Pressão - parafuso de fixação dos painéis dos elevadores.

Botoeira - dispositivo de partida e parada de máquinas.

Braçadeira - correia, faixa ou peça metálica utilizada para reforçar ou prender.

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Cabo-Guia ou de Segurança - cabo ancorado à estrutura, onde são fixadas as ligações dos cintos de

segurança.

Cabos de Ancoragem - cabos de aço destinados à fixação de equipamentos, torres e outros à estrutura.

Cabos de Suspensão - cabo de aço destinado à elevação (içamento) de materiais e equipamentos.

Cabos de Tração - cabos de aço destinados à movimentação de pesos.

Caçamba - recipiente metálico para conter ou transportar materiais.

Calha Fechada - duto destinado a retirar materiais por gravidade.

Calço - acessório utilizado para nivelamento de equipamentos e máquinas em superfície irregular.

Canteiro de Obra - área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução

de uma obra.

Caracteres Indeléveis - qualquer dígito numérico, letra do alfabeto ou um símbolo especial, que não se dissipa,

indestrutível.

CAT - Comunicação de Acidente do Trabalho.

CEI - Cadastro Específico do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, referente à obra.

Cimbramento - escoramento e fixação das fôrmas para concreto armado.

Cinto de Segurança Tipo Pára-quedista - é o que possui tiras de tórax e pernas, com ajuste e presilhas; nas

costas possui uma argola para fixação de corda de sustentação.

CGC - inscrição da empresa no Cadastro Geral de Contribuintes do Ministério da Fazenda.

Chave Blindada - chave elétrica protegida por uma caixa metálica, isolando as partes condutoras de contatos

elétricos.

Chave Elétrica de Bloqueio - é a chave interruptora de corrente.

Chave Magnética - dispositivo com dois circuitos básicos, de comando e de força, destinados a ligar e desligar

quaisquer circuitos elétricos, com comando local ou a distância (controle remoto).

Cinto de Segurança Abdominal - cinto de segurança com fixação apenas na cintura, utilizado para limitar a

movimentação do trabalhador.

Circuito de Derivação - circuito secundário de distribuição.

Coifa - dispositivo destinado a confinar o disco da serra circular.

Coletor de Serragem - dispositivo destinado a recolher e lançar em local adequado a serragem proveniente do

corte de madeira.

Coletor elétrico - Dispositivo responsável pela transmissão da alimentação elétrica da grua da parte fixa (torre)

à parte rotativa.

Condutor Habilitado - condutor de veículos portador de carteira de habilitação expedida pelo órgão competente.

Conexão de Autofixação - conexão que se adapta firmemente à válvula dos pneus dos equipamentos para a

insuflação de ar.

Contrapino - pequena cavilha de ferro; de duas pernas, que se atravessa na ponta de um eixo ou parafuso para

manter no lugar porcas e arruelas.

Contraventamento - sistema de ligação entre elementos principais de uma estrutura para aumentar a rigidez do

conjunto.

Contraventos - elemento que interliga peças estruturais das torres dos elevadores.

Corda Perimétrica - corda que passa através de cada malha nas bordas de uma rede e que determina as

dimensões de uma rede de segurança. (Incluído pela Portaria SIT n.º 157, de 10 de abril de 2006)

Cordas de Sustentação ou de Amarração - cordas utilizadas para atar a corda perimétrica a um suporte

adequado. (Incluído pela Portaria SIT n.º 157, de 10 de abril de 2006)

CPN - Comitê Permanente Nacional sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da

Construção.

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CPR - Comitê Permanente Regional sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção

(Unidade(s) da Federação).

Cutelo Divisor - lâmina de aço que compõe o conjunto de serra circular que mantém separadas as partes

serradas da madeira.

Desmonte de Rocha a Fogo - retirada de rochas com explosivos:

a) Fogo - detonação de explosivo para efetuar o desmonte;

b) Fogacho - detonação complementar ao fogo principal.

Dispositivo auxiliar de içamento - Todo e qualquer dispositivo utilizado para se elevar cargas através do gancho

do moitão. Este é posicionado, geralmente, entre o gancho e a carga.

Dispositivo Limitador de Curso - dispositivo destinado a permitir uma sobreposição segura dos montantes da

escada extensível.

Desmonte de Rocha a Frio - retirada manual de rocha dos locais com auxílio de equipamento mecânico.

Doenças Ocupacionais - são aquelas decorrentes de exposição a substâncias ou condições perigosas

inerentes a processos e atividades profissionais ou ocupacionais.

Dutos Transportadores de Concreto - tubulações destinadas ao transporte de concreto sob pressão.

Elementos Estruturais - elementos componentes de estrutura (pilares, vigas, lages, etc.).

Elevador de Materiais - cabine para transporte vertical de materiais.

Elevador de Passageiros - cabine fechada para transporte vertical de pessoas, com sistema de comando

automático.

Elevador de Caçamba - caixa metálica utilizada no transporte vertical de material a granel.

Em Balanço - sem apoio além da prumada.

Empurrador - dispositivo de madeira utilizado pelo trabalhador na operação de corte de pequenos pedaços de

madeira na serra circular.

Engastamento - fixação rígida da peça à estrutura.

EPI - Equipamento de Proteção Individual - todo dispositivo de uso individual destinado a proteger a saúde e a

integridade física do trabalhador.

Equipamento de Guindar - equipamentos utilizados no transporte vertical de materiais (grua, guincho,

guindaste).

Escada de Abrir - escada de mão constituída de duas peças articuladas na parte superior.

Escada de Mão - escada com montantes interligados por peças transversais.

Escadas de sustentação (Gruas ascensionais) - Estrutura metálica com a função de apoiar a torre da grua na

operação de telescopagem de gruas ascensionais.

Escada Extensível - escada portátil que pode ser estendida em mais de um lance com segurança.

Escada Fixa (tipo marinheiro) - escada de mão fixada em uma estrutura dotada de gaiola de proteção.

Escora - peça de madeira ou metálica empregada no escoramento.

Estabelecimento - cada uma das unidades da empresa, funcionando em lugares diferentes.

Estabilidade Garantida - entende-se como sendo a característica relativa a estruturas, taludes, valas e

escoramentos ou outros elementos que não ofereçam risco de colapso ou desabamento, seja por estarem

garantidos por meio de estruturas dimensionadas para tal fim ou porque apresentem rigidez decorrente da

própria formação (rochas). A estabilidade garantida de uma estrutura será sempre objeto de responsabilidade

técnica de profissional legalmente habilitado.

Estanque - propriedade do sistema de vedação que não permita a entrada ou saída de líquido.

Estaiamento - utilização de tirantes sob determinado ângulo, para fixar os montantes da torre.

Estrado - estrutura plana, em geral de madeira, colocada sobre o andaime.

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Estribo de Apoio - peça metálica, componente básico de andaime suspenso leve que serve de apoio para seu

estrado.

Estronca - peça de esbarro ou escoramento com encosto destinado a impedir deslocamento.

Estrutura de Sustentação - estrutura a qual as redes estão conectadas e que contribuem para absorção da

energia cinética em caso de ações dinâmicas. (Incluído pela Portaria SIT n.º 157, de 10 de abril de 2006)

Estudo Geotécnico - são os estudos necessários à definição de parâmetros do solo ou rocha, tais como

sondagem, ensaios de campo ou ensaios de laboratório.

Etapas de Execução da Obra - seqüência física, cronológica, que compreende uma série de modificações na

evolução da obra.

Explosivo - produto que sob certas condições de temperatura, choque mecânico ou ação química se decompõe

rapidamente para libertar grandes volumes de gases ou calor intenso.

Ferramenta - utensílio empregado pelo trabalhador para realização de tarefas.

Ferramenta de Fixação a Pólvora - ferramenta utilizada como meio de fixação de pinos acionada a pólvora.

Ferramenta Pneumática - ferramenta acionada por ar comprimido.

Freio Automático - dispositivo mecânico que realiza o acionamento de parada brusca do equipamento.

Frente de Trabalho - área de trabalho móvel e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e

execução de uma obra.

Fumos - vapores provenientes da combustão incompleta de metais.

Gaiola Protetora - estrutura de proteção usada em torno de escadas fixas para evitar queda de pessoas.

Galeria - corredor coberto que permite o trânsito de pedestres com segurança.

Gancho de Moitão - acessório para equipamentos de guindar e transportar utilizados para içar cargas.

Gases Confinados - são gases retidos em ambiente com pouca ventilação.

Garfo - Dispositivo auxiliar de içamento utilizado para se transportar "pallets" com blocos de concreto e outros

materiais paletizados.

Guia de Alinhamento - dispositivo fixado na bancada da serra circular, destinado a orientar a direção e a

largura do corte na madeira.

Guincheiro - operador de guincho.

Guincho - equipamento utilizado no transporte vertical de cargas ou pessoas, mediante o enrolamento do cabo

de tração no tambor.

Guincho de Coluna (tipo "Velox") - guincho fixado em poste ou coluna, destinado ao içamento de pequenas

cargas.

Guindaste - veículo provido de uma lança metálica de dimensão variada e motor com potência capaz de

levantar e transportar cargas pesadas.

Grua - equipamento pesado utilizado no transporte horizontal e vertical de materiais.

Gruas Ascensionais - Tipo de grua onde a torre da mesma está apoiada na estrutura da edificação. No

processo de

telescopagem a grua é apoiada na parte superior da edificação e telescopagem para o mesmo.

Gruas Automontantes - Tipo de gruas que possuem um sistema de montagem automática sem a necessidade

de guindaste auxiliar.

Incombustível - material que não se inflama.

Instalações Móveis - contêineres, utilizados como: alojamento, instalações sanitárias e escritórios.

Insuflação de Ar - transferência de ar através de tubo de um recipiente para outro, por diferença de pressão.

Intempéries - os rigores das variações atmosféricas (temperatura, chuva, ventos e umidade).

Isolamento do Local/Acidente - delimitação física do local onde ocorreu o acidente, para evitar a

descaracterização do mesmo.

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Isolantes - são materiais que não conduzem corrente elétrica, ou seja, oferecem alta resistência elétrica.

Lança - Parte da grua por onde percorre o carro de translação da carga.

Lançamento de Concreto - colocação do concreto nas fôrmas, manualmente ou sob pressão.

Lançamento de Partículas - pequenos pedaços de material sólido lançados no ambiente em conseqüência de

ruptura mecânica ou corte do material.

Laudo estrutural - Laudo emitido por profissional ou entidade legalmente habilitada referente às condições

estruturais no que diz respeito à resistência e integridade da estrutura em questão.

Laudo Operacional - Laudo emitido por profissional ou entidade legalmente habilitada referente às condições

operacionais no que diz respeito ao funcionamento e operacionabilidade dos mecanismos, comandos e

dispositivos de segurança da grua.

Lençol Freático - depósito natural de água no subsolo, podendo estar ou não sob pressão.

Legalmente Habilitado - profissional que possui habilitação exigida pela lei.

Levantamento da carga - movimento da grua responsável pela elevação da carga.

Locais Confinados - qualquer espaço com a abertura limitada de entrada e saída da ventilação natural.

Malha - série de cordas organizadas em um modelo geométrico (quadrado ou losango) formando uma rede.

(Incluído pela Portaria SIT n.º 157, de 10 de abril de 2006)

Material Combustível - aquele que possui ponto de fulgor ³70ºC e £ a 93,3ºC.

Material Inflamável - aquele que possui ponto de fulgor £ a 70ºC.

Máquina - aparelho próprio para transmitir movimento ou para utilizar e pôr em ação uma fonte natural de

energia.

Medição Ôhmica - Procedimento para se obter o valor da resistência em ohms do sistema de aterramento.

Moitão - parte da grua que, através de polias, liga o cabo de aço de elevação ao gancho de içamento.

Momento máximo - Indicação do máximo esforço de momento aplicado na estrutura da grua.

Montante - peça estrutural vertical de andaime, torres e escadas.

Nó - cada um dos vértices dos polígonos que formam a malha. (Incluído pela Portaria SIT n.º 157, de 10 de

abril de 2006)

NR - Norma Regulamentadora.

Panagem - tecido da rede. (Incluído pela Portaria SIT n.º 157, de 10 de abril de 2006)

Parafuso Esticador - dispositivo utilizado no tensionamento do cabo de aço para o estaiamento de torre de

elevador.

Pára-Raio - conjunto composto por um terminal aéreo, um sistema de descida e um terminal de aterramento,

com a finalidade de captar descargas elétricas atmosféricas e dissipá-las com segurança.

Passarela - ligação entre dois ambientes de trabalho no mesmo nível, para movimentação de trabalhadores e

materiais, construída solidamente, com piso completo, rodapé e guarda-corpo.

Patamar - plataforma entre dois lances de uma escada.

PCMAT - Programa de Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção.

Perímetro da Obra - linha que delimita o contorno da obra.

Pilão - peça utilizada para imprimir golpes, por gravidade, força hidráulica, pneumática ou explosão.

Piso Resistente - piso capaz de resistir sem deformação ou ruptura aos esforços submetidos.

Plataforma de Proteção - plataforma instalada no perímetro da edificação destinada a aparar materiais em

queda livre.

Plataforma de Retenção de Entulho - plataforma de proteção com inclinação de 45º (quarenta e cinco graus)

com caimento para o interior da obra, utilizada no processo de demolição.

Plataforma de Trabalho - plataforma onde ficam os trabalhadores e materiais necessários à execução dos

serviços.

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Plataforma Principal de Proteção - plataforma de proteção instalada na primeira laje.

Plataforma Secundária de Proteção - plataforma de proteção instalada de 3 (três) em 3 (três) lajes, a partir da

plataforma principal e acima desta.

Plataforma Terciária de Proteção - plataforma de proteção instalada de 2 (duas) em 2 (duas) lajes, a partir da

plataforma principal e abaixo desta.

Prancha - 1. peça de madeira com largura maior que 0,20m (vinte centímetros) e espessura entre 0,04m

(quatro centímetros) e 0,07m (sete centímetros).2. plataforma móvel do elevador de materiais, onde são

transportadas as cargas.

Pranchão - peça de madeira com largura e espessura superiores às de uma prancha.

Prisma de Iluminação e Ventilação - espaço livre dentro de uma edificação em toda a sua altura e que se

destina a garantir a iluminação e a ventilação dos compartimentos.

Protetor Removível - dispositivo destinado à proteção das partes móveis e de transmissão de força mecânica

de máquinas e equipamentos.

Protensão de Cabos - operação de aplicar tensão nos cabos ou fios de aço usados no concreto protendido.

Prumagem - colocação de peças no sentido vertical (linha de prumo).

Rampa - ligação entre 2 (dois) ambientes de trabalho com diferença de nível, para movimentação de

trabalhadores e materiais, construída solidamente com piso completo, rodapé e guarda-corpo.

RTP - Regulamentos Técnicos de Procedimentos - especificam as condições mínimas exigíveis para a

implementação das disposições da NR.

Rampa de Acesso - plano inclinado que interliga dois ambientes de trabalho.

Rede de Proteção - rede de material resistente e elástico com a finalidade de amortecer o choque da queda do

trabalhador.

Rede de Segurança - rede suportada por uma corda perimetral e outros elementos de sustentação. (Incluído

pela Portaria SIT n.º 157, de 10 de abril de 2006)

Roldana - disco com borda canelada que gira em torno de um eixo central.

Rosca de Protensão - dispositivo de ancoragem dos cabos de protensão.

Sapatilha - peça metálica utilizada para a proteção do olhal de cabos de aço.

Sinaleiro - pessoa responsável pela sinalização, emitindo ordens por meio de sinais visuais e/ou sonoros.

Sobrecarga - excesso de carga (peso) considerada ou não no cálculo estrutural.

Soldagem - operações de unir ou remendar peças metálicas com solda.

Talude - inclinação ou declive nas paredes de uma escavação.

Tamanho da Malha - distância medida entre duas seqüências de nós, estando o fio entre estes pontos

estendidos.

(Incluído pela Portaria SIT n.º 157, de 10 de abril de 2006)

Tambor do Guincho - dispositivo utilizado para enrolar e desenrolar o cabo de aço de sustentação do elevador.

Tapume - divisória de isolamento.

Tinta - produto de mistura de pigmento inorgânico com tíner, terebintina e outros diluentes. Inflamável e

geralmente tóxica.

Tirante - cabo de aço tracionado.

Torre de Elevador - sistema metálico responsável pela sustentação do elevador.

Transbordo - transferência de trabalhadores de embarcação para plataforma de trabalho, através de

equipamento de guindar.

Transporte Semimecanizado - é aquele que utiliza, em conjunto, meios mecânicos e esforços físicos do

trabalhador.

Trava de Segurança - sistema de segurança de travamento de máquinas e elevadores.

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Trava-Queda - dispositivo automático de travamento destinado à ligação do cinto de segurança ao cabo de

segurança.

Válvula de Retenção - a que possui em seu interior um dispositivo de vedação que sirva para determinar único

sentido de direção do fluxo.

Veículo Precário - veículo automotor que apresente as condições mínimas de segurança previstas pelo Código

Nacional de Trânsito - CONTRAN.

Vergalhões de Aço - barras de aço de diferentes diâmetros e resistências, utilizadas como parte integrante do

concreto armado.

Verniz - revestimento translúcido, que se aplica sobre uma superfície; solução resinosa em álcool ou em óleos

voláteis.

Vestimenta - roupa adequada para a atividade desenvolvida pelo trabalhador.

Vias de Circulação - locais destinados à movimentação de veículos, equipamentos e/ou pedestres.

Vigas de Sustentação - vigas metálicas onde são presos os cabos de sustentação dos andaimes móveis.

ANEXO I

(Revogado pela Portaria SIT n.º 237, de 10 de junho de 2011)

ANEXO II

(Revogado pela Portaria SIT n.º 237, de 10 de junho de 2011)

ANEXO III - PLANO DE CARGAS PARA GRUAS

(Incluído pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005)

I DADOS DO LOCAL DE INSTALAÇÃO DO(s) EQUIPAMENTO(s): nome do empreendimento, endereço

completo e número máximo de trabalhadores na obra.

II DADOS DA EMPRESA RESPONSÁVEL PELA OBRA: razão social; endereço completo; CNPJ; telefone;

facsímile, endereço eletrônico e Responsável Técnico com número do registro no CREA.

III DADOS DO(s) EQUIPAMENTO(s): tipo; altura inicial e final; comprimento da lança; capacidade de ponta;

capacidade máxima; alcance; marca; modelo e ano de fabricação e demais características singulares do

equipamento.

IV Não havendo identificação de fabricante, deverá ser atendido o disposto no item 18.14.24.15.

V FORNECEDOR(es) / LOCADOR(es) DO(s) EQUIPAMENTO(s) / PROPRIETÁRIO(s) DO(s)

EQUIPAMENTO(s): razão social; endereço completo; CNPJ; telefone; fac-símile, endereço eletrônico (se

houver) e Responsável Técnico com número do registro no CREA.

VI RESPONSÁVEL(is) PELA MANUTENÇÃO DA(s) GRUA(s): razão social; endereço completo; CNPJ;

telefone; fac-símile, endereço eletrônico e Responsável Técnico com número do registro no CREA e número de

registro da Empresa no CREA.

VII RESPONSÁVEL(is) PELA MONTAGEM E OUTROS SERVIÇOS DA(s) GRUA(s): razão social; endereço

completo; CNPJ; telefone; fac-símile, endereço eletrônico e Responsável Técnico com número do registro no

CREA e número de registro da Empresa no CREA.

VIII LOCAL DE INSTALAÇÃO DA(s) GRUA(s) - Deverá ser elaborado um croqui ou planta de localização do

equipamento no canteiro de obras, a partir da Planta Baixa da obra na projeção do térreo e ou níveis

pertinentes, alocando, pelo menos, os seguintes itens:

a) Canteiro(s) / containeres / áreas de vivência;

b) Vias de acesso / circulação de pessoal / veículos;

c) Áreas de carga e descarga de materiais;

d) Áreas de estocagem de materiais;

e) Outros equipamentos (elevadores, guinchos, geradores e outros);

f) Redes elétricas, transformadores e outras interferências aéreas;

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g) Edificações vizinhas, recuos, vias, córregos, árvores e outros;

h) Projeção da área de cobertura da lança e contra- lança;

i) Projeção da área de abrangência das cargas com indicações dos trajetos.

j) Todas as modificações tanto nas áreas de carregamento quanto no posicionamento ou outras alterações

verticais ou horizontais.

IX SISTEMA DE SEGURANÇA - Deverão ser observados, no mínimo, os seguintes itens:

a) Existência de plataformas aéreas fixas ou retráteis para carga e descarga de materiais;

b) Existência de placa de advertência referente às cargas aéreas, especialmente em áreas de carregamento e

descarregamento, bem como de trajetos de acordo com o item 18.27.1 - alínea “g” desta NR;

c) Uso de colete refletivo;

d) A comunicação entre o sinaleiro/amarrador e o operador de grua, deverá estar prevista no Plano de Carga,

observando-se o uso de rádio comunicador em freqüência exclusiva para esta operação.

X PESSOAL TÉCNICO - QUALIFICAÇÃO MÍNIMA EXIGIDA:

a) Operador da Grua - deve ser qualificado de acordo com o item 18.37.5 desta NR e ser treinado conforme o

conteúdo programático mínimo, com carga horária mínima definida pelo fabricante, locador ou responsável

pela obra, devendo, a partir do treinamento, ser capaz de operar conforme as normas de segurança utilizando

os EPI necessários para o acesso à cabine e para a operação, bem como, executar inspeções periódicas

semanais. Este profissional deve integrar cada “Plano de Carga” e ser capacitado para as seguintes

responsabilidades: operação do equipamento de acordo com as determinações do fabricante e realização de

“Lista de Verificação de Conformidades” (check-list) com freqüência mínima semanal ou periodicidade inferior,

conforme especificação do responsável técnico do equipamento.

b) Sinaleiro/Amarrador de cargas - deve ser qualificado de acordo com o item 18.37.5 desta NR e ser treinado

conforme o conteúdo programático mínimo, com carga horária mínima de 8 horas. Deve estar qualificado a

operar conforme as normas de segurança, bem como, a executar inspeção periódica com periodicidade

semanal ou outra de menor intervalo de tempo, conforme especificação do responsável técnico pelo

equipamento. Este profissional deve integrar cada “Plano de Carga” e ser capacitado para as seguintes

responsabilidades: amarração de cargas para o içamento; escolha correta dos materiais de amarração de

acordo com as características das cargas; orientação para o operador da grua referente aos movimentos a

serem executados; observância às determinações do Plano de Cargas e sinalização e orientação dos trajetos.

XI RESPONSABILIDADES:

a) Responsável pela Obra - Deve observar o atendimento dos seguintes itens de segurança: aterramento da

estrutura da grua, implementação do PCMAT prevendo a operação com gruas, independentemente do Plano

de Cargas; fiscalização do isolamento de áreas, de trajetos e da correta aplicação das determinações do Plano

de Cargas; elaboração, implementação e coordenação do Plano de Cargas; disponibilização de instalações

sanitárias a uma distância máxima de 30m (trinta metros) no plano vertical e de 50m (cinqüenta metros) no

plano horizontal em relação à cabine do operador, não se aplicando para gruas com altura livre móvel

superiores às especificadas; verificar registro e assinatura no livro de inspeções de máquinas e equipamentos,

requerido no item 18.22.11 desta NR e a confirmação da correta operacionalização de todos os dispositivos de

segurança constantes no item 18.14.24.11, no mínimo, após às seguintes ocasiões: a) instalação do

equipamento; b) cada alteração geométrica ou de posição do equipamento; c) cada operação de manutenção e

ou regulagem nos sistemas de freios do equipamento, com especial atenção para o sistema de freio do

movimento vertical de cargas.

b) Responsável pela Manutenção, Montagem e Desmontagem - Deve designar pessoal com treinamento e

qualificação para executar as atividades que deverão sempre estar sob supervisão de profissional legalmente

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habilitado, durante as atividades de manutenção, montagem, desmontagem, telescopagem, ascensão e

conservação do equipamento; checagem da operacionalização dos dispositivos de segurança, bem como,

entrega técnica do equipamento e registro destes eventos em livro de inspeção ou relatório específico.

c) Responsável pelo Equipamento: Deve fornecer equipamento em perfeito estado de conservação e

funcionamento como definido pelo Manual do Fabricante, observando o disposto no item 18.14.24.15 desta

NR, mediante emissão de ART - Anotação de Responsabilidade Técnica - referente à liberação técnica

efetuada antes da entrega.

XII MANUTENÇÃO E ALTERAÇÃO NO EQUIPAMENTO

Toda intervenção no equipamento deve ser registrada em relatório próprio a ser fornecido, mediante recibo,

devendo tal relatório, ser registrado ou anexado ao livro de inspeção de máquinas e equipamentos.

Os serviços de montagem, desmontagem, ascensões, telescopagens e manutenções, devem estar sob

supervisão e responsabilidade de engenheiro legalmente habilitado responsável com emissão de ART -

Anotação de Responsabilidade Técnica - específica para a obra e para o equipamento em questão.

XIII DOCUMENTAÇÃO OBRIGATÓRIA NO CANTEIRO

No canteiro de obras deverá ser mantida a seguinte documentação mínima relativa à(s) grua(s):

a) Contrato de locação, se houver;

b) Lista de Verificação de Conformidades (check-list) a cargo do operador da grua;

c) Lista de Verificação de Conformidades (check-list) a cargo do Sinaleiro/Amarrador de cargas referente aos

materiais de içamento.

d) Livro de inspeção da grua conforme disposto no item 18.22.11 desta NR-18;

e) Comprovantes de qualificação e treinamento do pessoal envolvido na operacionalização e operação da grua;

f) Cópia da ART - Anotação de Responsabilidade Técnica - do engenheiro responsável nos casos previstos

nesta NR;

g) Plano de Cargas devidamente preenchido e assinado em todos os seus itens;

h) Documentação sobre esforços atuantes na estrutura do edifício conforme disposto no item 18.14.24.3 desta

NR;

i) Atestado de aterramento elétrico com medição ômica, conforme NBR 5410 e 5419, elaborado por profissional

legalmente habilitado e realizado semestralmente.

j) Manual do fabricante e ou operação contendo no mínimo:

- Lista de Verificação de Conformidades (check-list) para o operador de grua

- Lista de Verificação de Conformidades (check-list) para o sinaleiro/amarrador de carga

- Instruções de segurança e operação.

XIV CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

O conteúdo para treinamento dos Operadores de Gruas e Sinaleiro/Amarrador de Cargas deverá conter pelo

menos as seguintes informações:

- Definição; Funcionamento; Montagem e Instalação; Operação; Sinalização de Operações; Amarração de

Cargas; Sistemas de Segurança; Legislação e Normas Regulamentadoras - NR-5, NR-6, NR-17 e NR-18.

ANEXO - I (Incluído pela Portaria SIT n.º 15, de 03 de julho de 2007)

ANEXO IV - PLATAFORMAS DE TRABALHO AÉREO

(Alterado pela Portaria SIT nº 40, de 7 de março de 2008)

1 Definição

1.1 Plataforma de Trabalho Aéreo - PTA é o equipamento móvel, autopropelido ou não, dotado de uma estação

de trabalho (cesto ou plataforma) e sustentado em sua base por haste metálica (lança) ou tesoura, capaz de

erguer-se para atingir ponto ou local de trabalho elevado.

2 Requisitos Mínimos de Segurança

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2.1 A PTA deve atender às especificações técnicas do fabricante quanto a aplicação, operação, manutenção e

inspeções periódicas.

2.2 O equipamento deve ser dotado de:

a) dispositivos de segurança que garantam seu perfeito nivelamento no ponto de trabalho, conforme

especificação

do fabricante;

b) alça de apoio interno;

c) guarda-corpo que atenda às especificações do fabricante ou, na falta destas, ao disposto no item 18.13.5 da

NR-18;

d) painel de comando com botão de parada de emergência;

e) dispositivo de emergência que possibilite baixar o trabalhador e a plataforma até o solo em caso de pane

elétrica, hidráulica ou mecânica;

f) sistema sonoro automático de sinalização acionado durante a subida e a descida.

2.2.1 É proibido o uso de cordas, cabos, correntes ou qualquer outro material flexível em substituição ao

guardacorpo.

2.3 A PTA deve possuir proteção contra choques elétricos, por meio de:

a) cabos de alimentação de dupla isolação;

b) plugs e tomadas blindadas;

c) aterramento elétrico;

d) Dispositivo Diferencial Residual (DDR).

3 Operação

3.1 Os manuais de operação e manutenção da PTA devem ser redigidos em língua portuguesa e estar à

disposição no canteiro de obras ou frentes de trabalho.

3.2 É responsabilidade do usuário conduzir sua equipe de operação e supervisionar o trabalho, a fim de

garantir a operação segura da PTA.

3.3 Cabe ao operador, previamente capacitado pelo empregador na forma do item 5 deste Anexo, realizar a

inspeção diária do local de trabalho no qual será utilizada a PTA.

3.4 Antes do uso diário ou no início de cada turno devem ser realizados inspeção visual e teste funcional na

PTA, verificando-se o perfeito ajuste e funcionamento dos seguintes itens:

a) Controles de operação e de emergência;

b) Dispositivos de segurança do equipamento;

c) Dispositivos de proteção individual, incluindo proteção contra quedas;

d) Sistemas de ar, hidráulico e de combustível;

e) Painéis, cabos e chicotes elétricos;

f) Pneus e rodas;

g) Placas, sinais de aviso e de controle;

h) Estabilizadores, eixos expansíveis e estrutura em geral;

i) Demais itens especificados pelo fabricante.

3.4.1 A inspeção visual deve contemplar a correta fixação de todas as peças.

3.4.2 É responsabilidade do usuário fornecer ao operador responsável o manual de procedimentos para a

rotina de verificação diária.

3.5 Antes e durante a movimentação da PTA, o operador deve manter:

a) visão clara do caminho a ser percorrido;

b) distância segura de obstáculos, depressões, rampas e outros fatores de risco, conforme especificado em

projeto ou ordem de serviço;

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c) distância mínima de obstáculos aéreos, conforme especificado em projeto ou ordem de serviço.

3.5.1 O operador deve limitar a velocidade de deslocamento da PTA, observando as condições da superfície, o

trânsito, a visibilidade, a existência de declives, a localização da equipe e outros fatores de risco de acidente.

3.5.2 A PTA não pode ser deslocada em rampas com inclinações superiores à especificada pelo fabricante.

3.6 Quando houver outros equipamentos móveis ou veículos no local, devem ser tomadas precauções

especiais, especificadas em projeto ou ordem de serviço.

3.7 A PTA não deve ser posicionada junto a qualquer outro objeto que tenha por finalidade lhe dar equilíbrio.

3.8 O equipamento deve estar afastado das redes elétricas de acordo com o manual do fabricante ou estar

isolado conforme as normas específicas da concessionária de energialocal, obedecendo ao disposto na NR-10.

3.9 A área de operação da PTA deve ser delimitada e sinalizada, de forma a impedir a circulação de

trabalhadores.

3.10 A PTA não deve ser operada quando posicionada sobre caminhões, trailers, carros, veículos flutuantes,

estradas de ferro, andaimes ou outros veículos, vias e equipamentos similares, a menos que tenha sido

projetada para este fim.

3.11 Antes da utilização da PTA, o operador deve certificar-se de que:

a) estabilizadores, eixos expansíveis ou outros meios de manter a estabilidade estejam sendo utilizados

conforme as recomendações do fabricante;

b) a carga e sua distribuição na estação de trabalho, ou sobre qualquer extensão da plataforma, estejam em

conformidade com a capacidade nominal determinada pelo fabricante para a configuração específica;

c) todas as pessoas que estiverem trabalhando no equipamento utilizem dispositivos de proteção contra

quedas e outros riscos.

3.11.1 Todas as situações de mau funcionamento e os problemas identificados devem ser corrigidos antes de

se colocar o equipamento em funcionamento, devendo o fato ser analisado e registrado em documento

específico, de acordo com o item 18.22.11 da NR-18.

3.12 Durante o uso da PTA, o operador deve verificar a área de operação do equipamento, a fim de certificar-

se de que:

a) a superfície de operação esteja de acordo com as condições especificadas pelo fabricante e projeto;

b) os obstáculos aéreos tenham sido removidos ou estejam a uma distância adequada, de acordo com o

projeto;

c) as distâncias para aproximação segura das linhas de força energizadas e seus componentes sejam

respeitadas, de acordo com o projeto;

d) inexistam condições climáticas que indiquem a paralisação das atividades;

e) estejam presentes no local somente as pessoas autorizadas;

f) não existam riscos adicionais de acidentes.

3.13 Todos os trabalhadores na PTA devem utilizar cinto de segurança tipo pára-quedista ligado ao guarda-

corpo do equipamento ou a outro dispositivo específico previsto pelo fabricante.

3.14 A capacidade nominal de carga definida pelo fabricante não pode ser ultrapassada em nenhuma hipótese.

3.15 Qualquer alteração no funcionamento da PTA deve ser relatada e reparada antes de se prosseguir com

seu uso.

3.16 O operador deve assegurar-se de que não haja pessoas ou equipamentos nas áreas adjacentes à PTA,

antes de baixar a estação de trabalho.

3.17 Quando fora de serviço, a PTA deve permanecer recolhida em sua base, desligada e protegida contra

acionamento não autorizado.

3.18 As baterias devem ser recarregadas em área ventilada, onde não haja risco de fogo ou explosão.

4 Manutenção

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4.1 É responsabilidade do proprietário manter um programa de manutenção preventiva de acordo com as

recomendações do fabricante e com o ambiente de uso do equipamento,contemplando, no mínimo:

a) verificação de:

a1. funções e controles de velocidade, descanso e limites de funcionamento;

a2. controles inferiores e superiores;

a3. rede e mecanismos de cabos;

a4. dispositivos de segurança e emergência;

a5. placas, sinais de aviso e controles;

b) ajuste e substituição de peças gastas ou danificadas;

c) lubrificação de partes móveis;

d) inspeção dos elementos do filtro, óleo hidráulico, óleo do motor e de refrigeração;

e) inspeção visual dos componentes estruturais e de outros componentes críticos, tais como elementos de

fixação e dispositivos de travamento.

4.1.1 O programa deve ser supervisionado por profissional legalmente habilitado.

4.2 A manutenção deve ser efetuada por pessoa com qualificação específica para a marca e modelo do

equipamento.

4.3 Os equipamentos que não forem utilizados por um período superior a três meses devem ser submetidos à

manutenção antes do retorno à operação.

4.4 Quando identificadas falhas que coloquem em risco a operação, a PTA deve ser removida de serviço

imediatamente até que o reparo necessário seja efetuado.

4.5 O proprietário da PTA deve conservar, por um período de cinco anos, a seguinte documentação:

a) registros de manutenção, contendo:

a1. datas;

a2. deficiências encontradas;

a3. ação corretiva recomendada;

a4. identificação dos responsáveis;

b) registros de todos os reparos realizados, contendo:

b1. a data em que foi realizado cada reparo;

b2. a descrição do trabalho realizado;

b3. identificação dos responsáveis pelo reparo;

b4. identificação dos responsáveis pela liberação para uso.

5 Capacitação

5.1 O operador deve ser capacitado de acordo com o item 18.22.1 da NR-18 e ser treinado no modelo de PTA

a ser utilizado, ou em um similar, no seu próprio local de trabalho.

5.2 A capacitação deve contemplar o conteúdo programático estabelecido pelo fabricante, abordando, no

mínimo, os princípios básicos de segurança, inspeção e operação, de forma compatível com o equipamento a

ser utilizado e com o ambiente esperado.

5.2.1 A comprovação da capacitação deve ser feita por meio de certificado.

5.3 Cabe ao usuário:

a) capacitar sua equipe para a inspeção e a manutenção da PTA, de acordo com as recomendações do

fabricante;

b) conservar os registros dos operadores treinados em cada modelo de PTA por um período de cinco anos;

c) orientar os trabalhadores quanto ao uso, carregamento e posicionamento dos materiais na estação de

trabalho da PTA.

5.4 O usuário deve impedir a operação da PTA por trabalhador não capacitado.

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6 Disposições Finais

6.1 Este Anexo não se aplica às PTA para serviços em instalações elétricas energizadas.

6.2 Os projetos, especificações técnicas e manuais de operação e serviço dos equipamentos importados

devem atender ao previsto nas normas técnicas vigentes no país.

6.3. Cabe ao usuário determinar a classificação de perigo de qualquer atmosfera ou localização de acordo com

a norma ANSI/NFPA 505 e outras correlatas

6.3.1 Para operação em locais perigosos, o equipamento deve atender ao disposto na norma ANSI/NFPA 505

e outras correlatas.

6.4 A PTA deve ser inspecionada e revisada segundo as exigências do fabricante antes de cada entrega por

venda, arrendamento ou locação.

6.5 As instruções de operação do fabricante e a capacitação requerida devem ser fornecidas em cada entrega,

seja por venda, arrendamento ou locação.

6.6 Os fornecedores devem manter cópia dos manuais de operação e manutenção.

6.6.1 Os manuais de operação e manutenção são considerados parte integrante do equipamento, devendo ser

fornecidos em qualquer locação, arrendamento ou venda e ser mantidos no local de uso do equipamento.

6.7 Os avisos contendo informações de segurança devem ser redigidos em língua portuguesa.

6.8 É vedado:

a) o uso de pranchas, escadas e outros dispositivos que visem atingir maior altura ou distância sobre a PTA;

b) a utilização da PTA como guindaste;

c) a realização de qualquer trabalho sob condições climáticas que exponham trabalhadores a riscos;

d) a operação de equipamento em situações que contrariem as especificações do fabricante quanto a

velocidade do ar, inclinação da plataforma em relação ao solo e proximidade a redes de energia elétrica;

e) o uso da PTA para o transporte de trabalhadores e materiais não relacionados aos serviços em execução.

GLOSSÁRIO

Autopropulsão - Capacidade de locomoção por meio de fonte de energia e motor próprios.

Eixo expansível - Eixo provido de rodízios ou esteiras nas extremidades, que permitem sua expansão, com o

objetivo de proporcionar estabilidade a um equipamento ou veículo.

Estabilizador - Barra extensível dotada de mecanismo hidráulico, mecânico ou elétrico fixado na estrutura de

um equipamento para impedir sua inclinação ou tombamento. Também conhecido por patola.

Botão de parada de emergência - Botão elétrico ou mecânico, localizado em ponto estratégico, que permite

interromper o funcionamento de um equipamento em situação de perigo iminente.

Capacidade nominal de carga - Carga máxima admitida para a operação de um equipamento.

Área de operação da PTA - Espaço que compreende a área onde está instalada a base da PTA, incluindo os

estabilizadores, acrescida da área sob a lança e a estação de trabalho em todas as posições necessárias à

operação.

Distância mínima - Distância de segurança necessária para evitar o contato de qualquer parte de um

equipamento com outras estruturas.

Nivelamento - Posicionamento de um equipamento em um plano horizontal.

Fornecedor de PTA - Aquele que desenvolve atividade de produção, montagem, importação, distribuição ou

comercialização de PTA.

Proprietário da PTA - Aquele que detém o direito de uso, gozo, fruição e disposição do equipamento, por

aquisição originária ou derivada.

Locador de PTA - Aquele que se obriga a ceder, por período determinado ou não, o uso e gozo do

equipamento, a outro, mediante retribuição.

Usuário da PTA - Aquele que detém a responsabilidade sobre a utilização do equipamento.