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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS- GRADUAÇÃO Mestrado em Educação em Ciências e Matemática Conhecimento e Diversidade Cultural Professores: José Pedro e Rogério

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-

GRADUAÇÃO

Mestrado em Educação em Ciências e

Matemática

Conhecimento e Diversidade Cultural

Professores: José Pedro e Rogério

Onde vivem...

na língua maori é Aotearoa, normalmente traduzido como "A Terra da Grande Nuvem Branca“;

é notável por seu isolamento geográfico: está situada a cerca de 2 000 km a sudeste da Austrália, separada através do mar da Tasmânia e os seus vizinhos mais próximos ao norte são a Nova Caledônia, Fiji e Tonga;

foi um das últimas grandes massas de terra colonizadas;

originalmente, a palavra significava que algo (seja ele humano ou não) era "normal, comum, ou do tipo usual";

é um povo de origem polinésia que habita a Nova Zelândia desde cerca do ano 800;

durante a Grande Migração a partir das ilhas polinésias, os maoris estabeleceram-se nas ilhas neozelandesas, desenvolvendo uma brilhante civilização;

destacam-se pela arte da guerra, agricultura, navegação e trabalhos realizados em madeira e pedra.

entre anos 900 e 1200, que pescadores e caçadores da Polinésia chegaram em canoas na terra de Aotearoa. Essas viagens eram realizadas com canoas grandes chamadas de Pahi. Não vieram de uma única ilha, mas de várias diferentes, e por conseguinte de tribos diferentes;

Eles iam para a Nova Zelândia para caçar a Moa, uma ave 3 vezes maior que uma ema ou avestruz, e que chegava à quase 4 metros de altura além de pesar 200 quilos.

Os ovos, a carne da coxa e peito davam para alimentar a aldeia inteira, e além disso, os ossos eram usados para a fabricação de artefatos de decoração e de guerra e como objeto de troca em toda a Polinésia.

Os Maoris se estabeleceram em diversas partes da Nova Zelândia, tanto na Ilha do Norte como na do Sul, vivendo em sistemas tribais com seus respectivos chefes e tradições por muitos anos;

tradicional Maori concebia que tudo, incluindo elementos naturais e todos os seres vivos, estão conectados por uma descendência comum, através de uma genealogia ou whakapapa;

de acordo com o seu sistema de crenças, todas as coisas possuem uma força vital ou mauri;

adoram o deus Io, materializado na sua montanha, que age através de uma linhagem de deuses, espíritos e antepassados;

a Natureza é considerada sagrada e cheia de grandes poderes, sendo essencial para o bem-estar dos humanos que a terra seja acarinhada e esteja contente;

o panteão dos deuses inclui Rangi, o deus do céu, e Papa-tua-kuku, a terra-mãe, que gerou todas as criaturas e todos os deuses que cuidam da criação;

os sacerdotes são chamados tohungas, tendo por missão manter o equilíbrio entre os diferentes reinos dos deuses, dos antepassados, dos guardiães, dos fantasmas, assim como dos monstros;

muitos maoris são agora cristãos, embora haja tentativas para introduzir elementos da sua religião tradicional na prática religiosa;

nos últimos anos, tem-se assistido a um retorno às crenças e tradições maoris, com vista a reforçar a sua identidade como povo.

na arte da guerra tinham costumes bastante intimidatórios, com as suas tatuagens (quanto mais se tivessem mais “duro” se era) e com a haka, a dança guerreira, envolvendo grandes movimentos com as lanças, com as línguas de fora e os olhos bem abertos;

os maoris tinham ainda o estranho costume de remover e preservar as cabeças dos seus tatuados chefes depois de mortos. Estas cabeças permaneceriam com a família, mas também assustavam os inimigos;

o povo Maori teve uma grande diferença de outros povos colonizados no passado, como o Índio Brasileiro ou Americano ou o Aborígene Australiano. Esses foram massacrados e obrigados à seguir as regas do colonizador;

No caso Maori, não houve “colonização” passiva, pois eles respondiam a qualquer invasor com ferrenha resistência, travando sangrentas batalhas na NZ, que muitas vezes levaram o inimigo à fugir, ou quando capturados eram comidos;

Por isso não houve “colonização”, mas sim um acordo através do Tratado de Waitangi, no qual ambos tiveram vantagens, tanto o colonizador quanto o colonizado.

Mosquetes trazidos pelos baleeiros eram trocados por mantimentos frescos com os Maoris, e diferenças entre poder de fogo entre tribos, fez com que os Maoris guerreassem entre si pelo domínio do poder e das terras, culminando com a morte de muitos Maoris e a quase extinção;

Ao mesmo tempo, Missionários Cristãos querendo apaziguar tanto os confrontos internos, como levar o cristianismo à lugares não civilizados, começam a atuar;

Os franceses estavam bastante interessados em ficar com a ilha e com as baleias para eles;

A Corte Britânica decidiu por um fim na guerra, e convenceu os líderes Maoris em assinar um tratado que iria levar paz e prosperidade ao lugar.

Foi celebrado em 6 de Fevereiro de 1840. Nele, dentre os principais termos do acordo, figurava o seguinte:

Os Maoris iriam continuar como donos das terras e com os locais tradicionais de pesca;

Os Maoris aceitariam o novo governo colonial Inglês, incluindo o direito de comprar terras Maoris. Todas as transações de terras Maori ou não, seriam efetuadas através do governo;

Reconhecimento pelos Maoris da soberania de Reis ou Rainhas da Inglaterra;

Os Maoris teriam os mesmos direitos e privilégios dos colonizadores;

Todas as terras que foram empossadas ou irregularmente compradas antes do tratado, iriam retornar aos Maoris;

Com relação ao comando, os chefes tribais continuariam com o comando de suas tribos e tradições, mas obedecendo um governador geral enviado da Inglaterra, bem como as novas leis impostas.

Começou de fato após a Segunda Guerra, acentuada nos anos 60;

Tinham que trabalhar por salário;

Em 1967 houve uma recessão perderam poder aquisitivo;

Dificuldades para transplantar a cultura para o novo meio;

Para minimizar dificuldades formaram associações, clubes esportivos;

O colonizador via os maori como selvagens;

Por volta de 1950 foi criado o Departamento de Antropologia;

A língua Maori passa a fazer parte do currículo de antropologia;

Buscando independência e autodeterminação o setor de estudos Maori se separa em 1991 do departamento de antropologia, tornando-se um departamento independente ;

Pessoas podiam se graduar em estudos Maori, atualmente chegarem até o

doutorado;

O povo maori foi marginalizado pela colonização, dominado e excluído das estruturas e das instituições do estado;

Busca um renascimento cultural através da língua;

Os rituais Maraes acontecem e é o que os diferencia dos pakehas (europeu);

A população Maori está aculturada, mas voltando a buscar origens;

Atualmente todos os departamento de estado tem consultores Maori;

Para os Maori a NZ é um país bicultural;

WALKER, Ranginui. Identidade e Antropologia Maori na Nova Zelândia.1997. Mana 3(1):169-178.

http://www.portaloceania.com/nz-region-index-port.htm