universidade federal da - exemplo de fichamento

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  • 5/21/2018 Universidade Federal Da - Exemplo de Fichamento

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARABA

    CURSO DE LETRAS

    JACINTO R. FONTES

    FICHAMENTO: Lutar com Palavras

    ARARUNA, 2012

    RESUMO

    Irand Antunes inicia seu livro, Lutar com palavras-coeso e coerncia dando nfase ao

    subttulo coeso e coerncia de modo a destacar algumas questes ligadas ao estudo do portugus. A

    partir de questes simples mais evidenciadas tais como: o que coeso? Do que se trata texto

    incoerente? notvel que questes como estas acima citadas so o ponto de partida que a autora

    desenvolve sua obra tentando criar assim uma ponte entre o autor e o leitor. Para Irand, a coeso tem

    por objetivo manter as partes do texto ligadas, isto , as ideias devem estar intercaladas para manter a

    continuidade temtica. Isso significa que a sequncia temtica de fundamental importncia para a

    coeso, pois, do contrrio, pode-se perder o fio de unidade que garanta o seu sentido.

    PALAVRAS-CHAVE

    Coeso; coerncia; texto; palavra; relaes textuais; intertextualidade; lingustica.

    No primeiro captulo so tecidas algumas consideraes acerca das insuficincias do ensino de

    lngua no Brasil, evidenciadas pelas dificuldades que os alunos, do nvel mdio e mesmo os

    universitrios, apresentam em se expressar oralmente, em produzir textos relevantes, bem como em ler

    textos com eficcia. A estas defasagens, Antunes atribui o descaso para com as atividades de leitura e de

    escrita, na maioria das vezes, secundrias ao estudo da gramtica ou, quando desenvolvidas, realizadas

    apenas com fins escolares, sem incitar interesses nos alunos que mal reconhecem quais so suas

    finalidades.

    Enfatiza Antunes o fato de que objetivamente necessria a compreenso deste processo

    chamado escrita, partindo dos seguintes princpios: a) escrever uma atividade comunicativa que

    aproxima o autor do leitor e vice-versa; b) escrever uma atividade scia corporativa, isto , a

    obrigatoriedade de participao por meio de opinies, assim fica mais fcil assimilar e obter respostas

    contundentes, duas cabeas pensam melhor que uma, que conseguintemente os conduzir a um

    denominador comum; e c) a escrita uma atividade contextualizadora no tocante que a escrita depende

    de fatores para sua melhor interpretao tais como: tempo, cultura, espao no qual as pessoas ou o

    pblico-alvo esto inseridos(as). Antunes, tambm focaliza que a escrita uma atividade dirigida haja

    vista que escrever uma atividade textual, que depende, portanto de uma organizao de palavras e

    frases que ao se colidirem do forma estrutural e sentido ao discurso.

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    Observa-se que Depois de transmitir e esclarecer ao leitor quanto ao processo de atividade de

    escrever, Antunes descreve agora sobre o que coeso, e conduz o leitor a entender quais os Mecanismos

    necessrios que levam a se ter um entendimento de texto. Coeso o mecanismo que unifica diversos

    elementos textuais para dar sentido e proporcionar unidade temtica no decorrer do discurso afirma a

    Antunes. Percebe-se no decorrer do livro que a autora utiliza de recursos ao qual Ela constitui dadareflexo ao afirmar relao entre coeso e outros elementos tais como: a reiterao por vez dividida em

    repetio por sua vez, est subdividida em trs estratgias para no empobrecer o texto: 1) a parfrase;

    Consiste em um excelente exerccio de redao, uma vez que desenvolve o poder de sntese, clareza e

    preciso vocabular. Acrescenta-se o fato de possibilitar um dilogo intertextual; 2) o paralelismo; consiste

    em criar uma sequncia de frases com estrutura idntica. a simetria da frase. O princpio do paralelismo

    facilitar a leitura do enunciado e proporcionar clareza expresso. e 3) a repetio propriamente dita.

    Substituio de termos em comum, associao, trata-se de uma forma de seleo lexical, e ainda

    conexes que por vez exerce funes e relaes sinttico-semnticas.

    Contudo, considerando a repetio como recurso textual significativo e alargando o mbito da

    conexo para incluir no apenas os nexos que se estabelecem entre termos, mas ainda aqueles que

    ocorrem entre perodos, pargrafos e at blocos maiores de um texto, o livro inova desmistificando ideias

    difundidas em muitos manuais de redao e gramticas que tacham as repeties como marcas da

    oralidade que mancham os textos escritos e reduzem os conectores a um olhar puramente

    classificatrio.

    CITAES

    (...) As inquietaes deixadas pela constatao de que como estno pode ser nem sempre trazem

    muitas pistas de como deveria ser. (Antunes, 1.1;p.23)

    (...) faltam orientaes mais condizentes com as reais possibilidades de apreenso dos grupos menos

    especializados. (Antunes,1.1; p.24)

    J no causa surpresa o fato de se constatar que os alunos, at mesmo na universidade, demonstram ter

    dificuldades significativas na expresso oral, na leitura e na escrita de determinados gneros mais formais

    .(Antunes, 1.2; p25)

    Escrever como falar, uma atividade de interao de intercmbio verbal. Por isso que no tem sentido

    escrever quando no se est procurando agir com outro, trocar alguma ideia, dizer-lhes algo, sob algum

    pretexto. No tem sentido o vazio de uma escrita sem destinatrio, sem algum do outro lado da linha,

    sem uma inteno particular. (Antunes,1.3.1 p. 28)

    Tal como falar, escrever uma atividade necessariamente textual. Ningum fala ou escreve por meio de

    palavras ou de frases justapostas aleatoriamente, desconectadas, soltas, sem unidade. O que vale dizer:

    s nos comunicamos atravs de textos. Sejam orais ou escritos. Sejam eles grandes mdios ou

    pequenos. Tenham muitas, poucas, ou uma palavra apenas. (...) (Antunes,1.3.4 p30)

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    1.3.6. Escrever uma atividade intencionalmente definida. Escreve-se para se obter determinado fim,

    para cumprir determinado objetivo. Na verdade, nenhum dizer simplesmente um dizer. (ANTUNES,

    p.33)

    1.3.9. Escrever uma atividade que retoma outros textos, isto , que retoma a outros dizeres. De forma

    mais ou menos explcita, estamos sempre voltando a outras fontes. (...) Nunca somos inteiramente

    originais. Nosso discurso vai-se compondo pela ativao de conhecimentos j adquiridos. (...) 1.3.10. Por

    ltimos, gostaria de lembrar que a escrita uma atividade em relao de interdependncia com a leitura.

    Ler a contraparte do ato de escrever, que como tal, se complementam. O que lemos foi escrito por

    algum, e escrevemos para que a outra leia. (ANTUNES, p.35)

    O que quero sublinhar aqui que no se pode, ingenuamente, esperar que, sem aplicao, sem

    reflexo, sem tentativas, muitas e persistentemente continuadas, se possa chegar a desenvolver as

    habilidades de ler e escrever textos relevantes e adequados aos muitos propsitos interativos de nossodia a dia. (ANTUNES, p. 39)

    APRECIAO CRTICA

    O livro Lutar com palavras - coeso e coerncia de Irand Antunes no meu ponto de vista exerce grande

    importncia no campo acadmico em se tratando de lingustica. Por influenciar diretamente os

    envolvidos neste campo to vasto que a lngua portuguesa; Pude observar a preocupao da autora

    em relao que expe de forma objetiva sua preocupao com a norma culta da escrita e tenta resgata -

    l atravs de algumas explanaes dirigidas ao leitor para uma maior observncia na forma de escrever.

    Esta preocupao no se limita a questionamentos, mais intercala com o leitor regras bsicas e mtodos

    necessrios para continua forma de fazer textos, alegando Ela que a escrita comea no falar; o que a

    mais pura veracidade. Antunes questiona tambm que a escrita depende de fatores para sua melhor

    interpretao tais como: tempo, cultura, espao no qual as pessoas ou o pblico-alvo esto inseridos (as).

    Sua narrativa segue por um caminho onde leva o leitor a ver-se agora parte integrante dessa interao;

    tornando-o agora, depois desta aula de conhecimento um outro mediador deste conhecimento.

    Concordo com a autora com o uso de recursos como a parfrase. O paralelismo e a repetio

    propriamente dita, uma forma de seleo lexical ou reiterao. Estes recursos abrem espao para a

    explanao de dilogos scio cognitivos.

    O livro Lutar com palavrascoeso e coerncia nos abre um leque de informaes importantes a

    respeito da gramtica e sua devida aplicao no campo da lngua portuguesa.

    REFERNCIA BOBLIOGRFICA

    ANTUNES, Irand. Lutar com palavrasCoeso e coerncia. 1 edio. So Paulo:

    Parbola, 2005.

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