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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ

CAMPUS DE CORNÉLIO PROCÓPIO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO

PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA

TURMA - PDE/2012

Título: Plantas tóxicas Ornamentais: riscos que podem ser evitados pela

socialização do conhecimento.

Autor Solange Margarida Campioto

Disciplina/Área (ingresso no

PDE)

Ciências

Escola de Implementação

do Projeto e sua localização

Colégio Estadual Castro Alves – EFMIP

Avenida Minas Gerais, 1295

Município da escola Cornélio Procópio

Núcleo Regional de

Educação

Cornélio Procópio

Professor Orientador Rodrigo Souza Poletto

Instituição de Ensino

Superior

Universidade Estadual Norte do Paraná

Relação Interdisciplinar

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Resumo

Esta proposta justifica-se pela necessidade de fazer com que o aluno volte seu olhar para o entorno da sua vivência e assim preste mais atenção nas plantas que fazem parte do seu dia a dia, bem como as características apresentadas pelas mesmas e com isso possam identificar aquelas que apresentam um grau de toxidade, que podem ser prejudiciais tanto aos seres humanos como os animais evitando os acidentes domésticos com este tipo de plantas. O desenvolvimento desta proposta tem como objetivo proporcionar atividades com a utilização de recursos pedagógicos e tecnológicos e experimentais que tornem as aulas de ciências mais atrativas e possibilitem a contextualização do conteúdo pelos alunos. Essas atividades envolverão os seguintes aspectos: levantamento das plantas ornamentais que fazem parte da vida diária dos alunos; identificação das plantas ornamentais que são tóxicas e os riscos que as mesmas podem causar a saúde tanto dos seres humanos como dos animais domésticos através de pesquisas bibliográficas e em sites. Ao final da aplicação da proposta pretende-se elaborar e organizar os materiais digitalizados e multimídias sobre as plantas tóxicas mais comuns presente no dia a dia dos alunos. Após aplicação das atividades espera-se despertar nos alunos os cuidados necessários em relação às plantas ornamentais tóxicas.

Palavras-chave Plantas tóxicas; ornamentais; educação preventiva.

Formato do Material

Didático

Unidade Temática

Público Alvo Alunos do 7º e 9º ano

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UNIDADE TEMÁTICA

PLANTAS TÓXICAS ORNAMENTAIS: RISCOS QUE PODEM SER

EVITADOS PELA SOCIALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO.

Solange Margarida Campioto1

Rodrigo Souza Poletto2

APRESENTAÇÃO

A presente unidade temática tem como objetivo auxiliar os professores,

como fonte de consulta para aprofundar seus conhecimentos a respeito das

plantas tóxicas ornamentais, tão presente na vida dos alunos, mas muito pouco

comentada nos livros didáticos, também poderão aperfeiçoar suas metodologias,

enriquecendo as aulas para que essas se tornem mais atrativas.

A cada dia os professores são desafiados a melhorar sua prática educativa,

observamos os alunos desinteressados pelas aulas, pois com o acesso que a

maioria tem as mais diversas atividades, que são mais atrativas do que as aulas

ministradas, como: vídeo game, internet e até mesmo a televisão. Precisam-se

superar as dificuldades e oferecer aos alunos aulas interessantes e atrativas que

proporcione a aquisição e compreensão dos conhecimentos, incentivando e

desafiando-os para fazer relações do que é ministrado nas aulas com o seu

cotidiano.

1 Professora do Colégio Estadual Castro Alves, participante do programa de desenvolvimento

educacional – PDE/2012-2013, vinculada a SEED/PR. 2 Doutor em Ciências Biológicas (Botânica) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita

Filho, orientador do PDE pela Universidade Estadual Norte do Paraná – UENP, campus Cornélio Procópio em parceria com a SEED/PR.

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Neste contexto apresenta-se uma proposta que visa o desenvolvimento de

estratégias metodológicas com a utilização de recursos pedagógicos variados

envolvendo as tecnologias educacionais que estão à disposição nas escolas

como laboratório de informática e TV multimídia, que contextualize e estabeleçam

ligações entre o conteúdo ministrado referente às plantas tóxicas e o cotidiano

dos alunos, despertando a curiosidade e interesse pelo conteúdo, tornando assim

o ensino de ciências atrativo, visto que a presença desse tipo de plantas é comum

nos mais diversos ambientes frequentados pelos nossos alunos sendo utilizadas

muitas vezes como plantas ornamentais em: canteiros de praças públicas, vasos

e jardins de muitas residências, e até mesmos em algumas escolas, e muitos

alunos e seus familiares não conhecem a toxidade dessas plantas.

O objetivo da construção desta unidade temática está centrado no ensino

de botânica no que refere à toxidade das plantas utilizadas como ornamentais

conscientizando os (as) alunos (as) dos perigos que essas podem causar aos

seres humanos e animais domésticos em contato direto com as mesmas, mas

que podemos conviver com elas, apenas tomando os devidos cuidados.

O conjunto de estratégias de ensino que utilize recursos tecnológicos

pedagógicos é fundamental para melhorar as condições de aprendizagem dos

estudantes, no entanto, é observado que vem sendo pouco utilizado nas aulas de

Ciências.

Diante do exposto questiona-se: Que estratégias e recursos tecnológicos

utilizar para contextualizar as aulas de ciências que possibilitem aos alunos

estabelecer relações entre o conteúdo referente à toxidade de algumas plantas e

a utilização destas como plantas ornamentais nos ambientes que frequentam

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O ensino de Ciências contempla um conjunto de especificidades que

necessita utilizar diversos métodos, por isso precisa de uma variedade de

estratégias e recursos pedagógicos e tecnológicos bem como materiais de

natureza experimental possibilitado aos educandos a compreensão e assimilação

dos conteúdos científicos apresentados.

As Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Ciências do Paraná –

DCE (2008, p. 57) descreve:

Ao assumir posicionamento contrário ao método único para toda e qualquer investigação científica da Natureza, no ensino de Ciências se faz necessário ampliar os encaminhamentos metodológicos para abordar os conteúdos escolares de modo que os estudantes superem os obstáculos conceituais oriundos de sua vivência cotidiana.

Ao superar os obstáculos conceituais da sua vivência cotidiana, o

educando terá aprendizagem significativa, desde que o professor tenha clareza

de que este aprende conteúdos científicos escolares quando lhe atribui

significados, é nesse processo ocorre à construção com os conhecimentos

relevantes preexistentes na estrutura cognitiva dos mesmos. “Isso põe o processo

de construção de significados como elemento central do processo de ensino-

aprendizagem” (PARANÁ, 2008, p. 62).

De acordo com Moreira (2006, p.136),

[...] aprendizagem significativa ocorre quando novos conceitos ideias, proposições interagem com outros relevantes e inclusivos, claros e disponíveis na estrutura cognitiva, sendo por eles assimilados e contribuindo para sua diferenciação elaboração e estabilidade.

Neste sentido o processo de aprendizagem significativa ocorre quando

uma nova informação se relaciona com conceitos relevantes, chamados por

Ausubel de subsunçores, preexistentes na estrutura cognitiva, “os novos

significados são adquiridos pela interação do novo conhecimento com os

conceitos e proposições aprendidos anteriormente” (AUSUBEL, NOVAK E

HANESIAN, 1980, p. 106).

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Para facilitar a aprendizagem significativa podemos utilizar organizadores

prévios. “A principal função do organizador prévio é servir de ponte entre o que o

aprendiz já sabe e o que ele precisa saber para que possa apreender

significativamente a tarefa com que se depara” (AUSUBEL, apud MOREIRA,

2006, p. 23). Pode-se dizer que os organizadores prévios são estratégias para

facilitar a aprendizagem significativa, desde que funcionem como pontes

cognitivas, “a principal função dos organizadores prévios é, então, a de preencher

a lacuna entre o que o aluno já sabe e o que ele precisa saber, a fim de que o

novo conhecimento possa ser aprendido de forma significativa” (MOREIRA, 2006,

p. 23).

Utilizam-se como organizadores prévios: textos introdutórios, filme,

gravuras, mapas conceituas, roteiro de estudo, demonstrações, entre outros. Os

organizadores prévios podem ser fundamentais quando estabelecem relações

claras entre o conteúdo apresentado e o conhecimento prévio do aluno, levando o

mesmo a reter a aprendizagem significativa do material apresentado.

Muitos utilizam os chamados pseudo-organizadores prévios, que são

materiais introdutórios elaborados para facilitar a aprendizagem de vários

capítulos ou unidades de estudos. Dessa forma há diferenças entre os

organizadores prévios e pseudo-organizadores prévios segundo a teoria

ausebiana “os verdadeiros organizadores prévios são aqueles destinados a

facilitar a aprendizagem significava de tópicos específicos, ou série de ideias

estreitamente relacionadas”. (MOREIRA, 2006, p. 141).

RECURSOS TECNOLÓGICOS PEDAGÓGICOS E EXPERIMENTAIS

NAS AULAS DE CIÊNCIAS

O ensino de Ciências não pode ser concebido sem a utilização de recursos

pedagógicos, tecnológicos e experimentais. Professores tem acesso a vários

materiais digitalizados em páginas da web que apresentam os conhecimentos

mais atualizados nas diversas áreas, bem como materiais que auxiliam o

professor no planejamento, elaboração e execução de suas aulas, mas muitas

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vezes são utilizados por número reduzido de professores. Neste sentido

Delizolicov (2009, p.69), descreve:

Essa relação entre ciência e tecnologia, aliada à forte presença da tecnologia no cotidiano das pessoas, já não pode ser ignorado no ensino de Ciências, e sua ausência ai é inadmissível. Consideram-se, ainda os efeitos da ciência/tecnologia sobre natureza e o espaço organizado pelo homem, o que leva à necessidade de incluir no currículo escolar uma melhor compreensão do balanço benefício-malefício da relação ciência-tecnologia.

Como tudo se modifica, a educação também vem passando por

transformações, professores não podem ficar alheios ao uso das tecnologias de

informação e comunicação que estão à disposição como: computadores com

acesso a internet, TV e projetores multimídia, DVD.

“O uso do computador com acesso a internet, proporciona uma troca de

informações de maneira dinâmica, interativa, de mão dupla”. (CARVALHO, 2006,

p. 137-138), mas para que isso ocorra é necessário que todos os segmentos da

escola estejam preparados, “a implantação da informática como um auxiliar do

processo de construção do conhecimento, implica em mudanças na escola que

vão além da formação do professor” (VALENTE, 1999, p. 4).

Desta forma, cabe ao professor preocupar-se com sua atualização para

utilizar essas ferramentas, que vêm sendo incorporadas como nova proposta

pedagógica, para auxiliá-lo em suas práticas docentes.

Segundo Carvalho (2006, p.140),

[...] temos as contribuições que as diferentes tecnologias educacionais podem oferecer para construir uma nova proposta pedagógica. No seu processo de atualização, o acesso à Internet se faz importante, já que as informações são trocadas em grandes velocidades entre todos.

Em relação à utilização das tecnologias da comunicação na atividade

docente Gatti, apud Carvalho (2006, p.142), considera que:

Hoje, diante de tantas tecnologias de comunicação não podemos ficar limitados, devendo trabalhar em consonância com novos padrões de aprendizagem, presentes nas experiências profissionais de cada participante desse processo, agregando-nos a esses sinais de mudanças.

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A respeito das tecnologias da informação Machado e Santos (2004, p.76)

comentam que:

[...] as tecnologias de informação vêm consolidando com o aperfeiçoamento dos meios de comunicação em conjunto com a informática, fornecem amplas perspectivas para a melhoria das práticas educacionais, disponibilizando novos recursos para a atuação do professor e para que o educando possa reelaborar a informação de forma ativa e criativa, expressando um trabalho de reflexão pessoal.

Dentro desta perspectiva o processo de ensino-aprendizagem pode passar

a ter um novo significado para os educando quando se utiliza como instrumento

pedagógico os recursos que são disponibilizados pela tecnologia de informação e

comunicação.

Além do uso das tecnologias nas aulas de ciências é relevante o

desenvolvimento de aulas experimentais, para isso, “é necessário que o professor

conheça as preconcepções dos alunos e em seguida, planeja atividades

experimentais que as removam e as substituam pelas concepções cientificamente

correta”(GASPAR, 2005, p.17).

Diante do exposto, o professor de Ciências tem a sua disposição diferentes

recursos pedagógicos e tecnológicos, estratégias de ensino, que podem estar

utilizando tais como: pesquisas na internet e outras fontes impressas, observação

de campo, entrevistas, atividades orientada em grupo, observações, atividades

experimental, exposição de conteúdos com auxilio de recursos audiovisuais e o

lúdico, para proporcionar aos estudantes condições que facilitem a compreensão

dos conceitos científicos escolares tendo como resultado final a aprendizagem

significativa.

BOTÂNICA

Botânica é a ciência que se dedica ao estudo cientifico da vida das plantas

e algas. A palavra Botânica vem do grego botane, que significa "planta", que

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deriva do verbo boskein, "alimentar". Como faz parte da biologia, é também

muitas vezes designada como a Ciência das Plantas ou Biologia Vegetal. O

campo da Botânica é muito vasto, assim esta abrange várias áreas científicas que

dedicam a estudar os vegetais como Fisiologia Vegetal, que estuda o

funcionamento normal das plantas; Morfologia, Histologia, Citologia e Anatomia

Vegetal estudam respectivamente a forma e as estruturas internas das plantas;

Sistemática e Taxonomia Vegetal, estudam os critérios e as características que

envolvem a classificação dos Grupos vegetais; Paleobotânica se dedica ao

estudo dos vegetais fósseis; Palinologia estudo dos polens fósseis; entre outras.

A respeito dos estudos da Botânica Ferri (1983, p.04), comenta:

Na formação do espírito científico, representa a Botânica uma das disciplinas de eleição. Antes de tudo, exercita a capacidade de bem observar, tal a multiplicidade e a variedade dos seres que lhe constituem objeto, e que por toda parte se encontram, interessando à vida do homem por mil e um modos. Com isso, leva a comparar e a fazer discernir semelhanças e diferenças, a generalizar e a sistematizar as observações, que logo traduz numa terminologia precisa e coerente. Ensina-nos assim a Botânica que a ciência começa por ser uma “linguagem bem feita”.

A história da Botânica vem de um passado remoto, com os conhecimentos

informais sobre os vegetais, que foi acumulado juntamente com a história

humana, fato que foi constatado através de dados arqueológicos. E dos acervos

que pertence alguns povos indígenas. Na obra de Aristóteles encontra-se o mais

antigo conjunto de Botânica, “Aristóteles, Teofrastus e Plínio, os mais afamados

cientistas do seu tempo, dividiam o reino vegetal em três grandes grupos: árvores,

arbustos e ervas”. (SCHULTZ, 1991, p.15).

Entre os séculos XV e XVI, no auge das grandes descobertas, e com o

retorno das frotas exploradoras europeias das novas terras descobertas, traziam

de suas viagens os novos e estranhos conhecimentos, desenvolvendo assim o

espírito de pesquisa do povo europeu, tornou-se necessário a reorganização dos

conhecimentos de todas as ciências o que também ocorreu com a Botânica,

surgindo assim os livros de ervas, esses tinham como objetivo organizar e

distribuir o conhecimento sobre as plantas medicinais.

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No século XVI o alemão Otto Brunfels, publicou a obra Herbarium, com

informações sobre algumas espécies de plantas, sem definições exatas.

O primeiro que apresentou um sistema com definições claras e exatas, foi

o italiano Andrea Caesalpino (1519-1603), dividiu as plantas segundo a

constituição de frutos e sementes.

Lineu (1707-1775), botânico sueco, propôs um sistema de classificação

baseado na constituição da flor, como a posição e o número de estames e pistilos

da flor. Também estabeleceu o moderno sistema de nomenclatura binominal, este

sistema tem origem em trabalhos de Caspar Bauhin, para identificação dos seres

vivos, incluindo aos pertencentes ao reino Plantae. Por este motivo Brunfels e

Lineu são considerados os pais da Botânica científica.

A respeito do sistema de nomenclatura binominal Raven (2001, p. 254),

descreve:

A moderna classificação biológica começou com o naturalista sueco do século dezoito Carl Linnaeus, cuja ambição era nomear e descrever todas as espécies de plantas, animais e minerais. Em 1753 Linnaeus publicou um trabalho em dois volumes com o titulo Species Plantarum (“As Espécies Vegetais”) no qual ele descrevia em latim cada espécie por meio de uma sentença limitada a doze palavras. Ele encarava esses descritivos nomes – frases latinos, ou polinômios, como nomes adequados para as espécies mas ao adicionar uma importante inovação imaginada anteriormente por Caspar Bauhin (1560-1624)., Linnaeus tornou permanete o sistema binomial (“Sistema de dois termos”) de nomenclatura.

Neste sentido Schultz (1991,p.21) afirma: “Desde Lineu designamos a

espécie por dois termos (nomenclatura binária). O primeiro indica o gênero ao

qual a planta pertence (epíteto genérico) e o segundo a espécie (epíteto

específico) dentro deste gênero”

No Brasil o estudo das plantas foi impulsionado pela chegada da corte

portuguesa, onde em 1808 foi criado o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, por D.

João VI. Não podemos deixar de ressaltar a influência do grande naturalista

Martius, e a sua obra a Flora Brasiliensis, esta de conhecimento mundial.

O estudo da diversidade vegetal sofreu várias modificações ao longo do

tempo, com várias mudanças nos métodos de classificação. Nos últimos anos

com a utilização de tecnologias cada vez mais sofisticadas o estudo da botânica

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apresentou grande avanço, o que possibilitou o aparecimento de novos

conhecimentos, surgindo assim novas propostas de classificação.

O interesse pelo estudo das plantas vem crescendo, com ele cresce o

conhecimento a respeito dos seus componentes químicos, resultando nas

descobertas das plantas medicinais, as que são úteis para as mais diversas

utilidades, e também as tóxicas.

Os vegetais, objeto de estudo da Botânica, são indispensáveis a nossa

sobrevivência na terra sendo que os clorofilados permitem a vida através do

processo de fotossíntese. Os vegetais fazem parte do nosso dia-a-dia, é neles

que buscamos subsídios para suprir muitas de nossas necessidades como fonte

de alimento, medicamentos, combustível, abrigo, papel para escrita e outras

utilidades, material para construção, fibras para roupas, madeira para móveis,

oxigênio, e muitas outras.

Todos têm consciência que as plantas estão presentes no cotidiano das

pessoas, seja diretamente como na alimentação, ou indiretamente quando

utilizamos medicamentos extraídos de um vegetal, também convivemos com

algumas plantas tóxicas, as quais podem causar intoxicações dos seres humanos

e dos animais domésticos se ingeridos, em alguns casos pode levar a more,

apesar desses conhecimentos nos deparamos com um distanciamento entre o

que se aprende na escola e sua aplicação na realidade do aluno.

PLANTAS TÓXICAS

As plantas apresentam um fantástico metabolismo, em que ocorre a

produção de uma grande variedade de substâncias químicas, sendo algumas

utilizadas para seu crescimento, na sua reprodução e manutenção, algumas

substâncias podem ser tóxicas ou irritantes para outros organismos.

Segundo Oliveira et all (2003 p. 11), “Várias dessas substâncias tóxicas

podem causar envenenamentos graves em seres humanos ou em animais

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domésticos quando plantas que as contenham são ingeridas ou quando entram

em contato com a pele.”

Na visão de Rossetti e Corsi (2009), “denomina-se planta tóxica todos os

vegetais que, introduzidos no organismo dos homens ou de animais domésticos

são capazes de causar danos à saúde e vitalidade desses seres”.

Ainda a respeito da definição de plantas tóxicas podemos considerar o que

descreve Hoehne (1978 apud Oler , 2012):

A definição de uma planta ser ou não tóxica deve levar em conta diversas características, como presença/ausência de substância tóxica, concentração, suscetibilidade do organismo à ação da toxina, interação com outros fatores, etc.

Quando se fala a respeito da toxidade das plantas Albuquerque (1980,

apud Silva, 2010) comenta:

As plantas tóxicas possuem substâncias que por suas propriedades naturas, físicas, químicas ou físico-químicas, alteram o conjunto funcional-orgânico em relação com sua incompatibilidade vital, conduzindo ao organismo vivo reações biológicas diversas.

Muitas plantas que fazem parte cotidiano, apesar de belas e atraentes,

também são venenosas. Suas folhas, caules ou frutos podem apresentar algum

tipo de substâncias tóxicas, se ingerida pode provocar intoxicações graves e em

alguns casos podem causar a morte.

Existem várias pesquisas envolvendo os princípios ativos tóxicos das

plantas, e na maioria estão relacionadas principalmente com o potencial de

causar intoxicações, em relação aos tipos de princípios tóxicos das plantas Barg

(2004), descreve:

Os componentes químicos das plantas, chamados de princípios ativos, ou simplesmente ativos presentes nas plantas tóxicas são: os alcaloides, os glicosídeos cardioativos ou cardiotônicos, os glicosídeos cianogênicos ou cianogenéticos, os taninos, as saponinas, o oxalato de cálcio, as toxialbuminas, todos provocando sintomas semelhantes em animais ou

em humanos.

Quanto à toxidade das plantas Schvartsman, considera:

A toxidade das plantas, relacionada à espécie humana e encarada de um modo bastante genérico, assume aspectos variados e importantes,

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interessando diferentes campos da medicina e da biologia, entre os quais:

1. Intoxicação aguda, quase sempre por ingestão acidental de uma planta ou de alguma de suas partes que é tóxica, e que é de incidência preponderante no grupo pediátrico.

2. Intoxicação crônica, consequente à ingestão continuada, acidental ou propositada de certas espécies vegetais, responsável por distúrbios clínicos muitas vezes complexos e graves.

3. Exposição crônica, evidenciada particularmente por manifestações cutâneas em virtude do contato sistemático com vegetais, verificado com maior frequência em atividades industriais ou agrícolas.

4. Utilização continuada de certas espécies vegetais, sob a forma de pó para inalação, fumos ou infusões, visando a efeitos alucinógenos ou entorpecentes. (SCHVARTSMAN, 1992, p.5)

As plantas tóxicas ao longo do tempo têm sido utilizadas das mais variadas

formas, os índios utilizam até hoje o veneno de algumas plantas nas pontas das

flechas para caça. De algumas plantas tóxicas são retirado substâncias ativas

para o desenvolvimento de fármacos, apesar de muitos temerem as plantas

tóxicas, alguns grupos de plantas quando utilizadas adequadamente podem ser

úteis para a manutenção da saúde através da medicina alopática e da

homeopática.

Os estudos das plantas tóxicas também estão voltados aos casos

intoxicações acidentais aos seres humanos e animais. Segundo dados do

Sistema Nacional de Informação Tóxico-Farmacológica (Sinitox), da Fundação

Oswaldo Cruz – Fiocruz (2012), revela que de cada dez casos de intoxicação por

plantas no Brasil, seis afetam crianças com menos de 10 anos - a maioria

absoluta nas cidades e não na zona rural.

As crianças menores de cinco anos intoxicam-se geralmente com plantas

comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia sp), o antúrio (Anthurium andraeanun) e o

tinhorão (Caladium bicolor).

As plantas que mais causam intoxicações com crianças na faixa etária

entre seis e doze anos são coroa-de-cristo (Euphorbia milii L), o pinhão-roxo

(Jatropha curcas), a mamona (Ricinus commuis) e o chapéu-de-napoleão

(Trevetia neriifolia Jussieu).

Entre os adultos as intoxicações mais comuns são as causadas pelo uso

inadequado de plantas medicinais, alucinógenas e abortivas, as que mais causam

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intoxicações são a buchinha (Buxus sempervirens) e a saia-branca (Datura

suaveolens).

Algumas plantas utilizadas como ornamentais presentes nos jardins, em

vasos nos interiores das residências, parques, canteiros de praças públicas e até

mesmo em terrenos baldios, apesar de sua beleza são perigosas, pois

apresentam princípios ativos que são tóxicos. Se for ingerida por crianças e

animais podem causar graves lesões e até intoxicações, ou contato com a pele e

olhos provocam certos tipos de irritações cutâneas como coceiras, vermelhidão.

Por esse motivo é importante saber reconhecê-las e orientar as crianças dos

perigos que essas podem causar.

A falta de conhecimento em relação a muitas espécies vegetais tóxicas faz

com que ocorram as intoxicações acidentais, principalmente com as crianças, o

intuito do desenvolvimento deste é orientar os alunos no reconhecimento das

plantas tóxicas que fazem parte do seu entorno, motivando-os a repassar as

informações adquiridas para os familiares e vizinhos.

Entre as plantas utilizadas para ornamentação que serão objeto desta

unidade temática são:

Allamanda cathartica L – alamanda.

Anthurium andraeanum Liden - antúrio

Caladium bicolor – tinhorão.

Colocasia antiquorum Schott – T-taioba-brava.

Dieffenbachia picta Schott – comigo-ninguém-pode.

Datura suaveolens L. – saia –branca.

Euphorbia pulcherrima Willd - bico-de-papagaio.

Euphorbia milli L. – coroa-de-cristo.

Hedera helix L. – hera.

Haemanthus katharinae Baker - coroa-Imperial.

Hippeastrum organense Hook - açucena.

Nerium oleander L. – espirradeira.

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Zantedeschia aethiopica Spreng – copo-de-leite.

Allamanda cathartica L – alamanda

Allamanda cathartica L – alamanda . No detalhe as flores

Fotos da autora

NOME CIENTÍFICO:. Allamanda cathartica L

NOME POPULAR: alamanda amarela, dedal de dama, orelia, quatro-patacas

amarela, Santa-Maria.

FAMILIA: Apocynaceae

PARTE TÓXICA: Toda a planta

PRINCÍPIO ATIVO: Saponinas

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ASPECTOS BOTÂNICOS

“Apresenta-se como planta trepadeira com folhas verticiladas, ovais ou

oblongas, flores campanuladas de coloração amarela ou alaranjada. O fruto é

uma cápsula bivalva contendo poucas sementes”. (SCHARTSMAM, 1992, p. 70). O

amarelo das flores é predominante, estando florida praticamente o ano todo.

Trepadeira bastante conhecida e utilizada no paisagismo no Brasil, por ser

planta perene e suportar bem o Sol, é muito utilizada para fazer coroamento de

muros, assim esses ganham graciosidade e leveza. Em contra partida é uma

planta bastante tóxica, e, portanto, necessário todo cuidado para cultivá-la, por

este motivo deve-se mantê-la longe do alcance de crianças pequenas e filhotes

de cães. A alamanda encontra-se largamente distribuída nas regiões tropicais e

subtropicais.

ORIGEM: América do Sul, especificamente no Brasil.

SINTOMATOLOGIA

A ingestão da planta determina distúrbios gastrintestinais intensos,

caracterizados por náuseas, vômitos, cólicas abdominais e diarreia. Alterações

hidreletrolíticas são complicações frequentes. (SCHVARTSMAM, 1992, p. 71)

TRATAMENTO

Quando necessário fazer lavagem gástrica, desde que seja realizada por

profissional experiente, levando-se em consideração as propriedades cáusticas

do vegetal. Quanto às manifestações digestivas deve ser feito o tratamento

sintomático, complementado por correção adequada dos distúrbios

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hidreletrolíticos, que são complicações relativamente frequentes

(SCHVARTSMAN, 1992, p. 71)

Anthurium andraeanum Liden - antúrio

Anthurium andraeanum Liden - antúrio . No detalhe o conjunto formado pela bráctea colorida (folha modificada), espádice (espiga). Fotos da autora

NOME CIENTÍFICO: Anthurium andraeanum Liden

NOME POPULAR: antúrio, antúrio-de-flor, o antúrio branco é conhecido como flor

de Jorge Tadeu.

FAMILIA: Araceae

PARTE TÓXICA: Toda a planta

PRINCÍPIO ATIVO: Oxalato de cálcio

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ASPECTOS BOTÂNICOS

O antúrio é uma planta semi-herbácea, ereta, perene, com a variação de

altura esta entre 0,30 a 1,0 m. Planta ornamental, com folhas do tipo cordiforme

(formato de coração), apresenta tamanhos variados de acordo com a espécie,

sua base é mais larga com lobos arredondados, de coloração verde. A parte

colorida que chama atenção e normamente que é chamada de flor, na verdade é

um conjunto formado pela bráctea colorida (folha modificada), espádice (espiga)

parte mais afilada formando uma inflorescência, onde ocorrem as minúsculas

flores, sendo as flores masculinas no ápice e femininas na base. As verdadeiras

flores do antúrio são os pontinhos amarelos que brotam na espádice. A coloração

das brácteas pode ser branca, rosa claro, rosa escuro, laranja e vermelha. Planta

que floresce durante o ano todo, principalmente no verão.

O antúrio pode ser encontrado em diversas regiões do Brasil e em vários

países.

SINTOMATOLOGIA

Quando mastigada a sua folha provoca irritação e edema nas mucosas da

boca, faringe e laringe. Nos casos mais graves, pode causar náuseas e vômitos,

sensação de queimação, salivação abundante, tonturas, dificuldade de engolir e

asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.

TRATAMENTO

O tratamento inicial dos sintomas é feito com a ingestão de leite e água,

encaminhamento ao médico para avaliação e iniciar a medicação sintomática.

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Caladium bicolor – tinhorão

Caladium bicolor – tinhorão.

Foto da autora

NOME CIENTÍFICO: Caladium bicolor

NOME POPULAR: tinhorão

FAMÍLIA: Aráceas.

PRINCÍPIO ATIVO: oxalato de cálcio

PARTE TÓXICA: todas as partes da planta.

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ASPECTOS BOTÂNICOS

Planta encontrada nas matas úmidas das regiões tropicais e também muito

utilizada como ornamental devido às suas folhas exuberantes e coloridas do tipo

sagitiformes (forma de seta), pode ser encontradas nas cores brancas, pintadas

ou manchadas de vermelho, rosa ao longo das nervuras sobre fundo verde.

“Espádice separado em duas porções com flores femininas embaixo e as

masculinas acima; espata amarelo-esbranquiçada, matizada de púrpura”.

(SCHVARTSMAM, 1992, p. 130)

ORIGEM: América Central

SINTOMATOLOGIA:

O contato ou ingestão podem causar sensação de queimação, edema

(inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarreia, salivação

abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar

irritação e lesão da córnea.

TRATAMENTO:

A lavagem gástrica ou medidas que venham provocar vômitos devem ser

utilizadas com cuidado. O tratamento deve ser sintomático, pode incluir a

administração de demulcentes (leite, clara de ovo, azeite de oliva, bochechos com

hidróxido de alumínio) e analgésicos e antiespasmódicos. Anti-histamínicos

também podem ser utilizados, os corticosteroides nos casos mais graves de

acordo com orientação médica. Contato ocular: Lavagem demorada com água

corrente, colírios antissépticos. Acompanhamento de oftalmologista.

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Colocasia antiquorum Schott – taioba-brava

Colocasia antiquorum Schott – taioba-brava.

Foto da autora

NOME CIENTÍFICO: Colocasia antiquorum Schott.

NOME POPULAR: taioba-brava, cocó, taió, tajá.

FAMÍLIA: Araceae

PARTE TÓXICA: todas as partes da planta.

PRINCÍPIO ATIVO: oxalato de cálcio

ASPECTOS BOTÂNICOS

A taioba-brava é uma planta herbácea, com rizoma tuberoso, que forma um

cormo de aspecto escamoso e de grossura variável, na extremidade dos longos

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pecíolos formam grandes folhas com limbo sagitado, de cor verde em certos

pontos bem carregado.

SINTOMATOLOGIA

Quando mastigada ou ingerida podem causar sensação de queimação,

edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarreia, salivação

abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar

irritação e lesão da córnea.

TRATAMENTO

Evitar lavagem gástrica ou provocar vômitos. No tratamento sintomático

pode ser utilizado demulcentes (leite, clara de ovo, azeite de oliva,

bochechos com hidróxido de alumínio), também administrar analgésicos e

antiespasmódicos e anti-histamínico. Os Corticosteróides devem serem

administrados nos casos graves sob orientação médica. Contato ocular:

Lavagem demorada com água corrente, colírios antissépticos e procurar o

oftalmologista para melhor avaliação e tratamento.

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Dieffenbachia picta Schott – comigo-ninguém-pode

Dieffenbachia picta Schott – comigo-ninguém-pode

Foto da autora

NOME CIENTÍFICO: Dieffenbachia picta Schott

NOME POPULAR: comigo-ninguém-pode, aninga-do-Pará.

FAMÍLIA: Araceae

PRINCÍPIO ATIVO: oxalato de cálcio, saponinas.

PARTE TÓXICA: todas as partes da planta.

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ASPECTOS BOTÂNICOS

“Planta ornamental cultivada em vasos. Apresenta espesso caule ereto, folhas

grandes, oblongas, vistosas, pecioladas, verde-escuras, com manchas esbranquiçadas

de vários aspectos”. (SCHVARTSMAM, 1992, p. 92). Suas flores estão dispostas em

espádice, sendo que as flores masculinas ocupam a porção do ápice da

inflorescência e as femininas a porção da base. Os frutos são bagas de cor

vermelho-alaranjadas.

Segundo dados da sinotox o comigo-ninguém-pode é grande causador

de intoxicações, afetando principalmente crianças entre 0 e 6 anos através da

ingestão acidental das folhas.

SINTOMATOLOGIA

Segundo Schvartsmam (1992, p. 92),

Clínica - ingestão de qualquer parte da planta ou o simples ato de mastigá-la são seguidos rapidamente por intensas manifestações de irritação de mucosas: edema de lábios, língua e palato com dor em queimação, sialorréia, disfagia, cólicas abdominais, náuseas e vômitos.

O contato com os olhos pode provocar irritação intensa com congestão,

inchaço, fotofobia (intolerância a luz), lacrimejamento e lesão da córnea.

TRATAMENTO

Medidas para provocar vômitos e a lavagem gástrica devem ser realizadas

por profissionais qualificados e com cuidado. No tratamento sintomático pode ser

administrado os demulcentes (leite, clara de ovo, azeite de oliva, bochechos com

hidróxido de alumínio),também deve ser utilizados os analgésicos,

antiespasmódicos e anti-histamínicos. Medicamentos Corticosteróides só devem

ser administrados nos casos mais graves e sob orientação médica. Contato

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ocular: Lavagem demorada com água corrente, colírios antissépticos.

Encaminhamento ao oftalmologista para avaliação e orientação no tratamento.

Datura suaveolens L. – saia -branca

Datura suaveolens L. – saia –branca- No detalhe flor.

Foto da autora

NOME CIENTÍFICO: Datura suaveolens L.

NOME POPULAR: saia-branca,trombeta, trombeta-de-anjo, trombeteira,

cartucheira, zabumba

FAMÍLIA: Solanaceae.

PARTE TÓXICA: todas as partes da planta.

PRINCÍPIO ATIVO: alcalóides beladonados (atropina, escopolamina e hioscina)

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ASPECTOS BOTÂNICOS

De acordo com Schvartsmam (1992, p. 57) a saia branca apresenta como

características.

Arbusto de 2 a 3 m de altura. Folhas pecioladas, ovaladas: flores pendentes tendo até 30 cm de comprimento, cálice tubular, corola branca, às vezes rosada. Fruto delgado, fusiforme, indeiscente. Muito disseminada no Brasil floresce de julho a outubro e é encontrada em várzeas, beira de regatos, terrenos baldios, ao longo de estradas, orla de matas ou então cultivada em jardins como planta ornamental.

SINTOMATOLOGIA

“As intoxicações ocorrem geralmente em crianças devido à ingestão de

sementes, enquanto nos adultos são devidas à ingestão de folhas confundidas

com outros alimentos ou então pelo consumo como alucinógenos.”

(SCHVARTSMAM, 1992, p. 58)

Os sintomas aparecem logo após a ingestão com boca seca, náuseas e

vômitos, pele quente, seca e avermelhada ,mucosa ocular seca , taquicardia,

dilatação das pupilas, diminuição no volume da urina, dificuldade em urinar, rubor

da face, estado de agitação, alucinação, hipertermia; nos casos mais graves pode

levar a morte.

TRATAMENTO

Esvaziamento gástrico com lavagem gástrica (em tempo útil) com água,

permanganato de potássio ou ácido tânico a 4%. É recomendável desde que

realizada por profissional experiente. Como os analgésicos geralmente são

ineficazes recomenda-se a utilização de bolsas de gelo, compressas úmidas,

entre outras medidas físicas para aliviar os sintomas, os medicamentos

diazepínicos podem ser administrados com cautela para controlar a agitação

psicomotora muito intensa sob orientação médica. Evitar sedativos nos casos

mais graves.

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Euphorbia pulcherrima Willd - bico-de-papagaio

Euphorbia pulcherrima Willd - bico-de-papagaio.

Foto da autora

NOME CIENTÍFICO: Euphorbia pulcherrima Willd.

NOME POPULAR: rabo-de-arara, papagaio, cardeal, flor-de-natal, bico de

papagaio

FAMÍLIA: Euphorbiaceae.

PARTE TÓXICA: todas as partes da planta.

PRINCÍPIO ATIVO: látex irritante.

ASPECTOS BOTÂNICOS

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“Arbusto ornamental de jardins. Possui folhas verdes alternas, com nervura

principal fazendo saliência na página inferior; flores vistosas, vermelhas ou

amarelas” (SCHVARTSMAM, 1992, p. 123).

SINTOMATOLOGIA

Em contato com a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema

(inchaço) de lábios, boca e língua, dor em queimação e coceira; o contato com os

olhos provoca irritação, lacrimejamento, inchaço das pálpebras e dificuldade de

visão, conjuntivite; quando ingerida pode causar náuseas, vômitos e diarreia.

ORIGEM: México

TRATAMENTO

O tratamento varia de acordo com o tipo de exposição: nas lesões de pele

basta os cuidados higiênicos, pois assim evita infecções secundárias, nas lesões

mais graves pode utilizar pomadas ou emulsões de corticoides após a lavagem

com permanganato de potássio 1:10.000, e administração de anti-histamínicos

sempre sob orientação médica. Nos casos de ingestão: quando necessário a

lavagem gástrica deve ser realizada por profissional capacitado com cautela.

Utilizar analgésicos e antiespasmódicos, também os protetores de mucosa (leite,

óleo de oliva) são úteis. Nos casos graves podem ser administrado corticoides

desde que indicado por um médico. Contato ocular deve-se imediatamente lavar

com água corrente, colocar colírios e antissépticos, recomenda avaliação

oftalmológica para procedimentos necessários.

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Euphorbia milli L. – coroa-de-cristo

Euphorbia milii L. – coroa de Cristo.

Foto da autora

NOME CIENTÍFICO: Euphorbia milii L.

NOME POPULAR: coroa-de-cristo, cristo-gigante, dois-irmãos, bem-casados,

coroa-de-nossa-senhora, duas-amigas

FAMÍLIA: Euphorbiaceae

PARTE TÓXICA: todas as partes da planta.

PRINCÍPIO ATIVO: “látex irritante ou cáustico, não se sabendo com exatidão qual

o principio responsável por estas propriedades.” (SCHVARTSMAM, 1992, p. 93).

ASPECTOS BOTÂNICOS

“Planta muito difundida no Brasil, apresenta grande número de espátulas

rígidas e pontiagudas e pequenas flores de coloração avermelhada. Produz uma

seiva abundante e muito leitosa”. (SCHVARTSMAM, 1992, p. 93).

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Arbusto resistente e de longa duração (perene), podendo chegar até 1,5

m de altura, possui suco leitoso (látex), sendo bastante ramificados seus ramos

são compridos e contorcidos, apresentam numerosos espinhos com até 2,5cm

de comprimento. Suas folhas são alternas simples, inteiras, ovoladas ou

espatuladas, membranosas, apresenta o pecíolo curto. As flores são

unissexuais, reunidas em inflorescências tipo ciátio. (longo-pedunculadas com

brácteas vermelhas e invólucro campanulado com cinco glândulas apicais)..Seu

fruto tem forma de cápsula tricoca.

ORIGEM: Originária da Ilha de Madagascar, a espécie Euphorbia millii Des

Moulins é muito difundida no Brasil, são cultivadas como ornamentais e como

cercas-vivas.

SINTOMATOLOGIA

As lesões causadas depende da exposição, a seiva leitosa causa lesão

em contato com a na pele causam lesões irritativas, que pode ser simples eritema

(rubor da pele) até vesículas e posterior formação de pústulas (elevação da

epiderme que contém líquido purulento – ferida). A mastigação de qualquer parte

da planta, provocam lesão irritativa da mucosa bucal com edema (inchaço) de

lábios, boca e língua, dor em queimação, sialorréia (abundância em salivação). A

ingestão ocorre com menor frequência, pode causar lesões da mucosa faringiana,

esofágica e gástrica com consequente dor retroesternal (na região do esterno) e

abdominal, disfagia (dificuldade em comer), náuseas e vômitos. O contato com os

olhos provoca irritação, lacrimejamento e processos inflamatórios como,

conjuntivite, em alguns casos provocam lesões mais sérias de córnea que podem

levar a perda parcial ou total da visão.

TRATAMENTO

O tratamento é realizado de acordo com o tipo de exposição: contato com a

pele deve ser feito a higienização para evitar infecções secundárias.

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Nas lesões com prurido, aplicar solução com permanganato de potássio

1:10.000 e pomadas ou emulsões de corticoides, administrar anti-histamínicos via

oral sob orientação médica.. Ingestão: Na maioria dos casos não é necessário o

esvaziamento gástrico, quando for indicado deve ser realizado por profissional

qualificado, a utilização dos analgésicos e antiespasmódicos ajudam aliviar os

sintomas, o mesmo acontece com os protetores de mucosa (leite, óleo de oliva).

Casos graves de processo inflamatório recomenda o uso de corticóides. Contato

ocular: lavagem imediatamente com água corrente, emprego de colírios,

antissépticos, avaliação oftalmológica e indicação do uso de corticosteroides e

anti-histamínicos nas lesões mais graves.

Ficus Pumila l – hera-miúda

Ficus Pumila l – hera-miúda. No detalhe fruto.

Fotos da autora

NOME CIENTÍFICO: Ficus Pumila l

NOME POPULAR: hera-miúda, unha-de-gato, herinha

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FAMÍLIA BOTÂNICA: Moraceae

PRINCÍPIO ATIVO: furanocumarinas, oxalato de cálcio, látex irritante.

ORIGEM: China e Japão

ASPECTOS BOTÂNICOS

Oliveira, Godoy e Costa (2003, p.49) descreve a Ficus pumila L. como

sendo.

Trepadeira lenhosa de caules numerosos e delicados, muito ramificados e aderentes às paredes pelas suas abundantes raízes adventícias. Folhas alternas, sendo as dos ramos jovens subsésseis e menores, largo-ovaladas cordiformes na base; as dos ramos adultos ou floríferos são pecioladas, elípticas e coriáceas. Frutos em forma de figos ovóides.

A Ficus pumila L é muito utilizada como ornamental, por causa da

facilidade de aderência, pois basta oferecer um suporte adequado para que

cresça, apesar dessa facilidade, deve-se realizada manutenção com podas

periódicas. É ideal para recobrir de verde: muros, paredes, escadas e colunas.

ORIGEM: China e Japão

SINTOMATOLOGIA

O contato com a mucosa oral e ingestão (mastigação da folha) com látex

provoca irritação da mucosa oral, salivação abundante, já o contato com a pele

provoca irritações, dermatites e “fitodermatite, uma reação epidérmica

caracterizada por erupções, hiperpigmentação,eritema e formação de vesículas”

(OLIVEIRA, GODOY E COSTA, 2003, p. 50).

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TRATAMENTO

O tratamento deve ser sintomático para aliviar o desconforto da paciente.

Hedera helix L. – hera

Hedera helix L. – hera.

Foto da autora

NOME CIENTÍFICO: Hedera helix L.

NOME POPULAR: hera

FAMÍLIA BOTÂNICA: Araliaceae

PRINCÍPIO ATIVO: saponinas

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ASPECTOS BOTÂNICOS

Schvartsmam (1992, p. 110), descreve os aspectos botânico da hera

como:

Arbusto sarmentoso utilizado como planta de adorno. Estende-se pelo chão cobrindo-o com sua densa folhagem ou prende-se aos muros e árvores por meio de raízes adventícias. Folhas alternas, lustrosas, verde-escuras ou manchadas de branco-acinzentado; flores pequenas, verde-amareladas; o fruto é uma baga preta.

SINTOMATOLOGIA

A ingestão provoca irritações na mucosa gastrintestinal com dor

retroesternal, cólicas, aumento da saliva, náuseas, vômitos e diarreia,

provocando desidratações. “A absorção da saponina, que é excepcional,

evidencia-se por um quadro de hemólise, com sintomatologia consequente a

anemia e hipóxia” (SCHVARTSMAM, 1992, p. 110).

TRATAMENTO

Na maioria dos casos a administração de demulcentes (leite, clara de ovo

e óleo de oliva) e antiespasmódicos já são suficientes. Quando indicado

lavagem gástrica deve ser realizada por profissional experiente e com cautela.

No caso de hemólise deve ser tratada com transfusões de sangue.

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Haemanthus katharinae Baker - coroa-Imperial

Haemanthus katharinae Baker – coroa Imperial.

Foto da autora

NOME CIENTÍFICO: Haemanthus katharinae Baker

NOMES POPULARES: coroa-imperial, diadema-real

FAMÍLIA: Amaryllidaceae

PARTE TÓXICAS: Todas as partes da planta

PRINCÍPIO ATIVO: Alcalóides licorina e galantamina

ASPECTOS BOTÂNICOS

Planta apresenta bulbo grande, tunicado, emitindo de quatro a cinco folhas

curto-pecioladas (pecíolo com máculas). Folhas compridas, oblongas, obtusas,

membranosas, pedúnculo floral vigoroso e compacto. Flores de perianto e

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estames com filetes vermelho-escuros, dispostas em umbelas compactas. Fruto

cápsula globosa.

ORIGEM: África (introduzida da África pelos escravos para ser usada como

condimento). Atualmente é cultivada como planta ornamental.

SINTOMATOLOGIA

Não existem na literatura relatos de intoxicações causadas por esta

espécie. Mas, no entanto sabe-se que muitos gêneros de Amaryllidaceae são

tóxicos e essa família é frequentemente citada na literatura por causas

intoxicações. Os acidentes ocorrem devido à ingestão do bulbo de algumas

espécies. Os sintomas são vômitos, diarreia, em alguns casos colapso geral e

morte.

TRATAMENTO

Tratamento deve ser apenas sintomático.

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Hippeastrum organense Hook - açucena

Hippeastrum organense Hook – açucena. No detalhe folhas da açucena

Fotos da autora.

NOME CIENTÍFICO: Hippeastrum organense Hook

NOME POPULAR: Açucena, amarílis, flor-da-imperatriz

FAMILIA: Amaryllidaceae

PARTE TÓXICA: Flor (bulbo)

PRINCÍPIO ATIVO: Alcalóides

ASPECTOS BOTÂNICOS

Conforme Schvartsman(1992, p.70), descreve a açucena da espécie

Hippeastrum organense Hook, “é planta herbácea, folhas longas com nervuras

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paralelas nascendo de um bulbo, flores vistosas de coloração arroxeada ou

avermelhada”.

Geralmente apresentam como folhagens bulbosas, com folhas ensiformes

(em forma de espada), lineares e flores muito vistosas A açucena é uma planta

apreciada no mundo todo. Atualmente muitas dessas plantas passaram por

melhoramento genético, sendo os holandeses, os responsáveis por esse

melhoramento

SINTOMATOLOGIA

Clínica: “a intoxicação ocorre geralmente após ingestão do bulbo volumoso,

muito rico em seiva que encerra substâncias acres, cáusticas e catárticas. O

quadro clínico é de uma gastrenterite com náuseas, vômitos, cólicas abdominais e

diarreia”. (SCHVARTSMAN, 1992, p.70),

TRATAMENTO

Quando ingerida recomenda-se o esvaziamento gástrico com lavagem

gástrica, realizada por profissional qualificado, mas com cautela em virtude dos

efeitos cáusticos que o vegetal causa. No tratamento é administrado

antiespasmódico, protetores de mucosa como: leite, hidróxido de alumínio,

também se utiliza adstringentes intestinais, como o carbonato de cálcio.

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Nerium oleander L. – espirradeira

Nerium oleander L. – espirradeira. Nos detalhes acima sementes e abaixo fruto da espirradeira.

Fotos da autora

NOME CIENTÍFICO: Nerium oleander L.

NOME POPULAR: oleandro, louro rosa, flor-de-são-josé, espirradeira,loandro,

oleander, loandro-da-índia, loureiro-rosa.

FAMÍLIA: Apocynaceae

PARTE TÓXICA: todas as partes da planta (mesmo depois de morta).

PRINCÍPIO ATIVO: Glicosídeos Cardiotóxicos, glicosídeos cianogênicos;

alcalóides; estrofantina, de ação paralisante sobre o coração.

ASPECTOS BOTÂNICOS

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Segundo Schvartsmam (1992 p.99), a espirradeira é uma:

planta herbárcea que chega a atingir 2 a 4m de altura. Caule cilíndrico com cinzentos acastanhados; folhas opostas, pecioladas, lanceoladas, nervura principal impressa na face superior e saliente na face inferior; inflorescências terminais, flores geralmente rosadas, corola grande vistosa. Frutos contendo numerosas sementes de revestidas de pelos.

A espirradeira floresce no verão ou no início do outono; sua flores são

presas a cachos que nascem nas pontas dos ramos e o colorido varia em tons

de: rosa, amarelo, vermelho e branco.

SINTOMATOLOGIA

De acordo com o que descreve Schvartsmam (1992, p.100), a intoxicação

causada pela espirradeira no aspecto clinico são:

Clinica - “qualquer parte do vegetal, desde as flores até a raiz, é bastante tóxica, existindo relatos de intoxicações graves simplesmente pela ingestão de água contaminada com flores ou folhas, pela mastigação da folha ou apenas pelo simples ato de chupar a flor pelo cabo”

A pessoa intoxicada pode apresentar náuseas, vômitos, cólicas agudas,

diarreia muco-sangüinolenta; as manifestações neurológicas com cefaleia, tonturas,

confusão mental e distúrbios visuais; contato ocular: fotofobia, congestão

conjuntival, lacrimejamento; os sintomas cardíacos podem variar desde

taquicardia e bradicardia, que podem ocorrer um seguido ao outro,

sucessivamente; fraqueza, depressão e colapso terminal ocorrer associados a

cianose, angustia respiratória, tonturas, midríase, sonolência, torpor, coma e

morte.

TRATAMENTO

O tratamento dos distúrbios digestivos é realizado com antiespasmódicos,

antieméticos, protetores de mucosa e adsorvente intestinal. Se for indicado

lavagem gástrica deve ser realizado por profissional qualificado. O tratamento de

suporte, com atenção especial aos distúrbios hidroeletrolíticos. Administrar os

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antiarrítmicos habituais nos distúrbios de ritmo.. Contato ocular: lavagem com

água corrente, colírios antissépticos, analgésicos e avaliação oftalmológica.

Zantedeschia aethiopica Spreng – copo-de-leite

Zantedeschia aethiopica Spreng – Copo-de-leite. Arquivo da autora

NOME CIENTÍFICO: Zantedeschia aethiopica Spreng.

NOME POPULAR: copo-de-leite, caládio. cala-branca, lírio-do-nilo

FAMÍLIA: Araceae

PARTE TÓXICA: todas as partes da planta

PRINCÍPIO ATIVO: Oxalato de Cálcio

ORIGEM: África

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ASPECTOS BOTÂNICOS

Copo-de-leite planta ornamental cultivada tanto em jardins como para flor

de corte utilizada em decorações como arranjos florais ramalhetes para noivas.

Planta que tem preferência por lugares úmidos é perene, herbácea robusta,

ereta e forma touceiras, seu rizoma é vigoroso, muito florífera, suas folhagens

ornamentais são brilhantes.

“Planta ornamental muito apreciada pela sua inflorescência. Espata muito

branca irregularmente campanulada, espádice cilíndrico e amarelo. Grandes

folhas cordiformes-sagitadas” (SCHARTSMAM, 1992, p. 93).

SINTOMATOLOGIA

A ingestão de qualquer parte da planta e o contato pode causar sensação

de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos,

diarreia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os

olhos pode provocar irritação da mucosa ocular com lacrimejamento e lesão da

córnea.

TRATAMENTO

Deve evitar lavagem gástrica ou êmese (medidas provocadoras de

vômitos), quando necessária deve ser realizada por profissional qualificado

tomando os devidos cuidados. O tratamento é sintomático com demulcentes

(leite, clara de ovo, azeite de oliva, bochechos com hidróxido de alumínio), incluir

a administração de analgésicos, antiespasmódicos e anti-histamínicos.

Corticóides devem ser utilizados nos casos mais graves, sendo indicação médica.

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Quando ocorrer contato ocular, lavar demoradamente com água corrente, colírios

antissépticos. Encaminhamento ao oftalmologista para avaliação e orientações

para tratamento específico.

MEDIDAS PREVENTIVAS PARA EVITAR ACIDENTES COM AS PLANTAS

TÓXICAS.

As intoxicações por plantas ornamentais tóxicas que estão presentes nos

jardins e vasos das residências envolvendo crianças são acidentais e a maioria

das vezes ocorrem por falta de orientação.

Entre os adultos as intoxicações podem ocorrer de forma abusiva pela

ingestão de chás preparados com as folhas da planta Datura suaveolens L. (saia–

branca) que tem ação alucinógena. Também acontece de forma acidental,

principalmente pelo contato com da pele e olhos com o látex quando realizam a

poda de algumas espécies como Euphorbia pulcherrima Willd (bico-de-

papagaio), Euphorbia milli L. ( coroa-de-cristo) e Thevetia peruviana Schum

(chapéu-de-napoleão).

Sobre campanha informativa de prevenção a acidentes Oliveira, Godoy e

Costa (2003, p. 53), descreve:

Se considerarmos constante a relação crianças/adultos intoxicados, uma campanha informativa englobando as espécies de maior relevância toxicológica seria suficiente para reduzir cerca de 70% da incidência de casos. Essa porcentagem é equivalente aos casos acidentais, sendo que os acidentes por uso abusivo necessitaria de outro tipo de campanha, mais social e acompanhada por médicos e psicólogos. Essas campanhas informativas deveriam incluir a elaboração de material educativo, entregue à população. O material deve facilitar o reconhecimento das plantas pelo aspecto e pelo nome, e mostrar os perigos que a ingestão e o manuseio descuidado dessas plantas podem trazer. Devem ser tomadas caso ocorram intoxicações e mostrar à população que eliminar as plantas tóxicas das residências não é a medida mais eficiente para diminuir a incidência de casos. A iniciativa de cortar as plantas tóxicas dos quintais apenas contribui para tornar as crianças alheias em relação aos perigos que as plantas tóxicas podem trazer.

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A partir do exposto por Oliveira verifica-se a importância de serem

trabalhadas com os (as) alunos (as) as medidas preventivas para evitar

intoxicações acidentais com eles bem como seus familiares e amigos, pois os

mesmos podem divulgar essas medidas.

O SINOTOX (Sistema Nacional de Informações Toxico Farmacológicos)

em seu site divulga as medidas preventivas que evitam os acidentes com as

plantas tóxicas ornamentais., sendo:

Medidas preventivas:

1 - Mantenha as plantas venenosas fora do alcance das crianças. 2 - Conheça as plantas venenosas existentes em sua casa e arredores pelo nome e características. 3 - Ensine as crianças a não colocar plantas na boca e não utilizá-las como brinquedos (fazer comidinhas, tirar leite, etc.). 4 - Não prepare remédios ou chás caseiros com plantas sem orientação médica. 5 - Não coma folhas, frutos e raízes desconhecidas. Lembre-se de que não há regras ou testes seguros para distinguir as plantas comestíveis das venenosas. Nem sempre o cozimento elimina a toxicidade da planta. 6 - Tome cuidado ao podar as plantas que liberam látex provocando irritação na pele e principalmente nos olhos; evite deixar os galhos em qualquer local onde possam vir a ser manuseados por crianças; quando estiver lidando com plantas venenosas use luvas e lave bem as mãos após esta atividade. 7 - Em caso de acidente, procure imediatamente orientação médica e guarde a planta para identificação. 8 - Em caso de dúvida ligue para o Centro de Intoxicação de sua região. (http://www.fiocruz.br/sinitox_novo/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=31)

Além das medidas preventivas citadas acima se deve ter cuidados

especiais com os animais domésticos, pois os filhotes e adultos quando muito

ativos apresentam grande curiosidade por objetos novos no meio em que vivem e

notam logo quando é colocado um vaso diferente em casa ou uma planta

estranha no jardim. Pode acontecer de o animal lamber, morder, mastigar e

engolir aquilo que lhe despertou a curiosidade. Outra situação é quando os

animais estão sem água podem, por exemplo, procurar plantas regadas ou

molhadas de chuva recentemente e ingerir suas partes. Então deve ter o cuidado

de colocar esses vasos em local que os mesmos não alcance, procurar maneiras

de evitar o acesso dos animais ao jardim, e observar se a vasilha de água do

animal esta completa, assim evita-se os acidentes.

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A maioria das pessoas quando ficam sabendo que uma determinada planta

ornamental é tóxica, o pensamento que ocorre principalmente quem tem crianças

pequenas, talvez seja de não cultivar esse ou aquele tipo de planta, mas tomando

as providências simples e adequadas, essas plantas muitas vezes belas podem

continuar sendo cultivadas.

Quando ocorrer suspeita de uma possível intoxicação levar a criança ou

adulto o mais rápido possível ao hospital mais próximo, outra atitude fundamental

é levar uma folha da planta para que o médico possa saber exatamente o que

fazer.

Se acaso presenciar o acidente de mastigação e ingestão com a planta

tóxica, retirar o que resta da planta, cuidadosamente; a seguir enxague a boca

com água corrente; e encaminhe a criança para o hospital mais próximo para,

leve parte da planta para identificação e auxiliar no tratamento.

Se acontecer o contato com látex na pele ou olhos lavar com água corrente,

se ocorrer uma irritação mais grave procure orientação médica.

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