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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CRISTIANE MARIA MORAES SCHMITZ JULIANA NUNES LEAL FÓRUM CATARINENSE DAS ESCOLAS DE ENFERMAGEM: RELAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENFERMAGEM SEÇÃO SANTA CATARINA E A FORMAÇÃO PROFISSIONAL. BIGUAÇU 2011

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CRISTIANE MARIA MORAES SCHMITZ

JULIANA NUNES LEAL

FÓRUM CATARINENSE DAS ESCOLAS DE ENFERMAGEM: RELAÇÃO DA

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENFERMAGEM SEÇÃO SANTA CATARINA E A

FORMAÇÃO PROFISSIONAL.

BIGUAÇU

2011

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CRISTIANE MARIA MORAES SCHMITZ

JULIANA NUNES LEAL

FÓRUM CATARINENSE DAS ESCOLAS DE ENFERMAGEM: RELAÇÃO DA

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENFERMAGEM SEÇÃO SANTA CATARINA E A

FORMAÇÃO PROFISSIONAL.

Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Enfermeiro Generalista, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Biguaçu. Orientadora: Enf.a Prof.a Msc. Maria Lígia dos Reis Bellaguarda.

BIGUAÇU

2011

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CRISTIANE MARIA MORAES SCHMITZ

JULIANA NUNES LEAL

FORUM CATARINENSE DAS ESCOLAS DE ENFERMAGEM: RELAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENFERMAGEM SEÇÃO SANTA CATARINA E A

FORMAÇÃO PROFISSIONAL.

Esta monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de Bacharel em Enfermagem e aprovada pelo Curso de Enfermagem da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu.

Biguaçu, 05 de dezembro de 2011.

____________________________________ Enf.a Prof.a Msc. Maria Lígia dos Reis Bellaguarda

UNIVALI – CE BIGUAÇU Orientadora

______________________________________ Enf.a Prof.a Msc. Anita Terezinha Zago

UNIVALI – CE BIGUAÇU Membro

______________________________________ Enf.a Prof.a Msc. Maristela Assumpção de Azevedo

UNIVALI – CE BIGUAÇU Membro

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“A Enfermagem é uma arte; e para realizá-la como arte,

requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso,

quanto a obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que é

tratar da tela morta ou do frio mármore comparado ao tratar

do corpo vivo, o templo do espírito de Deus? É uma das

artes; poder-se-ia dizer, a mais bela das artes!”

Florence Nightingale

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos infinitamente a nossa orientadora, amiga e professora Mestre Maria Lígia dos Reis Bellaguarda, por ter nos apoiado, auxiliado durante toda pesquisa. Por sempre deixar suas prioridades para nos atender e principalmente por ter acreditado na nossa capacidade. Que Deus te abençoe e ilumine seu caminho. Líginha o mundo pode fechar uma porta, mas Deus terá sempre outra aberta para que sua estrela continue brilhando. Muito obrigado!

Agradecemos às professoras membros da banca, Enf.a Prof.a Msc. Anita Terezinha

Zago, que sempre nos atendeu com muito carinho e abriu as portas de sua casa para a realização desta pesquisa e Enf.a Prof.a Msc Maristela Assumpção de Azevedo presidente da ABEn-SC que nos recebeu com carinho na sede da ABEn-SC. Por vocês contribuírem significativamente para a nossa formação e estão presentes nesse processo de avaliação e apoio à valorização desta pesquisa e da nossa carreira profissional. Obrigado!

Agradecemos aos membros do GT/ memória ABEn-SC que sempre nos ajudaram na busca do acervo documental, pela troca de experiências e companheirismo.

Agradecemos a secretária da ABEn-SC, Maristela pela dedicação para conosco, sempre atenciosa e disposta a nos assistir.

Agradeço a todos os mestres que fizeram parte do nosso dia a dia durante este tempo, cada qual com seu jeito de ser e ensinar, mas todos com um objetivo em comum, o de formar profissionais comprometidos e competentes.

Aos colegas de turma, pelos conflitos, pelas distâncias e aproximações, fazendo do convívio cotidiano um exercício da compreensão, da tolerância e da ética. Nosso abraço.

Agradecemos a todas as pessoas que, direta e indiretamente, contribuíram com este

trabalho e torcem pelo nosso sucesso profissional.

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AGRADECIMENTOS CRISTIANE

A Deus... Que com certeza foi quem me deu forças para chegar até aqui com a minha fé , me

protegendo quando precisei.. .

A minha família...

A minha mãe que esteve presente nestes quatro anos mais importantes de minha vida em todos os momentos principalmente os difíceis, agüentando meu mau humor e ajudando com o stress, levando aos estágios, de um lado pro outro, e claro cuidando de minha filha durante a noite para eu poder acordar calma, cedo para os estágios, aulas e provas. Obrigado Mãe, te agradeço no resto de minha vida. TE AMO INFINITAMENTE!!!

Ao meu pai que lutou mais que o seu limite físico para poder cumprir todo mês seu compromisso mensal com a UNIVALI, obrigado todos os dias, pelo apoio que me deu quando precisei, principalmente quando ganhei o presente de Deus, não estava preparada, mais meus pais me acolhendo com todo carinho necessário me dando coragem,para criar coragem e encarar a verdade. Obrigado Pai... por me dar o primeiro passo da minha vida junto comigo. TE AMO INFINITAMENTE!!!

A minha filha Maria Antônia, apesar de não entender, mais desculpa filha pelos momentos que estive ausente, pelo stress, mau humor, desculpe filha mesmo tão pequena , sem saber me dando força e apoio com o seu lindo sorriso.TE AMO INEXPLICAVELMENTE!!!!

Ao meu marido Samuel, que esta comigo desde o começo de minha faculdade, ajudando como pode, e também, agüentando o mau humor, stress, cansaço, desculpa amor também pelos momentos que estive ausente, obrigado por sempre entender, por me acalmar quando precisei, TE AMO INFINITAMENTE!!!

A minha tia Alcionei por me dar animo sempre que pensei que não ia conseguir, me colocando sempre pra cima, me dando apoio sempre, você é minha segunda mãe, te amo muito.

Ao meu amigo Madson, que sempre que precisei esteve do meu lado apoiando, me colocando pra cima, falando palavras que me deram muita força, obrigado por entender em todos momentos que não pude sair com você, atender seus telefones, enfim, desculpe quando estive ausente, TE AMO MUITO!!! És muito mais que um amigo é um irmão!!!

A minha Tia Débora e minha Sogra Sara, que me confortaram e acalmaram com palavras doces, me apoiaram sempre que precisei, obrigado pelas madrugadas que fiquei fazendo trabalhos, quando estava sem internet... Obrigado... a tia é muito mais que isso pra mim te amo e minha sogra sem comentários, muito mais que sogra te amo muito também!!!! Enfim chegou este dia!!! Obrigado.....!

Ao meu cunhado Digo, por sempre me apoiar também e sempre dizer “vai fundo Crys”! obrigado Digo!!!!

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A minha com – cunhada Pollyanna por sempre me acompanhar nas madrugadas que fiquei fazendo trabalho na casa da Sogra, obrigado Polly!!!

A minha Amiga Juliana Nunes Leal, que sempre me ajudando com toda paciência do mundo, conversando quando precisei, graças a ela também cheguei aqui!!!! Muito Obrigado Juh!!!

A equipe do posto de saúde do Saveiro, por dar atenção sempre que precisei tanto eu como meu grupo de estágio. Obrigado pessoal! Ganhei grandes amigos!!!!

A coordenação do curso de Enfermagem, que sempre resolvendo meus problemas, conversando, fazendo mais que seu papel de coordenadora e sim papel de amiga, mãe, companheira. Muito Obrigado Liginha!!!

Enfim chegou o tão esperado dia, tantas lágrimas que agora daqui pra frente vão se refletir em sorrisos dos problemas resolvidos. Não foi nada fácil mas consegui, muitas noites acordadas, mal dormidas, finalmente chegou o tão esperado dia!!!!Obrigado!!!!

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AGRADECIMENTOS JULIANA

A Deus... Por receber o dom da vida, estando sempre a minha frente para iluminar meu

caminho, atrás de mim dando sua retaguarda, a cima me abençoando e a baixo para me erguer nos obstáculos da vida. Obrigado Senhor por todas as vezes que pensei que não teria condições de continuar e estava a minha frente abrindo as portas. Tua palavra fala “se sou fiel no pouco ele me confiará mais”

A minha família... Obrigada por me compreender nos momentos difíceis, obrigada por acompanhar e

entender o meu sonho, pelos abraços quando o cansaço me fazia chorar e por acreditar sempre em mim. Vocês são a minha Vida.

Meus pais Marcos e Odalete que me conceberam a vida, por todo amor, carinho e

amizade que construímos ao longo de nossas vidas. Obrigado por durante toda a nossa caminhada, muitas vezes seus sonhos foram substituídos pelos meus. Por fazer meus estudos prioridade em suas vidas e por não medirem esforços para que eu chegasse até aqui, comemorar essa vitória. AMO VOCÊS!

Meu irmão Gevaer, agradeço por saber esperar algumas das suas conquista por mim, apesar das brigas de irmãos, todas as vezes que precisei de sua ajuda esta lá. Te Amo!

Minha irmãzinha Sara Vitória, por surgir em minha vida e me ensinar a partilhar e conviver com nossa diferença, obrigado pelo carinho e gesto de amor nos momentos de cansaço . Te Amo!

Meu noivo Paulo Roberto, por todo amor, carinho, dedicação e conquista. Pela paciência de me esperar durante esses anos e fazer de meus sonhos os seus sonhos e a minha vida a sua vida. Te Amo Horrores!

A minha grande família, tios e tias, primos e primas e especial meus avós Ageni e

Odilia que sempre me acolheram com todo amor e carinho, pois depois de nossa casa, só a casa do vovô e da vovó para fazer nossas vontades. Obrigado por manter nossa família unida e pelos almoços de finais de semana em sua mesa de três metros e manter o convívio em família. Obrigado!

Aos amigos... Aos meus verdadeiros amigos de longa caminhada, apesar da distância e atribuições

da vida. Agradeço pelas palavras de carinho e conforto, nos momentos difíceis. Nadja e Claudia por dividir as alegrias, tristezas, angustiam e os desafios da vida

acadêmica. E construir nesses anos uma verdadeira amizade. Cristiane por me acompanhar neste trabalho e superar os obstáculos. Obrigado!

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Enf.ª Mônica e Enfª Zuleide que sempre me compreenderam e proporcionaram um crescimento na minha formação acadêmica, através de seus exemplos na nossa convivência. Obrigado por tudo.

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SCHMITZ, C. M. M.; LEAL, J. N. Fórum catarinense das escolas de enfermagem: Relação da associação brasileira de enfermagem Seção Santa Catarina e a formação profissional. 2011 76p. Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Curso de Graduação em Enfermagem, Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Biguaçu / SC, 2011.

RESUMO

Trata-se de um estudo qualitativo, na modalidade exploratória– descritiva. A presente monografia tem como propósito promover parte de um resgate histórico através de análise de revisão documental no acervo disponibilizado na entidade de classe Associação Brasileira de Enfermagem Seção Santa Catarina sobre as edições do Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem. Assim, o objetivo deste estudo, foi conhecer as contribuições do Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem na formação profissional. O referencial teórico utilizado teve por base a Teoria do alcance dos objetivos de Imogene King e a pesquisa foi desenvolvida no espaço da Associação Brasileira de Enfermagem Seção Santa Catarina, junto ao seu acervo de fonte documentais desta entidade de classe, para responder acerca do Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem, a coleta de dados se deu por meio de fontes documentais dos eventos do Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem no período de 1991 - 2011 e a primeira entrevista com a coordenadora do primeiro Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem. Concluímos que a influência do Fórum na formação dos enfermeiros catarinenses e também dos técnicos de enfermagem, já que os temas envolvem o dia a dia das práticas e das inovações tecnológicas e políticas de saúde que são instituídas, bem como, a influência se da também proporcionalmente nas discussões ocorridas nesses fóruns, pois as escolas traçam novas estratégias de ensino-aprendizagem para a formação de profissionais cidadãos, éticos e comprometidos com o Sistema Único de Saúde (SUS) e a busca de autonomia pela enfermagem.

Palavras-chave:Enfermagem, Associação, Escolas de Enfermagem

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SCHMITZ, C. M. M.; LEAL, J. N. Fórum catarinense das escolas de enfermagem: Relação da associação brasileira de enfermagem Seção Santa Catarina e a formação profissional. 2011 76p. Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Curso de Graduação em Enfermagem, Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Biguaçu / SC, 2011.

ABSTRACT

The objective of this qualitative, descriptive-exploratory study is to promote part of a historical review of documental analysis of the available collection in the Santa Catarina Section of the Brazilian Nursing Association class entity within the editions of the Santa Catarina Nuring Schools Forum and thus, to better understand the contributions of the the Santa Catarina Nuring Schools Forum to professional nursing education in Brazil. The theoretical reference utilized was based on Imogene King’s Theory of Goal Attainment, while the study was developed within the Santa Catarina Section of the Brazilian Nursing Association, as well as its collection of documents. Data was collected through documental research of the Santa Catarina Nuring Schools Forum events from 1991-2011 and the first interview with the first coordinator of the Santa Catarina Nuring Schools Forum. We conclude that the Forum exerts its influence upon formal nursing education in Santa Catarina, both on undergraduate and technical levels. This is due to the institution of its themes of technological and political innovations in health care into daily nursing practice. It also proportionally influences formal nursing education through the discussions which occur during the forums, as schools then outline new teaching-learning strategies in order to educate professional and ethical citizens committed to the Brazilian Federal Health Care System (Sistema Único de Saúde - SUS) in their search for autonomy through nursing.

Keywords:Nursing, Association, Nursing Schools.

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Lista de Siglas

ABEn � Associação Brasileira de Enfermagem ABEn – SC �Associação Brasileira de Enfermagem Seção Santa Catarina AGIA � Associaçãodo Governo Interno das Alunas ANEDB �Associação Nacional de Enfermeiras Diplomadas Brasileiras ANED � Associação Nacional de Enfermeiras Diplomadas CBEn � Congresso Brasileiro de Enfermagem CEPEn � Centro de Educação e Pesquisa em Enfermagem COREn � Conselho Regional de Enfermagem COREn - SC � Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina EEAN � Escola de Enfermagem Ana Nery EUA � Estados Unidos da América FCEE � Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem ICN � Conselho Internacional de Enfermeiras (International Conuncil of Nurses) PDRI � Programa de Desenvolvimento Rural Integrado PIASS � Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento PREPS � Programa de Preparação Estratégica do Pessoal de Saúde PRIMO � Programa Intensivo de Preparação de Mão-de-obra REBEn � Revista Brasileira de Enfermagem SBEn � Semana Brasileira de Enfermagem SENAC � Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial SENADEn � Seminário Nacional de Diretrizes para a Educação em Enfermagem SUS� Sistema Único de Saúde UFSC � Universidade Federal de Santa Catarinense UFRJ � Universidade Federal do Rio de Janeiro UNOESC � Universidade do Oeste de Santa Catarina UNIVALI � Universidade do Vale do Itajaí UNISUL � Universidade do Sul de Santa Catarina

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................14 2. OBGETIVOS ......................................................................................................................18 2.1.Objetivo Geral ..................................................................................................................18 2.2. Objetivos Específicos.......................................................................................................18 3. REVISÃO DE LITERATURA..........................................................................................19 3.1.Relembrando a História da Associação Brasileira de Enfermagem............................19 3.2. Instalação da Seção da Aben-SC....................................................................................23 4. REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................26 4.1 Teoria do Alcance de Objetivos de Imogene King.........................................................26 4.2 Pressuposições de King ....................................................................................................27 4.3 Estrutura conceitual de King ............................................................................................28 4.4 Conceitos Inter-relacionados ............................................................................................29 4.4.1 Sistemas Pessoais ...........................................................................................................30 4.4.2 Sistemas Interpessoais...................................................................................................30 4.4.3 Sistemas Sociais .............................................................................................................30 4.5 Conceitos da Teoria de King ...........................................................................................31 4.5.1 Interação.........................................................................................................................31 4.5.2 Percepção........................................................................................................................32 4.5.3 Comunicação..................................................................................................................32 4.5.4 Transação .......................................................................................................................33 4.5.5 Papel................................................................................................................................33 4.5.6 Tempo .............................................................................................................................33 4.5.7 Espaço.............................................................................................................................34 4.6 Teoria de Obtenção de Metas e Processos de Enfermagem..........................................34 5.1 Tipo de Estudo ..................................................................................................................35 5.2 Local de Desenvolvimento do Estudo .............................................................................35 5.3 Coleta, Organização e Análise das Informações............................................................36 5.4 A ÉTICA NA PESQUISA................................................................................................37 5.METODOLOGIA................................................................................................................35 6. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS .................................................38 6.1 A implantação do Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem pela Associação

Brasileira de Enfermagem –Seção Santa Catarina .........................................................38 6.2 O Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem: a experiência da primeira

coordenadora do evento em Santa Catarina- Entrevista com a Enfa. Anita Terezinha Zago. ....................................................................................................................................41

6.3 Apresentando a organização e temáticas do Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem........................................................................................................................47

6.4 Contribuições do Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem na formação profissional ..........................................................................................................................52

7.CONSIDERACOES FINAIS..............................................................................................55 REFERÊNCIAS .....................................................................................................................57 APÊNDICES ...........................................................................................................................61 ANEXOS .................................................................................................................................68

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1. INTRODUÇÃO

Uma profissão se faz a partir do empenho de pessoas que se destinam a desenvolvê-

la, gostam do que fazem e se dedicam com o compromisso e comprometimento de fazer o

melhor da atividade laboral que escolheram. Os sociólogos que estudam as profissões

referem-se a esta atividade como aquela com conhecimento especifico, código de ética,

órgãos representativos e de regulação e que tenha uma necessidade social do seu trabalho

junto à sociedade (FREIDSON, 2006). Dentro desta perspectiva sociológica reconhecemos a

Enfermagem como uma profissão. No escopo da Enfermagem e dos aspectos históricos

conhecido pelas autoras deste estudo, a representatividade da profissão se fez a partir da

Associação Brasileira de Enfermagem – ABEn. E, assim como inicia-se, a criação e

desenvolvimento da ABEn na organização dos eventos que se fazem espaços próprios para a

divulgação e visibilidade do grupo profissional da enfermagem brasileira.

A enfermagem no Brasil na década de vinte era realizada por irmãs de caridade. O

Brasil da época passava por transformações e no âmbito da saúde diversos problemas de

higiene e saúde pública ocorriam frequentemente. O Presidente do Departamento Nacional de

Saúde Pública, Carlos Chagas, visitou Estados Unidos e solicitou assistência do Serviço

Internacional de Saúde da Fundação Rockefeller, para organizar o serviço de enfermagem no

Brasil (CARVALHO, 2008).

Em 1921 através da vinda da enfermeira norte-americana Ethel Parsons, com o papel

de organizar a Missão Técnica de Cooperação para desenvolvimento de Enfermagem no

Brasil, para melhoria da saúde da população. No ano de 1922 vieram mais treze enfermeiras

para a Missão Técnica de Cooperação, sete para o serviço de saúde pública e seis para a

criação da escola de enfermagem Anna Nery da Universidade Federal do Rio de Janeiro,

regulamentada em 1923. A primeira turma de enfermagem com treze alunas foi diplomada em

19 de junho de 1925 (BARREIRA; SAUTHIER;BAPTISTA, 2001). A partir da Associação

do Governo Interno das Alunas – AGIA da escola Anna Nery, em 12 de agosto de 1926 é

criada a Associação Nacional de Enfermeiras Diplomadas ANED. Filia-se mais tarde, em

1929 ao International Conuncil of Nurses - ICN quando foi acrescida a identificação da

Associação o termo “Brasileiras” reconhecendo-se como Associação Nacional de Enfermeiras

Diplomadas Brasileiras – ANEDB. Posteriormente, com a reforma no estatuto da entidade

passa-se a chamar Associação Brasileira de Enfermeiras Diplomadas e somente em 21 de

agosto de 1954 é designada Associação Brasileira de Enfermagem – ABEn como é conhecida

até os nossos dias (GOMES et al, 2005)

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Entidade de caráter científico, cultural e político têm personalidade jurídica de direito privado

e é formada pelos profissionais Enfermeiras (o), Obstetras, Técnico e Auxiliar de

Enfermagem e estudantes de enfermagem. É regida por estatuto e regimento próprios e suas

decisões, recursos e patrimônio são definidos, fiscalizados e controlados por órgãos e

instâncias de deliberação, de administração e execução e de fiscalização da própria

associação. Como Entidade de âmbito nacional é reconhecida como de Utilidade Pública,

conforme Decreto Federal N.º 31.417/52, publicado no Diário Oficial da União de onze de

setembro de um mil novecentos e cinqüenta e dois. (www.aben-sc.com).

A Associação Brasileira de Enfermagem em cumprimento ao seu Estatuto possibilita

aos profissionais de enfermagem, uma série de eventos nacionais, internacionais, regionais e

locais, que propiciam o desenvolvimento científico, cultural e político, imprimindo na história

associativa essas contribuições para os profissionais da enfermagem desde a sua criação, além

de engendrar a visibilidade da profissão. A ABEn é patrimônio da enfermagem brasileira

pelas lutas e conquistas alcançadas para a Enfermagem no país (MANCIA;PADILHA e

RAMOS, 2011).

� Em 1932 foi criada a revista Anais de Enfermagem, que mais tarde no ano de

1954 tornou-se a Revista Brasileira de Enfermagem (Reben).

� No ano de 1938, o Presidente Getúlio Vargas instituiu o dia do enfermeiro 12

de maio (nascimento de Florence Nightingale) pelo decreto Nº 2956;

� Em 1947 ABEn promove um dos maiores eventos da categoria, o Congresso

Nacional de Enfermagem,

� No ano de 1958 cria-se um boletim informativo para os sócios, o Presidente

Juscelino Kubitschek institui um decreto Nº 48.202, instituindo a SBEn sendo

do dia 12 à 20 de maio dedicado a semana da enfermagem em 1960

(www.aben-sc.com)

A ABEn possui representação em todo o país por meio de seções que foram

instaladas nos estados em que há numero representativo de pessoal e de escolas de

enfermagem (MANCIA,PADILHA e RAMOS, 2011).

No estado de Santa Catarina a Seção da Associação Brasileira de Enfermagem

(ABEn-SC), foi fundada em 13 de março de 1962 e está na sua vigésima diretoria, tendo na

sua primeira gestão como idealizadora e presidente Irmã Cacilda Hammes (1962-1964) e

atualmente Maristela Assumpção de Azevedo (2010-2013). A seção Santa Catarina fez parte

de fatos marcantes na história da enfermagem brasileira, realizou quatro edições do Congresso

Brasileiro de Enfermagem (29º em 1977, 41º em 1989, 51º em 1999 e 62°no ano de 2010) e

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mantém anualmente a organização da Semana Brasileira de Enfermagem- SBEn, no ano de

2011 foi realizado a 72ª semana Brasileira de Enfermagem, os Encontros de Estudantes da

Enfermagem Catarinense, realiza parcerias com escolas para eventos de formação acadêmica

no âmbito da Enfermagem e mantém o Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem

(www.aben-sc.com)

Diante deste recorte da história da ABEn-SC e da importância da mesma para a

profissão vimos enquanto estudantes na disciplina de história da enfermagem a relevância de

nos aproximarmos da vida associativa. Neste sentido destacou-se também que dentre os

eventos instituídos e desenvolvidos pela Associação esta o Fórum Catarinense das Escolas de

Enfermagem, o que despertou o nosso interesse, organizados sempre em parceria com cursos

de graduação e médio em enfermagem, que realizam discussões inerentes a formação em

enfermagem relacionadas às diretrizes curriculares, como de temáticas de cunho ético e

político da profissão explicitado nos programas de cada edição do mesmo para sua

consolidação como profissão. A ABEn-SC já realizou vinte e quatro edições que contribuíram

para formação em enfermagem de Santa Catarina.

O primeiro Fórum Catarinense das escolas de enfermagem ocorreu no ano de 1991,

na 13° gestão (1989-1992), tendo presidente Vera Maria Antunes de Fonseca e Anita T. Zago

diretora da comissão de educação.( ABEn-SC, ata da reunião das Escolas de enfermagem dos

Três níveis de Formação,1991) O 24° Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem

realizado no decorrente ano de 04 e 05 de agosto na cidade de Criciúma.

Nesta perspectiva justifica-se esta Pesquisa no sentido de conhecer a ABEn-SC, mais

especificamente sobre a realização das edições do Fórum Catarinense das Escolas de

Enfermagem e suas respectivas temáticas. Entende-se que para a formação profissional é

importante se conhecer a trajetória, condições e influência das entidades de classe na

organização da profissão. Isto corrobora com o nosso aprendizado e nos faz conhecer e

entender melhor a história da enfermagem e a sua abrangência na condição de saúde da

população. Entende-se por este trabalho ainda, a relevância para nossa vida profissional, para

a sociedade ao descortinarmos possibilidades que uma entidade de classe tem em desenvolver

uma profissão e garantir a população o caráter de idoneidade de um fazer. Este estudo é

relevante para a própria Associação Brasileira de Enfermagem Seção Santa Catarina, pois

poderá inserir-se no arquivo documental histórico da mesma, no momento em que são

realizados trabalhos referentes a organização do acervo e a comemoração do cinqüentenário

desta entidade.

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Assim, definimos para guiar nosso trabalho a seguinte Pergunta de Pesquisa: De que

maneira o Fórum das escolas em Santa Catarina influenciam a formação profissional

em enfermagem?

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2. OBGETIVOS

2.1.Objetivo Geral

Conhecer as contribuições do Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem em

Santa Catarina na formação profissional de enfermagem (1991-2011).

2.2. Objetivos Específicos

� Descrever a implantação pela ABEn-SC do Fórum Catarinense das Escolas de

Enfermagem;

� Relacionar temáticas utilizadas nas edições do Fórum Catarinense das Escolas de

Enfermagem;

� Realizar entrevista com a coordenadora do primeiro Fórum Catarinense de Escolas de

Enfermagem.

� Analisar contribuições do Fórum para a formação dos profissionais de Enfermagem

para Santa Catarina.

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3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1.Relembrando a História da Associação Brasileira de Enfermagem

A enfermagem no Brasil tem se destacado como defensora das políticas públicas em

saúde, no sentido do direito de assistência, contribuindo para a qualidade de vida da

população e promoção da cidadania. (ZAGO et al,2010). Isto se deve também a organização

das entidades de classe, conselhos profissionais, sindicatos e federação. Por meio da

associação brasileira de enfermagem há o congraçamento dos profissionais para melhor

formação e contribuição para o desenvolvimento da profissão.

No Brasil a oficialização do ensino de enfermagem, começou por um decreto do

novo Governo Republicano em 1890, quando o hospital para doentes mentais deixou de ser

dirigido pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia e passou para o controle do governo,

com o nome de Hospital Nacional de Alienados. E deste modo as irmãs de caridade sentiram-

se ofendidas com o novo sistema e abandonaram o hospital. (CARVALHO, 2008)

Os responsáveis pelo hospital decidiram criar uma escola de enfermeiros pelo

modelo da Salpetrière, na França em 1890. O curso teria dois anos de duração, o candidato

deveria saber ler e escrever e conhecer aritmética elementar. Em 1901 em Buffalo nos EUA.

Jane A. Jackson na época supervisora (Matron) e superintendente do hospital da Associação

dos Estrangeiros, escreveu um relatório para o I Congresso Internacional de Enfermeiras que

não haviam escolas de treinamentos de enfermeiras no Brasil e que o hospital de doentes

mentais estava entregue a Irmãs francesas. (CARVALHO, 2008). Em 1890 foi criada a Escola

Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras, quando ficou instituída oficialmente o ensino da

enfermagem no país (AMANTE et al, 2011), escola esta que deu bases a Escola de

Enfermagem Alfredo Pinto, que seria fundada em 1942.

Em 1914 era mantida pela Cruz Vermelha Brasileira uma formação de voluntários

para o trabalho em tempo de guerra e paz. Diante da reorganização da saúde pública em 1920

na cidade e estado do Rio de Janeiro, com viagens constantes de médicos brasileiros ao

exterior, surgiram novas perspectivas para o papel a ser desempenhado pelos Enfermeiros nos

programas de saúde a população (CARVALHO, 2008).

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Assim, este período marca a transição da enfermagem tradicional para a enfermagem

moderna, que somente com a criação da Escola Anna Nery sob o modelo Nightingaleano é

que os enfermeiros passam a ter papel fundamental (AMANTE et al, 2011).

A criação da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn) está ligada a escola de

enfermagem Anna Nery, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Iniciado oficialmente

curso na Escola Anna Nery a 19 de fevereiro de 1923. Em 19 de junho de 1925 formou-se a

primeira turma de treze alunas de enfermagem no Brasil, dessas treze alunas cinco receberam

bolsas de estudos para os Estados Unidos para melhor formação e experiências, entre as oito

que restaram no Brasil houve uma tentativa de uma associação de enfermeiras (CARVALHO,

2008).

As enfermeiras, lideradas por Ethel Parsons, tinham o entendimento de que para uma

profissão ser reconhecida necessitava de uma associação e uma revista. (ZAGO et al, 2010).

Sentiam a necessidade de trocar experiências, pois trabalhavam em lugares diferentes.

Em seis de agosto de 1926 foram convocadas trinta e cinco diplomadas, treze da

classe de 1925 e vinte e duas da classe de 1926 e a terceira que estava prestes a terminar o

curso. Aceita a idéia da criação de uma associação de antigas alunas com apoio da diretora

Loraine Dennhardt (1925-1928) e a instrutora de alunas Edith M. Fraenkel (1925-1927). Dia

12 de agosto de 1926 foi realizada a primeira reunião da associação com o grupo maior as

diplomadas presentes nesta reunião, os nomes foram escritos na ata como sócias fundadoras,

são as seguintes: Maria Francisca Ferreira de Almeida Reis (1926), Rimidia Bandeira de

Sousa Gayoso (1926), Judith Arêas (1926), Isolina Lossio (1925), Izaura Barbosa Lima

(1925), Odete Seabra (1926), Cecy Clausen (1926) e Heloisa Veloso (1925).

(CARVALHO,2008)

Essa Associação com objetivo de ingressar no International Council of Nurses (ICN),

recebeu em primeiro de junho de 1929, a denominação de Associação Nacional de

Enfermeiras Diplomadas Brasileiras (ANEDB), com sede no Rio de Janeiro. Ao longo do

tempo, recebeu diferentes denominações e fez alterações estatuárias com abertura à

participação de outros profissionais da equipe de enfermagem, como os auxiliares. Em vinte e

um de agosto de 1954, passou a chamar-se Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn),

que mantém o mesmo nome atualmente (MÂNCIA, 2007)

. Entidade de caráter científico, cultural e político têm personalidade jurídica de

direito privado e é formada pelos profissionais Enfermeiras (o), Obstetras, Técnico e Auxiliar

de Enfermagem e estudantes de enfermagem. É regida por estatuto e regimento próprios e

suas decisões, recursos e patrimônio são definidos, fiscalizados e controlados por órgãos e

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instâncias de deliberação, de administração e execução e de fiscalização. Como Entidade de

âmbito nacional é reconhecida como de Utilidade Pública, conforme Decreto Federal N.º

31.417/52, publicado no Diário Oficial da União de onze de setembro de um mil novecentos e

cinqüenta e dois. (www.aben-sc.com).

A Associação Brasileira de Enfermagem é responsável por momentos históricos

importantes para a enfermagem e desde a sua criação desenvolve uma série de eventos, que

caracterizam e proporcionam visibilidade a profissão. A ABEn é patrimônio da enfermagem

brasileira pelas lutas e conquistas alcançadas para a Enfermagem no país

(MANCIA;PADILHA e RAMOS, 2011).

Dentre tantos eventos e publicações optamos por destacar alguns que se configuram

como marcos constituídos pela entidade que proporciona a categoria profissional no país. São

eles: publicação da Revista Brasileira de Enfermagem (Reben); Semana Brasileira de

Enfermagem (SBEn); o Congresso Brasileiro de Enfermagem (CBEn) e Estratégias Políticas

para Educação em Enfermagem como Seminário Nacional de Diretrizes para a Educação em

Enfermagem no Brasil (SENADEn). (MANCIA, PADILHA e RAMOS, 2011).

A Revista Brasileira de Enfermagem, foi fundada em maio de 1932, com

denominação de Anais de Enfermagem, tendo a frente Edith de Magalhães Fraenkel,

presidente da associação que em julho de 1929 foi recebida como membro o Conselho

Internacional de Enfermeiras (ICN), durante o primeiro Congresso Quadrienal realizado em

Montreal, Canadá. Edith encontrou sua ex-professora de Ética Lilian Clayton, presidente da

Associação Americana de Enfermeiras, que a convidou para uma reunião-jantar das redatoras

das revistas de Enfermagem dos países membros do Conselho. Lilian Clayton deu o conselho

que uma associação, no Brasil publicasse uma revista. Ao retornar da Reunião Edith M

Fraenkel passou a sugestão de Lilian Clayton a Rachel Haddock Lobo, Mariana Bandeira de

Oliveira e Celia Peixoto Alves, hospedadas no mesmo hotel, entusiasmadas, ali começou a

estudar a possibilidade da criação da revista. (CARVALHO,2002, p.249)

No dia 17 de maio de 1932, na Escola de Enfermeiras Ana Neri foi realizado o

primeiro encontro da comissão e distribuídos os cargos pelos seus membros, como relatora-

chefe Rachel Haddock Lobo (1932-1933), secretária Célia Peixoto Alves (1932-1938),

redatora revisora Zaíra Cintra Vidal (1932-1933) e tesoureira Edméa Cabral Velho (1932-

1941). Ficou decidido que a edição seria trimestral, no valor de três mil réis e o primeiro

numero sairia no dia 20 de maio de 1932. Com o editorial, intitulado Era Nova.

(CARVALHO, 2002, p.250)

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Entre o ano de 1941 a 1945 os Anais de Enfermagem passou por um período critico,

pois a publicação foi interrompida pelo preço do papel que estava caro devido a Segunda

Guerra Mundial. Em 1946 começou a ser reeditada embora irregular e com dificuldades era

editada a cada ano. Um grande marco da revista e da associação ocorreu no VII Congresso

Nacional de Enfermagem, em São Paulo no ano de 1954. Na época Glete de Alcântara,

presidente da ABED apelou para os congressistas que os Anais de Enfermagem não

desaparecesse e propõe mudanças para atrair os leitores, com a capa e até o nome. Em

assembléia geral, por voto de unanimidade em 21 de agosto de 1954 a Revista Anais de

Enfermagem passa a ser chamada de Revista Brasileira de Enfermagem assim como

Associação Brasileira de Enfermeira Diplomadas (ABED) para Associação Brasileira de

Enfermagem (ABEn). (GERMANO, 2002, p.315) atualmente a revista é publicada por

bimestre.

Semana Brasileira de Enfermagem iniciou no ano de 1940, Laís Neto dos Reys,

diretora da EEAN com apoio da Universidade do Brasil (atual UFRJ) e do ministério da

Educação e da Saúde promove a 1ª Semana da Enfermeira, realizado na Escola de

Enfermagem Ana Neri, com inicio no dia 12 de maio, data do nascimento de Florence

Nightingale, até o dia 20 de maio, data do falecimento de Anna Nery. Com objetivo de

estimular as enfermeiras a se aperfeiçoarem e facilitando o encontro de diretoras de escolas.

Na segunda semana da Enfermeira também realizado na EEAN, tendo presença de varias

diretoras de outra escolas, convidadas por Laís, que passaram a organizar também nos seus

estados. A partir de 1946 a semana assume como atividade regular e anual da ABEn,

começando a ser comemorada por todo país, sendo uma forma de divulgação da profissão.

(MANCIA;PADILHA e RAMOS, 2011)

Em 1960 o Presidente Juscelino Kubitschek institui um decreto Nº 48.202, sendo do

dia 12 à 20 de maio dedicado a semana Brasileira de Enfermagem (www.aben-sc.com).

A SBEn na década de oitenta passa a desenvolver um tema nacional e é reproduzido

pelas seções, sendo um importante espaço para a profissão. A partir de 1995 a ABEn produz

uma publicação de Cadernos de Dicas, que orienta como organizar a

SBEn.(MANCIA;PADILHA e RAMOS, 2011), neste ano a Enfermagem brasileira

comemorou a sua 72º Semana Brasileira de Enfermagem.

O Congresso Brasileiro de Enfermagem (CBEn) através de madre Marie Domineuc,

docente da Escola de enfermagem do Hospital São Paulo, sugeriu a criação de tal evento para

unir e reforçar a ABEn e os profissionais de enfermagem. A primeira tentativa foi em 1945,

mas em 1946 Edith de Magalhães Fraenkel convida Zaíra Cintra Vidal para participar do

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congresso que se realizaria no ano seguinte, o CBEn tornou uma atividade regular a partir de

1947 em uma capital do país, sendo que no ano de 1953 não ocorreu, pois ABEn hospedou o

X Congresso Quadrienal do Conselho Internacional de Enfermeiras (ICN), em Petrópolis

(RJ), e no ano de 1961 quando ocorreu o Congresso do Comitê Internacional católico de

Enfermeiros e Assistentes Médicos Sociais no Rio de Janeiro. .(MANCIA;PADILHA e

RAMOS, 2011).

Todos os eventos do CBEn tem como proposta o desenvolvimento, crescimento,

espaços políticos, dando oportunidade para que os profissionais de todo país reúnam-se para

discussão do tema proposta a cada ano. O CBEn é a maior evento da enfermagem brasileira

promovido pela ABEN em conjunto com as seções de estado, realizado sessenta e duas

edições, sendo a primeira em São Paulo no ano de 1947 e o ultimo na cidade Florianópolis em

2010. .(MANCIA; PADILHA e RAMOS, 2011).

Uma Comissão de Educação foi organizada pela primeira vez por Hilda Anna

Krisch enfermeira catarinense que presidiu a ABEn no período de 1938-1941, seus membros

foram Mirabel Smith Ferreira Jorge, Mafalda Leone e Hermínia Nogueira. De 1939 a 1946,

há referências sobre atividades relacionadas com o ensino, apenas no que diz respeito a

projetos de criação de novas escolas. Em maio de 1939, estava sendo organizada uma escola

de enfermagem em Rio Grande do Sul, sendo que as bases não estavam de acordo com as

nossas. (CARVALHO, 2008)

Estratégias Políticas para Educação em Enfermagem, a educação profissional sempre

foi a preocupação da ABEn desde de sua criação, uma formação profissional adequada para o

ensino médio, graduação e pós-graduação. Assunto sempre abordado nos eventos da ABEn,

principalmente no Congresso Brasileiro de Enfermagem, e nesse sentido em 1994, a ABEn

realiza o 1º Seminário Nacional de Diretrizes para Educação em Enfermagem no Brasil

(SENADEn) no Rio de Janeiro, com onze edições, atualmente ocorre a cada dois anos em

parcerias com as escolas de enfermagem. .(MANCIA; PADILHA e RAMOS, 2011).

3.2. Instalação da Seção da Aben-SC

A ABEn pós- guerra reestrutura a organização da entidade, criando seções para manter

a unidade da enfermagem nos estados que já tinham escolas de enfermagem. A primeira seção

a ser criada foi a de São Paulo em 26 de abril de 1945, seguida das Seções do Distrito Federal

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que na época era o Rio de Janeiro e posteriormente pelas seções dos estados brasileiros.

(MANCIA; PADILHA e RAMOS, 2011).

A Seção do estado de Santa Catarina foi fundada em 13 de março de 1962, por

iniciativa de algumas enfermeiras, que na maioria eram religiosas que trabalhavam nos

hospitais da grande Florianópolis. A categoria estava vinculada à seção ABEn Rio Grande do

Sul, em Santa Catarina havia um número pequeno de enfermeiras que sentiam-se isoladas e

suas necessidades não correspondiam a do estado vizinho. Assim surgiu a idéia de criar seção

ABEn-SC com o número de onze enfermeiras do estado, constituindo a primeira diretoria

com as seguintes enfermeiras: presidente, Irmã Cacilda ( Ottillie Hammes); vice-presidente,

Flérida Goudel Cardoso; primeira secretária, Irmã Rita (Alice Rigo); segunda secretária, Irmã

Ligória ( Maria Edite Primm) e tesoureira: Irmã Romana (Carmela Longo). Em decorrência

da associação a profissão do enfermeiro tornou-se uma categoria técnico-cientifico e fatos

importantes que ajudou o crescimento da associação brasileira de enfermagem seção Santa

Catarina e o profissional de enfermagem. Durante a construção de novos hospitais, Edith

Gama Ramos e Governador Celso Ramos foi solicitado a presença das enfermeiras garantindo

espaços gerenciais e físicos para enfermagem, valorizando a profissão e garantindo trabalho.

(ZAGO, et al ,2010). Conforme Neves (2010) a visão proativa, prospectiva e a capacidade e

compromisso de ofertar a sociedade qualidade da assistência de enfermagem foram

características das enfermeiras que construíram a ABEn-SC.

Em março de 1962 a entrega por parte da Irmã Cacilda Hammes, de documento que

solicitava a reclassificação do Enfermeiro como profissional de nível universitário foi um

impulso a contratação e a formação de enfermeiros catarinenses (NEVES, 2010).

Uma das grandes iniciativas da ABEn-SC foi a implantação de uma escola formadora

de nível superior, de Enfermeiras no estado. A partir de discussões realizadas entre a gestão

da ABEn-SC e o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina em 1964, Reitor João

David Ferreira Lima. A ABEnSC colaborou com a comissão de trabalho junto a UFSC, para

estabelecer padrões mínimos necessários para o funcionamento de cursos de Graduação de

Enfermagem (NEVES, 2010). Esta iniciativa ampliou significativamente a Enfermagem em

Santa Catarina e oportunizou e ate hoje continua oportunizando parcerias positivas e

produtivas para a categoria no estado. Sinaliza esta iniciativa produções realizadas pela

ABEn-SC com eventos que trazem a Enfermagem visibilidade e respeito nacional.

A ABEn-SC contribui com alguns eventos históricos em nível nacional e estadual e

que proporcionam crescimento a profissão de enfermagem, sendo alguns citados: realizou

quatro edições do Congresso Brasileiro de Enfermagem (CBEn), realizou o segundo

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SENADEn, a criação do conselho regional de enfermagem (Coren), Jornada Catarinense e o

Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem.(www.aben-sc.com).

A primeira edição do Congresso Brasileiro de Enfermagem organizado pela ABEn-SC

foi marcada pelo ano de 1977, na cidade de Balneário Comburiu que a sua 29°edição, com

1.639 inscritos tendo como tema central a Situação da Saúde no País – implicações para a

prática de enfermagem. As próximas edições do CBEn em Santa Catarina seguiu o 41°

Congresso Brasileiro de Enfermagem em 1989, com 3.594 inscritos na cidade de

Florianópolis com tema Os desafios da Enfermagem para os anos 90; e o 51° Congresso

Brasileiro de Enfermagem, na cidade de Florianópolis no ano de 1999, com 4.176 inscritos,

sendo o tema Enfermagem no mundo. (MANCIA; PADILHA e RAMOS, 2011).

O 62° de enfermagem foi realizado também na cidade de Florianópolis, em outubro

de 2010, com tema Organização e Visibilidade Profissional, tendo 2.607 inscritos.

(www.aben-sc.com).

O marco importante que se refere a educação foi à realização do segundo Seminário

Nacional de Diretrizes para a Educação em Enfermagem no Brasil, de 08 a 11 de setembro de

1997, na cidade de Florianópolis, discussão de articulação dos níveis de formação profissional

da enfermagem com 126 inscritos. Neste ano ABEn – SC comemorava seus 35 anos de

existência (SENADEn,1998).

Associação Brasileira de Enfermagem seção Santa Catarina está na sua 20° gestão

2010-2013, tendo como presidente Maristela Assumpção de Azevedo. (www.aben-sc.com ).

Um dos eventos que ABEn –SC realiza e proporciona o crescimento e

desenvolvimento na formação em nível médio e nível superior das escolas de enfermagem é

o Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem. Este evento é o foco do estudo que as

autoras pretendem desenvolver, pelo fato da grande importância para a formação dos

profissionais e para a ABEn-SC na vida não só profissional da categoria, mas na vida

formativa da educação em enfermagem.

A qualificação da assistência de enfermagem foi sempre a principal motivação para

que a ABEn-SC empenhasse no decorrer da historia a promoção de atividades cientifico

culturais. Fóruns de discussão, congressos, seminários, palestras, encontros garantiram

conforme Alcantara, Luckesi e Paiva (2010) a troca de experiências e o desenvolvimento da

Enfermagem cultural, política e socialmente.

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4. REFERENCIAL TEÓRICO

O embasamento teórico é a fonte de pesquisa utilizada para se obter o

direcionamento do estudo proposto no trabalho, configurando-se assim, um elemento

essencial para guiar a prática e a análise das situações. O marco referencial tem a finalidade

de tomar explícitos, no conjunto do estudo, o olhar, o conhecimento em construção na

conceituação em que se apóia, servindo como base para as reflexões e discussões de dados.

Neste estudo, optamos pela teoria de Imógene King, com o propósito de buscar um suporte

teórico para melhor compreender a temática escolhida e, por conseguinte, o auxílio para o

alcance dos objetivos.

Neste capítulo são mencionados os conceitos, pressupostos e o processo de

enfermagem fundamentados na teoria de obtenção de metas de King (LEOPARDI, 2000),

bem como a inter-relação conceitual e alguns pressupostos próprios da autora citada.

4.1 Teoria do Alcance de Objetivos de Imogene King

A teoria de Imogene King, relacionadas às questões sobre o papel do conhecimento

em enfermagem, evolui a partir de 1960. Essa teoria proporciona um conjunto de conceitos

como marco de referência para a prática de Enfermagem, ou seja, para o alcance dos

objetivos, partindo do pressuposto básico de que os enfermeiros são seres humanos que

interagem com os clientes, que são também seres humanos. O que Imógene King chama de

sistemas pessoais (enfermeiro e paciente), refere-se a pessoas individuais que interagem umas

com as outras, em um sistema interpessoal, e com o meio ambiente, que ela chama de sistema

social (sociedade). (LEOPARDI, 2006, p.262).

Imogene King nasceu nos Estados Unidos em 1923. Completou a educação básica

em Enfermagem em 1945, na Escola de Enfermagem do Hospital St. John, em St. Louis,

Missouri. Em 1948, tornou-se Bacharel em Ciências da Educação de Enfermagem e, em 1957,

conquistou o Título de Mestre em Enfermagem (LEOPARDI, 2006, p.261). Durante este

período, obteve o Título de Doutorado pela Universidade da Colúmbia, em New York,

formou sua teoria quando era professora associada de enfermagem na universidade de Loyola.

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Dedicou-se no período entre 1961 e 1966, a seu livro Toward a Theory for Nursing:

General Concepts of Human Behavior, publicando-o em 1971. Nesse texto, Imogene King

fala da Enfermagem como disciplina e ciência aplicada. Em 1981, com a publicação de seu

livro A Theory of Nursing Systems, Concepts, Process, ampliou a estrutura original e

expandiu a bibliografia, relacionando os seus conceitos à estrutura da assistência à saúde.

Nesse livro, o conceito de saúde é apresentado como essencial à Enfermagem e ao cuidado de

saúde e induz quatro conceitos gerais, que ela assume como universais à enfermagem, os

quais são; sistema social, saúde, percepção e relações interpessoais. (LEOPARDI, 2006,

p.261).

O foco central da Teoria de King está nas necessidades do alcance dos objetivos de

saúde, (LEOPARDI, 2006, p.262), o que auxiliara nesta Pesquisa, uma vez que objetiva-se

averiguar os resultados e as influencias das temáticas do Fórum Catarinense das Escolas de

Enfermagem na formação profissional do enfermeiro. Bem como, a interação das Escolas

formadoras de enfermeiros com a ABEn-SC.

4.2 Pressuposições de King

Para que um referencial teórico esteja de acordo com as crenças e o cuidado que se

deseja oferecer, é importante assumir determinadas idéias. Para King, a enfermeira e o cliente

se comunicam, primeiramente, em interação e depois em transação para atingir as metas

estabelecidas mutuamente, para alcançar juntos caminhos que venham a propiciar uma boa

qualidade de vida. Assim, o presente estudo se fundamenta em alguns pressupostos descritos

por King. (GEORGE, 2000, p. 180):

� “Os indivíduos são seres sociais, com sentimentos,

racionais, perceptivos, reativos, controladores, com propósitos e

orientados para ação e no tempo.

� O processo de interação é influenciado pelas percepções,

objetivos, necessidades e valores tanto do cliente quanto do

enfermeiro.

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� É responsabilidade do pessoal de saúde informar os

indivíduos de todos os aspectos do cuidado à saúde para ajudá-

los a tomar decisões conscientes.

Pressuposto das autoras:

� O Fórum Catarinenses das Escolas de Enfermagem são espaços de discussão

da educação em enfermagem e possibilitam a qualificação da formação

profissional.

4.3 Estrutura conceitual de King

Segundo George (2000, p. 170), King define a estrutura conceitual como uma

estrutura de sistemas abertos, e a teoria como uma obtenção de metas.

As finalidades da estrutura conceitual, para King, são organizar os conceitos que

representam o conhecimento essencial que podem ser usados por muitas disciplinas e

construir teorias a partir da estrutura, testando-as sob a perspectiva da enfermagem como

disciplina. A estrutura representa o conhecimento essencial para a enfermagem e tem uma

finalidade adicional de permitir a construção e o teste de teorias de pespectiva de

enfermagem. A estrutura conceitual inclui a meta, a estrutura, a função, os recursos e a

tomada de decisão, que King, segundo George (2000, p. 170), diz serem os elementos

essenciais. A estrutura tem a saúde como a meta da enfermagem e é representada pelos três

sistemas abertos: sistemas pessoais (individuais), sistemas interpessoais (duplas, trios, grupos

pequenos e grandes) e sistemas sociais (família, escola, atendimento em saúde). A função é

demonstrada em relações recíprocas dos indivíduos em interação. Os recursos incluem tanto

as pessoas (profissionais de saúde e seu cliente) quanto o dinheiro, os produtos e os serviços

para os itens necessários à realização de atividades específicas. (GEORGE, 2000, p. 170).

A tomada de decisão ocorre quando as escolhas são feitas na alocação de recursos

para apoiar a obtenção das metas do sistema. (GEORGE, 2000, p. 170).

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King (1989) apresenta várias presunções básicas para a sua estrutura conceitual.

Estas incluem as presunções de que os seres humanos são sistemas abertos, em constante

interação com o seu ambiente, de que o enfoque da enfermagem é a interação dos seres

humanos com o seu ambiente e de que a meta da enfermagem é ajudar os indivíduos e os

grupos a manterem saúde. (GEORGE, 2000, p. 171). Estes conceitos auxiliam no

desenvolvimento deste estudo, uma vez que a relação dos Fórum de Escolas organizados pela

ABEn-SC e as Escolas formadoras de Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem contribui para

as discussões pertinentes a profissão.

4.4 Conceitos Inter-relacionados

Segundo Leopardi (2006), King faz sua interrelação de conceitos através de

proposições com sua própria lógica e sistematização e então estabelece um modo de realizar

processo de enfermagem.

King desenvolveu sua teoria com base em conceitos a partir do foco central que é o

alcance dos objetivos de saúde para o cliente. Para ela, isso só pode acontecer através da

interação e transação entre o enfermeiro e o cliente, numa organização formada pelos

sistemas pessoais, sistemas interpessoais e sistemas sociais (LEOPARDI, 2006, p. 265). A

interação representa a seqüência de condutas verbais e não verbais dirigidas por dois ou mais

indivíduos para um objetivo. A transação é o intercâmbio de coisas de valor, entre dois ou

mais indivíduos, e implica conferir poder, negociar e fazer intercâmbio social para o alcance

de objetivos. Ocorrem transações somente quando os comportamentos demonstram o alcance

de objetivos. (LEOPARDI, 2006, p.264-265).

A estrutura conceitual de King é composta por três sistemas, identificando-se vários

conceitos como relevantes para cada um desses sistemas, todos interrelacionados na interação

homem-ambiente. (GEORGE, 2000, p. 170).

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4.4.1 Sistemas Pessoais

Segundo George (2000, p. 171), King define que cada indivíduo é um sistema

pessoal e que, para o sistema pessoal, os conceitos relevantes são a percepção, o ser, o

crescimento e o desenvolvimento, a imagem corporal, o espaço, o aprendizado e o tempo.

Para Leopardi (2006, p.266), o sistema pessoal, de acordo com King, significa que os

enfermeiros são seres humanos como outros seres humanos e ambos são sistemas abertos que

também interagem com o ambiente. Estes são chamados sistemas pessoais e contêm

categorias tais como percepção, ego e imagem corporal, desenvolvimento, tempo e espaço..

4.4.2 Sistemas Interpessoais

Segundo George (2000, p. 172), os sistemas interpessoais são formados pelos seres

humanos interagindo. À medida que o número de indivíduos que interagem aumenta, aumenta

a complexidade das interações. Para King apud George (2000, p. 172), os conceitos relevantes

para os sistemas interpessoais são a interação, a comunicação, a transição e o papel.

Conforme Leopardi (2006, p. 266), sistemas interpessoais ocorrem quando dois ou

mais indivíduos, em díades, tríades ou grupos, interagem.

Segundo King apud George (2000, p. 175), os principais elementos da teoria de

obtenção de metas são vistos “nos sistemas interpessoais, nos quais duas pessoas, que são

geralmente estranhas, juntam-se em uma organização de atendimento de saúde para ajudar e

receber ajuda, mantendo um estado de saúde que permite o funcionamento em seus papéis”.

4.4.3 Sistemas Sociais

Para King (1981, p. 115), um sistema social é definido como um sistema de limites

organizados de regras sociais, comportamentos e práticas desenvolvidas para manter os

valores e os mecanismos que regulam as práticas e as regras.

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Segundo George (2000, p. 173), os exemplos de sistema sociais incluem as famílias,

os grupos religiosos, o sistema educacional, os sistemas de trabalho e os grupos de amigos. Os

conceitos relevantes para os sistemas sociais são a organização, a autoridade, o poder, o

Estado, a tomada de decisão e o controle, além de todos os conceitos dos sistemas pessoais e

interpessoais.

King produziu a teoria de obtenção de metas a partir dos conceitos e dos sistemas de

sua estrutura conceitual (GEORGE, 2000, p. 174). Os conceitos da teoria de King apud

George (2000, p. 175) são a interação, a percepção, a comunicação, a transação, o ser, o

papel, o estresse, os crescimentos, o tempo e o espaço pessoal, conceitos estes inter-

relacionados em toda situação de enfermagem.

George (2000) acrescenta que King relata que uma enfermeira profissional, com

conhecimentos e habilidades especiais, e um cliente com necessidade de enfermagem, com

conhecimento de si mesmo e percepção dos problemas pessoais, encontram-se como

estranhos em um ambiente natural. Eles interagem mutuamente para identificar os problemas,

estabelecer e atingir as metas. O sistema pessoal da enfermeira e o sistema pessoal do cliente

encontram-se em interação com o sistema interpessoal da dupla. Seu sistema interpessoal é

influenciado pelos sistemas sociais que circunda, assim como por cada um dos seus próprios

sistemas pessoais.

4.5 Conceitos da Teoria de King

4.5.1 Interação

A interação é definida como “um processo de percepção e comunicação entre a

pessoa e o ambiente e entre a pessoa e outra pessoa, representada por comportamentos verbais

e não verbais que são dirigidos às metas” (KING, 1981/1990, p. 141-142). Cada um dos

indivíduos envolvidos traz diferentes idéias, atitudes e percepções a serem trocadas. Os

indivíduos juntam-se com uma finalidade e percebem uns aos outros; cada um faz um

julgamento, agindo mentalmente ou decidindo agir. Depois, cada um reage ao outro e à

situação (percepção, julgamento, ação, reação).

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Neste sentido as autoras, assim como Leopardi (2006), relacionam a interação à

atuação dos profissionais de enfermagem, acadêmico, instituições de ensino e entidades de

classes, para atingir uma melhor educação em enfermagem, através de temas abordados e

discutidos a cada Fórum Catarinense de Enfermagem.

4.5.2 Percepção

A percepção é “a representação da realidade de cada pessoa” (KING, 1981/1990, p.

145). Os elementos da percepção são a importação de energia do ambiente e a sua

organização por informação, transformação de energia, processamento de informação e

exportação de informação na forma de comportamentos abertos. (KING, 1981/1990, p.145).

As universidades e escolas profissionalizantes junto à ABEn-SC, atentos às

necessidades do mercado de trabalho, realizam o levantamento de temas e conteúdos

importantes as discussões para o crescimento profissional.

4.5.3 Comunicação

A comunicação é definida como “um processo pelo qual a informação é dada de uma

pessoa para a outra tanto diretamente, em um encontro face a face, quanto indiretamente

através do telefone, televisão ou palavra escrita”. (KING, 1981/1990, p. 145).

A comunicação defendida por King e vista neste estudo como sendo a comunicação

entre a associação de enfermagem seção Santa Catarina e os Cursos de nível médio,

graduação e pós-graduação em enfermagem. Seja para o incentivo a realização dos Fórum,

seja para as discussões temáticas e resultados posteriormente, e estes levados a instancias que

influenciam a tomada de decisão para as transformações no âmbito da profissão.

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4.5.4 Transação

A transação é definida como “comportamentos observáveis dos seres humanos

interagindo com o seu ambiente”. (KING, 1981/1990, p. 145-146). Quando as transações

ocorrem entre o enfermeiro e o cliente, as metas são atingidas. (GEORGE, 2000, p. 176).

Durante o Fórum Catarinense de Escolas de Enfermagem, a discussão de diversos

temas e apresentação de produções cientificas, na sessão pôster.mostram como há a interação

da enfermagem com o meio em que e para que se desenvolve.

4.5.5 Papel

O papel é definido como “um conjunto de comportamentos esperados de pessoas que

ocupam uma posição no sistema social; regras que definem os direitos e as obrigações em

uma posição; o relacionamento com um ou mais indivíduos interagindo em uma determinada

situação com uma finalidade”. (KING, 1981/1990, p. 145-146).

Neste estudo, o papel pode ser definido como a função que os Fórum têm nas

discussões da formação profissional da Enfermagem. É papel do fórum é proporcionar

encontro e intercâmbio entre as escolas, cuja finalidade é aproximar os currículos e superar os

problema comuns entre os níveis de ensino.

4.5.6 Tempo

O tempo é “uma seqüência de eventos movimentando-se em direção ao futuro um

fluxo contínuo de eventos em ordem sucessiva implicando a mudança, um passado em um

futuro a duração entre um evento e outro como experimentado exclusivamente por cada ser

humano... a relação de um evento com outro”. (KING, 1981/1990, p. 147).

Hoje já foram realizadas 24 edições de Fórum catarinenses de escolas de

enfermagem, realizando mudanças de acordo com a necessidades das escolas e da profissão

de enfermagem.

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4.5.7 Espaço

O espaço existe em toda a direção e é o mesmo em todas as direções. O espaço inclui

área física denominada território. É definido pelos comportamentos dos indivíduos que o

ocupam. (KING, 1981/1990, p. 146).

Neste trabalho o espaço e entendido como os ambientes onde são desenvolvidos e

organizados os Fórum de Escolas. Assim, o Fórum Catarinense de Escolas de Enfermagem

deve ser realizado pelos municípios do estado em estabelecimentos do nível médio e⁄ou

graduação.

4.6 Teoria de Obtenção de Metas e Processos de Enfermagem

A presunção básica da teoria de obtenção de metas – que as enfermeiras e os clientes

comuniquem as informações e estabeleçam metas comuns e depois ajam para atingir essas

metas – é também o pressuposto básico do processo de enfermagem. King (1990) descreve os

passos do processo de enfermagem como um sistema de ações inter-relacionadas e identifica

os conceitos, em seu trabalho, que proporcionam a base teórica para o processo de

enfermagem como método.

De acordo com King apud George (2000, p. 179), a investigação ocorre durante a

interação da enfermeira com o cliente que, provavelmente, encontrar-se-ão como estranhos.

Todos os conceitos da teoria aplicam-se à investigação. O crescimento e o

desenvolvimento, o conhecimento de si mesmo e de seu papel e a quantidade de estresse

influenciam a percepção e, por outro lado, influenciam a comunicação, a interação e a

transação. Na investigação, a enfermeira necessita coletar os dados sobre o crescimento e o

desenvolvimento do cliente, a visão de si, a percepção do estado de saúde atual, os padrões de

comunicação e a socialização, entre outras coisas. (GEORGE, 2000, p. 179).

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5.METODOLOGIA

O método no desenvolvimento de uma Pesquisa é o caminho a ser percorrido para

desenvolver, elaborar e ampliar um determinado corpo de conhecimento. Desta forma, a

metodologia do Estudo delineia como foram coletadas as informações e processadas para dar

uma resposta à prática profissional. Neste capitulo são descritos os passos de planejamento da

coleta e organização dos achados da Pesquisa.

5.1 Tipo de Estudo

Estudo qualitativo, exploratório- descritivo sob o referencial teórico de Imogene

King, Alcance dos objetivos. A pesquisa qualitativa é um modelo emergente o qual faz com

que o pesquisador reflita sobre o que já foi aprendido segundo (POLIT, BECK e HUNGLER,

2004) toma decisões constantes. A pesquisa qualitativa apresenta uma gama de estratégias de

coleta de dados o que permite ao pesquisador a busca do caminho metodológico mais

apropriado a sua investigação. O uso da Teoria do Alcance dos Objetivos de King ao

desenvolvimento deste estudo se fundamenta no encontro das influências que um processo de

relação pode trazer a educação em enfermagem. Neste sentido a Teoria de King serviu de

base para o alcance do objetivo desta Pesquisa.

5.2 Local de Desenvolvimento do Estudo

Foi realizado no espaço da Associação Brasileira de Enfermagem seção Santa

Catarina, junto ao seu acervo documental, para responder acerca do Fórum Catarinense das

Escolas de Enfermagem. A Associação Brasileira de Enfermagem- ABEn é a primeira

entidade de classe da Enfermagem brasileira. Em Santa Catarina a ABEn-SC foi fundada em

13 de março de 1962, por um grupo onze enfermeiras, na maioria religiosas, tendo como

primeira presidente Irmã Cacilda Hammes.(ANEXOS A e B) Hoje tem como Presidente a

Enfermeira Profa. Msc. Maristela Assumpção de Azevedo.

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5.3 Coleta, Organização e Análise das Informações

Os dados foram coletados a partir de fontes documentais da ABEn-SC acerca do

Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem de Santa Catarina. Assim, esses materiais,

essas fontes auxiliaram na construção deste estudo quando pudemos ter acesso à inferência

acerca desses eventos e da sua situação social no tempo (AROSTEGUI, 2006).

Os dados neste Estudo seguiram o descrito para pesquisa documental por Arostégui

(2006). Foram fontes que seguiram o critério: posicional direto, intencional voluntário, e

qualitativo, pois utilizou diretamente o estudo para a coleta e a partir da pretensão de realizar

o estudo e ainda por se optar por materiais impressos (documentos, relatórios, atas, ofícios,

jornais entre outros).

Os dados foram organizados a partir do agrupamento dos materiais existentes na

ABEn-SC, e, contem informações a respeito da organização e desenvolvimento dos Fóruns

Catarinenses das Escolas de Enfermagem. Todo o material disponível no acervo da ABEn-SC

foi lido exaustivamente, para que a partir daí se realizou a codificação das informações e

posteriormente se organizou as categorias de análise. A análise dos dados partiu da análise

textual das informações contidas nos documentos disponíveis no espaço da Pesquisa.

Utilizou-se a análise de conteúdo de Bardin (2010), para aprimorar a organização em

categorias de análise. Sendo assim, a documentação trabalha com documentos e a análise de

conteúdo com as mensagens constantes nesses documentos, que trarão à tona a realidade e

analogias do seu conteúdo (BARDIN, 2010).

A análise de conteúdo organiza-se em três fases:

1. Pré- análise – refere-se à escolha dos documentos a serem estudados, os objetivos que

emergem e a elaboração de indicadores para a interpretação final.

2. Exploração do material – consiste na operação de codificação das informações

inerentes aos documentos (atas, folders, ofícios e relatórios).

3. Tratamento dos resultados obtidos e interpretação – estabelece a categorização, onde

há o reagrupamento por analogia, sob um título genérico.

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5.4 A ÉTICA NA PESQUISA

A pesquisa tem como objetivo, desenvolver ou contribuir para o conhecimento

generalizável, sua importância nas ciências da saúde é inegável, assim como é necessária a

utilização de seres humanos em determinados momentos, como sujeito da pesquisa científica

(ARAÚJO, 2003). O pesquisador tem o dever de obter o consentimento informado dos

participantes da pesquisa, este consentimento é um meio de garantir a participação voluntária

e a preservação da autonomia de todos os sujeitos, pressupondo que o ser humano seja capaz

de exercer a sua vontade para participar ou desistir da mesma, sem sofrer censuras (GOLDIN,

2000).

O registro de ações humanas traz à tona a comunicação que se estabelece entre a

entidade de classe e os pares da ação educativa em enfermagem.

Ressaltam Massad; Marim e Azevedo (2003) que os documentos em papel também

estão expostos ao risco de quebra de privacidade, mas são instrumentos de grande

importância e de ordem judicial. Os registros em papel apresentam veracidade jurídica, pois é

possível analisar, através da perícia, informações de interesses como análise da grafia, idade

do papel, da tinta e outros.

Neste estudo, por ser na modalidade documental, não necessitaria do preenchimento

do termo de consentimento livre e esclarecido. Para tanto, foi encaminhada inicialmente carta

de intenção de Pesquisa a Associação Brasileira de Enfermagem de Santa Catarina

(APÊNDICE B) e posteriormente a apresentação desta proposta a Presidente da AbenSC e a

Coordenadora do GTMemória da ABEn-SC para consentimento na busca documental,

contudo as autoras consideram relevante o consentimento formal das Presidente da

Associação Brasileira de Enfermagem Seção Santa Catarina. Uma vez que a

representatividade da entidade de classe se faz na pessoa da Presidente vimos à necessidade

de seu consentimento esclarecido. Para fins de manutenção do sigilo e respeito à

individualidade dos dados a serem obtidos as informações coletadas ficarão sob a guarda das

autoras por cinco anos. Este Estudo foi aprovado pela Comissão de Ética em Pesquisa do

Hospital Regional de São José Dr Homero de Miranda Gomes sob o Parecer de numero

055/11.(ANEXO G)

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6. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Analisar os dados é examinar de modo sistemático um conjunto de elementos

informativos para delimitar e descobrir relações entre os mesmos. A análise tem por

finalidade obter um maior conhecimento da realidade estudada tanto quanto possível

(MUNHALL, 2006).

Nessa perspectiva, é que no presente estudo buscou-se entender a trajetória do Fórum

Catarinense das Escolas de Enfermagem, desde como foi sua implantação, a experiência da

coordenadora do primeiro Fórum e apresentação das temáticas. Apresentado e relacionando

os dados obtidos na pesquisa das contribuições do Fórum Catarinense das Escolas de

Enfermagem na formação profissional.

6.1 A implantação do Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem pela Associação

Brasileira de Enfermagem –Seção Santa Catarina.

A Associação Brasileira de Enfermagem desde sua criação tem por finalidade

congregar os profissionais da categoria em torno do aprimoramento e discussões da educação,

ciência e da prática profissional. Neste sentido, esta entidade de classe tem uma forte

influência na organização da Enfermagem brasileira, uma vez que a partir dela a enfermagem

tem participação nas politicas de saúde, bem como nos direcionamentos da formação em

Enfermagem no país junto ao Ministério da Saúde e da Educação e Cultura.

A Associação Brasileira de Enfermagem Seção Santa Catarina (ABEn-SC) foi

instalada em 13 de março de 1962, por uma necessidade da pequena comunidade de

Enfermeiras no Estado em ter uma entidade em que congregasse as profissionais aqui

residentes. Eram muito poucas, mas a partir da idealização da implantação pela Irmã Cacilda

Hammes a ABEn-SC inicia suas atividades em cinco de dezembro de 1991, na 13° gestão da

ABEn-SC, sendo presidente na época a Senhora Vera Maria Antunes de Fonseca, através da

Comissão de Educação convidando as escolas de enfermagem a participar do evento.

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O mesmo foi realizado no centro de Treinamento da secretária de estado da saúde

(SES), em 1São José, na Grande Florianópolis. Na presença de Vera Fonseca – presidente da

ABEn-SC, Jonas Salomão Spricigo – Vice-Presidente da ABEn-Nacional e chefe do

Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina UFSC, Anita T.

Zago- Coordenadora da Comissão de Educação da Aben-SC, Cleusa Rios Martins – Membro

da Comissão de Educação da ABEn-SC, Rosita Saupe- Representante do Curso de pós-

Graduação da UFSC, Hilga Fritzen- Cordenadora do Curso de auxiliar de Enfermagem Madre

Benvenuta/Tubarão, Toni Carlos Maciel – representante do Curso técnico de Enfermagem

Solar Chapeuzinho Vermelho/Florianópolis, Olga Regina Zigelli Garcia Fangier –

representante da Coordenação do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade

Federal de Santa Catarina, Diva Fiorini-representante do Departamento de saúde Pública da

UFSC, Oswine Lrenz-representante do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade

do Vale do Itajaí UNIVALI, Maria Regina Delfino –Coordenadora do Curso de Graduação

em Enfermagem da Universidade do Sul de Santa Catarina/Tubarão UNISUL,Valária S.

Faganello Madureira-representante do Curso de Graduação em Enfermagem da Fundação

Educacional do Alto Uruguai Catarinense/Concórdia, Ana Berretta –Coordenadora de Curso

Técnico de Enfermagem do Colégio Coração de Jesus/Florianópolis, Ligia M. Rohrbaccher –

Coordenadora do Curso de Auxiliar de Enfermagem da Prefeitura Municipal de Joinville e

Maria Goretti de Lara Cardoso –Membro do Corpo Docente desta Escola, Neusa Terezinha

Jacomeli –Coordenadora do Curso de Auxiliar de Enfermagem da Prefeitura Municipal de

Blumenau, Suzana Bretanha Schmidt –representante do Curso de Auxiliar de Enfermagem do

Hospital Dona Helena de Joinville, Irmã Alvira Rosso –Coordenadora do Curso de Auxiliar

de Enfermagem do Hospital São José de Criciúma e Irmã Lucilla Maria Vidor –membro do

Corpo Docente desta Escola, Luiz Henrique Bonatelli –representante do Curso de Auxiliar de

Enfermagem Convênio Secretaria de Estado de Saúde e Serviço Nacional de Aprendizagem

Comercial SENAC.

Este encontro aconteceu, conforme informações de alguns participantes desta

reunião, devido a necessidade que os docentes enfermeiros sentiam de buscar espaço para

discussões acerca da formação em enfermagem. Nesta época as práticas assistenciais eram

também o foco das decisões no âmbito politico- associativo.

1Fórum realizado na cidade de São José, conforme informações da coordenadora da Comissão de Educação da ABEn-SC, na época, porém a Documentação em Ata do referido Fórum cita a realização do evento na cidade de Florianópolis.

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Os princípios norteadores, finalidades e regulamento foram delineados, onde o grupo

precursor trabalhou durante dezesseis horas. As discussões apontaram os seguintes tópicos:

-Vinculação do Fórum a ABEn-SC;

- A institucionalização e regulamento;

- Educação continuada para o corpo docente;

- Integração das escolas e currículo;

- Direcionamento do currículo;

- Metodologia de ensino incompatível com a realidade;

- Capacitação pedagógica;

- Material instrucional inadequado;

- Desvalorização dos trabalhadores de enfermagem;

- Evasão;

- Baixo nível intelectual de trabalhadores ainda sem formação;

- Perfil do enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem;

- Indefinição das atividades profissionais;

- Avaliação dos cursos;

- Processo ensino-aprendizagem;

- Dificuldades de campos de estágio;

- Viabilização recursos financeiros para os cursos de auxiliar,

- Grande contingente de atendentes de enfermagem sem o primeiro grau completo;

Esta reunião então ficou documentada em ata como a de implantação do Fórum

Catarinense das Escolas de Enfermagem, onde foram definidos os princípios norteadores

deste evento:

1º-A vinculação do Fórum a Comissão de Educação ABEn-SC e a Comissão Permanente de

Educação da ABEn Nacional.

2º-A participação do Fórum,todas as escolas de Nível Médio, Graduação e Pós-Graduação em

Enfermagem e o Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina,

representados por no máximo dois credenciados pelas escolas.

3º-Os objetivos do Fórum são:

-facilitar o encontro e intercambio entre as escolas;

-definir estratégias que possibilitem a integração e aproximação entre os currículos

desenvolvidos nos vários níveis de ensino;

-possibilitar a discussão e enfrentamento de problemas comuns e específicos dos cursos.

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4º-Os Fórum serão realizados na sede da ABEn-SC ou outro local definido pelos

participantes, bimestralmente e nos eventos desenvolvidos no estado e por ocasião da

realização do CBEn.

5º-A ABEn-SC, coloca a disposição do Fórum, as dependências de sua sede, como sua

estrutura administrativa.

6º-Os docentes representantes dos cursos de Enfermagem deveram estar filiados a ABEn-SC.

7º-As escolas de enfermagem responsabilizam-se pela viabilidade da participação de seus

representantes e pela contribuição visando a manutenção dos trabalhos do Fórum.

8º-A Comissão de Educação da ABEn-SC viabilizará um "Fundo de Reserva" através de uma

programação de educação continuada.

9º-As escolas que ainda não fazem parte do Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem

poderão fazê-lo junto a comissão de Educação da ABEn-SC.( Fórum Catarinense de Escolas

de Enfermagem,1991).

6.2 O Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem: a experiência da primeira

coordenadora do evento em Santa Catarina- Entrevista com a Enfa. Anita Terezinha

Zago. O Fórum Catarinense das Escolas de enfermagem: a vivência da coordenadora de

educação – ABEn-SC 1989-1992. Entrevista com Enfª Anita Terezinha Zago.

Identificação

Nome completo: 2Anita Teresinha Zago

Formação: Universidade de Caxias do Sul-RS

Categoria profissional: Enfermeira

Tempo na profissão: 34 anos

1-Como se deu sua aproximação com a Associação Brasileira de Enfermagem-Seção Santa

Catarina (ABEn-SC)?

2 Nasceu em setembro de 1950,Caxias do Sul, RS. Sua Graduação em Enfermagem foi na Universidade de

Caxias do Sul, UCS , Caxias do Sul -RS em 1977. Especialização em Administração de Órgãos de Enfermagem na Universidade Federal de Santa Catarina, Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, Florianópolis Brasil 1982. Realizou Mestrado em Enfermagem Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, Florianópolis, Brasil 1997. Presidente da Associação Brasileira de Enfermagem Seção Santa Catarina -ABEN-SC -Gestão 1995-1998, Diretora de Educação da ABEn-SC Gestões 1989-1992, 1992-1995 e 2001-2003. Membro Suplente da Comissão de Ética do Conselho Regional de Enfermagem Gestão 2008-2011. Coordenadora do Grupo de Trabalho Memória ABEn-SC – (GT/MEMÓRIA ABEn-SC).

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Para descrever a aproximação com a Associação Brasileira de Enfermagem-Seção

Santa Catarina, considero relevante registrar que a primeira, foi ainda enquanto acadêmica no

final do curso de graduação em Enfermagem, na Universidade de Caxias do Sul (UCS)–RS.

Algumas professoras referiam-se com freqüência a Associação Brasileira de

Enfermagem-Distrito Caxias do Sul, o que despertou muita curiosidade e interesse,

principalmente porque a participação dos alunos de graduação naquela época não era

permitida.

Acredito que a limitação, se dava por questões meramente estatutárias. Mesmo

assim, conversei com uma das professoras, não lembro qual delas e perguntei se poderia

participar da reunião da ABEn.

Consultada a coordenadora a resposta foi afirmativa, possivelmente por ter sido a

única a fazer tal solicitação, mas a afirmativa não veio só, veio acompanhada da seguinte

ressalva não teria direito a voz e conseqüentemente a voto. Participei da reunião, aquela

aproximação com as questões referentes à enfermagem me cativou, fui bem recebida e

orientada, para solicitar a inscrição junto à associação após a conclusão do curso.

Concluído o curso, residente agora em Santa Catarina a aproximação com a ABEn-

SC foi sendo construída por sucessivas aproximações: a primeira assim que iniciei minhas

atividades profissionais em 1978, no Hospital Marieta Konder Bornhausen em Itajaí, SC fui

convidada pela Irmã Joana Hermann, para participar de uma reunião na ABEn-SC, à noite em

Florianópolis. Lembro que o grupo vindo de Itajaí eram formado por quatro enfermeiras. O

local da reunião foi em uma sala, na rua Felipe Schmidt, a lembrança que guardei foi da

presença da Profª. Ingrid Elsen.

A segunda foi em 1979, quando cheguei a Florianópolis para assumir a vaga

conquistada via concurso público ,na primeira semana, lendo o Jornal acho que se chamava o

estado, havia a divulgação de um curso de enfermagem médica cirúrgica, promovido pela

ABEn-SC. Participei do mesmo sentindo-me privilegiada por ser aceita, uma vez que acabara

de chegar, e enfim poderia participar como futura associada.

A terceira e definitiva como enfermeira, no Instituto Nacional de Assistência Médica

da Previdência Social (INAMPS), em 1980,no hospital Florianópolis, na cidade de mesmo

nome, convidada pela enfermeira Diva Fiorini, supervisora de enfermagem da

Superintendência Regional de Enfermagem do INAMPS. A formulação do convite foi feita

por essas abenistas convictas do relevante papel da entidade de classe, que posteriormente

tornou-se vice-presidente da ABEn-SC na Gestão 1980-1984, que mudou os ramos da

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enfermagem catarinense com a organização do movimento participação. A mesma

possibilitou uma maior aproximação da associação, até o presente momento estimulando a

participação de todo o grupo para a vinculação, que de minha parte se consolida como

privilégio.

2- O Fórum surgiu devido a algum fato? Ou, de onde veio esta idéia ou que situação fomentou

a organização desse Fórum?

A história da ABEn-SC destaca-se pelas questões referentes à formação profissional,

desde a sua criação em 1962, tendo como Sede as instalações da primeira Escola de

Auxiliares de Enfermagem Madre Benvenuta criada em 1959, em Florianópolis Santa

Catarina.

O Grupo Memória da ABEn-SC em 2010-2011, no decorrer dos trabalhos iniciados

para a preservação do acervo documental, constatou que as atas e outros documentos,

registram reuniões, programas de eventos, indicando a relação com as escolas de graduação e

ensino médio, em interesses comuns e nas questões referentes a formação, merecedoras de

destaque nos eventos realizados até o presente momento.

Os encontros das escolas aqui no estado ocorriam em eventos como a Jornada

Catarinense de Enfermagem (JCE), em encontros específicos voltados para a formação. A

iniciativa dos encontros não eram somente da associação, mas também bem das escolas,

majoritariamente de ensino de graduação que eram apenas quatro, Universidade Federal de

Santa Catarina (1969) em Florianópolis,Universidade do Sul de Santa Catarina

(1976.)Tubarão,Universidade do Contestado (1977) Concórdia e Universidade do Vale do

Itajaí (1980) Itajaí. Associação e escolas oportunizaram a participação prioritariamente para

as escolas de graduação. No decorrer dos Congressos Brasileiros de Enfermagem havia uma

reunião específica para a os coordenadores de educação da época, bem como coordenador de

classes de graduação.

A organização e realização desses eventos contribuíram certamente para a idéia do

Fórum, que foi sendo construída, a partir da orientação da ABEN Nacional, uma vez que em

outros estados já estavam instalados. Aqui em Santa Catarina também havia o mesmo

interesse, uma vez que havia participação e espaço aberto para as discussões relacionadas à

formação profissional. Para isso a gestão 1989-1992 a presidente Vera Maria da Fonseca , no

dia 5 de dezembro de 1991, no Centro de Treinamento da Secretaria de Estado da Saúde –

SES/SC, em São José- SC, a convite da ABEN-SC, realiza a reunião, com participação de

representantes de escolas de auxiliar de enfermagem (07), técnico de enfermagem (02) e

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graduação (04), com o objetivo de discutir a institucionalização o Fórum das Escolas de

Enfermagem, sob a coordenação da Comissão de Educação da ABEn-SC.”

3-De que maneira você chegou à coordenação do primeiro Fórum Catarinense de Escolas de

Enfermagem?

A coordenadora da Comissão de Educação da ABEn-SC, eleita para a gestão 1989-

1992, não assumiu suas atividades. Estatutariamente não poderia haver nova eleição, então a

alternativa apresentada era aguardar o final do primeiro ano e após eleger o novo coordenador

em Assembléia Geral de Sócios. Esse fato não impediu a realização das atividades da

Comissão pela enfermeira futura coordenadora que dela fazia parte, sob a responsabilidade da

presidente.

Anteriormente já havia vivenciado um cargo de Diretoria como tesoureira por um

curto espaço de tempo. Quero registrar que anteriormente ao trabalho em diretoria participei

ativamente das atividades associativas, desde o início da década de 1980. Acredito que a

credencial ao cargo de coordenadora de Educação, foi fazer parte do grupo de autores que

elaborou o Plano Estadual de Profissionalização dos Atendentes de Enfermagem, a

participação efetiva na vida associativa e a credibilidade profissional.

4-Como decidiram à temática? A partir de que situações sociais, políticas ou educacionais se

encontravam o país e o Estado?

A ata da realização da reunião, em que a ABEn-SC colocava em pauta a

institucionalização do Fórum das Escolas, registra pela sua abrangência, (embora não esteja

registrado) lembro que foi construída pelos representantes das escolas de graduação e ensino

médio que correspondiam aos entraves vivenciados na época: ”Vinculação do Fórum a

ABEN-SC- Institucionalização e Regulamento (para evitar que o fórum fosse

institucionalizado fora da associação), integração das escolas e currículo, direcionamento do

currículo, educação continuada para o corpo docente, metodologia do ensino incompatível

com a realidade, desvalorização dos trabalhadores da enfermagem, evasão (não registrada,

mas entendida como profissional), baixo nível intelectual dos trabalhadores ainda sem

formação, indefinição das atividades profissionais, avaliação dos cursos. processo ensino

aprendizagem dificuldade de campo de estágio, viabilização de recursos financeiros para os

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cursos de auxiliar de enfermagem grande contingente de atendentes de enfermagem sem o 1º

grau completo”

5-Que implicações sociais levaram a enfermagem a discutir a educação na formação

profissional?

Primeiro - A evasão profissional, que mereceu por parte da ABEn-SC a realização

da 18ª Jornada Catarinense de Enfermagem,intitulada “ Evasão da Enfermagem”, no período

de 11 a 13/09/1991, na Universidade do Vale do Itajaí

Segundo - A formação profissional dos atendentes de enfermagem, ou seja,

possibilitar o resgate da cidadania dos trabalhadores sem formação profissional, uma vez que

havia um significativo contingente sem o 1º grau completo.

6-Como são arrecadados recursos para a realização de eventos como este? Como se

mobilizam?

O Fórum é organizado pela ABEn-SC em parceria com a instituição que sedia o

evento, sendo que a temática é também discutida com as escolas.

Para a estruturação dos mesmos, há possibilidade de participação de colaboradores,

com criteriosa avaliação por parte da diretoria da ABEN-SC. Os recursos arrecadados

normalmente são o resultado das inscrições dos participantes, que cobre os gastos. Vale

registrar que a associação não tem fins lucrativos. Em relação aos participantes, quando da

institucionalização do Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem um os princípios

norteadores indicava “Os docentes representantes das escolas ou cursos de enfermagem

deverão estar filiados a ABEn-SC”.

7-Quais eram os objetivos do Fórum quando de sua institucionalização?

Facilitar o encontro e intercâmbio entre as escolas, definir estratégias que

possibilitam a integração e aproximação entre os currículos desenvolvidos nos vários níveis

de ensino, possibilitar a discussão e enfrentamento de problemas comuns e específicos dos

cursos.

8- Quem participa do Fórum das Escolas?

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(O Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem, assim denominado em seus

Princípios Norteadores 1992), apresenta como participantes do evento as escolas de nível

médio/superior/pós graduação do estado de Santa Catarina e Departamento de Saúde Pública

da UFSC. Os princípios norteadores do FCCE não contempla a participação de acadêmicos de

enfermagem, o que foi uma exclusão imperdoável.

9- Que balanço você faz para a formação profissional da existência do Fórun de Escolas desde

a sua participação como coordenadora de educação e da institucionalização do Fórum

Catarinense?

O Fórum das Escolas de Enfermagem, ao longo do tempo foi sendo consolidado pela

credibilidade impressa por cada diretoria e participação das escolas, as demandas de cada

época, inserindo a formação no contexto ético e político destaco a abertura dada a

participação no evento a partir da gestão 1998-2001, quando é aberta a participação dos

acadêmicos de enfermagem, profissionais inseridos nos serviços de saúde, interessados em

participar das discussões acerca da formação.

10- O que você gostaria de ressaltar ou dizer aos novos profissionais da enfermagem em

relação à vida associativa e as possíveis influencias desta relação para o profissional?

Associação Brasileira de Enfermagem-Seção Santa Catarina é um espaço de

fortalecimento da profissão e conseqüentemente dos profissionais da enfermagem, escola de

formação ética da política profissional, conhecimento construído e socializado único,

privilegio dos que usufruem a oportunidade de exercer a vida associativa e dar visibilidade a

profissão. Destaca-se sobremaneira por contribuir para o desenvolvimento técnico e científico

dos profissionais de enfermagem, resultando em uma das mais significativas contribuições do

trabalho da Enfermagem, ou seja, a credibilidade junto aos usuários dos Serviços de Saúde e a

sociedade em geral ,que exigem resolutividade a assistência de enfermagem.

Anita T. Zago

COREN/SC 13294

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6.3 Apresentando as temáticas do Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem

(Apêndice D)

O segundo Fórum foi realizado na sede da ABEn-SC, dia vinte sete e vinte oito de

fevereiro de 1992 em Florianópolis. Encaminhada a proposta de roteiro de trabalho pela

Comissão de Educação, que propõe a criação de câmaras para desenvolver o Fórum, deverão

ser formados grupos de trabalho para elaboração de um projeto que contará com a

participação de um facilitador ligado aos temas específicos. Sendo aprovada a proposta foram

formados os grupos, um de estudos do currículo e outro sistematização do funcionamento do

Fórum, e ainda a este a elaboração de um documento a ser encaminhado a secretaria do

Estado de Saúde e Secretarias municipais de Saúde, imprensa local a posição do Fórum em

relação ao surgimento do Agente Comunitário de Saúde. Neste dia por sugestão da professora

Rosita Saupe representante do Curso de Pós-Graduação da UFSC em passar o Fórum das

Escolas para Fórum Catarinense de Escolas de Enfermagem que foi aprovado. (Ata do Fórum

Catarinense de Escolas de Enfermagem, 27 de fevereiro de 1992).

No dia 07 de abril de 1992 o Fórum Catarinense de Escolas de Enfermagem envia

um ofício para a Secretaria Municipal de Saúde sobre a formação dos Agentes Comunitários

de Saúde, explicando sua posição em relação ao assunto. Considerando:

1º- a existência de mais de 10 mil atendentes de enfermagem, atuando nas instituições de saúde do Estado de Santa Catarina, sem o devido preparo técnico; 2º - o prazo de dez anos (até 1996) estabelecido pela lei nº 7.498 de 25 de junho de 1986, (que dispõe sobre o exercício profissional da enfermagem em todo o território nacional) para a profissionalização de todos os atendentes de enfermagem; 3º - a existência de somente 14 (quatorze) escolas de nível médio de enfermagem em todo Estado de Santa Catarina e que as mesmas não estão conseguindo atender as necessidades mínimas quanto a quantidade de pessoal para um atendimento de saúde com qualidade; 4º - o insucesso de tentativas anteriores, semelhantes a esta agora apreciada, de formação de Agentes Comunitários de Saúde, como por exemplo: - o PDRI – Programa de Desenvolvimento Rural Integrado; - o PIASS – Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento; - o PREPES – Programa de Preparação Estratégica do Pessoal de Saúde; - o PRIMO – Programa Intensivo de Preparação de Mão-de-obra; 5º - a existência de somente saber ler, escrever, ter 18 anos e morar na comunidade, dos candidatos a qualificação como Agente Comunitário de Saúde, sem necessidade de formação especifica na área de saúde; 6º - a necessidade dos trabalhadores em saúde de desenvolver ações que exigem capacidade de observação, decisão e execução; 7º - e finalmente, a existência legal de que esses trabalhadores possuam um vinculo empregatício, supervisão de suas ações e educação continuada, o Fórum Catarinense de Escolas de Enfermagem posiciona-se contrario a implementação do Plano de Capacitação de Agentes Comunitário de Saúde e sugere o direcionamento dos

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recursos a ele destinados para o Plano de Profissionalização de Recursos Humanos para a área de Saúde, Mobilidade Auxiliar de Enfermagem. (ABEn-SC,Oficio Circular nº 010,1992).

No ano de 1993 não há relatos de Fórum Catarinense de Escolas de Enfermagem.

O Fórum Catarinense de Escolas de Enfermagem do ano de 1994, por sugestão da

coordenadora da comissão de educação Anita T. Zago ser junto com a XXI Jornada

Catarinense de Enfermagem. (Ata de Reunião nº 57,1994).

Realizado no dia vinte oito a trinta de dezembro de 1994, na cidade de Florianópolis,

na UFSC Centro de Ciências de Saúde no Departamento de Enfermagem, com tema central

Os Desafios na Formação dos Profissionais da Enfermagem: o compromisso com a vida. A

reunião do Fórum Catarinense de Escolas de Enfermagem no dia 30 de dezembro as 14:00

horas, como presidente Enfermeira Anita Terezinha Zago, coordenadora da comissão de

educação da ABEn-SC, como recomendações realizar um cronograma para o fórum da

escolas, ativar o fórum das escolas de graduação para implementação do novo currículo e

ampliar a abrangência do fórum de escolas também para do serviço. (Jornada Catarinense de

Enfermagem,1995). A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi uma das maiores

conquista para ABEn-SC no inicio de sua fundação, sendo o primeiro Curso de Graduação em

Enfermagem no Estado. O Curso foi autorizado a funcionar em 16 de dezembro de 1968 e

oficialmente criado pelo Reitor através da resolução 02/69 de 24 de janeiro de 1969. No dia

21 de março de 1969 ocorreu a primeira aula proferida pela professora Amália Correa de

Carvalho, presidente da ABEn Nacional, com a presença de Eloita Pereira Neves, presidente

da ABEn-SC e Coordenadora do curso. (NEVES,2010). A UFSC sempre participa dos

eventos promovidos pela ABEn-SC.

O Fórum de 11 e12 de setembro de 1995 foi realizado na Universidade do Vale do

Itajaí, UNIVALI – Itajaí com tema “Construção curricular: em busca da aproximação dos

currículos plenos das escolas de graduação em enfermagem”. A ABEn-SC, através da

comissão de educação chama as escolas de graduação em Enfermagem, com objetivo de

adequar a proposta de novo currículo mínimo para a formação do enfermeiro. Tendo

representante da UNISUL, UFSC, UNIVERSIDADE do CONTESTADO e UNIVALI.

(FÓRUM CATARINENSE DE ESCOLAS DE ENFERMAGEM, 1995).

No decorrente fórum a discussão sobre a Portaria 1.721/94, a qual determina o novo

currículo mínimo para os Cursos de Graduação em Enfermagem, na Plenária Final deste

Fórum recomenda que:

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1. O percentual (15%) destinado à Administração em Enfermagem, seja objetivo de uma discussão mais ampla, abrangendo os seguintes aspectos:

1.1 - Competências cognitivas, afetivas e psicomotoras necessárias à uma gerência autônoma e participativa.

1.2 - Adequação dos conteúdos e atividades, visando o desenvolvimento das referidas competências.

1.3 - Integração dessa nova visão administrativa as demais disciplinas do curso com distribuição de carga horária.

2. Enfoque da Administração em enfermagem deve contemplar tanto a área hospitalar quanto a de saúde pública.

3. Entende-se por estagio supervisionado as duas modalidades apresentadas a seguir:

3.1 – As aulas práticas realizadas em instituições de ensino e de saúde, com supervisão direta do docente.

3.2 – Os estágios no final do curso, sob a supervisão direta do enfermeiro assistencial e orientação do docente.

4. A carga horária total das disciplinas profissionalizantes, deve ter como parâmetro a percentagem de 50% destinada à parte teórica e 50% a parte prática.

5. Os currículos contemplem a Licenciatura em Enfermagem, quando não, incluam disciplinas ligadas à educação.

6. O currículo deve ser desenvolvido, preferencialmente, em tempo parcial.

As respectivas recomendações foram solicitadas a ABEn-SC para encaminhar o

documento ao Conselho Regional de Enfermagem e à Associação Nacional dos Dirigentes

Federais de Ensino Superior.( FÓRUM CATARINENSE DE ESCOLAS DE

ENFERMAGEM, 1995).

Segundo Oficio Circular Nº 009/1995, ABEn –SC, a Comissão de Educação convida

as Escola de Auxiliar e Técnico de Enfermagem a participar do Fórum Catarinense de Escolas

de Enfermagem no 06 de outubro de 1995, as 14:00 horas, integrada a XXII Jornada

Catarinense de Enfermagem e o II Encontro de Enfermagem do Alto Vale. Como proposta de

pauta a formação do técnico de enfermagem, proposto pela Secretaria de Estado de Educação

e do Desporto e a elaboração de um cronograma para o encontro das Escolas de Auxiliar de

Enfermagem.

A comissão de Educação da ABEn-SC também enviou um oficio para as Escolas de

Graduação em Enfermagem, para o Fórum Catarinense de Escolas de Enfermagem com

proposta de discussão sobre o juramento de colação de grã em enfermagem (documento entre

no Fórum de 11/09/1995) e informes do andamento das discussão Pós-Fórum da implantação

do Currículo Mínimo. (ABEn-SC,Oficio Circular, nº010,1995).

O Fórum Catarinense de Escolas de Enfermagem reunido no dia 06 de outubro de

1995 como pauta abordada a formação do técnico de enfermagem, considerando que em

Santa Catarina, segundo o COREn-SC, temos aproximadamente quinze mil trabalhadores de

enfermagem que não passaram pelo ensino profissionalizante, concluindo que a formação do

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técnico de enfermagem é necessário, mas não prioritária para o momento. Colocam como

recomendação para a Secretaria de Estado de Educação direcione seus esforços para a

profissionalização dos trabalhadores de enfermagem que dela necessita, a prioridade seja para

formação de Auxiliar de enfermagem. (ABEn-SC, ata do Fórum Catarinense de Escolas de

Enfermagem, 06 de outubro de 1995)

De acordo com oficio circular nº 013/1995 a Comissão de Educação da ABEn-SC

confirma a realização do próximo Fórum Catarinense de Escolas de Enfermagem nos dia 12 e

13 de dezembro de 1995, na Universidade Federal de Santa Catarina, no Centro de Ciências

da Saúde. No cronograma dia 12 como tema central a “Discussão, Proposta e Reformulação

Frente ao Novo Currículo” e o encontro dos Docentes de Enfermagem da Área Administrativa

e no 13 o encontro de Coordenadores e Professores das Escolas de Graduação, a Deliberação

frente a Implantação do novo Currículo Mínimo, os 70 anos da ABEn e a 57ª Semana da

Enfermagem.

Em junho de 1996, na cidade de Concórdia, na Universidade do Contestado, foi

realizado o Fórum Catarinense de Escolas de Enfermagem com o tema A Implantação do

Novo Currículo Mínimo. (Informativo ABEN-SC)

O 13° Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem ocorreu em 21 e 22 de julho

de 2001 na Universidade do Vale do Itajaí, UNIVALI – Biguaçu com tema O papel do

Conselho Estadual de Educação no Processo de Avaliação Institucional da Enfermagem

(Graduação e Nível Profissionalizante). Neste Fórum ocorreu a primeira participação dos

acadêmicos de enfermagem e profissionais formados. (FÓRUM CATARINENSE DE

ESCOLAS DE ENFERMAGEM, 2001).

O 15º Fórum realizado na cidade de Concórdia, nos dias 09 a 10 de abril de 2002, na

Universidade do Contestado, com o tema O Sistema Educacional Brasileiro para a

Enfermagem as Competências – Bases Teóricas _ A Articulação entre as Competências da

Graduação e Nível Profissionalizante. Neste ano a ABEN-SC comemora 40 anos de

Fundação. (FÓRUM CATARINENSE DE ESCOLAS DE ENFERMAGEM, 2002)

No ano de 2002 também ocorreu o 16º Fórum Catarinense de Escolas de

Enfermagem integrado a 27ª Jornada Catarinense de Enfermagem no período de 09 a 11 de

setembro do decorrente ano, na cidade de Chapecó, na universidade do Oeste de Santa

Catarina UNESC. Sendo o tema Dialogo sobres a Operacionalização do Currículo por

Competência. (FÓRUM CATARINENSE DE ESCOLAS DE ENFERMAGEM,2002)

O 17º Fórum Catarinense de Escolas de Enfermagem realizado em 31 de março e 01

de abril de 2003, na cidade de Florianópolis, na UFSC com tema A Formação do Profissional

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de Enfermagem Frente às Diretrizes Curriculares Nacionais. (FÓRUM CATARINENSE DE

ESCOLADE DE ENFERMAGEM, 2003)

O 18° Fórum realizado na Universidade do Vale do Itajaí , UNIVALI – Itajaí em 21

a 23 de abril de 2004, com abordagem Educação em Enfermagem: Entre as Políticas e as

Práticas de Saúdes. Neste ano o FCEE comemora 13 anos de existências (FÓRUM

CATARINENSE DE ESCOLADE DE ENFERMAGEM,2004).

Avaliação Formativa do Profissional de Enfermagem foi o tema do 20º Fórum

Catarinense de Escolas de Enfermagem, realizado na cidade de Blumenau, nos dia 18 e19 de

maio de 2006, na Escola de Enfermagem da Fundação Universidade Regional de Blumenau-

FURB. (FÓRUM CATARINENSE DE ESCOLADE DE ENFERMAGEM FOLDER, 2006)

O 22º FCEE ocorreu no período de 18 a 20 de junho de 2008, na cidade de Lages, o

fórum realiza um importante espaço na produção do conhecimento sobre a educação, o

ensino, a saúde e à formação do profissional de enfermagem. O tema deste fórum é a Saúde,

Poder e Cidadania Exercida pelas Escolas de Enfermagem de Santa Catarina. Promovido de

ABEN-SC, Núcleo de Lages e o Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade do

Planalto Catarinense. (FÓRUM CATARINENSE DE ESCOLADE DE ENFERMAGEM

FOLDER, 2008).

O 23º Fórum Catarinense de Escolas de Enfermagem foi um evento marcante para a

enfermagem catarinense com o tema Parcerias das Entidades para Fortalecer a Profissão,

neste Fórum foi reiniciado a parceria das duas entidades de grande peso na enfermagem

catarinense, ABEN-SC e Coren-SC, realizado nos dia 25 e 26 de junho de 2009, em

Florianópolis. O evento reuniu Coordenadores de Curso de Graduação e de Escolas Técnicos

em Enfermagem, estudantes e professores de enfermagem. Entre varias palestra um tema

abordado foi o papel das entidades que representam a Enfermagem, com a participação da

Presidente da ABEN-SC, Enfermeira Helga Bresciani, a presidente do Coren/SC, Enfermeira

Denise Pires e da Diretora do SindSaúde, Enfermeira Simone Bihani Hagemann. (Coren/SC,

2009)

No ano de 2010 não foi realizado o Fórum Catarinense de Enfermagem, pois o

estado de Santa Catarina sendiou o Congresso Brasileiro de Enfermagem, na Cidade de

Florianópolis.

No 24° Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem em 4 e 5 de agosto do

decorrente ano, na cidade de Criciúma, na UNESC com tema Qualidade de ensino e

Sustentabilidade. (FÓRUM CATARINENSE DE ESCOLADE DE ENFERMAGEM, 2011).

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6.4 Contribuições do Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem na formação

profissional

O reflexo das discussões no âmbito da ABEn-SC nos Fórum Catarinenses realizados

recaem diretamente no fazer profissional cotidiano da Enfermagem. Isto, pois, se mostra a

partir das temáticas discutidas no decorrer do processo histórico da organização do Fórum em

Santa Catarina. A formação acadêmica, e em especial da enfermagem, define parâmetros de

qualidade a assistência a ser prestada a sociedade, uma vez que as políticas públicas de saúde

e educação precisam ser acompanhadas e desenvolvidas na formação para a capacitação

qualitativa dos profissionais.

Os Fóruns Catarinenses em suas versões são espaços de discussão produtiva e

proativa a mudanças a serem estabelecidas no cenário da educação/formação não só no estado

como em fortalecer a ABEn Nacional na busca de adequações, qualificação e ordenação da

formação em enfermagem no país.

A ABEn Nacional desde sua criação em 1926, promove eventos para a formação e

visibilidade profissional da enfermagem, iniciando com a vida acadêmica. Sabendo desta

importância a partir de 1939 foi formada comissão de educação.

Deste modo as seções seguem o mesmo modelo, na pesquisa realizada identifica

como uma vida associativa e participativa nos eventos da ABEn seção Santa Catarina exerce

o crescimento e oportunidades profissionais. Desenvolvendo também em visibilidade para a

categoria e união nos três níveis de formação (médio, graduação e pós-graduação)

O ativismo da ABEn-SC surge a partir de contextos da necessidade de formação

educacional intelectualizado e com a finalidade de qualificar a atenção a saúde e resultando

em visibilidade prática científica da enfermagem. Na institucionalização do Fórum um dos

assuntos citados era justamente a formação dos Atendentes (muitos não tinha o primeiro grau

completo), de auxiliares e a capacitação pedagógica. Através da análise da organização e das

temáticas do Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem foram realizadas varias

contribuições para a categoria como no ano de 1992, sendo ofício mandado para a Secretaria

de Saúde Municipal da cidade de Florianópolis com argumentos de não formar a profissão de

Agente Comunitário na época, para obter investimento no profissional de enfermagem. De

como a união das escolas de graduação foi importante para estabelecer um currículo único nas

universidades catarinense. A importância das entidades serem parceiras nos proporciona mais

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conquista e visibilidade para o profissional de enfermagem, como atualmente a luta para

enfermagem trinta horas.

Em acordo com a teoria de Imogene King (LEOPARDI, 2006) há a necessidade de

as enfermeiras estarem em processo continuo de comunicação e informação sempre com o

foco em metas comuns para o alcance de objetivos e que haja para o alcance das metas

estabelecidas. Por meio do Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem observa-se que há

o estabelecimento de informação e comunicação entre as enfermeiras brasileiras e as

catarinenses em especial, haja vista a ação da ABEn-SC na ação através das discussões e

proposições a partir dos Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem.

O Fórum Catarinense de Escolas de Enfermagem influencia na formação profissional

em três dimensões:

� Vida associativa, a ABEn –SC através da diretoria busca temática de importância para

a formação profissional e se obtém um fortalecimento para a entidade.

� Vida do profissional, para o enfermeiro formado influencia no crescimento e em

mudanças nas profissionais.

� Vida acadêmica, direciona um caminho profissional para obtenção do conhecimento e

de experiências, aumentando o pode argumentativo, aumentando a visibilidade

profissional.

A ABEn se mantém na luta por formação de enfermagem de qualidade por

meio de alianças com o COFEN, fóruns e comissões do Ministério da Educação e Cultura

(MEC) e Ministério da Saúde (MS).

As discussões fundamentam os debates e encontros nos eventos específicos da ABEn

Nacional e em suas Seções, como o caso do Fórum Catarinenses das Escolas de Enfermagem.

Observa-se que a partir de uma formação eficaz e eficiente se obtêm uma pratica

competente e a vida associativa favorece discussões que enriquecem o fazer cotidiano e

denotam aos profissionais, a politização necessária a posicionamentos autônomos para a

profissão.

Os fórum de escolas na enfermagem refletem pelo que se observa nas temáticas

apresentadas no decorrer da história do Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem a

organização de agendas políticas de regulação da profissão, favorecem o diálogo com os

interesses internos da categoria, respeitam e procuram responder as demandas sociais

(SILVA, 2007). Esta autora retrata ainda acerca da constituição da autonomia profissional que

se apresenta a partir do desenvolvimento tecnico-ciência e pela regulamentação profissional

em interlocução com a sociedade.

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Assim, pode-se analisar que o Fórum das Escolas contribui e influencia as práticas

assistenciais, haja vista a amplitude que a educação tem na cultura de uma profissão. Pode-se

observar na fala da coordenadora do primeiro Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem

que as contribuições das discussões deste espaço de trabalho e congraçamento dos

profissionais da enfermagem em torno da visibilidade e da competência profissional, a partir

da consolidação deste evento para a inserção da formação no contexto ético político da

sociedade catarinense (ZAGO, 2011).

As influencias podem ser observadas quando a ABEn Nacional entra nos debates

diretos com o Ministério da Educação e Cultura e com o Ministério da Saúde.

As mudanças na sociedade trazem também a necessidade de mudanças no ensino da

enfermagem dentro de cada época, as especificas referentes a políticas de saúde são fatores

fundamentais para a construção do ensino de enfermagem e a formação de profissionais em

acordo com a realidade (ITO et al, 2006). Os profissionais da enfermagem precisam se

conscientizar da necessidade de planejamento e utilização dos espaços, pela competência

ética, técnica, estética e política com compromisso social e o exercício da cidadania

(DELUIZ,2001).

A participação no Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem e a integração

com os profissionais formadores e assistenciais das práticas de saúde, possivelmente levará a

profissão enfermagem a espaços pensados crítica, reflexiva e eticamente à consolidação do

sistema de saúde como segundo Ito et al (2006) e na consolidação da enfermagem como

profissão efetivamente capaz da resolutividade dos problemas de saúde da população.

Há desta forma, influência das discussões advindas do Fórum na formação dos

enfermeiros catarinenses e também dos técnicos de enfermagem, já que os temas envolvem o

dia a dia das praticas e das inovações tecnológicas e políticas de saúde que são instituídas.

Bem como, a influência se da também proporcionalmente as discussões ocorridas nesse

Fórum, pois as escolas traçam novas estratégias de ensino-aprendizagem para compor

profissionais cidadãos, éticos e comprometidos com o Sistema Único de Saúde (SUS) e a

busca de autonomia pela enfermagem.

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7.CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho teve como objetivo conhecer as contribuições do Fórum

Catarinense das Escolas de Enfermagem, escrever a implantação, relacionar suas temáticas e

analisar as contribuições do referido Fórum para a formação dos profissionais de enfermagem

de Santa Catarina.

O levantamento documental nos possibilitou o conhecimento de parte da história da

Enfermagem Catarinense e a compreensão da importância da instalação de uma entidade

associativa no estado para o desenvolvimento e valorização da profissão enfermagem.

Para a realização da pesquisa, encontramos uma dificuldade na coleta dos dados, pois

o acervo da ABEn – SC está em processo de organização e restauração, porém, esta foi

amenizada pela receptividade encontrada na associação que abriu as portas e disponibilizou

todo acervo para o desenvolvimento desta pesquisa.

A experiência em participar brevemente da vida associativa nos mostrou que é

possível ter uma profissão construída na base do companheirismo e da ajuda mútua. Além

disso, nos fez enxergar a importância e o valor da troca de experiências com outros

profissionais.

A história da ABEn-SC é marcada pela luta na promoção do desenvolvimento da

Enfermagem como profissão e ciência e pela promoção da congregação dos profissionais

comprometidos com a qualidade de seu trabalho. Atualmente, ela continua na busca

incessante de compartilhar o conhecimento entre os meios acadêmicos e profissionais,

visando à construção de uma profissão fundamentada pelo conhecimento científico.

Para a realização da pesquisa foram utilizadas as bases conceituais da teoria do

alcance dos objetivos através da criação de metas desenvolvida por Imogene King. Esta teoria

foi apropriada para a realização deste trabalho pelo o conceito de interação entre duas pessoas

visando o alcance dos objetivos. O embasamento teórico é a fonte de pesquisa utilizada para

se obter o direcionamento do estudo proposto no trabalho.

A compreensão da concepção e da trajetória da Enfermagem permite que uma visão

de um futuro da profissão e impõe um esforço crítico e reflexivo sobre os caminhos que nos

trouxeram à realidade presente, e sobre as possibilidades de novas mudanças

Nesse sentido, gostaríamos de salientar o quanto foi prazeroso a realização do

presente trabalho, pois contribuiu com nossa formação profissional e nos proporcionou o

conhecimento sobre a importância do Fórum Catarinense das Escolas de Enfermagem para o

crescimento e desenvolvimento da formação profissional.

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Acrescentamos aqui nosso desejo, na qualidade de pesquisadoras, de que nosso

trabalho desperte o interesse, em nossos colegas, de se envolver com a vida associativa e

contribuir para o crescimento do profissional da enfermagem catarinense.

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REFERÊNCIAS

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APÊNDICES

APÊNDICE A - Termo de Compromisso de Orientação

Eu, Maria Lígia dos Reis Bellaguarda docente da disciplina de Estagio Curricular

Supervisionado do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade do Vale do Itajaí,

Centro de Educação Biguaçu, comprometo-me e concordo em orientar a Pesquisa para

efetivação do Trabalho de Conclusão de Curso das acadêmicas Cristiane Schmitz e Juliana

Nunes Leal sob a temática: FÓRUM CATARINENSE DAS ESCOLAS DE

ENFERMAGEM: RELAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENFERMAGEM

SEÇÃO SANTA CATARINA E A FORMAÇÃO PROFISSIONAL.

As orientandas estão cientes das Normas para elaboração de Trabalho Monográfico de

Conclusão do Curso de Graduação em Enfermagem, bem como, do calendário de Atividade

proposto.

Biguaçu, 01 de julho de 2011.

MSc. Maria Lígia dos Reis Bellaguarda

Profª Orientadora

Cristiane Maria Moraes Schmitz

Acadêmica de Enfermagem

UNIVALI

Juliana Nunes Leal

Acadêmica de Enfermagem

UNIVALI

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APÊNDICE B - Carta de Intenção para realização da Pesquisa

Biguaçu, 01 de julho 2011.

Ilma. Sra.

Maristela Assumpção de Azevedo

Presidente da Associação Brasileira de Enfermagem -SC

Prezada Senhora,

Como alunas do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade do Vale do Itajaí

Centro de Educação Biguaçu temos a intenção de desenvolver a pesquisa intitulada “FÓRUM

CATARINENSE DAS ESCOLAS DE ENFERMAGEM: RELAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO

BRASILEIRA DE ENFERMAGEM SEÇÃO SANTA CATARINA E A FORMAÇÃO

PROFISSIONAL”. Para tanto, solicitamos a autorização para a realização da pesquisa junto à

biblioteca dessa Universidade, que tem como local para desenvolvimento de suas atividades.

A atividade de coleta de dados, previstas em nosso Projeto de Trabalho de Conclusão de

Curso prevê pesquisa. Assumimos o compromisso ético de manter o anonimato dos

participantes, sigilo das informações e proteção da imagem e prestígio dessa Instituição,

sendo que os dados coletados serão utilizados em nosso estudo acadêmico e possivelmente

publicizados.

Contando com sua compreensão, agradecemos antecipadamente.

Atenciosamente,

Cristiane Maria Moraes Schmitz Juliana Nunes Leal

Acadêmica de Enf. Acadêmica de Enf.

UNIVALI UNIVALI

Msc. Maria Lígia dos Reis Bellaguarda

Orientadora – UNIVALI

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APÊNDICE C - Consentimento Livre e Esclarecido

Eu Cristiane Maria Moraes Schmitz e Juliana Nunes Leal, somos acadêmicas do Curso de

Graduação em Enfermagem da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI / Centro de

Educação Biguaçu, orientados pela Profa. Msc.Maria Lígia dos Reis Bellaguarda estamos

desenvolvendo uma pesquisa sobre “FÓRUM CATARINENSE DAS ESCOLAS DE

ENFERMAGEM: RELAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENFERMAGEM

SEÇÃO SANTA CATARINA E A FORMAÇÃO PROFISSIONAL ”. Será realizada a

pesquisa junto ao acervo da Associação Brasileira de Enfermagem Seção Santa Catarina,

conforme agendamento prévio. Solicitamos a assinatura do mesmo em duas vias, sendo que

uma delas permanecerá em seu poder. As autoras esclarecem que todos os dados compilados

por meio dos documentos da ABEN-SC seguirão padrões éticos considerando-se ser um

estudo documental e poderão ser utilizados para a publicação em artigos científicos. Caso

você tenha alguma dúvida em relação ao estudo ou decidir, ou discordar, posteriormente, de

dados constantes no Trabalho desenvolvido, poderá entrar em contato diretamente com os

pesquisadores pelos telefones 9964-2648 e 9609-0125.

__________________________ _______________________

Cristiane Maria Moraes Schmitz Juliana Nunes Leal

Acadêmica de Enfermagem Acadêmica de Enfermagem

UNIVALI UNIVALI

_______________________________

Msc. Maria Lígia dos Reis Bellaguarda

Orientadora -UNIVALI

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APÊNDICE D – Apresentando as temáticas do Fórum Catarinense das Escolas de

Enfermagem

Ano Local Tema Presidente ABEn-SC

1º Fórum

1991

Secretaria do Estado

da Saúde- São José

Institucionalização dos Fórum

de Escolas de Enfermagem

Vera Fonseca

2º Fórum

1992

ABEn –SC

Florianópolis

Criação de câmaras para

desenvolver o Fórum, a posição

do Fórum em relação ao

surgimento do Agente

Comunitário de Saúde

Vera Fonseca

1994 UFSC

Florianópolis

Os Desafios na Formação dos

Profissionais da Enfermagem: o

compromisso com a vida

Tânia Soares Rebello

1995 UNIVALI

Itajaí

Construção curricular: em busca

da aproximação dos currículos

plenos das escolas de graduação

em enfermagem

Tânia Soares Rebello

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1995 Rio do Sul A formação do técnico de

enfermagem e discussão sobre o

juramento de colação de

graduação em enfermagem

Tânia Soares Rebello

1995 UFSC

Florianópolis

Discussão, Proposta e

Reformulação Frente ao Novo

Currículo

Tânia Soares Rebello

1996 Universidade do Contestado Concórdia

A Implantação do Novo Currículo Mínimo

Anita Terezinha Zago

13º Fórum 2001

UNIVALI Biguaçu

O papel do Conselho Estadual de Educação no Processo de Avaliação Institucional da

Enfermagem

Gelson Luiz de Albuquerque

15º Fórum 2002

Universidade do Contestado Concórdia

O Sistema Educacional Brasileiro para a Enfermagem as

Competências – Bases Teóricas - A Articulação entre as

Competências da Graduação e Nível Profissionalizante

Ângela Maria Alvarez

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16º Fórum 2002

UNOESC Chapecó

Dialogo sobre a Operacionalização do Currículo

por Competência

Ângela Maria Alvarez

17º Fórum 2003

UFSC Florianópolis

Formação do Profissional de Enfermagem Frente as

Diretrizes Curriculares Nacionais

Ângela Maria Alvarez

18º Fórum 2004

UNIVALI Itajaí

Educação em Enfermagem: Entre as Políticas e as Praticas de

Saúdes

Ângela Maria Alvarez

20º Fórum 2006

FURB Blumenau

Avaliação Formativa do Profissional de Enfermagem

Ângela Maria Alvarez

22º Fórum 2008

UNIPLAC Lages

Saúde, Poder e Cidadania Exercidos pelas Escolas de

Enfermagem de Santa Catarina

Helga Regina Bresciani

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23º Fórum 2009

Florianópolis Parcerias das Entidades para Fortalecer a Profissão

Helga Regina Bresciani

24º Fórum 2011

UNESC Criciúma

Qualidade de Ensino e Sustentabilidade

Maristela Assumpção de Azevedo

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ANEXOS

ANEXO A – Ata de fundação ABEn-sc

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ANEXO B – Ata de Posse da Primeira Diretoria ABEn-SC

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ANEXO C – Ata da Implantação do FCEE

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ANEXO D - Ata da Reunião do Segundo FCCEE

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ANEXO E – Princípios Norteadores

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ANEXO F – Ofício Encaminhado para Secretária Municipal de Saúde de Florianópolis

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ANEXO G - Aprovação no Comitê de Ética