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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ BRUNA DE MIRANDA AÇÕES DE ENDOMARKETING PARA A EMPRESA ARTEFATOS DE CIMENTO SILVEIRA Biguaçu 2009

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

BRUNA DE MIRANDA

AÇÕES DE ENDOMARKETING PARA A EMPRESA ARTEFATOS DE CIMENTO SILVEIRA

Biguaçu

2009

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

BRUNA DE MIRANDA

AÇÕES DE ENDOMARKETING PARA A EMPRESA ARTEFATOS DE

CIMENTO SILVEIRA

Trabalho de Conclusão de Curso - projeto de aplicação - apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração da Universidade do Vale do Itajaí.

Professora Orientadora: Ana Paula Lisboa Sohn

Biguaçu

2009

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

BRUNA DE MIRANDA

AÇÕES DE ENDOMARKETING PARA A EMPRESA ARTEFATOS DE CIMENTO SILVEIRA

Este trabalho de conclusão de Estágio foi julgado adequado e aprovado em sua

forma final pela Coordenação do Curso de Administração – Habilitação Gestão de

Pessoas, da Universidade do Vale do Itajaí.

_________________________________________

Professora MSc. Luciana Merlin Bervian

Univali – CE Biguaçu

Coordenadora do curso

Banca Examinadora:

_________________________________________

Professora MSc. Ana Paula Sohn

Univali – CE Biguaçu

Professora Orientadora

_________________________________________

Professor MSc. Alexandre Magalhães

Univali – CE Biguaçu

Membro

_________________________________________

Professor MSc. Rogério Raul da Silva

Univali – CE Biguaçu

Membro

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Dedico este trabalho, ao meu esposo Wilson e a minha filha Manuella, pelo amor, estímulo e dedicação que me é proporcionado, me incentivando a alcançar meus objetivos.

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Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado forças para nunca desistir, apesar das dificuldades. A minha professora e orientadora Ana Paula Lisboa Sohn pela confiança que depositou em mim. A banca examinadora composta por Alexandre Magalhães e Rogério Raul da Silva, pelo carinho ao avaliarem o meu trabalho. Aos demais professores por tudo que me ensinaram durante todo o curso. Aos amigos, por fazerem parte da minha vida durante esses inesquecíveis anos de universidade. Ao meu esposo e milha filha pela compreensão e paciência, nos momentos em que me dediquei apenas ao trabalho. A meus pais e minhas irmãs, pelo carinho e incentivo, me dando entusiasmo para seguir em frente sem desanimar. Aos meus sogros, por tudo que fizeram por mim durante todo o tempo. A todos que de alguma forma contribuíram para esta conquista.

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Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo. Aquilo que colocarmos nela, corre por nossa conta.

Chico Xavier

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RESUMO

MIRANDA, Bruna de. Ações de endomarketing para a empresa artefatos de cimento silveira. 2009. 78 f. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) - Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2009.

O presente trabalho buscou apresentar um programa de Endomarketing para a empresa Artefatos de Cimento Silveira, seguindo o objetivo de analisar o perfil e a satisfação dos clientes internos, referente ao atual clima da organização. Inicialmente foi feita uma pesquisa teórica abordando os temas: escola das relações humanas, escola comportamental, endomarketing, cultura organizacional, clima organizacional, motivação, liderança, comunicação, gestão de pessoas e qualidade de vida no trabalho. Após a abordagem dos temas, desenvolve-se uma pesquisa de origem quantitativa de dados, com características descritivas e exploratória, coletadas através de dados primários e secundários. E por fim avalia-se que a aplicação do projeto de Endomarketing nesta organização é, de fato, uma ferramenta valiosa capaz de elevar a sua capacidade competitiva e, ao mesmo tempo, melhorar a satisfação dos funcionários e o clima interno da organização.

Palavras-chave: Endomarketing, clima organizacional e satisfação.

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ABSTRACT MIRANDA, Bruna de. Ações de endomarketing para a empresa artefatos de cimento silveira. 2009. 78 f. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) - Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2009. The present project looked to present a program of Endomarketing for the enterprise Product from Cement Blackberry, following the objective to analyze the profile and the satisfaction of the internal clients, referring to the current climate of the organization. Initially a theoretical inquiry was done boarding the subjects: school of the human relations, school comportamental, endomarketing, culture organizacional, climate organizacional, motivation, leadership, communication, management of persons and quality of life in the work. After the approach of the subjects, there is developed an inquiry of quantitative origin of data, with descriptive characteristics and exploratória, collected through primary and secondary data. And finally it is valued that the application of the project of Endomarketing in this organization is, in fact, a valuable tool able to lift up his competitive capacity and, at the same time, improving the satisfaction of the officials and the internal climate of the organization. key words: Endomarketing, climate organizacional and satis.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 01: Pirâmide das Necessidades de Maslow ................................................... 18

Quadro 01: Comparativo das abordagens do Endomarketing................................... 21

Figura 02: Organograma da Empresa ....................................................................... 43

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Idade ......................................................................................................... 44

Gráfico 2: Nível de escolaridade ............................................................................... 44

Gráfico 3: Estado civil ................................................................................................ 45

Gráfico 4: Filhos ........................................................................................................ 45

Gráfico 5: Quantidade de filhos ................................................................................. 46

Gráfico 6: Tempo de empresa ................................................................................... 46

Gráfico 7: Cargo ocupacional .................................................................................... 47

Gráfico 8: Tempo de ocupação de cargo .................................................................. 47

Gráfico 9: Comunicação interna ................................................................................ 49

Gráfico 10: Comunicação com Supervisor ................................................................ 50

Gráfico 11: Espírito de equipe no ambiente de trabalho ........................................... 51

Gráfico 12: Relação de amizade fora da empresa .................................................... 52

Gráfico 13: Liberdade para trabalhar ......................................................................... 53

Gráfico 14: Ótimo lugar para se trabalhar ................................................................. 54

Gráfico 15: Orgulho de trabalhar na empresa ........................................................... 55

Gráfico 16: Preocupação da empresa com o bem estar dos funcionários ................ 56

Gráfico 17: Ambiente de trabalho seguro .................................................................. 57

Gráfico 18: Salário de acordo com o mercado .......................................................... 58

Gráfico 19: Possibilidade de crescimento profissional .............................................. 59

Gráfico 20: Benefícios oferecidos .............................................................................. 60

Gráfico 21: Possibilidade de troca de emprego por uma proposta salarial maior ..... 61

Gráfico 22: Maquinário e equipamento suficientes .................................................... 62

Gráfico 23: Treinamento/ orientação ......................................................................... 63

Gráfico 24: Carga horária .......................................................................................... 64

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 11

1.1 OBJETIVOS ................................................................................................. 12 1.1.1 Objetivo geral ............................................................................................ 12 1.1.2 Objetivos específicos ................................................................................ 12 1.2 JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 12

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................... 14

2.1 ESCOLA DAS RELAÇÕES HUMANAS ........................................................ 14 2.2 ESCOLA COMPORTAMENTAL ................................................................... 16 2.3 ENDOMARKETING ...................................................................................... 20 2.4 CULTURA ORGANIZACIONAL .................................................................... 23 2.5 CLIMA ORGANIZACIONAL .......................................................................... 25 2.6 MOTIVAÇÃO ................................................................................................ 27 2.7 LIDERANÇA ................................................................................................. 29 2.8 COMUNICAÇÃO .......................................................................................... 30 2.9 GESTÃO DE PESSOAS ............................................................................... 32 2.10 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO ...................................................... 34 2.10.1 Saúde e Segurança ................................................................................. 37

3 METODOLOGIA ............................................................................................. 40

4 RESULTADOS ................................................................................................ 42

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO .................................................... 42 4.2 RESULTADOS DA PESQUISA DE CAMPO ................................................. 43 4.2.1 Perfil socioeconômico................................................................................ 43 4.2.2 Fatores motivacionais ................................................................................ 48 4.2.3 Fatores higiênicos ..................................................................................... 56 4.3 ANÁLISE GLOBAL DOS RESULTADOS DA PESQUISA ............................. 64 4.4 SUGESTÕES ............................................................................................... 67

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 71

REFERÊNCIAS .................................................................................................. 73

APÊNDICES ...................................................................................................... 77

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1 INTRODUÇÃO

Nos últimos anos tem sido desgastante o esforço empreendido pelas

organizações para sobreviver, assim como tem sido grande os desgastes dos

trabalhadores modernos. Segundo Robbins (2000) este fato ocorre devido às

mudanças que estão transformando a economia: a globalização; as revoluções

tecnológicas, especialmente nas áreas de computação, telecomunicações e

informações; crescimento de alguns setores de trabalho e declínio de outros;

diversidade cultural; mudanças nas expectativas; aumento do espírito empreendedor

e clientes mais inconstantes e exigentes.

A pesquisa dentro da área de Gestão de Pessoas que se realiza neste estudo

busca relatar que a excelência das organizações é devido ao ser humano, E por

conseqüência das mudanças dos negócios, a principal vantagem competitiva das

empresas procede das pessoas que nelas trabalham (CHIAVENATO, 1999). Desta

forma, as organizações estão se preocupando cada vez mais com a satisfação dos

seus funcionários, mudando seus conceitos, implicando em profundo respeito pelas

pessoas.

Neste sentido, podemos destacar que uma pesquisa de Endomarketing é uma

alternativa para analisar a satisfação dos clientes internos e identificar o atual clima

organizacional, para posteriormente sugerir modificações na organização,

alcançando um ambiente excelente. O Endomarketing visa analisar fatores

preponderantes e determinantes da satisfação do cliente interno e seus reflexos

dentro de uma organização. A palavra “Endo” provém do grego e quer dizer “ação

interior ou movimento para dentro”. Endomarketing é, portanto, marketing para

dentro (BRUM, 1998). Como Kotler (2000) aponta, o marketing interno deve

preceder o marketing externo. “Não faz sentido prometer serviço excelente antes

dos funcionários da empresa estarem prontos para fornecê-lo.”

A empresa Artefatos de Cimento Silveira, onde o projeto foi desenvolvido foi

fundada no dia 18 de junho de 2004, tratando-se de uma empresa de pequeno

porte, constituída na produção de artefatos de cimento. A mesma está localizada na

Rodovia SC 408, Km 08, na cidade de Biguaçu – SC. Com o objetivo de atender as

necessidades do ramo de construção civil, a empresa vem se aprimorando e

aumentando sua capacidade de produção, investindo em maquinários e transportes

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de carregamento para suprir suas necessidades e servir seus clientes com

profissionalismo.

Devido ao absenteísmo que vem ocorrendo na empresa, e a expectativa de

expandir-se no mercado atual, surge à disponibilidade de fazer um estudo dentro da

área de gestão de pessoas, partindo dos responsáveis pela organização, em

conjunto com a acadêmica, o interesse de analisar a satisfação de seus clientes

internos, pois a empresa vem evoluindo ligeiramente, e acredita que seus

funcionários estando satisfeitos refletirá diretamente na organização.

Sendo assim este trabalho relata a importância de ações de Endomarketing

para as organizações, e tendo como objetivo principal propor o mesmo à empresa

Artefatos de Cimento Silveira.

1.1 OBJETIVOS

Após uma breve exposição do tema, apresentam-se na seqüência os

objetivos gerais e específicos deste trabalho.

1.1.1 Objetivo geral

Analisar o grau de satisfação dos clientes internos da empresa Artefatos de

Cimento Silveira em Biguaçu, no período de março a novembro de 2009, e

posteriormente propor ações de Endomarketing.

1.1.2 Objetivos específicos

• Identificar o perfil dos clientes internos;

• Analisar os aspectos que influenciam na satisfação do cliente interno;

• Sugerir ações para melhora da satisfação do cliente interno.

1.2 JUSTIFICATIVA

A satisfação do cliente interno é fundamental para a existência e o

crescimento de uma organização. Sendo assim torna-se viável que desde a sua

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existência as empresas compartilhem suas visões com os seus funcionários (BRUM,

1998).

Desta maneira, as organizações devem rever seus conceitos de satisfação de

funcionários, pois ações de Endomarketing à torna mais humanizada, criando um

ambiente de integração com superiores, colegas, com o próprio ambiente de

trabalho; visando sempre à compreensão das necessidades dos clientes internos,

melhorando assim o bem-estar dos mesmos e a eficácia da empresa.

O mérito de estudar a satisfação do cliente interno na empresa Artefatos de

Cimento Silveira surgiu a partir de observações superiores em conjunto com o

interesse da acadêmica, sendo assim, o estudo torna-se viável não apenas para o

projeto de conclusão do curso da mesma, mas também trará grandes benefícios

para seus funcionários e para a organização. De modo que eleve a satisfação dos

funcionários, gerando um clima organizacional favorável, e acarretará em um

aprendizado avançado sobre o tema para a acadêmica. Além de proporcionar a

Universidade um importante material para consulta.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Com o objetivo de analisar a satisfação dos clientes interno da empresa

Artefatos de Cimento Silveira, apresenta-se na fundamentação teórica o

desenvolvimento dos seguintes temas: Escola das Relações Humanas, Escola

Comportamental, Endomarketing, Cultura Organizacional, Clima Organizacional,

Motivação, Liderança, Comunicação, Gestão de Pessoas, Qualidade de Vida no

Trabalho e Saúde e Segurança.

2.1 ESCOLA DAS RELAÇÕES HUMANAS

A Escola das Relações Humanas foi à primeira teoria administrativa a discutir

a importância do ser humano dentro da organização, ela surgiu a partir de 1927,

com os estudos e experiências realizadas pelos professores da universidade de

Hadvard na Western Eletric uma fábrica de equipamentos elétricos de Hawthorne

(MOTTA E VASCONCELOS, 2006).

A experiência de Hawthorne foi coordenada por Elton Mayo, que se estendia

à acidentes de trabalho, fadiga, rotatividade de funcionários e as condições de

trabalho sobre a produtividade dos mesmos (CHIAVENATO, 2002; MOTTA e

VASCONCELOS, 2006; RIBEIRO, 2003; SILVA, 2004).

Em relação aos resultados da experiência de Hawthorne, Chiavenato (2001)

Ribeiro (2003) e Silva (2004) mencionam que a experiência passou por quatro fazes:

Na primeira fase o objetivo era verificar o efeito da iluminação sobre a

produtividade. Como resultado observou-se que os fatores psicológicos prevalecem

sobre os fatores fisiológicos, sendo que para a eficiência na produtividade dos

trabalhadores, depende tanto das condições físicas como das condições

psicológicas (MOTTA e VASCONCELOS, 2006).

A segunda fase teve como objetivo observar as relações sociais entre os

funcionários. Ao final desta fase viu-se que um ambiente amistoso de trabalho

aumenta a satisfação dos funcionários (RIBEIRO, 2003).

Na terceira fase o objetivo era aprofundar-se nas relações humanas.

Descobriu-se aí a existência da organização informal. Os padrões e as normas

formais dos grupos são influenciados por elementos de sua cultura e hábitos

próprios que refletem características de sua socialização. Em relação aos grupos

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informais Motta e Vasconcelos (2006) e Chiavenato (2002, p. 140) sustentam que a

partir desta experiência as empresas passaram a ser vistas como uma organização

social composta de grupos sociais informais, cuja estrutura definida nem sempre era

a mesma da organização. Nos grupos informais os indivíduos vão assimilando suas

atitudes e definem suas regras de comportamento, objetivos, crenças, expectativas,

formas de recompensas ou sanções sociais, valor social, etc.

Em complemento a esta posição Chiavenato (2002, p. 144) sustenta que: A colaboração humana é determinada mais pela organização informal do que pela organização formal. A colaboração é um fenômeno social, não-lógico, baseado em códigos sociais, convenções, tradições, expectativas e modos de reagir às situações. Não é questão de lógica, mas de psicologia. Dentro desse espírito, a teoria das relações humanas trouxe novas dimensões e variáveis para a TGA.

A quarta fase teve como objetivo verificar a relação entre a organização

informal dos empregados e a organização formal da empresa. Viu-se que quando

existe um conflito entre as diretrizes da organização formal e informal a tendência é

a diminuição da produtividade. Em relação a esta constatação Chiavenato (2002) e

Ribeiro (2003) apontam que o nível de produção e eficiência dos trabalhadores é

determinado por normas sociais e experiências grupais. A execução das tarefas

depende da integração do indivíduo em relação ao grupo, sendo assim, quanto

maior a integração do grupo maior será a produtividade dos mesmos.

Com a experiência de Hawthorne viu-se que a relação entre produtividade e

moral, fez com que a grande possibilidade de os trabalhadores atingirem os

objetivos da organização formal, fosse levantando a moral dos indivíduos. Fazendo

com que os trabalhadores pudessem realizar tarefas desconhecidas, e tomar suas

próprias decisões sobre a execução das mesmas, variando com a situação e com o

padrão de liderança adotado pela organização. Deixando claro, que o tipo de

liderança democrático, se tornaria o mais eficaz, pois o empregado tinha plena

liberdade de opinar sobre suas próprias tarefas, contribuindo para seu próprio

aperfeiçoamento (MOTTA e VASCONCELOS, 2006, p. 55).

Motta e Vasconcelos (2006, p. 48) revelam que a escola das relações

humanas foi divulgada e desenvolvida apenas em 1930, com uma grande crise

capitalista que ocorria no mundo. Enquanto buscavam-se soluções para a economia,

conseqüentemente o aumento da produtividade e a redução dos custos recaíam

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sobre os empresários e administradores. Sendo assim os autores acreditam que a

escola foi construída com o objetivo de “aumentar a lucratividade por meio da

diminuição dos custos oriundos dos conflitos internos da empresa”.

Em resumo, os resultados de todas essas experiências mostraram que os comportamentos no trabalho não são apenas as conseqüências de salários e das aptidões técnicas dos indivíduos. Existem necessidades afetivas complexas envolvendo aspectos motivacionais. Conhecer esses fatores passa a ser um aspecto importante da administração (MOTTA e VASCONCELOS, 2006, p. 56).

Para Ribeiro (2003, p. 61), a experiência de Hawthorne, sem dúvida revelou a

importância do fator social para o sucesso de uma organização. Destacando que a

integração de funcionários influencia sim, na produção.

Portanto a experiência de Hawthorne permitiu o delineamento dos princípios

básicos da Escola das Relações Humanas. Destacando que através da mesma é

que pode-se perceber que o nível de produção é determinado pela expectativa do

grupo informal, onde o mesmo espera o reconhecimento para produzir mais.

2.2 ESCOLA COMPORTAMENTAL

A escola comportamentalista, teve origem como um desdobramento da Teoria

das Relações Humanas, que surge com o objetivo de aplicar literalmente as

relações humanas nas organizações, dando um novo direcionamento para a

administração das mesmas, e valorizando o comportamento do individuo (SILVA,

2004).

Silva (2004), Ribeiro (2003), Motta e Vasconcelos (2006) afirmam que o

comportamentalismo visa explicar os fenômenos sociais por meio do comportamento

dos indivíduos e que influências causam os mesmos. A escola tem como enfoques

principais a liderança e a motivação que são analisadas pelos principais autores

desta escola, são eles: McGregor, Maslow, Alderfer, Herzberg, McClelland e Vroom.

De acordo com Motta e Vasconcelos (2006), Ribeiro (2003) e Silva (2004)

McGregor contribui por meio das Teorias X e Y para o estudo do comportamento

humano:

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• Na Teoria X o ser humano é visto como preguiçoso e indolente, sem desejo

de responsabilidade, sem criatividade para solucionar problemas, ingênuo e

sem iniciativa, ou seja, avesso ao trabalho e o evitará sempre que possível.

• Na Teoria Y o ser humano é trabalhador, responsável, esforçado, dedicado e

criativo desde que estimulado, sendo assim a motivação torna-se uma

necessidade social, de estima e auto-realização.

A partir destas duas visões, McGregor acredita que a motivação, o potencial e

a capacidade de assumir responsabilidades estão presentes no ser humano. As

organizações então tendem a estimular o desenvolvimento destas, dando-lhes

oportunidades, removendo obstáculos e dando razões para seus potenciais

(RIBEIRO, 2003, p. 74).

Ainda para Ribeiro (2003) e Motta e Vasconcelos (2006), outro autor muito

conhecido da escola comportamental é Maslow que estudou a motivação humana.

Segundo Maslow o ser humano tem necessidades complexas que podem ser

hierarquizadas.

Ribeiro (2003), Motta e Vasconcelos (2006) ainda comentam que Maslow

após suas experiências chegou à conclusão de que o comportamento do ser

humano é dirigido primeiramente para a as necessidades fundamentais básicas, e

essenciais relacionadas à sua fisiologia e a segurança. Após satisfazer as

necessidades básicas, o indivíduo procura satisfazer suas necessidades sociais, e

então suas necessidades de auto-estima, e finalmente a necessidade que ocupa o

topo da pirâmide da hierarquia da necessidade: a auto-realização.

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Figura 01: Pirâmide das Necessidades de Maslow Fonte: SILVA, 2004.

Ribeiro (2003) salienta a contribuição de Alderfer para a escola, ele observa

as necessidades dos indivíduos, que são classificadas pelo autor em:

• Existência – relacionado às necessidades básicas;

• Relacionamento – desejo de manter relacionamentos interpessoais;

• Crescimento – desejos intrínsecos de desenvolvimento pessoal.

Herzberg também teve seu marco na escola comportamentalista, definindo a

teoria dos dois fatores de motivação no trabalho (RIBEIRO, 2003):

• Internos: responsabilidade, reconhecimento e realização (fatores

motivacionais);

• Externos: condições de trabalho, benefícios, salários, ambiente físico (fatores

higiênicos).

Segundo Herzberg se os fatores externos estiverem de acordo com as

expectativas das pessoas, isso pode aumentar a satisfação das mesmas ou apenas

evitar uma insatisfação, ao contrário pode trazer insatisfação dos mesmos. Em

relação à satisfação no cargo, depende do fator interno e a insatisfação do mesmo é

causada pelo fator externo (MOTTA e VASCONCELOS, 2006).

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Ribeiro (2003) sustenta que Herzberg então propõe o enriquecimento de

tarefas, ou seja, a substituição de tarefas simples por tarefas cada vez mais

complexas, possibilitando o desenvolvimento profissional e pessoal do indivíduo,

como forma de motivação dentro da empresa.

Segundo Motta e Vasconcelos (2006) e Ribeiro (2003) McClelland foi outro

autor que trouxe grande benefício para a escola. Ele desenvolveu uma teoria

contingencial para a motivação, propondo três fatores úteis para o entendimento do

comportamento humano no trabalho. Estes fatores são:

• Realização: necessidade que o próprio indivíduo tem para alcançar sucesso

em suas tarefas, seguindo para atingir o padrão de rendimento interno ou

comparativo.

• Poder: algumas pessoas podem ter a necessidade de controlar e de

comandar outras pessoas.

• Afiliação: necessidade de se sentir parte de um grupo, ou de ser aceito por

todos.

A partir de suas experiências McClelland observa que o indivíduo pode mudar

seu perfil se desejá-lo e for consciente do ato, mas para isso terá que mudar os

objetivos de seu grupo de referencia. O autor menciona que quando o indivíduo tem

interesse em mudar, é aconselhado e recebe suporte, a estrutura funciona

corretamente (MOTTA e VASCONCELOS, 2006).

E por fim Ribeiro (2006) cita Vroom, o mesmo afirma que a atitude do

individuo depende de suas expectativas alcançadas com seu próprio esforço,

acreditando que sua participação pode acarretar em uma promoção ou premiação.

O indivíduo satisfeito com ele mesmo em suas necessidades irá se empenhar mais

em suas funções dentro da organização para então ser reconhecido

profissionalmente. Tornando as organizações um ambiente competitivo, onde os

trabalhadores para exigir suas condições de trabalho adequadas precisam alcançar

seus resultados, podendo frustrar a expectativa e motivação dos trabalhadores se a

mesma não for alcançada.

Neste tópico foi abordada a escola comportamentalista que segundo Ribeiro

(2006) foi bem descritivo em seus estudos, definindo exatamente o mais adequado

para as organizações, mas pouco prescritiva, não definindo como fazer e que

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caminhos deveriam ser seguidos. Ela estudou, analisou e detalhou o comportamento

humano dentro das organizações, procurando ter uma visão geral da situação e dos

fatores que influenciam o rendimento dos trabalhadores, mas falhou na

aplicabilidade na prática dos mesmos. No tópico a seguir será apresentado o

“Endomarketing” sua definição, conceito, objetivo e função na visão de Bekin, Brum

e Cerqueira.

2.3 ENDOMARKETING

A partir do entendimento sobre a importância de um bom relacionamento com

os funcionários e do papel destes, frente à competitividade das organizações Bekin

(1995 e 2004), Brum (1994 e 1998) e Cerqueira (1994) desenvolvem pesquisas

sobre Endomarketing, ou seja, marketing para o público interno. Para um melhor

entendimento sobre este tema a seguir são apontados e analisados alguns

conceitos encontrados na literatura destes autores sobre Endomarketing.

O Endomarketing foi registrado por Bekin (2004), que o conceitua como

“ações de marketing voltadas para o público interno da empresa, com o fim de

promover entre seus funcionários e departamentos valores destinados a servir o

cliente”.

Endomarketing para Brum (1994) “é um conjunto de ações de marketing para

o público interno. São ações que a empresa deve utilizar adequadamente para

vender sua imagem aos funcionários e seus clientes”. O autor acredita que o

Endomarketing é uma decorrência de necessidades de se motivar pessoas para os

programas de mudanças.

Cerqueira (1994) cita o Endomarketing como “projetos e ações que uma

empresa deve empreender para consolidar a base cultural do comprometimento dos

seus funcionários com o desenvolvimento adequado das suas diversas tecnologias”.

Com tudo o autor acredita que o retorno será a melhora na comunicação, no

relacionamento e o estabelecimento de uma base motivacional para o

comprometimento entre as pessoas e das pessoas com o sistema organizacional.

A análise comparativa apresentada a seguir descreve a definição, o objetivo e

a função do Endomarketing na visão de Bekin (2004), Brum (1998) e Cerqueira

(1994).

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FUNDAMENTOS BEKIN BRUM CERQUEIRA

DEFINIÇÃO

Ações gerenciais de marketing, eticamente dirigida ao público interno das organizações, focado no lucro.

Conjunto de ações de marketing para o publico interno.

Conjunto de processos, projetos ou veículos de comunicação integrada que permite a venda, a consolidação de uma nova imagem para dentro da empresa.

CONCEITO

Processo cujo foco é analisar sintonizar e sincronizar, para implantar e operacionalizar a estrutura organizacional de marketing da empresa.

Motivar funcionários para mudanças na organização.

Procurar estabelecer e consolidar a idéia da construção de uma nova empresa voltada para a excelência.

OBJETIVO

Fazer com que os diversos departamentos e seus funcionários compartilhem os valores e objetivos das empresas.

Tornar comum, entre funcionários de uma mesma empresa, objetivos, metas e resultados.

Estabelecer um norte cultural.

FUNÇÃO

Obter resultados eficientes para a empresa, atraindo e retendo seus clientes internos.

Aproximar a empresa ao funcionário.

Motivar para alcançar o comprometimento.

Quadro 01: Comparativo das abordagens do Endomarketing. Fonte: Adaptado de INKOTTE, 2000, p. 57.

Diante do exposto, Bekin (2004) considera que a realização de ações de

Endomarketing dentro das organizações pode unir os funcionários à empresa,

resultando no compartilhamento de objetivos e valores, que são destinados a servir

os clientes da mesma.

Brum (1998) acredita que a mudança no ambiente empresarial é um ato

comum, e que afeta as pessoas. Contudo surge a importância da comunicação com

os funcionários dentro das empresas. Os funcionários estando informados sobre os

acontecimentos e objetivos futuros da empresa, o mesmo pode se tornar um ser

comprometido com a empresa.

De acordo com Cerqueira (1994), as empresas devem motivar para

conquistar o comprometimento de seus funcionários, para a melhora do

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relacionamento interpessoal, assim tornando o clima da organização agradável

buscando melhorar os índices de produtividade.

Como podemos observar Bekin (2004), Brum (1998) e Cerqueira (1994) têm

visões similares em relação ao Endomarketing, onde apontam que a informação e a

motivação devem andar juntas nas organizações.

Sendo assim os autores acreditam que os dirigentes de empresas nos dias

atuais têm o desafio de transformar seus funcionários em aliados, focando na

comunicação interna, incentivando a criatividade e a liberdade de informação e

expressão, trabalhando-os de uma forma muito simples deixando com que os

sentimentos, idéias e atitudes se transmitam de um indivíduo para outro, dentro da

própria organização.

Cerqueira (1994) ainda sustenta que para realizar um projeto de

Endomarketing a empresa deve empreender para consolidar a base cultural do

comprometimento dos seus funcionários, visando:

• A prática dos valores estabelecidos como base da nova cultura;

• A manutenção de um clima ideal de valorização e reconhecimento das

pessoas;

• A obtenção de índices maiores de produtividade e qualidade, com a

conseqüente redução de custos;

• O estabelecimento de canais adequados de comunicação interpessoal, que

possam afetar o sistema organizacional;

• A melhoria do relacionamento interpessoal;

• O estabelecimento da administração participativa;

• A implantação de ações gerenciais preventivas.

Brum (1994) salienta que a empresa utilizando de programas participativos na

comunicação interna, é capaz de estabelecer relacionamentos integrados entre os

funcionários, podendo gerar um maior comprometimento de todos, onde

possivelmente refletirá num índice maior de qualidade e produtividade.

Vivemos o fim da revolução e a era da reinvenção, da mudança pacífica. Isso significa que somente num clima favorável é possível gerar novas idéias, fomentando novas descobertas, estruturas e dimensões sociais. Os cenários de mudança são muitos e, por

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entender que o que “quebra” uma empresa não é propriamente a mudança, mas a incapacidade das pessoas em se adequar a ela, muitos empresários estão preocupados em estabelecer um clima organizacional favorável, em que os funcionários os ajudem a fazer o que precisa ser feito para se adaptar e sobreviver (BRUM, 1998).

Brum (1998) concorda com Elton Mayo, quando ele considera que a

qualidade é alcançada através do resultado de pessoas felizes fazendo seu trabalho.

Diante do exposto podemos afirmar que o Endomarketing, é uma importante

ferramenta para o sucesso das organizações, pois o mesmo pode transformar os

seus funcionários em multiplicadores da imagem da empresa e dos seus produtos e

serviços, desde que os mesmos estejam satisfeitos.

O Endomarketing, portanto é uma forte conexão estabelecida entre empresa

e funcionário, e que precisa ser mantida (BEKIN, 2004; BRUM, 1994; e

CERQUEIRA, 1994). E para mantê-la, as organizações devem obter o respeito de

seus funcionários, e fazer com que os mesmos girem em torno de seus objetivos

com auxilio de sua cultura organizacional, onde as pessoas têm os valores e

princípios da empresa esclarecidos, deixando-os orgulhosos de fazer parte de uma

organização transparente e focada no sucesso.

Sendo assim, apesar de partirem de origens de abordagem distintas,

Cerqueira (1994), Brum (1998) e Bekin (1995) compartilham de várias referências

como suporte para a conceituação e desenvolvimento do Endomarketing.

2.4 CULTURA ORGANIZACIONAL

A cultura organizacional é o sistema de ações, valores e crenças

compartilhados que se desenvolve numa organização e orienta o comportamento

dos seus membros (SHERMERHORN JR., HUNT e OSBORN, 1999 e

CHIAVENATO, 2002).

Na mesma concepção, Schein (1997 apud MOTTA e CALDAS, p. 274)

menciona que:

Cultura organizacional é o conjunto de pressupostos básicos que um grupo inventou, descobriu ou desenvolveu ao aprender como lidar com os problemas de adaptação externa e integração interna e que funcionaram bem o suficiente para serem considerados válidos e ensinados a novos membros como a forma correta de perceber, pensar e sentir em relação a esses problemas.

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Tomei e Brauntein (1993 apud GIRARDI, 2008, p. 214) sustentam que “a

cultura é a transmissão de normas e padrões de comportamento social, crenças e

outros manifestos humanos característicos de um a determinada comunidade”.

Toda sociedade independente de suas diferenças, filtra e adiciona seus

próprios costumes, criando suas próprias versões. Desta forma, as organizações

também filtram suas idéias, costumes e valores, globalizados, mas já

nacionalizados, de sua própria maneira. Entender as diferenças particulares de cada

organização, bem como o processo de sua formação, constitui em cultura

organizacional (MOTTA e CALDAS, 1997, p. 18).

Em perspectiva similar, Chiavenato (2004, p. 166) escreve que cultura

organizacional refere-se à maneira tradicional de pensar e fazer as coisas que são

de costume de uma organização, devendo passar os mesmos costumes aos novos

parceiros da organização, para que eles aprendam e concordam para serem aceitos.

Em complemento a essa posição, Robbins (1999, p. 377) salienta que a

cultura desempenha várias funções dentro da organização: cria definição entre uma

organização e outra, transmite um sentimento de identidade para os membros da

organização, facilita a geração de comprometimento, intensifica a estabilidade do

sistema social e serve como guia e molde para as atitudes e comportamento dos

empregados.

Segundo Chiavenato (2004, p. 164) no estudo das organizações, a cultura

equivale ao modo de vida da organização em todos os seus aspectos, como idéias,

crenças, costumes, regras, etc. Desta forma, todas as pessoas são rodeadas de

cultura diferentes, sendo assim os mesmos tendem a ver e julgar as outras culturas

a partir de suas culturas e seu próprio ponto de vista.

Para Shein (1989 apud MOTTA e CALDAS, 1997, p. 275), a cultura

organizacional deve ser analisada através de três níveis de manifestação:

• Artefatos visíveis: são os padrões visíveis de comportamento do ambiente. É

um nível de facilidade na obtenção das informações, mas de difícil

interpretação, pois nem tudo que se vê é o que realmente acontece

internamente na organização;

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• Valores: é o problema existente na diferença entre valores aparentes e os

valores em uso;

• Pressupostos básicos (inconscientes): são os valores que o grupo percebe,

pensa e sente.

A partir de estabelecida à cultura de uma organização, há práticas que atuam

para mantê-la, dando aos funcionários experiências semelhantes. O processo de

seleção, os critérios de avaliação de desempenho, as atividades de treinamento e

desenvolvimento de carreiras e os procedimentos de promoção asseguram que os

contratados devem seguir seu modelo de cultura (ROBBINS, 1999, p. 376).

Tavares (1993 apud GIRARD, 2008, p. 217) afirma que em empresas com

alta rotatividade de funcionários torna-se difícil transformar a cultura, pois a mudança

necessita de tempo e entrosamento do grupo para construir seus próprios limites,

sendo que tais limites atuam nos ambientes externos.

Para manter a cultura de uma organização, Robbins (1999, p. 379) tece

considerações de que é necessário representar forças na prática de seleção, nas

ações da administração de topo e nos métodos de solicitação. E para que isso

ocorra as empresas devem ficar atentas ao clima organizacional, pois para os

funcionários enfrentarem as mudanças, e trabalhar com o mesmo objetivo da

organização, o clima interno deve estar de acordo com suas expectativas.

Na mesma visão Knapik (2003, p. 13) tece considerações de que cultura e

clima são coisas parecidas, faz sempre menção à cultura quando se refere ao clima.

Isso porque a cultura influencia muito o clima da empresa.

2.5 CLIMA ORGANIZACIONAL

No ambiente organizacional o indivíduo busca, satisfazer suas necessidades

grupais e de auto-realização. No entanto, sabe-se que estes objetivos nem sempre

são alcançados, pois existem inúmeros fatores que influenciam nas relações de

trabalho e na satisfação dessas necessidades, sendo necessário assim à existência

de um clima organizacional harmonioso, para benefício de ambos (LUZ, 1995).

O clima organizacional é um fenômeno resultante da interação dos elementos

da cultura organizacional. Decorre dos elementos culturais, valores, políticas,

tradições, estilos gerenciais, comportamentos, expressões dos indivíduos envolvidos

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no processo e também resultante do conjunto de instrumentos, conhecimentos e

processos operacionais da organização (EDELA, 1978).

Em complemento a esta posição Abbey, Dickson (1983 apud FREITAS, 2008)

e Litwin (apud LUZ, 1995) conceituam clima organizacional como a qualidade ou

propriedade de um ambiente organizacional interno, que resulta do comportamento

e conduta dos seus membros, serve como uma base para interpretar a situação, e

age também, como uma fonte de pressão direcionando as atividades.

Para Luz (1995, p. 6) clima organizacional “é o reflexo do estado de espírito

ou ânimo das pessoas, que predomina numa organização, em um determinado

período”.

Na mesma linha Peltz e Andrews (1996, apud SARTOR, SARTOR e

RIZZATTI, 2003) sustentam, afirmando que os fatores que influenciam em um clima

organizacional favorável são: liberdade, comunicação, diversidade, dedicação,

motivação, satisfação, similaridade, criatividade, idade e grupos.

Uma visão oposta é apresentada por Litwin e Stringer (1996, apud SARTOR,

SARTOR e RIZZATTI, 2003), onde os autores acreditam que o clima pode ser criado

pelo estilo de liderança imposta pelos dirigentes e pelo modo em que o mesmo é

exercido, influenciando no desempenho e no comportamento das pessoas e da

organização.

Cabe evidenciar que o clima da organização pode envolver a moral e a

satisfação das necessidades dos colaboradores da mesma, podendo ser saudável

ou doentio, negativo ou positivo, quente ou frio, satisfatório ou insatisfatório, isso

depende de como os funcionários se sentem dentro da organização (CHIAVENATO,

2002).

Na mesma linha Luz (1995) menciona que os fatores que ocorrem no

ambiente interno, podem refletir permanentemente no clima organizacional, pois o

mesmo envolve a relação empresa e funcionário. Já os acontecimentos no ambiente

externo não afetam diretamente o clima da organização, mas podem provocar um

estado de ânimo dos funcionários.

O autor ainda cita os fatores que afetam o clima organizacional em sua visão:

• Conflitos intra-organizacionais;

• Fatores positivos e negativos da organização;

• Fatores externos à organização.

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Pimenta (2004) e Luz (1995) mencionam que o clima organizacional ainda

pode influenciar na qualidade e na produtividade dentro das empresas. Destacando

que o mesmo também tem efeito direto sobre a satisfação e a motivação dos

funcionários dentro das organizações.

Em complemento a esta posição Chiavenato (2002) afirmando que o clima e a

satisfação do funcionário poderão refletir em toda a estrutura da empresa, onde o

fator do bom ou mau desempenho da mesma será o comportamento e a forma de

relacionamento dos funcionários.

Diante do exposto, podemos perceber que há autores que divergem nos

fatores que influenciam o clima da organização. De uma forma mais abrangente

podemos analisar que esses fatores podem ser de motivação ou de liderança,

considerando que a avaliação individual influencia o comportamento das pessoas

diante dos lideres na organização, motivando-as para a ação diária no ambiente de

trabalho.

2.6 MOTIVAÇÃO

De acordo com a teoria das necessidades de Maslow, entende-se a

motivação como uma força gerada por necessidades insatisfeitas e manifestada

como uma busca de satisfação destas necessidades. Assim, estar motivado significa

estar propenso a agir para satisfazer necessidades.

Silva (2004), Knapik (2006), Shermerhorn Jr., Hunt e Richard (1999)

conceituam a motivação como à força interna do indivíduo, pela qual impulsiona o

mesmo a tentar alcançar uma meta responsável pelo nível de direção e persistência

do esforço.

Motivar funcionários é um processo complexo e certamente uma tarefa difícil

para os gestores. Os autores afirmam ainda que não haja uma fórmula para obter

motivação e comprometimento (TACHIZAWA, FERREIRA E FORTUNA, 2001, p.

245).

Em perspectiva similar, Knapik (2006, p. 112) observa que a motivação é um

processo interno que deve ser estimulado pela organização, em sintonia com os

resultados esperados pela empresa. Conquistando seus colaboradores e oferecendo

um ambiente adequado e de conquistas.

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Shermerhorn Jr., Hunt e Richard (1999, p. 94) mencionam que a satisfação

dos colaboradores dentro da organização implica nas atitudes importantes e no

comportamento no local de trabalho. À medida que a pessoa se identifica e se sente

parte da organização, a vontade da mesma é de trabalhar duro para empregar

esforços além das expectativas normais.

A satisfação no trabalho influencia o absenteísmo. Os trabalhadores mais satisfeitos com seus empregados tendem a ter melhor registro de presença e estão menos propensos a faltar por motivos não-explicados do que os insatisfeitos. Ela também pode afetar a rotatividade (SHERMERHORN JR., HUNT E RICHARD, 1999, p. 94).

Pires (1996 apud TACHIZAWA, FERREIRA E FORTUNA, 2001, p. 246)

aponta o estresse como um motivo crucial para a motivação. Percebe-se que

desejos e realidades andam distantes para a maioria das pessoas, sendo assim a

tensão e a ansiedade dificultam as realizações profissionais. O autor comenta que

muitas vezes estamos num lugar, desejando estar em outro; fazemos uma coisa e

sonhamos com outra. Desta maneira não nos concentramos no que estamos

fazendo naquele momento. Portanto o autor sugere que as organizações criem

condições para a realização pessoal de seus colaboradores, pois só assim os

mesmos poderão reduzir seus níveis de ansiedade e estresse.

Herzberg (apud VERGARA, 2000, p. 45) observa que os fatores motivacionais

são intrínsecos; categorias como: salário, benefícios sociais, condições físicas de

trabalho, modelo de gestão, relacionamento com os colegas, higiene; estes deixam

de causar insatisfação às pessoas, mas não causam satisfação.

Shermerhorn Jr., Hunt e Richard (1999, p. 95) sugerem que para melhorar o

desempenho das pessoas deve-se torná-las felizes.

Motivar os funcionários e fazer com que os mesmos olhem na mesma direção

da organização é indispensável, e para que isso ocorra é necessário que haja

comunicação entre eles para adquirir um sentimento de comprometimento dos

funcionários. Que é de onde surge o Endomarketing, com bom desempenho das

empresas diretamente relacionado à motivação de seus funcionários e o grau de

importância atribuído a eles (BEKIN, 2004; BRUM, 1998 e CERQUEIRA, 1994).

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2.7 LIDERANÇA

O conceito de liderança foi desenvolvido pela Escola das Relações humanas,

e assumido pela Escola Comportamental como o lado humano da liderança, e

indicando que a mesma é fundamental para desempenho dos recursos humanos

(CHIAVENATO, 2002).

A Liderança pode ser definida como transformações que ocorrem nas

organizações, e que possuem a finalidade de estruturar suas equipes com

agilidades, motivando-as para proporcionar resultados eficazes, requerendo de um

comando gerência ou gestão de pessoas. A liderança tem sido mais discutida nos

últimos anos nas organizações, que a percebem imprescindível à qualidade de seus

serviços e produtos, para um melhor desenvolvimento de seus processos

(BARBOSA, 2007).

Em complemento a esta posição Kotter (2000, apud BARBOSA, 2007) tece

considerações de que a liderança tem sido mais comentada pelo fato de que as

organizações estão sempre em transformação por decorrência da competitividade

no mercado. Sendo necessário mudanças cada vez mais rápidas, requerendo assim

mais liderança. O autor destaca que “liderar é lidar com a mudança”.

Em outra perspectiva Drake e Smith (1983, apud BARBOSA, 2007) definem

liderança como comportamento, entendendo-o em função da personalidade e

situação. Para os autores a liderança é estabelecida entre influência e

comportamento de pessoas para e execução de tarefas.

Tannembaum; Weschler e Massarik (1972, apud BARBOSA, 2007) afirmam

que “liderança é a influência interpessoal, exercida em uma situação e dirigida

através do processo de comunicação, no sentido do atingimento de um objetivo

específico ou objetivos diversos”.

Ser líder na visão de Montmorensy (1998, p. 64), significa conquistar os

indivíduos para juntos ampliar as possibilidades e objetivos empresariais. A

liderança está entre uma das principais causas de satisfação no trabalho. Ser um

bom líder e criar condições possíveis para que a organização seja um lugar

aprazível e que as pessoas possam desenvolver e realizar seus potenciais. No

contrario pode-se estabelecer o caos.

Viana (1997 apud TACHIZAWA, FERREIRA E FORTUNA, 2001, p. 245)

sustenta que:

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O líder deve estar sempre procurando conhecer os fatores de motivação de sua equipe. Para tanto, deve indagar das aspirações de seus colaboradores e verificar se a organização tem sido capaz de satisfazê-las. De fato, é difícil imaginar que alguém possa imaginar que alguém possa perseguir com afinco os objetivos de uma organização que não lhe dê condições de realizar seus sonhos e seus objetivos pessoais.

Na mesma linha Almeida (1992) salienta que as atitudes, a moral, a

motivação e as expectativas das pessoas são partilhadas pelos sentimentos e

dedicação que as mesmas têm pelo seu trabalho e pela organização em que atuam.

Sendo os mesmos, fruto da liderança eficaz e da política de gestão a que as

pessoas estão sujeitas.

Segundo Maquiavel (apud SMITH e PETERSON, 1994) para uma liderança

eficaz é necessário que haja uma manutenção de um fluxo adequado de

informações sobre o assunto a ser decidido e a consideração das alternativas que

permitissem que a decisão fosse a mais apropriada.

Kotter (apud CHIAVENATO, 2002) indica que para uma liderança centralizada

deve-se estabelecer uma direção, alinhar as pessoas, motivar e inspirar.

Na visão de Chiavenato (2002) existem quatro estilos de liderança:

• Autoritário e explorador: típico da gerência baseada na punição e no medo.

• Autoritário benevolente: típico da gerência baseada na hierarquia.

• Consultivo: baseado na comunicação vertical descendente e ascendente,

com a maioria das decisões vindas do topo.

• Participativo: baseado no processo de decisão do grupo de trabalho que se

comunica entre si através de indivíduos que ligam componentes, lideres de

equipes ou outros que também fazem parte de um ou mais grupos.

Há divergências na opinião dos autores em relação à definição de liderança.

Então diante do exposto podemos perceber que, liderar equipes é mais que saber

conduzi-las para alcançar as metas, é exercer influência positiva, capaz por sua vez

de despertar comportamentos eficazes e produtivos.

2.8 COMUNICAÇÃO

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A comunicação nas organizações abrange todas as atividades de

comunicação, e apresenta maior amplitude, aplicando-se a qualquer tipo de

organização social. Segundo Kunsch (2003) a comunicação organizacional trata de

um conjunto de diferentes modalidades comunicacionais que ocorrem nas

organizações como: a comunicação institucional, a comunicação mercadológica, a

comunicação interna e a comunicação administrativa.

Para Bueno (2003) a comunicação nas organizações, refere-se a um conjunto

complexo de atividades, ações, estratégias, produtos e processos desenvolvidos

para criar e manter a imagem de uma empresa ou entidade.

Kunsch (2003) acrescenta que a comunicação possibilita o relacionamento da

organização com seu universo de públicos e com a sociedade em geral. E menciona

que a Comunicação Organizacional é composta por áreas que, têm, por sua vez,

seus próprios veículos e ferramentas para estabelecerem uma comunicação eficaz.

Em perspectiva similar Rego (1986) sustenta que:

O relacionamento que se propõe para a comunicação organizacional tem conseqüências para duas grandes categorias de mensagens: internas e externas. Inicialmente, ela repercurte sobre o nível interno, permitindo a criação e manutenção de um fluxo de informação que acolha todos os setores organizacionais, de modo a se compor um fluxo ágil e adequado de captação, tratamento e disseminação de mensagens. A nova comunicação, fruto do clima externo, incidirá principalmente sobre a eficácia, passando a ditar maior rapidez, clareza na transmissão de mensagens e bilateralidade, o que significa maior engajamento e participação dos empregados nos processos operacionais.

No ambiente empresarial, a ênfase que era dada à produção mudou para a

ênfase ao consumidor. Portanto, a empresa precisa, comunicar-se com a

comunidade, com o cliente, com os agentes governamentais, com os fornecedores,

enfim, com outras organizações e/ou agentes que também atuam nesse universo ou

rede da melhor forma possível. A comunicação assume um papel fundamental na

absorção e divulgação dos novos paradigmas empresariais, podendo agir como

poderosa ferramenta estratégica de gestão (OLIVEIRA e PAULA, 2006).

A comunicação organizacional, para as organizações que buscam alçar

objetivos definidos no planejamento estratégico, desempenha uma importante

função. Entender e administrar os variados públicos que afetam e são afetados pela

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empresa compõe um dos maiores desafios da comunicação nos dias atuais

(CARDOSO, 2006).

Na mesma concepção Pimenta (2004, p. 99) ainda acrescenta que na

comunicação empresarial encontram-se várias atividades, que “envolve métodos e

técnicas de relações públicas, jornalismo, assessoria de imprensa, lobby,

propaganda, promoções, pesquisa, endomarketing e marketing.” É fundamental que

a empresa faça um planejamento estratégico, defina seus objetivos, com o intuito de

construir uma imagem positiva da empresa, atendendo as exigências do mercado,

adequação das tarefas dos seus colaboradores, obtendo assim, melhoria nos seus

serviços, aumento da produtividade e, conseqüentemente, o lucro.

Cardoso (2006) sustenta que para as organizações que buscam alçar

objetivos definidos no planejamento estratégico, desempenha uma importante

função. Entender e administrar os variados públicos que afetam e são afetados pela

empresa compõe um dos maiores desafios da comunicação nos dias atuais.

Contudo para sobrevirem e tornarem-se competitivas no mundo globalizado,

as organizações necessitam criar mecanismos que auxiliem no processo de

transformação e que permite, em um contexto de redes de informação, maior

integração com os diversos agentes com que interagem (OLIVEIRA e PAULA,

2006).

Como podemos observar, a dimensão estratégica que a comunicação vem

assumindo nas organizações, sendo parte da cultura organizacional, assume um

papel amplo, que se refere a tudo que diz respeito à posição social.

2.9 GESTÃO DE PESSOAS

Gestão de pessoas, segundo Chiavenato (2004, p. 107), trata das ações e

atitudes desenvolvidas a partir de contatos entre pessoas e grupos. Cada pessoa

possui uma atitude própria e diferenciada, influenciando no comportamento de

pessoas em que convive.

Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2001, p. 25) mencionam que a gestão de

pessoas tem que prezar por valores, aprendizado e aperfeiçoamento e não por

regras e papéis.

Segundo Ribeiro (2006, p. 14) a gestão de pessoas tem como objetivo criar

oportunidades para as pessoas crescerem dentro da organização.

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O gerenciamento da gestão de pessoas deve se adequar à cultura da

organização, estrutura, ramo de atividade, características do contexto ambiental,

tecnologia aplicada, contudo, a gestão de pessoas é reconhecida como responsável

pelos processos internos da organização (CHIAVENATO, 2004, p. 6).

Para Gil (2001, p. 24), a gestão de pessoas vem ganhando espaço, pois

muitas empresas tratam seus funcionários realmente como parceiros, incentivando

sua participação nas decisões dentro da empresa.

Na mesma concepção, Chiavenato (2004, p. 10) enfatiza que as pessoas

podem ampliar ou limitar as forças e fraquezas da organização, dependendo da

maneira de como elas são tratadas. Desta forma, é necessário que as mesmas

sejam tratadas como elementos básicos para a eficácia organizacional.

Venturi (2006, p. 137) sustenta que o gestor de pessoas deve prestar atenção

no comportamento dos colaboradores, no desempenho e entender que estes são a

almas do sucesso nos negócios. O gestor tem que encontrar as competências e

habilidades dentro da organização e deve estabelecer planos de desenvolvimento

Chiavenato (2005, p. 7) observa que a gestão de pessoas é uma área da

organização muito sensível à mentalidade, e é situacional, pois engloba uma

infinidade de aspectos importantes da organização como: cultura, estrutura,

ambiente, organização, tecnologia, processos internos, entre outras.

Em perspectiva similar, Lawler III (2003 apud DEMO, 2005, p. 49) afirma que

tratar bem uma pessoa ou os colaboradores é fundamental para a consecução da

efetividade e do sucesso organizacional, segundo o autor tanto as organizações

quanto as pessoas precisam ser bem sucedidas. Tratar as pessoas bem de maneira

adequada requer liderança visionária, gerência preparadas e competentes, além de:

paciência, esforço, comprometimento e dedicação no sentido de construir um

ambiente de trabalho no qual, gerências e colaboradores se respeitem e se

valorizem.

Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2001, p.11) acrescentam que a gestão de

pessoas é uma condição fundamental para melhorar a comunicação entre as

pessoas dentro organização.

O contexto em que se situa a Gestão de pessoas é representado pelas organizações e pelas pessoas. Sem organização e sem pessoas não haveria a Gestão de Pessoas. Em resumo as organizações são constituídas de pessoas e dependem delas para

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atingir seus objetivos e cumprir suas missões. E para as pessoas, as organizações constituem o meio através do qual elas podem alcançar vários objetivos pessoais, com um custo mínimo de tempo, de esforço e de conflito (CHIAVENATO, 2004, p. 5).

Vale lembrar que as pessoas passam boa parte de suas vidas trabalhando

dentro das organizações, sendo que uma depende da outra para poder funcionar e

alcançar seus objetivos. De um lado, o trabalho toma um tempo de vida considerável

das pessoas, fazendo que as mesmas dependam da organização para atingir tanto

seus objetivos profissionais quanto pessoais. De outro lado, as organizações

dependem diretamente de pessoas para atingir seus objetivos globais e estratégicos

(CHIAVENATO, 1999, p. 4).

Dutra (2007, p. 24) destaca que as organizações e as pessoas, juntas,

proporcionam uma troca de competência. A organização transfere seu patrimônio

para as pessoas e as pessoas transferem para a organização seu aprendizado.

Nesse sentido, Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2001, p. 25) sugerem que a

administração de pessoas proporcione aos seus funcionários um ambiente

adequado e agradável, para que os mesmos tenham um estímulo de permanecer na

organização, pois se não for desta forma, a empresa é afetada, pelo fato de que

seus colaboradores é quem criam seus novos produtos e serviços quando estão

motivados e treinados.

Verifica-se, nessa perspectiva, que as organizações não podem deixar se

aprisionar por uma visão tradicional de gestão. O método de administração é uma

construção social, podendo ele ser modificado se seus colaboradores desejarem.

Todavia, se partirmos da hipótese de que o ser humano é responsável, criativo e

dotado arriscamo-nos a mudar nossa maneira de fazer, podendo essas atingir a

organização do trabalho e as suas condições. Tais modificações podem igualmente

atingir a hierarquia, transformar as políticas no tocante do pessoal, recrutar ou

realocar certos recursos e favorecer a criação de espaços de palavras em todos os

níveis (COLBARI et al, 1995, p. 125).

2.10 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

Juran (1991), Garvin (1992), Barros (1993), Ramos (1993) e Adair (1994)

(apud BÚRIGO, 1997, p. 25) mencionam que o conceito de qualidade de vida existe

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35

desde os anos 50, surgindo como uma função gerencial formal, provocando uma

evolução gradual no decorrer do tempo, até alcançar o status que possui hoje.

Na mesma linha, Rodrigues (1994 apud BÚRIGO, 1997, p. 30) sustenta que a

qualidade de vida no trabalho tem sido uma preocupação do homem desde sua

existência, pois a mesma vem sofrendo mudanças no decorrer do tempo.

Gil (2001, p. 46) considera que:

Durante muito tempo, ao falar-se em qualidade nas empresas, enfatizava-se principalmente a produção. Hoje, fala-se não apenas em qualidade no trabalho, mas também em qualidade de vida dos empregados. Isso significa que os empregados precisam ser felizes. Para que sejam produtivos, devem sentir que o trabalho que executam é adequado a suas habilidades e que são tratados como pessoas. Não se pode esquecer que parte significativa da vida das pessoas é dedicada ao trabalho e que para muitas o trabalho constitui a maior fonte de identificação pessoal. É natural, portanto, que almejam identificar-se com seu trabalho.

O termo qualidade de vida no trabalho é notável no comportamento dentro

das organizações. Expressa uma forma de pensar nas pessoas, nos seus trabalhos

e nas organizações. O comprometimento com a qualidade de vida no trabalho pode

refletir na participação, confiança, recompensa e poder de reação. Desta forma, o

comportamento organizacional ajuda a organização a atingir um alto desempenho e

ao mesmo tempo oferece aos seus membros uma real qualidade de vida no trabalho

(SHERMERHORN JR., HUNT e RICHARD, 1999, p. 34).

Atualmente a qualidade de vida no trabalho (QVT) refere-se à preocupação o

bem-estar e a saúde das pessoas em desempenho de suas funções dentro da

organização. A QVT envolve aspectos físicos, ambientais e psicológicos no local de

trabalho (CHIAVENATO, 2004, p. 448).

Fernandes (1996, p. 35) tece considerações de que a qualidade de vida no

trabalho pode ser usada pelas organizações de forma que as mesmas renovem

suas formas de organização no trabalho, eleve o nível de satisfação do pessoal e a

produtividade e contando com uma participação maior de seus colaboradores em

suas determinadas funções.

Bergeron (1982, apud FERNANDES, 1996, p. 43) menciona que:

A qualidade de vida no trabalho consiste na aplicação concreta de uma filosofia humanista pela introdução de métodos participativos, visando modificar um ou vários aspectos de meio-ambiente de

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trabalho, a fim de criar uma nova situação mais favorável à satisfação dos empregados e à produtividade da empresa.

Fernandes (1996, p. 44) considera que a qualidade de vida no trabalho

precisa de condições adequadas para se trabalhar, o autor destaca que existem

outras maneiras de melhorar o prazer dos funcionários no ambiente de trabalho,

repercutindo na produtividade, e não dependendo de um maior investimento com

mão-de-obra tecnologia. São meios organizacionais, ambientais e comportamentais

que, juntos e com uma boa administração, aumentam tanto o prazer quanto à

produção dos trabalhadores nas empresas.

Em complemento a esta posição, Chiavenato (2004, p. 449) aborda que a

qualidade de vida no trabalho envolve um conjunto de fatores, como:

• A satisfação com o trabalho executado;

• As possibilidades de futuro na organização;

• O reconhecimento pelos resultados alcançados;

• O salário percebido;

• Os benefícios auferidos

• O relacionamento humano dentro do grupo e da organização;

• O ambiente psicológico e físico de trabalho;

• A liberdade e responsabilidade de tomar decisões;

• As possibilidades de participar.

França e Rodrigues (1996, p. 121) sustentam que a qualidade de vida é uma

atitude diante da necessidade de manter empregados, ser reconhecido por

competência, desenvolver-se.

Para melhorar a qualidade de vida no trabalho Vieira e Hanashiro (1990 apud

BÚRIGO, 1997, p. 34) sugerem:

Melhorias nas condições de trabalho – com extensão a todas as funções de qualquer natureza e nível hierárquico, nas variáveis comportamentais, ambientais e organizacionais que venham juntamente com a política de Recursos Humanos condizentes, humanizar o emprego, de forma a obter-se um resultado satisfatório, tanto para o empregado como para a organização.

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Fernandes (1996, p. 46) sustenta que a qualidade de vida no trabalho deve

ser considerada como uma gestão dinâmica, pois as organizações e as pessoas

mudam constantemente, e de acordo com a realidade de cada empresa. Devem-se

atender atentamente os fatores físicos, sociológicos e psicológicos, pois os mesmos

interferem na satisfação dos indivíduos em situação de trabalho; sem deixar de

atender os aspectos tecnológicos, pois o mesmo afeta a cultura e interfere no clima

da organização, refletindo na produtividade e na satisfação dos empregados.

Em complemento a esta posição Chiavenato (2004) afirma que a QVT, não é

determinada apenas pelas características individuais ou situacionais, mas,

sobretudo pela situação sistêmica tanto das características individuais como das

organizacionais.

Na mesma concepção, Búrigo (1997, p. 38) menciona que as culturas de

cada organização são fatores que influenciam para incrementar o programa de

qualidade de vida no trabalho.

Viana (1994, apud BÚRIGO, 1997, p.37) acrescenta que a qualidade de vida

no trabalho vista como uma inserção mundial. Que engloba as instituições públicas

ou privadas, necessita de um modo de pensar aberto, que crê no auge da

percepção, com uma ação contínua de elaborar perfeitamente sobre a tentativa de

transformar o trabalho em prazer, colocando-o como fator principal da felicidade.

Desta forma, percebe-se que existem fatores intervenientes na qualidade de

vida das pessoas quando em situação de trabalho e que, dependendo do seu

competente gerenciamento, proporcionarão condições favoráveis imprescindíveis ao

melhor desempenho e produtividade (FERNANDES, 1996, p.46).

2.10.1 Saúde e Segurança

A saúde e segurança no trabalho, para proteção do trabalhador teve início na

década de 70, quando se verificou um esforço nacional, no sentido de o número de

acidentes do trabalho.

Ter saúde significa ter uma condição de bem-estar que inclui não apenas o

bom funcionamento do corpo, mas também um bem-estar espiritual e social (SILVA

e MARCHI, 1997, p. 25).

Segundo Chiavenato (2004), saúde é a ausência de doenças. Contudo, os

riscos de saúde físicos e biológicos, tóxicos e químicos, condições estressantes,

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podem provocar riscos no trabalho. Sendo assim, o ambiente de trabalho também

pode causar doenças.

Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2001, p. 229) consideram que para se obter

uma saúde adequada para os funcionários, é necessário que a segurança esteja em

primeiro lugar.

Vieira (2005, p. 36) acrescenta que segurança é a prevenção de perdas, e as

mesmas são geradas pela industrialização acelerada, necessidades econômicas,

agressões humanas ao meio ambiente; refletindo na segurança e na saúde dos

funcionários da organização, sendo que tais situações na maioria das vezes não

acontecem por falta de legislação ou de equipamentos de segurança adequada, mas

sim pela falta de conscientização de todos: funcionários, empresários, etc.

Vieira (2005, p. 40) ainda afirma que:

A segurança do trabalho é a parte de Engenharia que trata de reconhecer, avaliar e controlar as condições, atos e fatores humanos de insegurança os ambientes de trabalho, com o intuito de evitar acidentes com danos materiais e principalmente à saúde do trabalho.

Luthans (2002 apud ROSSI PERREWÉ e SAUTER, 2005, p. 126) cita a

saúde e a psicologia positiva, reivindicando um comportamento organizacional

positivo com enfoque em aumentar as forças dos seres humanos no trabalho, ao

invés de alterar seus pontos fracos.

Segundo Chiavenato (2004, p. 431) “a saúde de um empregado pode ser

prejudicada por doenças, acidentes ou estresse”.

Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2001, p. 229) afirmam que:

Criar e manter um ambiente de trabalho seguro e saudável é fundamental para as empresas que zelam pela sua imagem e preocupam-se com os crescentes custos decorrentes dos acidentes de trabalho e das doenças profissionais. Não resta dúvida de que o investimento aplicado à área do ambiente de trabalho resulta em maior produtividade e melhor qualidade de vida para os empregados.

Em complemento a esta posição, Chiavenato (2004, p. 431) acrescenta que

um ambiente de trabalho agradável pode melhorar o relacionamento entre as

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pessoas, aumentar produtividade, reduzir acidentes, doenças, absenteísmo e a

rotatividade de funcionários.

Vieira (2005, p. 41) sugere um treinamento para transmissão das práticas de

segurança, para que os próprios trabalhadores identifiquem os riscos nos quais

estão expostos podendo evitar problemas de saúde; desta forma fará com que os

mesmos se sintam parte ativa nos programas de segurança no trabalho. O autor

sustenta que tal programa é ótimo para aumentar a motivação de seus

colaboradores, gerando um estado de confiança mútua.

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40

3 METODOLOGIA O presente estudo de caso realizado na empresa Artefatos de Cimento

Silveira, teve como objetivo o clima organizacional e a satisfação de seus clientes

internos, iniciou-se com um levantamento bibliográfico, procurando esclarecer um

problema a partir de referências teóricas publicadas em artigos, livros, dissertações

e teses. Estes são meio de formação e constituem o procedimento básico para

estudos monográficos, pelos quais se busca o domínio do estado da arte sobre

determinado tema (CERVO, BERVIAN E SILVA, 2007).

A pesquisa caracterizou-se como exploratória, descritiva e

predominantemente quantitativa de dados. Segundo Lakatos e Marconi (1999) “o

estudo exploratório enfatiza a descoberta de idéias e discernimentos”. A “pesquisa

descritiva tem como objetivo primordial à descrição das características de

determinada população ou fenômeno ou, então o estabelecimento de relações entre

variáveis” (GIL, 2002, p. 41). E a pesquisa quantitativa segundo Barbetta (1998), é

quando os possíveis resultados de uma variável são números, a mesma é

apropriada para medir tanto opiniões, atitudes e preferências como comportamentos.

Para levantamento de dados, primeiramente utilizou-se de dados primários.

Os dados primários são feitos pelo próprio pesquisador, de acordo com as

necessidades específicas da pesquisa em andamento (MATTAR, 2001, p. 48). Tais

dados foram coletados por meio de questionário, com perguntas objetivas, sem a

necessidade de identificação do respondente, sendo que o mesmo precisava

escolher entre as opções constantes do questionário para tornar possível a

identificação do perfil socioeconômico e os fatores motivacionais e higiênicos que

influenciam a satisfação no clima da organização. Para “toda pesquisa implica o

levantamento de dados de variadas fontes, quaisquer que sejam os métodos ou

técnicas empregados. É a fase da pesquisa realizada com intuito de recolher

informações prévias sobre o campo de interesse” (LAKATOS E MARCONI, 1999, p.

64).

Na pesquisa de campo foi elaborado um instrumento de coleta de dados –

questionário – que inicialmente foi aplicada em forma de pré-teste (APÊNDICE A),

aplicados em uma amostra de cinco funcionários, no dia 12 de agosto de 2009, com

o objetivo de analisar se as questões estavam de entendimento dos mesmos. O pré-

teste foi bem aceito pelos funcionários, destacando que os mesmos não tiveram

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41

dúvidas no preenchimento das questões, respondendo-as com seriedade e

satisfação. A partir de tais informações, podemos analisar que o questionário estava

apto a ser aplicado com toda sua população. Sendo assim, tal ato foi exercido nos

dias 20 e 21 de agosto de 2009.

Coletaram-se paralelamente os dados secundários. Dados secundários são

aqueles que já foram coletados e analisados, e estão catalogados à disposição dos

interessados (MATTAR, 2001). Tais dados foram pesquisados em livros, revistas,

artigos disponíveis na internet e documentos da empresa. Sendo os mesmos

coletados no período de pesquisa, para auxílio na elaboração das questões do

projeto de estágio dentro da organização.

A pesquisa teve como sua amostra toda sua população envolvida, que se

compõe de vinte funcionários, estando os mesmos divididos em: um auxiliar

administrativo, três motoristas, dois pedreiros e quatorze serventes.

Os dados da pesquisa foram coletados pela responsável da pesquisa, que

utilizou do Software Excel, para analisar a pesquisa quantitativa em forma de

tabulação de dados e gráficos decorrentes do questionário.

A análise ocorreu a partir da organização das informações que foram

apresentadas de acordo com os objetivos propostos e ainda considerando a

fundamentação teórica estudada, para auxílio da análise dos dados.

Após a análise, foi possível conceber sugestões de ações de Endomarketing

para a empresa Artefatos de Cimento Silveira Me.

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42

4 RESULTADOS

Com base nas informações coletadas através de questionários, e

observações podemos identificar a situação atual da organização estudada,

referente à satisfação de seus clientes internos estruturando-a para aplicação de

ações de Endomarketing.

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

A empresa onde o trabalho foi desenvolvido tem como razão social Wilson do

Amaral Silveira – ME (nome fantasia Artefatos de Cimento Silveira), está situada na

Rodovia SC 408 – km 08 – Biguaçu – SC. Seus serviços foram iniciados no dia 18

de junho de 2004, com a intenção de atender inicialmente e principalmente as

necessidades da empreiteira de mão de obras que é administrada pela mesma

família.

A empresa segue como missão ”Atuar nos setores de produção de artefatos

de cimento, com qualidade, visando à satisfação dos clientes e dos colaboradores, a

fim de obter excelência e desenvolvimento contínuo”. E segue a visão de “Constituir-

se como organização, geradora de desenvolvimento, sendo referência de bom

atendimento, agilidade, honestidade e qualidade nos seus produtos”.

A organização de pequeno porte oferece serviço de fabricação de artefatos

de cimento (blocos, meio-fio, lajotas, etc.), tendo como objetivo produzi-los com

grande qualidade para que possa atender seus clientes de uma forma diferenciada.

A organização é administrada por familiares, constituída pelo patriarca, exercendo o

cargo de diretor administrativo, e seus dois filhos, um responde pelo departamento

financeiro e o outro pela produção e supervisão geral da empresa. O quadro

funcional é composto por: um auxiliar administrativo, três motoristas, dois pedreiros e

quatorze serventes, todos com carteira assinada recebendo piso salarial da

categoria. Como benefícios recebem comissão por produtividade, horas extras,

auxílio transporte e alimentação. Sendo esses considerados atrativos, resultando em

uma baixa rotatividade apesar do trabalho braçal, e muitas vezes desgastante.

O trabalho é importante para a organização, pois além de a mesma se

preocupar com a satisfação de seus clientes internos, acredita-se que se os mesmos

estiverem satisfeitos, isso refletirá na organização.

A seguir podemos observar o organograma da empresa:

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43

Figura 02: Organograma da Empresa Fonte: Dados secundários (2009).

Destaca-se o fato de que este quadro vem proporcionando a empresa bases

satisfatórias para realização de suas atividades.

4.2 RESULTADOS DA PESQUISA DE CAMPO

A partir dos dados coletados em forma de questionários, podemos verificar o

atual perfil socioeconômico e medir o grau de satisfação de motivação e do clima

organizacional da empresa estudada.

4.2.1 Perfil socioeconômico

A partir da identificação do perfil socioeconômico dos clientes internos da

organização, é que a mesma passa a conhecer melhor a realidade de seus

colaboradores (LUZ, 2003). Com a pesquisa socioeconômica, a organização pode

verificar as informações sobre seus funcionários, buscando compreender suas

dificuldades e necessidades, além de conhecer o perfil dos mesmos e de suas

famílias.

Administrador geral

Auxiliar administrativo Motoristas Pedreiros

Serventes

Administrador de produção

Administrador financeiro

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44

Idade

40%

45%

15% 0%

16 à 26 anos27 à 37 anos38 à 48 anos49 à 59 anos

Gráfico 1: Idade Fonte: Dados primários (2009)

Verificou-se que 45% dos funcionários estão na faixa etária entre vinte e sete

e trinta e sete anos de idade, 40% entre dezesseis e vinte e seis anos, e 15% entre

trinta e oito e quarenta e oito anos de idade.

Nível de Escolaridade

45%

20%

15%

15%5%

Ensino Fundamental IncompletoEnsino Fundamental CompletoEnsino Médio IncompletoEnsino Médio CompletoEnsino Superior Incompleto

Gráfico 2: Nível de escolaridade Fonte: Dados primários (2009)

Conforme o Gráfico 2, podemos perceber que 45% dos funcionários possuem

apenas o ensino fundamental incompleto, 20% possuem o ensino fundamental

completo, 15% ensino médio incompleto, 15% ensino médio completo e apenas 5%

possuem o ensino superior incompleto.

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45

Estado Civil

45%

25%

30%

0%

0%

SolteiroCasadoUnião EstávelDivorciadoViúvo

Gráfico 3: Estado civil Fonte: Dados primários (2009)

Através dos dados obtidos, podemos observar que 45% dos funcionários são

solteiros, 30% vivem em união estável e 25% são casados.

Filhos

40%

60%

SimNão

Gráfico 4: Filhos Fonte: Dados primários (2009)

Observou-se que 60% dos funcionários não possuem filhos, enquanto 40%

deles possuem.

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46

Quantidade de Filhos

29%

43%

14%

14%

UmDoisTrêsQuatro

Gráfico 5: Quantidade de filhos Fonte: Dados primários (2009)

Dos respondentes que possuem filhos, 43% têm dois filhos, 29% apenas um

filho, 14% três filhos e 14% têm quatro filhos.

Tempo de Empresa

35%

10%35%

20%

Menos de um anoMais de um anoMais de dois anosMais de três anos

Gráfico 6: Tempo de empresa Fonte: Dados primários (2009)

Cerca de 35% dos funcionários estão à mais de dois anos na organização,

35% menos de um ano, 20% à mais de três anos e 10% mais de um ano.

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47

Cargo Ocupacional

15%

10%

70%

5%

MotoristaPedreiroServenteAuxiliar Administrativo

Gráfico 7: Cargo ocupacional Fonte: Dados primários (2009) O Gráfico 7 mostra que mais da metade dos funcionários, cerca de 70% deles

seguem a função de servente, 15% de motoristas, 10% de pedreiros e 5% de

auxiliar administrativo.

Tempo de Ocupação de Cargo

10%

20%

0%70%

Mais de um anoMais de dois anosMais de três anosDesde que ingressou na empresa

Gráfico 8: Tempo de ocupação de cargo Fonte: Dados primários (2009)

Como podemos perceber cerca de 70% destes funcionários ocupam o mesmo

cargo desde que ingressou na organização, 20% a mais de dois anos e uma minoria

cerca de 10% à mais de um ano.

De acordo com os gráficos, referente ao perfil socioeconômico da

organização pode-se afirmar que a maioria dos clientes internos se enquadra em um

perfil com faixa etária entre dezesseis e trinta e sete anos de idade, somando as

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48

afirmativas em 85% dos questionados, considerando que 65% deles possuem pouca

escolaridade, tendo cursado apenas o ensino fundamental, e o restante se

diversificam entre os outros níveis. Desta forma visualiza-se que a maioria dos

clientes internos da empresa pesquisada são homens jovens, com baixo nível de

escolaridade.

Verifica-se que 65% da população vivem de maneira conjugada, enquanto

45% é composta por indivíduos solteiros, dentre os 40% que possuem filhos, 43%

tem dois deles. Seguindo com 35% a quantidade de funcionários que está a mais de

dois anos e 35% menos de um ano na organização. Destaca-se que 70% destes

colaboradores ocupam o cargo de servente e se emprega nesta função desde que

ingressou na organização. Sendo assim pode-se perceber que estes funcionários,

possuem poucas perspectivas de crescimento profissional, devido a baixa

qualificação, visualizando poucas oportunidade de ocuparem um cargo maior dentro

da organização.

4.2.2 Fatores motivacionais Como abordado na teoria dos dois fatores de Herzberg, o fator motivacional

refere-se ao cargo e a tarefa. São estes que produzem algum efeito a longo prazo

de satisfação e de aumento de produtividade. Estes fatores estão sob controle dos

indivíduos, relacionando o que fazem e desempenham. Este fator envolve

reconhecimento profissional, crescimento individual e as necessidades de auto-

realização. Quando estes fatores estão bons, elevam a satisfação; quando estão

ruins, provocam ausência de satisfação (REIS, 2001).

A pesquisa aborda os seguintes fatores motivacionais: comunicação, clima e

cultura organizacional, relação entre supervisor e funcionário e bem estar. Em

seqüência apresenta-se os fatores ilustrados em gráficos e analisados de acordo

com os dados obtidos.

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49

Comunicação Interna

5% 5%

15%

25%

50%

Discordo TotalmenteDiscordo ParcialmenteNão Concordo Nem DiscordoConcordo ParcialmenteConcordo Plenamente

Gráfico 9: Comunicação interna Fonte: Dados primários (2009)

De acordo com o Gráfico 9, cerca de 50% dos funcionários concordam

plenamente que a comunicação interna da organização é satisfatória, 25%

concordam parcialmente e 25% sentem certa insatisfação.

Em relação ao que foi abordado em relação à comunicação interna, podemos

verificar que a mesma é de grande importância para que a informação ocorra de

forma correta e clara para o melhor entendimento de todos. Podemos analisar no

gráfico anterior que os clientes internos da organização estudada estão satisfeitos

com a atual comunicação interna, considerando que este fator é uma ferramenta

importante para a motivação dos funcionários e para um clima organizacional

favorável.

Conforme Pimenta (2004) menciona, o dialogo entre as pessoas dentro de

uma organização contribui para a definição de metas e objetivos, e também

possibilita a coerência e estabilização entre seus colaboradores.

Sendo assim é possível observarmos que, embora os colaboradores se

agradem com o diálogo que ocorre atualmente, onde o mesmo é apenas por

orientações do supervisor, percebe-se que a empresa pode adequar ainda mais seu

modo de comunicar-se, utilizando de outros métodos diretos (reuniões) e indiretos

(mural informativo) que ainda não são disponibilizados pela mesma e, assim, chegar

a um nível de satisfação maior.

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50

Comunicação com Supervisor

0%

0%

15%

20%

65%

Discordo TotalmenteDiscordo ParcialmenteNão Concordo Nem DiscordoConcordo ParcialmenteConcordo Plenamente

Gráfico 10: Comunicação com Supervisor Fonte: Dados primários (2009) Em relação à comunicação com o supervisor, observou-se que 65% dos

funcionários estão de pleno acordo de que há uma boa comunicação entre ambos,

20% concordam em parte e 15% não concordam e nem discordam.

Sendo assim podemos analisar que a comunicação com o supervisor é um

ponto positivo na organização. Destacando que tal aspecto pode influenciar

diretamente no clima interno, considerando que a empresa segue um bom

relacionamento com seus funcionários, o que faz com que os mesmos sintam-se

parte integrante da organização.

Através da afinidade interna é que a organização segue com maior confiança.

Os clientes internos podem modificar o ambiente organizacional positivamente ou

negativamente, isso dependendo de como são tratados (CHIAVENATO, 2004).

Desta maneira verifica-se a importância de um bom relacionamento entre

chefia e funcionários. Destacando que a comunicação da organização estudada é

vista por seus funcionários como eficiente, mas ainda existe parte dos mesmos que

concordam parcialmente, e até mesmo que não possuem opinião sobre o tema,

assim, podemos avaliar que o aprofundamento desta, nos fará chegar a um

contentamento ampliado.

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51

Espírito de Equipe

10%5%

25%

15%

45% Discordo TotalmenteDiscordo ParcialmenteNão Concordo Nem DiscordoConcordo ParcialmenteConcordo Plenamente

Gráfico 11: Espírito de equipe no ambiente de trabalho Fonte: Dados primários (2009)

A partir da observação dos dados do Gráfico 11, podemos perceber que 45%

dos funcionários concordam plenamente que há um espírito de equipe entre os

colegas de trabalho, enquanto 25% não concordam nem discordam, 15%

concordam em partes, 5% discordam em partes e 10% discordam totalmente.

Em relação aos dados obtidos pode-se verificar que os colaboradores da

organização encontram-se a maioria deles satisfeitos com o espírito de equipe

existente, enquanto o restante dos respondentes não está satisfeito o bastante para

o estimulo de um clima entre companheiros de trabalho agradável e harmonioso.

Sendo assim destacamos a importância do melhoramento neste aspecto para

chegar a um ambiente organizacional admirável, seguindo com um ótimo espírito de

equipe. Pimenta (2004) menciona que este fator alcançado, todos seguirão um

objetivo em comum, em busca da excelência e tornando os funcionários mais

participativos e consequentemente haverá uma comunicação mais ágil na

organização. O espírito de equipe também estimula a eficiência e a criatividade na

execução das tarefas em equipe, além de contribuir para um melhor resultado de

toda organização.

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Relação de Amizade

9%5%

14%

14%58%

Discordo TotalmenteDiscordo ParcialmenteNão Concordo Nem DiscordoConcordo ParcialmenteConcordo Plenamente

Gráfico 12: Relação de amizade fora da empresa Fonte: Dados primários (2009)

Dos funcionários questionados, 58% concordam plenamente que há uma

relação de amizade com os colegas de trabalho fora da empresa, 14% concordam

parcialmente, outros 14% não concordam e nem discordam, e 5% discordam em

parte e 9% discordam totalmente.

Analisando o Gráfico 11 podemos relatar que há 58% de colaboradores

satisfeitos com a relação de amizade fora da organização, mas visto que somam

42% os funcionários que não estão plenamente satisfeitos com a situação atual,

podemos relatar que a mesma precisa ser aprimorada. Destacando que o bom

relacionamento fora do ambiente de trabalho pode estimular a eficiência do grupo,

além de se sentirem motivados e em um ambiente familiar.

Existindo um clima organizacional agradável, refletirá consequentemente na

qualidade dos produtos e serviços prestados pelos clientes internos, sendo estes

fatores estimulados pela satisfação e motivação que os funcionários recebem dentro

das organizações (PIMENTA, 2002).

De acordo com o que foi mencionado podemos perceber a importância que

existe em desenvolver e manter um ambiente organizacional agradável e adequado

para a existência de um clima amigável. Visto desta forma, percebe-se que a

organização deve proporcionar à seus funcionários ações para elevar este nível de

amizade com atividades de interação.

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53

Liberdade para Trabalhar

10%10%

14%

14%

52%

Discordo TotalmenteDiscordo ParcialmenteNão Concordo Nem DiscordoConcordo ParcialmenteConcordo Plenamente

Gráfico 13: Liberdade para trabalhar Fonte: Dados primários (2009)

Cerca de 52% dos funcionários concordam plenamente que o chefe lhes dá

liberdade para trabalhar, 14% concordam parcialmente, outros 14% não concordam

e nem discordam, 10% discordam parcialmente e os outros 10% discordam

totalmente.

A partir destes dados analisa-se que a maioria dos funcionários da

organização, correspondentes ao percentual de 52% estão satisfeitos com a

liberdade que seu chefe lhes dá para exercer suas tarefas diárias, mas percebido

que há 48% dos funcionários que não se sentam totalmente satisfeitos, deve-se

verificar detalhadamente este aspecto. Visto também a partir de observações que

não há necessidade de proporcionar liberdade para que seus colaboradores

executem suas tarefas, devido ao segmento especifico da produção.

Então, referente a esta abordagem, se percebe que há uma parte insatisfeita

com a liberdade para se trabalhar, mas a existência da mesma, não é necessária no

caso desta empresa. Sendo assim pode-se observar outra maneira de proporcioná-

los autonomia, como por exemplo: deixando-lhes encarregados pela parte da

produção que atuam.

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54

Ótimo Lugar para se Trabalhar

0% 10%

25%

25%

40% Discordo TotalmenteDiscordo ParcialmenteNão Concordo Nem DiscordoConcordo ParcialmenteConcordo Plenamente

Gráfico 14: Ótimo lugar para se trabalhar Fonte: Dados primários (2009)

Cerca de 40% dos funcionários concordam plenamente que a empresa é um

ótimo lugar para se trabalhar, 25% concordam parcialmente, outros 25% não

concordam e nem discordam e 10% discordam em parte da afirmação.

Sendo assim podemos perceber que a empresa estudada é considerada por

apenas 40% de seus colaboradores como um ótimo lugar para se trabalhar, visto

que totalizam 35% dos respondentes que não se sentem satisfeito.

Desta forma visualiza-se que este aspecto deve ser mais apropriado. De

acordo com Silva (2004), a cultura organizacional relaciona-se com o ambiente

interno, sendo desenvolvida de acordo com as visões e valores seguidos por seus

lideres.

Chiavenato (2002) também aborda a influência que o clima organizacional

exerce sobre o comportamento dos funcionários, através de aspectos internos como:

conflitos, responsabilidades, estrutura organizacional, apoio e riscos. O clima de

cada empresa é construído de acordo com estes aspectos, destacando que os

mesmos influenciam a motivação, o desempenho e satisfação no trabalho executado

pelos colaboradores (CHIAVENATO, 2002).

Então visto por esse ângulo, podemos relatar que a cultura e o clima

organizacional da empresa estudada, precisam ser melhorados. Visto que o mesmo

pode ser aprimorado elevando a capacidade de expansão da organização, seguindo

com o intuito de satisfazer seus clientes internos e revendo suas atitudes e normas

desempenhadas no ambiente empresarial, além de crescer no mercado.

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55

Orgulho de Trabalhar na Empresa

0% 5%10%

30%55%

Discordo TotalmenteDiscordo ParcialmenteNão Concordo Nem DiscordoConcordo ParcialmenteConcordo Plenamente

Gráfico 15: Orgulho de trabalhar na empresa Fonte: Dados primários (2009)

Cerca de 55% dos funcionários concordam plenamente, quanto a afirmação

que se refere ao orgulho de trabalhar na organização, 30% concordam parcialmente,

10% não concorda e nem discorda e 5% discordam em parte da afirmativa.

Sendo assim verifica-se que grande parte (55%) dos colaboradores sente

orgulho de trabalhar na empresa. Segundo Robbins (1999) este sentimento é

reflexão da cultura organizacional empregada. Tal aspecto é decorrência do

sentimento de identidade, e facilita o comprometimento, intensifica a estabilidade do

sistema social e serve como guia e molde para as atitudes e comportamento dos

empregados.

Visto que há funcionários que não se sentem totalmente satisfeitos, percebe-

se que o mencionado no Gráfico 14, segue de acordo com os dados obtidos no

Gráfico 15. Assim podemos reforçar a importância de revisar a cultura organizacional

estabelecida nesta empresa, para conquistarmos o sentimento de orgulho dos

funcionários, por fazerem parte da empresa.

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56

Preocupação com o Bem Estar

5% 5%

20%

40%

30%

Discordo TotalmenteDiscordo ParcialmenteNão Concordo Nem DiscordoConcordo ParcialmenteConcordo Plenamente

Gráfico 16: Preocupação da empresa com o bem estar dos funcionários Fonte: Dados primários (2009)

De acordo com o Gráfico 22, se pode perceber que 40% dos funcionários

concordam parcialmente quanto à preocupação da empresa referente ao seu bem

estar, 30% concordam plenamente, 20% não concordam e nem discordam, 5%

discordam em partes e os 5% restantes discordam totalmente da afirmativa.

A partir destes dados, observamos que 30% dos funcionários sentem que a

organização não esta preocupada com seu bem estar, podendo gerar uma ausência

de satisfação por parte destes. Para que tal fato não ocorra, acrescenta-se a

importância do aprofundamento deste aspecto para uma possível melhora na

qualidade de vida dos trabalhadores, e como conseqüência elevar a satisfação dos

mesmos, seguindo a empresa com o surgimento da recompensada pelo ato.

4.2.3 Fatores higiênicos Os fatores higiênicos são aqueles que se referem às condições de trabalho,

destacando as condições físicas e ambientais de trabalho, o salário, os benefícios

sociais, as políticas da empresa, os regulamentos internos, as oportunidades

existentes, etc. Herzberg, contudo, considera esses fatores higiênicos muitos

limitados na sua capacidade de influenciar poderosamente o comportamento dos

empregados. Quando esses fatores são bons, evitam a insatisfação, mas quando

são ruins, provocam insatisfação (REIS, 2001).

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57

Na respectiva pesquisa os fatores higiênicos pesquisados foram: ambiente de

trabalho, salário, crescimento profissional, benefícios, máquinas e equipamentos,

treinamento e carga horária. Seguindo todos com ilustrações em gráficos e análises

dos mesmos.

Ambiente Seguro

0%

0%

5%

45%50%

Discordo TotalmenteDiscordo ParcialmenteNão Concordo Nem DiscordoConcordo ParcialmenteConcordo Plenamente

Gráfico 17: Ambiente de trabalho seguro Fonte: Dados primários (2009)

Como se pode perceber 50% dos funcionários questionados concordam

plenamente que o ambiente de trabalho é seguro, 45% concordam em parte e

apenas 5% não concordam e nem discordam.

Sendo assim destaca-se que, ao analisar os gráficos pode-se perceber que

os funcionários sentem que o ambiente de trabalho é seguro para execução de suas

tarefas, tornando-se este um ponto positivo para a organização, pois isto faz com

que eles se sintam protegidos no espaço onde passam a maior parte de seus dias.

O ambiente de trabalho seguro está relacionado a teria de Maslow, se

enquadrando nas necessidades fisiológicas e de segurança, que correspondem às

necessidades básicas do indivíduo (CHIAVENATO, 1999).

Desta forma podemos considerar que os clientes internos encontram-se

satisfeitos em relação à segurança que lhes é proporcionada no ambiente de

trabalho, fazendo com que os mesmos alcancem a segunda necessidade

fundamental para a existência do indivíduo de acordo com a hierarquia das

necessidades de Maslow.

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58

Salário

0% 10%5%

45%

40% Discordo TotalmenteDiscordo ParcialmenteNão Concordo Nem DiscordoConcordo ParcialmenteConcordo Plenamente

Gráfico 18: Salário de acordo com o mercado Fonte: Dados primários (2009)

Referente ao salário, 45% dos funcionários concordam em parte que o

mesmo esta de acordo com a média de mercado, 40% concordam plenamente, 10%

discordam parcialmente e 5% não concordam e nem discordam.

Analisando desta forma podemos compreender que os colaboradores da

organização estão satisfeitos com o salário que recebem.

De acordo com Batista (2003), o salário é um assunto muito questionado

entre empregados e empregadores. A organização está sempre em discussão

referente ao tema, pois para os mesmos o salário é uma forma de alcançar os seus

objetivos, e para o funcionário é a recompensa pelo trabalho exercido, e garante a

sua sobrevivência, principalmente se confrontarmos com o perfil socioeconômico

aqui identificado.

Sendo assim consideramos que os funcionários da organização alegam

adequado à remuneração lhes oferecida pelo trabalho que executam em relação ao

mercado de trabalho, visto que o mesmo é elevado aos demais. A empresa age

desta forma, pois percebe o esforço empreendido pelos colaboradores no dia-a-dia

de seu trabalho, destacando que tudo que é alcançado é devido ao trabalho destes

indivíduos.

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59

Crescimento Profissional

10%

20%

30%

20%

20%

Discordo TotalmenteDiscordo ParcialmenteNão Concordo Nem DiscordoConcordo ParcialmenteConcordo Plenamente

Gráfico 19: Possibilidade de crescimento profissional Fonte: Dados primários (2009)

Dos funcionários questionados, cerca de 30% não concordam e nem

discordam com a possibilidade de crescimento profissional na organização, 20%

concordam plenamente, 20% concordam parcialmente e outros 20% discordam

parcialmente, enquanto os 10% restantes discordam totalmente.

A partir destas informações podemos relatar uma parte dos respondentes não

sentem que, haja um espaço para crescerem na respectiva empresa, visto que o

resultado da pesquisa relata a variância entre os níveis de concordância. Gerando

consequentemente uma insatisfação por parte dos funcionários em relação a este

aspecto.

O indivíduo sente a necessidade de crescimento profissional, pois é desta

forma que ele sente-se conquistando seu espaço dentro da organização em que

trabalha. O enriquecimento de cargo faz com que o funcionário se sinta motivado

(HAMPTON, 1992).

Devido aos resultados alcançados percebemos que os funcionários da

organização atualmente estão desmotivados com este fator, pelo fato de não se

sentirem seguros enquanto a um possível crescimento profissional. Mas percebe-se

através do perfil socioeconômico dos pesquisados que, os mesmos não são

altamente competentes e qualificados para um crescimento profissional. Desta forma

podemos destacar a importância de capacitar estes profissionais para um

melhoramento deste aspecto.

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60

Bebefícios

0%20%

15%

15%

50%

Discordo TotalmenteDiscordo ParcialmenteNão Concordo Nem DiscordoConcordo ParcialmenteConcordo Plenamente

Gráfico 20: Benefícios oferecidos Fonte: Dados primários (2009)

Em relação aos benefícios oferecidos pela empresa, cerca de 50% dos

funcionários, estão de pleno acordo que os mesmos satisfazem suas necessidades,

20% discordam parcialmente, 15% concordam em parte e outros 15% não

concordam e nem discordam. Estes benefícios se compõem de transporte, auxílio

alimentação e comissão por produtividade.

Referente aos dados obtidos verifica-se que 65% dos clientes internos

encontram-se satisfeitos com os benefícios oferecidos pela empresa em que

prestam serviços, provocando a existência de satisfação. Relatando que somaram

35% os funcionários que não possuem opinião e os que discordam em parte neste

aspecto.

Chiavenato (2004) acrescenta que o salário representa a principal forma de

recompensa organizacional, destacando que há várias maneiras de remuneração

pelo trabalho empregado como: remuneração básica – salário mensal ou salário por

hora -, incentivo salarial – bônus e participação nos resultados – e benefícios -

seguro de vida, seguro saúde e refeições subsidiarias.

Os benefícios que a organização oferece é uma forma de facilitar a vida dos

colaboradores sendo estes de maneira indireta da recompensa total. Destacando

que, o mesmo esta relacionado com aspectos de responsabilidade social da

empresa e possui o poder de influência sobre o grau de qualidade de vida na

organização (CHIAVENATO, 2004).

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Sendo assim verifica-se a importância de um possível melhoramento nos

benefícios oferecidos, alcançando o contentamento dos colaboradores em geral.

Estes podem ser abonados de outras maneiras como: cestas básicas alimentícias,

auxílio saúde, entre outros.

Proposta Salarial

5%10%

30%

10%

45% Discordo TotalmenteDiscordo ParcialmenteNão Concordo Nem DiscordoConcordo ParcialmenteConcordo Plenamente

Gráfico 21: Possibilidade de troca de emprego por uma proposta salarial maior Fonte: Dados primários (2009)

Em relação a uma proposta salarial melhor, 45% dos questionados,

concordam plenamente que substituiriam o emprego atual, 30% não concordam e

nem discordam, 10% concordam em parte, outros 10% discordam em parte e os 5%

restantes discordam totalmente.

Desta forma cabe enfatizar que somam 85% os colaboradores que trocariam

seu emprego, e 15% os que não trocariam, visto que este aspecto pode ser

considerado uma reação natural por parte dos indivíduos, devido à baixa

qualificação profissional e baixa perspectiva de crescimento que estes possuem

dentro da empresa, destacado nos resultados já apresentados.

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62

Maquinários e Equipamentos

0% 5%10%

10%

75%

Discordo TotalmenteDiscordo ParcialmenteNão Concordo Nem DiscordoConcordo ParcialmenteConcordo Plenamente

Gráfico 22: Maquinário e equipamento suficientes Fonte: Dados primários (2009)

A grande maioria dos funcionários, cerca de 75% concordam plenamente que

há maquinas e equipamentos suficientes e adequados para atender as

necessidades de produção, enquanto 10% concordam em parte, outros 10% não

concordam e nem discordam, e os 5% restantes discordam da afirmativa em partes.

De acordo com os respectivos dados analisamos que chegou-se a uma

porcentagem de 85, referente aos colaboradores que estão satisfeitos com os

equipamentos de trabalho que lhes é fornecido para o desempenho de seus

afazeres diários. Acarretando na satisfação em relação à execução de tarefas. Mas

relata-se que com a aquisição de novos equipamentos, possivelmente a

produtividade dos funcionários se elevaria e consequentemente a expansão da

organização, gerando probabilidade de crescimento profissional e organizacional.

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Treinamento/ Orientação

0% 5%

20%

35%

40%muito insatisfeitoinsatisfeitoindiferentesatisfeitomuito satisfeito

Gráfico 23: Treinamento/ orientação Fonte: Dados primários (2009)

Em relação ao treinamento/ orientação fornecido pela organização, cerca de

40% dos funcionários que a recebem se sentem muito satisfeitos, 35% estão

satisfeitos, 20% acham indiferente e 5% estão insatisfeitos com a situação. Estes

são oferecidos no ato da admissão do funcionário, pelos profissionais que seguem a

função de pedreiro, repassando a maneira no qual deve-se adotar para produção

dos produtos.

Podemos perceber assim, que os mesmos, encontram-se satisfeitos com este

treinamento e orientações que lhes é oferecido na organização, visto que somaram-

se 75% os muito satisfeitos e satisfeitos com esse fator.

Esse processo de treinar funcionários implica em transpor as informações,

habilidades, atitudes e conceitos necessários para o desenvolvimento de seus

afazeres diários e chegarem ao alcance dos objetivos da organização

(CHIAVENATO, 2004).

Desta forma, convém enfatizar que os funcionários estando satisfeitos com as

orientações e treinamento que lhes é proporcionado, estes então irão buscar fazer

seus respectivos trabalhos da maneira mais adequada e eficiente, alcançando junto

com a organização a excelência dos deveres.

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Carga Horária

15%

20%

30%

25%

10%

muito insatisfeitoinsatisfeitoindiferentesatisfeitomuito satisfeito

Gráfico 24: Carga horária Fonte: Dados primários (2009)

Dos funcionários questionados cerca de 30% acham indiferente a situação

atual da carga horária de trabalho exigida, 25% se sentem satisfeitos, 20% estão

insatisfeitos com a situação, 15% estão muito insatisfeitos e os 10% restantes se

sentem muito satisfeitos com a carga horária. Visto que a mesma segue a jornada

de trabalho de segunda à sexta, com inicio às 7h até às 12h, com intervalo para

almoço, retornando as atividades às 13h até às 18h. Destacando que as horas de

trabalho que ultrapassam às 44h semanas permitidas, são consideradas horas

extras.

A partir destes dados, observa-se que a insatisfação dos contribuintes, em

relação à sua jornada de trabalho, esta relacionada ao excesso da mesma, sendo

assim podemos destacar a importância de um estudo para aperfeiçoamento do

caso.

4.3 ANÁLISE GLOBAL DOS RESULTADOS DA PESQUISA

De acordo com a pesquisa, referente ao perfil socioeconômico dos

funcionários da empresa Artefatos de Cimento Silveira, podemos observar que o

mesmo se enquadra em um perfil de clientes internos com faixa etária entre

dezesseis e trinta e sete anos de idade, somando as afirmativas em 85% dos

questionados. Considerando que 45% destes possuem escolaridade baixa, tendo

cursado apenas o ensino fundamental incompleto, e o restante se diversificam entre

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os outros níveis. Desta forma percebe-se que os clientes internos da empresa

pesquisada são homens jovens, com baixo nível de escolaridade.

Verifica-se que 65% da população vivem de maneira conjugada, enquanto

45% é composta por indivíduos solteiros, dentre os 40% que possuem filhos, 43%

tem dois deles. Seguindo com 35% a quantidade de funcionários que está a mais de

dois anos e 35% menos de um ano na organização. Destaca-se que 70% destes

colaboradores ocupam o cargo de servente e se emprega nesta função desde que

ingressou na organização. Sendo assim pode-se perceber que estes funcionários,

possuem poucas perspectivas de crescimento profissional, devido à baixa

qualificação, visualizando pouca oportunidade de ocuparem um cargo maior dentro

da organização.

Em relação aos fatores motivacionais pôde-se analisar que a comunicação

interna é considerada satisfatória, visto que chega-se a 75% os funcionários

plenamente satisfeitos e satisfeitos com este fator. Mencionando também a

comunicação existente com seu supervisor que podemos considerá-la satisfatória,

pois as opções assinaladas ficam em 75% entre “concordo plenamente” e “concordo

parcialmente”, desta forma interpreta-se que a mesma deve ser mantida e ou até

mesmo melhorada para uma ampliação satisfatória. O que lhes implicará em um

relacionamento interpessoal favorável. A partir destas informações a pesquisadora

acredita que há uma comunicação eficiente dentro da organização, e além de

mantê-la pode-se aprimora-la ainda mais, para não deixar a insatisfação se infiltrar

no ambiente comunicativo em que é vivenciado.

No entanto podemos verificar que as informações correspondentes ao espírito

de equipe, revelam que 45% dos respondentes concordam plenamente com a

afirmativa, enquanto o restante se distribui em todas as alternativas restantes. O que

nos mostra que há uma possível deficiência neste aspecto, tendo este que ser

trabalhado para uma boa influência do clima organizacional. Da mesma forma é

considerada a amizade entre colegas de trabalho fora da organização, visto que

58% dos respondentes estão plenamente satisfeitos com a situação, e o resto se

divide entre as outras opções.

Referente à liberdade que lhes é oferecida para execução de suas tarefas, os

funcionários que estão de pleno acordo com a existência da mesma respondem 52%

dos respondentes, e os outros 48% se diversificam entre as demais alternativas,

indicando que este fator pode ser revisado pela organização. No entanto verifica-se

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que a organização é considerada por seus clientes internos como um ótimo lugar

para se trabalhar, visto que somam-se 65% os que concordam com a afirmativa,

dentre os respondentes restantes se enquadram em “não concordo nem discordo” e

“discordo parcialmente”. Na mesma linha ainda podemos relatar que 85% dos

colaboradores sentem orgulho de trabalhar na organização. Podemos considerar

este aspecto positivo para a empresa, visto que as afirmativas referem-se à cultura

organizacional empregada.

Os clientes internos que concordam de alguma forma que a empresa se

preocupa com seu bem estar chegam a 70%, sendo que os outros 30% restantes

não concordam, ou não possuem opinião sobre este tema. De acordo com estes

dados, verifica-se que a empresa pode utilizar métodos (sala de descanso, ginástica

laboral, entre outros) para que os funcionários sintam a preocupação que a

organização possui com seu bem estar.

De acordo com os fatores higiênicos, pode-se visualizar que o ambiente de

trabalho é considerado por seus colaboradores seguro para a execução das tarefas,

sendo que 95% destes concordam com a afirmativa, destacando este fator como um

ponto positivo para a organização, tendo este que ser mantido e/ou até mesma

melhorado.

De um modo geral os funcionários da empresa encontram-se satisfeitos com

o salário que lhes é oferecido, considerando que somam 85% os concordantes com

a afirmação.

Já em relação ao possível crescimento profissional observa-se que os

resultados estão bem divididos entre as alternativas estimuladas, indicando que os

funcionários atualmente estão desmotivados com este fator, pelo fato de não se

sentirem seguros enquanto a um possível crescimento profissional. Desta forma

destaca-se a importância de profissionalizar estes funcionários, incentivando-os a

estudar, tornando-se pessoas mais capacitadas à um possível crescimento dentro

da empresa.

No entanto ao perceber no gráfico 20, que 50% dos respondentes estão

plenamente satisfeitos com os benefícios oferecidos pela organização, e os 50%

restantes se distribuem entre as outras opções, verifica-se a necessidade de

aperfeiçoamento destes benefícios para o alcance da satisfação geral.

Em relação a uma possível proposta salarial melhor, visto no gráfico 21 que

45% dos funcionários concordam plenamente com a substituição do trabalho, sendo

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67

considerado este um aspecto natural, pelo fato de se tratarem de pessoas pouco

qualificadas profissionalmente, concomitante com o perfil socioeconômico levantado

nos dados da pesquisa.

Um aspecto positivo é o de maquinas e equipamentos fornecidos pela

organização para a facilitação do trabalho, visto que 75% dos funcionários sentem-

se “muito satisfeitos” neste aspecto. Seguindo a mesma porcentagem os que estão

“muito satisfeitos” e “satisfeitos” com o treinamento e orientações que a empresa

oferece para seus funcionários no ato de suas admissões.

Outro ponto que precisa ser aprimorado esta na carga horária exercida pelos

funcionários, considerando que somam-se 35% os respondentes que estão

insatisfeitos com este fator.

4.4 SUGESTÕES

A partir dos dados obtidos na pesquisa, pôde-se sugerir ações de

Endomarketing adaptadas as realidades da empresa estudada.

Quadro de Avisos De acordo com a análise dos dados podemos constatar que há insatisfação

de 10% dos funcionários referente à comunicação interna, estando esta em um nível

de satisfação que pode ser melhorado, sugere-se então que inicialmente seja

anexado um quadro de avisos, onde todos possam o visualizar, sendo que este

conste informações relevantes, de modo que deixe os funcionários cientes da

importância da utilização dos equipamentos de proteção individual, as metas de

produção alcançadas com o trabalho realizado pelo grupo, estratégias a serem

seguidas, aniversariantes do mês, entre outros.

Reuniões

Para atingir a excelência na gestão de seu ambiente organizacional e

promover uma comunicação transparente com seus funcionários, a organização

deve promover reuniões mensais para chegar a um clima harmonioso, onde possam

proporcionar liberdade para a opinião de seus colaboradores, e posicionar-se sobre

possíveis mudanças na empresa, melhorando assim a interação entre as partes.

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Futebol Devido ao número (14%) de colaboradores que estão insatisfeitos com a

relação de amizade fora da empresa, e também com o espírito de equipe existente

no ambiente de trabalho (15%), visto pela pesquisadora que todos os funcionários

que fazem parte da produção são do sexo masculino, e se encantam pela prática do

esporte “futebol”, sugere-se então que a empresa estimule a criação de um time,

envolvendo estes colaboradores e supervisores para que o grupo se reúna pelo

menos uma vez por semana para interação do grupo no ambiente externo e surja

uma relação de amizade concreta, favorecendo estes dois aspectos e o clima

organizacional.

Confraternizações De acordo com percepções da acadêmica, vê-se que as embalagens de

matéria prima (cimento) são descartadas, sendo que estes servem para

armazenamento de produtores de carvão, desta forma recomenda-se que estes

sejam comercializados, e o lucro obtido aplique-se em confraternizações do grupo e

comemorações em datas festivas.

Feedback Visto que há 10% de discordância parcial, quanto à empresa ser um “ótimo

lugar para se trabalhar” e 5% em “orgulho em trabalhar na empresa”, destaca-se que

a cultura organizacional, responsável por estes fatores deve ser aprimorada para

satisfação de todos. Sugere-se então que a organização reveja seu conceito de

tomada de decisão, conheça as necessidades dos colaboradores nas respectivas

reuniões sugeridas, envolva-os mais dando lhes liberdade de expressão no decorrer

de suas percepções, pois a integração com o gestor é fundamental em todos os

processos: saber falar, saber ouvir e, principalmente, promover o feedback, assim se

encaminha a comunicação excelente e demonstra a seus funcionários a

preocupação existente com eles .

Benefícios Em relação à remuneração oferecida, verifica-se que o salário está dentro das

expectativas dos empregados, mas há certa diversificação de satisfação do fator

“benefícios”, podendo gerar insatisfação neste. Visto pela pesquisadora que há um

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excesso de faltas mensais na organização, recomenda-se que para evitar tal fato e

satisfazer os funcionários com benefícios, sugere-se então a proposta de premiação

com uma cesta básica de alimentos para aqueles que não faltam durante o

respectivo mês, além de poder destacar no quadro de avisos os funcionários em

destaque que foram beneficiados. Este aspecto buscará a minimização de faltas, a

satisfação das necessidades de benefícios e acarretará na percepção da

importância dos clientes internos no ambiente produtivo. Devido também a

informação de que possa haver por parte dos colaboradores, a substituição do

emprego atual por uma proposta salarial maior, afirma-se então a importância deste

fator, sendo que aprimorado os benefícios, à remuneração total se eleva.

Homenagem e premiações Outro ponto que precisa ser aprimorado está no crescimento profissional na

empresa, considerando que 30% não vêem esta possibilidade, por se tratar de uma

empresa de pequeno porte, administrada por familiares, considerando que há

apenas três cargos (motorista, servente e pedreiro) diferentes para serem exercidos,

aconselha-se então que seja proporcionado homenagem e premiação remuneradas

de acordo com o “tempo de casa” do funcionário, fazendo com que os mesmos

sintam-se parte integrante da organização, minimizando a falta de oportunidade de

crescimento profissional atual.

Expansão Destacando também que a empresa deve enxergar a possibilidade de

expansão no mercado, adquirindo mais maquinários, contratando mais profissionais,

qualificando sua mão de obra, assim expandiria sua produção e distribuição, e

consequentemente abririam novas oportunidades de crescimento profissional dentro

da organização. A organização também poderia optar pela criação de um site, onde

abordasse informações relevantes tanto para clientes internos como externos

(produção, metas, preços, produtos, entre outros).

Bem estar Percebe-se através dos dados da pesquisa (gráfico 16) que cerca de 30%

dos colaboradores, não concordam com a existência de preocupação por parte da

empresa com os mesmos. Para reverter esta visão, sugere-se que a organização de

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acordo com suas possibilidades, se informe sobre uma suposta parceria com uma

cooperativa médica. Auxiliando nas consultas ou até mesmo facilitar este fator,

fazendo exames periódicos no próprio ambiente de trabalho, na qual regularmente

os profissionais da saúde encarregados, já relatem à importância sobre os cuidados

com a saúde e da utilização dos equipamentos de proteção individual, além de

realizarem a ginástica laboral. A empresa também pode verificar a possibilidade de

adaptar uma sala de recreação e descanso.

A organização pode optar pela aquisição de uma esteira para carregamento

de produtos nos caminhões para a entrega, este além de agilizar o carregamento e a

entrega, facilita o trabalho dos colaboradores, pois evita o excesso de esforço com

materiais pesados, problemas de saúde e ocasiona na percepção de que a empresa

se preocupa com seus integrantes.

Estes em conjunto com a técnica do feedback recomendado podem vir a

demonstrar aos funcionários a preocupação da empresa com seu bem estar.

Adequação carga horária de trabalho Verifica-se também a importância de aperfeiçoar a carga horária executada

diariamente, visto que somam-se 35% os respondentes “insatisfeitos” e “muito

insatisfeitos” com este fator. Sendo assim recomenda-se que a organização,

aprimore sua carga horária, diminuindo-a uma hora por dia, de segunda à sexta,

dando a opção de a empresa contratar mais funcionários para alcance de metas.

Percebido também que os colaboradores da organização possuem baixa

escolaridade, recomenda-se que seguindo a opção de diminuir a atual carga horária,

pode-se propor aos funcionários que esta será realizada apenas se todos se

matricularem e freqüentarem a respectivas séries que lhes faltam para complemento

de sua educação. Este readequaria a insatisfação da carga horária e a educação

destes colaboradores, poderia ser ampliada.

Pesquisa Devido à experiência vivida pela empresa em relação à elaboração do

trabalho acadêmico, e os benefícios que este pôde trazer para o melhoramento da

organização, fazendo com que todos seus gestores se aprofundassem neste fator,

segue a recomendação de, a mesma posicionar-se aberta a novas pesquisas nesta

ou em outra área administrativa, promovendo a evolução organizacional, da mesma.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho de conclusão de curso teve como objetivo identificar o perfil

socioeconômico, analisar a satisfação dos clientes internos e o atual clima da

organização Artefatos de Cimento Silveira, para então poder sugerir ações de

Endomarketing.

A partir da coleta de dados em forma de questionário e observações,

verificou-se o perfil dos funcionários da empresa estudada é de homens jovens, com

baixo nível de escolaridade, e exercem a mesma função desde que ingressaram na

organização. Percebeu-se também que a comunicação interna, o estilo de liderança

e a cultura organizacional são considerados satisfatórios pelos funcionários. Já o

crescimento profissional, os benefícios, a carga horária e o clima organizacional são

fatores que não satisfazem a necessidades de todos e precisam ser aprimorados.

De acordo com Motta (1997) vivemos em um mundo de mudanças rápidas,

em que conhecimentos e habilidades, que serão necessárias, já não são facilmente

previsíveis, as organizações deveriam criar as condições para que os indivíduos

liberem seu potencial criativo e promovam as inovações que serão necessárias às

novas circunstâncias.

Desta forma verifica-se que a organização deve incorporar a motivação no

ambiente de trabalho, acreditando que a relação existente entre produtividade e

moral é de extrema importância, e consequentemente fazendo com que os

funcionários fiquem mais satisfeitos e obtenham um desempenho melhor, assim

podendo alcançar os objetivos da organização em conjunto (HAMPTON, 1992).

Seguindo as sugestões de ações de Endomarketing apresentadas pela

acadêmica vê-se a possibilidade de aumento da qualidade e da produtividade,

melhoria do clima organizacional e motivação para o trabalho na organização. Visto

que os integrantes da organização possuem suas necessidades, sonhos e metas,

cabe a mesma descobrir o que os motiva e tentar, dentro das suas políticas, mostrar

os caminhos para que ele possa atingir seus objetivos, pois investir nas pessoas

gera resultado.

O crescimento da organização está inteiramente ligado ao envolvimento com

seus clientes internos. Fazer com que seus colaboradores sintam-se parte integrante

e fundamental para o progresso da empresa a fim de mantê-los informados de sua

importância, e satisfeitos por fazer parte da empresa é o que implica as ações de

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Endomarketing. Desta forma destaca-se a necessidade da implantação das ações

sugeridas.

Percebeu-se ao longo do trabalho a importância do estudo, o quanto o

mesmo pôde beneficiar a organização e a acadêmica. Destacando que o estudo

gerou o aprendizado e formação da acadêmica, e benefícios que implicaram no

ambiente de trabalho da empresa. Considerando assim a importância de novos

estudos acadêmicos dentro da mesma.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Questionário pré-teste Caro funcionário:

O presente questionário é destinado à coleta de dados para a elaboração do

Trabalho de Conclusão de Curso da acadêmica Bruna de Miranda, que tem como objetivo

identificar o atual clima da organização Artefatos de Cimento Silveira e assim,

possivelmente, proporcionar benefícios a você e a empresa.

Solicito que o questionário seja respondido com seriedade, escolhendo apenas uma

alternativa para cada um dos itens, sendo que não será necessária a sua identificação.

Agradeço sua colaboração

Bruna de Miranda

Questionário: 1. Qual sua idade? ( ) 16 à 26 ( ) 27 à 37 ( ) 38 à 48 ( ) 49 à 59 2. Escolaridade ( ) Ensino fundamental incompleto ( ) Ensino fundamental completo ( ) Ensino médio incompleto ( ) Ensino médio completo ( ) Ensino superior incompleto 3. Estado civil ( ) Solteiro ( ) Casado ( ) União estável ( mora junto ) ( ) Divorciando / Separado ( ) Viúvo 4. Você tem filhos? ( ) Não ( ) Sim Quantos? _________

5. Quanto tempo você trabalha na empresa? ( ) Menos de um ano ( ) Mais de um ano ( ) Mais de dois anos ( ) Mais de três anos 6. Qual cargo você ocupa? ( ) Motorista ( ) Pedreiro ( ) Servente ( ) Auxiliar administrativo 7. Quanto tempo ocupa este cargo? ( ) Mais de um ano ( ) Mais de dois anos ( ) Mais de três anos ( ) Desde que ingressou na empresa 8. A comunicação da empresa com os funcionários é satisfatória. Discordo totalmente

1 2 3 4 5 Concordo plenamente

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9. A comunicação entre a sua chefia e você é boa e atende suas necessidades. Discordo totalmente

1 2 3 4 5 Concordo plenamente

10. Há um espírito de equipe entre você e seus colegas de trabalho. Discordo totalmente

1 2 3 4 5 Concordo plenamente

11. Existe uma relação de amizade com seus colegas de trabalho fora da empresa. Discordo totalmente

1 2 3 4 5 Concordo plenamente

12. Seu chefe dá liberdade para você trabalhar. Discordo totalmente

1 2 3 4 5 Concordo plenamente

13. A empresa é um ótimo lugar para se trabalhar. Discordo totalmente

1 2 3 4 5 Concordo plenamente

14. Você sente orgulho de trabalhar na empresa. Discordo totalmente

1 2 3 4 5 Concordo plenamente

15. A empresa está preocupada com o bem estar dos funcionários. Discordo totalmente

1 2 3 4 5 Concordo plenamente

16. O ambiente de trabalho é seguro para que você execute suas tarefas. Discordo totalmente

1 2 3 4 5 Concordo plenamente

18. Seu salário está de acordo com o mercado de trabalho.

Discordo totalmente

1 2 3 4 5 Concordo plenamente

19. Você acredita que há possibilidade de crescimento profissional na empresa. Discordo totalmente

1 2 3 4 5 Concordo plenamente

20. Os benefícios (alimentação, transporte, comissão, entre outros) oferecidos pela empresa satisfazem os funcionários. Discordo totalmente

1 2 3 4 5 Concordo plenamente

21. Se você tivesse uma proposta salarial melhor sairia deste emprego. Discordo totalmente

1 2 3 4 5 Concordo plenamente

22. A empresa possui máquinas e equipamentos suficientes e adequados para atender as necessidades do produto. Discordo totalmente

1 2 3 4 5 Concordo plenamente

23. Como você avalia o treinamento/ orientação que a empresa oferece para seus funcionários. Muito insatisfeito

1 2 3 4 5 Muito satisfeito

24. Em relação a sua carga horária de trabalho você se sente. Muito insatisfeito

1 2 3 4 5 Muito satisfeito