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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO DA UNIVALI EM SÃO JOSÉ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO – HABILITAÇÃO MARKETING PATRÍCIA RIBEIRO MARKETING DE RELACIONAMENTO: UMA PROPOSTA DE AÇÕES DE RELACIONAMENTO PARA A CHURRASCARIA MEU CANTINHO São José 2006

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO DA UNIVALI EM SÃO JOSÉ

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO – HABILITAÇÃO MARKETING

PATRÍCIA RIBEIRO

MARKETING DE RELACIONAMENTO: UMA PROPOSTA DE AÇÕES DE RELACIONAMENTO PARA

A CHURRASCARIA MEU CANTINHO

São José 2006

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PATRÍCIA RIBEIRO

MARKETING DE RELACIONAMENTO: UMA PROPOSTA DE AÇÕES DE RELACIONAMENTO PARA

A CHURRASCARIA MEU CANTINHO

Trabalho de Conclusão de Curso – projeto de aplicação –

apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de

Bacharel em Administração da Universidade do Vale do

Itajaí.

Professor Orientador: Dimas Pincinato Alves

São José

2006

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PATRÍCIA RIBEIRO

MARKETING DE RELACIONAMENTO: UMA PROPOSTA DE AÇÕES DE RELACIONAMENTO PARA

A CHURRASCARIA MEU CANTINHO

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado adequado e aprovado em sua forma final

pela Coordenação do Curso de Administração – Habilitação Marketing da Universidade do

Vale do Itajaí, em 29 de junho de 2006.

Prof (a) MSc. Luciana Merlin Univali – CE São José

Coordenador (a) do Curso

Banca Examinadora:

Prof (a) MSc. Dimas Pincinato Alves

Univali – CE São José Professor Orientador

Prof (a) Dr. Everton Luis Pellizzaro de Lorenzi Cancellier

Univali – CE São José Membro I

Prof (a) Ana Paula Sohn Univali – CE São José

Membro II

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iii

Dedico este trabalho a meus pais, Emílio e Rose,

que sempre apostaram em mim me proporcionando

oportunidades de crescimento pessoal e

profissional, e que com a conclusão deste curso

superior poderei retribuí-los por mais uma

conquista. E por estarem presentes em todos os

momentos de minha vida me dando muito amor e

carinho. Amo muito vocês!

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iv

AGRADECIMENTOS

Agradeço em especial, aos meus pais, Emílio e Rose, por estarem presentes em todos os

momentos da minha vida, sempre me apoiando e incentivando para que eu pudesse chegar a

esta oportunidade de concluir um curso superior. Obrigada por tudo, sem vocês não teria

alcançado esta grande conquista.

Aos meus irmãos, Emília e Murilo, que estiveram sempre do meu lado, acreditando no meu

potencial. Agradeço a vocês meus queridos irmãos pelo carinho.

Ao meu orientador Dimas que me auxiliou para a concretização deste trabalho.

Ao Fabrício Barni, por me conceder a empresa para que eu pudesse desenvolver este trabalho.

Aos colaboradores da Churrascaria Meu Cantinho pelo carinho e a atenção que me

proporcionaram para a realização da pesquisa, que por sua vez, foi um sucesso.

Às minhas amigas, Nil, Edi, Karen, Andreza e Vanilse por compreenderem a minha ausência

em alguns momentos. E não podendo esquecer a força e o companheirismo que a Leonete e a

Kelly me deram nestes anos de dedicação na Universidade.

Aos professores que me ensinaram durante esses cinco anos, a arte de administrar, tornando

assim, uma profissional qualificada.

E a Deus por estar presente na minha vida e da minha família.

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v

“A mente que se abre a uma nova idéia, jamais

voltará ao seu tamanho original”.

Albert Eistein

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vi

RESUMO

O presente trabalho foi realizado na churrascaria Meu Cantinho, e teve como objetivo principal propor ações de relacionamento com os clientes da empresa com o intuito interagir com ações destinadas a conceder a satisfação total dos clientes mais lucrativos e atingir a maior freqüência daqueles menos assíduos. Para se caracterizar o trabalho, foi-se introduzido o assunto a ser abordado, juntamente com os objetivos e a justificativa. Em se tratando da fundamentação teórica, foram pesquisados diversos assuntos afins sobre o envolvimento do processo de relacionamento, seja no quesito de conceituar o mercado e suas abordagens, introduzindo o marketing para restaurante e assuntos correlacionados à satisfação do cliente. No capítulo do marketing de relacionamento foi abordada a importância de reter seus clientes ao invés de buscá-los, tratá-los de maneira que atinjam suas expectativas com relação aos serviços e produtos oferecidos pela empresa, e tendo como finalidade, ações de relacionamento descritas por alguns autores. Para que pudesse levantar alguns dados da empresa, fez-se necessário uma entrevista informal com um dos proprietários da churrascaria, Fabrício Barni, que por meio de um roteiro de entrevista, pode-se obter informações sugestivas para o desenvolvimento do trabalho. E para alcançar os objetivos apontados no mesmo, foi necessária a aplicação da pesquisa que foi realizada com 404 clientes que freqüentaram a churrascaria Meu Cantinho entre os dias 24 e 30 de abril de 2006, nos períodos do almoço e jantar, contando que no domingo à noite o estabelecimento não abre. A pesquisadora observou durante esta semana de pesquisa que há uma diferença do público que freqüenta os dias de semana para os de finais de semana. Esta pesquisa foi caracterizada quantitativa descritiva com abordagens qualitativas. A apresentação dos dados deu-se por uma amostra aleatória simples. A análise exploratória dos dados deu-se por meio de classificação simples e por dupla classificação. Através dos resultados apresentados foram propostas ações de relacionamento que contribuirão para o enriquecimento da interação dos clientes junto à empresa.

Palavras-chave: marketing de relacionamento, clientes e restaurante.

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vii

ABSTRACT

The present work was carried through in would churrascaria Meu Cantinho, and had as objective main to consider action of relationship with the customers of the company with intention to interact with destined actions to grant the satisfaction total of the customers most lucrative and to reach the biggest frequency of the those less assiduous ones. To characterize the work, the subject was introduced to be boarded, together with the objectives and the justification. In if treating to the theoretical recital, diverse similar subjects on the envolvement of the relationship process, either in the question to appraise the market and its boardings had been searched, introducing the marketing for restaurant and subjects correlated to the satisfaction of the customer. In the chapter of the relationship marketing the importance to hold back its customers instead of searching them was boarded, to treat them thus they reach its expectations with relation to the services and products offered for the company, and having as purpose, described actions of relationship for some authors. So that it could raise some data of the company, an informal interview with one of the proprietors became necessary of would churrascaria, Fabrício Barni, that by means of an interview script, can be gotten suggestive information for the development of the work. E to reach the objectives pointed in exactly, was necessary the application of the research that was carried through with 404 customers who had frequented it would churrascaria Meu Cantinho between days 24 and 30 of April of 2006, in the periods of the lunch and supper, counting that in the sunday to the night the establishment does not open. The researcher observed during this week of research that has a difference of the public who frequents the days of week for the ones of week ends. This research was characterized quantitative descriptive with qualitative boardings. The presentation of the data was given for simple a random sample. The exploratory analysis of the data was given by means of simple classification and for double classification. Through the presented results they had been proposals actions of relationship that will contribute for the enrichment of the interaction of the customers together the company.

Key-words: marketing of relationship, customers and restaurant.

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viii

Lista de ilustrações

Figura 1 – Metas da análise da concorrência...........................................................................19

Figura 2 – Componentes da análise da concorrência .............................................................20

Figura 3 – Etapas da análise da concorrência..........................................................................21

Figura 4 – Ciclo PDCA ............................................................................................................29

Quadro 1 – Os 11 C´s do marketing de relacionamento e suas descrições. .............................32

Quadro 2 – Grupos específicos de clientes...............................................................................40

Gráfico 1 – Como as empresas mensuram o feedback do cliente.............................................28

Gráfico 2 – Opinião dos clientes pesquisados quanto as Ações de Relacionamento...............64

Gráfico 3 – Classificação de grupo de clientes pela escala de gasto mensal...........................66

Gráfico 4 – Opinião dos clientes pesquisados quanto à caixa de sugestões e reclamações.....67

Gráfico 5 – Opinião dos clientes pesquisados quanto a Utilização da Internet.......................69

Gráfico 6 – Opinião dos clientes pesquisados quanto as Ligações Telefônicas......................71

Gráfico 7 – Opinião dos clientes pesquisados quanto a envio de e-mails...............................72

Gráfico 8 – Opinião dos clientes pesquisados quanto à promoção de eventos sociais............73

Gráfico 9 – Opinião dos clientes pesquisados quanto a promoções temporárias....................74

Gráfico 10 – Opinião dos clientes pesquisados quanto ao espaço exclusivo para crianças....76

Gráfico 11 – Opinião dos clientes pesquisados quanto ao Entretenimento.............................78

Gráfico 12 – Opinião dos clientes pesquisados quanto a novidades no cardápio....................80

Gráfico 13 – Opinião dos clientes pesquisados quanto a cortesias pelo nº de freqüência.......82

Gráfico 14 – Opinião dos clientes pesquisados quanto ao Reconhecimento e Tratamento

Especial...............................................................................................................84

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ix

Gráfico 15 – Com que periodicidade os clientes freqüentam CHURRASCARIAS................86

Gráfico 16 – Com que periodicidade os clientes freqüentam o MEU CANTINHO...............87

Gráfico 17 – O que faz o cliente dar preferência ao MEU CANTINHO.................................89

Gráfico 18 – Dias da semana que os clientes costumam freqüentar o Meu Cantinho.............91

Gráfico 19 – Período que os clientes costumam freqüentar o Meu Cantinho..........................92

Gráfico 20 – Com quem os clientes costumam freqüentar o Meu Cantinho...........................93

Gráfico 21 – Quanto os clientes costumam gastar em média no Meu Cantinho.....................95

Gráfico 22 – Classificação dos entrevistados quanto ao sexo.................................................96

Gráfico 23 – Classificação dos entrevistados quanto à faixa etária.........................................97

Gráfico 24 – Opiniões de melhorias sugeridas pelos clientes..................................................99

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x

Lista de tabelas

Tabela 1 – Classificação de número de clientes pesquisados quanto os dias da semana que foi

aplicada a pesquisa ...........................................................................................................57

Tabela 2 – Classificação dos pesquisados quanto ao período da pesquisa...............................58

Tabela 3 - Quanto à freqüência.................................................................................................59

Tabela 4 - Quanto à média de gastos. .......................................................................................59

Tabela 5 - Quanto à média de gasto mensal. ............................................................................60

Tabela 6 – Quanto ao grau de importância...............................................................................64

Tabela 7 – Classificação de grupo de clientes pela escala de gasto mensal .............................67

Tabela 8 – Opinião dos clientes pesquisados quanto à caixa de sugestões e reclamações ......68

Tabela 9 – Opinião dos clientes pesquisados quanto a Utilização da Internet .........................70

Tabela 10 – Opinião dos clientes pesquisados quanto as Ligações Telefônicas .....................72

Tabela 11 – Opinião dos clientes pesquisados quanto a envio de e-mails ...............................73

Tabela 12 – Opinião dos clientes pesquisados quanto à promoção de eventos sociais...........74

Tabela 13 – Opinião dos clientes pesquisados quanto a promoções temporárias ...................75

Tabela 14 – Opinião dos clientes pesquisados quanto ao espaço exclusivo para crianças ......77

Tabela 15 – Opinião dos clientes pesquisados quanto ao Entretenimento ..............................79

Tabela 16 – Opinião dos clientes pesquisados quanto a novidades no cardápio......................81

Tabela 17 – Opinião dos clientes pesquisados quanto a Cortesias pelo nº de Freqüência .......83

Tabela 18 – Opinião dos clientes pesquisados quanto ao Reconhecimento e Tratamento

Especial.............................................................................................................................85

Tabela 19 – Quanto à periodicidade da freqüência dos clientes em CHURRASCARIAS ......87

Tabela 20 – Quanto à periodicidade da freqüência dos clientes no MEU CANTINHO..........88

Tabela 21 – Quanto à preferência dos clientes em relação ao MEU CANTINHO..................90

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Tabela 22 – Quanto ao dia da semana que mais freqüenta o MEU CANTINHO....................92

Tabela 23 – Quanto ao período que os clientes costumam freqüentar o MEU CANTINHO ..93

Tabela 24 – Com quem os clientes costumam freqüentar o Meu Cantinho .............................94

Tabela 25 – Quanto ao valor gasto em média no MEU CANTINHO......................................96

Tabela 26 – Quanto ao sexo ....................................................................................................97

Tabela 27 – Quanto à faixa etária.............................................................................................98

Tabela 28 – Quanto as sugestões dos clientes .........................................................................99

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SUMÁRIO

Resumo .................................................................................................................................................................. vi

Abstract ................................................................................................................................................................vii

Lista de ilustrações .............................................................................................................................................viii

Listas de tabelas.................................................................................................................................................... ix

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................1

1.1 DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA .......................................................................2

1.2 OBJETIVOS.................................................................................................................4

1.2.1. Objetivo geral ...............................................................................................4

1.2.2. Objetivos específicos....................................................................................4

1.3 JUSTIFICATIVA ...........................................................................................................5

1.4 APRESENTAÇÃO GERAL DO TRABALHO ......................................................................5

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.....................................................................................7

2.1 ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING .............................................................................7

2.1.1. Variáveis do Composto de Marketing ..........................................................9

2.2 DEFINIÇÃO DE MERCADO ........................................................................................11

2.2.1. A Segmentação Estratégica de Mercados...................................................12

2.2.2. Requisitos para a Segmentação ..................................................................13

2.2.3. Critérios para a Segmentação de Mercado .................................................14

2.3 MERCADO NO SETOR DE RESTAURANTES ................................................................15

2.3.1. Posicionamento...........................................................................................17

2.3.2. Análise da Concorrência.............................................................................18

2.3.3. Como Conhecer e Identificar o Cliente ......................................................22

2.3.4. Qualidade de Serviços ................................................................................24

2.3.5. Focalizando a Satisfação do Cliente...........................................................26

2.3.6. Marketing para Restaurantes ......................................................................29

2.4 MARKETING DE RELACIONAMENTO ........................................................................31

2.4.1. Tecnologia da Informação ..........................................................................36

2.4.2. Ferramentas de Marketing de Relacionamento ..........................................38

2.4.3. Database em Marketing ..............................................................................38

2.4.4. Customer Relationship Management (CRM).............................................40

2.4.5. Marketing One To One...............................................................................43

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2.4.6. A Importância da Comunicação no Processo de Relacionamento com os

Clientes .......................................................................................................46

2.4.7. O Valor do Cliente......................................................................................48

2.4.8. Ações de Marketing de Relacionamento ....................................................51

3 DESCRIÇÃO DO MÉTODO..........................................................................................54

3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA .................................................................................54

3.2 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO .......................................................................................55

3.3 MÉTODO DE COLETAS DE DADOS ............................................................................56

3.4 TÉCNICA DE ANÁLISE DOS DADOS...........................................................................58

3.5 LIMITAÇÃO DA PESQUISA.........................................................................................60

4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ..........................................................61

4.1 ENTREVISTA COM O PROPRIETÁRIO .........................................................................61

4.2 PESQUISA COM OS CLIENTES ...................................................................................63

4.3 RELATÓRIO GERAL DOS DADOS ..............................................................................64

4.4 PERFIL DO CLIENTE ...............................................................................................101

5 RESULTADOS DA APLICAÇÃO ...............................................................................102

5.1 PROPOSTA DE AÇÕES DE MARKETING DE RELACIONAMENTO ...............................102

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................107

REFERÊNCIAS ...................................................................................................................110

APÊNDICES .........................................................................................................................113

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1 INTRODUÇÃO

Atualmente, as empresas estão se deparando com uma “turbulência” de concorrentes

que promovem diversas estratégias para obterem um diferencial no mercado, a fim de chamar

a atenção dos consumidores. Vale salientar que para isso, as empresas investem em estratégias

de marketing, sem muitas vezes tomar conta que quem avalia a qualidade dos serviços, na

maioria das vezes, são os clientes, com relação ao que eles querem e como querem adquirir

um produto ou procurar um serviço.

A maneira pela qual as empresas interagem com seus clientes tem sofrido mudanças

significativas nos últimos anos. Dar continuidade a um negócio com o cliente não pode ser

considerado mais garantido. Empresas têm descoberto que precisam entender melhor seu

cliente e rapidamente dar respostas para satisfaze-los. Além disso, o prazo que essas respostas

precisam ser dadas tem encolhido. Não é mais possível esperar que os sinais de insatisfação

do cliente sejam óbvios para se tomar ações. Para ter sucesso, as empresas precisam ser pró-

ativas e anteciparem os desejos dos clientes.

Este estudo foi feito para analisar o mercado que a Churrascaria Meu Cantinho atua e

propor idéias para que os clientes possam se sentir valorizados e importantes pela empresa.

Para tanto, foi estudada uma série de informações baseados no mercado atuante, sendo um

setor bem abrangente no que diz respeito em identificar as necessidades e desejos do

consumidor. Propõe-se um assunto que abrange desde a simples abordagem do proprietário da

empresa até as ações a serem utilizadas para manter relacionamento com os clientes, sejam

eles atuais ou novos.

O tema que foi proposto é de grande valia para empresários que queiram atingir o

sucesso por um período de longo prazo, mas para isso é preciso da colaboração, determinação

e interação dos colaboradores que fazem parte da organização. Por isso, o marketing de

relacionamento que por sua vez não é somente uma estratégia utilizada por meio da

tecnologia de informação, mas também um estudo relacionado a atender as necessidades e

desejos dos clientes sendo interagidos para com a empresa. Muitas empresas acham que

somente a área de vendas é responsável pelas ações de relacionamento, mas que não é bem

assim, toda a empresa pode estar envolvida com o processo para que todo o contato com o

cliente possa ser um trabalho contínuo para conhece-lo e interagir com as informações que

dizem respeito aos seus hábitos e costumes e consecutivamente tornem-se mais

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freqüentadores da churrascaria. Para isso, o trabalho irá contextualizar assuntos que dizem

respeito a todo esse envolvimento com o cliente, portanto vale a pena tomar conhecimento de

tudo isso.

Para dar continuidade ao entendimento do propósito deste projeto, os administradores

tomadores de decisões podem usar imaginação e capacidade de raciocínio lógico para acelerar

os efeitos da competição e a velocidade das mudanças, podendo considerar que os

competidores estão cada vez mais “perigosos” e atentos com relação às ações que estão sendo

atuadas para se sobressaírem diante da concorrência. As diferenças entre uma empresa e outra

são a base de vantagens no mercado que atua. Contudo, imaginação e lógica são apenas dois

dos fatores que determinam deslocamentos no equilíbrio competitivo (MONTGOMERY e

PORTER, 1998).

No entanto, este projeto que se trata sobre marketing de relacionamento tem o intuito

de maximizar a satisfação dos clientes atuais por meios de programas de relacionamentos

como forma de ações para se destacar no mercado competitivo e manter a clientela, trazendo-

os regularmente para a churrascaria Meu Cantinho.

1.1 Descrição da situação problema

A churrascaria Meu Cantinho está atuando no mercado desde Setembro de 1987, é

uma empresa que está crescendo gradativamente, atingindo a classificação de médio porte.

Foi fundada por uma família que fixou moradia em São José com o objetivo de levar ao

consumidor a “extensão da sua casa”, um termo utilizado pelos administradores da empresa,

onde o cliente possa se sentir à vontade num ambiente agradável e servi-los com um tempero

especial da “casa”.

Há cinco anos está localizada no bairro Kobrasol a margem da BR 101, próximo do

Shopping Itaguaçu. Está a 7 km do centro de Florianópolis, num estabelecimento bem

distribuído e projetado com estacionamento e segurança.

Além da churrascaria Meu Cantinho do bairro Kobrasol há uma filial localizada no

bairro de Campinas (Espeto Corrido e Galeteria).

O público-alvo dos restaurantes é diferenciado: no bairro de Campinas, classe média, e

no Kobrasol, classes média e alta. São clientes que têm hábitos e preferências alimentares

bastante diferenciadas, ou seja, na churrascaria do bairro de Campinas, as opções de carnes

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3

servidas são em espetos corridos, e na churrascaria do bairro Kobrasol as mesmas são servidas

na tábua.

Em se tratando dos concorrentes diretos, segundo entrevista realizada com o

administrador da empresa, cita-se algumas churrascarias da região (Tropilha Grill, Meneghini,

Pegorini, entre outras), os indiretos são aqueles que trabalham com alimentação em geral

(pizzarias, restaurantes) e uma das estratégias que a empresa emprega para se diferenciar da

concorrência é manter a qualidade dos produtos e melhorar cada vez mais o atendimento.

O programa de relacionamento para restaurantes trará à empresa maior proximidade

junto aos clientes, e para isso, é preciso “cuidar” deste aspecto com os funcionários, os

fornecedores e, com o foco principal que são os clientes.

A churrascaria Meu Cantinho, vêm mantendo a estratégia de conquistar seus clientes

da maneira mais simples possível, recebendo-os sempre com satisfação, e trazendo-os para

dentro da empresa como integrantes do processo de desenvolvimento e adaptação de produtos

e serviços.

Por meio da análise realizada na empresa pôde ser observado que há um cuidado com

relação à qualidade no atendimento, mas para manter a fidelização dos clientes é necessário

sempre estar em inovação, ou seja, a empresa precisa constantemente se adequar às

necessidades dos clientes.

O conceito utilizado no presente trabalho sobre “fidelização” significa manter e

aumentar a freqüência dos clientes, além de promover a empresa para que quando pensarem

em churrascaria, lembrarem do Meu Cantinho. Vale ressaltar que também se trata de um

plano de ação para causar o marketing boca a boca.

Este segmento de mercado que a churrascaria atua depende não somente de qualidade

dos produtos, mas também da qualidade dos serviços. E para isso, o proprietário tem

implementado algumas ações de relacionamento, porém, são ações empíricas dadas pelas suas

idéias, que poderiam ser acrescidas de um estudo acadêmico, sendo uma proposta de comum

acordo da acadêmica e do proprietário.

Através de uma conversa informal com o proprietário, foi identificado que a empresa

está num processo de expansão com o intuito de atender uma gama maior de clientes. Com

essa mudança de foco, sair do convencional “churrascaria” e oferecer variedades no cardápio,

que constantemente tratará das necessidades do cliente que por sua vez está mais preocupado

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com a qualidade de vida tendo novas preferências na questão “alimentação”. E a proposta de

ações de marketing de relacionamento vem, contudo, trazendo novas formas de relacionar-se,

mantendo a clientela, e possivelmente conquistar novos clientes.

Somado a isso, foi identificado que há uma concorrência bem considerável neste setor

de restaurantes e a abertura de uma nova churrascaria na região foi um fator preocupante para

o proprietário da churrascaria Meu Cantinho. E para manter a clientela e atingir novos clientes

foram propostas ações de marketing de relacionamento, sendo uma estratégia voltada para os

clientes.

Atualmente no restaurante, são trabalhados ações de relacionamento com os clientes

que com freqüência utilizam os serviços de tele-entrega, e por meio deste serviço são

monitorados os números de ligações realizados no período de até vinte pedidos, considerando

que no 11º o cliente recebe uma refeição gratuita. E após isso, há um funcionário que faz a

pós-venda para obter informações referentes à satisfação do cliente com relação à qualidade

do serviço. O banco de dados nesse caso, e diversas estratégias possibilitam a churrascaria

Meu Cantinho identificar seus clientes e saber o que necessitam, e uma forma de interagir

com seus clientes é manter relacionamentos duradouros, sendo um negócio que possibilitará a

empresa atingir bons resultados.

Com todo o diagnóstico feito na empresa, identificou-se a oportunidade de propor

ações de relacionamento para conquistar a fidelização dos clientes.

1.2 Objetivos

Neste item serão apresentados objetivos que dizem respeito ao fundamento deste

trabalho.

1.2.1. Objetivo geral

Propor ações de marketing de relacionamento para a churrascaria Meu Cantinho.

1.2.2. Objetivos específicos

− Levantar as atuais ações de relacionamento existentes na empresa;

− Identificar o perfil do cliente;

− Classificar os clientes por nível de gasto mensal e freqüência no restaurante.

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1.3 Justificativa

O mercado atual está sofrendo uma “revolução”, a globalização tem oferecido ao

consumidor diversas opções de produtos e serviços, aumentando conseqüentemente a

concorrência, contudo, as empresas estão sendo deparadas com mudanças que estão levando-

as a ter que considerar cada vez mais seus clientes, sendo que o bom relacionamento reflete na

credibilidade da empresa, por isso, o tema de marketing de relacionamento vem para

“revolucionar” e atrair profissionais de diversas áreas.

Este projeto foi realizado para promover os clientes junto à empresa, identificar suas

necessidades e desejos, manter contatos, oferecer promoções relâmpagos, “momentos

mágicos” e diversas outras ações de relacionamento que ao decorrer do trabalho serão

identificadas.

Outro aspecto fundamental para a elaboração deste projeto foi o interesse da autora em

se focar nos clientes, acreditando que na era da informação o marketing de relacionamento

trará a empresa mais uma oportunidade de “alavancar” seu negócio, propondo um trabalho de

qualidade ao proprietário da empresa para que esta cresça e obtenha mais sucesso.

1.4 Apresentação geral do trabalho

Em virtude de apresentar um trabalho que trata de marketing de relacionamento, foram

apontados alguns assuntos correlacionados para que o leitor possa compreender os objetivos

relatados no trabalho.

No primeiro capítulo foi apresentado um contexto geral onde se encontram as

descrições da situação problema, onde através de um diagnóstico aplicado na empresa pode-se

identificá-lo, em seguida seus objetivos (geral e específicos) e a justificativa. A partir desta

apresentação geral do trabalho iniciou-se o segundo capítulo, a fundamentação teórica

baseada por autores.

No terceiro capítulo, está presente a metodologia que foi aplicada para a realização

da pesquisa. Em seguida, no quarto capítulo foi apresentadas a análise e interpretação dos

dados da pesquisa.

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No quinto capítulo foi apresentado o resultado da pesquisa, que através da análise dos

dados por questionários aplicados com os clientes, e do roteiro de entrevista com o

proprietário da empresa, pôde-se obter os resultados.

E encerrando o trabalho, foram apresentados no sexto capítulo às considerações finais

juntamente com suas referências e apêndices.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Com base em diversos autores foi possível tomar conhecimento de conceitos

relacionados à administração de marketing em geral, tendo como propósito à identificação da

necessidade de tratar o marketing e suas respectivas estratégias como sendo importantes para

as empresas que estejam preocupadas em manter-se no mercado.

Logo, o conceito de administração de marketing servirá como introdução de uma série

de contextos concomitantemente interligados um aos outros para o entendimento do estudo de

marketing em geral. E o marketing de relacionamento que se trata do assunto principal deste

projeto.

2.1 Administração de Marketing

O marketing é uma ferramenta fundamental para promover a empresa, mas por trás

disso há uma série de “contextos” a serem estudados, pois ressaltam a importância do

conhecimento do mercado atual e da concorrência, e bem como dos atributos relacionados a

satisfazer as necessidades e desejos dos clientes. Portanto, identificar e conhecer seu público-

alvo são um dos critérios a serem estudados neste capítulo.

De maneira mais abrangente, o “marketing é um processo social e gerencial pelo qual

indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de

produtos de valor com outros” (KOTLER, 1998, p. 27).

Entende-se de uma maneira geral que marketing baseia-se em alguns conceitos

centrais: necessidades, desejos e demandas; produtos (bens, serviços e idéias); valor, custo e

satisfação; troca e transações; relacionamentos e redes; mercados; e empresas e consumidores

potenciais (KOTLER, 1998). O autor Vavra (1993, p.41) define que:

marketing é o processo de conceber, produzir, fixar preço, promover e distribuir idéias, bens e serviços que satisfazem as necessidades de indivíduos e organizações. Incorpora toda a miríade de processos de mudança para distribuir produtos e serviços. Requer também previsão para antecipar as mudanças ambientais e modificar as ofertas para competir em um mercado mutante com maior eficácia.

Boone e Kurtz (1998, p. 10) complementam afirmando que “o conceito de marketing é

uma orientação de toda a empresa para o consumidor, com o objetivo de obter sucesso de

longo prazo. (...) Todas as facetas da organização devem priorizar a avaliação dos desejos e

necessidades do consumidor e depois a sua satisfação”.

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A administração de marketing engloba os processos de troca que exigem qualidade no

trabalho, dedicação e experiência. Nesta perspectiva, as empresas necessitam passar de uma

filosofia centrada no produto e na transação para uma filosofia voltada ao cliente.

Segundo Kotler (1998, p. 32) "Administração de marketing é o processo de

planejamento e execução da concepção, preço, promoção e distribuição de idéias, bens e

serviços para criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais".

Essa definição reconhece que a administração de marketing é um processo que envolve

análise, planejamento, implementação e controle para o processo que classifica os fatores

envolvidos ao produzir a satisfação dos clientes (KOTLER, 1998).

De acordo com Zenone (2001) os consumidores estão cada vez mais exigentes, e sabe-

se que através de pesquisas foi identificado que em cada cinco clientes insatisfeitos, um deles

poderá levar informações negativas para seu meio de relacionamento sendo um motivo

preocupante para a empresa, é possível imaginar quanto de prejuízo isso pode causar a uma

organização. Por isso, a equipe de funcionários deve ser bem treinada ao atender e servir um

cliente, seja potencial ou não.

O diferencial do mercado é: [...] "antecipar as necessidades de seus clientes,

possibilitando estar um salto à frente de seus concorrentes, e para isso é necessário

analisarmos os cenários futuros e tendências" (ZENONE, 2001, p. 13).

Hoje, o marketing não é uma função; é uma forma de fazer negócios (MACKENNA,

1992). Tem que ser uma atividade difundida, onde todas as áreas da empresa possam ficar

envolvidas com a produtividade e qualidade, pensando principalmente em satisfazer seus

clientes com as melhores intenções possíveis, conhecendo-os literalmente para que se sintam

importantes para a empresa.

O marketing muitas vezes é confundido com uma nova campanha publicitária ou uma

promoção de vendas, mas que na verdade, além de fazer parte também desta área, está

vinculada a uma série de estudos baseados em atender as necessidades e desejos dos clientes.

O marketing depende de pessoas experientes e talentosas que adquiram conhecimento

e desenvolvam estratégias para atrair e manter clientes. Segundo Mackenna (2000), o

marketing é função intermediária. Para o autor, ele se encontra entre a companhia produtora e

o mercado. E para Sviokla e Shapito (1994, p. 23):

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O executivo de marketing tem de ser interativo, tanto internamente – sintetizando a capacidade tecnológica com necessidades do mercado – como externamente – trazendo o cliente para a empresa, como participante do processo de desenvolvimento e adaptação dos produtos e serviços.

O novo marketing está cada vez mais próximo da tecnologia da informação, há uma

vasta gama de aplicativos que está mudando o modo de trabalhar, interagir, perceber o

mundo. A Internet pode ser considerada uma das ferramentas mais importantes atualmente

para a obtenção de diversas informações que são favoráveis à atuação empresarial. As novas

tecnologias estão mudando a configuração competitiva do mercado, bem como as atitudes e

exigências dos consumidores.

Segundo Sviokla & Shapiro (1994 p. 19) “a transformação do marketing é

impulsionada pelo enorme poder e ampla disseminação da tecnologia. Esta, atualmente, está

tão difundida que se torna virtualmente sem sentido fazer distinções entre negócios e

empresas de tecnologia e de não-tecnologia”.

Após todo um entendimento do conceito de marketing é necessário ter um cuidado

específico com algumas variáveis que nela se compõe, assunto que será abordado a seguir.

2.1.1. Variáveis do Composto de Marketing

Assim que é selecionado um público-alvo, o marketing tem a função de direcionar as

atividades da empresa para satisfazer determinado segmento de forma mais lucrativa. Apesar

de ter centenas de variáveis envolvidas, a tomada de decisões de marketing pode ser dividida

em quatro estratégias: de produto, de preço, de distribuição e de comunicação. Este conjunto

forma o composto de marketing, ou marketing mix, esses elementos de estratégia formam uma

combinação para atender às necessidades e preferências de cada mercado-alvo específico

(BOONE & KURTZ, 1998).

A fim de entender o mercado que está sendo explorado, essas estratégias mostram

significamente seus principais objetivos para serem trabalhados individualmente. Segundo

Boone & Kurtz (p. 19, 1998), “também deveria enfatizar que o consumidor não é um

componente do composto de marketing, uma vez que os profissionais de marketing têm pouco

ou nenhum controle sobre o comportamento futuro dos consumidores atuais e potenciais”.

Os elementos de uma estratégia de marketing segundo Boone & Kurtz (1998), são:

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• Estratégias de Produto: Em marketing, a palavra produto significa mais do que bem,

serviço ou idéia, é um conceito amplo que também leva em conta a satisfação de todas

as necessidades do consumidor em relação a ele. Assim, considera-se que esta

estratégia envolve mais do que apenas decidir que produtos ou serviços a empresa

deveria oferecer a um grupo de consumidores.

• Estratégia de Preço: considerada uma das áreas mais difíceis para decisão de

marketing, que trata de métodos de estabelecimento de preços lucrativos e

justificáveis. Um dos fatores que influenciam esta estratégia criada pelo profissional

de marketing é a competitividade.

• Estratégia de Distribuição (Praça): Esta estratégia é posta em prática para assegurar

que seus produtos estejam disponíveis nas quantidades apropriadas nos lugares e

momentos certos. Todo esse processo envolve vários fatores, como: meios de

transporte, armazenamento, controle de estoque, processamento de encomendas e

seleção de marketing. A estratégia de distribuição apresenta tópicos que incluem canal

e atacado, varejo e distribuição física.

• Estratégia de Promoção: Promoção é o elo de comunicação entre vendedores e

compradores. Essa comunicação pode ser repassada direta pelo pessoal de vendas, ou

indiretamente por meio de anúncios e promoções de vendas. Desenvolvendo uma

estratégia promocional, os profissionais de marketing misturam vários elementos de

promoção para se comunicarem de forma mais eficaz com seu público-alvo.

Logo, Berry (1990 apud VAVRA, 1993, p. 33) afirma que o mercado de hoje requer

que novos elementos sejam adicionados ao composto de marketing para auxiliar a empresa a

tornar-se competitiva. Adaptando as idéias de Berry para uma perspectiva pós-marketing, o

novo composto de marketing pode ser o seguinte:

• Produto: qualidade, confiança e características;

• Preço: preço cobrado, condições de preço, e ofertas de preço;

• Distribuição: acessibilidade aos bens ou às instalações do fornecedor e acessibilidade

do cliente;

• Promoção: propaganda pré-venda, publicidade e promoções de vendas;

• Comunicações com o cliente: programas de comunicação pós-venda (revistas

próprias, eventos, etc.), código 800 (discagem direta gratuita) e serviço de atendimento

de reclamações e de cumprimentos aos clientes;

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• Satisfação do cliente: monitoramento das expectativas e a satisfação delas com os

produtos ou serviços disponíveis e com o sistema de entrega;

• Serviço: serviço pré-venda, serviço pós-venda e atividades de conveniência do

consumidor.

Com o mercado competitivo, logo se pode observar a interação que propicia o

envolvimento das estratégias para obter a diferenciação diante os concorrentes ou até mesmo

para manter uma imagem da marca e/ou produto de qualidade para os consumidores. Dessa

maneira, Cobra (1992, p. 43) afirma:

Isso significa entender que, para satisfazer às necessidades dos consumidores, é preciso que os produtos e serviços, a serem ofertados tenham boa qualidade, que as características atendam aos gostos dos consumidores, com boas opções de modelos e estilos, com nome atraente da marca, acondicionados em embalagens sedutoras, em variados tamanhos de produtos, com serviços e quantias ao usuário que proporcionem adequados retornos financeiros à organização.

No entanto, com todas essas ferramentas é possível atingir bons resultados futuros

com relação ao desempenho funcional da empresa propriamente dita.

Para que tenha um entendimento com relação ao mercado em si, em seguida terá a sua

definição.

2.2 Definição de Mercado

O mercado é o grupo de compradores reais e potenciais de um produto, havendo uma

troca simultânea, composta de consumidores, não-consumidores, concorrência, fatores

econômicos, sociais e principalmente pessoas.

Segundo Feijó (2002), o mercado deve ser definido a partir da existência de uma

necessidade. Onde não há necessidade, não há mercado. É essa a condição básica para a

existência de uma oportunidade, atual ou futura, para a empresa. Mas não basta somente a

oportunidade e a existência de uma necessidade, elas têm de ser percebidas pelo consumidor e

que ele tenha condições de adquiri-la.

Pode-se considerar como três condições básicas para que exista um mercado: a

percepção do consumidor da existência de uma necessidade; que exista pelo menos um

produto para satisfaze-lo; que exista a capacidade de compra.

Sob o ponto de vista do marketing, o termo mercado pode ser visto pelas formas:

mercado potencial e mercado existente (FEIJÓ, 2002).

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Mercado Existente: é aquele que existem produtos ou serviços que atendam a uma

necessidade percebida pelos consumidores que dispõem de recursos para consumi-los.

Mercado Potencial: é aquele que uma das condições não ocorre.

O cerne da moderna estratégia de marketing pode ser descrito, segundo Kotler (1998),

em SPA (segmentação e posicionamento no mercado-alvo).

2.2.1. A Segmentação Estratégica de Mercados

A segmentação subentende-se como um processo de identificação de mercado, onde a

empresa atua para atingir seu público-alvo. Contudo, é possível observar que o marketing é

um fator predominante nesse assunto, pois trata de adaptar os produtos e serviços, tendências

e uma série de necessidades específicas de agrupamentos homogêneos de consumidores. E

com essa finalidade as técnicas de posicionamento de produtos nos respectivos mercados-alvo

ganham força.

Conforme Cobra (1992, p. 277), os passos para o correto posicionamento de um

produto em seus respectivos segmentos de mercado podem ser assim descritos:

1º passo – identificar necessidades não satisfeitas;

2º passo – identificar agrupamentos homogêneos de consumidores com necessidades

não satisfeitas;

3º passo – avaliar o potencial de compra de cada agrupamento homogêneo de

consumidores;

4º passo – escolher agrupamentos homogêneos que se deseja atingir;

5º passo – identificar o posicionamento de cada produto concorrente existente em cada

agrupamento homogêneo (segmento de mercado) de consumidores;

6º passo – desenvolver uma estratégia de posicionamento capaz de diferenciar

significativamente o produto em seus respectivos segmentos de mercado.

O mercado é constituído de compradores, e eles são individualizados em gostos e

preferências. Identificar compradores com comportamentos de compra homogêneos é o

grande desafio da segmentação de mercado (COBRA, 1992).

As pessoas estão naturalmente agrupadas heterogeneamente e a segmentação de

mercado visa agrupá-las em segmentos mais homogêneos.

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Diz Pinto (apud Cobra, 1992, p. 278) que “afinal, mercados são pessoas, pessoas são

indivíduos, e os indivíduos são ‘individuais nas suas preferências, nas suas necessidades, nos

seus gostos, nas suas idiossincrasias. E a busca desses grupos homogêneos de consumidores,

num certo sentido, talvez seja o objetivo, por excelência, da atividade de marketing’”.

Com base nos objetivos de determinado negócio, a estratégia é trabalhada

adequadamente com relação ao setor e seus propósitos medidos pelas necessidades do ponto

estratégico analisado para a satisfação do público-alvo. E é claro, que o composto de

marketing faz parte de todo o processo de direcionar as atividades da empresa para satisfazer

este segmento de maneira lucrativa.

Para Boone & Kurtz (1998, p. 19), “como o ponto central das atividades de marketing

é o consumidor, nenhuma organização de marketing inicia suas estratégias globais sem

descrições detalhadas do seu mercado-alvo – o grupo de pessoas a quem a empresa decide

dirigir seus projetos de marketing”.

Infelizmente, nem sempre o direcionamento dos esforços de marketing para todos os

compradores de um mercado é suficiente para que se consigam bons resultados. Uma das

maiores dificuldades para “ação no mercado” e que os consumidores ou os clientes são

diferentes (LAS CASAS, 2001).

2.2.2. Requisitos para a Segmentação

Nem sempre a divisão de mercado poderá resultar em bons negócios para a empresa.

Certos segmentos são tão inexpressivos que não justificam a elaboração de um programa de

marketing específico. Alguns requisitos para uma boa segmentação são necessários. Serão

citados a seguir:

Um segmento precisa ser claramente especificamente identificado e medido. Para que

seja claramente identificado o segmento, é necessário conhecer quem está dentro e fora dele, e

assim, obter dados acerca de grupos, como dados demográficos, sociais e culturais. E através

destes dados será possível determinar o potencial do segmento e a estratégia de marketing que

será implementada (COBRA, 1992).

Além da identificação, é importante saber a possibilidade de quantificação,

determinando o número de consumidores que constituem o segmento determinado pelo

mercado-alvo para ser estudado. Por exemplo, pode-se citar um grupo de homens entre 35 e

50 anos de estratos superiores com bom nível cultural. Com esses dados, é possível segmentar

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o público direcionado, facilitando na estratégia determinada num conhecimento quantitativo

do mercado (LAS CASAS, 2001).

Um critério importante para a segmentação é o de saber se o mesmo reagirá ou não aos

esforços de marketing, ou seja, é preciso atingir segmentos que sejam razoavelmente comuns

(COBRA 1992). Com isso, facilitará no desenvolvimento dos programas de marketing

específicos para atingir as necessidades daquele grupo de consumidores escolhidos. Segundo

Las Casas (2001 p. 114):

Com a segmentação, o administrador deve ter condições de atingir o segmento com programa específico. Neste sentido, se uma empresa escolher o mercado-alvo de estudantes para dirigir uma campanha, ele deverá usar de mídias que atinjam estes estudantes, projetar características de preferência deles, escolher um canal que facilite a distribuição e também estabelecer um preço dirigido ao poder aquisitivo deles.

Também é necessário que o segmento seja estável, pois aqueles que surgem e

desaparecem rapidamente não são interessantes de serem trabalhados. Pois, nesse caso é um

tipo de segmento de alto risco, que para empresários pode trazer custos desnecessários e

aborrecimentos.

A tendência normal será procurar segmentos estáveis, cujos processos de mutação

sejam facilmente identificáveis com boa antecedência.

Com base nesses requisitos abordados anteriormente, será visto algumas variáveis para

a segmentação.

2.2.3. Critérios para a Segmentação de Mercado

As características encontradas na formação de segmentação são várias. É claro, que

depende muito do produto comercializado e das exigências do mercado, mas os segmentos

são formados por uma combinação de diversas variáveis, que segundo Las Casas (2001), cita-

se como:

• Características Geográficas: regiões, centros urbanos, cidades, municípios ou

estados.

• Variáveis Demográficas / Sócio-econômicas: idade, sexo, raça,

nacionalidade, renda, educação, tamanho da família, religião e ciclo familiar.

• Variáveis Psicográficas: personalidade, estilo de vida, atitudes, percepção,

etc.

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• Aspectos relacionados ao produto: uso do produto, sensibilidade a preço,

lealdade a marca, benefícios, etc.

• Variáveis Comportamentais: influência na compra, hábitos de compra,

intenção, etc.

A tarefa de identificação de um grupo de consumidores requer análise através de

algumas bases conhecidas e outras novas de segmentação de mercado, pois há uma variação

de acordo com as mudanças sociais, nos hábitos de compra, nos estilos de vida e no

comportamento em geral dos consumidores, por razões econômicas, e diversos fatores que

exigem sofisticação da tecnologia da pesquisa (COBRA, 1992). Portanto, é interessante que

haja nas empresas uma continuidade no processo de classificação e identificação dos

consumidores para segmentar seu mercado-alvo.

2.3 Mercado no Setor de Restaurantes

A segmentação baseada em restaurantes pode-se considerar como um dos setores que

tem um grande potencial suficiente para provocar um crescimento no mercado, e se souber

administrá-los apresentando ao seu público um ambiente agradável, um tipo de especialidade

gastronômica, um serviço de qualidade e um ótimo atendimento poderão permanecer no

mercado a um longo prazo. Com a chegada de empresas multinacionais ao mercado os

resultados sentidos foram imediatos e extremamente benéficos, propiciando conceitos novos

na prestação destes serviços, e até com a prática de preços tão ou mais competitivos e

conquistando público com um marketing diferenciado e criativo.

A preocupação passou a se padronizar serviços, atendimento e princípios de controle

de qualidade, posicionando-se adequadamente no mercado com bases estruturais e linhas de

atuação mais bem definidas, mas não mais como definitivas, pois conclui-se que este

segmento de atividades é muito dinâmico e deve alimentar continuamente a prática criativa

(LÔBO, 1999).

Segundo Maricato (2004, p. 73), “em maior ou menor grau, empresários bem-

sucedidos no ramo de bares e restaurantes percebem que é necessário ter competência e

seriedade na relação com o mercado. Sabem que um estabelecimento deve agradar ao cliente

e não ao proprietário”.

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Logo é possível observar que não é pelo fato que um empresário tenha a necessidade

de abrir um empreendimento que tenha ele deva fazê-lo de acordo com os critérios que

somente lhe satisfaça, mas sim, deve fazer uma pesquisa de mercado para identificar o que o

público-alvo deseja e necessita para que o negócio permaneça atingindo consecutivamente o

sucesso. Dessa maneira, Maricato afirma (2004, p. 73):

Pequenos empresários procuram suprir a falta de recursos para pesquisas usando a intuição, consultando quem tem experiência, fazendo pesquisas informais com amigos, profissionais e colegas, observando bairros, tendências, concorrência potencial, encontrando e discutindo exaustivamente com sócios, de forma a procurar algum nicho de mercado a ser atendido.

O segmento de restaurantes continua propiciando mudanças ditadas pelo mercado e

por influências externas muito significativas. As questões ligadas ao seu gerenciamento,

porém trazem preocupações aos empresários, pois o mercado é desprovido de profissionais

prontos, sendo necessário que as empresas do ramo organizem também estruturas de

treinamento adequadas para a formação e aperfeiçoamento de pessoal, em todas as áreas

carentes, ou procurem consultoria externa especializada, quando a sua dimensão ainda não

comportar serviços próprios. Nesse caso há uma preocupação geral em oferecer serviços de

qualidade para que o cliente perceba e conseqüentemente fique satisfeito levando a

informação para possíveis clientes e assim, sucessivamente (LÔBO, 1999).

O empresário, líder do processo, deve abandonar a cultura impositiva e partenalista –

comuns na sociedade brasileira – e adotar uma administração moderna e participativa,

oferecendo a oportunidade de os funcionários atuarem ativamente não só com braços e

pernas, mas também com corações e mentes. E é a partir dessa iniciativa que a empresa se

torna alvo de oportunidades que levam satisfação de dentro da empresa para fora dela, ou seja,

um funcionário bem instruído e participativo proporcionará ao seu cliente qualidade no

serviço. Portanto, a organização deve ser regida por um sistema de valores positivos que lhe

dêem vida e irriguem todos os setores. Essa nova forma de gestão dá ao funcionário status de

parceiro e colaborador (MARICATO, 2004).

Para Lôbo (1999), administrar um restaurante é como gerir uma empresa qualquer,

respeitadas as normas básicas de estrutura e organização, que são semelhantes em todos os

empreendimentos empresariais, naturalmente considerando-se as devidas proporções e o tipo

de negócio, que possui características próprias e específicas. Administração visa obter a

melhor produtividade e a eficácia necessária para alcançar os resultados programados, sempre

com duas políticas bem nítidas: administrar com motivação permanente o recursos humanos e

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conhecer o grau de satisfação do cliente. Dirigir um restaurante é, antes de mais nada, utilizar

e adaptar os princípios científicos já conhecidos e adotados em outras empresas, sobretudo

com os olhos e os procedimentos voltados para o mercado, isto é, seguindo as tendências e

avançando com mais rapidez agora, deixando para trás métodos superados. Com isso, ficar

atento à concorrência e conhecer os novos hábitos do público consumidor são o início de uma

boa postura, vindo o restante pela tomada de decisão que faça a sua opção pelo crescimento.

Embora a faixa de renda seja um fator relevante para conhecer o mercado consumidor,

existem alguns critérios para determinar o público-alvo, como idade, sexo, nível sócio-

econômico e cultural (MARICATO, 2004).

Independente a linha de atuação do restaurante seja à la carte, self-service ou outra

forma qualquer, alguns fatores definem o desempenho geral de um empreendimento nesta

área. Dentre eles alguns merecem destaque no que tange determinação de um conceito bom

no mercado. São: perfil da clientela, tipos de serviços oferecidos, horários de atendimento,

ambiente, variedade no cardápio, layout e marketing. A organização adequada e o bom

serviço não só destacam o restaurante comercial, mas dão-lhe identidade e conceito

transformando-o em símbolo de categoria capaz de ser reconhecido não só pelos clientes, mas

também pelos concorrentes (LÔBO, 1999).

Contudo, considera-se que nesta linha de critérios fica mais fácil identificar algumas

situações que comprovam real desempenho de um restaurante bem conceituado. Dando

continuidade ao trabalho, a seguir serão contextualizados assuntos que fazem parte desse

âmbito do setor de restaurantes, e em geral no mercado.

2.3.1. Posicionamento

O posicionamento é um critério de a empresa classificar seu mercado-alvo, obter um

diferencial como vantagem para ser competitivo no mercado que nela atua. Contudo, segundo

Holley & Sauders (1996, p. 51):

O posicionamento é desenvolvido para que as metas estabelecidas pela estratégia central sejam atendidas. No caso de uma empresa cujo objetivo é aumentar a participação de mercado e cuja abordagem ampla é de ganhar clientes do concorrente, o posicionamento competitivo será uma declaração exata de como e onde isto será realizado no mercado.

O posicionamento começa com o consumidor. Os consumidores pensam sobre os

produtos e empresas comparando-os com outros produtos e empresas. O que realmente é

como os possíveis clientes e os já existentes vêem uma empresa em relação às concorrentes.

Os consumidores definem uma hierarquia de valores, desejos e necessidades com base em

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dados empíricos, opiniões, referências obtidas através da propaganda boca a boca e

experiências anteriores com produtos e serviços. Usam essas informações para tomar decisões

de compra (MACKENNA, 1992).

Segundo Cobra (1992, p. 321), “a expressão posicionamento do produto ou da marca

refere-se ao lugar que o produto ocupa em dado mercado, pois a empresa necessita para cada

segmento desenvolver uma estratégia de posicionamento de produto”.

Já Boone e Kurtz (1998, p. 275), afirmam que “refere-se à percepção, pelo

consumidor, dos atributos, usos, qualidade e vantagens e desvantagens de um produto em

relação às marcas concorrentes”. Com a análise diante o mercado competitivo, é interessante

também uma avaliação de uma atitude mental dos consumidores como as características

cognitivas, afetivas e de tendência de ação, como recurso para posicionar um dado produto

com relação ao mesmo (COBRA, 1992).

Então, segundo Cobra (1992, p. 323) posicionamento é “a arte de configurar a imagem

da empresa e o valor oferecido do produto em cada segmento de mercado, de forma que os

clientes possam entender e apreciar o que a empresa proporciona em relação à concorrência”.

Mackenna (1992, p. 89) logo afirma que:

Para estabelecer o posicionamento no mercado, as empresas dos setores em rápida transformação precisam descobrir como abrandar os temores dos clientes e como contrabalançar as estratégias MID dos gigantes. Tem que contrabalançar Medo com conforto, Incerteza com estabilidade, liderança e qualidade. Precisam oferecer proteção ao cliente, além de um produto de alto valor.

São vários critérios que uma empresa pode buscar para obter vantagem competitiva,

como: preços baixos ou a posição de alta qualidade, ou ainda a posição de bons serviços, ou

de posição de avançada tecnologia, tudo isso irá depender do poder de “barganha” que um

empresário ou profissional de marketing poderá atribuir nas estratégias para chamar a atenção

da clientela e eliminar aqueles benefícios que não trazem lucro para a empresa. Com isso, a

empresa estará sabendo o seu problema relativo ao composto de marketing (COBRA, 1992).

2.3.2. Análise da Concorrência

As empresas se deparam com a concorrência acirrada no mercado que atua, com isso

os empresários precisam estar atentos em analisar a mesma, para poder acompanhar

assiduamente as tendências do mercado atendendo da melhor forma seus clientes. Quanto

mais a estratégia de uma empresa se assemelha à da outra, mais acirrada será a concorrência

entre as duas (KOTLER & ARMSTRONG, 1998).

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Neste item será apresentado um referencial para atividade de análise da concorrência,

onde abrange três áreas, segundo Holley & Sauders (1996):

• Posições competitivas, pontos fortes e intenções dos concorrentes.

• Escolha de “bons” concorrentes.

• Origem e fontes de informações sobre concorrentes.

A análise da concorrência tem como objetivo principal concentrar-se nas empresas de

mesmo grupo estratégico, ou seja, que atuem no mesmo mercado atingindo uma fatia

relacionada aos mesmos produtos e serviços. E, em se tratando de um setor amplificado

precisa ser examinado a concorrência indireta que também tem participação em obter o

mesmo grupo de consumidores. Portanto, segundo Holley & Sauders (1996), esta análise

implica a avaliação de uma série de círculos concêntricos de adversários: na parte mais central

os concorrentes diretos num grupo estratégico; e empresas de um setor, em que são motivadas

a superar barreiras à entrada a este mesmo grupo; sendo que na parte mais externa estão os

participantes potenciais e substitutos (Figura 1). Porter (1980) apud Holley & Sauders (1996,

p. 165), “distinguiu quatro parâmetros na análise da concorrência: as metas futuras e as

pressuposições que impelem o concorrente; e a estratégia atual e as capacidades que

descrevem o que o concorrente está fazendo e o que ele pode fazer” (Figura 2).

Figura 1 – Metas da análise da concorrência Fonte: Adaptado por Holley & Sauders (1996), p. 166.

NOVOS ENTRANTES E SUBSTITUTOS Empresas tentando diversificar, ou com novas

capacidades a explorar no setor

CONCORRÊNCIA SETORIAL Dispostas, capazes e encorajadas a superar as barreiras de

entrada no grupo estratégico

GRUPO ESTRATÉGICO

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Segundo Vavra (1993) quando se abre o mercado para a concorrência, as empresas

aprendem que devem cortejar rapidamente seus clientes para eles permanecerem fiéis. Em

situações de abertura de mercado, as empresas passam a reconhecer que eficiência é muito

menos importante do que fazer as coisas certas, isto é, ser eficaz popularmente falando é a

chave do negócio.

Para planejar estratégias competitivas de marketing que sejam realmente efetivas, a

empresa precisa descobrir tudo o que puder a respeito dos concorrentes, ou seja, deve

constantemente comparar seus produtos, preços, serviços e promoções com os mesmos itens

dos concorrentes para poder identificar potencialmente as vantagens ou desvantagens

(KOTLER & ARMSTRONG, 1998).

Figura 2 – Componentes da análise da concorrência Fonte: Adaptado por Porter (1980, p. 49) apud Holley e Sauders (1996).

Mas, o que as empresas precisam saber dos seus concorrentes? Quem são seus

concorrentes? Quais são suas estratégias? Quais são seus pontos fortes e fracos? Essas são as

perguntas que para a análise da concorrência é fundamental para que uma empresa esteja

preparada para atuar no mercado. A seguir são listados os principais passos da análise da

concorrência, que segundo Kotler & Armstrong (1998, p. 410) são:

PERFIL DE REAÇÃO DO CONCORRENTE

Em todos os níveis administrativos e em várias dimensões

Metas Futuras

Feitas sobre si mesmo e sobre o

setor Preço do produto e

cadeia de valor

Como o negócio está concorrendo

atualmente

Pontos fortes e fracos

Pressuposições Estratégia Atual Capacidades

O que o concorrente está fazendo e pode

fazer O que impele o concorrente

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Figura 3 – Etapas da análise da concorrência Fonte: Adaptado por Kotler e Armstrong (1998, p. 410).

Outro instrumento importante para esta análise é o chamado benchmarketing – “a

comparação de seus produtos e processos com os das empresas concorrentes ou empresas

líderes de outros setores para encontrar meios de aprimorar sua qualidade e desempenho”

(KOTLER e ARMSTRONG, 1998, p. 411). É uma maneira de descobrir como e por que

algumas empresas apresentam um desempenho melhor do que outras, visando a imitar ou

aperfeiçoar as melhores práticas das outras empresas.

Segundo Boone e Kurtz (1998, p. 45) benchmarketing “implica aprender como as

melhores mercadorias e os melhores services são projetados, produzidos e colocados no

mercado. O propósito é alcançar um desempenho superior que resulte em vantagem

competitiva no mercado”. O processo de benchmarketing inclui três etapas-chave (BOONE &

KURTZ, 1998, p. 45):

1. Identificar processos para melhoria e empresas que melhor os implementaram.

2. Analisar processos internos e níveis de desempenho comparados aos de líderes da

indústria.

3. Implementar mudanças para melhorar processos.

Um instrumento útil para avaliar as forças e fraquezas do concorrente é a análise do

valor do cliente, cujo objetivo é determinar que benefícios os cliente-alvo valorizam e como

eles avaliam os valores relativos das várias ofertas concorrentes. Neste caso, a empresa

identifica os principais atributos que os clientes valorizam e a importância que eles dão ao que

é oferecido. Portanto, é necessário saber do cliente o que deseja e atendê-lo conforme suas

necessidades para que não perca para a concorrência, caso este muito comum no dia-a-dia. A

chave para ganhar vantagem competitiva é analisar cada segmento de consumo e examinar

Identificação dos concorrentes da

empresa

Determinação dos objetivos dos concorrentes

Identificação das estratégias dos concorrentes

Avaliação das forças e fraqueza dos concorrentes

Estimativa das reações dos

concorrentes

Seleção dos concorrentes a serem atacados ou evitados

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como a oferta da empresa se compara à de seu principal concorrente (KOTLER e

ARMSTRONG, 1998).

Após o entendimento do contexto da análise da concorrência, vem um assunto

bastante propício, que é o foco do trabalho, o cliente. Como conhecê-lo e identificá-lo.

2.3.3. Como Conhecer e Identificar o Cliente

No mercado atual, o cliente é considerado como o foco principal da empresa, sem ele

pode-se considerar a “falência” de qualquer empreendimento, seja ele novo ou antigo no

mercado. O intuito maior dos empresários é conquistá-lo da maneira mais estratégica

possível, para que o cliente faça da empresa uma imagem de qualidade diante das pessoas do

seu meio de relacionamento. Então, poderão ser observados vários critérios a serem

analisados pela opinião de seus clientes para atingirem a satisfação em longo prazo. Cada um

tem seu estilo de vida diferente do outro, e para identificar é necessário conhece-los por

inteiro de maneira mais adequada para que o cliente não se sinta invadido. Independente do

produto ou serviço a ser oferecido, o que importa realmente é conhecer bem o cliente e o

mercado para não dar um “tiro incerto” no meio do nada.

Sendo assim, satisfazer o público-alvo é a “chave” do negócio, então é necessário que

os profissionais de marketing ou até mesmo o próprio proprietário da empresa identifique

quem é o cliente, e quais suas necessidades. Há dois grupos de consumidores: os novos e os

leais. O que interessa realmente é manter os clientes. São eles que poderão dar lucro a

empresa. Hoje, compreender os clientes não é o suficiente. No conceito de marketing, as

empresas ganham vantagem competitiva ao planejar ofertas que satisfaçam mais as

necessidades do consumidor-alvo do que as ofertas dos concorrentes (KOTLER e

ARMSTRONG, 1998). Nesse caso, o resultado é verdadeiro para Peter Ducker (1973, apud

VAVRA, 1993, p. 57), com a descrição de marketing orientado para o cliente: “o alvo de

marketing é conhecer e entender o cliente de modo que o produto ou serviço se ajuste

exatamente a ele e venda”.

Para que o cliente se sinta atraído em conhecer o produto ou o serviço de uma empresa

é preciso mostrar-lhes qualidade e credibilidade em todos os sentidos. Servir bem significa

cuidar de seu cliente de maneira qualitativa, podendo atingir a fidelização.

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Sviokla E Shapito (1994, p. 20), afirma que:

Estes novos clientes não conhecem as antigas regras, as antigas necessidades ou os antigos modos de fazer negócios – e eles não se importam com isso. O que importa para esses clientes é a empresa que esteja disposta a adaptar seus produtos ou serviços, de modo que os mesmos possam encaixar-se nas estratégias deles. Isto representa a evolução do marketing para a empresa orientada para o mercado (market-driven).

A empresa precisa conhecer as tendências do mercado atual e sua concorrência para

assim, conhecer seu público-alvo, mas é claro que o início desta trajetória começa de dentro

pra fora. Os funcionários precisam ser bem treinados para adquirirem o mesmo objetivo, o de

conhecer o cliente, ouvindo-os sempre com o intuito de satisfazê-lo.

Segundo Lobos (1993, p. 103), quem quer que seja o cliente, as opiniões necessárias

para conhecê-lo dizem respeito a:

• Expectativas gerais sobre o serviço;

• Importância atribuída ao serviço;

• Padrão de excelência do serviço imaginado vigente no mercado;

• Avaliação dada ao serviço e produto;

• Problema imediato a resolver.

Sendo assim classificados, pode-se entender melhor o grau de importância de cada um

deles para a empresa. Os clientes internos que são os colaboradores participantes de todo o

processo funcional e operacional do negócio terão que ser bem treinados para obter um bom

resultado como: qualidade de serviço e atendimento - refletindo na satisfação dos clientes

externos em geral.

Segundo Peppers et al (2001, p. 19):

“Informação para identificação de clientes” é toda informação que você puder usar para distinguir um cliente do outro, rastrear transações e interações com o cliente ao longo do tempo ou entrar em contato com ele individualmente. Nome, classe, número de série. Outros exemplos inluem: endereço postal, número de telefone, endereço de e-mail, descrição ou título de cargo, número da conta. Este é o primeiro e fundamental bloco de construção de um programa de marketing 1 to 1.

Com todos estes fatores vistos anteriormente, pode-se observar a importância de saber

distinguí-los e classificá-los. E considerando que a “voz” do cliente seja um motivo relevante

para a empresa poderá proporcioná-la, caso seja positiva ou negativa, sugestões e reclamações

como forma de feedback para o crescimento gradativo do negócio.

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Para poder ouví-los é necessário seguir uma série de estratégias, como: Relatórios de

pesquisas; Pesquisa estruturada (aplicada in loco ou por mala direta); Entrevistas (individuais

ou grupos focados); Reclamações; Contatos no local, entre outros (LOBOS, 1993).

Depois de conhecer os clientes como a “palma da mão”, oferecer qualidade nos

serviços é um componente vital para o sucesso dos negócios globais que uma empresa precisa

seguir para poder melhor atendê-los. O próximo assunto discute fatores que promovem

produtos e serviços de qualidade e descreve estratégias que podem ser usadas para medir e

aumentar o grau de satisfação do cliente.

2.3.4. Qualidade de Serviços

Os cuidados com a qualidade dos produtos e serviços não são uma preocupação

recente. Os consumidores estão cada vez mais exigentes, portanto vale a pena discutir um

assunto tão importante para a empresa em si, quanto para a própria vida pessoal e profissional.

Antigamente, os artesãos desde sempre cuidaram de sua produção em todos os

sentidos: criavam, confeccionavam, atendiam o cliente, vendiam, procuravam agradar à

clientela, etc. Até hoje, quando a produção é artesanal, o próprio fabricante cuida da

comercialização, do atendimento e da entrega do produto. É ele que cuida de todo o processo

e verifica se o cliente está satisfeito, ou não, procurando melhorar cada vez mais podendo

atingir a fidelidade (SENAC, 2001).

Boone e Kurtz (1998, p. 32) descrevem a qualidade como “o grau de excelência ou

superioridade de mercadorias e serviços de uma empresa. É um termo abrangente que

envolve, simultaneamente, características tangíveis e intangíveis de uma mercadoria ou

serviço”. Referindo-se a tangibilidade, qualidade pode ser considerados durabilidade e

segurança, e incluindo o componente intangível, a satisfação do cliente, a capacidade de uma

mercadoria ou serviço de atender ou exceder as necessidades e expectativas do comprador

(BOONE e KURTZ, 1998).

Para Buzzel e Gale (1987) apud Grönroos (1993, p. 47) “... a qualidade é qualquer

coisa de um produto ou serviço, em particular, é qualquer coisa que o cliente perceba como

tal”. Os clientes normalmente percebem qualidade como um conceito muito mais amplo, e,

além disso, outros aspectos que não técnico podem freqüentemente dominar a experiência da

qualidade. Portanto, as empresas necessariamente precisam definir a qualidade da mesma

forma que os clientes, caso contrário, em programas de qualidade, ações erradas poderão ser

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tomadas perdendo até tempo e dinheiro sendo assim, mal investidos. Importante salientar que

o que conta é da forma que os clientes percebem a qualidade (GRÖNROOS, 1993).

Um serviço de qualidade permite que a empresa possa explorar todas as questões

inerentes à criação ou gerenciamento de um serviço, e Grönroos (1993) afirma que, hoje,

qualidade é freqüentemente considerada uma das chamadas para o sucesso.

Segundo Stanton (1974 apud GRÖNROOS, 1993, p. 35) serviços podem ser

identificados como sendo “atividades separadamente identificáveis e intangíveis que provêem

a satisfação de um desejo quando colocados no mercado a consumidores e/ ou usuários (...)”.

De acordo com Heichheld (1996, p. 135) “os funcionários precisam compreender a

economia de suas funções e precisam conhecer muitas bem as preferências e as necessidades

de seus clientes”. Com a combinação dessas duas habilidades permitirá que os funcionários

maximizem o valor criado em cada interação com o cliente. Com isso, a qualidade de serviço

é mutuamente bem vista interna e externamente pelos clientes, sendo uma variável importante

para o bom desempenho da empresa propriamente dita.

O que os clientes recebem em suas interações com a empresa é claramente importante

para eles e para sua avaliação da qualidade, contudo, quanto à facilidade de acesso a um

restaurante ou a um caixa automático; a aparência e comportamento dos garçons, dos caixas

de banco e como esses empregados de serviço realizam suas tarefas, o que dizem e como,

também influenciam a visão que o cliente possa ter do serviço. Portanto, as empresas

precisam estar preparadas ao atender seus clientes para que saiam satisfeitos e percebam com

clareza a qualidade do serviço total. Um serviço citado, por exemplo, atividades de self-

service ou outras rotinas relacionadas à produção que se espera que realizem por si próprios

que provavelmente os clientes levarão o serviço mais a sério. Nesse caso, alguns clientes

percebem com facilidade os mesmos serviços ou similares que poderão influenciar-se a

maneira como outro cliente percebe o serviço. Para tanto, o cliente é também influenciado de

como ele recebe o serviço e como ele vivencia o processo de produção e consumo simultâneo

(GRÖNROOS, 1993). “Esta é uma dimensão da qualidade bastante relacionada com as

funções do prestador de serviços e como este lida com a hora da verdade nas interações

comprador-vendedor propriamente ditas” (GRÖNROOS, 1993, p. 50).

Para a empresa atingir o fato de estar bem sucedida faz com que as partes envolvidas

produzam e aprimorem dois efeitos: o aprendizado dos funcionários e o alinhamento dos

interesses de funcionários e empresa. Com isso, será possível demonstrar ao público-alvo

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credibilidade nos serviços obtendo a fidelização desejada.

Em se tratando de qualidade de atendimento, nada mais simples que tratá-los da

maneira mais próxima possível, fazendo com que a aproximação e interesse de atendê-los seja

uma estratégia realizada por todos da empresa. Isso faz com que o cliente se sinta bem em

freqüentar o estabelecimento e indicar aos seus “conhecidos”, tornando-se “fiel”.

O atendimento engloba vários aspectos que são primordiais para a sua qualidade. Um

deles é o horário. Nos dias úteis, na hora do almoço, o cliente exige rapidez dos garçons, pois

além de ter um período curto por causa do trabalho, os clientes preferem agilidade somado

com qualidade. Espera-se que nos restaurantes a la carte os pedidos sejam anotados dois ou

três minutos da chegada do cliente e que em tempo semelhante cheguem as bebidas e o

couvert. Logo, é possível verificar que nos fins de semana ou nos jantares de lazer, esses

tempos podem ser dilatados entre 30% e 50% (MARICATO, 2004).

Para aferir a satisfação do cliente ou conhecer suas críticas, observações e sugestões, o

proprietário pode abordá-lo diretamente, de forma discreta. Então, poderá perguntar sobre a

qualidade do atendimento, dos produtos, e dos demais serviços.

Infelizmente muitas vezes as reclamações não chegam até o proprietário, ainda mais

quando é feita diretamente ao garçom, por exemplo, num restaurante. Às vezes é até por falha

do próprio garçom e também para proteger os próprios colegas optam por não falar, trazendo

para a empresa até um insucesso (MARICATO, 2004). Nesse caso é importante ressaltar que

haja sinceridade e uma comunicação aberta diante dos funcionários.

2.3.5. Focalizando a Satisfação do Cliente

Atualmente, os consumidores conscientes desejam ter a satisfação de adquirir

mercadorias e serviços fora do comum, ou seja, exigem mais do que apenas bom preço,

procuram um valor agregado. Seja este, um produto ou um serviço, que obtém valorização

crescente por oferecer mais que o esperado – algo de particular importância para o cliente,

sendo, portanto um componente essencial da qualidade (BOONE & KURTZ, 1998).

O comprador está em alta, no que se diz respeito à sua participação no mercado, as

empresas vêm desenvolvendo um atendimento no sentido de estabelecer com ele uma relação

de “lealdade duradoura”. Bonfield (apud BOONE & KURTZ, 1998, p. 40) diz: “A longo

prazo, as pessoas não comprarão de empresas que não estejam preparadas para dar aquele

algo mais em termos de atendimento a seus cliente”. Logo, Keyes (apud BOONE & KURTZ,

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1998, p. 40) afirma: “Nesse ambiente de acirrada competição, as expectativas do cliente

quanto à qualidade, valor e serviços cresceram rapidamente. Tornou-se claro que para manter

a liderança no mercado, tem que aperfeiçoar o desempenho num ritmo superior ao daquelas

expectativas”.

Como primeiro passo para intensificar a satisfação do cliente, uma empresa deve

coletar informações do seu desempenho atual. Para Gulledge (apud BOONE & KURTZ,

1998, p. 40) “ao compreender as diferenças entre clientes satisfeitos e insatisfeitos, uma

empresa pode aprender como manter os clientes, como fechar mais negócios com clientes já

existentes e como atrair novos clientes”. Com freqüência, esta é uma tarefa desafiadora, da

mesma forma como pode ser difícil determinar o melhor meio de se obter e medir o feedback

dos clientes. Com isso, a empresa pode iniciar um programa de mensuração da satisfação do

cliente (CSM – Customer Satisfaction Measure), um procedimento para medir o feedback

com relação às metas de satisfação do cliente e desenvolver uma estratégia e ainda requerer a

ajuda de um especialista externo à empresa. Segundo Boone & Kurtz (1998 P. 42) estes

programas de CSM seguem algumas etapas a seguir:

• Determinação de áreas críticas para o empreendimento e dos sistemas de medição em

uso atualmente.

• Pesquisa de um grupo representativo de clientes para determinar os fatores e atributos

importantes no uso de uma mercadoria ou serviço.

• Condução de pesquisas para determinar o desempenho da empresa com relação aos

atributos selecionados.

• Análise dos resultados para desenvolver uma estratégia de ação.

Com estas etapas citadas anteriormente, pode-se observar claramente a importância do

feedback dos clientes para obter informações específicas do desempenho do negócio e assim

ter a oportunidade de melhora-lo em diversos aspectos. São ações que neste trabalho foi

realizado para saber a opinião dos clientes quanto à sua satisfação com o restaurante. Pesquisa

feita com os clientes da churrascaria Meu Cantinho que no próximo capítulo será apontado.

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10% Pesquisa via questionários

preenchidas pelos clientes

16% Acompanhamento po

telefone

17% Acompanhamento

face a face

44% Linhas gratuítas de

atendimento ao cliente

69% Monitora

reclamações

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

1 2 3 4 5

Gráfico 1 – Como as empresas mensuram o feedback do cliente. Fonte: adaptado por Boone & Kurtz (1998, p.41)

Como mostra o gráfico 1, a maioria das empresas usa métodos passivos, como linhas

telefônicas de atendimento ao consumidor com discagem gratuita, como forma de obter o

feedback dos clientes. E poucas empresas utilizam técnicas ativas, como visitar clientes,

telefonar ou enviar questionários para realização de pesquisa para identificar o grau de

satisfação dos seus clientes.

Um importante método para aumentar a satisfação do cliente é outra técnica TQM, a

melhoria contínua, que Boone e Kurtz (1998, p. 42) definem como sendo “o processo de

constantemente estudar e fazer mudanças nas atividades de trabalho para melhorar a

qualidade, a oportunidade, a eficiência e a eficácia”. Para os profissionais de marketing, a

melhoria contínua resulta em mercadorias e serviços com valor agregado que atendam às

necessidades e suprem as expectativas do consumidor. Este processo deve ser constante,

considerando que as necessidades, desejos e expectativas do consumidor está sempre

mudando. São critérios como forma de vantagem competitiva.

Com isso, para implantar a melhoria contínua é abordado um processo gradual,

chamado o ciclo PDCA: planejar, fazer, checar e agir. Estes planos de ação são contínuos de

aperfeiçoamento centrados na melhoria da qualidade. Nesse processo há uma redução do

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tempo de ciclo, redução da variação e eliminação do desperdício, ou seja, trabalha

concomitantemente com o objetivo de ser ágil e prático na ação de uma melhoria na empresa.

Boone e Kurtz (1998, p. 43) ilustram o ciclo:

Figura 4 – Ciclo PDCA Fonte: Adaptado por Boone & Kurtz (1998, p. 43)

Todos esses assuntos abordados fazem parte de todo o processo funcional de uma

empresa, para tanto, será visto no âmbito de restaurantes a importância de tratar destes

serviços de qualidade para a satisfação dos clientes.

2.3.6. Marketing para Restaurantes

O marketing que será abordado a seguir é segmentado para Restaurantes, sendo um

mercado bastante competitivo.

O mercado está diante de uma série de opções a oferecer ao cliente onde ele tem o

livre arbítrio de degustar e apreciar comidas típicas de diversos países ou regiões que fazem

parte de restaurantes preocupados em atender e servir com qualidade seu cliente. Logo, este

segmento é propício a investir estratégias para se diferenciar no mercado tão competitivo.

Atualmente, o marketing também é visto como estratégia de negócios para pequenas e

médias empresas, onde até mesmo, através de pequenos “gestos” há um diferencial que os

consumidores percebem. Trata-se de um assunto bastante abrangente que todas as pessoas na

empresa podem se envolver e criar relacionamentos contínuos com os clientes.

O objetivo principal da integração do restaurante com o seu cliente é ganhar o

mercado paulatinamente e não só aumentar as vendas durante uma proporção, ou um período

Satisfação do

Cliente

Agir

Planejar

Fazer

Checar

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sazonal de alto movimento, pois é bom para o serviço que a demanda seja equilibrada para

que se possa efetuar um planejamento compatível, e isto só será possível com a presença

constante da clientela (LÔBO, 1999).

O Marketing está crescendo na era do negócio, e de fato é cada vez maior o número de

pequenos empresários que usam esta ferramenta como estratégia competitiva. Na década de

1990, empresários diziam que seu único marketing era a boca-boca, hoje a maior parte admite

usar recursos diferentes para atrair a clientela (MARICATO, 2004).

O marketing para restaurantes é de fato um assunto bem abrangente onde envolve

desde o atendimento, passando pela variedade do cardápio, a boa apresentação dos garçons, a

qualidade da comida entre outros aspectos importantes que fazem parte de um conjunto de

valores que chamam a atenção dos consumidores.

Hoje, deve-se atuar diretamente com a emoção do cliente, não basta ser um restaurante

de luxo, que tenha os melhores pratos e um ambiente agradável, é preciso tratá-los bem, que

se sintam valorizados e importantes para a empresa. “É que os consumidores não são apenas

corpo, consciência e conta bancária. Carregam afetos, emoções e lembranças, e têm uma visão

real e outra ideal de si mesmos. Podem aceitar a realidade, mas sempre estão em busca de

sonhos” (MARICATO, p. 33, 2004).

Segundo Lobo (1999, p. 85), “com uma visão nova e uma experiência recente que

alterou hábitos e modificou estruturas, o restaurante tem que trabalhar pela garantia da

qualidade, adaptar-se a novos procedimentos que não faziam parte das novas rotinas se quiser

permanecer vivo no mercado em ebulição”.

E para sair a frente da concorrência, os empresários, diretores ou gerentes de

marketing precisam estar bem atentos com as tendências do mercado, trazendo para a empresa

estratégias para chamar a atenção dos clientes, e não somente dos novos, mas sim satisfazê-

los constantemente para conquistar a fidelização.

A preocupação dos proprietários de restaurantes está consideravelmente predominada

com relação aos 4 P’s: produto, preço, praça e promoção com o intuito de atrair maior número

de consumidores não perdendo perante a concorrência. “Não poderá ser esquecido que a

concorrência age como um predador escondido em algum canto da selva, onde zebras e gnus

ficam acordados dia e noite para não virarem presas fáceis de leões” (MARICATO, p. 34,

2004). A idéia é que os responsáveis pelo empreendimento terão que estar sempre atentos às

mudanças e tendências do mercado.

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Independente da linha de atuação do restaurante seja à la carte, self-service ou outra

forma qualquer, alguns fatores definem o desempenho geral de um empreendimento nesta

área. Dentre eles alguns merecem destaque no que tange determinação de um conceito bom

no mercado. São perfil da clientela, tipos de serviços oferecidos, horários de atendimento,

layout e marketing (LOBO, 1999 apud VENTURI & LENZI). Nesta linha fica mais fácil

identificar algumas situações que comprovam o real desempenho de um restaurante bem

conceituado.

Para que seja possível compreender a relação entre restaurante ou empresas em geral e

marketing de relacionamento será visto posteriormente a importância de manter os clientes

por meio de relacionamentos duradouros e suas abordagens.

2.4 Marketing de Relacionamento

Este tema poderá atribuir critérios para a conquista dos clientes, sendo um assunto

bastante abrangente para os profissionais da área ou até mesmo para os empresários que

queiram identificar valores dos clientes atendendo-os por meio de um método criativo e

eficiente.

O marketing de relacionamento era a maneira de fazer negócios antes da Revolução

Industrial, antes dos produtos de massa e antes da grande mídia. O proprietário de um

armazém, por exemplo, pensava em seu negócio basicamente em termos de “participação no

cliente”. O lojista era antes do século XX, um executivo de marketing de relacionamento que

cuidava dos clientes como indivíduos. Ele carregava o banco de dados de cabeça ou numa

caderneta com anotações (PEPPERS e ROGERS, 1997).

Comparando-se com os dias de hoje, não parece ser muito diferente, as empresas estão

cada vez mais preocupadas em manter clientes, mas com uma teoria baseada em estratégias

para se diferenciar da concorrência.

O Marketing de relacionamento é constituído de 11 C´s que já substituem os 4 P´s.

São eles:

Clientes Definir os clientes, o vinculo, outros objetivos e as estratégias a serem

seguidas para atende-los procurando a obtenção de benefícios mútuos

Categorias Qual o alcance das ofertas dos produtos fornecidos? A empresa deve

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terceirizar, utilizar outros meios para a entrega, ou não?

Capacidades Quais as capacidades da empresa em relação às necessidades e desejos dos

clientes?

Custo A empresa deve criar valores para os clientes (construir a lucratividade do

cliente). Duas maneiras: - mais competitivos (custos); - novas

oportunidades de rendimento.

Controle do contato

com processos

monetários

O profissional precisa comandar a equipe concentrada no cliente e

assegurar que os processos sejam desempenhados no interesse mútua

empresa-cliente.

Colaboração A busca da garantia de acesso aos principais tomadores de decisão, apoio

ao aprendizado em conjunto, a divisão estratégica e outras formas de

colaboração estratégica e operacional que levam a integração.

Customização A criação de novo valor para o cliente, customizar aspectos de

desenvolvimento do produto, da produção/ distribuição e assumir um papel

mais abrangente na administração do produto durante todo seu tempo de

vida.

Comunicação Comunicações interativas/ em tempo real. Bem posicionada em relação ao

cliente.

Cálculos sobre o

cliente

Rastrear o desempenho da empresa na mente do cliente. Acompanhar as

avaliações do cliente, o progresso no vinculo com o mesmo.

Cuidados com os

clientes

Fornecimento de informações em tempo real, treinamento, retorno e

quaisquer outros serviços exigidos.

Cadeia de

relacionamento

Compreende as ligações formais dentro da empresa e com os participantes

externos (fornecedores e intermediários), criando o valor que os clientes

finais desejam.

Quadro 1 – Os 11 C´s do marketing de relacionamento e suas descrições. Fonte: adaptado de Gordon (1998).

A teoria e a prática tradicionais do marketing concentravam-se em atrair novos

clientes, mas hoje o enfoque está mudando. Além de estratégias para atrai-los e fazer

transações com os clientes, as companhias agora se preocupam em manter os clientes

existentes e em desenvolver com eles relacionamentos duradouros.

Mercados em crescimento significam um grande suprimento de novos clientes. No

passado, como a tendência do mercado era de grande expansão, as empresas preocupavam-se

com a demanda de clientes novos. Porém, as empresas de hoje estão numa nova realidade do

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marketing. Demografia em mudança, economia de crescimento lento, concorrentes mais

sofisticados e o excesso de produção de muitas indústrias são fatores que significam menos

clientes novos. Assim, trabalhar para manter clientes faz sentido na economia. Considera-se

que uma empresa pode perder dinheiro com uma transação específica, mas mesmo assim se

beneficiará muito com um relacionamento em longo prazo. A chance para manter o cliente é

dar-lhe um valor superior e satisfação (KOTLER e ARMSTRONG, 1998).

Hoje, as empresas de maior destaque fazem de tudo para manter seus clientes. E a

melhor maneira de manter clientes é oferecer-lhes altos níveis de satisfação e valor, que

resultam em forte lealdade (KOTLER e ARMSTRONG, 1998).

O marketing de relacionamento vem sendo uma das estratégias mais eficazes para

obter a fidelização dos clientes de diversos níveis, no entanto as empresas estão cada vez mais

interessadas em aprender a utilizar as ações de relacionamento com o intuito de propagar

idéias e vender produtos e serviços, a fim de tornar o cliente o melhor vendedor da empresa.

Hoje, relacionamentos vibrantes dependem de uma execução de alta qualidade; do mesmo modo, as exigências de amanhã têm de ser levadas em consideração. A habilidade de antecipar as condições de mudança do mercado e as necessidades do cliente resulta em lucros mais altos a longo prazo (SVIOKLA e SHAPIRO, 1994, p. 179).

Este assunto é bastante inovador, podendo ser considerado como sendo uma das

estratégias mais eficazes e eficientes dos últimos tempos. Segundo Mackenna (1991 apud

KOTLER, 1998, p. 30) “marketing de relacionamento é a prática da construção de relações

satisfatórias a longo prazo com partes-chaves – consumidores, fornecedores e distribuidores –

para reter sua preferência e negócios a longo prazo”.

Para Kotler e Armstrong (1998, p.397), o Marketing de Relacionamento significa:

“criar, manter e acentuar sólidos relacionamentos com os clientes e outros públicos”. Porém,

sendo necessário que todos os departamentos da empresa trabalhem com o mesmo objetivo:

servir o cliente.

Já o autor Vavra (1993) define que para desenvolver relacionamentos bem-sucedidos

exige prática constante e intensa de técnicas de pós-marketing, ou seja, é o processo de

proporcionar satisfação contínua e reforço aos indivíduos ou organizações que são clientes

atuais ou que já foram clientes. Os clientes devem ser identificados, reconhecidos,

comunicados, auditados em relação à satisfação e respondidos. O objetivo do pós-marketing é

construir relacionamentos duradouros com todos clientes. Um dos esforços é coletar

informações dos clientes. O programa de pós-marketing fornece feedback do cliente sobre a

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qualidade do produto ou serviço e sugere direções futuras para melhoria ou mudança que

envolve tanto os produtos ou serviços oferecidos, sistema de entrega ou distribuição até as

ações de modo geral da empresa.

Marketing de relacionamento pode ser também entendida como aplicação de

estratégias que por meio de pesquisas com os clientes e funcionários, poderá identificar o que

a empresa necessita para obter a fidelização de seus clientes, mantendo a qualidade dos

produtos e serviços.

Gordon (1998, p. 31) define Marketing de Relacionamento como sendo “o processo

contínuo de identificação e criação de novos valores com clientes individuais e o

compartilhamento de seus benefícios durante uma vida toda de parceria”.

Segundo Boone & Kurtz (1998, p. 116), “trata-se da tentativa da organização de

desenvolver ligações a longo prazo com seus clientes e que sejam efetivas em termos de

custos, procurando benefícios mútuos”.

Já Basso (2005), diz que marketing de relacionamento é: “um conjunto de ações, de

responsabilidade dos profissionais que atendem, direta ou indiretamente os clientes, de forma

criativa e rentável, capaz de agregar valor aos clientes externos e resultados para a

organização”. Dessa maneira Basso (2005) afirma que a preocupação deve ser permanente no

sentido de:

� Reconhecer que toda a empresa é responsável pelos clientes;

� As relações cliente e fornecedores estão mudando;

� O mercado está mudando;

� O processo de atender clientes e gerar resultados está mudando;

� A empresa atende diretamente o cliente.

Toda a empresa é responsável em criar marcas positivas na mente dos clientes e o

marketing de relacionamento pode fazer parte deste instrumento. Segundo Mackenna (1992,

p. 105) afirma que:

O marketing de relações é essencial ao desenvolvimento de liderança, fidelidade do consumidor e rápida aceitação de novos produtos e serviços no mercado. A criação de relações sólidas e duradouras é uma tarefa árdua, de difícil manutenção. Mas acredito que, em um mundo onde o cliente tem tantas opções, mesmo em segmentos limitados, uma relação pessoal é a única forma de manter a fidelidade do cliente.

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O conceito de marketing de relacionamento é relativamente recente, surgiu nos anos

90. Como todos os conceitos da área de administração, este também surgiu de uma

necessidade imposta pelo mercado. Uma necessidade de reformulação da relação

empresa/consumidor (MACKENNA, 1992).

Hoje, as empresas precisam estudar muito bem o mercado, e principalmente seu

público-alvo, para poder atender da melhor forma possível suas necessidades. O marketing de

relacionamento se caracteriza como forma intangível para um produto ou serviço e trabalha

com a área subjetiva da mente do consumidor, lutando para que ele realmente se torne leal à

sua marca e/ou empresa. Mckenna (1992, p. 4) assim relata:

Em uma época de escolhas explosivas e mudanças imprevisíveis, o marketing – o novo marketing – é a solução. Com tantas escolhas para os clientes, as empresas enfrentam o fim de sua fidelidade. (...) Porém a solução real obviamente não é mais marketing, e sim o melhor do marketing. E isso significa um marketing que encontra um modo de integrar o cliente à empresa, como forma de criar e manter uma relação entre a empresa e o cliente.

Mesmo considerando que o mercado está na era do fim da fidelidade, a empresa

poderá através dos seus clientes buscar ações estratégicas para conquistá-los e não perdê-los

para a concorrência. Por mais que tenham diversas opções de produtos, serviços, marcas bem

reconhecidas ou não, o negócio para o empreendedor é a maneira que ele cuida dos aspectos

internos e externos da empresa sempre com o pensamento gerado ao cliente.

Boas relações com os clientes podem ser armas estratégicas vitais para a empresa.

Identificando seus clientes atuais e mantendo com eles relações estreitas, é possível

concentrar a atenção nos melhores (BOONE & KURTZ, 1998). Então, Sviokla & Shapito

(1994, p. 23) questionam, logo afirmando que:

Os relacionamentos são a chave, a base para a seleção de clientes e para a adaptação da empresa. Afinal, o que é um produto de sucesso além de um relacionamento especial entre empresa e cliente? E quem melhor do que o pessoal de marketing de uma organização poderia criar, sustentar e interpretar o relacionamento existente entre a empresa, seus fornecedores e seus clientes? Esta é a razão pela qual à medida que as exigências sobre a empresa têm passado do controle de custos para a competição de produtos, e desta para o serviço prestado aos clientes, o centro de gravidade da empresa foi deslocado inicialmente da engenharia para finanças – e agora para o marketing.

Fundamental a base para o sucesso no marketing de relacionamento está na qualidade

e na quantidade de informações que uma empresa tem sobre seus clientes. No marketing

tradicional as informações se resumiam a dados bancários, sendo que poucas pessoas têm

acesso. “No marketing de relacionamento os Banco de Dados devem ser alimentados por

todos os departamentos da empresa, sendo que as informações podem ser centralizadas e

distribuídas, e colocadas em rede” (Gordon, 1998 p. 81). Portanto, a informática facilita o

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armazenamento e recuperação de dados, fornecendo o histórico de uma série de fatores

importantes para aprimorar o relacionamento com os clientes. “Alguns Sistemas de

Informações de Marketing atualmente instalados nas empresas são tipicamente voltados para

segmentos de mercado e/ou clientes individuais, incluindo necessidades, satisfação do cliente

e informações competitivas” (Gordon, 1998, p.59).

Além disso, estudar os hábitos e preferências dos consumidores pode ajudar na

identificação de novos clientes potenciais e na manutenção de um contato permanente com

eles (BOONE & KURTZ, 1998).

No entanto é importante salientar o Ciclo de Vida do Relacionamento com o Cliente,

citado por Grönroos (1993) que muitas vezes os clientes são visto em termos de números.

Quando alguém deixa de ser um cliente, há sempre novos clientes potenciais para tomar o seu

lugar, mas que isso na realidade pode ser um fator preocupante para a empresa. Considera-se

que uma empresa que mantém seu cliente e cria relacionamentos duradouros têm a maior

chance de obter sucesso e mantê-lo como cliente, e aquele que não toma conta disso pode

estar cometendo alguns erros que são difícieis de serem resolvidos. “Cada cliente cria um

relacionamento com o fornecedor, que a empresa tem que desenvolver e manter. Os

relacionamentos com os clientes não são coisas que estão ali garantidos; eles devem ser

conquistados. E o mesmo se aplica aos relacionamentos com distribuidores, fornecedores e

outros públicos” (GRÖNROOS, 1993, p. 165).

Contudo, a seguir serão relacionados alguns itens importantes para o desenvolvimento

do relacionamento com o cliente de maneira muitas vezes tecnológica para obter informações

e assim, armazená-las.

2.4.1. Tecnologia da Informação

No mundo atual, a informação é à base de tudo para a vida pessoal e profissional,

independente da área que atua, as pessoas estão cada vez mais interessadas em obter

conhecimento para poder conviver na era da informação. Com base nisso, as empresas estão

mais preocupadas em estar acompanhando a evolução, ou seja, estão investindo em tecnologia

para poder atender da melhor maneira possível a demanda do mercado. As empresas munem-

se de tecnologia para melhorar a produtividade, reduzir os custos e reagir à concorrência.

Porém, cabe mostrar neste trabalho a importância da tecnologia da informação como uma

ferramenta estratégica para as organizações.

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A tecnologia da informação depende tanto das pessoas para alimentar as informações

quanto de equipamentos que são à base de hardware e software como um conjunto para

proporcionar a armazenagem dos dados obtidos.

O novo marketing, cada vez mais próximo da tecnologia da informação. As novas

tecnologias estão mudando a conformação competitiva do mercado, bem como as atitudes e

exigências dos consumidores. A tecnologia modifica os mercados e refuta leis há muito

utilizadas para reger as atividades de marketing. O marketing depende de pessoas

competentes e talentosas que adquiram conhecimento e desenvolvam programas para atrair e

manter clientes, porém para que o profissional tenha uma boa base é necessário que tenha

aplicativos específicos da tecnologia da informação para realizar o trabalho completo. O

marketing é uma função intermediária. Ele se encontra entre a companhia produtora e o

mercado (MACKENNA, 2000).

Segundo Mackenna (2000, p. 15) “as mudanças no comportamento do consumidor, as

estratégias competitivas e a inexorável força das novas tecnologias estão batendo

simultaneamente a nossa porta”.

As empresas precisam planejar e implantar sistemas corporativos que permitam ao

marketing integrar-se aos sistemas de informação. Quando os consumidores experimentam a

conveniência e a velocidade do auto-serviço, eles não querem outra coisa. A tecnologia faz o

serviço e consegue-se ou não – a satisfação do cliente no momento e no local do uso. Todo o

trabalho de marketing é feito na própria transação (MACKENNA, 2000).

Está surgindo um novo tipo de cliente e um novo tipo de relacionamento com o cliente

totalmente baseados no acesso, na interface, nos serviços incorporados e nos sistemas

inteligentes de informações que operam por trás de tudo. E o marketing deve centrar-se cada

vez mais na tecnologia da informação a fim de captar as informações necessárias para

entender os clientes e fornecer os serviços necessários para continuar competitivo

(MACKENNA, 2000).

Boone e Kurtz (1998, p. 116), afirma que:

Tecnologias da Informação, como banco de dados em computador e planilhas, podem tornar efetivo o marketing de relacionamento. Os gerentes de marketing podem manter banco de dados sobre o perfil de seus clientes atuais com informações sobre suas preferências, estilo de vida e poder aquisitivo, através dos quais poderão obter outros nomes e informações sobre novas perspectivas de negócios.

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Para que essas informações sejam necessárias no meio de relacionamento com os

clientes há certas ferramentas que constituem para a efetivação do mesmo que a seguir serão

apresentadas.

2.4.2. Ferramentas de Marketing de Relacionamento

Enquanto algumas empresas gastam cada vez mais para conseguir convencer o

consumidor, não há a preocupação de cumprir as suas promessas, minam a credibilidade por

uso indiscriminado de palavras tais como: liquidação, promoção, desconto e qualidade, sem

perceber que a melhor forma de acabar com um mau produto é fazer uma boa propaganda.

Alguns consumidores se dispõem a enfrentar congestionamento, ir mais longe e até

pagar mais caro por um produto ou serviço só porque uma pessoa do seu relacionamento

recomendou. Como afirma Corrêa (2005), “o que vale uma propaganda para mil executivos,

dez entrevistas ou uma recomendação? Não há nada mais precioso para a empresa que ser

recomendada por seus Clientes”. Clientes satisfeitos são a porta de entrada para novos

clientes, então é necessário que a empresa tenha conscientização para tratá-los da melhor

maneira possível. Com isso, as empresas estão investindo em saber o histórico de todas as

decisões, solicitações, reclamações e sugestões de cada cliente, como essas informações

podem ajudar no desenvolvimento e fortalecimento das suas marcas no mercado.

No entanto, Vavra (1993, p. 45) informa que:

O objetivo do marketing de relacionamento é a retenção de clientes. Relacionamentos são construídos sobre familiaridade e conhecimento. A empresa do futuro restabelecerá relacionamentos “pessoais” com clientes por intermédio de banco de dados detalhados e interativos. O desafio é definir rapidamente os banco de dados exigidos, e daí agir sobre eles para restaurar relacionamentos pessoais em marketing.

Algumas estratégias ou abordagens de marketing de relacionamento para criar valor

aos clientes podendo ser definidas como:

� Database Marketing

� CRM;

� Marketing One To One;

2.4.3. Database em Marketing

Através de um banco de dados se podem coletar diversas informações que se

considera importantes para sua utilização, e é claro que por meio de um software é possível

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armazenar, organizar, separar, atualizar tendo como objetivo o gerenciamento geral das

informações obtidas.

Logo, vem o termo muito conhecido atualmente na área de marketing como sendo

Database Marketing ou “DBM”, uma ferramenta que serve como gerenciador de listas de

mala direta, onde as informações são mais específicas, pois é estruturado de forma menos

limitada e mais versátil. Sua utilização costuma ser mais simples já que na sua qualidade não

é necessário tomar decisões, elas já estão contidas no projeto (HOLTZ, 1994).

Cooke (2000) define database marketing como a "utilização das informações sobre os

consumidores, com a finalidade de aumentar a eficiência da segmentação e da customização e

promover a criação de laços com o cliente, a partir da perspectiva dos administradores de

marketing".

Para Jutkins (2001) utilizar-se de uma database marketing é "coletar, armazenar e

utilizar o conhecimento sobre seus clientes e 'propspects' para o benefício deles e para o seu

lucro". Isto se torna possível através da abordagem de marketing baseada na organização de

amplos sistemas de bancos de dados, que coletam e armazenam dados para identificar e

entender clientes atuais e potenciais como indivíduos e/ou grupos.

O banco de dados de clientes ajuda a implementar a abordagem de marketing de

relacionamento de diversas maneiras, como (VAVRA, 1993, p. 55):

• Os esforços de marketing tornam-se tanto mais eficientes como eficazes, porque a

empresa está hábil para identificar seus clientes mais importantes e daí, apresentar a

eles a oferta, produto ou serviço adequado no tempo correto.

• A tecnologia de computador está equipada para administrar a vasta quantidade de

dados que a empresa necessita para interagir com seus clientes de maneira

verdadeiramente personalizada.

• Um “diálogo” verdadeiro pode ser mantido com clientes ao descobrir interações

contínuas, identificando mudanças no ato de compra e permitindo à empresa antecipar

mudanças futuras.

• O desenvolvimento de novos produtos é facilitado ao se conhecer quem tem comprado

um produto, como ele satisfaz o consumidor e se quaisquer mudanças enriquecem o

desempenho do produto.

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Neste banco de dados existem muitos grupos específicos a serem considerados,

conforme Vavra (1993) coloca os seguintes grupos citados no quadro abaixo:

Clientes atuais Separados pela freqüência de compra, volume médio de pedido, valor de manutenção e tempo

da última compra.

Clientes

potenciais

Conhecendo quem são os clientes atuais, a empresa tem melhor descrição de seus clientes-

alvo. Com informações sobre os clientes atuais, uma empresa pode estabelecer listas de

indivíduos semelhantes.

Clientes

esquecidos ou

perdidos

Embora estejam além do objetivo imediato de retenção, eles podem ainda ser mantidos para

receber comunicações.

Informações

Gerais

São derivadas das compras de clientes. Indiretamente, informações como preferência por

departamentos diferentes, lojas, filiais ou revendedoras, ou as atratividades das linhas de

produtos oferecidas podem ser derivadas dos registros de compras de clientes identificados no

arquivo.

Quadro 2 – Grupos específicos de clientes Fonte: adaptado de Vavra (1993)

Contudo, a comunicação vem para maximizar a qualidade das informações

facilitando no contato do funcionário junto aos seus clientes, por isso é válido que todos da

empresa estejam a par das informações relacionadas ao cliente para o bom funcionamento do

banco de dados.

Outra ferramenta importante para o desenvolvimento do relacionamento com os

clientes é o CRM que a seguir será entendida como parte também desse processo.

2.4.4. Customer Relationship Management (CRM)

O Gerenciamento de Relacionamento com os Clientes pode ser considerado como

sendo uma das estratégias fundamentais para manter e conquistar novos clientes, pois os

aproxima de maneira que a empresa passa a conhecê-lo profundamente possibilitando a

empresa a satisfazer suas necessidades.

Com isso, o Customer Relationship Management (CRM) um sistema que visa ajudar a

empresa a gerir as suas relações com o cliente, vem chamando tanta a atenção no mercado,

sendo um fator de extrema importância para o marketing de relacionamento (CORRÊA,

2005).

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O CRM também é entendido como um conjunto de hardware e softwares e

procedimentos através dos quais a empresa pode – integrando a comunicação por telefone e

Internet – controlar e melhorar seus relacionamentos com os clientes (CENTURIÃO apud

KARKOTLI, 2001).

Richers (2000, p. 376) define CRM como sendo “uma estratégia de negócios projetada

para elevar a lucratividade e a receita da empresa, por meio do aumento do nível de satisfação

daqueles que utilizam os bens e serviços por ela comercializados”.

Segundo Zenone (2001, p. 27) “CRM é uma estratégia de relacionamento e não uma

ferramenta tecnológica ou não de ação/reação. Cada cenário (situação) requer uma análise

particular para definirmos os procedimentos deste relacionamento”.

Já Corrêa (2005), defende CRM como sendo “talvez a ferramenta mais comentada

hoje no mercado que tem como objetivo principal aproveitar cada contato com o cliente para

conhecê-lo melhor, a fim de proporciona-lhe um tratamento exclusivo”. Com base nisso,

serve para detalhar o que aconteceu de importante em cada contato e conhecer as reações do

Cliente. A Fundação Getúlio Vargas em recente pesquisa constatou que 33% das empresas

pesquisadas pretendem implantar o CRM para ajudar nas relações com o Cliente.

O objetivo dos sistemas de CRM é identificar, diferenciar, manter e desenvolver seus

melhores clientes e a tecnologia é o meio de implementar estratégias para atingir esses

objetivos. Porém, a tecnologia não constrói as relações com os clientes. A empresa, através de

seus funcionários o faz. Portanto, Zenone (2001, p. 9) afirma:

Essa necessidade de conquistar e, principalmente, manter clientes leais está transformando o relacionamento no principal bem da empresa e, portanto, impulsionando ao desenvolvimento de um conceito dentro da disciplina de marketing, conhecida como Customer Relationship Management (CRM). Isso envolve o desenvolvimento dos relacionamentos entre uma companhia e seus clientes, com a ênfase no serviço e na qualidade, para conseguir a satisfação total do cliente e a fidelização em longo prazo.

Embora CRM não seja um conceito tecnológico, ele se apóia de forma muito intensa

em sistemas de informação, pois a informação é fundamental em uma empresa que se

proponha a “fazer” CRM. Do ponto de vista da implementação, o grande desafio tecnológico

é a integração de dados entre os sistemas de CRM e sistemas legados.

É importante salientar que a comunicação é fundamental para o processo da

ferramenta CRM, como:

• Identificar;

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• Diferenciar;

• Interagir;

• Personalizar.

“Para conhecer, diferenciar, interagir e personalizar a relação com nossos consumidores, para proporcionar a eles o atendimento maximizado toda a nossa estratégia de negócio, precisamos começar a trabalhar com a primeira estratégia mais básica e ao mesmo tempo mais forte desse novo processo” (ZENONE, 2001, p. 34).

Para que todo esse processo de CRM seja completo, poderá envolver ou não recursos

tecnológicos que são denominados de níveis (KARKOTLI, 2001):

• Operacional;

• Colaborativo;

• Analítico.

As aplicações de CRM tratam dos aspectos operacionais da relação com o cliente. O

call center, por exemplo, quando usado como ferramenta de SAC, registra todas as ligações e

ocorrências de um determinado cliente, facilitando as próximas interações do cliente com a

empresa. Logo o CRM colaborativo engloba todos os pontos de contato com o cliente onde

ocorre a interação entre ele e a empresa. E o CRM analítico é feito através dos dados contidos

nas bases gerenciais da empresa (Database Marketing), fonte de inteligência do processo,

serve para o ajuste das estratégias de diferenciação de clientes, bem como para o

acompanhamento de seus hábitos, com o objetivo de identificar suas necessidades e os

eventos que possam ocorrer na vida de cada um deles (KARKOTLI, 2001).

O Database Marketing encarrega-se dessa função por meio de um “armazém de dados

(ou um data warehouse) e que conduz ao CRM, cujo objetivo primordial é mudar a maneira

como as empresas realizam negócios”, afirma um folheto do (Gartner Group apud RICHERS,

2000, p. 376). Para tanto, afirma também que para alterar o modo como se relaciona e

interage com seus clientes, uma empresa precisa modificar seus sistemas e procedimentos

operacionais internos e a distribuição de seus produtos e serviços.

Sem a integração dos dados é impossível ter uma visão única do cliente. Toda a

organização tem de estar preocupada com a coleta e armazenamento dos dados do cliente,

com o objetivo de conhecer melhor cada um deles. Isso pode afetar até a área de produção,

que agora tem de ser flexível o suficiente para aceitar as especificações personalizadas de

produtos resultantes das reclamações e sugestões dos clientes.

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Segundo Karkotli (2001), as empresas têm de mudar a forma de fazer negócios para

manter sua competitividade em um mercado cada vez mais agressivo. CRM é a síntese dessa

mudança: sair do mundo orientado a produtos e entrar no mundo orientado a clientes. Não é

fácil, mas não é impossível. Planejar o treinamento adequado de toda a empresa é crucial para

o sucesso da implantação de um programa de CRM. Zenone (2001, p. 32) recomenda:

Cada empresa deve fazer uma análise muitíssimo criteriosa de seus cenários, antes de definir suas estratégias de CRM com seus consumidores. Para isso, precisa analisar seus produtos-serviços/ mercados/ consumidores para avaliação das necessidades e ferramentas de comunicação/ ação necessárias a esta implantação que precisa prementemente sofrer evoluções rápidas para se manter sempre atuante no que se refere à constante interação/ relacionamento para suprir sempre com excelência as soluções requeridas pelo mercado e por seus atuais e novos clientes.

Para que o CRM seja bem sucedido nesse esforço, seus usuários precisam implantar

processos e tecnologias que ofereçam suporte à interação com o cliente por meio de qualquer

canal – vendas internas, telemarketing, revendedores e parceiros comerciais serviços e

assistência ao cliente, serviços de campo, mala-direta, e-mail, fax e Internet. O que todas essas

atividades têm em comum é um banco de dados muito bem segmentado por tipos de clientes

agrupados em um máximo de categorias diferenciadas (RICHERS, 2000).

Pode-se dizer que CRM é a infra-estrutura para implementar-se a filosofia One to One

de relacionamento com os clientes, portanto nada mais sugestivo que propor uma ferramenta

tecnológica de dados como base das informações.

2.4.5. Marketing One To One

Esta estratégia a ser apresentada faz parte de um contexto de como conhecer a fundo

cada cliente e satisfaze-lo de acordo com suas necessidades identificadas.

Para Peppers e Rogers (1997) o objetivo final de toda a empresa é gerar lucros e a

única maneira de atingí-lo é atraindo clientes dispostos a gastar seu dinheiro. Porém, o

ambiente competitivo atual parece demonstrar que é mais fácil conseguir que uns poucos

gastem mais do que fazer milhões de clientes gastarem apenas algumas moedas. Com isso, o

marketing de relacionamento, também chamado de marketing “um-a-um”, “pessoa-a-pessoa”

possibilita à empresa tratar seus clientes individualmente e, assim, desenvolver um

relacionamento duradouro com eles. Essa nova abordagem de marketing utiliza a mídia

direcionada e interativa para permitir um diálogo com os consumidores e pode também

oferecer produtos e serviços de massa personalizados.

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O marketing de relacionamento “One to One” tem o potencial de mudar radicalmente

as regras da concorrência comercial. Contudo, o marketig “um-a-um” dá às empresas novos

incentivos para investir a fim de conseguir lealdade a longo prazo de seus clientes mais

lucrativos (PEPPERS e ROGERS, 1997).

O novo profissional de marketing avaliará o sucesso segundo a projeção de aumento

ou diminuição do valor que um cliente terá para a empresa no futuro. Para os executivos de

marketing de relacionamento, o importante não é o que uma companhia sabe a respeito de

todos os seus clientes, mas sim o que sabe de cada um. Um dos objetivos para realizar este

trabalho, é obter maior número de informações de cada cliente para poder construir um

relacionamento duradouro com ele, possibilitando à empresa a menor probabilidade desse

cliente abandona-lo (PEPPERS e ROGERS, 1997).

Segundo Peppers & Rogers (1997), para uma empresa começar a praticar o marketing

“um-a-um” é preciso reunir todos os esforços. Não é possível simplesmente dizer ao

departamento de Marketing que passe a trabalhar de acordo com esse conceito. Para que a

estratégia funcione, é preciso ter em vista o cliente e, a partir daí, integrar as ações de

marketing, vendas, comunicação, expedição, operação, desenvolvimento de produto,

faturamento, contabilidade, etc. Essa integração é um grande desafio.

Existem quatro acões que podem ser usadas como base de implementacão o marketing

1 to 1: identifique, diferencie, interage e personalize. Estes princípios estão na ordem

crescente de dificuldade e complexidade, embora, possa haver muita preposicão. Mesmo

assim, essas quatro etapas de implementacão podem ser consideradas como um processo

sequencial para pôr em funcionamenro um programa de marketing 1 to 1 (PEPPERS et al,

2001):

1 - Identifique seus clientes. É primordial conhecer clientes o mais detalhadamente

possível. Não apenas o nome e o endereço, mas também hábitos, preferências etc. E não

apenas informação de momento – digamos, um antigo questionário – mas, tudo o que puder

obter através de todos os pontos de contato, veículos e toda a linha de produto, em todos os

locais e em todas as divisões. É importante conhecer e lembrar de cada cliente

individualmente, e ligar as informações sobre esse cliente na empresa inteira, durante todo o

tempo de relacionamento. Se uma empresa não tiver cadastrado grande parte desses clientes

mais valiosos, então ela não está preparada para dar início ao marketing 1 to 1.

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2 - Diferencie seus clientes. Clientes são diferenciáveis de duas formas: pelos vários

níveis de valor que representam (alguns são extremamente valiosos, outros não tão valiosos) e

pelas diferentes necessidades que têm. Assim, depois de identificá-los, a próxima etapa é

diferenciá-los para: (a) priorizar seus esforços e obter a máxima vantagem com os clientes

mais valiosos; e (b) adequar o comportamento de sua empresa a cada cliente, com base em

suas necessidades individuais. O grau e os tipos de diferenciação na base de clientes de uma

empresa também ajudarão a decidir qual a estratégia 1 to 1 mais apropriada para cada situação

específica de negócios.

3 - Interaja com seus clientes. A próxima etapa é melhorar tanto a eficiência em custo

quanto à eficácia de suas interações com clientes. Para tornar as interações mais eficientes,

leve-as para canais mais automatizados e eficientes em custo. Desloque as interações do call

center para o seu site Web, e os telefonemas de vendas pessoais para o call center. Para

melhorar a eficácia de cada interação, registre apenas a informação relevante, quanto for

necessária para: (a) melhor compreender as necessidades individuais de um cliente; ou para

(b) quantificar com mais precisão o valor potencial de um cliente. Além disso, cada interação

deve ocorrer no contexto de todas as interações anteriores já feitas com esse cliente. Deve dar

continuidade desde a o último contato com o cliente obtendo pelo menos duas informações

necessárias para o complemento dos dados já existentes. Seja, através do contato pelo call

center, ou no site Web da empresa.

4 - Personalize algum aspecto da relação da empresa com o cliente, com base nas

necessidades que ele tem e no valor que representa. Para prender um cliente em um

Relacionamento de Aprenizagem, a empresa precisa adaptar algum aspecto de seu

comportamento para atender as necessidades expressas por esse cliente. Isso pode ser por uma

personalização de um produto manufaturado, ou por um aspecto particiular de um serviço

envolvido. De modo geral uma empresa para praticar um programa de marketing 1 to 1, a área

de produção ou de prestação de serviços deve poder tratar cada cliente esfecificamente, com

base no que ele manifestou durante uma interação com a parte de vendas ou marketing da

empresa.

Todos esses princípios citados podem ser considerados como um processo de como

conhecer seus clientes e que técnicas são necessárias para implantar o marketing 1 to 1 na

empresa, mas por trás disso precisa-se de um certo desempenho com relação ao todo da

empresa e uma concientização dos funcionários para que o trabalho possa ser realizado

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homogeneamente, ou seja, todos os departamentos devem estar envolvidos e interados com os

clientes.

E para que as informações sejam homogêneas será abordado em seguida a importância

da comunicação para a interação com o cliente, sendo uma das “pontes” favoráveis que

interligam o bom desenvolvimento do marketing de relacionamento.

2.4.6. A Importância da Comunicação no Processo de Relacionamento com os Clientes

A comunicação inicial é a porta de entrada para todo um relacionamento em qualquer

segmento de nossas vidas. Como diz a frase popular: “a primeira impressão é a que fica”, E

para um estabelecimento ou até mesmo uma situação é significativo esse termo, pois os

clientes necessitam ter uma boa impressão com relação ao ambiente e com a abordagem do

recepcionista ao ser atendido. “Nunca é demais repetir que a comunicação falada/escrita deve

ter saudação, objetivo e finalização. Esqueça a comunicação ‘vazia’. Ela não acrescenta, não

atende e não fideliza” (ZENONE, 2001, p. 41).

A boa comunicação entre os colaboradores faz-se com que as informações sejam

repassadas com confiança, onde o cliente se sentirá seguro com relação a sua imagem e seus

serviços. As empresas estão descobrindo que investir numa comunicação mais evoluída

baseada em diálogo aproxima mais o cliente, diminui os custos de comunicação, contribui de

forma efetiva para a concepção e aprimoramento de produtos e serviços, que clientes podem

atrair com muito mais eficiência e menor custo outros clientes, que podem contribuir com

idéias de grande valor, enfim, que fidelizá-los é muito mais rentável que estar sempre em

busca de novos clientes.

Com isso, as empresas devem estimular o contato com os clientes, mantendo

relacionamentos positivos, e assim, recomendam a empresa a parentes e amigos bastante

entusiasmados a conhecer a qualidade dos serviços/produtos oferecidos, formando uma cadeia

de relacionamentos, fazendo com que a carteira de clientes de maior valor e maior potencial

cresçam sempre atingindo contatos de valores agregados.

O gerenciamento da comunicação sobre produto e serviço deve ser monitorado desde a

alta-direção, passando pelo corpo da empresa, até o profissional da linha de frente de

atendimento para que seja homogêneo, proporcionando ao mercado uma imagem de valor e

de transparência com relação aos clientes.

Nos dias de hoje, a facilidade de comunicação possibilitou as empresas a promoverem

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sua imagem aos consumidores através de diversas ferramentas, que são: livros, cartas,

panfletos, folders, televisão, rádios, CDs, Internet, telefonia fixa e móvel, pagers, palestras,

conference-calls, chats e outros canais proporcionados pela comunicação via satélite

(ZENONE, 2001).

Logo, será possível contextualizar o composto de comunicação de marketing que

consiste em todos os veículos que comunicam informação acerca de produtos e serviços aos

clientes. O relacionamento junto aos clientes depende de alguns critérios que a seguir serão

citados (ZEITHAML & BITNER, 2003):

• Propaganda: qualquer forma paga de apresentação e promoção impessoal das ofertas

de uma empresa por parte de um promotor identificado. É necessário para que os

clientes possam vir a tomar conhecimento de produtos ou serviços existentes no

mercado;

• Promoção de vendas: incentivos de curto prazo, tais como cupons, prêmios ou

descontos, que estimulam as compras do cliente. Necessário para que a empresa possa

oferecer ao cliente oportunidade de consumir por um preço mais acessível diante da

concorrência;

• Relações públicas: construção de uma imagem favorável à empresa através de ações

públicas, tais como publicidade, relações com os meios de comunicação e eventos

junto à comunidade;

• Marketing direto: uso de correio, telefone, fax, e-mail e outras ferramentas

impessoais para comunicar-se diretamente com consumidores específicos a fim de

obter uma resposta direta;

• Venda pessoal: apresentações pessoais através de um representante da empresa a fim

de gerar vendas e construir relacionamentos com os clientes.

Todos estes compostos acima citados são de extrema importância para que a empresa

possa construir relacionamentos contínuos e duradouros com seus clientes para que o contato

seja real e homogêneo diante de tantas ferramentas de comunicação existentes a fim de se

integrar com o público-alvo.

No entanto, a comunicação promocional é um meio que as empresas utilizam ao

informar detalhes sobre o produto ou serviço, pois não se deve esquecer de que a mensagem

clara, detalhada é uma enorme vantagem competitiva de mercado. Quem melhor explica e

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orienta, economiza em contatos desnecessários e despesas, fazendo com que o consumidor

sinta-se bem ao utilizar seu produto e o estimula a contatar para interação, novos negócios e

até mesmo elogio para fidelização (ZENONE, 2001, p. 43).

A comunicação envolve diversos contatos com o cliente e, além disso, é necessário

salientar o calor que o mesmo têm para com a empresa. E para tanto, será desmistificada a

relação de cada cliente por níveis de lucratividade junto à empresa.

2.4.7. O Valor do Cliente

Pode considerar que em quase todas as empresas, uma pequena porcentagem dos

clientes é responsável pela maior parte dos lucros, ou melhor, há uma parte considerável de

clientes que são freqüentadores assíduos da empresa. E esses clientes precisam ter um

tratamento especial para que possam continuar clientes por um longo e infinito período de

tempo. Por isso, em vez de a empresa querer conquistar mais e mais clientes, deve-se colocar

em ênfase a retenção daqueles clientes que são realmente valiosos, e dar a eles, prioridade no

que se refere em tratamento especial ou personalizado, oferecendo-os benefícios como:

ofertas, descontos, prêmios, etc. O valor do cliente pode ser identificado como o nível de

lucratividade que cada cliente pode proporcionar à empresa. Esses clientes estão dispostos a

informar o que desejam, e a indicar a empresa a outras pessoas, por isso, é necessária a

valorização do atendimento individualizado (ROGERS, 1998).

Segundo Kotler e Armstrong (1998, p.398), definem clientes lucrativos como sendo

“uma pessoa, família ou empresa que dê receitas ao longo do tempo, em montante

considerável, maiores que os custos da empresa para atrair, vender ou prestar-lhe serviço”.

Essa definição enfatiza lucros e custos vitalícios, não apenas os lucros de uma única

transação.

Para que a empresa possa “cuidar” desses clientes lucrativos é preciso começar

localizando-os ou identificando-os os mais valiosos, sendo os poucos clientes que garantem a

continuidade do negócio. Pode-se considerar que uma pequena porcentagem de clientes

responde pela maior parte dos lucros. Por isso, deve-se começar a praticar marketing One to

One com os clientes mais valiosos, colocando-os atrás do que chamamos de “cerca”, sem

mudar a política em relação aos demais clientes. Com isso, mais tarde chegará o momento de

alargar a “cerca”, para incluir o próximo grupo de clientes valiosos, e assim sucessivamente

(ROGERS, 1998).

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Para Peppers e Rogers (2001), o processo de diferenciação de clientes deve ocorrer em

duas etapas, nesta ordem:

1. Classificar seus clientes segundo seu valor.

2. Diferenciar seus clientes segundo suas necessidades.

Ou seja, use seu esforço inicial para entender os diferentes valores que seus clientes

têm. Em seguida, começando pelos mais valiosos, diferencie-os pelas suas necessidades.

Valor efetivo de um cliente. O valor efetivo, atual, de um cliente é igual ao valor

líquido de todo o lucro futuro com esse cliente, ou seja, todo o lucro futuro adquirido naquele

cliente significa a margem que sua empresa ganha em toda a venda, sejam produtos ou

serviços específicos para o cliente. Além isso, pretende-se incluir fatores sobre o lucro obtido

sobre as indicações feitas pelo cliente, a colaboração dele na criação de novos produtos ou

serviços, o uso da sua imagem aderida à da empresa, entre outras.

Valor estratégico e participação no cliente. Refere-se ao seu potencial de crescimento,

ou valor estratégico. Valor estratégico é o valor adicional que um cliente poderia render se

você tivesse uma estratégia para obtê-lo. Por exemplo, um cliente é correntista em um banco

com uma conta corrente e uma conta de poupança, que esse lucro rende para a empresa

constantemente, mas esse mesmo cliente possui uma hipoteca de imóvel em um banco

concorrente representando com isso, o valor estratégico. Valor potencial que você poderia

realizar se tivesse uma estratégia proativa para obtê-lo. Saber os valores efetivo e estratégico é

o que possibilita o cálculo de sua participação no cliente.

Classificando clientes conforme seu valor. Depois de classificar seus clientes, o

próximo passo é identificar quais se enquadram em cada um dos três tipos distintos de valor –

MVC (Most Valuable Customers), MGC (Most Growable Customers) e BZ (Below Zero).

Esses “tipos de valor” representam clientes cuja abordagem prevê objetivos e estratégias

diferentes:

MVCs (Clientes de Maior Valor) – são aqueles com o valor vitalício mais elevado.

Eles representam núcleo de seu negócio atual, e seu objetivo primordial em relação a eles

deve ser a retenção. As estratégias para mantê-los variam da identificação do cliente à

melhoria da qualidade, conquista de fidelidade e Relacionamento de Aprendizagem. De modo

mais específico, conserve estes clientes.

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MGCs (Clientes de Maior Potencial) – são aqueles com o maior valor estratégico não-

realizado. Eles geralmente têm o valor vitalício inferior aos dos MVCs, mas, com freqüência,

têm um potencial maior de crescimento. Esses clientes poderiam ser mais lucrativos do que

são agora, e seu objetivo primordial em relação a eles é o crescimento. Estratégias de

crescimento são mais dispendiosas do que estratégias de retenção. Em muitas empresas, a

mais importante estratégia de crescimento do cliente é a cross-selling (venda de produtos

alternativos, opcionais e outros), enquanto em outras situações de negócios a mais importante

estratégia de crescimento é aumentar a longevidade da relação com o cliente. Para um melhor

entendimento, desenvolva estes clientes.

BZs (Clientes Abaixo de Zero) – são aqueles que provavelmente nunca gerarão lucro

suficiente para justificar a despesa envolvida em seu atendimento. Todas as empresas têm

alguns clientes assim, e sua estratégia deve ser a de criar incentivos para torna-los mais

lucrativos ou para encoraja-los a se tornarem clientes não-lucrativos dos concorrentes.

Para que haja um melhor entendimento diante do valor do cliente para as ações de

relacionamento, os clientes estão divididos em camadas de lucratividade, que Rust et al.

(2001) classifica como:

1. Camada de Platina – são clientes geralmente comprometidos com a empresa,

classificada como os mais lucrativos e que estão dispostos a experimentar novas

ofertas.

2. Camada de Ouro – tem uma diferença com a Platina no nível de lucratividade, ou

seja, são grandes freqüentadores, mas procuram a concorrência e normalmente

querem descontos.

3. Camada de Ferro – contém clientes essenciais, mas com um nível de gasto,

lealdade e lucratividade que não há necessidade de um tratamento especial.

4. Camada de Chumbo – estes clientes são considerados para a empresa um custo

altíssimo, ou seja, na maioria das vezes não estão satisfeitos com os serviços

prestados, e com isso, “amarrando” os recursos da mesma.

Entretanto, essas maneiras de identificá-los possibilita no processo de relacionamento

com os clientes. Deste modo, é válido construir relacionamentos duradouros sempre com o

intuito de satisfazer as necessidades e desejos dos clientes para que a empresa venha a suprir

suas expectativas constantemente. Com isso, torna-se mais fácil mantê-los continuamente na

empresa, atingindo possivelmente, a fidelidade. A intenção é retribuí-los por meio de ações de

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relacionamento para que os mesmos se sintam valorizados e reconhecidos. E o retorno vem,

quando o cliente recebe o que deseja.

2.4.8. Ações de Marketing de Relacionamento

As ações de marketing de relacionamento é um trabalho a ser realizado com os

clientes a partir do momento que a empresa obtêm informações dos clientes, seja potencial ou

não.

No entanto, Kotler (1999, p. 198) distingue quatro tipos de programas de

relacionamento que podem ser criados por uma empresa: Programas de Marketing de

freqüência, Marketing de Clube, Programas para Clientes VIP e Programas de

Reconhecimento de Clientes.

Os Programas de Marketing de Freqüência (ou de “Assiduidade”) premia clientes que

compram quantidades ou com freqüência. Kotler & Armstrong (1998, p. 399) citam a

publicação trimestral de nome Colloquy que define o marketing de freqüência como “um

esforço para identificar, manter e aumentar a ligação com os melhores clientes através de

relacionamentos de longo prazo, interativos e plenos de valor”.

Programas de Marketing de Clube. Conforme Kotler & Armstrong (1998, p. 399)

Programas de Marketing de Clube “criam o conceito de clubes em torno de seus próprios

membros do clube podem receber ofertas automáticas na compra de um produto ou

pagamento de uma mensalidade”. Clube de Clientes é uma forma do marketing de

relacionamento que implica em oferecer algo extraproduto aos clientes que aderem à condição

de sócios. É necessária a filiação, associação, vinculação ou outra forma de participação do

cliente. Esta participação pode ser paga, grátis ou automática, através de uma compra ou

resposta. Um Clube de Clientes tem atividades que beneficiam os sócios: comunicações

reservadas, serviços, vantagens e benefícios. O Clube pode dar exclusividade para os seus

sócios, distinções e honrarias. Os participantes são denominados sócios, e normalmente têm

carteirinha ou cartão com foto.

Programas para Clientes VIP. Conforme KOTLER (1999, p. 201), “apesar de todos os

clientes serem importantes, as empresas precisam identificar os clientes que lhes são mais

valiosos e tratá-los de forma especial”. O autor cita exemplos de lojas de departamentos como

Saks e Neiman Marcus que dão tratamento especial para as mulheres que gastam mais de US$

3.000,00 ao ano, e de bancos cujos clientes mais valiosos são atendidos em salas especiais ou

em casa.

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Programas de Reconhecimento de Clientes. Algumas empresas escolhem entre seus

melhores clientes alguns para receberem uma homenagem, em cerimônia especial. Kotler

(1999, p. 202) cita o exemplo da Arthur Andersen, que estabeleceu um programa em várias

cidades para selecionar e homenagear o empreendedor do ano em cada uma delas. O nome do

cliente a ser homenageado é conhecido durante o evento. Neste caso, Vavra (1993, p. 56)

define como:

Reconhecimento significa conhecer ativamente o valor de um cliente, percebendo sua existência e estabelecendo um conhecimento de suas necessidades e desejos específicos. Reconhecimento é evidenciado profundamente quando as opiniões dos clientes são constantemente solicitadas e quando eles são também convidados para revisar planos ou protótipos de desenvolvimento de produtos. Por exemplo, a Apple Computer projetou o Macintosh com um painel de 100 americanos influentes, solicitando suas reações e sugestões antes de lançar o produto no mercado.

Para Cabrino (2002) programas de marketing de freqüência devem se utilizar das

oportunidades oferecidas pela identificação dos seus clientes, para assim saber quem são os

clientes de maior valor e de maior potencial, para que assim possam ser desenvolvidas ações

inteligentes, através de uma relação de constante aprendizado, pois é através deste ponto que a

organização muda o seu comportamento frente aquilo que aprendeu a respeito de seus

clientes, personalizando aspectos do serviço e produto. Afinal, a única vantagem competitiva

real é o conhecimento que você e sua empresa possuem de seu cliente, fato este, que seus

concorrentes não tem.

Observa-se que as empresas do ramo de serviços utilizam principalmente Programas

de Marketing de Freqüência, enquanto as empresas de bens de consumo utilizam Programas

de Clube.

Boone & Kurtz (1998, p. 117 e 234) exemplificam a seguir que:

O marketing de relacionamento pode até mesmo ajudar uma empresa a ganhar clientes de seus concorrentes. Uma companhia de aviação, por exemplo, pode acrescentar uma nova rota. Em vez de contra-atacar com uma campanha promocional, os técnicos de marketing de uma companhia de aviação rival podem simplesmente localizar os clientes habituais da primeira e enviar um folheto com ofertas mais atraentes. A General Foods consegue lealdade à marca através de clubes para consumidores de Kool-Aid, Crystal

Light, os molhos para salada Good Seasons e as massas Entermann; o clube da Crystal

Light LightStyle congrega aproximadamente 1 milhão de membros. Os clientes podem converter suas notas fiscais em camisetas, sacolas e outros artigos. Algumas vezes a empresa envia jornais com artigos sobre saúde, nutrição e forma física.

Segundo Geoffrey Brewer (apud Kotler, 1998) os grandes vendedores solucionam os

problemas dos clientes e relacionam-se com eles, o que talvez seja o ponto mais importante

no ambiente de marketing de relacionamento de hoje. Eles têm uma compreensão ímpar das

necessidades dos clientes, ou seja, são educados e pacientes com relação a conhecer o que

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realmente o cliente necessita, pode demorar tempo para a efetivação da compra, mas pelo

menos o cliente sai da loja muito satisfeito e encantado por ser tão bem atendido.

Infelizmente, algumas empresas não estão preocupadas com isso. Em geral, estão

preocupados em vender seus produtos por meio de uma “equipe” de vendas que não está

preparada para atender as necessidades dos clientes, e sim poder atingir o maior número de

vendas, com isso, a empresa pode considerar que vai durar pouco tempo. O negócio é tratá-lo

de maneira adequada para que ele se sinta satisfeito com o produto e/ou serviço que adquiriu.

“É preciso um esforço cuidadoso e coordenado da empresa inteira para criar relacionamentos

com clientes importantes visando à sua satisfação e a um maior valor” (KOTLER, 1998 p.

377).

Uma outra ação a ser considerada no contexto de marketing de relacionamento é o

marketing de transação definido por Kotler (1991 apud VAVRA, 1993, p. 31) que “é parte de

uma idéia mais ampla que vai além do marketing de relacionamento. Profissionais de

marketing experientes tentam construir relacionamento a longo prazo, confiança,

relacionamentos do tipo “ganha-ganha” com clientes, distribuidores, revendedores e

fornecedores”.

Todas essas ações citadas têm um único objetivo que é trazer o cliente para dentro da

empresa, atender suas necessidades buscando sempre em surpreendê-los com estratégias de

relacionamento. E o papel do funcionário é fundamental para a qualidade do atendimento,

portanto, é importante a participação de cada um deles para conquistar a clientela. Atender

bem o cliente significa que ele indicará para mais cinco pessoas do seu relacionamento, sendo

uma das estratégias de marketing mais utilizada que é o marketing “boca-a-boca”. Cliente

satisfeito é lucro para a empresa, mas o cliente insatisfeito a empresa poderá ter más

conseqüências a respeito, pois ele poderá trazer a ela uma imagem negativa perante o público-

alvo. Portanto, o empresário do estabelecimento e/ou profissional de marketing precisa estar

sempre atento às tendências e procurar saber o que seu cliente deseja. Informação é à base de

vários critérios a serem avaliados no que se trata em obter bons resultados para o crescimento

de um negócio.

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3 DESCRIÇÃO DO MÉTODO

Neste capítulo será apresentado o método em pesquisa utilizado para o

desenvolvimento deste trabalho, ou seja, “significa a escolha de procedimentos sistemáticos

para a descrição e explicação de fenômenos” (RICHARDSON et al., 1999, p. 70).

3.1 Delineamento da Pesquisa

Este trabalho caracterizou-se por ser uma metodologia quantitativa, descritiva com os

clientes e abordagem qualitativa na entrevista informal com o proprietário. O método

quantitativo caracteriza-se pelo emprego da quantificação tanto nas modalidades de coleta de

informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas. É freqüentemente

aplicado nos estudos descritivos, naqueles que procuram descobrir e classificar a relação entre

variáveis, bem como nos que investigam a relação de causalidade entre fenômenos

(RICHARDSON et al., 1999). Para Richardson et al. (1999, p. 79) “a abordagem qualitativa

de um problema além de ser uma opção do investigador, justifica-se, sobretudo, por ser uma

forma adequada para entender a natureza de um fenômeno”.

Segundo Richardson et al. (1999, p. 71), “os estudos de natureza descritiva propõem-

se investigar o “que é”, ou seja, a descobrir as características de um fenômeno como tal.

Nesse sentido, são considerados como objetivo de estudo uma situação específica, um grupo

ou um indivíduo”.

Para que o trabalho pudesse dar continuidade sobre relacionamento com o cliente foi

feita uma pesquisa exploratória, no qual pode-se obter informações junto ao proprietário da

churrascaria Meu Cantinho a respeito da empresa e constatou-se a importância do tema

abordado para a sua melhoria baseado em diversos autores. De acordo com Cervo e Bervian

(1996, p. 68) “Esta fase do trabalho destina-se ao levantamento do material necessário para

investigação. De acordo com o tipo de pesquisa, tem-se que reunir instrumentos, aparelhos,

materiais diversos ou documentos. Estes últimos consistem na matéria prima bibliográfica”.

Foi realizada uma pesquisa bibliográfica, que segundo Cervo e Bervian (1996, p. 48)

“procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em documentos.

Pode ser realizada independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental.

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Em ambos os casos, buscam conhecer e analisar as contribuições culturais ou científicas do

passado existentes sobre determinado assunto, tema ou problema”.

E por fim, foi realizados uma pesquisa com os clientes com o intuito de identificar o

perfil, o nível de gasto e freqüência, juntamente com o propósito de coligar a necessidade de

propor ações de relacionamento na empresa, sendo o tema principal deste trabalho. Esta

pesquisa foi realizada em campo no próprio restaurante, durante sete dias corridos de

segunda-feira a domingo nos períodos do almoço e jantar.

3.2 Delimitação do estudo

A população da pesquisa se trata dos clientes que freqüentaram a empresa em estudo,

sendo considerada infinita. A empresa fica localizada na região da Grande Florianópolis, e a

pesquisa com os mesmos se deu entre os dias 24 e 30 de abril de 2006, nos períodos de

almoço e jantar.

Amostra é definida como parte representada da população (MATTAR, 2001). A

amostra desta pesquisa compõe-se de 404 clientes e caracteriza-se como amostra aleatória.

De acordo com Mattar (2001, p. 150) a amostragem aleatória pode ser definida como “O

processo de subdividir uma população em extratos, selecionar amostras aleatórias simples de

cada extrato e, a seguir, combiná-las em uma amostra única para estimar os parâmetros da

população”.

O cálculo do tamanho da amostra foi feito, considerando-a como infinita, sendo

aplicado os valores através da seguinte fórmula (BARBETTA, 2003):

no – uma primeira aproximação para o tamanho da amostra;

Eo – erro amostral tolerável.

O erro amostral tolerável desta pesquisa foi de 5 %.

Solução. Uma primeira aproximação: no = __1__ = 400 clientes (0,05)²

no = __1__ (Eo)²

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3.3 Método de Coletas de Dados

O método utilizado para a coleta de dados da empresa, deu-se por meio de um roteiro

de entrevista que foi predeterminado pela autora para obter informações necessárias da

empresa junto ao proprietário da mesma. Segundo Markoni & Lakatos (1999, p. 94) a

entrevista “é um encontro entre duas pessoas, afim de que uma delas obtenha informações a

respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional”. A

entrevista pessoal foi realizada com o proprietário da empresa. O roteiro de entrevista

encontra-se no Apêndice A.

Em relação à pesquisa realizada com os clientes, foi-se denominada com dados

primários obtidos por meio de um questionário contendo onze questões, considerando que dez

perguntas foram fechadas, e uma foi aberta. Segundo Richardson et al. (1999), questionário

que apresenta perguntas fechadas definem-se como sendo um instrumento em que as

perguntas ou afirmações apresentam categorias ou alternativas de respostas fixas e

preestabelecidas. E no caso de questionário que apresenta perguntas abertas, caracteriza-se

por perguntas ou afirmações que levam o entrevistado a responder com frases ou orações, ou

seja, o pesquisador não está interessado em antecipar as respostas, deseja uma maior

elaboração das opiniões do entrevistado. Este questionário encontra-se no Apêncice B, onde

foi analisado e apresentado por meio de gráficos. E quando se trata de dados primários pode-

se dizer que:

[...] são aqueles que não foram antes coletados, estando ainda em posse dos pesquisados, e que são coletados com o propósito de atender às necessidades específicas da pesquisa em andamento. As fontes básicas de dados primários são: pesquisados, pessoas que tenham informações sobre o pesquisado e situações similares. (MATTAR, 2001, p. 48)

O método utilizado para coletar os dados por meio de um questionário foi elaborado

com o intuito de saber a opinião dos clientes com relação aos serviços prestados pelo Meu

Cantinho, identificar os clientes potenciais e obter sugestões. Com isso, foi possível

identificar as necessidades dos clientes e promover ações de marketing de relacionamento

com os mesmos. De acordo com Oppenhiem (apud ROESCH, 1996), questionário não é

apenas um formulário, ou um conjunto de questões listadas sem muita reflexão. O

questionário é um instrumento de coleta de dados que busca mensurar alguma coisa. Para

tanto, requer esforço intelectual interior de planejamento, com base na conceituação do

problema de pesquisa e do plano de pesquisa, e algumas entrevistas exploratórias

preliminares.

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Após a elaboração do questionário foi realizado o pré-teste, com alguns professores e

com o proprietário da churrascaria Meu Cantinho. O pré-teste é importante para que possa ser

identificada as questões de fácil (ou difícil) entendimento pelos entrevistados e se haveria

necessidade de alguma modificação, caso a pergunta não ficasse clara num primeiro

momento. Quando se trata de pré-teste, pode-se dizer que:

[...]a análise dos dados, após a tabulação, evidenciará possíveis falhas existentes: inconsistência de complexidade das questões; ambigüidade ou linguagem inacessível; perguntas supérfluas ou que causem embaraço ao informante; se as questões obedecem à determinada ordem ou se não muito numerosas, etc. (MARCONI E LAKATOS, 1999, p.102)

O critério utilizado para dividir a aplicação do questionário durante a semana da

pesquisa foi baseada pela porcentagem de público que freqüenta a churrascaria de segunda-

feira à domingo. Esses dados foram repassados por Júnior Barni, um dos proprietários da

empresa, em Abril de 2006. Segue abaixo o percentual de ocupação durante toda a semana no

Meu Cantinho, e o número de clientes pesquisados seguindo a mesma classificação:

Tabela 1 – Classificação de número de clientes pesquisados quanto os dias da semana que foi aplicada a

pesquisa

Fonte: dados primários (2006)

Com isso, pode-se estabelecer uma subdivisão para a aplicação dos questionários

durante a semana da pesquisa. Pode-se observar na tabela 1, que no sábado aplicou-se com

um número maior de clientes o questionário, pois esse dia teve o maior número de ocupação

das mesas, em seguida foi no domingo com 19% e sexta-feira com 16%. A pesquisadora

confirmou por meio de observação, que durante o final de semana há um maior público,

considerando que domingo à noite o estabelecimento não abre. E também foi observado que

há uma diferença de público que freqüenta no final de semana para o público que freqüenta

durante a semana, ou seja, no final de semana os clientes costumam se reunir com os

familiares e durante a semana são profissionais liberais, empresários e visitantes que vão a

churrascaria com o hábito de comer e tratar de negócios.

Dados da Empresa

Semana Percentual de Ocupação Nº Clientes Percentual

Segunda 7,82% 41 10%Terça 9,80% 42 10%Quarta 11,10% 50 12%Quinta 13% 43 11%Sexta 17% 65 16%Sábado 20,96% 88 22%Domingo 20,32% 75 19%

Total 100% 404 100%

Pesquisa Realizada

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Tabela 2 – Classificação dos pesquisados quanto ao período da pesquisa

Fonte: dados primários (2006)

Durante o trabalho foram feitas uma análise e uma observação com relação ao

atendimento aos clientes, pois de acordo com Cervo & Bervian (1996, p. 24) “observar é

aplicar atentamente os sentidos a um objetivo, para dele adquirir um conhecimento claro e

preciso”.

Através de um roteiro de entrevista com o proprietário pode-se levantar algumas

técnicas que eles utilizam para relacionar-se com seus clientes e identificar ações de

relacionamento a serem melhoradas.

Com esta pesquisa de campo pode-se fazer uma análise em geral da movimentação

dos clientes, observar o atendimento, identificar o perfil e o comportamento dos clientes com

relação à satisfação dos serviços prestados, que segundo Gil (1995, p. 107) “consiste na

participação real do observador na vida da comunidade, do grupo, ou da situação

determinada”.

3.4 Técnica de Análise dos Dados

Os dados foram tabulados através do programa Access Microsoft Office 2000

Premium, e as tabelas e os gráficos foram criados no programa Microsoft Excel 2000 para que

em seguida os dados fossem analisados, e assim, poderem ser expostos os resultados obtidos

na pesquisa.

A análise dos dados foi feita por meio de classificação simples (análise univariada),

ou seja, um dos passos para entendermos o comportamento de uma variável, em termos dos

elementos observados, é a construção de uma distribuição de freqüência. E também foi

utilizado da classificação dupla (análise bivariada), ou seja, focaliza uma análise conjunta de

duas variáveis qualitativas (BARBETTA, 2003).

Para alcançar um dos objetivos específicos de classificar os clientes em níveis, foi-se

definido que esta classificação seria analisada por meio de duas classificações distintas: a)

Itens Nº clientes PercentualAlmoço 286 71%Jantar 118 29%

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freqüência dos clientes na churrascaria Meu Cantinho; b) nível de gasto mensal de cada

cliente pesquisado.

a) Em relação à freqüência, a classificação dos clientes respondentes foi definida com

base na pergunta 3 (três) do questionário (APÊNDICE B). Esta questão foi a seguinte: Com

que peridiocidade você freqüenta o Meu Cantinho?

A freqüência mensal estipulada nos itens a seguir foi suposta como:

Tabela 3 - Quanto à freqüência.

Fonte: dados primários (2006)

b) Em relação a variável de nível de gasto mensal no restaurante, foi-se estabelecida a

metodologia de uma classificação de gastos mensais do cliente, multiplicando a sua

freqüência mensal pelo gasto médio por visitas no restaurante. Para tanto, foi definida a

periodicidade mensal que o cliente costuma freqüentar a churrascaria em função das respostas

adquiridas na questão três. E a questão 8 (oito) foi a seguinte: Quanto você costuma gastar em

média quando vem ao Meu Cantinho?

Para estipular a média de gastos em função da freqüência no restaurante, foi somado

cada valor predeterminado nos itens e divididos por dois para obter a média de gasto de cada

cliente pesquisado. Os valores estão classificados na tabela, a seguir:

Tabela 4 - Quanto à média de gastos.

Fonte: dados primários (2006)

Alternativas Freqüência mensalDiarimanente 28 diasTrês vezes por semana 12 diasSemanalmente 4 diasQuinzenalmente 2 diasMensalmente 1 diaEventualmente não definidoOcasiões especiais não definidoPrimeira vez não definidoSem resposta 0

Valores Média de gastosMenos de 25 reais R$ 12,5025 a 40 reais R$ 32,5041 a 60 reais R$ 50,5061 a 80 reais R$ 70,5081 a 100 reais R$ 90,50Mais de 100 reais R$ 120,00Sem resposta R$ 0,00

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Em seguida foi multiplicada a média de gastos da tabela 4, pelo número de vezes que

cada cliente costuma freqüentar a churrascaria Meu Cantinho no período de um mês suposto

na tabela 3. Com isso, obteve-se uma classificação do valor do cliente, do mais lucrativo para

o menos lucrativo para a empresa.

Tabela 5 - Quanto à média de gasto mensal.

Fonte: dados primários (2006).

Com isso, pode-se analisar os dados representados na pesquisa e alcançar o objetivo de

classificar os clientes em patamares por níveis de gasto.

Em relação à entrevista com o proprietário da empresa, foi utilizado o método de

perguntas predeterminadas e elaboradas pela autora com o intuito de obter informações

necessárias para o desenvolvimento do trabalho. O roteiro de entrevista adotado foi

constituído de 13 (treze) perguntas abertas, que através de uma conversa informal com um dos

proprietários, Fabrício Barni, pode-se identificar algumas ações de relacionamento necessárias

para esta pesquisa.

3.5 Limitação da pesquisa

A limitação da pesquisa se deu por falta de tempo dos clientes em responder o

questionário, devido a estarem fazendo reuniões, pressa ou pouco interesse dos clientes em

responder a pesquisa.

Valores Média de gastos Diariam. 3 x / semana Semanal. Quinzenal. Mensal.Menos de 25 reais R$ 12,50 R$ 350,00 R$ 150,00 R$ 50,00 R$ 25,00 R$ 12,5025 a 40 reais R$ 32,50 R$ 910,00 R$ 390,00 R$ 130,00 R$ 65,00 R$ 32,5041 a 60 reais R$ 50,50 R$ 1.414,00 R$ 606,00 R$ 202,00 R$ 101,00 R$ 50,5061 a 80 reais R$ 70,50 R$ 1.974,00 R$ 846,00 R$ 282,00 R$ 141,00 R$ 70,5081 a 100 reais R$ 90,50 R$ 2.534,00 R$ 1.086,00 R$ 362,00 R$ 181,00 R$ 90,50Mais de 100 reais R$ 120,00 R$ 3.360,00 R$ 0,00 R$ 480,00 R$ 240,00 R$ 120,00Sem resposta R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

Gasto médio mensal / período de freqüência

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4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

O presente capítulo apresenta os resultados do que foi realizado no período de estágio

supervisionado e da pesquisa com os clientes da churrascaria Meu Cantinho. Por meio de uma

entrevista pessoal informal com o proprietário da empresa, pode-se obter algumas

informações necessárias para o desenvolvimento das ações de relacionamento com os clientes

que serão apresentadas a seguir. E o questionário elaborado que foi aplicado com os clientes

do restaurante foi considerado uma oportunidade de conhecer e avaliar alguns itens que são

primordiais para a conclusão deste projeto.

4.1 Entrevista com o Proprietário

A entrevista foi caracterizada como sendo informal, de maneira que por meio de um

roteiro de entrevista houve uma conversa com o proprietário para obter informações

necessárias para o desenvolvimento do projeto. Predeterminou-se as questões para que no

decorrer da entrevista pudesse dar continuidade ao assunto tratado. O roteiro da entrevista

encontra-se no Apêncide 1 e as informações serão relatadas para cada pergunta como segue:

A primeira pergunta foi referente às ações de relacionamento que a empresa utiliza

com os clientes, relatado que essas ações são focadas no serviço tele-entrega, que por meio de

um banco de dados, obtém-se os dados dos clientes (endereço, telefone, nº de pedidos

realizados no período, sugestões, etc.) sendo monitorado até o 20º pedido, e considerando que

a cada dez pedidos, a 11º refeição torna-se gratuita. Outra ação do proprietário é a maneira

como ele se relaciona com os clientes, que por uma simples conversa nas mesas, o mesmo

consegue obter o feedback dos clientes com relação ao que é oferecido. O contato maior são

com os clientes assíduos, considerando que o proprietário já tem uma certa liberdade, e os

próprios clientes diante dessa abordagem, sentem-se valorizados.

Na segunda pergunta foi questionado-o se com relação a essas ações, se é avaliado

como sendo suficientes para o desenvolvimento do relacionamento com os clientes. Logo o

proprietário afirma que não, sempre há uma idéia nova para ser implantada.

Na terceira pergunta, foi questionado quanto ao posicionamento da empresa diante

da concorrência, logo foi respondido que a churrascaria Meu Cantinho está no mercado há 18

anos considerando que neste ano irá completar exatamente no mês de setembro, 19 anos, e

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com essa trajetória foi conquistando o mercado, e acredita estar bem posicionada, sempre com

o intuito de oferecer a qualidade dos serviços e especialidades de carnes para obter a

satisfação dos clientes.

Na questão quatro, foi perguntado com relação ao que a empresa tem como

diferenciação da concorrência. Foi respondido que a churrascaria é um ambiente agradável,

onde as clientes são muito bem atendidos, e em relação à variedade no cardápio ele avalia

como sendo um diferencial.

Foi questionado na quinta pergunta sobre o banco de dados se está atualizado, e se

esses dados são importantes para a empresa. Logo se respondeu que há um monitoramento

dos dados dos clientes que costumam fazer pedidos no serviço tele-entrega, mas que são

dados limitados somente com esse público e considera importantes para a empresa.

A questão seis é continuidade da pergunta anterior. Foi perguntado se há um

monitoramento dos dados dos clientes do serviço tele-entrega. Afirmou que é monitorado até

o 20º pedido, e depois reinicia a monitoração.

Na questão sete, perguntou-se se há diferença no público que freqüenta nos dias de

semana daquele que freqüenta sábado e domingo. Afirmou, dizendo que os clientes da semana

são empresários, profissionais liberais que preferem um atendimento ágil, onde tratam muitas

vezes de negócios, e os clientes do final de semana costumam freqüentar a churrascaria com a

família sendo um local de encontro e descontração.

Na questão oito perguntou-se se a empresa aplica alguma estratégia de marketing, e

se considera importante para a imagem da empresa. Respondeu-se que são estratégias

emergentes que como o nome já diz surgem de uma necessidade que os administradores

apontam como importantes, como por exemplo, a preocupação maior são com os produtos

oferecidos, sempre buscam novidades no cardápio para atingir desde o público que aprecia

carnes, como peixes e outras especialidades.

Na nona questão foi perguntado sobre quem participa das novas idéias para as

melhorias da empresa. Logo respondeu que, essas idéias vêm dos próprios administradores da

empresa.

A décima pergunta foi com relação a quais são essas novas idéias a serem

implementadas. A empresa já tem dois projetos prontos para serem executados, só falta a

definição das empresas que vão entrar como parceiros, que são: uma área aberta com um

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barzinho de canto para clientes que apreciam happy hour após o trabalho, ou também como

uma opção de descontração. E outro projeto a ser realizado é o espaço exclusivo para crianças

com brinquedos recreativos para a comodidade dos clientes que buscam um ambiente mais

tranqüilo. São projetos previstos para final do ano de 2006.

Na décima primeira questão foi perguntado com relação à concorrência, o que a

empresa identifica como diferenciação. Respondeu-se que não seria bem diferenciação, mas

uma opção de preço um pouco mais baixo, e alguns clientes têm preferência por rodízio. É

apontada somente uma opção como diferencial, o buffet de saladas, que a churrascaria no

momento não oferece.

Na décima segunda questão foi perguntado quanto às novidades do cardápio se a

empresa se preocupa em oferecer mais itens. Falou-se que sim, e justamente estão com uma

idéia de disponibilizar aos clientes um buffet de saladas para que os clientes possam usufruir

uma alimentação mais saudável e leve para estrategicamente possam vir a consumir mais

carnes.

E na décima terceira e ultima questão foi perguntado com relação à motivação dos

funcionários se a empresa se preocupa com este aspecto. Respondeu-se que sim, e sempre que

possível à empresa oferece treinamentos, como por exemplo, o Sistema de Qualidade Total

(método 5 S), que no mês de abril foi implantado. Mas é um caso que pode ser melhor

trabalhado.

A seguir será apresentadas a tabulação e análise dos dados dos questionários

aplicados com os 404 clientes da empresa

4.2 Pesquisa com os Clientes

A análise e interpretação dos dados da pesquisa feita com os clientes foram de caráter

quantitativo, podendo ser listado alguns serviços possíveis de serem prestados pela

churrascaria para identificar o grau de importância de acordo com a opinião dos clientes,

identificar alguns critérios de preferência com relação aos produtos e serviços prestados pela

empresa, a periodicidade que os clientes costumam freqüentar churrascarias de modo geral, e

o Meu Cantinho. Pode-se também classificar clientes pelo nível de freqüência e o nível de

gasto médio mensal no restaurante. De modo geral, foi uma pesquisa de grande valia para o

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conhecimento de variáveis importantes para o desenvolvimento da proposta de ações de

relacionamento que serão vistas no próximo capítulo.

4.3 Relatório Geral dos Dados

1. Quanto ao grau de importância.

Tabela 6 – Quanto ao grau de importância

Fontes: Dados primários (2006)

Itens Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual

Caixa de Sugestões e Reclamações 113 28% 212 52% 66 16% 13 3%Utilização da Internet (pedidos, reservas) 156 39% 181 45% 66 16% 1 0%Ligações Telefônicas 184 46% 153 38% 66 16% 1 0%Envio de E-mails 149 37% 176 44% 76 19% 3 1%Promoção de Eventos Sociais 83 21% 176 44% 134 33% 11 3%Promoções Temporárias 247 61% 127 31% 20 5% 10 2%Espaço Exclusivo para Crianças 230 57% 124 31% 43 11% 7 2%Entretenimento 147 36% 167 41% 89 22% 1 0%Novidades no Cardápio 203 50% 167 41% 32 8% 2 0%Cortesias pelo nº de frequência 296 73% 77 19% 24 6% 7 2%Reconhecimento e Tratamento Especial 247 61% 126 31% 30 7% 1 0%

Muito Importante Importante Pouco Importante Sem Resposta

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Análise de Grau de Importância

28%

46%

61%

57%

50%

61%

52%

45%

44%

44%

41%

39%

37%

21%

73%

36%

38%

31%

31%

31%

41%

19%

16%

16%

16%

33%

11%

22%

8%

6%

7%

5%

19%

3%

2%

2%

2%

3%

1%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%

Caixa de Sugestões e

Reclamações

Utilização da Internet (pedidos,

reservas)

Ligações Telefônicas

Envio de E-mails

Promoção de Eventos Sociais

Promoções Temporárias

Espaço Exclusivo para

Crianças

Entretenimento

Novidades no Cardápio

Cortesias pelo nº de frequência

Reconhecimento e Tratamento

Especial

Op

çõ

es d

e S

erv

iço

s

Avaliação dos Clientes (%)

Muito Importante Importante Pouco Importante Sem Resposta

Gráfico 2 – Opinião dos clientes pesquisados quanto as Ações de Relacionamento

Neste gráfico nº 2, pode-se observar quanto o grau de importância com relação a

alguns serviços relacionados para manter o relacionamento com os clientes. Consideram-se as

mais importantes como: a cortesia pelo número de vezes que se freqüenta a churrascaria com

73% dos clientes pesquisados indicando como “muito importante”, promoções temporárias e

reconhecimento e tratamento especial com 61% dos pesquisados, e com 57% o espaço

exclusivo para crianças como “muito importante”. Metade dos clientes pesquisados avaliaram

novidades do cardápio como sendo um fator “muito importante”. Ligações telefônicas em

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datas comemorativas para aviso de descontos, por exemplo, foi apontado por 46 % dos

pesquisados como “muito importante”. A caixa de sugestões e reclamações foi avaliada por

52 % dos clientes pesquisados como sendo “importante”. A utilização da internet como meio

de serviços para reservas de mesas e festas particulares, fazer pedidos para entrega foi

avaliado por 45% dos pesquisados também como importante. Envio de e-mails como serviço

de informações a respeito de promoções, receitas, avisos sobre novidades, convites especiais

foi avaliado como importante com 44% dos pesquisados. Com estes resultados foi possível

analisar o que realmente o cliente avalia como serviços que fazem parte do relacionamento

para mantê-lo sempre informado e oferecê-los cortesias como forma de retribuí-los quando se

freqüenta a churrascaria.

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� Quanto à classificação de grupo de clientes pela escala de gasto mensal.

Tabela 7 – Classificação de grupo de clientes pela escala de gasto mensal

Fontes: Dados primários (2006)

Gráfico 3 – Classificação de grupo de clientes pela escala de gasto mensal

Neste gráfico nº 3, observou-se que esta pesquisa apontou que 60% dos clientes são

aqueles que menos gastam. Analisou-se que esta escala de gastos serviu para classificar os

clientes mais lucrativos dos menos lucrativos. No entanto, considera-se que as escalas de

gastos entre R$ 180,00 e R$ 280,00 (16%), R$ 360,00 e R$ 480,00 (4%), e um percentual

pequeno de clientes que gastam entre R$ 900,00 e R$ 1.980,00 reais (1%), pois estes clientes

sim são os mais lucrativos para a empresa. Portanto, necessita de um cuidado maior em

mantê-los de maneira que eles se sintam reconhecidos e valorizados.

Escala Gasto Total Nº Clientes Percentual0 à 90 reais 242 60%100 à 140 reais 76 19%180 à 280 reais 64 16%360 à 480 reais 16 4%900 à 1.980 reais 6 1%Total 404 100%

Escala de Gasto Total

4%16%

19% 60%

1%

0 à 90 reais

100 à 140 reais

180 à 280 reais

360 à 480 reais

900 à 1.980 reais

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1.1 Quanto à escala de gasto mensal x grau de importância (caixa de sugestões e

reclamações).

Tabela 8 – Opinião dos clientes pesquisados quanto à caixa de sugestões e reclamações

Fonte: Dados primários (2006)

Gráfico 4 – Opinião dos clientes pesquisados quanto à caixa de sugestões e reclamações

Escala de gasto mensal Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual

0 à 90 reais 63 26% 132 55% 42 17% 5 2%100 à 140 reais 21 28% 40 53% 12 16% 3 4%180 à 280 reais 18 28% 31 48% 10 16% 5 8%360 à 480 reais 7 44% 7 44% 2 13% 0 0%900 à 1.980 reais 4 67% 2 33% 0 0% 0 0%

Caixa de Sugestões e Reclamações

Muito Importante Importante Pouco Importante Sem Resposta

Escala de Gasto Mensal x Grau de Importância

(Caixa de Sugestões e Reclamações)

26%

55%53%

48%

28% 28%

44%

67%

33%

13%

16%16%17%

8%

4%2%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

0 à 90 reais 100 à 140 reais 180 à 280 reais 360 à 480 reais 900 à 1.980 reais

Escala de Gastos

Pe

rce

ntu

al

(%)

Muito Importante Importante Pouco Importante Sem resposta

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Neste gráfico nº 4 apontou-se que 67% dos clientes pesquisados que gastam entre R$

900,00 e R$ 1.980,00 reais por mês colocaram que a caixa de sugestões e reclamações é um

item “muito importante”, 55% dos clientes que gastam por mês até R$ 90,00 reais dizem que

é “importantes” este serviço, e 53% dos clientes que gastam entre R$ 100,00 e R$ 140,00

reais apontam também como item “importante”. Analisa-se neste caso, que tanto os clientes

menos lucrativos para os mais lucrativos avaliam este item como sendo um serviço necessário

para que os clientes possam expor suas opiniões quanto aos produtos e serviços oferecidos

pela churrascaria Meu Cantinho. É uma forma de obter o feedback dos clientes, sendo

considerado um serviço de custo baixo para a empresa e se monitorado terá um retorno

imediato. Esta análise comparada com o gráfico 2, tem um teor alto com relação a somente

28% dos clientes pesquisados que responderam como item “muito importante”, pois 67% dos

clientes da escala de gastos totais entre R$ 900,00 e R$ 1.980,00, e 44% entre R$ 360,00 e R$

480,00 apontaram como sendo também “muito importante”, fato este que precisa ser

considerado.

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1.2 Quanto à escala de gasto mensal x grau de importância (Utilização da Internet).

Tabela 9 – Opinião dos clientes pesquisados quanto a Utilização da Internet

Fonte: Dados primários (2006)

Gráfico 5 – Opinião dos clientes pesquisados quanto a Utilização da Internet

Neste gráfico nº 5 observou-se que diante da opinião dos pesquisados, apresentou-se

uma igualdade nos dados, de modo que, 50% dos clientes que gastam entre R$ 360,00 e R$

480,00 e daqueles que gastam entre R$900,00 e R$ 1.980,00 reais avaliaram que este serviço

como sendo “muito importante”, tendo que considerar pelo fato da ênfase dos clientes mais

lucrativos para a empresa. E 50% dos clientes que gastam entre R$ 100,00 e R$ 140,00 reais

mensais apontaram como sendo “importante”, e 47% dos clientes pesquisados que gastam

Escala de gasto mensal Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual

0 à 90 reais 97 40% 104 43% 40 17% 1 0%100 à 140 reais 26 34% 38 50% 12 16% 0 0%180 à 280 reais 22 34% 30 47% 12 19% 0 0%360 à 480 reais 8 50% 7 44% 1 6% 0 0%900 à 1.980 reais 3 50% 2 33% 1 17% 0 0%

Utilização da Internet (pedidos, reservas)

Muito Importante Importante Pouco Importante Sem Resposta

Escala de Gasto Mensal x Grau de Importância

Utilização da Internet (pedidos, reservas)

34% 34%

50% 50%

43%

50%47%

40%

44%

33%

19%16%17% 17%

6%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

0 à 90 reais 100 à 140 reais 180 à 280 reais 360 à 480 reais 900 à 1.980reais

Escala de Gastos

Perc

en

tual

(%)

Muito Importante Importante Pouco Importante

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entre 180 à 280 reais também apontam como sendo um serviço “importante”. Conclui-se que

diante da pesquisa identificou-se a necessidade de disponibilizar um serviço pela internet para

que aqueles clientes mais lucrativos possam com maior comodidade fazer seus pedidos de

entrega, reservas de mesas, e também como mais uma opção de serviço como meio de

comunicação diferenciado para a interação dos clientes junto à empresa.

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1.3 Quanto à escala de gasto mensal x grau de importância (Ligações Telefônicas).

Tabela 10 – Opinião dos clientes pesquisados quanto as Ligações Telefônicas

Fonte: Dados primários (2006)

Gráfico 6 – Opinião dos clientes pesquisados quanto as Ligações Telefônicas

Neste gráfico nº 6, pode-se observar que os clientes que mais gastam na churrascaria

foram os que mais identificaram a necessidade de a empresa ligá-los em datas comemorativas

para oferecer descontos, avisá-los sobre novidades, pesquisas de satisfação, convites

especiais, etc. Apontou-se que 63% dos clientes que gastam entre R$ 360,00 e R$ 480,00

reais avaliaram como sendo um serviço “muito importante”, e metade dos clientes

pesquisados que gastam entre R$ 900,00 e R$ 1.980,00 reais avaliaram tanto “muito

importante” como sendo “importante” este serviço para a empresa.

Escala de gasto mensal Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual

0 à 90 reais 108 45% 90 37% 44 18% 0 0%100 à 140 reais 35 46% 27 36% 14 18% 0 0%180 à 280 reais 28 44% 30 47% 5 8% 1 2%360 à 480 reais 10 63% 3 19% 3 19% 0 0%900 à 1.980 reais 3 50% 3 50% 0 0% 0 0%

Ligações Telefônicas

Muito Importante Importante Pouco Importante Sem Resposta

Escala de Gasto Mensal x Grau de Importância

(Ligações Telefônicas)

45% 46%44%

63%

47%

18% 18%

50%

37% 36%

19%

8%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

0 à 90 reais 100 à 140 reais 180 à 280 reais 360 à 480 reais 900 à 1.980 reais

Escala de Gastos

Perc

en

tual (%

)

Muito Importante Importante Pouco Importante

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73

1.4 Quanto à escala de gasto mensal x grau de importância (Envio de E-mails).

Tabela 11 – Opinião dos clientes pesquisados quanto a envio de e-mails

Fonte: Dados primários (2006)

Gráfico 7 – Opinião dos clientes pesquisados quanto a envio de e-mails

Neste gráfico nº 7, considera-se que metade dos clientes que gastam entre R$ 900,00 e

R$ 1.980,00 reais avaliaram o serviço tanto “importante” quanto “muito importante”, e dentre

os clientes que gastam entre R$ 180,00 e R$ 280,00 reais 42% avaliaram também como

“muito importante”, com isso analisou-se a necessidade de comunicá-los sobre promoções da

semana, novidades no cardápio, receitas, dicas e convites especiais. Estes clientes precisam

ser sempre avisados sobre o que há de novo na churrascaria para oferecê-los em primeiro

momento.

Escala de gasto mensal Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual

0 à 90 reais 83 34% 108 45% 49 20% 2 1%100 à 140 reais 31 41% 33 43% 11 14% 1 1%180 à 280 reais 27 42% 25 39% 12 19% 0 0%360 à 480 reais 5 31% 7 44% 4 25% 0 0%900 à 1.980 reais 3 50% 3 50% 0 0% 0 0%

Envio de E-mails

Muito Importante Importante Pouco Importante Sem Resposta

Escala de Gasto Mensal x Grau de Importância (Envio de E-mails)

34%

41% 42%

31%

50%

45% 43% 44%

50%

39%

14%

20% 19%

25%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

0 à 90 reais 100 à 140 reais 180 à 280 reais 360 à 480 reais 900 à 1.980 reais

Escala de Gastos

Perc

en

tual

(%)

Muito Importante Importante Pouco Importante

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74

1.5 Quanto à escala de gasto mensal x grau de importância (Promoção de Eventos Sociais).

Tabela 12 – Opinião dos clientes pesquisados quanto à promoção de eventos sociais

Fonte: Dados primários (2006)

Gráfico 8 – Opinião dos clientes pesquisados quanto à promoção de eventos sociais

Neste gráfico nº 8, observa-se que 50% dos clientes que gastam entre R$ 900,00 e R$

1.980,00 reais avaliaram este item como sendo “muito importante” e “pouco importante”. E

53% dos clientes pesquisados que gastam entre R$ 100,00 e R$ 140,00 reais avaliaram como

sendo um item “importante”. Neste caso, conclui-se que é uma ação que deve enfocar na

escala de clientes que tem um maior envolvimento lucrativo para com a empresa.

Escala de gasto mensal Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual

0 à 90 reais 45 19% 104 43% 85 35% 8 3%100 à 140 reais 12 16% 40 53% 23 30% 1 1%180 à 280 reais 17 27% 27 42% 18 28% 2 3%360 à 480 reais 6 38% 5 31% 5 31% 0 0%900 à 1.980 reais 3 50% 0 0% 3 50% 0 0%

Promoção de Eventos Sociais

Muito Importante Importante Pouco Importante Sem Resposta

Escala de Gasto Mensal x Grau de Importância

(Promoção de Eventos Sociais)

16%

27%

38%

50%

43%

53%

42%

50%

19%

31%

28%30%

35%

1%3% 3%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

0 à 90 reais 100 à 140 reais 180 à 280 reais 360 à 480 reais 900 à 1.980 reais

Escala de Gastos

Pe

rce

ntu

al

(%)

Muito Importante Importante Pouco Importante Sem resposta

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75

1.6 Quanto à escala de gasto mensal x grau de importância (Promoções Temporárias).

Tabela 13 – Opinião dos clientes pesquisados quanto a promoções temporárias

Fonte: Dados primários (2006)

Gráfico 9 – Opinião dos clientes pesquisados quanto a promoções temporárias

Neste gráfico nº 9, apontou-se com 83% dos clientes pesquisados na escala de gasto

mensal entre R$ 900,00 e R$ 1.980,00 reais como sendo um item “muito importante”. E nos

demais, pode-se observar que a maioria dos clientes das escalas de gastos mensais avaliaram

como sendo um item “muito importante”. Portanto, 64% são clientes que gastam entre R$

100,00 e R$ 140,00 reais, 61% são os clientes que gastam entre R$ 180,00 e R$ 280,00 reais,

60% são os clientes que menos gastam, e 56% dos clientes são aqueles que gastam entre R$

Escala de gasto mensal Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual

0 à 90 reais 145 60% 78 32% 13 5% 6 2%100 à 140 reais 49 64% 22 29% 4 5% 1 1%180 à 280 reais 39 61% 20 31% 2 3% 3 5%360 à 480 reais 9 56% 6 38% 1 6% 0 0%900 à 1.980 reais 5 83% 1 17% 0 0% 0 0%

Promoção Temporárias

Muito Importante Importante Pouco Importante Sem Resposta

Escala de Gasto Mensal x Grau de Importância (Promoções Temporárias)

60%64%

61%56%

83%

6%

29%31%

38%32%

17%

5%5%3%1%2%

5%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

0 à 90 reais 100 à 140 reais 180 à 280 reais 360 à 480 reais 900 à 1.980 reais

Escala de Gastos

Pe

rce

ntu

al

(%)

Muito Importante Importante Pouco Importante Sem resposta

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76

360,00 e R$ 480,00 reais. A maioria dos clientes avaliaram como sendo um fator “muito

importante”. Logo, analisou-se a necessidade da empresa promover seus produtos por meio de

promoções temporárias para que os clientes possam atribuir-se a preços menores por um curto

prazo. Com isso, faz-se com que os clientes menos assíduos possam vir a freqüentar em maior

escala.

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1.7 Quanto à escala de gasto mensal x grau de importância (Espaço Exclusivo para Crianças).

Tabela 14 – Opinião dos clientes pesquisados quanto ao espaço exclusivo para crianças

Fonte: Dados primários (2006)

Gráfico 10 – Opinião dos clientes pesquisados quanto ao espaço exclusivo para crianças

Neste gráfico nº 10, pode-se observar que a maioria dos clientes avaliaram este item

como sendo um fator “muito importante” para a empresa. No entanto, apontou-se que 73%

dos clientes pesquisados que gastam entre R$ 360,00 e R$ 480,00 reais avaliaram como sendo

“muito importante”, considerando que 58% dos clientes que gastam entre R$ 180,00 e R$

280,00 reais também avaliaram como “muito importante”, e a maioria dos demais clientes

também colocaram a mesma opinião quanto a este serviço a ser oferecido. Com isso, pode-se

Escala de gasto mensal Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual

0 à 90 reais 138 57% 76 31% 23 10% 5 2%100 à 140 reais 40 53% 28 37% 7 9% 1 1%180 à 280 reais 37 58% 15 23% 11 17% 1 2%360 à 480 reais 12 75% 3 19% 1 6% 0 0%900 à 1.980 reais 3 50% 2 33% 1 17% 0 0%

Espaço Exclusivo para Crianças

Muito Importante Importante Pouco Importante Sem Resposta

Escala de Gasto Mensal x Grau de Importância

(Espaço Exclusivo para Crianças)

57%

53%

58%

75%

50%

17%

2% 1% 2%

37%

31%

23%

19%

33%

9%

17%

6%10%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

0 à 90 reais 100 à 140 reais 180 à 280 reais 360 à 480 reais 900 à 1.980 reais

Escala de Gastos

Pe

rce

ntu

al

(%)

Muito Importante Importante Pouco Importante Sem resposta

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78

analisar que há uma necessidade quanto à opinião dos clientes em oferecer um espaço

exclusivo as crianças, considerando que a mesma disponibilizará de recreação e jogos

interativos para que os clientes, de modo geral, possam manter-se num ambiente tranqüilo

para meio de conversa, e no intuito de que eles possam permanecer por mais tempo no

restaurante. Logo, subentende-se, que quanto mais o cliente permanece no restaurante, mais o

mesmo consome, ação esta, que poderá trazer retorno lucrativo para a empresa em curto

prazo.

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1.8 Quanto à escala de gasto mensal x grau de importância (Entretenimento).

Tabela 15 – Opinião dos clientes pesquisados quanto ao Entretenimento

Fonte: Dados primários (2006)

Gráfico 11 – Opinião dos clientes pesquisados quanto ao Entretenimento

Escala de gasto mensal Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual

0 à 90 reais 87 36% 112 46% 43 18% 0 0%100 à 140 reais 24 32% 28 37% 24 32% 0 0%180 à 280 reais 25 39% 21 33% 17 27% 1 2%360 à 480 reais 7 44% 6 38% 3 19% 0 0%900 à 1.980 reais 4 67% 0 0% 2 33% 0 0%

Entretenimento

Muito Importante Importante Pouco Importante Sem Resposta

Escala de Gasto Mensal x Grau de Importância

(Entretenimento)

36%39%

44%

67%

46%

37%

33%32%

33%

38%

19%

27%

32%

18%

2%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

0 à 90 reais 100 à 140 reais 180 à 280 reais 360 à 480 reais 900 à 1.980 reais

Escala de Gastos

Pe

rce

ntu

al (%

)

Muito Importante Importante Pouco Importante Sem resposta

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Neste gráfico nº 11, apontou-se os clientes da escala que mais gastam, ou seja, 67%

avaliaram como sendo “muito importante”. Comparado com o gráfico 2, analisou-se que 36%

dos clientes pesquisados avaliaram como sendo “muito importante”, mas dentre esses,

predominou o grupo de clientes mais lucrativos, tendo com isso, que considerar como um

fator necessário para que estes clientes continuem freqüentando a churrascaria, oferecendo-os

também entretenimento por meio de músicas ao vivo, exposição de artes, etc.

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81

1.9 Quanto à escala de gasto mensal x grau de importância (Novidades no Cardápio).

Tabela 16 – Opinião dos clientes pesquisados quanto a novidades no cardápio

Fonte: Dados primários (2006)

Gráfico 12 – Opinião dos clientes pesquisados quanto a novidades no cardápio

Neste gráfico nº 12, apontou-se com 83% dos clientes pesquisados que gastam entre

R$ 900,00 e R$ 1.980,00 reais item avaliado como sendo “muito importante”, em seguida

foram os 63% dos clientes que gastam entre R$ 360,00 e R$ 480,00 reais, e não deixando de

considerar também aqueles clientes que menos gastam que foram 52% dos clientes da escala

de gasto até R$ 90,00 reais. Com isso, percebeu-se a necessidade da empresa sempre inovar

Escala de gasto mensal Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual

0 à 90 reais 125 52% 98 40% 18 7% 1 0%100 à 140 reais 35 46% 33 43% 8 11% 0 0%180 à 280 reais 28 44% 29 45% 6 9% 1 2%360 à 480 reais 10 63% 6 38% 0 0% 0 0%900 à 1.980 reais 5 83% 1 17% 0 0% 0 0%

Novidades no Cardápio

Muito Importante Importante Pouco Importante Sem Resposta

Escala de Gasto Mensal x Grau de Importância

(Novidades no Cardápio)

52%

46%

63%

83%

44%40%

43%45%

38%

17%

9%11%7%

2%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

0 à 90 reais 100 à 140

reais

180 à 280

reais

360 à 480

reais

900 à 1.980

reais

Escala de Gastos

Pe

rce

ntu

al

(%)

Muito Importante Importante Pouco Importante Sem resposta

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no que se diz respeito a oferecer novidades no cardápio, um fator favorável para atender as

necessidades da maioria dos clientes.

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83

1.10 Quanto à escala de gasto mensal x grau de importância (Cortesias pelo nº de Freqüência).

Tabela 17 – Opinião dos clientes pesquisados quanto a Cortesias pelo nº de Freqüência

Fonte: Dados primários (2006)

Gráfico 13 – Opinião dos clientes pesquisados quanto a cortesias pelo nº de freqüência

Neste gráfico nº 13, observou-se que há uma equivalência entre os dados de avaliação

pelos clientes neste item, ou seja, desde os clientes menos lucrativos (72%) para os mais

lucrativos (83%) avaliaram este fator como sendo “muito importante” a ser oferecido pela

empresa. Com isso, avalia-se como uma necessidade da empresa retribuir através de cortesias

pelo número “considerável” de vezes que se freqüenta a churrascaria. Analisou-se que a

Escala de gasto mensal Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual

0 à 90 reais 175 72% 51 21% 12 5% 4 2%100 à 140 reais 57 75% 12 16% 5 7% 2 3%180 à 280 reais 47 73% 12 19% 5 8% 0 0%360 à 480 reais 12 75% 2 13% 1 6% 1 6%900 à 1.980 reais 5 83% 0 0% 1 17% 0 0%

Cortesias pelo nº de Freqüência

Muito Importante Importante Pouco Importante Sem Resposta

Escala de Gasto Mensal x Grau de Importância

(Cortesia pelo nº de Freqüência)

72%75% 73% 75%

83%

17%21%

16%19%

13%

5% 7% 8%6%2% 3%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

0 à 90 reais 100 à 140

reais

180 à 280

reais

360 à 480

reais

900 à 1.980

reais

Escala de Gastos

Pe

rce

ntu

al

(%)

Muito Importante Importante Pouco Importante Sem resposta

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empresa deve oferecer este tipo de serviço para cortejar os clientes mais lucrativos, e

incentivar os clientes menos lucrativos a tornar-se mais assíduos por meio de uma troca de

valores. Este item foi o mais bem avaliado pelos clientes, e comparado com o percentual do

gráfico 2, 73% apontaram como sendo “muito importante”. Fator este a ser considerado na

proposta de ações de relacionamento para a empresa.

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85

1.11 Quanto à escala de gasto mensal x grau de importância (Reconhecimento e Tratamento

Especial).

Tabela 18 – Opinião dos clientes pesquisados quanto ao Reconhecimento e Tratamento Especial

Fonte: Dados primários (2006)

Gráfico 14 – Opinião dos clientes pesquisados quanto ao Reconhecimento e Tratamento Especial

Neste gráfico nº 14, apontou-se que 83% dos clientes que gastam entre R$ 900,00 e R$

1.980,00 reais mensalmente avaliaram este item como sendo “muito importante”. E a maioria

dos clientes das outras escalas de gastos, também tiveram a mesma opinião. Logo, conclui-se

que a maioria dos clientes, independente do nível de valor ou freqüência, avaliaram este item

como sendo necessário para o tratamento dos clientes, oferecendo-os brindes, descontos,

homenagens, de maneira que eles se sintam valorizados e reconhecidos pela empresa.

Escala de Gasto Mensal x Grau de Importância

(Reconhecimento e Tratamento Especial)

60% 61% 63%69%

83%

17%

32% 30% 31% 31%

8% 9% 6%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

0 à 90 reais 100 à 140

reais

180 à 280

reais

360 à 480

reais

900 à 1.980

reais

Escala de Gastos

Pe

rce

ntu

al

(%)

Muito Importante Importante Pouco Importante

Escala de gasto mensal Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual Nº clientes Percentual

0 à 90 reais 145 60% 77 32% 19 8% 1 0%100 à 140 reais 46 61% 23 30% 7 9% 0 0%180 à 280 reais 40 63% 20 31% 4 6% 0 0%360 à 480 reais 11 69% 5 31% 0 0% 0 0%900 à 1.980 reais 5 83% 1 17% 0 0% 0 0%

Reconhecimento e Tratamento Especial

Muito Importante Importante Pouco Importante Sem Resposta

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86

Percebeu-se que há clientes de valor e potencial, ou seja, os de valor são aqueles que

apresentam um alto índice de lucratividade, e os clientes potenciais, são considerados de alto

nível de crescimento para a empresa. Para tanto, a empresa precisa considerá-los de tal forma

que vale a pena investir em ações de relacionamento para que possa alcançar o valor vitalício

constante deste grupo de clientes de alto nível. Identificou-se na pesquisa apenas seis clientes

(1%) na classificação de freqüência diária, mas que mesmo com esta pequena representação é

apontado como sendo os clientes de maior valor para a empresa. Em seguida, são os clientes

da classificação de freqüência quinzenal (22%), mensal (22%), semanal (20%) e as outras são

as demais que apresentam um baixo nível de freqüência na empresa.

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87

2. Quanto à periodicidade da freqüência dos clientes em CHURRASCARIAS.

Tabela 19 – Quanto à periodicidade da freqüência dos clientes em CHURRASCARIAS

Fontes: Dados primários (2006)

Eventualmente

21%

Quinzenalmente

21%

Semanalmente

38%

Diariamente

2%

Ocasiões

Especiais

4%

Mensalmente

14%

Gráfico 15 – Com que periodicidade os clientes freqüentam CHURRASCARIAS.

Neste gráfico nº 15, pode-se perceber o destaque de 38% dos clientes pesquisados que

freqüentam semanalmente churrascarias, com 21% freqüentam quinzenalmente e

eventualmente, com 14% mensalmente, com 4% em ocasiões especiais, e com 2% dos

clientes pesquisados costumam freqüentar diariamente. Com isso, percebeu-se que há uma

freqüência predominante com relação a churrascarias.

Itens Nº clientes PercentualSemanalmente 153 38%Quinzenalmente 85 21%Eventualmente 84 21%Mensalmente 55 14%Ocasiões Especiais 17 4%Diariamente 9 2%Visitas na Região 1 0%

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88

2 Quanto à periodicidade da freqüência dos clientes no MEU CANTINHO.

Tabela 20 – Quanto à periodicidade da freqüência dos clientes no MEU CANTINHO

Fontes: Dados primários (2006)

Ocasiões Especiais

5%

Primeira Vez

3%Diariamente

2%

Sem Resposta

1%Semanalmente

20%

Quinzenalmente

22%Eventualmente

24%

Mensalmente

23%

Gráfico 16 – Com que periodicidade os clientes freqüentam o MEU CANTINHO.

Neste gráfico nº 16 apresentou-se que 24% dos clientes pesquisados costumam

freqüentar a churrascaria Meu Cantinho eventualmente, com 23% freqüentam mensalmente,

com 22% quinzenalmente e com 20% dos clientes pesquisados freqüentam semanalmente.

Comparado com gráfico nº 15 analisou-se que somente o item “semanalmente” foi

apontado por 38% dos clientes pesquisados que costumam freqüentar CHURRASCARIAS

em geral, e quanto à churrascaria MEU CANTINHO, 20% dos clientes responderam que

costumam freqüentar o estabelecimento semanalmente. Com isso, percebeu-se que o Meu

Itens Nº Clientes PercentualSemanalmente 81 20%Quinzenalmente 89 22%Eventualmente 96 24%Mensalmente 90 22%Ocasiões Especiais 21 5%Diariamente 6 1%Primeira Vez 11 3%Sem Resposta 4 1%Três vezes na semana 1 0%Turista 1 0%Visitas na Região 1 0%

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Cantinho apresenta na maioria dos clientes pesquisados uma certa preferência diante das

outras churrascarias. Para tanto, é necessário manter esse nível de freqüência e diante das

ações de relacionamento a serem propostas é possível um envolvimento maior com aqueles

clientes de maior freqüência e reter os clientes de menor assiduidade para que eles não

procurem a concorrência.

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90

4. Quanto à preferência dos clientes em relação ao MEU CANTINHO.

Tabela 21 – Quanto à preferência dos clientes em relação ao MEU CANTINHO

Fontes: Dados primários (2006)

Gráfico 17 – O que faz o cliente dar preferência ao MEU CANTINHO

Itens Nº Clientes Percentual

Variedade no cardápio 82 20%

Ambiente 149 44%

Relação Custo/Benefício 74 18%

Localização 65 16%

Atendimento 234 58%

Qualidade da comida 317 78%

Por ser uma churrascaria 35 9%

Estacionamento 59 15%

Indicação 3 1%

Outros 3 1%

Preferência dos Clientes quanto à Churrascaria Meu

Cantinho

1%1%

15%

9%

20%

44%

18% 16%

58%

78%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

Va

rie

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rdá

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na

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Ind

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Ou

tro

s

Variedade no cardápio

Ambiente

Relação Custo/Benefício

Localização

Atendimento

Qualidade da comida

Por ser uma churrascaria

Estacionamento

Indicação

Outros

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Neste gráfico nº 17, foi-se perguntado o que faz o cliente dar preferência para o Meu

Cantinho, sendo uma questão que poderia ser marcado até três alternativas. Logo, pode-se

observar que 78% dos clientes pesquisados dão preferência pela qualidade da comida, item

bastante importante considerado para um restaurante. Em seguida 58% dos clientes também

apontaram o item atendimento como sendo o segundo mais bem avaliado, e em terceiro lugar

ficou o ambiente com 44% dos clientes. Analisou-se que a maioria dos clientes apontaram as

alternativas: qualidade da comida, atendimento e ambiente. No entanto, percebeu-se que neste

ponto de avaliação a churrascaria representa critérios de qualidade em relação aos produtos e

serviços oferecidos.

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5. Quanto ao dia da semana que mais freqüenta o MEU CANTINHO

Tabela 22 – Quanto ao dia da semana que mais freqüenta o MEU CANTINHO

Fontes: Dados primários (2006)

Semana e final

de semana

28%

Durante a

semana

35%

Final de semana

37%

Gráfico 18 – Dias da semana que os clientes costumam freqüentar o Meu Cantinho

Neste gráfico nº 18 pode ser observado quanto aos semana que mais freqüenta o Meu

Cantinho. Identificou-se que 37% dos clientes pesquisados costumam freqüentar final de

semana, 35% durante a semana, e 28% dos clientes pesquisados responderam que freqüentam

durante a semana e também finais de semana. Analisou-se que há um equilíbrio de freqüência

dos clientes durante toda a semana.

Itens Nº clientes Percentual

Durante a semana 140 35%

Final de semana 148 37%

Semana e final de semana 115 28%

Sem Resposta 1 0%

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6. Quanto ao período que os clientes costumam freqüentar o MEU CANTINHO.

Tabela 23 – Quanto ao período que os clientes costumam freqüentar o MEU CANTINHO

Fontes: Dados primários (2006)

Sem resposta

2%Almoço e

Jantar

19%

Jantar

22%

Almoço

57%

Gráfico 19 – Período que os clientes costumam freqüentar o Meu Cantinho

Neste gráfico nº 19 analisou-se que 57% dos clientes pesquisados costumam

freqüentar no período do almoço, 22% costumam freqüentar no período do jantar, e 19%

costumam almoçar e jantar. Percebeu-se a predominância de público durante o período do

almoço. Com isso, percebeu-se a necessidade de oferecer algum atrativo para que os clientes

freqüentem mais o período do jantar.

Itens Nº clientes Percentual

Almoço 229 57%

Jantar 90 22%

Almoço e Jantar 77 19%

Sem resposta 8 2%

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7. Com quem os clientes costumam freqüentar o Meu Cantinho.

Tabela 24 – Com quem os clientes costumam freqüentar o Meu Cantinho

Fontes: Dados primários (2006)

Com quem os clientes costumam freqüêntar o Meu Cantinho?

57%

35%31%

10%

4%

23%

1% 1%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

Amigos

Mar

ido/

espo

sa o

u na

mor

ado(

a)

Filho(

s)

Sozinho

(s)

Coleg

as d

e tra

balho

Out

ros

Clie

ntes

Gráfico 20 – Com quem os clientes costumam freqüentar o Meu Cantinho

Neste gráfico nº 20 percebeu-se que 57% dos clientes pesquisados costumam

freqüentar a churrascaria Meu Cantinho com seus familiares, sem seguida 35% com seus

amigos e 31% costumam freqüentar acompanhados com marido/esposa ou namorado (a). No

Itens Nº clientes Percentual

Família 232 57%

Amigos 143 35%

Marido/esposa ou namorado(a) 126 31%

Filho(s) 40 10%

Sozinho(s) 17 4%

Colegas de trabalho 91 23%

Outros 3 1%

Clientes 3 1%

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entanto, vale a pena salientar que esta questão o cliente assinalava até três alternativas.

Percebeu-se que a maioria dos clientes costuma freqüentar em grupo de pessoas, considerando

que durante a semana costumam freqüentar empresários/profissionais liberais juntamente com

seus clientes servindo também como um local apropriado para tratar de negócios, e nos finais

de semana são clientes que costumam levar sua família para momento de descontração. Caso

este, que além da pesquisa, foi percebido também pela pesquisadora quando aplicava os

questionários.

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8. Quanto ao valor gasto em média no MEU CANTINHO.

Tabela 25 – Quanto ao valor gasto em média no MEU CANTINHO

Fontes: Dados primários (2006)

61 a 80 reais

26%

41 a 60 reais

39%

25 a 40 reais

16%

Menos de 25 reais

2%

Sem resposta

3%Mais de 100 reais

4%

81 a 100 reais

10%

Gráfico 21 – Quanto os clientes costumam gastar em média no Meu Cantinho

Neste gráfico nº 21 foi identificado que 39% dos clientes pesquisados costumam

gastar em média entre R$ 41,00 e R$ 60,00 reais, 26% gastam em torno de R$ 61,00 à R$

80,00 reais, 16% costumam gastar entre R$ 25,00 e R$ 40,00 reais e somente 10% dos

clientes pesquisados apresentam um gasto maior nos valores entre R$ 81,00 e R$ 100,00.

Considera-se que há um consumo médio alto e lucrativo para a empresa. No entanto, é

necessário trabalhar muito bem as ações de relacionamento com esses clientes de alto lucro

para a empresa.

Itens Nº clientes Percentual

Menos de 25 reais 8 2%

25 a 40 reais 64 16%

41 a 60 reais 158 39%

61 a 80 reais 105 26%

81 a 100 reais 41 10%

Mais de 100 reais 17 4%

Sem resposta 11 3%

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9. Quanto ao sexo.

Tabela 26 – Quanto ao sexo

Fontes: Dados primários (2006)

Feminino38%

Masculino62%

Gráfico 22 – Classificação dos entrevistados quanto ao sexo

No gráfico nº 22 pode-se observar que há uma predominância no público masculino

que foram 62% dos clientes, sendo considerado mais da metade do público pesquisado.

Itens Nº clientes Percentual

Feminino 153 38%

Masculino 251 62%

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10. Quanto à faixa etária.

Tabela 27 – Quanto à faixa etária

Fontes: Dados primários (2006)

30 a 44 anos

43%

25 a 29 anos

12%

Menos de 25 anos

14%

65 anos ou mais

3%

55 a 64 anos

9%

45 a 54 anos

19%

Gráfico 23 – Classificação dos entrevistados quanto à faixa etária

Neste gráfico nº 23 relacionado a faixa etária dos pesquisados predominou a idade de

30 à 44 anos. Pode-se analisar que o público freqüentador do Meu Cantinho são clientes com

idade entre 30 e 44 anos, sendo 43% dos pesquisados, e 19% dos clientes estão na idade entre

45 e 54 anos. Pode-se considerar um perfil de cliente maduro, independente, que apresenta ser

bastante exigente, critérios estes também observados durante a pesquisa de campo.

Itens Nº clientes Percentual

Menos de 25 anos 55 14%

25 a 29 anos 49 12%

30 a 44 anos 175 43%

45 a 54 anos 78 19%

55 a 64 anos 35 9%

65 anos ou mais 11 3%

Sem Resposta 1 0%

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11. Quanto às sugestões de melhorias.

Tabela 28 – Quanto as sugestões dos clientes

Fontes: Dados primários (2006)

Itens Nº clientes Percentual

Sem resposta 184 46%

Outros 71 18%

Satisfeito 49 12%

Espaço para crianças 21 5%

Melhorar os preços 20 5%

Aumentar a variedade do cardápio 14 3%

Buffet de saladas 8 2%

Música ao vivo 7 2%

Sobremesa grátis 4 1%

Melhorar as cadeiras 4 1%

Melhorar atendimento 9 2%

Itens da questão 1/(programas de fidelização) 8 2%

Melhorar o estacionamento 5 1%

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100

Sugestões de Melhorias pelos Clientes

46%

18%

12%

5% 5%3%

2% 2% 1% 1%2% 2% 1%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

50%

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Gráfico 24 – Opiniões de melhorias sugeridas pelos clientes

Foram apontados neste gráfico nº 14 os itens mais sugeridos que os clientes

pesquisados avaliaram. No entanto, analisou-se que há um grande percentual de clientes que

não quiseram responder a última questão, considerando que por falta de tempo, desinteresse

ou na melhor hipótese, por estar satisfeito com os produtos e serviços oferecidos pela

churrascaria Meu Cantinho. Com isso, 46% dos clientes pesquisados não responderam a

questão. Apontou-se que 18% dos clientes pesquisados sugeriram diversas opções que estão

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101

correlacionadas como: melhorar as cadeiras, oferecer ao cliente a opção de servir as carnes

sem tempero, melhorar os serviços na área de fumantes, disponibilizar mais guardanapos nas

mesas, colocar música ao vivo, oferecer promoções, oferecer um buffet de saladas, entre

outros. Foi identificado também que 12% dos clientes pesquisados disseram que estão

satisfeitos com o que é oferecido pela empresa, muito desses clientes elogiaram a churrascaria

e ressaltaram que o atendimento oferecido é de qualidade. Com 5% sugiram o espaço

exclusivo para crianças e melhorar os preços. E pôde-se observar que na realização da

pesquisa, em conversa com alguns clientes, 2% dos clientes sugeriu-se o cartão fidelidade,

considerado um fator “muito importante” para a efetivação de um programa de

relacionamento na empresa.

Neste caso, identifica-se a necessidade de oferecer um espaço exclusivo para crianças,

sendo um fator que já havia sido proposto na questão nº 1, sendo avaliado por 57% dos

clientes pesquisados como sendo um item “muito importante”. Percebeu-se também que 2%

dos clientes colocaram a necessidade de implantar programas de fidelização sendo utilizados

dos itens da questão nº 1, sendo um percentual baixo com relação ao número de respondentes,

mas considera-se com isso, que os clientes estão cada vez mais exigentes e bem informados

com relação aos serviços prestados, expondo-se do seu conhecimento diante de um assunto

tão atual. Esse fator pode-se considerar como primordial para a proposta de marketing de

relacionamento como objetivo principal deste projeto.

4.4 Perfil do Cliente

Concluiu-se que o perfil dos clientes da churrascaria Meu Cantinho, estão

correlacionados na faixa etária entre 30 e 44 anos (43%), a maioria do sexo masculino (62%)

e que costuma gastar em média entre R$ 41,00 e R$ 60,00 reais (39%). São clientes que

costumam freqüentar semanalmente (38%) churrascarias. Portanto, foi identificado que há

uma diferença no perfil do cliente que freqüenta os dias de semana para aqueles que

freqüentam os finais de semana. Durante a semana são profissionais liberais que preferem

agilidade no atendimento, e clientes de final de semana, freqüentam com os familiares.

Percebeu-se durante a pesquisa de campo que estes clientes estão sempre à procura de

novidades a fim de satisfazer suas necessidades e desejos. É um público bastante exigente,

que busca alta qualidade.

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102

5 RESULTADOS DA APLICAÇÃO

Neste capítulo será visto as ações de marketing de relacionamento proposta após ser

analisado os dados da pesquisa e como forma de oportunidade de negócio para a churrascaria

Meu Cantinho dar continuidade na relação com seus clientes.

5.1 Proposta de Ações de Marketing de Relacionamento

A proposta de ações de marketing de relacionamento foi baseada por meio da pesquisa

realizada com os 404 clientes que freqüentaram neste período o restaurante. A finalidade

desta pesquisa foi com o propósito de identificar junto aos clientes a necessidade de propor a

churrascaria Meu Cantinho ações de relacionamento com o intuito de aproximá-los para que

se sintam valorizados e que se tornem mais freqüentes buscando sempre sua satisfação.

Portanto, há uma série destas ações relacionadas abaixo para que os administradores da

empresa em estudo possam ampliá-las com os clientes, seja no contato pessoal ou por meios

de comunicações apropriados para a efetivação do relacionamento.

De modo geral, foi constatado por meio da pesquisa que mais da metade dos clientes

avaliaram como itens “muito importantes”: cortesias pelo nº de vezes que se freqüenta a

churrascaria Meu Cantinho; reconhecimento e tratamento especial; promoções temporárias;

espaço exclusivo para crianças; e novidades no cardápio. E como item “importante”, mais da

metade dos clientes pesquisados, avaliaram a caixa de sugestões e reclamações como forma

de expor a sua satisfação diante dos produtos e serviços oferecidos.

1) Cortesias pelo nº de Freqüência

Este item foi considerado o primeiro mais bem avaliado pelos clientes pesquisados

(73%), e dentre a classificação de escala de gastos mensais foi apontada por 83% dos clientes

de maior lucratividade para a empresa. O propósito desta ação é de oferecer cortesias pelo

número de vezes que se freqüenta a churrascaria, com isso, vem a necessidade de a empresa,

por exemplo, oferecer um cartão fidelidade para o cliente. A partir deste cartão os clientes

podem adquirir “pontos” com o intuito de receber descontos em refeições futuras. E esta ação

de relacionamento proporcionará ao cliente também a troca dos seus pontos adquiridos pela

freqüência por brindes da “casa”, como: oferecer caneco personalizado de chopp, tábuas de

churrasco com a logomarca do Meu Cantinho e avental de churrasqueiro também

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103

personalizado, considerando algumas sugestões do proprietário. Esta ação retribui o gasto

obtido no período de freqüência atribuída pelo restaurante. Outra possibilidade é que em cada

dez refeições feitas, a 11ª torna-se gratuita, serviço este já utilizado no tele-entrega. Já que na

pesquisa predominou com a maioria dos clientes como “muito importante”, possibilitará

aqueles clientes de menor freqüência a incentivá-los para que freqüente com maior

assiduidade. Com isso, faz-se com que os clientes sejam retribuídos pelo número de

freqüência. Esta ação caberá, a princípio, aqueles que costumam freqüentar diariamente,

semanalmente, quinzenalmente e mensalmente. No entanto, propõem-se algumas ações:

• Disponibilizar o cartão fidelidade;

• Monitorar a freqüência e o gasto mensal de cada cliente;

• Anotar a pontuação no cartão, a cada compra efetuada, para possíveis trocas de

pontos por brindes/refeições.

2) Reconhecimento e Tratamento Especial

De acordo com os resultados obtidos na pesquisa identificou-se que 61% dos clientes

pesquisados avaliaram como sendo “muito importante”, e dentre a classificação dos clientes

pela escala de gastos mensal, apontou-se com 83% dos clientes que gastam entre R$ 900,00 e

R$ 1.980,00. A partir disso, pode-se identificar a necessidade de reconhecer os clientes pelo

nível de lucratividade, pois merecem um tratamento especial para que se sintam satisfeitos

atendendo sempre suas expectativas. No entanto, propõem-se algumas ações:

• Monitorar os clientes potenciais para o desenvolvimento das ações de

relacionamento dirigidas a este público;

• Oferecer cartão fidelidade;

• Oferecer brindes (tábua, caneco, avental) personalizados;

• Oferecer prato especial da “casa” como forma de cortesia pelo número vezes

que freqüentou o estabelecimento;

• Ligar para avisar de promoções da semana;

• Ligar em datas comemorativas;

• Fazer homenagens oferecendo um jantar gratuito com acompanhante.

• Fazer pesquisa de satisfação para obter o feedback dos clientes.

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104

3) Promoções Temporárias

Este item também foi o segundo melhor avaliado entre os clientes pesquisados (61%).

E dentre a classificação da escala de gasto mensal, a maioria dos clientes avaliaram como

sendo “muito importante”, considerando necessário para a promoção das especialidades de

carnes dentre outras opções incluídas no cardápio. Uma ação para reter aqueles clientes

menos assíduos e manter os clientes que mais freqüentam. Esta ação pode ser feita a um curto

espaço de tempo, e divulgada em propagandas na televisão, e outdoors.

4) Espaço Exclusivo para Crianças

Por meio de um cruzamento dos dados (gasto mensal x espaço exclusivo para

crianças) observou-se na pesquisa que a maioria dos clientes (75%), dentre a classificação de

gasto mensal entre R$ 360,00 e R$ 480,00 reais, apontaram a necessidade de um espaço

exclusivo para as crianças – sugere-se “cantinho feliz” – com isso, muitos clientes poderão ter

um ambiente mais tranqüilo para tratarem de assuntos específicos (negócios, encontro entre

amigos/familiares). Este espaço já está em projeto para ser realizado até final do ano de 2006,

segundo Fabrício Barni um dos proprietários da empresa.

5) Caixa de sugestões e reclamações

Esta ação foi destacada pelos clientes mais lucrativos do restaurante. Esta caixa de

sugestões e reclamações sugere-se que fique no hall de entrada, sendo um local estratégico, e

localizado próximo ao bar e a recepcionista do restaurante, com isso, a empresa pode obter o

feedback dos clientes. Para isso, é importante que tenha um funcionário responsável em

monitorar as informações para que possa analisá-las e em seguida, atendê-las para a melhoria

da qualidade dos produtos e serviços oferecidos.

6) Utilização da Internet como Meio de Comunicação com os Clientes

Esta ação apontou-se pelos clientes que estão na escala de gasto mensal entre R$

360,00 e R$ 480,00 (50%) e entre R$ 900,00 e R$ 1.980,00 reais (50%). No entanto, nada

mais sugestivo que propor esta ação de relacionamento como meio de comunicá-los nos

envios de e-mails, com a permissão do cliente, para que o mesmo possa se manter atualizado

com um informativo da churrascaria que são: informações de culinárias, eventos promovidos

pela empresa em estudo, novidades no cardápio, cartão de aniversário, promoções da semana,

etc.

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105

Com isso, propõe-se disponibilizar um link de serviços no site (www.meucantinho.net)

para que os clientes possam fazer suas reservas de mesas ou para festas particulares, como

forma de interagir virtualmente com seus clientes. Esse serviço pode ser em tempo real (direto

com um funcionário) com o propósito de oferecê-los uma maior comodidade e com um custo

baixo para a relação cliente/empresa. Nesse caso, o cliente também poderá se cadastrar na

opção “relacionamento com o cliente”, para possível contato aproximado da empresa com o

cliente.

7) Ligações Telefônicas

Outra ação “muito importante” avaliada pelos clientes pesquisados da escala de gasto

mensal entre R$ 360,00 e R$ 480,00 (63%) e entre R$ 900,00 e R$ 1.980,00 reais (50%).

Sendo necessário cultivar o relacionamento com os estes clientes por meio de ligações

telefônicas em datas comemorativas (aniversário, promoção no emprego, nascimento do 1º

filho, etc.) oferecendo-os um desconto na semana com acompanhante, ou dependendo do

cliente, oferecer a refeição gratuita. Sendo um item avaliado pelos clientes mais lucrativos

como “muito importante”. Com isso, torna-se uma oportunidade de valorizá-los e retribuí-los

por meio de um tratamento especial da empresa para o relacionamento com o cliente. Esta

ação é de grande valia, pois se faz com que o cliente se sinta valorizado e reconhecido.

8) Entretenimento

Com uma considerável parcela de clientes da escala de gasto mensal entre R$ 900,00 e

R$ 1.980,00 reais (67%) avaliaram como sendo “muito importante”. Com isso, propõem-se

que seja oferecido música ao vivo em dias especiais, exposição de artes, e algo do gênero.

Nesse mesmo propósito de aproximar o cliente da empresa por meio de entretê-los, a

churrascaria atualmente já deixa à mostra quadros no salão da churrascaria, e artesanatos

feitos por clientes que expõem nos finais de semana. Para que seja possível aumentar esse

âmbito de obras poderá deixar à disposição poesias, livros e músicas.

9) Promoções de Eventos Sociais

De acordo com os resultados da pesquisa, somente os clientes da escala de gasto maior

que apontaram como sendo “muito importante”. Para a promoção de eventos sociais a

empresa poderá promover música ao vivo em ocasiões especiais, e oferecer aos clientes

“amadores” de futebol a oportunidade de jogar na Associação da empresa. Esta ação de

relacionamento faria parte do “dia dos amigos meu cantinho”. É possível inclusive promover

com esta ação, atos sociais para promover a arrecadação de bens para pessoas carentes.

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10) Estabelecer um Banco de Dados Completo

Um dos fatores para dar início a estas propostas de relacionamento é a questão de

obter os dados dos clientes para assim, poder promover as ações. Este princípio tornar-se-á

possível por meio de um cadastro que os clientes precisam preencher com os seguintes dados

principais: nome, endereço completo, telefone (residencial/celular), preferências do cardápio,

e-mail e data de nascimento.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta seção do trabalho serão apresentadas as conclusões, sugestões, bem como as

recomendações para trabalhos futuros.

Este trabalho foi considerado um desafio pela autora, sendo um tema inovador em

tratar de ações de relacionamento no setor de restaurante.

As empresas de modo geral estão cada vez mais preocupadas em manter seus clientes,

e com a era da informação estão se deparando com uma série de mudanças que precisam estar

constantemente acompanhando as novas tendências do mercado para combater a

concorrência. E o assunto marketing de relacionamento é uma oportunidade para

administradores interessados em aproximar seus clientes mantendo-os por meio de programas

de relacionamentos contínuos e duradouros. Com isso, a empresa terá retornos positivos, caso

se toda a parte envolvida estiver disposta em implantar as ações de relacionamento em

conjunto. Este trabalho na empresa em estudo necessita de uma reestruturação na organização

para voltar-se diretamente ao cliente. Todo o contato do cliente, seja pessoal ou não, precisa

obter sempre informações constantes dos clientes para que o trabalho possa ser realizado em

longo prazo.

Em decorrência dos resultados da pesquisa, foi-se alcançado os objetivos do trabalho

permitindo concluir que:

a) Quanto às ações de relacionamento já existentes na empresa:

Com relação a este objetivo específico, foi-se alcançado por meio de entrevista

informal com o proprietário da churrascaria Meu Cantinho que informou como tratam a

relação com os clientes que utilizam os serviços tele-entrega, que através de um banco de

dados da empresa, os clientes fazem seus pedidos e os mesmos são monitorados para que em

cada dez refeições consumida, a 11º torna-se gratuita, e a partir desta ação, são feitas ligações

a esses clientes para saber da sua satisfação com relação ao serviço oferecido. Outra questão

de relacionamento que o proprietário costuma fazer, e que se percebeu durante a pesquisa, é

uma simples abordagem do mesmo para com os clientes durante a sua freqüência no

restaurante. Com isso, muitas vezes ele obtém o feedback dos clientes.

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b) Quanto ao perfil do cliente:

Este objetivo foi alcançado por meio da pesquisa aplicada com 404 clientes, e

identificou-se que costumam freqüentar semanalmente churrascarias (38%), a idade dos

clientes que costumam freqüentar o Meu Cantinho está na faixa etária entre 30 e 44 anos

(43%), a maioria é do sexo masculino (62%) e que costuma gastar em média entre R$ 41,00 e

R$ 60,00 reais (39%).

c) Quanto à classificação dos clientes por nível de gasto mensal e freqüência:

Este objetivo foi alcançado por intermédio da pesquisa realizada com os clientes, onde

se estabeleceu uma classificação pelo gasto médio de cada cliente multiplicado pela

freqüência. Levantou-se que 21% dos clientes estão na escala de alto nível, ou seja, são os

clientes mais lucrativos para a empresa.

O cliente é um fator extremamente importante para a empresa no quesito de avaliação,

informação e lucratividade, sem eles a empresa não pode existir/continuar. Portanto, manter

clientes é mais lucrativo do que buscar clientes de fora, custa mais barato para a empresa e o

envolvimento pode ser bem maior. A tendência é desenvolver a satisfação total dos clientes

para que eles possam criar expectativas, e logo a empresa possa atender as suas necessidades.

Esta proposta requer pessoas bem treinadas e com a capacidade de se integrar a esse programa

de relacionamento com os clientes.

Conclui-se que marketing de relacionamento pode ser viável para qualquer tipo de

empresa, seja no ramo alimentício, comércio ou indústria, é um assunto abrangente, que não

se limita de aspectos tangíveis ou intangíveis. Só basta partir do administrador da empresa ou

de um profissional de marketing em tomar decisões relacionadas diretamente a manter

relacionamentos promíscuos com os clientes.

Recomendações para a empresa

Todos as ações propostas serão melhor implementadas se tiver a colaboração dos

funcionários. E para isso, a empresa precisa oferecer treinamentos trimestrais para o

aperfeiçoamento da capacitação, além de promover com isso, a participação direta dos

colaboradores envolvidos com o processo de contato com os clientes. Colaborador satisfeito

também é um fator que proporcionará a empresa crescimento e valor. Para isso, é interessante

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promover ao funcionário o destaque do mês, para que os clientes também possam tomar

conhecimento da importância do funcionário como uma referência junto à empresa em estudo.

Propor aos colaboradores da empresa um “banco de idéias” de relacionamento para

promover a criatividade e conhecimento, e premiá-los com a ação mais original, com isso,

proporcionará a motivação dos mesmos. Outra sugestão interessante, seria disponibilizar um

mural de recados aos clientes, sugestivo para quem estiver à vontade de deixar um recado ou

fazer um agradecimento.

Todas essas ações citadas demandam um trabalho bastante dedicado, e para que a

empresa possa dar continuidade a esse trabalho, necessita disponibilizar pessoas capacitadas

para trabalhar nessa área de marketing, oferecendo treinamentos e ferramentas disponíveis

para o desenvolvimento destas ações acima correlacionadas.

O marketing de relacionamento no setor de restaurante é uma oportunidade de negócio

para manter seus clientes e também como uma forma de vantagem competitiva.

Sugestões para trabalhos futuros

• Realizar pesquisa com os concorrentes para identificar se há ações de

relacionamento;

• Realizar pesquisa com os fornecedores e colaboradores para identificar a

necessidade de implementar possíveis ações.

• Sugere-se que as ações de marketing de relacionamento, além de serem

trabalhadas no setor de restaurantes, também possam ser trabalhadas em

diversos outros setores do mercado, ocasionando as empresas a obterem mais

sucesso. Para tanto, é necessário de empenho e reestruturação das mesmas para

que o foco principal seja os clientes.

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Apêndices

APÊNDICE A – Roteiro de entrevista com o proprietário da empresa.

1 – Quais são as ações de relacionamento que a empresa utiliza?

2 – Você acha que essas ações são suficientes para atrair os clientes?

3 – Como a empresa está posicionada diante a concorrência?

4 – O que a empresa está fazendo atualmente para se diferenciar no mercado?

5 – As informações do banco de dados estão atualizadas? Se não, por que? Você acha

importantes esses dados para a empresa?

6 – Os clientes que habitualmente fazem pedidos no serviço tele-entrega são

controlados para que possam ser monitorados?

7 – Há uma diferenciação do público que freqüenta nos dias da semana para sábado e

domingo? Se sim, quais são?

8 – Quais as estratégias de marketing que hoje a empresa aplica? É considerado

importante para a imagem da empresa?

9 – Quem participa das novas idéias para melhorias da empresa?

10 – E quais são essas novas idéias a serem implantadas?

11 – O que você identifica que a concorrência tem como diferencial que a churrascaria

não tem?

12 – A empresa se preocupa em oferecer novidades no cardápio? Se sim, quais são?

13 – Há uma preocupação com a motivação dos funcionários?

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Escala de Valores:

MI – Muito importante

I – Importante

PI – Pouco importante

APÊNDICE B – Questionário elaborado pela autora e aplicado com os 404 clientes

da empresa.

O presente questionário foi desenvolvido em parceria com a acadêmica Patrícia

Ribeiro, estudante da Universidade do Vale do Itajaí – Campus São José – SC, para

aprimorar os serviços prestados pela churrascaria Meu Cantinho e obter resultados

para a conclusão do projeto.

Agradecemos antecipadamente a sua participação.

Pesquisa de Opinião com os Clientes da Churrascaria Meu Cantinho

1 – Com relação às opções de serviços listados abaixo a serem prestados pelo Meu Cantinho, assinale

cada item quanto ao grau de importância de acordo com a sua preferência (utilize a escala abaixo):

MI I PI

1.1 Caixa de sugestões e reclamações

1.2 Utilização da Internet (fazer pedidos para entrega, reservas de mesas, reservas para

festas particulares)

1.3 Ligações telefônicas (em datas comemorativas para oferecer descontos, avisar

sobre novidades; pesquisa de satisfação, convites especiais, etc.)

1.4 Envio de e-mails (promoções da semana, novidades, receitas, dicas, convites

especiais, etc.)

1.5 Promoção de eventos sociais (futebol, jantar dançante, etc.)

1.6 Promoções temporárias (descontos, ofertas da semana, datas comemorativas, etc.)

1.7 Espaço exclusivo para crianças (recreação com brinquedos e jogos interativos)

1.8 Entretenimento (música ao vivo, exposição de artes, etc.)

1.9 Novidades no Cardápio (buffet de saladas, entre outras)

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1.10 Oferecer cortesias pelo número de vezes que se freqüenta a churrascaria

1.11 Reconhecimento e tratamento especial (oferecer brindes, homenagens, cortesias,

descontos, etc.)

2. Com que periodicidade você freqüenta CHURRASCARIAS? ( ) Diariamente ( ) Mensalmente ( ) Outros ______________ ( ) Semanalmente ( ) Eventualmente ( ) Quinzenalmente ( ) Somente em ocasiões especiais

3. Com que periodicidade você freqüenta o MEU CANTINHO? ( ) Diariamente ( ) Mensalmente ( ) Outros ______________ ( ) Semanalmente ( ) Eventualmente ( ) Quinzenalmente ( ) Somente em ocasiões especiais

4. O que faz você dar preferência para o MEU CANTINHO? (Marque até três alternativas) ( ) Variedade no cardápio ( ) Atendimento ( ) Outros ______________ ( ) Ambiente ( ) Qualidade da comida ( ) Relação custo/benefício ( ) Por ser uma churrascaria ( ) Localização ( ) Estacionamento

5. Em que dias da semana você costuma vir ao Meu Cantinho? ( ) Durante a semana ( )Final de semana ( ) Durante a semana e finais de semana

6. Em qual período você mais freqüenta o Meu Cantinho? ( ) Almoço ( ) Almoço e Jantar ( ) Jantar

7. Com quem você costuma vir ao Meu Cantinho? (Marque quantas alternativas quiser) ( ) Com a família ( ) Com filho (s) ( ) Outros _____________ ( ) Com os amigos ( ) Sozinho (a) ( ) Com marido/esposa ou namorado (a) ( ) Com colegas de trabalho

8. Quanto você costuma gastar em média quando vem ao Meu Cantinho? ( ) menos de 25 reais; ( ) 25 a 40 reais; ( ) 41 a 60 reais; ( ) 61 a 80 reais; ( ) 81 a 100 reais; ( ) mais de 100 reais

9. Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino

10. Por favor, assinale sua faixa etária: ( ) menos de 25 anos; ( ) 25 a 29; ( ) 30 a 44; ( ) 45 a 54; ( ) 55 a 64; ( ) 65 anos ou mais

11. Em sua opinião, o que poderia ser melhorado para satisfazer suas necessidades?

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Data: _____/_____/_____. Hora: _____:_____.

Obrigada por sua atenção.

Acadêmica Patrícia Ribeiro.