pdf - dimas da rocha silva júnior

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARÁIBA CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE QUÍMICA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL DIMAS DA ROCHA SILVA JUNIOR DOSEAMENTO DE ASPIRINA CAMPINA GRANDE 2012

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  • UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARIBA CENTRO DE CINCIAS E TECNOLOGIA

    DEPARTAMENTO DE QUMICA CURSO DE QUMICA INDUSTRIAL

    DIMAS DA ROCHA SILVA JUNIOR

    DOSEAMENTO DE ASPIRINA

    CAMPINA GRANDE 2012

  • 2

    DIMAS DA ROCHA SILVA JUNIOR

    DOSEAMENTO DE ASPIRINA

    TCC apresentado ao curso de Graduao em Qumica Industrial da Universidade Estadual da Paraba, como requisito parcial para a obteno do grau de bacharel em Qumica Industrial.

    Orientador: Prof. Dr. FERNANDO FERNANDES VIEIRA

    CAMPINA GRANDE 2012

  • 3

    FICHA CATALOGRFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL UEPB

    S586d Silva Jnior, Dimas da Rocha.

    Doseamento de aspirina [manuscrito]. / Dimas da Rocha Silva Jnior. 2012.

    45 f.

    Digitado.

    Trabalho de Concluso de Curso (Graduao em Qumica Industrial) Universidade Estadual da Paraba, Centro de Cincias e Tecnologia, 2012.

    Orientao: Prof. Dr. Fernando Fernandes Vieira, Engenharia de Saneamento

    Bsico e Meio Ambiente.

    1. Administrao de medicamentos. 2. cido acetilsaliclico. 3. Doseamento. 4. Aspirina.

    21. ed. CDD 615.6

  • 4

  • 5

    Aos meus pais Dimas da Rocha e

    minha me Marta Maria, pelo intenso

    apoio e investimento, por acreditar no

    meu potencial, por ambos serem to

    importante na minha vida. DEDICO.

  • 6

    AGRADECIMENTOS

    Primeiramente a Deus, que toda honra e toda glria sejam dadas a Ele,

    na pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo, meu Salvador.

    A toda minha famlia que, com muito amor, carinho e apoio, no

    mediram esforos para que eu chegasse at esta etapa da minha vida, em

    especial aos meus amados irmos, sobrinhos e, em especial, a minha

    namorada Lucinete.

    A todos os professores da Universidade Estadual da Paraba, que

    contriburam decisivamente, para a minha e nossa formao acadmica,

    profissional e pessoal.

    A meu orientador Prof. Dr. Fernando Fernandes Vieira, por todo o

    conhecimento passado, pelos intensos momentos de pacincia e orientao

    prestados atenciosamente.

    s professoras Socorro Marques e Wanda por participaremdo meu TCC.

  • 7

    RESUMO

    A aspirina como conhecida nas farmcias, ou, tecnicamente falando, o cido acetilsaliclico, o medicamento mais conhecido e vendido em todo o mundo. Trata-se de uma droga associada com plantas, embora, em sua composio, haja substncia sinttica. Sua sntesefoi totalmente feita com base na estrutura qumica de uma substncia natural isolada do salgueiro branco, a salixalba, Neste procedimento laboratorial procedeu-se ao doseamento do cido acetilsaliclico de vrios comprimidos de vrias marcas que foram analisadas. Essa analise relativo primeira aplicao da qumica analtica quantitativa anlise volumtrica. Em 1827, o laboratrio farmacutico alemo Bayer conjugou, quimicamente, o cido saliclico com o acetato, criando o cido acetilsaliclico (Aspirina), o qualaveriguouser menos txico. Tal medicamento foi o primeiro frmaco a ser sintetizado na histria da farmcia. Foi a primeira criao da indstria farmacutica, e tambm o primeiro frmaco vendido em tabletes. O cido acetilsaliclico pertence ao grupo de frmacos anti-inflamatriosno-esteroides, detentor depropriedades analgsicas, antipirticas e anti-inflamatrias.Nesse trabalho foi feito o doseamento do cido acetilsaliclico, mediante o uso de comprimidos de 100mg e 500mg de vrias marcas.

    Palavras-Chaves: cido acetilsaliclico.Doseamento.Comprimido

  • 8

    LISTA DE SIGLAS

    AINES Anti-inflamatrios no esteroides

    AVCs Acidentes Vascular Cerebral

    A2 Apolipoprotena A2

    COX 2 Ciclo Oxigenase 2

    PGE2 Prostaglandin E2, um mediados lipdico de grande relevncia na

    bioqumica humana que atua sobre um conjunto de receptores

    acoplados a protena G.

    P450 So heme-protenas envolvidas nas biotransformaes de vrios

    compostos de origem endgena e exgena.

    P. A Puro para anlise

    S. V Dose Equivalente

  • 9

    SUMRIO

    1 INTRODUO ................................................................................... 10

    2 OBJETIVO ......................................................................................... 12

    3 FUNDAMENTAO TERICA ......................................................... 13

    3.1 CARACTERSTICAS FARMACOLGICA DA ASPIRINA ............... 15

    3.1.1 Propriedades Farmacocinticas da Aspirina ........................... 16

    3.1.2 Como deve ser usada a Aspirina .............................................. 17

    3.1.3 Atuao em nvel biolgico ....................................................... 17

    3.1.4 Dosagem ..................................................................................... 18

    3.1.5 Efeitos teraputicos ................................................................... 18

    3.1.6 O que provoca acidez no estmago ......................................... 20

    3.1.7 Prs e contras do cido acetilsaliclico .................................... 21

    3.1.8 Sntese do cido acetilsaliclico ................................................ 22

    3.1.9 Mecanismo de ao ................................................................... 23

    3.2 DISTRIBUIO............................................................................... 25

    3.3 BIOTRANSFORMAO ................................................................. 26

    3.4 EFEITOS ADVERSOS .................................................................... 27

    3.4.1 Mais frequentes .......................................................................... 27

    3.4.2 Raros ........................................................................................... 28

    3.4.3 Resistncia ao cido acetilsaliclico ......................................... 28

    3.4.3.1 Interaes ................................................................................ 29

    3.5 VIAS DE INTOXICAO (OVERDOSE) ......................................... 30

    3.5.1 De entrada .................................................................................. 30

    3.5.2 Sintomas ..................................................................................... 30

    3.5.3 Toxidade ..................................................................................... 31

    3.5.4 Efeito txicos.............................................................................. 31

    3.6 FRMACO TOXICODINMICA ...................................................... 32

    3.7 FRMACO TOXICOCINTICA ....................................................... 33

    3.7.1 Usos clnicos .............................................................................. 35

    3.7.2 Efeitos clinicamente teis ......................................................... 36

    3.7.3 Aplicaes em estudo ............................................................... 36

    3.7.4 cido acetilsaliclico e cncer gstrico .................................... 37

    4 METODOLOGIA ................................................................................ 38

    4.1 MATERIAIS ..................................................................................... 38

    4.2 REAGENTES .................................................................................. 38

    4.3 PREPARAO DOS REAGENTES ................................................ 39

    4.4 CLCULO PARA A PREPARAO DOS REAGENTES ................ 39

    5 RESULTADOS E DISCUSSES ....................................................... 43

    6 CONSIDEREES FINAIS ............................................................... 45

    REFERNCIAS .................................................................................... 46

  • 10

    1 INTRODUO

    A anlise de medicamento realizada, rotineiramente, pelos laboratrios

    da indstria farmacutica por ser crucial para garantir a qualidade do produto e

    uma maior segurana aos seus usurios. A adulterao e a falsificao de

    medicamentos tm crescido, significativamente, com o aumento do consumo e

    da rentabilidade na rea.

    Esse problema atinge o mundo todo, e uma das formas de combat-lo

    se d pela detecodos produtos que no atendam s especificaes de

    qualidade, sejam medicamentos com rtulo falso ou produtos de qualidade

    inferior.

    Quando os componentes presentes no medicamento apresentam

    diferentes caractersticas cido-base, possvel utilizar esta propriedade para

    separar os componentes. Em um medicamento, alm do princpio ativo,

    existem vrios compostos orgnicos diferentes (os excipientes); por isso, a

    extrao dever ser feita atravs da reao-base;Essa tcnica, que se baseia

    na diferena de solubilidade em meio cido e bsicoseguida de extrao com

    solvente, chamadade quimicamente ativa.

    A Aspirina, como conhecida nas farmcias como cido acetilsaliclico,

    o medicamento mais conhecido e vendido em todo o mundo. O cido

    acetilsaliclico uma droga associada com plantas, embora ele seja uma

    substncia sinttica, sua sntese, no entanto, foi totalmente feita com base na

    estrutura qumica de uma substncia natural isolada do Salgueiro branco, a

    Salixalba.

    A qumica analtica conjunto de tcnicas e procedimentos empregados

    para identificar a composio qumica de uma substncia.Na anlise

    qualitativa, pretendeidentificar as substncias de uma amostra;A quantitativa,

    diante de uma quantidade ou concentrao de uma substncia determinada,

    visa a determinar a identidade ou quantidade de um elemento, procedendo-se

    mediantea preparao de uma amostra (seleo de quantidade e grau de

    uniformidade do material necessrio para a anlise), de modo que, em

    seguida,so separadas, da amostra, os componentes que possam interferir no

    estudo. O objetivo da separao obter o componente desejado sob a forma

    pura, ou parcialmente pura, para que se logre a sua determinao analtica,

  • 11

    posteriormente, realizada a anlise da amostra, com base, geralmente, em

    uma reao qumica do componente, que produz uma qualidade facilmente

    identificvel, tais como cor, calor ou insolubilidade.

    Neste procedimento laboratorial procedeu-se ao doseamento do cido

    acetilsaliclico a partirde vrios comprimidos de Aspirina de modo que vrias

    marcas foram analisadas.

  • 12

    2 OBJETIVO

    Determinar o teor de cido acetilsaliclico em Aspirina de 100 mg e 500

    mg, de varias marcas.

  • 13

    3 FUNDAMENTAO TERICA

    No sculo V a.C. Hipcrates, mdico grego e pai da medicina cientfica,

    escreveu que o p da casca do salgueiro ou chorocido, posto contm

    salicilatose j era mencionado em textos de civilizaes antigas do Mdio

    Oriente Sumria, Egito e Assria. Os nativos americanos usavam-no, tambm,

    para dores de cabea, febre, reumatismo e tremores.

    O reverendo Edmund Stone, de Chipping Norton, no condado de Oxford,

    Reino Unido, redescobriu, em 1763, as propriedades antipirticas da casca do

    salgueiro e as descreveu de forma cientfica. O princpio ativo da casca, a

    salina ou o cido saliclico, foi confirmado como um dos componentes da erva

    (do nome latino do farmacutico francs Henri Leroux, e Raffaelepiria, qumico

    italiano).

    Em 1827, o laboratrio farmacutico alemo Bayer conjugou,

    quimicamente, o cido saliclico com o acetato, criando o cido acetilsaliclico

    (Aspirina), cujo efeito descobriu-se ser menos txico. O cido acetilsaliclico foi

    o primeiro frmaco a ser sintetizado na histria da farmcia. Foi a primeira

    criao da indstria farmacutica, e tambm o primeiro frmaco vendido em

    tabletes.

    O cido acetilsaliclico (em latim acidumacetylsalicylicum) um frmaco

    dos anti-inflamatrios no-esteroides (AINEs), utilizado como anti-inflamatrio,

    antipirtico, analgsico e tambm como antiplaquetar. , em estado puro, um

    p cristalino branco integrado porcristais incolores, caracterizado por ser pouco

    solvel em gua, mas facilmente solvel em lcool ou ter.

    A origem do nome Aspirina: o A vem de acetil;Spir se refere

    Spiraeaulmaria (planta que fornece o cido saliclico). Persistem dvidas se foi

    Felix Hoffmann (como afirma a Bayer) ou Arthur Eichengrun (de acordo com

    vrios peritos) quem inventou o mtodo que produziu o cido acetilsaliclico. A

    Bayer perdeu a marca registrada Aspirina em muitos pases, aps a Primeira

    Guerra Mundial, como reparao de guerra aos pases aliados. Aspirina, em

    alguns pases, ainda nome comercial registrado, propriedade dos laboratrios

    farmacuticos da Bayer para o composto cido acetilsaliclico. No entanto,

    igualmente reconhecido como nome genrico do princpio ativo, e por esse

  • 14

    nome que habitualmente referida na literatura farmacolgica e mdica. o

    medicamento mais conhecido e consumido em todo mundo. Em 1999 a

    Aspirina completou 100 anos. John Vane, do Royal Collegeof/Surgeons,

    demonstrou, pela primeira vez,em 1971, o mecanismo de ao do cido

    acetilsaliclico em Londres. Ele viria a receber o Prmio Nobel de Medicina e

    Fisiologia pela sua descoberta em 1982.

    O cido acetilsaliclico (AAS) funo mista cido carboxlico, que

    contm o anel benznico. A Aspirina foi introduzida, na medicina, no ano de

    1899, como anti-reumtico e antipirtico. um dos produtos farmacuticos de

    mais alta produo atualmente.

    Um grande nmero de fenis e teres fenlicos ocorre na natureza. Em

    certos casos, eles so modificados quimicamente de modo a produzir um

    material com atividades especficas medicinais desejadas. O orto-hidroxi-

    benzoico, mais conhecido como cido saliclico, pode ser obtido das rvores de

    salgueiro. Embora o cido saliclico no ocorra livremente na natureza, ele tem

    uma enorme importncia como analgsico. O cido saliclico tambm

    preparado pelo aquecimento de fenxido de sdio com dixido de carbono sob

    presso (reao de Kolbe). A acidificao de produto formado solicilato de

    sdio produzir o cido saliclico que, por sua vez, produz o acetilado com

    anidrido actico, o qual forma a aspirina. Quando o cido saliclico (cido o-

    hidroxi-benzoico) submetido acetilao, produz o cido acetilsaliclico ou

    Aspirina).

    O cido acetilsaliclico se decompe, por aquecimento, e no possui um

    ponto de fuso real perfeitamente definido. Registram-se pontos de

    decomposio na faixa de 1280 a 1350 C, e obtm-se um calor de 129-1330 C

    em uma chapa eltrica aquecida. Pode ocorrer um pouco de decomposio,

    caso o composto seja recristalizado com um solvente de alto ponto de ebulio

    ou caso o perodo de ebulio, durante a recristalizao, seja indevidamente

    prolongada.

    A Aspirina um medicamento antipirtico e anti-reumtico de vasta

    aplicao no mundo ocidental. encontrado facilmente em marcas como o

    Melhoral e a Bayer Aspirina. um p branco, cristalino, solvel emlcool, ter

    e clorofrmio, pouco solvel em gua e, em doses macias, tende a atacar a

    mucosa do estmago.

  • 15

    A aspirina impura seca ao ar pode ser recristalizado tambm com

    benzeno ou ter de petrleo (40-60) 0C. A funo fenol se esterifica por meio

    de cloretos de cidos, como o Cloreto de Etanola, obtendo-se, tambm, a

    aspirina. As propriedades antisspticas do cido saliclico so utilizadas por

    profissionais damedicina e em higiene, em geral.

    O analgsico de atuao perifrico mais utilizado o cido

    acetilsaliclico ou Aspirina. Este composto simples possui um notvel espetro

    de atividade biolgica, alm de ser um analgsico branco, eficaz, antipirtico,

    anti-inflamatrio, anti-reumtico e eficaz na preveno de cogulos arteriais.

    interessante notar-se que, quando a Aspirina tomada em doses normais por

    uma pessoa em estado psquico, no h efeito aparente.

    Os sais derivados da Aspirina so os seguintes: Salicicato de Sdio e

    Salicilato de Metila. A qumica Analtica Quantitativa dispe de uma vasta gama

    de mtodos para dosear componentes de uma amostra. corriqueiroagrupar-

    se esses mtodos em dois grandes grupos: Os mtodos qumicos e os

    mtodos instrumentais.Os mtodos qumicos compreendem a utilizao de

    reaes qumicas como principal meio de execuo do doseamento. Os

    mtodos instrumentais recorrem aparelhagem especfica, cujo funcionamento

    se baseia, quer em medies eltricas apropriadas, quer na medio de

    determinadas propriedades pticas, que esto relacionado com propriedades

    qumicas. A anlise volumtrica (titrimtrica) consiste na anlise qumica

    quantitativa efetuada pela medio do volume de uma soluo, cuja

    concentrao rigorosamente conhecida (soluo-padro), a qual reage com

    um volume conhecido da soluo que contm a espcie qumica a ser

    determinada. Esta operao assim designada por titulao.

    Fonte: Wikipdia

    3.1 CARACTERSTICAS FARMACOLGICA DAASPIRINA

    O cido acetilsaliclico pertence ao grupo de frmacos anti-inflamatrios

    no-esteroides, com propriedades analgsicas, antipirticas e anti-

  • 16

    inflamatrias. Seu mecanismo de ao se baseia na inibio irreversvel da

    enzima ciclooxigenase, envolvida na sntese das prostaglandinas. O cido

    acetilsaliclico usado em doses orais de 0,3 a 1g para o alvio da dor e nas

    infeces febris menores, tais como resfriados e gripes, para reduo da

    temperatura e alvio das dores musculares e das articulaes. Tambm

    usado nos distrbios inflamatrios agudos e crnicos, tais como artrite

    reumatoide, osteoartrite e espondilite anquilosante. Nessas afees usam-se,

    em geral, doses altas, no total de 4 a 8g diariamente, em doses divididas. O

    cido acetilsaliclico tambm inibe a agregao plaquetria ao bloquear a

    sntese do tromboxano A2 nas plaqueta;por essa razo, usado em vrias

    indicaes relativas ao sistema vascular, geralmente em doses dirias de 75 a

    300 mg.

    Fonte: Wikipdia

    3.1.1 Propriedades Farmacocinticas da Aspirina

    Aps a administrao oral, o cido acetilsaliclico rpida e

    completamente absorvido pelo trato gastrintestinal.Durante e aps a absoro,

    o cido acetilsaliclico convertido em cido saliclico, seu principal metablito

    ativo.Os nveis plasmticos mximos de cido acetilsaliclico so atingidos

    aps 10 a 20 minutos e os de cido saliclico aps 0,3 a 2 horas.

    Tanto o cido acetilsaliclico como o cido saliclico se ligam

    amplamente s protenas plasmticas e so, rapidamente, distribudos a todas

    as partes do organismo.

    O cido saliclico eliminado, principalmente, por metabolismo heptico,

    de modo que os metablitos incluem o cido salicilrico, o

    glicurondeosalicilfenlico, o glicurondeosalicilaclico, o cido gentsico e o

    cido gentisrico.

    A cintica da eliminao do cido saliclico depende da dose, uma vez

    que o metabolismo limitado pela capacidade das enzimas hepticas; desse

    modo, a meia-vida de eliminao varia de 2 a 3 horas aps doses baixas,

    chegando at cerca de 15 horas mediante a administrao dedoses altas, de

  • 17

    modo que o cido saliclico e seus metablitos so excretados,

    principalmente,pelavia renal.

    3.1.2 Como deve ser usada a Aspirina

    A Aspirina usada, frequentemente, sem prescrio. Se o seu mdico

    prescrever a Aspirina, receber conselhos acerca da posologia; leia

    atentamente o folheto informativo e pea ao seu mdico ou farmacutico que

    lhe explique qualquer questo que no tenha percebido, no deve partir,

    esmagar, mastigar nem abrir as cpsulas, se Aspirina habitual causar um gosto

    amargo ou uma sensao de queimadura na garganta, o seu mdico ou

    farmacutico podem aconselhar Aspirina revestida, a Aspirina deve ser tomada

    com bastante gua ou leite e, de preferncia, depois das refeies para evitar

    os problemas estomacais, os comprimidos mastigveis da Aspirina podem ser

    mastigados, esmagados, dissolvidos num lquido, ou engolidos, beba bastante

    gua, leite ou suco de fruta imediatamente depois de tomar estes comprimidos,

    os adultos no devem tomar a Aspirina mais de 10 dias, (cinco dias para

    crianas) sem consultar o mdico, a Aspirina no deve ser administrada a

    adultos ou crianas para o tratamento de febre elevada, febre durante trs dias,

    ou febre recorrente, a menos que seja sob a superviso de um mdico, no

    administre mais de cinco doses a uma criana num perodo de 24 horas a

    menos que seja recomendado pelo mdico.

    3.1.3 Atuao em nvel biolgico

    A Aspirina interfere na sntese da prostaglandina (o hormnio

    responsvel pela dor e pela inflamao) por inibir a enzima ciclooxigenase, os

    efeitos antipirticos resultam da inibio da sntese da prostaglandina no

    hipotlamo. A Aspirina tambm aumenta a vasodilatao e o suor. A inibio

    da ciclooxigenase tambm resulta numa diminuio da agregao de plaquetas

  • 18

    no sangue, prolongando o sangramento. A dor a parte mais importante do

    sistema de alarme de nosso corpo, o qual visa a chamara nossa ateno para

    qualquer distrbio de sade ou ferimento. Distribudo ao longo de nosso corpo,

    esto milhares de minsculos terminais nervosos que so sensveis a

    estmulos mecnicos, eltricos, trmicos e qumicos, de modo que a substncia

    qumica que capaz de estimular esses terminais a prostaglandina, cuja

    biossntese inibida pela Aspirina.

    3.1.4 Dosagem

    Segundo a Bula:

    Adultos: recomenda-se um a dois comprimidos, no se deve tomar mais

    de oito comprimidos por dia, deve haver um intervalo de 4 a 8 horas.

    Crianas a partir de 12 anos: apenas um comprimido, no se deve

    administrar mais de trs comprimidos por dia, deve haver um intervalo de 4 a 8

    horas. No usar em crianas e adolescentes com doenas febris, a no ser por

    recomendaes mdicas. Os comprimidos de Aspirina de 500 mg devem ser

    dissolvidos em gua e tomados, se possvel, aps a ingesto de alimentos.

    Recomenda-se beber, seguidamente, cerca de meio copo de lquido. O efeito

    s considerado txico se a dosagem for superior a 400 mg/ml de sangue.

    3.1.5 Efeitos teraputicos

    A Aspirina um frmaco cujo princpio ativo o cido acetilsaliclico,

    como excipiente pode ter amido e celulose, o cido acetilsaliclico um

    analgsico, anti-inflamatrio, antipirtico e inibidor da agregao plaquetria,

    por exemplo, alivia as dores provocadas nas articulaes de um doente que

    tem artrite, exercem efeitos benficos sobre o reumatismo, cefaleias e

    nevalgites; a Aspirina , hoje, indicada para muitas doenas, algumas delas

    muito graves. Veja alguns exemplos:

    Combater mais eficaz dor:

  • 19

    A sua ao analgsica bem conhecida por todos ns. Mas, alm das

    tradicionais dores de dentes e de cabea, este medicamento alivia a artrite

    reumatoide, a febre reumtica e a artrose.

    Tratamento de enxaqueca aguda:

    A revista cientfica Headache publicou, recentemente, um estudo que

    demonstra a ao benfica da Aspirina no tratamento da enxaqueca aguda,

    uma doena que afeta 10% da populao dos pases ocidentais. Mas, quando

    combinada com a metoclopramida, a ao parece se intensificar. Alm disso,

    tudo indica que esta uma terapia bem tolerada pela maioria dos doentes.

    Reduo da leso neural secundria:

    A Aspirina parece ter, de acordo com estudos recentes, um efeito neural

    protetor sobre clulas do crebro, reduzindo a leso neural secundria,

    associada falta de oxignio nas clulas. Estes estudos indicam, ainda, que

    este frmaco capaz de proteger, da morte celular, 83% das clulas.

    Reduo do risco de um primeiro enfarte do miocrdio:

    A ingesto de uma Aspirina de 325 mg em dias alternados, reduz em

    cerca de 56% a probabilidade de se sofrer um enfarte em pessoas que se

    encontra em risco. Esta a concluso de um estudo americano, o maior

    realizado athoje que tambm apresenta provas de eficcia deste frmaco no

    tratamento de infees coronrias.

    Reduo do risco de Asma:

    A Aspirina um analgsico que previne doenas cardiovasculares e que

    tambm ajuda a reduzir o risco de desenvolver asma, revelou um estudo feito

    pela revista American JournalofRespiratoryandCriticalCare Medicine. Os

    resultados divulgados sugerem que a Aspirina pode reduzir o desenvolvimento

    de asma em adultos. Mas, segundo especialistas, isto no significa que o

    analgsico melhore os sintomas de pacientes que j tm a doena. A asma

    uma doena inflamatria crnica que produz problemas pulmonares de

    obstruo.

    Preveno de complicaes durante gravidez:

    Um estudo, levado a cabo pela Unidade de Genecologias da

    Universidade de Viena, permitiu chegar concluso de que as mulheres que

    tomam, preventivamente, cido acetilsaliclico, devido a uma gravidez de risco,

    tm menos possibilidades de sofrer complicaes. A Aspirina parece, assim,

  • 20

    reduzir, em 65%, a mortalidade neonatal, principalmente se a me iniciar o

    tratamento antes da 17a semana de gesto.

    Eficcia contra certos tipos de cncer:

    Estudos parecem indicar que o princpio ativo da Aspirina (o cido

    acetilsaliclico) reduz o risco de desenvolver alguns tipos de cncer,

    nomeadamente do clon e do reto. O que este cido reduz o estrago gentico,

    evitando que as clulas se tornem cancerosas.

    Fonte: Wikipdia

    3.1.6 O que provoca a acidez no estmago

    Quando falamos em corroso da parede estomacal, referimo-nos, na

    verdade, entrada de ons H+ na parede estomacal. Como o cido

    acetilsaliclico um cido fraco, quando em meio fortemente cido (como

    dentro do estmago, pH compreendido em 1,6 e 1,8), a sua base conjugada, o

    onacetilsalicilato reage com o H+, e forma a molcula neutra de AAS, a qual

    atravessa a parede celular do estmago. Nessa nova regio, a concentrao

    de H+ menor que no estmago (meio mais bsico), ento, o AAS se ioniza,

    aumentando a concentrao de H+ no interior da membrana, provocando

    assim, sangramentos, ulceraes e irritaes gstricas. O fato que a

    absoro teraputica da aspirina, ou melhor, do cido acetilsaliclico,

    realizada no intestino, ou seja, s quando o AAS estiver no intestino que a

    ao analgsica e anti-inflamatria ter efeito. A absoro realizada no

    estmago no tem grandes efeitos deste tipo. Como a concentrao de on H+

    no estmago elevada, este cido se mantm-se majoritariamente na forma

    no ionizada. O cido acetilsaliclico uma molcula relativamente pouco polar

    e, como tal, tem a capacidade de penetrar nas membranas que so tambm

    constitudas por molculas no polares. Contudo, dentro da membrana h

    muitas pequenas bolsas de gua. Quando uma molcula de cido

    acetilsaliclico entra numa dessas bolsas, ioniza-se em H+ e onacetilsalicilato.

    Estas espcies inicas ficam presas nas regies interiores da membrana. A

  • 21

    acumulao gradual de ons resultantes deste processo enfraquece a estrutura

    da membrana e, eventualmente, pode provocar a perda de sangue. Cada

    comprimido de cido acetilsaliclico,quando ingerido, causa perda de cerca de

    2ml de sangue, quantidade que geralmente considerada inofensiva. Contudo,

    a ao da aspirina pode dar origem a hemorragias srias em alguma pessoas.

    interessante notar que a presena de lcool torna o cido acetilsaliclico

    ainda mais solvel na membrana aumentando as hipteses de hemorragia.

    (CHANG, 1994, p.692).

    Fonte: Wikipdia

    3.1.7 Prs e contras do cido acetilsaliclico

    O cido acetilsaliclico uma substncia que traz importantes benefcios para a sade. Em pequenas doses geralmente um comprimido por dia pode ajudar a prevenir ataques cardacos. Doses normais de dois ou mais comprimidos reduzem a dor e a febre. Na maior parte das situaes o cido acetilsaliclico tido como completamente segura, contudo, apresenta alguns efeitos colaterais. Pode provocar perturbaes gstricas, induzir lceras e provocar a perda de equilbrio e ligeira perda de audio. Vrios estudos sugeriram uma associao no uma relao causa efeito, mas uma possvel ligao entre o cido acetilsaliclico e o sndroma de Reye. Esta doena rara, mas por vezes fatal, pode afetar crianas e adolescentes em convalescena da gripe ou da varicela... (ChemCom, 1993).

    Atualmente est comprovado que a aspirina eficaz e tem uma

    tolerncia conhecida. Alm disso, h frmulas tamponadas, concebidas para

    proteger, ainda mais, os estmagos sensveis.

    1. Os acidentes vasculares cerebrais hemorrgicos so mais frequentes

    quando o paciente est recebendo aspirina.

    2. As evidncias sugerem que a aspirina no previne acidentes

    vasculares cerebrais ou cardacos em pacientes que no estejam acometidos

    de doenas vasculares. Alguns estudos sugerem que isso no seja verdade.

    3. Nenhum medicamento est isento de riscos. O uso de aspirina pode

    provocar problemas srios de sade.

    4. Pela alterao na formao de plaquetas, a aspirina dificulta a

    formao de cogulos. Esse fato pode provocar hemorragias, desde leves at

  • 22

    severas. Por esse mecanismo a formao de um trombo vascular pode ser

    evitada, mas, em seu lugar, pode ocorrer um sangramento que pode provocar

    um acidente vascular de maior gravidade.

    Fonte: Wikipdia

    3.1.8 Sntese do cido acetilsaliclico

    O processo de sntese consiste em tratar o cido saliclico com anidrido

    actico, em presena de um pouco de cido sulfrico, que atua como

    catalisador. Tcnicas como filtrao a vcuo e recristalizao podem ser

    empregadas, conforme a figura 1.

    No procedimento em escala laboratorial, percola-se, num erlenmeyer de

    125 mL, 2,5 g de cido saliclico, 6 mL de anidrido actico e algumas gotas de

    cido sulfrico concentrado. Agita-se e aquece-se a mistura em banho-maria

    durante 10 minutos. Resfria-se e adiciona-se 10 a 15 mL de gua destilada

    gelada para decompor o excesso de anidrido actico. Resfria-se at que a

    cristalizao esteja completa. Filtra-se em funil de Bchner lavando com

    pequena quantidade de gua destilada gelada.

    Purifica-se o cido acetilsaliclico por recristalizao. Dissolve-se o

    produto em 10 mL de etanol num bquer de 100 mL e aquece-se em banho-

    maria. Adiciona-se 25 mL de gua aquecida. Se houver precipitao, dissolve-

    se por aquecimento sob-refluxo, banho-maria. Cobre-se o recipiente e deixa-se

    em repouso para resfriar. Separam-se os cristais obtidos por filtrao. Secam-

    se e pesam-se os cristais. Depois se determina o ponto de fuso do cido

    acetilsaliclico e compara-se ao valor tabelado.

  • 23

    Figura 1:Sntese do cido acetilsaliclico

    3.1.9 Mecanismo de ao

    Estrutura da COX-2 inativada pelo cido acetilsaliclico.

    O cido acetilsaliclico , como todos os AINEs, um inibidor inespecfico

    da enzima ciclooxigenase (COX). Ela acetila irreversivelmente essa enzima. As

    COX so enzimas fulcrais da cascata do cido araquidnico, pela qual esse

    cido araquidnico, um lipdio presente nas membranas das clulas,

    transformado em mediadores prostanoides. H dois tipos, a COX-1, presente

    em quase todos os tecidos; e a COX-2induzida localmente por citocinas

    produzidas por leuccitos em resposta a danos ou invaso microbiana. A COX-

    2 tem papel importante na gerao da inflamao. Ela produz os mediadores

    prostanoides pr-inflamatrios, como algumas prostaglandinas e leucotrienos.

    A inibio dessas enzimas, pelo cido acetilsaliclico, constitui o mecanismo

    principal dos seus efeitos. A inibio da COX-1 a responsvel por muitos

    efeitos indesejados.

    A reduo da febre ou o efeito antipirtico causada pela inibio da

    formao de protaglandina E2 pelas COX. Essa prostaglandina um mediador

    importante para a ativao do centro nervoso (no hipotlamo), regulador da

    temperatura corporal. Altos nveis de prostaglandina E2, em estados

    inflamatrios (como infees) elevam a temperatura. Alm disso, a inibio da

    resposta inflamatria diminui a quantidade de citocinas produzidas pelos

    leuccitos, algumas das quais, como a IL-1, atuam no centro nervoso da

  • 24

    temperatura, produzindo febre. A ao central pode envolver a inibio da

    sntese de prostaglandinas no hipotlamo; contudo, h alguma evidncia de

    que as febres causadas por pirognios endgenos que no agem atravs do

    mecanismo das prostaglandinas, podem, tambm, responder terapia com

    salicilatos.

    O efeito analgsico devido inibio da produo local de

    prostaglandinas quando da inflamao. Essas prostaglandinas, se forem

    produzidas, sensibilizaro as terminaes nervosas locais da dor, que sero

    iniciadas por outros mediadores inflamatrios como a bradicinina. O

    paracetamol atua de modo semelhante ao cido acetilsaliclico na condio

    deanalgsico perifrico, e prefervel para essa funo, se outros efeitos no

    so desejados. O paracetamol no anti-inflamatrio, nem antiplaquetar.

    Os efeitos anti-inflamatrios tambm so largamente dependentes da

    inibio da produo de prostanoides, j que esses mediadores so

    importantes em quase todos os fenmenos associados inflamao, como

    vasodilatao, dor e atrao de mais leuccitos ao local. Alm disso, os

    salicilatos so eficazes em neutralizar os radicais livres, molculas produzidas

    na inflamao e altamente nocivas para os tecidos.

    As plaquetas sanguneas so ativadas e se agregam em resposta

    libertao de tromboxano A2, presente em seus grnulos. O cido

    acetilsaliclico particularmente eficaz em inibir a produo de tromboxano A2,

    resultando na diminuio da tendncia de agregao plaquetar. Esse o

    primeiro passo na formao de trombos arteriais; logo, o cido acetilsaliclico

    diminui esses eventos. O efeito antiagregante plaquetrio do cido

    acetilsaleclico est relacionado com a capacidade de o composto agir como

    um dador de acetil membrana da plaqueta. O cido acetilsaleclico afeta a

    funo das plaquetas inibindo a COX e impede, desse modo, a formao do

    tromboxano A2 (agente agregante). Essa ao irreversvel, e os efeitos

    persistem durante a vida das plaquetas expostas. O cido acetilsaliclico pode,

    tambm, inibir a formao de prostaciclinas (prostaglandina I2), que so

    inibidores da agregao plaquetria nos vasos sanguneos essa ao, no

    entanto, reversvel. Essas aes podem ser dose-dependentes; contudo, h

    evidncias de que doses inferiores a 100 mg por dia podem no inibir a sntese

    de prostaciclinas. O efeito antirreumtico semelhante ao mecanismo

  • 25

    analgsico e anti-inflamatrio; os efeitos teraputicos no se devem

    estimulao do eixo pituitria-adrenal. O principal efeito adverso do cido

    acetilsaliclico se deve inibio da COX-1 no estmago. Os prostanoides so

    importantes mediadores na proteo da mucosa contra o cido e enzimas

    presentes no suco gstrico. Eles aumentam a produo de muco.

    Fonte: Wikipdia

    3.2 DISTRIBUIO

    Tanto o cido acetilsaliclico como o cido saliclico se liga,

    amplamente,s protenas plamticas, e so rapidamente distribudos a todas

    do organismo. O salicilato distribudo para a maioria dos tecidos do corpo e

    para quase todos os lquidos transcelulares, e atravessa, facilmente, a barreira

    placentria. O volume de distribuio das doses habituais de cido

    acetilsaliclico em indivduos normais de, em mdia, cerca de 170 mL/kg de

    peso corporal. O cido acetilsaliclico , basicamente, absorvido como tal, mas

    parte dele atinge a circulao sistmica sob a forma de cido saliclico em

    virtude da hidrlise pelas esterases da mucosa gastrointestinal e do fgado.

    Nas concentraes encontradas na prtica clnica, 80-90% dos salicilatos

    ligam-se s protenas plasmticas, principalmente albumina. A ligao dos

    salicilatos albumina vai diminuindo medida que a concentrao de salicilato

    plasmtica aumenta, com a reduo da concentrao de albumina no plasma

    ou disfuno renal, e durante a gravidez. No leite materno, a concentrao

    mxima de salicilato de 173-483mg/mL foi medida de 5-8h aps a ingesto

    materna de uma dose nica de 650 mg.

    Fonte: Wikipdia

  • 26

    3.3 BIOTRANSFORMAO

    Os salicilatos so normalmente hidrolisados a salicilato no trato

    gastrointestinal, no fgado e no sangue e, posteriormente, metabolizados no

    fgado.

    O cido acetilsaliclico sofre metabolizao por esterases da mucosa

    digestiva que o hidrolizam o cido saliclico e por estearases hepticas que do

    origem a vrios metablitos inativos

    Metabolismo digestivo e plasmtico: rpida desacetilao que d origem

    ao cido actico + cido saliclico.

    Metabolismo heptico:

    Reaes de fase l: oxidao pelo P-450 originando cidos

    hidroxibenzoicos.

    Reaes de fase ll: conjugao com glicina originando o cido

    salicilrico e conjugao com cido glucurnico, originando o salicilacil-

    glucurnico e o salicilfenil-glucurnico.

    O tempo de semi-vida do cido acetilsaliclico de 15 a 20 minutos,

    sendo rapidamente hidrolisado a cido saliclico. No leite materno (como

    salicilato) o tempo de semi-vida de, aproximadamente, 3,8-12,5h (mdia de

    7,1h) aps uma dose nica de 650mg de cido acetilsalicllico. A molcula de

    cido saliclico, dependendo da dose e pH urinrio, de 20h ou mais com

    doses muito elevadas, com doses repitidas usadas como anti-reumticas,pode

    variar de 5-18h.

    Eliminao:

    A cintica da eliminao do cido saliclico depende da dose, uma vez

    que o metabolismo limitado pela capacidade das enzimas hepticas. uma

    cintica de 1.a ordem.

    Quandoesto presentes, no organismo, doses teraputicas, o cido

    saliclico metabolisado no fgado e eliminado entre 2h a3h. A eliminao

    essencialmente renal (90%), principalmente como cido saliclico livre e

    metablitos conjugados:

    75% na forma de cido salicilrico;

    15% na forma de glucurnicos;

  • 27

    10% na forma de cido saliclico.

    A excreo de salicilato livre extremamente varivel e depende da

    dose e do pH urinrio. Na urina alcalina, mais de 30% do frmaco ingerido

    pode ser eliminado como salicilato livre, ao passo em que,na urina cida, essa

    porcentagem pode ser de apenas 2%.

    Administrao:

    Via oral, comprimidos a cada 4,6 ou 8 horas. Algumas formas mais caras

    so encapsuladas para previnir efeitos adversos sobre a mucosa do estmago.

    Dosagens que so comumente utilizadas:

    50 a 325 mg via oral para a preveno de trombose e doenas cardacas

    (dose diria);

    500 mg via oral para tratamento da dor (a cada 4 horas);

    1000 mg via oral para tratamento da dor e da inflamao (a cada 4,6 ou

    8 horas).

    erradamente absorvida e parcialmente hidrolizada no corpo humano

    em salicilato (funes semelhantes) e acetato. A sua ao mxima ocorre 1-2

    horas aps a administrao.

    Fonte: Wikipdia

    3.4 EFEITOS ADVERSOS

    3.4.1 Mais frequentes

    A resistncia ao cido acetilsaliclico a incapacidade de o cido

    acetilsaliclico reduzir a dor abdominal com clicas;

    Irritao gastrointestinal;

    Dor precordial;

    Condies hipersecretrias

    Nuseas e vmitos

  • 28

    3.4.2 Raros

    Reaes alrgicas, incluindo dermatite;

    Anemia por sangramento gastrointestinal crnico ou hemlise por

    deficincia,de G6PD ou de piruvato quinase;

    Angioedema;

    Anorexia;

    Broncoespasmo;

    Hepatite txica;

    Hemorragia gastrointestinal por gastropatia medicamentosa ou lceras

    gastrointestinais;

    Trombocitopenia;

    Sndrome de Reye, uma doena rara, porm rapidamente progressiva,

    caracterizada por esteatose microvesicular e encefalopatia metablica. Pode

    ocorrer em crianas de qualquer idade com quadro viral (geralmente influenza

    ou varicela) associada ao uso de cido acetilsaliclico. Por esse motivo, est

    contraindicada em crianas com quadro viral ou febre.

    Fonte: Wikipdia

    3.4.3 Resistncia ao cido acetilsaliclico

    Ao plaquetria do tromboxano A2 e, desse modo, a ativao e a

    agregao das plaquetas. Os graus crescentes de resistncia ao cido

    acetilsaliclico podem correlacionar-se, independentemente, com o aumento do

    risco de eventos cardiovasculares. A resistncia ao cido acetilsaliclico pode

    ser detectada por testes laboratorias de produo do tromboxano A2 das

    plaquetas ou da funo das plaquetas, que dependem da produo plaquetria

    do tromboxano. As potenciais causas da resistncia ao cido acetilsaliclico

    incluem: dose inadequada; interaes medicamentosas; polimorfismos

    genticos da COX-1 e de outros genes envolvidos na biossntese do

  • 29

    tromboxano;feedback positivos de fontes no plaquetrias de biossntese do

    tromboxano; e aumento do turnover das plaquetas. A resistncia ao cido

    acetilsaliclico pode ser superada tratando a causa ou as causas, e ser

    reduzida minimizando a produo e a atividade do tromboxano, ou ainda

    bloqueando outras vias de ativao das plaquetas.

    Fonte: Wikipdia

    3.4.3.1 Interaes

    O cido acetilsaliclico pode interagir com outras drogas. Alguns

    exemplos:

    Parecetamol;

    lcool;

    AINEs;

    Anticonvulsivantes fenitonas e cido valproico;

    Agentes antidiabticos (insulinas, sulfonilureias);

    Antiemticos, incluindo anti-histamnicos;

    Corticosteroides ou Corticotropina (ACTH), uso teraputico crnico

    (drugs, lara);

    Zidovudina;

    Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA);

    Furosemida;

    Metotrexato;

    Medicamentos ototxicos;

    Probenecida ou Sulfinpirazona;

    Niacina;

    Vitamina K.

    Deve tambm ser considerada a possibilidade de efeitos aditivos ou

    mltiplos que conduzem a danos na formao de cogulos sanguneos e/ou

    que o risco aumentado de sangramento podem ocorrer se um salicilato,

    especialmente cido acetilsaliclico, for usado simultaneamente com qualquer

  • 30

    medicamento que possua um potencial significativo para causar

    hipoprotrombinemia, trombocitopenia, ulcerao ou hemorragia gastrointestinal.

    Fonte: Wikipdia

    3.5 VIAS DE INTOXICAO (OVERDOSE)

    3.5.1 De entrada

    Oral;

    A ingesto de comprimidos de cido acetilsaliclico a causa mais

    frequente de envenenamento com salicilatos. Nos neonatos e nas crianas,

    outras causas menos comuns incluem a aplicao de gel nos dentes,

    tranferncia placentria e amamentao.

    Inalao;

    Concentrao atmosfrica mxima permitida de 5 mg/m3.

    Cutnea;

    Parenteral;

    Outras (administrao retal);

    A exposio ocupacional pode ocorrer por contato drmico ou inalao

    nos lugares onde o cido acetilsaliclico produzido ou usado.

    3.5.2 Sintomas

    Em adultos:

    Salicismo caracterizado por: zumbido (silvo na audio) e outros

    distrbios auditivos, vmitos e vertigens. Revertvel se a dose for reduzida.

    Hiperpneia: respirao acelerada.

  • 31

    Acidose: o cido acetilsaliclico um cido, de modo que altas doses

    podem causar alcalose seguida por acidose metablica, com respirao muito

    rpida, alm de confuso mental.

    Raramente: cardiotoxicidade e intolerncia glicose (diabetes tipo 2),

    hepatite, sangramento, eritemas, reaes alrgicas potencialmente graves.

    3.5.3 Toxidade

    Toxicidade suave a moderada_____________________150-300 mg/kg

    Toxicidade severa_______________________________300-500 mg/kg

    Potencialmente letal____________________________>500 mg/kg

    Em crianas:

    Numa criana, a ingesto de 240 mg/kg causar envenenamento

    moderado a severo, mas as mortes raramente ocorrem quando menos de 480

    mg/kg foram tomados. O envenenamento com salicilatos em crianas

    pequenas (

  • 32

    edema pulmonar no-cardiognico podem tambm ocorrer, embora o

    mecanismo permanea incerto.

    rgos alvo: todos os tecidos (cujo metabolismo celular afetado),

    principalmente o fgado, rins, pulmes e o VIII nervo craniano.

    Fonte : Wikipdia

    3.6 FRMACO TOXICODINMICA

    Nuseas e vmitos ocorrem em conseqncia da estimulao dos

    receptores da mucosa pela irritao gstrica, e da estimulao dos receptores

    acessveis a partir do lquido cerebrospinal, provalvelmente no quimiorreceptor

    da medula.

    Hiperventilao marcada ocorre como consequncia do estmulo direto

    do centro respiratrio.

    A estimulao indireta da respirao causada pela produo

    aumentada de CO2 em consequncia do desacoplar da fosforilao oxidativa

    induzida pelos salicilatos. A alcalose respiratria consequncia da

    estimulaa direta e indireta do centro respiratrio. Numa tentativa de

    compensao, o bicarbonato, acompanhado pelo sdio, potssio e gua,

    excretado na urina. O que vai resultar numa desidratao e hipocalcmia, mas,

    mais importante, a perda do bicarbonato diminui a capacidade tampo do corpo

    e permite o desenvolvimento de uma acidose metablica.

    O efeito pirtico de doses txicas de cido acetilsaliclico um resultado

    direto do desacoplar da fosforilao oxidativa, e a sudao que acontece

    posteriormente contribui ainda mais para a desidratao.

    Doses elevadas de salicilatos tm efeitos txicos adicionais no SNC,

    consistindo numa estimulao (incluindo convulses) seguida de

    depresso,confuso, vertigem, tremor nas mos (sinal precose de

    encefalopatia heptica), delrio, psicose, adormecimento e coma.

    Doses muito elevadas de salicilatos tm um efeito depressor na medula

    e podem causar paralisia respiratria central, bem como colapso circulatrio

    repentino subsequente depresso vasomotora.

  • 33

    A perda da capacidade tampo, e os efeitos do cido acetilsaliclico no

    metabolismo dos hidratos de carbono, lpidos e protenas conduzem ao

    desenvolvimento de uma acidose metablica, ou mais geralmente, a um

    distrbio do equilbrio cido-base. A inibio competitiva de desidrogenases

    dependentes de NAD+ no ciclo do cido ctrico conduzir acumulao de

    intermedirios cidos.

    O cido acetilsaliclico aumenta a entrada e a oxidao de cidos gordos

    nas clulas do fgado, conduzindo a um aumento da cetognese, e inibir

    tambm a incorporao dos a.a. em protenas causando aminoacidmia. Numa

    situao de acidose, a entrada do io salicilato nas clulas promovida, e os

    efeitos metablicos so exacerbados.

    Hipo e hiperglicemia podem ambas ocorrer no envenenamento com

    cido acetilsaliclico, a hipoglecimia mais provavelmente devida demanda

    aumentada de oxidao da glucose nos tecidos devido ao desacoplar da

    fosforilao oxidativa.

    Neuroglicopenia pode ocorrer na presena de acar sanguneo em

    concentraes normais.

    Se as reservas hepticas de glicognio forem adequadas, a produo de

    catecolaminas estimula a glicogenlise que conduz hiperglicemia que pode

    persistir por diversos dias, concentraes aumentadas de corticosteroides

    plasmticos aumentam provavelmente este efeito.

    A intoxicao frequentemente acompanhada por hipoprotrombinemia

    devido a uma ao comparvel da varfarina no ciclo da vitamina K1-epxido,

    embora isto raramente cause problemas clnicos.

    3.7 FRMACO TOXICOCINTICA

    Absoro

    O cido acetilsaliclico pouco solvel no estmago (meio cido) e os

    precipitados pode formar blocos, retardando desse modo a absoro por 8-24h.

    Apesar do pH mais elevado do intestino delgado, a maior rea de superfcie

    permite a absoro do salicilato, e esta ocorre rapidamente em doses

  • 34

    teraputicas. Entretanto, a absoro aps uma overdose ocorre geralmente

    mais lentamente, e as concentraes sanguneas podem continuar elevadas

    at 24h aps a ingesto. A absoro ser ainda mais atrasada se for ingerida

    uma preparao entrica revestida.

    Distribuio

    Aproximadamente 50-80% do salicilato no sangue se encontra ligado a

    protenas, ao passo em que,o restante, se mantm ativo, no estado ionizado, a

    ligao s protenas dosedependente. A saturao de locais de ligao

    conduz a um aumento do salicilato livre e a uma toxicidade aumentada. O

    volume de distribuio 0,1-0,2 L/kg. A acidose aumenta o volume de

    distribuio pelo aumento da penetrao nos tecidos.

    Tempo de semi-vida biolgico

    O cido acetilsaliclico hidrolisado no estmago e no sangue a cido

    saliclico e a cido actico, o tempo de semi-vida biolgico

    consequentemente apenas 20 minutos. O tempo de semi-vida do salicilato

    plasmtico em doses teraputicas e 2-4, 5h, mas em situao de overdose

    aumenta para 18-36h.

    Metabolismo

    Em pequenas doses, aproximadamente 80% do cido saliclico

    metabolizado no fgado. A conjugao com glicina forma o cido salicilrico, e

    a conjugao com cido glucurnico forma salicilacil-glucurnicos e salicilfenil-

    glucurnicos. Mas essas vias metablicas tm uma capacidade limitada.

    Quantidade pequenas de cido saliclico so tambm hidroxiladas a cidos

    gentsico. Com grandes doses de salicilatos, passamos de uma cintica de 1.a

    ordem (onde a eliminao proporcional concentrao plasmticas) para

    uma cintica de ordem zero.

    Os salicilatos so excretados principalmente pelos rins na forma de

    cido salicilrico (75%), cido saliclico livre (10%), salicilfenil-glucurnicos

    (5%), e cido gentsco (

  • 35

    salicilrico e salicilacil-glucurnicos se encontram saturadas. A excreo renal

    do cido saliclico se torna mais importante medida em que as vias

    metablicas ficam saturadas, porque esta extremamente sensvel s

    mudanas de pH urinrio acima de 6. A alcalinizao urinria explora esse

    aspecto particular da eliminao do cido saliclico.

    3.7.1 Usos clnicos

    O cido acetilsaliclico no deve ser usado em crianas (menores de 18

    anos) devido ao pequeno risco de sndrome de Reye, uma doena muitas

    vezes fatal com danos cerebrais. No adulto, raramente provoca danos

    permanentes.

    Enquanto prottipo dos AINEs o cido acetilsaliclico tem trs aplicaes

    bsicas:

    1. A principal indicao do cido acetilsaliclico no combate s

    dores, incluindo enxaquecas (dores de cabea). O paracetamol mais eficaz

    enquanto analgsico.

    2. um eficaz anti-inflamatrio,no entanto, os seus efeitos

    adversos,a longo prazo, levaram sua subtituio pelo ibuprofeno (outro AINE)

    para controle da inflamao crnica.

    3. um antipirtico, (diminui a febre).

    Em todas essas aplicaes, se a doena crnica e no aguda,

    geralmente prefervel utilizar outros anti-inflamatrios no esteroides com

    menos efeitos secundrios em longo prazo. Devido a esse fato e como de

    baixo custo e de venda livre, o cido acetilsaliclico principalmente usado

    para condies pouco graves que requerem os trs efeitos simultaneamente,

    como as constipaes, os resfriados e outras infees virais de pouca

    consequncia.

  • 36

    3.7.2 Efeitos clinicamente teis

    Diminui a febre, mas no tem efeito na temperatura normal.

    Diminui a dor inflamatria de intensidade baixa a moderada, mas

    pouco eficaz na dor forte.

    um excelente inidor da agregao das plaquetas, o primeiro passo na

    formao dos trombos arteriais. Combate a formao de trombos nas

    artrias e previne trombose, se arteriais, frequentes causas de infarto do

    miocrdio e AVCs.

    H estudos epidemiolgicos segundo os quais, em longo prazo,o

    consumo deste medicamento diminui a prevalncia de cancro do clon.

    3.7.3 Aplicaes em estudo

    Investigao na rea do cancro.

    Estudos epidemiolgicos sugerem que o cido acetilsaliclico pode ter

    um efeito protetor no desenvolvimento de certos tumores como: cancro da

    prstata, do clon, colo-retal e da mama.

    A investigao tem sugerido que a inibio da sntese das

    prostaglandinas pode previnir o aparecimento de cancro da mama. A reao

    final da sntese de estrognios depende de uma enzima do citocromo P450,

    que estimulada pela PGE2. Ento, a inibio da produo de prostaglandinas

    vai diminuir, consequentemente, a produo de estrognios. Dada a

    importncia dos estrnios no desenvolvimento do cancro da mama, os AINEs

    podem ter um papel protetor no desenvolvimento do cancro da mama. Chegou-

    se concluso de que o cido acetilsaliclico estava associado a uma reduo

    do cranco da mama em pacientes com tumores relacionados com um excesso

    de hormonas. Estes resultados so mais evidentes para mulheres que

    tomavam sete ou mais comprimidos de cido acetilsaliclico por semanas.

  • 37

    3.7.4 cido acetilsaliclico e cncer gstrico

    Devido relao entre inflamao crnica da mucosa do estmago

    (gastrite) e cncer, postulou-se que o cido acetilsaliclico, por causar dano

    crnico mucosa no seu uso prolongado, poderia causar cncer. No entanto, o

    mecanismo da leso (fisiopatogenia) do cido acetilsaliclico distinto da

    gastrite, no ocorrendo por inflamao. De fato, no s o cido acetilsaliclico

    no aumenta o risco de cncer gstrico, como, pela sua atividade anti-

    inflamatria, tende a reduzir esse risco.

    Pesquisas publicadas em 2009 pelo British Journal of Cancer, realizadas

    com mais de 300 mil pessoas que tomaram, ao menos, comprimidos de cido

    acetilsaliclico nos ltimos doze meses da pesquisa, tm 36% menos chance

    de desenvolver cncer de estmago.

  • 38

    4 METODOLOGIA

    A pesquisa foi desenvolvida no laboratrio de qumica analitica aplicada

    no Centro de Cincias e Tecnologia da Universidade Estadual da

    Paraba,visando-se a determinar o teor de cido acetilsaliclico em Aspirina de

    100 mg e 500 mg, mediante de uso de varias marcas.

    4.1 Materiais

    Para esse trabalho laboratorial, foi necessria a utilizao dos seguintes

    materiais:

    Balo volumtrico de 1000 mL

    Balo volumtrico de 1000 mL

    Bureta de 50 mL

    Pipetas conta-gotas

    Erlenmeyer 250 mL

    Pipeta volumtrica de 20 mL

    Balana analtica

    4.2 Reagentes

    NaOH 0,1N

    H2SO4 0,1N

    Fenolftalena

    gua destilada

    Aspirina de 100 mg e 500 mg

  • 39

    4.3 Preparao dos reagentes

    Hidrxido deSdio0,1N: pesar, exatamente 4,1240 g de NaOH (pureza

    97%) p.a. em um Becker 100 ml e dissolvendo com agua destilada, aos

    poucos, com um basto de vidro at a completa dissoluo do NaOH.

    Transferir para um balo volumtrico de 1000 ml e aferir com gua

    recm-destilada. Guardar essa soluo em um vidro mbar com tampa plstica

    e etiquetado devidamente.

    SoluoAquosadeH2SO40,1N: medir, exatamente, 2,80 ml de H2SO4 (d =

    1,84g/L e T (%) = 98,0) e transferir para um balo volumtrico de 1000 ml,

    contendo 250 ml de gua destilada. Homogeneizar e aferir com gua destilada.

    Guardar esta soluo em um vidro mbar com tampa plstica e etiquetado

    devidamente.

    PadronizaodoH2SO40,1N: pesar, exatamente, 0,1322 g de Na2CO3p.a.

    em um vidro de relgio e transferir para um erlenmeyer de 250 ml. Adicionar 6-

    8 gotas de metil Orange a 0,1% e titular com o H2SO4 at a mudana de

    amarelo para alaranjado. Calcular o fator de correo de normalidade da

    soluo de H2SO4.

    SoluoAlcolicadeFenolftalenaa0,40%: pesar, exatamente, 0,20 g de

    fenolftalena em um vidro de relgio e transferir para um Becker de 100 ml.

    Adicionar 35 ml de lcool etlico p.a. e agitar com basto de vidro at a

    completa dissoluo da fenolftalena. Adicionar 15 ml de gua destilada e

    guardar esta soluo em um conta gotas.

    4.4 Clculo para a preparao dos reagentes

    Preparao do Hidrxido de Sdio (NaOH) a 0,1N

    N = m/Eg. V m = N.Eg.V

  • 40

    m =(Massa a pesar);

    onde: N =(Normalidade desejada);

    Eg =(Equivalente grama do NaOH);

    V =(Volume a preparar)

    m = 0,1 Eg/L.40 g/Eg. 1,0L

    m = 4,0 g de NaOH

    m (PA) = m (NaOH) /0,97

    m(NaOH), essa massa terica foi encontrada para poder encontrar a massa de

    NaOH a (PA), T= 0,97

    m (PA) = 4,1237 g

    Pesou se 4,1240 g de NaOH de (PA) para um litro.

    Titulada em duplicata.

    V1 = 23,2 mL

    V2 = 24,3 mL

    Vm = 23,75 mL

  • 41

    Preparao do cido Sulfrico (H2SO4) a 0,1N

    N = m/Eg.V m = N.Eg.V

    m =(Massa a pesar);

    onde: N =(Normalidade desejada);

    Eg =(Equivalente grama do H2SO4);

    V =(Volume a preparar).

    m = 0,1Eg/L.47,5g/Eg.1.0L

    m = 4,75g de H2SO4

    m(PA) = m(H2SO4)/0,95

    m(H2SO4),essa massa terica foi encontrada para poder encontrar a massa de

    H2SO4a( PA), T = 0,95.

    m (PA) = 4,75 g/0.95

    m(PA) = 5,0000 g de H2SO4

    Padronizar o cido Sulfrico com Carbonato de Sdio (Na2CO3).

    Preparao da soluo padronizadora do Carbonato de Sdio (Na2CO3).

    V.N = m/meq

    V(arb) = 25 mL

    m = V.N.meq

    m = 25 mLx0,1meq/mlx0,052 g/meq

    m = 0,1322 g deNa2CO3

    m1 = 0,1322 g

    m2 = 0,1325 g Mmdia = 0,1321g de Na2CO3

    m3 = 0,1315 g

  • 42

    V1 = 20,8mL

    V2 = 20,8mL Vmdio = 20,73 mL

    V3 = 20,6mL

    N1 = 0,1197 meq/mL

    N2 = 0,120 4meq/mLNmdia = 0,1203 meq / mL

    N3 = 0,1207 meq/mL

    Com essa equao matemtica encontrado o fator de correo.

    F = Nreal/Naparente

    F = 0,1203meq/mL0,1meq/mL

    Simplificando as unidades o fator de correo adimensional,

    F = 1.203

    Para o NaOH

    V1N1 = V2N2

    Pelo principio de equivalncia encontrado a normalidade desejada.

    25mL.N1 = 23.7mL X 0.1203meq/mL

    N1 = 0,1142 meq / mL

    Com essa equao matemtica encontrado o fator de correo.

    F = Nreal/Naparente

    F = 0,1142meq /mL/0,1meq/mL

    Simplificando as unidades o fator de correo adimensional.

    F = 1,142

  • 43

    5 RESULTADOS E DISCUSSES

    Coloca-secerca de um comprimido da amostra em um erlenmeyer de

    250 mLe50,0 mL de hidrxido de sdio 0,1N e ferve-sea mistura brandamente

    por 10 minutos. Junta-se a fenolftalena SI e titula-se o excesso de hidrxido de

    sdio 0,1N com cido sulfrico 0,1N (SV). Faz-se um branco para a titulao

    pelo resto. (Mtodos Gerais, no. 49).

    Os valores obtidos que foi gasto nas titulaes, so mostrado na tabela

    a seguir:

    Tabela 1:Quantidades de cido sulfrico gastos nas titulaes.

    Marca Volume gasto na titulao

    V1 (mL)

    V2 (mL)

    V3 (mL)

    V4 (mL)

    V5 (mL)

    Volume mdio de H2SO4 (mL)

    Prova em

    branco (mL)

    Marca 1 de 100mg

    ______ 21,9 22,0 22,0 22,0 21,8 21,94 24,6

    Marca 2 de 100mg

    ______ 22,2 22,1 22,3 22,1 22,2 22,18 24,5

    Marca 3 de 500mg

    ______ 13,4 13,5 13,5 13,3 13,5 13,44 24,5

    Marca 4 de 500mg

    ______ 13,5 13,4 13,4 13,3 13,4 13,40 24,6

    Marca 5 de 500mg

    ______ 13,5 13,5 13,2 13,0 13,1 13,26 24,6

    Fonte: Prpria, 2012. Nota: V.=Volume

    Usando essa equao abaixo, foi encontrado o valor experimental em mg /

    comprimido, nas analises feitas com vrias marcas e com duas concentraes

    diferentes.

    mg (Vb Vt)ml x N meq / ml x F x meq do cido Acetilsaliclico

    comp.Comprimido

    Nesta prxima tabela que vem a seguir, mostra os seguintes valores

    obtidos em laboratrio, que mostrou concentraes diferentes das embalagem

    dos medicamentos de 100 mg e 500 mg.

  • 44

    Tabela 2: Concentraes encontradas, experimentalmente, em cada comprimido de 100 mg e 500 mg

    de marcas diferente. Marca Valor1 Valor 2 Valor 3 Valor 4 Valor 5 Valor mdio

    experimental

    Desvio

    padro

    Marca 1 de 100mg

    68,3110 67,7895 67,7895 67,7895 73,0041 68,9367 2,0436

    Marca 2 de 100mg

    65,1822 67,7895 62,5750 67,7895 65,1822 65,7036 2,1813

    Marca 3 de 500mg Marca 4 de 500mg Marca 5 de 500mg

    289,4093 289,4093 289,4093

    286,8020

    292,0166

    289,4093

    286,8020

    292,0166

    297,2312

    292,0166

    294,6239

    302,4458

    286,8020

    292,0166

    299,8385

    288,3663

    292,0164

    295,6668

    2,0858

    1,6490

    5,3687

    Fonte: Prpria, 2012.

  • 45

    6 CONSIDEREES FINAIS

    De acordo com os resultados obtidos em laboratrio, o teor do AAS,

    experimentalmente analisado em cada comprimido de 100mg e 500mg de

    marcas diferentes, redundou em concentraes diferentes,fato este que

    constava nas embalagens dos medicamentos, com diferentes marcas que

    foram submetidas s anlises aqui empreendidas.

  • 46

    REFERNCIAS

    cido Acetil Saliclico. A Sntese do cido Acetilsaliclico. Disponvel em: .Acesso em: 10/05/2012. ALLINGER, Cava de Jong. Jongh. Jonhnson LebolStvens. Qumica Orgnica 2a Edio Editora Guanabara.Dois, Rio de Janeiro 1978. CAMPOS, F. A Monografia Atividades ptica URNe / UFPe. Volume I Qumica Orgnica, conceitos, informaes e sntese. Campina Grande Paraba 1993. MORRISON, R. T Boyd, R. N. Qumica Orgnica 5a Edio, Fundao CousteGulbenkiau 1973. SOLOMONS, Granham J. W Qumica Orgnica. Volumes, I, II e III Livros Tcnicos e Cientficos S. A. Rio de Janeiro 1982. VOGEL, I Arthur, Anlise de Qumica Orgnica. 3a Edio Livros Tcnicos e Cientficos S. A. Rio de Janeiro 1978.