dimas ricardo leitÃo processo civil apostila terceiro semestre

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DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

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Page 1: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

DIMAS RICARDO LEITÃO

PROCESSO CIVIL

APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

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AÇÃO

AÇAO É O DIREITO SUBJETIVO, TANTO DO RÉU QUANTO DO

AUTOR, DE TER UM PRONUNCIAMENTO ESTATAL QUE

SOLUCIONE O LITIGIO, FAZENDO DESAPARECER A

INCERTEZA OU A INSEGURANÇA GERADA PELO CONFLITO

DE INTERESSES, POUCO IMPORTANTO QUAL SEJA A

SOLUÇÃO A SER DADA PELO JUIZ.

A AÇÃO É UM DIREITO SUBJETIVO PROCESSUAL ABSTRATO E

DE NATUREZA PÚBLICA.

TAMBÉM PODE-SE DIZER QUE A AÇÃO É SINÔNIMO DO

DIREITO DE DEMANDAR, ISTO É, DE INGRESSAR EM JUIZO E

OBTER DO JUDICIÁRIO UMA RESPOSTA A TODA E QUALQUER

PRETENSÃO A ELE DIRIGIDA.

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TEORIA CONCRETISTA

SUSTENTAVÃO QUE SÓ TINHA AÇÃO AQUELE QUE FOSSE

TITULAR EFETIVO DO DIREITO POSTULADO, SÓ EXISTIA

EXERCICIO DO DIREITO DE AÇÃO SE O RESULTADO FOSSE

FAVORÁVEL AO DEMANDANTE, OU SEJA, QUANDO O

PEDIDO ERA PROCEDENTE.

A AUTONOMIA DO PROCESSO ENSEJOU A SUBSTITUIÇÃO

DAS TEORIAS CONCRETISTAS PELAS ABSTRATISTAS, NAS

QUAIS O DIREITO DE AÇÃO ESTÁ CONDICIONADO À

EXISTÊNCIA DO DIREITO MATERIAL E COM ELE NÃO SE

CONFUNDE.

Page 4: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

TEORIA ABSTRATISTATERÁ HAVIDO EXERCICIO DO DIREITO DE AÇÃO AINDA QUE O

RESULTADO SEJA A IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO. A SUA

EXISTÊNCIA NÃO ESTÁ CONDICIONADO À DO DIREITO.

A AÇÃO CONSISTE, NO BRASIL, EM UM DIREITO À RESPOSTA DE

MÉRITO, ISTO É, AO PEDIDO QUE FOI DIRIGIDO AO JUIZ. SÓ

EXISTIRÁ A AÇÃO QUANDO HOUVER DIREITO A UMA RESPOSTA

DE MÉRITO, O QUE DEPENDE DO PREENCHIMENTO DE

DETERMINADAS CONDIÇÕES (NÃO HAVERÁ O EXERCICIO DO

DIREITO DE AÇÃO QUANDO O JUIZ EXTINGUE O PROCESSO SEM

JULGAR O MÉRITO, NESTE CASO, A MAQUINA JUDICIÁRIA FOI

MOVIMENTADA EM VIRTUDE DO DIREITO DE DEMANDAR, QUE É

GARANTIA INERENTE AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DO

ACESSO À JUSTIÇA ART. 5º, XXXV), MAS NÃO HOUVE AÇÃO, ESTA

TEORIA É CHAMADA DE ECLÉTICA.

Page 5: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

CONDIÇÕES DA AÇÃO

LEGITIMIDADE PARA A CAUSA;

INTERESSE DE AGIR;

POSSIBILIDADE JURÍDICA DO

PEDIDO.

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CONDIÇÕES DA AÇÃO

AS CONDIÇÕES DA AÇÃO SÃO TAMBÉM

REQUISITOS DA AÇÃO, MAS SÃO REQUISITOS

ESPECIAIS LIGADOS À VIABILIDADE DA AÇÃO,

OU SEJA, COM A POSSIBILIDADE PELO MENOS

APARENTE DE ÊXITO DO AUTOR DA DEMANDA.

A FALTA DE UMA CONDIÇÃO DA AÇÃO FARÁ

COM QUE O JUIZ INDEFIRA A INICIAL OU

EXTINGA O PROCESSO POR CARÊNCIA DE

AÇÃO, SEM JULGAMENTO DE MÉRITO, DE

ACORDO COM OS ART. 267, 295, VI, DO CPC.

Page 7: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

CONDIÇÕES DA AÇÃO

LEGITIMIDADE PARA A CAUSA:

Legítimos para figurar em uma demanda judicial são os titulares dos interesses em conflito (legitimidade ordinária). Desta forma, o autor deve ser o titular da pretensão deduzida em juízo. O réu é aquele que resiste a essa pretensão. A lei pode autorizar terceiros a virem em juízo, em nome próprio, litigar na defesa de direito alheio (legitimação extraordinária).

Page 8: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

CONDIÇÕES DA AÇÃO

INTERESSE DE AGIR:

O interesse de agir decorre da análise da

necessidade e adequação. Compete ao autor

demonstrar que sem a interferência do poder

judiciário sua pretensão corre riscos de não ser

satisfeita espontaneamente pelo réu. Ao autor

cabe também a possibilidade de escolha da

tutela pertinente que será mais adequada ao

caso concreto.

Page 9: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

CONDIÇÕES DA AÇÃO

POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO:

É a ausência de vedação

expressa em lei ao pedido

formulado pelo autor em

sua inicial.

Page 10: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

ELEMENTOS DA AÇÃO

Os elementos prestam-se a identificar as ações, tornando possível a averiguação quando elas são idênticas ou se diferenciam. Basta que um deles altere para que se modifique a ação, ou seja, duas ações são idênticas, quando a ação contêm os três elementos constitutivos idênticos. (PARTES, PEDIDO E CAUSA DE PEDIR). A indicação deles deve figurar na petição inicial e respeitar as exigências do art. 282 do CPC, os elementos devem obrigatoriamente figurar em todos os tipos de ações, seja no processo de conhecimento, de execução e cautelar etc. Os elementos funcionam como delimitação objetiva da demanda, vinculando o juiz quando do julgamento.

Page 11: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

ELEMENTOS DA AÇÃO

PARTES: os sujeitos da lide, os quais são os

sujeitos da ação;

PEDIDO: a providência jurisdicional solicitada

quanto ao um bem;

CAUSA DE PEDIR: as razões que suscitam a

pretensão e a providência.

Page 12: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

JURISDIÇÃO

É O PODER DO ESTADO, ATRAVÉS DO

JUDICIÁRIO DE DIZER O DIREITO NO CASO

CONCRETO. É, O PODER, FUNCÃO E ATIVIDADE

DE APLICAR O DIREITO A UM FATO CONCRETO,

PELOS ÓRGÃOS PÚBLICOS DESTINADOS A TAL,

OBTENDO-SE A JUSTA COMPOSIÇÃO DA LIDE.

Page 13: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

ESPÉCIES DE JURISDIÇÃO

JURISDIÇÃO CONTENCIOSA E JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA

A jurisdição civil, aquela que é regulada pelo

direito processual civil, compreende, segundo o

art. 1º de nosso código, a jurisdição

contenciosa e a jurisdição voluntária.

Page 14: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

JURISDIÇÃO CONTENCIOSA

Jurisdição contenciosa é a jurisdição propriamente dita, isto é, aquela função que o estado desempenha na pacificação ou composição dos litígios. Pressupõe a controvérsia entre as partes (lide), a ser solucionada pelo juiz.Mas ao poder judiciário são, também, atribuídas certas funções em que predomina o caráter administrativo e que são desempenhadas sem o pressuposto do litígio.Trata-se da chamada jurisdição voluntária, em que o juiz apenas realiza gestão pública em torno de interesses privados, como se dá nas nomeações de tutores, nas alienações de bens de incapazes etc.Aqui não há lide nem partes, mas apenas um negócio jurídico processual envolvendo o juiz e os interessados.Não se apresenta como ato substitutivo da vontade das partes, para fazer atuar impositivamente a vontade concreta da lei.

Page 15: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

PROCESSO

É O INSTRUMENTO DE ATUAÇÃO DA

JURISDIÇÃO, CONJUNTO DE ATOS

PROCESSUAS JURISDICIONAIS PARA

DETERMINADOS FINS, E TEM POR

FINALIDADE UMA PROTEÇÃO JURÍDICA

JURISDICIONAL QUE O JUIZ DE UMA

RESPOSTA.

LIDE: fato social, conflito de interesses

qualificado por uma pretensão resistida.

Page 16: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

FONTES

AS FONTES DO DIREITO PROCESSUAL CIVIL SÃO AS

MESMAS DO DIREITO EM GERAL, ISTO É, A LEI E OS

COSTUMES, COMO FONTES IMEDIATAS, A DOUTRINA

E JURISPRUDÊNCIA COMO FONTES MEDIATAS. EM

RAZÃO DO CARÁTER PÚBLICO DO DIREITO

PROCESSUAL, É A LEI SEM DÚVIDA, SUA PRINCIPAL

FONTE.

Page 17: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

EFICÁCIA DA LEI PROCESSUAL NO TEMPO

Toda lei, como criação humana, é sujeita a um princípio e um fim, isto é, um começo de vigência e a um momento da cessação de eficácia. Assim, começam a vigorar após a publicação, respeitada a VACATIO LEGIS de 45 dias se outro prazo não for especificamente estatuído.

UNIDADE PROCESSUAL: É um corpo único, do

começo ao fim. Há quem afirme o caráter

retroativo das leis de processo, tendo em vista

sua incidência imediata, inclusive sobre os

processos em curso.

Page 18: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

ISOLAMENTO DAS FASES PROCESSUAIS

DIVISÃO DO PROCESSO EM PARTES, VÁRIOS ATOS SÃO

PRATICADOS, CADA FASE SERIA UM CORPO ÚNICO MAIS A FASE

PODE SER REGIDA POR LEI DIFERENTE.

NO ESPAÇO: É UNIVERSALMENTE ACEITO O PRINCÍPIO DA

TERRITORIALIDADE DAS LEIS PROCESSUAIS, OU SEJA, O JUIZ

APENAS APLICA AO PROCESSO A LEI PROCESSUAL DO LOCAL

ONDE EXERCE A JURISDIÇÃO.

Page 19: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

DEVIDO PROCESSO LEGAL

NA CONSEPÇÃO MODERNA ESTÁ ASSINALADO À IDEIA DE UM

PROCESSO JUSTO, OU SEJA, UM PROCESSO QUE DESENVOLVE

RESPEITANDO OS PARÂMETROS FIXADOS PELAS NORMAS

CONSTITUCIONAIS E PELOS VALORES CONSAGRADOS PELA

COLETIVIDADE, PERANTE UM JUIZ IMPARCIAL, EM CONTRADITÓRIO

E AMPLA DEFESA ENTRE TODOS OS INTERESSADOS E EM TEMPO

RAZOÁVEL.

Page 20: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO

CONSISTE NA NECESSIDADE DE OUVIR A PESSOA

PERANTE A QUAL SERÁ PROFERIDA A DECISÃO,

GARANTINDO-LHE O PLENO DIREITO DE DEFESA E

DE PRONUNCIAMENTO DURANTE TODO O CURSO DO

PROCESSO, NÃO HÁ, PORTANTO, QUALQUER

PRIVILÉGIO. O PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO ESTÁ

PREVISTO, COMO GARANTIA FUNDAMENTAL, NO ART.

5º, INCISO LV, DA CF.

Page 21: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL

SÓ PODE EXERCER A JURISDIÇÃO O

ÓRGÃO A QUE A CONSTITUIÇÃO ATRIBUI O

PODER JURISDICIONAL, NÃO PODENDO A

LEI INFRACONSTITUCIONAL CRIAR JUIZES

OU TRIBUNAIS DE EXCEÇÃO, PRECISA SER

COMPETENTE, PREVISTO NO INCISO

XXXVII.

Page 22: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

PUBLICIDADE

TODOS OS JULGAMENTOS DEVEM SER PÚBLICOS

NO INTUITO DE EVITAR ARBITRARIEDADE, A LEI

SÓ PODERÁ RESTRINGIR A PUBLICIDADE DOS

ATOS PROCESSUAIS QUANDO A DEFESA DA

INTIMIDADE OU O INTERESSE SOCIAL O

EXIGIREM, CF, ART. 93, IX.

PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO.

A LEI NÃO EXCLUIRÁ DA APRECIAÇÃO DO PODER

JUDICIÁRIO LESÃO OU AMEAÇA A DIREITO.

Page 23: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

LICITUDE DAS PROVAS

NÃO HÁ MAIS PROVAS DE VALOR

PREVIAMENTE HIERARQUISADO NO DIREITO

PROCESSUAL MODERNO, A NÃO SER

NAQUELES ATOS SOLENES EM QUE A FORMA É

DE SUA PRÓPRIA SUBSTÂNCIA.

POR ISSO, O JUIZ AO SENTENCIAR DEVE

FORMAR

SEU CONVENCIMENTO LIVREMENTE,

VALORANDO OS

ELEMENTOS DE PROVA SEGUNDO CRITÉRIOS

LÓGICOS E DANDO A FUNDAMENTAÇÃO DE

SEU

DECISÓRIO.

Page 24: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO

TEM-SE QUE A PARTE TEM O DIREITO DE QUE A SUA PRETENSÃO

SEJA CONHECIDA E JULGADA POR DOIS JUIZOS DISTINTOS,

MEDIANTE RECURSO, CASO NÃO SE CONFORME COM A PRIMEIRA

DECISÃO. DAÍ A NECESSIDADE DE ÓRGÃOS JURISDICIONAIS COM

HIERARQUIA DIFERENTE (1º E 2º GRAU DE JURISDIÇÃO).

SUJEITOS DA RELAÇÃO JURÍDICA

DE ACORDO COM A TEORIA ANGULAR O PROCESSO VÍNCULA

TRÊS PESSOAS (AUTOR, RÉU E JUIZ).

ENTRETANTO, AS PARTES, AUTOR E RÉU, SE SUBMETEM A

AUTORIDADE DO JUIZ, ENQUANTO QUE ESTE SE LIMITA À

SOLUÇÃO DO LITÍGIO.

O VÍNCULO DAS PARTES NÃO É, PORTANTO, ESTABELECIDO

ENTRE SI, MAS ENTRE ELAS E O JUIZ. DAÍ A SUA FORMA

ANGULAR.

Page 25: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

MEIOS DE SOLUÇÃO DA LIDE

AUTOTUTELA:

Forma de solução de a lide satisfazer a pretensão

com os próprios meios, embora legitimo quando a lei

expressamente autorizar, exercício arbitrário das

próprias razões.

Page 26: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

MEIO DE SOLUÇÃO DA LIDE

AUTO COMPOSIÇÃO:

Os próprios sujeitos encontram a solução da lide,

que alguém voluntariamente ceder totalmente ou

ambos cedem parcialmente. Se dá de três

maneiras:

TRANSAÇÃO;

RENÚNCIA;

RECONHECIMENTO.

Page 27: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

MEIOS DE SOLUÇÃO DA LIDE AUTOCOMPOSIÇÃO

TRANSAÇÃO:

Ambos abrem mão de parcela de seu interesse.

RENÚNCIA:

Um dos lados abre mão da totalidade de seus

interesses. O ato de disposição daquele que

exercia a pretensão.

RECONHECIMENTO:

É o ato de aceitação total do outro.

Page 28: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

MEIOS DE SOLUÇÃO DA LIDEJUSTIÇA PRIVADA

JUSTIÇA PRIVADA OU HETEROCOMPOSITIVA:

QUANDO TERCEIRO PARTICIPA DA LIDE PARA

SOLUCIONAR. NÃO HOUVE O CONSENSO DE CHEGAR A

AUTO COMPOSIÇÃO NÃO CONSEGUIRAM CEDER EM

SUAS PRETENSÕES, MAS CONSEGUEM CHEGAR A UM

CONSENSO MINÍMO DE SUBMETER ESSE LITÍGIO A

TERCEIRA PESSOA, E CONFORME O TIPO DE ATIVIDADE

QUE ESSE TERCEIRO POSSA DESENVOLVER NÓS

PODERIAMOS CHAMAR DE:

MEDIAÇÃO;

ARBITRAGEM.

Page 29: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

MEIOS DE SOLUÇÃO DA LIDE JUSTIÇA PRIVADA

MEDIAÇÃO: O terceiro chamado para conversar, aproximar, não seria alguém que apontaria uma solução, pode ser qualquer pessoa. ARBITRAGEM: Algo mais formal, por árbitro, haveria um procedimento para que o árbitro de uma solução, e as partes se comprometem a aceitar.

Page 30: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

ESPÉCIES DE PROCESSO

PROCESSO DE CONHECIMENTO;

AÇÃO CONDENATORIA;

AÇÃO CONSTITUTIVA;

AÇÃO DECLARATORIA.

PROCESSO DE EXECUÇÃO;

PROCESSO CAUTELAR

Page 31: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

ESPÉCIE DE PROCESSO DE CONHECIMENTO

PROCESSO DE CONHECIMENTO (COGNIÇÃO)

É a ação através da qual se vai procurar reconhecer quem é

o detentor

de um direito. Assim, compõe-se o litígio declarando a

vontade

concreta da lei através do litígio. O processo de

conhecimento se

desdobra em três ações: (AÇÃO CONDENATÓRIA; AÇÃO

CONSTITUTIVA E AÇÃO DECLARATÓRIA).

Page 32: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

PROCESSO DE CONHECIMENTO

AÇÃO CONDENATÓRIA: A que busca não apenas a

declaração do direito subjetivo material do autor,

mas

também a formulação de um comando que

imponha uma

prestação a ser cumprida pelo réu (SANÇÃO).

Tende a

formulação de um titulo executivo.

EXEMPLO: Indenização por danos morais.

Page 33: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

PROCESSO DE CONHECIMENTO

AÇÃO CONSTITUTIVA: A que, além de

declaração do

direito da parte, cria, modifica ou extingue um

estado

ou relação jurídica material.

EXEMPLO: divórcio.

Page 34: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

PROCESSO DE CONHECIMENTO

AÇÃO DECLARATÓRIA: Aquela que se

destina apenas a declarar a certeza da

existência ou inexistência da relação

jurídica, ou autenticidade ou falsidade de

documento.

EXEMPLO: reconhecimento de

paternidade.

Page 35: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

PROCESSO DE EXECUÇÃO

PROCESSO DE EXECUÇÃO: Ou execução

forçada, é a que gera o processo de execução,

no qual o órgão judicial desenvolve a atividade

material tendente a obter, coativamente o

resultado prático equivalente àquele que o

devedor devia ter realizado com o

adimplemento da obrigação.

Page 36: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

PROCESSO CAUTELAR

PROCESSO CAUTELAR: É utilizado não para

satisfazer o direito de alguém, mas apenas para

prevenir em caráter emergencial e provisório, a

situação da lide contra as alterações de fato e

de direito que possam ocorrer antes da solução

de mérito.

Page 37: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS

SÃO AS EXIGÊNCIAS LEGAIS SEM CUJO ATENDIMENTO

O PROCESSO, COMO RELAÇÃO JURÍDICA NÃO SE

ESTABELECE OU NÃO SE DESENVOLVE

VALIDAMENTE. E, CONSEQUENTEMENTE NÃO ATINGE

A SENTENÇA QUE DEVERIA ANALISAR O MÉRITO.

SÃO EM SUMA, REQUISITOS JURÍDICOS DE VALIDADE

DA

RELAÇÃO PROCESSUAL.

OS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS SÃO OS

REQUISITOS

NECESSÁRIOS PARA A CONSTITUIÇÃO E O

DESENVOLVIMENTO

REGULAR DO PROCESSO. SÃO ELES:

Page 38: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS

UMA CORRETA PROPOSITURA DA

AÇÃO;

FEITA PERANTE UMA AUTORIDADE

JURISDICIONAL;

POR UMA ENTIDADE CAPAZ DE SER

PARTE EM JURIZO.

Page 39: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS

DESSA, FORMA, OS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS

REFEREM-SE AO PROCESSO, ENQUANTO QUE AS

CONDIÇÕES DA AÇÃO REFEREM-SE À AÇÃO.

A FALTA DOS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS

ACARRETA

NELIDADE ABSOLUTA, INSANÁVEL.

Page 40: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS

PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS

SUBJETIVOS:

Dizem respeito às partes atuantes no

processo, e, dessa

forma, se referem ao autor e ao réu.

PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS OBJETIVOS:

Se referem ao processo propriamente dito,

podendo ser

extrínsecos e intrínsecos.

Page 41: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS

PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS OBJETIVOS EXTRÍNSECOS.

Relacionam-se com a inexistência de fatos impeditivos

que possam

impedir a propositura, ou melhor, o prosseguimento da

ação, como

a coisa julgada, a inépcia da petição inicial.

PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS OBJETIVOS

INTRÍNSECOS:

Relacionam-se ao procedimento e observância das

normas legais,

como a inexistência de qualquer nulidade que possa

tornar o

processo nulo ou anulável, a falta de instrumento de

mandato do

advogado ou a ausência da citação válida.

Page 42: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS

P. PROCESSUAIS SUBJETIVOS (DAS PARTES).

Partes são aquelas pessoas que participam da relação

jurídica processual contraditória, desenvolvida

perante o juiz. A relação processual está completa

quando formada pelas partes e pelo juiz.

As partes podem receber várias denominações,

segundo o processo em questão, p. ex.: credor e

devedor, autor e réu, executante e executado.

Page 43: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS

P. PROCESSUAIS (DAS PARTES)

Às partes cabem, na defesa de seus interesses, praticar

atos destinados ao exercício do direito de ação e de

defesa, como, por exemplo, a produção de provas no

processo.

Todas as pessoas, e deste modo, também as partes

possuem a capacidade de direito, que é a aptidão

genérica para adquirir direitos e contrair obrigações na

esfera civil. Porém, a capacidade de fato ou de exercício

não são todos que a possuem.

Page 44: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

CAPACIDADE PROCESSUAL

De acordo com o CPC, art. 7º, toda pessoa que acha no exercício dos seus direitos tem capacidade para estar em juízo.

Duas são as capacidades previstas em no ordenamento jurídico: a capacidade de direito ou de gozo, que todos a possuem, bastando nascer com vida; e a capacidade de fato ou de exercício que é a capacidade de exercer tais direitos por si só.O art. 7º, CPC, trata da capacidade de estar em juízo, que equivale à personalidade civil. Assim, qualquer pessoa que possua capacidade de ser sujeito de direitos e obrigações na esfera civil, possui capacidade de estar em juízo.

Page 45: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

CAPACIDADE PROCESSUAL

Porém, aqueles que possuem somente a capacidade de direito (mas não a capacidade de fato ou de exercício) não podem, por si só, ser parte em um processo, sem que seja representado ou assistido.

Da mesma forma, os incapazes, o réu preso, bem como o revel, serão representados ou assistidos por seus pais, tutores ou curadores.Réu é aquele que figura no processo como tal. Réu, não é portanto, necessariamente, aquele que figura petição inicial, queixa ou denúncia. Para ser considerado réu, a pessoa deve:• Comparecer em juízo devido à citação;• Comparecer voluntariamente.

Page 46: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

A SUBSTITUIÇAO DE PARTE E A SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL

As partes em um processo não podem ser modificadas após estabilizada a demanda. Daí decorre que a lei somente permite a substituição das partes originárias de um processo em caso de morte de uma delas. Neste caso, o processo será suspenso até que se proceda a habilitação dos seus sucessores.

A lei, contudo, também permite que terceiros ingressem em juízo para defender direito alheio, ou seja, que não lhe pertence. Fala-se, neste caso, em substituição processual. Um exemplo clássico desta substituição processual é a do gestor de negócios.

Page 47: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

SUBSTITUIÇÃO DE PARTE E A SUBSTITUIÇÃO PROCESUAL

É bom ressaltar que a substituição processual

em nada tem a ver com a substituição de partes.

No primeiro caso, defende-se direito alheio, já no

segundo, o que ocorre é uma alteração da parte

que figura como autor ou como réu em um

processo.

Page 48: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

O LITISCONSÓRCIO

Dá-se o litisconsórcio quando duas ou mais

pessoas litigam no mesmo processo e do mesmo

lado, no polo ativo ou passivo da ação, ou seja,

quando há mais de um autor ou mais de um réu,

havendo comunhão de interesses, conexão de

causas ou afinidade de questões.

Em síntese, o litisconsórcio é a pluralidade de

partes, que pode ocorrer tanto no polo passivo

(vários réus) como no ativo (vários autores).

Page 49: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

O LITISCONSÓRCIO

Os litisconsórcios podem ser:

Ativo: quando há mais de um autor;

Passivo: quando há mais de um réu;

Misto ou recíproco: quando mais de um

autor e mais de um réu;

Inicial ou ulterior: conforme a pluralidade

se verifique no início ou em momento

posterior da ação;

Page 50: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

O LITISCONSÓRCIO

Os litisconsórcio podem ser: Facultativo: é o que pode ser adotado

voluntariamente pelas partes. Subdivide-se em:

Facultativo unitário: é aquele em que o juiz tem de decidir de modo igual para todos os autores e todos os réus, não podendo a sentença ser procedente para uns e improcedente para outros.

Facultativo simples: é aquele em que a decisão pode ser diferente para cada litisconsorte.

Page 51: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

O LITISCONSÓRCIO

Os litisconsórcios podem ser: Necessário: é aquele em que a ação só pode

ser proposta por duas ou mais pessoas ou contra duas ou mais pessoas, por não ser possível a formação da relação processual sem a pluralidade de partes. A obrigatoriedade do litisconsórcio deriva da lei ou da natureza da relação jurídica, p. ex.: citação obrigatória de ambos os cônjuges nas ações reais imobiliárias.

Page 52: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

INTERVENÇÃO DE TERCEIROS

Em princípio, a sentença só produz efeito entre as partes. Às vezes, porém, ainda que de modo indireto, esse efeito pode recair sobre os interesses de pessoas estranhas ao processo. Por fim, em dadas circunstâncias, a lei permite ou determina o ingresso de terceiros no processo, para ajudar as partes ou para excluí-las.

A intervenção de terceiros no processo ocorre quando alguém participa dele sem ser parte na causa, com o intuito de auxiliar ou excluir os litigantes, para defender algum direito ou interesse próprio que possam ser prejudicados pela sentença.

Page 53: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

INTERVENÇÃO DE TERCEIROS A intervenção de terceiros pode ser provocada ou

espontânea. A espontânea ocorre quando há

assistência e oposição, já a provocada ocorre nos

casos de nomeação à autoria, denunciação da lide

e chamamento ao processo.

ASSISTÊNCIA;

OPOSIÇÃO;

NOMEAÇÃO À AUTORIA;

DENUNCIAÇÃO DA LIDE;

CHAMAMENTO AO PROCESSO.

Page 54: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

INTERVENÇÃO DE TERCEIROS

ASSISTENCIA: (FORMA ESPONTÂNEA).Instaurado o processo entre duas ou mais pessoas, o terceiro que tiver interesse jurídico em que a sentença seja favorável a uma delas, poderá intervir no processo para assisti-la.Trata-se, de intervenção voluntária, ou seja, depende exclusivamente da vontade do assistente em requerer o seu ingresso no processo. A assistência tem lugar em qualquer dos tipos de procedimento e em todos os graus da jurisdição; mas o assistente recebe o processo no estado em que se encontra. Dessa forma, o assistente não suporta os efeitos da coisa julgada.

Page 55: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

INTERVENÇÃO DE TERCEIROS OPOSIÇÃO: (FORMA ESPONTÂNEA).A oposição é a modalidade de intervenção voluntária, facultativa, onde o terceiro vem a juízo postular, no todo ou em parte, o objeto ou direito em litigio, pelo ajuizamento de ação autônoma contra autor e réu do processo originário. O opositor visa excluir as pretensões das partes no processo, seja parcial seja totalmente.De acordo com o art. 56º do CPC, quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e réu, poderá, até ser proferida a sentença, oferecer oposição contra ambos. Vale ressaltar que a oposição só assume características de intervenção de terceiros se oferecida no momento oportuno.

Page 56: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

INTERVENÇÃO DE TERCEIRO

NOMEAÇÃO À AUTORIA: (FORMA PROVOCADA).Aquele que detiver a coisa em nome alheio, sendo-lhe demandada em nome próprio, deverá nomear à autoria o proprietário ou o possuidor, p. ex.: o inquilino que é acionado pela Prefeitura, para demolir parte da edificação. O inquilino, então, deve obrigatoriamente nomear à autoria o proprietário do imóvel.Assim, a nomeação à autoria, não é voluntária ou facultativa. Ela deve ser interposta para trazer ao processo o verdadeiro proprietário, que é a parte legítima no processo. Ocorre , geralmente, em casos onde o réu é mero detentor da coisa ou mandatário de outrem.

Page 57: DIMAS RICARDO LEITÃO PROCESSO CIVIL APOSTILA TERCEIRO SEMESTRE

INTERVENÇÃO DE TERCEIROS

DENUNCIAÇÃO DA LIDE: (FORMA PROVOCADA).

A denunciação da lide é a intervenção de terceiro

forçada, obrigatória, mediante requerimento de uma

das partes da relação jurídica principal, com o fim

de trazer ao processo o seu garante, terceiro contra

o qual tem direito de regresso caso venha a perder a

ação principal.

A denunciação da lide é obrigatória por força do art.

70, do CPC, nos seguintes casos:

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INTERVENÇÃO DE TERCEIROS DENUNCIAÇÃO DA LIDE: (FORMA PROVOCADA).A denunciação da lide é obrigatória por força do art. 70, do CPC, nos seguintes casos:• Ao alienante, na ação em que terceiro reivindica a

coisa, cujo domínio foi transferido à parte, a fim de que esta possa exercer o direito que da evicção lhe resulta;

• Ao proprietário ou ao possuidor indireto quando, por força de obrigação ou direito, em casos como o do usufrutuário, do credor pignoratício, do locatário, o réu, citado em nome próprio, exerça a posse direta da coisa demandada;

• Àquele que estiver obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo do que perder a demanda.

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INTERVENÇÃO DE TERCEIROS CHAMAMENTO AO PROCESSO: (FORMA

PROVOCADA)Nesta espécie de intervenção de terceiros, o réu, e somente ele, traz, ou melhor, chama aos autos os demais coobrigados pela dívida para assim ter garantido o seu direito de regresso em uma possível condenação. É admissível o chamamento ao processo:• - do devedor, na ação em que o fiador for réu;• - dos outros fiadores, quando para a ação for

citado apenas um deles;• - de todos os devedores solidários, quando o

credor exigir de um ou de alguns deles, parcial ou totalmente, a dívida comum.

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NULIDADE

Entre os atos jurídicos e o ordenamento jurídico deve haver uma relação de conformidade. Se a declaração de vontade se harmoniza com a lei, será válida (terá aptidão para produzir os efeitos visados pelo agente). Se entra em atrito como a lei, será inválida (não produzirá o efeito jurídico desejado).

A nulidade é portanto, uma sanção que incide sobre a declaração de vontade, contrária a algum preceito do direito positivo.Essa sanção – privação de validade – admite porém, graus de intensidade. Quando a ilegalidade atinge a tutela de interesses de ordem pública ocorre a nulidade absoluta, que ao juiz cumpre decretar de ofício.Sempre, porém, que a ilegalidade tiver repercussão sobre interesse apenas privado da parte o que ocorre é a anulabilidade ou nulidade relativa.

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IMPEDIMENTOS E SUSPEIÇÃO

O impedimento e a suspeição são formas de exceção

processual (defesa), pelas quais o magistrado será afastado

do julgamento de determinado processo, seja de ofício seja

por meio de exceção processual. Vale observar que as

exceções de impedimento e suspeição também podem ser

levantadas pelo autor.

A forma correta de se arguir o impedimento ou a suspeição é

pelo usa das exceções. Estas deverão ser apresentadas em

petição no prazo de 15 dias, contados da data da juntada da

citação nos autos.

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IMPEDIMENTOS E SUSPEIÇÃO

OS IMPEDIMENTOS:Os impedimentos estão elencados no art. 134º do CPC. De acordo com esse artigo o juiz está impedido de exercer as suas funções no processo contencioso ou voluntário:• - de que foi parte;• - que conheceu em primeiro grau, tendo-lhe

proferido sentença ou decisão;• - quando nele estiver postulando como

advogado da parte.

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IMPEDIMENTOS E SUSPEIÇÃO

A SUSPEIÇÃO: As hipóteses de suspeição encontram-se no art. 135º, do CPC, sendo que o juiz será considerado suspeito nos seguintes casos: • - se for amigo íntimo ou inimigo capital de

qualquer das partes;• - se alguma das partes for credora ou

devedora do juiz;• - se interessado no julgamento da causa em

favor de uma das partes.

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COMPETÊNCIA

A COMPETÊNCIA:A Competência é uma parcela da jurisdição, ou melhor, é a divisão da jurisdição atribuída aos órgãos do poder estatal.

A COMPETÊNCIA INTERNACIONAL OU EXTERNA

A competência internacional pode ser concorrente ou exclusiva. No primeiro caso, como o próprio nome diz, dois países são competentes, concorrentemente, para processar e julgar determinado fato. Já no segundo caso, (EXTERNA) apenas um deles é competente para processar e julgar determinado fato, excluindo-se, desta maneira, o outro.

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COMPETÊNCIA

A COMPETÊNCIA CONCORRENTE:Está prevista no art. 88, do CPC, que determina que é competente a autoridade judiciária brasileira quando:

I. - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil, (reputa-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que aqui tiver agência, filial ou sucursal);

II. - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;

III. - a ação se originar de fato ocorrido ou de fato praticado no Brasil.

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COMPETÊNCIA

COMPETÊNCIA EXCLUSIVA:Prevista no art. 89º, do CPC, determina que competente à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:

I. - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;

II. - proceder a inventário e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja estrangeiro e tenha residido fora do território nacional.

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COMPETÊNCIA

COMPETÊNCIA INTERNA:

São as regras de competência interna que indicarão

quais os órgãos responsáveis (competentes) para a

realização do julgamento de determinado processo

levado a juízo.

A competência interna pode ser fixada em razão da

matéria, do valor da causa, da função e do

território.

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COMPETÊNCIA COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO VALOR DA MATÉRIA:Regem a competência em razão do valor da matéria, as mesmas de organização judiciária, ressalvados os casos expressos no Código do Processo Civil.Quanto ao valor, pode-se citar com exemplo de competência em razão deste critério os Juizados Especiais criados pela Lei 9099/95. É um dos poucos casos de aplicação efetiva deste critério, já que o mesmo vem sendo pouco utilizado atualmente.A competência em razão da matéria (ratione materiae) visa uma melhor atuação e adequação da justiça a cada caso. Surgem, assim, as varas especializadas em direito criminal, civil, direito eleitoral, de família e sucessões etc.

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COMPETÊNCIA

COMPETÊNCIA FUNCIONAL (PELA FUNÇÃO)Regem a competência dos tribunais as normas da Constituição da República e de organização judiciária. A competência funcional dos juízes de primeiro grau é disciplinada pelo Código de Processo Civil.É por meio da competência funcional que se separam as atribuições dos diversos juízes num mesmo processo, qual o juiz competente pela função para atuar naquele processo, p. ex., o Tribunal do Júri é competente para julgar os crimes dolosos contra a vida.

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COMPETÊNCIA

COMPETÊNCIA TERRITORIAL (RATIONE LOCI)Este critério de competência indica onde deverá ser proposta determinada ação, já que os órgãos jurisdicionais exercem jurisdição nos limites das suas circunscrições territoriais.A regra na competência territorial é que as ações devem ser propostas no domicilio do réu. Assim, a ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito real sobre bens móveis serão propostas, em regra, no foro do domicilio do réu. Tendo mais de um domicilio, o réu será demandado no foro de qualquer deles. Sendo incerto ou desconhecido o domicilio do réu, ele será demandado onde for encontrado ou no foro do domicilio do autor.

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COMPETÊNCIA

COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA PESSOA (RATIONE PERSONAE)

Existem pessoas que devido a um interesse público que representam gozam do privilégio de serem submetidas a julgamento por determinados juízes especializados, p. ex.: julgamento de autarquia e fundações públicas, do Presidente da Republica.

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DOS ATOS PROCESSUAIS

DOS ATOS PROCESSUAIS:

Ato processual é todo aquele ato praticado pelas

partes e que tem por fim criar, modificar ou

extinguir a relação jurídica processual. Os atos

processuais são, via de regra, formais, com

requisitos de validade previstos em lei e criados

para assegurar a sua finalidade.

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A FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS

OS ATOS EM GERALOs atos processuais são públicos, podendo ser praticados pela forma escrita ou oral, desde que reduzidos a termo nos atos.Correm, todavia, em segredo de justiça os processos:

I. - em que o exigir o interesse público;II. - que dizem respeito a casamento, filiação,

separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores.

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OS ATOS DO JUIZ

OS ATOS DO JUIZ:Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos. SENTENÇAS: São os atos pelo qual o juiz põe termo ao processo, decidindo ou não o mérito da causa. Em decidindo o mérito da causa, a sentença será denominada de sentença definitiva; mas se extinguir o processo sem julgar o mérito da causa será denominada de sentença terminativa.

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DOS ATOS DO JUIZ

DECISÕES INTERLOCUTÓRIASSão os atos pelos quais o juiz, no curso do processo, resolve questões incidentes. DESPACHOS:São todos os demais atos do juiz praticados no processo, de oficio ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei não estabeleça outra forma. OS ATOS MERAMENTE ORDINATÓRIOS:Como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de oficio pelo servidor e revistos pelo juiz, quando necessário.