universidade de caxias do sul ronaldo dilnei...

223
UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI DAROS A PRODUÇÃO DE CONTEÚDO NO JORNALISMO ESPORTIVO PARA A TELEVISÃO: ESTUDO SOBRE O REDAÇÃO SPORTV Caxias do Sul 2015

Upload: phungdang

Post on 12-Nov-2018

229 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

1

UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

RONALDO DILNEI DAROS

A PRODUÇÃO DE CONTEÚDO NO JORNALISMO ESPORTIVO PARA A TELEVISÃO: ESTUDO SOBRE O REDAÇÃO SPORTV

Caxias do Sul 2015

Page 2: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

2

UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

RONALDO DILNEI DAROS

A PRODUÇÃO DE CONTEÚDO NO JORNALISMO ESPORTIVO PARA A TELEVISÃO: ESTUDO SOBRE O REDAÇÃO SPORTV

Monografia de Conclusão de Curso de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, da Universidade de Caxias do Sul, apresentada como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel, desenvolvida sob a orientação da Professora Orientador(a): Ma. Adriana dos Santos Schleder

Caxias do Sul 2015

Page 3: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

3

RONALDO DILNEI DAROS

A PRODUÇÃO DE CONTEÚDO NO JORNALISMO ESPORTIVO PARA A TELEVISÃO: ESTUDO SOBRE O REDAÇÃO SPORTV

Monografia de Conclusão de Curso de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, da Universidade de Caxias do Sul, apresentada como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel, desenvolvida sob a orientação da Professora Orientador(a): Ma. Adriana dos Santos Schleder Aprovada em ____ de _______ de 2015

Banca Examinadora

_____________________________________________ Prof. Ma. Adriana dos Santos Schleder Universidade de Caxias do Sul - UCS

_____________________________________________ Prof. Me. Jacob Raul Hoffmann Universidade de Caxias do Sul - UCS

_____________________________________________ Prof. Ma. Marliva Vanti Gonçalves Universidade de Caxias do Sul - UCS

Page 4: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

4

Resumo Este estudo tem por objetivo investigar se o programa Redação Sportv, exibido no canal por assinatura SporTV I, da Globosat, é observatório da imprensa esportiva e de seu conteúdo ou se pauta dela para produzir seu programa. O método utilizado foi a Análise de Conteúdo, juntamente com as técnicas de revisão bibliográfica, entrevista e observação. Após o desenvolvimento do processo metodológico, percebe-se que o programa utiliza o formato de debate idealizado no rádio, somado ao recurso da imagem, e reproduz o que a mídia esportiva divulga nos diferentes meios de comunicação do jornalismo diário. Palavras-Chave: Jornalismo Esportivo. Produção de Conteúdo. TV. Redação SporTV.

Page 5: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

5

Abstract

This study has as objective to investigate if the Redação Sportv tv show, displayed in the pay-channel SporTV I, from Globosat, is an observatory from the press and their content or if it picks the press to produce the tv show. The methodology used was the Content Analysis, along with techniques of literature review, interview and observation. After the development of the methodological process, it shows that the program uses the discussion format, idealized in radio, plus the image feature, and reproduces what the sports media publishes in the different media of communication from daily journalism..

Keys words: Sports Journalism. Content Production. TV. Redação SporTV.

Page 6: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

6

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 8

2 HISTÓRIA DO JORNALISMO ESPORTIVO NO BRASIL................................ 10

2.1 O INÍCIO DA COBERTURA ESPORTIVA ...................................................... 10

2.2 O ESPORTE NO RÁDIO BRASILEIRO ......................................................... 11

2.3 O JORNALISMO ESPORTIVO DEPOIS DA CHEGADA DA TV NO BRASIL.16

2.4 JORNALISMO ESPORTIVO NA TV POR ASSINATURA .............................. 23

2.5 MUDANÇAS ESTRUTURAIS E TECNOLÓGICAS ........................................ 25

3 GÊNEROS DE PROGRAMA NA TV ................................................................ 28

3.1 CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS ............................................................ 28

3.2 ESPORTES - INFORMAÇÃO E ENTRETERIMENTO ................................... 31

3.3 HIBRIDISMO .................................................................................................. 34

4 PRODUÇÃO DE CONTEÚDO NA TV .............................................................. 38

4.1 PROCESSOS DE PRODUÇÃO DA NOTÍCIA NA TV .................................... 38

4.2 A PAUTA ........................................................................................................ 40

4.3 A REPORTAGEM .......................................................................................... 41

4.4 O TEXTO ........................................................................................................ 43

4.5 A EDIÇÃO ...................................................................................................... 46

4.6 APRESENTAÇÃO .......................................................................................... 47

4.7 PRODUÇÃO DE CONTEÚDO EM PROGRAMAS ESPORTIVOS ................ 49

4.7.1 Pauta........................................................................................................... 51

4.7.2 Entrevista ................................................................................................... 52

4.7.3 Edição ......................................................................................................... 52

3.7.4 Ancoragem ................................................................................................. 53

5 METODOLOGIA ............................................................................................... 55

5.1 MÉTODO ANÁLISE DE CONTEÚDO ............................................................ 55

5.2 TÉCNICAS ..................................................................................................... 58

5.2.1 Revisão Bibliográfica ................................................................................ 58

Page 7: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

7

5.2.2 Observação ................................................................................................ 60

5.2.2.1 Corpus da pesquisa ............................................................................... 62

5.2.2.2 Diário de campo...................................................................................... 63

5.2.2.3 Decupagem ............................................................................................. 65

5.2.3 Entrevista ................................................................................................... 66

5.2.3.1 Realização das entrevistas .................................................................... 69

6 ANÁLISE DE CONTEÚDO ............................................................................... 81

6.1 FORMATO ..................................................................................................... 81

6.2 PAUTA ........................................................................................................... 85

6.3 PRODUÇÃO DE CONTEÚDO ....................................................................... 89

6.4 ANCORAGEM ................................................................................................ 93

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 98

8 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 101

ANEXO A – DECUPAGEM DOS PROGRAMAS ............................................... 106

ANEXO B - GRAVAÇÃO DOS PROGRAMAS ................................................... 222

ANEXO C – PROJETO DE PESQUISA ............................................................. 223

Page 8: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

8

1 INTRODUÇÃO

O futebol é considerado uma paixão para grande parte dos brasileiros.

Dificilmente encontra-se alguém que não tenha um time de sua preferência. No ano

de 2014, o Brasil recebeu a Copa do Mundo FIFA. Esse fenômeno colocou em

evidência o futebol brasileiro no cenário mundial. Milhares de pessoas vieram de

diferentes partes do mundo para o país. Mas não somente de Copa do Mundo

sobrevive o futebol, os campeonatos nacionais movimentam torcedores e a

economia. No Rio Grande do Sul, os dois principais times possuem cerca de

duzentos mil sócios, pagantes de mensalidades. A televisão com sinal aberto

transmite semanalmente eventos esportivos; as por assinatura possuem canais

exclusivos com programação 24 horas, voltadas ao esporte, além de pacotes

exclusivos com transmissões de jogos.

Para a maioria dos torcedores que assiste eventos esportivos e, por

consequência, a cobertura jornalística esportiva, o acompanhamento não termina no

tempo de duração do espetáculo. O pré-jogo e o pós-jogo fazem parte da cultura do

público. É neste momento que entra a cobertura esportiva e o papel dos jornalistas,

tanto no rádio, quanto na televisão e nos jornais, impressos ou online.

O Redação Sportv é um desses programas que fazem a cobertura esportiva.

Exibido de segunda a sexta-feira, das dez horas da manhã ao meio dia, no canal por

assinatura Sportv, e eventualmente reprisado nos canais Sportv 2 e Sportv 3,

pertence à Rede Globosat, que é o grupo de canais por assinatura da Rede Globo.

O programa é apresentado pelo jornalista André Rizek, e conta com a participação

de convidados que debatem sobre os mais diversos assuntos, mas o tema central é

o futebol e a cobertura esportiva. E tem por característica utilizar jornais para

introduzir suas matérias.

O programa Redação Sportv está há 13 anos na grade de programação da

Sportv, transmitindo debate e informação a partir da mídia. Analisar esse processo é

importante para o pesquisador no que diz respeito ao jornalismo esportivo, pois

ainda é visto por muitos como entretenimento. Além disso, colabora para a

compreensão do formato e suas as características.

Neste sentido surgiu a questão norteadora desta pesquisa: o programa

Redação Sportv é observatório da imprensa esportiva e de seu conteúdo ou se

pauta dela para produzir seu programa? Como objetivo geral segue na mesma linha,

Page 9: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

9

com a proposta de investigar se o programa Redação Sportv é um observatório da

imprensa esportiva e de seu conteúdo ou se pauta dela para produzir seu programa.

Os objetivos específicos são: definir o conteúdo do programa Redação Sportv;

analisar o conteúdo do programa Redação Sportv; Caracterizar como se dá a

produção de conteúdo nos programas esportivos na televisão; Caracterizar a

produção de conteúdo nos programas esportivos no rádio; e Oesquisar a história do

jornalismo esportivo no rádio e na televisão.

Para o desenvolvimento da pesquisa foram levantadas as seguintes

hipóteses: o Redação Sportv é pautado por outras mídias e não produz conteúdo

próprio; O Redação Sportv, por fazer parte dos canais por assinatura Globosat, tem

acesso aos conteúdos produzidos pela rede; O programa não tem uma equipe

suficiente para cobrir todas as notícias do jornalismo esportivo; o programa adota o

modelo de debate esportivo do rádio, mas com imagem.

O estudo resultou em sete capítulos que serão descritos a seguir. O capítulo

2, História do Jornalismo Esportivo, descreve o início do Jornalismo Esportivo no

Brasil, as dificuldades enfrentadas, as mudanças que ocorreram nos veículos de

comunicação e, por consequência, nas transmissões até o alcance do modelo atual.

O capítulo 3, Gêneros dos programas de TV, conceitua categorias, gêneros e

formatos voltados à base desta pesquisa, que são os diferentes formatos que

constituem o Jornalismo Esportivo na televisão.

O capítulo 4, Produção de conteúdo para TV, aborda o papel da pauta e o

processo de produção em programas esportivos. Já o quinto capítulo, Metodologia,

apresenta os procedimentos metodológicos que foram necessários para fazer a

análise desta pesquisa. O trabalho utilizará o método Análise de Conteúdo, as

técnicas serão a revisão bibliográfica, a entrevista e a observação.

No Capítulo 6 será feita a Análise de Conteúdo, constituída por meio da revisão

bibliográfica, entrevistas e observação dos programas pelo pesquisador. O sétimo e

último capítulo é dedicado às Considerações Finais.

Page 10: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

10

2 HISTÓRIA DO JORNALISMO ESPORTIVO NO BRASIL

Para entender o modelo de Jornalismo Esportivo que temos nos dias de hoje,

este capítulo fará um resgate histórico dos principais fatos da cobertura esportiva no

Brasil, no seu início com a abordagem tímida no jornal impresso, com a

consolidação do rádio como veículo de massa, e sua chegada à televisão.

O capítulo também evidencia as transformações das formas de linguagem

utilizadas nas transmissões das partidas de futebol e na divulgação das notícias

esportivas.

2.1 O INÍCIO DA COBERTURA ESPORTIVA

A história do Jornalismo Esportivo relaciona-se com a história do Jornalismo e

dos veículos de comunicação. A evolução da notícia e a evolução dos esportes

andaram lado a lado ao passar dos anos. No livro Jornalismo Esportivo, de Paulo

Vinícius Coelho (2003), o autor destaca que o inicio do Jornalismo Esportivo no

Brasil foi em 1910, em São Paulo, no Jornal Fanfulla. Neste jornal havia duas

páginas dedicadas ao assunto. Não era voltado para as elites, não era formador de

opinião, mas chegava cada vez mais a um público numeroso em São Paulo.

A Fanfulla, segundo Coelho (2003), ainda é uma fonte de pesquisa para

consulta de arquivos sobre o início do esporte e Jornalismo Esportivo no Brasil. O

termo Jornalismo Esportivo não era denominado para referir-se a este gênero, mas

sem esses relatos dificilmente seria descoberto o início da história do esporte.

Em 1931, segundo o autor, no Rio de Janeiro, nasceu o primeiro jornal

totalmente dedicado aos esportes: o Jornal dos Sports. A Gazeta foi criada em 1928,

mas só se tornou um caderno esportivo em 1947. “No início do século XX, o Rio de

Janeiro pulsava e impulsava o Brasil. E no Rio os jornais dedicavam também cada

dia mais espaço ao futebol” (COELHO, 2003, p. 9).

O futebol era um esporte de elite, segundo Coelho (2003), um dos motivos da

popularização do futebol, era a inclusão dos negros no esporte, liderada pela

primeira vez no time do Vasco da Gamma.

Page 11: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

11

Durante todo século passado, dirigir uma redação esportiva queria dizer tourear a realidade. Lutar contra o preconceito de que só os de menor poder aquisitivo poderiam tornar-se leitores desse tipo de diário. O preconceito não era infundado, o que tornava a luta ainda mais inglória. De fato, menor poder aquisitivo significava também menor poder cultural e consequentemente, ler não constava de nenhuma lista de prioridades. E se o futebol – como os demais esportes – dela fizesse parte, seria necessário ao apaixonado ir ao estádio, isto é, ter menos dinheiro para comprar boas publicações sobre o assunto (COELHO, 2003, p. 9)

O autor afirma que por esse motivo revista e jornais sobre o esporte foram

surgindo e desaparecendo. Ainda no Rio de Janeiro, a Revista do Esporte viveu

seus melhores dias entre os anos de 1950 e 1960, com a conquista dos títulos

mundiais do Brasil no futebol e o surgimento de Pelé. Mas foi só no fim da década

de 1960, segundo Coelho (2003), que os jornais dedicaram suas páginas para as

notícias esportivas. Nesse período surgia em São Paulo o Caderno de Esportes que

originou o Jornal da Tarde, um dos mais importantes veículos do jornalismo

brasileiro.

2.2 O ESPORTE NO RÁDIO BRASILEIRO

No início da década de 1930, o futebol e o rádio tinham uma semelhança, os

dois queriam se profissionalizar e tirar o elitismo que marcou sua chegada ao Brasil.

As notícias esportivas no rádio eram justamente repetindo as notas dadas

pelos jornais. Segundo Edileuza Soares (1995), no livro A Bola no Ar, somente

depois do ano de 1931, que o rádio marcou a criação de um novo formato, com a

primeira transmissão de uma partida ao vivo, feita em São Paulo, com a transmissão

da A Rádio Sociedade Educadora Paulista. A locução da partida feita pelo Nicolau

Tuma1, no campo da Chácara da Floresta, no bairro Ponte Grande, em São Paulo.

O jogo reuniu as seleções de São Paulo e do Paraná. A partir desse dia foi criada

uma maneira de transmitir partidas e uma interseção entre o futebol e o

radiojornalismo.

É possível encontrar na literatura da história do rádio registros de 1925 como

a primeira transmissão de jogos de futebol no país. Mas, segundo Soares (1995),

eram apenas telegramas lidos e não transmissão de jogos na íntegra. Embora a

1 Nicolau Tuma, locutor da Rádio Educadora Paulista. Sua voz, dicção e capacidade de improvisação

foram sempre elogiadas, ficou conhecido como “O locutor Metralhadora.” http://www.museudatv.com.br/biografias/Nicolau%20Tuma.htm, acessada em 15 de set. de 2015.

Page 12: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

12

Rádio Educadora Paulista tenha sido a pioneira nas transmissões de um jogo direto,

a Rádio Record foi a que mais se destacou no começo das transmissões de jogos

em São Paulo. A emissora decidiu noticiar esportes, depois que passou a ser

comandada por Paulo Machado de Carvalho2, o Marechal da Vitória, que dirigiu a

Seleção Brasileira vencedora da Copa do Mundo de 1952 e 1962.

No começo das transmissões, segundo Soares (1995), os narradores

esportivos passavam por dificuldades, devido a falta de recursos técnicos, suas

irradiações raramente saiam perfeitas. Não existia transmissão de micro-ondas e as

linhas telefônicas eram precárias. Às vezes, o locutor subia em postes para pegar

uma linha telefônica, que poderia ser em determinados momentos, clandestina. A

persistência em transmitir jogos provocou uma melhoria nos equipamentos e ajudou

no desenvolvimento do jornalismo radiofônico do Brasil. A prova disso foi a

transmissão de Gagliano Neto3, em cinco de outubro de 1938, direto da França para

o Brasil, o jogo entre Brasil e Polônia, pela Copa do Mundo daquele ano. Gagliano

narrou todos os jogos do Brasil na competição para a cadeia de transmissão de

Byington, que era formada no Rio de Janeiro pelas rádios Clube do Brasil e

Cruzeiro, em São Paulo pelas rádios Cosmos e Cruzeiro do Sul. Tinha associação

com o Jornal do Sports e O Globo, com patrocínio exclusivo do Cassino da Urca. “A

irradiação chegou com alguns chiados, mas foi possível entender bem o som que

ligava Brasil e França” (SOARES, 1995, p. 33). A ação foi celebrada como um

grande passo para a radiodifusão brasileira.

Quando o rádio passou a fazer corriqueiramente as transmissões ao vivo dos

esportes, o público nos locais dos eventos diminuiu. Segundo Soares (1995), foi

porque as pessoas preferiam escutar de suas casas ao invés de pegar chuva, frio,

sol e vários outros fatores que favoreciam o conforto do lar.

2 Inaugurou a TV Record. Constituiu um grupo de empresas que incluía TV Record e as emissoras de

rádio Excelsior, São Paulo e Panamericana, atualmente pertence às Organizações Globo. http://acervo.estadao.com.br/noticias/personalidades,paulo-machado-de-carvalho,670,0.htm, acessada em 15 de set. de 2015. 3 Leonardo Gagliano Neto fundou a Rádio Continental, a primeira emissora brasileira a fazer do

esporte sua atração principal. http://www.museudatv.com.br/biografias/Gagliano%20Neto.htm acessada em 15 de set. de 2015.

Page 13: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

13

Desde 1993, diretores de clubes mostravam seu desagrado pelas transmissões diretas. Naquele ano, segundo Edith Gabus Mendes, a Rádio Record recebeu uma carta da APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos), entidade que representava os clubes do futebol de São Paulo, informando que as narrações dos jogos pelo rádio estavam prejudicando as arrecadações (SOARES,1995, p.39).

Esta carta era um prenúncio da futura proibição que passou a vigorar em

1934. Todas as rádios foram proibidas de transmitir qualquer partida esportiva,

exceto a Rádio Cruzeiro do Sul. Segundo Soares (1995), a Rádio Cruzeiro do Sul,

era de um grupo de grande poder aquisitivo, as Organizações Byington. O grupo

possuía duas estações de rádio em São Paulo e duas no Rio de Janeiro, além da

Byington & Cia, precursora da indústria eletrônica nacional.

Soares (1995) conta que a Radio Cruzeiro do Sul tentou até monopolizar a

radiodifusão da cidade, oferecendo salários muito maiores que os radialistas das

outras emissoras ganhavam. A autora afirma que a concorrência contra a Rádio

Cruzeiro do Sul, aumentou no ano de 1934, quando entraram no ar as rádios São

Paulo, Cosmos que pertencia ao grupo Byington, Cultura, Difusora e Excelsior. Em

1937 entraram no ar Rádio Tupi e a Rádio Bandeirantes.

O mercado de trabalho para locutores e comentaristas foi ampliado, existiam

mais profissionais para enfrentar o monopólio das organizações Byington. Ao ponto

das emissoras que não tinham o direito de transmissão, alugar uma casa, e fazer a

transmissão de cima dela.

Como essa situação se repetia na Record e na Tupi, as emissoras decidiram irradiar a partida em rede. As empresas alugaram uma casa na Rua Turiassu. Retiradas as telhas, dava para, de cima do teto da casa, ver o campo. Ficou combinado que Geraldo José de Almeida (da Rádio São Paulo) narraria o jogo e três outros locutores (Murillo Antunes Alves, dá Rádio São Paulo; Renato Macedo, da Record. Ribeiro Filho, da Tupi) leriam os anúncios, iluminados por uma lanterna, já que o jogo seria à noite (SOARES, 1995, p 40).

Renato Macedo e Ribeiro Filho ficaram irritados, segundo Soares (1995), pela

falta de condição de trabalho e desistiram. Deixando a transmissão somente para

Geraldo José de Almeida e Murilo Antunes Alves, que levaram a jornada até o fim.

Afirma Soares (1995), que no ano de 1940 o monopólio das Organizações

Byington sofreu um abalo com a inauguração do Estádio Municipal do Pacaembu,

primeiro estádio que tinha cabines de imprensa aberta a todas as rádios. Como um

símbolo da resistência ao monopólio, cada locutor de uma rádio fez a narração de

Page 14: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

14

uma parte do jogo; que começou com Nicolau Tuma, da Rádio Cultura; depois Blota

Júnior, da Rádio Cruzeiro do Sul: Oduvaldo Cozzi pela Cosmos; Rebello Júnior, da

Difusora e Aurélio Campos, da Tupi.

No Parque Antártica e no Parque São Jorge, a Cruzeiro do Sul e a Cosmos

continuavam com suas cabines privativas e não permitiam a entrada de locutores de

outras emissoras. Ocorre que os principais jogos passaram a ser disputados no

Estádio Municipal do Pacaembu.

Soares (1995) explica que existem diversas fontes e informações que

divergem sobre a data do fim do monopólio das Organizações Byington. “Em, 1970,

a Byington foi absorvida pela multinacional Motorola, onde não se conseguiu obter

esclarecimentos sobre o período do monopólio das transmissões esportivas de

rádio” (SOARES, 1995, p.44).

A autora explica que Blota Júnior considera o fim da exclusividade ao fato de

Paulo Machado de Carvalho ter instalado uma torre no lado de fora do Parque

Antártica, e a contratação de um dos principais locutores do grupo, Geraldo José de

Almeida, para Rádio Record. Essas medidas enfraqueceram a ideia de

exclusividade.

Blota Júnior, locutor da Rádio Cruzeiro do Sul de 1940 a 1943 (portanto, um dos privilegiados que podiam fazer sem problemas narrações nas cabines do Parque São Jorge e do Parque Antártica), sustenta que os direitos para transmissão de esportes da Byington ainda continuaram depois da inauguração do estádio do Pacaembu (em 1940), mas por pouco tempo (SOARES, 1995, p.44).

A autora lembra que a Rádio Cruzeiro do Sul, fazia a cobertura de todos os

esportes, na ocasião chamada de Estação do Esporte, por jornais da época. Em

1942, era fundada pelo teatrólogo Oduvaldo Viana a Rádio Panamericana, mas só

iniciou suas transmissões em 1944. A rádio nasceu com a intenção de ser uma

emissora de novelas. O projeto não teve sucesso e, em 1946, foi vendida para Paulo

Machado de Carvalho.

A Panamericana foi a primeira emissora brasileira a se especializar com perfeição na transmissão esportiva. Sua especialização é anterior à tentativa no mesmo sentido feita pela Rádio Continental do Rio de Janeiro, em 1950, então dirigida pelo locutor esportivo Gagliano Neto (SOARES, 1995, p.44).

Page 15: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

15

A autora relata que a emissora foi incluída na rede de Emissoras Unidas do

grupo Machado de Carvalho, formada pelas rádios Record, Bandeirantes, São Paulo

e Excelsior. A proposta era especializar a Rádio São Paulo em novelas e a

Paranericana em a Emissora do Esportes.

No artigo Da emoção à discrição, o autor Carlos Guilherme Lima (2011),

constata que as narrações esportivas ganharam mais espaço a partir do ano de

1945. Segundo o autor, a Rádio Panamericana modificou a maneira de transmitir,

criando duas novas funções: o comentarista e o repórter. Até o momento cabia só ao

narrador contar o que acontecia durante os 90 minutos de partida.

No artigo A derrota do Brasil para o Uruguai no jogo final da Copa do Mundo

de 1950 pelas páginas do jornalismo de revista brasileiro, os autores Júlio César

Penariol e José Carlos Marques (2015) lembram que em 1950 o Brasil ficou

responsável pela organização de um evento esportivo de representação mundial, a

Copa do Mundo FIFA4. Na época, o Brasil vinha de um abalo do fim do Estado Novo

e do governo de Getúlio Vargas, período de renovação política e econômica no país.

Segundo os autores, o evento era tratado como uma oportunidade do Brasil mostrar

para o mundo que era uma nação civilizada, moderna e em forte desenvolvimento. A

autora do artigo O rádio e as Copas do Mundo, Patrícia Rangel (2012), assegura

que já no ano de 1950 o rádio era o principal veículo de comunicação de massa no

Brasil. A Copa do Mundo de 1950, serviu para a consolidação dos programas

esportivos no rádio. Até aquele momento, as emissoras que não cobriam esportes

passaram a abrir espaços para este gênero, e as que faziam cobertura passaram a

qualificar seus programas e transmissões. Segundo a autora, a Rádio Nacional,

mais conhecida e escutada no país, concentrou uma atenção especial à competição.

Lima (2011) afirma que no ano de 1958 a Rádio Bandeirantes entrou nesse

mercado. No ano de 1960, o autor destaca que as rádios cariocas começaram a

copiar o formato de transmissão dos paulistas.

O maior trunfo da Panamericana contra os concorrentes, segundo Soares

(1995), foi a criação do primeiro Plantão Esportivo ”[...] de que se tem conhecimento

no Brasil, idealizado como uma atração a mais para seus ouvintes [...]” (SOARES,

1995, p.49). Narciso Vernizzi comandava uma equipe de repórteres que

4 A Federação Internacional de Futebol é uma associação de direito suíço criada em 1904 e com

sede em Zurique. Possui 209 associações. http://www.fifa.com/about-fifa/who-we-are/index.html, acessada em 16 de set. de 2015.

Page 16: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

16

acompanhava e transmitia durante a partida as informações de outros jogos.

Repórteres de outras cidades que passavam as informações por telefone. “A criação

do Plantão Esportivo modernizou a maneira de coletar resultados dos jogos. Antes

da iniciativa da Panamericana esse trabalho era feito de maneira muito precária”

(SOARES, 1995, p.44).

No ano de 1960, as rádios do Rio de Janeiro, destaca Lima (2011),

começaram a ganhar força e copiar o formato de transmissão paulista. As rádios

cariocas tinham profissionais como João Saldanha, Mario Viana, Valdir Amaral,

Fernando Solera, Silvio Santos, entre outros, que qualificaram as transmissões,

colocando vinhetas e inserções sonoras que permanecem no modelo radiofônico de

cobertura esportiva.

Em sua obra Rádio, o autor Luiz Artur Ferrareto (2000) afirma que as

coberturas da Copa do Mundo de 1958 e 1962, impulsionaram a difusão do

jornalismo pelo rádio, pois a cobertura era recheada de opiniões, crônicas e relatos

diários de setoristas nos principais times.

A Rádio Bandeirantes, segundo Soares (1995), começou seus preparativos

para a Copa de 1958 com antecedência. Depois de contratar Pedro Luís e Mário

Moraes, criou uma rede de rádio chamada Cadeia Verde Amarela. Idealizado pelo

locutor esportivo e diretor artístico da emissora, Edson Leite, tinha a intenção de

promover a Bandeirantes com a Copa do Mundo. A emissora transmitia sua

cobertura para diferentes rádios de todo Brasil, que retransmitiam seu sinal.

2.3 O JORNALISMO ESPORTIVO DEPOIS DA CHEGADA DA TV NO BRASIL

Pouco tempo depois da sua inauguração em 1950, a TV Tupi já transmitia

jogos de futebol realizados em São Paulo e cidades próximas. Na obra O

Almanaque da TV, os autores Ricardo Xavier e Rogério Sacchi (2000),afirmam que

em 10 de outubro de 1950, foi feita a primeira transmissão de um evento esportivo

pela televisão. A TV Tupi transmitiu a partida de futebol disputada entre São Paulo e

Palmeiras no Pacaembu.

Os autores identificam que em 1952 a TV Paulista, posteriormente

denominada TV Globo, passou a concorrer nas transmissões dos jogos. Xavier e

Sacchi (2000) afirmam que a TV Paulista enviava seus poucos equipamentos para

Page 17: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

17

fazer a transmissão das partidas. Quando a partida acabava, a emissora ficava um

tempo fora do ar até que os equipamentos pudessem retornar aos estúdios.

A crítica, segundo os autores, não gostou dos exageros das locuções nas

primeiras partidas transmitidas. Os narradores usavam a forma das locuções do

rádio para detalhar a partida. Mas como a televisão mostrava boa parte dos

detalhes, alguns comentários e observações eram desnecessários. Atentos a essa

mudança, os narradores optaram por somente identificar os jogadores, deixando o

público analisar a partida.

Raul Tabajara, da TV Record ganhou o troféu Roquette Pinto em 1955 por ter encontrado um meio-termo entre os dois estilos. Já em 1955, o compositor Ary Barroso, que também era locutor esportivo, adotou uma forma de narração de partidas de futebol na TV Tupi carioca: apenas comentava com naturalidade os lances, como se fosse um amigo sentado no sofá ao lado do torcedor, em casa (XAVIER E SACCHI, 2000, p. 175).

Em 1956, segundo o artigo Futebol na TV do autor Igor José Siquieri

Savenhago (2011), a TV Rio e a Record entraram em cadeia para mostrar ao vivo

um amistoso no Rio de Janeiro da Seleção Brasileira no Maracanã. Neste ano, as

transmissões de futebol, para o autor, impulsionavam a venda de novos aparelhos

televisores. Mas a estrutura das empresas de televisão para transmitir jogos ainda

era precária e muitas pessoas não possuíam televisão em suas casas. O rádio

naquele momento era o principal veículo para acompanhar as partidas de futebol.

No ano de 1959 foi criado o recurso de vídeo chamado de Tira-Teima. Xavier

e Rogério Sacchi (2000) explicam que era a exibição dos lances mais discutidos e

polêmicos da partida por várias vezes. Este é o mesmo modelo que prendeu a

atenção do público por muitos anos.

Conta Soares (1995), que, na Copa do Mundo de 1962, a Rádio Bandeirantes

criou um mecanismo diferente para que seus ouvintes pudessem visualizar as

jogadas. No meio da Praça da Sé em São Paulo, foi instalado um painel de

lâmpadas que simulavam um campo de futebol, cercado de alto-falantes. Um

operador acendia e apagava as lâmpadas conforme a bola se movia no campo do

jogo. Tudo isso acompanhado da narração dos locutores da rádio idealizadora. A

inovação atraiu milhares de pessoas.

Em 1963, Xavier e Rogério Sacchi (2000) afirmam que os juízes de futebol

tentaram delimitar as transmissões de futebol pela televisão. “Não deu em nada: o

Page 18: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

18

público continuou exigindo, no mínimo, o videoteipe dos jogos e criticando qualquer

mancada dos árbitros” (XAVIER E SACCHI, 2000, p.178).

No ano de 1965, segundo o portal Memória Roberto Marinho5, a Rede Globo

transmitiu sua primeira partida de futebol, foi um jogo do Brasil contra a União

Soviética, no Maracanã.

A primeira mesa redonda, segundo Xavier e Sacchi (2000), foi criada pela TV

Rio em 1963, com o nome de Grande Revista Esportiva. A mesa era formada por

Armando Nogueira, que se tornaria diretor da Central Globo de Jornalismo, Nelson

Rodrigues, João Saldanha, José Maria Scassa, Hans Henningsen o Marinheiro

Sueco, Vitorino Vieira, ex-jogador Ademir e o âncora Luiz Mendes. No final do ano

de 1963 o nome mudou de Grande Revista Esportiva para Grande Resenha Facit,

devido ao patrocínio que teve da empresa Facit, fabricante de máquinas de

escrever. Em 1966, a mesa redonda transferiu-se para Rede Globo onde ficou até o

ano de 1969.

Chico Anysio, lembram Xavier e Sacchi (2000), além de ser comediante

sempre foi apaixonado por futebol. Em 1948 foi reprovado nas peneiras do Botafogo

e São Cristóvão. “Chico acabou se empregando profissionalmente como repórter de

campo, participando da equipe do locutor Raul Longras na Rádio Guanabara, em

1948” (XAVIER E SACCHI, 2000, p. 176). Em 1965, Chico Anysio trabalhava como

comentarista esportivo da TV Excelsior, e a cobertura era em parceria com o

narrador Geraldo José.

Em 1968, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, também assinou com a TV

Excelsior. Segundo, Xavier e Sacchi (2000) no mês de novembro daquele ano, o

atleta passou a ser ator da emissora. O pagamento de Pelé, girava em torno de 22

mil cruzeiros novos, o jogador que pertencia ao Santos precisava trabalhar somente

quatro dias por mês. Sua participação ficou restrita as novelas e alguns programas

da emissora. O contrato tinha validade até o ano de 1970, mesmo ano que o Brasil

foi Campeão Mundial, com o Rei do Futebol.

Coelho (2003) afirma que no ano de 1970 as principais rádios do país

dedicavam seus domingos ao esporte.

5 http://www.robertomarinho.com.br/obra/tv-globo/decada-de-1960/esporte.htm, em acessada em 15

de set. de 2015

Page 19: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

19

Em São Paulo, por exemplo, o que não faltava era opção. Sem contar as tradicionais Globo, Jovem Pan, Tupi, Record e Bandeirantes, havia ainda emissoras como a Difusora e Capital. A Excelsior, afiliada Globo, transmitia todos os domingos o segundo jogo mais importante (COELHO, 2003, P 28)

No ano de 1970, segundo Coelho (2003), o fenômeno do rádio esportivo foi

Osmar Santos. Seu sucesso seguiu por toda década, até que em 1997 trocou a

Globo pela Jovem Pan, em uma negociação milionária. Na ocasião passou a ser o

locutor mais bem pago do país, e o repórter de campo que o acompanhava nas

transmissões era Fausto Silva, que em 1989 chegou a TV Globo. No artigo Da

emoção à interação, o autor Giordano Bruno Medeiros e Oliveira (2015), afirma que

no ano de 1970 a Embratel transmitiu em cores os jogos da Seleção Brasileira na

Copa do Mundo do México, mas essa transmissão não era aberta, somente exibida

para alguns convidados.

Já no artigo De Léo Batista a Tadeu Schmidt, o autor Alexandre Alves da

Silva (2010) conta que foi a partir dos anos 1970, com a conquista do tricampeonato

pela Seleção Brasileira na Copa do Mundo sendo transmitido para uma grande

parcela do país, que o jornalismo esportivo ganhou maior destaque definitivamente

na televisão.

Em 1971 chegava ao Brasil, primeiramente na TV Tupi, o slow-motion,

conhecido como câmera lenta, que permitiu analisar mais detalhadamente a partida.

Na obra Esportes no Rádio, os autores Alexandre Dias e Bibiana Nunes (2009)

lembram que neste mesmo ano, no Rio Grande do Sul, a Rádio Gaúcha iniciou uma

tentativa de sair da obviedade do rádio, com um programa diferente até mesmo para

televisão. O programa era o Sala de Redação, que tinha por características a leitura

de notícias do Jornal Zero Hora, direto da sua redação, e os debates entre os

participantes sobre estas notícias. Os integrantes do programa eram Ruy Carlos

Ostermann como mediador, Lauro Quadros, Paulo Sant’Ana, Adroaldo Guerra Filho,

entre outros. Afirmam Alexandre Dias e Bibiana Nunes (2009) que, posteriormente a

isso, a Rádio Gaúcha transformou-se em uma rádio exclusivamente jornalística.

No ano de 1972,em Caxias do Sul, segundo Xavier e Sacchi (2000), foi feita a

primeira transmissão em cores na América do Sul. A partida foi entre a Associação

Caxias e o Grêmio de Futebol Portoalegrense, no estádio Baixada Rubra. Quem

narrou a partida foi Luiz Mendes pela TV Rio.

Page 20: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

20

Ganhar na Loteria Esportiva era um sonho para os brasileiros da época.

Xavier e Sacchi (2000) apontam que a Zebrinha da Loteca havia feito participações

nas edições de segunda-feira do Jornal Hoje, na TV Globo . E no ano de 1972 ela

transferiu-se para o Jornal Nacional, ano em que o telejornal tinha edições no

domingo.

Desenhado por Borjalo, o simpático quadrúpede funcionava com o mais simples dos truques - um cartão por trás movimentando a boca e as pálpebras. O locutor do telejornal anunciava o resultado de 13 jogos de futebol do fim de semana, e a zebrinha indicava a coluna válida: “coluna 1”, “coluna do meio”, (empate) ou “coluna 2” (XAVIER E SACCHI, 2000, p. 176).

Depois de cancelada a edição de domingo do Jornal Nacional, em 1973 a

zebrinha foi para o Fantástico. O sucesso do personagem foi tão grande que a

personagem recebeu o título de cidadã carioca. Em 1986, a zebra saiu de cena,

voltando em outra versão no programa Super Técnico e Sorte Grande na TV

Bandeirantes.

Em 1974, nascia na Rádio Jovem Pan de São Paulo o programa Plantão de

Domingo passou a ser comandado por Milton Neves. O programa abria as jornadas

esportivas nas manhãs de domingo e também prestava serviços à comunidade. O

apresentador fazia entrevistas com personagens do jogo, contava histórias das

equipes e jogadores do passado. Por meio do programa Milton Neves tornou-se uma

celebridade no rádio paulista.

O modelo criado pela Pan e por Milton Neves contagiou todas as rádios do país. As do Rio, que já haviam adotado no passado, continuaram a usá-lo. As emissoras paulistas tentaram imitá-lo, cada uma de seu modo. O paulista de Ribeirão Preto Márcio Bernardes criou o seu programa na rádio Globo. Durou pouco mais de dois anos como apresentador. A Globo ainda mantém seus programas de entrevistas, mas nunca conseguiu emplacar um âncora que persistisse na função por muito tempo. Tentou também Juarez Soares, que exerceu por pouco mais de um ano (COELHO, 2003, p. 33).

Soares (1995) conta que no de 1980 a Rádio Excelsior criou um novo formato

de programa de Jornalismo Esportivo no rádio, com o programa Balancê, idealizado

por Osmar Santos. O programa tinha música, humor, entrevistas debates e notícias.

A apresentação era ao vivo e com auditório, contava com a coordenação do

jornalista Fausto Silva. “Foi no Balancê que o jornalista esportivo Fausto Silva, o

“Faustão”, se revelou como animador de auditório” (SOARES, 1995, p. 85). O

Page 21: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

21

programa ficou oito anos no Sistema Globo Rádio Excelsior, e no começo de 1988 a

ser apresentado na Rádio Gazeta.

No artigo Da emoção à interação, o autor Giordano Bruno Medeiros Oliveira

(2015) afirma que do início das transmissões da televisão brasileira até o ano de

1980, problemas técnicos era frequentes, como distância de câmeras do jogo, falha

nos equipamentos, atraso nas transmissões e narrações que ainda copiavam o

modelo radiofônico. A partir da década de 1980, com o aperfeiçoamento das

transmissões televisivas, com transmissões em cores e um novo modelo de

narrações com Luciano do Valle, Silvio Luiz e Galvão Bueno que o Brasil inteiro

passou a acompanhar definitivamente as partidas esportivas pela televisão.

No artigo As mudanças no formato de linguagem do Globo Esporte Nacional,

o autor Fidel Lucas de Carvalho Nunes (2011), identifica que no ano de 1978, foi

criado o principal programa de Jornalismo Esportivo do país, o Globo Esporte,

apresentado por Léo Batista, usando terno e gravata, em uma bancada com pouca

transição de câmeras.

Coelho (2003) afirma que nos anos 1980 as tvs Bandeirantes e Record

disputavam a audiência do público que acompanhava o esporte. Nesse período, a

TV Bandeirantes se intitulou O Canal do Esporte. Entre os anos de 1986 e 1993

transmitiu exclusivamente a maioria dos jogos do Campeonato Brasileiro.

A Rede Globo, lembra Coelho (2003), mesmo sem transmitir esses jogos,

mostrava os lances das partidas no seu jornal esportivo, Globo Esporte. Em 1982,

Xavier e Sacchi (2000) lembram que o Globo Esporte da TV Globo, colocou um

microfone escondido no uniforme do juiz da partida. A matéria falava da tensão,

palavrões e bate-bocas que aconteciam durante o jogo de futebol. Jose Roberto

Wright apitava o jogo entre Vasco e Flamengo pela final da Taça Guanabara no Rio

de Janeiro. Foi suspenso por 40 dias por este fato.

Em 1986, o Tira-Teima estava remodelado na TV Globo. “Os lances

polêmicos e duvidosos das partidas eram processados no computador para uma

análise precisa e milimétrica” (XAVIER E SACCHI, 2000, P. 178).

Soares (1995) destaca que a Rádio Bandeirantes, em 1991, fez uma tentativa

de criar um programa que misturava humor e jornalismo esportivo, o programa não

fez sucesso e saiu do ar.

Aponta Oliveira (2015), que as transmissões esportivas não teriam evoluído

de maneira significativa neste período, se não fosse o fato de a TV Cultura transmitir

Page 22: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

22

um campeonato estrangeiro no Brasil. Em 1991, o Campeonato Alemão foi

transmitido ao vivo e em cores para todo país. Impressionava pelos recursos e pelas

tecnologias usadas na sua difusão, o que fazia da partida um espetáculo para quem

assistia. Posterior a este fato, Oliveira (2015) lembra que a TV Bandeirantes passou

a investir significativamente em suas transmissões esportivas. Oliveira (2015) cita o

autor Carlos Fernando Schinner para afirmar que a grande mudança da evolução

das transmissões esportivas, foi quando a Rede Globo percebe o futebol como um

evento lucrativo.

No ano de 1995, com a aquisição dos direitos de transmissão do Campeonato

Brasileiro pela Rede Globo, Coelho (2003) afirma que ocorreram mudanças na

maneira de abordagem dos jornalistas. O autor lembra que na época que os direitos

das transmissões não eram vendidos os repórteres faziam as imagens do interior do

estádio e mostravam em seus telejornais. Depois da compra dos direitos, o acesso

foi limitado para alguns profissionais.

Na Copa do Mundo de 1998, Coelho (2003) sustenta que a Rede Globo

comprou os direitos de transmissão pelo valor de 220 milhões de dólares, pagou

esse preço para não perder os direitos para as televisões concorrentes no Brasil. No

artigo Copa de 98, Paulo Sérgio Pinto (2009) destaca que o valor para as rádios

transmitirem a Copa do Mundo da França de 1998 era 150 mil dólares. Já Coelho

(2003) conta que os direitos de transmissão para rádio na Copa do Mundo do Japão

e da Coréia do Sul, em 2002, custavam cerca de 20 milhões de reais.

Na televisão, segundo o autor, a Rede Globo pagou pela exclusividade da

Copa de 2002 e cedeu apenas 90 segundos de imagens para as emissoras que não

tinham o direito de transmissão; as imagens só podiam ser exibidas depois que o

telejornal Globo Esporte fizesse a sua cobertura.

Coelho (2003) menciona que no ano de 2002, na competição chamada Copa

dos Campeões, disputada nas cidades de Belém, Fortaleza, Teresina e Natal, a

filiada do SBT, a TV Alterosa, enviou seus repórteres para fazer a cobertura, mas

foram barrados pela TV Globo, com o argumento que ela possuía os direitos e

nenhuma outra equipe poderia fazer a cobertura, inclusive produzir material

jornalístico. Nessa mesma competição, a Rede Globo cedeu os melhores momentos

para as televisões do Norte e Nordeste, onde a competição estava sendo disputada,

a única restrição é que eles não poderiam repassar para emissoras do Rio de

Janeiro e de São Paulo.

Page 23: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

23

Que a Globo comprou os direitos e que isso lhe dá direito exclusivo de mostrar as partidas na íntegra, não há dúvida. A questão é tolher o jornalismo, castrar o direito à informação do resto dos telespectadores exclusivamente por ter feito a opção de compra dos direitos de transmissão do evento. E mais: saber se tem o direito de comprar o torneio e limitar-se a mostrar gols e melhores momentos em vez de transmitir os jogos na íntegra, como acontece sempre que um clube de fora do eixo Rio-São Paulo consegue sucesso na Copa Libertadores da América. O torneio de caráter continental é apresentado com toda pompa usual da TV Globo. Mas, quando um clube sem tanto pelo comercial chega às finais, sua torcida fica privada de assistir os jogos (COELHO, 2003, p. 66).

Oliveira (2015) lembra, que mesmo pertencendo à Rede Globo a

exclusividade da transmissão, determinando o horário dos jogos para enquadrar-se

na sua grade, a emissora fez com que a publicidade para os clubes e verbas de

direitos televisivos aumentasse.

2.4 JORNALISMO ESPORTIVO NA TV POR ASSINATURA

Coelho (2003) lembra que em 1991, as transmissões de televisão por

assinatura no Brasil iniciaram com a Globosat e a TVA??. Para o autor, a TVA fez

uma opção errada na escolha técnica, enquanto a Globosat distribuiu sua rede por

cabos nos grandes centros, a TVA tentava vender suas antenas parabólicas e

assinaturas.

O primeiro reflexo disso na programação esportiva foi apenas o número de assinantes. O Sportv, criado em 1992, contou rapidamente com quantidade muito maior deles do que o TVA Esportes, fundado em 1993. Com mais assinaturas havia mais chance de conseguir patrocinadores. Mas o que determinou de vez o caminho dos dois canais foi um contrato para a transmissão dos principais jogos do futebol brasileiro por três anos, assinado em 1994 pela TVA Esportes e pelo Clube dos Treze, a entidade que reúne os principais clubes do país (COELHO, 2003, p. 69).

O autor informa que a Globosat, nesse mesmo período, também assinou um

contrato para a transmissão com a Confederação Brasileira de Futebol, o órgão que

organiza o campeonato. Na prática, os dois contratos tinham vigências legais. A

briga começou já no início das transmissões do campeonato na televisão por

assinatura no Brasil. Coelho (2003) afirma que no ano de 1994 a TVA Esportes

transmitiu todos os jogos do campeonato. Foi no ano de 1995, quando a TVA mudou

Page 24: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

24

seu nome para ESPN Brasil, devido a uma sociedade entre o grupo Disney, dono do

Grupo Abril e dono da TVA, que as restrições começaram.

A direção da Rede Globo não permitia a entrada de profissionais da ESPN

nos jogos do Campeonato Brasileiro. A única maneira que a concorrente tinha para

entrar era por meio de liminares pouco tempo antes dos jogos, que na maioria das

vezes eram caçadas na segunda-feira. O resultado, lembra Coelho (2003), era a não

utilização do material produzido naquele dia. Para tentar amenizar as disputas foi

feito um acordo no qual a Rede Globo ficou com os principais jogos da rodada e

para ESPN os jogos de menor expressão. “Enquanto o Sportv transmitia Corinthians

e Flamengo, a ESPN podia apenas mostrar uma partida entre Goiás e Paraná

Clube” (COELHO, 2003, p. 70).

O autor afirma que a situação piorou com o fim desse contrato e com a

assinatura de um novo, onde a ESPN perdeu todo o direito de transmissão do

campeonato, ficando apenas com alguns estaduais. Mas para o autor, isso não

diminuiu a força da emissora que continuou investindo em jornalismo esportivo e

programas que deram credibilidade no noticiário esportivo. No ano de 1998, a

emissora ganhou um prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte pela

Cobertura da Copa do Mundo de 1998.

Mas Coelho (2003) aponta, que por não ter jogos importantes para mostrar,

os anunciantes não permaneceram na emissora. “O problema maior da ESPN Brasil

foi pequeno diante da perspectiva que se criou com a entrada no ar do canal PSN”

(Coelho, 2003, p. 70)

A PSN, fundada em 1999, iniciou suas transmissões, segundo o autor, em

fevereiro de 2000, deixando sua marca por comprar os direitos da transmissão da

Copa Libertadores da América daquele ano. Transmitia todos os jogos, ao vivo ou

por videoteipe, além do Campeonato Italiano e jogos da NBA.

O canal nasceu da parceira entre a milionária Traffic – agência de marketing esportivo do ex-jornalista José Hawilla – e do fundo de investimentos americano Hicks, Muse, Tate & Furst. Dinheiro era o que não faltava. Especialmente nos primeiros tempos, quando a expectativa era fazer cada campeonato adquirido valer milhões de dólares e gerar milhões de assinaturas (COELHO, 2003, p. 71).

O autor afirma que o primeiro ano da empresa foi uma festa. Teve a

contratações de profissionais de destaque no mercado, muitos se mudaram para a

Page 25: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

25

sede em Miami nos Estados Unidos. No ano seguinte, em 2001, o dinheiro começou

a sumir, os pagamentos de alguns profissionais tiveram atrasos. No fim do ano de

2001, os donos do canal buscaram novos investidores e sócios, mas não obtiveram

parcerias. Aos poucos, a PSN vendeu seus direitos, um deles foi para a Fox

americana. Por fim, os profissionais que estavam em Miami voltaram para o Brasil.

Em meio a processos trabalhistas a emissora fechou suas portas em janeiro de

2002.

2.5 MUDANÇAS ESTRUTURAIS E TECNOLÓGICAS

No artigo Futebol, Transmissão Televisiva e Tecnologia, os autores Tatiana

Zuardi Ushinohama e José Carlos Marques (2015) afirmam que em 1998 ainda eram

feitas transmissões analógicas na televisão. A partir da Copa do Mundo da França,

em 1998, iniciou-se a inclusão e os testes de equipamentos digitais para difusão

televisiva. A alteração foi intensa na Copa do Mundo de 2002 e consolidou-se na

Copa do Mundo de 2010. Segundo os autores, o plano de câmeras seguem os

mesmo das transmissões de 1970. Com uma câmera principal mostrando todo

campo, mas sem detalhes específicos, e uma câmera auxiliar para mostrar detalhes

da partida. Outras câmeras foram sendo introduzidas para auxiliar no detalhamento

da partida e nos aspectos que compõem uma transmissão esportiva.

Silva (2010) aponta que nos anos 1980, o Fantástico da Rede Globo, exibia o

quadro Gols do Fantástico, a nota coberta era bem detalhada e a narração era

parecida com a do rádio. A locução era monótona, com pouca emoção e tom de

seriedade. A falta de tecnologia limitava os recursos de edição e execução do

quadro.

Já a partir dos anos 1990, segundo o autor, a narração ainda tinha um ar de

seriedade, mas não era monótona, pois o narrador conseguia fazer pausas curtas na

locução com um ritmo coerente para televisão. Os recursos tecnológicos ainda não

eram avançados, não utilizava-se trilhas sonoras na exibição das notas, apenas

som ambiente do estádio, o que incluiu imagens de torcedores na exibição dos gols.

Silva (2010) afirma que as mudanças significativas ocorreram depois dos

anos 2000, a forma de narração ficou mais objetiva sem detalhes sobre as imagens

e sem repetição de palavras. A introdução de jargões futebolísticos, narrações mais

Page 26: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

26

emotivas e entonação no texto trouxeram maior integração de Léo Batista com o

telespectador.

Segundo o autor, em 2008, Tadeu Schmidt mudou significativamente a

maneira de exibir o quadro Gols do Fantástico, o tom de locução era de conversa, o

ritmo de narração não tinha definição especifica, a contextualização era de acordo

com as imagens. Além de exibir os gols, os detalhes da partida como gols perdidos,

peculiaridades dos torcedores, camisetas dos times, cabelos exóticos dos jogadores

e vários outros aspectos que envolvem uma partida esportiva foram incluídos na

exibição do quadro. Silva (2010) lembra que os recursos visuais de edição e

execução, tiveram uma evolução significativa do período da criação do quadro até o

ano que Tadeu Schmidt assumiu a apresentação, os recursos visuais foram

bastante explorados pelo apresentador e pela produção. A inclusão de trilhas

auxiliam na demonstração de humor, drama, ironia e emoção, executadas de acordo

com a proposta da contextualização do apresentador.

Nunes (2011) destaca quem em 2008 o Globo Esporte estava perdendo

audiência e ficando diversas vezes em segundo lugar na pesquisa IBOPE6, atrás do

programa do Chaves exibido no mesmo horário no SBT. O apresentador Tiago

Leifert foi procurado para criar mudanças no programa. Nunes (2011) cita que o

apresentador acreditava que o problema era forma de linguagem criada pela própria

emissora. O autor afirma que mudança aconteceu em 12 de janeiro de 2009, Tiago

Leifert apresentou em pé o programa, com uma linguagem mais leve e descontraída,

sem bancada e com o cenário amplo, de maneira que o apresentador pudesse

circular por ele. Outras mudanças importantes aconteceram na mistura do gênero

informativo e entretenimento na exibição das matérias e a exclusão do teleprompter7

para tornar a linguagem mais conversada e dinâmica.

No ano de 2014, o Brasil sediou sua segunda Copa do Mundo FIFA. No artigo

O futebol midiatizado e identidade cultural brasileira de 1950 a 2014, o autor Pedro

Vasconcelos Costa e Silva (2015) reconhece que na Copa do Mundo de 2014 a

televisão teve maior destaque entre os veículos de comunicação. O autor cita

Galeano para argumentar que a televisão mudou a maneira de transmitir partidas de

6 IBOPE: Instituto Brasileiro de Opinião e Estatística. No Brasil, adquiriu grande notoriedade pela

medição de audiência de TV e pelas pesquisas eleitorais e de opinião pública. http://www.ibope.com.br/pt-br/ibope/quemsomos/Paginas/default.aspx, acessada em 25 de set. de 2015. 7 Equipamento óptico que reproduz o texto que será lido pelo apresentador (CURADO, 2002, p. 55).

Page 27: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

27

futebol. Pois segundo ele, o estádio é um gigantesco estúdio de televisão, e joga-se

para a televisão, para o público que está em casa.

Ao longo do desenvolvimento do Jornalismo Esportivo no Brasil, muitos

profissionais buscaram diferentes modelos de divulgação na mídia. Uma

característica marcante neste processo de consolidação destinou-se a hibridação de

formatos e gêneros, que é a proposta de abordagem do próximo capítulo.

Page 28: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

28

3 GÊNEROS DE PROGRAMA NA TV

Este capítulo irá abordar os diferentes gêneros e formatos televisivos,

conceituando os de maior importância para o desenvolvimento deste trabalho.

3.1 CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS

No artigo O formato televisual, a autora Marie-France Chambat-Houillon

(2007) indica que o gênero televisivo remete em seu início a um princípio

constitutivo. Uma espécie de arquitetura textual “que tem relação direta com o

domínio da prática social, o que significa o entendimento de um espaço, um lugar

onde circulam os saberes das pessoas” (CHAMBAT-HOUILLON, 2007, p. 133).

Para a autora, o gênero é da ordem da abstração, que se atualiza em categorias,

que em combinação com outras indicam diferentes manifestações. “Interrogando o

formato, atualizamos três lógicas que estruturam a mídia televisão: a produção, a

programação e a recepção. Essas três perspectivas não são exclusivas:

frequentemente elas interagem” (CHAMBAT-HOUILLON, 2007, p.142).

Para a autora a noção de formato não é exclusivamente um termo do mundo

da produção televisiva.

Ela atravessa outros campos de aplicação, como o da informática e o da computação, bem como atualiza o debate em torno do que é conveniente chamar de interoperabilidade, levado pela questão do domínio da informática e da eletrônica. (CHAMBAT-HOUILLON, 2007, p.142).

A autora cita Jost, para afirmar que é preciso distinguir o conceito de emissão

e de formato. “O formato é então o regime de representação audiovisual do

conceito da emissão” (CHAMBAT-HOUILLON, 2007, p.141). Segundo ela, o formato

permite consolidar o inteligível para uma direção audiovisual do conceito de

emissão. Mas a autora entende que a relação entre conceito e formato não é

intransigível e, sim, ao contrário; um conceito pode originar vários outros formatos.

Chambat-Houillon (2007) destaca alguns pontos importantes nesta relação: O

formato não remete exclusivamente em estabilizar um número de elementos

estruturais, serve também para distinguir os telespectadores. Nada impede que um

formato seja inovador e diferente de outros já existentes; o formato tem atribuição

Page 29: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

29

de um conceito enunciativo; o formato denota, consigna a produção audiovisual,

enquanto a emissão é uma execução audiovisual das propriedades prescritas.

No artigo Reflexões sobre os gêneros e formatos televisivos, a autora Elizabeth

Bastos Duarte (2006) afirma que inicialmente os gêneros em um programa de

televisão são um plano inicial de comunicabilidade. “Os gêneros são então

categorias discursivas e culturais que se manifestam sob a forma de subgêneros e

formatos” (DUARTE, 2006, p 20). Para a autora, a limitação por gênero impede o

melhor entendimento de sua função, sua orientação metodológica, que é ser o ponto

inicial para entendimento de formatos televisivos.

Na obra A televisão levada a sério, o autor Arlindo Machado, explica que a

televisão tem sofrido com muitos questionamentos em relação aos seus gêneros.

Para o autor, o gênero tem o sentido de orientar o uso da linguagem, “pois é nele

que se manifestam as tendências expressivas mais estáveis e mais organizadas da

evolução de um meio, acumulada ao longo de várias gerações enunciadoras”

(MACHADO, 2000, p. 67).

Na obra Gêneros e formatos na televisão brasileira, o autor José Carlos

Aronchi de Souza (2004), afirma que os gêneros de programas de televisão são um

conjunto de formatos que apresentam características em comum. “A separação dos

programas em categoria inicia o processo de classificar os gêneros

correspondentes” (SOUZA, 2004, p.37).

O autor explica que a divisão por categorias dá início a um processo de

identificação do programa e faz com que ele se encaixe ao mercado, além de tornar

familiar o formato no imaginário de vários grupos de pessoas. Na televisão, o

formato é a característica que define o gênero. Sua forma remete as possibilidades

sobre suas limitações.

Há muita semelhança entre gêneros e formatos na televisão no que se refere ao estudo de gênero no campo da biologia. Assim como na biologia existem gêneros e espécies, em televisão coexistem os gêneros e formatos. Pode-se fazer uma analogia, com as devidas diferenças, entre as espécies da biologia e os formatos da televisão. Na biologia, árias espécies constituem um gênero e os gêneros agrupados formam uma classe. Em televisão, vários formatos constituem um gênero de programa, e os gêneros agrupados formam uma categoria (SOUZA, 2004, p, 45).

Page 30: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

30

O autor afirma que existem três categorias que envolvem a maioria dos

gêneros televisivos: entretenimento, informativo e educativo. E as outra são

categoria, tratadas como especiais, além da publicidade.

No Brasil, os “especiais” são produções exclusivas e inéditas apresentadas pelas emissoras como produções diferenciadas, que podem ser vários gêneros. Musicais, minisséries e entrevistas são algumas dessas produções chamadas “especiais” pelas redes brasileiras (SOUZA, 2004, p, 45).

A finalidade de um programa de televisão, para o autor, é entreter e também

pode informar; por outro lado pode ser informativo e também de entretenimento.

Souza (2004) lembra que no rádio antes da chegada da televisão, os

programas de auditório faziam sucesso. E que no início das transmissões

televisivas, os programas de auditório foram incorporados à televisão. Na televisão

eles também ganharam uma grande audiência, e um dos motivos era a mistura de

gêneros que os programas tinham.

Para Machado (2000), os formatos podem ser chamados de enunciados. Já

os gêneros, para o autor, são categorias variáveis e hibridas, “não apenas no

sentido de que são diferentes entre si, mas também no sentido de que cada

enunciado pode estar “replicando” muitos gêneros ao mesmo tempo” (MACHADO,

2000, p.71). O autor identifica que riqueza e a pluralidade dos gêneros são infinitas,

pois a criatividade humana também é ilimitada e cada segmento de atividade possui

um repertório de gêneros e discursos que se modificam e estende-se para novos

formatos.

A televisão tem programas de vários gêneros e formatos em diferentes

horários. Souza (2004) entende que a divisão por categorias na televisão é

necessária para classificar os gêneros correspondentes. Por isso, o autor classifica

em cinco categorias os formatos de exibição dos programas apresentados no Brasil.

a) Categoria entretenimento, classificados em gênero de: Auditório,

colunismo social, culinário, desenho animado, docudrama, esportivo, filme,

game show competição, humorístico, infantil, interativo, musical, novela,

quis show perguntas e respostas, reality show TV realidade, revista, série,

série brasileira, sitcom, comédia de situações, talk show, teledramartugia,

ficção, variedades, faroeste;

Page 31: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

31

b) Categoria informação, divididos entre os gêneros: Debate, documentário,

entrevista, telejornal;

c) Categoria educação, divididos entre os gêneros educativos e instrutivos;

d) Categoria Publicidade, classificada entre os gêneros: Chamada, filme

comercial, político, sorteio, telecompra:

e) Categoria Outros que estão inseridos os gêneros: Especial, eventos,

religioso.

Para o autor, o gênero esportivo está na categoria informação, embora ele

encontra-se em outras categorias, como será abordado na sequência.

3.2 ESPORTES - INFORMAÇÃO E ENTRETERIMENTO

Souza (2004) explica que o processo de produção e o formato dos gêneros

esportivos influenciam de maneira direta a classificação de suas categorias. Embora

classifique o gênero esportivo na categoria entretenimento, o autor salienta que o

esporte pode estar inserido tanto no entretenimento quanto na categoria informação

ou, em algumas poucas experiências, também pode ser educativo.

As emissoras fazem seus programas esportivos, segundo Souza (2004), por

meio de uma paixão brasileira que é o futebol. Isso faz com que tenha pouca

diferença no processo de produção e, por consequência, exista certa semelhança

entre os programas deste segmento. Geralmente, a única diferença entre um

programa e outro é o tempo que ele tem de exibição.

O autor afirma que os programas de maior abrangência acabam exibindo

outros esportes, como vôlei, automobilismo, basquete, provas de atletismo, mas o

futebol acaba predominando, com jogos nacionais, regionais e jogos da Seleção

Brasileira, que além de competições oficiais participa de amistosos durante o ano.

Para Souza, a necessidade dos jornalistas utilizarem equipamentos para gravação

Page 32: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

32

externa e também de infra-estrutura de estúdio em horários alternados, os

programas do gênero esportivo, utilizam a estrutura dos demais departamentos de

jornalismo.

Souza (2004) afirma que é comum o torcedor acompanhar jogos que

começam às 22 horas, de qualquer dia da semana, isto porque as empresas que

compram os direitos de transmissão encaixam os programas na maneira que

preencham melhor sua grade de programação. Neste caso, a definição de gênero

vai além dos interesses do público

O gênero esportivo e o gênero de telejornalismo estão muito próximos,

segundo Souza (2004), os dois mantêm apresentadores, repórteres, entrevistas em

estúdio em modelos adotados pelos telejornais da emissora. O autor afirma que o

formato documentário e o debate estão inseridos no gênero esportivo, que Souza

(2004), classifica na categoria informação. No gênero debate, para Souza (2004), o

principal elemento é o número de entrevistados e entrevistadores, que podem

aparecer ao mesmo tempo no vídeo. Para o autor, o gênero debate não necessita

de grandes investimentos e pode ser uma alternativa para emissoras que querem

fazer programas de baixo investimento. Cenário e convidados são elementos

básicos, os próprios entrevistados e convidados atuam como comentaristas.

Os assuntos e os convidados variam conforme a proposta da emissora: pode-se debater um único tema, com vários convidados opinando e respondendo às indagações dos entrevistadores e apresentadores fixos; pode-se realizar um debate sobre vários temas num único programa, dando-lhe também um tom de atualidade e variedade. Os programas de natureza definida – esportivo, político, educativo, entre outros – também usam a mesma fórmula para aprofundar o tema e apresentar especialistas em assuntos, criando segmentos (SOUZA, 2004, p.144).

Afirma o autor, que o gênero debate pode de ser um programa de grande

duração, sua principal intenção é esgotar o tema debatido com opiniões diferentes.

Sua dinâmica é que determina o tempo de exibição do programa, que ainda pode

apresentar reportagens que tenham sentido com o assunto debatido. Por este

motivo, pode preencher uma espaço grande na grade da emissora.

O formato conhecido como mesa-redonda de origem do rádio é o mais

comum no gênero esportivo, segundo Souza (2004). O apresentador debate com

seus convidados os lances mais recentes. Geralmente os convidados são

esportistas, jogadores, dirigentes e até torcedores.

Page 33: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

33

No gênero entrevista, classificado por Souza (2004) na categoria informação,

a principal preocupação é o local em que ela será feita, que podem ser em estúdios

ou em locais externos, transmitidas ao vivo ou gravadas. Em alguns casos,

reportagens são exibidas para ilustrar as entrevistas e auxiliar no desenvolvimento

do assunto. Se a entrevista for mais descontraída e mais leve, ela pode se encaixar

em outro gênero televisivo conhecido com talk show. Os dois gêneros se

aproximam, mas com algumas diferenças que definem o que é jornalismo e o que é

show. No jornalismo, o compromisso com a verdade é uma atribuição, em talk

shows o entrevistador pode fazer perguntas e observações de diferentes

abordagens.

Uma composição cenográfica que permita ao apresentador andar pelo cenário e entrevistas os convidados de pé é utilizada pelos programas de talk show. Nesse caso, o apresentador percorre o cenário em busca das atrações do programa: apresentações musicais, entrevistas etc. Já os cenários dos programas do gênero entrevista permitem ao convidado e ao apresentador ficar sentados durante todo tempo. Isso permite uma apresentação mais longa do que aquelas normalmente realizadas em programas do gênero talk show (SOUZA, 2004, p.148).

Para o autor, na categoria informação existe um gênero que pode incluir todos

em um único formato, que é o telejornalismo. Os programas deste gênero são

voltados exclusivamente para a transmissão de informação para os telespectadores,

pois apresentam características próprias, como, por exemplo, ser apresentado de

um estúdio e o apresentador anuncia as matérias para apresentação, que podem

ser gravadas ou ao vivo.

A conquista de importância na grade horária da programação fez as redes de televisão investirem no telejornalismo tanto quanto em outros gêneros. As grades podem deixar de apresentar um ou outro gênero, mas o telejornalismo ocupa espaço e visibilidade fundamentais para o conceito de rede de televisão. Nessa ótica, os objetivos traçados por um dos pioneiros do telejornalismo no Brasil, Gontijo Teodoro, o citado apresentador do Repórter Esso e diretor de telejornalismo da TV Tupi do Rio de Janeiro, são claros e ainda atuais: “os deveres do telejornal são: informar, educar, servir, interpretar, entreter” (SOUZA, 2004, p. 151).

Recorda o autor que o início do gênero telejornal foi com um noticiário, os

textos eram lidos pelo apresentador para a câmera, sem ilustrações de imagens.

Este recurso ainda é utilizado em alguns telejornais com a inclusão de mais um

Page 34: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

34

apresentador para dividir a leitura das notas. Mas o telejornalismo, segundo Souza

(2004), empenhou-se em ser hibrido, como programas de debate, entrevistas,

documentários, reportagens especiais que ocuparam os departamentos de

jornalismo das emissoras. Este hibridismo será abordado no próximo capítulo.

3.3 HIBRIDISMO

No artigo Convergência tecnológica e os novos formatos híbridos de produtos

audiovisuais,, a autora Elizabeth Bastos Duarte (2007) afirma que construção da

imagem audiovisual inicia com a invenção do cinema. A possibilidade de dar

movimentos às imagens estáticas permitiu reconhecer pessoas, objetos, natureza.

“A referencialidade da imagem cinematográfica nos permitiu desvendar aspectos

antes não percebidos no mundo à nossa volta” [...] (DUARTE, 2007, p. 166).

Na televisão, a introdução da linguagem audiovisual própria inicia com a

criação do videotape8. Duarte (2007) explica que esta criação proporcionou

tentativas de dar movimentos às câmeras, enquadramentos, e permitiu edição de

imagens. Para a autora, a característica maior na televisão é a fragmentação, a

distribuição dos blocos na programação, intercalados com produtos audiovisuais e

VTs publicitários.

Duarte aponta (2007) aponta que a concorrência aumentando, cresce a

fragmentação e o ritmo.

“A tevê vai-se tornando um emaranhado de produtos e programas, onde diferentes linguagens se cruzam, se disputam, se completam. Num mesmo espaço televisivo, pode haver telejornal, tele-esporte, teledramaturgia, telecinema, publicidade, cada uma dessas formas demandando um tipo de atenção, de interação (DUARTE, 2007, p. 173).

Para a autora, os telespectadores têm mais de um século de experiência, e

por este motivo, é familiar visualizar imagens projetadas, tanto em casa na televisão,

quanto no cinema ou pela internet. A ideia que uma imagem visual é clara não se

confirma quando fizemos uma relação de especificidades, suas diferenças e

aproximações variam em diversos veículos que elas são divulgadas.

8 Equipamento eletrônico que grava sinais de áudio a vídeo gerados por uma câmera. PATERNOSTRO, 2006,

p.226.

Page 35: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

35

Duarte (2006) entende que os meios de comunicação televisivos se

constituem em textos, e sua principal característica é a complexidade e a hibridação,

que se apropriaram de diversas articulações de linguagens sonoras e visuais. A

autora considera que definir se um programa tem características ser de

entretenimento ou de informação é não informar nada sobre ele, pois a maioria dos

programas hoje exibidos na televisão trazem entretenimento e informação.

[...] Afinal, que programa não traz informações? Que programa não tem como meta o entretenimento? Nenhum subgênero dito informativo escapa à especularização, do magazine ao debate, passando pelos telejornais ou documentários, sejam ele transmissões diretas em tempo real ou não. O que pensar então, nesse contexto, da tradicional oposição real/ficção. As emissões televisivas são produções discursivas, não são jamais o real (DUARTE, 2006, p. 21).

As classificações de gêneros e formatos, segundo a autora, devem ter sim

uma razão para sua existência, apesar de existir em diferentes estilos de processo

de produção de conteúdo na televisão, os gêneros televisivos abrigam vários

formatos que constituem um grupo com poucas categorias em comum. Duarte

(2006) lembra que ao longo de sua história a televisão foi adaptando-se aos meios

de produção e as condições que são oferecidas. Esta adaptação reage ao próprio

funcionamento formando estratégias, possibilidades, princípios lógicos e até

restrições.

O gênero funcionaria, então, em cada caso, como substância de uma forma que sobre ele se projeta, decorrente da articulação entre subgênero (s) e formato (s), e não teria outra existência possível além dessa ser substância “em-formada”. Dita de outro modo, a noção de gênero em televisão deve ser compreendida, esta é a proposta, como feixe de traços de conteúdo da comunicação televisiva que só se atualiza e realiza quando sobre ele se projeta uma forma de conteúdo e de expressão – representada pela articulação entre subgêneros e formatos, esses sim procedimentos de construção discursiva que obedecem a uma série de regras de seleção e combinação (DUARTE, 2006, p.22).

Souza (2004) entende que uma combinação de formatos televisivos reunidos

definem novos resultados e formam o hibridismo. “O formato de um programa pode

apresentar-se de forma combinada, a fim de reunir elementos de vários gêneros e

assim possibilitar o surgimento de outros programas” (SOUZA, 2004, p. 46).

Duarte (2006) alerta que estamos em um processo de revolução tecnológica,

esta revolução altera a maneira que as pessoas se relacionam com a televisão. A

tecnologia, segundo a autora, está ao alcance de todos e este fator está tirando a

televisão do centro das atenções. As pessoas não querem receber conteúdos

Page 36: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

36

prontos e engessados. A comunicação está em uma via de mão dupla, e os veículos

que não dão voz ao telespectador estão perdendo público.

[...] se vê (no mercado audiovisual, uma grande confusão de formatos, o que tanto pode representar um avanço, como um atraso na produção audiovisual. Há documentários que, em vez de beber na fonte do mais puro flyonthewall (explicar – rodapé), bebem equivocadamente na fonte mais pobre do jornalismo declaratório. Assim, em vez de mostrar a realidade nua e crua transformam o meio em um palanque, onde a palavra – não a imagem – é o elemento fundamental. Assim, são considerados documentários as entrevistas ilustradas de personalidades sobre assuntos diversos, numa linha de produtos audiovisuais característica da Europa dos anos 70 (DUARTE, 2006, p. 185)

A autora explica que por outro lado existe um enriquecimento em reportagens

e obras documentárias. As obras têm em comum o que se chama de evidências

visuais. Para Duarte (2006), o principal fator que faz com que um programa,

independente do gênero, entre na grade de programação é a audiência que ele irá

trazer para a emissora.

Na obra Manual do Jornalismo Esportivo, escrita por Heródoto Barbeiro e

Patrícia Rangel (2006), os autores apontam que embora o Jornalismo Esportivo seja

tratado como gênero de entretenimento, sua essência jornalística não muda e está

ligada aos princípios éticos da profissão.

Outro aspecto levantado no artigo Das utilidades do conceito de modo de

endereçamento para análise do telejornalismo, autora Itânia Maria Mota Gomes

(2006), explica que o gênero televisivo é um modo de orientar a audiência; em

relação aos assuntos do programa com o modo que ele apresenta-se para o público.

Os gêneros são formas reconhecidas socialmente a partir das quais se classifica um produto dos media. Em geral, os programas televisivos individualmente pertencem a um gênero particular, como a ficção seriada ou o programa jornalístico. E é a partir desse gênero que ele é socialmente reconhecido. No caso da recepção televisiva, por exemplo, os gêneros permitem relacionar as formas televisivas com a elaboração cultural e discursiva do sentido (GOMES, 2006, p.117).

Ainda nesta mesma linha, o autor compreende que os programas

telejornalísticos são considerados uma variação dentro da programação de

televisão, “enquanto “gênero programa jornalístico televisivo”, obedecendo a

formatos regras próprios do campo jornalístico em negociação com o campo

televisivo.”(GOMES, 2006, p.117). Segundo o autor, os programas esportivos são

variações dentro do gênero e podem ser chamados de subgêneros. Necessitam ser

Page 37: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

37

abordados em categorias que impliquem classificá-lo como um produto de

jornalismo televisivo. É primordial ter uma linguagem televisiva com os elementos

próprios do jornalismo.

A concepção dos gêneros e formatos televisivos passa por um processo de

produção antes de sua consolidação e categorização. Que é o próximo tema a ser

abordado no capítulo seguinte desta pesquisa.

Page 38: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

38

4 PRODUÇÃO DE CONTEÚDO NA TV

Este capítulo irá abordar a produção de conteúdo na televisão, passando pela

transformação da informação, construção da notícia e emissão ao telespectador.

Com destaque para a produção de conteúdo em jornalismo esportivo na televisão.

4.1 PROCESSOS DE PRODUÇÃO DA NOTÍCIA NA TV

No livro Manual de Telejornalismo (2002), os autores Heródoto Barbeiro e

Paulo Rodolfo de Lima explicam os processos de produção na televisão. Segundo

eles, o produtor é o principal profissional que irá encaminhar as pautas do programa.

Os autores consideram que o processo de produção inicia, geralmente, no dia

anterior com a reunião de pauta, com a participação de todos na redação, é neste

momento que os assuntos são expostos e discutidos, para concluir-se qual deles

será mostrado no dia seguinte.

Na obra A Notícia na TV, a autora Olga Curado (2002), esclarece que a

notícia é importante de acordo com sua abrangência, a informação primária é a

matéria-prima de uma produção jornalística, as matérias de segundo nível

geralmente chegam para a redação por meio de outros veículos de comunicação.

Na produção, ela é avaliada, verificada e editada antes de ser divulgada. A autora

afirma que uma reportagem de televisão é o resultado da produção feita em equipe.

O que vai ao ar acontece porque várias pessoas trabalharam juntas e não apenas por obra e graça de algum super-homem, que na TV, nasceu morto. O mais talentoso dos repórteres, editores, pauteiros, cinegrafistas não põe sozinho um reportagem no ar (CURADO, 2002, p. 21).

Para a autora, a notícia é a informação que tem relevância para o público. O

fato da semana, do dia, da hora ou do momento é avaliado pelo jornalista que julga

se é notícia e se deve ser divulgado. E alguns departamentos de Jornalismo,

segundo Curado (2002), além do jornalista, outras pessoas também se encarregam

da responsabilidade de avaliar a importância e a vinculação da notícia, nesses casos

a avaliação final passa pelo editor chefe, ou o chefe da redação e até mesmo por

diferentes opiniões.

Page 39: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

39

A importância da notícia é geralmente julgada de acordo com a sua abrangência, isto é, segundo o universo de pessoas às quais pode interessar. Esse é o critério mais utilizado em jornalismo de televisão que, dando ênfase ao aspecto da amplitude, pode tender a transformar a notícia em entretenimento ou em espetáculo, tratando apenas de questões amenas ou desprovidas de polêmica (CURADO, 2002, p. 16).

Para notícias de segunda linha, Barbeiro e Lima (2002) afirmam é importante

a verificação dos conteúdos dos programas anteriores, os temas podem ser

retomados no dia seguinte, cabe ao produtor avaliar a importância de o fato ser

aprofundado novamente. Os autores apontam que a produção deve prevenir-se

para falta de notícias nos finais de semana e feriados. Além de permanecer atenta

as informações de outras emissoras, o apoio informativo é essencial, resumos de

notícias de outros veículos podem elucidar o produtor na construção da matéria.

Curado (2002) indica que a notícia precisa chegar ao telespectador de forma

clara e sem tropeços, a notícia não tem finalidade lúdica. A forma em que a notícia é

passada não pode gerar dúvidas, se ela gerar dúvidas é porque não foi divulgada

corretamente.

A produção deve procurar, segundo Barbeiro e Lima (2002), o contato

imediato com as fontes e sempre ouvir os dois lados da notícia. Isso é prioritário

para o bom jornalismo. Nesses contatos, notícias interessantes podem surgir até

mesmo em conversas informais e nos bastidores de uma produção. Caso o

entrevistado adiante uma notícia, ela deve ser levada ao repórter ou apresentador

que irá entrevistar essa pessoa.

Os autores indicam que no momento que a produção tenha marcado com

uma fonte, mas encontrou outra melhor para o desenvolvimento da matéria, é

obrigação da produção avisar e desmarcar com a fonte descartada. É melhor

cancelar o compromisso ao invés de deixar o entrevistado esperando.

Barbeiro e Lima (2002) indicam que as entrevistas feitas durante a exibição

de programa devem ser gravadas e encaminhadas ao editor, os responsáveis pela

matéria devem avaliar quais trechos mais importantes podem ser utilizados em

futuros programas. É importante a fonte ter novas e importantes informações para

acrescentar e justificar sua presença. Convidar uma pessoa para participar de um

programa apenas para preencher um espaço vazio é desaconselhável.

Page 40: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

40

4.2 A PAUTA

A pauta representa o assunto que será abordado em um programa. Barbeiro

e Lima (2002) afirmam que na televisão ela tem mais importância que nos outros

veículos de comunicação, pois a TV exige cuidado no planejamento de todos os

detalhes, isso resulta em uma importância maior de elaboração.

Já Curado (2002) entende que a pauta é a soma de dados que dão início a

uma matéria, a pauta não está pronta no momento que alguém lhe indica. Quando

surge a ideia de reportagem em uma redação, está se criando uma proposta para

ela ser discutida e viabilizada. Na maioria das vezes as indicações geram

discussões e pensamentos sobre o assunto, cada profissional com seu ponto de

vista emite uma opinião, até que todos entrem em um consenso.

Barbeiro e Lima (2002) recomendam que os pauteiros pensem na matéria por

inteiro e indiquem os caminhos que ela deve seguir. Os pauteiros têm papel decisivo

na elaboração da matéria sugerindo questionamentos e caminhos para o repórter.

O elaborador de conteúdo tem a liberdade de mudar a matéria no meio do

caminho se achar necessário, ou até mesmo cancelar em seu desenvolvimento, se

por algum motivo ele entender que não é aconselhável a construção.

Os autores Barbeiro e Lima (2002) aconselham que para um bom

desenvolvimento de uma reportagem na televisão é preciso não se limitar nos

assuntos do dia, não buscar somente o imediato como justificativa de informação. É

preciso criar, apresentar contexto e avançar. Para isso são necessários alguns

cuidados:

a) Preocupação com as imagens, pois elas estão sempre presentes em toda a

produção de reportagem;

b) Tudo que for relevante para sociedade, desde política, cultura, economia,

religião, ciência, meio ambiente, comportamento, esportes, problemas

urbanos entre outro;

c) A notícia precisa ser apurada, tratada e elaborada;

d) A pauta surge por busca em agências de notícias, Internet, jornais,

reclamações de telespectadores, acompanhando outros veículos de

comunicação. Nenhum pauteiro consegue acompanhar tudo que está

acontecendo, por isso o repórter deve sugerir pautas em uma redação;

Page 41: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

41

e) Acontecimentos sociais aparecem a todo o momento, é importante ter

atenção para a mudança de pauta durante a elaboração de uma reportagem;

f) O tempo é importante em uma produção, cabe ao pauteiro informar

endereços, telefones, informações sobre o entrevistado. No jornalismo

sempre é aconselhável ouvir as duas ou mais partes de um assunto, quando

tiver, cabe ao pauteiro fazer a logística da reportagem;

g) Entrevistados importantes como Presidente da República, Governador,

prefeitos e personalidades de renome não necessitam de pautas para

participarem do programa;

h) Assessorias de Imprensa são fontes indispensáveis, mas não são fontes

primárias de informação. Elas são a ponte entre o jornalismo e o entrevistado.

i) Releases podem ser fontes de informação, cabe ao pauteio verificar se as

informações recebidas por este recurso são verdadeiras;

j) Assuntos que não utilizados na pauta do dia podem ser retomados no

decorrer da semana, por isso é indispensável um bom arquivo.

k) Um grande assunto pode valer uma pauta temática. Pode ser retomada por

vários dias, mas com enfoques e ângulos diferentes obre o tema.

Para a elaboração e desenvolvimento de uma boa pauta é preciso bons

profissionais. Curado (2002) acredita que um dos profissionais mais raros do

mercado jornalístico é o pauteiro. Para a autora, este profissional precisa ter faro

para notícia, ser atento aos detalhes que podem levar a uma grande história,

sensibilidade para criar conexões imprevisíveis e reveladoras. Ela ainda destaca que

o pauteiro precisa desligar-se da agenda e calendários e ficar atento a novos fatos.

4.3 A REPORTAGEM

A reportagem está diariamente incluída em programas de televisão. Curado

(2002) entende que a reportagem é a maneira de contar uma história. Na televisão

depende de vários recursos técnicos. Para a autora, assim como uma história, a

reportagem também tem começo, meio e fim, mas sua exibição não necessita dessa

ordem. Para Barbeiro e Lima (2002), a reportagem é principal fonte de matérias

exclusivas no jornalismo. O repórter deve preservar suas fontes, pesquisar, manter

suas próprias fontes de informação e acompanhar os assuntos por todos os meios

Page 42: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

42

de comunicação. Os autores Barbeiro e Lima (2002) entendem que o repórter deve

receber do entrevistado respostas curtas, para facilitar a edição da reportagem. Para

eles, as sonoras, nesse tipo de matéria, duram em média 20 segundos.

Para uma reportagem conseguir contar uma história simples, direta, clara,

didática, objetiva, equilibrada e isenta, os autores Barbeiro e Lima (2002) indicam

que é preciso seguir algumas ou dicas, entre elas:

a) O desenvolvimento da compreensão da imagem fica de responsabilidade do

repórter. Imagens e palavras devem andar juntas;

b) O contraplano é um recurso do repórter, que faz a pergunta para o

entrevistado se mantendo no mesmo lugar sendo filmado simultaneamente,

após a pergunta o cinegrafista desloca o foco da imagem somente para o

entrevistado;

c) A reportagem deve manter o som ambiente juntamente com as imagens

feitas;

d) Antes de iniciar uma reportagem é preciso ver as imagens e o som do

material bruto colhido na rua;

e) O repórter deve escrever a reportagem logo após a decupagem para não

esquecer a história;

f) Não deve ser utilizadas mais palavras que a duração das imagens e nem

redigir frases que expliquem exatamente o que está sendo ilustrado com

imagens;

g) O repórter deve planejar suas falas, para que elas sejam suficientes para

contar a história no tempo estabelecido;

h) Em matérias mais elaboradas é preciso contar com o auxílio da produção;

i) O repórter deve pedir para o cinegrafista fazer cenas livres, elas serão

importantes na edição;

j) O cinegrafista deve pensar anteriormente em todas as tomadas de imagens e

verificar se os equipamentos estão em condições de gravação. O cinegrafista

também deve opinar na reportagem em todo processo de produção e

execução;

k) O repórter deve anotar corretamente o nome do entrevistado e todas as

informações necessárias que serão usadas na edição;

l) Não é função do repórter mudar comportamentos;

Page 43: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

43

m) O repórter deve confirmar os números que serão utilizados na reportagem. No

cálculo de multidões, é aconselhável perguntar para autoridades presentes,

caso tenha divergência com outras informações é correto citar as duas fontes;

n) Detalhes não fundamentais para o entendimento devem ser retirados,

excessos de dados podem confundir o telespectador;

o) A reportagem deve ser iniciada com um assunto novo mesmo que o tema

seja conhecido;

p) Entradas ao vivo exigem do repórter um controle emocional, capacidade de

improviso se adquire com treinamento e prática. O tom de voz deve ser de

acordo com cada acontecimento;

q) O repórter deve entrar em contato com a redação mesmo fora do horário de

trabalho se souber de algum fato de interesse público;

r) O trabalho do repórter não termina depois que ele colhe as sonoras, grava o

off e a equipe volta para redação. O repórter deve ficar sempre atento as

notícias;

s) O rigor da apuração dos fatos é determinante para a qualidade da

informação. A reportagem deve ser completa em si, com começo, meio e fim.

O telespectador não tem a obrigação de conhecer os antecedentes para

entender a informação que está sendo transmitida. Mesmo que ela esteja

sendo divulgada com insistência;

t) Não generalizar com fatos isolados, evitar julgar o todo pela parte.

Uma reportagem tem em média um minuto e meio de duração, afirma Curado

(2002). Esse tempo é dividido entre a introdução ou chamada da reportagem,

conhecido como cabeça o texto inicial do repórter, as falas dos entrevistados,

passagem do repórter e narração final. A estruturação fica a critério de cada

reportagem.

4.4 O TEXTO

O texto jornalístico, para Barbeiro e Lima (2002), deve ser objetivo e claro. As

modificações em cada veículo como rádio, televisão, jornal e internet, devem

obedecer cada particularidade. A intenção é sempre prender o telespectador no

programa e fazer a notícia ser entendida pelo receptor.

Page 44: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

44

Para os autores, assim como no rádio, a televisão deve usar textos coloquiais,

os dois veículos têm características da instantaneidade. É importante na televisão

que os textos acompanhem o que as imagens estão transmitindo. “É a sensibilidade

do jornalista que vai fazer essa “união” atingir o objetivo de levar ao ar uma

informação fácil de ser compreendida pelo telespectador” (BARBEIRO E LIMA,

2002, p. 97).

Os autores compreendem que para conseguir bons textos jornalísticos é

preciso seguir algumas recomendações, entre elas:

a) O primeiro passo para a redação de um texto na TV é conhecer as imagens

que poderão ser usadas na edição. É preciso saber se existe imagens para a

ilustração das falas;

b) O texto deve começar com o lead, e a preocupação deve ser com a novidade.

O fato atualizado torna a notícia atraente;

c) É importante ter atenção na pontuação, por meio da pontuação se consegue

a entonação necessária e os momentos de respiração do apresentador;

d) Os adjetivos precisam ser adequados para o momento, usados de forma

excessiva podem desqualificar a informação;

e) O texto é recomendado ser coloquial, mas sem apelos de linguagem e nem

vulgarização;

f) Devem ser evitadas frases longas, isso dificulta o entendimento do

telespectador e a respiração do apresentador;

g) Palavras como continuam e permanecem devem ser evitadas no começo do

texto. É necessário criar alternativas para retomar uma notícia superada;

h) Palavras com o mesmo efeito sonoro na sua terminação devem ser evitadas

na mesma frase. Assim como a cacofonia.

i) É aconselhavam usar o presente do indicativo quando for falar do futuro ou

algo que vai acontecer;

j) Os números devem ser redigidos por extenso para facilitar a leitura.

k) O uso do estrangeirismo é desaconselhável, mesmo que a palavra mesmo de

língua estrangeira seja conhecida;

l) O uso excessivo de que, principalmente na mesma frase prejudica o ritmo do

texto;

Page 45: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

45

m) Os termos técnicos quando pronunciados devem ser explicados. Há

expressões que são conhecidas apenas por profissionais da área da

televisão.

Na obra o Texto na TV, a autora Vera Íris Paternostro (2006) destaca, que por

causa do avanço da tecnologia, a imagem está presente em todos os momentos,

mas boas imagens precisam ter bons textos em programas jornalísticos de televisão.

A autora explica que a televisão depende da combinação dos dois sentidos do

ser humano, a visão e a audição. A notícia pode causar emoções nas pessoas,

dependendo da intensidade das palavras e das imagens, o fato pode permanecer

por muito tempo na memória de uma pessoa.

Paternostro (2006) caracteriza alguns aspectos importantes para o

desenvolvimento do texto na TV:

a) Informação visual: a TV possui uma linguagem que independe do

conhecimento de um idioma ou da escrita. A imagem é o signo mais acessível

à compreensão humana. A TV mostra o telespectador vê: ele entende, se

informa e amplia o conhecimento;

b) Imediatismo: a TV transmite informação atualizada quando mostra o fato no

momento exato em que ocorre. A alta tecnologia permite que a informação

imediata chegue por meio da imagem. Os satélites mostram fatos ocorridos

do outro lado do mundo;

c) Instantaneidade: a informação na TV requer hora certa para ser vista e

ouvida: a mensagem é instantânea. A informação é captada de uma só vez,

no exato momento em que é emitida. Não tem como voltar atrás e ver de

novo;

d) Alcance: a TV é um veículo abrangente, de grande alcance, não distingue

classe social ou econômica, atinge a todos. Uma informação na TV pode ser

vista e ouvida de várias maneiras diferentes;

e) Envolvimento: a TV exerce um fascínio porque transporta o telespectador por

dentro de suas histórias. Por meio da forma pessoal de constar uma

informação, repórteres e apresentadores se tornam reconhecidos pelo

público;

f) Superficialidade: a TV tem um timing, um ritmo, que torna suas informações

superficiais. Há programas específicos de maior densidade;

Page 46: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

46

g) Audiência: a TV mede o interesse do telespectador para orientar a

programação. As medições da audiência, quantitativa e qualitativamente,

podem ser usadas na busca do estilo do jornalismo de uma emissora.

4.5 A EDIÇÃO

A edição é o processo de composição dos elementos. Para Barbeiro e Lima

(2002), o processo de edição é trabalhoso, dá pouca visibilidade ao jornalista, mas

de muita importância. Os autores afirmam que é neste momento que a matéria

começa ganhar clareza e tudo que foi produzido começa ganhar forma, seu tamanho

real é diminuído para transformar-se em uma reportagem de TV, por isso é

importante sempre a objetividade.

Editar uma reportagem para a TV é como contar uma história, e como toda a história a edição precisa de uma seqüência lógica que pelas características do veículo exige a combinação de imagens e sons. Em algumas emissoras de TV o repórter chega com a matéria bruta, vai logo para a ilha de edição e finaliza a reportagem. Contudo, a produção de notícias na maioria das redações está organizada de forma industrial, ou seja, ao terminar uma matéria o repórter não volta para a redação, vai para a outra matéria enquanto as gravações são enviadas para a edição (BARBEIRO E LIMA, 2002, p. 103).

Barbeiro e Lima (2002) explicam alguns processos e cuidados que são

levados em consideração na hora da edição da reportagem, entre eles:

a) A edição começa com a decupagem do material. O material gravado, antes

de ser editado é colocado no papel;

b) O tempo de reportagem é determinado pela importância do assunto;

c) A edição é que vai deixar o programa mais atrativo, modificando as

reportagens para que não fiquem todas iguais;

d) A cobertura de off deve ser feita pelo editor de texto e editor de imagens

juntos, para dar uma melhor construção na matéria;

e) O tempo de 20 segundos por sonora é considerável razoável. Mas há

exceções dependendo da declaração e da síntese do entrevistado;

f) A edição deve evitar pulos de imagem, para que a transição de movimentos

seja agradável ao telespectador;

Page 47: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

47

g) Os créditos devem orientar a matéria. Nome de pessoas, cidades e cargos

devem ser escritos corretamente. Assim como a identificação do repórter em

sua passagem, para individualização da matéria;

h) Só em casos excepcionais devem ser usadas imagens de arquivo para

ilustrar uma matéria;

i) As sonoras devem ser extremamente opinativas, pois elas dão contundência

à matéria;

j) O editor deve ficar atento aos créditos que orientam a matéria. Os enganos

prejudicam a reportagem, o ideal é que além do editor outra pessoa confira o

material;

k) A edição de um debate dele levar em consideração o princípio e a

neutralidade de um conteúdo.

Paternostro (2006) acredita que a edição é uma arte, pois o editor deve usar

imagem, informação e emoção na narração de uma história no momento certo. Para

a autora, o tempo da reportagem depende da relevância do assunto e da força das

imagens. A autora ressalta que a característica de cada programa determina o estilo

de edição.

4.6 APRESENTAÇÃO

A grade de programação de uma televisão é dividida em blocos, a duração de

cada bloco depende do modelo pré-estabelecido pela produção. Para Barbeiro e

Lima (2002), essa divisão permite a inclusão da publicidade em seus intervalos e

transmissão em rede para outras emissoras. Na saída e entrada de cada bloco, são

inclusas as vinhetas, elas constituem e caracterizam o enunciado do programa.

Cabe à produção cuidar das ilustrações do programa, assim como as indicações

técnicas no texto e preparação do material de arquivo, que pode ser usado nas

notas cobertas ou em reportagens.

Os autores Barbeiro e Lima (2002) observam que é compromisso da

produção cuidar das vestimentas e acessórios dos entrevistados, para que na

retomada das gravações eles estejam sempre com as mesmas peças e não

prejudiquem a edição da entrevista. Da mesma forma é responsabilidade do

produtor anotar corretamente o nome do entrevistado. É a produção que vai ditar o

Page 48: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

48

ritmo do programa, “nada acontece num estúdio de gravação a não ser que um

produtor providencie para que aconteça” (BARBEIRO e LIMA, 2002, p. 91).

Para os autores, é importante a produção visitar o local da reportagem e

conversar com mais fontes envolvidas com o fato. Barbeiro e Lima (2002) lembram

que para tomadas externas é preciso conhecer o local e saber quais equipamentos

são necessários e adequados para produzir a reportagem. No local, a produção

deve cuidar para que não tenham de fundo objetos, frases ou pinturas que irão

prejudicar ou atrapalhar a reportagem. O cinegrafista também é responsável por

essa função.

Em transmissões ao vivo de eventos públicos, sujeitas a imprevistos de toda a ordem, inclusive meteorológicos, deixe-se a mão material stand by. Reportagens pré-gravadas com informações acessórias sobre o evento podem ser usadas em caso de emergência (BARBEIRO e LIMA, 2002, p. 93).

Um aspecto importante para os autores, que deve ser considerado em

transmissões ao vivo é o som. Manifestações, palavras de ordem devem ser

observadas para que não entrem sem ser desejadas na reportagem. Indicam os

autores que a produção deve sempre estar em contato com a equipe técnica.

Outro profissional importante é o apresentador, conhecido no telejornalismo

como âncora. Curado (2002) explica que o apresentador é o profissional

responsável pela locução dos textos diante das câmeras. Ele reconhece as notícias,

dá a elas o ritmo e a entonação de leitura conforme o tema da reportagem.

Barbeiro e Lima (2002) afirmam que na maioria das vezes o âncora não emite

opinião e nem comentário sobre o temas expostos, Segundo os autores, o

apresentador não é um artista, ele é apenas mais uma parte de um processo que

apresenta a informação. Para Barbeiro e Lima (2002), existem algumas orientações

que os apresentadores devem seguir durante a sua participação:

a) A postura do apresentador deve ser levada em consideração. Ele deve

transmitir a sensação de uma pessoa calma, segura e confiante;

b) Os objetos, como papel, caneta e outros devem estar ao alcance do

apresentador, não é aconselhável o âncora sair do seu ponto para ir buscá-

los;

c) A movimentação das câmeras não é de responsabilidade do apresentador;

Page 49: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

49

d) Imprevistos mas ao vivo acontecem com frequência, cabe ao âncora dar

sequência ao programa, improvisos como chamar outras reportagens e até

mesmo anunciar o intervalo podem ser utilizados. Não é aconselhável usar a

expressão ‘problemas técnicos’, isso pode gerar desentendimento com a

equipe técnica;

e) Cabe à produção avisar o âncora o tempo do programa. Não deixe

entrevistado ultrapassar o tempo do programa. Quando o apresentador for

interromper a fala de um entrevistado é necessário esperar uma pausa de sua

fala;

f) O apresentador no momento que for chamar o repórter deve falar sobre o

assunto e o local que ele está;

g) O âncora não deve cumprimentar o repórter se a matéria for gravada;

h) Nas saídas de bloco o apresentador deve chamar o próximo assunto;

Curado (2002) destaca que o apresentador precisa ter uma voz limpa, assim

como a pronúncia correta dos nomes de pessoas e lugares, isso demonstra a

compreensão e conhecimento da notícia. Ela ainda lembra que a roupa do

apresentador e dos repórteres, deve ser adequada ao padrão do telejornal.

4.7 PRODUÇÃO DE CONTEÚDO EM PROGRAMAS ESPORTIVOS

A produção de conteúdo em programas esportivos segue os moldes do

jornalismo tradicional, com uma diferença importante, o esporte está ligado

diretamente com a emoção de quem acompanha. Na obra Manual do Jornalismo

Esportivo, os autores Barbeiro e Rangel (2006) afirma que existem várias formas de

linguagem no jornalismo esportivo. Souza (2004) afirma que a proximidade com

gênero telejornalismo já sugere a forma de produção do gênero esportivo; com

apresentadores, entrevistas, entrevistados em estúdio, documentários e debates.

Segundo o autor, o programa de debate mais conhecido no jornalismo esportivo é o

formato mesa-redonda. Ferrareto (2000) afirma que os programas de debate estilo

mesa-redonda, são tradicionais do rádio. A intenção deste programa é aprofundar

temas da atualidade interpretando-os.

Page 50: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

50

A diferença para canais de TV Aberta e TV fechada, Paternostro (2006)

afirma, que em canais por assinatura o espectador paga um determinado valor e

escolhe o que vai assistir. O que provoca mudanças no comportamento do público,

que passou a buscar canais segmentados e qualificados em determinados assuntos.

Barbeiro e Rangel (2006) consideram que a figura de linguagem esportiva

nunca teve uma definição, o surgimento de estilos dentro das transmissões

dependia do acerto de quem criava.

Algumas tvs adotam o estilo de jornalismo personagem, em que a função não é só passar a informação, relatar o fato. É preciso “viver” aquela emoção para o telespectador. O repórter faz o papel, escala a montanha, mergulha, desce corredeiras, luta, chora, sofre e vive até a última gota a emoção do esporte. Ele é tão protagonista quanto o atleta (BARBEIRO E RANGEL, 2006, p. 55).

Entendem os autores que o repórter é o elemento mais importante do ciclo de

produção. Para eles, é necessário não confundir pequenas notas de informativo de

clubes com jornalismo esportivo.

Os autores destacam que os repórteres precisam ter algumas posturas

padronizadas durante as reportagens, entre elas;

a) não usar roupas ou objetos com patrocínios. Apesar de conviver no meio

de empresários que possuem grande poder financeiro, o repórter nunca

vender sua credibilidade:

b) ter sempre em mãos os regulamentos e regras do esporte que está

cobrindo, estudar regras e conhecê-las é obrigação do jornalista.

c) é ter cuidado em dar notícias em primeira mão, checar se está correto,

fugir da mesmice e divulgar a notícia mais aprofundada. Um repórter

esportivo deve estar em contato constante com a as fontes, mas nunca na

base de troca de favores;

d) é preciso ter cuidado em dar notícias em primeira mão, checar se está

correto, fugir da mesmice e divulgar a notícia mais aprofundada. Um

repórter esportivo deve estar em contato constante com a as fontes, mas

nunca na base de troca de favores;

Page 51: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

51

e) reportagem não é apenas notificação do fato, é necessário o

detalhamento, a escolha de um ângulo não explorado para descobri o

impacto da informação no tema escolhido;

f) é pejorativo usar o termo cartola, a palavra remete a desonestidade e

pode prejudicar pessoas inocentes;

g) Mais do que qualquer outro assunto, no jornalismo esportivo deve se evitar

o uso excessivo de adjetivos;

h) É preciso ver e rever os números citados na reportagem, erros irritam o

público e desqualificam a reportagem.

Mas Coelho (2003) explica que não é tarefa fácil conviver com jogadores, a

aproximação mais fácil geralmente ocorre nos centros de treinamento. Um

comportamento comum dos atletas é na saída dos treinos, geralmente para

televisão eles são mais solidários, participam e fazem até brincadeiras frente às

câmeras, dificilmente dizem não a uma reportagem de TV.

Barbeiro e Rangel (2006) destacam que o repórter nunca deve privilegiar um

atleta de sua preferência, falar para o público geral, não somente reportagens para o

público que acompanha diariamente as noticiam esportivas. Os autores alertam que

o jornalista não deve arriscar sua integridade física, jamais deve cobrir brigas dentro

da própria torcida. Ao entrar ao vivo de um estádio é preciso tomar cuidado com as

palavras de ordem e cânticos dos torcedores.

4.7.1 Pauta

A produção do jornalismo esportivo começa na pauta, ela que vai indicar para

o jornalista o que deve ser feito. Para Barbeiro e Rangel (2006), uma armadilha

comum no jornalismo esportivo é pautar matérias em cima da instantaneidade,

especulações são muito comuns nessa área, exemplo típico são as quedas de

treinadores que depois continuam no cargo. A pauta esportiva, afirmam Barbeiro e

Rangel (2006), em jogos de futebol virou refém de datas e horários, os jogos são

nas quartas-feiras, quintas-feiras, sábados e domingos. A televisão transmite a

maioria desses jogos, e em televisão por assinatura a transmissão é integral. Em

resumo, para Barbeiro e Rangel (2006), o jornalismo esportivo se limita a informar o

que acontece antes do jogo, o que aconteceu depois do jogo, e as entrevistas

Page 52: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

52

coletivas dos personagens. Não existe diferença de método de trabalho entre os

diferentes veículos de comunicação. Para os autores um erro comum é ver jornais

copiar a pauta da TV, a TV copiar a notícia do jornal, o rádio copiar a nota da TV e a

TV copiar a nota do rádio. Em resumo, para os autores, isso é frequente dentro do

jornalismo esportivo. Ter ideias diferentes é cada vez mais raro neste segmento.

4.7.2 Entrevista

As entrevistas são uma das principais estrelas do jornalismo esportivo, é com

ela que se descobrem grandes furos de reportagens. Coelho (2003) afirma que

nenhum jornalista pode trabalhar sem um furo de reportagem, isso é de propriedade

da profissão. Barbeiro e Rangel (2006) explicam que no rádio e na televisão a

entrevista é quase um diálogo entre o atleta e público. Algo corriqueiro no jornalismo

esportivo são as perguntas comuns que os repórteres fazem, para diferentes

esportistas, que devolvem com as mesmas respostas.

Uma das piores práticas que já se apareceu no jornalismo esportivo é a tal da entrevista coletiva. Na verdade ela só interessa ao entrevistado, quase que nunca ao entrevistador. Geralmente o assessor de imprensa que escolhe o atleta ou técnico que participará da entrevista, e em alguns casos conduz a coletiva. As perguntas acabam sendo repetidas (BARBEIRO E RANGEL, 2006, p. 38).

Para os autores, o jornalista que faz as perguntas está no papel que muitos

torcedores gostariam de estar. Questionando fatos sobre seus clubes.

4.7.3 Edição

A edição é outro processo importante na produção de conteúdo do jornalismo

esportivo. Barbeiro e Rangel (2006) indicam que é a edição que vai selecionar e

organizar de que maneira o produto vai ser mostrado para o público. Para eles,

editar um programa de televisão é como contar uma história, para isso é necessário

uma sequência lógica dos fatos. Em nenhuma outra área do jornalismo a informação

e o entretenimento estão tão próximos, alguns narradores caem no gosto popular,

simplesmente porque narram com mais emoção as partidas. Para os autores, a

Page 53: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

53

televisão cria histórias comoventes em partidas que não têm tanto significado

emotivo para o público.

Coelho (2003) conta que geralmente na televisão nada está errado em uma

partida de futebol, não é falado que o estádio está vazio, que o nível técnico é baixo,

tudo sempre está lindo.

Por outro lado, Barbeiro e Rangel (2006) comentam que nem sempre no

esporte acontece o gol decisivo ou o momento histórico de uma jornada esportiva, o

mais comum é o acontecimento de partidas monótonas e de poucos acontecimentos

relevantes. O texto, nesses dois casos, precisa ser criativo. “Um texto atraente

contém o máximo de informações relevantes distribuídas de maneira clara e criativa”

(BARBEIRO E RANGEL, 2006, p. 52).

Mas Coelho (2003) afirma que além de captar a informação é preciso

transmitir ao receptor a informação com qualidade.

Os autores afirmam que dentro do jornalismo esportivo, além da cobertura da

partida, existe o repórter que faz a prestação de serviço, esse repórter geralmente

está em meio aos torcedores informando os portões de acesso e saída do estádio,

valores de ingresso, horário e data das partidas, algum problema e também busca a

opinião do torcedor para ilustrar a reportagem.

3.7.4 Ancoragem

Segundo Barbeiro e Rangel (2006), os ancoras dos programas de jornalismo

esportivo, devem tratar o assunto com a mesma importância dos jornalistas de

economia, política etc. Mas os autores orientam alguns aspectos para a o bom

desenvolvimento da cobertura esportiva, entre elas:

a) mudanças no modelo exibido, o jornalismo esportivo ainda está agarrado a

métodos antigos de formato;

b) o âncora na transmissão esportiva tem o papel de condutor, é ele que dá

ritmo a condução do programa;

c) as transmissões baseadas somente no improviso da equipe, não são capaz

de transmitir notícias mais importantes. Faltam reportagens especiais, os

repórteres pegam carona em entrevistas coletivas, jornadas esportivas

Page 54: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

54

intermináveis e telespectadores não conseguem entender o assunto. Os

comentários são mediúnicos e as entrevistas são entediantes;

d) As jornadas não planejadas e nem pautadas não atingem o público alvo. No

rádio ainda há o modelo de narrativa com a bola rolando e pouca informação.

Para os autores, é importante o ancora deixar claro quando seu texto é

informativo, opinativo e interpretativo.

Após a revisão bibliográfica, será apresentado os outros procedimentos

metodológicos que servirão de auxílio para responder a questão norteadora e

confirmar ou não as hipóteses desta pesquisa.

Page 55: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

55

5 METODOLOGIA

O objetivo deste trabalho é investigar se o programa Redação Sportv é um

observatório da imprensa esportiva e de seu conteúdo ou se pauta dela para

produzir seu programa. O método da investigação será por meio da Análise de

Conteúdo. A referência aplicada será a obra bibliográfica da socióloga francesa

Laurence Bardin (2011), Análise de Conteúdo. Para autora, a Análise de Conteúdo

enriquece a tentativa exploratória, aumenta a orientação à descoberta. Outra obra

de referência para a abordagem deste tema e também para as técnicas será

Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação, dos autores Jorge Duarte e

Antonio Barros (2005).

5.1 MÉTODO ANÁLISE DE CONTEÚDO

A Análise de Conteúdo passa por três processos de estruturação de análise,

segundo Bardin (2011), são eles: a pré-análise; a exploração do material; o

tratamento dos resultados obtidos, inferência e interpretação.

A pré-analise, explica Bardin (2011), é a fase de organização propriamente

dita, o pesquisador utiliza a intuição para reunir os materiais necessários, de

maneira flexível, podendo incluir novos documentos no decorrer da investigação.

Tem como objetivo tornar operacional e sistemático as ideias, para seguir uma linha

de desenvolvimento do trabalho, no plano da análise. Nesse ponto existem três

objetivos: a escolha dos documentos a serem submetidos à analise, a formulação

das hipóteses e dos objetivos e a elaboração dos indicadores que comprovam o

resultado final. A autora explica, que a escolha dos documentos e a leitura flutuante

são os primeiros contatos com os documentos a serem analisados, o pesquisador

deve orientar-se pelas impressões e indicações dos textos. Em seguida, a

formulação das hipóteses e dos objetivos, nessa fase o pesquisador faz afirmações

provisórias, podendo ou não se confirmar no decorrer do trabalho. No processo de

pré-analise, a referenciação dos índices e a elaboração dos indicadores são

importantes para considerar os textos como instrumentos de análise e orientar a

organização.

Depois de concluído esse processo, Bardin (2011) entende que a exploração

do material deve ser feita de maneira manual, codificando e transformando os dados

Page 56: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

56

em unidades classificadas por categorias. Por fim, o tratamento dos resultados

obtidos e interpretação, que para a autora são os resultados brutos a serem

validados. Esses dados são submetidos a testes de validação e provas estatísticas

para maior rigor na soma de resultados. A análise, possuindo resultados relevantes

pode adiantar interpretações, sugerir inferências.

Na segunda fase, entra a codificação, Bardin (2011) justifica a importância de

existir hipóteses e técnicas adequadas dentro de um quadro teórico. Para a autora, a

codificação é uma transformação dos materiais dos dados brutos dos textos. Nessa

fase é necessário definir se a pesquisa será qualitativa ou quantitativa.

O sociólogo Roberto Jarry Richardson (1999) explica, em seu livro Pesquisa

Social, as diferenças entre pesquisas qualitativas e quantitativas. Para o autor, as

pesquisas quantitativas representam a possibilidade de alcançar a garantia de

precisão dos resultados, “amplamente utilizado na condução da pesquisa, o método

quantitativo representa, em princípio, a intenção de garantir a precisão de

resultados, evitar distorções de análise e interpretação” (RICHARDSON, 1999, p.

70).

Já as pesquisas qualitativas se diferenciam por não utilizarem um recurso

estatístico, não tem e intenção de classificar por números ou quantidades a análise

do problema e sim pela qualificação do problema apresentado. “A abordagem

qualitativa de um problema, além de ser uma opção do investigador, justifica-se,

sobretudo, por ser uma forma adequada para entender a natureza de um fenômeno

social” (RICHARDSON, 1999, p. 79). É possível que se possam extrair informações

qualitativas, por meio de estudos necessariamente quantitativos.

Bardin (2011) entende que tanto a análise quantitativa quanto a qualitativa

são válidas. A escolha deve partir do olhar clínico e da compreensão do observador,

para utilizar o meio mais favorável e de maior transparência no alcance do resultado.

No plano metodológico, a querela entre a abordagem quantitativa e qualitativa absorve certas cabeças. Na análise quantitativa, o que serve de informação é a frequência com que surgem certas características do conteúdo. Na análise qualitativa é a presença ou ausência de uma dada característica de conteúdo ou de um conjunto de características num determinado fragmento de mensagem que é tomado em consideração (BARDIN, 2011, p. 26-27).

Page 57: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

57

Observando essas particularidades e a intenção do trabalho, conclui-se que

abordagem para a exploração do problema será por intermédio da pesquisa

qualitativa.

O terceiro passo é a categorização. Para Bardin (2011), tratando-se desses

estudos, a maioria deles se utiliza de categorização. Mas não é uma etapa

obrigatória em qualquer análise de conteúdo. A categorização é o processo de

classificação dos elementos, organizados por princípios em comum. A autora

destaca que os critérios de categorização podem ser divididos em: semântico,

divididos por categorias temáticas; verbos sintáticos, adjetivos; léxicos, classificados

por palavras conforme seus sentidos, sinônimos e sentidos próximos; expressivos,

por exemplo, categorias que classificam perturbações da linguagem.

Existem várias categorias disponíveis para estudo. Para a realização de um

bom trabalho é necessário escolher boas categorias. Para Bardin (2011), um

conjunto de boas categorias precisa ter algumas particularidades, entre elas: a

exclusão mútua, que significa que cada componente não pode existir em mais de

uma divisão; a homogeneidade, a base da categoria anterior depende da

homogeneidade das categorias; a pertinência, ela só é considerada pertinente

quando está adequada ao material de análise escolhido ou pertence ao quadro

teórico definido; a objetividade e fidelidade, os diferentes fragmentos de um mesmo

objeto ao qual se aplica a mesma linha classificatória, devem ser codificados da

mesma maneira. As variáveis devem ser definidas claramente pelo organizador da

análise; a produtividade, que deve oferecer dados exatos, resultados férteis em

índices de inferências, e novas hipóteses, só assim esse conjunto será considerado

uma categorização produtiva.

A penúltima etapa é a inferência, Bardin (2011) entende como um processo

de indução para chegar às causas inferidas. Semelhante ao mecanismo que é

utilizado na comunicação, de um lado: a mensagem, e significado de código e seu

suporte; do outro: o emissor e o receptor, representando os pólos da inferência.

A última fase é o tratamento informático. Para Bardin (2011), o mais comum em

métodos quantitativos. A autora destaca quatro pontos fundamentais para essa

abordagem. O primeiro ponto é a utilidade do ordenador para a análise de conteúdo:

a) -O ordenador pode ser solicitado em caso de a unidade de análise for a

palavra, o indicador será frequente;

Page 58: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

58

b) A análise é complexa e comporta um grande número de variáveis; quando

pretende-se utilizar uma análise que tenha duas ou mais variáveis na mesma

unidade de registro;

c) O estudo necessita de várias análises frequentes;

d) A análise precisa no seu término da investigação de operações estatísticas e

numéricas complexas.

No segundo ponto, são análises feitas por ordenadores. Para a autora, são

procedimentos feitos sem nenhuma categorização anterior. Geralmente é realizado

por meio de entrevistas, divididos em grupos específicos. Em seguida a frequência

de cada palavra em cada segmento, para uma definição fatorial e descobrimento de

fatores comuns propensos a uma interpretação da matriz associada. O terceiro é o

tratamento dos dados codificados, que completa os procedimentos analíticos, feitos

manualmente pelo ordenador. Por fim, a autora destaca que a orientação atual das

investigações, tem importância o diálogo, a adaptação, interação e atualização dos

componentes informáticos.

5.2 TÉCNICAS

Para este procedimento serão utilizadas as seguintes técnicas de pesquisa:

revisão bibliográfica, entrevista por meio de questionário e observação.

5.2.1 Revisão Bibliográfica

No artigo Pesquisa Bibliográfica, a autora Ida Regina Stumpf (2005)

argumenta que, num sentido amplo, todo trabalho científico necessita de uma

pesquisa bibliográfica. A autora lembra que se trata da única técnica utilizada tanto

na elaboração de um trabalho científico como na entrega de uma apresentação final

de uma disciplina.

A pesquisa bibliográfica, para Gil (2008), apesar de todos os estudos exigirem

a natureza deste método, é a possibilidade do investigador ampliar sua pesquisa

para diversos meios, além daquela que ele iria pesquisar diretamente. O autor

Page 59: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

59

entende que os registros, na sua grande maioria livros e artigos científicos são a

melhor forma de guardar informações e a fonte mais indicada de pesquisa.

Destaca Stumpf (2005), que é importante a revisão para o pesquisador

conhecer algo que já existe e estabelecer bases com a literatura existente sobre o

tema. A autora lembra que durante toda a vida acadêmica a revisão bibliográfica é

utilizada continuamente.

A autora entende que a revisão deve ser feita por meio de um conjunto de

objetivos para identificação, seleção, localização e obtenção de documentos. Nessa

etapa, ela explica que a escolha do tema necessita ser precisa e ainda limitar o

campo geográfico que o pesquisador irá desenvolver o trabalho.

Para a autora, a primeira fonte a ser pesquisada para indicar a bibliografia é o

seu orientador. O orientando deve ser alguém que tenha conhecimento na área de

pesquisa desejada e também conhecimento das fontes bibliográficas secundárias.

Ela entende que essas fontes podem ser impressas, ou em CD-ROM, ou em

consultas via redes eletrônicas. Stumpf (2005) explica quais são as principais fontes

secundárias.

a) Bibliografias especializadas possuem ligação direta com o tema publicado e

sobre o determinado assunto em um período especifico;

b) Índices com resumo possuem correntes de artigos periódicos, em seu

conteúdo existe a referência e o resumo de cada item;

c) Portais são à entrada de acesso em vários serviços e buscas, inclusive

bibliográfica, disponíveis em sites que tem base de arquivos permanentes;

d) Resumo e teses de dissertações possuem nessas publicações indicação do

autor, título, orientador, ano e o nome da dissertação e tese defendida nos

programas de pós-graduação realizados e outros países;

e) Catálogos de bibliotecas é a relação da obra de uma biblioteca, com autor,

título e assunto;

f) Catálogos das editoras, pois editoras especializadas publicam livros em

diferentes áreas do conhecimento.

Page 60: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

60

Depois de identificados os itens de interesse que farão parte da bibliografia o

próximo passo, para a autora, é a localização dos documentos. para isso, indica a

consulta a biblioteca local e a utilização dos catálogos.

A leitura e transição de dados é a última etapa, segundo Stumpf (2005).

Depois de o estudante adquirir os documentos, ele precisa estabelecer suas

prioridades e os interesses dos mesmos para cada tema. Os temas abordados

poderão ser registrados em fichários. Por isso é aconselhável utilizar-se de palavras-

chave, principalmente aqueles assuntos que são temas básicos.

A revisão bibliográfica resultou em três capítulos nesta pesquisa: História do

Jornalismo Esportivo, contextualizando a evolução da mídia na cobertura esportiva;

Gêneros de Programa de TV, classificando os gêneros e formatos da televisão;

Produção de Conteúdo na TV, orientando as formas de produção de conteúdo na

televisão. Com referência de autores dos temas escolhidos, a pesquisa bibliográfica

sustenta a análise. A outras técnicas citadas também são importantes para orientar

o desenvolvimento e validar esta monografia.

5.2.2 Observação

A observação é parte da natureza. Para o autor Antônio Carlos Gil (2008), em

seu livro Como Elaborar Projetos de Pesquisa, a observação pode ser uma técnica

se ela obedecer algumas regras de estruturação, organizando elementos

fundamentais para a pesquisa. Começando pela construção do problema, seguindo

pela formação da hipótese, coleta e interpretação dos dados. O autor entende que,

embora a observação seja apenas um dos sentidos para adquirir entendimento, ela

pode ser considerada como instrumento cientifico à medida que sirva para um

formulário de pesquisa, tenha um sistema de planejamento e seja submetido à

verificação, controle de validades e precisão. Para ele, essa técnica tem vantagem

sobre as outras, pois não utiliza de intermediários e a subjetividade social da

investigação tende a ser reduzida.

Gil (2008) indica que a observação pode ter formas não estruturadas e adotar

algumas classificações; entre elas a observação simples, que o pesquisador é mais

um espectador do que um autor fica afastado da situação em que pretende estudar,

analisa de maneira voluntária os fatos que acontecem. Este meio pode ser chamado

Page 61: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

61

também de observação-reportagem, pois apresenta técnicas semelhantes às

utilizadas por jornalistas.

Para o autor, as vantagens de utilizar a observação simples é ter a

possibilidade de obter elementos para a definição de problemas de pesquisa. A

técnica facilita a construção de hipóteses em torno do problema pesquisado, oferece

a obtenção de dados sem produzir persuasão ou suspeitas nos membros das

comunidades. Gil (2008) indica que, em contrapartida, a observação simples

apresenta algumas desvantagens, como o encaminhamento das preferências do

pesquisador, na maioria das vezes sua atenção é desviada para um lado diferente, o

registro da observação é sujeito da memória do pesquisador, abre a possibilidade de

uma interpretação subjetiva ou superficial do problema pesquisado.

A pesquisa de observação simples, para o autor, é mais bem direcionada a

estudos qualitativos, principalmente a estudos exploratórios. Apesar de ser muito útil

em pesquisas de caráter público, somente essa técnica não é suficiente para testar

hipóteses ou descrever com clareza as características de uma população ou de um

grupo pesquisado.

A observação participante, como o próprio nome já sugere, Gil (2008) aponta,

que o pesquisador interage realmente com a comunidade pesquisada. Nesse caso,

o pesquisador assume, de algum modo, um papel de membro do grupo. “Daí por

que se pode definir observação participante como a técnica pela qual se chega ao

conhecimento da vida de um grupo a partir do interior dele mesmo” (GIL, 2008, p.

103).

No artigo Observação Participante e Pesquisa-ação, a autora Cecília Maria

Krohling Peruzzo (2005) explica que a pesquisa participante consiste em inserir o

pesquisador no ambiente em que ocorre o fenômeno, além de interligar com a

situação investigada. A pesquisa participante pode ser um dos recursos mais usados

na área da Comunicação Social, seguindo duas situações. A primeira é a realização

de uma pesquisa inovadora e qualitativa, que permita chegar ao nível elevado de

profundidade. A segunda é a iniciativa de ir além, em relação aos estudos críticos,

isso significa ultrapassar a constatação crítica em relação à manipulação da mídia e

seu poder.

Peruzzo (2005) lembra que a pesquisa participante tem algumas finalidades,

como observar acontecimentos relevantes na área das comunicações ligadas com o

desenvolvimento social, realizar estudos de absorção de conteúdos da mídia, que

Page 62: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

62

transcendam os meios existentes, e a utilização de resultados a partir da pesquisa,

para retornar ao grupo pesquisado em seu próprio benefício.

A observação sistemática, Gil (2008) cita que a é usada em pesquisas que

necessitam de precisão, na apresentação dos resultados das teses de hipóteses ou

fenômenos estudados.

A observação sistemática pode ocorrer em situações de campo ou de laboratório. Nestas últimas, a observação pode chegar a certos níveis de controle que permitem defini-la como procedimento quase experimental. Muitas das pesquisas realizadas no campo da psicologia experimental foram na realidade desenvolvidas a partir de observação sistemática (GIL, 2008, p. 103).

O autor lembra que nesses estudos o pesquisador já sabe previamente os

aspectos do grupo, que são relevantes para seu estudo alcançar o objetivo

pretendido. Por esse motivo, previamente o observador traça um plano a ser

seguido. Inicialmente foi elaborada a entrevista por meio de questionário para ser

enviada por e-mail à produção do programa. Com a intenção de qualificar o trabalho

e a disponibilidade do pesquisador ir até o local da emissora, a pesquisa participante

também foi realizada, no canal Sportv, que será apresentado a seguir.

5.2.2.1 Corpus da pesquisa

O Sportv9 foi um dos primeiros canais da Globosat, inaugurado em 19 de

outubro de 1991. No início chamava-se TopSports, nome que foi substituído em

1994 para o atual. No Brasil, o Sportv está entre os canais exclusivos destinados a

conteúdo esportivo e desde então transmite eventos e programas próprios. A

emissora ainda possui outros dois canais o Sportv 2 e Sportv 3.

Em 2003, a TV Globo assumiu a responsabilidade editorial dos programas

SporTV. O diretor escolhido foi Emanoel Mello Mattos. Iniciou por Mattos a produção

de programas diários ao vivo. O Redação Sportv foi o primeiro programa criado com

apresentação ao vivo no canal. O Redação Sportv vai ao ar de segunda a sexta-

feira, às dez horas da manhã, com duas horas de duração no Sportv, e reprisado em

horários alternados no Sportv 2 e Sportv 3.

9 Fonte http://repositorio.unesp.br/handle/11449/89517/ Acessada em 10 de setembro de 2015.

Page 63: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

63

Em seu formato, apresentador e dois outros convidados debatem sobre os

assuntos noticiados pelos meios de comunicação, especialmente jornais impressos

diários de todo o país e do mundo. Outra característica é a participação de

repórteres de várias cidades do Brasil.

Inicialmente o Redação Sportv foi apresentado pelo narrador da Rede Globo,

Luís Roberto. O atual apresentador por André Rizek, que já foi editor da Playboy,

editor da Veja, trabalhou na Placar. Em 2005 tinha contrato com a Editora Abril, mas

participava de programas e comentava jogos pelo Sportv. Em 2009, Rizek passou a

ser funcionário da Rede Globo. Em 2010, assumiu como apresentador o editor chefe

do Redação Sportv.

André Rizek e a produção do programa viabilizaram a pesquisa no local de

apresentação e produção do Redação Sportv, no Rio de janeiro. Que é o assunto

apresentado na sequência deste capítulo.

5.2.2.2 Diário de campo

A possibilidade de visitar o Redação SporTV iniciou em um contato com a

Mariana Ozzelame. Mariana trabalha no núcleo do SporTV que fica na redação da

RBS TV em Porto Alegre. Após o primeiro contato, a coordenadora do núcleo me

passou o telefone do canal SporTV, e me disse para falar com o Eduardo Nunes ou

a Bete Fernandes, produtores do programa.

Na primeira ligação que fiz, atendeu-me Bete Fernandes. Passei o motivo do

meu contato. Prontamente me indicou para falar com o Eduardo Nunes, segundo

ela, o produtor seria a melhor fonte para esclarecer a minhas dúvidas. Bete copiou

meu endereço de e-mail e no mesmo dia me retornou a conversa, encaminhada

também para Eduardo Nunes e o André Rizek. Combinamos a visita.

No dia 8 de outubro, às seis da manhã, embarquei no Aeroporto Salgado

Filho para o Rio de Janeiro, cidade local do SporTV. Cheguei ainda pela manhã, um

dia antes da data da visita estipulada. Ao chegar mandei um e-mail avisando da

minha chegada e reafirmando a visita na data prevista.

Na sexta-feira, dia 9 de outubro, às oito horas da manhã, cheguei ao prédio

da Globosat, que fica na Barra da Tijuca. Na entrada do prédio fui recebido pela

recepcionista. Atrás dela, no hall de entrada, existia um painel com

Page 64: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

64

aproximadamente 20 televisores grandes de ultima geração, cada um deles em um

canal diferente de exibição da Rede Globosat, existentes no prédio.

Apresentei-me a ela e solicitei para falar com a Bete ou o Nunes. Ela entrou

em contato com eles e me avisou que a entrada estava autorizada. Entregou-me um

crachá de visitante e me indicou o caminho que tinha que seguir até chegar ao

SporTV. Ao chegar, encontrei a porta fechada, abri e estava na redação do SporTV.

Logo Nunes apareceu, nos apresentamos, em seguida me mostrou um pouco do

espaço. A Redação era grande, vários computadores enfileirados em ilhas, mas

poucas pessoas estavam trabalhando. Avistei André Rizek conversando com um

produtor e pude perceber que discutiam, a entrada de uma matéria ao ar.

Nunes e eu sentamos em uma dessas mesas da ilha de produção e logo

iniciei a entrevista. Rizek continuou em seu computador olhando sites e discutindo

com a produção o andamento do programa. Após a entrevista concluída, Nunes me

indicou para fazer as perguntas para Rizek, depois do término do programa, pois,

segundo ele, aquele momento não era o ideal, o apresentador estava ocupado

preparando o programa.

Notei que depois das 9h os repórteres e a produção do canal chegaram em

maior número na redação. Aproximadamente 9h15 os convidados do programa, Xico

Sá e André Loffredo chegaram na redação. Apenas cumprimentaram o apresentador

e alguns integrantes da produção e logo se dirigiram ao camarim. Não notei

nenhuma conversa sobre as pautas e demais assuntos que seriam discutidos no

programa. André Rizek logo desceu e juntou-se a eles no camarim. Nesses

momentos que acompanhei, pouco notei de preparação para o programa que iria

entrar logo no ar. A comunicação entre os colegas era pouca, nenhuma orientação

especifica foi passada antes da ausência do apresentador na redação.

Em seguida, Eduardo Nunes me encaminhou para o Suíte de Produção para

acompanhar de lá a exibição do programa. Na produção tinha o editor de imagens, o

controlador de artes, o editor de GC, o técnico de áudio, o responsável pelas

entradas ao vivo, e a diretora do programa responsável pela produção e

comunicação com o estúdio..

A comunicação entre apresentador e produção era feita durante a exibição do

programa. Em determinados momentos, Rizek falava com a produção ao vivo. Os

detalhes, ajustes e conversas que antes eu não tinha notado entre produção e

apresentador eram feitos durante a exibição do programa. As entradas ao vivo foram

Page 65: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

65

testadas durante a exibição do Redação. No segundo bloco, a participação ao vivo

do repórter André Hernan, direto do Chile, não pode ir ao ar por problemas técnicos.

O repórter gravou um Stand Up10e enviou para a produção. Em outra entrada ao

vivo, de Barcelona, o repórter Fernando Kallás pediu o nome dos convidados da

bancada, momentos antes da entrada ao vivo. A maioria dos quadros e reportagens

era alterada no ar, ao vivo, conforme a conversa ia se desenrolando no estúdio. Em

um momento a classificação da Eurocopa foi citada pelo apresentador que solicitou

para mostrar o gráfico. O gráfico estava errado e foi solicitado pelo mediador a

alteração. No momento que a alteração do gráfico estava sendo feita, outra matéria

entrou no ar e o mesmo profissional que estava alterando o gráfico era o que fazia

os GCs. A matéria ficou sem identificação das pessoas e quando a imagem voltou

para bancada o apresentador deu os devidos créditos.

No decorrer do programa, próximo das 11h20, questionei se não poderia falar

com o primeiro apresentador do programa Marcelo Barreto, pois ele tinha recém

chegado. A produção entrou em contato com Barreto que aceitou, me desloquei até

a redação e fiz algumas perguntas a ele. Após concluída as perguntas com Barreto,

me dirigi até o camarim, para realizar o questionário com André Rizek. Ao entrar

camarim, Rizek me informou que estava com compromisso marcado, e que as

perguntas deveriam ser rápidas. Inicie o questionário, mas o tempo não foi suficiente

pra conclusão. Por isso o apresentador me deu o número do seu telefone celular

para a conclusão das perguntas, via telefone.

Subi até a redação do canal e informei que estava de saída. Agradeci a

oportunidade e me despedi de todos. Logo depois telefonei para Rizek e finalizei o

questionário por telefone, concluindo todas as perguntas previstas. Além da

observação participante, a observação simples foi realizada, que é o tema do

próximo capítulo.

5.2.2.3 Decupagem

A observação simples ocorreu por meio da decupagem de três programas de

duas horas, resultando em seis horas de programação observados. A pesquisa

transcreveu os principais detalhes e todas as falas reproduzidas nos programas.

10Quando o repórter faz uma gravação no local do acontecimento. PATERNOSTRO, 2006, p. 221.

Page 66: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

66

O critério de escolha levou em consideração diferentes dias da semana em

diferentes semanas: o programa de segunda-feira, dezessete de agosto de 2015,

representava o conteúdo de pós-rodada do final de semana; de quarta-feira, nove

de setembro de 2015, representava a pré-rodada do meio de semana; dois de

outubro de 2015, sexta-feira, a pré-rodada de final de semana e apanhado geral de

todas as informações exibidos naquela semana. Os programas decupados

encontram-se nos anexos ao final desta monografia.

5.2.2.4 Entrevista

Segundo Gil (2008), a entrevista é a técnica de investigação que o

pesquisador faz para o entrevistado por meio de perguntas, preferencialmente

objetivas, referentes à obtenção de dados para sua pesquisa. A entrevista nesse

caso funciona como um diálogo, uma interseção social. O pesquisador faz a coleta

de dados e a outra parte se dispõe como fonte de pesquisa.

A entrevista é uma das técnicas de coleta de dados mais utilizada no âmbito das ciências sociais. Psicólogos, sociólogos, pedagogos, assistentes sociais e praticamente todos os outros profissionais que tratam de problemas humanos valem-se dessa técnica, não apenas para coleta de dados, mas também com objetivos voltados para diagnóstico e orientação(GIL, 2008, p. 109).

Muitos autores, lembra Gil (2008), consideram a técnica da entrevista como

semelhante ao que é o tubo de ensaio na Química e o microscópio na Microbiologia.

-O autor destaca, que, por ser uma técnica flexível, adotada como fundamental na

investigação dos mais diversos campos de estudo. Para o autor parte importante no

desenvolvimento das Ciências Sociais na última década. Gil (2008) divide as

entrevistas em:

a) Entrevista formal: é a de menor estruturação, se diferencia de uma simples

conversa, pois tem por trás dela a intenção de coletar dados para a pesquisa;

b) Entrevista focalizada: é tão livre quanto a formal, a diferença é que nessa

existe um tema especifico;

c) Entrevista por pautas: se orienta por uma relação de aspectos que interessam

ao pesquisador;

Page 67: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

67

d) Entrevista estruturada: também chamada de questionário, é criada por meio

de uma relação fixa de perguntas iguais para todos os entrevistados.

No artigo Entrevista em Profundidade, o autor Jorge Duarte (2005) classifica

três tipos de entrevista: a aberta, a semi-aberta e a fechada. A entrevista aberta,

para o autor é exploratória e flexível, não existe uma determinação de parâmetros ou

questões de resposta. Seu início geralmente é uma questão ampla ou tema de

escolha livre, a profundidade é determinada a partir dos aspectos identificados pelo

entrevistador. “A capacidade de aprofundar as questões a partir das respostas torna

esse tipo de entrevista muito rico em descobertas.” (DUARTE, 2005, p 65).

Outra definição é a entrevista semi-aberta, esse modelo surge a partir de um

roteiro de questões definidas, adequadamente ao interesse do pesquisador. “A lista

de questões desse modelo tem origem no problema de pesquisa e busca tratar da

amplitude do tema, apresentando cada pergunta da forma mais aberta possível”

(DUARTE, 2005, p 66).

O autor entende que o roteiro de questionamento necessita de poucas

perguntas, mas elas precisam ser suficientes para dar profundidade às dicções. A

relação das perguntas principais pode ser adaptada e alterada no transcorrer das

entrevistas.

A entrevista fechada, para Duarte (2005), é a entrevista feita por intermédio de

questionários estruturados, com perguntas iguais para todos os entrevistados, para

que dessa forma ocorra uma ligação com as comparações das respostas. A autora

explica que dessa forma é possível fazer rapidamente análises, diminuir as

interpretações e fazer uma comparação com outras entrevistas equivalentes

(DUARTE, 2005).

O questionário estruturado, muitas vezes, é utilizado para dar subsídio inicial ou para aprofundar resultados obtidos em entrevistas em profundidade. Pode ser empregado como item complementar de uma entrevista semi-estruturada, por exemplo, buscando traçar o perfil dos respondentes (DUARTE. 2005, p. 67).

A entrevista por meio de questionário, entende Gil (2008), é a técnica em que

o pesquisador formula perguntas a partir das pesquisas objetivas, no que diz

respeito à obtenção de elementos que contribuam para a formação do trabalho

Page 68: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

68

científico. Algumas das contribuições da entrevista são as possibilidades de obter

dados referentes aos mais diversos aspectos sociais. A técnica é muito eficaz para

agregar resultados do âmbito social, a eficiência para obter dados que envolvem o

comportamento humano. As informações coletadas são propensas para a

classificação e quantificação de análise.

A definição de questionário, considera Gil (2008), é a técnica de investigação

utilizada a partir de uma soma de perguntas, objetivas às pessoas para adquirir

informações sobre seus comportamentos, crenças, interesses, projeções,

conhecimentos, preferências e etc.

[...] A construção de um questionário precisa ser reconhecida como um procedimento técnico cuja elaboração requer uma série de cuidados, tais como: constatação de sua eficácia para verificação dos objetivos; determinação da forma e do conteúdo das questões; quantidade e ordenação das questões; construção das alternativas; apresentação do questionário e pré-teste do questionário (GIL, 2008, p.122).

O questionário técnico também tem limitações, identifica Gil (2008), a

exclusão de pessoas que não sabem ler nem escrever, algumas vezes apresentam

graves distorções nos resultados das investigações. Há uma falta de auxilio nos

esclarecimentos de dúvidas, não tem alcance amplo do número total de pessoas

que deveriam ser entrevistadas.

O autor conclui que as vantagens de utilizar a entrevista por questionário são

as possibilidades de alcançar um grande número de pessoas, mesmo que estejam

longe geograficamente. O questionário pode ser enviado por diversos sentidos: a

diminuição de gastos com o projeto, o anonimato das pessoas, as entrevista pode

ser respondida no momento que o entrevistado achar mais conveniente, não existe a

influência de respostas de outros entrevistados.

As entrevistas, para Gil (2008), na maioria das vezes podem ser face a face

ou por telefone. Para o autor, a vantagem da entrevista por telefone é a agilidade, a

redução de custos, o fácil agendamento e maior aceitação. As desvantagens são a

possibilidade de interrupção pelo entrevistado, menor número de informações e

impossibilidade de descrever as características do entrevistado.

Gil (2008) indica que as entrevistas devem ser realizadas individualmente,

mas em alguns casos elas são feitas em grupo, essa técnica é conhecida como

focus group, o número de pessoas no grupo varia entre 6 e 12 pessoas e o tempo

Page 69: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

69

dura em média 2 a 3 horas. O autor argumenta que não existe uma maneira correta

para se determinar o desenrolar de uma entrevista, a entrevista depende muito dos

objetivos e dos aspectos que envolvem a pesquisa

Antes de ser feita a entrevista, orienta o autor, a necessidade de um contato

inicial, uma conversa amigável e de muita cordialidade. As perguntas só devem ser

feitas quando o entrevistado estiver preparado para dar a informação desejada.

Outro aspecto importante é o estimulo para respostas completas, isso auxilia

no melhor entendimento das questões respondidas (GIL 2008). Trabalhos em grupo,

o autor explica que é preciso impedir discussões de política, religião e outros

assuntos que desvirtuam a entrevista.

Os registros das questões podem ser feitas por uso de gravador ou anotação,

fundamental para a garantia de confiabilidade da entrevista a documentação das

respostas. Por questões éticas, o entrevistado deve responder ao questionário sem

pedir nada em troca. (GIL 2008).

5.2.2.5 Realização das entrevistas

Foram elaborados dois questionários para esta pesquisa; um para produção e

outro para o apresentador do programa. As entrevistas inicialmente tinham sido

desenvolvidas para ser encaminhadas por e-mail. Como houve a possibilidade do

pesquisador acompanhar o programa ao vivo, o questionário foi aplicado

presencialmente. Com o apresentador, a pesquisa iniciou pessoalmente e encerrou

por telefone. As entrevistas foram realizadas com Eduardo Nunes, produtor do

programa; Marcelo Barreto, ex-apresentador do programa; André Rizek, atual

apresentador do programa.

a) Produtor do programa Redação Sportv, Eduardo Nunes.

1) Qual a sua experiência no Jornalismo, em especial, do Jornalismo

Esportivo?

Pra mim começou de uma maneira diferente, porque eu comecei como atleta, eu

joguei profissionalmente 11 anos, futebol. Minha formação foi na Universidade da

Região da Campanha (URCAMP) Fiz uma especialização na Irlanda em Jornalismo

Esportivo, quando ainda jogava lá, foi na Universidade Nacional da Irlanda. Depois

Page 70: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

70

que eu canalizei para essa área do Jornalismo Esportivo. Comecei trabalhando no

COB (Comitê Olímpico Brasileiro), aqui no Rio de Janeiro, nos jogos Pan-

Americanos em 2007. Depois eu comecei na TV Globo como prestador de serviço,

aqui. Depois fui efetivado na Globo, no SporTV. A experiência é continua e diária

evoluindo a cada dia. O que me ajudou muito, que já tinha experiência na prática.

Por ter participado de muitos eventos esportivos. Joguei na Europa por um bom

tempo, e aí isso me ajuda a conciliar essa parte do Jornalismo Esportivo, do esporte

e a comunicação.

2) Como surgiu o programa Redação SporTV?

Essa ideia foi do pessoal do SporTV, quando nem era aqui (Rio de Janeiro)ainda,

não era aqui na Barra, era lá na Itapiru, outro local, com outro apresentador, o

Marcelo Barreto. O pessoal sentia uma carência de como enxergar a imprensa

dentro do jornalismo esportivo. Aí tiveram essa ideia, inicialmente era apanhado de

jornais de todo país, que gerava um debate muito interessante no dia-a-dia. Nisso foi

evoluindo e hoje um dos principais programas do canal.

3) Qual o perfil do programa? Ele foi inspirado em algum outro?

Não, por isso que demorou um pouquinho para conseguirem um formato exato. Ele

foi um programa elaborado inicialmente para ser uma apresentação de jornais na

televisão. Mas aí acabou tomando uma proporção muito grande pela questão do

debate que propôs. Foi então, que ele tomou identidade própria. Ele hoje ele tem um

perfil mais crítico, um programa que tem um debate com a crítica, com a opinião

mais contundente.

4) O que você diferencia o programa das outras mesas-redondas esportivas

das TVs e do rádio?

A opinião, a opinião crítica e principalmente vinculada à imprensa. Nunca no

Redação tem uma pauta especifica que não seja vinculada à imprensa, sempre é

vinculada à imprensa, algo que tenha saído no rádio, na TV e no jornal.

5) De que maneira os usuários da internet contribuem com o programa?

Hoje em dia é uma ferramenta fundamental, principalmente a interatividade com os

convidados, com os participantes, com público. A gente tem o Twitter, tem a questão

Page 71: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

71

dos e-mails que chegam muitos, muitas pautas, muitas perguntas, reclamações e

sugestões também. Isso hoje em dia, é uma via de mão dupla com o telespectador.

6) Quais os desafios de fazer um programa diário?

A cada dia tem que se pensar algo diferente, isso não é uma tarefa fácil, porque são

vários assuntos, várias questões a serem abordadas, principalmente na questão da

evolução da informação. Para a gente, a informação chega muito rápido, todo

mundo tem acesso. Então, é um desafio diário de não deixar passar nada

importante, principalmente pinçar as coisas mais relevantes que possam ser

contundentes para poder manter um êxito nessas duas horas que ele fica no ar.

7) O Redação possui uma equipe própria exclusiva pro Redação? Quem faz

parte desta equipe?

Existem aproximadamente 12 pessoas que participam da produção do Redação,

divididos entre editores de imagem, câmeras, pessoal da exibição, diretor do

programa, controle e produção de entradas ao vivo. Durante a semana geralmente

são as mesmas pessoas que trabalham no horário do Redação, mas não exclusivos.

Fizemos também produção para os outros programas. No final de semana que não

tem a exibição do Redação, acabamos fazendo de tudo um pouco

8) Como são definidas as pautas e de que maneira é feita a produção?

A equipe faz uma reunião logo de manhã cedo, pelas umas seis 6h30 e 7h,

discutindo o espelho: o que vai tratar, o que vai ser tratado, como que vai conduzir o

programa no dia, porque sempre tem uns assuntos primordiais. Por exemplo, hoje

vão falar da Seleção Brasileira, da derrota, da derrota de ontem. Sempre tem algum

assunto que é o carro chefe do dia. E aí vai vendo alterações que podem ser feitas,

como isso pode atingir de maneira mais efetiva o público em casa. A pauta geral do

programa passa pelo André Rizek, e a equipe que estará com ele.

9) Como são utilizadas as produções de outras praças?

Caso forem afiliadas da Rede Globo não temos nenhuma restrição para utilização do

material. Podemos editar e reproduzir da maneira que acharmos melhora para o

Redação.

Page 72: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

72

10) Como são definidas as entradas ao vivo do programa?

Elas funcionam através de links com praças, a gente geralmente tem São Paulo pra

abordar os clubes de lá. A gente tem bastante entrada de Porto Alegre falando da

dupla Grenal. E também de Belo Horizonte pra falar de Atlético Mineiro e Cruzeiro. A

gente negocia, consegue toda a infraestrutura, a gente faz todo nosso trabalho, o

link e fica ao vivo e agente exibe por aqui. consegue um participante lá para abordar

os temas que o Rizek propôs. E aí eles debatem, né. É uma interatividade dentro do

programa.

11) Qual o motivo de mostrar manchetes de jornais impressos e online no

programa?

A amostragem de jornais é para ter integração com os veículos. Destacar a

imprensa de uma maneira geral. Hoje, por exemplo, vai ter várias manchetes

abordando a derrota do Brasil, mostrando como os jornais enxergam essa derrota. É

uma forma de diversificar o espelho, mostrar outras linguagens e outras visões

12) Qual o papel na âncora na apresentação e no debate?

É o principal, no caso por ser o editor chefe responsável pelo programa, ele que

cuida dessa parte específica de que forma vai ser tratado cada assunto e de que

forma vai ser abordado. Para não ter ruídos na questão do debate, porque o debate

cada um tem a sua opinião, mas o centralizador é sempre o Rizek.

13) O tempo de duas horas é adequado para esse perfil de programa?

Isso é uma determinação da grade do canal, de ter uma sequência de eventos ao

vivo, programas e eventos. Como o É Gol só entra ao meio-dia e o Redação

começava às 10h da manhã e acabava um pouco antes do meio-dia, acabou sendo

esticado mais um pouquinho, por mais 20 a 30 minutos com mais um intervalo e

entrega direto para o É Gol. E o É Gol entrega direto para o Seleção e fica uma

cadeia de eventos ao vivo.

14) Por que ele era de 1h45?

Na verdade é uma questão de grade, recebia de manhã e tinha 90 minutos pra

reprodução. Às vezes, o final do programa entregava pra um evento gravado, ou

para reprisar de jogos. E aí sempre tinha certa diferença para entregar para o É Gol.

Page 73: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

73

E aí essa ideia de fazer a grade de programação, de eventos ao vivo. E aí isso que

aconteceu, o Redação ficou um pouquinho esticado para entregar direto para o É

Gol.

15) O que precisou ser modificado durante os anos de programa, além do

cenário?

Eu acho que principalmente a questão da participação de uma maneira geral da

redação, até a ideia de trazer o programa pra cá, a questão da visualização da

redação, tu visualizar uma redação de jornalismo. Isso faz que o público em casa

visualize de uma maneira geral o que é uma redação de jornalismo. Isso evoluiu

com a passagem aqui para o segundo andar, para que o pessoal que acompanha o

Redação pudesse ver toda redação de fundo e aquele ambiente de produção do

jornalismo. Acho que isso foi o primordial para o aumento de audiência. O Redação

sempre foi boa a audiência, mas agora aumentou muito. O pessoal fez uma

pesquisa de campo, isso se deve muito a evolução por parte do estúdio, do cenário.

16) Enviados especiais são exclusivos do Redação Sportv ou do canal?

Por exemplo, gente tem 13 enviados especiais que ficam durante período

correspondente. Eles participam do programa conforme a demanda deles porque,

tem questão do funcionário, é claro, e tem também a questão de pauta. Por

exemplo, a gente tem dois na Europa agora porque tem a questão da Fifa, que está

muito forte na Suíça. O Felipe Diniz está lá inclusive vai participar do programa hoje,

também tem o Bruno Cortes nos Estados Unidos. E também o Brizola que está na

Europa. A gente tinha um na Ásia foi pra Europa também pela questão da FIFA. Isso

se deve muita questão da pauta, se, por exemplo, esses problemas na FIFA, o

correspondente da FIFA o Felipe Diniz, é o que mais participa. Por outro lado, mês

que vem tem a questão do NBA no Estados Unidos o Bruno Cortes também entrará

bastante. É uma questão muito discutida. A gente entra em contato com eles

viabiliza a disponibilidade do estúdio e os recursos da Globo Internacional. O que

atrapalha às vezes é a questão do fuso horário, alguma entrevista marcada ou uma

matéria justamente no horário do programa.

17) Muitos jogos acontecem no fim de semana. Como é a rotina da equipe do

programa nestes dias?

Page 74: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

74

Acompanhar, mesmo estando de plantão ou de folga tem que acompanhar, os jogos

de sábado e domingo geralmente o pessoal anota, mando e-mail, se fala por e-mail,

no sentido de ideias. Por exemplo, bom aconteceu tal coisa na série B no sábado,

“será que fica velho para segunda ou não”? Como a gente pode abordar na

segunda. Será que a gente faz o link ao vivo, o debate é constante. Geralmente na

sexta-feira já planeja a rodada, tem uma planilha com a rodada e já se projeta para

ver o que pode precisar. Por exemplo, hoje muito provavelmente já vão pedir que a

gente pode precisar na segunda-feira: de praça, questão específica de abordagem,

aí já facilita o trabalho que a gente pede pros coordenadores das praças as entradas

de outras cidades Como não tem rodada de final de semana isso dificulta um pouco

o trabalho, mas como a Seleção vai jogar em Fortaleza, sabemos que tem uma

praça em Fortaleza. E vamos solicitar material dessa praça para o Redação.

18) O foco do programa é apenas no futebol?

Principalmente, a gente tenta fugir com a questão internacional, com ideias, com

visões, como a gente tem um produto muito bom que a NBA. Por exemplo, a gente

tenta muito abordar a liga americana. Agora começa a Superliga de Vôlei, que tem

uma audiência muito boa do canal. No Brasil o futebol vende mais, mas a gente

tenta abordar os outros esportes de uma maneira geral, diferentes. Abordando de

como a imprensa internacional está tratando a gente repercute aqui. Agora como eu

te falei, a gente tenta explorar nosso correspondente lá, pra tentar assuntos novos,

situações novas que gostaríamos de incluir no espelho do programa. Não fica

aquela questão chata de só se fazer o registro, Não, tentamos abordar debates, isso

tem funcionado, tem ajudado bastante. Claro que não é a mesma demanda do

futebol, mas de alguma maneira corresponde à realidade do esporte mundial.

b) Entrevista com o apresentador do programa Redação Sportv, André Rizek.

1) Qual a sua experiência dentro Jornalismo e, em especial, do Jornalismo

Esportivo?

Entrei por acaso, porque eu era estagiário de cultura, queria seguir essa área. Era

estagiário do Jornal da Tarde, e a página para onde eu escrevia que era o SP Por

Aí, eu não recebia nada, não era remunerado, ela foi fechada E tinha uma vaga

Page 75: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

75

remunerada em esportes, me indicaram. Eu não queria, tinha muito preconceito com

a área de esportes, achava que era um jornalismo menor, queria fazer cultura, tinha

essas questões... E fui a contragosto, mas muito rapidamente eu vi que não, que era

aquilo que eu gosto mesmo, que estava na veia e fiquei. Já saí algumas vezes, fui

editor da Playboy, fui editor da Veja, mas sempre tive saudade de voltar pro esporte.

E eu tinha esse preconceito, mas eu acho que ele diminuiu pela qualidade do

jornalismo esportivo que é feito hoje.

Então a minha trajetória iniciou no Jornal da Tarde de 94 a 97. Aí fui para primeira

turma do Jornal o Lance, fiquei lá de 97 a 2000; aí fui pro IG, fiquei 2000 lá; aí fui pra

Placar, fiquei 2001 lá; aí 2002 a 2004 na Playboy;2004, 2005 na Veja. Pedi

demissão da Veja (o acordo era fazer a matéria da máfia do apito e ir embora),

queria voltar para a área de esportes, mas a Abril me ofereceu voltar para a Placar.

E durante este processo, o SporTV me convidou para vir ao Redação (com Luís

Roberto) falar da matéria. Eu vim como convidado/entrevistado. No final do

programa, me chamaram para fazer participações fixas no canal campeão, comentar

jogos, fazer o Arena, com cachê. Eu topei. E a relação com o canal foi se estreitando

até que, em 2009, me convidaram para ser chefe de redação em SP. Deixei a Abril e

virei funcionário Globo. Em 2010, o diretor Raul Costa Júnior teve a ideia de eu

apresentar e editar o Redação. E aqui estou até hoje...

2) Qual o perfil do programa?

Não definiria como um programa de debate na TV, e sim um programa de TV que

tem debate. Eu não gosto de ficar conversando, comentando, debatendo no

programa. Ele tem um roteiro, e o que diferencia ele das outras mesas redondas é

que, no nosso caso, a gente não parte da opinião dos comentaristas, do que ele

pensa na mesa, claro que eles vão dizer o que eles pensam. Mas o ponto de partida

do programa é o que é publicado, o que é vinculado pela mídia do Brasil e do

mundo. E esse é diferencial do Redação.

3) Como é a rotina do apresentador?

É uma rotina dos sonhos pra quem gosta jornalismo. Ler, acompanhar notícias, pra

quem gosta de ouvir rádio. Porque a gente tem que estar ligado no que acontece no

mundo inteiro. Nas abordagens da imprensa brasileira, mundial, o tempo inteiro, e a

partir dessa abordagem que a gente monta o nosso espelho. Então isso é feito

Page 76: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

76

naturalmente ao longo do dia, nos finais de semana todo mundo tem que ler muito,

consumir muito rádio, muita televisão, muito jornal, muita revista pra trabalhar aqui.

Nossa equipe entra as seis da manhã; e das seis as sete é o período de muita

leitura, de ficar fuçando; e daí, das sete até umas nove e meia, a gente monta o

espelho os assuntos.

4) Qual o motivo de mostrar manchetes de jornais impressos e online no

programa?

Os jornais impressos, embora sua leitura seja cada vez menor, eles ainda são,

segundo todas as pesquisas, a fonte mais confiável pro público. Então eles têm

muita relevância, muita credibilidade e eles traduzem muito o que a imprensa local

está falando, o jornal local da essa dimensão. Então é por isso, é a forma que a

gente tem pra mostrar, o que várias pessoas de todo Brasil e do mundo estão

publicando, estão falando. E tentar entender o que a imprensa pensa sobre o tema.

5) De que maneira os usuários da internet contribuem com o programa?

A interação ainda tem que melhorar muito, interação através do Twitter, eu lendo os

twittes no programa, eu e minha equipe, eu basicamente lendo ao vivo ali, não

consigo ler todas as mensagens, não dá tempo, mas a contribuição é muito rica, nos

corrigem muitas vezes nos alertam de erros. Pra quem acha que a internet só tem

ódio e bobagem nas redes sociais, Twitter do Redação desmente isso, tem

contribuído muito para o programa. Inclusive o quadro o prêmio troféu Alberto

Roberto surgiu do uma sugestão de um internauta, ele que fez a sugestão a gente

gostou e colocamos em prática. Então é assim que é feito. A gente está tentando

melhorar a forma de interagir com o público, conseguir mostrar mais na tela alguns

tweets, algumas coisas. Mas a participação deles é muito importante.

6) Qual o papel na âncora na apresentação e no debate?

Eu sou apresentador diferente, porque eu sou editor chefe do programa, isso me

permite estar com programa todo na cabeça e poder comandar toda a equipe. Então

pra mim é uma facilidade e vai mais fácil apresentar o Redação do que eu Troca de

Passes. No Troca de Passes eu fico mais relaxado, porque um erro no Troca de

Passes, não necessariamente uma falha minha, azar do editor. Um erro no Redação

é minha responsabilidade, então por esse lado eu relaxo menos. Mas por outro lado

Page 77: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

77

eu tenho programa inteiro na minha mão, na minha cabeça né, isso me dá uma

facilidade maior. E como fui primeiro comentarista antes de ser apresentador, eu

tento ser além de conduzir o programa, ser um de batedor a mais também.

7) Como são definidas as pautas e convidados? Quem produz?

É feito em conjunto, com a equipe do Redação, claro que eu dou a palavra final, e a

gente vê isso diariamente, a gente discuti quais os convidados, nós temos um

casting já tradicional que está sempre no programa. E a gente sempre ao lado de

uma personalidade tradicional, tenta trazer alguém diferente. Não conseguimos

trazer alguém diferente todos os dias, mas estamos sempre olhando e buscando

nomes diferentes. Geralmente nomes da mídia mesmo.

8) O que precisou ser modificado durante os anos de programa, além do

cenário?

A grande modificação foi o cenário ir pra redação, que era um sonho antigo desde

2010. Já pensamos em fazer na redação da TV Globo de São Paulo, já pensamos

em fazer na redação do Globo Esporte online. E começamos a fazer programas

visitando a redação do Estadão, redação da Abril, redação do Jornal O Globo, e

sempre quando a gente fazia, pensava: o programa tem que ser apresentado numa

redação, aí quando a redação do SporTV ficou bonita como é hoje, mudamos para

nossa redação, esse foi o processo.

9) A equipe utiliza conteúdos de outras praças? Como se dá esse processo?

Ele é fundamental. Quando assumi o Redação em 2010, nós tínhamos duas linhas

centrais numa, é que o programa seria um debate sobre a mídia, partilha da mídia,

cumprimos. E o outro era nacionalizando programa, nacionalizar o programa quer

dizer trazer convidados de vários estados é claro, mas estar com a gente todo dia de

vários lugares do Brasil. E isso hoje dá esse ar nacional, acho que o Redação é um

programa de esportes mais nacional, não só do SporTV, mas do Brasil, por causa da

interação com as outras praças.

10) Como sair da pauta do futebol?

Page 78: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

78

É difícil, porque se é um programa que reflete o que está na mídia, nossa mídia é

90% futebol. Mas a gente tenta, a gente tenta sair do futebol quando a mídia tenta

sair... Como a gente reflete o que está na mídia, quando tem assuntos relevantes de

outros esportes vai estar no Redação. Só que a mídia no Brasil e na América do Sul

repercute muito mais futebol. É difícil sair desta pauta, vai ter que acontecer alguma

coisa relevante nos outros esportes, para ganhar espaço na mídia, para nós sairmos

desse tema. E eu adoraria sair mais vezes, mas lamento que a gente tenha uma

cultura meio mono-esportiva no futebol.

11) O tempo de duas horas é adequado para esse perfil de programa?

Olha, ele já teve 2h30, ele já teve 1h30, agora ele tem 2h00. Essa é uma decisão

que não é tomada pela equipe, mas pela programação do SporTV. E isso foi

ajustado nessa última mudança, pra gente ter 24 horas de programação ao vivo. Eu

acho que é possível ser feito 2h30, 1h30, 2h00, a gente adéqua o tempo do

programa, a gente adéqua a decisão, a produção do programa ao tempo que a

gente recebe. Mas isso geralmente uma decisão dada, não sou eu que decido. Eu

acho 2h é um bom tempo, me sinto confortável com 2h.

c) Entrevista com Marcelo Barreto um dos primeiros apresentadores do

programa Redação Sportv.

1) Como surgiu o programa Redação SporTV?

Em 2003, a Rede Globo assumiu a responsabilidade e editorial dos programas do

canal SporTV. O diretor que foi escolhido pra tocar esse projeto foi Emanoel Mello

Mattos, que até hoje trabalha na Globo, não está mais no SporTV. E quando ele

chegou ele tinha em mente mudar a grade do canal com programas diários ao vivo.

O Redação foi o primeiro deles, baseado num programa da TV americana chamado

Meet The Prees, que não é sobre esporte, é sobre política, mas é baseado na leitura

de jornais. Um programa na verdade semanal, exibido nos finais de semana. Em

que os comentaristas fazem uma análise da cobertura dos jornais. A ideia era fazer

uma adaptação desse modelo, para cobertura diária de esportes.

Page 79: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

79

2) O que você diferencia o programa das outras mesas-redondas esportivas

das TVs e do rádio?

O Redação mudou de característica por causa da mudança de importância dos

jornais no cenário da comunicação. Os jornais hoje estão vivendo um processo de

crise. Então hoje fala-se também da internet, do rádio. Mas eu acho que, de

qualquer forma, a diferença é que o Redação fala sobre a cobertura esportiva. Ele

não fala necessariamente sobre os jogos, dos treinos, ele fala sobre como a

imprensa tratou de determinados assuntos. Eu acho que isso traz pra ele um ângulo

diferente das outras mesas redondas.

3) Qual o motivo de mostrar manchetes de jornais impressos e online no

programa?

O esporte e a mídia tem uma ligação muito íntima, acho que hoje em dia um não

vive mais sem o outro. Então, assim, boa parte da reação do torcedor, ao que

acontece com seu clube, por exemplo, quando a gente fala futebol, passa, é

mediada pela cobertura dos jornais, das rádios, usados pela cobertura da imprensa

de uma forma geral. Então, debater essa cobertura me pareceu sempre uma ideia

muito original, é interessante. Essa cobertura não pode se encerrar nela mesma,

também pode ser discutida, precisa ser discutida, eu acho que é a alma do

Redação.

3) Qual o papel na âncora na apresentação e no debate?

O papel do âncora no debate primeiro é tentar manter o espelho de alguma maneira,

e os editores chefes ficam loucos com a gente. Porque muitas vezes os

comentaristas se entusiasmam por determinado assunto e não se entusiasmam por

outro, a gente tem a mediação do público. Hoje muita coisa é mandada pelo Twitter,

no meu tempo era feita pelo chat. Eu acho que tentar manter o debate vivo, tentar

manter o interesse, zelar pela variedade de assuntos, mas sem que cada assunto vá

esfriando, vá perdendo interesse da própria mesa e, por consequência, o

telespectador.

Page 80: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

80

Após a aplicação dos métodos e das técnicas, será possível fazer a análise

do conteúdo, que contribuirá para responder a questão norteadora e confirmar ou

não as hipóteses desta pesquisa.

Page 81: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

81

6 ANÁLISE DE CONTEÚDO

Depois de apresentada a revisão bibliográfica, o corpus da pesquisa, a

decupagem dos programas e a entrevista participante, será possível fazer a análise

do conteúdo para responder a questão norteadora: O Redação Sportv é observatório

da imprensa esportiva e de seu conteúdo ou se pauta dela para produzir seu

programa? E confirmar ou não as hipóteses do estudo. Para realizar a análise, foram

elencadas as seguintes categorias: Formato, Pauta, Produção de Conteúdo e

Ancoragem.

6.1 FORMATO

O programa Redação Sportv, que será abreviado com a sigla RSTV neste

capítulo, é apresentado de uma bancada, com a presença dos convidados,

característico dos programas de debate. Os convidados não discutem anteriormente

os assuntos que serão tratados no programa, apenas são avisados sobre quais

temas irão falar. Suas participações são por escolhas sem relação com o assunto

discutido. O apresentador André Rizek, não define o RSTV como um programa de

debate na TV, para ele é um programa de TV que tem debate. O apresentador

explica que não gosta de ficar conversando, comentando, debatendo no programa.

Segundo ele, o programa tem um roteiro, e o que diferencia ele das outras mesas

redondas é que no caso do RSTV não parte da opinião dos comentaristas da

bancada, do que eles pensam na mesa. Segundo o apresentador, o ponto de partida

do programa é o que será publicado, vinculado pela mídia do Brasil e no mundo.

Rizek afirma que esse é o diferencial do RSTV. Porém, isso não parece ser

novidade. Edileuza Soares (1995) aponta, no capítulo dois desta monografia, que o

inicio das transmissões de notícias esportivas no rádio era justamente repetindo as

notas dadas pelos jornais.

O debate é constante. Na observação, a principal finalidade dos convidados

não é trazer informações relevantes, e sim debater e ocupar o tempo do programa

com suas opiniões. No primeiro programa observado, no dia 17 de agosto de 2015,

o próprio convidado traz uma matéria de sua autoria para debater. E a partir desta

matéria iniciou um debate que durou quase uma hora. Nenhuma matéria jornalística

foi introduzida durante a primeira metade do primeiro programa, somente gráficos

Page 82: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

82

com números e registros dos jogos. Para Ferrareto (2000), no terceiro capítulo desta

monografia, o programa de debate mais conhecido no Jornalismo Esportivo é o

formato mesa-redonda. O autor afirma que os programas de debate estilo mesa-

redonda, são tradicionais do rádio. A intenção deste programa é aprofundar temas

da atualidade interpretando-os. No capítulo dois desta pesquisa, os autores Xavier e

Sacchi (2000) afirmam que a primeira mesa criada na televisão, tem autoria da TV

Rio em 1963, com o nome de Grande Revista Esportiva. A mesa era formada por

Armando Nogueira que se tornaria diretor da Central Globo de Jornalismo. No final

do ano de 1963 o nome mudou de Grande Revista Esportiva para Grande Resenha

Facit. Em 1966, a mesa redonda transferiu-se para Rede Globo onde ficou até o ano

de 1969.

Portanto, o que o Rizek argumenta sobre a ausência de debate não é

verdadeiro. Em muitas vezes o RSTV é idêntico ao modelo de mesa-redonda do

rádio. E o telespectador não precisa de imagens para interpretar o que está sendo

discutido.

A presença do apresentador no debate é constante, argumenta em vários

momentos “na minha opinião”. Os convidados que entram no programa de diversas

partes do Brasil raramente trazem assuntos novos. Suas participações são

baseadas em opiniões por meio de manchetes de jornais. Ao referirem-se sobre este

assunto no capítulo quatro desta pesquisa, Barbeiro e Lima (2002) sustentam que é

essencial à fonte ter novas e importantes informações para acrescentar e justificar

sua parecença. Convidar uma pessoa para participar de um programa apenas para

preencher um espaço vazio é desaconselhável.

Os diálogos ocupam a maior parte do programa, e permanecem por muito

tempo no mesmo assunto. No primeiro RSTV observado, o tema arbitragem esteve

em discussão durante todo tempo de exibição. Os próprios participantes e o

apresentador usam a palavra debate para classificar suas conversas.

No segundo programa observado, o assunto que envolveu boa parte do

programa foi a vitória da Seleção Brasileira sobre os Estados Unidos na noite

anterior. Sempre seguido de manchetes de jornais, o apresentador e os convidados

mantinham um debate constante. Mesmo sem assistir a partida, o convidado Chico

Maia opinou sobre o jogo disputado pela Seleção Brasileira, “o David Luiz tá sempre

envolvido em lances assim”. O convidado Sergio Xavier fez a maioria das

observações sobre a partida, acompanhado pelo âncora.

Page 83: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

83

O cenário dos entrevistados e participantes de outras cidades eram as

redações das televisões locais, com somente uma câmera, e um plano de imagem.

Os autores Alexandre Dias e Bibiana Nunes (2009), no capítulo dois desta

monografia, identificam que no ano de 1917, no Rio Grande do Sul, a Rádio Gaúcha

iniciava uma tentativa de sair da obviedade do rádio, com um programa diferente até

mesmo para televisão. O programa era o Sala de Redação, que tinha por

características a leitura de notícias do Jornal Zero Hora, direto da sua redação. A

intenção da leitura dessas notícias era gerar debates entre os participantes.

Já o ex-apresentador Marcelo Barreto afirma que Redação Sportv, foi

inspirado num programa da TV americana chamado Meet The Prees, que não é

sobre esportes, fala sobre política e pautado na leitura de jornais. Em cima das

manchetes os comentaristas fazem uma análise da cobertura dos jornais. O

programa é exibido aos finais de semana. A ideia era fazer uma adaptação desse

modelo para cobertura diária de esportes.

No quarto capítulo desta pesquisa, Curado (2002), afirma que a reportagem

está diariamente incluída em programas de televisão, que a reportagem é a maneira

de contar uma história. Na televisão depende de vários recursos técnicos. Para a

autora, assim como uma história, a reportagem também tem começo, meio e fim.

Para Barbeiro e Lima (2002), a reportagem é principal fonte de matérias exclusivas

no Jornalismo. O repórter deve preservar suas fontes, pesquisar, manter suas

próprias fontes de informação e acompanhar os assuntos por todos os meios de

comunicação.

Para a introdução do jornalista de São Paulo, Carlos Cereto, inicialmente foi

apresentado o Jornal o Lance com a manchete do jogo que aconteceria ente o time

do São Paulo e Santos. Rizek questiona o participante sobre a matéria do jornal,

“mas você não falou da manchete do lance, Vêm Freguês”. A participação do

convidado de São Paulo ficou restrita a comentários sobre os times paulistas. Outros

jornais foram introduzidos para o debate, entre eles o Estado de S. Paulo e Jornal O

Lance.

O programa consegue preencher o seu espaço com informações de diversas

mídias e a conversa que é criada em cima dessas pautas. O debate fica em

evidência. Mas entre informativo e entretenimento, o entretenimento é um ponto

forte do RSTV.

Page 84: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

84

Souza (2004), no terceiro capítulo desta pesquisa, salienta que o esporte

pode estar inserido tanto no entretenimento quanto na categoria informação, embora

classifique o gênero esportivo na categoria entretenimento. O processo de produção

e o formato dos gêneros esportivos influenciam de maneira direta a classificação de

suas categorias.

Além do debate constante, as atrações do terceiro programa observado

foram: o quadro Redação AM, com a narração de Ivan Carlos, da Rádio Super

Condá de Chapecó, sobre classificação da Chapecoense; Redação AM, com a

narração Uruguaia da Rádio Maldonado, sobre classificação do Defensor; e

entrevista como o técnico do Sampaio Correia. Lima (2011), no capítulo dois desta

monografia, constata que as narrações esportivas ganharam mais espaço a partir do

ano de 1945. Segundo o autor, a Rádio Panamericana modificou a maneira de

transmitir eventos esportivos, criando duas novas funções: o comentarista e o

repórter. O que evidencia novamente a participação das características do rádio no

RSTV.

O que lembra Ferrareto (2000), no segundo capítulo desta pesquisa, que o

rádio e suas características de transmissão, impulsionaram a difusão do Jornalismo

Esportivo no Brasil.

No terceiro programa analisado, na primeira uma hora de exibição a única

matéria exibida foi de produção da EPTV, afiliada da Rede Globo em Campinas. A

reportagem anunciada pelo apresentador, investigava a venda ilegal de ingressos

por parte dos cambistas. A matéria tinha cerca de dois minutos de exibição.

A EPTV transmite com sinal aberto, ao contrário do Sportv que é um canal por

assinatura, onde as pessoas que assistem o Redação pagam pelo conteúdo e

esperam reportagens qualificadas. Não existe lógica pagar por um conteúdo que já

está disponível de graça para o público. Paternostro (2006), no quarto capítulo desta

pesquisa, entende que a diferença de canais de TV Aberta e TV fechada, é que em

canais por assinatura o espectador paga um determinado valor e escolhe o que vai

assistir. O que provoca mudanças no comportamento do público, que passou a

buscar canais segmentados e qualificados em determinados assuntos.

O público que paga pelo conteúdo, opta pela qualidade. Não é aceitável um

programa de canal por assinatura, com todos os recursos disponíveis para

produção, limitar-se a ter características do rádio. Por mais que o programa queira

ter um perfil lúdico do rádio, ele está na televisão e precisa justificar sua presença.

Page 85: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

85

6.2 A PAUTA

No primeiro programa observado, a pauta sobre a arbitragem ficou em

evidência durante toda a exibição. Já no começo da exibição do RSTV o

apresentador comemora o fato de estar há dois minutos no ar e ainda não terem

falado do assunto arbitragem. Aos 30 minutos de exibição, o apresentador exclama

“nós estamos há meia hora só falando de arbitragem”! Durante os 50 primeiros

minutos de exibição do programa, o assunto arbitragem esteve constantemente em

debate. Não foram exibidas reportagens sobre o tema, somente imagens de jogos e

a conversa em cima das ilustrações.

André Rizek, além de discutir o assunto arbitragem com os participantes da

bancada, com o integrante de São Paulo, Carlos Cereto, convida os telespectadores

para participar da discussão via internet. Rizek comenta o número de mil e

oitocentas pessoas que enviaram mensagens, a maioria falando de arbitragem. Em

quase todo tempo de exibição, poucas imagens foram usadas para cobrir os

assuntos discutidos. Barbeiro e Lima (2002), no terceiro capítulo desta pesquisa,

afirmam que na televisão é preciso ter um cuidado maior na elaboração das

matérias, pois as imagens precisam estar sempre presentes.

Mesmo com o programa utilizando a maioria do tempo para falar somente de

um assunto, o produtor Eduardo Nunes afirma que informação chega muito rápido, e

a produção do programa está atenta para passar informações com êxito durante as

duas horas de apresentação do programa. Mas de todas as mensagens enviadas

pelo público durante este tema, nenhuma foi lida pelo apresentador. O que

demonstra que o discurso é diferente da prática, as informações podem até chegar,

mas nos três programas observados os assuntos permanecem os mesmos. E por

mais que Rizek chame a todo o momento a participação do público, ela não é

explorada e passa despercebida.

No segundo programa observado, o problema de insistência na mesma pauta

também é notado. O tema era a vitória da Seleção Brasileira, em um jogo amistoso,

na noite anterior sobre a Seleção dos Estados Unidos, com transmissão do Sportv.

A primeira matéria pautada foi por meio do Jornal a Folha de S. Paulo, que destacou

a atuação de Hulk e Lucas. O apresentador André Rizek identificou que os Jornais

Zero Hora e Estado de S. Paulo destacaram a atuação de Neymar. Depois de

apresentada as matérias o assunto permaneceu em pauta por cerca de 40 minutos.

Page 86: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

86

A imprensa internacional também foi citada na cobertura da partida entre Brasil e

Estados Unidos, o âncora anunciou algumas matérias de jornais americanos, entre

eles o Boot Mobile, Washington Post, New York Times e o Sports Illustrated, todos

eles destacando a derrota da Seleção dos Estados Unidos. Na França, a Seleção

Brasileira sub 21 também tinha jogado no dia anterior. O Sportv fez a transmissão da

partida, mas o programa preferiu pautar os jogos a partir da mídia francesa. Para a

produção, isto é a característica do programa; segundo o produtor, no RSTV todas

as pautas estão vinculadas à imprensa. Nenhuma pauta especifica surge se não

estiver vinculada à imprensa, um jornal, TV ou rádio. No primeiro programa

observado, o convidado Jaime Júnior, de Minas Gerais, iniciou sua participação

falando da Manchete do Jornal O Estado de Minas com a reportagem De Mal a Pior.

Outros assuntos levantados pelo convidado eram sobre Apito Inimigo, também do

Estado de Minas e Derrota e Bronca com o Apito, do Jornal o Tempo. No mesmo

programa, o participante George Guilherme, do Recife, traz suas informações

pautadas por meio do jornal O Diário de Pernambuco, ele cita o jornal para dizer que

a torcida estava vaiando a arbitragem. Por isso, Barbeiro e Rangel (2006) explicam,

no quarto capítulo desta monografia, que o Jornalismo Esportivo se limita a informar

o que acontece antes do jogo, o que aconteceu depois do jogo, e as entrevistas

coletivas dos personagens. Não existe diferença de método de trabalho entre os

veículos de comunicação. Para os autores, um erro comum é ver jornal copiando a

pauta televisão, que copia do rádio, e todos acaba copiando uns aos outros. Em

resumo, para os autores, isso é frequente dentro do Jornalismo Esportivo.

E no RSTV é normal as pautas surgirem por meio da imprensa,

principalmente de jornais. Na manhã, horas antes da exibição do programa, os

produtores procuram matérias de outros jornais para exibi-las. A pauta não é

discutida, ela é procurada, depois ela é avaliada se entra ou não no espelho. E o

próprio apresentador Rizek afirma que é a partir da abordagem da imprensa

brasileira e mundial que o espelho do programa é elaborado.

Dessa maneira que os assuntos internacionais foram introduzidos no

programa, todos por meio da mídia internacional. Somente assuntos pautados pela

mídia de outros países ganharam destaque no RSTV. A partida entre Djokovic e

Murray pelo torneio Masters Mil de Toronto foi exibida por meio do jornal canadense

Lê Journal de Québec. A reportagem do jornal era: Djokovic Número Um do Mundo.

O apresentador lembrou que a partida foi transmitida pelo canal Sportv, mas

Page 87: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

87

nenhuma entrevista ou reportagem foi feita. A pauta ficou por conta do Jornal e o

comentário de Rizek enquanto eram mostrados os lances da partida. Outra pauta

internacional chegou por meio da mídia espanhola, o programa mostrou os jornais

Mundo Deportivo, La Razion e a versão on line do El Pais, que tratavam da atleta

espanhola Carolina Marim, campeã de badminton. Um vídeo da TV Espanha RTVE

também foi exibido. Outro tema internacional exposto foi do Jornal L'Equipe da

França, que destacava a derrota do Olympique de Marseille com destaque para o

brasileiro Tiago Silva. Paternostro (2006) lembra, no capitulo três desta pesquisa,

sobre o imediatismo da TV, que tem a vantagem de transmitir a informação

atualizada quando mostra o fato no momento exato em que ocorre. A alta tecnologia

permite que a informação imediata chegue por meio da imagem. Os satélites

mostram fatos ocorridos do outro lado do mundo.

E mesmo com este recurso, de poder estar no local da informação, o

programa prefere esperar pela cobertura dos jornais para pautar assuntos

internacionais. O apresentador Rizek afirma que o Brasil é um país de cultura única

no esporte, o futebol predomina a pauta esportiva. Segundo o apresentador, o

programa reflete só o que está na mídia, quando têm assuntos relevantes de outros

esportes a pauta entra no RSTV. Ainda sobre isso, apresentador entende que a

mídia no Brasil e na América do Sul trata com maior destaque o futebol, somente

quando acontece algum fato relevante no esporte, que ganha espaço na mídia, entra

na pauta do programa.

E realmente todas as reportagens, sobre outros esportes, internacionais, só

estiveram em pauta porque outros veículos divulgaram.

O que se repetiu no terceiro programa observado, os assuntos internacionais

também inseridos com a matéria dos jornais de outros países: na França o France

Football com a matéria sobre Michel Platini, Jornal L’Equipe sobre o mesmo tema.

Mundo Deportivo da Espanha e La Gazzetta dello Sport da Itália sobre a indicação

ao prêmio Bola de Ouro da FIFA.Sports Illustrated sobre o premio Muhammad Ali.

Barbeiro e Lima (2002) orientam no quarto capítulo, que a pauta não deve se

prender aos assuntos do dia. É preciso criar, analisar e avançar. O aprofundamento

do assunto incentiva a reflexão crítica. Todos os assuntos pautados no segundo

programa observado tinham a referência pautas dos jornais do mesmo dia da

exibição do programa O apresentador anunciou a matéria sobre o jogador Diego

Costa com as manchetes dos jornais espanhóis Marca e Mundo Deportivo. Para

Page 88: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

88

falar sobre os times de Minas Gerais foram apresentadas as manchetes dos jornais

Estado de Minas, Hoje em Dia e O Tempo, que leva a assinatura de um dos

participantes da bancada. Para falar sobre os times do Rio Grande do Sul, a

referência foi o Jornal Zero Hora; o Jornal Aqui de Pernambuco foi citado para

introduzir a reportagem do Íbis, Mirror da Inglaterra introduziu o assunto Roney, o

Miami Herald foi citado para falar sobre o jogo de tênis entre as irmãs Serena

Williams e Vênus. Ao final de cada apresentação os participantes debatiam sobre os

temas expostos. O ex-apresentador Marcelo Barreto entende que o esporte e a

mídia têm uma ligação muito íntima. Barreto acredita que um não vive sem o outro.

Então boa parte da reação do torcedor ao que acontece com seu clube quando o

programa fala de futebol passa e, é mediada pela cobertura dos jornais, das rádios,

usados pela imprensa de uma forma geral. E debater essa cobertura sempre lhe

pareceu uma ideia muito original, a reportagem não pode se encerrar nela mesma,

também pode ser discutida e precisa ser discutida. Barreto acredita que essa é a

alma do RSTV. Já Barbeiro e Rangel (2006), no capítulo quatro desta pesquisa,

afirmam que a pauta pode se diferenciar da concorrência sobre o mesmo tema.

Basta para isso dar um enfoque novo, criativo e inteligente sobre o acontecimento.

O que não ocorreu, por mais que o ex-apresentador entenda que a cobertura

não pode acabar nela mesma, o programa não se aprofunda nas matérias. É muito

superficial a abordagem, apenas citam a manchete da reportagem e iniciam um

debate em torno do assunto central. As fontes não são procuradas, não existe um

novo enfoque, não existe uma criatividade para retomar o assunto sem que ele fique

repetitivo.

Curado (2002), no capítulo quatro, entende que o critério de abrangência

também classifica uma informação.

A importância da notícia é geral julgada de acordo com a sua abrangência, isto é, segundo o universo de pessoas às quais pode interessar. Esse é o critério mais utilizado em jornalismo de televisão que, dando ênfase ao aspecto da amplitude, pode tender a transformar a notícia em entretenimento ou em espetáculo, tratando apenas de questões amenas ou desprovidas de polêmica (CURADO, 2002, p. 16).

O apresentador André Rizek, entende que um dos motivos para o programa

ser pautado por meio dos jornais é que os jornais impressos, embora sua leitura seja

cada vez menor, ainda é a fonte mais confiável para o público. Por este motivo, no

Page 89: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

89

RSTV os jornais têm muita relevância, muita credibilidade e eles traduzem muito

sobre o que a imprensa local está falando.

O discurso do apresentador coloca em dúvida a credibilidade dos outros

veículos de comunicação. É lógico que a credibilidade não é somente do veículo e

sim do jornalista que faz a apuração da informação e usa todos os recursos para

que ela seja uma notícia de qualidade e de relevância para o público.

Um programa de televisão pautado por jornais é a característica principal

RSTV. A informação está chegando cada vez mais rápida ao público, o próprio

apresentador identifica que a leitura de mídia imprensa está diminuindo, devido ao

imediatismo da notícia. Então se o interesse por jornais está menor, o público não

procura um programa de televisão em um canal por assinatura, para saber o que os

jornais estão informando.

6.3 PRODUÇÃO DE CONTEÚDO

No processo de produção de conteúdo de todos os episódios observados é

possível notar que o material utilizado não é de autoria do programa, o conteúdo

somente era editado pela equipe do RSTV. A produção tem livre acesso aos

conteúdos de outras emissoras afiliadas do grupo Rede Globo e GLOBOSAT. O

produtor Eduardo Nunes afirma que utilizam todos os recursos destes canais, e não

existem restrições para tomar posse de matérias geradas. Olga Curado (2002),

explica no capítulo quatro desta pesquisa que a notícia é a informação primária, é a

matéria-prima de uma produção jornalística, as matérias de segundo nível

geralmente chegam para a redação por meio de outros veículos de comunicação.

Na produção, ela é avaliada, verificada e editada antes de ser divulgada. A autora

afirma que uma reportagem de televisão é o resultado da produção feita em equipe.

Este fator torna mais fácil a reprodução de matérias, pois algumas

reportagens estão prontas e a produção só precisa exibi-las. O resultado é a falta de

interesse para produzir matérias próprias, exclusivas para o RSTV, em nenhum

momento existe uma preocupação em gerar conteúdo novo. A identidade de um

programa de televisão, muito é baseado pelo que ele produz, apenas reproduzir

conteúdos não se caracteriza como Jornalismo. Pois entre as essências do

Page 90: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

90

Jornalismo está a apuração, investigação e tratamento da informação para que ela

vire notícia.

No primeiro programa observado, no segundo e no terceiro foram exibidos

gráficos narrados pelo o apresentador, que informavam sobre números do

Campeonato Brasileiro: média de público, gols marcados, artilheiros, gols sofridos,

trocas de técnicos, classificação etc. Barbeiro e Rangel (2006) afirmam, no capítulo

quatro desta monografia, que a reportagem não é apenas notificação do fato, é

necessário o detalhamento, a escolha de um ângulo não explorado para descobrir o

impacto da informação no tema escolhido.

Mais uma vez fica evidenciado a falta de tratamento da informação e apenas

a reprodução de um fato, que na maioria das vezes está à disposição de todos, em

outras mídias. Nenhum telespectador acompanha somente o RSTV para se

informar, principalmente sobre dados referentes aos jogos, que geralmente são

informados no fim das transmissões, ao vivo. Apenas lembrar uma informação, não

é Jornalismo.

O conteúdo do segundo programa observado, no dia 9 de setembro de 2015,

tinha o embasamento das matérias que outros veículos de comunicação produziram.

O RSTV apresentava o conteúdo e iniciava um debate entre os participantes. A

produção exibiu as reportagens dos jornais: Jornal Mundo Deportivo, da Espanha

com a reportagem Diego Costa Não Vinga na Seleção; Jornal o Tempo com a

matéria É Preciso; Estado de Minas, Derrota Até no Apito; Zero Hora, Titi vs Roger;

Jornal Extra e o Lance destacando o jogador Sassá do Botafogo. No primeiro

episódio observado, dia 9 de setembro de 2015, o convidado Carlos Eduardo

Mansur expôs a sua matéria no jornal O Globo, sobre o balanço do Campeonato

Brasileiro, este assunto permaneceu em discussão durante toda a duração do

programa.

O motivo desta abordagem é ter conteúdo para o debate, já que o programa

não tem conteúdo próprio, e se não tem conteúdo próprio não existe assunto para

ser discutido. A única maneira de ter argumentos é por meio de outros veículos de

comunicação. Para quem não conhece a emissora, diria que o motivo de o programa

adotar este estilo é pela falta de recursos, mas ocorre que o SPTV pertence a um

dos maiores grupos de mídia do Brasil e do mundo, possivelmente teriam recursos

para produzir matérias de acordo com o seu interesse.

Page 91: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

91

Fato semelhante acontece com os convidados de outras cidades. No segundo

programa observado, a entrada do jornalista Jaime Júnior de Minas Gerais, ficou

restrita a comentários, o apresentador mostrou o Jornal Estado de Minas para iniciar

seu comentário, e suas falas eram cobertas com imagens dos jogos a que ele se

referia. Rizek anunciou que por problemas técnicos a participação de Diogo Oliver

de Porto Alegre não ia ser possível naquele dia, mas que o comentário de Jaime que

estava em Minas Gerais poderia ser utilizado para a fala do comentarista gaúcho.

George Guilherme, jornalista do Recife, participou do primeiro, segundo e

terceiro programa observado; em um deles falou que as imagens que estavam

sendo mostradas eram da Globo Nordeste. A participação do convidado ficou restrita

aos times do Nordeste, e suas falas eram cobertas com ilustrações geradas pela

equipe do RSTV do Rio de Janeiro. O repórter falou sobre o fato do time do Sport

estar há cinco jogos sem ganhar, e que isso era a capa do Jornal Super Esportes. O

repórter usou o exemplo do Jornal o Diário de Pernambuco, justificando sua fala. O

jornalista de São Paulo, Carlos Cereto, teve presença marcante. Participou do

primeiro e terceiro programa observado. Mas suas participações foram

principalmente comentando sobre os times da cidade de São Paulo.

O produtor Eduardo Nunes explica que as entradas dos convidados

funcionam por meio de links, na maioria das vezes de São Paulo, Porto Alegre e

Belo Horizonte. É acertado com as equipes locais a infra-estrutura, e todo suporte

operacional é realizado pela equipe do Rio de Janeiro. O participante aborda os

temas que o Rizek propôs.

A participação dos convidados em outras cidades do Brasil é mais justificada

pelo fato de ir até a cidade, criar uma integração com outros locais. Ao invés de ir

com um link até a cidade porque tem uma nova informação,

A primeira notícia, apresentada por George Guilherme, em uma hora e

quarenta minutos de programa, informava sobre o árbitro que iria apitar a partida

entre Bahia e Sport pela Sul-Americana, Gérman Delfino, da Argentina. Barbeiro e

Rangel (2006) afirmam que principalmente no Jornalismo Esportivo, onde todos os

métodos de divulgação são muito parecidos, o jornalista precisa fugir da mesmice e

divulgar a notícia mais aprofundada.

Rizek afirmou que, ao assumir o RSTV em 2010, seu foco tinha duas linhas

centrais: uma era que o programa seria um debate sobre a mídia, partindo da

mídia; a outra era nacionalizar o programa, com a participação de convidados de

Page 92: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

92

vários estados, e ter presença de repórteres e debatedores de vários locais Brasil.

Segundo Rizek, o RSTV é um programa de esportes mais nacional, não só do

SporTV, mas do Brasil, por causa da interação com as outras praças.

Mas fica evidente, a nacionalização pelas participações e pelo modelo de

Jornalismo Esportivo feito por todas as equipes afiliadas do grupo. Todos os

modelos são parecidos e se encaixam no RSTV, que por sua vez torna-se

semelhante por reproduzir o conteúdo.

O futebol é uma paixão nacional, a respeito disso Souza (2004) lembra no

capítulo quatro desta pesquisa que as emissoras produzem seus programas

esportivos por meio de uma paixão brasileira. Isso demonstra pouca diferença no

processo de produção, por consequência, tenha uma certa semelhança entre os

programas deste segmento. Geralmente a única diferença entre um programa e

outro é o tempo que ele tem de exibição.

Segundo o apresentador, o tempo do programa não foi adaptado pela

necessidade de espaço e, sim, por determinação do canal. Por muitas vezes o

debate fica longo e as conversas entre os participantes monótonas. Rizek comenta

que a decisão de ampliar o programa para duas horas partiu da produção do canal

para preencher a grade.

O segundo programa observado mostrou os melhores momentos do jogo

entre Brasil e Estados Unidos, que tinha sido transmitido na noite anterior pelo canal

Sportv. Os participantes debateram sobre a partida com a ilustração do jogo exibido

pela produção. As reportagens da partida eram de autoria do Sportv. Não foram

produzidas matérias exclusivas para o programa. O problema inicial foi percebido

por André Rizek, quando perguntou ao convidado Chico Maia sobre a partida da

Seleção Brasileira e o convidado respondeu que não tinha assistido ao jogo.

Prontamente o apresentador passou a palavra para Sergio Xavier que tinha

acompanhado a disputa e iniciou o comentário. Com gráficos, comentários e

reportagens somente reproduzidas, o assunto permaneceu por cerca 35 minutos de

exibição.

André Rizek explica que a escolha dos convidados é feito em conjunto, com a

equipe do RSTV, mas a palavra final é do apresentador. A discussão sobre a

escolha dos convidados é diária. O programa tem uma lista de convidados que

geralmente participam do programa. O critério de escolha, segundo Rizek, é por um

participante que sempre está presente, e uma personalidade diferente, geralmente

Page 93: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

93

relacionada à mídia em geral. O âncora explica que existem dificuldades para trazer

personalidades não tradicionais no programa.

O que demonstra que a escolha dos convidados é por afinidade não pela

qualidade de conteúdo que o convidado terá. Não somente pela informação, até

para o próprio debate, que na ocasião o convidado não sabia da principal pauta do

programa. Talvez se soubesse no dia anterior, teria assistido a partida para

enriquecer o debate, ou até mesmo buscado informações com outros jornalistas

para divulgar para o público.

Curado (2002) explica, no quarto capítulo deste trabalho, que a notícia é a

informação que tem relevância para o público. O fato da semana, do dia, da hora ou

do momento é avaliado pelo jornalista que julga se é notícia e se deve ser divulgado.

Em alguns departamentos de jornalismo, segundo a autora, além do jornalista,

outras pessoas também se encarregam da responsabilidade de avaliar a importância

e a vinculação da notícia, nesses casos a avaliação final passa pelo editor chefe, ou

o chefe da redação e até mesmo por diferentes opiniões. Para o produtor Eduardo

Nunes, existem assuntos que são os principais do dia, eles que vão conduzir o

programa. Estes assuntos são escolhidos pelo apresentador André Rizek.

No capítulo quatro desta monografia os autores Barbeiro e Lima (2002),

afirmam que é responsabilidade do produtor avaliar a importância de o fato ser

aprofundado novamente. Os autores apontam que a produção deve prevenir-se para

falta de notícias. O apoio informativo é essencial, resumos de notícias de outros

podem elucidar a construção da matéria.

Em uma produção de jornalismo, se todos os produtores tiverem a

mentalidade de apenas reproduzir matérias e não produzir, o material vai ser

limitado e quem perde com isso é o público. Principalmente em um canal de

assinaturas que as pessoas compram pelo conteúdo, talvez nem todas tenham um

senso crítico para saber o que é produção própria ou reprodução. Mas o certo é que

esse público paga para ter qualidade no serviço adquirido.

6.4 ÂNCORAGEM

A autora Olga Curado (2002) explica, no capítulo quatro desta pesquisa, que

o âncora é o profissional responsável pela locução dos textos diante das câmeras.

Ele reconhece as notícias, dá a elas o ritmo e a entonação de leitura conforme o

Page 94: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

94

tema da reportagem. O âncora do RSTV, André Rizek, encarrega-se de fazer as

apresentações do programa, convidados, matérias, atrações e passar informações.

Por diversas vezes é um dos debatedores, em alguns momentos não fica claro para

o público identificar quando é opinião e quando é informação. Mas Coelho (2003)

afirma, no capítulo dois desta pesquisa, que além de captar a informação é preciso

transmitir ao receptor a informação com qualidade. A conversa entre a produção e o

âncora do programa é permanente, “vejam só, coloca de novo ali, por favor a tela, só

tira essa manchete para eu explicar quem é a Carolina Marin”, foram algumas frases

que Rizek dirigiu à produção nos três programas observados. Barbeiro e Lima

(2002), no quarto capítulo desta pesquisa, apontam que a produção é quem dita o

ritmo do programa, “nada acontece num estúdio de gravação a não ser que um

produtor providencie para que aconteça” (BARBEIRO e LIMA, 2002, p. 91).

Erros e dúvidas que acontecem no programa são questionados pelo âncora

com a produção, ao vivo. Horas antes do programa entrar ao ar, nos momentos que

estive presente, percebi pouca conversa entre os colegas de trabalho. Durante o

intervalo do programa, o apresentador questionou se os gráficos da ilustração do

grupo da Eurocopa estavam prontos. Barbeiro e Rangel (2006) afirmam que antes

de uma notícia ser divulgada é preciso ver e rever as informações citadas. Segundo

eles, erros irritam o público e desqualificam a reportagem.

Na pesquisa participante, foi possível notar uma preocupação em alguns

momentos que o apresentador solicitava o material e a produção não tinha naquele

exato momento. Os problemas eram solucionados durante a exibição do RSTV. A

conversa entre o apresentador e a equipe, que não presenciei nos momentos que

acompanhei a produção, era feita durante o programa.

Para o ex-âncora do Redação Sportv, Marcelo Barreto, a função do

apresentador é primeiro tentar manter o espelho de alguma maneira. Segundo ele,

por muitas vezes os comentaristas se entusiasmam por determinados assuntos e

não se entusiasmam por outro. Barreto entende as principais funções do âncora no

RSTV é tentar manter o debate vivo, manter o interesse do público pelo assunto,

zelar pela variedade de assuntos, mas sem que cada assunto vá esfriando,

perdendo interesse da própria mesa e, por consequência, do telespectador. No

quarto capítulo, Barbeiro e Lima (2002) compreendem que no Jornalismo, na maioria

das vezes, o âncora não emite opinião e nem comentário sobre o temas expostos.

Segundo os autores, o apresentador não é um artista, ele é apenas mais uma parte

Page 95: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

95

de um processo que apresenta a informação. Nos primeiros dez minutos do primeiro

programa observado, Rizek deu uma opinião sobre o Joinville: “E o Joinville é um

time que meio que saiu ali com o nariz pra fora d’água e deu uma esperada.” E logo

em seguida anunciou uma notícia: “o Atlético Mineiro anunciou ontem que entraria

com uma representação na CBF”. Neste sentido, no capítulo quatro, Barbeiro e

Rangel (2006) identificam que o ancora deve deixar claro quando seu texto é

informativo, opinativo ou interpretativo. O apresentador esclarece que como foi

primeiro comentarista antes de ser apresentador, sua tentativa, além de conduzir o

programa, é ser um debatedor a mais na bancada.

O que é algo contraditório, pois o Rizek entende que o RSTV não é um

programa de debates, mas afirma que é um debatedor. E realmente, em alguns

momentos fica confuso saber se é informação ou opinião, pelo motivo do

apresentador tomar o papel de debatedor e comentarista.

No segundo programa observado, Rizek solicita a sua equipe de produção

para exibir uma reportagem que não estava prevista naquele momento, “deixa eu

até conversar com minha equipe aqui no ar. A gente tinha preparado para o próximo

bloco um clipe de manchetes da imprensa mineira que abraçaram a briga do Galo

contra a arbitragem, se a gente tiver pronto para esse bloco ainda”. Segundo

Barbeiro e Rangel (2006), no capítulo quatro desta pesquisa, um programa de

televisão é como contar uma história, para isso é necessário uma sequência lógica

dos fatos. Em nenhuma outra área do jornalismo a informação e o entretenimento

estão tão próximos.

A conversa do apresentador com a produção cria uma sensação de falta de

organização. Não é possível imaginar um grande jornal de notícias de apresentação

nacional, onde o âncora está apresentando uma informação e decide trocar por

outra do último bloco. Isso criaria um transtorno para a equipe toda e para o público

de casa. Isso aconteceu em alguns momentos do RSTV nos programas observados.

Em todos os programas observados o apresentador relata as notícias, todas

em formato do rádio. Por exemplo, os textos dos jornais são lidos pelo âncora,

mesmo expostos no vídeo, os gráficos são lidos. A locução RSTV é muito parecida

com a do rádio, em muitos momentos o telespectador não precisa de imagens para

acompanhar e entender a proposta do programa. O texto jornalístico, para Barbeiro

e Lima (2002) ,no segundo capítulo desta monografia, deve ser objetivo e claro. As

modificações em cada veículo como rádio, televisão, jornal e internet, devem

Page 96: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

96

obedecer cada particularidade. A intenção é sempre prender o telespectador no

programa e fazer a notícia ser entendida pelo receptor. Para o produtor Eduardo

Nunes, André Rizek é o principal responsável pelo programa, o âncora orienta de

que maneira vai ser tratado cada assunto ou em qual formato será abordado.

Segundo o produtor, em um debate cada participante tem a sua opinião, mas o

centralizador é sempre o apresentador, e assim evita o ruído na transmissão do

debate.

No segundo programa apresentado, o âncora fez as leituras dos gráficos,

mediou e participou do debate que durou quase todo o programa de duas horas. As

informações que eram expostas por Rizek tinham tom de debate. Entre os termos

mais comuns usados pelo apresentador para referir-se aos diálogos estavam:

“venha debater conosco, entre nessa discussão, falaremos sobre o assunto, na sua

opinião, na minha opinião, eu não concordo, concorda, eu acho”.

André Rizek, no primeiro bloco do terceiro programa observado, é mediador e

participante de um debate que durou cerca de uma hora. Seu embasamento e

conteúdo do debate exposto eram por meio dos jornais que ele apresentava. Na

outra metade, além de conduzir as matérias, o âncora ficou responsável pela leitura

de gráficos e mediar uma entrevista com o técnico do Sampaio Correia, Léo Condé,

que durou 12 minutos. Entende Barbeiro e Rangel (2006), no quarto capítulo desta

pesquisa, que as transmissões baseadas somente no improviso, não são capazes

de transmitir notícias mais importantes. Faltam reportagens especiais, os repórteres

pegam carona em entrevistas coletivas, jornadas esportivas intermináveis e

telespectadores não conseguem entender o assunto. Para os autores os

comentários são monótonos e as entrevistas são entediantes. Mesmo com a falta de

conteúdo próprio, no quesito tempo, o apresentador entende que é possível o

programa ser feito em duas horas e meia, uma hora e meia, duas horas. Para o

apresentador não existe problema na adaptação do tempo disponível, sente-se

confortável com as duas horas que o programa tem de duração, acredita que este

tempo seja ideal para o conteúdo do RSTV.

Quantidade não define qualidade, um programa jornalístico de duas horas de

duração, precisaria de uma grande equipe para manter um conteúdo de qualidade

neste tempo disponível. O âncora tem o papel fundamental em manter a dinâmica

do programa, por isso Rizek tem a obrigação de desempenhar diversas funções no

Page 97: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

97

decorrer da apresentação do RSTV. Isso ajuda no quesito entretenimento, mas

atrapalha na transmissão das informações.

A partir da análise de conteúdo do programa Redação Sportv, será possível,

no próximo capítulo, responder a questão norteadora e confirmar ou não as

hipóteses desta pesquisa.

Page 98: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

98

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O principal questionamento desta pesquisa era saber se o Redação Sportv é

observatório da imprensa esportiva e de seu conteúdo ou se pauta dela para

produzir seu programa.

Nos aspecto pauta, a primeira hipótese levantada era: o Redação Sportv é

pautado por outras mídias e não produz conteúdo próprio. A observação e as

entrevistas deixam claro que a intenção do programa é ser pautado pela mídia em

geral. Todos os assuntos que surgiram nos programas observados vieram por meio

da mídia. O problema maior na definição das pautas é o tempo que o assunto

permanece em evidência. O assunto arbitragem persistiu por 50 minutos no primeiro

programa observado.

E quando convidados de outras cidades do Brasil participam do programa,

suas falas também são pautadas pelos jornais locais. O fato preocupante é que o

apresentador acredita que esta é a melhor fonte de notícias para dar credibilidade às

discussões do programa. Os assuntos internacionais são reproduzidos pelo

programa, caso estejam em pauta nos noticiários. Rizek confirma que gostaria de ter

mais informações sobre notícias de outros países, mas isso só é possível se tiver

algum assunto relevante na mídia de outros países.

Isto esclarece que o programa é pautado não somente pela mídia nacional,

mas também pela mídia internacional.

A apresentação inicial do programa é um apanhado de notícias de jornais de

circulação do dia. Não existe uma preocupação com novas visões e novas fontes

para as matérias. O que é produzido por outras mídias é tomado como verdade no

RSTV. Não há profundidade na divulgação da matéria, o programa não observa o

conteúdo, o RSTV toma posse do conteúdo pautado por outras mídias e monta seu

espelho. O próprio apresentador confessa, em entrevista, que dessa forma o

programa é pautado toda manhã.

A produção do programa e a observação evidenciaram que o programa busca

um assunto principal para o seu desenvolvimento. Este assunto é tratado

exaustivamente, e todo seu conteúdo é sustentado e inserido por manchetes de

outras mídias, principalmente jornais.

Os participantes que entram no decorrer do programa interagem com o tema

exposto pelo apresentador. Estes participantes não necessitam ter conhecimento ou

Page 99: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

99

ligação com a notícia para pontuar suas observações, apenas a tradicional

participação justifica as presenças.

A segunda hipótese levantada, O Redação Sportv, por fazer parte dos canais

por assinatura Globosat, tem acesso aos conteúdos produzidos pela rede, pode ser

confirmada. Na pesquisa, foi possível observar que a produção do RSTV pode

escolher todo o conteúdo da Rede Globo e Globosat, e ainda pode editar da maneira

que se adapte ao programa. As entradas ao vivo de participantes de todas as partes

do Brasil no RSTV, são feitas com os recursos das TVs afiliadas à Rede Globo. A

produção só tem o trabalho de entrar em contato com as praças e solicitar o link.

Todo suporte técnico é feito pela emissora local, além do repórter que participa do

RSTV. O que gera uma acomodação por parte da produção de conteúdo

A terceira hipótese levantada afirmava que o programa não tem uma equipe

suficiente para cobrir todas as notícias do jornalismo esportivo; a hipótese foi

confirmada. Não existe produção exclusiva para o RSTV, todas as reportagens

exibidas nos programas observados tinham sido utilizadas em outros veículos de

comunicação. O próprio produtor declara, na entrevista, que a maioria dos recursos

de outras cidades, precisa ser negociada com as emissoras locais. No RSTV

existem quadros, como o Redação AM, que é a reprodução de um áudio de uma

locução de rádio dentro do programa; o quadro Abre Aspas, que mostra entrevistas

gravadas e reproduzidas.

Nos três dias de exibição observados, não considerando os gráficos, o quadro

Redação AM e as pautas dos jornais, o restante do conteúdo somou 35 minutos de

produção. Destes 35 minutos, 20 minutos ficaram por conta de duas entrevistas

coletivas, e cinco minutos de uma entrevista por telefone, e dois minutos de uma

reportagem da EPTV de Campinas. Os oito minutos que sobraram, uma boa parte

dividiu-se para o quadro Abre Aspas, e para duas reportagens do canal Sportv. É

preocupante um conteúdo de 6 horas observado sem nenhuma produção de

conteúdo, apenas reproduzindo trabalhos de outras equipes.

André Rizek é o editor chefe do RSTV, apresentador e, principalmente, um

debatedor. Por todas essas funções exercidas, não fica claro para o público qual a

principal finalidade de sua presença. O âncora é o responsável por interligar os

telespectadores que participam pela internet com o programa. Algumas mensagens

são lidas ao vivo, mas a participação do público fica limitada a um único canal de

Page 100: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

100

mídia on line, o Twitter. O próprio apresentador reconhece que esta interação

precisa melhorar.

O programa Redação Sportv é um programa de debates com entretenimento

e informação. Seu formato é muito semelhante às mesas redondas do rádio. A

opinião e a conversa são o ponto forte do programa, as matérias que são expostas

têm a função de instigar o debate, ser o ponto de partida para iniciar o assunto. Fato

que confirma a quarta hipótese levantada, de que o programa adota o modelo de

debate esportivo do rádio, mas com imagem.

Uma das principais dificuldades enfrentadas por jornalistas é a falta de

espaço e oportunidades para estes profissionais nos veículos de comunicação.

Mesmo assim, e com todos os recursos que o RSTV tem, os produtores a o

apresentador estão contentes em fazer um programa de debate esportivo idêntico

ao do rádio apenas com a imagem e reprodução de conteúdo.

Por fim, esta pesquisa chega a conclusão de que o Redação Sportv é um

programa de debates pautado pela mídia. O modelo não tem por característica ser

um observatório da imprensa esportiva, pois não aprofunda a análise no conteúdo

das reportagens, apenas toma as manchetes como ponto inicial dos assuntos e as

coloca em evidência.

Esta pesquisa foi de extrema importância, não somente pelo o conhecimento

adquirido com tema pesquisa, mas na compreensão do Jornalismo e principalmente

do Jornalismo Esportivo. Este trabalho serviu para enriquecer ainda mais a minha

formação acadêmica e a preparação para o mercado de trabalho.

Esta pesquisa teve o foco na produção de conteúdo do Redação Sportv, mas

pode ser ampliada, para investigar de que maneira a participação dos

telespectadores consegue ser melhor aproveitada. Uma vez que este problema foi

evidenciado na pesquisa e o apresentador também entende que isto precisa ser

aperfeiçoado.

Page 101: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

101

8 REFERÊNCIAS

BARBEIRO, Heródoto; RANGEL, Patrícia. Manual do Jornalismo Esportivo. São

Paulo: Contexto, 2006.

BARBEIRO, Heródoto; LIMA, Paulo Rodolfo de Manual de Radiojornalismo:,

produção, ética e internet”. Rio de janeiro. Campus, 2003.

BARBEIRO, Heródoto; LIMA, Paulo Rodolfo de. Manual de telejornalismo: os

segredos da notícia na TV. 2.ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Campus, 2002.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2011.

CHAMBAT-HOUILLON, Marie-France. O formato televisual: programação,

programação e recepção. In DUARTE, Elizabeth; CASTRO, Maria Lilia Dias.

(orgs.). Comunicação Audiovisual: gêneros e formatos. Porto Alegre, Sulina, 2007.

COELHO, Paulo Vinícius. Jornalismo Esportivo. São Paulo: Contexto, 2003.

CURADO, Olga. A notícia na TV: O dia-a-dia de quem faz telejornalismo. São

Paulo: Alegro, 2002.

DUARTE, Elizabeth Bastos. Convergência tecnológica e os novos Formatos híbridos

de produtos audiovisuais In: DUARTE, Elizabeth Bastos e CASTRO, Maria Lilia Dias

de. Comunicação audiovisual: gêneros e formatos. Porto Alegre: Editora Sulina,

2007.

DUARTE, Elizabeth Bastos. Reflexões sobre os Gêneros e Formatos Televisivos. In:

CASTRO, Maria Lília Dias e DUARTE, Elizabeth Bastos (orgs). Televisão: Entre o

Mercado e a Academia. Porto Alegre: Sulina, 2006.

DUARTE, Jorge; BARROS, Antonio (Org.). Métodos e técnicas de pesquisa em

comunicação. São Paulo: Atlas, 2005.

Page 102: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

102

FERRARETO, Luiz Artur. Rádio: veículo, a história e a técnica. Porto Alegre: Sagra

Suzzato, 2001.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo:

Nova Fronteira, 2008.

GOMES, Itânia Maria Mota. Das utilidades do conceito de modo de endereçamento

para análise do telejornalismo. In: Televisão – Entre o mercado e a academia.

Porto Alegre: Sulina, 2006.

JÚNIOR, Wilson Corrêa da Fonseca. Análise do Conteúdo. In: DUARTE, Jorge;

BARROS, Antonio (Org.). Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. São

Paulo: Atlas, 2005.

.

LIMA, Carlos Guilherme. Da emoção à discrição: a História da narração esportiva

no rádio. Trabalho apresentado no Encontro Nacional de História da Mídia Unicentro

Guarapuava-PR, 2011. Disponível em <http://www.ufrgs.br/alcar/encontros-

nacionais-1/8o-encontro-2011-

1/artigos/Da%20emocao%20a%20descricao%202013%20a%20historia%20da%20n

arracao%20esportiva%20no%20radio.pdf/view>. Acesso em 18/jun/2015.

MACHADO, Arlindo. A televisão levada a sério, São Paulo, Editora SENAC, 2000;

Memória Globo. Disponível em:

http://memoriaglobo.globo.com/programas/esporte/programas-esportivos/grande-

resenha-facit.htm,Acesso em 20/jun/2015.

Memória Roberto Marinho. Disponível em:

<http://www.robertomarinho.com.br/obra/tv-globo.htm>. Acesso em 20/jun/2015.

NUNES, Bibiana Paiva ; OLIVEIRA, P. A. D. . Esporte no Rádio. Porto Alegre/RS:

Alternativa Consultoria, 2009.

Page 103: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

103

NUNES, Fidel Lucas de Carvalho. As mudanças no formato de linguagem do

Globo Esporte Nacional. UERN - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

2011. Artigo Disponível em: http://www.uern.br/controledepaginas/depto-

comunicacao-social-producao-

discente/arquivos/0301as_mudana%E2%80%A1as_no_formato_e_linguagem_no_gl

obo_esporte_nacional.pdf Acesso em 8/ago/2015.

OLIVEIRA, Giordano Bruno Medeiros e. Da emoção à interação: história das

transmissões esportivas na televisão brasileira. Universidade Federal do Rio Grande

do Norte, RN. 2015. Artigo Disponível em:

http://portalintercom.org.br/anais/nacional2015/resumos/R10-1885-1.pdf Acesso em

8/ago/2015.

PATERNOSTRO, Vera Íris. O Texto na TV: Manual de telejornalismo.Colaboração

de Eduardo Marotta. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006

PENARIOL, Júlio César; MARQUES, José Carlos, A derrota do Brasil para o

Uruguai no jogo final da Copa do Mundo de 1950 pelas páginas do jornalismo

de revista brasileiro, Universidade Estadual Paulista, São Paulo, SP, 2015 - Artigo

Disponível em: http://cev.org.br/biblioteca/a-derrota-brasil-para-o-uruguai-jogo-final-

copa-mundo-1950-pelas-paginas-jornalismo-revista-brasileiro/ Acesso em

10/ago/2015.

PERUZZO, Cecília Maria K. Observação Participante e pesquisa-ação. In: DUARTE,

Jorge; BARROS, Antônio. Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação.

São Paulo: Atlas, 2005.

RANGEL, Patrícia, O Rádio e as Copas do Mundo – De 1938 a 2010, Faculdades

Integradas Rio Branco-SP Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM,

2012. Artigo Disponível em: http://www.intercom.org.br/sis/2012/resumos/R7-2622-

1.pdf/ Acesso em 10/ago/2015.

RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social: métodos e técnicas. São Paulo:

Atlas, 1999.

Page 104: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

104

SAVENHAGO, Igor José Siquieri, Futebol na TV: evolução tecnológica e linguagem

de espetáculo. Centro Universitário Barão de Mauá, Brasil. v. 25, n. 58: Ano XXV -

2011/1 - Artigos Disponível

em<http://revistas.unisinos.br/index.php/versoereverso/search/authors/view?firstNam

e=Igor%20Jos%C3%A9&middleName=Siquieri&lastName=Savenhago&affiliation=C

entro%20Universit%C3%A1rio%20Bar%C3%A3o%20de%20Mau%C3%A1&country

=BR>Acesso em 18/jun/2015

SILVA, Alexandre Alves, DE LÉO BATISTA A TADEU SCHMIDT: a evolução da

nota coberta no telejornalismo esportivo, Alcar – Associação Brasileira de

Pesquisadores de História da Mídia I Encontro de História da Mídia da Região Norte

Universidade Federal do Tocantins – Palmas – outubro de 2010, Disponível em

<http://www.ufrgs.br/alcar/noticias-dos-

nucleos/artigos/DE%20LEO%20BATISTA%20A%20TADEU%20SCHMIDT.pdf>Aces

sado em 20/jun/2015.

SILVA, Pedro Vasconcelos Costa e: O futebol midiatizado e identidade cultural

brasileira de 1950 a 2014. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais -

Programa de Pós-graduação strictu senso em Comunicação Social. Belo Horizonte-

MG. 2015. Artigo Disponível em:

http://portalintercom.org.br/anais/nacional2015/resumos/R10-3301-1.pdf/ Acesso em

8/ago/2015.

SOARES, Edileuza. Bola no ar: o rádio esportivo em São Paulo. São Paulo:

Summus, 1995.

SOUZA, José Carlos Aronchi de. Gêneros e formatos na televisão brasileira. São

Paulo: Summus Editorial, 2004.

STUMPF, Ida Regina C. Pesquisa bibliográfica. In: DUARTE, Jorge; BARROS,

Antonio (org.). Métodos e técnicas de pesquisa em Comunicação. São Paulo:

Atlas, 2005.

Page 105: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

105

USHINOHAMA, Tatiana Zuardi; MARQUES, José Carlos. Futebol, Transmissão

Televisiva e Tecnologia: Uma Análise da Transmissão da Mensagem a Partir dos

Conceitos da Midialogia, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”,

Bauru, SP, 2015. Artigo Disponível em:

http://portalintercom.org.br/anais/nacional2015/resumos/R10-2880-1.pdf/ Acesso em

8/ago/2015.

XAVIER, Ricardo; SACCHI, Rogério. Almanaque da TV: 50 anos de memória e

informação. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000.

Page 106: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

106

ANEXOS

ANEXO A – DECUPAGEM DOS PROGRAMAS

a) Redação Sportv. Primeiro programa observado - 17 de agosto de 2015,

segunda-feira.

Primeiro bloco:

Roda vinheta e trilha sonora do programa.

Plano geral da bancada que fica na frente da redação do canal SporTV. Nela está o

apresentador André Rizek e os convidados Carlos Eduardo Mansur e Carlos

Eduardo Eboli. O programa altera os planos de imagens em plano aberto, fechado e

médio, que serão expostos no corpus da decupagem conforme sua relevância.

André Rizek : olá, bom dia, está no ar o Redação Sportv, hoje com Carlos Eduardo

Mansur e Carlos Eduardo EboIi. Bom dia, bem vindos ao Redação, tudo bem?

Carlos Eduardo Mansur: bom dia! Como sempre final de brasileirão tOdo mundo

faz balanço, né? Do que foi o campeonato, né? Eu tive que fazer um também para o

Jornal O Globo, chamei esse campeonato também de sobrevivente. Porque muita

coisa joga contra o campeonato, né? Você tem o problema do calendário que não

para quando a Seleção se reune, você tem nosso desenfreado comércio quem tira,

nossos jogadores que muda nosso elencos ao longo do ano, você tem uma série de

problemas que joga contra o campeonato, mas ao mesmo tempo.

Imagem coberta com o Jornal o Globo, na reportagem do Carlos Eduardo

Mansur.

É um campeonato muito bom, talvez um dos melhores dos últimos anos e um dos

melhores campeonatos da era dos pontos corridos tem bons times têm grandes

jogos, tem uma média de público boa nos estádios. Tem outro sintoma que eu acho

importantíssimo, que é o surgimento de muitos jogadores jovens com papel

importante nos times, no momento que a gente busca mais opções no futebol

brasileiro, pensando em seleção. Você tem a tendência dos melhores times do

Page 107: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

107

campeonato em jogar um futebol ofensivo, propondo o jogo. O que inclusive é um

paradoxo na liderança do campeonato. O Corinthians que termina como líder o

primeiro turno com uma certa folga, é um time que é protagonista dos seus jogos

quando joga em casa mas as vezes é muito conservador quando joga fora com um

perfeito num perfil um pouco diferente dos que ocupam as primeiras posições. Mas

ele tem uma outra diferença em relação aos demais. Talvez seja um dos poucos

times do campeonato que a oscilação foi muito pequena. A diferença é que o melhor

Corinthians do campeonato e o pior Corinthians ela é muito pequena. Enquanto

outros times tiveram variações muito maiores talvez isso explique os quatro pontos

de vantagem na frente.

Câmera a bancada em André Rizek.

Rizek: Queremos anunciar que tivemos um recorde, nesta segunda-feira, dezessete

de agosto, batemos um recorde. Estamos no ar há dois minutos e não falamos de

arbitragem.

Mansur: mais vai falar.

Risos

Rizek: Carlos Eduardo Eboli: bom dia, bem vindo ao Redação! Tudo bem?

Eboli: tudo bem André, bom dia, bom dia! Falaremos, falaremos... À arbitragem

também é um capítulo né? O capítulo nesse primeiro turno com muitas polêmicas,

com orientações novas que causaram muitas confusões em campo. Mas eu acho

que o balanço é positivo no aspecto técnico. Eu fiz muitas críticas ao campeonato,

no início em que tinha times ainda estavam se acertando os jogos não estavam me

agradando. Mas a partir de um determinado momento, com as equipes mais

arrumadas. Com alguns trabalhos mais consolidados, como por exemplo, o que está

fazendo o Milton Mendes no atlético paranaense, o Adilson Batista no Sport, a

chegada do Roger no grêmio. O Levir Cupi, já com um trabalho mais sólido no

Atlético Mineiro. O Tite nesse processo de reconstrução, e agente falava aqui:

- Olha o Corinthians se não arrumar o ataque dificilmente vai alcançar o título. Vai

chegar à parte alta, mas não vai dar o pulo do gato pra conquistar o título. E o Titi

conseguiu esse ataque. É inclusive uma solução caseira né. Encontrou no Luciano

essa opção do cara que empurra a bola pra dentro. E aí vêm os outros fatores que

Page 108: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

108

podem influenciar nesse segundo turno, como também citou o Mansur, como por

exemplo, a seleção olímpica que vai desfalcar o Corinthians com o Luciano.

Rizek: Flamengo com o Jorge.

Enboli: Flamengo o Jorge. O Luan sai do Grêmio.

Rizek: O Luan, talvez seja se não o melhor, mas entre os cinco melhores do

primeiro turno, jogador do qual o Grêmio depende muito, Luciano o Corinthians

também depende muito dele. O Jorge é um fundamental, talvez o melhor da defesa

do flamengo.

Mansur: sai 16 jogadores da Série A, nas duas seleções durante suas datas FIFA.

Pega duas rodadas da seleção olímpica, três da principal.

Rizek: isso ai não da né.

Eboli: isso não existe, isso não existe, André! Até quando a CBF vai continuar

estagnado o campeonato? Até quando os clubes vão permitir que isso aconteça?

Porque no momento que o campeonato está engrenado com bons jogos, quando

está todo mundo contente com a qualidade dos jogos. É lógico que sempre tem

algum jogo ou outro em que a qualidade não vai ser boa, até pela diferença das

equipes. Mas de um modo geral hoje, nós temos jogos com intensidade, times bem

arrumados no qual você consegue fazer uma leitura tática. Flamengo e Palmeiras

ontem fizeram um jogo interessantíssimo, seis gols, o público voltando, a descoberta

desse novo horário às 11 horas da manhã, que foi um sucesso mais tem prazo de

validade curto. Porque com a mudança de temperatura, mudança de clima, vai ser

muito difícil jogar às 11 horas da manhã. Tem uma série de acertos, que ao meu

entender, fazem esse campeonato ainda mais emocionante dos últimos anos, talvez

o mais emocionante da era dos pontos corridos. Você não tem aquilo, do time que

arrancou pronto! Tá aqui o título. Não, é difícil. Mesmo agora o Corinthians tenha

aberto quatro pontos, é difícil você agora cravar, o Corinthians vai ser campeão

brasileiro!

Você tem outras equipes que mostram um bom futebol. O próprio Flamengo, se

conseguisse acertar, não estou falando de título pelo amor de Deus, ainda não estou

ficando maluco. Mas o próprio Flamengo se conseguir acertar o sistema defensivo,

hoje do meio pra frente mostra um futebol muito melhor do que ele apresentou no

inicio do campeonato. O São Paulo também, se conseguir conciliar bom futebol com

resultado, pode voltar a figurar no pelotão da frente. Então é um campeonato com

Page 109: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

109

muitas alternativas. Muito interessante, agora a CBF, tem que deixar o campeonato

correr naturalmente e não atrapalhar.

Rizek: falaremos muito do campeonato mudança do primeiro turno, a gente vai

mostrar inclusive, quem foram os melhores líderes do campeonato do primeiro turno,

desde que o campeonato passou a ser disputado por pontos corridos, com 20

equipes e também os piores lanternas. Será que o Vasco é o pior lanterna? Vasco

que está na zona do rebaixamento a 14 rodadas. Será que o Vasco é o pior

lanterna na era dos pontos corridos com 20 clubes? Falaremos também dos eventos

testes que aconteceram nesse final de semana no Rio de Janeiro. Falaremos

também de uma gafe que aconteceu no campeonato mundial de badminton e que

agora um pouco o esporte espanhol. E também com a sua participação pela internet,

o nosso site é o sportv.com/redação. Lá você manda foto, vídeo. Você que está

bravo com a arbitragem cuidado com o linguajar, pois só o que é publicável vai para

o ar. E hoje via Twitter no @redacao_sportv você é convidado, venha fazer o

programa comigo com o Carlos Eduardo Mansur e o Carlos Eduardo EboIi. Interaja

pelo Twitter, e a gente chama agora... O Carlos Eduardo Mansur falou do balanço

que ele publicou no Globo, e a gente chama agora o nosso balanço. Como a equipe

do Redação resume o primeiro turno que acabou ontem do campeonato brasileiro da

série A.

Na tela imagens e GC ilustram a nota.

Rizek: a média do Campeonato Brasileiro é boa pros nossos pagantes até aqui. É

de 17.237 pagantes por jogo. Para nossa média é uma boa média nesse primeiro

turno. Média de gols por jogo 2,22 por jogo. Da pra aumentar Não é espetacular,

Mas também não é ruim.

Mansur: Menor que a do ano passado.

Eboli: menor que a do ano passado.

Rizek : Melhor ataque do Atlético Mineiro 33 gols marcados. Ilustra Atlético. A

melhor defesa, Corinthians 14 gols sofridos. Artilheiro é o Ricardo Oliveira, 10 gols.

Ricardo Oliveira. Maior média de público, São Paulo 3Coritiba 1. 59.482 pagantes.

Mansur: Jogo de 11 da manhã.

Flamengo e Santos tiveram o maior público presente. Porque muitas gratuidades

aconteceram e acontecem no Rio de Janeiro. Mais se 60 mil. Flamengo e Santos.

Page 110: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

110

Flamengo 2,Santos 2 ,maior público presente 61.421. O time com melhor público

como mandante é o Palmeiras. Mais de 34 mil pagantes por jogo.

Foram 17 trocas de técnicos, meus amigos, não incluindo aí o Nilton Cruz que era

interino no São Paulo, já entrou sabendo que seja trocado.

Quem mais liderou? O Atlético Mineiro liderou por sete rodadas, Sport cinco, Atlético

Paranaense três, Corinthians três e São Paulo uma vez. Isso não quer dizer nada,

porque se o time liderar por uma vez e se ela for à última vai bastar.

Risos...

Mas prova que estes foram os times consistentes e o São Paulo talvez fosse a

grande incógnita quando você acha que ele vai engrenar tem um jogo em casa

contra o Goiás, supostamente tranquilo o São Paulo vinha numa boa sequência.

Agora vai, e aí o São Paulo vai lá e é goleado pelo Goiás em casa, com direito ainda

a erros de arbitragem contra o Goiás.

Eboli: houve um pênalti né? Poderia ser maior o estrago. E aí vem uma outra

característica do campeonato, que a gente provavelmente vai ver também nessa

edição. O segundo turno a partir do momento que os times já têm um objetivo

traçado, é mais difícil é mais equilibrado e mais sujeito a surpresas, como por

exemplo, essa vitória do Goiás em cima do São Paulo. Porque muitas vezes o

desespero de quem tá lá em baixo acaba movendo montanhas. E protagonizando

grandes zebras no campeonato. Então agora os times com o objetivo mais bem

traçado. Eles vão encontrar obstáculos mais complicados para atingir essa meta.

Rizek: E o Joinville é um time meio que saiu ali com o nariz pra fora d'agua e deu

uma esperada.

Eboli: o Joinville mostrou uma reação...

Interrompe Rizek: Continua, empatou com o Vasco fora de casa ganhou do

Cruzeiro muito bem em casa e ontem quando complicou a vida do Grêmio em Porto

Alegre.

Mansur: dos times de baixo é o que está jogando melhor.

Eboli: o Coritiba também.

Rizek: Concordo. Bem lembrado, o Coritiba que venceu o Palmeiras e venceu

numa tacada só. O Palmeiras em casa e o Vasco fora.

Os resultados das rodadas, às declarações, as manchetes, as imagens você confere

agora no nosso clipe com as melhores imagens frases, manchetes da rodada.

Page 111: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

111

Rodou clipe de 3 minutos com os destaques da rodada.

Rizek: Tudo isso será esmiuçado daqui a pouquinho. E quero dar uma informação

que acaba de chegar até aqui a nossa produção, o Atlético Mineiro anunciou ontem

que entraria com uma representação na CBF por causa dos erros de arbitragem

conta o clube recentemente. Especialmente essa semana. E o Flamengo acaba de

tomar uma decisão também, da qual ficamos sabendo agora, o Flamengo também

vai entrar com uma representação na CBF por causa deveria de arbitragem

cometida ontem em São Paulo na derrota para o Palmeiras. Verdade que o

Flamengo levou quatro gols, mas a arbitragem, ontem foi mais uma arbitragem muito

ruim do nosso campeonato brasileiro. E o Flamengo acabou pagando o pato disso.

É o que falou o Enderson Moreira, de que o Marlon não deveria ter admitido que foi

pênalti. Poxa Enderson como não? Primeiro o que você falou da intenção, a

intenção não é mais hoje em dia característica de pênalti. Hoje em dia é uma

recomendação da Internacional Burch, é uma recomendação internacional e pelo

que eu tenho visto ela só tem sido adotada de forma radical no Brasil. Agora é

pênalti, esqueçam a intenção, se ele teve ou não de botar a mão na bola. Isso não

determina mais pênalti. Agora cabe ao árbitro muito mais complexo, na minha

opinião. Cabe ao árbitro avaliar se o atleta aumentou o corpo dele, com um

movimento. Ai natural, não sei se naquele carrinho, da pra dar o carrinho se por a

mão pra traz.

Eboli: Pra mim impossível.

Rizek: Mas a arbitragem deu pênalti, mas o Gaciba comentarista de arbitragem da

Globo entende que aquilo infelizmente, pela nova determinação é pênalti, ele

aumenta o espaço. Você pode até achar absurdo, você pode até achar absurdo a

nova determinação, mas segundo os árbitros e comentaristas de arbitragem aquilo é

pênalti, o juiz acatou.

Eboli: É, aí vai a discussão vai entornar do que é ou não é movimento natural.

essa é a questão.

Falam juntos: (Eboli: Pra mim a ali o jogador do Atlético Paranaense. Rizek,

perfeito por isso que fica muito mais amplo).

Eboli: Onde ele colocaria o braço, me da o lugar que ele colocaria o braço?

(Gesticula olhando para câmera em plano fechado).

Page 112: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

112

Rizek: e o Apodi no lance que determinou a vitória da Chapecoense? Ali a intenção

que determina o movimento não natural?

Mansur: O lance do Apodi é um lance tão claro que ela foge dessa determinação

nova. Esse é um lance clássico da condição de bola com a mão. A grande questão é

que agente com todos os árbitros aprendam de maneira uniforme a lidar com essa

nova determinação, pra muitos ainda está um desafio de interpretação, que no Brasil

especialmente está essa discussão.

Interrompe Eboli: Está confuso!

Mansur: Está mais confuso aqui no Brasil do que no resto do mundo, embora a

determinação seja a mesma. O que mais me preocupa é a maneira, é a maneira

com que a gente lida com a questão da arbitragem. Porque no momento... A

entrevista do Henderson ela é reveladora pra mim! Mais preocupado com o critério

que o árbitro tem de conduzir a partida, todo mundo tem preocupação em se

manifestar sobre a arbitragem, provocando um climão para que no próximo jogo ele

seja beneficiado. Por isso a uma reprovação dele com o rapaz em admitir que é

pênalti. Porque todo mundo agora assumiu um papel de coitadinho e colocar

pressão para que na próxima rodada seja eu o beneficiado. A vontade de mudar

tudo que os dirigentes têm com a arbitragem, ela dá e passa. Ela passa assim que

sei time é beneficiado. A atitude como a do Tite, na outra rodada de admitir que ouve

um erro favorável a ele. Você conta nos dedos de uma mão. Ninguém vai à CBF

numa situação de estabilidade de calmaria no seu clube pedir reforma de nada. É o

árbitro continua sendo o único, entre aspas, não profissional da história, menos

preparado. Ninguém sabe o clube que manda seus jogadores a campo com

investimentos milionários, não sabe a preparação do árbitro, qual o nível de

preparação, como ele é formado, qual a qualidade do curso, mas todo mundo se

preocupa quando seu time é beneficiado, digo prejudicado. Nem seria ruim se essa

preocupação fosse constante, continua, mas ela desaparece, mas ela desaparece o

quando você tem uma...

Interrompe Rizek: Torcedores do Cruzeiro por exemplo. Essa coisa do futebol os

torcedores viram militantes nas redes sociais. Torcedores do Cruzeiro, eles estão

lembrado que o Atlético Mineiro foi campeão estadual, pró Galo, com um erro de

arbitragem contra a Caldense. Mas eu me coloco na pele de um dirigente do Atlético

nessa segunda-feira. Sei como jornalista eu vi todos os debates da casa ontem à

noite de outras emissoras, no rádio nos portais, sei que como jornalista... Sei como

Page 113: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

113

jornalista o nosso papel em tese manda falar. Olha falar de esquema agora é

leviano. Dirigente tem que ter um pouco de calma nessa hora em vez de atacar a

credibilidade do campeonato brasileiro. Esse em tese é o nosso papel. Mas aí eu

também me coloco na pele do dirigente do Atlético Mineiro, que essa semana viu

seu time perder a liderança sob circunstâncias muito ruim porque na minha opinião o

Galo foi prejudicado, contra a Chapecoense ontem e contra o Grêmio em casa. E ai,

como não protestar? Como não ficar quieto? Como o Flamengo vai ver os erros de

ontem e não vai falar nada? Então ao longo do programa teremos muita lenha para

queimar.

E o Carlos Cereto que está em São Paulo, já me cantaram aqui que ele está louco

para entrar na conversa.

Tela dividia com os dois apresentadores, lado esquerdo Cereto direito Rizek.

Rizek. Bom dia Carlos Cereto, bom dia ao amigo!

Cereto: Bom dia André Rizek. Bom dia Carlos Eduardos.

Tela mostra os convidados sem o Rizek em plano aberto dividida com Cereto.

Lino e Eboni. Carlos Eduardo Mansur e Carlos Eduardo Eboni, e o Lino que deve

certamente nos assistindo.

Parabéns a Fernanda Kalache e o Marcelo Ferreira pela edição do clipe.

Agora é o seguinte, como não protestar respondendo a essa pergunta André.

Sai à tela dividida e fica somente a tela em Cereto, o cenário é a redação do

SporTV em São Paulo.

É partindo do princípio que todo mundo é honesto até que provem o contrário. Você

participou, alias brilhantemente, há dez anos da reportagem da revista Veja, sobre

máfia do apito. Denunciando o Juiz Edilson Pereira de Carvalho. Juiz ladrão,

confessadamente ladrão. Ele confessou ser juiz ladrão e pagou por isso. Então ouve

na história do futebol juiz ladrão. Até que prove o contrato todo mundo é inocente.

Você tem partir do princípio que todo mudo é inocente. Porque a gente erra, os

Page 114: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

114

árbitros erram. Como eu erro entrando aqui ao vivo, falo um monte de bobagens.

Você erra!

Rizek: eu não.

Divide entre Rizek e Cereto. Rizek faz sinal que não rindo ironicamente.

Em tela dividida Cereto continua a fala.

Cereto: Ninguém, ninguém no futebol contribui.

Volta à tela somente no Cereto.

Cereto: Contribui no futebol para que o árbitro tenha tranquilidade. Parte da

imprensa faz pressão, os diretores fazem pressão, eu acho que chega sim os

diretores do Atlético serem irresponsáveis falar o que falaram ontem. Na minha

opinião, foi uma irresponsabilidade do diretor colocando em cheque toda a

arbitragem do futebol brasileiro, colocando todo mundo no mesmo saco,

generalizando a questão, jogadores que simulam pra mim o Guerreiro simulou, o

Guerreiro preferiu cavar o pênalti do que fazer o gol. No jogo do Palmeiras com o

Flamengo. Quer dizer... Os técnicos que ficam o tempo todo gritando pressionando a

arbitragem, os torcedores. Todo campeonato, esse.

Campeonato é um dos melhores campeonatos dos últimos anos.

O público está voltando aos estádios, os jogos do primeiro turno, pelo menos 10

bons jogos. Pelo menos que eu tenha assistido. O futebol está se, menos faltas, o

jogo está mais corrido e a gente só fala em arbitragem. Toda rodada a rodada a

gente só fala em arbitragem.

Nós também da imprensa também contribuirmos para que o árbitro não tenha

tranquilidade. O árbitro não tem tranquilidade, se coloca no lugar do árbitro? Não

tem jeito de entrar e apitar só pensando no jogo. É muita pressão a semana inteira

só no disse me disse. E só pra citar, Rizek, essa nova orientação: bola na mão, mão

na bola, não adianta questionar. É que nem a nova orientação aqui em São Paulo

pra você passar 50 por hora na Margina. Eu não gosto, eu discuto. Só que é o

seguinte, se eu passar de 50 por hora eu vou ser multado. Então não adianta

questionar, tem que obedecer.

Page 115: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

115

Tela divide com Rizek novamente.

Rizek: no caso do Edilson Pereira de Carvalho em 2005, ele apitou onze jogos,

naquele campeonato brasileiro.

Tela somente em Rizek, plano fechado.

Só um daqueles onze jogos, foi realmente um escândalo um roubo descarado, que

foi o Vasco contra o Figueirense em São Januário. Naquele jogo até as escutas

telefônicas que estavam sendo monitoradas pelo Ministério Público e pela polícia

Federal de São Paulo. Ele vai para o intervalo e telefone, e liga para os apostadores

e fala: podem apostar o que vocês quiserem, podem vender carro vendem casa que

eu garanto. É aquele jogo foi de fato um escândalo. Na época eu monitorava a

imprensa e os dirigentes, e o Milton Neves na época na rádio Bandeirantes chegou

até a brincar: tem que anular esse jogo é uma vergonha.

Os outros entraram na conta de erros banais, quando o árbitro queria roubar no caso

do Edilson, a tática dele era não chamar a atenção. Era dar amarelo pros "becks"

que ele queria prejudicar pros volantes. Não era o roubo aquele que chama atenção,

e geralmente no mundo é assim o árbitro que quer fazer o resultado ele tenta ser

discreto.

Eboli: Até pra ir minando a parte psicologia do time que ele quer prejudicar.

Rizek: eu venho falando até aqui, portanto, como eu não tenho prova nenhuma de

esquema de arbitragem, eu venho falando aqui de má arbitragem eu acho que os

nossos árbitros, além de ter uma histeria natural com nossos árbitros, os nossos

árbitros apitam mal, não são preparados.

Eboli: a gente tem uma obsessão com a arbitragem, a gente tem uma histeria.

Concordo plenamente contigo. Uma coisa que faz parte do futebol faz parte, você

ser prejudicado com um erro grosseiro. Você tem o direto de ficar nervoso

chateado, raivoso, faça mesmo sua reclamação. Mas transformar a sua reclamação

num instrumento de que aquilo é um esquema muito mais complexo, para prejudicar

essa ou aquela equipe, é uma distância muito grande, muito grande.

Rizek: Vamos ver o que o presidente do Flamengo tem a dizer sobre a

representação do clube.

Page 116: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

116

Bom dia presidente Eduardo Bandeira de Mello. Muito obrigado ao senhor pela

gentileza aqui com o Redação. Bem vindo ao programa, nos conte como será a

representação do Flamengo, presidente?

Entra o presidente ao vivo por telefone.

Câmera filma Rizek com o GC do presidente e um ícone de um telefone celular,

enquanto o presidente fala. Após alguns segundos, roda ilustração de lances

do jogo em questão do Flamengo.

Câmera volta ao estúdio e Rizek faz perguntas ao presidente, na resposta do

presidente a produção roda novamente ilustração de imagens do jogo.

Em seguida Rizek se despede do convidado.

Rizek. Como eu disse na transmissão o Maurício Noriega entendeu que estava na

transmissão. Eu respeito muito a opinião do Noriega, agora tem uma questão nesse

lance nesse lance Cereto.

Divide tela com Cereto

Se o juiz acha que não foi pênalti, no mínimo ele tinha que dar cartão amarelo para o

Guerreiro.

Mansur: Ele não teve convicção.

Rizek: Ele não teve convicção, e se ele dá o o pênalti ele tinha que explicar o Pras.

Mansur: tem uma parte que o Cereto falou que vai na linha do que eu disse antes.

Eu acho absolutamente normal, natural que na emoção do jogo aja reclamação, pós

jogo, dos dirigentes. É o que eu vou dizer agora não é uma crítica aos dirigentes do

Atlético ou do Flamengo. A questão é saber, os clubes investem nesse campeonato,

na formação dos seus elencos milhões de reais. E colocam o resultado esportivo,

sujeito em parte, a atuação de árbitros que ninguém sabe ao certo como se

preparam para isso que são hoje o ponto mais fraco do espetáculo. E as

reclamações hoje elas cessam, no momento em tese que as decisões prejudiciais à

seu clube, elas também cessam. Então não há uma proposta conjunta de melhorar

essa preparação, melhorar a formação desses árbitros. Existe apenas uma solução

casuísta.

Page 117: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

117

Rizek: a gente tem hoje, acho que vocês vão concordar comigo, a gente hoje uma

safra de dirigentes de clubes, talvez seja a melhor safra.

Eboli: Mais centrados.

Rizek: Mais centrados, mais responsáveis. Como é o caso do Flamengo pensando

em pagar as contas. Eu tenho muita esperança que no futuro venha dos clubes a

esperança de melhorar a arbitragem do futebol brasileiro, que da CBF eu não espero

muita coisa. Essa representação do Flamengo e do Atlético Mineiro ela não vai

solucionar o campeonato.

Musur: Ela é natural, mas ela não soluciona.

Rizek: Ponha-se na pele de quem é hoje representante do Atlético Mineiro e

Flamengo. Você não vai falar nada na segunda-feira depois de uma rodada tão ruim

de uma arbitragem.

Eboli: Tem que falar sim.

Mansur:Tem que falar, é normal que fale, o que eu to cobrando é uma ação,

construtiva de fato.

Rizek: Diga lá Cereto.

Divide tela com Rizek e Cereto.

Cereto: Ai é jogar pra torcida, esse tipo de representação. Eu acho sim que a gente

passa por uma safra boa de dirigente. Eduardo bandeira de Mello é um dos que são

diferentes mesmo.

Imagem somente em Cereto, plano fechado.

Está trazendo uma nova mentalidade para o futebol brasileiro, gosto muito do

Eduardo bandeira de Mello é um bom dirigente. Na minha opinião, esse tipo de

representação é jogar para torcida. Quando um dirigente faz isso imagina o próximo

árbitro que vai apitar um jogo do Flamengo, que vai apitar um jogo do Atlético

Mineiro. Isso é pressionar a arbitragem e a gente não leva em consideração que a

arbitragem brasileira é apenas ruim que podem ser cometidos como todos nós

cometemos ou que o árbitro pode ter acertado, que sai lances de interpretação,

como esse lance do Guerreiro, tem gente que acha que foi tem gente que acha que

Page 118: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

118

não foi. Ai o Flamengo vai lá e vai fazer uma representação. Pra mim é pressionar

ainda mais a arbitragem e não contribui para que o problema seja resolvido.

Volta câmera para o estúdio.

Mansur: O protesto pós-erro ele contribui para o ambiente para o próximo jogo, que

é justamente o que o Cereto falou. Para que a arbitragem seja pressionada,

justamente pelo anteriormente.

Rizek: Eu vou cortar vocês, por nós estamos à meia hora e só falamos de

arbitragem. Estávamos comemorando que nos dois minutos iniciais não falamos de

arbitragem. Acho que já cumprimos um papel aqui mostrando imagens.

Eboli: eles erram, eles erram. Também não da pra gente ficar toda hora aqui

passando a mão na cabeça, e achar que o árbitro não pode atuar sob pressão.

Todos nós trabalhamos sob pressão, todos nós estamos sujeitos a pressão, tem que

resistir à pressão basta começar a aceitar.

Tela dividida. Cereto e Eboli.

Cereto: Uma coisa é atuar sob pressão, Outra coisa é atuar sob suspeita o tempo

todo.

Eboli: Concordo contigo.

Cereto: Eu trabalho sob pressão.

Eboli: É legítima.

Cereto: Eu trabalho sob pressão diariamente. Mas não trabalho sob suspeita.

Trabalhar sob suspeita é diferente.

Tela somente em Cereto.

Cereto: Então eu acho que a atitude do dirigente tem que ser mais responsável

nesse sentido.

Eboli: Nós concordamos!

Tela dividia Cereto e Rizek.

Page 119: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

119

Rizek: Note que no calor do jogo, o Levir Cupi nem foi dar entrevista ontem. Que

falou domino diretor do Galo Eduardo Maluf, no calor do jogo ele laçou suspeita sob

arbitragem.

Tela somente em Rizek.

O presidente só Flamengo, está mais calmo, até o porquê não falou no calor do

calor do jogo, está falando quase 24 horas depois da partida. Ele não lançou

suspeita, ele está reclamando da arbitragem técnica dos árbitros. Se eu tivesse na

pele de um diferente no Flamengo ou do Atlético, nessa segunda-feira o que eu faria

era ir até a CBF com um papelzinho timbrado, olha ai ó tá aqui CBF, não gostei do

que aconteceu com meu clube, estou protestando. O dirigente do Flamengo não

lançou suspeita sob os árbitros, lançou suspeita sob a qualidade deles. E agora

vamos falar do jogo?

Cereto meu amigo foi um jogado. Infelizmente ofuscado pelos erros de arbitragem,

mas foi um jogaço.

Tela dividia Cereto/Rizek.

Como diria Avalone: Palmeiras um, dois, três, quatro, Flamengo dois.

Cereto de São Paulo comenta o jogo enquanto mostra lances da partida.

Rizeque e convidados também comentam a partida do estúdio.

Após os lances da partida, e mostrada a tabela do campeonato.

Rizek lê a classificação e faz breves comentários sobre os times. Sai a tabela e

a imagem volta para Rizek.

Rizek: E a novidade desse campeonato brasileiro que são os jogos das 11 horas

que tem levado tanto público aos estádios. Tem feito do Palmeiras um dos grandes

líderes, o líder de público. Porque os jogos das 11 horas o Palmeiras esteve muito

presente nele, e sempre lotando sua arena como ontem. Ontem esse horário

começou a dar polêmica, porque o valor estava muito forte em São Paulo.

Ilustra de imagens do jogo Flamengo e Palmeiras.

Page 120: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

120

O nosso inverso não foi o nosso inverno que estamos acostumados a ter, e São

Paulo e Rio, por exemplo, tivemos temperaturas na casa dos 30 graus. E ai,

jogadores passaram mal, das duas equipes. Luas e Everton passaram mal. O juiz de

tempo técnico para o pessoal se hidratar, e mesmo assim, o jogo foi disputado e

uma intensidade muito alta. E depois da partida o técnico Marcelo Oliveira comentou

sobrenome horário. E não estava muito feliz não, veja:

Roda vinheta característica do quadro Abre Aspas. Após é roda a entrevista do

técnico do Palmeiras Marcelo Oliveira.

Câmera volta em Rizek.

Rizek: Bom o horário das 11 horas é uma novidade levou bastante gente aos

estádios, levou família aos estádios é uma novidade bacana.

Eboli: Acho que o Palmeiras é o time que mais jogou nesse horário das 11 da

manhã.

Rizek: Palmeiras é o que mais jogou.

Eboli: Desde a época do campeonato Paulista, por questões de segurança das

manifestações, ouve dias sitiados no campeonato paulista e no campeonato

brasileiro é o que mais vem jogando.

Rizek: Começou assim, por causa das manifestações, a polícia de São Paulo fez o

pedido para que não se disputassem jogos às quatro da tarde. Ai o jogo foi às 11

horas.

Eboli: Ontem foi por isso.

Rizek: Ontem também foi por isso, o jogo do Palmeiras foi antecipado para ás 11

horas.

Mansur: Tem dois jogos na próxima rodada, na próxima rodada.

Rizek: Ponte Preta e...

Mansur: Ponte Preta e Grêmio. Coritiba e Chapecoense.

Rizek: Ponte Preta e Grêmio. Coritiba e Chapecoense.

Eboli: E tem um jogo também das 11 horas da manhã na Série B. Botafogo e

Paysandu, porque o Paysandu joga na quinta na Copa do Brasil e não poderia jogar

no sábado então foi para as 11 da manhã de domingo.

Page 121: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

121

Rizek: O clube reclamar: a isso altera a rotina. Os jogadores estão acostumados a

levantar as nove, agora tem que levantar as seis... Isso é bobagem, mas o calor

realmente é um fator que tem que ser estudado e levado a sério nesse horário.

Às nove da noite de sábado, Cereto, como você me explica

Tela dividida

essa derrota do São Paulo no Morumbi para o Goiás?

Cereto:Olha dessas coisas que só o futebol pode explicar. Porque o seguinte eu

tenho

tela somente no Cereto com plano fechado.

Ouvido o técnico Osório ser criticado, pela formação na partida contra o Goiás, só

que o mesmo esquema ele usou o esquema (ilustração dos lances da partida)

com três zagueiros contra o Corinthians também.

Cereto continua a análise com imagens da partida rodando. A tela é dividida

entre Cereto e Rizek.

Rizek: Vou botar também na conta do técnico entre outros fatores essa liderança do

Corinthians. Conheço melhor o Tite do que o Osório, posso avaliar melhor o trabalho

dele. O trabalho do Tite é mais uma vez espetacular. E a gente mostra aqui os

líderes do campeonato brasileiro por pontos corridos, com 20 clubes. A pontuação

de cada clube e que lugar chegou cada time.

A tela mostra um gráfico com a pontuação de cada time e ordem decrescente

de acordo com a pontuação. Rizek faz a leitura de cada clube e um breve

comentário sobre cada time.

Eboli: Não imagino esse Corinthians tendo uma sequência (câmera volta para o

estúdio em uma imagem aberta de todos os convidados e apresentador)

desastrosa de derrotas.

Page 122: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

122

Rizek: Ontem jogou mal (imagem volta em Rizek e segue intercalando entre

aberta em fechada nas falas do apresentador e convidados).

Mansur: quando eu falei no início que a distância entre o melhor e o pior Corinthians

não é tão grande, ontem até tenha sido um dos piores Corinthians do campeonato.

Rizek: uma partida burocrática sonolenta, mas contou com vários fatores. Inclusive

uns erros de arbitragem, num lance dificílimo anulando um gol legítimo do Avaí,

rodem os melhores momentos:

Tela mostra os lances da partida entre Avaí e Corinthians, enquanto Rizek e

convidados, quando termina os lances, a imagem volta com Cereto falando

com a câmera em plano médio. Em seguida Rizek entra no assunto e a tela é

dividida.

Rizek: Nós mostramos ai que o gol anulado, mal anulado do Avaí é um lance de

"tira-teima". (tela somente em Rizek) Você só consegue identifica se o árbitro, se o

bandeira acertou ou errou, no caso a bandeira, com os recursos de edição na ilha.

Agora o Luciano é um caso sério, porque ele surgiu muito bem ai teve uma queda

vertiginosa.

Eboli: Se deslumbrou um pouquinho.

Rizek: Totalmente, mascarou. Ai foi pro Pan, e é um caso raro hoje em dia, o

jogador que volta melhor da Seleção, não é? Ultimamente os jogadores voltam pior

da seleção. Ele voltou melhor da seleção, um jogador extremamente útil.

Mansur: e o aproveitamento dele ontem no jogo foi impressionante (som de um

telefone toca ao fundo) teve pouca ajuda quase o tempo inteiro. Corinthians não

conseguia ter volume de jogo, ele jogou solitário a maior parte do jogo. E ele

aproveitou praticamente todas as bolas que caíram no pé dele, e conseguiu dar

sequência das jogadas. Jogador que até pouco atrás tinha mais aproveitamento de

gols do que de produção. Ontem ele produziu muito pro time, todas as bolas que

pararam no pé dele ele conseguiu da sequência. Num jogo que o Corinthians tinha

tanta dificuldade de ser ofensivo. O lance do segundo gol, o gol do Luciano que

decide o jogo. Existe uma jogada de fundo, Corinthians finaliza retoma a bola, foi a

primeira vez no jogo que o Corinthians conseguiu ocupar o campo do Avaí por um

tempo, fazer uma finalização, recuperar a segunda bola no rebote e continuar

Page 123: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

123

produzindo ofensivamente. Corinthians não tinha volume de jogo e isso prejudicava

inclusive Luciano e ele teve um aproveitamento excepcional no jogo.

Rizek: rapaz, quantas mensagens já foram disparadas desde que começou o

programa aqui, mais de mil. Umas oitocentas deem ser sobre arbitragem (risos) eu

não estou conseguindo ler o ritmo das mensagens. (Gc @redacao_sportv com o

ícone característico do Twitter) é óbvia que há revolta contra a arbitragem, ela

toma conta por enquanto do nosso fórum.

O Cereto nos conte (tela dividida entre Ceretoc e Rizek) sobre o Bem Amigos de

hoje à noite, por favor?

Cereto: Aliais, muito obrigado pelo carinho das mensagens, sempre copio o André

Rizek nas redes sociais, eu sempre fico muito feliz com a mensagem dos amigos.

Hoje tem Bem Amigos, por falar em amigos (imagem somente em Cereto, ao lado

dele um Gc com as informações de horário e apresentação do programa Bem

Amigos)

hoje com Luís Roberto, Galvão está de folga, merecidas folgas, viajando pela

Europa, aquela coisa toda. Hoje Luís Roberto apresenta o Bem Amigos com Elias do

Corinthians e Lucas Lima do Santos. Os dois convocados para a seleção brasileira

Dunga. Elias do Corinthians e Lucas Lima do Santos. E o Diogo Nogueira é o nosso

a nossa atração musical do Bem Amigos de hoje. A partir das nove da noite com

Luís Roberto, não perca! Eu gostaria de saber como é que o Mansur faz para assistir

todos os jogos? É um negócio inacreditável né? Ele vê simplesmente (tela dividida

entre Cereto e Mansur) todos os jogos,

Mansur: Eu gravo, pode gravar e ver depois.

Cereto: A sua esposa realmente é uma santa.

Rizos...

Rizek: Inclusive no final do ano a gente vai dar um presente especial a Senhora

Mansur. Ela merece de todo mundo aqui que trabalha conosco, a que mais merece

é a mulher do Mansur.

Rizek: Carlos Cereto um grande abraço a você a Diogo Nogueira que vai estar com

você, que é atração musical e é torcedor do Flamengo, flamenguista roxo, que vai

estar ali debatendo com os amigos. Grande abraço a você Cereto e até a próxima

aqui no Redação.

Cereto: Até a próxima, bom dia Redação!

Rizek:Valeu Carlos Cereto.

Page 124: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

124

A defesa do Cássio não foi a única impressionante na rodada, então a gente vai

para o intervalo com um clipe das grandes defesas da décima nona rodada do

campeonato brasileiro. E no próximo bloco a gente vai a Minas Gerais conversar

sobre a atuação dos mineiros, e falar também sobre a estreia de Argel Fukcsno

Internacional. Redação volta já.

Em seguida rodou um clipe com as defesas mais bonitas da última rodada.

A câmera volta para o interior da redação do canal Sportv no Rio de Janeiro e

trilha característica é rodada informando a saída de bloco.

Após 57 minutos de programa é feito o primeiro intervalo.

Imagem mostra a redação do canal Sportv e a trilha característica do programa

anuncia a volta do intervalo.

Segundo bloco:

Rizek: o Redação está de volta hoje com Carlos Eduardo Mansur e Carlos Eduardo

Eboli. E vocês que interagem conosco pela internet. (Gc do Twitter) No intervalo o

Mansur o homem que vê todos os jogos falou: poxa! Não deu pra eu falar do meu

tema preferido. Qual foi o seu tema preferido do fim de semana? São Paulo e Goiás.

Por que foi seu tema preferido?

Mansur: Eu estou fascinado, com a questão Osório, num país que tem tão pouca

paciência para esperar trabalhos acontecerem. Esse é um desafio a cultura

brasileira em diversos aspectos de uma só vez. Eu estou muito curioso pra ver como

esse assunto vai ser conduzido. De uma só vez é a questão do rodízio, que de vez

em quando eu até acho que tem um certo exagero, tentei achar (ilustra com

imagens do jogo entre São Paulo e Goiás) em times europeus que tinham mexido

em mais de meio time por rodada, e não consegui encontrar essa metodologia

similar à essa. A questão dos três zagueiros, a questão da defesa alta, da tentativa

da manutenção da posso de bola, a exigência da qualidade técnica dos zagueiros

pra fazer a saída de bola. É muita transformação, como num carro andando. E a

questão é a seguinte, ele não enganou ninguém, porque quando ele chegou e foi

visitado, toda essa filosofia de jogo toda essa maneira de trabalhar ela foi dita a

diretoria do São Paulo, então quem o contratou de cera forma tem o compromisso

de dar a ele um tempo de implantar esse trabalho. Agora em que estágio esse

trabalho irá chegar? É do tempo será capaz de dizer. É uma ousadia e eu acho

Page 125: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

125

fascinante o sujeito que mantém sua filosofia mesmo diante de enormes

dificuldades, é uma série de ousadias que estão sendo cometidas de um treinador

de uma filosofia extremamente interessante. Agora é minha dúvida, até que ponto o

futebol brasileiro vai dar tempo a ele de produzir esse trabalho. Achou tema

absolutamente fascinante pra gente ficar atento.

Rizek:É, seria muito mais fácil de a gente digerir e entender se ele tivesse desde o

começo do ano no São Paulo montando elenco com s maneira que ele gostaria, pra

trabalhar com as ideias dele.

Eboli: Quantos jogadores não surgem no meio do campeonato e jogadores que

modificam a maneira de um time jogar. Como por exemplo, a chegada do Emerson

no meio, é um jogador que dá a entender que vai trazer qualidade a equipe do

Flamengo. Você muda a engrenagem você muda a maneira de jogar. É o Cristóvão

tem que saber trabalhar isso sem deixar o time frágil lá atrás, sem deixar de proteger

seus zagueiros. Perdeu o Cárceres, por exemplo, o Cárceres era esse volante alto

que ajudava na marcação pelo alto. Ai o Cárceres foi servir a copa do América, foi

negociado e o Flamengo começa a tomar gols pelo alto. É importante que agente

faça essa associação de fatos.

Mansur:O caso do São Paulo é emblemático. Qual o principal risco dessa maneira

que o Osório coloca o São Paulo pra jogar? Claramente é os contra-ataques com

bolas longas nas costas dos dois laterais. Foi aí que o Goiás vitimou o São Paulo.

Só que por time conseguir jogar dessa forma minimizando o risco. Você precisa

primeiro da implantação da cultura, do time inteiro aderir à preção imediatamente

depois da perda da bola.

Rizek: Time esse que não foi ele quem formou, diga-se de passagem.

Mansur: time que não é dele, que ele começou a formar com uma saída de bola de

qualidade, com jogadores que ele perdeu, perdeu Denilson, perdeu o Souza, perdeu

jogadores, o elenco foi perdendo jogadores de qualidade na saída de bola, muito

próxima da chegada do treinador. Ou seja, é uma filosofia de construção de jogo

saudável para o futebol brasileiro, excepcional que de certo, tomara que dê tempo

dele concluir esse trabalho.

Rizek: Olha, hoje a gente tem uma grande expectativa pela chegada de um técnico

que a gente já sabia que era um cara diferente que traria ideias novas. Já foi o

tempo que a gente tem expectativa, acho que não é culpa dele o momento do

Cruzeiro, longe disso, mas a gente tinha a expectativa que quando Vanderlei

Page 126: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

126

Luxemburgo chegasse num clube de futebol, aonde ele encostasse virava ouro. Já

foi assim no futebol brasileiro. Vanderlei ainda é um dos grandes técnicos do futebol

brasileiro, mas não tá conseguindo transformar esse Cruzeiro. Não é isso meu caro

Jaime Junior, bom dia a você, bem vindo ao Redação! Tudo bem?

Tela dividida entre Jaime Junior e Rizek .

Jaime Junior entra com um link ao vivo de Minas Gerais.

Junior: Bom dia, Rizek! Abraço a todos que nos acompanham, amigos de bancada,

olha realmente o Cruzeiro realmente vive uma fase muito ruim, com o Vanderlei

Luxemburgo ainda não consegui arrumar a equipe (tela plano médio somente em

Junior) nesse. Campeonato Brasileiro. Hoje o jornal Estado de Minas traz em sua

manchete. (Junior mostra o jornal) De Mal a Pior. Diga meu caro Rizek.

Rizek: Passou atrás de você o Márcio Rezende de Freitas, né? Márcio é

comentarista de arbitragem da TV Globo Minas, vai ter trabalho hoje né?

Junior: É chegou mais cedo hoje o Márcio para poder analisar todos os lances da

rodada. Daqui a pouco ele vai estar no Globo esporte, analisando lance a lance

todas as polêmicas da rodada, e que tem deixado a torcida do Atlético tão revoltada

nesse campeonato brasileiro.

Mas a gente falava aqui do Cruzeiro né Rizek, foi a pior campanha do primeiro turno

do Cruzeiro nos pontos corridos. A campanha realmente ruim, o Cruzeiro a três

pontos da zona de rebaixamento e o Luxemburgo não conseguiu (imagens do jogo

rodam na tela de ilustração) arrumar a equipe nesse Campeonato Brasileiro. E se

a gente observar Rizek, o Cruzeiro tem boa jogadores em seu elenco. O Maike é um

lateral direito, mas não tá vivendo uma boa fase esse ano. Se você pegar ali a dupla

de zagueiros o André e o Manuel não dai zagueiros ruins. Se você vai lá pra lateral

esquerda você tem o Mena que foi campeão com o Chile na Copa América, tem o

Fabricio ali também pra jogar na lateral esquerda que é um bom jogador. No meio de

campo você tem o Willians que é um volante de boa marcação, o Henrique que foi

importante no campeonato do ano passado, se tem ali o marinho que chegou do

Ceará, fez boas partidas ao já caiu de produção, tem o Marquinhos que ano

passado era uma peça tão importante do Cruzeiro, esse ano caiu de produção

depois que o Luxemburgo chegou. Se agente pegar o Willian xodó da torcida do

Cruzeiro nos dois últimos anos. Torcedor adorava o Willian e agora tá vendo ele com

más atuações, está no banco de reservas não era entrando, o Leandro Damião

Page 127: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

127

chegou bem aqui no Cruzeiro, fazendo gols no campeonato Mineiro, (volta a

câmera em plano médio para Junior) fazendo gols na Libertadores., chegou o

Campeonato Brasileiro e nada mais da certo pro Leandro Damião. O Arrascaeta no

início do ano fazendo umas boas partidas, se destacando no clássico contra o

Atlético Mineiro, aliás, nos clássicos ele teve boas atuações, mas no campeonato

brasileiro começa a cair de produção. O Gabriel Xavier chegou teve algumas boas

atuações começou virar o xodó da torcida, cai de produção também o Gabriel

Xavier. O Marcus Vinicius chegou no início começou a ter um bom momento, cai de

produção. Tá esquisito, tá estranho o time do Cruzeiro, não é um time pra estar na

posição que está. Não é um time eu concordo, porque as mudanças que

aconteceram da temporada passada pra cá, não é um time pra ser campeão

brasileiro, mas não é pra estar na décima quarta posição a três pontos da zona

rebaixamento. E olha o torcedor do Cruzeiro tá muito preocupado, vou te dizer um

negócio, Rizek, próximo jogo do Cruzeiro, Copa do Brasil, Palmeiras, lá em São

Paulo, e depois abertura do returno do campeonato brasileiro no fim de semana

contra o Corinthians em São Paulo e depois volta pra casa pra pegar o Palmeiras o

jogo da volta da Copa do Brasil aqui no Mineirão. São três jogos complicadíssimos,

dificílimos e o Cruzeiro depois de empatar com o Internacional, se tiver novos

insucessos contra o Palmeiras em São Paulo, depois Corinthians e se por acaso

acontecer um desastre de ser eliminado da Copa do Brasil, a pressão vai aumentar

de mais pra cima do Vanderlei Luxemburgo. É fundamental para maior tranquilidade

do Vanderlei e também maior tranquilidade da torcida. Que o Cruzeiro consiga um

bom resultado nessas três partidas, porque se não vai virar um turbilhão a toca da

raposa aqui em Minas Gerais, Rizek.

Rizek: olha infelizmente não teremos o Diogo Oliver direto de Porto Alegre por

problemas técnicos. Mas se você pegar o comentário do Jaime tem um bom time,

tem bons jogadores.... E trocar Cruzeiro por Internacional...Mas não entendo como

está nessa classificação... E os dois estão próximos, o Cruzeiro é o décimo quarto e

o Inter é o décimo primeiro. O Inter tem três pontos a mais que o Cruzeiro,o mesmo

comentário do Jaime pode ser aplicado ao Internacional. É difícil a gente entender

como um time, que pode até ter perdido jogadores importantes no primeiro

semestre. Mas como o Inter está tão mal das pernas.

Mansur: É por que o elenco do Inter que foi projetado no início do ano, alguns

jogadores não funcionaram, ou pelo menos demoraram a funcionar. O Inter precisou

Page 128: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

128

achar soluções urgentes porque tinha uma classificação de Libertadores a resolver.

E agora é um recomeço completo de trabalho, Você precisou mexer na sua base

titular, mexeu no comando técnico, busca uma nova solução, está iniciando um

trabalho. É muita descontinuidade num ano só.

Eboli: Priorizou a Libertadores. Ai entrou aquela história do rodízio, que deu certo

num determinado momento, mas depois recebeu muitas críticas, inclusive foi um dos

pontos que causaram a demissão do Diego Aguirre. Que foi um erro, eu acho que o

Diego Aguirre tinha que ser mantido. Assim como eu acho que o Cruzeiro tinha que

ter mantido o Marcelo Oliveira, não tinha que ter demitido o Marcelo Oliveira, porque

ele poderia ter encontrado soluções, o elenco foi montado, ele participou da

reconstrução desse elenco, foi uma mudança muito radical. É normal que o

resultado não aconteça de uma maneira imediata. Mas nada melhor quero técnico

que está naquele ambiente, que ajudou trazer os jogadores.

Rizek: Apenas seis clubes tiveram os treinadores que estreiam no Campeonato

Brasileiro: o Atlético Mineiro, o Atlético Paranaense, o Corinthians, a Chapecoense,

o Sport.

Eboli: falta um.

Rizek: Os dois Atléticos, Corinthians, a Chapecoense, o Sport. E tá faltando um...

Eboli: daqui a pouco alguém da internet vai ajudar a gente ai.

Mansur: Atlético.

Rizek: Já foi. Os dois Atléticos, Corinthians, a Chapecoense, o Sport, tá faltando

um... Bom, ou será que foram cinco? Sei lá! Cinco uma pequena parte.

Eboli: Argel no Figueirense.

Mansur: Talvez seja o Argel no Figueirense, e ai nem foi uma opção do clube.

Rizek: É então foram cinco que não trocaram os técnicos que estreitaram. Dois dele

se enfrentaram ontem em Chapecó. Atlético Mineiro um, Chapecoense dois.

E Jairo, as manchetes em Minas Gerais, elas falam mais da arbitragem (tela

dividida entre Junior e Rizek) mais da reclamação do Galo ou falam mais do jogo?

Junior: Olha essa aqui Rizek (Junior mostra o jornal Estado de Minas) manchete:

“Apito Inimigo" é o destaque do jornal Estado de Minas.

Já aqui no Jornal o Tempo (Junior mostra o jornal o Tempo) Derrota e bronca com o

apito.

As manchetes dos jornais retratando aqui, a revolta do torcedor do Atlético com a

arbitragem neste campeonato brasileiro. A gente conversa com torcedores na rua

Page 129: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

129

(na tela lances do jogo entre Atlético e Chapecoense)chegando na empresa a gente

já começa conversar com torcedores do Atlético, o torcedor, realmente essa é a

palavra, muito revoltado em relação aos erros de arbitragem.

O que eu gostaria de destacar Rizek, ai tentando sair um pouco dessa polêmica, o

Atlético nos últimos três jogos, o Atlético jogou, por exemplo, contra o Goiás, lá em

Goiânia e fez um jogo muito ruim naquela oportunidade, poderia ter vencido lá em

Goiânia, acabou voltando com um empate quando poderia ter vencido a partida.

Contra o Grêmio o atlético até fez uma boa partida, na minha opinião, de uma boa

partida, mas a estratégia do Grêmio foi muito boa, o torcedor do atlético até reclama

do pênalti, cometido pelo Erazo que o árbitro não marcou. E no jogo de ontem num

erro do Dátolo, esse detalhe eu acho importante citar. Ele recua a bola, e acaba

gerando a questão da falta cometida pelo Leonardo Silva e tudo que desenrolou

depois. Dátolo que já tinha errado na Libertadores, quando ele recuou mal uma bola

pro Victor, e o Internacional fez o terceiro gol que selou ali a classificação do Inter

pra fase seguinte da Libertadores da América. É o Atlético a gente tem observado

Rizek, o atlético com relação às opções pra entrar ali no segundo tempo, ontem, por

exemplo, o Dodô entrou teve uma oportunidade pra marcar e não fez. E ai (imagem

volta para Junior) o Atlético não tem conseguido fazer grande atuações nesses

últimos jogos. Contra o Goiás não foi bem, ontem de novo contra um time verde

vacilou, então tem essa questão técnica que é importante destacar. Existe sim a

revolta da torcida com a arbitragem, mas o torcedor do Atlético tem neste momento

de não deixar de olhar também, para que a equipe caiu um pouquinho de produção.

O ataque por exemplo. A gente sempre falando do melhoro ataque, mas nos últimos

três jogos apenas um gol. É o Gol marcado ontem, foi num lance que o Prato

cabeceou e pega num jogador da Chapecoense e entra, foi um gol contra. Então

houve essa queda de rendimento, da eficiência do ataque atleticano nas

finalizações, isso é bem verdade.

Câmera volta para Rizek que lê em seu computador na bancada.

Rizek: Rogério Abraão, Gabriel remédio, Evandro, Rodrigo Brito me lembram que o

outro time que não trocou de técnico é o Avaí do Gilson Kleina. (Em Gc o Twitter).

Então temos 14 clubes que trocaram se técnicos e seis que mantiveram aqueles que

estreitaram no campeonato brasileiro durante todo primeiro turno, diga?

Mansur: Só uma observação, o Atlético em relação aos resultados recentes ele não

jogou mal o jogo contra o Grêmio. O Atlético teve uma produção ofensiva,

Page 130: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

130

principalmente no segundo tempo muito grande. O Atlético chegou a finalizar 16

vezes no fim do Grêmio, que não é fácil. E ontem caiu, em circunstâncias

evidentemente que ele foi prejudicado, mas também num estádio em que quase

todo mundo perdeu. Perder pra Chapecoense em Chapecó não chega constituir

nenhuma novidade.

Rizek: Só o São Paulo venceu a Chapecoense, durante todo turno.

Eboli; Chapecoense faz o dever de casa.

Rizek: Chapecoense é a nona colocada, e a minha curiosidade com o Galo, não ‘to’

preocupado com esse momento do time agora, pra ‘mim-oscilação’ mínima. Minha

preocupação é saber como o Atlético vai reagir emocionalmente, porque se criou

esse clima quero Galo está sendo prejudicado, e essa semana ele foi. Foi contrato

Grêmio, foi contra a Chapecoense. Minha expectativa é saber como o Galo vai

reagir diante dessa situação. Se ele vai manter os nervos, vai retomar sua trajetória.

Eboli: Não pode se perder nisso né? Perder o foco nessa onda de reclamação.

Rizek: Exatamente, acho que é o grande desafio do Levir essa semana. E fazer a

cabeça dos jogadores não ir pra outro lugar a não ser o campeonato brasileiro

dentro de campo.

O Jaime, vou me despedir de você porque Jorginho se apresenta (tela dividida

entre Junior e Rizek) nesse momento, em São Januário, como novo técnico do

Vasco da Gamma. Até a próxima Jaime!

Junior: Até a próxima!

Rizek: Vamos (tela somente em Rizek plano médio) vamos ouvir o que o Jorginho

tem a dizer diante de sua (tela dirigida entre Jorginho e Rizek) difícil é importante

à frente do Vasco.

Tela somente em Jorginho.

É feita transição ao vivo da entrevista coletiva, de apresentação do novo

técnico contratado pelo Vasco, no Rio de Janeiro. As perguntas são feitas por

diferentes veículos de comunicação e todas transmitidas pelo Redação.

Em Gc: Jorginho, novo técnico do Vasco e o símbolo do clube.

Após oito minutos de entrevista coletiva, a tela é dividida mais uma vez entre

Jorginho e Rizek.

:

Page 131: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

131

Rizek: O Jorginho citou a virada espetacular da Copa Mercosul, a vitória espetacular

do Vasco, mas aquele time do Vasco tinha: Romário, Juninho Paulista, Juninho

Pernambucano, Euler...

Mansur: Jorginho.

Rizek: Jorginho.

Risos.

Mansur: Foi à saída dele do Vasco e agora ele encontra um Vasco numa realidade

totalmente diferente.

Eboli: É não da pra fazer comparações, por favor, não dá pra fazer comparações.

Rizek: Vamos esquecer aquele time?

Eboli: O time atual é extremamente limitado, que assim como a gente, serve de

exemplo de times que recebem jogadores no meio só campeonato. Tem o Jorge

Henrique e o Nenê que precisam se adaptar ao campeonato e se adaptar ao Vasco

da Gamma. Num ambiente de muita pressão, porque vai ser assim, o retorno para o

Vasco. O Vasco tem treze pontos, então mais de que a questão técnica é a condição

emocional que vai pesar, porque a matemática vai estar precisando o Vasco o

tempo todo.

O Vasco num cenário otimista tem que triplicar os pontos que ele tem. Trinta e nove

prontos, trinta e nove pontos pela matemática simples cai, não fica. Ano passado

acho que com trinta e nove teria se livrado, acho que o primeiro que caiu foi com

trinta e oito, agora me escapou da memória, mas trinta e nove ainda é um número

arriscado ainda para se manter na primeira divisão. E a gente está falando de

triplicar os pontos que o Vasco tem. E ter um rendimento de time que está brigando

pelo G4. É muito difícil a missão é muito complicada. É impossível? Nada é

impossível no futebol! Mas a missão é complicada.

Rizek: Jorginho, quando a gente falou que é o maior desafio dele na vida como

técnico, porque a vida dele como técnico ainda é de pouca experiência. Ele foi

auxiliar do Dunga, durante toda a era Dunga na primeira passagem na seleção

brasileira, mas ele era auxiliar.

Na tela um gráfico da trajetória de Jorginho como auxiliar.

Rizek: Trabalhos marcantes dele: ele foi mal no Goiás, deixando o time em décimo

nono no campeonato brasileiro.

Page 132: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

132

Ai trabalhos que ficou marcado positivamente. O sétimo lugar com o Figueirense,

que ele teve.

No Flamengo ele foi vice-campeão Carioca, não deixou assim muita saudade.

Na Ponte Preta ele foi vice-campeão da copa Sul-americana no ano em que a Ponte

estava sendo rebaixada no brasileiro. Foi um trabalho que chamou a atenção.

E agora ele vai ter uma grande chance de destaque. Por que ninguém espera muito

do Vasco. Pior que está dificilmente fica. E ele vai ter a chance agora, de se afirmar

agora como treinador. A situação é a seguinte, como eu prometi a gente ia comparar

o desempenho de lanternas, do primeiro turno, do campeonato brasileiro, desde que

ele é disputado por pontos corridos por vinte clubes. Veja só se o Vasco tem a pior

campanha.

Gráfico aparece na tela com os dez piores lanternas da competição.

Santa Cruz e a pior campanha, depois o Ipatinga foi pior, o Vitória foi pior,

Figueirense foi pior, o Sport foi pior. Agora todos meus amigos que terminaram na

lanterna, continuaram assim, o Vitória foi lanterna do primeiro turno em 2014

terminou em décimo sétimo. Então todo mundo que fez a campanha à altura que o

Vasco fez, terminou na melhor das hipóteses em décimo sétimo. Desde que

campeonato é disputado por vinte clubes nos pontos corridos. O Vasco vai ter que

desafiar agora a história.

Imagem aberta da bancada.

Mansur: Só América de Natal e náutico fizeram menos pontos que o Vasco, no

primeiro turno do campeonato brasileiro na era dos pontos corridos, acho que isso já

diz bastante.

Eboli: Mas também não tá ruim não, Vitória ano passado com 38 pontos, foi o

décimo sétimo.

Mansur: Mas foi um campeonato de exceção. Foi a pior zona de rebaixamento da

história do campeonato.

Rizek: Olha lá! (gráfico dos dez lanternas na tela)

Mansur: Só América de Natal e náutico fizeram menos pontos que o Vasco, no

primeiro turno do campeonato brasileiro na era dos pontos corridos, fizeram dez

pontos e o Vasco fez treze.

Page 133: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

133

Eboli: É o que pesa ai é a incapacidade de fazer gols, é o pior ataque do Vasco em

campeonatos brasileiros, o saldo de gols é terrível, menus 23. O cenário não é

animador, não dá pra gente falar nada diferente. O Vasco vai ter que jogar muito,

com uma força de vontade... (Tela volta para a bancada)

Rizek: Vejam só, coloca de novo ali, por favor a tela. O Santa Cruz (gráfico na tela)

ele fez, dos times da lanterna a melhor pontuação. 18 pontos terminou na lanterna.

O Ipatinga fez 16, Figueirense fez 14, o Sport fez 13 junto com Goiás e Vasco. E

melhores que o Vasco como destacou Mansur, aqui, só o América de Natal e o

Náutico. Na história dos pontos corridos com 10 clubes. A situação do Vasco é

desesperadora

.

Tela volta para bancada.

Vamos agora ao Recife conversar com George Guilherme, e hoje a conexão com

George é via internet. Bom dia George, (tela dividida entre George e Rizek)

Rizek: não? É a conexão boa mesmo? Ok. Achei que fosse via internet, peço

desculpas. George, bom dia! E então a imagem fica melhor, podemos bater um papo

melhor. Bem vindo ao Redação George.

George: Olá Rizek, olá amigos do Redação. Bom dia meu amigo Mansur, Eboli,

bom dia Redação! Eu chamo aqui com Recife de fundo, está um dia bonito. Dá pra

falar tranquilo contigo, sem esperar 5 segundos, Rizek.

Rizek: Então conta pra gente esse cenário de fundo na bela cidade do Recife.

George: aqui é o coração do recife, (imagem de Recife na tela) essa imagem é

colocada na antena, da Globo Nordeste.

(Câmera para e plano aberto mostra o recife) Fica na Rua da Aurora, lá ao fundo

daqueles prédios pequenos Boa Viagem, aqui o coração centro do Recife, as pontes

da cidade de rio Capovarive, então esse o coração da cidade, viu Rizek.

Rizek: Conta (tela dividida) o que aconteceu com o coração rubro-negro ontem, o

time voltando a ilha do retiro. Jogou tão bem o Sport no meio da semana perdendo

para o Corinthians, quatro a três. Ai recebia a ponte preta, a lógica, todo mundo que

faz bolão a maioria cravou a vitória do Sport. Por que o Sport não venceu a macaca

ontem no recife?

George: É derrubou muita gente ontem, porque a perspectiva era de uma vitória do

Sport. Mas o Sport começou também avassalador, (ilustra da partida)

Page 134: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

134

pressionando. Com nove minutos de jogo uma bela troca de passes do André com

Diego Souza. Diego Souza faz um a zero logo com nove minutos, ai o script estava

desenhado né. Até achei que tinha pouca gente na ilha, quinze mil torcedores. Mas

bem quinze mil torcedores festa feita, fera completa, só que o Sport vem padecendo

em alguns desses jogos, viu Rizek, de uma acomodação inexplicável, podemos

dizer assim. O time poderia ter crescido no jogo. Muita gente falando de uma do

esperma tático. Conseguem descobrir, o Sport já não tem o fator surpresa, foi assim

no início do campeonato e fez com que o Sport frequentasse o G4, liderar o

campeonato. Liderou por cinco rodadas uma grande surpresa. O Sport ainda faz

uma boa campanha é sétimo colocado. Ai a gente vê a Ponte Preta cresceu e não

seria... O Badi perdeu um gol inacreditável o André perdeu outro gol

inacreditável .Até que o Borges empata a partida aos trinta e seis do segundo

tempo, um resultado até injusto era pra Ponte Preta ter saído daqui com um

resultado melhor. O Sport ao (imagem em George) fim do jogo foi muito vaiado pela

torcida, a torcida não esperava isso, especialmente depois daquele jogo contrato

Corinthians né? Jogou muito bem, jogo bem contra o Atlético Paranaense, mas o

fato é que são cinco jogos sem vitória e a capa hoje do Super Esportes, vou mostrar

aqui. (imagem do jornal impresso) tá aqui ‘ó’: Alerta Ligado. Porque e sem dúvida

o pior momento do Sport na competição. E olha que a gente ‘tá’ falando dum time

que a na sétima posição, empatado com trinta e um pontos, não tá longe do G4, só

que os últimos resultados só uma vitória, o time é acho frequentar o campeonato por

muitas rodadas liderar o campeonato por muitas rodadas você faz com que a

pressão aumente. Então assim, ficou o coração do torcedor do Sport um pouco

frustrado depois desse empate ontem aqui viu, Rizek.

Rizek: O George, o curioso é que o começo do jogo a torcida começou a vaiar a

arbitragem, fazendo um protesto com a arbitragem e acabou vaiando o time depois.

A gente debatia sobre o Atlético Mineiro aqui, a nossa preocupação com o Galo é a

seguinte: será que o Galo vai sair do prumo? Tá reclamando tanto de arbitragem

que vai pensar mais no apito do que na bola? Isso aconteceu com o Sport ontem?

Ou foi mérito da macaca, técnico mesmo, pra arrancar esse empate no Recife?

George: Olha Rizek, ontem a arbitragem passou completamente despercebida. É

era um tri pernambucano. O Sandro Meira Ricci é ligado à Federação

Pernambucana. Não apitou ontem nenhum lance polêmico a única polêmica foi vaiar

o hino nacional. A torcida do Sport, a torcida do Sport, parte da torcida, assassinou o

Page 135: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

135

hino a CBF, uma associação que não faz muito sentido. Boa parte da torcida cantou

aqui uma música de um bloco de carnaval conhecido aqui como Madeira do

Ruzarino que fala, "queira ou não queiram os juízes o nosso bloco é campeão”. Ai a

alusão que independente dos juízes, ninguém vai tirar o título do Sport. Só que

dentro de campo foi muito bem o time marcou em cima, pressionou, contou também

com uma tarde apagada do Hélder, do Rena na lateral esquerda, o Ferrugem

também não teve bem. Então contou com peças que não funcionaram bem no Sport.

Muita vontade muito fôlego da Ponte Preta, quarenta minutos o time pressionando,

marcando a saída de bola, quarenta do segundo tempo. Então a arbitragem, ainda

bem, não foi assunto aqui pra gente.

Rizek: O Mansur que não gosta de troca de técnico, vai ter que admitir que a Ponte

subiu depois que o Doriva assumiu a macaca.

É muito cuidado enquanto você for fazer o seu dossiê de arbitragem, porque vários

torcedores do Sport acharam uma vergonha, ficaram indignados pelo fato de um trio

paulista ter apitado o jogo Corinthians e Sport na casa do Corinthians, eles foram

para sorteio não é a primeira vez que isso acontece. Não a mais aquele

impedimento de árbitros do mesmo estado apitarem jogos de futebol, isso vem

acontecendo desde o início do campeonato e ontem o Sport teve, portanto um trio

Pernambuco quando jogou em casa. E há uma coincidência nos dois casos: juízes

FIFA. Sandro Meira Ricci no jogo de ontem, e o Luiz Flávio Oliveira no jogo de

semana passada contra o Corinthians. George, grande abraço ai amigo muito

obrigado pela participação, até a próxima aqui no Redação.

George: Valeu Rizek, só uma última informação, A Conmebol divulgou agora uma

última informação, o juiz, já que estamos falando de arbitragem, o juiz será o

argentino Germán Delfino, pra Bahia e Sport na sul América de quarta-feira. Então

não vai ter essa desculpa de arbitragem, pelo menos arrumaram um argentino para

ser crucificado.

Risos.

Rizek: No próximo bloco a gente fala da vitória do Fluminense, da vitória do Grêmio,

a gente fala também dos eventos testes que aconteceram no Rio de Janeiro e a

gente fala também de uma gafe se aconteceu no mundial de badminton. Você não

viu o mundial de badminton?

Mansur: Não tive a oportunidade.

Page 136: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

136

Rizek: Então no próximo bloco você ai ver Manzur, e também a vitória de Andy

Murray sobre o Djokovic, no Master mil de Toronto. Redação volta já.

Roda vinheta e trilha caraterística do programa.

Terceiro bloco:

Rizek: O Redação está se volta com Carlos Eduardo Mansur e Carlos Eduardo Eboli

e vocês pela internet, como fazem aqui o augusto Sérgio, o Fernando Fumago (gc

twitter) o Saulo Johnson Araújo. Retificando uma informação que o protótipo

George Junior nos passou e pediu pra gente corrigir. O Sandro Meira Rocci apitava

pela federação pernambucana até o mês passado, esse ano ele apita por Sana

Catarina, mas os dois auxiliares são da federação de Pernambuco e o árbitro da

federação Catarinense. A gente fala agora, não teve polêmica de arbitragem entre

Fluminense dois, Figueirense um né? Ou teve?

Mansur: Ao que ensaiou acabou no intervalo, ao Marlon dizer que tinha colocado a

mão na bola. Então não houve bem uma necessária de se estabelecer uma

polêmica.

Rizek: ufa, falaremos então de futebol, então o Mansur estava no Maracanã. E nos

conta tudo de Fluminense dois, Fluminense um. (ilustra do jogo)

Mansur: A primeira vez de Fred e Ronaldinho juntos. E ai o Fluminense que vinha

de resultados ruins, esse jogo serviu para deixar claro qual é o desafio do

Fluminense que é escolher seu caminho. O grande desafio é: incorporar esse

grande jogadora de desafio técnico como o Ronaldinho, com o Fred, agora chegou o

Cícero também. Ai é o lance do pênalti que vai resultar no primeiro gol do jogo. Ele

abre o braço e acaba tocando a bola. Embora repreendido pelo Enderson, colocou

claramente a situação, ai o Figueirense abriu o placar. Os dois foram dois times

diferentes, o Figueirense recebeu o adversário de maior qualidade técnica, sem

perdeu sua característica de conduzir a bola. O fluminense no primeiro tempo era

previsível, era lento. Numa tentativa do Enderson de reduzir a faixa de campo, o

Ronaldinho e o Frese precisavam cobrir. (GC: Fluminense 2 x Figueirense 1). Os

dois fizerem uma espécie de dupla de ataque num quatro, quatro, dois. Os volantes

tiverem uma saída de bola lente. O Ronaldinho com pouca mobilidade,

principalmente o Ronaldinho. O Fred e ainda tentando sair da área para compensar.

Tanto que saiu esgotado fisicamente. O Cícero também muito lento no jogo.

Page 137: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

137

Rizek: E muita categoria do Frede no segundo gol do Fluminense.

Mansur: Ai no segundo tempo, curiosamente o Fluminense cresce. Fluminense

perde o Osvaldo por contusão, entra o Welinton Paulista (câmera plano aberto no

estúdio). Que está sendo uma característica, o Welinton muitas vezes no

Fluminense tem jogado aberto. Começa a ter o Fluminense os dois jogadores na

área. Fred é o Ronaldinho sendo os dois atacantes do time, Welinton paulista

fazendo a infiltração também, para ser mais um homem na área. Fluminense ganhou

o corredor pelos lados. Fluminense mais veloz, mais vibrador e conseguiu ganhar o

jogo. Cresceu de mais o Cícero, fez o primeiro gol e deu o passa para o segundo. Ai

sim o Fluminense solidário, brigador com sua qualidade consegui ganhar o acho...

Rizek interrompe.

Rizek: Mas o Fluminense passou a ser solidário sem o Ronaldinho? É isso?

Mansur: Não, o Ronaldinho continuou no jogo, mas o Fluminense mudou de

postura. Acho que o que preocupa nesse Fluminense é o Ronaldinho. O Ronaldinho

nesse início de Fluminense lembra um pouco o Ronaldinho no fim de Atlético

Mineiro. Jogador de muita pouca mobilidade, participações esparsas no jogo, índice

de participação baixa. Havia uma expectativa depois da estreia de um crescimento

do Ronaldinho, esse crescimento. Esse crescimento ainda não aconteceu. Ele com

o Frede na frente, montar um time competitivo com esses dois jogadores é uma

tarefa difícil, ontem o Frede se desdobrou em campo, além de participar da bela

finalização em gol, foi um jogador que se movimentou de mãos em campo, pra fazer

esse time do Fluminense funcionar. Terminou muito cansado.

Rizek: E dentro da área o Frede é muito bom que categoria.

Agora a gente roda os gols da vitória (ilustra e GC) do Grêmio sobre o Joinville, um

jogo que não foi o que muita gente esperava. Porque o Grêmio vinha sendo taxado

de o melhor time dos tempos da semana passada. Vinha de um cinco a zero no

Grenal, vinha de um dois a zero na casa do Atlético Mineiro. Ai contra o Joinville: "a

vai passear". Mas nesse campeonato brasileiro meus amigos, quase ninguém

passeia. Pelo menos quando agente espera que eles passem. O Grêmio passou

sobre o Inter, mas foi surpreendente. O jogo foi bem mais difícil, na arena. Dois a

zero para o Grêmio.

O Grêmio agora tem a mesma pontuação do Atlético Mineiro, está a quatro pontos

do (imagem estúdio) líder.

Page 138: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

138

Mansur: E diferença não ter o Luan, que é aquele jogador, que embora comece o

jogo numa posição de nove. Mas se mexe o jogo todo se abrindo espaços. Você

teve o Bobo. Que é um jogador de característica bem diferente, naturalmente o time

sente essa diferença.

Eboli: Mais um que ai pra seleção olímpica, vai se preparar para o amistoso contra a

França, e um desrespeito. Ai é dureza cara, eu. Eu não me conformo com isso. Ai é

dureza!

Mansur: A seleção olímpica precisa jogar, é o campeonato que precisa parar.

Eboli: Lógico! É o campeonato que precisa parar. É ruim quando a gente cria esse

sentimento que a seleção atrapalha. E ruim isso. Mas tem que ter espaço para os

dois, isso não se cruzar, "pô"!

Rizek: Agora a ideia da CBF, se você pensar só em seleção ela é ótima. Você pega

data FIFA e convoca as duas seleções. A olímpica e principal. Pensando só em

seleção ela é ótima. Mas como o campeonato não para, os clubes pagam o pato.

Eboli: Prejudica duas vezes o time.

Rizek: Como Mansur lembrou aqui dezesseis jogadora da série A só no brasileirão

foram convocado. Dezesseis! Para amistosos para a seleção principal e olímpica.

Olha, quebrou a cara também quem apostou na vitória de Djokovicsobre Murray. Até

porque nós dois anos, ou oito jogos da competição sempre vinha dando Djokovic,

número um do ranking (na tela jornal canadense) esse é o destaque do jornal

canadense "Lê Journal de Québec", e os Masters Mil de Toronto, mas a gente

pegou o jornal canadense de Québec, o marem vendendo o Djokovic.

Vamos aos (ilustra da partida) lances da partida. Foi um lance em três setes e o

Sportv transmitiu ontem. O primeiro sete foi do Murray. O Djokovic entrou num ritmo

alucinante no segundo set, abriu dois a zero e depois administrou. O jogo foi para o

terceiro set, normalmente é de você esperar uma supremacia do Djokovic,

emocional fisicamente. Mas este ano o Murray é um tenista diferente, ele tá muito

consistente e entrou com tudo no terceiro sete e levou a partida por seis três no

último sete. Com lances belíssimos. Entre o número um é agora o número dois do

ranking que é o Andy Murray.

Eboli: E tudo isso serve de preparação para o ATP dos Estados Unidos.

Gráfico na tela do ranking.

Rizek: O Djokovic se mantém na liderança. O Murray agora sobe uma posição, é o

número dois. O Federer caiu uma posição agora é o número três. O Nishikori se

Page 139: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

139

mantém na quarta colocação e o Wawrinka se mantém em quinto. O Berdych é o

sexto, o Ferrer o sétimo. Nadal sobe uma é o oitavo, o Cilic caiu pra nono, o Raonic

fecha o top ten do ranking.

(Câmera no estúdio)

O Tomhas Bellut é o trigésimo terceiro do ranking nessa segunda feira. O ideal é

que ele consiga subir mais uma posição, estar entre os trinta e dois. Para no Aberto

dos Estados Unidos não pegar logo de cara o Murray ou o Djokovic. Se ele ficar

entro os trinta e dois primeiro, no aberto se Cincinati, ele vai ter uma vida mais

tranquila no Aberto dos Estados Unidos.

Vamos falar agora dos eventos testes que estão acontecendo no Rio de Janeiro.

Acontecem alguma eventos testes, como vela e ciclismo e agente fala aqui do

evento de ciclismo na estrada, que teve uma quilometragem menor, que aquele que

executada nos jogos olímpicos. Mais serviu para apresentar as belas paisagens da

cidade olímpica, testar várias coisas da competição. E agente mostra agora a nossa

reportagem sobre o assunto.

Em seguida rodou uma reportagem a reportagem sobre ciclistas. Duas

entrevistas, alguns gráficos na tela. Uma passagem do repórter Ben-Hur

Correia, com GC Rio de Janeiro. Logo após a passagem teve uma entrevista

com o case Gustavo Nascimento, diretos de gestão de instalações comitê Rio

2016. À reportagem durou cerca de um minuto e quarenta segundos.

Câmera de volta ao estúdio.

Rizek: É difícil falar de um sucesso de um evento. Que teve a própria equipe da

cidade olímpica assaltada. Imagina que você e um jornalista de qualquer

nacionalidade do mundo. E você tem que fazer uma matéria sobre o evento teste.

Você não vai abrir a matéria com isso a sua matéria. Eu abriria com isso e a primeira

linha seria isso.

Mansur: É o que foge da normalidade, é notícia, é notícia. E principalmente quando

a gente fala em legado, é o legado para quem vai viver na cidade depois. Não é só

você ter um esquema de segurança fora do seu padrão normal, uma estrutura de

segurança que garanta a segurança das pessoas ao longo de evento. Quando se

fala em legado é o resto das pessoas que vão viver por ali por um grande tempo.

Rizek: Agora me diga uma coisa Mansur, quem é Carolina Marin?

Page 140: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

140

Mansur: Me diz alguma coisa esse sobre nome mas eu não....

Rizek: Quem é Carolina Marin?

Eboli: Também, só o sobrenome me diz alguma coisa, mas...

Rizek: Isso que da ter um país se monocultura esportiva.

(Risos)

Mansur: E uma espanhola que ganhou alguma competição.

Rizek: Não vem colar não.

(Risos)

Na tela imagem da versão online do Jornal El País.

Rizek: Não vem colar, não vem colar aqui não! (Risos)

Rizek: Carolina Marin, meus amigos. Só tira essa manchete para eu explicar quem é

a Carolina Marin.

(Câmera em Rizek)

Rizek: Já, já agente vai para ela.

A Carolina Marin é a primeira atleta não asiática, bi campeão de badminton!

Só asiáticas haviam vencido por duas vezes o campeonato mundial de badminton.

Que é inclusive modalidade olímpica.

A Carolina Marin é espanhola. É nessa reportagem (jornal novamente na tela) do El

País, ela talha reclamando "ó": quem pensava que na Espanha, é... Peçam

autógrafos pra ela como acontece na Ásia.

Então mesmo num país de cultura esportiva maior como a nossa, de mais para

outros esportes. Tem disso se o atleta falar: eu sou reconhecido mais lá fora do que

aqui.

Nessa segunda-feira, por exemplo, o bicampeonato dela ganha enorme destaque na

Espanha. Mais que i futebol em vários jornais, veja só!

Na tela o jornal impresso Mundo Desportivo.

Rizek: A aqui o Mundo Deportivo, as tem final da Super Copa da Espanha. Mas ela

teve ali o seu destaque. O Doblete de ouro.

Na tela o La Razon.

Rizek: O La Razon decidiu não colocar futebol na capa e sim o feito da Caroline

Marin. Doblete histórico.

Na tela o jornal o El Mundo.

Rizek: no El Mundo a manchete. Ela ai com a bandeira da Espanha.

Tela vota ai estúdio.

Page 141: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

141

Rizek: Só que o hino espanhol que foi tocado na competição, acabou

protagonizando uma gafe.

Então muito cuidado Brasil o ano que vem porque esse assunto de hino é coisa

séria. O hino nacional da Espanha que é uma marcha real, foi composto em mil

setecentos e sessenta e um. Ele não tem letra, ele não tem letra. Na verdade em

novena e sete o comitê olímpico espanhol colocou uma letra ali, que quando a letra

é usada ele pode ser tocado. Mas o hino nacional não tem letra, ele já teve letra da

ultima letra dele foi composta em mil novecentos e vinte oito. E foi uma letra que

ficou muito associado a ditadura franquista e ao regime franquista na Espanha.

Então ele foi abolido é sem letra.

Só que na execução do hino ontem, acabaram tocando esse hino que para os

espanhóis é considerado uma gafe. Olha só na transmissão da TV espanhol.

Imagens da RTVE com os devidos créditos na tela.

Imagem volta para Rizek em plano médio.

Rizek: A gente cortou um pouco, mas deu pra ver que ela riu os comentaristas

ficaram ali sem reação.

Então muito cuidado Rio 2016, hino nacional é coisa séria. Parede um erro banal

mas hino é coisa séria.

Todo mudo erra inclusive as zagas erraram de mais nessa rodada do campeonato

brasileiro. A gente vai fazer agora mais uma passagem de bloco com um clipe, com

as lambanças das defesas do brasileirão e o Redação volta já.

Em seguida rodou um clipe de um minuto, com os erros citados. Duração de

aproximadamente dois minutos.

Roda trilhar e vinheta características. Fim do Bloco.

Quarto Bloco

Roda trilhar e vinheta características.

Rizek: Redação está de volta com Carlos Eboli e Carlos Mansur, e vocês pela

internet.

A gente fez um balanço do campeonato brasileiro, que entre outras coisas serviu

para desmoralizar os títulos estaduais. Quer ver ó? O internacional (ilustra das

equipes) campeão gaúcho com muita festa, faz uma campanha pífia no canos

Page 142: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

142

brasileiro é o décimo primeiro. Tá aí o Inter. Muita festa no estadual é um

desempenho muito ruim no brasileirão.

O Figueirense que é o campeão estadual de Santa Catarina e jogou A final contra o

Joinville é o décimo quinto no brasileirão. Joinville está na zona de rebaixamento.

O Santos campeão paulista derrotando o Palmeiras na final, e passando pelo São

Paulo na semi. É só o décimo segundo no brasileirão.

O Goiás é outro campeão estadual. E a posição dele é de rebaixamento é o décimo

sétimo colocado. E não precisa nem citar o Vasco né? Que é o grande exemplo

disso. O respeito voltou, mas foi só no estadual. No estadual o Vasco mandou foi

campeão, levantou a taça e faz a pior campanha de um clube grande no brasileirão

em qualquer formato.

É um bom tema para o programa de amanhã, estaduais versos brasileiro. Já que

amanhã é o dia de a galera eleger qual será o tema do último bloco. Outro assunto

possível de amanhã, é o Tiago Silva (na tela o jornal o jornal impresso L'Equipe)

preterido pelo Dunga, no PSG ele segue mandando. Foi destaque inclusive na

última vitória do time. O L'Equipe destaca mais uma derrota do Olímpic de Marse e

a vitória do PSG em casa sobre o Ajoccio e o Tiago Silva(lustra jogo na tela) foi um

dos nomes. Fez inclusive um gol, foi muito elogiado por sua atuação.

Mansur: Ele está muito bem na pela parte técnica. A seleção é questão de

confiança, foi quebrado um ele de confiança, nos momentos de pressão, que ele

tinha que mostrar e não mostrou.

Eboli: Ele ainda não mostrou total equilíbrio emocional na seleção, pra que ele

tenha a segurança que ele tem no PSG.

Rizek: Tem o momento ternura (ilustra do Di Maria) esse é o que mais amigos?

Mansur: esse é a apresentação Di Maria no Paris Sant Germn.

(Câmera no estúdio)

Queria aproveitar esse momento ternura de Dom Diego Armando Maradona. Postou

nas redes sociais, (foto em ilustra) escalou o seguinte time. Momento ternura são

craques pequeninos. Então você tem o Messi, Tevis, Ramos Rodrigues, Cristiano

Ronaldo, Polo Maldine, Riquelme, Neymar, Garit Bale, Ronaldinho Gaúcho e Pelé e

Maradona. Os jogadores que estão em pé. Agachados, Del Pinheiro, Alexandre

Sanches, Cacilhas, Alan Cruf, Franchescole, Saviola,Chicharro Ernando e Falcão

Garcia.

Page 143: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

143

Foi o próprio Maradona que publicou essa foto. Momento ternura do Maradona

escalando Pele e Ronaldinho Gaúcho, desejando feliz dia das crianças. Porque foi

dia das crianças na Argentina nesse domingo.

Então nesse momento ternura de Maradona, a gente fecha o programa de hoje.

muito obrigado Mansur até a próxima.

Mansur: Valeu até a próxima.

Rizek: Valeu, Eboli. Grande abraço.

Eboli: Valeu.

E agora vem o É Gol com a Domitila Becker. (Tela dividida entre redação e o E

Gol)

Rizek: Domitila, bom programa.

Tela vai para o É gol e encerra o Redação Sportv.

Tempo total do programa: duas horas.

b) Redação Sportv. Segundo programa observado - 9 de setembro de 2015,

segunda-feira.

Programa começa com a vinheta característica de abertura do programa.

Imagem panorâmica da bancada com o apresentador e os dois convidados,

que em seguida fecha em plano médio no apresentador André Rizek.

Rizek: Olá bom dia! Está no ar o Redação SporTV, hoje com Sérgio Xavier Filho

diretor da Revista Playboy e o Chico Maia colunista do jornal O Tempo de Minas

Gerais. Vamos às manchetes do programa dessa quarta-feira.

Rodou um clipe de um minuto e vinte com as manchetes do programa. E

câmera voltou ao estúdio.

Rizek: Muito bem amigos venham fazer o Redação conosco nosso site é o

sportv.com/redação.

Lá você encontra vídeos, confere como foram os programas recentemente, vota nas

nossas enquetes e via Twitter @redaçao_sportv

Você participa do debate e faz a resenha comigo Chico Maia e o Sérgio Xavier.

Page 144: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

144

O que eu mais vejo na galera do Twitter que segue o Redação, que está todo dia

conosco, é a reclamação que: "a esse programa defende os times do eixo Rio-São

Paulo, ele não dá voz a quem está indignado.

Pois bem, hoje temos aqui um jornalista que é gaúcho o Sérgio Xavier, e um que é

mineiro que é o Chico Maia, para debater com vocês. Vamos também ao Recife,

vamos também a Porto Alegre conversar com Diogo Olivier. Recife com o George

Guilherme. E vamos fazer um programa nacional como fizemos todos os dias. Chico

Maia, bem vindo ao Redação! Tudo bem?

Maia: Prazer em revelo, André! Tudo bem?

Rizek: Tudo ótimo.

Maia: Você falou ai de quem reclama de arbitragem, os mineiros e os gaúchos são

chorões, reclamam muito da arbitragem?

Rizek: Não, vamos separar os mineiros em dois lados. Os cruzeirenses nas últimas

duas rodadas não tem o que reclamar de arbitragem.

Chico Maia: é verdade

Rizek: e os atleticanos nas últimas 3 rodadas tem muito o que reclamar.

Chico Maia: é verdade, sem dúvida alguma no Brasil quando um time começa a

reclamar muito de arbitragem, começa a chamar ele de chorão. Mas é tradicional, o

Atlético tradicionalmente é maior prejudicado pelas arbitragens. E quando você não

tem um time 100% acima da média, a arbitragem faz diferença quando tem muitos

erros seguidos contra o seu time.

O Cruzeiro foi campeão Brasileiro, e teve muitos erros de arbitragem contra o seu

time, nesses dois títulos consecutivos que o Cruzeiro teve, porém o Cruzeiro tinha

um time acima da média. O Marcelo Oliveira conseguiu montar um time acima da

média que superava as arbitragens e erros sucessivos.

Só que esse ano a situação ficou muito complicada, viu André? Complicada de mais.

Rizek: Não, eu concordo.

Inclusive, deixa eu até conversar com minha equipe aqui no ar. A gente tinha

preparado para o próximo bloco um clipe de manchetes da imprensa mineira que

abraçaram a briga do Galo contra a arbitragem, se a gente tiver pronto para esse

bloco ainda... Ainda não tem pronto!

Mas vamos mostrar aqui os jornais mineiros, O Tempo aonde trabalha o Chico Maia,

O Estado de Minas, eles têm rechaçado a reclamação do Atlético Mineiro.

E você Sérgio Xavier, concorda com isso?

Page 145: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

145

Xavier: A notícia de ontem não tem a ver com o apito, acho que tem a ver com a

toga, os auditores o STJD. Essa história do Dudu, que a gente vai falar daqui a

pouco é um absurdo, é um absurdo. A gente às vezes reclama de mais do erro

humano, da linha de impedimento, dos 5 centímetros, eu sempre desculpo o

bandeirinha que erra por pouquinho porque eu acho que tá faltando arbitragem

eletrônica. Eu acho possível você cobrar de um cara que numa jogada muito rápida

que inventar pra cá e outro vai pra lá, esse é o ponto.

Agora decisões muito diferentes de tribunal, ai não, ai não! Ai acho que a gente tem

que chiar e deve existia uma certa isonomia.

Acho que o Palmeiras foi extremamente beneficiado pelo... Pelo que o Rizek vai

falar daqui a pouco.

Rizek: Os jornais, quem abriu os jornais quem leu os portais... Viu a notícia de que o

Palmeiras fez um acordo com o STJD trocando a suspensão de 180 dias, que era

aquela, em qual o Dudu estava denunciado e condenado em primeira instância, por

uma suspensão de seus jogos a cumprir. Já cumpriu dois vai ter mais quatro a

cumprir. O que os portais, os jornais não explicaram é as bases desse acordo.

Como assim houve um acordo entre o clube e o tribunal? A gente também está em

busca dessa explicação. Nós tentamos contato com a diretoria do Palmeiras com

pessoas do tribunal, que possam aqui no Redação por telefone explicar esse

acordo, inusitado. Eu não lembro de ter visto um outro acordo dessa natureza. É

justo, não é? Acho que a gente vai ter mais detalhe depois de saber do acordo

anunciado ontem, que também teve o Emerson Sheik com uma punição branda em

relação à expectativa daquilo que ele podia pegar. Por ter ofendido o árbitro na

partida entre Flamengo e Vasco, transmissão da TV Globo.

O Sérgio Xavier tem um trabalho para muitos, dito dos sonhos. Porque de manhã e

à tarde ele cuida disso aqui “ó”!

Rizek: mostra uma revista Playboy.

Da revista playboy. Das matérias das entrevistas. Essa é a capa da última. E a noite

ele vai comentar futebol na radio Band News, aliás, comentou a seleção ontem à

noite. Mulher de dia futebol à noite.

Risos.

Page 146: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

146

Então me explica Sergio Xavier Filho o que um frei está fazendo na capa da revista

Playboy. É a entrevista com o Frei ao lado da menina da capa.

Xavier: A mulher da capa. É bom a gente explicar, ela tem tudo a ver aqui com o Rio

de Janeiro. É aquela gari que fez muito sucesso, tudo mundo queria conhecer

melhor a gari gata, Rita. E a gente vai mostrar um pouco ela. Vamos fazer um perfil,

podemos dizer assim Rizek?

Rizek: Eu “to” olhando o trabalho dela por enquanto aqui na capa.

Sergio Xavier: é o perfil dela, a gente conta como ela é de uma forma mais integral,

digamos assim.

O Frei Beto, tem tudo ver com isso de uma maneira geral. Ele fala de desejos, ele

fala de sexo, de charutos com Fidel Castro. Umas das melhores entrevistas dos

últimos têm. Recomendo.

Maia: Mineiro, mineiro Frei Beto.

Xavier: Você tava falando da mãe do Frei Beto que e muito conhecida, como a

rainha da culinária mineira.

Chico Maia: a rainha, a saudosa Estela Olibania, mãe do Frei Beto, famosíssima,

tem até livros sobre a colunaria mineira, especificamente. E o Frei Beto é uma das

joias mineiras, da intelectualidade mineira.

Rizek: Tem também uma entrevista com o Ray, contou alguma coisa de bom o Ray

nessa entrevista?

Xavier: Olha, a gente perguntou inclusive de uma fama: olha porque dizem que o

Ray é gay, ele fala concretamente sobre isso, mas só lendo eu não vou falar mais

detalhes.

Rizek: Tá bom. Olha a gente vai contar em detalhes como a imprensa brasileira,

olha que coincidência, como a imprensa brasileira tem uma maldição, em tudo que

ela fala o que vai acontecer, faz projeções e acontece o contrário.

A gente abriu o Redação ontem falando como é chato, como tem sido chato

acompanhar os jogos da seleção brasileira. Não sai gol, não tem notícia, não tem

ideia nova de jogo, foi uma partida modorrenta contra a Costa Rica no Sábado. Ai a

seleção ontem fez uma partida divertidíssima que teve as seguintes manchetes no

Brasil.

Na tela jornal A Folha de São Paulo.

Page 147: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

147

A Folha de São Paulo preferiu destacar o retorno em alta do Hulk e do Lucas Moura

que entrou no segundo tempo e participou muito bem da goleado por quatro a um

sobre os Estados Unidos.

Ilustra jogo na tela.

Esse é o gol do Hulk, e algumas jogadas do Lucas que a gente separou pra vocês

no comecinho, depois tem mais detalhes. Como essa assistência para o gol do

Rafinha.

Os outros jornais como Estado de S. Paulo, Zero Hora e como Estado de Minas.

Preferiram tratar do Neymar. Que o Neymar é o cara que muda o jogo, dizendo que

quando ele entra o jogo muda, vira uma aula um show.

A Folha de São Paulo foi para um lado, os oitos grandes jornais do País, outros dos

grandes jornais do País foram para Neymar.

Tela imagens dos jornais.

A gente roda aqui os melhores momentos, a gente mostra para que lado vai Chico

Maia e Sérgio Xavier, ao analisar Brasil quatro Estados Unidos um.

Enquanto rodava os melhores momentos na tele. Rizek e convidados

comentavam a partida.

Rizek: Sérgio Xavier qual seria sua manchete de Brasil 4 Estados Unidos 1.

Xavier: eu acho que o Brasil perdeu uma ótima oportunidade de testar o time das

eliminatórias.

Rizek: O Dunga sempre apanha cara. Ganha de 4 é a manchete é o que o Dunga

não fez!

Xavier: Isso, isso. Olha sinceramente eu to muito tranquilo para elogiar o Dunga,

acho que em 2010 ele fez um ótimo trabalho. A gente elogiou muito ele na época da

placar, né. Eu gaito muito do Dunga, acho que ele fez certo em não convocar o

Neymar na Copa do Mundo de 2010. Discordamos eu acho né?

Rizek:Não é que ele levou o grafite. Grafite ou Neymar?

Page 148: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

148

Sérgio Xavier: preferiu o grafite. Na época eu preferia o Grafite.

Então assim, eu gosto do jeito que o Dunga arma os times de traz pra frente, e etc...

O único problema que o Dunga não tá evoluindo e ele tá muito dependente do

Neymar. Ontem era jogo pra ele não usar o Neymar em nenhum momento.

Rizek: Mas se tá esquecendo que tem um acordo comercial.

Sérgio Xavier: então eu sou contra

Na tela lances da partida.

Rizek: Embora a CBF negue, é público e notório que nos contratos de jogos da

seleção brasileira, você se compromete a levar o time A. É o time A hoje é o

Neymar, o Neymar tem que jogar ele tem que entrar em campo.

Sérgio Xavier: Isso.

Maia: Até convocação do Kaka.

Rizek: Sim, o Kaka também muito óbvio ... Embora a CBF negue. Porque o contrato

ele não diz, o contrato tem que convocar o Neymar. O contrato diz se você tem que

levar suas principais estrelas. E a CBF já foi contada, não exatamente a CBF, ela

vendeu a uma empresa estrangeira os direitos dos amistosa. E ela que negocia é

ela que decide, o Brasil joga aqui, o Brasil joga ali, joga acolá. E nos contratos que

essa empresa faz, nos contratos estão lá: queremos o time A, e o time A tem

Neymar. Se o Neymar não joga a empresa é cobrada e a cota do Brasil pode

diminuir.

E o Neymar entrou em campo sem dúvida nenhuma por isso.

Xavier: deixa eu só pegar um ponto táticos nisso. No primeiro tempo o Brasil é o

Brasil de verdade. É o Brasil das duas primeiras partidas das eliminatórias que não

terma o Neymar. E o Brasil foi se virando. O Willian apareceu mais, o Douglas tentou

alguma coisa, o Luiz Gustavo, que você destacou foi muito bem e etc. Ai o

aconteceu o Brasil ganhou de um a zero não deu chance para os americanos, era

um time organizado mas sem grande brilho. Ai entra o Neymar, o Neymar, entre

aspas, ele dá uma bagunçada na equipe. Porque todos os jogadores ficam

procurando: "cadê o Neymar, cadê o Neymar, deixa eu pegar a bola e tocar pra ele.

Então a criatividade do resto do time quase que vai embora, vira tudo Neymar. É o

time inclusive, fica mais aberto deixa os Estados Unidos atacar mais, etc.

Page 149: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

149

Rizek: Mas é natural, né? A gente critica o Messi porque ele não faz isso ai que o

Neymar faz: bagunçar o jogo partir pra cima, jogar sozinho. O Messi é criticado por

isso.

Xavier: Eu acho ótimo Rizek, se você tem um time bem organizado e você tem um

jogador que bagunça perfeito! A gente não um time bem organizado, e não

consegue organizar.

Maia: Ficar dependendo só de um jogador complica né? Ai como aconteceu na

Copa América do Chile. O Neymar saiu do time o time murchou.

Xavier: Chico, volta pra 2010, eu elogiei o Dunga, acho sensacional, mas em 2010 o

Dunga não tinha um plano B. Se aquele jeitinho de jogar não desse certo não tinha o

que fazer. Tomou um gol da Holanda, não sei o que, se desestruturou e foi embora.

E de novo, o plano B é jogar sem o Neymar. E a gente não sabe.

Rizek: E agora, que bom que a gente depende de um Neymar, ruim era depender,

sei lá de um perna de pau. Não quero citar nomes aqui.

Não, não é um perna de pau, é um bom jogador. Mas ruim era depender de um

Firmino. Um atacante de razoável pra bom, o Brasil depende de um jogador

fantasiado que é o Neymar, que bom.

Maia: Agora, qualquer treinador ele vai ter que de surpreender por essas questões

comerciais com a CBF e as parceiras dela. A mas a CBF nega? Vai negar sempre.

Vai negar como nesses depoimentos que a gente vê na lava jatos e outros, o

acusado sempre nega.

Xavier: Chico, vamos lá! No primeiro jogo Neymar jogou dez, quinze minutinhos,

né? Pouquinho!

Se existe alguma coisa no contato e um dez minutos, pelo menos tem que entrar em

campo. Então deixa o Neymar entrar no fim, mas deixa o time tentar de achar

sozinho. Mas não, bota o Neymar, fica legal, a gente fica feliz, vê uns golzinhos. Só

que quando chegar a hora de jogar contra o Chile, não vai ter o Neymar e ai, como

faz?

Maia: E todo mundo fala isso hoje, que o Neymar entrou o Brasil deslanchou,

bagunçou o jogo e o Brasil goleou depois que Neymar entrou no jogo.

Rizek: Agora é duro ser técnico do Brasil, até quando o time joga bem goleia, a

gente faz críticas porque jogo não devia ser tão fácil, era melhor testar o Brasil sem

o Neymar. Os Estados Unidos, pra quem se i pressionou com a baba que foi, que

foram os Estados Unidos, algumas informações: os 4 melhora jogadores da Copa

Page 150: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

150

não estavam em campo. O goleiro Tim Howard não estava, o Donavam não estava,

o Dobson não estava e um jogador de pouco fama, o lateral direito Johnson. Você

gostou muito desse jogador? (Apontou para Xavier)

Xavier: muito, muito. Botei na minha seleção na Copa.

Rizek:Na minha também. Não estava, entre outros.

Foi um time diferente daquele que esteve na Copa do Mundo. Mas é mais ou menos

a base que venceu esse ano a Holanda.

Xavier: Alemanha.

Rizek: Alemanha.

Xavier: Quer dizer, pra baba não serve.

Rizek: É que ontem foi uma baba.

Xavier: Jogou muito mal. Vamos dizer, uma coisa é você jogar mal, outra coisa é

você ser ruim. Eu acho que os Estados Unidos não são ruins. Jogaram mal, é

diferente.

Rizek: Vou abrir aspas para dois personagens que viveram... Para alguns

personagens da seleção Brasileira na verdade. Vamos ouvi-los depois de Brasil 4,

Estados Unidos 1.

Rodou vinheta característica do quadro abre aspas.

Sonora dá entrevista do técnico Dunga. Que foi concedida depois do jogo.

Durou cerca de um minuto.

Após, entrevista com o zagueiro Miranda, também realizada depois do jogo.

Durou cerca de 30 segundos.

Por último, entrevista com o atacante Rafinha, feita depois do jogo. Durou cera

de 15 segundos.

Imagem volta para o estúdio.

Rizek: Olha A Folha destacou Hulk, Lucas Moura, os outros jornais destacaram

Neymar, e eu serei o editor do contra, eu queria destacar o Rafinha. A minha notícia

do jogo foi o Rafinha. Vamos rodar imagens dele.

Na tela imagens do Rafinha no jogo.

Page 151: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

151

Rizek: Que entrou no segundo tempo. O Luiz Gustavo e Elias estavam jogando

bem. Mas o Rafinha entrou e deu outra dinâmica no jogo.

Tudo bem que ele já entrou com o time desfalcado, com o jogo aberto é outra

história. Mas é um jogador que apareceu na área para concluir, que marcou, que

correu o campo inteiro. Estou muito animado com o Rafinha.

Xavier: Tem um lance no segundo tempo que foi que foi quando ele entrou, que lá

no canto, lá na lateral direita ele dá uns três carrinhos pra roubar a bola e até

consegue. Quer dizer, a garra dele, a vontade dele de avisar o Dunga.

Ilustra do jogo na tela.

Eu quero estar na próxima Copa do Mundo, foi flagrante. Jogador com espírito de

Seleção Brasileira, gostei bastante.

Maia: jogador que jogou solto parecia que já era veterano em convocações.

Xavier: E eu acho que o outro é melhor, o irmão dele o Tiago.

Rizek: Mas que coisa, o Mazinho, foi um excelente jogador de futebol, Mazinho foi

excelente, alguém discorda?

Maia: Não. Ele era um operário.

Todos falam juntos:

Xavier: Eu concordo com o Rizek.

Maia: Era um jogador de conjunto.

Rizek: Eu discordo. Foi lateral direito, lateral esquerdo, volante.

Maia: Onde o colocavam ele jogava bem. Fazia um feijão com arroz. Eu colocaria no

meu time, agora crack....

Rizek: Não, não disse se ele é crack. Tomei bastante cuidado. Falei que ele era um

excelente jogador de futebol, excelente. E produziu dois jogadores de futebol.

Jogadores que podem passá-lo. Tiago Alcantara se joga no Bayer e preferiu ser

espanhol e o Rafinha que joga na seleção e no Barça.

Xavier: a gente lembra aquele gol do Bebeto em 94, que ele começara com o

Bebeto embalando, os que deram certo foi o que o Mazinho embalou né?

Risos.

Que maldade, vou retirar o que eu disse.

Rizek: É verdade, o filho do Bebeto não virou bom jogador, pelo menos Te agora.

Maia: Pior que uma safra só não dá tempo de fazer bons jogadores.

Page 152: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

152

Rizek: falar de bons jogadores que entram bem ontem, o Lucas Moura, entrou bem

ontem né?

Xavier: Eu acho que o Lucas confirmou a convocação dele para as eliminatórias.

Ilustração na tela lances do Lucas.

Às vezes a gente tinha uns takes dele no banco, e ele tava com uma cara de

incomodado de que queria entrar. E entrou querendo jogo.

Xavier: Esse lance é polêmico, o Neymar sai do impedimento, ele tá impedido

naquele lance que o Lucas pega a bola, mas ele participa ou não participa do lance?

É um corta-luz ou não é um corta-luz?

Rizek: Eu fiquei com essa mesma dúvida, e o Rafael Rezende participou da nossa

transmissão e na opinião do Rafael foi um gol ilegal.

Xavier: Eu também concordo eu também to com ele. Mas essa nova leitura de

arbitragem se o cara não toca na bola ele não participa. Eu não concordo, o Neymar

ao vir pra cá ele desconcerta o zagueiro, porque acha que ele vai tocar bola e ele

não toca.

Maia: Ai que entra a dificuldade da arbitragem na questão da interpretação, essa ai

bem os meios tecnológicos que eu defendo também que sejam adotados pela FIFA,

nem os meios tecnológicos vão conseguir consertar ou resolver os problemas de

arbitragem, é uma questão de interpretação.

Rizek: Se tiver como mostrar de novo, é o primeiro lance das últimas imagens que a

gente mostrou do Lucas, o corta-luz que o Neymar faz para que o Lucas possa

passar.

Na tela a imagem do lance.

Xavier: Ai ó essa jogada, ele vai tocar e o Neymar tá voltando do impedimento.

Rizek: Não, tocou para o Neymar.

Não, mas a regra ainda fala de atrapalhar o campo visual, claramente o Neymar

atrapalha o campo visual. E ai tem mais imagens do Lucas.

Câmera volta ao estúdio.

Page 153: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

153

A gente fala agora do jogador que é o patinho feio da imprensa brasileira. A

imprensa brasileira custa a elogiar esse jogador, porque no nosso imaginário de

atacante brasileiro, a gente imagina um jogador insinuante, habilidoso, driblador.

Não é o caso do Hulk, que é um jogador de grande utilidade tática...

Na tela imagens do Hulk na partida.

Mas não tem essas características, que historicamente fez a gente se encantar por

vários jogadores da seleção brasileira. Mas os dois amistosos do Brasil deixou boa i

pressão o Hulk.

Xavier: A ele renova e esse gol é bacana porque ele bate muito bem com a perna

ruim.

Imagem de volta ao estúdio.

Maia: É interessante, há jogadores que não caem nas graças de modo geral. Tanto

da mídia quanto dos treinadores, da seleção.

Xavier: As pessoas criticam o traseiro do Hulk.

Maia: Eu cito aqui o goleiro Cassio do Corinthians. O Cássio pra mim há algum

tempo é o melhor goleiro do futebol brasileiro. O Cássio nunca é lembrado nem por

treinadores nem por a mídia.

Rizek: Você acha ele superior ao Jeferson.

Maia: Acho muito superior.

Rizek: É?

Maia: Cássio por exemplo, no jogo, no clássico de domingo, a defesa que ele fez no

finalzinho do jogo, aquela cabeçada do Leandro Almeida. Ele contrariou a física. Nós

costumamos dizer que raramente o goleiro consegue se recuperar e pegar no

contrapé aquela defesa. Eu só vi uma vez um goleiro fazer aquela defesa que ele

fez, que foi o Manga. Que foi o jogo do Internacional.

Xavier: Internacional e Cruzeiro em 75.

Maia: Internacional e Cruzeiro lembra? Chutaso do Nelinho, que a bola foi pra um

lado o Manga foi para o outro, voltou e conseguiu tirar aquela bola que seria o gol do

Cruzeiro em 75. E o Cássio fez isso, coisa raríssima de acontecer.

Page 154: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

154

Rizek: Eu acho o Cássio um grande goleiro porque ele se destaca nos grandes

jogos, mas eu acho o Jeferson mais regular que o Cássio. E também e um cara que

se destaca em grandes jogos, mas aí é gosto, goleiro é muito de gosto.

Xavier: E ai no gol dos Estados Unidos tinha o Marcelo Grohe, acho que é uma

pequena falha, não chega a ser uma grande falha, porque ele é atrapalhado de fato

pelo David Luiz. Que tenta cortar a bola, não corta, a bola passa muito próximo a

cabeça dele da uma enganada. Mas era uma bola defensável.

Maia: O David Luiz tá sempre envolvido em lances assim, né? E esse é sempre

lembrado por treinadores, pela imprensa. Poxa vida, esse David Luiz é muito forte.

Rizek: Everton Moreira, como a gente acha elogiando os filhos do Mazinho que

jogaram no Barcelona, ele escreve assim aqui no nosso Twitter: "todos os jogadores

que passam pelo Barça ficam muito melhor".

Não sei se todos. Ai ele sita o Laitue.

Melhorou no Barça?

Xavier: eu acho que quando... Depois ele vai jogar no futebol inglês ele tá melhor

mesmo.

Rizek: E cita o Masquerano, que de fato melhorou muito no Barcelona.

Xavier: Verdade concordo com ele.

Rizek: Então o Everton Moreira, no caso do Davi seja jogar no Barcelona. Umas

duas ou três temporadas.

Maia: Pra poder evoluir um pouquinho.

Rizek: Agora Chico Maia, sabe que Flamenguista é uma raça observada pelo clube,

como poucos são no mundo. Flamenguistas aqui do canal campeão, foram achar

em 2011 um Twitter do Rafinha Alcantara, ou seja há 4 anos, com os seguintes

dizeres:

Na tela o Twitter

Para todos os brasileiros! Sou flamenguista! E meu sonho é jogar um dia no

Flamengo!

Rizek: Tá aí, belo achado aqui da nossa equipe, faz mais de 4 anos.

Maia: tinha que vir agora

Xavier: E se jogasse mal, iam achar isso?

Rizek: Acho que não.

Page 155: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

155

Risos.

Tela de volta ao estudo em plano aberto na bancada.

Tela em plano médio em Rizek.

Rizek: Que legal, que boa lembrança. Que sem citar nomes, parabéns aos

flamenguistas que acharam esse tuíte pra gente.

Nos Estados Unidos como futebol a ficando popular por lá, a imprensa já cobra

resultados e critica a atuação da seleção do técnico Klinsmann depois da partida de

ontem. Que ver?

No diário da região que sediou a partida o Boost Mobile,

Ilustração na tela imagens de jornais

O abre do texto é o seguinte, foi um pesadelo revivido, dez caras de amarelo sem

sobrenome, dançando por noventa minutos como sempre foi.

Nossos jogadores não tem sobrenome mesmo.

Ai outro jornal que eu mostrei agora.

Brasil brincou com os Estados Unidos, como se os americanos fossem peladeiros.

Esse domínio texto do Washington Post. Que considerou a seleção do seu país de

inofensiva.

O New York Times pergunta o que Klinsmann queria com tantas experiências na

defesa. Se na véspera ele disse que não daria para experimentar nada contra um

time como o Brasil. Atuações de Willian, Neymar e Rafinha foram elogiadas no New

York Time.

E na Sports Illustrated também preocupação com o desempenho dos Estados

Unidos antes da partida conta o México. Que define quem será o represente na

Conmcacaf na Copa das confederações.

Tela de volta ao estúdio.

Os últimos campeões da Concacaf se enfrentam e vão decidir quem será o

representará da América na Copa das Confederações.

Page 156: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

156

O time dos estados unidos que foi bem nos amistosos foi muito mal na última Copa

Ouro, que é o torneio da Concacaf, e ontem deixou uma péssima impressão. Eu não

vi os amistosos que ele fez com Holanda e Alemanha, eu confesso. Mas ontem foi

muito mal, muito.

Xavier: Eu vi contra a Holanda e jogou muito. Jogou muito. Gol pra lá gol pra cá. E

ontem foi absolutamente decepcionante.

Maia: Agora, que bom que a imprensa americana esteja dando essa importância ao

futebol, e com críticas muito semelhantes a imprensa brasileira, a imprensa

argentina, a imprensa europeia, a seleção deles. Porque a algum tempo o espaço

deles, ao soccer, ao futebol deles era mínimo.

É o que eles quiseram dizer, Andre, a essa frase, sem ironia, jogadores de amarelo

sem sobrenome?

Rizek: Não, é porque nossos jogadores são Neymar, Firmino, Robinho.

Maia: não são nomes compostos.

Rizek: Não são nomes compostos. Pelé.São a fama de chamar por apelido o

jogador.

Xavier: Mas tá mudando.

Rizek: Está mudando.

Xavier: O que tem de Rafael Correia...

Maia: Giovane Augusto.

Rizek: Luiz Otávio.

Maia: Rafael Carioca.

Rizek: Rafael Marques. Tá mudando.

Mas você falou, em 98 eu tav anos Estados Unidos pra cobrir... No Diário O Lance.

Serginho tava também.

Xavier: Estudamos juntos.

Rizek: Na época Sérgio Xavier diretor da placar, e eu repórter do Lance. Estava

também lá Chico em 98 pela Copa Outo.

Maia: Não, pela Copa Ouro não.

Rizek: Zagalo dirigia o time, e o Brasil enfrenta os Estados Unidos em Los Angeles.

O estádio tava vazio não tinha ninguém no jogo e você abria os jornais pra ver sobre

a partida não tinha nada nem uma linha é igual sei lá uma seleção de pelota basca

de algum país europeu tivesse viesse jogar contra a Seleção Brasileira ia sair duas

notinhas. Se saísse, no Lance.

Page 157: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

157

Maia: espaço que tem o futebol Brasileiro, futebol americano aqui no Brasil, por

exemplo.

Rizek: Os Estados Unidos ganhou pela primeira vez na história da Seleção

Brasileira uma eliminou Brasil da competição, inclusive foi pra final foi pra final contra

o México. Comprei o jornal no dia seguinte, tinha cinco linhas, we won the Brazil,

ganhamos do Brasil informando. E o destaque era Lakers vence Boston. Então de

98 pra cá cobertura mudou muito, então primeiro passo pra você ver que uma

seleção está grande É que as críticas estão fortes.

Maia: É o famoso fale mal, mas fale de mim você não está chamando eu sei que

ninguém não está nem aí e já que está sendo criticada é porque o público lá está

dando interesse e a própria média de público do campeonato norte-americano

excelente é maior que a nossa.

Rizek: é maior que a nossa

Maia: é maior que a nossa que futebol brasileiro está em torno de 28 a30 mil

pagantes a média do campeonato norte-americano

Rizek: E ontem foi um dia de seleção porque Seleção Olímpica Brasileira entrou

mais cedo contra França, a França no campeonato sub 21 e o Brasil perdeu de

virada perdeu (na tela imagens da partida) de virada o esporte ver mostrou o Brasil

saiu na frente no placar com gol conta de Kimpembe.

Xavier: Uma partida estranha.

Rezek: E aí o gol de empate de Amavi.

Xavier: E o azar de bola na trave bate nas costas do goleiro

Haller, fez o gol da vitória francesa quero mostrar quem estava em campo na vitória

do Brasil foi um esquema 4-3-3.

Na tela imagem gráfico de um campo de futebol com escalação do Brasil,

Rizek: Goleiro é o Ederson do Benfica de Portugal o Maicon do Livorno da Itália é o

lateral-direito o Walace do Mônaco e o zagueiro Dória do Marcele zagueiro e o

Wendel do Bayer livre, é o lateral esquerdo. Formando a defesa do meio campo

Rodrigo Caio do São Paulo, o Lucas Silva do Olympique atualmente, Felipe

Anderson do Lazio da Itália, no ataque o Kennedy do Chelsea e o Luan do Grêmio

que desfalco Grêmio por causa desse jogo.

Page 158: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

158

Os gremistas devem ter adorado ver o Luan em campo ontem à tarde, pela Seleção

Olímpica.

Rizek: Sem dúvida.

Maia: O Alisson, o Alisson é uma das revelações do Cruzeiro é um grande jogador

faz falta hoje é o time do Cruzeiro e pegando sequência de jogos sem contusões uai

o seu nome aí que o Brasil vai ouvir falar demais nesse atacante do Cruzeiro.

Xavier: Mas no caso do Corinthians que você comentou do Luan né o Luan com

Seleção Olímpica e o Elias está na seleção principal que é que faz mais falta? Acho

que o Luan né acho que não é mais representativo

Rizek: Luan e Grohe São dois jogadores. Sérgio Xavier o grêmio acaba perdendo se

bem que o Corinthians se bem que o Corinthians perder e o Luciano né você não

deveria estar nessa seleção também só não está porque machucou

Rizek: E o prejuízo do grêmio e a cada lance que eu sofreu uma entrada sofreu foi

um carrinho, eu vendo no Twitter os gremistas desesperados

Pelo amor de Deus será que ele se machucou não ele não se machucou olha

Vamos à Brasília agora falar com nosso repórter André Barroso que vai trazer

noticias sobre a CPI do Futebol, direto da capital federal. André, bom dia, bem vindo

ao Redação! Tudo bem?

Barroso: Bom dia Rizek, aos amigos do Redação. Pois é, estamos aqui com mais

informações da CPI, a comissão tinha uma reunião programada para amanhã, só

que foi adiado esse encontro para próxima quinta-feira. De acordo com o

comunicado do assessor Romero Jucá, não conseguiu viabilizar a tempo a ida dos

convidados a essa sessão. Os convidados para essa sessão são ex jogadores de

futebol, e ai ninguém menos que Pelé, Cafu, Zico, Roque Júnior os nossos

companheiros aí do Sportv Carlos Alberto Torres, Ricardo Rocha o Juninho

Pernambucano comentarista da tv Globo e também o Paulo André esse ainda está

em atividade. E deve ser chamado como representante do bom senso é FC. Os

auditores querem escutar esses profissionais sobre o cenário do futebol brasileiro

atualmente e antigamente e claro, perguntar pra eles se eles tem conhecimento de

alguma mazela, alguma suspeita de irregularidade envolvendo aí a Confederação

Brasileira de futebol, Rizek. Portanto esse encontro está marcado para quinta-feira o

senadores esperam que possam viabilizar a presença desses ex atletas. E atletas

no caso o e o Paulo André na CPI do futebol aqui em Brasília

Page 159: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

159

Câmera dividida entre Rizek e o repórter de Brasília.

Rizek: E tudo indica que vai ser uma entrevista mesmo vai ser um bate-papo.

Xavier: Uma sessão de autógrafo talvez

Rizek: É verdade como já foi.

Xavier: Vamos lá fotografar pegar uma camisa pro meu filho.

Rizek: Já vimos várias vezes

Maia: Olha aqui é só uma expressão que a gente gosta de usar muito lá em Minas é

o famoso nas gastar a vela com mal defunto.

Risos

Maia:A CPI Romero juncar Fernando Collor de Mello na CPI e algumas outras

figuras aí a esse país não tem jeito de dar certo não viu.

Rizek: Calma, Chico um dia vai dar certo. E o André muito obrigado pela sua

participação.

Tela dividida entre Rizek a direita e André esquerda.

Bom trabalho pra ti, bom trabalho a todos aí em Brasília até a próxima

Até a próxima Rezek um grande abraço pra vocês.

Tela só em André Rizek no estúdio.

Rizek: E se deixar e o Ricardo Rocha contar histórias ele vai ficar ele fica dois dias

lá contando histórias

Xavier E vão rir muito.

Rizek: Vão rir muito, ele é uma das personalidades mais engraçadas com quem já

conversei no futebol se deixar homem falar ele vai tomar conta da CPI e vai dar

muito autógrafo também porque merece o nosso Ricardo Rocha.

Bom quem não tem dado muito autógrafo é Diego Costa na Espanha eu sei que o

Sérgio Xavier adora o Diego Costa acho que o Brasil perdeu um grande atacante etc

etc etc...Vamos falar da Espanha agora.

E lembrar a primeira manchete do Marca na segunda-feira. O Marca empolgados

com uma vitória sobre a Checoslováquia (na tela espaço imagens do Marca)

Page 160: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

160

Rizek: Toque de Campeão, porque celebrava volta do tique-taque 75% de posse de

bola. David Silva Iniesta e Fabregas com muitos passes geniais em campo beleza

só que ontem (na tela imagens do jornal marca espaço) eles ganharam de uma zero

com gol contra da Macedônia e aí o texto é pesado o texto de hoje é o seguinte: má

partida da Espanha sem criar chances de gol sem soluções e sem Diego Costa.

Um Churro

Xavier: Não é aquilo que a gente está pensando doce de leite?

Rizek: Não, não é comida...

Maia: Fiasco...

Rizek: Um churro é uma expressão em espanhol.

Tela volta em Rizek.

É um termo meio chulo para falar aqui nesse horário na tradição, um acaso uma

sorte a gente pode mostrar gol (na tela imagens do gol).

Olha só um churro é isso aí meus amigos.

Quando acontece no jogo de futebol isso aí é um Churro esse foi o gol da vitória da

Espanha que agora fica só um empate da classificação para euro. E o mundo

Deportivo de Barcelona hoje fazer uma conta, É só um show mesmo galera

podemos tirar as imagens que o jogo foi bem fraco. E aí o mundo Deportivo (na tela

imagens do jornal mundo Deportivo).

Rizek: Ele faz a manchete com Diego Costa, Diego Costa não vinda na seleção.

Disse que ele não se encaixa nessa seleção de, Disse que ele não se encaixa nessa

seleção de toque de bola que a Espanha está retomando o time toca ,toca a bola e a

bola para nele porque ele não é um jogador de toque refinado, e traz a marca do

artilheiro. Um gol em 586 minutos em.

Xavier: Eu vou tentar defender o meu ídolo Diego Costa. Que deveria estar jogando

pela Seleção Brasileira, de verdade. Não estou fazendo ironia alguma. É a Seleção

Espanhola tem grande dificuldade para encaixar um centroavante, David vila que foi

sucesso, sempre teve alguma dificuldade de adaptação.

Rizek: Mas ele não era centroavante, foi insano essa situação de centroavante,

porque eu Torres não deu conta do recado o Torres não deu conta do recado.

Xavier: Eu ia chegar no Fernando Torres, Fernando Torres supervalorizado sobre

contratação Liverpool, não sei o que fracasso total. A seleção espanhola quando ela

Page 161: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

161

está bem ela já tem dificuldade para abastecer o centroavante, É um time de muita

rotação né. Quando a seleção já não é mais aquilo tudo, e já não é mais aquilo tudo

a copa do mundo foi a prova. Acho que o centroavante, ele fica mais exposto acho

que assim... E essa nova dificuldade, então acho que o Diego Costa sofre muito com

a questão prática.

Chico: Mas você considera que ele acertou optar pela Espanha ao invés de optar

pelo Brasil na copa do ano passado

Xavier: Aí eu se pudesse faria mesma escolha porque ele estava ali o que ele

queria do Felipão na época.

Maia: Uma garantia.

Xavier: O Brasil não deu essa garantia, e a seleção espanhola fez o contrário meio

que deu essa garantia.

Imagem volta para o estúdio

Xavier:Poxa, você tem duas seleções que são favoritos ao título. Uma oferece: olha

eu te dou aqui a ficha número um; a outra te diz onde você entra lá no fim da fila que

de repente te chamam.

Maia: E ainda foi crucificado.

Rizek: Sim virou… olha quero elogiar o Artur Sandovália, Luís Antonio Júnior que

acertaram com precisão o que quer dizer churro em espanhol quando a gente fala

de futebol. (Em GC @ redação_sportv)

Rizek: O que vocês escreveram exatamente é o que o Christopher Lima, escreve

aqui pra gente: respeitem a pátria que não tem culpa das mazelas que vem vivendo

futebol e a política jornalista gosta de denegrir. Olha Christopher eu acho que a

melhor maneira de respeitar a pátria, sendo crítico com as coisas que acontecem

com ela eu não vi nenhum desrespeito do Chico Maia pelo contrário ser crítico com

as coisas da pátria é que respeitar esse país. Fechar os olhos é que seria um

grande desrespeito. É o que eu penso do assunto.

E convido os amigos… Se o Chico Maia quiser falar algo.

Maia: Não acrescentar algo depois da uma defesa dessa ai, poxa vida!

E aqui convido os amigos, nesta quarta tem futebol campeão na tela do canal

campeão, a partir das 8h30 da noite, a gente vai mostrar os jogos em andamento,

não os jogos na integra, Mas os jogos que estão passando na rodada do

Page 162: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

162

Campeonato Brasileiro. O que isso muda na tabela, time sobe time desse, time Caio

é um hoje às 8h30 da noite. Futebol campeão ao vivo aqui na tela do canal

campeão.

A gente faz agora nosso primeiro intervalo, no próximo bloco Campeonato Brasileiro

em destaque aqui na redação a gente volta já já.

Vinheta característica do intervalo do programa Redação Sportv.

Segundo bloco.

Vinheta característica do programa anuncia volta do intervalo comercial.

Rizek: O Redação está de volta hoje com o Chico Maia colunista do jornal o Tempo

de minas gerais, o Sérgio Xavier filho diretor da revista Playboy e comentarista da

rádio Band meus.

E vocês conosco na internet fazendo o Redação diariamente(em GC o Twitter na

tela)

Olha, a rodada do Campeonato Brasileiro Série A,que começa hoje, a gente coloca

os jogos na sua tela:

Na tela ilustração de imagens da rodada do Campeonato Brasileiro.

Rizek: E às 7h30 da noite, a transmissão começa 6h30 com Internacional e

Palmeiras.

O canal campeão mostrar para todo Brasil menos para Rio Grande do Sul que

acompanha esse jogo no canal premier. Ai tem Ponte Preta e Vasco, Atlético Mineiro

e Havaí Figueirense Atlético paranaense, Corinthians e Grêmio na arena do

Corinthians transmissão do premier, Santos e São Paulo na Vila Belmiro, e Curitiba

e Fluminense no Couto Pereira. Amanhã tem Goiás esporte, Flamengo e Cruzeiro

para todo Brasil menos para o Rio de Janeiro, Joinville e Chapecoense. Esse jogo

seria hoje Joinville Chapecoense, mas foi adiado para amanhã. A classificação do

Campeonato Brasileiro até pra vocês entender o que está em jogo desses jogos São

o seguinte são seguinte não é a seguinte. O Corinthians é o líder o galão Segundo o

grêmio terceiro. Se o grêmio derrotar o Corinthians hoje a diferença entre os dois cai

para 3 pontos. E o Atlético Mineiro pode ter essa diferença diminuída para 2 pontos.

Page 163: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

163

Ou seja, rodada de hoje pode colocar o Atlético Mineiro, dependendo apenas disse

para ser campeão

Xavier: O Atlético se vencer então vai para 49.

Rizek: Vai para 48, você está dizendo que uma vitória vale quatro pontos, para

compensar os erros e arbitragem.

Risos...

Xavier: É que eu estou enxergando mal daqui, perdão perdão. Não mas Atlético

Mineiro não merece um pontinho a mais.

Rizek: Pode ser seria uma boa compensação pelos últimos erros

Maia: vamos defender isso no tribunal.

Rizek: Mas com o atlético vai receber o Corinthians em Belo Horizonte aí se o

Corinthians perder aí o Galo passa a depender apenas de suas forças para ser

campeão. O São Paulo fecha dia quatro aí ele é seguido pelo Atlético paranaense,

Flamengo tem chance de entrar no G4 já nessa rodada. Aí tem o Palmeiras, o

Santos, o Fluminense e o esporte na primeira página. Depois vem o Internacional

ainda tentando se decidir para onde vai nesse campeonato brasileiro, acha que

conhece, Cruzeiro do técnico Mano Menezes. A ponte preta Figueirense o Coritiba.

E na zona do rebaixamento Goiás, Avaí Joinville e o último colocado um capítulo à

parte, o Vasco da Gama.

Olha essa questão de arbitragem, olha só em Minas Gerais como jornais tem

abraçado a causa da Atlético. As informações do Atlético. Então no dia 17 o Estado

de Minas estampava.

Na tela imagens do jornal impresso Estado de Minas

Rizek: ‘Apito inimigo’. O Galo foi claramente prejudicado contra Chapecoense, na

derrota para Chapecoense, aconteceu um gol irregular do Apodi, Uma expulsão

muito mal feita de Eduardo Silva, essa é a manchete do estado de minas. Aí quando

Atlético enfrentou o Atlético paranaense.

Na tela imagens do jornal do Hoje em Dia.

Page 164: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

164

Rizek: Hoje em dia da afirmava que o filme se repetiu. De novo um erro quanto

Atlético Mineiro. E na foto não era uma imagem do jogo não, era uma foto da reação

dos atleticanos no Independência. E no jornal O Tempo onde trabalha o Chico Maia.

Imagina a tela o jornal O Tempo.

Ainda sobre a derrota do Atlético, para o Atlético Paranaense na semana passada

dava o destaque para o árbitro do jogo, o Marcelo de Lima Henrique. Não tinha foto

de personagem que marcou gol, personagem fez uma grande defesa o personagem

era juiz. E com a manchete: É preciso. Tanto para o Cruzeiro como pro Atlético

Mineiro, e que na avaliação do jornal também vinha sendo prejudicado. Aí depois,

tem Atlético Mineiro e Figueirense Copa do Brasil, também muita reclamação.

Na tela o Estado de Minas.

Rizek: Derrotado até no apito, a imprensa mineira Chico Maia vem abraçando a

revolta?

Maia: O André, e com razão, e com razão porque foram os demais sabe, esse jogo

contra o Atlético do Paraná. Essa expulsão do Marcos Rocha foi inaceitável, o

Marcos Rocha ele balbuciou com árbitro e tomou cartão. E durante as partidas sabe

intimidação, se reportam aos jogadores do Atlético, um negócio estranho. Agora por

outro lado, o Atlético contra o Atlético do Paraná perdeu muitos gols, por exemplo,

perder oportunidades, e é preciso que a gente se lembra disso também. Então a

muitos erros contra Atlético, mas o time também dentro de campo andou deixando a

desejar. Contra o Goiás para exemplo, o Atlético fez uma péssima partida perdeu o

jogo em Goiânia e o time ficou usando como desculpa, o fato da umidade relativa do

ar, o gramado que tem dimensões maiores também tem isso, mas as arbitragens

andar o pesando e muitos jogos pesaram sim.

Rizek: E considere-se um privilegiado que a gente tem uma vinha aqui não sei se

você já viu, que um apito ecoa aqui no estúdio,

Se… O Apito soar no estúdio… Se alguém na opinião dos nossos diretores, que

hoje Fernando Alves diretora do programa sinal pinhão dela o assunto arbitragem

começar a ficar chato, e com apito e a gente tem que mudar de assunto. Mas você

Page 165: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

165

foi um privilegiado então entendeu que seu comentário foi justo com relação Atlético

Mineiro…

Maia: Obrigado, Fernanda!

Rizek: E Sérgio Xavier, você que editou atacado por tanto tempo por tantos anos, e

ler jornais diariamente o que você acha desse casamento de imprensa mineira e

volta atleticano. A imprensa mineira abraçando a revolta do Atlético nas manchetes.

Xavier: Eu acho que a gente teve aí uma, série de coincidências, a gente tem que

usar essa palavra porque, se isso for uma conspiração, se tiver algo, algum truque

alguma coisa alguém marcou alguma coisa, enfim a gente tem que provar, se não

pode provar tem que falar em coincidência não dá para passar disso. No caso do

Atlético olha foi uns três ou quatro jogos muito, uma situação muito complicada de

explicar. Eu não consigo explicar, por exemplo, porque a CBF escala bandeira que

só tinha, auxiliar, eles não gostam de ser chamado de bandeiras. O ciliar que você

tinha apitado série D. No jogo do vice-líder, do Atlético Mineiro na rodada passada.

Eu acho isso estranhíssimo, estranhíssimo. Assim como no jogo contra o

Corinthians, a história toda do Atlético não é só Atlético, eu Atlético e o Corinthians,

cruzando a combinação do líder e vice-líder. Nessa briga o Corinthians estaria sendo

favorecida. Eu acho que a CBF, perdeu uma chance enorme na escala de colocar o

juiz de Corinthians e Grêmio O juiz que não está em suspeito juiz em grande fase.

Rizek: Existisse ainda…

Xavier: Não, não existe, mas pelo menos o juiz FIFA.

Aí você coloca o juiz André Luiz Castro, que é um juiz que veio,tava aí dois meses

na geladeira, não é FIFA, você pede pra se incomodar né. Aí eu acho que tem uma

história de escala também. Na escala você acaba às vezes aumentando a suspeita,

aí eu acho que a CBF vai mal nisso.

Maia: O árbitro de hoje entre Atlético Mineiro e Havaí está de independência, que é

um caldeirão é a primeira vez que ele apita um jogo da séria.

Rizek: E é isso que o Levir reclamava, o Levir Culpi ter reclamado de árbitros

inexperientes, árbitros e assistentes, em profusão nos jogos do Atlético Mineiro. Eu

vou fazer contato agora com o Diogo Olivier, direto de Porto Alegre, Que para que

ele entre na discussão e faça o Redação conosco direto de Porto Alegre. Bom dia

Diogo Olivia seja bem-vindo Redação, tudo bem?

Tela dividida entre Rezek e Diogo Olivier.

Page 166: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

166

Oliver: Tudo joia, bom dia Rizek, bom dia Serginho, bom dia Chico. Estou tentando

me lembrar da última vez que eu vi pessoalmente, que eu que eu encontrei com os

dois aí na bancada. Serginho, foi no lançamento do livro dele aqui em Porto Alegre e

o Chico olha, a última vez que a gente se viu, Olha só foi indo para o Mineirão no set

a um no ônibus aquele da FIFA, que a todos os meus da listas credenciadas.

Precisamos nos encontrar numa situação melhor em Chico?

Maia: Maior prazer te ver e Diogo.

Rizek: Meta a sua colher na cumbuca aqui no de Campeonato Brasileiro.

Oliver: Eu te confesso que eu até imaginei que o Grêmio, como instituição fosse até

reclamar mais da indicação do André Castro para indicação para este jogo. Ouvi sim

por parte dos dirigentes, o presidente Romildo Bolzan o vice de futebol César

Pacheco, que ele é inexperiente. Já passou dos 40 anos, tá um tempão sem apitar

Série A, e mais do que isso lá em 2011 teve um episódio entre Grêmio e

Corinthians, que o Corinthians venceu por três a dois, que o Grêmio foi prejudicado

com um pênalti mal marcado a favor do Corinthians. Então essa é a confusão toda,

mas eu te confesso que até fiquei satisfeito, porque é muito em função do Roger dos

jogadores, o Grêmio acabou ficando um pouquinho de lado, inclusive na mídia

mesmo ele ficaram tratando mais do jogo em si. Hoje a Zero Hora por exemplo trata

do duelo Titi e Roger, o criador e criatura, são muito amigos conversaram sobre

futebol então fala mais de futebol do que arbitragem. Então esse é um ponto

positivo. Muito em função do Roger, isso eu acho bacana. O Roger entrevistas

coletivas ele acabou não trazendo esse assunto quando vi uma pergunta ele tirava

um pouco de arbitragem e falava do jogo. E olha que o grêmio tem muitos

problemas, vai jogar com cinco desfalques. Mas então, eu acho expositivo. Com

relação às questões do sorteio esse é um ponto fundamental, porque o jogo lá entre

Atlético e Avaí decide também a disputa do título, o árbitro é o Luís Teixeira que o

Chico citou aí, gaúcho é a primeira vez que ele apita Séria A. Então não sei se é isso

que ela foi feita antes do feriado da CBF não sei se pensar na importância dos jogos,

mas o fato é que é bom não dar chance pro azar, colocaram árbitro em suspeita, ou

escudo FIFA ele escudo para isso também, né? Para evitar imaginar comprou, etc.

Eu acho que isso aí, foi o erro da comissão de arbitragem não ter colocado árbitros

FIFA nos jogos que disputam título

Page 167: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

167

Xavier: Só pra completar Diogo Oliver, o que você está falando, eu acho que a regra

de escala, tem que ser muito cristalina. O jogo é grande tem que ser árbitro ciente,

tem árbitro de suspeito? Não tem! A gente sempre suspeita de todo mundo, é assim

que funciona.

Rizek: A gente suspeita pelo menos pra mim e da qualidade deles.

Xavier: é da qualidade deles, que seja, mas a gente nunca está satisfeito, a gente

não tem torcida organizada para juízo né? Heber, Heber, Heber!. Não tem isso,

certo? Heber Roberto Lopez que eu estou citando. Então assim, a gente sempre tem

algo contra o juiz. Então se pega aqueles que são menos criticados, aqueles que

têm um escudo FIFA, aqueles que já apitarem um jogo de copa do mundo, faz isso

pelo menos. E a CBF não tem feito.

Rizek: E olha natural que usar os com escudo FIFA, embora o Edilson Pereira de

Carvalho fosse árbitro FIFA, deixar isso claro. É que como o árbitro no Brasil não é

profissional, o cidadão que vai apitar um jogo, eu tomo muito cuidado para cobrar-lo

para que todo mundo que está ali é profissional. Jogador profissional, o técnico

profissional, o massagista profissional, o árbitro não! Então no sábado ou sexta-feira

ele trabalhou no emprego dele, ele vai pro jogo, tem que se condiciona sozinho,

arrumar um preparador físico sozinho se ele se machuca ele tem que estar sozinho,

tem que tratar de alimentação dele sozinho. E ele tem que se informar com a

comissão Nacional de arbitragem com as comissões sobre as novas

recomendações sozinho. E se aprimorar sozinho. É esse cara que a gente está

massacrando, e cobrando semana após semana. Um amador quando é árbitro FIFA

ele apita mais vezes ele ganha mais dinheiro e ele pode se dedicar mais arbitragem.

Então eu acho que isso também vai que a gente olhe para o árbitro FIFA com mais

rigor, tem menos condição de se preparar para grandes jogos. Agora falando de

futebol eu quero mostrar o que o Roger falou sobre Tite. E depois o que Tite falou

sobre jogo de hoje, vejam só:

No ar reportagem com entrevista e de técnico Titi e Roger Machado técnico

sobre. Durou cerca de um minuto.

Voltou à tela emAndré Rizek de volta estúdio.

Rizek: O Titi está se referindo a entrada do Edilson que hoje joga no Fagner que

está suspenso além do Elias que o outro desfalque do Corinthians.

Page 168: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

168

Eu acho que eu sou um dos poucos jornalistas que acho Fagner um bom lateral.

Xavier: Eu também acho.

Rizek: Eu também acho que.

Xavier: para mim foi melhor lateral do campeonato paulista é, mas o Titi tem um

outro desfalque importante. O Gil, Gil faz muita falta.

Rizek: Sim esse faz muita falta.

Xavier: Talvez seja grande de ficção do Corinthians…

Rizek: Porque o Dracena não tá legal não é.

Xavier: Ele não está numa grande face.

Rizek: Concordo contigo.

Maia: Até porque eu Dracena ainda não conseguiu explicar por que foi o

Corinthians, né. Até hoje ele não conseguiu se firmar lá e já jogadores, por exemplo,

vocês estão falando do Fagner. Jogam futebol que precisa ser jogado, é prático, ele

afetivo, rende, A relação custo benefício é muito boa do Fagner é.

Rizek: E o Corinthians, o Grêmio está falando.?

Imagem dividida entre André Rizek e Diogo Oliver.

O Diogo está trazendo essas informações aqui pra gente dar uma atualização do

Grêmio desde a rodada do fim de semana o Grêmio está falando em fazer o jogo

perfeito e, pra ganhar do Corinthians. Retrospecto do Corinthians Itaquera A mostra

muito disso ele perdeu um jogo que disputou a contra palmeiras.

Na tela gráfico com as informações do Corinthians.

E depois como mandante ele venceu todas as suas partidas e venceu intervenção

Figueirense ver se eu conte preta, vence o Atlético paranaense e, vence o Atlético

Mineiro, e o seu Vasco, venceu Sport, vence o Cruzeiro, venceu Fluminense. Ele

teve um jogo comandante fora da arena que foi contra Chapecoense, Em

Araraquara e venceu também e narina perder um jogo atenção todos os demais ele

é o melhor mandante do Campeonato Brasileiro, e aí o Edinho do grêmio fala sobre

o sofrimento que o grêmio tem que ter para sair de São Paulo com bom resultado.

Page 169: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

169

Quadro Abre Aspas. Rodou vinheta característica do quadro. Em seguida

entrevista do volante Edinho do grêmio. Duração cerca de um minuto a

entrevista.

Imagem volta para Rizek em plano médio,

Rizek: Não confundir com sofrência né o Diogo, que é um ritmo de músicas não

muito alegres que falam de amor .

Tela dividida entre Diogo e André Rezek.

Diogo: Eu acho que a gente pode dizer muito claramente sobre o Grêmio, a primeira

assim, Corinthians e Grêmio da montagem e os times são muito semelhantes, o

Roger e o Tite, eles montaram e remontarão tendo sempre que é montar seu time a

partir dos desfalques, Então tem uma semelhança dos dois. Mas eu tenho dito muito

aqui no Rio Grande do Sul que não dá, o Roger nos tirou direito de duvidar do

Grêmio.5 a 0 no Grenal, ninguém imaginava que fosse daquela maneira sem

problemas e arbitragem sem as porções do rival, com qualidade. Aí depois venceu

Atlético Mineiro daquela maneira jogando muito bem no Mineirão. Um dos melhores

times do campeonato e agora o grêmio está numa situação muito semelhante,

porque vai para um jogo muito importante fora de casa com cinco desfalques muito

desfalque é bastante gente. De última hora o Maicon e o Fernandinho não viajaram

Sentir as suas lesões. Edinho que a gente vai falando não tem muitos perfis do

Maicon, é um jogador eminentemente de defesa e. Marcar um jogador que faz a

transição ofensiva é o cara que mais toca na bola no grêmio, É o cara que mais toca

na bola no grêmio pra você ter uma ideia. O Bobo se movimenta, o Luan que a joia

do grêmio. Então assim os desfalques são muito fortes no Grêmio. Marcelo Grohe o

menino Tiago da base, a torcida reclama que não tem saído mal do gol e. Tem saído

afobado do gol. . Erazo é mais jogador que Bresan. Então grêmio tem muitos

desfalques, mas o Grêmio do Roger, acho que a gente não tem mais direito de

duvidar do time, em função do que ele conseguiu fazer. É claro que o Corinthians é

favorito, primeiro que é líder do campeonato, segundo porque tem o melhor treinador

do Brasil É, Titi de separadamente o melhor treinador do Brasil. Consegue resolver

os seus problemas de reforços jogo em casa fator local. Fator local é fundamental no

Page 170: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

170

futebol. Então é claro que o Corinthians é favorita por tudo isso, inclusive o meu

juízo tem menos desfalques importantes que o Grêmio desses cincos que eu falei aí.

Mas não dá pra duvidar do grêmio estou Roger né, quando você menos imagina ele

consegue se reagrupar e fizer o enfrentamento importante. Então eu acho que é isso

aí, o Corinthians é favorito, mas é difícil duvidar do que o Roger conseguiu mostrar

nos momentos mais difíceis ele sempre consegue tirar um coelho da cartola e regras

para o Grêmio.

Tela dividida entre Rezek e Diogo Oliver.

Rizek: O Diogo citou umas quatro vezes que o Corinthians é favorito vocês

concordam?

Maia: Pelo que ele está falando, por tudo que a gente tem visto é um jogo pra

empate. Porque praticamente dois times se parecem, o pupilo contra o mestre, em

termos técnicos as equipes também sei que valem, o jogo está parecendo um

empate, pro Galo não é ruim um empate segura os dois…

Rizek: É uma previsão com cara de torcida aqui do Chico Maia. Sérgio Xavier você

também vai comentar o jogo hoje?

Xavier: Sim também vou comentar hoje pela Band News o jogo, e o jogo vai ser

interessante pelo seguinte o Corinthians tem essa força toda Itaquera, o Corinthians

está vendi uma invencibilidade boa, são vários jogos.

Rezek: 15 jogos dois pontos…

Xavier:15 jogos dois pontos, é bastante coisa o Corinthians em relação ao Grêmio

é, o Diogo citou jogo contra Atlético Mineiro. Mas eu atestado e o outro jogo contra

Fluminense, um time grande que o grêmio conseguiu jogar. O grêmio estou com um

a menos quanto Fluminense perdeu de um a zero mas até conseguir jogar, quer

dizer então crime contra os grandes fora tem ido bem, tem ido...

Rizek: Derrotou Galo.

Maia: É verdade.

Xavier: A grande a grande lição é contra o São Paulo. Esse foi um jogo muito ruim

do grêmio né aí tem que perguntar pro Diogo quem é quem é que vai ser o

companheiro de ataque bobo, se vai ser mesmo o Rocha ou sentir repente é O

mamute, jogador de mais força Não sei, se ele tem condição de jogo?

Page 171: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

171

Diogo: os treinos indicou que vai ser o Pedro Rocha, jogando como meio extrema, o

Grêmio joga no 4-2-3-1. Ali pelo lado esquerdo Fernandinho como eu disse vinha

sendo titular nos dois últimos jogos, mas sentiu lesão e não jogo quem treinou foi o

Pedro Rocha, o mamute ele vem de uma lesão, e volta de uma lesão ele entrou no

último jogo bem mesmo, mas ele está sem ritmo ele fica para o segundo tempo

como alternativa até porque o Roger precisa disso também né precisa de um

jogador em segundo plano que possa mudar a partida, e Mamute conseguiu fazer

isso no último jogo. Então o Mamute fica no banco, O Pedro Rocha ficou lado do

Bobo (tela dividida)

Rizek: E hoje paulistas e gaúchos se enfrentam em dose dupla mais cedo na pelo

canal campeão tenha se jogasse Internacional e Palmeiras para todo Brasil menos

para o Rio Grande do Sul. E aí tem muita gente no Twitter me perguntando se esse

é um divisor de águas para o Internacional, eu já cansei de ver de jogos divisores de

águas para o Internacional.

Diogo: O Inter está como Moisés, assim dividindo águas. Não, acho ao contrário, é

um jogo meio melancólico, para o Inter só pra gente ver assim o parâmetro a

diferença do Inter para o líder que o Corinthians é de nove pontos a gente está

recém virando turma é muito. O Inter está muito atrasado. De novo que eu entrava

enfrentar o adversário muito desfalcado, foi assim que eu entre em frente ao São

Paulo com 11 ou 12 ausências, somando titulares e reservas. É o caso agora do

jogo contra palmeiras como palmeiras não tem todo não tem Gabriel Jesus, não tem

Lucas. Não tem Arouca, não tem um monte de gente. E o Inter vai praticamente o

time titular, só não tenho a lição que está com a Seleção Brasileira, o da Alessandro

volta. Então é um time praticamente, é a sua força máxima, o seu time titular.

Ermando zagueiro vai ser preservado jogou a 14 jogos não tem condições. Mas de

qualquer maneira quase que eu força máxima, Vitinho volta. Mas o Inter, ele vive,

Rizek e amigos, meio que uma fase da adolescência. Em casa consegue correr e

consegue até ganhar os jogos, mas fora de casa o enfrentamento do Iinter é de

22%. Mas enquanto então não vai ser adversário fora de casa do seu tamanho, que

seja um rival, sei lá pensar no dia quatro, porque a vitória fora de casa que ela deu

nota consistência, mecânica viva padrão de ver, Esse comportamento fora.

Enquanto não acontecer isso o Inter vai ser meio… Essa coisa, lá em cima e

embaixo, então o Inter não inspira confiança nos seus torcedores, o jogo é um jogo

um pouco melancólico, porque o Inter não pode pensar em dia G4 agora. O Inter

Page 172: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

172

tem sete times entre ele, e o último colocado que o São Paulo entre eles no meio

tem santo Flamengo então não pode pensar G4 agora. Eu então o Inter entra na

verdade pra vencer e não namorar lá na zona do rebaixamento, o Inter está mais

perto da zona do rebaixamento com seis pontos do que 27 pontos G4. Então esse é

o contexto do Inter, uma certa melancolia, tem que vencer pra daqui a pouco não se

incomodar, com Z4. É um time instável, e ele só vai recuperar essa estabilidade, ou

dar um mínimo de confiança pro torcedor quando ele conseguir ter um padrão

mínimo de fora de casa porque até agora o time fora e dentro de casa são muito

diferentes nos dois casos.

Tela dividida entre Rizek e Diogo Oliver.

Rizek: Duelo entre Palmeiras duelos em duas frentes porque eles são adversários

na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro. E esse é o destaque da Zero Hora.

Na tela imagem do jornal Zero Hora versão impressa.

Rizek: É a prévia da Copa do Brasil, o primeiro de três encontros. Fico pensando se

os técnicos já usa uma partida como essa.

Imagem de novo no estúdio em plano aberto na bancada.

Rizek: Tudo bem o Inter tem que somar. Mas se o Argel está certo, Marcelo também

está em não fazer esse um jogo com um laboratório, ou será que não fazem?

Xavier: Eu acho que o Palmeiras não pode se dar o luxo de desprezar o

Campeonato Brasileiro, não eu quero Copa do Brasil eu vou jogar o campeonato

brasileiro só pra olhar. É que não só pra olhar o adversário,

Xavier: Mas você não vai poupar um jogador.

Rizek: Não dá pra fazer isso.

Xavier: Ainda que na copa do Brasil, é a prioridade dos dois né o jeito mais fácil de

acabar o ano melhor, mas os dois tem chances de buscar G4. E o Inter tem 22% de

aproveitamento, só tente lembrar que nessas as 22% tem uma vitória contra

Joinville. Que é que certamente levou percentual, então natalidade se a gente for ver

o resto o percentual e mais baixo ainda o Internacional está indo muito mal fora. Mas

Page 173: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

173

em casa vai bem, não sei se você tem um número mais em casa chegar perto de

70%. Então é, quer dizer dar pro Internacional, eu acho que o Inter favorito hoje por

exemplo quando Palmeiras jogando em casa, palmeiras muito desfalcado linha e

uma batalha contra o Corinthians que unicamente não foi legal , Era pro palmeiras

ter vencido coríntios. E agora vai jogar contra o Inter que precisa mesmo que vou de

uma vitória se não se afunda mesmo e fica mais próximo do rebaixamento.

Maia: E essa diferença de Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro, às vezes o

torcedor e depois alguma coisa na cabeça, lá em Belo Horizonte o torcedor do

Cruzeiro era cismado com Marcelo Oliveira: que não sabia jogar competições mata-

mata. Quer dizer uma grande bobagem. O jogador às vezes falho num lance e o

treinador que é culpado, então Marcelo fazia uma ótima campanha no Brasileiro, aí e

a mão na Copa do Brasil, está vendo não sabe jogar mata-mata, uma grande

besteira.

Rizek: Olha vamos falar agora da punição do Dudu, o Dudu não joga hoje porque

ele está suspenso com três cartões amarelos, por isso não jogar hoje, e ontem o

STJD julgou o atacante Palmeirense, porque ele tinha uma pena em primeira

estância de 180 dias, e essa punição foi reduzida para seis jogos roda nossa vinheta

de quando falamos do STJD

Rodou uma vinheta do desenho animado da Super Liga da Justiça.

Rizek: As forças poderosas jamais vencidas, fizeram acordo com Palmeiras pra não

acontecer um julgamento que estava marcado para amanhã. Então foi feito um

acordo E a pena de 180 Dias foi reduzida para apenas seis jogos, a gente tentou

contato com palmeiras que nos informou que não tem interesse de se manifestar

sobre o assunto. Ao que informar o Palmeiras é que decisão de tribunal se cumprir e

não se discute e o Palmeiras não quer explicar esse acordo. E repito como jornalista

eu nunca tinha visto isso pode ser que têm acontecido várias vezes, eu nunca não

me lembro.

Xavier: Desde que a decisão seja favor né, porque quando a decisão encontra o dia

gente se manifesta sinta mesmo então vamos deixar claro, não dessa história gente

não fala’. Inclusive o Palmeiras costuma se manifestar abre a boca, mas como a

decisão é bem favorável ao Palmeiras, dessa vez gente não vai falar.

Page 174: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

174

Rizek: Agora vou dizer uma coisa pra vocês, eu acho que ele exagerado, uso do

que já comprei dois jogos vai cumprir mais quatro sem contar o de hoje que ele está

estava suspenso. A gente roda imagens que levou a suspensão do Dudu.

Na tela imagem do que levou suspensão Dudu.

Rizek: Foi no campeonato paulista, Eu acho que 180 dias sem poder jogar para mim

exagero não sei o que vocês pensam disso.

Maia: Mas nem ser julgado.

Rizek: É o que eu queria entender e você cair de forma tão abrupta de 180 para

sem jogos. Ele pegou muito mal mas 180 dias me parece um pouco chato demais.

Xavier: Eu não sei, essa é uma agressão muito clara, muito clara ao contrário

aquela das pedras, ao contrário não, aquela do pé atrás É menos clara do que ele

tentou fazer ele tentou dar um empurrão no juiz. É agressão. E o código é claro

agressão é no mínimo 180 dias.

Maia: É terrível. Ele saiu de onde ele estava para ir atrás do árbitro.

Xavier: Olha só.

Rizek: Mas vocês entender o que se jogos ficou barato…

Xavier: Muito barato…

Rizek: E você Diogo Olivier?

Diogo: Eu acho que seis jogos ficaram barato também, pegando esse gancho aí eu

acho que ele tem uma questão educativa. Como assim, vendo a imagem como

espectador, poucas cenas são tão agressivos como essa. Porque o árbitro ele

autoridade dentro do campo. Fique imaginando assim você explicar pra uma criança

que o jogador agride um hábito dessa maneira e depois ele continua jogando porque

ele é uma agressão. Porque a criança jogando lá na escolinha ela aprende que não

pode bater no arbítrio, que tem que obedecer ao que ele disse. Inclusive professoras

vez que é o hábito ali em primeira estância na escola como você disse uma criança

de nove anos que o árbitro agredido e depois jogador continuar jogando. Então

tenho sentido educativo aí nesse episódio. Eu acho que nesses casos a gente pode

até discutir além depois, mas com cancele essa liberdade democrática é isso se

cumpra a lei 180 dias e 130 dias. Você vai mudar ou não, mas você tem que cumprir

a lei o fato é que agredir o arbitro é um precedente muito perigoso, muito perigosa e

um dos problemas do Brasil não é nem do futebol é justamente a falta de punição.

Page 175: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

175

Se você pode uma vez duvido que isso se perpetue. Então eu acho que é muito

simples comprasse a lei, e é algo gravíssimo agredia autoridade do hábito diz não

sou mesmo no futebol mas por essa questão educativa. Futebol é praticado por

meninos do Brasil inteiro. Todo mundo quer ser jogador de futebol e tal quando a

gente foi piar como se diz aqui no Rio Grande do Sul e ele precisa educar também,

esse é um caso clássico de educação.

Maia: O Diogo lembrou muito bem hoje usar dutos tem orientação de expulsar

qualquer abordagem, chega seja de treinador, jogador O camarada falou opa já está

expulso. Marcos Rocha nesse penúltimo jogo. E poxa, o Dudu xingou na expressão

labial dá pra notar que ele falou monte de palavrão, e agrediu quase que impune.

Uma vez defende aqui no Redação não sei se você se lembra André, que o tribunal

não tive existir aqui te via seguir O que ocorre no Europa na Inglaterra por exemplo

tem um código comprasse aquele código tudo mais e pronto.

Rizek: Tribunal de pequenas causas.

Maia: Tribunal de pequenas, nós temos tribunais as federações e o STJD está

completamente desmoralizado por causa de situações como essa.

Xavier: Mas o negócio absurdo não é nem sexy seis jogos, 12 15 um mês dois

meses. E ter um acordo, não tem julgamento isso é muito doido, nunca tinha visto

isso…

Rizek: A gente está buscando informações, pelo menos o Palmeiras não se

pronunciou a gente está tentando contato com membros do tribunal. E depois, no

próximo bloco a gente fala sobre julgamento do Émerson sheik que podia pegar até

seis jogos e vou pra ofender o árbitro da partida Flamengo e Vasco transmissão da

TV Globo. E pegar um jogo. Diogo Oliver um grande abraço (tela dividida) A gente

se encontra amanhã aqui na redação combinado?

Diogo: está bem um abraço Chico vamos se encontrar no jogo que não seja 7 a1

abraço, Rizek...

Maia: Valeu Diogo Belo Horizonte está sentindo sua falta…

Rizek: No próximo bloco a gente vai Recife falar de Série B, rodada fantástica,

infelizmente mais uma vez selvageria as torcidas organizadas no Recife. E mais

Séria A. Tudo isso na Redação, o Redação volta já, já. E lembrar vocês, hoje às

9h30 da noite tem futebol campeão na tela do Sportv. Os gols que foram saindo ao

longo dos jogos das dez horas, como fica a classificação em tempo real, se seu time

Page 176: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

176

subiu desceu, tudo isso ao vivo a partir das 9h30 da noite futebol campeão, e

Redação volta já.

Roda vinheta e trilha característica anunciando o intervalo

Terceiro bloco

Roda vinheta e trilha característica anunciando a volta do intervalo.

Rizek: O Redação está de volta hoje com o Chico Maia, e o Sérgio Xavier Filho

vocês participam conosco pela internet e agora nós vamos começar com George

Guilherme ao vivo conosco direto do Recife. Bom dia George, bem-vindo Redação,

Tudo bem por aí?

Tela dividida entre George e Rezek.

George: Bom dia Chico bom dia Sérgio Xavier. Quarta-feira cheia de assuntos.

Rizek: Cheia de assunto. Eu quero começar talvez perguntando, uma menos

relevante delas, que o assunto bem divertido o Íbis. George, pra quem não é de

Pernambuco tem aquele imaginário cheio de piada, só serve como piada nacional,

conta pra gente como é a relação da imprensa pernambucana com Íbis George

Guilherme.

George: Olhe dizer assim, durante muito tempo o time dos pernambucanos era o

América. E com altos e baixos, fechou as portas, e o Íbis assumiu isso até por conta

desse tom de piadas, por ser engraçado se assumir o pior time do mundo quem faz

a direção do Íbis lá, que é o presidente um cara muito experiente, ele não gosta

muito dessa história. Ele entra pra subir pra primeira divisão e assim ele joga a

segunda divisão do estadual e sobe ocasionalmente. Torcedor pernambucano tem

curiosidade sobre o Íbis. E por conta disso a imprensa sempre embarcar nessa

história, a própria imprensa que criou isso no final dos anos 70 início dos anos 80

que eles ficou quatro anos sem vencer um jogo, e aí foi surgiu, foi batizado de o pior

time do mundo. E aí o apelido pegou, a camisa que venda nas lojas, está escrito em

cima do escudo o pior time do mundo, e isso assim mesmo time realmente disso e

com esses torcedores. E com isso os torcedores aqueles que gostam do Íbis e

aqueles que acompanham o Íbis. E curiosamente nesse final de semana O Íbis

Page 177: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

177

consegue a maior goleada da história, venceu por oito a dois então vocês imaginam,

foi o assunto do domingo da segunda-feira todo mundo comentando a vitória do Íbis.

E a gente viu, Rizek, a gente foi até a cidade de Timbaúba, na zona da mata aqui

fica 100 quilômetros do Recife, e a cidade ‘tá’ balada por que perder de oito pro Íbis,

imagina né?

Rizek: E o jornal de Pernambuco que é um jornal popular?

George: Depois dessa derrota do Timbaúba pela Séria A Dois do Pernambucano

cutucou esporte: Na moral esporte até o Íbis venceu. E o clube, todo mundo já teve

um apelido maldoso na infância sabe que a melhor maneira de lidar com ele abraçar

o apelido. Não tem como você brigar com esse apelido

Xavier: Isso é que eu só queria perguntar uma coisa por George, que é o seguinte,

isso é um treinador começa empilhar as vitórias, ele fica instável né ele vai, se

começou ganhar muito olha você vai cair.

Rizek: Você está criticando nosso marketing é isso George.

George: Tem isso né. O maior ídolo do Íbis, o Mauro shampoo, já participou

documentários pra vários programas, e o Paulo shampoo tem um hora orgulho de

nunca ter marcado um gol por uma década no Íbis, e assim é o maior ídolo por isso

que perdeu gol incrível, ele é cabeleireiro. E o Íbis tem essa de ter jogadores que

trabalham e que não vivem apenas do futebol. Mas sem esquecer a gente falou

treinador começa ganhar muito tem essa de ser demitido, e quanto mais é perdido

gol melhorar o atacante. Pelo menos por torcedores esses que está movimentando

redes sociais, que vão os jogos tem os torcedores aí chamados íbis mania,

acompanhou o ìbis. E assim o pessoal da direção do Íbis, ele não gosta muito pra

ele e ele leva sério, ele é íbis mesmo, não que os outros não seja. Mas ele quer

subir de divisão, quer jogar a primeira divisão mas o torcedor quando O técnico

começa empilhar vitórias, por exemplo vai ter jogo de novo do Íbis, já pensou se o

time coloca oito de novo, já balançando cargo.

Rizek: E aí seu Íbis começa ganhar fica ruim de fazer piadas como esse. Como

clube fez no seu Twitter.

Imagens da charge do Íbis no Twitter.

Maia: O George, avisa pro pessoal de Timbaúba rir pra não ficar tão triste, que afinal

a seleção brasileira tomou de sete da Alemanha o que é tomar de oito do Íbis?

Page 178: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

178

George: Chico, o mais incrível. É o seguinte a gente foi lá ontem com a reportagem

mostrar como está a cidade de Timbaúba né e foi no treino do Timbaúba jogadores

envergonhados. Mais incrível foi o goleiro que levou os oito gols, O Arlindo era o

goleiro reserva a história pitoresca demais, o treinador de goleiros isso que eu filmo

voz de Deus que era pra colocar o goleiro reserva, Aí vai goleiro reserva tomar oito

gols. O goleiro reserva o Arlindo resolvi abandonar o futebol não quero mais jogar,

tomar oito gols do Íbis não dá. O argumento, do empresário dormindo, ele tem

empresário O Arlindo. ‘ O Júlio César tomou sete caras, tomar oito não é o fim do

mundo.’ Imagina como futebol é maravilhoso.

Rizek: Olha e vamos falar agora de times que jogam pra ganhar. O Paysandu ontem

conseguir um resultado excepcional para sua intenção de voltar a Série A. Ele

venceu sentindo Recife e assumiu segunda posição conta pra gente o George

quanto rodamos os gols.

Na tela os melhores momentos da partida.

George: É verdade isso é que eu jogo muito bom de ver Santa Cruz teve várias

oportunidades o Marcelo, técnico do Santa falou durante o jogo, depois entrevista

coletiva na verdade, que foi uma das melhores parte do Santa Cruz em casa, e foi

mesmo. Mas o Paysandu foi muito eficiente, fez uma zero e depois um pênalti

comente de cima do João Paulo o grafite fez para empatar um a um. E é curioso que

quando santa criou boas chances tava ali pressionando o Paysandu fez dois a um.

Vou pedir ajuda aqui dos universitários pra quem fez o segundo gol, Betinho ele

mesmo. O Betinho jogo aqui foi campeão pelo Santa Cruz, e ele entrou e fez esse

gol aí na saída do Tiago Cardoso. Uma vitória importantíssima pro Paysandu que ele

está lá na parte de cima da tabela. E o Santa Cruz que tinha uma boa campanha,

leva cervejas aí e fica aí agora as seis pontos do G4, da uma esfriada ir no ânimo

tricolor pra subi, viu o Rizek.

Rizek: Sem dúvida e a anima muito Paysandu. Agora o desânimo mesmo George,

que Recife está sofrendo demais com a guerra das organizadas. Talvez nesse

momento seja capital mais crítica com as organizadas. E ontem a capital

pernambucana viveu mais um dia triste? Conta pra gente?

George: É verdade Rizek, porque antigamente durante muito tempo na verdade, as

guerras das torcidas é era em dia de clássicos. Uma torcida, de três grandes clubes

Page 179: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

179

aqui da capital, está virando moda isso a torcida do Paysandu, essa coisa de ser

adiada da torcida organizada do Náutico, atos e tudo Náutico recebeu a torcida do

Paysandu e depois do jogo foram lá pra frente dos aflitos fica a 3 km do Arruda e eu

estou seguindo Santa Cruz, fui até a casa do Náutico nos aflitos na sede do Náutico

ficar lá. E começou uma chuva de pedras muitas confusões, briga generalizada os

pontos 20 minutos de pancadaria, quebrar um vidro de carros, um bairro de classe

média alta, destruíram de lojas padarias. Não faz muito tempo, um ano aquele

aconteceu parecido com o mesmo tipo de situação o torcedor do Sport estava na

torcida do Paraná e aqueles torcedores, torcedores não, bandidos maloqueiros de o

Santa Cruz jogar um vaso sanitário E não era um jogo de Santa e Sport, era Santa e

Paraná. Foram presos, felizmente um vai passar 28 anos na cadeia o outro 25 e o

outro 22. Mas, ou seja, agora abriga não é mais entre os clubes. A gente a torcida

aliada do clube rival, qual é o próximo passo ninguém né, porque todo jogo agora

virou jogo de risco. Porque todos os clubes têm torcidas aliados em todos os cantos,

todo jogo é um motivo pra te quebra pau pancadaria é uma situação, lamentável. E

assim programa de esporte tem que ficar falando de polícia assunto de polícia, mas

é preocupante quando está na frente de um clube, e aí a diretoria do Náutico

existem imagens sendo repercutidas tem pra todas dentro do clube dentro do

Náutico durante o dia estavam... Uma das bandeiras desse grupo que assumiu

náutica dois anos que a romper com as torcidas organizadas. E por enquanto, só

quem rompeu com as torcida foi o diretor e do Sport. Rompeu, embora tenham sidos

expulsos dos quadros de sócio. E agora estou no jeito que essas torcidas

organizadas do Sport não assista jogo do Sport, lá quando Sport jogar fora porque já

teve agora no jogo contra o Coritiba torcedores do Sport brigando ,lá não torcedores,

digo bandidos, maloqueiros que vão para outros lugares para brigar. Então assim,

Sport de fato está rompendo mais outros dois. O Náutico prometeu e não se fala

nisso. No Santa Cruz está tudo bem, nada de errado, mas a gente fica refém né. O

negócio é quatro quilômetros no estádio às 10 horas da noite numa avenida principal

aqui da cidade 20 minutos fechadas 40 policiais que deveria estar nas ruas agora

estavam lá no estádio da cidade.

Rizek: O Sport chegou até a ter, torcida jovem, De uma salinha na ilha do retiro, E

agora o esporte cortou todo relação que tinha acontecido jovem aí eu note que vai lá

e abre as portas do seu clube pra receber organizada do Paysandu, e aí deu no que

deu inacreditável! Agora voltando a falar de futebol. América ontem conseguiu um

Page 180: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

180

feito. Sampaio Correia estava invicto em casa e perdeu ontem do América. Vamos

rodar gols.

Imagens da partida na tela.

Aqui o Rodrigo Souza fez o primeiro do América e o Richarlison fez o segundo,

grande feito do América. Briga pra subi.

Maia: É fantástico, o América teve uma queda de produção nas últimas cinco

rodadas, perdendo inclusive em casa para Luverdense, que foi uma ducha fria

também na semana passada. E ontem surpreendentemente, casa cheia aniversário

de São Luís 17 mil pagantes, América surpreendeu dois a zero. O Sampaio Corrêa

dirigido pelo Leo Condé, que foi vice-campeão mineiro com a Caldense este ano.

Excelente treinador. É um técnico emergente no Campeonato Brasileiro. América

conseguiu esse feito fantástico, para dar um novo fôlego, um novo ânimo ao

América, que começa brigar de novo por uma das quatro posições, visando a Séria

A.

Rizek: E George os dois times baianos venceram, conta pra gente das vitórias, do

Vitória primeiro e depois da vitória do Bahia.

Lances da partida.

George: Vitória importantíssima do Vitoria porque foi lá em Criciúma. O Vitória abril

dois a zero com gol de Rainer. O Rainer jogo aqui no Náutico passou um ano e não

fez um golzinho. Desencantou no Vitória e estava no Fluminense também não

conseguiu fazer muitos gols, mas o Vitória está aí de bem com as redes. O Vitória

fez dois a zero com Rainer e o Criciúma empatou jogo, conseguiu um empate, um

pouco mais de 22 minutos do segundo tempo. E quando parecia que time não ia

conseguir reagir, faz três a dois no final com belo chute, no final do jogo, 31 poucos

minutos. Uma vitória importantíssima porque faz com que o Vitória fica na parte de

cima da tabela. E como disse, ganhar do Criciúma lá em Santa Catarina não tem

sido fácil, aí o belíssimo gol, terceiro gol. Eu perdi o gol perdi o terceiro gol e Rizek...

Rizek: Tenório…

George: Isso terceiro gol do Vitória, canta pra mim aqui Rezek. Isso é um belíssimo

gol terceiro gol do Vitória. E o Bahia é uma vitória chorada, um gol chorado sobre

Page 181: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

181

Macaé uma zero. Mas também uma vitória importantíssima porque o tricolor da boa

terra continua ali na parte de cima, importante viu, Rizek. Sampaio também está

bem apesar de ter perdido em casa no dia do aniversário de São Luís 403 anos se

não me engano, o estádio tava cheio. O jogo foi mais cedo. Mas o importante mais

importante é que o panorama que vários clubes Nordeste têm chance, Vitória Bahia

Sampaio Corrêa, Santa Cruz e Náutico mais distante, mas ainda tem chance de

subir, então é legal por futebol aqui da região, Rizek.

Tela dividida.

Rizek: valeu George grande abraço pra você até a próxima aqui no Redação.

George: Abraço Rizek, abraço Sérgio estou esperando ele vim lançar um livro aqui

no Recife abraço Chico.

Rizek : A classificação do campeonato da Série B está na sua tela

Na tela classificação da Série B.

Rizek: A manchete do Botafogo ou as manchetes Botafogo para Sassá.

Na tela Jornal Extra.

Rizek: No finzinho do jogo de novo o Sassá salvo o Botafogo

Na tela Jornal o Lance.

Rizek: Sassá gol de novo.

Rizek: Vamos aos gols da vitória do Botafogo sobre o Paraná que sai na frente com

Gustavo abrindo o placar um a zero.

Na tela imagens dos gols entre Botafogo e Paraná.

Rizek: E aí vem os dois golaços, esse é o primeiro e daí o segundo. Botafogo líder

da Série B do Campeonato Brasileiro. E isso acalma muito o Botafogo. Botafogo que

viveu tempos turbulentos, que ficou bem ameaçado de ser no dia quatro e volto a ter

Page 182: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

182

uma sequência, na qual respira aliviado. Vamos fazer aqui, mais um intervalo

comercial rápido e no próximo bloco a gente vai falar mais de Campeonato

Brasileiro, vamos falar também de tênis, O Redação volta já, já.

Roda trilha característica anunciando o intervalo.

Quarto Bloco

Roda trilha característica anunciando a volta do intervalo.

Rizek: Redação está de volta hoje com o Chico Maia, Sérgio Xavier filho na

bancada. E agora o repórter Bem-Hur Correia falar com a gente ao vivo da

exposição de 20 anos do comitê para olímpico do Rio de Janeiro bom dia Bem-

Hurbem-vindo Redação.

Uma entrevista ao vivo do repórter Bem-Hur Correia ao vivo da praia de

Copacabana entrevista com André Brasil sete vezes campeão para olímpico.

Câmera plano aberto na bancada volta ao estúdio.

Rizek: Valeu Ben-Hur Correia grande abraço, pra você e o André até a próxima aqui

no Redação. Agora Chico Maia, hoje o Atlético Mineiro joga quanto Avaí que é o

décimo oitavo colocado e a manchete para qual você escreve o tempo é uma

manchete preocupada com o desempenho do Galo quando enfrenta times na parte

de baixo da tabela.

Na tela imagens do Jornal o Tempo.

Rizek: Então a reportagem cita que ele sofreu pra derrotar o Joinville, em casa por

um a zero na nona rodada, aí derrotou o Coritiba e o Figueirense também com

sofrimento.

Na tela imagem da dos confrontos do Atlético Mineiro.

Page 183: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

183

Rizek: Depois ele teve um empate com Goiás, ele perdeu pra Chapecoense, e pela

Copa do Brasil ele perdeu pro Figueirense em casa. E contra o Vasco ele atropelou

como todo mundo vem fazendo contra o Vasco. Mas eu te pergunto, o Galo,na sua

opinião, vai pior contra times da parte de baixo? Você tem sentido isso?

Maia: André faz sentido porque parece que eu tive dar uma relaxada, e acha que o

jogo vai sair naturalmente contra o Vasco, por exemplo, o Atlético fez um jogo

horrível, venceu por dois a um, mas entrou com aquela preguiça semelhante ao jogo

dele contra Goiás, quando inadmissível mente o Atlético andou em campo. Ficou

satisfeito com zero a zero, foi permitido que o Corinthians fosse gostando, e

Corinthians acabou passando o Atlético na busca pelo título brasileiro. Hoje contra o

Avaí e mais um jogo desses que fica essa expectativa, porque tem aquela história o

time está numa briga agora não, não pode mais perder mais pontos, principalmente

dentro de casa e hoje certamente haverá uma postura diferente. Desse jogo contra

vai. Contando com o apoio da torcida, e está de dependência faz muita diferença a

favor do Galo.

Rizek: Sérgio Xavier, olha só esse gráfico na folha de São Paulo, que ilustra muito

bem a situação de Santos e São Paulo no campeonato brasileiro, justamente o

gráfico não tem.

Na tela imagem do jornal Folha de São Paulo imagem da matéria.

Rizek: Eu penso que a gente refaça essa página porque eu queria o gráfico que

mostra a trajetória do Santos e do São Paulo, na Folha de São Paulo. E o Santos

subindo e o São Paulo irregular, eu queria grafou quando a gente tiver pronto por

favor a gente mostra. Depois então a gente fala do jogo do clássico da Vila Belmiro.

Falar agora do Émerson sheik enquanto a gente faz essa página, o Sheik foi

denunciado pelo que ele fez no jogo contra o Vasco pela Copa do Brasil vamos

refrescar a sua memória veja.

Rodou a matéria do jogador Sheik.

Rizek: O árbitro é o Wilton Pereira Sampaio, isso foi no intervalo jogo de volta entre

Flamengo e Vasco transmissão da TV Globo, Copa do Brasil. Ele foi denunciado ele

podia pegar até seis jogos extensão, ele pegou um jogo, e Flamengo entrou com o

Page 184: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

184

efeito suspensivo para que ele possa amanhã enfrentar o Cruzeiro. Antes de eu te

dar uma lição para você comentar sobre o tribunal, o cheque falou seguinte no

julgamento se explicou da seguinte forma.

Rodou vinheta do quadro Abre Aspas.

Rodou julgamento do Émerson Sheik no tribunal.

Rizek: Segundo Sheik não faltou com respeito com o juiz.

Xavier: Poxa vida, se alguém vier falar comigo, me elogiando dessa forma eu acho

que eu vou me sentir desrespeitado, eu não sei se é uma coisa pessoal minha, mas

o juiz acredita que tenha sido mesmo. Acho que só tem um detalhe, existe uma lei,

existe o regulamento existe jurisprudência. O Sheik por um acaso, ele não é

reincidente nessa história, de falar coisas para arbitragem. Acho que é né.

Rizek: E outra coisa que não tem na Europa, No Tribunal de penas é o efeito

suspensivo. O Tribunal vai lá aplica pena aí o clube, tendo efeito suspensivo para

que essa pena seja cumprida e lá na frente ou até no ano seguinte. Eu que

Flamengo tentar nesse momento com Emerson Sheik.

Maia: Eu acho assim, um absurdo esse negócio de efeito suspensivo também. A

impunidade continua prevalecendo. E a fisionomia do auditor do Sheik, lá com

aquela cara de sério nunca aparece uma múmia paralitica.

Xavier: Não foi respeitoso, foi você que entendeu mal. Que coisa legal né?

Rizek: Já temos a folha de São Paulo redação, ainda não? OK, então a gente vai

falar agora dos times que estão garantidos da Eurocopa. Vamos mudar

completamente de assunto aqui. Contando com a França são cinco os times que

estão garantidos na Eurocopa do ano que vem.

Gráfico na tela da Eurocopa.

Rizek: Estão a Islândia, República Tcheca, Inglaterra, Áustria. Quase lá, País de

Gales ele se classifica como a vitória na próxima rodada, uma derrota caso Israel

não venço Chipre. A Espanha se classifica se vencer Luxemburgo na próxima

rodada, ou até com derrota se é o Chipre não vencer a Macedônia. E Alemanha se

Page 185: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

185

classifica assim vencer Irlanda na próxima rodada. Irlanda do Norte está quase lá,

Itália está muito perto, Portugal está muito perto também.

Xavier: Islândia está dentro?

Rezek: Está dentro.

Maia: Está tirando Holanda, está tirando Holanda.

Xavier: Sensacional essa história

Rizek: A gente contou essa história ontem.

Xavier: Incrível, né?

Maia: Islândia e Turquia no grupo que estão quase.

Rizek: Vamos falar da Inglaterra do time que não tenha Eurocopa no seu currículo,

só tem uma Copa do Mundo e faz muito tempo, foi em 66. A Inglaterra está

celebrando o fato do Roney ser o maior artilheiro da história da seleção inglesa. Ele

marcou contra Suíça e os jornais lá no país de Tim Vickery, estão assim The Sun:

Na tela imagens do jornal The Sun. Um sonho verdadeiro Roney.

Rizek: É um trocadilho como a gente faz os jornais aqui esportes.

Naquela imagem do jornal o Roney com 50 gols no nome é. 50 gols dele o

maior do artilheiro da história da seleção inglesa.

Dayle Express: Roney quebra recorde enfim.

Rizek:É, mas entra Copa e sai Copa, e os ingleses são muito críticos, mas o resto

do mundo sempre espera muito da Inglaterra e ela nunca entrega.

Xavier: Nunca entrega até, a gente confunde um pouco né o bom campeonato deles

com os jogadores que são medianos, tá bom Roney não é um jogador mediano, um

ótimo jogador, mas sozinho não consegue fazer nada.

Maia: É sempre foguete molhado, você esperar. E tu não ter história de jeito

nenhum.

Rizek: Você acha o Roney um ótimo jogador?

Xavier: Eu acho eu teria no meu time.

Rizek: No meu também qualquer time do Brasil ele jogaria.

Xavier: Ele é perfeito é um ótimo jogador

Page 186: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

186

Maia: Craque não né?

Xavier: Não, craque não.

Rizek: O bom jogado Roney fez um discurso depois para seus próprios

companheiros depois da marca veja só:…

Na tela VT com tradução em legenda.

Imagens FA TV creditado.

Imagem da bancada de Rezek convidados imagem panorâmica.

Rizek: Agora eu vou até a redação conversar com Edgar Alencar apresentador do

Planeta SporTV sobre um outro assunto em destaque.

Rizek se levanta e uma câmera de trás da bancada entre a bancada e a

redação,câmera mostra o deslocamento de André Rizek até o convidado Edgar

Alencar.

Em seguida de Edgar Alencar fala sobre os destaques do programa Planeta

SporTV.

De volta a bancada imagem panorâmica.

Rizek: Olha gente vai falar de tênis agora, o Miami Heraldnos Estados Unidos

destaca o jogo de ontem (na tela imagens do jornal Miami Herold) entre as irmãs

Williams, a Vênus contra Serena, depois de terror estar lá por dois sets. É um jogo

muito mediático.

Na tela imagens do jogo.

E a Serena como já era esperada venceu o jogo mais em três sets a um. E segue na

batalha para fechar o ano vencendo todos os grandes lances a Serena Williams se

ela vencer o aberto dos Estados Unidos ela fecha um ano histórico na carreira dela.

Imagino estúdio.

Page 187: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

187

Rizek:e o Cilic atual campeão Croata, passou pelo Tsonga ontem, a gente tem as

imagens, (na tela as imagens) pra vocês no pique rapidinho e foi um jogo no qual

ele teve várias chances pra fechar, ele teve cinco time-break, cinco met poit,

desperdiçou quatro e no cinco ele fechou. Tsonga a partir do segundo set já jogou

meio baleado pediu o tratamento. A gente pode tirar desse jogo da tela e falar do

Djokovicque também venceu. Perdeu primeiro set para o espanhol Feliciano Lopez,

e avançou Djokovic. São os dois que vão se enfrentar já na semifinal definidas no

Aberto dos Estados Unidos transmissão do canal campeão.

Rizek: A gente vai ficando por aqui já deixo um grande abraço com você meu caro

Chico Maia, até a próxima!

Maia: Prazer, André muito obrigado até próxima!

Rizek: E um pedido tomara que amanhã no programa gente possa falar de futebol e

não de apito.

Maia: Ótimo! Tomara que o Galo vença, sem problema de arbitragem.

Rizek: Sérgio Xavier Filho um abraço pra você e até a próxima.

Xavier Abraço até a próxima.

Rizek:O que eu queria mostrar, que ficou faltando é um gráfico do São Paulo que

mostra a situação.

Na tela o gráfico do jornal a folha de São Paulo.

Rizek:O gráfico que mostra a situação de Santos e São Paulo, olha como Santos ao

longo do campeonato foi se aproximando do São Paulo, hoje eles se enfrentam na

Vila Belmiro. E amanhã a gente contar tudo para vocês. E o É Gol ver agora com

Domitila Becker, aqui em desejo um bom programa Domitila.

Encerra o Redação SporTV com tela dividida com o programa É Gol.

Tempo total do programa: duas horas.

c) Redação Sportv. Terceiro programa observado - 2 de outubro de 2015, sexta-

feira.

Primeiro bloco:

Roda vinheta e trilha sonora do programa.

Plano geral da bancada que fica a frente da redação do canal SporTV. Nela

está o apresentador André Rizek e os convidados Jorge Luiz Rodrigues do

canal Sportv, e Sérgio Xavier filho diretor da revista Playboy.

Page 188: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

188

André Rizek: Olá, bom dia! Está no ar o Redação SporTV, hoje com o Jorge Luiz

Rodrigues do Canal Campeão e Sérgio Xavier filho, diretor da revista Playboy.

Vamos às manchetes do programa desta sexta-feira rodou as manchetes da

semana

Rodou as manchetes da semana com e imagens de jornais:

De voltas ao estúdio Rizek:

Estes são alguns destaques do programa de hoje. Venha participar conosco pela

internet o nosso site é o sportve.com/redação. É nele que você vota nas nossas

enquetes, incluindo as frases da semana de hoje, e via Twitter @redação_ sportv, lá

você interage e vem fazer o programa conosco.:

Bom dia, Sérgio Xavier! Bem-vindo ao Redação, tudo bem?

Xavier: Bom dia! Estou tranquilo!

Rizek: tudo tranquilo ensino por aqui. Jorge Luiz Rodrigues bom dia, muito bom ter

de novo na Redação.

Jorge: Bom dia Rizek! Bom dia Sérgio Xavier, meu ex-companheiro de Placar. Foi

meu chefe na Placar.

Rizek: Foi seu chefe? Um bom chefe?

Jorge: Bom chefe, muitas revistas especiais com Serginho, né?

Sérgio: Não precisa nem falar do Jorge.

Jorge:É uma coisa espetacular foi a Chapecoense. Antes do encontro com

Barcelona o River Plate vai ter que enfrentar a Chapecoense na Arena Condá. E o

índio Condá.E o futebol é maravilhoso porque nos proporciona histórias como essa.

Boca e Paysandu de 2003, River e Paulista de Jundiaí em 2007, agora em 2015

Chapecoense e River na Copa sul-americana nas quartas de final a partir de 21 de

outubro.

Rizek: Contra o Liberta, o primeiro jogo internacional da Chapecoense em seu

estádio, agora contra o River o segundo. E olha, ontem eu abri o programa como

informação e sobre a Liga Sul Minas, da delegação de 13 pessoas que veio da CBF,

foi pleitear a organização da Liga Sul Minas, e eu passei informação de que para

acontecer uma liga no Brasil a CBF, ou as federações elas tem que autorizar, tem

que estar no estatuto e no regulamento Geral de competições da CBF. Um dos

Page 189: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

189

integrantes dessa delegação que veio ontem, ao Rio de Janeiro conversar com os

dirigentes da CBF pediu pra acrescentar uma informação. Eles ficaram muito

satisfeitos com encontro que tiveram com a CBF, na segunda-feira, até segunda-

feira a entidade que comanda o nosso futebol vai soltar uma nota por escrito, sobre

a posição oficial dela sobre a liga. Lembrando que essa liga Sul Minas é tida como

um embrião para aliga nacional de clubes, é assim que ela é encarada pelos

dirigentes. Só que pediram para eu acrescentar o seguinte: a lei Pelé ela reza, ela

determina que podem ser formadas liga independentes, então os membros desta

liga estão muito tranquilos caso a CBF, essa versão deles, caso a CBF não apoia

criação da liga e, eles vão para uma batalha jurídica, de um a da Lei Pelé que eles

entendem estar acima do regulamento Geral de competições, do estatuto da CBF e

com a entidade comando futebol. Essa é uma informação que eu acrescento em

relação àquilo que a gente informou ontem aqui no Redação. E como é que você ver

essa possível relação dessa criação de uma liga, Jorge?

Jorge: Olha Rizek, ontem pela entrevista que eu vi no News de ontem, Sportv News

de ontem, do Valter Felldman, e me passou a clareza de que havia possibilidade,

isso não foi discutido, o que foi discutido lá no encontro foi apresentação do projeto e

que o projeto está na rua, os clubes querem colocar na rua esse projeto. E agora

muita coisa vai acontecer, eu me lembro de uma entrevista do Alexandre Kalil, a

coisa de um ano e meio no premier, ele disse que o ideal para os clubes é que a

CBF tivesse uma sala pra representar a atividade dos clubes. Que os clubes

estejam ali, pra comandar uma linha. E agora o Alexandre Kalil está de novo na

frente desse projeto. Então eu quero ver os próximos capítulos pra ver onde vai

chegar. Porque o seguinte, o Campeonato Carioca, Flamengo realmente for disputar

o campeonato com time misto, vai ter perda de arrecadação, não só de bilheteria,

mas perda de arrecadações em outras arrecadações que tem .Por exemplo, venda

de pacotes pay per view. O Campeonato Carioca é transmitido no pay per view .

Então se você escalou o time misto a sua torcida não vai comparecer, não vai se

interessar por esse produto. Então eu acredito que a força do Campeonato Carioca,

com a rivalidade, que existe muito grande interesse do torcedor dos clássicos. O que

eu acredito deveria estar fazendo era mobilizar, se fortalecer também pela redução

da data dos estaduais, para ter um estadual mais bem construído. Em vez de serem

19 datas poderia trabalhar com 14. Com melhores confrontos, um formato melhor,

Page 190: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

190

eu acredito que essa seria a melhor saída, até para construção de um Campeonato

Brasileiro de uma liga na Série A, e de uma Serie B ainda mais forte.

Xavier: Interessante aí Jorge, o seguinte: a liga em si, essa Copa regional que no

nordeste um sucesso a. Mas é que aqui ela não tem o mesmo interesse dos clubes,

aqui tem Libertadores, Copa do Brasil, tem essas coisas...

Rizek: Aqui aonde cara pálida?

Xavier: aqui na região Sudeste.

Rizek: Mas o Redação está aqui para todo Brasil e o mundo.

Xavier:É verdade, mas não é só Sudeste eu acrescento Sul. Porque são clubes do

Sul e Sudeste, são os clubes que basicamente comando o futebol brasileiro,

Nordeste criou uma ótima solução pra ganhar força e etc. Parece que essa Copa

Sul-Rio que é uma confusão toda que ela quer fazer, ela está atacando outras duas

coisas indiretamente. Que é primeiro: os campeonatos estaduais que estão quase

todos falidos e que são enormes, e nem sei se de 19 pra 15 seria suficiente, e eu

acho que tinha que ser de 19 pra cinco, pra sete datas. Tinha que ser o campeonato

muito curto pra valer a pena.

Rizek: São dois, são oito datas na Sul-Minas.

Xavier: Estou falando a diminuição em relação estadual, o estadual que deveria ter

uma sete ou oito datas. Que é o interesse máximo do torcedor pelo estadual.. Dá pra

ser oito datas, na minha opinião. E é outra história aqui essa copa regional está

tentando fazer é criar e a liga, essa dos clubes. Então, no final das contas eu acho

que não é objetivo de se ver. Mas conseguir esvaziar o estadual conseguir criar uma

liga de clubes.

Rizek: Perfeito é exatamente isso! E a criação dessa liga agora, primeiro que assim

eles anunciaram a essas oito datas, E eles vão cumprir a promessa do Alexandre

Kalil, ea promessa cumprir todos os compromissos calendário dos estaduais e ter

essas oito datas da Liga Sul Minas .Mas como disse o Sérgio Xavier ela é apenas

um embrião. A ideia formar uma Liga Nacional de clubes o próximo passo da

delegação que esteve ontem no Rio de Janeiro. É procurar os clubes de São Paulo

para fazer um acordo com eles. Eles ainda estão ausentes, mas é um embrião do

que os clubes pretendem formar como liga. O Jorge, e hoje coincidentemente, o

Jorge é o nosso jornalista que conhece olimpíada. Quantas coberturas de

olimpíadas?

Jorge: Seis olimpíadas.

Page 191: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

191

Rizek: Seis olimpíadas.

Jorge: Desde Barcelona em 92.

Rizek: Hoje 2 de outubro coincidentemente é aniversário do anúncio do Rio de

Janeiro como sede olímpica. Rodemos o nosso quadro memória no Redação.

Em seguida rodou quadro Memória Redação.

Na tela imagem do jornal Folha de S. Paulo

Rizek: E a Folha de S. Paulo publicava na capa do jornal quando foi feito o anúncio

e…

Xavier: Em outubro.

Rizek: Em outubro de 2009.

Jorge: Em 2 de outubro de 2009.

Rizek: São seis anos certinhos.

Jorge: Quero ver se vai... Essa aí essa aí me arrepia…

Rezek: Por quê?

Jorge: Porque essa eu ajudei a fazer. Foi uma maratona pra gente, uma coisa

incrível assim, deu trabalho mas deu satisfação e alegria por fazer o produto.

De volta imagem na bancada..

Cara você vai organizar uma olimpíada no seu país na sua cidade. Na sua cidade

natal eu já cobri em seis e outros países. Como é a construção desse evento, em

Londres eu morei cinco meses antes da Olimpíada de Londres a partir de março de

2012.Enviado pelo jornal o Globo. Agora gente está vendo a construção desse

evento em casa, as dificuldades os erros e acertos, mas é incrível como é a

sensação, dessa energia que nos deu a gente uma coisa totalmente inesperada. O

Rio de Janeiro um ano antes tinha recebido a pior nota de avaliação, e só se

classificou entre os finalistas por que Doha propôs a organização dos jogos

Olímpicos em outubro e o COI não concordo, outubro de 2016. Então o Rio entrou

em último lugar. E acabou virando o jogo, construiu sua candidatura. Trabalho de

várias equipes nisso. E pra nós ainda assim foi uma surpresa.

Rizek: O legal é que a capa do Globo…

Page 192: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

192

Na tela imagem do Jornal O Globo.

Rizek: É aquela que você ajudou a fazer, é que ela destacava “Sete Anos”, já o

sono que vem que faltavam para fazer: estação de metro, Despoluir as baías e as

lagoas.

Xavier: Opa parece que não deu certo.

Rizek: Não é não deram certo.

Jorge: Reformar 33 instalações esportivas.

Rizek: E foi uma capa legal, porque ela comemorava e também alertava: Olha

precisa fazer muita coisa!

Imagem volta na bancada.

Jorge: Não adianta fazer o ufanismo você tem que dar os caminhos, e o Globo deu

um caderno especial sobre os Jogos Olímpicos. Um trabalho assim de mobilização

incrível da redação, pra entregar aquele produto…

Xavier: A história que eu mais gosto de todas dessas Olimpíadas foi o seguinte: o

primeiro que é uma disputa Brasil, era se não era um Underdog, um azarão, era

quase... Tinha por exemplo Chicago e com voo do Obama chegando a Copenhague,

Obama presença dos Estados Unidos, lá pra fazer lobby. E aí o Brasil se preparou

como poucas vezes se viu o Brasil trabalhar. E também na captação e do evento.

Pra minha melhor história, é o Brasil ter levado Paulo Coelho o escritor, pra

Copenhague. E ele conseguiu, a editora conseguiu os livros dele nas línguas natais

das mulheres que iriam votar. Paulo Coelho autografou no idioma de cada uma, né.

E presenteou né. Isso é lobby puro né. Isso é ilícito? É legal? Não é! O que não

pode, parece é presentear com alto valor. Então Brasil fez de tudo pra vencer.

Rizek: E vale lembrar o Brasil, o Brasil vivia um momento econômico muito melhor

do que viver hoje. A Copa do mundo já estava assegurada que seria realizada aqui.

Então era pegar o embalo de Copa do Mundo e dois anos depois as Olimpíadas.

Durante a Copa do Mundo, para Copa do Mundo não houve economia tudo o que a

Fifa pediu foi feito. Brasil gastou muito dinheiro, tudo que o comitê organizador local,

com 12 sedes que foi uma ideia nossa, foi feito. Prefeituras, governos gastaram

estão muito dinheiro. Uma realidade diferente para o Brasil, o país enfrenta

dificuldades financeiras e com a gente viu recentemente, a prefeitura do Rio

Page 193: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

193

anunciar que não vai mais fazer a Arena das competições de natação nos moldes

que a Federação Internacional gostaria. Com a marina para 17 mil lugares caíram

pra 13 mil, sem cobertura, será uma cobertura provisória. O pessoal da natação não

está gostando muito. E argumentação é a crise econômica, estão tentando

economizar, não dá pra gastar tanto. E hoje mais uma notícia nessa linha que é

sobreo centro de televisões para o mundo inteiro chamado de IBC/

Rizek pega um jornal impresso e mostra a notícia.

Rizek: E de lá, vai sair o sinal para transmissão para o mundo inteiro. É o que a

reportagem do Globo está mostrando, é que o Governo Federal não está aceitando

o alto custo de geradores, e vai atrasar um pouco a entrega. E o Globo está

preocupado com isso, que afinal a transmissão das Olimpíadas são tão importante

quanto as arenas. Para que as pessoas do mundo inteiro possam ver, me diz uma

coisa Jorge, o quanto preocupante é os cortes nos custos que o Brasil está

começando a tornar público, para os Jogos Olímpicos?

Jorge segurava o jornal O Globo enquanto começava discurso.

Jorge: Isso é importante, Rizek. Essa discussão sobre o que envolve...Inclusive a

Light a companhia de energia .Essa discussão é antiga, isso já havia sido dado

alerta, eu me lembro de uma entrevista, que o então presidente da Light deu ao

Globo na página de economia, e um dos detalhes era ele falando que o comitê

Olímpico Internacional que queria uma construção de uma subestação dentro do

Parque Olímpico, e que eles não tinham o custo, não tinha verba para que isso fosse

feito pela Light, eles precisavam de uma ajuda. E essa discussão já se arrasta há

dois anos, para procurar uma nova solução para os geradores, mas o custo disso é

muito alto. Você imagina cerimônia de abertura Maracanã 70 mil pessoas começa

festa, Todo mundo chegou e de repente "bum", apaga luz! Como é que fica? Como

é que fica pro mundo inteiro vendo isso? É aquela história que a gente contava na

Copa do Mundo né, você pensa no estádio, pensa que é só o estádio que existe na

Copa do Mundo, mas existe o aeroporto aonde essas pessoas chegam, existem os

hotéis, pega transporte público, segurança. O estádio é o sexto elo da cadeia.

Page 194: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

194

Estádio Olímpico e o Parque Olímpico é o último é ponto final da cadeia, para que

tudo dê certo. Espetáculo encantamento, fantasia aconteçam.

Xavier: A questão do que é supérfluo e o que é essencial. Acho que essa separação

que não está muito clara. Não sei se tá pra você? Mas pra mim não está.

Jorge: E há muito tempo essa discussão está sendo travada. Você está a menos de

um ano dos jogos, jogos começam no dia 5 de agosto. O centro de mídia, centro de

imprensa ele chega exatamente um mês antes, então vai abrir 5 de julho. O IBC

que se posiciona praticamente pertinho, praticamente ao lado do Centro

Internacional de rádio, televisão e de transmissão, eu acho que começa chegar dois

meses antes dos jogos, as equipes de televisão do mundo inteiro detentoras de

direitos, elas já começam enviar suas equipes para preparar o terreno, preparar as

suas equipes, pontos de vivo estúdios, tudo dois meses antes. Então, isso aí tem

que estar pronto dois meses antes, e a gente está falando do local que vai mandar

para o mundo inteiro, com uma audiência global, com cerca de seis a sete bilhões

de pessoas, é audiência global das Olimpíadas, as imagens dos jogos. Então, isso

tem que ser tratado com muito carinho muita atenção, porque qualquer falha nisso

compromete a visibilidade dos jogos e o sucesso dos jogos.

Rizek: É, agora suspeito que a gente vá ver essas notícias e como, na natação

como no IBC com mais frequência. Porque a realidade do Brasil em 2009 era uma e

agora é outra. Então, tudo aquilo que o Brasil, "a gente paga, a gente gasta ". É um

outro momento, então aguardemos próximos passos.

No nosso Twitter o Bruno Prado pergunta: em quantos lugares do mundo existem

uma Liga independente de clubes? Independente das federações? Olha Bruno, na

Europa essa discussão não acontece. Porque as federações cuidam das seleções

locais e as Ligas .Os clubes organizam os campeonatos nacionais. Que na Europa

nem são chamadas de campeonatos, mas de Ligas mesmo.

Xavier: Premier Ligue na Inglaterra, né.

Jorge: A segunda, terceira, e a quarta divisão da Inglaterra tem o gerenciamento do

próprio. Pego aí...Tem nomes até curiosos: Championship que a segunda divisão, o

nome pomposo, parece até aqueles campeonatos antigos. Campeonato Série D

carioca, era segunda divisão na verdade é. E a League One é a terceira divisão, e a

League To e é a quarta divisão da Liga inglesa. Mas aí cada um encontra sua

fórmula.

Xavier: Mas é tudo liga.

Page 195: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

195

Jorge: E têm estádios, todos os estádios e incríveis, eu já fui estádios da terceira

divisão inglesa, e realmente a maneira como é gerido é importante. E vale lembrar o

seguinte: agente teve duas oportunidades grandes de clubes comandarem o

Campeonato Brasileiro, de 87 até hoje a gente discute de que é o título de campeão

se é Flamengo ou do Sport.

Rizek: Mas o campeonato é um sucesso, a média de público é a maior média de

público do Campeonato brasileiro.

Jorge: Exatamente, mas até hoje. E quem foi campeão não foi pra Libertadores em

88. Em 2000 tivemos a Copa João Havelange com aquele momento trágico na final,

Vasco e São Caetano. Então, muito tem que ter cuidado na administração. Não é só

o campo de jogo, não é só o comportamento, não é só o chapéu, o balão golaço, gol

de letra, jogada de efeito, jogada de craque, é administração. E o dirigente brasileiro

ele não está acostumado a dar um bom exemplo, ele quer sempre entrar na lei de

Gerson, "aí eu me dou bem", e é por isso que os clubes brasileiros não conseguiram

nada até hoje. Falta essa união, falta essa visibilidade, falta esse momento que o

dirigente ele está ligado na construção do mecanismo do evento. Ele só está

preocupado com produto final, a parte final do evento

Rizek: A gente vai agora a Chapecó conversar com o Cleiton César. Cleiton, bom

dia! Bem-vindo ao Redação!

Tela dividida entre André Rizek eCleiton César.

Rizek: É exagero e se referir à classificação da Chapecoense como feito histórico?

Bem-vindo, Cleiton!

Cleiton: Não é exagero não, Rizek. Bom dia pra você, bom dia Serginho, bom dia

Jorge, amigos ligados no Redação. Não é exagero não, 42 anos de história,

Chapecoense participando pela primeira vez da Copa Sul-Americana, de uma

competição internacional. E chegando as quartas de final e tendo pela frente agora o

River o campeão da Libertadores da América. Vou te contar né, muita coisa pra

comemorar. Mas a cidade Chapecó, Rizek e amigos, olha, amanheceu assim:

Cleiton aponta pata tela com a imagem da cidade com a câmera da televisão

local.

Page 196: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

196

Bem calma bem tranquila, é a ressaca da comemoração de ontem. Essa aqui

imagem da principal avenida da cidade Avenida Getúlio Vargas em Chapecó. Por

ser apenas a principal, deveria ter mais movimento, mas o torcedor resolveu

descansar porque saboreou, e como saboreou o resultado positivo de ontem à noite.

E existe um pé atrás aí por parte torcedor, a Chapecoense não vem bem na

segunda metade do Campeonato Brasileiro são 12 jogos nove jogos sem vencer. E

ontem o significado do resultado positivo foi à volta da confiança também, logo aos

os três minutos a Chapecoense acabou levando o primeiro gol, e o torcedor ficou

meio que assustado nove mil e quinhentas pessoas, mas a sorte é que a

competência também veio logo aos cinco minutos depois com gol marcado por Tulio

de Melo na cobrança de falta do Cléber Santana. Aí deu tranquilidade mas

tranquilidade até um certo ponto porque uma unha para os pênaltis aí o goleiro

Danilo começou aparecer. A Chapecoense lá no início do segundo tempo teve o seu

volante expulso, e o Libertad claro que com um a mais em campo pressionou. A

jogada aérea do Libertad é bastante forte. A Chapecoense não conseguiu chegar no

segundo gol, tanto que essa decisão foi para os pênaltis. Competência das

cobranças, a Chapecoense converteu todos os cinco pênaltis batidos, todos para

rede e ir última através do Thiago Luiz. Um a um no tempo normal, cinco a três nos

pênaltis. Libertad nem precisou comprar o seu quinto pênalti, então a Chapecoense

garantiu essa classificação.

E agora? Comemora a vaga na Sul-Americana, ou se dedica exclusivamente ao

Campeonato Brasileiro? Porque na Sul-Americana a Chapecoense não vem

utilizando o que tem de melhor, seus principais jogadores muitos estão sendo

poupados porque a intenção é a continuidade do Campeonato Brasileiro, onde está

neste momento, está na zona do rebaixamento. Mas a gente sabe como que é sentir

o gostinho de uma competição internacional. Tem o River pela frente, primeiro jogo

em Buenos Aires, o jogo da volta em Chapecó, ai pode ter certeza que aqui em

Chapecó o torcedor, mais a direção, os jogadores e comissão técnica, enfim, todos

sentiram gostinho e agora querem mais, viu, Rezek.

Tela dividida.

Page 197: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

197

Rizek: Tanto que o Twitter oficial da Chapecoense está ablando espanhol. Não está

falando de Campeonato Brasileiro não, está desafiando o River, no bom sentido.

Vamos dar uma olhada:

Na tela imagem do Twitter.

Rizek: Olá River Plate estamos chegando (em espanhol).

Cleiton: A Chapecoense que lá no jogo e em Assunção no Paraguai, teve problema

de logística.

Tela somente Cleiton.

Teve de viajar de ônibus de Assunção até Chapecó. Agora lá em Buenos Aires é

claro que a logística será de forma bem antecipada, para que não tenha todo esse

desgaste de viagem. Também Buenos Aires fica 17 mil quilômetros daqui de

Chapecó não 700 como Assunção. Então a viagem bem longa e bem mais

desgastante.

Mas vem por aí o River é campeão de Libertadores dá sim pra fazer, escrever uma

nova página no cenário internacional, também né?

Rizek: E o chaveamento da Copa Sul-Americana, confira os confrontos já definidos.

Na tela o gráfico da chave da Copa Sul-Americana.

Rezek acompanha falando sobre chaveamento.

Tela dividida entre André Rizek e Cleiton César.

Rizek: Cleiton, grande abraço e suas considerações finais, destacando a próxima

rodada da Chapecoense no Brasileirão.

Cleiton: O jogo da Chapecoense, domingo, seis da tarde, contra o time do

Palmeiras. Palmeiras que no meio de semana garantiu classificação para próxima

fase da Copa do Brasil. Palmeiras que o pessoal não sabe, se vem com força

máxima ou não, mas independentemente da situação do Palmeiras, que está

motivado, Chapecoense também está motivada, e precisa na rodada do final de

semana uma vitória e combinação de resultados. Ou até empate contra Palmeiras e

Page 198: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

198

combinação de resultados e pode sair da zona de rebaixamento. Bom dia a todos,

um forte abraço, Rizek!

Imagens de volta estúdio.

Rizek:Vamos mostrar que o Lance de São Paulo.

Na tela na tela do Jornal o Lance.

Rizek: Que hoje trouxe uma manchete abusada pra falar e projetar o confronto

contra o São Paulo: “Vem freguês”. Porque o São Paulo não perde do rival e mata

mata desde 2000. Santos não perde do São Paulo.

Bom dia, Cereto! Por falar em abusado, bom dia, Cereto! Bem vindo ao Redação!

Carlos Cereto da redação de São Paulo.

Cereto: Um bom dia, André Rizek! Prometo que hoje terei uma participação

absolutamente comportada e serena hoje para não arrumar confusão. Muito

obrigado pelo carinho e a audiência, das mensagens, nunca esqueço de copiar

André Rizek. Um beijo pra Maria Clara que está muito feliz com as mensagens que

tem recebido, depois da participação no Redação.

Jorge Luiz Rodrigues o jornalista que mais conhece de FIFA no mundo. Duvido que

tenha um jornalista que mais conhece de Fifa no mundo que o Jorge Luiz Rodrigues,

Sérgio Xavier, bom dia Redação!

Rizek: Mas você destoou e não falou da manchete do Lance sobre “Freguês”

Cereto: Não vou falar, não vou falar. Santos e São Paulo não tem esse negocio de

freguês. "A não ganha desde 2000 ". É só um número, os números no futebol não

dizer muita coisa. Eu acho que é só pra gerar manchete de jornal mesmo, claro que

a gente tem que mostrar, é o número é um fato, mas Santos e São Paulo não tem

história de freguês, não tem história de favorito. O que eu posso dizer com certeza,

Rizek, é que teremos um paulista na final da Copa do Brasil por quê? Porque Santos

e São Paulo vão se enfrentar no dia 28...No dia 20... 21 e 28 de outubro. E do outro

lado tem Palmeiras e Fluminense, com boas chances de ter três paulistas na

Libertadores. Corinthians classificado pra Libertadores, e para se classificar

Page 199: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

199

Palmeiras, Santos e São Paulo na semifinal da Copa do Brasil. São Paulo, Santos e

Palmeiras disputando uma vaga no G4. E claro que numa maneira otimista de se

olhar, pelo ângulo do futebol paulista, não é possível não imaginar quatro paulistas

na Libertadores. É um sonho? Claro que é um sonho, não é impossível de se

imaginar, dando Copa do Brasil, dando quatro, enfim... Futebol paulista está muito

forte nas duas competições, André

Rizek: Agora Sérgio Xavier, voltando a falar de freguês, nesse ano por exemplo, os

Santos derrotou o São Paulo na semifinal do Campeonato Paulista, mas o grande

mata-mata de 2000 pra cá, foi o Campeonato de 2002 mesmo. Santos foi oitavo

colocado, na geração de Robinho e Diego. São Paulo do Kaka era o líder com a

melhor campanha, se enfrentaram logo na primeira disputa do mata-mata e o Santos

atropelou o São Paulo, e foi atropelando todo mundo até o título.

Xavier: O Kaká e o Renato, Renato está jogando até hoje, Engraçado né? E o

Robinho até poderia estar nesse bolo também, se não tivesse ido pegar o dinheiro

na China.

Rizek: E o Elano também…

Xavier: E o Elano também. A questão é a seguinte, hoje eu acho que o Santos só

não é mais time de futebol, evidente que eu não concordo com essa frase freguês,

porque ela é toda baseada em estatísticas, estou olhando hoje. Hoje, o Santos está

jogando mais que São Paulo, hoje o Santos está jogando de uma forma mais

instável que o São Paulo. Porque o São Paulo até de uns picos, fez umas partidas

muito boas, por exemplo, o clássico que o São Paulo fez contra Palmeiras foi muito

bom.

Rizek: Está mais instável?

Xavier: O clube está mais estável, pelo incrível que pareça, tem as questões de

dívidas, mas está estabilizado. E pra completar eu acho que é uma questão de

encaixe de time, contra time. A rapidez do Santos, não é muito legal quando pega

uma equipe que o meio campo não é tão trancador quanto o do São Paulo é. Então

assim, eu acho que se tivesse que apontar um pequeno favorito ao apontaria o

Santos. " Mas o São Paulo é mais maior, Ou super clube ". Hoje o Santos está

melhor.

Rizek: Carlos Cereto ,mas não foi fácil para Santos contra Figueirense, não. Conta

pra gente.

Page 200: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

200

Tela dividida.

Cereto: É, não foi fácil contra o Santos, passou pelo Figueirense e deu a lógica .

Santos tem mais time que o Figueirense. E o que se imaginava, pelo menos nós

imaginávamos, nós da crítica, e a torcida do Santos, que fosse mais fácil.

Na tela rodou imagens do jogo.

Carlos Cereto comenta a partida com imagens do jogo na tela.

Tela volta a Cereto que encera o comentário e a tela é dividia novamente com a

bancada do Redação.

Xavier: Cereto só uma dúvida, por acaso Gabriel chegou dar alguma declaração, se

ele cruzou ou chutou aquela bola, naquele primeiro gol? A minha impressão é que

ele cruzou pro Ricardo Oliveira ,ele não levanta cabeça. Ele chegou a falar alguma

coisa depois do jogo?

Cereto: Olha eu não sei, eu não vi ele falar, não sei se ele falou. Agora

perguntado... Dorival Júnior perguntado sobre a atuação do Gabriel, sobre o

crescimento do Gabriel. Gabriel todo mundo dizia que era mascarado, e era um

pouco mascarado sim. Mas já conversei com Gabriel sobre isso, ele passava aquela

imagem de menino marrento , aquela coisa toda. Mas está jogando muita bola e o

Dorival Júnior pegou e disse seguinte: " o Gabriel começou a pensar de maneira

coletiva ". O que vai de encontro a tua pergunta, de repente ele tentou passar

mesmo. Mas ele está pensando mais no time e você está pensando de maneira

mais coletiva.

Na tela rodou imagens do jogo em questão..

Individualmente ele nem está se destacando, apesar de estar pensando de maneira

mais coletiva. Ele está jogando muita bola, fez o gol e o passe que ele dá pro gol do

Marquinhos, Gabriel é um negócio fantástico. Então é bacana que o Gabriel, que foi

protagonista de tanta polemica no Santos, vários técnicos passaram e não

colocaram o Gabriel pra jogar e foram demitidos, também por causa disso. Legal

que o Gabriel se destaque e seja opção para Seleção Olímpica, se continuar

Page 201: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

201

jogando que está jogando tem condição de ser titular da Seleção Olímpica, eu não

tenho menor dúvida em relação a isso.

Rizek: Todo mundo dizia, todo mundo dizia, está certo.

Risos...

Cereto: Todo mundo dizia que.. .Eu dizia que era mascarado, eu dizia sim que ele

era mascarado. Queria uma participação sem problemas hoje, mas eu dizia que ele

era mascarado. Ele era marrento, eu mesmo dizia, já conversei com ele achava

marrento, achava mascarado. E o Ederson Moreira por exemplo, foi demitido por

causa do Gabriel, não adianta dizer que não foi. Oswaldo de Oliveira teve problemas

também por causa do Gabriel, também. Outros técnicos tiveram problemas por

causa do Gabriel, e porque a diretoria entendia o que o Gabriel tinha que jogar, tinha

que ser titular e os técnicos achavam que não. Gallo por exemplo, que está na

Seleção Olímpica, chegou levar o Gabriel e depois não levou mais, porque o Galo

acha que o Gabriel é marrento, que o Gabriel é mascarado. Quanto à qualidade

técnica dele, não tem a menor dúvida em relação a isso. E pessoas ligadas ao

Gabriel já me ligaram dizendo: olha só você tem uma imagem do lado do Gabriel

que não corresponde à realidade. Eu já conversei com Gabriel pessoalmente sobre

isso, ele passa um pouco dessa imagem .Isso é um pouco dessa nova geração

também, que passa essa imagem de um cara meio marrento. Que ele joga muita

bola não tenha dúvida, e agora parece que está pensando também no coletivo e não

só no individual. O que é bom pra todo mundo né, André?

Rizek:Mas não precisa se explicar tanto não porque você tem razão. Agora ó: tem

dois comentaristas que adoram uma sarna pra se coçar. Um é o Cereto e o outro é o

Sérgio Xavier, soltou a pouco aqui, ele achou que ninguém ouviu "ao São Paulo

clube maior e tal ".O Santos tem o mesmo número de títulos mundiais o mesmo

número de...Aliás, tem dois mundiais, Santos dois mundiais, São Paulo tem um

mundial a mais, mas os dois tem o mesmo número de libertadores, e o Santos tem

mais títulos nacionais, com a unificação dos títulos recentemente. Mas no mata-mata

só deu Santos. De lá pra cá... Aí a gente coloca na tela as competições as quais ele

se enfrentaram nesse período levantado pelo Lance.

Na tela o gráfico que ilustra a matéria do Jornal O Lance.

Page 202: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

202

Rizek: São quatro Campeonatos Paulistas uma Sul-Americana, a de 2004, e quatro

confrontos pelo Paulistão. São essas competições que de 2000 pra cá o Santos

sempre levou vantagem.

E do lado do Figueirense, você falou, eu vi você falar que São Paulo é um clube

maior, você acha que ninguém ouviu? Eu ouvi...

Xavier: Você é o incendiário. Você pra pagar incêndio, apaga com gasolina.

Jorge: O Rizek não pegou uma coisa que eu falei aí.

Rizek: Mas esse é o barato, é colocar vocês na fogueira. Em Santa Catarina oJornal

Hora de Santa Catarina já previa eliminação do Figueirense, mas elogiou time.

Na tela Jornal Hora.

“Dava pra imaginar”, mas se você ler o texto, eles colocam que desempenho do

Santos no Pacaembu anima o Figueirense para escapar e do rebaixamento do

Campeonato Brasileiro. Tinha mais de 25 mil pagantes no Pacaembu ontem o

Santos. Na Vila Belmiro está com públicos bem menores até pela capacidade do

estádio mais. Mas só de só ter botado nem a metade na Vila Belmiro nesse

Campeonato Brasileiro. Ele teve 11 vitórias seguidas, mas quando ele joga em São

Paulo ele sempre coloca público bom.

Cereto o Estado de S.Paulo, os corintianos eles acham o que esse tipo de coisa...

Torcedor ele detesta projeção para o time dele, ele acha que dá azar. Mas as

projeções estão assim para o Corinthians olha só

Na tela a imagem do jornal Estado de S.Paulo com a matéria da projeção do

Corinthians.

O Estado de S.Paulo na capa do caderno dos esportes:“ Falta pouco para o título do

Corinthians”. O Estadão fez à estatística, do jornal Estadão coloca a chance de título

do Corinthians. Em vermelho mais forte a chance de título em vermelho mais claro a

chance de Libertadores. Nas contas do jornal o Corinthians tem 90% de chance de

levantar o caneco e de Libertadores 99%. Atlético Mineiro teria nas contas do estado

dão 7,7,uma diferença grande. E na libertadores o Galo já está 99%. O grêmio 99%

de chance da Libertadores e 2,1% de chance título.

Xavier: 96.

Page 203: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

203

Rizek: 96. E o Palmeiras 0,1% de chance de título, 46% de chance de Libertadores.

E do lado do rebaixamento Joinville com 97% de cair e o Vasco 86% de chance de

cair, o Figueirense 74.

Jorge: O Vasco a cinco rodadas tinha 99,9% de chance de cair, agora já está com

85%.Ganhou 15, Vasco em 18 dias, o Vasco duplicou, dobrou os pontos e os

números de pontos, que tinha passando de 13 para 26. Com quatro vitórias, um

empate em 15 pontos disputados, ganhou 13.

Xavier: O detalhe da estatística eu acho que o Cereto vai comentar aí. Um jogo, ou

dois jogos, eles são responsáveis por catapultar os números, e os números estão aí

pra isso mesmo. E aí quando a gente vai dar não as estatísticas, mas o

desempenho em campo mesmo, o esportivo, eu acho que o Corinthians tem até

mais que 90% tem de chances de título, porque se a gente olhar o jeito que o

Corinthians joga, que é uma coisa instável e avaliação do Corinthians é muito

pequena. Quando o Corinthians joga mal o adversário tem que jogar muito bem,

mesmo assim para ganhar do Corinthians, quando Corinthians joga bem dificilmente

vai deixar de fazer os três pontos. Dificilmente os outros concorrentes o Atlético

Mineiro, não vou nem contar o grêmio porque aí realmente o percentual muito

pequeno, mas o Atlético Mineiro ele varia muito, então às vezes não consegue

ganhar do Joinville.

Rizek: Agora tem a matemática e tem o sentimento de comentarista, você alinha o

sentimento com os dois números? Você acha que 90% na sua visão de jornalista,

você acha que é 90% pro Corinthians mesmo?

Xavier: Pra mim é mais Rizek:

Rizek: Mais?

Xavier: Eu acho que assim, na minha estatística não que não leve em conta só

questão de matemática, eu estou olhando jeito que os times estão jogando, pra mim

o Corinthians está com os 99% de chance, pra mim.

Rizek: O que eu vejo no Vasco, e não vejo Vasco assim com 86%rebaixado.

Xavier:Eu vejo…

Rizek: Você vê? Cinco pontos pra sair?

Xavier: Eu vejo, e o Vasco está vindo daquele momento como se diz o francês uma

mámaguca. Que aquele momento que deu tudo certo.

Jorge:É, mas vem de resultado que é importante a beça, no íntimo do jogador do

Vasco e dentro do clube, que a vitória sobre Flamengo. A vitória de virada.

Page 204: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

204

Xavier: É tudo certo.

Jorge: Quatro vitórias seguidas, e você ver como as coisas mudam a gangorra do

campeonato, Flamengo a três rodadas passadas atrás ele vinha de uma sequência

de seis vitórias, agora está numa sequência de três derrotas, então você vê a

gangorra do campeonato é interessante. E nessa gangorra a gente vê um

Corinthians linear, e agente ver um Corinthians que joga mal às vezes, mas não

perde. Eu estou contigo eu acho que a gente assim, tem mais chances e

possibilidades, analisando essa parte do campeonato 10 rodadas finais. Dos últimos

Campeonatos Brasileiros com 20 clubes a gente teve uma grande virada que foi em

2009. O Flamengo arrancou do sétimo lugar, era uma distância menor que o tem o

Corinthians no momento que eu Flamengo começou arrancada. A distância do

Palmeiras era menor, era de oito pontos e não de 13 quando começou aquela

arrancada, voltando três rodadas atrás tudo. Mas o Corinthians, a gente vê um

Corinthians linear, e o Palmeiras teve um problema físico, o próprio César Sampaio

já contou uma história nos nossos programas aqui, Redação no Seleção, sobre o

que cansou aquela time do Palmeiras. E o que a gente vê, é exatamente ao

contrário no Corinthians

Rezek: O ”data-Cereto” mãe nas estatísticas.

Tela dividida.

Cereto: Nesse ano o Palmeiras chegou abrir para o segundo colocado 11 pontos de

diferença por para o Flamengo. Realmente foi uma virada histórica. Eu acho que no

futebol as estatísticas não funcionam. O Fluminense provou há um tempo atrás, e o

Flamengo mostrou isso lá atrás, o Vasco está quase provando, tem matemático com

dor de barriga em.

Jorge: Fluminense é um caso que até hoje, lanterna nessa fase decisiva, nesse final

de campeonato e que conseguiu escapar do rebaixamento, é o único que conseguiu

até hoje. Vasco está lutando e está consegui uma recuperação, não sei se vai

conseguir, mas até hoje Fluminense foi o único que conseguiu.

Cereto: E eu esperaria o dia 2 de novembro que é o jogo entre Atlético e

Corinthians, se enfrentam. Até lá eu teria mais cautela até mais calma em relação a

matemática acho que está tudo bem encaminhado pro título do Corinthians até pelo

aproveitamento, como disse o Serginho, pelo aproveitamento e pelo desempenho.

Page 205: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

205

Até mais pela estatística matemática de projeção e com a gente tem que ver

aproveitamento e desempenho. Porque na conta do Titi, e aí na conta do Titi. São 10

jogos que faltam e até os jogos que faltam pra acabar o campeonato, o atual

desempenho do Corinthians, o atual aproveitamento do Corinthians é de 71%,

71,4% o Corinthians precisaria de cinco vitórias em 10 jogos para ser campeão.

Cinco vitórias são 15 pontos, o Corinthians teria 75 pontos.Com 75 pontos vai ser

campeão, dificilmente não será com 75 pontos. 15são a metade dos pontos, hoje o

Corinthians tem 70% de aproveitamento e o Corinthians teria que fazer 50% de

aproveitamento .Ou seja, como a gente está muito próximo, o título está

encaminhado, mas eu esperaria Atlético Mineiro e Corinthians, que é a final do

campeonato.

Rizek: Estou com você, para pontuar, a gente aqui está dando palpite dando nossas

opiniões.

A gente mostrar agora como os amigos da EPTV, afiliada da tv Globo Campinas

fizeram bom jornalismo. A Ponte Preta recebe o Corinthians final de semana e eles

foram lá na fila, de quem estava comprando ingresso para denunciar a prática de

cambismo, que no Brasil é crime confira

No ar um VT produzido pela EPTV

2 minutos

Imagem de volta a bancada.

Rizek: A lei existe, cambismo no Brasil e crime mas muitas vezes não é colocada

em prática. E parabéns aos colegas da EPTV que fizeram baita serviço.

Principalmente com as pessoas que quer assistir o jogo.

Xavier: Até porque casualmente essa matéria lá é de Campinas né?

Rizek: Sim.

Xavier: Mas essa matéria é nacional, se fizeram em qualquer lugar do Brasil vai ser

muito parecida, e tem que fazer, eles fizeram muito bem feita,

Jorge: E às vezes com a conivência, com os funcionários dos clubes também né.

Os clubes muitas vezes facilitam gente de dentro do clube, às vezes facilita, muitas

vezes facilita tem várias denúncias. E ai a EPTV vem prestando serviço, mostrando.

Rizek: Vamos falar agora de uma coisa boa agora. Durante discussão a discussão

de ontem do Fluminense aqui vários torcedores do tricolor carioca começaram a

Page 206: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

206

Twittar, e chamar atenção aqui da gente, para o fato que o Fluminense terminou a

partida contra o Grêmio com sete jogadores formados em Xerém, sete!, Cinco como

titulares e dois que entraram no decorrer jogo.

Esse é o tema, pode ser que tenha pautado inclusive a edição de hoje do O Globo,

trazendo essa informação aqui falando do: Jovem Flu.

Rizek com a versão impressa no estúdio do jornal O Globo.

Rizek: Aqui o Escarpa e o Fred, e vocês vão ver que a juventude tricolor não está

presente só na hora de jogar não. O Fluminense, algo que o Cereto adora, divulgou

as preleções dadas antes.

Põe o Cereto aí. O Cereto adora as preleções! Antes do duelo contra o Grêmio.

Cereto: O Fluminense classificou isso? Pra próxima fase? Então tá bom, eu queria

sabe por que o Grêmio, então, não divulgou a preleção?

Rizek: Cobra do grêmio, o Fluminense divulgou a dele.

Cereto: Só divulga quando vence, só divulga quando se classifica.

Xavier: Não, é que o Roger de uma gaguejada e só por isso não foi divulgada, não

tem nada ver com resultado.

Rizek: É, mas quem sabe um dia veremos a preleção do time que perdeu

divulgada? Vocês vão ver que o jovem Marlon, no jogo de ida. Não se confunda o

que o Ronaldinho está na imagem. Pediu a palavra e falou grosso, então a

juventude não está fazendo diferença só no campo não, participar ativamente do

time.

Imagens da TV Fluminense .

Rizek: Nota-se pelos azulejos azuis, preto e branco que a segunda parte, o antes e

o depois do jogo em Porto Alegre. E vocês são chatos, que não gostam de ver isso

aí, é muito legal ver o Marlon falar o que falou, Cereto.

Cereto:É, eu fico imaginando o seguinte como deverá, como deveria ter sido a

preleção do Luiz Felipe Scolari antes do jogo da Alemanha. Se alguém tiver esse

vídeo, por favor, vamos divulgar aqui no Redação, vamos mostrar o Luiz Felipe

Scolari falando com jogadores do Brasil antes do jogo contra Alemanha, ou sei lá, o

capitão da seleção David Luiz conversando com jogadores, ou o Thiago Silva que

Page 207: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

207

não jogou mas devia estar na preleção. Como é que foi? Alguma coisa deu errado

nessa preleção do Felipão.

É uma bobagem isso aí! André, divulga também atua preleção antes da entrada do

programa, "vamos lá, vamos lá, coloca esse vt no ano ar, coloca essa imagem ali,

fecha o espelho, vamos lá"!

Risos...

Rizek:Olha só, sabe que em janeiro nós vamos fazer uma loucura aqui, o Cereto vai

comandar o programa, ele não sabe que aqui tem preleção antes do programa, a

gente se reúne "aqui a redação, vamos mostrar como que"! Se prepara Cereto ,aqui

tem prevenção.

Cereto: O André Rizek é completamente maluco, se tiverem o vídeo, vídeo do

Felipão dando preleção.... Você imagina, por exemplo, a preleção do Real Madrid,

você imagina o Real Madrid do Cristiano Ronaldo fazendo isso. A preleção do

Barcelona você imagina o Messi .

Rizek: "Toca aqui para mim sempre, toca para mim" essa preleção.

Cereto: Eu não entendo isso aí, eu entendo que faz parte do futebol. Lembro até

que ficou famoso o Zé Roberto esse ano " O Palmeiras é grande ". Zé Roberto.

Alguém precisa dizer que Fluminense é grande? Os jogadores lembrarem que eu

Fluminense é grande? O Zé Roberto precisa lembrar que o Palmeiras é grande?

São bem remunerados, recebem em dia. Deveriam estar completamente motivados

por jogarem em um clube gigante como é o Fluminense. Entendo que faz parte do

futebol, do Folclore do futebol, mas acho bobagem.

Jorge: Eu acho que é muito do momento que eu tive atravessa. Fluminense ficou

oito jogos sem ganhar, perdeu sete jogos empatou um brasileiro. E você ver o

momento também dos dois treinadores. Eu gostei muito da postura dos técnicos de

Grêmio e Fluminense. Roger e o Eduardo, técnico gremista e fluminense. Dois

jovens treinadores foi um jogo emocionante.

Rizek: Não tem valor jornalístico ver um garoto como Marlon, a gente não tem

acesso aos vestiários a não ser que eu vencedor mostre a prelação. Você ver um

garoto como Marlon falar o que ele falou, não é lega? Eu acho muito legal.

Xavier: Tudo bem, mas ele pegou dicionário mundial do clichê e foi falando, foi

encaixando coração mão, coração na ponta da chuteira.

Jorge: Mas o torcedor gosta, parece comum pra gente, mas o torcedor ele gosta

disso, isso aí bombou na rede sociais e incendiou. O cara mostra pro torcedor do

Page 208: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

208

Fluminense, e o torcedor do Grêmio fica com uma pulga atrás da orelha em: “será

que meu time fez isso”? Será que os caras entraram motivado?

Xavier :Mas eu falei esse negócio que ele vai pegando vários clientes e vai

encaixando, mas eu gostei do discurso do Fred. O Fred pegou uma coisa que me

chamou a atenção uma frase que eu acho que é frase da preleção dele, podemos

assim dizer: "Vale a pena hein, vale a pena ". Como quem diz: olha isso aqui vai te

reverter bicho, pode vim contrato melhorar, era isso que eu falei só falando.

Rizek: Cereto, um abraço, agora aqui no intervalo vou fazer uma preleção com

Serginho com o Jorge para projetar no próximo bloco porque aqui "é Redação

amigo". Grande abraço, meu amigo.

Cereto: "Vamos lá vamos chamar o intervalo depois intervalo demais"

Nem pensar em pegar o controle remoto, bom dia redação! E até segunda-feira

ouaté nunca mais, bom final de semana!

Rizek: Bom final de semana Cereto.A gente vai pro intervalo mostrando a

transmissão da rádio Super Condá, na voz de Ivan Carlos para classificação da

Chapecoense e o redação volta já:

No ar quadro Redação AM.

Com a narração do rádio AM no programa.

Imagem mostra a redação do canal Sportv e a trilha característica do programa

anuncia o intervalo.

Segundo bloco:

Imagem mostra a redação do canal Sportv e a trilha característica do programa

anuncia o intervalo.

Rizek: O Redação está de volta com o Jorge Luiz Rodrigues e Sérgio Xavier Filho,

com vocês participando conosco pela internet. Esse tema preleção dividiu opiniões

no nosso Twitter. Qualquer coisa dividi as opiniões opostas, não tem mais ou

menos. Ou é muito legal ou é um lixo. E as pessoas debateram isso durante o

intervalo.

Page 209: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

209

E a gente debate agora Série B colocando na tela primeira rodada é o complemento

da rodada que começou na terça-feira do Campeonato Brasileiro Série B.

Na tela o gráfico da imagem do campeonato brasileiro Série B.

Rizek: E temos que Criciúma e Paraná Clube com transmissão do premier. Sampaio

Correia recebendo o Botafogo no Castelão e com a transmissão do Canal Campeão

para todo Brasil, menos para o Maranhão a partir de 8h30 da noite. Bahia e Vitória

na Fonte Nova, Macaé e ABC lá no Moacirzão, jogos com transmissão do canal

Premiere. Boa Esporte e CRBD, Atlético Goiâniense e Paysandu, Oeste e Náutico e

Moji-Mirim e América Mineiro.

E a classificação:

Na tela classificação.

E agente tem o Botafogo na liderança do campeonato 56 pontos, seis a mais em

relação segundo colocado. O Vitória com 49, e o Santa Cruz com 48, e o Paysandu

com 47 fecham G4. O Bahia com 47, o América com 45pode entrar no G4, Sampaio

Correia que pode entrar no G4, o Naútico 43, Bragantino 42, Luverdense com 42 e.

A gente vê o CRB, Paraná e o Criciúma. Atlético Goianiense ,Oeste, o Macaé fora

zona do rebaixamento. O Ceará numa situação desesperadora porque já tem 29

jogos ,está cinco pontos do Macaé e pode terminar a rodada a oito pontos do

primeiro colocado fora da zona do rebaixamento. O Boa Esporte, ABC e Mogi-Mirin,

completam a zona do rebaixamento da Série B.

Em São Luís do Maranhão que é para onde agente vai agora, palco do jogo de hoje

entre Sampaio e Botafogo, a gente tem o Werton Araújo ao lado do técnico, do

jovem técnico o Léo Condé. Que se meu arquivo não estiver errado tem apenas 37

anos. Bom dia Werton!Bom dia Leo Condé. Bem vindo ao Redação!

Werton: Olá,Rizek! Bom dia pra você, bom dia os amigos ligado no Redação. Um

jogo importantíssimo expectativa grande esse jogo inclusive Rizek, ganhou uma

importância ainda maior, porque o Sampaio Correia pode voltar ao G4. E tem pela

frente Botafogo que é líder. E como você mesmo falou a gente recebe o técnico Léo

Condé, como você antecipou, jovem técnico mineiro que chegou no Sampaio Corrêa

e está comandando essa campanha maravilhosa, muito boa, uma campanha... A

gente até diz histórica do Sampaio Correa, uma grande chance de ir pra Séria A,

chegar à zona de acesso. O Léo Condé o ano passado, esse ano na verdade foi

Page 210: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

210

vice-campeão com a Caldense do Campeonato Mineiro fez um brilhante trabalho,

chegou no Sampaio Correa praticamente na segunda rodada, está desde o começo.

Fez o Sampaio ter uma das melhores campanhas comandante jogando aqui em São

Luís como mandante, No Castelão como mandante foram 14 jogos. Eu tenho até

aqui André Rizek ,foram 10 vitórias três empates e apenas uma derrota contra o

América Mineiro. Bom dia! É um prazer ter você aqui com pessoal do Redação,

também!

Após a apresentação uma entrevista aconteceu com o técnico, onde todos

dirigiram perguntas.

A entrevista durou cerca de 10 minutos.

Rizek: Werton, hoje o Lance está chamando, o segundo milagre.

Rizek com jornal impresso na mão.

Rizek: Segundo milagre depois levar a Caldense a final do estadual, uma possível

classificação do Sampaio, segundo milagre está difícil de ler aqui, mas a manchete é

essa.

Jorge: Está a dois pontos do G4, em sétimo, mas a dois pontos do G4.

Rizek:Mas eu queria que o Wilton contasse a quantos tempo o Sampaio não joga na

seriar hoje Wilton?

Werton: Olha só Rizek, o Sampaio você sabe né: De 2012 pra cá conseguiu dois

acessos, da Série D pra série C e da série C pra série B. Em 72 viu Brasileirinho,

agente até já falou isso aqui no Redação, vai algum tempo que eu Sampaio não

participa de uma Séria. Inclusive era um campeonato diferenciado com outro

formato, e realmente é um feito histórico para o time se conquistar esse acesso à

Série A .Agora com o comando aqui do Léo. A torcida está empolgadíssima. Só pra

você ter uma ideia, Rizek, a média de público do Sampaio está em sexto lugar, mais

ou menos uns 10 mil torcedores, inclusive acima do Botafogo. Botafogo vem logo

atrás com cerca de 9mil torcedores, é o sétimo em média de público. É pra você ver

o tamanho dessa torcida, o tamanho da expectativa dessa torcida que quer ver o

Sampaio de volta à Séria A. Claro hoje seria a primeira vez com esse formato, com

Page 211: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

211

esse formato que a gente tem agora de Séria A. Mas com certeza a expectativa é

grande viu, André Rizek.

Rizek: Maravilha, grande abraço Wilton. Mais uma vez meu agradecimento ao Leo

Condé, e até a próxima meus amigos aí em São Luís. Valeu turma!

O legal do Redação é isso, a gente viaja pelo Brasil inteiro. Já fomos à Chapecó já

fomos a São Luís, e o próximo bloco a gente vai mostrar como foi à apresentação do

Cristiano Ronaldo, apresentação não, a festa que o Real Madrid fez hoje para

Cristiano Ronaldo superando a marca de 500 gols. Vai ter um vídeo também

espetacular dos franceses antes da final da Copa do mundo de 98, planejando,

imaginando como seria marcar Ronaldo. Aí eu jogo essa pergunta é " Cristiano

Ronaldo ou Ronaldo? Para o ímpar, você ganhou! Você que escolhe para o seu time

". Mas daqui a pouquinho. Agora eu mostro o que o Jeferson falou da situação do

Botafogo.

No ar o quadro Abre Aspas, sonora do goleiro Jeferson. 50'.

De volta ao estúdio.

Rizek: Um degrau atrás do outro. E para Maitê Proença ficar nua, a promessa feita

aos Extraordinários, caso o Botafogo subisse. Segundo os matemáticos ouvidos na

reportagem publicada hoje no jornal O Lance, faltam três vitórias para o Botafogo

dar uma olhada nos jogos que restam O desafio não parece muito difícil não

Na tela gráfico dos jogos do Botafogo.

O Botafogo em frente o Sampaio, depois enfrentar o Ceará, aí recebe o Bragantino,

visita o Náutico, recebe o Bahia e depois visite a Luverdense, recebe o Santa Cruz,

visito ABC e recebe o América.

Três vitórias é mamão com açúcar pra subir né?

Xavier: Não, se agente está dizendo que a chance do Corinthians ser campeão é

enorme, a gente vai ter que no mínimo pegar esses números do Botafogo e dizer

algo parecido, né?

Rizek: Então os Extraordinários vão conseguir aquilo que a Playboy não consegue

há muito tempo e vão tirar a roupa de Maitê Proença

Page 212: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

212

Xavier: Como assim? A Playboy já tirou a roupa de Maitê Proença.

Rizek: Não consegue há muito tempo.

Xavier: Não, a gente deixou para turma do Chico Sá, resolver essa parada agora,

mas a gente já fez isso, não venha diminuir aqui esse trabalho.

Rizek: Não, eu tenho versão de colecionador, diga-se de passagem.

A gente vai fazer mais uma parada e mostrando um clipe com as melhores imagens,

narrações, e manchetes da semana aqui no Redação. A gente volta já.

Imagem mostra a redação do canal Sportv e a trilha característica do programa

anuncia o intervalo.

Terceiro bloco:

Imagem mostra a redação do canal Sportv e a trilha característica do programa

anuncia a volta do intervalo.

Rizek:O Redação está de volta hoje com Sérgio Xavier filho e o Jorge Luiz

Rodrigues na bancada, e você participando conosco pela internet. A gente fala

agora da reação dos franceses com as acusações feitas a Michel Platini supondo

que ele tenha recebido dinheiro, e um bom dinheiro devido de Joseph bater e de

quem ele era opositor, ainda opositor. Estou confusa agora Jorge e?

Jorge: Era aliado nessa época que pegou em 2011, ele recebeu esse dinheiro vivo

em fevereiro de 2011, exatamente dois meses depois da eleição do Catar para a

sede da Copa do Mundo de 2022.A eleição foi feita e realizada em dezembro de

2010. E três meses antes da reeleição do Blatter em maio de 2011, que se reelegeu

mandato anterior.

Rizek: São 2 milhões de Francos suíços que apareceram na conta do Platini.

Jorge: Cerca de 10 milhões de reais, cerca de 8 milhões é...Cerca... Aí tem que ver

o câmbio que muda toda hora, mesma gente até se confunde quase aí pouco mais

de 9 milhões de reais...

Rizek: E a explicação muito confusa, lembra de políticos brasileiros,. A FIFA não

tinha como pagar então Blater fez o depósito. ...

Jorge: Pelo trabalho que ele tinha feito e 99 e 2002. Ora a FIFA 2002 estava em

crise, de 2002 para o 2006 o pós-escândalo da ISL. A FIFA já deu um lucro com

aquela Copa, já avaliou o lucro de 450 bilhões de dólares em ponto de um prejuízo

Page 213: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

213

em 2002 no Congresso de 2002, feito na Coréia. Até o congresso de 2006 na

Alemanha a FIFA já deu lucro de 450 milhões de dólares. Como que não tem

dinheiro pra pagar? Ai de 2006 passou a ser um mandato de cinco anos né, trocou

mandato Para cinco anos, para não coincidir com o ano da Copa para não ter

aquelas brigas e direitos e vou ir aí atrapalhar a preparação da copa. Do cinco de

2006 da Alemanha até 2010 e na África do Sul a FIFA já chegou lucro de um bilhão

de dólares, de saldo em caixa. E da Copa de 2010 até a copa de 2014 a FIFA fez

uma projeção de ganhar com a Copa do Mundo do Brasil algo em torno de três

bilhões de dólares, ela ganhou exatamente um bilhão a mais de dólares do que ela

estimava ganhar em 2010 com a copa de 2014, fechando em 4,4 bilhões de dólares

arrecadação com a Copa, Isso em suma. Um ciclo de 2002 a 2006 ela passou a dar

lucro gastronômico pela administração do Blater. Blater ele paga o preço o ônus, de

ter se afastado de qualquer condição de combater a corrupção. Mas a gestão

financeira dele na FIFA, não resta dúvida, que foi excelente. Tanto dele como do

secretário-geral. Agora corrupção, os pagamentos, Deixar o Jaques Bauer fazer o

que queria, ele fazia o que queria o presidente da Concacaf, com presidente da

FIFA. Acordos de venda de direitos por valores menores. É isso que está sendo

investigado nesse momento pela procuradoria geral da justiça. A gente tem uma

investigação geral nos Estados Unidos e várias investigações nascendo e momentos

pala paralelos como se fosse uma Lava Jato. Fase 18, fase sete, a fase 61, você

descobriu vários falcatruas vários ilícitos cometidos contra a administração da FIFA.

Então, o que se isso se chega conclusão, lucro seria até muito maior do que é se

não fossem esses ilícitos.

Xavier: Nesse caso do Platini, com Lava Jato né, seria uma espécie de, sei lá a

Concacaf na fazer operação batom na cueca. Que é o que aconteceu com Platini,

um cara praticamente crítico e etc., que daqui a pouco no mínimo no mínimo no

mínimo, ele aceita o dinheiro por uma consultoria, tentando entrar no raciocínio dele,

crédulo do cara que ele fazer oposição. Muito, muito estranho, acho que está

completamente comprometido inchado.

Rizek: Concordo e para os franceses é um baque, e porque o Platini é um símbolo

nacional. Platini nos anos 80, foi o melhor jogador de uma geração que chegou a

uma semifinal de copa do mundo de 82 venceu a Eurocopa de 84, depois ele

comandou processo da sede da França da Copa do Mundo de 98 que foi um

Page 214: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

214

sucesso. E as manchetes estão assim ó os franceses em choque com Platini a

FranceFootball

Na tela imagem do jornal.

A maior revista de futebol da França trouxe essa matéria, na manchete você a

imagem trincada .Na França e a primeira vez que a imagem dele é trincada na

França.

Jorge:A France Football que fez a cerca de dois anos uma reportagem de capa,

com oito páginas, no interior, Catar Gate, sobre a participação do Platini na eleição

do Cartar 2022. Uma participação decisiva dele na eleição. Toda a manobra que ele

fez. Então eu me lembro, logo que estourou escândalo de 27 de maio, me lembra

uma das participações aqui no Redação eu falei, lembrei essa reportagem do France

Football lá, falando " isso vai chegar ao Platini "? Como ele vai mostrar a lisura dele

como candidato à presidência da FIFA e atual presidente da Uefa, toda a

mobilização que ele fez, será que a imagem dele vai chegar algum momento essa

participação dele no Catar, toda a participação dele que ele tem na FIFA decisiva,

desde o inicio e dos anos 2000?

Rizek: Na quarta-feira o maior jornal de esportes da França oL'équipe trouxe a

manchete Platini em perigo.

Na tela a imagem do jornal L'équipe.

Rizek: Então a gente vai ouvir agora o procurador Geral da Suíça que está à frente

dessa investigação. E o jornalista escocês Andrew Jennings, que é uma peça chave

no combate à corrupção na FIFA, e porque é muito do que acontece hoje na justiça

Suíça e no FBI é baseado nas investigações e apurações desse jornalista.Então os

dois lados sobre essa relação de Michel Platini

"Quadro abre aspas"

Primeiro o procurador reportagem internacional.

Segundo jornalista Andrew Jennings. Crédito para Omnisport Grã-Bretanha

De volta estúdio Rizek.

Page 215: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

215

Rizek: Eu fico pensando a satisfação desse jornalista, ele estava ali ao lado do livro

dele, FIFA o jogo sujo, e hoje, são dois livros que ele fez sobre corrupção na FIFA e

está vendo tudo isso que ele denunciou nos livros, nas reportagens, nos

comentários que ele fez, sendo comprovado, deve tá vivendo momento de êxtase

este jornalista.

Xavier: Mas o Jorge falou tudo que o Andrew Jennings, o Jorge e já tinha matado

antes.

Jorge:Mas o que mais me chamou atenção no Andrew Jennings, é que ele tem uma

maneira linear de falar, e ele não se exalta ele não sai do tom. E a frase final dele eu

achei espetacular, “não podemos pré-julgar, mas o Michel Platini tem que se explicar

pra saber de vida realmente comprovar que não tenha suas mãos um pouco sujas’”.

Risos .

Rizek: Dois jornais europeus vazaram e dão essa notícia com exclusividade hoje, a

lista dos 59 indicados pela FIFA ao prêmio de melhor jogador do mundo, O Bola de

Ouro, são o mundo Deportivo.

Na tela mundo Deportivo na tela.

Que destacou Barcelona brilhando né, aliás, o Barcelona e o Real Madrid...Só que é

claro que o mundo Deportivo da Catalunha só fala do Barcelona, e com mais

número de representantes que, entre aqueles que têm jogadores indicados. E a

Gazeta dela esporte da Itália

Na tela Gazeta do Esporte.

Trouxe uma manchete muito divertida “Buffonata"

Sabe o que é Buffonata, Sérgio Xavier filho?

Xavier: Não só sei o que é um trocadilho com o nome do Buffon.

Rizek: Buffonata é uma fanfarronice, o Buffon não estar entre os 59. E os italianos

defendendo que isso é uma fanfarronice, portanto. Jogou muito na Liga dos

Campeões, foi vice-campeã perdeu para o Juventus. A gente vai mostrar aqui os

indicados por clubes então veja só os clubes que mais tiveram jogadores indicados.

Real Madrid.

Page 216: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

216

Gráfico da imagem da tela.

É um bom retrato do futebol mundial Real Madrid, Barcelona, Bayer, Chelsea e City

dominando os indicados.

Xavier:Já fica pergunta quem é que vai subir ao palco, dois a gente tem certeza que

obviamente: o Cristiano Ronaldo e o Messi, me parece que o Messi já ganhou esse

ano. Eu acho que o Cristiano Ronaldo pode fazer 500 gols pelo primeiro semestre já

atropelou, na minha opinião. Aí mas quem vais er o terceiro né? Eu acho que tem

uma vaga aberta e não me parece ter um jogador assim que de pra dizer com

certeza.

Rezek: Eu acho que o Neymar pelo que ele fez na Liga dos Campeões.

Xavier: Eu acho Neymar, eu colocaria o Neymar, mas não sei se o mundo pensa da

mesma forma.

Rizek: Tem o Teves também, Mas aí o Teves foi vice-campeão.

Xavier: O Noier, as pessoas lembram muito do Noier como goleiro. Eu não sei…

Rizek: Mas eu colocaria o Neymar.

Xavier: Eu também, mas acho que essa vaga está aberta, acho que o Neymar vai

chegar entre os cinco, isso não tem muita dúvida não…

Rizek:E dos 59 a lista cai depois para 30. E quando tiver parcial dos 30 a gente

mostra. Dá uma olhada: Felipe Coutinho do Liverpool está entre eles, o Neymar

obviamente está.

Xavier: Eu colocaria o Diego Costa, também. Rezek que é Espanhol.

Rizek: Aí no futebol Sul-Americano tem três indicados o Tévez é indicado pelo que

fez no Juventus, o Sanches do River Plate e o Guerreiro pelo que ele fez na Copa

América, na qual ele foi artilheiro. Então são três indicados do futebol Sul-Americano

estão entre os 59. Então de 59, futebol Sul-Americano tem três.

Jorge: Têm duas fases você falou que a lista diminui pra 30 quando começa

votação. Jornalista, um jornalista de cada país é convidado a votar tanto para o

feminino. É um jornalista diferente para um prêmio masculino e outro para um

prêmio feminino de cada país. E a cerimônia vai acontecer no dia 11 de janeiro em

Zurique, numa segunda-feira, na segunda-feira do ano de 2016, será Zurique a

escolha do prêmio da Bola de Ouro.

Xavier: Quem vota no Brasil, você sabe?

Page 217: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

217

Jorge:O rapaz, eu não sei do masculino. Do feminino eu fui convidado a voltar da

última vez, vou tentar feminino. No masculino não sei por que eles não revelam,

para um jornalista não influenciar o outro. Eu votei no premio do ano passado no

feminino. Nos últimos dois, aliás, eu votei na Bola de Ouro feminina, fui convidado a

voltar. Só essas do mundo inteiro de cada país e um diferente para o masculino e o

diferente para o feminino. Pessoas que já participaram já cobriram Copas do Mundo

Rizek: Da nossa turma sei que o Cléber Machado já votou.

Jorge:Então seguramente é um dos um do masculino, é um só de cada país pra

não ficar uma força proporcional.

Xavier: Esão interessantes os pesos hoje então parecidos, você tem um treinador,

um capitão de cada seleção e mais um jornalista. É quase que um “30 a 30”.

Jorge: É uma cerimônia muito bonita né. Em meio todos esses escândalos FIFA,

mas a organização, protocolo, a maneira como ela é construída o prêmio. Desde o

começo é uma cerimonia muito bonita

Rizek: Hoje na nossa manhã aqui e tarde na Espanha o Cristiano Ronaldo foi

homenageado no Santiago Bernabéu, o estádio do Real, pela marca que ele

superou essa semana. Já mais de 500 gols, 501 na carreira. A gente separa um

trecho da homenagem que os Madrilenos prestaram ao seu astro.

No ar VT da homenagem de uma televisão da Espanha. Lá Tertulla

Rizek: “Tudo certo da minha parte”.

Xavier: Está divertida a frase de boa frase.

Rezek: Par ou impar? Você ganhou! Quem você quer ter no seu ataque, Cristiano

Ronaldo ou Ronaldo?

Xavier: Se for o critério de gol eu quero Túlio, se for por jogar bola eu quero

Ronaldo, não Cristiano.

Rizek: Ronaldo?…

Xavier: O Ronaldo fit, né.

Jorge: Um dos seus melhores momentos né, Ronaldo sem dúvida.

Rizek: Ronaldo sem dúvida né! Eu vou dar o crédito, eu vi esse vídeo na no site

Trivela, que é um belo site futebol. É um vídeo antigo, mas o site publicou aqui no

Brasil, e chamou a atenção da equipe do Redação . É um site, é um vídeo que

mostra jogadores da França, entre eles o Thuram e o Trézéguet, formando aquela

Page 218: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

218

defesa espetacular da França campeã do mundo de 98. E que atuavam no futebol

italiano o Thuram do Juventus, e o Trézéguet do Milan enfrentavam Ronaldo que era

atleta do Internacional de Milão, Internacionaile de Milão. E eles estavam

conversando ali no treino antes da final, sobre como parar o fenômeno, ele já tinha

esse apelido de fenômeno. Dá uma olhada do respeito que eles mostravam com o

jogador que infelizmente por problemas que você já sabe, na final não pode fazer

nada. Mas dá uma olhada:

Rodou o Vídeo.

O baixinho ali é o lateral-esquerdo Lizarazu, o careca é o Leboeuf,

E estava também o técnico Jacquet,de óculos.

Até hoje me pergunto, até hoje eu acho que se não fosse o problema do Ronaldo sei

não aquela final em?

Xavier:O bacana desse vídeo do site Trivela e que mostra, primeiro que é uma

descontração estão todos eles brincando rindo, mas tem um fundo de verdade eles

estão preocupados com a marcação, uma conversa séria de um jeito descontraído.

E uma jogada que ninguém conseguia marcar nessa época o Jorge também estava

na França. O apelido do Ronaldo era TGV, que é o trem de grande velocidade. E era

isso, ninguém conseguia parar o TGV. Único que conseguiu parar foi uma

convulsão, só não sei se o Brasil ia ganhar mas ia ser um outro jogo.

Jorge: Em 2002 o Ronaldo ganhou a Copa junto com Rivaldo pro Brasil né, e

aquela atuação fenomenal na final.

Rizek: E já era um outro jogador: Não era aquele jogador de arranques.

Xavier: Não era mais o TGV, era mais cerebral.

Rizek: Era mais cerebral.

Jorge: Jogador de vários momentos grandes…

Rizek: Um grande jogador, foi um grande atacante. A gente vai pra mais intervalo

comercial. Agora mostrando uma narração uruguaia.

É porque o Defensor também se classificou, e se classificou nos pênaltis contra o

Lanuz. Empatou zero a zero, venceu por cinco a três nos pênaltis. E a gente vai com

a narração uruguaia para a classificação do Defensor na Copa Sul-Americana a

rádio Maldonado do Uruguai. E a gente volta já, para já no próximo bloco mostrar as

Page 219: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

219

frases da semana e falar um pouco mais do nosso momento memória que vai ser de

boxe mais uma vez. Redação volta já

Rodou o quadro Redação AM.

Imagem mostra a redação do canal Sportv e a trilha característica do programa

anuncia o intervalo.

Último bloco.

Imagem mostra a redação do canal Sportv e a trilha característica do programa

anuncia a volta do intervalo.

Rizek: Redação está de volta com o Jorge Luiz Rodrigues e com o Sérgio Xavier

filho e com você na sua participação conosco pela internet.

Quem assistiu o nosso programa de ontem viu que a gente mostrou no quadro

Memória o aniversário de 40 anos da luta que Muhammad Ali... Foi a última grande

luta que ele fez contra Joe Frazier, nas Filipinas. O aniversário de 40 anos ontem.

Coincidentemente nessa semana revista Sports Illustrated, dos Estados Unidos, que

a maior revista de esportes dos Estados Unidos. E se não for a maior é uma das

maiores do mundo, resolveu batizar o seu prêmio de legado esportivo. Por exemplo,

eles entregam premio a Ronaldo por tudo aquilo que ele fez na carreira, Messi... E

eles anunciaram essa semana, que esse prêmio de legado esportivo chama-se

Muhammad Ali. E o editor da revista explicar porque o genial pugilista batiza o

premio dele.

Rodou entrevista de Sports Illustrated.

Paul Fichtenbaum Editor Sports Illustrated.

De volta a bancada.

Rizek: Eu sempre ouvi falar, com você, que não se faz foto com fundo preto. Xavier:

É depende.

Rizek: Não é uma regra de revista?

Xavier: Tudo depende…

Jorge: É toda regra tem uma exceção.

Page 220: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

220

Xavier: Exatamente!

Rizek: E entre as homenagens que a revista fez a Mohammed Ali . Eles

entrevistaram fotógrafo muito competente que cobriu a luta, nas Filipinas a luta que

completou ontem 40 anos, contrato Joe Frazier. Veja só como foi o relato do repórter

sobre o trabalho dele:

Vídeo do repórter a Revista.

Rizek: Bom em 80, anos depois já muito machucado por causa dessa luta. O Ali fez

uma luta contra o spahr dele , e era oito anos mais jovem que ele, sua última grande

luta.

No ar vinheta Memória Redação, imagem do jornal Sports Illustrated.

E por isso essa capa foi o Último Hurra, tomou uma surra do Larry Ramos. Depois

disso o Ali fez mais uma luta sem muita importância, essa capa também é

dramática, é bonita.

Xavier: Dramaticamente ela é forte, ela não tem elegância, mas ela é forte.

Rizek: E correndo para fechar o programa eu chamo aqui às Frases da Semana.

No ar o quadro, Frases da Semana.

Uma compilação das frases mais relevantes da semana, segundo a equipe, no

esporte, veiculadas na Rede.

Rizek: Bom, eu acho que a frase do técnico turco Eduardo, e tudo parece

indiscutivelmente imbatível. Mas já me despedindo de vocês. Qual seu voto para

frase da Semana?

Xavier: O eu quero esse treinador apitando o jogo do meu time, esse árbitro, esse

juiz. Esse juiz é a grande frase do esporte.

Rizek: Grande abraço, Serginho. Até a próxima!…

Xavier: Obrigado.

Rezek: Jorge qual sua frase?

Jorge: Eu voto com o relator.

Page 221: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

221

Rizek: Quem elege a frase da semana é você. Fica ligado no Redação, nosso site

cujo endereço está aqui. Redação volta na segunda-feira. Tenham todos um ótimo

final de semana e agora o É Gol com a Domitila Becker. Domitila bom programa!

Tela dividida entre Redação SporTV e o É Gol. Assim encerra o programa.

Tempo total do programa: duas horas.

Page 222: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

222

ANEXO B- GRAVAÇÃO DOS PROGRAMAS

Page 223: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RONALDO DILNEI …frispit.com.br/site/wp-content/uploads/2016/06/Ronaldo-Daros.pdf · No Rio Grande do Sul, ... público. É neste momento que entra

223

ANEXO C – PROJETO DE PESQUISA