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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE MARKETING NO PONTO DE VENDAS Por: Vítor Paulo Pedrosa Cordeiro Orientador Prof. Dr. Carlos Cereja Rio de Janeiro - RJ 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

MARKETING NO PONTO DE VENDAS

Por: Vítor Paulo Pedrosa Cordeiro

Orientador Prof. Dr. Carlos Cereja

Rio de Janeiro - RJ

2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

MARKETING NO PONTO DE VENDAS

Apresentação de monografia à Universidade Candido

Mendes como requisito parcial para obtenção do grau

de especialista em Marketing.

Por: Vítor Paulo Pedrosa Cordeiro

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AGRADECIMENTOS

A todos que de alguma forma me

ajudaram a alcançar mais esta vitória, o

meu muito obrigado.

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DEDICATÓRIA

Dedico sinceramente a todos aqueles que

direta ou indiretamente contribuíram para

elaboração desse trabalho, e que

contribuíram para eu manter meus objetivos

vivos e procure atingi-los.

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RESUMO

O futuro de uma empresa ou organização depende de sua capacidade

para satisfazer os requisitos de vendas com qualidade que o mercado solicita. A

mesma deve produzir e entregar bens e serviços que satisfaçam à demanda e

expectativas de clientes e usuários. É difícil imaginar que uma empresa cumpra

eficientemente os requisitos esperados de seus bens e serviços não são

produzidos e entregues por pessoas dotadas de um alto nível de qualidade.

Tradicionalmente muitos especialistas tem se concentrado na qualidade de

produtos e na qualidade de produção de uma empresa, entretanto, há que se

valorizar a qualidade em vendas como uma maneira de fidelizar o cliente.

Segundo Cobra (1997) “O conceito de venda, no passado, visualiza o lucro

através da venda... Hoje, o foco é a necessidade do cliente, o meio é o marketing

integrado e o fim é a obtenção do lucro com a satisfação do cliente”.

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METODOLOGIA

Tipo de Pesquisa

Quanto aos fins tratou-se de uma pesquisa exploratória.

Quanto aos meios tratou-se de uma pesquisa bibliográfica, uso de

livros.

Universo e Amostra

O universo de pesquisa será baseado em livros de marketing focado

em vendas e qualidade. Já a amostra é de caráter não probabilístico, por

acessibilidade, pois o conteúdo abordado é de fácil acesso prático e teórico.

Coleta de Dados

Os dados foram coletados através de pesquisas em livros

especializados, artigos publicados referentes ao assunto abordado e internet.

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SUMÁRIO

I�TRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - O Marketing 10

CAPÍTULO II - O Marketing de Varejo 19

CAPÍTULO III – O Ponto de Vendas 25

CO�CLUSÃO 36

BIBLIOGRAFIAS 37

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1. INTRODUÇÃO

No atual mundo globalizado, o marketing está passando por um

processo de mudanças, em que o consumidor assume a cada dia um papel

significativo. Ele esta cada vez mais consciente de seus direitos, do seu poder de

compra, e busca a cada momento satisfazer seus desejos e necessidades.

O trade marketing no Brasil é uma ferramenta relativamente recente,

tendo seu início marcado na metade da década de 90, e vem evoluindo desde

então. O que antes funcionava como mera execução de planejamento das áreas

de marketing e vendas, hoje se mostra um processo estratégico, com uma

pergunta chave: como posso criar valor e relevância tanto para meus produtos,

quanto para o varejista?

Apesar das novas tecnologias, o Ponto de Vendas assume um papel

cada vez mais decisivo no processo de aquisição de produtos e serviços. Esta

realidade tem exigido das empresas maior competência no trato direto com seus

consumidores. Tais como o treinamento de pessoal, capacitação, motivação e o

uso de ferramentas como o merchandising e a promoção de vendas, tem sido

cada vez mais exigido das organizações para a obtenção de resultados

superiores.

A comunicação dirigida no ponto de vendas age de forma decisiva e

estimulante para o consumo, por tratar-se de um novo cenário, onde os

consumidores estão cada vez mais informados, exigentes e ponderados em

relação ao tempo gasto para realização das compras e ao que irão comprar.

Dentro do marketing a ação que mais se aproxima do consumidor é a

ação realizada diretamente no PDV (Ponto de Venda). Incalculáveis são as

variáveis a ser estudadas e analisadas pelas empresas, buscando da melhor

forma possível a informação sobre o desejo de compra do consumidor final.

Afinal, as pesquisas mostram que cerca de 85% das compras são realizadas

dentro das lojas, ou seja, diretamente do PDV. Desta maneira, o PDV se torna

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uma forte mídia, ocupando lugar estratégico na formação e na manutenção de

uma marca.

No trabalho em abordagem, buscamos o analisar a importância do

marketing no ponto de vendas e as principais táticas existentes, conforme a ótica

de especialistas consagrados da área, e ainda, aquelas praticadas por empresas

atuais. Para o alcance da meta ambicionada, utilizamos a metodologia das

pesquisas bibliográficas em livros, artigos e publicações on-line.

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CAPITULO I

O MARKETING

No conceito de Kotler (2000),1 o marketing é um processo social

através do qual pessoas e grupos de pessoas adquirem o que necessitam e o que

desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor.

Quando se usa uma definição gerencial, o marketing é freqüentemente descrito

como a arte de vender produtos.

Pelo conceito de Kotler (2000), é possível perceber que o marketing é o

meio com que as necessidades e desejos das pessoas serão atendidos. É por

meio dele que se cria valor ao produto e ou serviço, os tornando objeto de desejo.

Neste sentido se faz, necessário um maior conhecimento e compreensão do

cliente, a fim de que o produto ou serviço se adapte a sua real necessidade, e

seja vendido por si só; garantindo uma maior assertividade quanto à plena

satisfação do consumidor. O marketing vai muito além de vender produtos, é o

processo de planejar e executar ações que criem trocas que satisfaçam os

objetivos individuais e organizacionais. É o estudo minucioso, que avaliará e

intensificará as reais necessidades de determinado segmento, mensurando a

possibilidade de lucratividade do setor. Conquistando assim, novos clientes e

mantendo a preferência dos atuais.

De acordo ainda com Kotler (2003),2 a demanda de uma empresa é

constituída de dois grupos, os novos clientes e os antigos. E em tempos de alta

competitividade, onde o foco está no cliente, em atendê-lo, satisfazê-lo,

surpreende-lo e fidelizá-lo, se tornou imprescindível, além de conquistar novos

clientes, reter clientes lucrativos construindo relacionamentos duradouros com

eles. Com isso, há um alto investimento por parte das empresas em manter seus

clientes satisfeitos, oferecendo-lhes valor agregado, superando suas expectativas.

1 KOTLER, Philip. Administração de marketing. São Paulo: Prentice Hall, 2000. 2 KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary Princípios de Marketing 9ª Ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003

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Segundo assevera Cobra (1997),3

“O Conceito de venda, no passado, visualiza o lucro através da venda, e esta utilizava como meio, uma integração entre venda e promoção, e o foco era o produto. Hoje, o foco é a necessidade do cliente, o meio é o marketing integrado e o fim é a obtenção do lucro com a satisfação do cliente.” (COBRA, 1997 p. 34)

Assim, nos deparamos com outra realidade, em que o marketing vem

evoluindo rápida e significativamente, saindo de uma função meramente

administrativa, para um departamento tático, estratégico, que influi diretamente na

receita da empresa, bem como na satisfação e fidelidade de seu público.

Conforme a American Marketing Association,4 marketing é o processo

de planejar e executar a concepção, estabelecimento de preços, promoção e

distribuição de idéias, produtos e serviços a fim de criar trocas que satisfaçam

metas individuais e organizacionais. Podemos observar, que a partir das

afirmativas dos autores supracitados, o marketing atual preocupa-se em trazer

benefícios não somente a organização a que se destina, mas também aos

clientes, buscando uma maior compreensão deste, a fim de construir produtos e

serviços que os atendam e até que supere suas expectativas e construir

relacionamentos sólidos e duradouros com os mesmos.

No entendimento de McKenna (1992),5 as empresas tentarão alcançar

uma posição superior construindo relação sólida com seus clientes. Relações

estas, alicerçadas na confiança, receptividade e qualidade. Em um mercado com

tamanha similaridade entre os produtos ofertados, o relacionamento se constitui

em grande diferencial competitivo, seja da pequena ou grande empresa. Os

clientes estão cada vez mais informados, detentores do poder de barganha,

sabem muito bem o que desejam e conhecem a concorrência. Assim, podemos

constatar que o marketing moderno é uma batalha pela fidelidade do cliente,

3 COBRA, Marcos. Marketing Básico. São Paulo: Atlas, 1997 4 www.marketingpower.com – Acesso outubro 2009 5 MCKENNA, Regis. Marketing de Relacionamento: Estratégias bem sucedidas para a era do cliente. Rio de Janeiro: Campus,1992

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garantindo sua plena satisfação, integrando os mesmos ao processo de

comercialização. Seja ouvindo-os, seja customizando o produto - serviço, fazendo

com que eles sentiam - se únicos, especiais, o que garantirá a preferência pela

marca, e uma maior permanência do produto em um mercado altamente

competitivo e similar.

1.1 HISTÓRIA DO MARKETING

Apesar de encontrarmos suas raízes ao longo da história da

humanidade, na própria gênese do comércio o marketing é um campo de estudo

novo se comparado com os demais campos do saber. O estudo do mercado

surgiu da necessidade dos industriais de administrar a nova realidade, oriunda da

Revolução Industrial que causou uma transformação de um mercado de

vendedores para um mercado de compradores. Neste estágio o marketing ainda é

inseparável da economia e da administração clássica, pois inicialmente sua

preocupação era puramente de logística e produtividade, para a maximização dos

lucros. Os consumidores não tinham qualquer poder de barganha e a

concorrência era praticamente inexistente.

A história de diversas civilizações nos mostra que comprar e vender

são práticas intensamente utilizadas há muito tempo. Para vender, estas Antigas

civilizações lançavam mão de todas as formas por elas conhecidas como:

Cartazes, Artifícios Sonoros, Exposições de seus produtos em locais de grande

movimento (praças), Degustação etc.

Embora muitas empresas utilizem a Promoção de Vendas e o

Merchandising com a mesma visão e finalidade dos antigos mercadores, essas

técnicas saíram do empirismo e do improviso e passaram a ser estudadas dentro

do contexto geral do Marketing. Antes mesmo do advento do dinheiro, o homem

já praticava merchandising. Pode-se dizer que o merchandising nasceu

simultaneamente com o varejo. Isso, quando o comércio era feito na base da

troca de utilidades.

Nosso ancestral das cavernas foi o primeiro individuo a fazer

merchandising, expondo suas mercadorias para a venda. Em 1870 na Europa,

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eram comuns os vendedores ambulantes com seus carrinhos de mão oferecerem

mercadorias expostas em montinhos desordenados, enfeitados com cartazes de

preços. Muito de merchandising se praticou até que pudéssemos chegar à

realidade deste século. O merchandising confunde-se com a criação do varejo, do

auto-serviço. Isto porque em 1930, Michel Cullen abriu, em Long Island, em Nova

York, o primeiro supermercado do mundo.

O primeiro supermercado brasileiro nasceu como cooperativa da

Tecelagem Parayba, em janeiro de 1953, em São José dos Campos, no Estado

de São Paulo.

1.2 COMPOSTOS DE MARKETING – OS 4 Ps

Conforme assevera Kotler (2000) o composto de marketing ou mix de

marketing é o conjunto de ferramentas de marketing que a empresa utiliza para

perseguir seus objetivos de marketing no mercado alvo. A variável especifica de

cada P são denominadas - Produto - Preço - Praça - Promoção, que serão

analisados separadamente de acordo com a visão do autor acima citado.

• Produto - é algo ofertado ao cliente, de maneira diferente e melhor que os

seus concorrentes, garantindo a preferência do mercado alvo. Pode-se

descrever produto como a variedade, qualidade, design, marca,

embalagem, tamanhos, serviços, etc, a fim de satisfazer seus desejos e

necessidades.

• Preço - se diferencia dos demais Ps do mix, por ser o único que gera

receita, os outros geram custos. O Preço é o valor monetário a ser pago

por determinado produto ou serviço. Descrevem por preço, preço nominal,

os descontos, concessões, prazo para pagamento, condições de crédito.

• Praça - considera-se praça a forma de disponibilizar o produto ao mercado.

Seja através dos canais, cobertura, variedade, pontos-de-venda, estoque,

transporte.

• Promoção - são as ferramentas de comunicação que transmitem a

mensagem ao público alvo, para informá-lo, persuadi-lo ou lembrá-lo da

disponibilidade e benefícios do produto.

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As citadas ferramentas se dividem em cinco categorias: Propaganda,

Promoção de vendas, Relações Públicas, Força de vendas e Marketing direto.

Fonte: Cobra (1997)

Cobra (1997) é categórico ao afirmar que o composto mercadológico

em forma de 4 Ps. tem cada elemento interdependente que pode ser excluído.

Contudo, a prática revela uma inter-relação constante entre os 4 Ps. O produto ou

serviço deve satisfazer às necessidades e aos desejos dos consumidores. O

ponto significa levar o produto da forma mais acessível e rápida possível ao

mercado consumidor. O preço deve ser ajustado às condições de custo de

fabricação e de mercado. E a promoção deve comunicar o produto ou serviço ao

mercado, estimulando e realizando a venda, isto é, a transferência de posse.

1.2.1 Os 4 As de Marketing

Conforme a ótica de Richers (2002),6 alicerçado em estudos

desenvolvidos relatam a importância de analisar, adaptar, ativar e avaliar a

relação da empresa com meio ambiente (mercado). Na seqüência, abordamos

cada uma dessas variáveis

6 RICHERS, Raimar. Marketing uma visão brasileira. São Paulo: Negócio Editora, 2000.

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• Análise - primeira fase onde é possível analisar o mercado, identificando

as forças vigentes existente no mesmo. Tem como objetivo identificar, o

que, como, onde, quando, porque e quem compra, com a finalidade de

estimar a demanda de mercado e o potencial de consumo.

• Adaptação - é um conjunto de características que adaptam o produto as

exigências do mercado, levando em consideração os resultados

encontrados a partir da análise realizada anteriormente.

• Ativação - prima pela excelência quanto à logística, distribuição, força de

venda, publicidade, relações públicas, merchandising, etc.

• Avaliação-procura avaliar as forças, ameaças, oportunidades e problemas,

a partir dos resultados de cada esforço de marketing, de maneira isolada

ou em conjunto.

1.2.2 O 4 Cs de marketing

Uma organização para obter sucesso, de acordo com Cobra (1997),7

precisa ser administrada com o foco no cliente. A ênfase deve ser dada ao custo

para o consumidor dos produtos ofertados para atender suas necessidades e

desejo, comunicando os benefícios ao seu público-alvo e proporcionando a ele

toda conveniência possível em termos de facilidade de compra e de entrega além

de uma variada gama de serviços.

Na afirmativa de Kotler (2003), os 4 Cs são o ponto de vista do

comprador, enquanto os 4 Ps. São o ponto de vista do vendedor para projeção de

estratégias de marketing. Partindo dessa afirmativa, abaixo, descrevemos o ponto

de vista do cliente (comprador) como 4 Cs (cliente, custo, conveniência e

comunicação), conforme a visão do autor.

• Clientes - vão ao mercado em busca de algo que atendam seus desejos e

necessidades, são compradores de valor (agregado) ou de solução para

seu problema.

7 COBRA, Marcos. Marketing Básico. São Paulo: Atlas, 1997

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• Custo - os clientes estão interessados em mais do que somente o preço,

mas no custo total da obtenção do bem, suas benfeitorias, uso e desuso do

produto.

• Conveniência - é a disponibilidade mais conveniente do produto ao

cliente, garantindo-lhe segurança e conforto. Esta conveniência pode ser

observada, seja na proximidade do local de venda a sua casa,

disponibilidade de entrega a domicilio, estacionamento etc.

• Comunicação - os clientes atuais estão mais interessados em comunicação

de mão dupla do que em promoções. Eles deverão estar bem informados

quanto ao produto, suas benfeitorias, vantagens competitivas, diferenciais

encontrados no estabelecimento (empresa), ouvi-lo a fim de construir um

relacionamento com o mesmo e por conseqüência fidelidade.

1.2.3 Segmentação

Um segmento de mercado no entendimento de Kotler (2000) incide em

um grande grupo que é identificado a partir de suas preferências, poder de

compra, localização geográfica, atitudes de compra e hábitos de compra

similares. É uma abordagem que fica entre o marketing de massa e o marketing

individual. Podemos ressaltar assim, que segmentação de mercado é a divisão

de públicos - alvos em pequenos mercados, de acordo com a similaridade de

compra, cultura, hábitos em geral; formando grupos homogêneos, o que

proporcionará aos profissionais de marketing, oferecer a estes consumidores

específicos mais benefícios, buscando uma maior assertividade quanto ao

desenvolvimento de produtos e serviços que satisfação o cliente.

Conforme ainda Kotler (2000), para serem úteis os segmentos de

mercados devem ser: mensuráveis, substanciais, acessíveis, diferenciáveis e

acionáveis. O autor defende ainda, que a segmentação pode ser efetuada em

diferentes níveis, possibilitando as empresas praticarem ou não a segmentação

de mercado, ou ainda, praticar algo que fique de maneira intermediaria as duas

praticas.

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Alicerçados em Koteler (2003), podemos chegar à conclusiva, de que

com a segmentação de mercado, as empresas poderão conhecer o perfil de seus

públicos-alvos com maior riqueza de detalhes, o que permitira uma atuação

diferenciada e única, com o intuito de alcançar a excelência e maior precisão

quanto à demanda exigida por este grupo, garantindo uma maior permanência no

mercado e a fidelidade do cliente.

1.2.4 Ciclo de Vida

O ciclo de vida no saber de Parente (2000),8 é a trajetória que o

produto percorrerá no mercado. Dimensionando o potencial de crescimento do

produto e a evolução das vendas do produto por determinado tempo. Os estágios

que determinam cada fase do ciclo de vida são: introdução, crescimento,

maturidade e declínio.

• Introdução - primeira fase do ciclo de vida, período de inserção do produto

no mercado, onde se tem um custo mais alto, atraindo um grupo de

consumidores que valoriza o prestígio de possuir determinado bem. Está

fase caracteriza-se também pela baixa lucratividade, devido a custos

mercadológicos, de lançamento e poucos concorrentes.

• Crescimento - fase tida como adolescente, onde o produto vira estrela. É

nessa fase que as vendas começam a aumentar rapidamente.

Compradores iniciais continuam comprando e compradores resistentes

iniciam suas compras. Há uma expansão no que tange a mercado e

concorrentes, e onde os lucros começam a ser percebidos. As empresas

mantêm os gastos com promoções ou aumentam ligeiramente o preço.

• Maturidade - é nesta fase o produto atinge seu limite máximo de vendas,

tendo sido aceito pela maioria dos clientes. Portanto conclui-se que nessa

fase, o produto tem estabilidade no mercado, sendo bem conhecido,

ofertando a maior variedade de produtos, e uma intensa competição, no

que se refere a preço. Observa-se então uma queda na lucratividade.

8 PARENTE, Juracy. Varejo no Brasil: Gestão e Estratégia – São Paulo: Atlas, 2000

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• Declínio - nesta fase a uma queda nas vendas, momento de difícil tomada

de decisão para os profissionais de marketing. Os consumidores estão

voltados para os novos produtos que estão entrando no mercado. Os

lucros são pequenos ou inexistentes. A uma diminuição dos esforços

promocionais e do preço, atingindo então, como público alvo os

consumidores de menor poder aquisitivo. Por outro lado, não é

aconselhável retirar produtos em declínio que mantenham uma demanda

expressiva.

Segundo Cobra (1997), embora o ciclo de vida tenha uma ordem

natural, como todos os seres humanos, nascem, crescem, amadurecem e

envelhecem, chegando até a morte, existem produtos que atingem a maturidade e

permanecem nesse estágio sem necessariamente entrarem em fase de declínio.

Pelo acima esmiuçado, vamos perceber que o ciclo de vida do produto

é um grande norteador e essencial ao profissional de marketing, visto que, as

estratégias devem ter como foco, proporcionar ao produto, maior permanência no

mercado.

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CAPITULO II

O MARKETING DE VAREJO

O que se entendo por marketing de varejo é a relação balconista

consumidores e entre eles infinitos produtos de consumo que podem ser vendidos

unitariamente ou em quantidades variadas. Numa visão mais aprofundada,

também podemos afirmar que o varejista é o que realiza a ponte entre os

fornecedores fabricantes, atacadistas, distribuidores e vende diretamente aos

consumidores finais. O varejista no Brasil vivencia diariamente sua atividade

comercial com certo domínio da relação fornecedor consumidor e por isso seu

negócio sobrevive desde os anos 60.

2.1 A VISÃO

Conforme entendimento de Kotler (2000), o varejo vem sofrendo

transformações no que tange a seu formato. Hoje há varejista de loja, varejista

sem loja e organizações de varejo. Assim como os produtos, o varejo passa por

um estagio de ciclo de vida do varejo, que seria: um novo formato de varejo

adentra no mercado, desfruta de um período de crescimento acelerado, por se

tratar de uma novidade, e logo atinge a maturidade e então declina.

Segundo Kotler (2000),

"... o varejo inclui todas as atividades relativas à venda de produtos ou serviços diretamente aos consumidores finais, para uso pessoal e não comercial. Um varejista ou uma loja de varejo é qualquer empreendimento comercial cujo faturamento provenha principalmente da venda de pequenos lotes no varejo". (KOTLER, 2000 p. 540)

Para Kotler (2000), novos formatos de varejo surgem para suprirem a

demanda especifica de consumidores quanto a níveis de serviços, que são

denominados: auto-serviço, seleção, serviço limitado e serviço completo, que será

explicado com maior detalhe logo adiante.

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Entretanto, Parente (2000) é adepto da idéia de que o varejo engloba

todas as atividades relacionadas ao processo de venda de produtos e ou

serviços, para atender a necessidade do consumidor final. Em sua ótica, o varejo

perseguia grandes volumes de vendas tendo como atrativo a qualidade e o

designer dos produtos, em seguida buscou-se as vendas tendo como

embasamento preços baixos, para finalmente se chegar à fase atual, que tem

como foco o cliente. Portanto, o ato de comprar tornou-se algo agradável,

prazeroso, e não um simples cumprimento de tarefa. Neste novo cenário varejista,

compra-se primeiramente a simpatia, o entusiasmo, a presteza do vendedor, para

posteriormente comprar-se o produto.

Conforme Parente (2000), o fato ocorre em virtude de uma significativa

mudança no comportamento do consumidor, que atualmente busca conforto,

agilidade e satisfação ao efetuar uma compra. Diante disso o marketing de varejo

depara-se com um grande desafio, que o impulsionará a buscar atualizações

periódicas, tais como: treinamento de pessoal, tecnologia, localização, etc. Desta

forma, chegamos à constatação de que o maior concorrente nesta nova realidade

varejista, não é a loja da esquina, mas sim, os gerentes e funcionários da loja da

esquina, o que agregar maior valor a seu atendimento, terá por conseqüente a

efetivação da compra. Assim, se constitui primordial e estratégico o papel do

marketing de varejo, que objetiva proporcionar aos clientes, prazer, magia e

encanto ao entrar em determinado local, com intuito de satisfazer uma

necessidade ou desejo, fazendo com que os mesmos tenham uma boa imagem

da empresa com os bons momentos vivenciados no local, o que os fará retornar

ao estabelecimento. É necessário além de encantar, ter compromisso com o

sucesso do cliente, relacionamento, portanto, é isto.

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Segundo McKenna (1992),

"O marketing de relacionamento é essencial ao desenvolvimento da liderança no mercado, à rápida aceitação de novos produtos e serviços e à consecução da fidelidade do consumidor. A criação de relações sólidas e duradouras é tarefa árdua, de difícil manutenção. Uma relação pessoal é a única forma de manter á fidelidade do cliente." (McKENNA, 1992 p. 105)

Para sobreviver em um mercado cada vez mais competitivo e

dinâmico, na ótica de McKenna (1992), as empresas precisam estabelecer

estratégias de maneira que permaneçam firmes diante as turbulências. Deve-se

então, conhecer a estrutura do mercado, seus clientes, prospectos, concorrentes,

investidores, fornecedores, promovendo um relacionamento próximo e duradouro

com eles. Isso influenciara diretamente no sucesso ou fracasso da organização,

pois clientes e outros direcionaram as mudanças que ocorrem no ambiente de

mercado, através de boas relações. Portanto, para se fazer marketing no varejo e

obter resultados, é preciso que todas as pessoas envolvidas no processo estejam

comprometidas com a visão da organização e com a nova realidade do varejo,

pois ao contrário, colocará em cheque todo trabalho desenvolvido para excelência

das ações pré-estabelecidas.

Conforme ainda McKenna (1992), outro aspecto que se deve ressaltar

é o desenvolvimento tecnológico que permitiu ao varejo maior dinamismo,

possibilitando a implantação de novas técnicas de controle de estoque,

distribuição, logística e relacionamento com clientes. O que para um segmento

tão imediatista agregou-se valor, pois se diferenciar onde não há diferencial, é

fazer com que os clientes construam um relacionamento emocional com a marca.

A importância do varejo como canal de distribuição desempenhando

importante papel no composto de marketing é destacado por Cobra (1997). Do

varejo dependem as decisões estratégicas de preço, comunicação e produto. A

mudança de estratégias do varejo afetara diretamente o mix de marketing dos

atacadistas e fabricantes. É preciso, portanto, haver uma consonância no que

tange as estratégias dos fabricantes e atacadistas no ponto de venda,

direcionadas ao consumidor, ao varejo.

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Peter (2003),9 é categórico ao afirmar que os varejistas proporcionam

benefícios tanto aos fornecedores (produtores e atacadistas) quanto aos

compradores. Aos primeiros porque lhes oferecem um modo eficiente de colocar

os produtos à disposição dos consumidores. E, devido à capacidade da

tecnologia moderna de acumular informações, eles também podem proporcionar

aos fornecedores dados úteis de pesquisa de mercado. A tecnologia vem agregar

ainda mais valor ao varejo, visto que se trata de um setor altamente dinâmico e

competitivo, que requer constantes e rápidas atualizações, proporcionando,

portanto, um aumento da quantidade e da qualidade das informações disponíveis

aos varejistas, tornando o relacionamento empresa - cliente ainda mais próximo, o

que resultara em satisfação plena, fidelidade e vantagem competitiva.

2.2.2 Marketing de Varejo no Brasil

Assevera Parente (2000), que o varejo vem assumindo uma importante

crescente no panorama empresarial do Brasil. Nos últimos anos, vem

atravessando um grande processo de transformação e profissionalização, o que

acelerou o ritmo de consolidação do setor. Com a chegada de multinacionais,

alguns setores viram-se obrigados a adequar-se a nova realidade, buscando

aprimoramento tecnológico e excelência no que tange a pessoal. Se por um lado

o varejo brasileiro se desenvolve a passos largos, por outro lado é necessário, por

parte dos profissionais do setor, constante atualização e a consciência de

mercado. Podemos entender assim, que o varejista deve ter claro o que quer e

precisa, deve conhecer seu produto, publico alvo, posicionamento em relação à

concorrência, localização, etc. Precisa, sobretudo conhecer o cliente e suas

razões de compras, para efetivamente manter um relacionamento pessoal com

ele. Seja o pequeno varejo ao maior varejista. Isso representará maior valor

agregado à empresa, diferencial, permanência no mercado com lucratividade.

No Brasil, o comercio varejista no conceito de Cobra (1997), se

classifica em natureza da linha de produtos vendidos; o numero de negócios

9 PETER, J. Paul e CHURCHILL, Gilbert A.3ª Ed. Saraiva, 2003

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próprios ou controlados; a ênfase relativa ao preço; a natureza do negocio

(definição do negocio) e o numero e a natureza das lojas vizinhas.

Conservando-se sob o enfoque abordado por Cobra (1997), a grande

maioria do comercio varejista em nosso país é composto por pequenas lojas, com

reduzido negocio, dirigido geralmente por apenas um ou dois donos e onde a

família trabalha. Sem duvidas, o varejo no Brasil esta em franca expansão,

buscando um maior aprimoramento e excelência no trato com o cliente. O varejo

no Brasil representa um papel importante, sobretudo por se tratar de um

segmento que segundo a ABRAS (Associação brasileira de Supermercado)

emprega três vezes mais do que no comercio atacadista, representando 6,2% do

PIB brasileiro.

2.2.3 Tipos de varejo

No concernente ao Brasil, na opinião de Parente (2000) os tipos mais

importantes de varejista para distribuição são hipermercados, supermercados,

lojas de conveniência, lojas de especialidades (açougues, varejões, padarias,

entre outros), mercearias e outros formatos.

De acordo com defesa de Kotler (2000), o varejo se divide em varejo

de loja, varejo sem loja e organizações de varejo. Os varejistas podem se

posicionar para oferecer um dos quatro níveis de serviços, o Auto Serviço;

Seleção (os próprios clientes selecionam os produtos); Serviço Limitado (há uma

maior variedade de mercadorias, e os clientes precisam de informações para

escolha de determinado item); Serviço Completo (vendedores estão disponíveis

para ajudar o cliente em todo processo de compra). O varejo sem loja pode ser

dividido em quatro categorias principais: venda direta, marketing direto, venda

automática, e serviços de compra.

• Venda direta - é a venda realizada porta a porta, aonde o vendedor vai

pessoalmente à casa do cliente oferecer o produto.

• Varejo de marketing direto - incluem o telemarketing, compras

eletrônicas.

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• Varejo de venda automática - são máquinas com uma variedade de

produtos disponíveis em escritórios, postos de gasolina, hotéis,

restaurantes, etc. É um elevado serviço, muitas das vezes disponibilizados

24 horas.

• Serviço de compra - atende a uma clientela específica, cujo comprador,

geralmente funcionários de grandes organizações, se associa e tem direito

de comprar de diversos varejistas que oferecem descontos.

Os principais tipos de varejo corporativo conforme Kotler (2000) são as

redes corporativas, voluntárias, cooperativas de varejo, cooperativas de

consumidores, franquias e conglomerados de comercialização. As organizações

corporativas de varejo têm maior poder de compra, maior reconhecimento da

marca e funcionários mais treinados.

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25

CAPITULO III

O PONTO DE VENDAS

3.1 TÁTICAS DE PDV – PONTOS DE VENDAS

3.1.1 Ações de merchandising

No conceito de Cobra (1997), merchandising é um conjunto de

operações táticas efetuadas, no ponto de vendas, para se colocar no mercado o

produto ou serviço certo, na quantidade certa, no preço certo, no tempo certo,

com impacto visual adequado e na exposição correta. Por conseguinte, entende-

se por merchandising estratégias de marketing utilizadas em Ponto de Vendas,

que tem por objetivo influenciar de forma direta na decisão de compra do

consumidor.

De acordo com Kotler (2000), como estimulo para motivar e efetivar a

compra, que está diretamente relacionada a fatores sensoriais e emocionais,

potencializando assim, o produto, marcas, serviços, garantindo a preferência do

consumidor explora-se os cinco sentidos: visão, audição, tato, olfato, paladar.

O Merchandising leciona Kotler (2000), tem ampla protuberância no

tocante à comercialização dos produtos e quanto ao resultado final desta, visto

que, com a soma de ações promocionais e materiais de ponto de vendas, controla

o último estágio da comunicação mercadológica, o instante da compra. O que

influenciará e determinará a escolha. Sabemos que a excelência nas ações de

merchandising, tem como objetivo chamar a atenção para o ponto de vendas,

evidenciando o produto, tornando-o acessível ao cliente, disponibilizando

informação, criando um ambiente favorável para compra. Neste sentido, podemos

chegar à conclusão que merchandising é o produto adequado, com apresentação

adequada, combinados com o momento e preços também apropriados. É

absolutamente imperioso, portanto, o estudo do Ponto de Vendas, utilizado como

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tática de marketing, a fim de alavancar as vendas, situar o produto e criar um

relacionamento mais próximo e duradouro com os clientes.

Segundo Blessa (2008),10

“... merchandising é qualquer técnica, ação ou material promocional usado no PDV que proporcione informação e melhor visibilidade a produtos, marcas ou serviço”.

Ela faz parte do conjunto e ações do marketing destinado a promover marcas e

produtos. Também é responsável pela apresentação em lojas e supermercados,

criando um espaço para uma melhor visibilidade.

De acordo com Las Casas (1993),11 merchandising é uma operação de

planejamento para se pôr no mercado o produto certo no tempo e em quantidades

certas, proporcionando um visual adequado e uma exposição correta. Do inglês,

merchandising, significa ação na mercadoria, que engloba todos os conceitos

mercadológicos (4 P´s) e não somente o produto em si. As ações de

merchandising no PDV servem para dar vida para o produto, destacá-lo entre os

demais e tornar a venda atraente. A exposição de cartazes, anúncios e

embalagens do produto pela loja estimula e desperta o interesse do consumidor

pelo produto, finalizando em uma compra.

A importância do Ponto de Vendas como tática de Marketing, conforme

opinião de Kotler (2000) é cada vez mais debatida entre profissionais de

marketing. Este crescente interesse pelo assunto se dá pela nova demanda

mercadológica, que projeta estes profissionais a buscarem um diferencial onde

não há diferencial, a atender a um novo perfil de consumidor, que sabe muito bem

o que quer, conhece as especificidades do que deseja, pesquisa detalhadamente

o seu concorrente, e além do mais, não tem tempo.

Segundo Kotler (2000)

10 BLESSA, Regina. O que é merchandising? http://www.boasideias.com.br/guiadomarketing - Aceso em novembro 2009 11 LAS CASAS, A.L. Marketing – Conceito, Exercícios e Casos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1993

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"Os profissionais de marketing possuem técnicas para estimular a demanda pelos produtos de uma empresa (...) gerentes de marketing procuram influenciar o nível, a velocidade e a composição da demanda para alcançar os objetivos da organização". (KOTLER, 2000 p. 27)

O Ponto de Vendas é defendido por Parente (2000), como o local em

que o produto será disponibilizado e comercializado, onde se realizará uma

comunicação dirigida, pautada nos cinco sentidos, a fim de reter a atenção e

estimular os consumidores a efetuarem a compra. Para isso serão utilizadas

ferramentas de comunicação que englobem o visual, aroma, cores, localização,

iluminação, sinalização, sonorização, novas tecnologias, entre outros, com intuito

de encantar o cliente, hipnotizá-lo, convencendo-o a entrar, manter-se e consumir

no devido estabelecimento.

Segundo Parente (2000, P.293):

"... as decisões sobre a apresentação dos produtos, planogramas, comunicação visual e sinalização devem despertar o interesse do consumidor e incentivá-lo a percorrer os vários estágios de compra". (PARENTE, 2000 p. 293)

Como é possível perceber, existem variadas maneiras de se trabalhar

o Ponto de Vendas, aonde a otimização de um trabalho em conjunto, unindo a

capacidade de criação - display, embalagens - com a capacidade de execução

positivarão as vendas (PARENTE, 2000).

Para Mello (2008)12, há pouco tempo atrás, a grande exposição de

informação para o consumidor através de jornal, outdoor, TV ou até mesmo a

internet, fazia muito efeito na decisão de compra. Hoje com o tempo cada vez

mais curto, o consumidor deixou de prestar atenção em venhas mídias, e o PDV

se tornou cada vez mais importante, pois é exatamente lá onde ele decide o que

vai comprar. De certa forma o PDV se tornou uma mídia e merece toda a atenção

das empresas, no desenvolvimento de peças publicitárias e de material de

propaganda.

12 MELLO, Bruno. Merchandising como ferramenta estratégica. www.mundodomarketing.com.br - Acesso em: novembro 2009

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De acordo com Cabrino (2008),13 todas essas mudanças de habito do

consumidor final têm levado as empresas a aumentarem seus investimentos em

Promoção e Merchandising no PDV. Pois é fundamental garantir que as ações de

Marketing realizadas em jornal, TV, rádio, internet, outdoors, juntamente com

preço competitivo, qualidade e boa distribuição, sejam concretizadas em vendas

no PDV.

3.1.2 Atuação da equipe no Ponto de Vendas

De acordo com a ótica de Parente (2000),14 o desempenho da equipe

no ponto de vendas é de soberana importância, segundo aja visto que o ponto de

vendas é o primeiro contato do cliente com o produto, esta equipe será a linha de

frente da empresa, sendo uma valiosa ferramenta que os profissionais de

marketing podem contar.

Conservando a linha de pensamento de Parente (2000), o fato de a

equipe ter um contato direto com o cliente, pode ser considerado o fundamental

fornecedor de dados e informações relevantes para o banco de dados. O

vendedor pode e deve se valer da comunicação verbal e não-verbal, de modo

que o cliente se envolva com a organização, com os serviços ou produtos

ofertados por ela. Um ambiente agradável, confortável e seguro, o bom

atendimento, a promoção de um relacionamento duradouro, tornando-o fiel a

organização, garante a satisfação do cliente.

3.1.3 O processo de Relacionamento no Ponto de Vendas

Através de pesquisa efetuada pela Consultoria Popai Brasil, 70% dos

consumidores decidem a compra no Ponto de Vendas. Mediante estes dados, as

organizações passaram a investir acentuadamente na comunicação dirigida ao

ponto de vendas. Desta forma, as organizações têm transformado o Ponto de

Vendas em Ponto de Relacionamento, gerando uma experiência de consumo,

13 CABRINO, Thiago. Aexcelencia: O ponto de venda. www.htmlstaff.org. Acesso em 1novembro 2009 14 PARENTE, J. Varejo no Brasil: gestão e estratégia, São Paulo: Atlas, 2000.

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aproximando o cliente da empresa, proporcionado ao mesmo, experiências que o

surpreenda, o que é favorável quando se trata da era do cliente.

Todavia, assevera Parente (2000), o Ponto de Vendas não deve ser

visto apenas como local de vendas ou obtenção de mais clientes deve ser visto

como local apto a captar a realidade do mercado, possibilitando as empresas uma

mensuração e reação mais rápida quanto às mudanças, delimitando e planejando

melhores ações de marketing.

Deste modo, o Ponto de Vendas é considerado uma ferramenta tática,

estratégica, podendo ser utilizado como meio de informação, motivação,

persuasão, relacionamento e criação de valor. É no Ponto de Vendas que o

cliente geralmente está aberto à recepção de estímulos, e como o ato de comprar

está diretamente ligado a fatores emocionais e sensoriais, é de grande valia a

utilização de técnicas que gerem estímulos positivos no cliente, motivando e

potencializando sua decisão de compra, otimizando a imagem organizacional e,

por conseguinte determinando lucros para organização.

3.2 PROMOÇÕES DE PONTO DE VENDA

Para Las Casas (1993),15 o papel da promoção de vendas é bastante

diversificado. As empresas devem contar com essa ferramenta para completar as

ações de Marketing. Portanto, ela serve de apoio para as demais ferramentas e

deve estar dentro do padrão estabelecido no plano de marketing da empresa.

Existem diversas formas de promoção como as Exposições e Feiras, Amostras,

Prêmios e Vales Brindes, Cupons, Concursos e Jogos e também desfiles de

moda, Shows e outros.

Para Sebrae (2008),16 o objetivo das promoções é ampliar o volume de

vendas de uma empresa. E geralmente é utilizada em situações como para

introduzir um novo produto no mercado, ou quando se deseja ampliar a demanda

15 LAS CASAS, Alexandre L. Marketing. Conceitos, Exercícios e casos. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1993 16 SEBRAE. Promoção no Ponto de Vendas. http://www.sebrae.com.br/momento/quero-abrir-um-negocio/planeje-sua-empresa/vendas/616-politicas-de-vendas/BIA_616/integra_bia>. Acesso EM novembro 2009

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de um produto. Também é utilizada para renovar ou identificar a imagem da

marca do produto e provocar o interesse do consumidor por produtos com baixa

rotação.

3.3 PDV’S VIRTUAIS

Para Cabrino (2008), o e-business atua em três áreas - serviços

oferecidos aos clientes, o comércio e a colaboração empresarial. As lojas virtuais

não precisam ser chamativas, mas necessitam de uma ótima funcionalidade e

que alcancem os desejos de cada um dos clientes. Isso acaba trazendo ações

fortes e bem estruturadas, pois a rede é muito variada e contêm muitos usuários.

3.4 O SEGMENTO DE VAREJO

Conforme entende Blessa (2003),17 entende-se merchandising como

qualquer técnica, ação ou material promocional usado no ponto-de-venda que

proporcione informação e melhor visibilidade a produtos, marcas ou serviços, com

o propósito de motivar e influenciar as decisões de compra dos consumidores.

O merchandising e suas técnicas ganham cada vez mais espaço nos

planos de comunicação das empresas. Isso se deve ao fato de que no varejo uma

propaganda bem feita, com anúncios e comercias bem produzidos e posicionados

não garantem efetivamente o resultado em vendas, por esta razão às empresas

se voltaram para novas possibilidades de investimento em merchandising no

ponto-de-venda.

“... para garantir que todo seu esforço de meses em planejamento e divulgação não seja perdido naqueles segundos finais que o cliente leva para decidir se comprará seu produto ou o do concorrente” (BLESSA, 2003, p. 18)

17 BLESSA, R. Merchandising no ponto-de-venda. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2003.

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Todavia, para Lupetti (2007),18 nenhuma técnica ou ferramenta de

comunicação mercadológica é eficiente se tratada de forma isolada. É necessário

que as empresas entendam que a comunicação mercadológica deve ser tratada

com rigor estratégico e, como tal, o seu planejamento deve resultar na integração

de todas as ferramentas e técnicas, tanto de marketing como de comunicação

mercadológica.

Além disso, Segundo Zenone (2005, p. 60),

“... deve-se também ter a “preocupação de inter-relacionar a comunicação interna com a externa, envolvendo todos os departamentos de uma empresa” (ZENONE, 2005, p.60).

Em vista disso, ressalta-se que a comunicação mercadológica de uma

empresa, mesmo privilegiando ações de merchandising no ponto-de-venda

deverá ser planejada levando em consideração todos os campos de influência,

todos os envolvidos. Em resumo, a comunicação mercadológica deverá ser

pensada e tratada de forma holística, conforme se demonstra na figura abaixo.

O merchandising no entender de Zenone (2005), como uma estratégia

de comunicação mercadológica tem como objetivos de marketing:

a) Vender mais e melhor;

b) Incrementar o número de consumidores;

c) Reduzir custos.

Ou seja, para que um merchandising obtenha um bom resultados ele

deverá ser capaz de aumentar as vendas em curto prazo, por meio da boa

exposição da marca e produtos; ampliar o número de consumidores – um

merchandising eficiente atrai todos de forma constante e reduzir os principais

custos de um ponto-de-venda. Além disso, a criatividade, a abordagem e os

materiais de apoio como cartazetes, bandeirolas, banners, displays, infláveis, etc

deverão homogeneizar a comunicação da campanha promocional.

18 LUPETTI, M. Gestão estratégica da comunicação mercadológica. São Paulo: Thomson Learning, 2007

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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO MERCHANDISING A INTEGRAÇÃO DA COMUNICAÇÃO MERCADOLÓGICA.

Fonte: Adaptado de ZENONE, 2005, p. 60.

3.4.1 Aspectos competitivos

No entender de Dunne & Lusch (1999),19 o varejo consiste da atividade

final e passos necessários para colocar a mercadoria feita nas mãos do

consumidor ou para prover serviços para o consumidor. Esta definição sugere

uma atividade básica, mas também dinâmica e sujeita a grande competição. Os

mesmos autores complementam que os varejistas que controlam, melhor que a

concorrência, os custos incorridos depois que a mercadoria é adquirida obtêm

uma performance melhor.

O processo de contínua mudança no varejo ocorre como resultado de

mudanças originadas no ambiente externo e interno das empresas. No tocante ao

ambiente exógeno este fenômeno pode ser entendido exemplificado pela análise

das mudanças tecnológicas e que permitiram o surgimento e expansão do varejo

eletrônico, outro aspecto significativo a ser considerado são as mudanças

demográficas, entre elas, por exemplo, a maior participação das mulheres na

força de trabalho e suas implicações sobre oportunidades e processos de compra.

19 DUNE P. e LUSCH R. F. Retailing 3ª ed, EUA: Dryden press, 1999.

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Dunne & Lusch (1999), relacionam uma série de variáveis ambientais

externas a serem monitoradas pelo varejistas, entre elas o ambiente sócio

econômico, o estado da tecnologia, o sistema ético e legal, o comportamento da

competição, o comportamento dos consumidores e o comportamento do canal de

distribuição.

O conceito clássico utilizado para explicar as mudanças associadas às

configurações operacionais das instituições varejistas é o de roda do varejo, que

representa as fases do processo de transformação nas formas de operação das

empresas do setor.

Conforme Lewy e Weitz (2000),20 o ciclo começa com os varejistas

atraindo clientes com ofertas de preços baixos e pouco serviço. Com o passar do

tempo, esses varejistas querem expandir seu mercado e começam a estocar

mercadorias mais caras, fornecer mais serviços e abrir lojas em locais mais

acessíveis. Esse processo de trocas aumenta os custos do varejista e os preços

de suas mercadorias, criando oportunidades para que novos varejistas de preços

baixos entrem no mercado. Um caso muito citado, que exemplificaria esta teoria,

seria o processo de expansão e queda das lojas de departamentos.

Pode-se perceber dos aspectos anteriormente mencionados que a

realidade do varejo é de contínua mudança e que a busca da criação de uma

vantagem competitiva sobre as empresas concorrentes deve ser uma

preocupação constante.

O conceito de vantagem competitiva desenvolvido por Porter (1986),21

segundo o qual a busca de rentabilidade pelas empresas passa por estratégias

básicas para a criação de um valor que a empresa consegue criar para seus

compradores e que ultrapassa seus concorrentes. No tocante as formas de

criação desta vantagem tem-se duas estratégias puras, que são: a estratégia da

diferenciação, segundo a qual uma empresa oferta produtos e serviços

20 LEVY M. e WEITZ B. A, Administração de varejo, São Paulo: Atlas, 2000.

21 PORTER, M. Estratégia competitiva; técnicas para a análise de indústrias e da concorrência. Rio de Janeiro: Campus, 1986.

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percebidos como de qualidade superior relativamente aos concorrentes ou a

estratégia de custos baixos, neste caso o diferencial percebido está associado

aos preços inferiores percebidos pelos consumidores.

Como se pode perceber no movimento de transformação das

instituições de varejo, estas duas estratégias podem aparecem de forma

integrada sendo que por vezes imprimem uma pressão competitiva de tal

magnitude que as instituições que não conseguem incorporar esta mudança,

acabam por desaparecer. Este problema realça a importância da busca da

eficiência das empresas varejistas, pois ela atuaria como um sinalizador

importante para o direcionamento das estratégias e dos formatos das lojas. Dada

a importância do varejo de auto-serviço e sua relevância na atualidade, será

enfocado como o panorama competitivo gerou mudanças no tocante ao aspecto

eficiência das empresas atuantes neste segmento.

3.4.2 A questão da eficiência

Uma das formas muito utilizadas para medir a eficiência é comparar-se

os resultados alcançados com os recursos disponíveis, a chamada eficiência

interna.

Conforme assevera Belloni (2000),22 o critério de eficiência na

produção está associado aos conceitos de racionalidade econômica e de

produtividade material e revela a capacidade da organização de produzir um

máximo de resultados com um mínimo de recursos. Assim, a produtividade de

uma organização é um conceito que está associado às quantidades dos recursos

empregados para realizar suas atividades e às quantidades de resultados

gerados por essas atividades.

22 BELLONI, José Ângelo. Uma Metodologia de avaliação da eficiência produtiva de Universidade Federais Brasileiras. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, do Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas, da Universidade Federal de Santa Catarina. Florianápolis: UFSC, 2000.

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Charnes, Cooper e Rhodes (1978),23 propuseram um modelo de

avaliação da eficiência, que ficou conhecido como modelo CCR, dos sobrenomes

dos autores, e deu origem a um complexo de modelos e técnicas de construção

de fronteiras de produção e medidas de eficiência relativa conhecido como

análise por envoltória de dados.

A análise por envoltória de dados para determinação de eficiência

relativa, não requer o prévio estabelecimento de uma forma funcional e nem a

definição de pesos para os vários insumos e produtos, cujas importâncias

relativas não podem ser definidas. Isso possibilita que cada unidade analisada

seja valorada com o que tem de melhor, constituindo-se em uma alternativa aos

métodos tradicionais de avaliação de desempenho.

23 CHARNES, A.; COOPER, W. W.; RHODES, E. Measuring the efficiency of decision making units. European Journal of Operational Research, 1978.

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CONCLUSÃO

As ações realizadas no PDV estão cada vez mais freqüentes e

inovadoras. Em quase todos os supermercados podemos observar algum tipo de

ação. Porém as devem estar muito bem estruturadas para a realização dessas

ações. Disponibilizar 0800 para as equipes de promoção, manter promoters de

reservas, para eventualidades, fornecer treinamento e material suficiente, são

indispensáveis para uma excelente ação de promoção/merchandising. Os

gestores de marketing devem analisar relatórios e acompanhar de perto os

resultados obtidos para assim poderem alterar ou incrementar suas ações.

Levando-se em conta o que foi observado, o merchandising é uma importante

técnica de comunicação, mas para dar resultado deverá ser planejado com rigor

estratégico.

Todas as suas técnicas deverão ser trabalhadas de forma a causar

impacto no ato de decisão de compra do consumidor, ou seja, no ponto-de-venda.

É no ponto-de-venda que todo o esforço de comunicação faz sentido ou não.

Desse modo, o merchandising não é uma técnica de comunicação mercadológica

isolada e como tal a sua eficiência será determinada pela integração de todas as

outras técnicas.

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BIBLIOGRAFIAS

BELLONI, José Ângelo. Uma Metodologia de avaliação da eficiência produtiva de Universidade Federais Brasileiras. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, do Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas, da Universidade Federal de Santa Catarina. Florianápolis: UFSC, 2000.

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______________. O que é merchandising? http://www.boasideias.com.br/guiadomarketing - Aceso em novembro 2009

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