universidade candido mendes pÓs-graduaÇÃo … filee permitir que a água configura-se em estado...
TRANSCRIPT
![Page 1: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/1.jpg)
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
ESPORTE: UM DIREITO FUNDAMENTAL DA CRIANÇA.
Por: Rafael de Sousa Pinheiro
Orientador
Prof. Willian Rocha
Rio de Janeiro
2012
![Page 2: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/2.jpg)
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
ESPORTE: UM DIREITO FUNDAMENTAL DA CRIANÇA.
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Direito Desportivo.
Por: Rafael de Sousa Pinheiro.
![Page 3: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/3.jpg)
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Apolo (Deus do sol) por aquecer este planeta
e permitir que a água configura-se em estado liquido, agradeço também a
Netuno (Deus da água), por administrar o equilíbrio e assim permitir o
desenvolvimento de possíveis vidas marinhas, ainda em minha caminhada de
reconhecimentos agradeço a Éolos (Deus do vento) por soprar pela terra o
oxigênio que respiramos, permitindo a evolução dos seres vivos à existência
agora em terra.
Diante de tal evolução, sou grato a todos que participaram desta minha
empreitada seja de forma direta ou indireta, todos foram o combustível que me
deu energia de chegar até aqui.
Ainda em agradecimento aos Deuses, sou grato a Cupido (Deus do amor)
por permitir que o amor nascesse entre meus pais, nascendo assim a
possibilidade de uma nova vida, que hoje vos escreve, ainda em gratidão a
Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital com a princesa Camile.
Tenho ainda gratidão a Penates (Deus da família) por circundar-me das
pessoas que hoje chamo de família, minha irmã, meu cunhado, meus
sobrinhos, meu sogro, minha sogra, minha cunhada e seu noivo e todos que
por mim tenha vinculo.
Sem esquecer-me dos que não figuram mais entre nós, sou imensamente
grato a Manes (Deus guardião dos parentes mortos), por me dar a
tranqüilidade de desenvolver meus pensamentos sem estar atribulado com o
sentimento de falta, restando em mim somente a saudade.
Derradeiramente agradeço imensamente a Júpiter (Deus dos deuses) e
sua esposa Juno (rainha dos deuses, casada com Júpiter), por respeitar e
admitir todos os trames de minha vida, como engrenagens de um relógio
perfeito sem saber a hora de parar.
Enfim, obrigado universo inexplicável, por tudo e por todos.
![Page 4: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/4.jpg)
4
DEDICATÓRIA
Dedico meu trabalho a todos que estiveram ao meu lado e
me ajudaram a concluir mais esta etapa da minha vida,
em especial dedico aos meus sobrinhos e espero servir
de exemplo e admiração para formação de suas
personalidades.
Esse momento tão feliz de minha vida dedico a vocês:
Antonio Pinheiro Marinalva Pinheiro Cristiane Pinheiro
Walber A. Silva Gustavo P. Silva
Arthur P. Silva Camile F. Micho
![Page 5: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/5.jpg)
5
...”Quem me dera ao menos uma vez
provar que quem tem mais do que precisa
ter quase sempre se convence que não
tem o bastante fala demais por não ter
nada a dizer.”... (Autoria Renato Russo,
música Índios: Álbum Dois - 1986).
![Page 6: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/6.jpg)
6
RESUMO
Com advento da tecnologia, as crianças do século XXI encaram um
excesso de informações virtuais, contudo, são distanciadas das atividades
físicas.
É comum encontrar uma criança nos dias hodiernos que não tenha
noção alguma do que seria pular elástico, ou um menino do século XXI que
não conhece a brincadeira de cama de gato com barbante.
Sim, esta é a realidade da infância atual. Por outro lado, uma criança de
4 anos já sabe manusear um celular como ninguém.
É nesse desequilíbrio que o presente trabalho irá focar, onde, diante das
limitações sofridas pela criança hodiernamente, está a constituição atingindo
seu objetivo de fomentar o esporte como um direito social essencial a todos?
A presente pesquisa entende que sim, principalmente quando o esporte
é o não-formal, esta é uma realidade do Estado moderno, ainda que existam
praças mal cuidadas, existe uma grande gama de atrativos de lazer voltado
para as crianças, certo que nas periferias tais investimentos são menores, mas,
ainda assim, existem.
Onde se figurou uma situação mais omissa foi no desporto de
competição, haja vista, que nessa forma o desporto é uma faculdade da
criança, saindo da esfera de direitos fundamentais de segunda geração,
assentando-se como direito fundamental de terceira geração.
![Page 7: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/7.jpg)
7
METODOLOGIA
Diante dos longos anos observando o desporto infantil pelo foco da
educação física, surge o interesse de investigar o desporto agora pela vertente
jurídica.
O método utilizado foi de pesquisa bibliográfica, com assentamento nas
mais variadas doutrinas que versam sobre os direitos fundamentais e outras
doutrinas que versam sobre desporto aplicado a criança, bem como as mais
variadas leis que ditam as regras inerentes às crianças, sejam elas da
educação, do desporto, ou do cidadão.
Após a averiguação dos textos, começa o frutuoso trabalho de conectar
os institutos, onde pegamos o direito fundamental e aplicamos a criança
usando como instrumento o desporto.
Assim alcançando a máxima do Desporto como um direito Fundamental
da Criança.
![Page 8: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/8.jpg)
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I - A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL E O
DESPORTO COMO DIREITO FUNDAMENTAL. 11 CAPÍTULO II - O DESPORTO COMO DIREITO FUNDAMENTAL
DE 2ª E 3ª GERAÇÕES. 17
CAPÍTULO III - AS LEIS INFRACONSTITUCIONAIS QUE
ASSEGURAM O ACESSO DA CRIANÇA AO DESPORTO 23
CONCLUSÃO 29
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 31
BIBLIOGRAFIA CITADA (opcional) 33
ÍNDICE 37
FOLHA DE AVALIAÇÃO 39
![Page 9: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/9.jpg)
9
![Page 10: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/10.jpg)
10
INTRODUÇÃO
Era uma vez, Mariazinha, uma menina de 8 anos, no pátio da Escola,
sozinha, sentada no banquinho perto da quadra, adicionando informações de
seu dia a dia no twitter através de seu Iphone...
Orkut, Facebook, Ipad, Smartphones, entre outros são as atuais
terminologias globais que marcam a passagem de nossa geração por esse
planeta. Diante de tanta tecnologia não nos traz estranheza a estória retro
contada no texto.
Mas, pasmem, conduta de criança sempre foi correr, pular, brincar e
não passar o recreio (momento em que a criança tem para extravasar suas
energias e consumir novas) apaticamente num banco. Com fulcro na sociologia
de Durkheim “fatos sociais são ‘coisas’. São maneiras de agir, pensar e sentir
exteriores ao indivíduo...”.
Destarte, observamos as modificações dos fatos sociais. Na década de
90, no intervalo de uma escola, se existisse uma criança quieta em um banco
apática enquanto a massa de crianças corriam, brincavam e até mesmo
brigavam (conduta de criança), os inspetores logo estranhariam tornando-se
alvo de observação dos mesmos por uma conduta não comum.
Ao exercemos uma observação nos pátios escolares hodiernos é
comum ver a massa de crianças sentadas interagindo com seu equipamento
eletrônico, ao passo que aquela criança que corre e brinca demais atrai a
atenção dos diretores da escola ganhando nomenclatura de “Hiperativo”.
Diante desse exposto nasce a necessidade de investigar a atuação do
Estado junto a formação das crianças diante da garantia constitucional que lhes
é dada como direito social e nas mais diversas leis que as reforçam.
Com o avanço tecnológico que assola o mundo hodierno, surge uma
questão, diante das limitações sofridas pela criança hodiernamente, está a
constituição atingindo seu objetivo de fomentar o esporte como um direito
social essencial a todos?
Diante desta indagação o legislador assegurou a criança, em inúmeros
instrumentos legais, o direito a prática de esportes seja por forma educacional,
![Page 11: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/11.jpg)
11
ou até mesmo para lhe asseguram um desenvolvimento integral do homem e
uma vida adulta digna. Instrumentos esses que esmiuçaremos no decorrer do
trabalho, que são:
CRFB/88 (direitos fundamentais);
Lei 8069/90 (estatuto da criança e do adolescente);
Lei 9394/93 (lei de diretrizes e bases da educação);
Lei 9615/98 (lei geral do desporto);
Carta Internacional da Educação Física e Desportos.
Destarte, o presente trabalho foca como objetivo principal investigar as
leis positivadas do ordenamento pátrio a fim de identificar o direito fundamental
da criança de acesso ao esporte e posteriormente buscar a efetivação do
direito fundamental da criança de acesso ao esporte.
Onde, Diante das inúmeras legislações que asseguram a criança o
direito de praticar esportes, nota-se uma preocupação do legislador em efetivar
esse direito. Contudo, observa-se na prática uma omissão do poder público em
transformar tal direito em realidade, ou seja, praticamente não há iniciativa dos
governantes em promover acesso ao esporte, de modo que é notório o
afastamento das crianças dos ambientes desportivos, sejam eles desporto
educacional, de participação ou de alto rendimento.
![Page 12: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/12.jpg)
12
CAPÍTULO I
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL E O DESPORTO
COMO DIREITO FUNDAMENTAL.
“Ninguém é tão sábio que nada tenha para aprender,
nem tão tolo que nada tenha pra ensinar.” (Blaise Pascoal).
Com a evolução do Estado vislumbrou-se que muito mais econômico
para o Estado seria prevenir ao que remediar,. São várias as ações do Estado
em prevenção, como por exemplo, a AIDS, em que hoje se assiste uma
campanha de conscientização ao uso da camisinha a fim de evitar uma
desencadeada proliferação do vírus, trazendo assim ao Estado um excessivo
gasto com medicamentos.
Dessa forma é possível em qualquer postinho de saúde encontrar
camisinhas, logo o que é mais oneroso aos cofres públicos? Um preservativo
ou o tratamento de um cidadão soro positivo? Outra campanha visível de
prevenção é a da dengue, onde o Estado antes do período das chuvas do
verão já faz uma abissal campanha de conscientização da população, a fim de
evitar a epidemia de dengue, logo o que é mais oneroso aos cofres públicos? O
material publicitário ou o gasto na saúde com a internação dos cidadãos
infectados com dengue.
Neste mesmo diapasão, já se é possível perceber este pensamento na
cabeça do legislador ao editar inúmeros instrumentos de lei a fim de dar a
criança o acesso ao esporte, uma vez que essa pode ser uma conduta
preventiva. Marco Aurélio Paganella aponta em seu trabalho que “Segundo
dados/estimativas extra-oficiais da ONU - Organização das Nações Unidas,
para cada U$$ 1,00 (um dólar) investido no esporte, U$$ 3,00 (três dólares)
com hospitais, remédios, médicos, etc. são economizados”1
1 O esporte como direito fundamental e como instrumento de políticas públicas, sociais e educacionais, trabalho monográfico autor Marco Aurélio Paganella, extraído da página 1, publicado por http://br.monografias.com/trabalhos910/o-esporte-como/o-esporte-como2.shtml.
![Page 13: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/13.jpg)
13
Dessarte, torna-se visível a importância do esporte na sociedade, sendo
assim, tanto o legislador quanto o administrador do Estado passaram a dar
devida vênia ao esporte implantando-o assim em diversos diplomas legais.
Essa importância ficou extremamente declarada quando o legislador
originário instituiu na Carta Magna de 1988 a obrigação do Estado de fomentar
o Esporte, sendo esta a “primeira Constituição do Brasil a tratar o desporto
como um direito social e fundamental, garantindo aos indivíduos a condição de
cobrar do Poder Público o fomento das atividades desportivas, através de
várias ferramentas, como a Ação Civil Pública e a Ação Popular, por exemplo”.2
Bonavides pondera que “os direitos fundamentais propriamente ditos
são, na essência, entende ele, os direitos do homem livre e isolado, direitos
que possui em face do Estado.”3
Após os idos dos séculos XVIII, onde, “esculpido pelo gênio político
francês, exprimiu em três cardeais todo o conteúdo possível dos direitos
fundamentais, são eles: liberdade, igualdade e fraternidade.”4 Nascendo assim
os direitos fundamentais inerentes ao homem, Carl Schmitt os define como, “os
direitos fundamentais são aqueles direitos que receberam da Constituição um
grau mais elevado de garantia ou de segurança; ou são imutáveis ou pelo
menos de mudança dificultada, a saber, direitos unicamente alteráveis
mediante lei de emenda à Constituição.”5
O Poder Constituinte Originário estabeleceu no Titulo II da Constituição
Federal de 1988 os direitos e garantias fundamentais, subdivididos em cinco
capítulos: direitos individuais e coletivos; direitos sociais; nacionalidade; direitos
políticos e partidos políticos. Segundo Moraes, “hodiernamente a doutrina
classifica os direitos fundamentais em de: primeira, segunda e terceira
gerações, baseando-se na ordem histórica cronológica em que passaram a ser
constitucionalmente reconhecidos.“6
2 FERRARO, Leonardo. Direitos fundamentais e desporto, compêndio, Curso de Direito Desportivo Sistêmico Vol. II. São Paulo: Quartier Latin, 2010. Pag. 300. 3 BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional, 26º Ed. São Paulo, Malheiros, 2011.p561. 4 BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional, 26º Ed. São Paulo, Malheiros, 2011.p562. 5 Carl Schmitt, Verfassungslehre. PP 163/173. 6 MORAES, Alexandre. Direito Constitucional, 20ªEd. São Paulo, Atlas, 2006. P26.
![Page 14: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/14.jpg)
14
Luiz Alberto David Araujo assevera que:
"Os direitos fundamentais podem ser conceituados como a categoria jurídica instituída com a finalidade de proteger a dignidade humana em todas as dimensões. Por isso, tal qual o ser humano, tem natureza polifacética, buscando resguardar o homem na sua liberdade (direitos individuais), nas suas necessidades (direitos sociais, econômicos e culturais) e na sua preservação (direitos relacionados á fraternidade e á solidariedade)."7
Destarte, Moraes descreve as seguintes definições:
“...direitos fundamentais de primeira geração são os direitos e garantias individuais e políticos clássicos (liberdades públicas), surgidos institucionalmente a partir da Carta Magna. ... direitos fundamentais de segunda geração, que são os direitos sociais, econômicos e culturais, surgidos no início do século... ... direitos fundamentais de terceira geração os chamados direitos de solidariedade ou fraternidade, que englobam o direito a um meio ambiente equilibrado,8 uma saudável qualidade de vida, ao progresso, à paz, à autodeterminação dos povos e a outros direitos difusos, que são, no dizer de José Marcelo Vigliar, os interesses de grupos menos determinados de pessoas, sendo que entre elas não há vínculo jurídico ou fático muito preciso.”9
Lenza, aponta em seu livro que o inicio do século XX é marcado pela
primeira grande guerra e pela fixação de direitos sociais. Destarte, o lazer
passou a ser um direito do cidadão.
Sendo assim, o desporto passou a ser um direito público subjetivo
“considerado indispensável à pessoa humana, garantindo a todos uma
existência digna, livre e igual.”10
Por certo que os direitos fundamentais de 2ª geração acastelam os
direitos sociais, culturais e econômicos, correspondendo aos direitos de
igualdade, observamos que o desporto garante a aplicabilidade desse direito
7 Curso de direito constitucional. 3ª ed. São Paulo : Saraiva, 1999, p. 71-2. 8 Conforme afirmou o STF, “Direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado: a consagração constitucional de um típico direito de terceira geração” (RTJ 155/206). 9 MORAES, Alexandre. Direito Constitucional, 20ªEd. São Paulo, Atlas, 2006. P27. 10 PINHO, Rodrigo Cesar Rebello. In: Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais, 2ª Ed. São Paulo: Saraiva, p 60.
![Page 15: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/15.jpg)
15
de igualdade por natureza, pense no fato de duas crianças praticantes de judô,
onde, de um lado do dojo está uma jovem oriunda de família tradicional
moradora da zona mais nobre da cidade, portadora de boa situação econômica
e na outra extremidade do dojo apresenta-se a outra criança, oriunda da favela,
portadora de baixa situação econômica, que muitas vezes não possui
condições de comprar o judogui (roupa para prática do judô), onde conheceu o
esporte por intermédio de projeto social, agora pasmem, ali dentro daquele
âmbito os dois possuem paridades de chance de derrota ou de vitória.
Naquele momento, em regra o árbitro não olha a quem, apenas arbitra
de forma justa a luta,. perceba a aplicação do verdadeiro direito social
igualdade sobre estas crianças, uma vez que pelo esporte as pessoas muitas
vezes conseguem não se ater aos preconceitos estereotipais, mas sim
unicamente ao talento do atleta,. desta forma é comum se ver uma nação
torcendo por um jogador de futebol negro, por uma lutadora oriunda de
comunidades carentes e até mesmo uma nadadora homossexual. Esta é a
maior provação de que o desporto é capaz de promover a eficiente aplicação
do direito de igualdade à criança cidadã.
Ferraro vai além, e defende a Ação Civil Pública e a Ação Popular como
ferramentas de cobrar do poder público o fomento das praticas esportivas.
Defende, ainda, o direito ao esporte como sendo um daqueles “considerados
indispensáveis à pessoa humana, necessários para assegurar a todos uma
existência digna, livre e igual”11
O direito da criança à prática do esporte é vislumbrado no art. 217,
incisos e parágrafos de nossa carta que diz:
Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada um, observados:
I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto a sua organização e funcionamento;
II - a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto educacional e, em casos específicos, para a do desporto de alto rendimento;
III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não- profissional;
IV - a proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação nacional.
11 FERRARO, Leonardo. Curso de Direito Desportivo Sistêmico. Vol. II – ED. Quartier Latin do Brasil – SP – 2010. P 300.
![Page 16: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/16.jpg)
16
§ 1º - O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.
§ 2º - A justiça desportiva terá o prazo máximo de sessenta dias, contados da instauração do processo, para proferir decisão final.
§ 3º - O Poder Público incentivará o lazer, como forma de promoção social.
É possível perceber que o artigo 217 seus parágrafos e incisos da
Constituição Federal, abarcam-se como direitos fundamentais de gerações
distintas, uma vez que versa sobre desporto de participação, educacional e de
rendimento.
![Page 17: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/17.jpg)
17
CAPÍTULO II
O DESPORTO COMO DIREITO FUNDAMENTAL DE 2ª E 3ª
GERAÇÕES.
Nascidos a partir do século XX, em decorrência das péssimas situações
e condições de trabalho, marcado pela Primeira Grande Guerra e pela fixação
de direitos sociais, surge os direitos fundamentais de segunda geração,
facilmente vislumbrado na Constituição de Weimar, de 1919 (Alemanha), e pelo
Tratado de Versalhes, 1919 (OIT).12
Destarte, percebe-se que os direitos fundamentais de segunda geração
“nasceram abraçados ao princípio da igualdade, do qual não se podem
separar, pois fazê-lo equivaleria a desmembrá-los da razão de ser que os
ampara e estimula.”13
Contudo, os direitos fundamentais enfrentaram grandes dificuldades a
fim de alcançar a eficácia plena, é o que nos aponta Bonavides:
... passaram primeiro por um ciclo de baixa normatividade ou tiveram eficácia duvidosa, em virtude de sua própria natureza de direitos que exigem do Estado determinadas prestações materiais nem sempre resgatáveis por exiguidade, carência ou limitação essencial de meios e recursos.14
Vale a pena ressaltar, dificuldades essas que se encontram até os dias
hodiernos, uma vez que, em pleno século XXI é possível ver o descaso do
poder público, em fornecer a criança cidadã seus direitos sociais, como a
pratica de esportes nas escolas, em locais dignos e próprios à prática do
desporto escolar, (quadra poliesportiva coberta).
Entretanto, esta realidade de aplicabilidade dos direitos sociais só
alcançou os grandes centros e zonas nobres do Estado, haja vista, que nas
periferias ainda é comum ver crianças brincando numa praça abandonada, mal 12 LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 14ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2010. P740. 13 BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional, 26º Ed. São Paulo, Malheiros, 2011.p564. 14BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional, 26º Ed. São Paulo, Malheiros, 2011.p564.
![Page 18: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/18.jpg)
18
iluminadas, muitas vezes com restos de obras servindo de brinquedos
(manilhas, pedaços de ferro e outros).
Filho, Wanderley Rebello diz, “que deveria haver pelo menos uma
quadra polivalente para esportes em cada bairro, em cada praça, em cada
esquina, para assim manter as crianças e os adolescentes afastados das
drogas e da criminalidade, gastando suas energias em algo útil e saudável Ele
ainda afirma que a inclusão social através do esporte é apenas mais um dos
direitos fundamentais que não são respeitados.”15
Passando a uma avaliação sobre o mandamento constitucional pátrio
inscrito sob o art. 217 caput da CF/88, faz-se necessário uma avaliação acerca
do sentido de fomentar, segundo o lexicógrafo Ferreira, Aurélio fomentar
significa: 1.Promover o desenvolvimento de; estimular. 2. Excitar, incitar...16
Dessa forma, se o mandamento diz, Art. 217 CF/88. É dever do Estado
fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada um,
lê-se, é dever do Estado manter praças, ciclovias, ambiente desportivo intra
escolares em condições dignas de uso como direito de cada um seja adulto,
quanto mais, criança cidadã.
Mais fácil de perceber o quanto o desporto é um direito fundamental de
2ª geração inerente a criança cidadã, se faz na leitura das palavras revoltadas
de Filho, Wanderley Rabello:
O esporte atrai! O esporte afasta as crianças e os adolescente do mundo das drogas e da violência nas ruas. O que representa, para nós, um par de tênis? Nada. É só o início de uma atividade esportiva: vou calçar um tênis e correr, e jogar... Mas, o que representa para uma criança pobre um par de tênis, ao que ela dificilmente terá acesso? Crianças, milhares de crianças que dormem nas ruas do Estado do Rio de Janeiro, e são milhões em nosso planeta, jamais terão um bom tênis para correr e jogar, ou para brincar.17
Bonavides descreve em sua doutrina Curso de Direito Constitucional a
abissal importância dos direitos fundamentais sociais (2ª geração):
15 FILHO, Wanderley Rebello. O Esporte e o Meio Ambiente como Direitos Humanos Fundamentais: Curso de Direito Desportivo Sistêmico. Vol II: São Paulo: Ed. Quartier Latin do Brasil, 2010.p295. 16 FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Aurélio: o dicionário da língua portuguesa. Curitiba: Ed. Positivo;2008.p252. 17 FILHO, Wanderley Rebello. O Esporte e o Meio Ambiente como Direitos Humanos Fundamentais: Curso de Direito Desportivo Sistêmico. Vol II: São Paulo: Ed. Quartier Latin do Brasil, 2010.p294.
![Page 19: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/19.jpg)
19
os direitos sociais fizeram nascer a consciência de que tão importante quanto salvaguardar o indivíduo, conforme ocorreria na concepção clássica dos direitos da liberdade, era proteger a instituição, uma realidade social muito mais rica e aberta à participação criativa e à valoração da personalidade que o quadro tradicional da solidão individualista, onde se formara o culto liberal do homem abstrato e insulado, sem a densidade dos valores existenciais, aqueles que unicamente o social proporciona em toda a plenitude.18
Segundo Filho, Wanderley Rebello, todas as pessoas (inclusive a
criança) tem direito à atividade física e à prática esportiva para o seu próprio
bem e para a sua saúde, aumentando a abrangência social do alcance dos
fatos esportivos. 19
Quando o ordenamento se preocupa em abarcar todos os
cidadãos, este imperativo tem melhor assentamento na classe dos direitos
fundamentais de segunda geração.
Miranda, diz que o “desporto não-formal, de acordo com a lei
9.615/98, é caracterizado “pela liberdade lúdica de seus praticantes (art. 1º e,
§2º).”20
Fácil vislumbrar que o desporto não-formal preocupa-se com o bem-
estar físico e mental do cidadão, Miranda ainda conclui que o desporto não-
formal é uma das formas de lazer proporcionadas ao indivíduo.
Destarte, o texto constitucional quando versa sobre o desporto não-
formal, já conceituado pelo nobre professor Martinho Miranda como o desporto
praticado de forma não competitiva, mas como forma de lazer, está assim,
reconhecendo este instituto como um direito fundamental de segunda geração,
sendo desta forma, obrigação do Estado promover o fomento da presente
atividade.
Eis que surge a pergunta, como o Estado pode fomentar o desporto não-
formal? A resposta é, através da viabilização de ciclovias, conservação das
praças públicas, entre outras.
Miranda, aponta em seu livro o direito no desporto, que: 18 BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional, 26º Ed. São Paulo, Malheiros, 2011.p565. 19 FILHO, Wanderley Rebello. O Esporte e o Meio Ambiente como Direitos Humanos Fundamentais: Curso de Direito Desportivo Sistêmico. Vol II: São Paulo: Ed. Quartier Latin do Brasil, 2010.p292. 20 MIRANDA, Martinho Neves. O direito no Desporto: Rio de Janeiro: Ed. Lumen Juris, 2007. P16.
![Page 20: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/20.jpg)
20
“Em virtude da inserção das práticas formais e não-formais no texto maior como ações a serem promovidas e incentivadas pelo Estado brasileiro, pode-se constatar a enorme amplitude do direito constitucionalmente concedido aos indivíduos, de forma a colocá-los na condição de detentores de direito público subjetivo de demandar do aparelho estatal o fomento das atividades desportivas, em quaisquer de suas manifestações.”21
Dessarte, urge a seguinte dúvida:, pode os moradores de um bairro,
socorrer-se do judiciário, por meio de uma ação civil pública? A fim de obrigar o
Estado (poder executivo) a reformar uma determinada praça abandonada,
fundamentando a inicial no mandamento constitucional que obriga o Estado a
fomentar o desporto na forma de lazer? Certo de que a presente praça é o
reduto de diversão das crianças do bairro? Entende-se que sim, uma vez que
tal direito infantil enquadra-se como um direito público subjetivo, direito este
inerente à coletividade, logo interpretado como um direito fundamental à
criança de segunda geração.
II.I – O desporto como direito fundamental de 3ª geração.
Como já afirmado no subitem retro, a Constituição Federal do Brasil
promulgada em 1988, foi a primeira da história de nosso Estado a versar sobre
o desporto. Contudo, a forma ampla na qual trata do tema, faz com que o
desporto abrace todas as vertentes. Uma vez que ”o dever do Estado se
traduziu no fomento das atividades desportivas formais e não-formais.”22
Não obstante, neste capítulo voltaremos nossa atenção para o desporto
de competição compreendidos no art. 217 caput, incisos II e III da Constituição
Federal de 1988.
Art. 217 - É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada um, observados: II - a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto educacional e, em casos específicos, para a do desporto de alto rendimento; III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não-profissional;23
21 MIRANDA, Martinho Neves. O direito no Desporto: Rio de Janeiro: Ed. Lumen Juris, 2007. P17. 22 MIRANDA, Martinho Neves. O direito no Desporto: Rio de Janeiro: Ed. Lumen Juris, 2007. P16. 23 Constituição Federal do Brasil: São Paulo, Saraiva: 2011.
![Page 21: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/21.jpg)
21
Note-se que o legislador, explora no inciso terceiro do artigo supra citado
a diferenciação de tratamento entre o desporto profissional e o não profissional,
bem como, no inciso segundo impõe ao Estado a destinação de verbas de
forma prioritária para promoção do desporto de alto rendimento.
Mister, saber que o esporte de lazer e o desporto escolar de participação
é importante para qualquer criança, uma vez que, promove a integração social.
Logo, deveria ser obrigatório a prática a toda e qualquer criança, mas é preciso
atentar-se ao desporto profissional, posto que, este não é obrigatório a todo
cidadão, mas sim facultativo aos que estiverem dispostos a enfrentarem a dura
vida de ser um atleta profissional.
Bonavides diz, que os direitos de terceira geração tendem a cristalizar-
se no fim do século XX, como direitos que não guarnecem interesses de um
indivíduo, mas de um grupo, ou de um determinado Estado.24
Bonavides cita Vasak, onde, identificou cinco direitos dentro dos direitos
fundamentais de terceira geração, são eles: o direito ao desenvolvimento, o
direito à paz, o direito ao meio ambiente, o direito de propriedade sobre o
patrimônio comum da humanidade e o direito de comunicação.
Façamos uma reflexão quanto ao desporto de alto rendimento e o
melhor evento para vislumbrarmos o desporto de alto rendimento é
imaginarmos uma Olimpíada. Pergunta-se, as Olimpíadas promovem a paz?
(Basta lembrar que nos períodos de jogos Olímpicos as guerras eram
cessadas), durante os jogos Olímpicos existe uma maior comunicação entre os
povos? Durante as Olimpíadas existe desenvolvimento do Estado?
Para identificarmos o ultimo quesito dos direitos fundamentais de
terceira geração vamos remeter nossos pensamentos a outro mega evento
desportivo de alto rendimento, a Copa do Mundo de Futebol, então surge a
questão, durante a Copa do Mundo de Futebol existe uma vanglória da
comunidade mundial perante o patrimônio comum da humanidade?
Pois bem, diante de tais indagações percebe-se que o desporto de
competição seja adulto ou da criança, a partir do momento que foi inserido em
24 BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional, 26º Ed. São Paulo, Malheiros, 2011.p569.
![Page 22: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/22.jpg)
22
nossa carta magna como um direito social, veste-se a roupagem de direito
fundamental de terceira geração, diferente do desporto de lazer que figura
como direito fundamental de segunda geração.
![Page 23: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/23.jpg)
23
CAPITULO III
AS LEIS INFRACONSTITUCIONAIS QUE ASSEGURAM O
ACESSO DA CRIANÇA AO DESPORTO
“Melhor sofrer uma injustiça do que cometê-la.”
(Socrates).
Neste capitulo investigaremos as demais leis infraconstitucionais que
auxiliam o mandamento constitucional expresso no art. 217 da CF/88 a
alcançar a sua aplicabilidade, assim como tornar-los eficazes frente aos direitos
da criança cidadã.
Destarte, o impresso no art. 217 e seus incisos da CF/88, tem
característica de norma com aplicabilidade limitada, necessitando buscar sua
eficácia nas normas infraconstitucionais.
MORAES, diz que as normas de eficácia limitada “são aquelas que
apresentam aplicabilidade indireta, mediata e reduzida, porque somente
incidem totalmente sobre esses interesses, após uma normatividade ulterior
que lhes desenvolva a aplicabilidade”25
Dessarte, surgiram as diversas leis a fim de desenvolver a aplicabilidade
do preceito constitucional garantidor do acesso ao desporto, de uma maneira
geral nasceu a lei geral do desporto (lei 9615/98), contudo, para garantir o
desenvolvimento da aplicabilidade do direito de acesso ao desporto à criança,
originaram-se muitas outras normas versando sobre o tema.
São elas as que veremos a seguir.
25 MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 20ªed – São Paulo: Atlas, 2006.p7.
![Page 24: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/24.jpg)
24
III.I – O estatuto da criança e do adolescente assegurando a prática
esportiva.
O estatuto da criança e adolescente (lei 8069/90) defende a
prática da atividade física não só de forma educacional, mas como forma de
lazer também, vejamos na letra da lei:
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, ... Art. 15 – A criança e o adolescente tem direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas... Art. 16 – O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos: (...) IV – brincar, praticar esportes e divertir-se;
Não se fala em esporte de maneira isolada. O esporte sempre está
interagindo com demais institutos como: lazer, cultura, educação, meio
ambiente dentre outros.
De acordo com Pedro Lenza dentre os direitos individuais e coletivos o
mais importante é o “DIREITO A VIDA”, dividindo-o em duas partes: 1º direito
de não ser morto, logo, direito de manter-se vivo; e 2º direito de ter uma vida
digna. Sendo assim, as pessoas tem “o direito a uma vida digna, garantindo-se
as necessidades vitais básicas do ser humano...”26.
Ferraro27 preleciona que o esporte corrobora com a formação emocional,
social, físico, e pessoal das crianças, de modo a lhes proporcionar o direito a
uma vida digna, ou seja, o proprio direito da vida. Assim sendo, o Estatuto da
Criança e do adolescente busca propiciar à criança uma possível vida adulta
digna, logo, imputando o esporte como direito fundamental da criança.
III.II – Lei de diretrizes e bases da educação defendendo direito fundamental da
criança de acesso ao esporte.
26 LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado, 2010. P 748. 27 FERRARO, Leonardo. Curso de Direito Constitucional Sistêmico. Vol. II. 2010. P 302.
![Page 25: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/25.jpg)
25
A educação básica tem por objetivo promover o pleno desenvolvimento
da pessoa, e o esporte um vetor significativo nesta consecução, sendo certo
que as aulas de Educação Física, desde cedo, devem estar sempre presente e,
mais ainda, valorizadas.
Ao investigar a lei de diretrizes e bases da educação nacional,
percebemos que em sua primeira redação a prática da educação física cabia
como faculdade para os alunos do turno da noite. A mencionada lei ao dispor
que as aludidas aulas são opcionais, nesta parte conflita com a carta magna já
que a mesma abarca o esporte como um direito social, ocasionado uma
contradição inexplicável.
Conhecendo a realidade de nossa educação sendo tal disciplina
facultativa é de limpidez cristalina que, no intuito de cortar despesas, as
Escolas "optarão" por não ministrá-las.
“Art. 26 Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela. § 3 A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos”.28
Diante de tal conflito, em 2003, a Presidência da República sanciona lei
que altera tal dispositivo, mitigando tal faculdade. Contudo, ainda deixou
hipóteses para que alunos da educação básica não se encontrem obrigados a
cursar tal disciplina.
Mesmo diante de tal lacuna da lei, fica nítido que não só a Constituição
compreende a atividade física como direito fundamental, assim como a própria
sociedade mostra-se consciente de tal direito, uma vez que, devida alteração
originou-se no Ministério da Educação, porém, foi aprovado pelo Congresso
Nacional tendo como um dos órgãos formador a Câmara dos Deputados (voz
do povo). 28 Lei 9.394/96 sem a alteração da redação dada pela lei 10.793/03.
![Page 26: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/26.jpg)
26
“Altera a redação do art. 26, § 3o, e do art. 92 da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que "estabelece as diretrizes e bases da educação nacional", e dá outras providências.
Art. 1o O § 3o do art. 26 da Lei .9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 26 ...........................................................................
§ 3o A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno:
I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas;
II – maior de trinta anos de idade;
III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigado à prática da educação física;
IV – amparado pelo Decreto-Lei . 1.044, de 21 de outubro de 1969;
V – (VETADO)
VI – que tenha prole”.29
Recentemente, em 2007, foi realizado em Foz de Iguaçu o Fórum de
Educação Física Escolar: Realidade e Perspectiva, elencando a importância da
Educação Física para a criança e assim definindo os princípios norteadores da
Educação Física Escolar. São eles:
“...Recomendamos a adoção dos seguintes princípios:
ü A Educação Física Escolar (EFE) somente cumpre seus objetivos fazendo com que os alunos(as) vivenciem o movimento de forma reflexiva e significativa para obter maior qualidade de vida e promoção da saúde;
ü A Educação Física Escolar só se justifica se for de qualidade;
ü A Educação Física Escolar deve sempre estar integrada ao projeto pedagógico da escola, sendo tratada em igualdade de condições com os outros componentes curriculares;
ü A Educação Física Escolar por sua característica e potencial possibilita a vivência e assimilação de valores como:
29 Nova redação dada ao art. 26 §3º da lei 9394/96 – alterada pela lei 10793/03.
![Page 27: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/27.jpg)
27
solidariedade, excelência, sustentabilidade, esportividade, paz, entre outros, conforme recomenda as Nações Unidas;
ü A Educação Física Escolar no cumprimento de suas finalidades utiliza a ginástica, as danças, os jogos, as lutas, os esportes e atividades interrelacionais criativas e cooperativas de caráter lúdico;
ü A Educação Física Escolar deve possibilitar a construção de conhecimentos para a autonomia da prática de exercício físico e/ou esportivo estimulando o habito da pratica;
ü A Educação Física Escolar contribui de forma efetiva para o desenvolvimento de cultura, adoção de estilo de vida ativa e saudável e para o pleno exercício a cidadania”.(grifo nosso)30
Observa-se, portanto, uma notória preocupação da comunidade mundial
para com a educação física escolar, mostrando interesse na concretização e
reconhecimento da atividade física na escola como direito fundamental da
criança.
III.III - Carta internacional da educação física e desportos
Diante da Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura, reunida em Paris em sua 20a. reunião, no dia
21 de novembro de 1978 (alertem-se para o ano), mesmo 10 anos antes da
nossa Constituição de 1988 já se pregava o esporte como direito fundamental.
Foi exposto na conferencia que:
...”Convencida de que a preservação e o desenvolvimento das atitudes físicas, intelectuais e morais do ser humano melhoram a qualidade da vida nos planos nacional e internacional. Afirmando que a educação física e o desporto devem reforçar sua ação formativa e favorecer os valores humanos fundamentais que servem de base ao pleno desenvolvimento dos povos. Sublinhando, por conseguinte, que a educação física e o desporto hão de tender a promover a aproximação entre os povos e as pessoas, assim como o estímulo desinteressado, a solidariedade e a fraternidade, o respeito e a compreensão
30 Carta da Educação Física Escolar de Foz do Iguaçu, extraída do site CONFEF sob domínio http://www.confef.org.br/extra/conteudo/default.asp?id=35.
![Page 28: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/28.jpg)
28
mútuos, e o reconhecimento da integridade e da dignidade humanas”...31
Ao refletir sobre os mais variados torneios internacionais, Olimpíadas,
Copa do Mundo, Pan Americanos, Copa UEFA, Copa das Confederações e
outros, fica evidenciado a força que o esporte tem em promover a paz social,
fraternidade, aproximação entre os povos e os demais benefícios que o esporte
traz para o planeta, diante dessa premissa a Convenção instituiu em seu artigo
1º como sendo a prática da educação física e do desporto um direito
fundamental para todos.
31Carta Internacional da Educação Física e Desporto (UNESCO/1978 – Paris – França) extraída do domíniohttp://www.mundoeducacaofisica.com/legislacao/cartas/pdf/carta_internacional_educacao_fisica_desportos.pdf. p 1.
![Page 29: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/29.jpg)
29
CONCLUSÃO
Diante do trabalho exposto, vislumbra-se facilmente um duplo
enquadramento do direito desportivo junto aos direitos fundamentais inerentes
ao homem (adulto e criança).
Como visto no decorrer da presente pesquisa, com o decorrer da
história foram surgindo as garantias fundamentais do homem, sendo as de
primeira geração as que guarnecem a liberdade do homem, as de segunda
geração as que guarnecem a dignidade humana e as de terceira geração as
que agasalham os interesses de uma comunidade específica, como meio
ambiente, direito dos consumidores, bem como direito dos atletas praticantes
do desporto de competição entre outros.
No decorrer da presente pesquisa podemos, identificar que a lei geral
do desporto identificou no art.1, §2º, o desporto não-formal como caracterizado
pela liberdade lúdica de seus praticantes, nítido que o desporto não-formal faz
bem a criança, contribui com a sua formação, motora, psíquica e mental.
Sendo desta forma um bem imprescindível na formação da criança, tanto que
inúmeras legislações guarnecer esse direito, como por exemplo: estatuto da
criança e do adolescente, lei de diretrizes e bases da educação dentre outras.
Diante de tantos institutos resguardando o desporto infantil, faz se
notar que o direito ao desporto infantil, não-formal, logo, não competitivo, é um
direito fundamental da criança de segunda geração, haja vista que promove a
evolução da criança a uma melhor interação com o mundo.
Contudo, quando falamos do desporto de competição, ou seja, o
desporto formal, neste, encontramos alguns conflitos, até mesmo com os
doutrinadores da pedagogia, sendo certo, que esta modalidade de desporto
não é obrigada a todas as crianças, mas, caso a criança tenha sua
identificação com o esporte e se mostre um talento, o Estado tem por
obrigação destinar verba a esta classe do desporto como visto no art. 217, II in
fine, da Constituição Federal de 1988.
Dessarte vislumbra-se uma dupla classificação do direito desportivo
infantil, o desporto não formal como forma de promoção social enquadrado no
![Page 30: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/30.jpg)
30
bloco dos direitos fundamentais de segunda geração e o desporto formal como
patrimônio do Estado enquadrando-se no bloco dos direitos fundamentais de
terceira geração.
Dessarte, visível se faz a intenção do legislador em assegurar à criança
o acesso ao desporto, colocando o desporto na vida da criança por meio de
vários textos legais, toda via, o maior impasse encontrado foi na aplicação
desse direito.
É possível perceber um Estado esforçando-se para garantir o direito da
criança de praticar esporte, seja como forma de lazer ou de competição ainda
que esta forma seja mais tímida.
![Page 31: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/31.jpg)
31
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional, 26º Ed. São Paulo,
Malheiros, 2011.
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Curso de direito constitucional. 32ª ed. São Paulo :
Saraiva, 2006.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Aurélio: o dicionário da língua
portuguesa. Curitiba: Ed. Positivo;2008.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 14ª Ed. São Paulo:
Saraiva, 2010.
MACHADO, Rubens Approbato; LANFREDI, Luis Geraldo Sant’ana; TOLEDO,
Otávio Augusto de Almeida; SAGRES, Ronaldo Crespilho; NASCIMENTO,
Wagner (coordenação). Curso de Direito Desportivo Sistêmico – Volume II. São
Paulo: Quartier Latin, 2010.
MANNHEIN, Karl, STEWART, W.A.C. Introdução a Sociologia da Educação.
São Paulo: Cultrix, 1962.
MELO FILHO, Álvaro. Nova Lei Pele, avanços e impactos. Rio de Janeiro:
Maquinária, 2011.
MIRANDA, Martinho Neves. O Direito no Desporto. Rio de Janeiro: Lumen
Juris, 2007.
MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. 20ªed.São Paulo: Atlas, 2006.
PADUA, Elisabete Matallo Marchesini. Metodologia da Pesquisa abordagem
teórico - prático. 13ª Ed. São Paulo: Papirus Editora, 2007.
![Page 32: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/32.jpg)
32
PINHO, Rodrigo Cesar Rebello. Teoria Geral da Constituição e Direitos
Fundamentais, 2ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
SARAIVA ED. Constituição Federal do Brasil: ed45ª. São Paulo, Saraiva: 2011.
TUBINO, Manoel. 500 Anos de Legislação Esportiva Brasileira do Brasil-colonia
ao Inicio do Seculo XXI. São Paulo: Saraiva, 2002.
![Page 33: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/33.jpg)
33
BIBLIOGRAFIA CITADA
1 - O esporte como direito fundamental e como instrumento de políticas
públicas, sociais e educacionais, trabalho monográfico autor Marco Aurélio
Paganella, extraído da página 1, publicado por
http://br.monografias.com/trabalhos910/o-esporte-como/o-esporte-
como2.shtml.
2 - FERRARO, Leonardo. Direitos fundamentais e desporto, compêndio, Curso
de Direito Desportivo Sistêmico Vol. II. São Paulo: Quartier Latin, 2010.
Pag. 300.
3 - BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional, 26º Ed. São Paulo, Malheiros, 2011.p561. 4 - BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional, 26º Ed. São Paulo, Malheiros, 2011.p562. 5 - Carl Schmitt, Verfassungslehre. PP 163/173.
6 - MORAES, Alexandre. Direito Constitucional, 20ªEd. São Paulo, Atlas, 2006.
P26.
7 - Curso de direito constitucional. 3ª ed. São Paulo : Saraiva, 1999, p. 71-2.
8 - Conforme afirmou o STF, “Direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado: a consagração constitucional de um típico direito de terceira
geração” (RTJ 155/206).
9 - MORAES, Alexandre. Direito Constitucional, 20ªEd. São Paulo, Atlas, 2006.
P27.
10 - PINHO, Rodrigo Cesar Rebello. In: Teoria Geral da Constituição e Direitos
Fundamentais, 2ª Ed. São Paulo: Saraiva, p 60.
![Page 34: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/34.jpg)
34
11 - FERRARO, Leonardo. Curso de Direito Desportivo Sistêmico. Vol. II – ED.
Quartier Latin do Brasil – SP – 2010. P 300.
12 - LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 14ª Ed. São Paulo:
Saraiva, 2010. P740.
13 - BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional, 26º Ed. São Paulo,
Malheiros, 2011.p564.
14 - BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional, 26º Ed. São Paulo,
Malheiros, 2011.p564.
15 - FILHO, Wanderley Rebello. O Esporte e o Meio Ambiente como Direitos
Humanos Fundamentais: Curso de Direito Desportivo Sistêmico. Vol II: São
Paulo: Ed. Quartier Latin do Brasil, 2010.p295.
16 - FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Aurélio: o dicionário da língua
portuguesa. Curitiba: Ed. Positivo;2008.p252.
17 - FILHO, Wanderley Rebello. O Esporte e o Meio Ambiente como Direitos
Humanos Fundamentais: Curso de Direito Desportivo Sistêmico. Vol II: São
Paulo: Ed. Quartier Latin do Brasil, 2010.p294.
18 - BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional, 26º Ed. São Paulo,
Malheiros, 2011.p565.
19 - FILHO, Wanderley Rebello. O Esporte e o Meio Ambiente como Direitos
Humanos Fundamentais: Curso de Direito Desportivo Sistêmico. Vol II: São
Paulo: Ed. Quartier Latin do Brasil, 2010.p292.
20 - MIRANDA, Martinho Neves. O direito no Desporto: Rio de Janeiro: Ed.
Lumen Juris, 2007. P16.
![Page 35: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/35.jpg)
35
21 - MIRANDA, Martinho Neves. O direito no Desporto: Rio de Janeiro: Ed.
Lumen Juris, 2007. P17.
22 - MIRANDA, Martinho Neves. O direito no Desporto: Rio de Janeiro: Ed.
Lumen Juris, 2007. P16.
23 - Constituição Federal do Brasil: São Paulo, Saraiva: 2011.
24 - BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional, 26º Ed. São Paulo,
Malheiros, 2011.p569.
25 - MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 20ªed – São Paulo: Atlas,
2006.p7.
26 - LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado, 2010. P 748.
27 - FERRARO, Leonardo. Curso de Direito Constitucional Sistêmico. Vol. II.
2010. P 302.
28 - Lei 9.394/96 sem a alteração da redação dada pela lei 10.793/03.
29 - Nova redação dada ao art. 26 §3º da lei 9394/96 – alterada pela lei
10793/03.
30 - Carta da Educação Física Escolar de Foz do Iguaçu, extraída do site
CONFEF sob domínio
http://www.confef.org.br/extra/conteudo/default.asp?id=35.
31 - Carta Internacional da Educação Física e Desporto (UNESCO/1978 –
Paris – França) extraída do
domíniohttp://www.mundoeducacaofisica.com/legislacao/cartas/pdf/carta_in
![Page 36: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/36.jpg)
36
ternacional_educacao_fisica_desportos.pdf. p 1.ARMAS, Ramón;
TORRES-CUEVAS, Eduardo; BALLESTER, Ana Cairo. Historia de La
Universidad de La Habana. Havana, Editorial de Ciências Sociales, 1984.
![Page 37: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/37.jpg)
37
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
EPÍGRAFE 5
RESUMO 6
METODOLOGIA 7
SUMÁRIO 8
INTRODUÇÃO 9
CAPÍTULO I
(A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL E
O DESPORTO COMO DIREITO FUNDAMENTAL.) 11
CAPÍTULO II
(O DESPORTO COMO DIREITO FUNDAMENTAL
DE 2ª E 3ª GERAÇÕES.) 17
2.1– O desporto como direito fundamental
de 3ª geração. 20
CAPÍTULO III
(AS LEIS INFRACONSTITUCIONAIS QUE
ASSEGURAM O ACESSO DA CRIANÇA AO DESPORTO) 23
3.1- O estatuto da criança e do
adolescente assegurando
a prática esportiva. 24
3.2- Lei de diretrizes e bases da educação
defendendo direito fundamental da
criança de acesso ao esporte. 24
![Page 38: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … filee permitir que a água configura-se em estado ... sou grato a todos que ... Cupido, curvo-me, por assim permitir-me o enlace vital](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022011806/5bf1acd609d3f28c608bdd86/html5/thumbnails/38.jpg)
38
3.3- Carta internacional da educação
física e desportos 27
CONCLUSÃO 29
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 31
BIBLIOGRAFIA CITADA 33
ÍNDICE 37