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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA Construção de prédios com padrão de sustentabilidade no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro Por: Ailton Luiz dos Anjos de Oliveira Orientador Prof. Nelsom Magalhães Rio de Janeiro 2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

Construção de prédios com padrão de sustentabilidade no

Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro

Por: Ailton Luiz dos Anjos de Oliveira

Orientador

Prof. Nelsom Magalhães

Rio de Janeiro

2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

Construção de prédios com padrão de sustentabilidade no

Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada

como requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Gestão de Projetos

Por: Ailton Luiz dos Anjos Oliveira

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a todas as Divindades Celestiais e aos Deuses Budistas que conspiraram a meu favor para estar realizando este estudo.

Aos meus pais Plínio Silva de Oliveira e Alice dos Anjos de

Oliveira, que estão sempre incentivando e torcendo por mim. Ao meu mestre Daisaku Ikeda, Presidente da Soka Gakkai

Internacional, com seus incentivos e orientações baseadas nos ensinamentos do Buda Nitiren Daishonin.

Ao Luiz Claudio Regaço, Diretor-Geral da DGENG, pela

oportunidade de estudo e aprendizado pessoal e profissional proporcionada por esta experiência.

Ao meu grande amigo Damião Wagner Martins Brito, que me

incentivou e apoio para esta realização. A minha amiga Raquel Rangel Santos Rubim, que me ajudou

para a concretização desta monografia. A todos meus amigos, que mesmo de forma indireta,

contribuíram para a subida de mais um degrau em minha vida.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus

pais, pelo esforço em dar uma boa

educação aos seus filhos.

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RESUMO

Este trabalho propõe-se a discutir a construção de prédios com

padronização sustentável de acordo com a determinação do Conselho

Nacional de Justiça.

Relata que o CNJ, através da Resolução nº 114/2010, estabelece

critérios claros, objetivando evitar desperdício de recursos e criar uma

identidade única para todo o Judiciário brasileiro.

Investiga os potenciais benefícios decorrentes da realização de

construções sustentáveis em ambientes públicos, averiguando de que maneira

o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro utilizará as melhores

práticas na construção e manutenção dos prédios tanto os construídos quanto

aos que virão a ser.

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METODOLOGIA

É imprescindível analisar o planeta como um todo, conceituar que

quanto mais se estuda os principais problemas de nossa época, mais as

pessoas são levadas a perceber que estes não podem ser resolvidos

isoladamente. É sistêmico, o que significa que são interligados e

interdependentes.

Uma visão holística do mundo, concebido como um todo integrado, e

não como uma coleção de partes dissociadas pode ser também denominada

uma visão ecológica, considerando o sentido amplo do termo, que reconhece o

valor de todos os seres vivos e concebe os seres humanos apenas como um

fio articular na teia da vida. Esta percepção holística, que coloca a ênfase no

todo, tornou-se conhecida como “sistêmica”.

Pode-se então estabelecer uma relação entre o conhecimento e a visão

holística que reconhece o planeta como um todo integrado, percebendo que

são formas de pensar semelhantes, analisando problemas correlatos a uma

questão crucial que deve ser encarada neste momento: a sustentabilidade

ambiental, especialmente a ser abordada nesta monografia, a sustentabilidade

na construção civil no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

Como defende Lásaro Roberto Correa em sua monografia:

“O meio ambiente não deve ser pensado dissociado de todos os outros sistemas planetários; o meio ambiente que abrange os meios natural, rural e urbano, em última análise, é o próprio planeta. A sustentabilidade ambiental, para ser plenamente alcançada através desta nova postura holística, deve ser aborda em todas as suas implicações, nas esferas das atividades humanas, sejam elas familiares, educacionais, habitacionais, produtivas, extrativistas ou exploratórias, de consumo de produtos, prestação de serviços, de pesquisa, e até mesmo nas atividades futuras, aquelas que ainda nem foram inventadas” (CORREA, p. 28)

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A metodologia utilizada na elaboração do tema será então a sistêmica.

Entender as coisas sistematicamente significa colocá-las dentro de um

contexto e estabelecer a natureza de suas relações. É preciso comparar as

ações estabelecidas pelo CNJ com a realidade da construção civil no Judiciário

brasileiro, especificamente o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Pois se

entende que qualquer ação proposta para diminuir impactos da construção civil

sobre o meio ambiente contribui, em última instância, para a sustentabilidade

de todo o planeta.

.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I

CONSTRUÇÃO CIVIL NO TJERJ 12

CAPÍTULO II

SUSTENTABILIDADE 19

CAPÍTULO III

PADRÃO SUSTENTAVEL - CNJ 26

CONCLUSÃO 30

BIBLIOGRAFIA 32

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INTRODUÇÃO

Neste momento, no qual o tema aquecimento global toma as manchetes

do mundo inteiro, sustentabilidade torna-se peça-chave, despertando o

interesse de todos os setores de produção. Atender às necessidades do

presente sem comprometer as possibilidades de as futuras gerações

atenderem às suas próprias expectativas é uma das definições mais

abrangentes deste conceito. Para ser sustentável, portanto, qualquer

empreendimento humano deve ser ecologicamente correto, economicamente

viável, socialmente justo e culturalmente aceito.

Para não entrar na contramão desse movimento, é preciso compreender

a construção da sustentabilidade como um desafio essencial, já que significa

estudar profundamente o planeta e a sociedade, para buscar alternativas

viáveis e mudar uma cultura.

Este novo paradigma atinge especialmente o setor da construção civil,

considerado um dos grandes vilões do meio ambiente.

O uso mais eficiente de concreto, metais e madeira na construção e um

menor consumo de energia em aparelhos de ar-condicionado e pela

iluminação poderiam economizar bilhões de dólares em um setor responsável

por 30% a 40% do consumo mundial de energia. É importante destacar que o

setor de construção em todo o mundo poderia promover a redução da emissão

de 1,8 bilhão de toneladas de dióxido de carbono.

Para Miguel Sattler, eng. civil, PhD. pela University of Sheffield, na Grã

Bretanha, pós-doutorado na University of Liverpool, na Grã-Bretanha, professor

do Núcleo Orientado para a Inovação da Edificação (Norie/Ufrgs), de diversas

disciplinas relacionadas à sustentabilidade da construção, como edificações e

comunidades sustentáveis, edificações sustentáveis em prática, projetos

regenerativos, habitabilidade, gestão ambiental urbana e ambiência rural,

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“o tema tem atraído atenções porque em todas as áreas de atividades humanas tem havido um despertar de consciência sobre os impactos que todos temos causado sobre o nosso planeta, que possui recursos finitos e que os sistemas de suporte à vida, como água, ar, solo, energia, precisam ser preservados, em sua composição qualitativa e quantitativamente, para que não se comprometa de maneira irreversível a sobrevivência humana e de outras espécies (SATTLER apud SANTUCCI, 2007, p. 1).

A sustentabilidade e sua aplicação às construções requerem uma visão

holística – onde os inúmeros aspectos intervenientes sejam considerados –,

sistêmica e interdisciplinar, pela sua complexidade, por envolver múltiplos

olhares que conversem entre si.

É urgente a identificação das características técnicas que propiciem a

execução de um edifício ecologicamente correto tais como: condicionamento

de ar, posicionamento de fachada em relação ao nascente/poente do sol,

destinação de resíduos sólidos, reuso de água, dentre outros. Também, uma

profunda reflexão das principais causas de um estudo preliminar inadequado

ou apressado da fase inicial do projeto, tais como: falta de observação da

orientação magnética, análise incoerente quanto ao correto uso da edificação,

preocupação somente com questões financeiras construtivas sem projeção de

custos de manutenção desta edificação.

A atual realidade brasileira apresenta um contraste facilmente

observado nas grandes cidades quando se compara as sedes dos órgãos do

Poder Judiciário, em relação aos demais prédios ocupados pela Administração

Pública, tais como, por exemplo, as instalações destinadas às escolas e aos

hospitais. É fácil constatar que a construção de novas sedes de Tribunais no

Brasil tem se transformado em sinônimo de luxo, de ostentação e de

denúncias de superfaturamento.

A situação das escolas e hospitais públicos é reconhecidamente

precária, para não dizer calamitosa. Ademais, enquanto pacientes são

obrigados a subir os andares dos hospitais públicos em Brasília de escada,

porque os elevadores estão quebrados, os palácios da Justiça possuem

elevadores privativos para magistrados. Além disso, não são raras as notícias

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veiculadas na imprensa, em que se afirma que os custos por metro quadrado

das novas sedes do Poder Judiciário estão entre as construções mais caras já

realizadas no país.

Não é à toa, portanto, que o Conselho Nacional de Justiça, resolveu

editar uma resolução estabelecendo os critérios e padrões que deverão ser

usados pelo Judiciário em todo o Brasil para a construção de prédios dos

órgãos da Justiça a fim de evitar desperdício de recursos.

De acordo com a Resolução do CNJ nº 114, os tribunais elaborarão o

plano de obras, a partir de seu programa de necessidades, de seu

planejamento estratégico e das diretrizes fixadas pelo CNJ, atendendo a

Resolução nº 102, de 15 de dezembro de 2009.

A presente resolução considera a necessidade de estabelecimento de

diretrizes e critérios para a racionalização dos recursos orçamentários, com

vista ao atendimento primário da atividade jurisdicional.

O conselheiro Felipe Locke Cavalcanti explica que:

“... a justiça brasileira não precisa de palácios suntuosos e sim ambientes próprios onde a população possa ser bem atendida” (CNJ, 2009, p.1).

O objetivo do CNJ é padronizar o layout de todos os prédios do

Judiciário conforme explica o Ministro Gilmar Mendes, ex-presidente do CNJ.

“No futuro, queremos o Judiciário com uma identidade única, onde todos possam olhar e reconhecer um prédio da Justiça” (CNJ, 2009, p. 1).

O CNJ está às voltas com dezenas de abusos pelo Brasil afora, que

incluem superfaturamento de obras, contratações irregulares e muito

engavetamento de processos.

Ciente de que os problemas são muitos em todo país, o CNJ precisou

impor regras para evitar superfaturamento, impedir abusos e reduzir gastos.

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CAPÍTULO I

CONSTRUÇÃO CIVIL NO TJERJ

Atualmente os prédios do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de

Janeiro são construídos sem padronização, o que acarreta maior trabalho na

elaboração dos Projetos Básicos e das plantas, além de dificultar sua

manutenção, tendo em vista a diversidade de materiais utilizados.

A consolidação e disseminação das construções sustentáveis são

importantes para qualquer tipo de organização, sejam da iniciativa privada ou

do setor público. Para o TJERJ, objeto da monografia, é uma excelente

oportunidade de melhoria, na medida em que seus Fóruns funcionem de

acordo com os conceitos de sustentabilidade econômica, social e ambiental.

Deve ser ressaltado que o TJERJ , assim como todas as outras

instituições, tanto nas suas construções quanto na execução de suas

atividades administrativas e finalísticas, geram impactos socioambientais

negativos na medida em que consomem recursos originários da natureza,

provocando, desta forma, a sua extração, além de produzir resíduos que se

acumulam em aterros sanitários ou poluem o ar, rios, mares, dentre outros

efeitos sobre a natureza.

Merece registro o fato que o TJERJ desde 2006 encontra-se em

processo de construção ou reforma de Fóruns, seja na capital ou no interior do

Estado. Isto significa que existe um campo fértil para a adoção de práticas

sustentáveis nos processos construtivos.

No momento, a Diretoria Geral de Engenharia do Tribunal de Justiça do

Estado do Rio de Janeiro fiscaliza 20 contratos referentes à reforma e

construção de Fóruns, conforme a relação abaixo:

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• Construção do Fórum de IGUABA GRANDE – 169.349/2010 - KREMER Engenharia LTDA.

• Construção do Novo Fórum de ARRAIAL DO CABO - 151.149/2010 –

KREMER Engenharia LTDA.

• Construção do Prédio da LÂMINA CENTRAL - 118.680/2010 - DELTA Construções S/A.

• Reforma e Acréscimo do IASERJ (GAVEA) - VI J.E.C. - 112.830/2010 – KREMER Engenharia LTDA.

• Reforma da Lâmina III e Construção do Anexo - 238.496/2010 - LOPEZ

MARINHO Engenharia e Construções LTDA.

• Construção do prédio principal do Fórum Regional de CAMPO GRANDE - 014.608/2011 - PB Construções e Comércio LTDA.

• Construção do Novo Fórum de RIO BONITO - 176.117/2011 - LOPEZ

MARINHO Engenharia e Construções LTDA.

• Construção do Novo Fórum de ANGRA DOS REIS - 129.526/2011 – ENGEFORT Construtora LTDA.

• Reforma do Prédio da Rua DOM MANUEL para a Instalação da NOVA EMERJ

203.500/2011 - GALCON Construções e Representações LTDA.

• Reforma Externa do Fórum de QUEIMADOS - 173.806/2011 - ELDEC Engenharia e Instalações LTDA.

• Construção do prédio Anexo do Fórum de RIO DAS OSTRAS - 149.769/2011

- SILVEIRA Engenharia e Construções LTDA.

• Construção de novo Fórum de TERESÓPOLIS - 231.193/2011 - DELTA Construções S/A.

• Construção do novo Anexo do prédio do Fórum Regional de BANGU -

225.005/2011 - DELTA Construções S/A.

• Construção de novo Fórum de MESQUITA - 227.663/2011 - DELTA Construções S/A.

• Construção do Fórum de ALCÂNTARA / SÃO GONÇALO - 166.990/2011 –

LOPEZ MARINHO Engenharia e Construções LTDA.

• Construção do Fórum de ITABORAI - 181.251/2011 - LOPEZ MARINHO Engenharia e Construções LTDA.

• Construção do Fórum de NILÓPOLIS - 216.502/2011 - PB Construções e

Comércio LTDA.

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Dentro desta perspectiva, e seguindo a tendência mundial e as

recomendações estabelecidas pela Resolução nº 114, um papel fundamental a

ser desempenhado pelo Conselho Nacional de Justiça deve ser o de garantir

que os prédios do Tribunal de Justiça sejam concebidos sob o conceito de

sustentabilidade, no âmbito das obras realizadas pela Administração Pública.

Tornando-se desta forma em uma referência para seus jurisdicionados e assim

motivá-los a seguir o seu exemplo.

De acordo com o artigo de Raimunda Malafaia esta afirmativa

fundamenta-se em recente tendência mundial

“... a exemplo do que ocorre na cidade de Nova Iorque onde é obrigatório, através de lei, que construções públicas sejam ecologicamente corretas, além da necessidade de atendimento à missão institucional das Casas de Controle Externo em zelar pelo uso racional dos recursos públicos, incluindo-se aí os recursos naturais” (MALAFAIA, 2008, p. 8)

Embora as iniciativas no Brasil sejam ainda tímidas, está começando a

conscientização do poder público nacional, o que pode ser verificado, além das

diretrizes do CNJ, a ação do Ministério do Meio Ambiente – MMA, que com a

edição da Portaria nº 61/2008, estabeleceu práticas de sustentabilidade

ambiental a serem observadas quando das compras públicas realizadas

daquele Ministério.

O MMA exerce ainda papel catalisador na inserção de critérios de

sustentabilidade e gestão ambiental nas ações de governo, através da Agenda

Ambiental Pública, denominada A³P, que declara dentre seus objetivos

“... estimular a adoção de atitudes e procedimentos que levem ao uso racional dos recursos naturais e dos bens públicos” (BRASIL, 2001, 32).

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Estas iniciativas justificam a implementação de ações que visem

minimizar os efeitos de destruição decorrentes das construções desordenadas,

ou melhor, sem padronização dos Fóruns do TJERJ, pois certamente terá

maior eficácia se pautada por uma política institucional integrada que seja

relacionada ao meio ambiente e à auto-sustentabilidade. Com certeza, serão

de grande valia para a inserção destes órgãos nesta nova era que tem na

sustentabilidade o pilar da sobrevivência.

Somado a isso, medidas que estimulem o envolvimento de

comunidades internas e externas ao TJERJ serão indutoras do processo e

poderão se materializar com a realização de Concursos Públicos para escolha

de projeto mais adequado, envolvimento dos funcionários da Instituição,

especialmente os profissionais de engenharia, em todo o processo de criação,

construção e manutenção dos prédios a serem construídos, além da

adaptação dos atuais em que se abrigam aos novos padrões de

sustentabilidade.

A qualidade da obra, seja quanto ao seu valor intrínseco seja quanto à

sua execução nos aspectos das formalidades legais, depende dos projetos.

Deve-se enfatizar a necessidade da elaboração de projetos que,

fundamentados em princípios éticos comprometidos com o respeito ao meio

ambiente e ao erário, sejam funcionais e completos.

Cumpre ressaltar que a construção de Fóruns superdimensionados e

luxuosos representa, ou não, uma afronta direta aos princípios constitucionais

da economicidade, da eficiência e da moralidade da Administração Pública.

No que se refere ao princípio da economicidade, é importante salientar

que esse princípio vem expressamente previsto no art. 70 da CF/88 e

representa, em síntese, na promoção de resultados esperados com o menor

custo possível. Dessa maneira, a economicidade representa a união da

qualidade, celeridade e menor custo na prestação do serviço ou no trato com

os bens públicos.

No Guia de Projetos e Obras o CNJ é bastante enfático:

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“Todos os projetos devem expressar soluções que atendam premissas de economicidade baseadas em adequado dimensionamento e correta avaliação de custo-benefício, levando em conta as possibilidades de ampliação ou adaptação, no intento de evitar obsolescência diante do caráter dinâmico do Judiciário” (CNJ, 2009, p. 3).

Levando-se em conta, por exemplo, a construção de Fóruns, o princípio

da economicidade exige que se considere:

a) os problemas e as reais necessidades para a construção de um novo

Fórum;

b) a análise do custo/benefício da obra, ou seja, se os benefícios futuros

da obra compensam os seus custos;

c) a demonstração de que a construção de um novo Fórum representa a

alternativa escolhida que traga o melhor resultado estratégico possível de uma

determinada alocação de recursos financeiros, econômicos e/ou patrimoniais

em um dado cenário sócio-econômico.

Após essas breves explicações, entende-se, salvo melhor juízo, que a

construção de Fóruns suntuosos, autênticos palácios, viola, até não poder

mais, o princípio constitucional da economicidade, pois seria possível construí-

los ou reformá-los de acordo com padrões razoáveis de conforto e

funcionalidade e se atingiria o mesmo resultado pretendido (prestação

adequada da atividade jurisdicional) com o menor custo possível.

No que tange ao princípio da moralidade administrativa, cumpre

destacar que a moralidade é um verdadeiro pilar do Estado Democrático de

Direito previsto no art. 37, caput, da CF/88. Dessa forma, a moralidade

administrativa deve nortear e conduzir todo o comportamento da Administração

Pública em qualquer das suas esferas, inclusive o Poder Judiciário. Sendo

assim, o administrador público não terá somente que obedecer a lei jurídica, na

consecução de seus atos, mas também a lei ética da própria instituição que

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está aos seus cuidados, porque nem tudo que é legal é ético. Com base nesse

argumento, entende-se, salvo melhor juízo, que a construção de Fóruns

luxuosos na Capital ou no interior do Estado apresenta-se em total dissonância

ao princípio da moralidade administrativa, vale dizer, distante dos ditames de

justiça, dignidade, honestidade, lealdade e boa-fé que devem reger a atividade

estatal.

No que concerne ao princípio constitucional da eficiência, é importante

registrar que a eficiência administrativa é o princípio que impõe à

Administração Pública e a seus agentes a persecução do bem comum, por

meio do exercício de suas competências de forma imparcial, neutra,

transparente, participativa, eficaz, sem burocracia e sempre em busca da

qualidade, primando pela adoção dos critérios legais e morais necessários

para melhor utilização possível dos recursos públicos, de maneira a se evitar

desperdícios. Dessa maneira, entende-se, salvo melhor juízo, que a

construção de Fóruns luxuosos viola o princípio da eficiência, por representar

um autêntico desperdício de recursos públicos, que poderiam ser mais bem

empregados para o atendimento de outras necessidades, por exemplo, na

melhora das condições de atendimento e de trabalho da 1ª instância do Poder

Judiciário.

O presente trabalho não pretende diminuir a importância do Poder

Judiciário do Estado do Rio de janeiro no Estado Democrático de Direito.

Mas como ressaltam Bruno Cabral e Débora Dantas:

“No entanto, em um país com reconhecida carência de recursos como o Brasil, não se pode mais aceitar que hospitais e escolas públicas permaneçam abandonados a sua própria sorte, enquanto sedes de tribunais e procuradorias apresentam um luxo incompatível com as suas reais necessidades” (CABRAL; DANTAS, 2012, p.1).

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Por fim, entende-se que o combate à construção de Palácios da Justiça

suntuosos, ornamentais, desnecessários e extravagantes pode e deve ser feito

por meio da utilização de ações constitucionais.

No entanto, talvez a melhor esperança de se coibir tal prática seja por

meio da atuação firme do Conselho Nacional de Justiça, através da Resolução

114.

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CAPÍTULO II

SUSTENTABILIDADE

Em 1987 a primeira-ministra da Noruega Gro Harlem Brundtland, foi

nomeada pela ONU para coordenar os debates ambientais na Comissão

Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento. O documento final desses

estudos chamou-se Nosso Futuro Comum ou Relatório de Brundtland.

O conceito de Sustentabilidade é apresentado pela primeira vez na

década de 80 pelo Relatório de Brundtland, aos temas relacionados aos

sistemas que envolvem a Construção Civil.

“aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas necessidades” ( Relatório de Brundtland, 1987, p.3).

Previsto no Relatório “Nosso Futuro Comum”, a Conferência das Nações

Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUCED), também

conhecida como ECO-92, foi realizada de 3 a 14 de junho de 1992. A cidade

do Rio de Janeiro foi a sede do encontro que reuniu representantes de 175

países e de Organizações Não-Governamentais (ONGs). Considerado o

evento ambiental mais importante do século XX, a ECO-92 foi a primeira

grande reunião internacional realizada após o fim da Guerra Fria.

O principal documento produzido na ECO-92, o "Agenda 21" é um

programa de ação que viabiliza o novo padrão de desenvolvimento

ambientalmente racional. Ele concilia métodos de proteção ambiental, justiça

social e eficiência econômica.

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As ONG’s que participaram da ECO-92 acabaram desempenhando um

papel fiscalizador, que pressiona os governos de todo o mundo a cumprir as

determinações da Agenda 21.

Na atualidade, especificamente aos prédios construídos e reformados

pelo TJERJ, através de uma simples observação – e aqui se ressalta que não

é nenhuma crítica, pois na época em que foram construídos atendiam

plenamente ao fim a que foram propostos - é fácil perceber que até o presente

momento obras ecologicamente correta são relegadas ao segundo plano, para

tanto e somente como exemplo, é só atentar para nossas fachadas

envidraçadas. Num país de clima tropical quente e úmido, isto seria coerente?

É importante ressaltar a necessidade de reflexão sobre a abrangência

dos conceitos de sustentabilidade e principalmente a possibilidade de alterar

os parâmetros vigentes para que se possam obter prédios com bases cada vez

mais sustentáveis.

A discussão sobre sustentabilidade avança e envolve cada vez mais,

profissional de diversas áreas; e estes, em certos momentos se reúnem para

trabalhar em conjunto na busca de soluções para este desafio proposto.

A incorporação de práticas de sustentabilidade na construção é uma

tendência crescente no mercado. Sua adoção é “um caminho sem volta”, pois

diferentes agentes – tais como governos, consumidores, investidores e

associações – alertam, estimulam e pressionam o setor da construção a

incorporar essas práticas em suas atividades.

Para tanto, a Diretoria Geral de Engenharia do TJERJ precisa se

engajar cada vez mais. As empresas escolhidas, através de licitação, devem

mudar sua forma de produzir e gerir suas obras no TJERJ. Elas devem fazer

uma agenda de introdução progressiva de sustentabilidade, buscando, em

cada obra, soluções que sejam economicamente relevantes e viáveis para o

empreendimento.

Qualquer empreendimento humano para ser sustentável deve atender

de modo equilibrado, a quatro requisitos básicos:

• Adequação ambiental

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• Viabilidade econômica

• Justiça social

• Aceitação cultural

A Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura - AsBEA, o

Conselho Brasileiro de Construção Sustentável - CBCS e outras instituições

apresentam diversos princípios básicos da construção sustentável, dentre os

quais destacamos:

• Aproveitamento de condições naturais locais;

• Utilizar mínimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural;

• Implantação e análise do entorno;

• Não provocar ou reduzir impactos no entorno – paisagem, temperaturas

e concentração de calor, sensação de bem-estar;

• Qualidade ambiental interna e externa;

• Gestão sustentável da implantação da obra;

• Adaptar-se às necessidades atuais e futuras dos usuários;

• Uso de matérias-primas que contribuam com a eco-eficiência do

processo;

• Redução do consumo energético;

• Redução do consumo de água;

• Reduzir, reutilizar, reciclar e dispor corretamente os resíduos sólidos;

• Introduzir inovações tecnológicas sempre que possível e viável;

• Educação ambiental: conscientização dos envolvidos no processo.

O Guia de Sustentabilidade na Construção define a construção

sustentável como:

“o processo holístico para restabelecer e manter a harmonia entre os ambientes natural e construído e criar estabelecimentos que confirmem a dignidade humana e estimulem a igualdade econômica” (CIC, 2008, p.8).

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É importante notar que o Conselho fala de “restabelecimento da

harmonia”, isso porque muitos processos que privilegiavam o aproveitamento

passivo de fatores naturais, como luz, calor, ventilação, entre outros, foram

abandonados com o advento da energia elétrica e tecnologias de aquecimento

e resfriamento artificiais. Há espaço para o resgate de antigas tecnologias e

processos para o aumento da sustentabilidade das edificações. Pequenas

mudanças, adotadas por todos, podem trazer grandes benefícios sem grandes

impactos no custo final do empreendimento.

O TJERJ, por meio de seus projetos, tem visado definir parâmetros para

o desenvolvimento de projetos de engenharia com base em diretrizes em

processos e produtos comprometidos com o meio ambiente, de forma a gerar

construções sustentáveis no PJERJ, desde o projeto arquitetônico até a obra

finalizada. Conseqüentemente, irão adequar os prédios existentes aos

parâmetros da sustentabilidade.

Com base na alteração do Art. 3º da Lei 8.666/93 – Licitações - pela Lei

12.349 de 15 de dezembro de 2010, como também, a adesão do TJERJ à

Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) do Ministério do Meio

Ambiente, que tem o objetivo alinhar a administração pública nas ações

ambientalmente corretas.

Trata-se de adotar uma nova visão na administração pública com foco

nas questões econômicas, ambientais e sociais (tripé da sustentabilidade),

visando sua perpetuidade, tanto nos empreendimentos novos como também

em pequenas obras, visando racionamento de custo, mesmo que em longo

prazo, aumentando produtividade / eficiência das construções e praticando a

responsabilidade social.

Considerando a estimativa de cento e vinte prédios do Poder Judiciário

em todo o Estado do Rio de Janeiro. Estipula-se como projeto piloto o prédio

novo do Fórum de Angra do Reis (ainda em construção), como parâmetro de

obra nova. A adequação dos prédios antigos será realizada paulatinamente,

estima-se como termo final do projeto a documentação das diretrizes aplicadas

no prédio piloto de Angra dos Reis, com evidência de sua primeira aplicação

em obra nova ou reforma.

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Não estão incluídos no escopo dos projetos os prédios de terceiros em

cessão ou comodato a este PJERJ. Também não faz parte do escopo a

adequação de todos os prédios, haja vista que esta será realizada

continuamente, conforme a disponibilidade e a oportunidade, no que se refere

aos prédios antigos.

A seleção de fornecedores de materiais, de serviços e de equipamentos

que atendam as diretrizes ambientais e critérios sociais fazem parte do escopo

dos projetos para que, com a implementação, ocorra a padronização e controle

do desempenho econômico, ambiental e social.

Estruturação dos indicadores de monitoramento do desenvolvimento e

emissão de relatórios socioambientais para a consolidação da cultura de

sustentabilidade.

Atualmente, não há um conjunto de diretrizes de sustentabilidade para

as construções e reformas do PJERJ, tendo por base parâmetros

documentados, a partir da legislação vigente.

Algumas ações já foram otimizadas em Fóruns novos como também em

pequenas reformas dos Fóruns existentes, como: eficiência energética,

redução na perda de insumos e matérias-primas, uso racional da água,

conforto ambiental, mas não há parâmetros definidos e documentados em

âmbito institucional.

Com a implementação dessas ações estima-se a redução da

inadequação dos prédios do PJERJ, bem como a definição de parâmetros que

sirvam de referência obrigatória, tanto para o desenvolvimento e planejamento

de obras e reformas como para a aquisição de materiais para tal finalidade.

Acredita-se que a introdução dessas atividades traga muitos benefícios

para o PJERJ, tais como:

• Boa imagem perante a sociedade e as demais Instituições

Públicas

• Redução no custo operacional

• Redução no custo das construções

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A noção de construção sustentável deve estar presente em todo o ciclo

de vida do projeto, desde sua concepção até sua re-qualificação,

desconstrução ou demolição. É necessário um detalhamento do que pode ser

feito em cada fase da obra, demonstrando aspectos e impactos ambientais e

como estes itens devem ser trabalhados para que se caminhe para um

empreendimento que seja: uma idéia sustentável, uma implantação

sustentável e uma moradia sustentável.

O arquiteto Jaime Pusch traz uma visão ética para o mesmo conceito:

“a sustentabilidade é uma recomendação pró-ativa. Apresenta-se ao agente de desenvolvimento como uma condicionante definitiva de sua ação sobre o meio. O conceito de ação sustentável passa também pela consideração do homem como ser integrante da natureza e propõe a harmonização dos seus interesses peculiares consigo mesmo e seu entorno” (Pusch, 2010, p.30).

É importante considerar que o conceito de sustentabilidade não é

fechado, não é possível atingir uma sustentabilidade absoluta. Um projeto

poderá sempre adotar soluções que diminuam seu impacto no meio

ambiente.

Apesar dos avanços científicos que fornecem poderosas ferramentas de

trabalho para o planejador, tais como programas de geo-referenciamento,

fotos aéreas tiradas de satélites, programas que permitem trabalhar

simultaneamente várias disciplinas de planejamento; pode-se apontar como o

maior obstáculo a ser vencido a maneira de pensar soluções para os mais

graves problemas de nossas cidades. Freqüentemente poderá um planejador

despreparado se deixar levar pelo pensamento linear, que não é uma

alternativa adequada aos problemas humanos.

Enfim, a sustentabilidade, com suas múltiplas implicações, devem ser

buscadas, principalmente para os projetos desenvolvidos pelo TJERJ na área

construção civil, pois as características de uma construção sustentável

interferem diretamente na relação do homem/meio-ambiente com questões

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que podem ser minimizadas quando se resolve investir em um planejamento

eco-eficiente adequado.

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CAPÍTULO III

PADRÃO SUSTENTAVEL – CNJ

A qualidade da obra, seja quanto ao seu valor intrínseco seja quanto à

sua execução nos aspectos das formalidades legais, depende dos projetos.

Pensando nisso, o CNJ adotou medidas e critérios para enfatizar a

necessidade da elaboração de projetos que, fundamentados em princípios

éticos comprometidos com o respeito ao meio ambiente e ao erário, sejam

funcionais e completos.

A Resolução nº 114, de 20 de abril de 2010 dispõe sobre:

I O planejamento, a execução e o monitoramento de obras do Poder

Judiciário;

II Os parâmetros e orientações para precificação, elaboração de editais,

composição de Bonificação de Despesa Indireta, critérios mínimos para

habilitação técnica e cláusulas essenciais nos novos contratos de

reforma ou construção de imóveis no Poder Judiciário;

III A referência de áreas a serem utilizadas quando da elaboração de

novos projetos de reforma ou construção de imóveis no Poder Judiciário;

IV A premiação dos melhores projetos de novas obras no âmbito do

Poder Judiciário.

O tempo despendido no aprofundamento e aperfeiçoamento dos

projetos irá refletir-se na economia de prazos, de adaptações e de aditivos na

construção da obra.

Todos os projetos devem expressar soluções que atendam premissas

de economicidade baseadas em adequado dimensionamento e correta

avaliação de custo-benefício, levando em conta as possibilidades de ampliação

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ou adaptação, no intento de evitar obsolescência diante do caráter dinâmico do

Judiciário.

Especial atenção exige-se do projeto arquitetônico por ser,

naturalmente, o determinante para os projetos complementares.

O projeto arquitetônico de um prédio do TJERJ deve cuidar dos

aspectos sociológicos, políticos, urbanísticos e psicológicos que o envolvem. O

projeto deve levar em conta o significado da presença do Poder Judiciário

numa cidade fluminense. A Justiça Estadual, para além de cumprir sua tarefa

de fazer prevalecer o direito, é capaz de infundir em cada pessoa a

consciência de seu papel como cidadão na composição da Pátria.

Como foi descrito anteriormente, hoje, os projetos do TJERJ referentes

aos prédios de construções novas e reformas são elaborados sem observância

de levantamento de dados e critérios técnico-juridicionais. Carecem de

padronização, pois são concebidos de forma subjetiva e individualizados.

Não há uma padronização do mobiliário que permita estabelecer com

eficiência a tomada de decisão quanto à definição do espaço dos ambientes

quando da elaboração do projeto de arquitetura.

Com a adoção das medidas estabelecidas pelo CNJ, pretende-se

padronizar as construções dos prédios dos Fóruns do PJERJ, levando-se em

conta critérios de classificação em pequeno, médio e grande, com base na

Resolução 114/2010 do CNJ e informações técnico-juridiscionais, bem como a

criação de cadernos de encargos com inclusão de critérios de acessibilidade e

sustentabilidade, e padronização de mobiliários e respectivas legendas.

Acredita-se que o produto final irá estabelecer diretrizes para elaboração

de projetos de arquitetura e complementares, bem como para confecção de

projetos de readequação de layout, exonerando, portanto critérios subjetivos e

individualizados atualmente utilizados, de modo a assegurar economia na

manutenção das edificações do PJERJ.

O produto final busca em sua essência o seguinte: • Facilitar a tomada de decisões de futuras administrações;

• Facilitar e baratear a manutenção predial;

• Proporcionar identidade visual aos prédios do PJERJ;

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• Promover economia e rapidez no procedimento do processo licitatório;

• Facilitar a substituição e adoção de diretrizes ergonômicas para o

mobiliário;

• Atender os mandamentos da acessibilidade e sustentabilidade dos

prédios;

• Promover maior qualidade no processo executivo das obras;

• Dar diretrizes aos colaboradores Arquitetos e Engenheiros na

elaboração de novos projetos.

O prazo estimado para a conclusão do projeto é de dois (2) anos,

contados desde as ações para a definição e elaboração das diretrizes de

padronização predial até o monitoramento de sua utilização nas obras e

reformas realizadas após 1 ano da oficialização dos parâmetros.

A implementação do projeto irá abranger as novas construções e

reformas dos prédios do PJERJ.

Os benefícios serão muitos para o Poder Judiciário:

• Estima-se reduzir em cerca de 30% o custo de manutenção

predial

• Padronização e economicidade de aquisição de materiais de

manutenção e mobiliário

• Redução da tipologia e quantitativo dos materiais de manutenção

a serem adquiridos para atender aos prédios existentes

• Promover a identificação visual dos prédios do PJERJ

• Definir os materiais de acabamento e equipamentos para os

prédios novos e reformas, e procedimentos executivos

• Agilidade e facilidade nas tomadas de decisões e no trâmite de

procedimentos licitatórios

Um local que abrigue um prédio do TJERJ deve refletir a magnitude de

suas funções na proporção do impacto de sua presença nas representações

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sociais da população. Uma corte não é, exatamente, um conjunto organizado

de salas, corredores e entradas. É um mundo social e emocional. A missão do

Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro inclui tratar todos os

jurisdicionados com cortesia, respeito e dignidade, fornecendo serviços que

atendam às suas necessidades, incluindo as emocionais e as psicológicas. Um

cuidadoso estudo dos efeitos psicológicos do ambiente de uma corte deverá

ser prioritário na busca do indispensável conforto do usuário.

O prédio, além de ser a presença da corte, deve ser a presença

simbólica do papel da corte. Desse modo, é necessário buscar integração com

a paisagem urbana, quando nesta houver ordem e dignidade, ou oposição

contrastante, quando ali houver desordem e vilania, apresentando-se como

símbolo da ordem e da justiça.

De acordo com o Guia de Projetos e Obras elaborado pelo CNJ:

“É preciso impor a preponderância da Lei sem excluir, ou inibir uma autêntica participação do público. O projeto deve objetivar que o edifício reafirme a importância da Lei e, ao mesmo tempo, comunique que a Justiça é acessível e segura, refletindo a proposta de relação entre o cidadão e o Estado, destacando a relevância do sentimento de inclusão e isonomia” (CNJ, 2009, p. 2).

A partir daí, que o edifício se abra ao cidadão de forma convidativa, com

acessibilidade plena. Tal acessibilidade exige não só a exclusão das barreiras

construídas, mas a inclusão do edifício na comunidade, o que só ocorre

quando ele absorve e expressa os valores culturais do lócus no qual se insere.

Convém ressaltar que a locação do prédio deve considerar a acessibilidade

urbana e que a proximidade com outros serviços relevantes é também uma

forma de acessibilidade.

É bom chamar a atenção para o fato de que um prédio da Justiça

Estadual é uma presença significativa na paisagem urbana e contribui para o

patrimônio histórico local.

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CONCLUSÃO

O conceito de sustentabilidade tem sido amplamente discutido ao longo

das últimas quatro décadas; isto pode ser percebido pela grande quantidade

de documentos de compromissos produzidos por diversas instituições

governamentais, ONG’s e congressos espalhados pelo Brasil e no mundo. No

entanto não é possível ainda perceber com clareza a aplicabilidade de tais

ações pactuadas, na busca pelo desenvolvimento de uma construção civil

sustentável.

Ainda hoje é possível encontrar no meio urbano, situações notadamente

não sustentáveis como: edificações sem conforto térmico/acústico

necessitando de elevado consumo de energia elétrica, a degradação de

grandes áreas ambientais, como os lixões, o lançamento de esgotos

domésticos e industriais em cursos d’água que atravessam a cidade, para citar

apenas alguns destes problemas.

A Diretoria Geral de Engenharia, como atividades complementares as

suas atribuições ordinárias, presta apoio à implementação da participação do

PJERJ nas políticas de sustentabilidade, acessibilidade e preservação

ambiental além de estudos ergonômicos desenvolvidos pelo Departamento de

Saúde e ações sociais em comunidades carentes desenvolvidas pelo TJERJ.

As atividades realizadas pela Diretoria de Geral de Engenharia do

TJERJ constituem-se passos importantes na busca por uma gestão eficaz e

eficiente, ressaltando-se que o processo de gestão estratégica e de

acompanhamento da gestão operacional deve se constituir em atividades

permanentes, direcionando-as sempre dentro dos conceitos relativos à

sustentabilidade.

A Diretoria Geral de Engenharia busca, de forma contínua, o

desenvolvimento de consciência organizacional sob a égide da economicidade,

a fim de atender às determinações da Nova Administração do Tribunal de

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Justiça, no que se refere às estratégias de planejamento financeiro do Poder

Judiciário do Estado do Rio de Janeiro. Dessa forma, alguns processos de

trabalho sofreram alterações no planejamento, impactando nos indicadores e

no Plano de Obras desta Diretoria.

A procura por empresas que trabalhem a responsabilidade sócio-

ambiental, políticas de qualidade e valorização de funcionários são

imprescindíveis para garantir a sustentabilidade de todos os aspectos do seu

próprio empreendimento. Além disso, mostra-se importante no sentido de

incentivar toda a cadeia produtiva a se adaptar aos aspectos da

sustentabilidade, ou seja, produtos e serviços com baixo impacto

socioambiental em seu ciclo de vida.

O TJERJ vem buscando aperfeiçoar o padrão de qualidade e

celeridade nos serviços prestados, em conformidade com as necessidades dos

usuários, colaborando com as Unidades Organizacionais do PJERJ de forma

integrada, adequando-se aos ajustes realizados pela administração no

planejamento dos recursos financeiros.

Executando-se essas ações, espera-se que sejam estabelecidos laços

de confiança com as Unidades organizacionais envolvidas, evitando conflitos e

melhorando a reputação do empreendedor no mercado. Os benefícios da

existência dessa integração dos indivíduos interessados vão desde a redução

ou eliminação de riscos até a percepção de oportunidades de mercado e

inovação decorrente do contato com pessoas com outros pontos de vista.

Por fim, é sabido que os processos de engenharia de obras no TJERJ

para se alcançar a sustentabilidade não devem ser isolados. Os processos

devem envolver vários setores da sociedade, promovendo ações de educação

ambiental, permitindo que todos os envolvidos tenham conhecimento da

importância e abrangência de suas ações na busca pela sustentabilidade como

um todo.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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BIBLIOGRAFIA CITADA

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WEBGRAFIA CONSULTADA

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WEBGRAFIA CITADA

CABRAL, Bruno Fontenele; CANGUSSU, Debora Dadiani Dantas. Qual é o

palácio mais suntuoso do Poder Judiciário?

Disponível em: <http://jus.com.br/revista/texto/21574/qual-e-o-palacio-mais-

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 8

INTRODUÇÃO 9

CAPÍTULO

CONSTRUÇÃO CIVIL NO TJERJ 12

CAPÍTULO II

SUSTENTABILIDADE 19

CAPÍTULO III

PADRÃO SUSTENTÁVEL - CNJ 26

CONCLUSÃO 30

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 32

BIBLIOGRAFIA CITADA 34

WEBGRAFIA CONSULTADA 35

WEBGRAFIA CITADA 36

ÍNDICE 37