educação para o trânsito uma visão holística

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FACULDADE ÍTALO BRASILEIRA INSTITUTO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E ENSINO SUPERIOR/IEPES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO E NORMATIZAÇÃO DE TRÂNSITO E TRANSPORTES MESSIAS VIEIRA DE SOUZA ROBSON PONTES DA SILVA EDUCAÇÃO APLICADA AO TRÂNSITO: UMA VISÃO HOLÍSTICA IMPERATRIZ - MA 2015

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Page 1: Educação para o trânsito   uma visão holística

FACULDADE ÍTALO BRASILEIRA

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E ENSINO SUPERIOR/IEPES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO E NORMATIZAÇÃO DE

TRÂNSITO E TRANSPORTES

MESSIAS VIEIRA DE SOUZA

ROBSON PONTES DA SILVA

EDUCAÇÃO APLICADA AO TRÂNSITO: UMA VISÃO HOLÍSTICA

IMPERATRIZ - MA 2015

Page 2: Educação para o trânsito   uma visão holística

MESSIAS VIEIRA DE SOUZA

ROBSON PONTES DA SILVA

EDUCAÇÃO APLICADA AO TRÂNSITO: UMA VISÃO HOLÍSTICA

Artigo apresentado, a Faculdade Ítalo Brasileira, como requisito parcial para conclusão do curso de Pós-graduação em Gestão e Normatização de Trânsito e Transportes. Orientador: Prof. Esp. José Ribeiro da Silva Júnior.

IMPERATRIZ - MA 2015

Page 3: Educação para o trânsito   uma visão holística

Bibliotecária Maria José Costa Amorim – CRB13/707

S719e Souza, Messias Vieira.

Educação aplicada ao trânsito: uma visão holística. / Messias Vieira

de Souza; Robson Pontes da Silva. - Imperatriz, 2015.

31f.

Orientador (a): Prof. Esp. José Ribeiro da Silva Júnior.

Monografia (Especialização em Gestão e Normatização de Trânsito e

Transportes.) - Faculdade Ítalo Brasileira.

1. Escola de ensino básico e superior. 2. Trânsito. 3. Bem-estar social.

I. Silva, Robson Pontes da. II. Título

CDU 373.3/.5:656.07:364.658

Page 4: Educação para o trânsito   uma visão holística

MESSIAS VIEIRA DE SOUZA

ROBSON PONTES DA SILVA

EDUCAÇÃO APLICADA AO TRÂNSITO: UMA VISÃO HOLÍSTICA

Artigo apresentado à Banca Examinadora da Faculdade Ítalo Brasileira, como

requisito parcial para obtenção do título Especialista em Gestão e Normatização de Trânsito e Transporte. Orientador: Prof. Esp. José Ribeiro da Silva Júnior.

Aprovado em: ______/_____/______. Nota:

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________

Professor: Prof. Esp. José Ribeiro da Silva Júnior. Orientador

_________________________________________________ Professor Examinador:

_________________________________________________ Professor Examinador:

Page 5: Educação para o trânsito   uma visão holística

É importante salientar que o trânsito mais ordeiro e

menos violento serve como um belo cartão-postal, o que

contribuiria significativamente para melhorar a imagem das

nossas cidades e do nosso país. Afinal, é assim que vemos os

outros países e suas cidades.

J. Pedro Corrêa

Page 6: Educação para o trânsito   uma visão holística

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................6

2 BREVE CONCEITUAÇÃO DE TRÂNSITO..............................................................9

3 EDUCAÇÃO COMO FORMA DE CONCIENTIZAÇÃO..........................................11

3.1 O Papel da Família.........................................................................................12

3.2 Educação Aplicada no Ensino Básico.........................................................13

3.3 Educação Aplicada no Ensino Superior......................................................14

3.4 Temas Transversais.......................................................................................15

3.4.1 A Disciplina Arte na Parte Teatral.............................................................16

3.5 Campanhas Educativas.................................................................................17

3.5.1 Semana Nacional do Trânsito....................................................................18

4 HUMANIZAÇÃO DO TRÂNSITO............................................................................19

CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................22

ABSTRACT................................................................................................................23

REFERÊNCIAS..........................................................................................................24

ANEXOS.....................................................................................................................27

Page 7: Educação para o trânsito   uma visão holística

EDUCAÇÃO APLICADA AO TRÂNSITO: UMA VISÃO HOLÍSTICA

Messias Vieira de Souza1

Robson Pontes da Silva2

RESUMO

Este artigo descreve uma análise da necessidade de a escola dos ensinos

Básico e superior na aplicação de uma disciplina a respeito do trânsito, da

fiscalização e como auxilio a utilização de meios de comunicação em massa e

outras campanhas adotivas como, por exemplo, exposição, outdoors, folhetos como

organismo comprometido para o controle do comportamento do homem em relação

à mobilidade urbana mais humana e de acordo com o ajuste de um padrão de

convívio em sociedade de trânsito organizado e tornar mínima a grande quantidade

de conflitos na circulação de veículos e acidentes de trânsito que vemos nas ruas,

principalmente, nas grandes cidades.

Assim sendo, os objetivos é esclarecer os motivos dos conflitos encontrados

no trânsito no dia a dia; mostrar que tais problemas não partem somente do

condutor, mas do pedestre e, sobretudo, do órgão público, pois, o papel do estado é

tomar o comando e organizar o esforço nacional em benefício de um trânsito seguro,

mobilizando, coordenando e incentivando as entidades com toda a sociedade para

melhorar a conscientização. E, quanto à educação; a escola e a família juntas com o

poder público são os principais responsáveis pela aprendizagem. No entanto, é

tarefa básica da escola e da família no desenvolvimento do conhecimento como

parte integrante da formação social, do pensamento decisivo como ser autônomo e

da criatividade e segurança apoiados não só na reflexão sobre os conhecimentos

adquiridos em questão, mas também sobre suas aplicações à tecnologia, ao

progresso e o bem-estar social.

Palavras-chave: Conscientização. Trânsito. Bem-estar social.

1 Licenciado em Física pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. 2 Bacharel em Administração pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA.

Page 8: Educação para o trânsito   uma visão holística

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1 INTRODUÇÃO

A educação aplicada ao trânsito deverá ser uma metodologia para motivar a

ampliação das habilidades mecânica e ética quanto à locomoção nas vias públicas

em uma técnica social designada à invenção do tipo de cidadão que leve consigo a

necessidade da construção de um trânsito seguro, principalmente, tomar em

consideração a diversidade diante da coletividade e atender as suas necessidades

de locomoção, algo assim, deve ser enfrentado com recursos financeiro e

pedagógico necessário para alcançar o fator de transformação com finalidade de

constituir o progresso da qualidade da vida coletiva nas vias públicas. No entanto, a

educação para o trânsito é um direito de todo cidadão sem distinção,

escepicialmente, alunos em sala de aula comum em um sistema regular de ensino

de forma a adquirir o convivio mais saudavel no trânsito.

A via pública, tratando-se de mobilidade, é o espaço mais democrático que se

conhece, o Estado tem o dever de proporcionar a organização, sistematização e

normatização dos atos das pessoas referente à circulação, o transporte e conduta,

surgindo então, uma área de estudo independente, no ramo científico e legislatório,

“o direito de trânsito”, assim como está destacado no Código de Trânsito Brasileiro

(CTB).

A educação para o trânsito será promovida na pré-escola e nas escolas

de1°, 2° e 3° graus, por meio de planejamento e ações coordenadas entre

os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito e de Educação, da

União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas respectivas

áreas de atuação. (BRASIL. Lei nº 9.503, 1997, Art. 76).

O homem que tem a pretensão de viver isoladamente da sociedade ou não se

adéqua as Leis vigentes, dita pelo Estado, de seu espaço e tempo é considerado

pela comunidade critica como uma pessoa em situação desumana, pois, a

sociedade tem como padrão a cultura e a lei e esta tem função de constituir o

ajustamento entre o individual e o grupo. A sociedade representada pelo Estado é

uma unidade suprema, no entanto, o homem na sua construção intelectual deverá

suceder méritos entre o individual e o coletivo no intuito para obtenção de uma

sociedade cada vez mais justa. O Estado tem como sua verdadeira função, a defesa

Page 9: Educação para o trânsito   uma visão holística

7

da vida, a proteção ao meio ambiente e o bem-estar social, assim como dispõe o

CTB (Lei n° 9.503, 1997, Art. 1°, §5°), “Os órgãos e entidades de trânsito

pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito darão prioridade em suas ações à

defesa da vida, nela incluída a preservação da saúde e do meio-ambiente”.

Tão pouco vale as Leis, apesar de termos que obedecermos, se o sistema

educacional é falido ou funciona de maneira precária, visto que, a educação e seus

modos de ajustamentos têm como principais objetivos, além do mercado de

trabalho, a adaptação do homem na sociedade, ela será inclusiva se suas técnicas

influenciarem a conduta humana como meio de controle da sociedade, visto que, o

homem pra ser humano tem que aprender viver-se bem em grupo. Segundo Bock

(2008, pg. 271): “A escola surgiu para responder a necessidades sociais de preparo

do individuo para a vida pública. A família ficou apenas com formação moral de seus

filhos”. Desta forma não há o que se falar em formação da moral do individuo dentro

das unidades escolares, devendo partir do núcleo familiar para a formação do

indivíduo, portando, o Estado através da escola e família atuam em conjunto para o

convívio saudável na sociedade.

A escola nas suas diversas teorias pedagógica durante sua história demanda

algo que aconteça transformações significativas no comportamento do homem, na

organização dos fundamentos culturais ensinando-lhes estabelecer vínculos de

segurança. Segundo Foracchi, (1977, p. 185) “[...] a educação forma o homem sob

todos os aspectos e em todas as direções.”

O fator educacional na definição amplo tem como o conhecimento acima de

tudo a função de organização e pelo ato de inteligência a continuidade e a

conservação do funcionamento cognitivo, entretanto, zelar pelo desenvolvimento da

sociedade. Segundo Seber, (2006, p. 136): “Desde seu nascimento, o ser humano

estar mergulhado num meio social que atua sobre ele do mesmo modo que o meio

físico.”

O avanço na educação aplicada ao trânsito pode consentir de ser um simples

conceito se as autoridades competentes sejam convictas de que é capaz de

humanizar para que todas as pessoas tenham oportunidades de locomoção

adequada, no entanto, sem se tornar agente consistente desse destino será difícil

assumir a direção dos acontecimentos. A Constituição Federal em seu Art. 205

garante esse direito.

Page 10: Educação para o trânsito   uma visão holística

8

A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida

e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno

desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania

[...]..(BRASIL. Constituição Federal, 1988, Art. 205).

Portanto, cabe ao cidadão invocar este direito basilar que está mais do que

consolidado em Estado Democrático. Por fim, temos que observar que o estado

detém a autoridade de promover a educação, assim como a obrigação, devendo

deste modo oferecer a estrutura e a capacidade necessária para cumprir com seu

papel, fazendo surgir pessoas mais conscientes de seus direitos e preocupadas com

a segurança individual e coletiva.

Page 11: Educação para o trânsito   uma visão holística

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2 BREVE CONCEITUAÇÃO DE TRÂNSITO

O que é trânsito na via publica? O trânsito constitui-se a circulação diária de

veículo, pessoas e animais na via pública, designadamente, o espaço mais

democrático referente a bens públicos de uso comum, onde todas as pessoas sem

distinção têm direito de acesso a ela, diz respeito a um direito fundamental, que se

incorpora na tutela do Estado, pois tem o dever de garantir os alicerces de tal direito.

Segundo Ferreira (2000, p. 682): “Trânsito: Movimento, circulação, influência de

pessoas e/ou veículos.”

A palavra trânsito para o legislador significa locomoção na via pública e, no

entanto, surge a necessidade de criar um conceito técnico, ou seja, uma atividade

reguladamentada em lei por um código próprio. No entanto, o legislador classificou

dois momentos jurídicos para o termo trânsito:

a) O trânsito é a ocupação da via, ou seja, a mobilização ou imobilização e

suas naturezas que são: a circulação, a parada, o estacionamento, a operação de

carga ou descarga;

b) O trânsito é a mobilização ou imobilização das vias por pessoas, veículos

ou animais, conduzidos ou não compriendidas em: a pista, o acostamento, o

estacionamento, a calçada e passeio, a ilha, o canteiro central.

De acordo com a legislação virgente em todo o territorio nacional, o conceito

de trânsito é compreende da seguinte forma.

“Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais,

isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada,

estacionamento e operação de carga ou descarga.” (BRASIL, Lei nº 9.503,

1997, Art. 1º, §1º).

Ao referir em normalização do trânsito, perpetramos referência ao direito de

participação de todas as pessoas, é assegurar que o direito de ir e vir deve ser

acatado como preceitos, ou seja, regras que vale para todos. O direito de locomoção

das pessoas com seus veículos são necessários submeter-se à instância da

coletividade, no entanto, deverá haver definição de vínculos estabelecidos em lei,

pois, a consolidação dá- se ela na ação do Estado sobre o trânsito. A Constituição

Page 12: Educação para o trânsito   uma visão holística

10

Federal (1988, Art. 5º, Inciso XV) afirma: “É livre a locomoção no território nacional

em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos ternos da lei, nele entrar,

permanecer ou dele sair com seus bens”

A conjuntura dos interesses múltiplos quanto à circulação na via pública

estende-se por causa das necessidades de ir ao trabalho, a procura de lazer, saúde,

em meio a, também, outros interesses, de modo que, gerará subversão dos

interessados, como por exemplo, os pedestres, os ciclistas, os motociclistas e os

motoristas de vários tipos de veículos, como, de tração animal, motorizados de

quatro rodas ou mais. E para garantir a estabilização da locomoção contamos com o

código de trânsito que são normas jurídicas estabelecidas em Lei na

responsabilidade do Estado. O autor Corrêa (2013) destaca essa responsabilidade.

Tenho convicção (ou será torcida?) de que, se o governo acenar com

intenção clara de provocar uma verdadeira revolução no nosso trânsito, terá

uma resposta concreta e à altura por parte da sociedade civil, incluindo o

setor privado. Há muita coisa por se fazer, mas, como sabemos grandes

caminhadas começam com um primeiro passo. (CORRÊA, 2013, p. 19).

Desta forma, percebemos a efetiva participação que o Estado deve

desempenhar, entretanto, cabendo também destacar a atuação da sociedade e do

setor privado no sentido de manter cooperação com Estado, criando lanços no

desenvolvimento de uma cultura de segurança para o bem comum social e coletivo.

Page 13: Educação para o trânsito   uma visão holística

11

3 EDUCAÇÃO COMO FORMA DE CONCIENTIZAÇÃO

É uma tarefa bastante complexa edificar uma educação ao cidadão para uma

convivência de liberdade e conscientização social. Sabemos que as pessoas

adaptam-se ao ambiente mediante a influência mútua do meio social. De acordo

com Finley (2014):

Os hábitos se formam com facilidade, mas são difíceis de quebrar. Na

verdade, pura garra e força de vontade (ou “falta de força de vontade”, se

você preferir) não são suficientes para obter a vitória sobre os hábitos e

vícios escravizantes. Precisamos de ajuda [...]. (FINLEY, 2014, p. 81).

A indagação cientifica advém de maneira expressiva de um sistema

educacional empenhado, quanto mais agregado estiver o aluno em um processo de

construção cognitivo, mais organizado será seu aprendizado. Segundo Seber (1997,

p. 54) “[...] o conhecimento tem antes de tudo uma função de organização e esta é

uma primeira analogia fundamental com a vida”.

Tal sistema deverá seguir uma abordagem de integração na qual contenha

além dos conteúdos da disciplina em si, os transtornos atuais causados pelo

trânsito, as idéias do aluno nos seus hábitos quando a locomoção, pois, sua visão

permitirá que analisem situações e acontecimentos na sua integração com

fundamentos de experiências no cotidiano. Para tal, Freire (2011, p. 30) enfatiza o

ensino e a pesquisa “Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino”.

Há, no comportamento, duas formas distintas de veemências:

a) A forma de adaptação é quando o artifício pelo qual o organismo modifica- se

para formar ou reformar condições para a harmonia com o meio em que vive.

Adaptação é um equilíbrio que foi desenvolvido através da assimilação de

elementos do ambiente e da acomodação desses elementos pela

modificação dos esquemas e estruturas mentais existentes, como resultado

de novas experiências. (OLIVEIRA, 1984, p. 68)

b) A forma de organização è quando há uma estruturação do saber adquirido.

Page 14: Educação para o trânsito   uma visão holística

12

A organização hierárquica da aprendizagem é ainda mais útil em programas

destinados a desenvolver novos padrões de comportamento, porque os

elementos das respostas que compõem os desempenhos complexos

podem se constituir em componentes relativamente intrincadas. (OLIVEIRA,

1984, p. 100)

Professores e palestrantes devem ter ciência da importância de ministrar o

conteúdo das séries iniciais até o nível superior como sobreaviso de ensinar

gradualmente o conteúdo como forma de instituir uma adaptação e manter uma

organização hierárquica em programas de ensino educacional visando o

comportamento adequado do cidadão.

3.1 O Papel da Família

O início da aquisição cognitiva começa na infância, a primeira concepção

ética vem dos pais, eles são o espelho para o filho, portanto, a família é responsável

pelo início da construção moral da criança. Segundo Seber (1997, p. 29) “É

essencial antecipar as conseqüências futuras no que concerne à formação humana

das nossas crianças”.

Na criança apresenta inquietação com o desconhecido, ela tem mais

naturalidade na aprendizagem e assimila bem melhor as instruções do que o adulto.

Segundo Seber (1997, p. 102) “Quando a criança não pode assumir o papel de

construtora dos seus conhecimentos e as ações deixam de ser prioridade, crescem

as chances de o adulto entrar por um labirinto, [...].”

No trânsito, o sistema educacional não pode ser diferente, deve iniciar ainda

na infância na responsabilidade ainda exclusiva dos pais e ter prosseguimento na

escola, pois todos, independentemente da idade, são usuários da via.

A responsabilidade da família decorre do fato de ser ela a célula-mater da

sociedade, o núcleo fecundador e sustentador das gerações nascentes e o

primeiro elemento condicionador da plasmação do caráter individual.

(CARNEIRO, 2011, p.163)

Page 15: Educação para o trânsito   uma visão holística

13

Constituem-se na família os primeiros exemplos de conduta, incide em,

principalmente, do círculo familiar que estar sujeito a conexão ética que leva para o

meio social. A escola tem seu papel de aumentar a educabilidade numa pedagogia

voltada, exclusivamente, para o exercício da cidadania e sua preparação para o

mercado de trabalho.

A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de

liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno

desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e

sua qualificação para o trabalho. (REIS, 2009, p. 43)

Em face da mencionada legislação é perceptível que Estado e a família

participam diretamente do processo de formação do individuo enquanto pessoa

ligada a questões éticas e morais, enquanto cidadão aquele que tem plena

consciência de seus direitos e deveres, e profissional liga a uma atividade

socialmente aceita.

3.2 Educação Aplicada no Ensino Básico

Constata-se que a escola do ensino básico ainda não oferece no seu currículo

escolar a disciplina “trânsito” que é direito do aluno. As secretarias de educação se

justificam ao apontar a ausência de profissionais da educação com qualificação

necessária para ministra o tema. O Código de Trânsito em sua redação afirma, “a

adoção de conteúdos relativos à educação para o trânsito nas escolas de formação

para o magistério e o treinamento de professores e multiplicadores”. (BRASIL. Lei

9.503, 1997, Art. 76, Parágrafo único, Inciso II)

É de extrema necessidade ter uma nova versão do exercício pedagógico para

que a escola se adapte atendendo a realidade atual, por tanto, a disciplina poderá

ser administrada por instrutor ou agente de trânsito, professores licenciados em

outra área com conhecimento básico na disciplina.

O Código de Trânsito no seu sexto capítulo garante direito da educação

através de convênios.

Page 16: Educação para o trânsito   uma visão holística

14

Os órgãos e entidades executivos de trânsito poderão firmar convênios com

os órgãos de educação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios, objetivando o cumprimento das obrigações estabelecidas neste

capítulo. (BRASIL. Lei nº 9.503, 1997, Art. 79)

No ensino fundamental pode trabalhar o tema trânsito por ciclos, já no ensino

médio, melhor aplicar diretamente as teorias do código de trânsito, logo, preparando

o aluno para ser futuro motorista.

3.3 Educação Aplicada no Ensino Superior

Trabalhar a questão trânsito no nível superior é interessante empregar

planejamentos de ensino, portanto, o educador terá que trabalhar uma disciplina

bastante complexa e terá de ser capaz de ampliar o senso crítico do aluno trazendo

consigo circunstâncias que saiba ter comportamento harmonioso no qual faça

pensar de modo responsável e civilizado.

Preferimos, entretanto, ampliar a ideia de educação de forma que se

entenda que sua promoção deve objetivar a convivência no trânsito e no

espaço de circulação como competência regulamentar e meta do Ministério

da Educação, em todos os níveis de ensino, de forma inter e

transdisciplinar, para que seja possível enfrentarmos o grave quadro de

estatísticas. (BERWIG, 2013, p. 92)

Se a Educação for administrada nos ensinos básico e superior,

provavelmente os usuários da via serão universalmente civilizados, visto que, a

violência no trânsito ainda é muito grave no Brasil, somente a educação é capaz de

transformar o homem para ser solidário, viver respeitando e com harmonia

contribuindo, assim, para o aspecto social. Segundo Corrêa (2013) a solução é

evidente:

Ao longo das últimas décadas ouço em todos os cantos deste país que

educação para o trânsito “é a solução”, “é por onde tudo começa”, “é a

única maneira de endireitar o nosso trânsito”, e por ai vai. Ninguém duvida

Page 17: Educação para o trânsito   uma visão holística

15

de que tudo isso é verdadeiro-talvez sem todo o exagero (CORRÊA, 2013,

p. 102)

Á grande relevância e a gritante necessidade de termos uma sociedade mais

educação se torna mais constante devido aos elevados índices de mortes e

acidentes de trânsito. Contudo, não podemos somente nos ater na comente na

educação, mas nas diversas formas de interação do individuo inserindo a segurança

com um valor a ser preservado.

3.4 Temas Transversais

O tema transversal de educação para o trânsito são conteúdos adicionados

em disciplinas diferentes, aplicadas em matérias básicas, motivado pela falta de uma

disciplina especifica. Assim, o professor vai inserir na sua disciplina aulas de

instrução no trânsito, na qual, vai auxiliar na análise e reflexão a respeito de

segurança viária, de modo que os alunos consigam transpirar para si o

conhecimento e demonstrem em comportamentos a noção estabelecida.

Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional

comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e

estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas

características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e

da clientela. (BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental, 1998, p. 57)

As disciplinas mais apropriadas para inserir os conteúdos relacionados a

Trânsito são: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Naturais, Geografia,

História, Educação Física e, principalmente, Arte.

a) Língua Portuguesa: o aluno amplie o conhecimento da linguagem dos sinais

de trânsito;

b) Matemática: demonstrar problemas mecânicos e estatísticos relacionado à

via;

c) Ciências Naturais: relacionar a locomoção de veículos com a preservação do

meio ambiente;

Page 18: Educação para o trânsito   uma visão holística

16

d) Geografia: compreender o que é a divisão da via e dos logradouros públicos;

e) História: relacionar o problema atual como o fator histórico;

f) Educação Física: praticar atividade física simulando como se estivesse na via;

g) Arte: formar trabalho em grupo assimilando a sociedade local e locomoção.

A questão central das preocupações éticas é a analise dos valores

presentes na sociedade, a problematização dos conflitos existentes nas

relações humanas quando ambas as partes não dão conta de responder

questões complexas que envolvem a moral e a afirmação de princípios que

organizam as condutas dos sujeitos sociais. (BRASIL. Secretaria de

Educação Fundamental, 1998, p. 66)

De ante do exposto o que caracteriza como preocupação é a escolha mau

sucedida do individuo, devido a sua formação e sua percepção da realidade

enquanto cidadão, pois, ele tem o poder de escolha podendo ser positiva ou

negativa. No trânsito geralmente as escolhas mau sucedidas terminam em

tragédias, o trânsito não aceita erros. Isso envolve não somente questões morais,

mas também de organização do Estado, cabendo o controle da segurança viária. A

sensação de injustiça contribui para péssimas escolhas no trânsito, pois quando o

sujeito desobedece as normas e não é punido, passa impressão de que as regras

não tem eficácia refletindo negativamente na sociedade e induz a transgressão da

lei.

3.4.1 A Disciplina Arte na Parte Teatral

Referindo-se a temas transversais, a disciplina Arte é a mais importante, visto

que, pode ser aplicada em forma teatral. A arte cênica existe há séculos e até hoje é

a forma mais adequada para sensibilizar a sociedade, visto que, a clientela presta

bastante atenção, podendo representar um papel importante voltado para o trânsito.

Segundo Corrêa (2013) se constitui em uma forma eficiente de transmitir alguma

mensagem:

Page 19: Educação para o trânsito   uma visão holística

17

Não se conhece na história algo que tenha provocado tanto fascínio e

atenção como o circo. Nas crianças, ele estimula o espírito lúdico, o sonho,

a fantasia e o encantamento. Já nos adultos, provoca um retorno ao

passado romântico, reanima emoções esquecidas e oferece um resgate da

paixão pela vida. Numa palavra o circo apaixona. (CORRÊA, 2013, p. 32)

A arte cênica traz ótimos resultados, pois, além de proporcionar diversão,

encanta e ensina o público, determinam procurar o mundo da magia e imaginação

por intermédio de um canal de comunicação muito atraente utilizando pessoas e

personagens, cenários, sinais, versos e músicas. O teatro é relevante na questão

“Educação para o Trânsito”, pois, as pessoas participam de maneira mais consciente

e transmite bastante agenciamento emocional.

De todas as formas de arte, o teatro é aquela que ainda tem um forte apelo

emocional por estar tão perto do público. É uma arte que encanta, diverte,

ensina e permite trazer um mundo de magia e imaginação através de

gestos, palavras, músicas, figurinos e cenários. Mais o teatro permite ir além

da fantasia. (REVISTA INCLUIR, 2013, p. 66)

Os resultados obtidos através do mundo circense são animadores, de fato

trás o encorajamento para os espectadores e ouvintes a tomar novas atitudes

colidindo com novos comportamentos. O mundo da arte deve ser visto com mais

carinho e ênfase, aproveitando o público em geral principalmente nas escolas,

teatros e eventos.

3.5 Campanhas Educativas

Objetivo central das campanhas educativas é a prática dos hábitos na via

pública por condutores de veículos e pedestres valorizando o ser humano. As

campanhas devem ser de caráter permanente utilizando-se dos meios de

comunicação, principalmente, rádio e televisão, no padrão estabelecido pelo

Conselho Nacional de Trânsito.

Page 20: Educação para o trânsito   uma visão holística

18

O CONTRAN estabelecerá, anualmente, os temas e os cronogramas das

campanhas de âmbito nacional que deverão ser promovidas por todos os

órgãos ou entidades do Sistema Nacional de Trânsito, em especial nos

períodos referentes às férias escolares, feriados prolongados e à Semana

Nacional de Trânsito [...]

[...] §2° As campanhas de que trata este artigo são de caráter permanente,

e os serviços de rádio e difusão sonora de sons e imagens explorados pelo

poder público são obrigados a difundi-las gratuitamente, com a freqüência

recomendada pelos órgãos competentes do Sistema Nacional de Trânsito.

(BRASIL, Lei 9.503, 1997, Art. 75)

As campanhas devem levar em conta também as características locais de

cada infração, identificar os tipos de infratores através de dados estatísticos. Ainda

segundo o Código de Trânsito Brasileiro (BRASIL. Lei n° 9.503, 1997, Art. 75), “Os

órgãos ou entidades do Sistema Nacional de Trânsito deverão promover outras

campanhas no âmbito de sua circunscrição e de acordo com as peculiaridades

locais”. Vale ressaltar que o Código de Trânsito deixou claro a gratuidade e a

ininterrupção deste serviço, visando atingir os objetivos do SNT.

3.5.1 Semana Nacional do Trânsito

A estratégia principal da Semana Nacional do Trânsito é intensificar as

campanhas educativas utilizando, também, além dos meios de comunicação em

massa, aplicar outros meios como, por exemplo, cartazes, exposição, palestras,

sessão de vídeo, faixas, outdoor, passeata e outros tipos que possa ajudar na

campanha. Segundo o CTB (BRASIL. Lei n° 9.503, 1997, Art. 326) “A Semana

Nacional do Trânsito será comemorada anualmente no período compreendido entre

18 e 25 de setembro”. Os órgãos dos Estados, do Distrito Federal e Municipais,

possuem autonomia de criarem e manterem suas campanhas, entretanto, no

sistema nacional de trânsito tem a obrigatoriedade de participar em conjunto

cooperativamente para o sucesso da campanha.

Page 21: Educação para o trânsito   uma visão holística

19

4 HUMANIZAÇÃO DO TRÂNSITO

As cidades foram feitas para o homem, mais, com o desenvolvimento

tecnológico apareceu o veículo automotor ocupando o espaço na via provocando

acidentes com vitimas, muitas fatal. Com o acréscimo da economia tem aumentando

consideravelmente a quantidade de veículo trazendo engarrafamentos,

principalmente, nos grandes centros urbanos. Segundo Kury (2001, p. 407):

“Humanismo: Doutrina que, coloca o homem no centro de todas as preocupações,

aspirando ao pleno desenvolvimento das suas qualidades, das suas faculdades

criadoras”.

Os órgãos que compõem o Sistema Nacional de Trânsito têm como

compromisso na via pública, especialmente na área urbana, a questão principal a

qualidade de vida na mobilidade humana. É essencialmente importante a aplicação

dos projetos, e de maneira adequada, para que atenda as necessidades de

locomoção ajustando a condição segura do usuário na via, principalmente, do

pedestre que é a parte mais frágil e não ter o cuidado exclusivamente dos

automóveis.

O humanismo evidencia que a teoria da igualdade, que é a matriz de todos

os demais direitos humanos, não é apenas uma defesa jurídica,

constitucional, cultural, ética, social, mas, muito mais do que isso, se

considerarmos a construção da inteligência constatamos que ela é

inevitável. (CURY, 2006, p. 350)

Os órgãos que compõem o Sistema Nacional de Trânsito (SNT) devem ter

compromisso, entre outros, com edificação de ciclofaixa, área destinada ao

pedestre, planejamento de transportes coletivos para aqueles que não desfrutem de

veículo próprio emancipando o bem-estar de locomoção.

Consideram-se atribuições mínimas dos órgãos gestores dos entes

federativos incumbidos respectivamente do planejamento e gestão do

sistema de mobilidade urbana:

I - planejar e coordenar os diferentes modos e serviços, observados os

princípios e diretrizes desta Lei; II - avaliar e fiscalizar os serviços e

monitorar desempenhos, garantindo a consecução das metas de

Page 22: Educação para o trânsito   uma visão holística

20

universalização e de qualidade; III - implantar a política tarifária; IV - dispor

sobre itinerários, frequências e padrão de qualidade dos serviços; V -

estimular a eficácia e a eficiência dos serviços de transporte público

coletivo; VI - garantir os direitos e observar as responsabilidades dos

usuários; e VII - combater o transporte ilegal de passageiros. (BRASIL. Lei

n° 12.587, 2012, Art. 22)

A humanização do trânsito passa por três fases distintas que são: Educação,

Engenharia e Fiscalização.

1. Educação

Deve ser prioridade da União, dos estados, do Distrito Federal e dos

municípios com recursos financeiros para esse fim o desempenho de ações da

difusão do conhecimento e na prática com coerência para não correr o risco, invés

de educar adequadamente, alienar o cidadão.

O trabalho de educação não deve ser dissociado das áreas de engenharia e

fiscalização, pois o exercício da integração da integração das atividades é

que trará modificações permanentes no quadro do trânsito no Brasil.

(MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. Denatran, 2000, p. 35)

2. Engenharia

O planejamento é obrigação dos órgãos executivos para evitar as edificações

ordenadas, no entanto, a engenharia de tráfego e a sinalização devem obedecer a

regras estabelecidas pelo CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito), órgão

máximo normativo de trânsito.

O CONTRAN estabelecerá as normas e regulamentos a serem adotadas

em todo o território nacional quanto à implantação das soluções adotadas

pela Engenharia de Trafego, assim como padrões a serem praticados por

todos os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito. (BRASIL. Lei

n°9.503, 1997, Art. 91, §4º)

Page 23: Educação para o trânsito   uma visão holística

21

3. Fiscalização

A fiscalização tem como função o controle e a ordem na via pública facilitando

a locomoção de seus usuários. É obrigação de o órgão local executivo fiscalizar com

a finalidade de manter a ordem no trânsito, no caso de não haver agentes próprios

de fiscalização, pode celebrar convênios, caso contraria, responderá por omissão.

O agente da autoridade de trânsito competente para lavrar o auto de

infração poderá ser servidor civil, estatutário ou celetista ou, ainda, policial

militar designado pela autoridade de trânsito com jurisdição sobre a via no

âmbito de sua competência. (BRASIL. Lei n°9.503, 1997, Art. 280)

A Segurança Viária estruturada com as três áreas: Educação, Engenharia e

Fiscalização, incluindo nela os Agentes de Trânsito, estão expressamente previstos

pela Constituição Federal como segurança pública.

A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da

incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas:

I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de

outras atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à

mobilidade urbana eficiente; e

lI - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,

aos respectivos órgãos ou entidades executivas e seus agentes de trânsito,

estruturados em Carreira, na forma da lei. (BRASIL. Constituição Federal,

1988, Art. 144, §10º)

Tal redação foi incorporada pela Emenda Constitucional nº 82 (BRASIL.

Emenda Constitucional nº 82, 2014, §10º), estabelecendo uma norma a ser

obedecida pelos entes federados como prerrogativas de Segurança Pública. A

fiscalização possui um importante papel que se desenvolve no controle do tráfego de

veículos, de pessoas e animais, que transitam em vias públicas, assegurando a livre

circulação com prioridade a preservação da vida, da saúde e do meio-ambiente.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Embora, tendo em vista tantos improvisos dos quais não se encontram

respostas sólidas, mas algo pode ser concreto: as políticas para a educação no

trânsito podem deixar de ser apenas, ou simplesmente, um desafio para a grande

problemática encontrada no trânsito em todas as regiões do Brasil.

Existe a necessidade de uma política pedagógica para a educação aplicada

direcionada ao trânsito, possivelmente, em uma matéria básica que trabalhe a forma

ética do educando superando o sistema improvisado encontrado nas autoescolas,

em que o aluno tende decorar, em vez de aprender e de forma paliativa e, no

entanto, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prever uma adequação pedagógica

que deve ser aplicado nos ensinos básico e superior, em uma disciplina específica.

Tamanho desafio, cada vez mais, tão evidente, deve ter empenhos dos

órgãos executivos que compõem o Sistema Nacional de Trânsito (SNT) juntamente

com as respectivas secretarias de educação de cada localidade para atender as

necessidades, de conhecimento em relação ao trânsito, dos alunos, pois, em nosso

país, o trânsito tornou-se um caso gravíssimo de saúde pública. Somente com a

Humanização, composto pela a educação, a engenharia e fiscalização, são capazes

de resolver tamanha precariedade.

Apesar de ter aumentado de forma considerável discussões sobre a inclusão

da disciplina no currículo escolar, isso somente não basta, visto que, segundo a

Constituição Federal é um direito fundamental do aluno. E os argumentos de que

não existir professor licenciado para a matéria por parte dos responsáveis, gestores

municipais e secretarias de educação, não é o suficiente para frear ou conter a

calamidade do trânsito no país. Defendo, apesar de não haver licenciatura na área,

tal disciplina pode ser aplicada por professores licenciados em outras áreas, mas,

com curso de capacitação ou especialização, instrutores ou técnicos de trânsito.

Page 25: Educação para o trânsito   uma visão holística

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ABSTRACT

This article describes an analysis of the necessity of high school and higher

education in the application of a subject about the traffic, supervision and as

assistance the use of means of communication and others adoptive campaign, for

example exhibition, billboards, fliers as compromised organism to the control of the

human´s behavior in relation to the urban mobility more aware and according to the

standard adjustment of living in society, of organized traffic, and to turn minimum the

circulation conflicts of vehicles and traffic accidents we see on the streets, mainly in

big cities.

Then, the purposes are to clarify the reasons of the found conflicts on the

traffic daily; to show that such problems are not only caused by the conductor, but by

the pedestrian and mainly by the public organ, so the function of the govern is to take

the control and organize a national effort in order to guarantee a safe traffic,

mobilizing, coordinating and encouraging the entities with all the society to improve

the awareness. About the education, the family and school with the public authorities

are the main responsible for the learning. However, is a basic task to the school and

to the family in the knowledge development as fundamental aspect in the social

formation, of the decisive thinking how to be autonomous and creativity and security

supported not only in the reflection about these acquired knowledges, but also about

its applies to the technology, to the progress and social welfare.

Key-words: Awareness. Traffic. Social welfare.

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ANEXOS

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ANEXO A – Coleção com temas indicados a ser aplicada no ensino

fundamental da autora Juciara Rodrigues.

1° Ano – Tema: Lugares 2° Ano – Tema: Cidades

3° Ano – Tema: 4° Ano – Tema: O trânsito nas cidades Locomoção no espaço público

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5° Ano – Tema: 6° Ano – Tema: Trânsito e locomoção Trânsito é comunicação

7° Ano – Tema: 8° Ano – Tema: A comunicação no espaço público Transitar é conviver

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7° Ano – Tema: Convivência social no trânsito

ANEXO B – Código de trânsito como indicação para aplicação no Ensino

Médio

Código de Trânsito Brasileiro