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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
Liderança Motivacional
Por: Maria Aparecida de Souza Baceiredo
Orientador
Prof. Antonio Fernando Vieira Ney
Niterói
2009
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
Liderança Motivacional
Apresentação de monografia ao instituto A Vez do
Mestre Universidade Candido Mendes como
requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Gestão Empresarial
Por: Maria Aparecida de Souza Baceiredo
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AGRADECIMENTOS
Ao meu filho Lucas de Souza
Baceiredo, por compreender e aceitar
minha ausência no tempo em que
estive fazendo o curso. Ao meu marido
Marcelo Lopes Baceiredo que muito
contribuiu me incentivando a nunca
desistir.
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DEDICATÓRIA
Dedico minha monografia primeira a Deus
que nunca me deixou sucumbir nos
momentos de dificuldades. Ao meu filho,
a minha mãe e aos meus irmãos que
sempre acreditaram no meu potencial, e
ao meu marido Marcelo Lopes Baceiredo
que me apóia sempre.
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RESUMO
Esta monografia vai abordar o conceito de Liderança
Motivacional, demonstrar que funcionários motivados são comprometidos e
principalmente envolvidos nos resultados. Focar o conceito de Líder e chefe,
traçar um paralelo entre os dois e ressaltar os benefícios com essa diferença.
Mostrar que líder é aquele que motiva, desenvolve, orienta e participa
diretamente da conquista dos objetivos e metas, e essa conquista é do grupo e
não do líder.
O chefe determina, manda e espera que seja atendida a ordem,
os louros do sucesso é sempre do chefe, mesmo que esse não tenha
participado diretamente da ação.
O grande problema das empresas é transformar os chefes de ontem no líder
motivador que o mercado globalizado exige hoje, e o desafio das empresas, é
transformar o chefe em um líder motivador e consequentemente melhorar os
resultados das equipes.
O trabalho pretende ainda ressaltar o impacto da liderança nas
organizações de trabalho, o impacto positivo e as ações que geram impacto
negativo da liderança motivadora. Para melhor entendimento do trabalho e do
assunto abordado será realizado um estudo de O Líder Eficaz, ressaltar o
comportamento e ações do mesmo, no ambiente de trabalho atual e em
constante mudança.
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METODOLOGIA
Para realização da monografia, foi necessária uma busca intensa
em livros que expõem claramente o que é liderança motivacional, pesquisa em
textos da internet, artigos de revistas e vídeos motivacionais.
Os métodos utilizados para analise de liderança motivacional nas
empresas que hoje disputam o mercado que cada vez mais se torna
competitivo, foram leitura de vários livros, avaliação no material de treinamento
de empresas que já direcionam esforços para ter uma equipe treinada e
motivada e minuciosa avaliação de vídeos motivacionais partindo de uma
pesquisa bibliográfica, leitura de livros, textos, revistas o trabalho visa mostrar
claramente em três capítulos como as empresas estão liderando suas equipes
e obtendo melhores resultados.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I - Conceito de Liderança Motivacional
1-1 Líder 1-2 Chefe 1-3 Líder x Chefe CAPÍTULO II - Impacto da liderança motivadora sobre as
organizações de trabalho
2-1 Impactos positivos da liderança
2-2 Ações que geram Impactos negativo
CAPÍTULO III – O Líder Eficaz
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
FOLHA DE AVALIAÇÃO
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INTRODUÇÃO
Esta monografia vai tratar de como Liderança Motivacional pode
promover benefícios para uma empresa e sua equipe, demonstrando que
profissionais motivados são envolvidos, nos objetivos e que os mesmos
pertencem ao conjunto como um todo. No primeiro capítulo será abordado o
conceito de Liderança Motivacional, ressaltando vantagens no cenário atual,
complementando o primeiro capítulo em decorrente do assunto abordado, será
realizado um breve estudo sobre o Líder e o Chefe, traçando um paralelo entre
os mesmos mostrando que são condições muito diferentes.
O líder que as empresas buscam hoje é aquele que não se
surpreende, mas sim que surpreende sua equipe que se antecipa aos
acontecimentos que anda lado a lado com os colaboradores e ainda participa
da conquista dos objetivos e metas. Mas para que o líder atinja os objetivos
determinados pela empresa se faz necessário que ele seja um pouco mais que
líder, ele tem que ser um líder motivador sendo assim o segundo capítulo desta
monografia tratara sobre os impactos da liderança, focando impactos positivos
e impactos negativos da liderança sobre a equipe que normalmente faz parte
da frente de batalha das empresas e que são responsáveis pelo sucesso ou
não dos objetivos.
Para maior entendimento do assunto abordado nesta monografia
o terceiro capítulo abordará o assunto O Líder Eficaz e será com base em
observação do livro de Rupert Eales-White. A conclusão da monografia,
contara com os dados enumerados no primeiro, segundo e terceiro capitulo
deste trabalho, como as relevâncias observadas no trabalho, dando um
parecer final sobre a pesquisa.
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CAPÍTULO I
Liderança motivacional
Nos últimos tempos a palavra liderança tem ocupado um lugar de
destaque nas discussões, nos livros, em revistas.
Quando se reúne um grupo para falar dos aspectos organizacionais logo
surge à palavra liderança, que é a capacidade de influenciar pessoas
fazendo-as empenharem-se voluntariamente nos objetivos do grupo.
Segundo (Bergamini, 1994) existem múltiplas definições para liderança, mas
todas com o mesmo foco, envolver, direcionar, impulsionar e comprometer
pessoas no mesmo sentido.
Os primeiros estudos de liderança procuraram isolar as
características ou os traços que diferenciam os líderes dos não líderes,
avaliando a teoria dos traços só poderia exercer liderança aquele que
tivesse os traços físicos, intelectuais, sociais e os direcionados a tarefa. Os
traços físicos estariam relacionados á aparência, estatura, energia e força
física. Os traços intelectuais estariam ligados ás características de
adaptabilidade, entusiasmo, autoconfiança e elevado coeficiente intelectual.
Os traços sociais estariam ligados aos aspectos de cooperação, habilidades
interpessoais e habilidades administrativas e os traços relacionados á tarefa
referiam-se ás características do impulso de realização, persistência e
iniciativa (Vergara, 2003).
Como conseguir resultados por meio das pessoas tornou-se um
aspecto importante a ser considerado, para avaliar a maneira pela qual as
organizações podem se desenvolver, sobreviver e prosperar. A evolução
dos tempos tem mostrado que a liderança bem exercida vem a partir de um
planejamento voltado para o desenvolvimento das competências do ser
humano envolvido.
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Sempre que se estabelece um agrupamento humano, formal ou
informal em qualquer área de atividade, alguém estará liderando o processo
em cada momento. A liderança pode ser compartilhada, pode ser alternada,
mas nos grupos humanos, mesmo naqueles constituídos de duas pessoas,
ela sempre está presente. Exercer liderança e ser liderado é condição que
caracteriza as relações humanas. (Mussak, cortella, p. 9)
Conforme Predebon (1999, p. 15), os líderes são agentes de
mudança, pela capacidade de fazerem as coisas acontecerem, ¨catalisando
energias de um grupo para a conquista, ou para superar desafio. ¨ Ser um
agente de mudança implica em ter sensibilidade, determinação e idealismo.
Líderes transformam pessoas, devendo ser mais construtivos que
normativos, se desejarem estimular o potencial das equipes.
Motivação é um sistema de forças e relações que se originam
dentro e fora do individuo, influenciando o seu comportamento. Não se pode
falar de forma objetiva sobre motivação enquanto não se compreender que
a verdadeira motivação consiste em manter a pessoa entusiasmada,
querendo agir e dar o melhor de si a equipe, motivar é influenciar e inspirar
um indivíduo a ação. Para (Gondim e Silva apud Zanelli, 2004) para se
motivar os colaboradores é necessário que o líder possa perceber as
particularidades de cada um, assim, haverá a compreensão e o
comprometimento em atingir uma meta com o Maximo potencial.
A motivação flui da necessidade das pessoas em algo que
querem da organização e da equipe e direciona todo seu comportamento.
Motivação é o mesmo que se ter um motivo para agir, estar motivado
significa que existe um desejo por trás das ações. A motivação é
responsável pela persistência de uma pessoa em atingir metas é o elemento
essencial de quem busca o sucesso na vida pessoal ou profissional. A arte
de motivar começa com a descoberta de como influenciar o comportamento
da equipe e com isso aumentar as oportunidades de alcançar os objetivos
determinados pelas empresas.
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Motivação é dar empenho de aumentar ou manter tão alto quanto possível a capacidade de um indivíduo, a fim de que este possa alcançar excelência na execução das atividades das quais dependam o sucesso ou o fracasso da organização a que pertencem. (HECKHAUSEN, 1967, p. 32.)
Conforme texto acima apesar de nos dias atuais muitos
profissionais renomados exaltarem o poder e benefício da motivação
profissional, este tema é estudado há mais de quarenta anos. Uma das teorias
mais conhecidas no campo da motivação humana é a da hierarquia de
necessidades de Maslow (1954,2001). Para esse autor, o que move o ser
humano é a busca da satisfação de necessidades e essas necessidades
podem ser de diversas naturezas e estão dispostas segundo uma hierarquia de
predominância, podendo ser visualizada em forma de pirâmide.
Na base da pirâmide estão as necessidades fisiológicas, fome,
sede, sono. Logo a cima, a necessidade de segurança, que envolve o senso
de estabilidade e proteção contra danos físicos e emocionais. Acima, as
necessidades sociais, incluindo interação social, afeição, companheirismo e
amizade. A seguir, a necessidade de estima, como auto-realização,
envolvendo crescimento pessoal, auto-satisfação e realização do próprio
potencial. Para maslow, enquanto não estiverem satisfeitas as necessidades
mais na base da hierarquia permanecem predominantes na determinação do
comportamento. Porem, quando satisfeitas, passa a não mais motivar. O
atendimento da necessidade logo acima passaria, então, a direcionar as ações
do indivíduo (Sampaio, 2004: 9).
De acordo com o que postula (Spector, 2002) o sistema de
recompensas de uma organização também repercute em motivação no
trabalho, quando os colaboradores são premiados de modo tangível (bônus em
dinheiro, aumento salarial) ou intangível (elogio ou reconhecimento público) por
terem desenvolvido com competência seus trabalhos e atingido as metas
propostas pela empresa. Reconhecer bom desempenho é elemento
fundamental de motivação.
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Liderança Motivacional é uma ação construída dia a dia pelo líder
que entende que o foco deve ser as pessoas e nesse processo o coração e a
razão deve estar juntos e isso é o fundamental para se obter os melhores
resultados. Liderar motivando é inspirar pessoas comuns a fazerem coisas
incomuns. Um indivíduo inspirado, comprometido faz coisas melhores acredita
que o resultado é importante para o grupo e busca a excelência. A liderança
motivadora é aquela onde o líder tem legitimidade, não diz uma coisa e faz
outra, são confiáveis e sabem sempre o que estão fazendo (Hunter,2004 p. 62)
Uma tarefa importante para o líder motivador é fazer a equipe se
sentir parte do processo no qual trabalha e o sucesso pertence ao grupo e não
ao líder. Assim o líder cria um sentimento de importância entre os
colaboradores.
Na liderança motivacional os objetivos, metas envolvem o grupo
liderado e líder e a principal marca dessa liderança é a humildade, ser humilde
significa aceitar limites, respeitar as diferenças, reconhecer os méritos dos
outros e ainda ter consciência do quanto se tem a aprender sempre.
Esse novo jeito de liderar motivando tem se expandido e
transformado o relacionamento nas equipes e nas corporações, é profunda a
transformação que um líder tem que sofrer para liderar motivando, pois nesse
processo o centro das atenções não é o líder mais sim a equipe, e o líder
precisa ter maturidade emocional para adotar essa postura nova. Esse tipo de
liderança tem sido uma arma poderosa usada pelas empresas para
desenvolver o potencial e os valores intrínsecos do ser humano quando
colaboradores, e os lideres são incapazes de frustrar a confiança de quem
quer que seja. (Donnell 2009)
Quando a liderança é motivadora o líder esta atendendo a
necessidade de muitos não de poucos é o líder comprometido com as pessoas
e para isso ele precisa ouvir sem julgar, antes de dar conselhos ou fazer
qualquer julgamento ele deve ouvir com atenção às preocupações e
necessidades dos que trabalham em sua equipe, deve ser autentico admitir
abertamente seus pontos fracos e suas limitações quando o líder tem essa
postura a respeito de sua própria vulnerabilidade às pessoas aprendem a
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confiar nele e a respeitá-lo como uma pessoa verdadeira e coerente, numa
liderança motivadora o líder delega funções e divide com a equipe o poder de
tomar decisões, mesmo com o risco de vê-la cometer equívocos. (Hollenbeck e
Wagnerill,2004)
Valorizando o desenvolvimento das pessoas na equipe o líder
que motiva busca em cada integrante o seu melhor, o potencial próprio a ser
desenvolvido tanto no sentido pessoal quanto no profissional. O investimento
nesse potencial humano é um compromisso da empresa que lidera motivando,
quando as pessoas crescem, a empresa cresce junto com elas. Na realidade a
motivação não é uma via de mão única partida apenas dos superiores para
subordinados, nas empresas bem administradas os lideres também estão
sendo motivado o tempo todo, através de benefícios, encorajamento,
melhorias dos ambientes de trabalho, enfim liderança motivadora é uma
condição em constante mudança para se adequar não só as necessidades dos
colaboradores, mas também dos lideres. (Donnell, 2009)
Na liderança motivacional o líder deve criar no grupo um senso de
comunidade um clima de companheirismo e amizade fazendo com que todos
se sintam como em uma família e compartilhem as emoções as tristezas e as
alegrias, nessa liderança intercalam-se as exigências do trabalho o
comprometimento com a empresa e bons momentos em grupo com
comemorações e lazer. A maior parte do tempo os funcionários de uma
empresa passam com o líder e com outros colaboradores por isso essa
convivência deve ser saudável para que os benefícios desta relação sejam
mútuos.
1.1- Líder
Líder é aquele que busca ultrapassar seu próprio limite e tem
habilidades de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando
atingir objetivos comuns, inspirando confiança por meio do caráter, ser líder é
ter talento para servir de modelo e saber exercera autoridade sobre
determinado grupo. O bom líder é aquele que demonstra ter varias qualidades,
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mas uma em especial não pode faltar disposição de pular na frente dos outros
e executar algo bem feito. (Hunter, 2004)
O líder empresarial gestor tornou-se peça chave no
desenvolvimento das organizações, ele deve ter a capacidade de influenciar os
demais colaboradores, formando uma equipe voltada a solucionar conflitos
organizacionais e desenvolver suas potencialidades. Ao líder cabe influenciar
de forma que os colaboradores estimulados dêem o Maximo de si pela
organização e se desenvolvam pelo bem comum do grupo.
Uma questão desperta grande interesse: o líder é nato ou se
pode ensinar a arte da liderança? As resposta de diferentes autores são ¨sim¨
äs vezes não¨. Bennis (1996) afirma que não se pode ensinar liderança, uma
vez que as bases da lideranças são caráter e julgamento, valores que não se
ensinam. Drucker (2003) por sua vez, diz que liderança pode ser aprendida.
Boyett e Boyett (1999) afirmam que se pode aprender as
técnicas, as habilidades, os estilos de comunicação, assim como podemos
dominar as teorias, as estratégias e as táticas de liderança, o que não é fácil é
aprender a lidar com os sentimentos, a intuição, a emoção, as sutilezas, os
desejos, os cuidados, a empatia e o entusiasmo, enfim, a paixão por liderança.
Para Kouses e Posner (2003) ser líder é ter um conjunto de habilidades
reconhecíveis e colocá-las em prática pelo bem comum das pessoas na
organização. Mas ate bem pouco tempo o líder era considerado nato para as
empresas, nascia com perfil e em geral era promovido de acordo com sua
habilidade técnica ou funcional, agregado ao fato de se considerar o tempo de
trabalho e até mesmo porque vestia a camisa da empresa, a suposição de que
se ter sólidos conhecimentos técnicos é habilidade para se inspirar
funcionários a trabalharem mais e melhor mostrando apenas como se faz esta
totalmente fora do contexto atual do mercado competidor que vive as
empresas, a experiência tem mostrado que só porque uma pessoa é muito
competente não significa que seja capaz de inspirar ou influenciar outras
pessoas a também fazerem bem os seus trabalhos. (Cortella e Mussak 2009)
Existem excelentes gerentes que possuem muita competência
técnica, são eficientes na realização de suas tarefas, mas não sabem lidar com
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pessoas, exercer liderança inspira-las a fazerem grandes coisas, é preciso que
esse gerente desenvolva uma nova maneira de pensar e um novo conjunto de
habilidades para tornar-se um líder que conquiste pessoas e envolva-as de
forma que coloquem seu coração, mente, espírito, criatividade e excelência a
serviço do objetivo do grupo, não se podem gerenciar pessoas apenas
envolvem-las, influenciá-las ou mesmo liderá-las.
Conforme (Alencar, 1996) Hoje ainda se reconhece as
habilidades natas de um líder, mas é necessário que o mesmo desenvolva
outras capacidades necessárias para envolver pessoas e levá-las ao maximo
de suas conquistas, porque sempre haverá lideres ou pessoas que de alguma
forma desencadeiam o processo de liderança que é uma virtude em
desenvolvimento ou mesmo aprimoramento continuo, mas liderar pessoas
conduzi-las em direção a um determinado objetivo, modificar o comportamento
do grupo, essa habilidade que todos podem ter, mas em alguns indivíduos
essa força é maior que em outras e ai sim se associa o nato e a habilidade que
pode ser desenvolvida todo dia.
O líder atual tem que trabalhar continuamente em busca da
excelência na liderança, o foco é a nova tendência do mercado em
desenvolvimento, e não poderia ser diferente com os lideres que buscam os
melhores resultados, para não desperdiçarem energia usam dois focos um
deles é o resultado que se precisa atingir o outro as pessoas que normalmente
desejam um líder que os conduza aos resultados, sabendo lidar com as
próprias emoções e arrastar os liderados pelo caminho a ser seguido, com
segurança. Segundo (Hunter, 2004)
O líder que tem foco desenvolver pessoas treinando, valorizando
o potencial de cada um sem se preocupar em ser o centro das atenções se
destacando mais que os liderados, ele precisa fazer com que o grupo acredite
nele, confie em suas decisões, à principal exigência para uma liderança
completa é a confiança, quando não se consegue ser confiável não se tem
seguidores capaz de dar o Maximo de si pelos objetivos.
Os melhores resultados vêm a partir de uma equipe unida,
comprometida, criativa onde todos ofereceram o melhor de si em mutua
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colaboração, e o líder aparecerá sobre tudo através dos resultados e do
crescimento da equipe, os liderados devem confiar no líder, se as pessoas não
acreditam no mensageiro, não ira acreditar na mensagem.
Uma das principais realizações de um líder é transformar pessoas
através das escolhas que precisa fazer diariamente e cada vez que faz uma
opção está transformando alguma coisa em sua essência e no dia a dia do
líder ele acaba fazendo diversas escolhas e vai transformando cada
colaborador em sua essência. Segundo (Donnell, 2009) para que o líder
consiga transformar seus colaboradores em seguidores ele precisa ter algumas
qualidades que o diferencie do restante do grupo, essas qualidades são:
Humildade os lideres humildes sabem que não tem todas as respostas e
aceita isso com naturalidade.
Honestidade é preciso ter confiança, em todas as relações à confiança é fator
fundamental para se atingir o sucesso.
Compromisso se o líder não cumpre com os compromissos assumidos como
pode cobrar que os colaboradores cumpram com os seus.
Solicitude é saber ouvir e atender de imediato as necessidades do
colaborador quer seja em referencia ao trabalho ou pessoal.
Respeito tratar as pessoas com devida atenção saber aceitar as limitações e
dificuldades de cada um, além de atender criando oportunidades para melhora
do profissional.
Paciência o líder paciente demonstra autocontrole que é fundamental para
conquista do sucesso.
Segundo (Donnell, p.53 2009) existem ainda algumas atitudes que podem
muito facilmente arruinar o líder e a organização são elas:
Impulsividade
Baixa flexibilidade
Arrogância
Autopromoção
Inconstância
Nahavandi (apud Bergamini, 2002) refere-se á importância de ter
dirigentes competentes no momento atual ao afirmar que liderar pessoas de
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maneira correta representa um tremendo desafio, uma grande oportunidade e
uma seria responsabilidade.
As empresas que visam o sucesso através do líder estão
trocando a tática de comando e controle pela teoria da informação e do
consenso, e os resultados são maiores com o reconhecimento do bom trabalho
do que com a reprimenda por tarefas mal sucedidas.
Algumas práticas na rotina do líder podem torná-lo um líder
melhor e fazer com que o sucesso da equipe seja duradouro, sendo assim o
líder precisa desenvolver as pessoas que são subordinadas a ele, tomar
decisões, orientar visão e dar direção, comunicar bem, cooperar e participar
das soluções em equipe, desenvolver soluções criativas, influenciar a
organização, ser modelo na função, impulsionar mudanças, desenvolver
estratégias, valorizar os colaboradores, criar ambiente de alto desempenho,
gerenciar desempenho, gerenciar diversidades. Cortella e Mussak (foco, 2009
p.119)
Percebe-se que o líder que estimula a potencialidade de sua
equipe fazendo com que esta o aceite e tenha uma real vontade de trabalhar
junto ao grupo, é o que se destaca nas diferenças e que respeita as
necessidades de cada pessoa com quem trabalha, sabe fazer o diferencial que
vai determinar o sucesso da equipe como um todo.
Liderar de forma mais ampla, diz respeito a ser capaz de
conseguir, com ampla margem de sucesso, que as pessoas façam o que o
líder entenda que precisa ser feito. Para tanto, parece existir uma real
necessidade do líder em ser capaz de lidar adequadamente com fortes
emoções e grandes frustrações que surgem no ambiente de trabalho instável e
de mudanças constantes.
Descobrir grandes líderes, não apenas para as organizações,
mas também para suprir necessidades urgentes do mundo, é um dos maiores
desafios da atualidade, o mercado vem cobrando dos lideres o
aperfeiçoamento e a atualização necessária para que seja colocado em prática
o primeiro dever de qualquer líder que é criar mais lideres.
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1.2- Chefe
Chefe, etimologicamente, é aquele que está à cabeça, ou melhor,
é aquele que é o cabeça do grupo, o chefe normalmente vê, pensa, promove
ação no interesse comum e de todos.
O chefe é aquele que sabe, quer, realiza é também aquele que
faz saber, querer e realizar, não se pode considerar que seja chefe aquele que
não for capaz de partilhar com o grupo o ideal para que exista a empresa.
Compreende-se bem o sentido e a grandeza do nome chefe quando esse sabe
fazer-se obedecer e ao mesmo tempo fazer-se amar, ele não impõe suas
idéias, mas sabe se impor se necessário. (Hunter, 2004 p.37)
Antes de tudo o chefe tem que conhecer as necessidades do
grupo, coordenar os esforços de todos no sentido de fazer com que todos
tenham o mesmo objetivo. Esse é o chefe que muitas empresas vêm
buscando, tentando selecionar dentre um grupo de profissionais mais jovens
que o mercado oferece, e outras empresas estão promovendo palestras,
cursos que preparem seus chefes para se tornarem melhores e principalmente
para que aprendam a lidar com o poder incorporado ao cargo quando os
mesmos são promovidos.
Poder é a capacidade de obrigar, por causa de uma posição ou
força, os outros a obedecerem, mesmo que eles preferissem não fazê-lo, o
raciocínio é de que quando se tem o poder, pode-se derrotar forçar e despedir
todos que não obedecerem às determinações do superior ou chefe imediato,
quando o poder é usado de forma autoritária deteriora ao longo do tempo
vários tipos de relacionamentos, não só de chefe para subordinado, mas
também de pai para filho de cônjuge e vários outros. (Mussak e cortella, 2009
p. 96)
Varias são as situações em que a vontade é imposta pela força e
que gera muitos conflitos. O chefe que ainda se vale do poder ou métodos
tradicionais de uso do poder está cada vez mais perdendo espaço no mercado
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competitivo atual, já foi o tempo em que bom era o profissional que
concentrava todo o conhecimento, que se punha distante dos comandados e
que ignorava a contribuições destes. Em muitas empresas podem-se encontrar
chefes preocupados em causar boa impressão nos superiores em vez de se
empenharem em fazer a coisa certa para os colaboradores que o
acompanham na conquista das metas e dos objetivos da empresa em que
trabalham.
O chefe em geral é centralizador e autoritário acredita que para
ser eficiente tem que ter todas as respostas, e resolver todos os problemas e
acima de tudo manter sempre o controle de todas as situações. O chefe exerce
uma profunda interferência na vida das pessoas que trabalham com ele e a
maneira como o mesmo se comporta pode afetar toda a rotina, do profissional
ao pai de família. As evidências indicam claramente que a maioria dos chefes
que chega a essa posição recebe pouco ou nenhum treinamento sobre como
conduzir o mais valioso patrimônio da organização, os colaboradores.
Com freqüência esses chefes são promovidos porque são
fantásticos com os números, é um ótimo soldado ou não se conhece ninguém
melhor para ocupar o cargo. Muito desses chefes que ainda permeiam os
ambientes profissionais, alguns também tem pouco do que se chamam valores
morais e muitas vezes apelam para a falta de transparência, dissimulação,
artificialismo no comportamento usa de uma conduta antiética sempre que
colocam o interesse pessoal acima dos da organização usufruindo do poder
para tirar vantagens, esse discurso e prática não coincidem com as
expectativas de liderança tão cobradas pelo mercado atual.
Os chefes se esquecem que eles existem porque há pessoas a
serem chefiadas e que estas são a razão de sua permanência na posição de
chefe, não entendem que não existe boa produtividade, motivação e
comprometimento de verdade quando se trabalha sob pressão. Muitos
profissionais de chefia têm consciência de estar falhando com suas equipes,
sabe-se que os antigos métodos de controle e comando na base do grito ou de
ameaças não são mais eficientes quando se lida com uma força de trabalho
diversificada, formada por gerações muito diferente, que vem se
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desenvolvendo e desconfiando de quem usa do poder para atingir metas e
objetivos. O comando e o controle podem ter funcionado em épocas menos
complexas, mas hoje não é o medo que realmente move as pessoas para
ações significativas, mas sim a inspiração e a compreensão. Os baixos
resultados a falta de qualidade de criatividade são os indicadores da hora da
mudança e as grandes corporações já estão se adequando as mudanças.
1.3- Líder x Chefe
O mundo globalizado e competitivo mostra que as empresas
precisam muito mais que um sistema de trabalho de mando para se tornarem
mais competitivas e produtivas. Em muitos casos encontramos nas empresas
uma postura ultrapassada, com um chefe arquétipo em contraposição a
postura nova dos lideres atuais, as empresas precisam mudar e adequar seus
sistemas, pois o processo onde poder determina a forma como o chefe vai se
comportar com os colaboradores já não cabe mais nos tempos atuais, nas
empresas em que os funcionários são pagos para obedecer e os chefes para
comandar os resultados normalmente não são atingidos e os objetivos não são
bem definidas, principalmente porque a comunicação entre o chefe e os
colaboradores não é a adequada.
Conforme afirma (Motta, 1999) na organização do século XXI, o
homem não mais aceitará ser tratado como mera peça de uma engrenagem,
ele vai querer não só entender o sentido do seu trabalho, mas também
participar do processo decisório e contribuir para o objetivo maior da empresa.
Ser líder ou ser chefe em um ou no outro o sentido da palavra é o
mesmo guiar, orientar, representar um grupo ou um partido em direção a um
objetivo, o que vai determinar o comportamento do mesmo é a habilidade em
influenciar pessoas. Ser líder é ter espírito de chefia, é exercer uma forma de
domínio sobre outras pessoas que as levem a segui-lo e seguirem todas as
orientações.
As organizações aprenderam pelo modo mais difícil que um líder
não é necessariamente aquele que possui um cargo de comando, há grande
diferença entre o tipo chefão sabe tudo e um líder consciente e autentico.
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Enquanto a chefia é caracterizada pelo poder de mando sustentado pela
posição em que a pessoa ocupa em determinada hierarquia, a liderança é uma
condição que se constrói com autoridade, exemplo, admiração e respeito.
Quando se esta na posição de chefe e exerce o poder que a posição lhe impõe
deve ter a consciência de que o poder pertence ao cargo que esta ocupando e
não a pessoa que o exerce. (Hunter, 2004) Um verdadeiro líder exerce o poder pela autoridade, porque
autoridade é uma conquista que faz com que todos sigam esse líder sem
questionar, entendem que ele é o melhor e que fará da equipe a melhor.
Normalmente os chefes estão apegados aos seus cargos e não percebem que
o tempo em que se usava o poder para obter resultados esta ultrapassado e
que os resultados obtidos pelo poder de mando não são duradouros, os
funcionários seguem o chefe que usa do poder para atingir metas por medo e
em algum momento desistem de segui-lo. (Motta, 1999)
O líder sabe que cargo e poder são passageiros e lida com seus
colaboradores exercendo autoridade pondo em prática respeito, admiração
que os leva a segui-lo pelo exemplo. Muito se fala em chefes que são forjados
e em lideres que nascem feitos, talvez seja por isso que três quartos das
empresas americanas gastam alguns dólares todo ano em treinamento
desenvolvimento e consultoria para transformar chefes e lideres em melhores
gestores. (Hunter 2004 p.9) tanto os chefes quanto os lideres podem
desenvolver habilidades para se tornar o melhor.
Para ser um chefe não precisa muita coisa, tem que atingir a
meta de produtividade, ter conhecimento técnico e atender as necessidades
básicas da empresa em que trabalha o chefe não se preocupa em compartilhar
conhecimento, normalmente ele acredita que o conhecimento é propriedade
dele e não repassa sob o medo de perder o poder, quando se fala em equipe
mais uma vez o chefe leva nota zero, pois o mesmo tem dificuldade de
interpretar os pensamentos do grupo, na verdade não está preocupado com
isso, exige resultado em equipe, mas não da feedback individual, isso com
certeza faz com que o grupo fique dividido, tomar decisões sem consultar a
equipe também é um erro do chefe, ele tende a subestimar a capacidade do
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grupo esse fator aliado a total falta de comunicação tende a um distanciamento
do todo e pode gerar mais problemas que soluções para a empresa.
Para ser líder há necessidade de se submeter ao aprimoramento
das atitudes e dos comportamentos, ter como objetivo o melhoramento
constante do conhecimento e divulgar esse conhecimento é um dever do líder.
Quando o foco é voltado a desenvolver pessoas e influenciá-las o líder atuará
para criar um ambiente saudável e sempre que tomar decisões ela será
colocada ao grupo estendendo a todos a responsabilidade pelas decisões
mesmo que corra risco de errar, isso da ao grupo incentivo para doarem o
melhor e maior de cada um em busca dos objetivos. (Donnell, 2009)
Quando o líder é conciliador consegue fazer com que o grupo se
envolva e todos tenham responsabilidade pelo sucesso um do outro é o grupo
que ganha e não um ou outro colaborador. As organizações buscam no
mercado profissionais que possam desenvolver um sentimento de conquista
constante, sabendo antes de tudo das suas próprias limitações, que saiba lidar
com pessoas tirando de cada uma o que há de melhor nelas compreendendo
que nem todos são iguais e que as diferenças possa ser um desafio a superar
todos os dias.
Com essa busca por profissionais diferenciados as organizações
vêm modificando o rumo do mercado e obrigando aqueles que não estão
dentro do perfil a se aperfeiçoarem buscando condições de competir e atender
as necessidades do mercado atual. O modelo de autoridade, na sociedade, na
família, nas igrejas e principalmente nas empresas mudou e essa mudança se
faz em um processo contínuo, as empresas precisam acompanhar essa
mudança, pois o chefe autoritário foi com o tempo ficando ultrapassado e a
modernidade exige que as empresas se tornem mais competitiva.
23
Capítulo II- Impacto de uma liderança motivadora sobre as
organizações de trabalho.
De acordo com Drucker (1967) liderar é ter imaginação,
conhecimento e inteligência, e somente sua eficácia poderá converter estas
qualidades em resultados, um líder deverá tomar decisões, não somente
obedecendo a ordens, este é parte de uma organização, e só é eficaz na
medida em que contribui com as outras pessoas, conhece seu tempo e suas
necessidades, trabalhando sistematicamente. Percebe-se também com o que
pode contribuir, olha seus objetivos e desempenho, buscando uma
comunicação eficaz, trabalho em equipe, o autodesenvolvimento e o
desenvolvimento dos outros.
Um líder transforma a força produtiva de uma organização, uma
vez que nada se constrói sobre a fraqueza, focaliza a força e faz exigências
para a realização de determinado objetivo. Um líder pode recorrer a diversos
instrumentos e ferramentas, bem como fazer uso de estilos de lideranças
diversos, fazendo com que seus liderados o reconheçam como o condutor, ao
líder é indispensável às características de imaginação, conhecimento e
inteligência, o que poderá torná-lo mais eficaz com sua equipe.
O futuro de uma organização depende diretamente do apoio dos
funcionários, que vão transformar as estratégias propostas em ações
concretas. Por sua vez, o comprometimento dos integrantes de uma empresa
com as estratégias da mesma depende grande parte de uma liderança
motivadora.
Segundo Goffee e Jones (2001), os grandes lideres precisam ter
visão, energia, coragem e direção estratégica, entre outras qualidades que
necessitam ser desenvolvidas para se tornar um líder completo. Assim, são
inúmeras as influências que um líder pode exercer sobre os colaboradores de
uma organização, uma vez que, como já foi apresentado, o líder motivador
atua como agente de mudança, pela sua capacidade de fazer as coisas
acontecerem, ¨catalisando energias de um grupo para conquista, ou para
superar desafio (Predebon, 1999, p. 15).
24
As energias que este estiver catalisando, poderá influenciar
positivamente ou negativamente sobre os colaboradores da organização. O
maior de todos os desafios das organizações atuais é ter um líder que viabilize
o potencial de sinergia dos colaboradores, e para que essa sinergia exista o
líder deverá estar atento ás necessidades de cada pessoa no grupo
valorizando as características individuais. Ignorar a individualidade significa
impedir que as pessoas participem de forma plena, ameaçando assim a
integridade.
Sendo assim o líder deverá perceber quais as motivações dos
funcionários e as expectativas destes no ambiente de trabalho, aceitando as
diferenças e os fatores motivacionais que direcionam cada um,
compreendendo o estilo próprio de cada colaborador. (Bergamini, 1994).
A atividade de liderar motivando significa, sobre tudo, capacidade
de influenciar e de direcionar os liderados para o alcance de objetivos e metas
da organização. A influência de um líder pode variar em conformidade com o
estilo de liderança adotado e suas características, dependendo da intensidade
da influência, um líder pode se constituir como um verdadeiro agente de
mudanças seja incentivando, ou mesmo bloqueando o desenvolvimento dos
colaboradores da organização.
O líder deve exercer influência através de sua autoridade e não
pela coerção, os melhores resultados nas organizações são atingidos com um
grupo motivado pelos objetivos e pela conquista do sucesso. Segundo
Mitzenberg (Apud, 2004) liderança diz respeito á orientação e motivação dos
colaboradores.
A competitividade forçada pelo mercado em crescimento devido à
globalização e ao avanço tecnológico fez com que muitas empresas voltassem
o olhar para a nova realidade, aumentar produtividade e melhorar a qualidade
dos produtos, para realização dessa mudança de estratégica dentro das
empresas era necessário que todos estivessem envolvidos no processo,
executivos, gerentes e colaboradores, e fundamentalmente o líder seria peça
chave envolvendo e impulsionando cada colaborador ao Maximo de suas
potencialidades em benefícios da organização.
25
2.1- Impactos positivo da liderança
Para uma empresa ser bem sucedida necessita de uma liderança
forte, disposta a fazer escolhas e encarar os conflitos que virão em função
disso. Segundo Porter (1999), isso não significa que os lideres tenham que
inventar a estratégia.
Em algum momento, em todas as organizações, é preciso que
haja um movimento voltado para a liderança motivadora, onde todos os
colaboradores possam ser incentivados em direção ao objetivo maior que é a
empresa como um todo.
Alguns lideres são ótimos em incentivar, empolgar, direcionar
seus colaboradores ao sucesso, mas o que mais tem influenciado as grandes
decisões nas organizações é o conhecimento. Conforme Nonaka (Apud
Alencar, 1996) no âmbito das organizações, o conhecimento é fator decisivo
para o sucesso dos líderes, colaboradores e da empresa. Em uma economia
cheia de incertezas, a vantagem competitiva e duradoura que pode definir
situações é o conhecimento e o líder tem que ter o conhecimento e saber
passar aos colaboradores esse conhecimento. As organizações buscam por
lideres inovadores que saibam explorar o melhor de cada colaborador e
colocar a mercê da organização.
Face às inúmeras mudanças que o mercado mundial vem
sofrendo, as empresas necessitam cada vez mais se adaptarem as novas
realidades e somente com profissionais motivados e em harmonia com seu
ambiente de trabalho as organizações conseguiram acompanhar e se manter
competitivas no cenário atual.
Segundo Predebon (1999) para que a liderança exerça um
impacto positivo nas pessoas dentro da organização é necessário que o líder
seja um líder não um chefe, mais responsável por sua mediocridade do que
pelo trabalho eficiente da equipe. Não se lidera sem que haja o
reconhecimento dos liderados, sendo assim, a capacidade de gerenciar
26
pessoas é imprescindível para que o líder possa atingir os objetivos propostos
pela organização. A verdadeira liderança se manifesta quando os liderados
decidem seguir o líder acreditando em suas articulações e em suas visões.
Segundo Drucker (1996), quando uma pessoa tende a influenciar
outra, o provável seguidor empenha-se em uma avaliação ao mesmo tempo
consciente e inconsciente do provável líder, ele somente seguirá o líder se o
considerar fidedigno.
Para realizar seu julgamento, o liderado baseia-se nos ¨Seis Cs
da Credibilidade¨
Convicção: Entusiasmo e o compromisso que o líder demonstra por sua visão.
Caráter: Demonstração de integridade, honestidade, respeito e confiança.
Cuidado: Preocupação com o bem estar pessoal e profissional dos liderados.
Coragem: Defender as crenças dos liderados, desafiar, admitir erros e mudar
o próprio comportamento.
Compostura: Manifestação coerente de reações emocionais.
Competência: Habilidades tangíveis (técnicas funcionais) e intangíveis
(interpessoais).
Para que a equipe tenha um melhor desempenho o líder deve
criar um ambiente aberto, a participação no desenvolvimento das metas, dos
objetivos, nas tomadas de decisões, fará com que todos tenham sua
importância, e sua responsabilidade, liderar uma equipe é mais simples
quando todos estão a par dos objetivos organizacionais e de seu trabalho.
O líder deverá promover transparência, comunicação aberta e
pessoal, com sua habilidade interpessoal, procurar fazer com que as pessoas
se completem através de suas diferenças, lidando eficazmente com grandes e
pequenos problemas de relacionamento entre os integrantes da equipe, tem-
se assim um ambiente de democracia. Uma equipe motivada por um líder que
entusiasma colabora para que a empresa seja a melhor e vibra com cada meta
atingida pelo grupo, o líder que influência positivamente o grupo não deve estar
focado apenas no desempenho das tarefas, deve identificar as necessidades
de cada um beneficiando tanto a empresa quanto o colaborador.
27
Exercer a função de líder na atualidade não é tão simples,
segundo Vieira (2005), pois, executar, planejar, ser eficiente, comunicador,
saber liderar um grupo, delegar tarefas, ser gestor de talentos humanos, estar
constantemente atualizado, faz da liderança uma função difícil. O essencial
para que o líder atinja o sucesso é a habilidade de lidar com pessoas, muitas
barreiras emocionais dificultam o desenvolvimento das potencialidades do
grupo dentre elas estão à apatia, a baixa tolerância a mudanças, o desejo em
excesso de segurança e ordem, a inabilidade de tolerar a ambigüidade, a
insegurança, o medo do fracasso e dos erros, a relutância em experimentar o
novo e conseqüentemente corre riscos e o sentimento de inferioridade.
O líder para promover mudanças e estimular as pessoas a
desenvolver seus potenciais, deverá fazer com que seus colaboradores se
libertem dos bloqueios, que impedem que as pessoas utilizem seu potencial
maior. Alencar (1996). O líder desempenha um papel muito importante de
educador nas organizações, auxiliando os colaboradores a serem, fazerem,
conviverem e aprenderem, conforme Delors (1999).
Estas competências compreendem quatro pilares para a
educação, em uma sociedade de conhecimento com perfil tecnológico, onde
se torna necessária uma aprendizagem permanente a liderança pode ser a
influenciadora das conquistas pessoais, mas principalmente das competências
essenciais do conhecimento que precisam ser desenvolvidas. Essas
competências são:
Aprender a conhecer: é necessário compreender, descobrir, construir e
reconstruir o conhecimento, é preciso aprender a pensar no novo como ponte
para o sucesso em termos organizacionais, é essencial adquirir o
conhecimento principalmente por estar se vivendo o momento das novas
tecnologias. Na era do conhecimento estar atualizado, aprimorar-se,
aperfeiçoar-se e o ponto decisivo para a conquista do sucesso.
Aprender a fazer: É indissociável do aprender a conhecer, é essencial saber
trabalhar coletivamente, ter iniciativa, gostar de certa dose de risco, saber
comunicar-se, resolver conflitos e ser flexível.
28
Aprender a viver: é essencial aprender a viver com os outros, compreende-los
desenvolver a percepção da interdependência, participar de projetos comuns e
ter prazer no esforço comum. Tanto nas organizações quanto em qualquer
outro local, é essencial que as pessoas criem relações que gerem negócios e
que aumentem seus conhecimentos. Para isso é necessário conviver com os
outros aceitando as diferenças e percebendo-o com singularidade.
Aprender a ser: É importante desenvolver sensibilidade, sentido ético e
estético, responsabilidade pessoal, pensamento autônomo e critico,
imaginação, criatividade, iniciativa e desenvolvimento integral da pessoa em
relação ao conhecimento. A pessoa em seu ambiente organizacional deverá
buscar ser empreendedora, buscando alternativas e fontes para execução de
seu trabalho, assumindo responsabilidades e tomando iniciativas. Para os
gestores que desejam influenciar positivamente pessoas, esses são os quatro
pilares do conhecimento, fundamental para quem tem metas a serem
atingidas.
Predebon (2002) Diz que o líder que delega multiplica mas
somente quem tem o conhecimento pode delegar sem se sentir ameaçado. O
líder que tem o conhecimento exerce suas competências gerando na equipe
um sentimento de motivação constante. Pode-se perceber que a cultura de
uma organização, bem como o seu clima são fatores chave para o
desenvolvimento das pessoas, no âmbito organizacional o líder que motiva
gera melhor desempenho, maior criatividade, e maior produtividade, seus
colaboradores o seguem em busca do sucesso e acreditam que o mesmo é
capaz de levá-los ao topo.
Uma liderança motivadora propicia ao grupo uma união favorável
e influência positivamente no desenvolvimento das potencialidades do grupo e
no processo de melhoramento de cada colaborador, o líder pode ser
fundamental desde que se faça como o mentor que todos gostariam de seguir
e se espelhar para a busca incessante que o mercado nos cobra de sucesso.
E para as organizações o impacto positiva dessa maneira nova
de lidar com pessoas pode definir sua condição no mercado atual, já que para
se manter cada vez mais produtiva, atuante e competitiva no mercado a
29
organização necessita diretamente do empenho, dedicação e do
comprometimento de cada colaborador envolvida no processo produtivo. As
organizações vêm sofrendo inúmeras mudanças causadas pelo mundo
contemporâneo, e para acompanhar esse processo estão buscando pessoas
inovadoras e que saibam explorar o potencial existente nos colaboradores
influenciando-os de forma positiva.
2.2- Ações que geram Impacto negativo
Conforme Predebon (1999) um líder com características
autoritárias poderá atuar negativamente no potencial das pessoas nas
organizações. Esta postura ocasiona no lugar da motivação a obediência, não
se conseguindo assim extrair os melhores resultados da equipe. Esse não é
um caminho valido já que esse líder atua gerando resultados através do poder
o que leva os seus colaboradores a atenderem suas solicitações por medo.
Um líder não deverá administrar os conflitos de sua equipe do
modo mais cômodo e primário, se deseja estimular a potencialidade dos
colaboradores procurando um meio de segregar os funcionários que não se
entrosam vai perder tempo, pois somente funcionários motivados e
estimulados se desenvolvem ou se entrosam.
Conforme Alencar (1996) algumas barreiras podem dificultar o
potencial das pessoas nas organizações, sendo algumas delas as estruturais,
sociais e políticas, processuais, de recursos, individuais e de atitudes. As
barreiras estruturais, diz respeito á estrutura organizacional. As barreiras
sociais e políticas correspondem ás normas e influência de poder nas
organizações. As normas reforçam o conformismo, o poder traz o medo
generalizado que limitam a expressão da potencialidade do profissional. Mas é
o comportamento do líder a maior barreira de potencialidades dos
colaboradores, principalmente se o mesmo for centralizador, indiferente as
inovações que a globalização trouxe para as organizações, com a finalidade de
30
melhorar e facilitar a rotina produtiva e assegurar o atingir de metas e
objetivos.
Segundo Alencar (1996) alguns fatores podem desfavorecer o
potencial criativo, e produtivo do profissional são eles: intransigência,
autoritarismo, protecionismo, paternalismo, falta de integração entre os
setores, falta de apoio a novas idéias e falta de estímulos. Existem algumas
ações do líder que podem causar um impacto muito negativo no profissional,
levando muitas vezes ao pedido de demissão são elas:
Falta de feedback. O colaborador precisa de feedback, gosta de saber como
está indo, em que estágio está qual o seu nível de desenvolvimento. Não se
trata apenas de mostrar os números, mas aquilo que os números representam.
Promessas não compridas. Nada desmotiva mais o colaborador que não
receber aquilo que foi prometido. Se não puder cumprir, o melhor é não
prometer. Uma promessa não cumprida quebra a confiança que o colaborador
deposita no líder.
Falta de apoio nas negociações. Não se trata de fazer o trabalho do
colaborador, mas algumas vezes, de estar ao seu lado nas negociações mais
importantes. Omitir-se nesse momento é, sem dúvida, grande fator de
desmotivação para o colaborador que espera que seu líder seja um sinalizador
de caminhos para o sucesso.
Metas incoerentes. Determinar metas intangíveis e de difícil alcance, em
curto prazo, serve para frustrar o colaborador que espera conquistar vitórias de
degrau em degrau, isto é, passo a passo. Da mesma forma, metas fáceis, que
são atingidas na metade do mês, levam o vendedor a acomodar- e achar-se o
bom sem, na verdade, merecer.
Objetivos cumpridos e não reconhecidos. Uma das maiores queixas dos
colaboradores é não serem reconhecidos quando atingem objetivos e superam
desafios. Achar que eles não fazem mais do que a obrigação ou que ganham
para isso é um grande desperdício, na medida em que um simples elogio
poderá representar novo ânimo a cada conquista.
Não saber criticar. Criticar na frente dos outros colaboradores, na frente do
cliente ou mesmo individualmente, sem ter como objetivo o desenvolvimento
31
do colaborador, mas só pelo prazer de humilhá-lo, essa é a pratica mais eficaz
de destruir auto-estima de qualquer profissional.
Falta de pontualidade. Colaboradores esperam que seus lideres cumpram
seus horários assim como eles são obrigados a cumprir o deles. O não
cumprimento de horário revela desorganização e falta de planejamento,
qualidade que não inspira nenhum colaborador a seguir seu chefe.
Desinteresse com seus problemas. A equipe espera que seu líder seja seu
porta voz nas suas reivindicações sinceras. Dessa forma, ela não pode sentir-
se decepcionada. Mesmo não conseguindo interceder ou trazer resultado á
equipe, é importante dar-lhe retorno, mostrar que se preocupa com seus
problemas.
Ficar no pedestal. O líder que se coloca muito acima da sua equipe, achando
que é superior e que sabe tudo, sem ouvir as pessoas, esta efetivamente
causando um impacto totalmente negativo.
Reuniões frustrantes. É comum alguns colaboradores que participam de
reuniões e saem delas piores do entraram. Eles simplesmente odeiam
reuniões mal planejadas, cujo conteúdo nada acrescenta de prático á sua
forma de atuar. Esperam que as reuniões tragam informações, promovam a
troca de experiência, motivem a participação de todos num clima agradável,
criativo e muito produtivo.
Omitir informações. Lideres que guardam para si as informações, que
deveriam ser divididas com sua equipe, demonstram total insegurança ou falta
de planejamento. Essas omissões geram mal estar na equipe, problemas de
comunicação e mal entendidos.
Ameaças. Alguns lideres conhecem apenas um método para fazerem sua
equipe trabalhar as ameaças. Essa atitude cria um clima de terror entre a
equipe, que vê no líder um verdadeiro carrasco. A única vontade que o grupo
tem é de pular fora da empresa o quanto antes, a fim de se livrar desse
gerente.
Diferenciação de tratamento. Colaboradores percebem facilmente quando
existe o peixinho do chefe na equipe. Saber que alguns colegas são
32
favorecidos e possuem melhores condições para produzi faz com que se
sintam injustiçados e preteridos, isso causa um impacto negativo no grupo.
Não criar desafios. Colaboradores precisam de desafios, de competição,
competem com colegas, concorrentes e consigo mesmo. Se o líder não cria
condições para que o grupo desenvolva seu instinto competitivo, por meio de
metas desafiadoras, prêmios e reconhecimento, não pode esperar melhores
resultados do que aqueles que normalmente têm.
Desestimular iniciativas. Alguns lideres são os primeiros a reclamar da falta
de criatividade da equipe. No entanto, são os primeiros a tolher a capacidade
criativa do grupo. Frases do tipo isso não vai funcionar, já tentamos antes, são
muito usadas e eficazes para desmotivar qualquer iniciativa por parte do
colaborador. (Série Sucesso, [email protected], 2008)
Muitas vezes o líder esta tão preso as suas concepções que não
percebe seu comportamento inadequado, e autoritário. Todas essas ações
acima mencionadas podem causar um grande impacto negativo na
potencialidade dos colaboradores que geralmente se submetem pelo medo de
perder o trabalho e com isso a segurança.
Sendo assim a liderança pode impactar de forma negativa nas
potencialidades de cada colaborador quando fomenta políticas autoritárias e
cultiva rigidez, a falta de diálogo e a individualidade. Não permitindo que
ocorram consensos de idéias e liberdade de expressão o líder acaba criando
uma sinergia negativa, que reprime o potencial das pessoas de pensarem e
agirem criativamente.
33
Capítulo III- O líder eficaz
Conforme White (2006) a liderança pode ser resumida em uma
palavra, que é comum em todas as culturas o ¨chefe. ¨ Chefiar é o mesmo que
manter o domínio ou a autoridade sobre os outros. Na realidade o mundo
globalizado e em constantes mudanças espera que as organizações não
tenham em seus quadros lideres que se comportem como chefes, e que usem
o poder e não a autoridade para atingir seus objetivos.
O líder eficaz utiliza-se de habilidades desenvolvidas ao longo de
sua carreira e deve considerar seu papel fundamental como um propagador de
PCA (promotor de crescimento e aprendizado) tanto para si mesmo como para
aqueles sobre quem tem responsabilidade. Quando o líder esta empenhado
em ser um propagador de pca o resultado será que o desempenho do mesmo
e daqueles que são liderados por ele será otimizado, o que significa que estão
promovendo o maximo de benefícios para as organizações a que servem.
(White, 2006, p.11)
Drucker, (1967) mostra as funções fundamentais no trabalho,
que desempenhamos todos os dias de nossa vida profissional, todo gerente
desempenha cinco funções, e é conveniente colocar as atividades e
habilidades desenvolvidas em contexto funcional. Quando reconhecemos
explicitamente que função está desempenhando em um determinado
momento, sabemos que conjunto de habilidades deve estar usando, e,
portanto desempenhamos a função mais eficazmente. As cinco funções
essenciais no trabalho identificadas são as relativas á de líder, seguidor,
cliente, técnico e administrativo. O líder deve se preocupar em ser eficaz com
os colaboradores em qualquer que seja sua atual função, seja como
supervisor, gerente subalterno, gerente de departamento, gerente de alto nível
ou mesmo executivo, ele deve assumir a responsabilidade e o dever de liderar
as pessoas da maneira mais eficaz possível, fazendo delas seus seguidores.
O líder esta sendo testado toda vez que é colocado em posição
de autoridade em relação a outro integrante da organização, e define-se como
34
eficaz aquele que ao se ver nesta posição seja um propagador de
conhecimento e aprendizado. (White, 2004, p.12)
Muitos lideres não são capaz de planejar para agir com eficácia
no desempenho da função, porque tendem a se preocupar com a tarefa ou
com eles mesmos e não com seus seguidores, é comprovado que esse
comportamento desencadeia uma desmotivação no grupo e que vai gerar
baixo desempenho, pouca produtividade, e uma grande insatisfação dos
seguidores em relação ao líder.
A visão dos seguidores sobre um líder ineficaz é que o mesmo
comete erros como: não escutam, deixam de delegar ou simplesmente
despejam tudo, não demonstram interesse pelo seguidor, não respeitam o
seguidor, não dão retorno ou quando dão o fazem a terceiros, não elogiam
quando é necessário, criticam o seguidor na frente dos outros, assumem o
crédito pessoal pelas idéias do seguidor, estão sempre no controle, fazem
coisas para humilhar o seguidor, não disponibiliza ferramentas para a tarefa,
não mantém o seguidor informado, não estabelece objetivos atingíveis,
demonstram favoritismo e são intransigentes e limitados. Para mudar esse
comportamento o líder precisa fazer uma avaliação e identificar seus erros, e
buscar a renovação que o transformara em um líder eficaz. (White, 2004, p.26)
Os lideres eficazes desenvolvem uma consciência de si mesmo,
identificando, reconhecendo e compreendendo seus pontos fracos e fortes,
acreditam em si mesmo e em sua competência e capacidade. Os lideres
devem pensar positivamente sobre si mesmos antes de pensar positivamente
naqueles em lideram, quanto mais se tem o controle de si, menos precisam
controlar os outros.
Os lideres eficazes são bons ouvintes, proporcionam apoio tanto
no nível material quanto emocional e dão retorno para encorajar seus
seguidores e permitir seu crescimento, são bons treinadores capacitam os
seguidores a descobrir e aprender por si mesmo, em vez de ser preciso dizer-
lhes o que fazer. O líder eficaz percebe as peculiaridades de cada um e
procura fazer com que todos atinjam a perfeição, dentro das limitações e
possibilidades de todos. E é dentro destes limites existentes em cada indivíduo
35
que a potencialidade deverá ser promovida. O ambiente organizacional
também se torna fundamental como fator estimulante de potencial do líder e de
seus seguidores.
Segundo (White 2004) o líder eficaz é aquele que se desenvolve
e passa a ser um formador de cultura, pois seus valores e idéias,
complementados por suas ações refletem no ambiente influenciando atitudes e
comportamentos, ele pensa estrategicamente, desenvolve sua competência
pensando junto com sua equipe, enxergando o mundo, percebe as
transformações e exercendo sua criatividade reconstrói e renova seu potencial
e de seus seguidores para o mercado competitivo. Sabe identificar forças e
fraquezas e esta convicto de que só se constrói bases fortes a partir do
reconhecimento, das pessoas e na cultura organizacional da empresa.
O líder eficaz é aquele que avalia os avanços tecnológicos e sabe
o momento de aplicá-la, atrai e desenvolve novas competências, motiva
sempre o grupo à renovação, esta sempre enxergando adiante, educando e
buscando o consenso para a aplicação do conhecimento inovador, sendo um
formador de cultura (valores), de opinião (conhecimento), de equipe
(integração/verdades comuns), de pessoas (autoconhecimento) e de empresa
(comprometimento com um bem maior) trabalha com a verdade e é ético.
A capacidade de exercer uma liderança eficaz é à base da boa
administração, e qualquer empresa que voltar seus esforços para a conquista
da excelência através de uma liderança que esteja voltada para o externo e
para os seguidores terá como parceiro constante o sucesso.
Deve-se ter em mente que é necessário investir nos profissionais
de liderança desde o gerente ao executivo, pois aprendendo a usar as
ferramentas e as técnicas essenciais, todo e qualquer profissional tem maior
possibilidade de sucesso como um líder eficaz.
Somente um líder eficaz tem seguidores, por conta de sua
influencia, expertise, transparência, e comprometimento com todos que
trabalham a sua volta, ele tem uma qualidade fundamental para que
seguidores o tenham como exemplo, é a sabedoria, não se pode comprar
sabedoria ela é resultado de um esforço genuíno em aprender muito sobre nós
36
mesmos, e sabermos o essencial daquilo que importa aprendermos sempre
com cada experiência e, sobretudo, servir á causa que o move atingir o
objetivo maior que é a liderança eficaz.
37
CONCLUSÃO
O trabalho é um fator inerente á vida das pessoas, sendo muitas
vezes, o elemento que atribui sentido a própria vida. As pessoas passam
grande parte de suas vidas dedicando-se a este dentro das organizações,
interagindo e convivendo com outros indivíduos. É por meio do trabalho que as
pessoas procuram se realizar profissionalmente e alcançar seus objetivos
materiais e pessoais. Dessa forma, a empresa representa um espaço de
interação social, na qual um conjunto de papéis converge para alcançar
objetivos e metas, tanto pessoais quanto organizacionais.
Vale apena observar que a liderança motivacional vai determinar o
comportamento e as ações do colaborador, sendo hoje o divisor de águas nas
organizações que primam por atingir objetivos através de pessoas.
Para um colaborador se motivar, primeiro ele tem que gostar da
organização onde trabalha a relação com o líder é fundamental para que isso
aconteça, o líder que as empresas buscam hoje são aqueles que visam atingir
seus objetivos com o foco em pessoas, ter um ótimo ambiente de trabalho
também é fator importante para que o colaborador se sinta motivado e
satisfeito com o trabalho que executa, logo para que o líder motive sua equipe
ele também precisa estar motivado e passar por uma grande transformação
fazendo do ambiente de trabalho um ambiente harmonizado e de grande união
do grupo.
Podemos concluir que a motivação constitui o fator principal e decisivo
no êxito da ação de todo e qualquer indivíduo ou empreendimento coletivo,
mas é o líder quem vai influenciar as pessoas e conduzi-las a um objetivo
comum, o líder pode influenciar de forma positiva ou mesmo de forma negativa
é a sua conduta que vai determinar como os colaboradores iram colocar suas
potencialidades a mercê da organização.
A liderança pode interferir de forma positiva quando o líder consegue
impulsionar e influenciar as pessoas ao seu maximo e de forma negativa
quando se utiliza do poder para forçar as pessoas a fazerem as coisas, mesmo
quando as mesmas não querem fazer.
38
Quando a liderança é bem trabalhada e o líder tem um estilo de liderar
adequado á personalidade de cada colaborador, respeitando os limites de
cada um, influenciando nas habilidades inerentes a cada pessoa e
principalmente desenvolvendo cada um em sua potencialidade a conquista do
sucesso é fácil.
Em outras palavras, o líder influencia de forma positiva no
desenvolvimento quando cria um ambiente adequado á inovação, ou seja,
conquista os liderados por meio de sua credibilidade, incentiva a
responsabilidade mútua, a participação e o trabalho em grupo, estimula e
oferece incentivo ás equipes, apoiando as idéias desenvolvidas, enfim
administra seus liderados dando-lhes autonomia e principalmente sendo
flexível. Um líder com essas habilidades pode desenvolver um trabalho com
excelentes resultados dentro de uma organização.
Ao contrario, quando o líder é essencialmente autoritário e cultiva uma
política de rigidez, falta de diálogo e individualidade dentro da empresa, pode
impactar de forma negativa no potencial produtivo dos colaboradores. Em um
ambiente assim configurado, inibem-se as idéias de liberdade de expressão,
terminando por se criar uma sinergia negativa, responsável por reprimir o
potencial das pessoas no grupo.
Dessa forma, é fundamental para o líder possuir determinadas
competências que aumentarão suas possibilidades de obter o
comprometimento Por parte dos liderados. Dentre essas competências
destaca-se o autocontrole emocional, a empatia com os liderados, a
capacidade de comunicação, a flexibilidade, a atitude de mostrar-se humano
frente aos liderados, evidenciando que também possui pontos fracos, a
confiança em suas intuições, entre outras.
Os lideres de hoje que o mercado cobra e que as empresas buscam
para sua área de liderança é aquele que terá que ter capacidade de adaptação
rápida, de promover mudanças em contraste com a administração tradicional,
terá que destruir barreiras, quebrar paradigmas e implantar um novo modelo de
gestão, onde líder e liderados caminhão juntos em direção a conquista das
metas e dos objetivos determinados pelas organizações.
39
Avaliando White podemos concluir que para ser um bom líder ou
mesmo um promotor de crescimento e aprendizado, o líder precisa antes
mesmo se conhecer e se colocar como um seguidor, pois quando estamos do
outro lado sabemos bem o que sentimos e o que podemos tirar de melhor das
experiências. Para se obter sucesso na posição de líder tem que se assumir a
responsabilidade pelas coisas boas e pelas ruins que vierem a acontecer na
empresa durante a sua gestão e acima de tudo ter consciência de que é
necessário ser eficaz sempre para obter os resultados e ser sempre o melhor
que puder ser.
O líder eficaz não é só aquele que atende as necessidades da
empresa, mas aquele que consegue atingir objetivos, desenvolver novos
líderes e acima de tudo se desenvolver sempre buscando objetivos mais altos,
que podem levá-lo ao topo e que o destaque como o melhor, não só para a
sua equipe, mas principalmente para os seus dirigentes.
E concluindo este trabalho posso destacar que somente uma liderança
motivadora partindo antes de tudo dos dirigentes empresariais, pode levar
colaboradores, lideres, executivos e presidentes das organizações a realizarem
o seu maximo em prol do sucesso de uma empresa.
40
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