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Modelo Transteórico UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Departamento de Nutrição Grupo de Desenvolvimento Humano em Nutrição Intervenção: Acompanhamento para mudança Discente: Ariele Sousa

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Modelo Transteórico

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORADepartamento de Nutrição

Grupo de Desenvolvimento Humano em Nutrição

Intervenção: Acompanhamento para mudança

Discente: Ariele Sousa

Modelo Transteórico

Instrumento promissor de auxílio à compreensão da mudançacomportamental relacionada à saúde.

Pesquisadores norte-americanos: James O. Prochaska e CarloDiClemente - década de 80.

Abandono do vício sem auxílio de psicoterapia ou com otratamento.

A elaboração foi hipótese de que os princípios básicos explicariama estrutura da mudança de comportamento na presença ou não depsicoterapia.

(TORAL; SLATER, 2007 )

Modelo Transteórico Outros comportamentos: alcoolismo, uso de drogas, manifestação

de distúrbios de ansiedade e pânico, realização de mamografia,prática de atividade física, entre outras situações.

Recentemente: consumo de gordura, frutas, hortaliças, fibras ecálcio e para o controle do peso e do diabetes.

Teoria de estágios de mudança ou modelo de estágio de mudança de comportamento.

Descreve a mudança de comportamento através de uma sériede fases discretas ou estágios de mudança.

Cada estágio dimensão temporal da mudança docomportamento (quando ocorre e qual é seu grau de motivação).

(ASSIS; NAHAS, 1999; TORAL; SLATER, 2007 )

Estágios

Pré-contemplação;

Contemplação;

Preparação;

Ação;

Manutenção;

Recaída

(MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2007)

Estágios Pré- contemplação:

- Não percebeu o problema ou que precisa de mudança.

- É necessário informações e feedback.

- O aconselhamento nutricional é contraproducente.

- É comum que não percebem ou recusam o risco, ou ainda decidirampor alguma razão não adotar o padrão.

Contemplação:

- Depois da consciência do problema período de ambivalência.

- Objetivo: trabalhar sobre vantagens e desvantagens.

(ASSIS; NAHAS, 1999; MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2007)

Estágios Preparação:

- Janela de oportunidades avanço ou retrocedo na contemplação.

- Precisa de ajuda buscar uma estratégia ou meta de mudança aceitável, atingível e apropriada.

Ação:

- Paciente envolve-se em ações mudanças.

- Objetivo: produzir uma mudança na área problemática.

- Indivíduos implementam o seu plano de mudança do comportamentoe começam de uma maneira consistente.

(MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2007)

Estágios Manutenção:

- Desafio: manter a mudança realizada e evitar recidivas.

- Estágio final a prática comportamental solidificada eincorporada na rotina caracterizada por esforços prevenirrelapsos.

Recaídas:

- Se ocorrer individualizado iniciar o processo de mudançanovamente.

- Escorregadelas e recaídas.

- Ocorrências esperadas procurar mudar qualquer padrão de longaduração.

- Objetivo: retomar os esforços para a ação.

(ASSIS; NAHAS, 1999; MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2007)

Entrevista Motivacional

Ajudar os clientes identificar e começar a resolver as suas preocupações e problemas.

Aumentar a motivação intrínseca.

A persuação e o apoio.

As mudanças comportamentais prontas para mudar.

Diferentes fases de mudança e manutenção das suas alteraçõesdietéticas.

Intervenções específicas e diferentes fases de motivação prontidão, ambivalência e um desejo de permanecer no atual.

(MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2007)

Entrevista Motivacional

A ambivalência é um fator dissuasor intervenção.

A resistência e a negação atrapalham o cumprimento das metascomportamentais.

Estudos influência positiva mudanças no comportamento.

Carência na literatura ensaios randomizados controlados única modalidade de tratamento mudança comportamental.

Superação da resistência e o estabelecimento de motivaçãoevidente pronto para fazer uma mudança (terapiacomportamental e terapia cognitivo-comportamental).

(MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2007)

Atitudes que facilitam a mudança

comportamental

Etapas para mudança no comportamento

1. Expressar empatia

2. Compreender os fatores culturais

3. Desenvolver discrepância

4. Evitar argumentos ou defensiva

5. Lidar com a resistência

6. Apoiar autoeficácia

(MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2007)

Modelo de Intervenção Motivacional

Intervenções planejamento do nutricionista.

O primeiro passo é a entrevista.

As habilidades em obter informações sobre os hábitos são importantes à medida que a avaliação da dieta do cliente avança.

Estágios em termos de fases:

- Fase 1: Ainda não está pronto para mudar

- Fase 2: Inseguro sobre o cumprimento das metas

- Fase 3: Pronto para mudar.

* Algoritmo de intervenção motivacional.

(MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2007)

Avaliação

Objetivo: identificar o estágio e prestar assistência para facilitar as mudanças.

Conclusão: primeira consulta ou próxima sessão.

A disponibilidade para a mudança avaliada e documentada.

(MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2007)

Sessões de aconselhamento para clientes

que não estão prontos para mudar Objetivos:

1. Facilitar a capacidade considerar mudanças

2. Identificar e reduzir a resistência e as barreiras.

3. Identificar as etapas comportamentais em direção a mudanças.

Competências de comunicação: perguntas abertas, ouvir de maneirareflexiva, afirmar, resumir e produzir declarações automotivacionais.

Cliente defensivo e autoritário.

Evitar pressionar, convencer, confrontar, persuadir ou falar o que fazer.

Não espere que ele esteja pronto para fazer alguma coisa durante aconsulta.

Ao termino: questões reexaminadas após o tempo para pensar.

(MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2007)

Sessões de aconselhamento para

clientes inseguros sobre a mudança

Objetivo: construir a disponibilidade para a mudança.

As mudanças podem expandir-se.

Transição do não estar preparado para lidar com um problema parapreparar-se para continuar a mudança.

Reafirmação das declarações automotivacionais alcançarsucesso.

Discutir a ambivalência.

Refazer qualquer declaração que ele tenha feito sobre as intençõesou planos ou para melhorar no futuro.

(MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2007)

Sessões de aconselhamento para

clientes inseguros sobre a mudança

Discussão dos pensamento e sentimentos sobre o estado atual.

Uso de perguntas abertas estimula a discutição do progresso e asdificuldades das mudanças.

Cenários novos e frequentemente positivos.

Próximo passo: negociar uma mudança.

Três partes para o processo de negociação:

1º. Estabelecer objetivos. “O que é que você gostaria de mudar.”

2º. Considerar opções.

3º. Chegar a um plano, estabelecido pelo cliente.

Término: “Qual o próximo passo?”

(MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2007)

Sessões de aconselhamento para

clientes que estão prontos para mudar

Objetivo: colaborar na definição de metas incluindo um plano deação.

Fornecer recursos para atingir as metas.

Discutir pensamentos e sentimentos do cliente estado atual.

Perguntas abertas confirmam e justificam a decisão de mudança.

Ajuda na identificação das opções de mudança perguntar o quegostaria de mudar e qual o primeiro passo.

Plano de Ação.

Acordo para o Próximo Contato

- Evitar a dizer o que ele deve fazer.

- É fundamental a expressão de ideias funcionamento melhor.

(MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2007)

Comportamentos de resistência e

potenciais estratégias para modificá-los

Resistência à mudança - estado - dificuldades com a adesão àdieta.

Reflexão

Reflexão de Dupla Face

Mudança de foco

Aceitação da Mudança

Ressignificação

Autoeficácia e Autogestão

Encerramento

- Resumir;

- Agendar horários.

(MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2007)

Limitações no uso do modelo transteórico

no comportamento alimentar

Complexidade do tema.

O tratamento do tabagismo abandono do vício.

Intervenção nutricional não pode eliminar a prática “alimentação” manter.

Estudos de intervenção grupos populacionais resultadossatisfatórios.

Engloba dimensões do comportamento (equilíbrio de decisões,autoeficácia, processo de mudança).

(TORAL; SLATER, 2007 )

Conclusão

O Modelo Transteórico é um instrumento de apoio na mudançado comportamento alimentar do indivíduo, sendo necessário utilizaroutros métodos (terapia comportamental e terapia cognitivo-comportamental).

É importante considerar que qualquer relação deaconselhamento com o objetivo de mudança comportamental inicia-se com a avaliação da disponibilidade do cliente para mudar, muitasvezes isso é esquecido e o cliente fica frustrado e o nutricionistasente-se ineficaz.

No entanto, é necessário o nutricionista considerar o contextoem que o indivíduo vive, dialogar com o mesmo, para que asdificuldades e inseguranças sejam superadas e as intervençõessejam efetivas e os resultados alcancem seu objeto e as metasconquistadas.

Referências

MAHAN, Kathleen L.; ESCOTT-STUMP, Sylvia. Alimentos Krause &Nutrition Therapy. 12ª ed. Cidade. Editora Elsevier Health Sciences.p. v.2007.

TORAL, Natacha; SLATER, Betzabeth. Abordagem do modelo transteóricono comportamento alimentar. Ciência saúde coletiva. Rio de Janeiro, n. 6,vol.12, Nov./Dec. 2007. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232007000600025>. Acesso em 13 agos. 2012.

ASSIS, Maria A. Altenburg; NAHAS, Markus V. Aspectos motivacionais emprogramas de mudança de comportamento alimentar. Revista deNutrição, Campinas, 12(1):p. 33-41, jan./abr. 1999.