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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE GERENCIAMENTO DE PROJETOS ÊNFASE NO DIMENSIONAMENTO DE EQUIPES PROJETOS DE ENGENHARIA Por: Rodney Leite Monteiro Orientador Prof. Luiz Cláudio Lopes Alves Rio de Janeiro 2007

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

GERENCIAMENTO DE PROJETOS

ÊNFASE NO DIMENSIONAMENTO DE EQUIPES

PROJETOS DE ENGENHARIA

Por: Rodney Leite Monteiro

Orientador

Prof. Luiz Cláudio Lopes Alves

Rio de Janeiro

2007

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

GERENCIAMENTO DE PROJETOS

ÊNFASE NO DIMENSIONAMENTO DE EQUIPES

PROJETOS DE ENGENHARIA

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Gestão de

Projetos.

Por: . Rodney Leite Monteiro

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, e a todos os meus

amigos da pós graduação e

a minha família.

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DEDICATÓRIA

Dedico aos meus pais,

esposa, filhas e irmãos.

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RESUMO

Cada vez mais torna-se importante a figura do Gerente de Projetos, não

só nos pequenos projetos, mas também em todos que necessitam de uma

gestão técnica e eficiente.

O emprego das ferramentas Gestão de Projetos tem sido utilizada na

busca de melhores resultados.

Essa abordagem tem como objetivo mostrar aos profissionais que

gerenciam equipes ou projetos que, se bem informados e preparados, poderão

obter êxito no desempenho de suas funções.

Fica evidente que o Gerenciamento de Pessoas e o profundo conhecimento

do Escopo, conduzirão os profissionais de Projetos à situação de melhor

controle do projeto. O cumprimento dos Cronogramas, o Controle dos Custos

tornam-se ferramentas muito importantes na obtenção do sucesso em qualquer

área de gerenciamento.

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SUMÁRIO

RESUMO 05

INTRODUÇÃO 07

CAPÍTULO I – Gerenciamento do Tempo 08

CAPÍTULO II – Conceitos do Gerenciamento do Projeto 19

CAPÍTULO III – Gestões Específicas do Gerenciamento de Projeto 31

CAPÍTULO IV – Estudo de Casos 36

CONCLUSÃO 39

ANEXOS 40

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 50

BIBLIOGRAFIA CITADA 51

ÍNDICE 52

FOLHA DE AVALIAÇÃO 54

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INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como objetivo fornecer subsídios aos

profissionais de Gerência e Coordenação, para o dimensionamento das

equipes, na execução das atividades de projetos de engenharia em

empreendimentos industriais e de edificações, independente do seu segmento.

Também faz parte desse trabalho uma abordagem conceitual de Gestão

de Projetos (Amaru, 2002), como: Fases do Projeto, Ciclo de Vida do Projeto,

Partes Interessadas (Stakeholders) do Projeto, Estrutura Organizacional, O

gerente do Projeto e algumas Gestões Específicas, como: Gestão do Tempo,

da Integração, do Escopo, dos Recursos, dos Custos, da Qualidade, do

Pessoal, dos Riscos, dos Suprimentos e das Comunicações.

Levando em consideração a grande utilização de mão-de-obra técnica

especializada na execução dos “projetos de engenharia” - Conceitual, Básico e

de Detalhamento - e que as pessoas não são todas iguais, seja na capacitação

técnica, na cultura sócio-econômica, no equilíbrio emocional, nos interesses

individuais, no grau intelectual, etc. como torná-las capazes de desenvolverem

trabalhos em equipe, focadas nos mesmos objetivos – qualidade, prazo, custo,

comprometimento social e ambiental? Por exemplo!

Pela correta utilização e gestão do tempo – tão escassos nos dias atuais –

aliados aos diversos perfis dos membros que compõe uma equipe, o emprego

de softwares e históricos, torna-se necessário um aprofundamento nesse

tema, para obtenção de melhores resultados.

Os critérios da gestão e otimização do tempo, assim como outros tópicos

aqui abordados, foram baseados em dados e informações de autores com

estudos nessa área e no PMBOK .

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CAPÍTULO I

GERENCIAMENTO DO TEMPO

1.1 Considerações Gerais

Segundo Renato Ramos (2006), o Cronograma do projeto, que pode ser

classificado como Parcial ou de Recursos – quando houver a necessidade de

gerenciamento mais simples em alguma parte do projeto- é um instrumento

para o processo de gestão do tempo e controle do projeto.

Essa gestão se baseia em cinco processos de grande relevância:

Definição das Atividades, Seqüenciamento das Atividades, Estimativa de

Duração das Atividades, Desenvolvimento do Cronograma e Controle do

Cronograma. (Ver fig. 1 em anexo). Esses processos serão adiante abordados.

1.2 Alguns Conceitos

O gerenciamento do tempo (Amaru, 2002), inclui os processos

necessários para realizar o projeto no prazo previsto. Esses processos podem

ser confundidos com o gerenciamento do projeto em si e sofrem grande

influência das outras áreas de conhecimento – Escopo, Prazo, Custo,

Qualidade, RH, Risco, Comunicação, Aquisição e Integração. Nesse processo

também há grande influência dos softwares.

Segundo a “Lei de Parkinson” (Amaru, 2002), todo trabalho se expande

até preencher o tempo disponível e pela “Matriz de Administração de Tempo”

eles são classificados como “urgente e não urgente” ou “importante e não

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9 importante”. Nesse enfoque, é melhor trabalhar no quadrante “importante e não

urgente”.

Ainda com relação ao tempo, podemos medir o progresso das atividades

através da curva “S”, que mostra o avanço físico previsto com o realizado, o

qual é denominado “Deliverable” e que são os resultados, saídas ou item

mensurável, tangível, que deve ser produzido para completar um projeto ou

parte dele. Esses resultados não podem ser confundidos com milestones, que

são marcos de posicionamentos a atingir ou evento significante do projeto, sem

duração, recurso ou custo, diferente, por exemplo, de uma atividade ou

trabalho a realizar.

O PRECEDENCE DIAGRAMMING METHOD (PDM) utiliza activty-on-

node (ADN) que é o método de construção de diagramas com atividades em

caixa (nós) ligadas por setas representativas de dependências. Esse método é

o oposto do ARROW DIAGRAMMING METHOD (ACM) que utiliza o activity-

on-arrow (ADA), utilizando as setas para representar as atividades, que são

conectadas por “nós” representando as dependências e são usadas apenas

nas relações término/início (T/I).

1.2.1 Classificação das dependências

• Término / Início (T/I) – as mais usadas

• Início / Início (I/I) – podem ser substituídas por (T/I)

• Término / Término (T/T) – podem ser substituídas por (T/I)

• Início / Término (I/T)

Todas as atividades relacionadas ao tempo devem estar em conformidade

com a Linha de Base (baseline), que é uma versão específica do planejamento,

acordada entre as partes e serve de base de comparação durante a execução

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10 e o controle do projeto: Meta perseguida, base para os relatórios de progresso.

É o cobrado pelo cliente.

1.3 Definição das atividades

De acordo com Amaru (2002), é o processo responsável por identificar,

documentar e listar as atividades específicas, que deverão ser colocadas em

um cronograma.

A Lista de Atividades começa com a Estrutura Analítica do Projeto (EAP),

que foi utilizada para produzir a definição do produto. Na Elaboração da Lista

de Atividades também deve ser levado em consideração o estudo do Ciclo de

Vida do Projeto, a Declaração de Escopo, as Hipóteses/Premissas, as

Restrições e a experiência da equipe ou da organização, que devem estar em

¨lições aprendidas” de projetos anteriores. Na Figura 1 em anexo, estão

resumidas as decisões principais que envolvem planejamento do prazo e do

custo do projeto, que serão analisadas adiante.

1.3.1 Estrutura Analítica do Projeto – EAP (também chamada de

Estrutura de Decomposição de Trabalho – (EDT)

Através do planejamento do produto, definem-se as atividades

necessárias para realizar o projeto. A identificação dessas atividades tem como

ponto de partida a estrutura analítica do produto. Esta proporciona a ligação

entre o produto e o planejamento das atividades. Na Figura 2 em anexo,

podemos observar a elaboração de uma lista a partir da estrutura analítica. As

atividades são identificadas por “verbos” e os produtos por “substantivos.

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1.3.2 Ciclo de Vida do Projeto

Atividades que não ficam evidentes na EAP do produto, tais como:

reuniões de planejamento, visitas a fornecedores, preparação de relatórios,

controle, prestação de contas podem ser visualizadas no estudo do Ciclo de

Vida do Projeto.

Quando se estuda o calendário e o ciclo de vida do projeto, também

podemos visualizar hipóteses sobre riscos e acidentes, testes e experimentos,

feriados, períodos de chuva, que são eventos com alto grau de incerteza e que

não constam da EAP.

1.3.3 Relatórios de projeto

Em “lições aprendidas” podemos nos beneficiar de dados/informações

que não aparecem na EAP, como exigências feitas pelo cliente ao longo do

projeto, despesas que não foram orçadas, ou seja, situações imprevistas. Os

registros em “lições aprendidas” são de grande valia para projetos futuros,

quando podemos eliminar erros cometidos anteriormente e maximizar os

acertos.

1.4 Seqüenciamento das Atividades

A seqüência das atividades ocorre após a preparação da lista de

atividades. Essa seqüência prioriza a ordem das atividades (quais em primeiro,

quais em seguida, quais dependem de quais). Esse seqüenciamento além de

estabelecer prioridades, permite representar graficamente as relações e o

encadeamento das atividades, resumidos no Diagrama de Precedência.

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Os fatores que influenciam o seqüenciamento das atividades são:

“Lógica”, “Decisão” e “Condicionantes externos”.

1.4.1 Lógica

A lógica independe de decisão e é inescapável: uma atividade só começa

quando termina outra. Exemplo: antes da implantação de um empreendimento

é necessário um estudo de viabilidade; um projeto detalhado só é feito após o

projeto básico ou conceitual.

1.4.2 Decisão

A arbitrariedade na definição das dependências entre atividades se opõe à

definida pela lógica, porém a vontade dos tomadores de decisões do projeto, o

dono do projeto, pode escolher começar e terminar por onde quiser, desde que

não viole nenhuma lógica natural. Por exemplo:

• Não se pode definir as estruturas de uma plataforma sem antes saber o

potencial/capacidade de um poço de petróleo, que depende de estudos

geológicos e geofísicos, a que profundidade está e se esse poço é ou

não é viável economicamente. Esses dados são importantes também na

escolha dos equipamentos.

• Não se pode dimensionar uma sapata para uma estrutura de um prédio

sem antes ter informações precisas do tipo de solo e da carga que ela

irá suportar.

• É inviável iniciar a construção das torres de transmissão antes de definir

o local para a construção de uma usina hidrelétrica.

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• Um levantamento topográfico obrigatoriamente antecede a escolha do

melhor traçado para a construção de uma rodovia em terreno

montanhoso / acidentado.

1.4.3 Condicionantes Externos

A lógica das dependências está diretamente relacionada aos fatores

externos, independente do dono do projeto. Exemplo:

• O atraso de um equipamento por conta do fornecedor;

• As chuvas inesperadas atrasam o andamento das obras e do

cronograma ou ainda alteram os custos do empreendimento;

• Para abrigar uma equipe de projeto é necessária a desocupação de um

espaço físico.

Resumindo, o seqüenciamento das atividades envolve a identificação e

documentos dos relacionamentos lógicos entre as atividades do cronograma. O

seqüenciamento lógico usa relações de precedência, antecipações, atrasos na

realização de um cronograma realista e alcançável.

1.4.4 Tabela de Diagrama de Precedências

É o resumo das decisões do seqüenciamento das atividades que podem

ser relacionadas aleatoriamente. Os números da coluna da esquerda se

referem à ordem em que as atividades foram listadas e não à sua seqüência. A

coluna de duração se refere ao tempo gasto na execução das atividades. Na

coluna “atividade precedente” são registradas as dependências em relação as

outras atividades. (Figura 4 em anexo).

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1.4.5 Diagrama de Precedência ou Diagrama de Rede do Projeto

Como o próprio nome diz, é um gráfico indicando as ligações entre as

atividades e seu encadeamento. As atividades são representadas por um “nó”,

onde se descreve a atividade ou é representada por “letra” ou “número “.

A relação de dependência e a seqüência das atividades são

representadas por “setas”, que devem indicar a mesma direção. (Figura 5 em

anexo).

1.4.6 Cronograma – Programação ou Cronogramação

No processo de planejamento das atividades são desenhados

cronogramas que mostram o desenrolar dessas atividades ao longo de um

determinado tempo pré-estabelecido com início e fim. Tempo esse julgado

necessário para se executar uma tarefa ou um conjunto de tarefas: projeto.

Esse processo depende de lógica, decisão e condicionantes externos

(chuvas, greves, feriados, desastres naturais ...) e é determinado pela

quantidade de recursos previstos ( > quantidade de pessoas e recursos

alocados > velocidade no ciclo de vida).

Quando um projeto também é composto por serviços terceirizados, o

planejamento eficiente requer coordenação precisa e comunicação constante,

para que esses serviços não comprometam os prazos, os custos e a qualidade

do projeto.

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15 No estágio inicial do projeto utiliza-se o cronograma básico,

estabelecendo as atividades principais que dão origem a cronogramas cada

vez mais detalhados, conforme o avanço do projeto.

O cronograma que tem como base a Tabela de Tempos e Precedências e

o Diagrama de Precedência, reflete as decisões sobre a duração e o

seqüenciamento das atividades.

Os cronogramas podem seguir diversos modelos, porém os mais usados

são os de marcos “milestones chart” e os de “barras” ou gráfico de Gantt”.

(Figuras 6 e 7 em anexo) .

Programas de computador como MS Project desenha diagramas e

cronogramas.

1.5 Estimativa de Recursos das Atividades

Envolve determinados recursos (pessoal, equipamentos, materiais) e as

quantidades que serão usadas e quanto cada recurso estará disponível para

realizar as atividades do projeto. Tem grande ligação com o processo

“estimativa de custos”.

Recursos e trabalho custam dinheiro. Torna-se necessário definir o custo

dos recursos para assegurar a realização do projeto.

A definição de custo envolve três etapas interdependentes: Planejamento

de Recursos, Estimativa de Custos e Elaboração do Orçamento. Esses

assuntos serão abordados no capítulo 3.4.

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1.6 Estimativa de Duração das Atividades

É progressivamente elaborada e considera a qualidade e disponibilidade

dos dados de entrada que se originam da pessoa ou do grupo do projeto que

está mais familiarizado com a natureza do conteúdo do trabalho na atividade

do cronograma específico. As entradas dessa estimativa são:

• Fatores ambientais da empresa

• Ativos de processos organizacionais

• Declaração de escopo do projeto

• Lista de atividades

• Atributos da atividade

• Recursos necessários para a atividade

• Calendário dos recursos

• Plano de gerenciamento do projeto - registro de riscos

- estimativa de custos da atividade

A estimativa de duração de atividades estabelece o número de períodos

de trabalho necessários para que cada tarefa seja finalizada. Materiais,

equipamentos e pessoal devem ser quantificados para emprego em cada

atividade do projeto. As técnicas de simulação e avaliação de tempo por

analogia acompanhadas por uma análise minuciosa de especialistas

originam uma estimativa de duração de atividades, uma base de estimativas

e atualizações nas listas de atividades. Para que isso ocorra são fornecidos

a lista de atividades, as hipóteses e restrições, as necessidades de

recursos, disponibilidade do recurso e históricos de projetos anteriores.

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1.7 Desenvolvimento do Cronograma

Esse processo estabelece as datas de início e de fim de cada atividade do

projeto. O diagrama de rede do projeto, as estimativas de duração de

atividades, as necessidades de recursos, a disponibilidade de recursos, o

calendário e as hipóteses e restrições sofrem intervenções de análises

matemáticas, simulações, nivelamento de recursos, métodos de aceleração de

atividades. Estes procedimentos podem ser realizados através de softwares

específicos de gerenciamento de projetos. Produz-se o cronograma do projeto,

o plano de gestão do cronograma, a atualização das necessidades de recursos

e uma documentação complementar com detalhes sobre hipóteses e restrições

que envolvam tempo de atividades.

“ Estimativas de duração e estimativas de recursos são reexaminadas e

revisadas para criar um cronograma do projeto aprovado, base para

acompanhamento do progresso”. (Amaru, 2002).

As entradas do desenvolvimento do cronograma são:

• Ativos de processos organizacionais

• Declaração de escopo do projeto

• Lista de atividades

• Atributos das atividades

• Diagramas de rede do cronograma do projeto

• Recursos necessários para as atividades

• Calendário dos recursos

• Estimativas de duração das atividades

• Plano de gerenciamento do projeto

- registro de riscos

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1.8 Controle do Cronograma

Consiste em identificar quais atividades foram alteradas, verificar se os

impactos na mudança do cronograma foram positivos e monitorar quando

ocorrerão as mudanças. O cronograma do projeto, os relatórios de

desempenho, as solicitações de mudança e o plano de gestão do cronograma

fornecem informações para que o sistema de controle do cronograma, o

sistema de análise de desempenho e o software de gerenciamento de projetos

possam agir para atualizar o cronograma, documentar as lições aprendidas e

promover ações corretivas e preventivas.

• Determinação do andamento atual do cronograma

• Controle dos fatores que criam mudanças no cronograma

• Determinação de que o cronograma do projeto mudou

• Gerenciamento das mudanças conforme efetivamente ocorrem

São entradas do controle do cronograma:

• Plano de gerenciamento do cronograma

• Linha de base do cronograma

• Relatórios de desempenho

• Solicitações de mudanças aprovadas.

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CAPÍTULO II

CONCEITOS DO GERENCIAMENTO DE PROJETOS

2.1 Considerações Gerais

Segundo o PMBOK (2002), projeto é uma de atividades com tempo

programado, com início, meio e fim, com o objetivo de fornecer um produto

ou serviço singular, dentro de restrições orçamentárias.

Quando um projeto é proposto ou iniciado, três perguntas precisam ser

respondidas:

• Qual produto será fornecido? (Escopo do projeto)

• Quando será feito? (prazo do projeto)

• Quanto custará? (orçamento do projeto)

2.2 Fases do Projeto

Os projetos são divididos em fases, contendo um ou mais procedimentos,

cujos resultados são verificáveis e tangíveis: estudo de viabilidade, engenharia

de detalhamento, planejamento etc. Para que se tenha a garantia do produto

do projeto é necessário que essas fases sejam organizadas em uma seqüência

lógica. A verificação e correção das tarefas são atividades chaves para a

conclusão de cada fase, que dessa forma, permitem o prosseguimento para as

demais fases até a entrega do produto final. Como cada fase é um

“subproduto” do projeto, em harmonia, elas garantem a entrega final do

produto.

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20 Para um roteiro prático de administração de um projeto e a conclusão do

mesmo, ver Figuras 8 e Fig. 9 em anexo.

2.3 Ciclo de Vida do Projeto

O seqüenciamento das fases ( do início ao fim do projeto) denomina-se

Ciclo de Vida do Projeto. O estudo e a aplicação das técnicas de administração

de projetos são facilitadas pelo perfeito entendimento do Ciclo de Vida, que

permite a visualização sistêmica do projeto do seu início até a sua conclusão.

O Ciclo de Vida define as técnicas empregadas em cada fase e o

envolvimento das pessoas/ equipes encarregadas da execução das tarefas em

cada uma dessas fases do projeto. O Ciclo de Vida também estabelece a

ligação com o progresso das operações da empresa.

Segundo o PMBOK o Ciclo de Vida de um projeto genérico compreende:

“Fase Inicial, Fase intermediária e Fase Final’, onde os custos de alocação de

recursos têm uma relação com o tempo necessário para a execução dessas

fases.

Exemplo de um Ciclo de Vida representativo de um projeto de construção,

segundo “Morris”, é compreendido em:

• Estágio I – Viabilidade: formulação do projeto, estudos de viabilidade,

projeto estratégico e aprovação;

• Estágio II – Planejamento e Design: projeto básico, custo e cronograma,

termos e condições contratuais e planejamento detalhado;

• Estágio III – Produção: fabricação, entrega, obras civis, instalação,

teste;

• Estágio IV – Adaptação e Lançamento: teste final e manutenção.

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21 Mesmo havendo um Ciclo de Vida genérico, segundo o PMBOK, para

cada tipo de produto final poderemos ter Ciclos de Vida de Projetos diferentes.

2.4 Partes Interessadas do Projeto (Stakeholders)

São indivíduos ou organizações que, de um modo geral, estão

intimamente ligados ao projeto e de alguma forma têm seus interesses

afetados positiva ou negativamente pela execução e sucesso do projeto

(PMBOK e ISO 10006, 2000).

• Gerente do Projeto – responsável pelo gerenciamento do projeto.

• Clientes – usuário do produto do projeto.

• Organização executora – corporação que detém os funcionários direta

ou indiretamente envolvidos na execução do projeto.

• Patrocinador (sponsor) – indivíduo ou grupo da organização executora

que fornece os recursos financeiros necessários à execução do projeto.

• Equipes do projeto – membros que desenvolvem o projeto e que se

utilizam da troca de informações entre si.

• Habitantes de regiões próximas a grandes obras de infra-estrutura

como: rodovias, portos, hidrelétricas, aeroportos.

• Organismos regulamentadores que interferem na aprovação/andamento

do projeto.

Embora o cliente tenha prioridade na definição de objetivos, certos

projetos podem exigir, e normalmente exigem, a participação de todas as

partes interessadas relevantes. Em certos tipos de projetos, a consulta aos

stakeholders é obrigatória. É o caso das grandes obras de infra-estrutura ou

grandes pólos industriais, que precisam da aprovação do poder público e das

comunidades em que serão instaladas.

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2.5 Estrutura Organizacional

Organizar é o processo de dispor um conjunto de recursos em uma

estrutura que segue algum critério ou princípio de classificação.

A estrutura organizacional define a localização e o papel de cada recurso

unitário dentro do conjunto. No caso de pessoas, essa estrutura define o

trabalho que elas, individualmente ou em grupo, devem realizar para que o

conjunto de recursos do qual fazem parte seja capaz de atingir objetivos. Para

essas pessoas é dada autoridade ou responsabilidade para que possam

realizar suas atividades.

Na administração de projetos a estrutura organizacional abrange duas

decisões principais: 1) Definir a estrutura organizacional interna do projeto. 2)

Definir como alojar a estrutura temporária do projeto dentro da estrutura

funcional permanente, responsável pelas atividades regulares de produção de

bens ou prestação de serviços para clientes internos ou externos das

organizações.

2.5.1 Organização Interna da Equipe

A escolha dos critérios para organizar a equipe baseia-se na análise e

nas características do projeto, procurando alocar os profissionais de acordo

com suas capacitações técnicas. Por exemplo: para um projeto de um edifício

a escolha do quadro técnico é diferente do que para um projeto de uma

plataforma de petróleo.

Principais critérios para escolha da equipe: funcional, produto,

especialidade técnica, fase do projeto e localização geográfica.

Freqüentemente os projetos adotam mais de um desses modelos de estrutura

organizacional.

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Em grandes empresas as equipes de trabalho são divididas em

departamentos ou setor, tendo seus respectivos responsáveis.

2.5.2 Posicionamento da Organização do Projeto dentro da

Estrutura Funcional

Há três alternativas básicas para alojar a organização do projeto dentro da

estrutura funcional.

• Criando um departamento temporário dentro de cada unidade funcional

envolvida no projeto, sem sua coordenação central: projeto funcional;

• Criando um departamento autônomo, isolado das unidades funcionais:

projeto autônomo;

• Criando um departamento temporário que coordena os recursos das

diversas unidades funcionais envolvidas no projeto: estrutura matricial.

2.5.3 Estrutura de Projetos Múltiplos

Conforme Amaru (2002), é a estrutura que administra um conjunto de

projetos. Isso ocorre quando uma organização tem mais de um projeto para

executar ou em execução ou quando há uma regularidade na realização de

projetos. No caso de haver vários projetos essa estrutura é representada por

“Gerente ou Coordenador” de projetos ou “Gerente de Programa”, ao qual se

reportam os diferentes Gerentes de “Projeto”.

O coordenador também é chamado sponsor (padrinho) cujo papel

principal é facilitar a administração dos diferentes projetos.

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24 Project Office (escritório de projetos) é um departamento permanente que

administra programas de projeto.

O Comitê de Gestão de Projetos é outro recurso para cuidar de muitos

projetos e que, em geral, é formado por diretores das divisões permanentes.

2.5.4 Divisão de Autoridade e Responsabilidade

A administração dos projetos de uma organização é uma tarefa

compartilhada entre as organizações de projeto e as unidades funcionais

permanentes, do qual participam:

• Os gerentes de projeto

• O gerente de projetos (ou o escritório de projetos)

• O executivo principal

• Os diretores das unidades funcionais

• Outros participantes, a critério dos diretores

Na montagem da estrutura organizacional, é preciso definir as

responsabilidades e autoridades desses participantes, com a finalidade de

esclarecer o papel de cada um no processo de administrar cada projeto ou o

conjunto deles. No cronograma linear, que é um recurso gráfico, se define as

técnicas de responsabilidade e autoridade. Uma vez concluído esse

cronograma, que tem a contribuição de todos os envolvidos, pode-se completar

o processo de organização da administração de projetos.

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2.5.5 Descrição de Cargos

Após a montagem do cronograma linear, com a participação de todos os

envolvidos, é completado o processo de organização da administração de

projetos, elaborando as descrições de cargos.

• Responsabilidades / Autoridades do presidente;

• Responsabilidades / Autoridades do gerente funcional;

• Responsabilidade / Autoridade do gerente de projeto;

• Responsabilidade / Autoridade do coordenador de projetos (escritório de

projetos).

2.6 O Gerente de Projetos

Normalmente o cargo de Gerente de Projeto é um cargo virtual,

existência temporária, ocupado por funcionários da estrutura permanente.

Ele pode administrar o projeto em regime de dedicação exclusiva ou

acumulando essa tarefa com outras, sem desvincular-se de seu cargo

original. Ao término do projeto, ele volta ao seu cargo permanente ou

assume outro projeto.

Nas empresas de engenharia/ consultoria ou de construção a posição

de gerente de projetos é fixa, sendo quase sempre ocupada pelas mesmas

pessoas.

2.6.1 Executivos como Gerentes de Projetos

Dependendo da importância do projeto na sobrevivência da

organização, o executivo principal pode assumir a gerência de um projeto:

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26

• O projeto é importante demais para correr riscos ou sofrer interrupções

causadas por dificuldades internas.

• O executivo está mais familiarizado com a idéia do projeto e tem mais

interesse em seu sucesso do que o restante da organização.

• O executivo está mais familiarizado com as técnicas da administração

de projetos do que outras pessoas na organização.

• O envolvimento do executivo é necessário para assegurar a integração

dos recursos organizacionais e promover os interesses do projeto.

• Não há outra pessoa que possa desempenhar satisfatoriamente o papel.

• Stakeholders importantes, como acionistas, clientes ou a equipe técnica,

exigem o envolvimento do executivo principal por sua competência ou

carisma.

Exemplos de alguns executivos que ocuparam cargo de Gerente de

Projetos: Henry Ford, Graham Bell, Thomas Edson, von Braun, Steve Jobs

e Bill Gates.

2.6.2 Não-Gerentes como Gerentes de Projetos

Técnicos, profissionais de nível superior sem posição gerencial, como

engenheiros, pesquisadores, professores e outros, às vezes desempenham

o papel de administrar projetos ou, pelo menos, participar de equipes que

têm autonomia para tomar decisões.

Por exemplo:

• Um jovem recém admitido em grande empresa do setor

automobilístico, ocupando a posição de trainee, é escolhido para

organizar a participação no Salão de Automóvel.

• Um grupo interdepartamental de professores é montado para fazer e

implantar a revisão do currículo na escola.

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27

• Um técnico é indicado para conduzir um experimento no laboratório,

prestando contas diretamente ao diretor da empresa.

Algumas vantagens de se empregar pessoas que não são gerentes

permanentes para administrar projetos como responsáveis individuais ou

integrantes de equipes autogeridas:

• Cria-se um ambiente de laboratório gerencial, que permite testar e

desenvolver competências.

• Dá-se a oportunidade a muitas pessoas de testar não apenas suas

competências, mas também suas motivações.

• Cria-se um ambiente de administração participativa, com muitas

pessoas preparadas para participar de processos decisórios e

ajudar a organização a resolver problemas.

• Em caso de risco de insucesso, sempre é possível trazer uma

pessoa experiente para socorrer um novato em apuros.

2.6.3 O Cargo na Estrutura

O cargo do Gerente de Projeto é influenciado pela estrutura em que ele

opera, podendo ser:

• Gerente de Projeto Funcional Monodisciplinar

• Gerente de Projeto Funcional Multidisciplinar

• Gerente de Projeto Autônomo

• Gerente de Projeto Matricial Peso Pesado

• Gerente de Projeto Matricial Peso Leve

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28

2.6.4 Definindo as Responsabilidades do Gerente

Os Gerentes respondem pelos próprios resultados e os da sua equipe.

Garantindo resultados, os recursos serão utilizados corretamente, a pessoa

será protegida, a decisão será tomada ou implementada e o padrão de conduta

será observado.

As responsabilidades podem ser definidas de maneira neutra com a

simples descrição das tarefas: preparar o plano operacional ou organizar a

equipe.

Tanto a definição de tarefas operacionais quanto de responsabilidades

abrangentes são usadas na prática como estratégia para sistematizar o papel

dos Gerentes de Projetos e treinar pessoas para desempenhá-las.

2.6.5 Papéis do Gerente de Projeto

Sintetizando, a responsabilidade do gerente é assegurar a realização do

projeto dentro dos padrões de desempenho da missão, prazo e custo, o que

exige a administração de comunicações, recursos humanos, contratos,

materiais e riscos.

O conjunto das responsabilidades do gerente varia de acordo com a

organização e principalmente das decisões de início e fim do Ciclo de Vida do

Projeto.

Há organizações em que cabe ao gerente apenas a execução das

atividades, ficando as tarefas iniciais e finais a cargo da alta administração.

Os gerentes podem ter os seguintes papéis:

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29

• Planejador

• Organizador

• Administrador de pessoas

• Administrador de interfaces

• Administrador de tecnologia

• Implementador

• Formulador de métodos

2.6.6 Autoridade e Competência

A autoridade é uma instituição social. É um tipo de recurso especial que

as organizações oferecem a algumas pessoas e grupo, para agir em seu nome

e tomar decisões que comprometem outros recursos. A autoridade é a

contrapartida de responsabilidade. Se alguém tem responsabilidade para

cumprir, deve ter autoridade suficiente para utilizar os recursos necessários. Há

duas fontes básicas de autoridade, ambas instituições sociais: a propriedade

privada e o Estado. Em sua forma ideal, a autoridade é o produto de um

consenso, que reconhece a propriedade privada e o Estado como instituições

legítimas.

Chester Bernard expôs com clareza a teoria da “aceitação da autoridade”:

o gerente depende de seus subordinados. Para ser eficaz, a pessoa que tem

autoridade precisa contar com a cooperação e adesão de sua equipe. A

autoridade, por isso, precisa sustentação de habilidades ou competência.

Principais tipos de autoridade e das competências que determinam a

eficácia do Gerente de Projeto:

- Autoridades

• Autoridade formal

• Autoridade técnica

• Autoridade da posse de recursos

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30 - Competências

• Competência técnica

• Conhecimento das ferramentas da administração de projetos

• Entendimento do Ciclo de Vida

• Entendimento dos sistemas organizacionais

• Habilidades

• Atitudes

O entusiasmo não assegura o sucesso do projeto, mas o pessimismo é

receita certa para o fracasso.

2.6.7 Dificuldades da transição para o papel de Gerente

Renato Ramos (2006), diz que algumas pessoas apresentam mais

dificuldades que outras para assumir papéis gerenciais, principalmente de

Gerente de Projeto. Isso se verifica em alguns profissionais como

pesquisadores, professores, cientistas, que desenvolvem atividades de fundo

intelectual. Para terem êxito na função gerencial, os profissionais técnicos

precisam aprender a lidar com essas dificuldades, o que exige conciliar as

premissas de sua educação com os valores e os esquemas da vida

organizacional.

Os aspectos citados a seguir parecem ser os que mais necessitam de

atenção.

• Falta de domínio de ferramentas gerenciais

• Medo de perda da identidade técnica

• Falta de motivação

• Tendência ao comportamento metódico, analítico e racional

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31 O gerente também precisa ser um líder, obtendo efeitos ou resultados por

meio da mobilização de pessoas. Os efeitos que a liderança produz não

dependem apenas do líder, mas de uma combinação complexa de elementos.

Em se tratando de gerenciamento de projetos, quatro elementos devem ser

estudados para uma visão abrangente de liderança: as motivações da equipe

do projeto, a missão a que o projeto se propõe, as habilidades de liderança do

gerente do projeto e a conjuntura dentro do qual o processo ocorre.

CAPÍTULO III

GESTÕES ESPECÍFICAS DO GERENCIAMENTO DE

PROJETOS

3.1 Considerações Gerais

Visando a melhoria na Gestão, convencionou-se dividir o processo

gerenciamento de projetos em subprocessos.

Conceitualmente podemos defini-los separadamente, embora o grau de

agregação e interdependência entre eles seja bastante significativo.

O PMBOK e a norma ISO 10.006 definem essas gestões específicas ou

também conhecidas como áreas de conhecimento.

3.2 Gestão de Integração

O processo do gerenciamento de projetos chamado de Gestão da

Integração ou Interdependências é responsável por estabelecer os elos entre

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32 os demais processos e harmonizar a operacionalização das demais gestões

visando alcançar os objetivos definidos para todo o projeto.

A gestão se baseia em três processos fundamentais:

• Desenvolvimento do Plano de Projeto

• Execução do Plano de Projeto

• Controle geral de mudanças

3.3 Gestão do Escopo

A declaração formal e precisa do objetivo do projeto constitui o elemento

central para o processo de gerenciamento. A gestão do escopo visa garantir

que todos os meios necessários estejam previstos, definidos e documentados

para atingir o objetivo do projeto.

A gestão se baseia em cinco processos fundamentais:

• Inicialização

• Planejamento do Escopo

• Definição do Escopo

• Verificação do Escopo

• Controle de mudanças do Escopo

3.4 Gestão do Tempo

O processo de gestão do tempo consiste na confecção e no controle

rigoroso do cronograma do projeto, que pode ser subdividido em cronogramas

parciais ou de recursos.

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A gestão se baseia em cinco processos fundamentais:

• Definição das Atividades

• Seqüenciamento de Atividades

• Estimativa de duração de Atividades

• Desenvolvimento do Cronograma

• Controle de Cronograma

3.5 Gestão dos Custos

O processo de gestão dos custos tem por base a elaboração e controle do

orçamento, cujo controle é fator preponderante para o sucesso dos projetos.

(ISO 10.006).

A gestão se baseia nos seguintes processos:

• Estimativas de Custos

• Orçamentação

• Controle dos Custos

3.6 Gestão da qualidade

O processo de gestão da qualidade estabelece a relação entre a política

da qualidade da organização com os atributos e procedimentos que o processo

deve cumprir para garantir a especificação contida no escopo.

A gestão se baseia em três processos fundamentais:

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• Planejamento da Qualidade

• Garantia da qualidade

• Controle da qualidade

3.7 Gestão do Pessoal (RH)

O processo de gestão de pessoal visa criar um ambiente no qual a equipe

envolvida com o projeto possa contribuir de forma eficiente para o sucesso do

mesmo, atuando nas questões relativas à motivação e integração. (ISO

10,006).

A gestão de baseia em três processos fundamentais:

• Planejamento Organizacional

• Aquisição de Pessoal

• Desenvolvimento da Equipe

3.8 Gestão dos Riscos

A gestão dos riscos lida com as incertezas que permeiam todo o projeto,

requerendo uma abordagem estruturada. Tem como principais metas a

minimização dos impactos de eventos potencialmente negativos e a obtenção

de vantagem nas oportunidades de melhoria. (ISO 10.006).

A gestão se baseia em quatro processos fundamentais:

• Identificação de Riscos

• Quantificação dos Riscos

• Planejamento de respostas a Riscos

• Controle de respostas a Riscos

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3.9 Gestão do Suprimento (Aquisições)

Esta gestão trata da compra, aquisição ou suprimento de produtos

necessários ao projeto. (ISO 10.006).

A gestão se baseia em seis processos fundamentais:

• Planejamento do Suprimento

• Planejamento das Solicitações

• Solicitações

• Seleção de Fornecedores

• Administração de Contratos

• Encerramento de Contratos

3.10 Gestão das Comunicações

A Comunicação constitui o elemento central para o sucesso do projeto.

Em empreendimentos complexos, as dificuldades de comunicação constituem

barreiras ao melhor desempenho no processo de gerenciamento.

A gestão da Comunicação responde pela geração, aquisição, disseminação

e armazenamento das informações necessárias ao projeto. (ISO 10.006).

A gestão se baseia em quatro processos fundamentais:

• Planejamento das Comunicações

• Distribuição das Informações

• Relatório de Desempenho

• Encerramento Administrativo

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Um estudo mais aprofundado dessas nove áreas do conhecimento é de grande

valia para o perfeito gerenciamento e sucesso do projeto.

CAPÍTULO IV

ESTUDO DE CASOS

Ricardo Vargas (2005) diz: o conceito de Valor agregado requer que as

medidas de despesa-produto sejam estabelecidas dentro de um cronograma

físico do projeto. Através da relação entre Valor Agregado e o valor planejado

do trabalho no tempo, pode se ter uma maior precisão no controle do que o

tratamento isolado desses fatos.

Como um alarme, o Valor Agregado permite ao gerente do projeto analisar

se o dinheiro gasto para realizar uma determinada tarefa está dentro do

previsto e, se estiver além das previsões iniciais, se esse fato se deve ao

acelerado ritmo na execução dessas tarefas, ou caso contrário, tomar decisões

corretivas e preventivas com a devida antecedência.

Após várias entrevistas com engenheiros de projetos em empresas de

engenharia e consultoria de grande porte na cidade do Rio de Janeiro, não

existe uma regra clássica para se dimensionar as equipes na execução das

atividades de projetos de engenharia. A capacitação técnica, o comportamento,

o grau de envolvimento e desempenho, os objetivos profissionais e o

conhecimento, são requisitos mensuráveis e que interferem na escolha do

profissional na fase de se montar uma equipe de trabalho. Portanto, a vivência

profissional, os históricos de outros projetos são os parâmetros para se

dimensionar as equipes de projetos de engenharia, se transformando no índice

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37 para um equilíbrio entre os recursos necessários com os recursos disponíveis.

Como recursos necessários pode-se citar: pessoal; instalações; equipamentos,

tecnologia, treinamento; softwares específicos, desenvolvimento de sistemas

etc.

Em empreendimentos de grande porte o valor gasto (históricos) com os

projetos de engenharia pode representar um percentual em torno de 3% a 4%

do total inicialmente previsto para a implantação do empreendimento: estudos

de viabilidade técnico-econômica (EVTE); obras civis; infra-estrutura;

instalações; equipamentos etc. Para um empreendimento inicialmente orçado

em $10 milhões, o gasto com projetos de engenharia poderá ser da ordem de

$300 mil a $400 mil. Considerando que uma empresa de engenharia tem a sua

hora de projeto em torno de $300, um projeto que destina $400 mil para esses

gastos, irá consumir em torno de 1.333 horas ou homem/hora (HH) para a

execução dessas atividades. Essa quantidade de HH serão distribuídas entre

as diversas equipes por disciplina e que, em virtude da complexidade dos

detalhamentos específicos poderão gerar documentos mais ou menos

complexos consumindo uma quantidade de horas HH diferente do que um

documento menos complexo.

O equilíbrio na apropriação das horas é o resultado da comparação com

projetos anteriores (histórico) do mesmo porte e finalidade. Com esses dados

será possível um melhor planejamento e elaboração das propostas.

Em empreendimentos de menor valor o percentual gasto com projetos de

engenharia pode variar entre 5% e 10% do valor inicialmente orçado para sua

implementação. Isso acontece normalmente no setor imobiliário. Também para

esses casos, o rateio/distribuição das horas consumidas (HH) se deve à

importância de cada disciplina responsável pelo detalhamento de engenharia.

Um empreendimento imobiliário com custo inicial estimado de $1 milhão

poderá ter um gasto nos projetos de engenharia na ordem de $50 mil a $100

mil.

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38

Em qualquer empreendimento de engenharia, seja industrial, de infra-

estrutura, de edificações etc, há uma variância nos custos de projetos de

engenharia que se dão pela complexidade e pelo grau de dificuldade dos

projetos, localização, topografia do terreno, tipo de sub-solo, instalações

especificas para a adequação à disponibilidade de infra-estruturas existentes:

abastecimento de água, energia, redes de esgoto nas proximidades do evento;

exigências dos órgãos reguladores, licenças de projeto etc.

Dentro de um critério de equilíbrio entre custo e benefício, um bom projeto

de engenharia proporciona menores custos de implantação, agregando valor

em qualidade, segurança (durante e depois das obras), independente do

objetivo final do empreendimento.

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CONCLUSÃO

Com a acirrada concorrência no mundo dos negócios, a abordagem de

Gerência de Projetos aqui sintetizada, torna-se uma ferramenta importante no

sucesso de pequenos ou mega empreendimentos.

As técnicas e ferramentas de Gestão de Projetos têm sido de grande

valia, conforme as necessidades de se manter uma equipe coesa e produtiva

no desempenho das suas atividades.

A aplicação e o gerenciamento das nove Áreas do Conhecimento são

importantes na condução da Gestão das equipes e na execução correta dos

trabalhos.

Acrescentando a essas nove Áreas do Conhecimento, podemos utilizar o

emprego da “Análise de Valor Agregado” como uma ferramenta poderosa no

controle dos custos e na relação recursos x resultado esperado.

O Gerenciamento do Escopo torna-se de grande valia, sendo o ponto de

partida e o equilíbrio das ações durante todas as etapas no processo gerencial.

Podemos observar também que as Partes Interessadas (Stakeholders)

merecem atenção constante, pois são os sócios do projeto e, como tal, devem

estar constantemente informados e orientados dos acontecimentos.

A Gestão do Tempo, do Custo, da Qualidade, das Comunicações etc,

também são fundamentais e necessárias na condução do Projeto.

No dimensionamento de equipes em projetos de engenharia, o histórico

(lições aprendidas), a capacitação técnica e a vivência profissional são

determinantes quando se quer sucesso em qualquer empreendimento. Esses

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40 valores são balizamento na escolha do pessoal e da equipe nesse tipo de

gerenciamento.

Mesmo com o auxilio de todas as ferramentas disponíveis aqui abordadas,

o gerente precisa ser um líder e um grande comunicador, pois a comunicação

representa 80 % do tempo de um gerente.

ANEXOS

Índice de anexos

Anexo 1: Figura 1 - Processo da Gestão do Tempo. Anexo 2: Figura 2 - Principais Decisões e Tarefas do Planejamento de um Projeto. Anexo 3: Figura 3 - Preparando a Lista de Tarefas a partir da Estrutura Analítica. Cada componente requer diversas ações para ser realizado. Anexo 4: Figura 4 - Tabela de Precedência. Anexo 5: Figura 5 - Seqüenciamento das Atividades. Anexo 6: Figura 6 - Cronograma ou Gráfico de marcos (milestone chart). Anexo 7: Figura 7 - Cronograma ou Gráfico de Barras (gantt). Anexo 8: Figura 8 - Roteiro prático para administração de um projeto. Anexo 9: Figura 9 - Na conclusão do Projeto, o produto é apresentado e as atividades administrativas encerradas. Um outro ciclo de vida pode ter início.

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ANEXO 1

Figura 1 - Processos da Gestão do Tempo.

ANEXO 2

DEFINIÇÃO DAS ATIVIDADES

1 – Entradas * Estrutura de Decomposição

de Trabalho – EDT * Declaração do Escopo * Hipótese e Restrições

* Histórico de Informações 2 – Ferramentas e Técnicas

* Decomposição * Modelos 3 – Saídas

* Lista de Atividades * Documentação Complementares

* Atualização de EDT

SEQÜENCIAMENTO DAS ATIVIDADES 1 – Entradas

* Lista de Atividades * Descrição do Produto

* Dependência: Obrigatórias, Discricionárias e Externas.

* Hipótese e Restrições 2 – Ferramentas e Técnicas * Métodos de Figuração de

Precedência * Modelos de Rede

3 – Saídas *Diagrama de Rede do Projeto

*Atualização da Lista de Atividades

DESENVOLVIMENTO DO CRONOGRAMA 1 – Entradas

* Diagrama de Rede do Projeto * Estimativa de Durações de Atividades

* Recursos Necessários * Disponibilidade de Recursos

* Calendário * Hipótese e Restrições

2 – Ferramentas e Técnicas * Análise Matemática, Simulações ...

Software de Gerenciamento de Projetos 3 – Saídas

* Cronograma do Projeto * Documentação Complementar

* Plano de Gestão Complementar * Atualizações das Necessidades de

Recursos

CONTROLE DO CRONOGRAMA 1 – Entradas

* Cronograma do Projeto * Relatório de Desempenho

* Pedidos de Mudança * Plano de Gestão do Cronograma 2 – Ferramentas e técnicas

* Sistema de Controle de Mudanças do Cronograma

* Medidas de Desempenho * Replanejamento

* Software de Gerenciamento de Projetos 3 – Saídas

* Atualizações do Cronograma * Ações Corretivas e Preventivas

* Lições Aprendidas

ESTIMATIVAS DAS DURAÇÕES DAS ATIVIDADES 1 – Entradas

* Lista de Atividades * Hipótese e Restrições * Histórico de Informações * Necessidades de Recursos * Disponibilidade de Recursos

2 – Ferramentas e Técnicas * Análise e Opiniões de Especialistas * Estimativa por Analogia

* Simulações 3 – Saídas

* Estimativa de Duração das Atividades * Bases das Estimativas

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Figura - 2 Principais Decisões e Tarefas do Planejamento de um Projeto

Elaboração do Cronograma do Projeto

Identificação dos Recursos Necessários

Elaboração do Orçamento do Projeto

Definição do Produto

Identificação das Atividades

Seqüenciamento e Estimativa da Duração das Atividades

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ANEXO 3

Figura - 3 Preparando a lista de tarefas a partir da Estrutura Analítica. Cada componente requer diversas ações para ser realizado.

Construção de uma casa

Viabilizar recursos

Compra do terreno

Proj. de engenharia

Contratar pessoal para execução das obras

Entrada Intermediárias Financiamento

Escolha do bairro Escolha do terreno: topografia

Arquitetura Estrutura Hidráulica Sanitária Elétrica Telefonia

Terraplanagem Escavações Fundações Estruturas Alvenarias Telhado Instalações Esquadrias Revestimentos Instalação das louças Pintura Limpeza geral

Atividade 5 Legalização

Licença órgãos públicos Taxas ( INSS, CREA, etc) Habite-se

Início e término das

obras

Atividade 1 Atividade 2 Atividade 3 Atividade 4

Atividade 5

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ANEXO 4

Figura 4 - Tabela de Precedência

Indica o seqüenciamento das atividades. Esta tabela corresponde ao diagrama da Fig. 3 (em parte)

Ao preparar a lista, desenha-se o diagrama para visualizar e encadeamento.

Número Atividade Duração Atividade Precedente 1 Viabilizar recursos 1 mês Nenhuma da lista 2 Compra do terreno 1 sem 2 3 Projetos de engenharia 1 mês 2 4 Contratação do pessoal para execução 2 sem 2;3 das obras 5 Início e término das obras 6 meses 4;3 6 Legalização 1 mês 5

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ANEXO 5

Figura 5 - Seqüenciamento das atividades Decisão ou identificação e encadeamento das atividades do Projeto

Atividade 1 Viabilizar recursos

Atividade 2 Compra do

terreno

Atividade 3 Projetos de engenharia

Atividade 4 Contratação de pessoal

para execução das

obras

Atividade 5 Início e

Término das obras

Atividade 6 Legalização

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ANEXO 6

Figura 6 - Cronograma ou gráfico de marcos (milestone chart) Os marcos indicam os resultados que devem ser alcançados ao longo do

Projeto

0 1 2 3 4 5 6 7 8 meses

Atividade 1

Atividade 2

Atividade 3

Atividade 4

Atividade 5 Atividade 6

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ANEXO 7

Figura 7 - Cronograma ou gráfico de barras ( Gantt)

0 1 2 3 4 5 6 7 8 meses

Atividade 1

Atividade 2

Atividade 3

Atividade 4

Atividade 5

Atividade 6

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ANEXO 8

Figura 8 - Roteiro prático para a administração de um projeto

Mobilize os recursos – Detalhe o plano básico e adquira os recursos

necessários para realizar as atividades

Realize as atividades – Execute o plano e controle o projeto do ponto de vista do desempenho técnico, das

Atividades e do custo

Encerre o projeto – Apresente o produto, faça os balanços,

desmobilize os recursos. Prepare-se para um novo

Prepare o projeto – Faça um plano básico com as definições

preliminares de escopo, prazo e custo

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ANEXO 9

Idéia inicial

Figura 9 – Na conclusão do projeto, o produto é apresentado e as atividades administrativas

encerradas. Um novo ciclo de vida pode ter início

PREPARAÇÃO ESTRUTURAÇÃO EXECUÇÃO CONCLUSÃO

Definição do produto

Definição de atividades

prazo e custo

Proposta básica

Aprovação

Montagem da equipe

Detalhamento dos planos

Aprovação

Mobilização dos recursos

Início do projeto

Realização das atividades

Controle do progresso

Administração de mudanças No escopo,

Prazo e custo

Conclusão do produto

Apresentação do produto

Aprovação do cliente

Fechamento Administrativo

(relatórios, balanços)

Desmobilização dos recursos

Início de novo Ciclo de vida

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BEKMAN, O. R. Análise Estatística da Decisão, 1 ed. São Paulo. Edgard Bluecher Ltda, 1993 BLAKER, R.R. & MOUTON, J.S. Como tomar Decisões – Uma Dinâmica de Grupo, 1 ed. São Paulo. Herder, 1965 GOMES, L.F.S.; GOMES, C.F.S. & DE ALMEIDA, A.T. Tomada de Decisão Gerencial, 1ed. São Paulo. Atlas, 2002 KAPLAN, R.S. & NORTON, D.P. A Estratégia em Ação: Balanced Scorecard. 12 ed. Rio de Janeiro. Campos, 1997 MEMURRY, R.N. O Poder e o Executivo Ambicioso. In: Coleção Harvard de Administração. v. 3, Nova Cultura, 1986 MAXIMIANO, ANTONIO C. A.; SBAGIA, ROBERTO. Avaliação e determinantes de sucesso de projetos de cooperação técnica internacional. In: MARCOVITCH, JACKUES. Cooperação internacional: Estratégia e Gestão. São Paulo 1994 BALARINE,O.F.O. Controle de Projetos através dos Conceitos de Desempenho Real. Porto Alegre: Revista Produção da Associação Brasileira de Engenharia da Produção, vol. 10, n.2 PROJECT MANAGEMENT, MUNDO PMI. Editora Mundo, jun, 2002

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BIBLIOGRAFIA CITADA

RAMOS, RENATO. Gerenciamento de Projetos ênfase na Indústria de Petróleo, 2006 AMARU, A. C. MAXIMIANO Administração de Projetos. Como Transformar Idéias em Resultados, 2002 PMI, PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE – PMBOK, 2004 NORMA ISO 10006 ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 1006 PORTER, M. E. Vantagem Competitiva das Nações, 1989 TÁVORA JÚNIOR, J.L. Uma tentativa de Incorporação de Extremidades na Análise de Localização de Petróleo. Tese de D.Sc. Rio de Janeiro: COPPE / UFRJ, 1994 VARGAS, RICARDO. A análise de Valor Agregado em projetos. 3ª. edição

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ÍNDICE

RESUMO 05 SUMÁRIO 06 INTRODUÇÃO 07 CAPÍTULO I Gerenciamento do Tempo 1.1 Considerações Gerais 08 1.2 Alguns conceitos 09 1.2.1 Classificação das dependências 09 1.3 Definições das atividades 10 1.3.1 Estrutura Analítica do Projeto 10 1.3.2 Ciclo de Vida do Projeto 11 1.3.3 Relatórios de Projeto 11 1.4 Seqüência das Atividades 11 1.4.1 Lógica 12 1.4.2 Decisão 12 1.4.3 Condicionantes Externos 13 1.4.4 Tabela de Diagrama de Precedência 13 1.4.5 Diagrama de Precedência 14 1.4.6 Cronograma – Programação ou Cronogramação 14 1.5 Estimativa de Recursos das Atividades 15 1.6 Estimativa de Duração das Atividades 16 1.7 Desenvolvimento do Cronograma 17 1.8 Controle do Cronograma 18 CAPÍTULO II Conceitos do Gerenciamento de Projetos 2.1 Considerações Gerais 19 2.2 Fases do Projeto 19 2.3 Ciclo de Vida do Projeto 20 2.4 Parte Interessadas do Projeto (Stakeholders) 21 2.5 Estrutura Organizacional 22 2.5.1 Organização Interna da Equipe 22 2.5.2 Posicionamento da Organização do Projeto dentro da Estrutura Funcional 23 2.5.3 Estrutura de Projetos Múltiplos 23 2.5.4 Divisão de Autoridade e Responsabilidade 24 2.5.5 Descrição de Cargos 25 2.6 O Gerente de Projetos 25 2.6.1 Executivos como Gerentes de Projetos 25 2.6.2 Não-Gerentes como Gerentes de Projetos 26 2.6.3 O Cargo na Estrutura 27 2.6.4 Definindo as Responsabilidades do Gerente 28 2.6.5 Papéis do Gerente de Projeto 28

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53 2.6.6 Autoridade e Competência 29 2.6.7 Dificuldades da Transição para o Papel de Gerente 30 CAPÍTULO II Questões Específicas do Gerenciamento de Projetos 3.1 Considerações Gerais 31 3.2 Gestão de Integração 31 3.3 Gestão do Escopo 32 3.4 Gestão do Tempo 33 3.5 Gestão dos Custos 33 3.6 Gestão da Qualidade 33 3.7 Gestão do Pessoal –RH 34 3.8 Gestão dos Riscos 34 3.9 Gestão do Suprimento – Aquisições 35 3.10 Gestão das Comunicações 35 CAPÍTULO IV Estudo de Casos 36 CONCLUSÃO 39 ANEXOS (Índice) 40 ANEXO I – Figura 1 Processo da Gestão do Tempo 41 ANEXO 2- Figura 2 Principais Decisões e Tarefas do Planejamento de um Projeto 42 ANEXO 3 – Figura 3 Preparando a lista a partir da Estrutura Analítica. 43 ANEXO 4 – Figura 4 Tabela de Precedência 44 ANEXO 5 – Figura 5 Seqüenciamento das Atividades 45 ANEXO 6 – Figura 6 Cronograma ou Gráfico de Marcos 46 ANEXO 7 – Figura 7 Cronograma ou Gráfico de Barras (Gantt) 47 ANEXO 8 – Figura 8 Roteiro Prático para Administração de um Projeto 48 ANEXO 9 – Figura 9 Na conclusão do projeto, o produto é apresentado e as atividades administrativas encerradas 49 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 50 BIBLIOGRAFIA CITADA 51

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

GERENCIAMENTO DE PROJETOS

ÊNFASE NO DIMENSIONAMENTO DE EQUIPES

PROJETOS DE ENGENHARIA

Autor: Rodney Leite Monteiro

Entrega em 7 de agosto de 2007

Avaliado por: Conceito:

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