universidade candido mendes pÓs-graduaÇÃo … · a importância de saber como são estruturadas...

50
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE ESTRUTURA E ANÁLISE FINANCEIRA- ECONÔMICA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Por: Marcelo Aragão Dias Carneiro Orientador Prof. Ana Cláudia Morrissy Rio de Janeiro 2011

Upload: doantuong

Post on 14-Feb-2019

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

ESTRUTURA E ANÁLISE FINANCEIRA- ECONÔMICA DAS

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Por: Marcelo Aragão Dias Carneiro

Orientador

Prof. Ana Cláudia Morrissy

Rio de Janeiro

2011

Page 2: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

ESTRUTURA E ANÁLISE FINANCEIRA- ECONÔMICA DAS

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Finanças e

Gestão Corporativa

Por: Marcelo Aragão Dias Carneiro

Page 3: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

3

AGRADECIMENTOS

A todas às pessoas que direta ou

indiretamente ajudaram na elaboração

deste trabalho.

Page 4: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha namorada e

companheira de curso, Patrícia D’ávila,

que me ajudou neste caminhada.

Page 5: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

5

RESUMO

A visão sistêmica das organizações é a base para a gestão

contemporânea, pois, busca o atendimento das necessidades da sociedade e,

por conseqüência, a sobrevivência das organizações. Nesse contexto, faz-se

necessário que a Contabilidade esteja apta ao atendimento das aspirações de

seus diferenciados usuários através de informações divulgadas por seus

demonstrativos ao mercado. Uma empresa que não possui escrituração

contábil é uma entidade sem memória, sem identidade e sem as mínimas

condições de sobreviver ou de planejar seu crescimento. As informações

geradas pela Contabilidade são úteis e de interesse de uma extensa gama de

usuários, que podem ser internos (administradores em todos os níveis) ou

externos (investidores, fisco e instituições financeiras, etc.).

A administração financeira é a área responsável pela gestão financeira

cotidiana de uma empresa e o profissional que atua nesta área é o

administrador de finanças que tem o papel de analisar, planejar e controlar

todos os recursos financeiros da empresa.

Para desenvolver o seu trabalho, o administrador de finanças precisa

conhecer as estruturas e finalidades de cada demonstração financeira e como

saber analisar cada uma delas. Além disso, deve estar muito bem informado

sobre as mudanças no mercado financeiro.

As demonstrações financeiras básicas são: Balanço Patrimonial

(apresenta a situação patrimonial da empresa confrontando com os seus

Ativos e Passivos ou Patrimônio Líquido); Demonstração do Resultado do

Exercício (tem por finalidade apresentar um resumo dos resultados financeiros

das operações da empresa em um determinado período); Demonstração das

Origens e Aplicações de Recursos (relata como o Capital Circulante da

empresa foi utilizado ou modificado); Demonstração das Mutações do

Patrimônio Líquido (retrata as alterações ocorridas na conta durante o

período).

Page 6: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

6

As análises dessas demonstrações financeiras são divididas em:

Situação financeira: apresentada pelos Índices de Liquidez (medem a

capacidade da empresa em honrar seus compromissos) e pelos Índices de

endividamento (mostram as grandes linhas de decisões financeiras, em termos

de origens e aplicações de recursos);

Situação econômica: apresentada pelos índices de Rentabilidade

(mostram qual a rentabilidade dos capitais investidos) e pelos índices de

atividade (mede a velocidade com que as contas do Ativo Circulante são

convertidas em vendas ou interferem nas disponibilidades).

Estas análises oferecem uma visão clara da situação financeiro-

econômica da empresa, identificando seus pontos fortes e fracos e mostrando

sua evolução durante os anos. Com as análises das evoluções da empresa é

possível projetar situações que a empresa pode vivenciar num futuro próximo.

As análises da situação financeira e econômica da empresa TIM Participações

S.A. proporcionaram identificar os seus pontos fortes, fracos, ameaças e

oportunidades.

Page 7: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

7

METODOLOGIA

Foi realizada uma pesquisa abrangente, onde a maior fonte de

informações foi conseguida através de sites específicos, além de livros

relacionados ao tema abordado.

Page 8: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

8

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I - Administração Financeira 13

CAPÍTULO II - As demonstrações contábeis 15

CAPÍTULO III – Análise das Demonstrações Financeiras

32

CONCLUSÃO 44

BIBLIOGRAFIA CITADA 46

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 47

ÍNDICE 48

FOLHA DE AVALIAÇÃO 50

Page 9: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

9

INTRODUÇÃO

A análise das demonstrações é um importante instrumento que os

administradores devem utilizar, visando otimizar os resultados e criar novas

situações para a empresa.

As empresas desenvolvem suas atividades financeiras que precisam ser

registradas. Estes registros demonstram a vida da empresa e possibilitam uma

análise completa de sua situação. A administração desses dados é

responsabilidade do administrador financeiro, que coleta-os, estruturando-os e

analisando-os, gerando informações essenciais para o processo de tomada de

decisão.

A importância de saber como são estruturadas as demonstrações

financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro a tomar

decisões que possibilitam grandes retornos financeiros e crescimento à

empresa. Com estes conhecimentos, eles podem ainda identificar e descobrir

a política financeira dos concorrentes, e adotar critérios que poderão superá-

los.O sistema de informação contábil gera as demonstrações financeiras que

serão divulgadas aos usuários interessados. No Brasil, as empresas de capital

aberto, regidas pela lei 6.404/76 são obrigadas a publicar suas demonstrações

financeiras e evidenciar nas notas explicativas, também se faz necessário a

auditoria independente dessas informações prestadas à comunidade.

Muitos são os interessados nessas informações que deverão dar

suporte informativo adequado para sua correta utilização e que sustentarão as

decisões tomadas. Com isso, verificamos a importância da informação como

fator fundamental, para que os fatos evidenciados sejam explicados de forma

clara, segura e confiável.

A análise de balanço surgiu no final do século XIX quando os

banqueiros americanos passaram a solicitá-los às empresas tomadoras de

empréstimos.

Page 10: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

10

Nessa época, os balanços apresentados forneciam dados que eram

examinados apenas superficialmente, sem nenhuma técnica analítica ou

tentativa de medição quantitativa.

No começo do século XX, a literatura contábil mencionava a importância

de comparações de dados das demonstrações financeiras, porém as idéias

eram muito vagas em relação ao que comparar.

Com o passar dos anos, e o sucessivo recebimento de balanços, foi se

desenvolvendo a noção de comparação de diversos itens, sendo a mais

comum a do Ativo Circulante com o Passivo Circulante.

Surgiu na década de 30, dentro da empresa Du Pont, de Nemours nos

Estados Unidos, um modelo de Análise da Rentabilidade da empresa que

decompunha a Taxa de Retorno em Taxas de Margem de Lucro e Giro dos

Negócios, chamado de Análise do ROI (Return on Investment).

No Brasil, a análise de balanço até 1968, era ainda um instrumento

pouco utilizado na prática. Neste ano foi criado o SERASA, empresa que

passou a operar como central de Análise de Balanço de bancos comerciais.

Atualmente, a análise de balanço é o meio mais utilizado pelas

instituições financeiras para consignação de créditos e muito utilizada dentro

das organizações como análise da situação econômico-financeira e apoio à

tomada de decisões.

É através da análise das demonstrações financeiras que podemos

identificar os pontos críticos dentro da organização e apresenta imediatamente

um esboço das prioridades para solucionar problemas.

Saber estruturar os dados coletados e conhecer o significado de cada

um é um conhecimento que todo o administrador financeiro deve ter e para

efetuar uma ótima análise financeira é preciso conhecer bem os indicadores

utilizados e suas finalidades.

Page 11: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

11

Entender como estruturar e analisar as demonstrações contábeis é de

grande importância para a administração do negócio. Estas demonstrações

contábeis mostram uma rápida visão intuitiva da situação da empresa e ainda

são bases para planejar os negócios e elaborar orçamentos internos. Há

quatro demonstrações financeiras básicas: Balanço Patrimonial, Demonstração

do Resultado do Exercício (DRE), Demonstração das Mutações do Patrimônio

Líquido e Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR). A Lei

das Sociedades por Ações (Lei n° 6.404) determina a estrutura básica das

quatro demonstrações financeiras. Essa lei trouxe consideráveis

aperfeiçoamentos contábeis em relação às práticas anteriormente vigentes e

tornou-se um marco na história da Contabilidade no Brasil, apesar de ainda

não incorporar todos os aperfeiçoamentos que seriam possíveis.

Todas as demonstrações citadas acima são de extrema relevância para

o conhecimento do administrador financeiro, porque o diagnóstico de uma

empresa quase sempre começa com uma rigorosa análise de balanços, cuja

finalidade é determinar quais são os pontos críticos e permitir, de imediato,

apresentar um esboço das prioridades para a solução de seus problemas.

Para apresentação das estruturas e análises utilizaremos as

demonstrações financeiras da empresa TIM Participações S.A., empresa do

grupo Telecom Itália.

A TIM Participações S.A. é uma companhia holding, que presta serviços

de telecomunicações em todo o território nacional através de suas subsidiárias,

TIM Celular S.A. e Intelig Telecomunicações LTDA. A Companhia iniciou suas

operações no Brasil em 1998 e se consolidou como uma empresa nacional a

partir de 2002, tornando-se a primeira operadora móvel a ter presença em

todos os estados do Brasil.

É uma empresa controlada pela TIM Brasil Serviços Participações S.A.,

subsidiária do grupo Telecom Itália. Inovação e qualidade são os dois pilares

estratégicos que a TIM compartilha com a sua controladora. Para isso, a

instituição faz investimentos substanciais em rede e TI, além de manter

Page 12: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

12

sinergia com seu grupo controlador, por meio do compartilhamento de

experiências e adoção da política de melhores práticas, sempre garantindo

experiências inovadoras a todos os seus clientes.

Em dezembro de 2009, a empresa concluiu o processo de incorporação

de 100% da Intelig, atuando como provedora de telefonia fixa, longa distância

e transmissão de dados no Brasil. Anunciada em abril do mesmo ano, a

incorporação ampliou a infra-estrutura de rede da Companhia, uma

combinação que permite acelerar o desenvolvimento da rede 3G, otimizar

custos de aluguel de meios, e também melhorar o posicionamento competitivo

no mercado de telefonia.

TIM Participações é uma empresa de capital aberto que possui ações

listadas na Bolsa de Valores de São Paulo e ADRs (American Depositary

Receipts) negociadas na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). A

Companhia também é integrante de um seleto grupo de empresas que

compõem a carteira de ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) da

BM&BOVESPA.

Sob o conceito Mente sem Fronteiras, a TIM reformulou a marca e,

desde então, apresenta um amplo plano de mídia para comunicar suas

inovações tecnológicas e pioneirismo, estando cada vez mais próxima de seus

clientes, como sugere o atual slogan “Você, sem fronteiras”. Para personificar

a idéia de versatilidade e modernidade, as campanhas publicitárias da

empresa são estreladas pelo Blue Man Group já que a TIM reconhece no trio

um exemplo único de comunicação e inovação, que colabora com o

posicionamento da marca.

Page 13: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

13

CAPÍTULO I

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

1.1 - O que são finanças e análise financeira

Finanças é a arte e a ciência da gestão de recursos. O campo de estudo

de instituições financeiras, dos mercados financeiros e do funcionamento dos

sistemas financeiros, tanto dentro de uma nação quanto no mercado

internacional, também é conhecido como finanças.

Ela estuda toda a movimentação de recursos financeiros entre os

agentes econômicos. Estes agentes são os indivíduos e organizações que

obtêm receitas ou adquirem fundos, gastam ou investem. Enfim, finanças

ocupa-se de mercados, instituições e instrumentos que estão envolvidos na

transferência de fundos entre indivíduos, empresas e governos.

Fundamentando-nos em Silva (1999) podemos dizer que a análise

financeira de uma empresa consiste num exame minucioso dos dados

financeiros disponíveis sobre a empresa.

Para que possamos analisar uma empresa no seu aspecto financeiro,

devemos levar em consideração os aspectos internos e externos que

contribuem para a tomada de decisões na empresa.

"Os aspectos internos que devemos levar em consideração são a forma

de organização interna da empresa, sua estrutura a nível gerencial e seus

projetos para a permanência e evolução da organização. Como aspectos

externos, o nível de economia, a política econômica do país e seus clientes,

fornecedores e concorrentes". (SILVA, 1999: 21-22)

Por sua vez, as Demonstrações Financeiras mostram aos seus usuários

as condições financeiras da empresa num determinado período e prestam

Page 14: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

14

grande contribuição na avaliação dos riscos e potencialidades de retorno da

empresa.

Na opinião de Silva (1999: 71), as Demonstrações Financeiras

representam "um canal de comunicação da empresa com diversos usuários

internos e externos. Um relacionamento sério e transparente, com os

investidores, credores, analistas e demais interessados em conhecer a

empresa, é parte do contexto que transcende a esfera contábil e fiscal e atinge

uma dimensão ética.

1.2 - O papel do administrador financeiro

As funções do Administrador Financeiro dentro da empresa podem ser

avaliadas em relação às demonstrações financeiras básicas da empresa. Suas

três funções primordiais são: (1) a análise e planejamento financeiro; (2) a

administração da estrutura de ativo da empresa; e (3) a administração de sua

estrutura financeira.

Os administradores financeiros podem atuar dentro de todos os tipos de

empresas, sejam elas financeiras ou não financeiras, privadas ou públicas,

pequenas ou grandes, com ou sem fins lucrativos. Eles desempenham

diversas atividades como: orçamentos, previsões financeiras, administração do

fluxo de caixa, administração de crédito, análise de investimentos, captação de

recursos financeiros, análise econômica e financeira da organização e outras.

É de extrema importância o papel do administrador financeiro dentro de

uma organização, pois é ele que garantirá o sucesso ou o fracasso do

empreendimento, no que diz respeito à administração dos recursos financeiros.

Todas as atividades empresariais envolvem recursos que são

conduzidos para a obtenção do lucro, neste sentido, as empresas buscam

profissionais muito bem qualificados para analisar, planejar e controlar estes

recursos.

Page 15: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

15

CAPÍTULO II

AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

2.1 – Balanço Patrimonial

Na opinião de Crepaldi (1999) o Balanço Patrimonial é um

demonstrativo contábil que, em dado momento, apresenta de forma sintética e

ordenada, as contas patrimoniais agrupadas de acordo com a natureza dos

bens, direitos ou obrigações que representam e tem por finalidade apresentar

a situação patrimonial em dado momento. Ele reflete, conforme Silva (1999) a

posição financeira em determinado momento, normalmente no fim do ano ou

de um período prefixado. É a demonstração que encerra a seqüência dos

procedimentos contábeis, apresentando de forma ordenada os três elementos

componentes do patrimônio de acordo com Marion (1998: 65): Ativo, Passivo e

Patrimônio Líquido.

A grande importância do balanço reside na visão que ele fornece das

aplicações de recursos feitas pela empresa (Ativos) e quantos desses recursos

são devidos a terceiros (Passivos). Isso evidencia o nível de endividamento, a

liquidez da empresa, a proporção do capital próprio (Patrimônio Líquido) e

outras análises a serem vistas no decorrer deste trabalho.

No Balanço Patrimonial, os elementos do patrimônio serão agrupados

de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da

empresa, portanto as contas do Ativo devem ser apresentadas na ordem

decrescente de liquidez, ou seja, conforme a capacidade do Ativo de ser

convertido em moeda corrente; assim um bem ou direito, quanto mais próximo

estiver de se transformar em dinheiro, maior liquidez possuirá, enquanto que

as contas do passivo devem obedecer à ordem decrescente das exigibilidades.

As contas do balanço classificam-se em vários grupos e subgrupos, cujo

esquema é apresentado logo a seguir:

Page 16: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

16

QUADRO Nº. 01 ATIVO E PASSIVO. Fonte: IUDÍCIBUS, 1998.

Classificação do Ativo:

Ativo Circulante: é aquele que irá se realizar até o final do exercício

social seguinte ao do balanço que está sendo elaborado e é equivalente ao

"capital em giro". O Capital de giro ou Capital Circulante Líquido é a diferença

do Ativo Circulante do Passivo Circulante, conforme a terminologia da DOAR

(Demonstração de origens e aplicações de recursos) dada pela Lei Federal

Brasileira 6.404/76.

Divide-se nos subgrupos:

-Disponível: composto pelas exigibilidades imediatas.

Ex.: Caixa, Bancos Conta Movimento, Aplicações de Liquidez Imediata

etc.

-Realizável a Curto Prazo: alocam os direitos a receber no prazo de até

doze meses.

Ex.: Duplicatas a Receber ou Clientes, Impostos a Recuperar, (-)

Duplicatas Descontadas, (-) Provisão para Devedores Duvidosos. Estas duas

Page 17: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

17

últimas contas representam contas retificadoras da conta duplicatas a receber

ou clientes e são classificadas no ativo, tendo saldos credores, por isso são

demonstradas com o sinal (-) etc.

-Estoques: representam os bens destinados à venda e que variam de

acordo com a atividade da entidade, como produtos acabados, produtos em

processo de fabricação, matérias-primas e mercadorias.

-Despesas Antecipadas: compreende as despesas pagas

antecipadamente que serão consideradas como custos ou despesas no

decorrer do exercício seguinte.

Ex.: Seguros a vencer, Aluguéis a vencer e Encargos a apropriar etc.

Ativo Realizável a Longo Prazo: é qualquer conjunto de bens e direitos

que irão realizar-se em até 360 dias contados do ultimo dia do exercicio social

da data de publicação do balanço a que faz parte. Exemplos clássicos são os

Impostos a Recuperar, os Contratos de Mútuo valor (com os sócios).

Outros exemplos.: Contas a Receber a Longo Prazo, Empréstimos a

Controladas, Depósitos Judiciais, Aluguéis a Receber, Duplicatas a Receber

(+12 meses) etc.

Ativo Permanente: São os bens e direitos não destinados à

transformação direta em meios de pagamento e cuja perspectiva de

permanência na Entidade, ultrapasse um exercício. É constituído pelos

seguintes subgrupos:

-Investimentos: São as participações em sociedades além dos bens e

direitos que não se destinem à manutenção das atividades-fins da Entidade.

Ex.: Imóveis para aluguel, Participações em Coligadas, Participação em

Controladas e Obras de Arte, Provisões para Perdas etc.

-Imobilizados: as contas representativas dos direitos que tenham por

objeto bens destinados à manutenção das atividades da empresa, ou

Page 18: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

18

exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade industrial ou

comercial.

Ex.: Imóveis, Veículos, Instalações, Móveis e Utensílios, Benfeitorias em

Propriedades de Terceiros, Depreciação, Exaustão e Amortização Acumulada,

Marcas e Patentes, Direitos Autorais, Máquinas e Equipamentos etc.

-Diferido: as contas representativas das aplicações de recursos em

despesas que contribuirão para a formação do resultado de exercício(s)

futuro(s).

Ex.: Gastos de Implantação, Gastos Pré-operacionais, Gastos com

Modernização e Reorganização.

Classificação do Passivo:

Passivo Circulante: são as obrigações que normalmente são pagas

dentro de um ano: contas a pagar, dívidas com fornecedores de mercadorias

ou matérias-prima, impostos a recolher (para o governo), empréstimos

bancários com vencimento nos próximos 360 dias, provisões (despesas

incorridas, geradas, ainda não pagas, mas já reconhecidas pela empresa:

imposto de renda, férias, 13° salário etc.).

Ex.: Fornecedores, Salários e Encargos a Pagar, Provisão para Férias,

Empréstimos, Debêntures, Encargos Financeiros a Pagar, Impostos a

Recolher, Provisão para Imposto de Renda etc.

Passivo Exigível a Longo Prazo: são as dívidas de uma empresa que

serão liquidadas ao final do exercício seguinte do exercício corrente. Na

maioria das instituições, considera-se o "exercício", um ano corrido. Em

algumas instituições - como banco por exemplo - um "exercício" é considerado

a cada 06 meses. São exemplos os financiamentos, títulos a pagar, entre

outros. O passivo exigível trata-se das obrigações com terceiros, como

duplicatas a pagar, notas promissórias a pagar, fornecedores, impostos a

recolher, contas a pagar, títulos a pagar, contribuições a recolher e outras, que

Page 19: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

19

terão seu vencimento 360 dias após a data da publicação do balanço de que

fazem parte.

Ex.: Financiamentos e Empréstimos Bancários, Adiantamentos de

Sócios, Adiantamentos de Acionistas, Empréstimos de Coligadas e

Empréstimos de Controladas etc.

Resultado de Exercícios Futuros: são as receitas de exercícios

futuros correspondentes a um acréscimo no ativo da companhia que ocorre

antes de ela cumprir sua obrigação contratual, o que normalmente

corresponde à entrega da coisa vendida, ou à prestação de serviço contratado.

O REF não mais existe sendo agora classificado, dentro do Passivo

Não-Circulante, como Receita Diferida - Art. 299-B, L./6404/96.

Ex.: Receita Antecipada e Custos Atribuídos à Receita Antecipada.

Patrimônio Líquido: representa os valores que os sócios ou acionistas

têm na empresa em um determinado momento. No balanço patrimonial, a

diferença entre o valor dos ativos e dos passivos e resultado de exercícios

futuros representa o PL (Patrimônio Líquido), que é o valor contábil devido pela

pessoa jurídica aos sócios ou acionistas, baseado no Princípio da Entidade.

Divide-se nos subgrupos:

-Capital Social: Representa o investimento efetuado na companhia

pelos seus proprietários e acionistas, que adquiriram os títulos denominados

de ações. Pelas leis brasileiras o valor do capital social é imutável e só sofrerá

alterações quando houver a aprovação de aumentos ou diminuições do

mesmo. Até 1994 o Capital Social podia ser corrigido monetariamente, mas

esse acréscimo era contabilizado em uma conta de reserva de capital, só

passando para a conta do capital social quando aprovado o aumento do capital

por esse quantum.

-Reservas de Capital: Essas reservas em geral constituem-se de saldos

em dinheiro que não podem ser distribuídos aos investidores na forma de

Page 20: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

20

lucros ou dividendos, devendo ser incorporados ao Capital Social ou

compensados com lucros acumulados, quando não houver mais saldo de

Reserva de Lucros disponíveis para esse fim. Não representam receitas ou

ganhos e não transitam pelo Resultado como Receitas. Algumas subvenções e

benefícios fiscais governamentais entregues às empresas para fins de

aquisição de bens de capital são contabilizadas como reservas de capital.

-Reservas de Reavaliação: As reservas de reavaliação devem ser

separadas nas seguintes subcontas:

*Reavaliação de ativos próprios - Nesta subconta estão classificadas as

reavaliações feitas pela empresa de seus próprios bens, pela parcela da nova

avaliação ao preço de mercado que excede o valor líquido contábil anterior dos

bens.

*Reavaliação de ativos de Coligadas e Controladas avaliadas ao método

da equivalência patrimonial - São registradas as contrapartidas relativas aos

débitos feitos na conta de investimento em coligadas e controladas avaliados

pelo Método da Equivalência Patrimonial.

-Reservas de Lucros: São contas de reserva constituídas pela

apropriação de lucros da companhia. Representam lucros reservados e

constituem garantia e segurança adicional para a saúde financeira da

companhia, porque são lucros contabilmente realizados, que ainda não foram

distribuídos aos sócios ou acionistas. Conforme a Lei das Sociedades por

Ações, podemos ter as seguintes Reservas de Lucros:

*Reserva Legal - Estabelecida para dar proteção ao credor. Pode ser

utilizada apenas para compensar prejuízos e incrementar o capital social. É a

única OBRIGATÓRIA.

*Reserva Estatutária - Instituída por determinação do estatuto da

companhia. Sua finalidade e seus critérios devem sem plenamente definidos.

Page 21: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

21

*Reserva para Contingências - É constituída por uma parcela de lucros,

com o intuito de amenizar prováveis perdas que venham prejudicar o resultado

de exercícios futuros.

*Reserva de Retenção de Lucros - A empresa poderá reter parte do LLE

para constituí-la com o objetivo de expandir os negócios, criando filiais ou

investir em novas empresas.

*Reserva de incentivos Fiscais - A empresa poderá constituir RIF

quando do recebimento de doações e subvenções governamentais para

investimentos.

*Reserva de Lucros a Realizar - constitui-se RLR quando o Dividendo

Obrigatório ultrapassar o valor do LLE realizado financeiramente.

-Lucros ou Prejuízos Acumulados: Representa o saldo remanescente

dos prejuízos líquidos das apropriações de lucros e dos dividendos ainda não

distribuídos, não capitalizados, porém já apropriados para constar no

Patrimônio Líquido na data do Balanço. Essa conta representa a interligação

entre o Balanço e a Demonstração do Resultado do Exercício.

Lucros Acumulados não são mais permitidos devido a lei 11.638 de

28/12/2007.

Veja os quadros a seguir dos Balanços Patrimoniais Consolidados dos

últimos três anos da empresa TIM Participações S.A.:

- BALANÇO PATRIMONIAL Código da Conta Descrição da Conta 31/12/2009 31/12/2008 31/12/2007

1 Ativo Total 17.449.734 16.239.468 14.563.986

1.01 Ativo Circulante 6.766.521 5.834.853 5.287.811

1.01.01 Disponibilidades 2.559.177 1.554.591 1.172.665

1.01.01.01 Caixa e equivalentes de caixa 2.413.032 1.531.543 1.117.410

1.01.01.02 Aplicações Financeiras 146.145 23.048 55.255

1.01.02 Créditos 2.480.143 2.635.355 3.029.930

1.01.02.01 Clientes 0 0 0

1.01.02.02 Créditos Diversos 2.480.143 2.635.355 3.029.930

1.01.02.02.01 Contas a receber 2.480.143 2.635.355 3.029.930

1.01.03 Estoques 406.434 548.514 278.126

1.01.04 Outros 1.320.767 1.096.393 807.090

Page 22: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

22

1.01.04.01 Impostos e contribuições a recuperar 906.153 603.353 495.932

1.01.04.02 IR e CS diferidos 32.709 49.451 29.429

1.01.04.03 Despesas antecipadas 238.270 155.825 240.087

1.01.04.04 Operações com derivativos 49.237 260.925 17.661

1.01.04.05 Outros ativos 94.398 26.839 23.981

1.02 Ativo Não Circulante 10.683.213 10.404.615 9.276.175

1.02.01 Ativo Realizável a Longo Prazo 754.718 639.182 354.953

1.02.01.01 Créditos Diversos 459.893 337.738 233.482

1.02.01.01.01 Contas a receber 41.269 0 0

1.02.01.01.02 Impostos e contribuições a recuperar 221.738 226.975 233.482

1.02.01.01.03 IR e CS diferidos 196.886 110.763 0

1.02.01.02 Créditos com Pessoas Ligadas 0 0 0

1.02.01.02.01 Com Coligadas e Equiparadas 0 0 0

1.02.01.02.02 Com Controladas 0 0 0

1.02.01.02.03 Com Outras Pessoas Ligadas 0 0 0

1.02.01.03 Outros 294.825 301.444 121.471

1.02.01.03.01 Depósitos Judiciais 227.521 143.924 102.402

1.02.01.03.02 Aplicações Financeiras 16.567 9.911 3.989

1.02.01.03.03 Despesas antecipadas 9.847 13.693 7.806

1.02.01.03.04 Operações com derivativos 29.027 126.648 0

1.02.01.03.05 Outros ativos 11.863 7.268 7.274

1.02.02 Ativo Permanente 9.928.495 9.765.433 8.921.222

1.02.02.01 Investimentos 0 0 20

1.02.02.01.01 Participações Coligadas/Equiparadas 0 0 0

1.02.02.01.02 Participações em Controladas 0 0 0

1.02.02.01.03 Outros Investimentos 0 0 20

1.02.02.02 Imobilizado 5.323.174 4.799.092 4.839.037

1.02.02.03 Intangível 4.494.342 4.817.312 3.891.910

1.02.02.04 Diferido 110.979 149.029 190.255

Código da Conta

Descrição da Conta 31/12/2009

31/12/2008

31/12/2007

2 Passivo Total 17.449.734 16.239.468 14.563.986

2.01 Passivo Circulante 5.736.889 5.879.640 5.028.261

2.01.01 Empréstimos e Financiamentos 1.417.363 1.482.705 798.625

2.01.02 Debêntures 0 0 0

2.01.03 Fornecedores 3.099.983 3.328.714 3.143.331

2.01.04 Impostos, Taxas e Contribuições 724.105 601.778 570.346

2.01.05 Dividendos a Pagar 224.652 193.365 239.508

2.01.06 Provisões 0 0 0

2.01.07 Dívidas com Pessoas Ligadas 0 0 0

2.01.08 Outros 270.786 273.078 276.451

2.01.08.01 Operações com derivativos 48.122 52.448 15.589

2.01.08.02 Obrigações Trabalhistas 106.811 106.991 110.553

2.01.08.03 Autorizações a pagar 0 0 34.791

2.01.08.04 Outros passivos 115.853 113.639 115.518

2.02 Passivo Não Circulante 3.390.130 2.569.372 1.763.920

2.02.01 Passivo Exigível a Longo Prazo 3.390.130 2.569.372 1.763.920

2.02.01.01 Empréstimos e Financiamentos 2.742.595 2.066.514 1.327.997

2.02.01.02 Debêntures 0 0 0

2.02.01.03 Provisões 215.694 259.795 223.117

2.02.01.03.01 Provisão para contingências 208.167 253.370 215.740

2.02.01.03.02 Passivo Atuarial 7.527 6.425 7.377

Page 23: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

23

2.02.01.04 Dívidas com Pessoas Ligadas 0 0 0

2.02.01.05 Adiantamento para Futuro Aumento Capital 0 0 0

2.02.01.06 Outros 431.841 243.063 212.806

2.02.01.06.01 Operações com derivativos 113.200 10.814 0

2.02.01.06.02 Autorizações a pagar 0 0 0

2.02.01.06.03 Obrigações decorrentes de descont ativos 237.094 211.802 192.137

2.02.01.06.04 Impostos, Taxas e Contribuições 29.141 0 0

2.02.01.06.05 Outros passivos 52.406 20.447 20.669

2.03 Resultados de Exercícios Futuros 0 0 0

2.04 Part. de Acionistas Não Controladores 0 0 0

2.05 Patrimônio Líquido 8.322.715 7.790.456 7.771.805

2.05.01 Capital Social Realizado 8.149.096 7.613.610 7.550.525

2.05.02 Reservas de Capital 15.569 34.330 97.415

2.05.03 Reservas de Reavaliação 0 0 0

2.05.03.01 Ativos Próprios 0 0 0

2.05.03.02 Controladas/Coligadas e Equiparadas 0 0 0

2.05.04 Reservas de Lucro 158.050 142.516 123.865

2.05.04.01 Legal 122.298 111.554 102.546

2.05.04.02 Estatutária 0 0 0

2.05.04.03 Para Contingências 0 0 0

2.05.04.04 De Lucros a Realizar 0 0 0

2.05.04.05 Retenção de Lucros 35.752 30.962 21.319

2.05.04.06 Especial p/ Dividendos Não Distribuídos 0 0 0

2.05.04.07 Outras Reservas de Lucro 0 0 0

2.05.05 Ajustes de Avaliação Patrimonial 0 0 0

2.05.05.01 Ajustes de Títulos e Valores Mobiliários 0 0 0

2.05.05.02 Ajustes Acumulados de Conversão 0 0 0

2.05.05.03 Ajustes de Combinação de Negócios 0 0 0

2.05.06 Lucros/Prejuízos Acumulados 0 0 0

2.05.07 Adiantamento para Futuro Aumento Capital 0 0 0

QUADRO Nº. 02 BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO TIM PARTICIPAÇÕES S.A. Fonte: BM&FBOVESPA

2.2 – Demonstração de Resultado do Exercício (DRE)

A demonstração do resultado do exercício (DRE) é uma demonstração

contábil dinâmica que se destina a evidenciar a formação do resultado líquido

em um exercício, através do confronto das receitas, custos e despesas,

apuradas segundo o princípio contábil do regime de competência.

A demonstração do resultado do exercício oferece uma síntese

financeira dos resultados operacionais e não operacionais de uma empresa em

certo período. Embora sejam elaboradas anualmente para fins legais de

divulgação, em geral são feitas mensalmente para fins administrativos e

trimestralmente para fins fiscais.

Page 24: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

24

De acordo com a legislação brasileira (Lei nº 6.404, de 15-12-1976, Lei

da Sociedade por Ações), as empresas deverão discriminar na Demonstração

do Resultado do Exercício:

-A receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os

abatimentos e os impostos;

-A receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e

serviços vendidos e o lucro bruto;

-As despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das

receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas

operacionais;

-O lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não

operacionais;

-O resultado do exercício antes do Imposto de Renda e a provisão para

tal imposto;

-As participações de debêntures, empregados, administradores e partes

beneficiárias, e as contribuições para instituições ou fundos de assistência ou

previdência de empregados;

-O lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do

Capital Social.

Veja os quadros a seguir das Demonstrações de Resultados

Consolidadas dos Exercícios dos últimos três anos da empresa TIM

Participações S.A.:

- DRE

Código da Conta

Descrição da Conta 01/01/2009 a 31/12/2009

01/01/2008 a 31/12/2008

01/01/2007 a 31/12/2007

3.01 Receita Bruta de Vendas e/ou Serviços 18.156.662 18.320.931 17.258.385

3.02 Deduções da Receita Bruta -5.050.727 -5.173.756 -4.774.606

3.03 Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 13.105.935 13.147.175 12.483.779

3.04 Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos -6.723.182 -7.063.797 -6.731.858

Page 25: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

25

3.05 Resultado Bruto 6.382.753 6.083.378 5.751.921

3.06 Despesas/Receitas Operacionais -6.162.344 -5.967.480 -5.516.782

3.06.01 Com Vendas -4.449.972 -4.098.389 -3.890.925

3.06.02 Gerais e Administrativas -1.070.536 -1.127.426 -1.032.793

3.06.03 Financeiras -256.616 -374.975 -281.499

3.06.03.01 Receitas Financeiras 834.127 1.164.662 321.597

3.06.03.02 Despesas Financeiras -1.090.743 -1.539.637 -603.096

3.06.04 Outras Receitas Operacionais 82.700 84.258 43.293

3.06.05 Outras Despesas Operacionais -467.920 -450.948 -354.858

3.06.06 Resultado da Equivalência Patrimonial 0 0 0

3.07 Resultado Operacional 220.409 115.898 235.139

3.08 Resultado Não Operacional 0 0 0

3.08.01 Receitas 0 0 0

3.08.02 Despesas 0 0 0

3.09 Resultado Antes Tributação/Participações 220.409 115.898 235.139

3.10 Provisão para IR e Contribuição Social -74.897 -95.960 -166.837

3.11 IR Diferido 69.381 160.214 0

3.12 Participações/Contribuições Estatutárias 0 0 0

3.12.01 Participações 0 0 0

3.12.02 Contribuições 0 0 0

3.13 Reversão dos Juros sobre Capital Próprio 0 0 0

3.14 Part. de Acionistas Não Controladores 0 0 0

3.15 Lucro/Prejuízo do Período 214.893 180.152 68.302 QUADRO Nº. 03 DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) CONSOLIDADAS- TIM

PARTICIPAÇÕES S.A. Fonte: BM&FBOVESPA

A Contabilidade, com os dois relatórios, o Balanço Patrimonial e a

Demonstração do Resultado do Exercício, um completando o outro, atinge a

finalidade de mostrar a situação patrimonial e econômico-financeira de

empresa.

Com os dois relatórios, qualquer pessoa interessada nos negócios da

empresa tem condições de obter informações, fazer análises, estimar

variações, tirar conclusões de ordem patrimonial e econômico-financeira, traçar

novos rumos para futuras transações e, para tanto, é só praticar adequada

técnica de análise de índices financeiros que veremos no decorrer deste

trabalho.

2.3 – Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos

(DOAR)

A DOAR é um instrumento valioso para o analista. Mostra a

movimentação dos recursos em termos de Variação do Capital Circulante

Page 26: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

26

Líquido, detalhando as diversas fontes e aplicações de recursos que o

afetaram. Esta demonstração vem sendo substituída pela Demonstração do

Fluxo de Caixa, que melhor se adapta ao objetivo de transparência e

detalhamento dessas modificações.

Por meio dessa demonstração o analista pode saber se a empresa

gerou recursos em suas operações, se imobilizou recursos no período, se

obteve novas fontes de financiamento de longo prazo e se os acionistas

fizeram novos aportes de capital.

Até 31.12.2007, a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos

(DOAR) era obrigatória para as companhias abertas e para as companhias

fechadas com patrimônio líquido, na data do balanço patrimonial, superior a R$

1.000.000,00 (limite este atualizado pela Lei nº 9.457/97). A DOAR indica as

modificações na posição financeira da companhia.

Os financiamentos estão representados pelas origens de recursos, e os

investimentos pelas aplicações de recursos, sendo que o significado de

recursos aqui não é simplesmente o de dinheiro ou de disponibilidades, pois

abrange um conceito mais amplo; representa capital de giro líquido que, na

denominação dada pela lei, é Capital Circulante Líquido.

A DOAR indicará as modificações na posição financeira da companhia,

discriminando:

1 - as origens dos recursos, agrupadas em:

a) lucro do exercício, acrescido de depreciação, amortização ou

exaustão e ajustado pela variação nos resultados de exercícios futuros;

b) realização do capital social e contribuições para reservas de capital;

c) recursos de terceiros, originários do aumento do passivo exigível a

longo prazo, da redução do ativo realizável a longo prazo e da alienação de

investimentos e direitos do ativo imobilizado;

Page 27: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

27

2 - as aplicações de recursos agrupadas em:

a) dividendos distribuídos;

b) aquisição de direitos do ativo imobilizado;

c) aumento do ativo realizável a longo prazo, dos investimentos e do

ativo diferido;

d) redução do passivo exigível a longo prazo;

3 - o excesso ou insuficiência das origens de recursos em relação às

aplicações, representando aumento ou redução do capital circulante líquido;

4 - os saldos no início e no fim do exercício, do ativo e passivo

circulantes, o montante do capital circulante líquido e o seu aumento ou

redução durante o exercício.

A partir de 01.01.2008, a DOAR foi extinta, por força da Lei

11.638/2007, sendo obrigatória para apresentação das demonstrações

contábeis encerradas somente até 31.12.2007.

2.4 – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

As demonstrações das mutações do patrimônio líquido têm por

finalidade apresentar as alterações que ocorreram em determinado exercício

no patrimônio líquido da empresa, entre as principais alterações podemos

destacar a destinação dos resultados do período, integralização do capital e o

aumento ou a diminuição das reservas da empresa. Sua elaboração é

facultativa e, de acordo com o artigo 186, parágrafo 2º, da Lei das S/A, as

Demonstrações de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) poderá ser

incluída nesta demonstração. É uma demonstração contábil, destinada a

evidenciar, num determinado período, a movimentação das contas que

integram o patrimônio da Entidade.

A demonstração das mutações do patrimônio líquido discriminará:

Page 28: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

28

a) os saldos no início do período;

b) os ajustes de exercícios anteriores;

c) as reversões e transferências de reservas e lucros;

d) os aumentos de capital discriminando sua natureza;

e) a redução de capital;

f) as destinações do lucro líquido do período;

g) as reavaliações de ativos e sua realização, líquida do efeito dos

impostos correspondentes;

h) o resultado líquido do período;

i) as compensações de prejuízos;

j) os lucros distribuídos;

l) os saldos no final do período.

Veja os quadros a seguir das Demonstrações das Mutações do

Patrimônio Líquido da empresa TIM Participações S.A.:

- MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIMO LÍQUIDO

2007

Código da Conta

Descrição da Conta Capital Social

Reservas de

Capital

Reservas de Lucro

Lucros/Prejuí

zo Acumulados

Total do Patrimônio

Líquido

5.01 Saldo Inicial 7.512.710 135.230 262.405 0 7.910.345

5.02 Ajustes de Exercícios Anteriores 0 0 0 0 0

5.03 Saldo Ajustado 7.512.710 135.230 262.405 0 7.910.345

5.04 Lucro / Prejuízo do Período 0 0 0 68.302 68.302

5.05 Destinações 0 0 -3.988 -68.302 -72.290

5.05.01 Dividendos 0 0 0 -72.290 -72.290

5.05.02 Juros sobre Capital Próprio 0 0 0 0 0

5.05.03 Outras Destinações 0 0 -3.988 3.988 0 5.05.03.01 Reserva Legal 0 0 3.805 -3.805 0 5.05.03.02

Absorção de prejuízo reserva de expansão 0 0 -7.793 7.793 0

Page 29: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

29

5.06 Realização de Reservas de Lucros 0 0 -139.697 0 -139.697

5.06.01 Dividendos propostos utilização reserva 0 0 -139.697 0 -139.697

5.07 Ajustes de Avaliação Patrimonial 0 0 0 0 0

5.07.01 Ajustes de Títulos e Valores Mobiliários 0 0 0 0 0

5.07.02 Ajustes Acumulados de Conversão 0 0 0 0 0

5.07.03 Ajustes de Combinação de Negócios 0 0 0 0 0

5.08 Aumento/Redução do Capital Social 37.815 -37.815 0 0 0

5.08.01 Aumento de Capital transferência reserva 37.815 -37.815 0 0 0

5.09 Constituição/Realização Reservas Capital 0 0 0 0 0

5.10 Ações em Tesouraria 0 0 0 0 0

5.11 Outras Transações de Capital 0 0 0 0 0

5.12 Outros 0 0 5.145 0 5.145

5.12.01 Dividendos e JSCP prescritos lançados PL 0 0 5.145 0 5.145

5.13 Saldo Final 7.550.525 97.415 123.865 0 7.771.805

2008

Código da Conta

Descrição da Conta Capital Social

Reservas de

Capital

Reservas de Lucro

Lucros/Prejuíz

o Acumulados

Total do Patrimônio

Líquido

5.01 Saldo Inicial 7.550.525 97.415 123.865 0 7.771.805

5.02 Ajustes de Exercícios Anteriores 0 0 0 0 0

5.03 Saldo Ajustado 7.550.525 97.415 123.865 0 7.771.805

5.04 Lucro / Prejuízo do Período 0 0 0 180.152 180.152

5.05 Destinações 0 0 9.008 -

180.152 -171.144

5.05.01 Dividendos 0 0 0 -

171.144 -171.144

5.05.02 Juros sobre Capital Próprio 0 0 0 0 0

5.05.03 Outras Destinações 0 0 9.008 -9.008 0 5.05.03.01 Reserva Legal 0 0 9.008 -9.008 0

5.06 Realização de Reservas de Lucros 0 0 0 0 0

5.07 Ajustes de Avaliação Patrimonial 0 0 0 0 0

5.07.01 Ajustes de Títulos e Valores Mobiliários 0 0 0 0 0

5.07.02 Ajustes Acumulados de Conversão 0 0 0 0 0

5.07.03 Ajustes de Combinação de Negócios 0 0 0 0 0

5.08 Aumento/Redução do Capital Social 63.085 -63.085 0 0 0

5.08.01 Aumento Capital transf reserva 63.085 -63.085 0 0 0

5.09 Constituição/Realização Reservas Capital 0 0 0 0 0

5.10 Ações em Tesouraria 0 0 0 0 0

5.11 Outras Transações de Capital 0 0 0 0 0

5.12 Outros 0 0 9.643 0 9.643

5.12.01 Dividendos e JSCP lançados no PL 0 0 9.643 0 9.643

5.13 Saldo Final 7.613.610 34.330 142.516 0 7.790.456

2009

Page 30: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

30

Código da Conta

Descrição da Conta Capital Social

Reservas de

Capital

Reservas de Lucro

Lucros/Prejuíz

o Acumulados

Total do Patrimônio

Líquido

5.01 Saldo Inicial 7.613.610 34.330 142.516 0 7.790.456

5.02 Ajustes de Exercícios Anteriores 0 0 0 0 0

5.03 Saldo Ajustado 7.613.610 34.330 142.516 0 7.790.456

5.04 Lucro / Prejuízo do Período 0 0 0 214.893 214.893

5.05 Destinações 0 0 10.744 -

214.893 -204.149

5.05.01 Dividendos 0 0 0 -

204.149 -204.149

5.05.02 Juros sobre Capital Próprio 0 0 0 0 0

5.05.03 Outras Destinações 0 0 10.744 -10.744 0 5.05.03.01 Reserva Legal 0 0 10.744 -10.744 0

5.06 Realização de Reservas de Lucros 0 0 0 0 0

5.07 Ajustes de Avaliação Patrimonial 0 0 0 0 0

5.07.01 Ajustes de Títulos e Valores Mobiliários 0 0 0 0 0

5.07.02 Ajustes Acumulados de Conversão 0 0 0 0 0

5.07.03 Ajustes de Combinação de Negócios 0 0 0 0 0

5.08 Aumento/Redução do Capital Social 535.486 -18.761 0 0 516.725

5.08.01 Aumento Capital transf reserva 18.761 -18.761 0 0 0

5.08.02 Aumento Capital incorporação HOLDCO 516.725 0 0 0 516.725

5.09 Constituição/Realização Reservas Capital 0 0 0 0 0

5.10 Ações em Tesouraria 0 0 0 0 0

5.11 Outras Transações de Capital 0 0 0 0 0

5.12 Outros 0 0 4.790 0 4.790

5.12.01 Dividendos e JSCP lançados no PL 0 0 4.790 0 4.790

5.13 Saldo Final 8.149.096 15.569 158.050 0 8.322.715

2.5 – Notas Explicativas

As demonstrações financeiras devem ser complementadas com Notas

Explicativas, que em muitos casos exigem quadros demonstrativos auxiliares

para melhor esclarecer aos interessados pelo Balanço da empresa.

As Notas Explicativas são elaboradas para destacar e interpretar

detalhes importantes, informações adicionais sobre fatos passados, presentes

e futuros, significativos nos negócios, e resultados da empresa, enfim,

explicam as demonstrações para terceiros e procuram garantir transparência

aos itens que possam necessitar de maior detalhamento, entre os quais são

mencionados os seguintes:

Page 31: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

31

• Os critérios de avaliação dos elementos patrimoniais

(ativos e passivos) e os efeitos, positivos e negativos, da mudança

de critério de avaliação;

• As participações relevantes em controladas e coligadas,

especificando a participação, valor, avaliação etc.;

• As reavaliações facultativas efetuadas, especificando o

ativo, os efeitos líquidos da reavaliação etc.;

• As obrigações contraídas com a garantia de ativos,

especificando-as pela espécie de obrigação, garantia, valor,

amortização, juros, vencimento e outras cláusulas importantes etc.;

• Financiamentos e empréstimos a longo prazo,

especificando-os por espécie e indicando valores, garantias, juros,

outras obrigações contratuais significativas etc.;

• A composição do Capital Social, especificando classe,

espécie e número de ações, participação de acionistas residentes

no país e no exterior etc.;

• Os efeitos, positivos e negativos, da constatação de erros

cometidos em exercícios anteriores, devidamente especificados;

• Fatos significativos que influenciaram ou influenciarão

negócios e resultados;

• Enfim, qualquer informação importante sobre as

demonstrações e a situação patrimonial econômico-financeira que

deva ser oferecida às pessoas interessadas na empresa.

Page 32: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

32

CAPÍTULO III

ANÁLISES DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

3.1 – Conceito

"A análise das demonstrações financeiras visa o estudo do desempenho

econômico-financeiro de uma empresa em determinado período passado, para

diagnosticar, em conseqüência, sua posição atual e produzir resultados que

sirvam de base para a previsão de tendências futuras. O que se pretende

avaliar na realidade são os reflexos que as decisões tomadas por uma

empresa determinam sobre sua liquidez, estrutura patrimonial e rentabilidade".

(ASSAF, 2003: 97).

A técnica mais empregada na análise de empresas baseia-se, segundo

Assaf (2003) na apuração dos índices econômicos-financeiros, que são

extraídos basicamente das demonstrações financeiras levantadas pelas

empresas.

As demonstrações financeiras fornecem uma série de dados sobre a

empresa, e o administrador financeiro precisa analisar estes dados para que

possam ser transformados em informações que proporcionarão uma visão

clara do desempenho e perspectivas da empresa, identificando seus pontos

fortes e fracos e possibilitando tomar decisões que intensifiquem estes pontos

fortes e minimizem os pontos fracos.

A análise de balanços é dividida em três subgrupos: Análise Vertical

(AV), Análise Horizontal (AH) e Análise de Indicadores Financeiros e

Econômicos.

3.2 – Análise Vertical

Processo comparativo onde se extrai relacionamentos percentuais entre

itens pertencentes a uma mesma demonstração financeira de um ano. A

Page 33: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

33

finalidade é dar uma idéia da representatividade de um item ou subgrupo de

uma demonstração financeira relativamente a um determinado total ou subtotal

tomado como base.

A Análise Vertical (AV) é também chamada de estrutura ou composição

ou percentual. É uma técnica de suma importância para avaliar a estrutura de

composição de itens do balanço e sua evolução no tempo. Consiste em

estabelecer a participação (em %) de cada item em relação ao total de seu

grupo ou, na maioria das vezes, pelo total geral.

O coeficiente ou a porcentagem é à medida que indica a proporção de

cada componente em relação ao todo.

Calculando-se a participação de cada componente do Ativo ou Passivo

e Patrimônio Líquido em relação ao total do Ativo ou total do Passivo, o mesmo

é feito para os elementos da Demonstração dos Resultados do Exercício em

relação à Receita Operacional Líquida da empresa, expressando a

participação em porcentagem.

Neste sentido, o objetivo da Análise Vertical (AV) é avaliar, em termos

relativos, as partes que compõem o todo e compará-las no caso de análise de

dois ou mais períodos sociais.

No link www.bussoladoinvestidor.com.br está demonstrada a Análise

Vertical dos Balanços e das Demonstrações dos Resultados do Exercício dos

últimos três anos da empresa TIM Participações S.A. (Obs.: Devido a

configuração do site não foi possível inserir as demonstrações neste

documento).

3.3 – Análise Horizontal

A Análise Horizontal (AH) também conhecida como análise de evolução,

permite observar as oscilações dos valores expressados pelos componentes

patrimoniais ou de resultados através do confronto de uma série histórica de

Page 34: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

34

períodos. Ela identifica as evoluções e tendências de cada conta das

demonstrações.

Ao desenvolver esta análise é adotado um período base, na maioria dos

casos considera-se o primeiro exercício, e são estabelecidas evoluções dos

demais exercícios comparativamente com o período base. Estas evoluções

são apresentadas em porcentagem.

Com a utilização desta análise, o administrador financeiro terá uma

visão detalhada de cada item dos demonstrativos contábeis no decorrer do

tempo e poderá visualizar tendências futuras tendo condições de corrigir

eventuais desvios dos objetivos propostos.

No link www.bussoladoinvestidor.com.br está demonstrada a Análise

Horizontal dos Balanços e das Demonstrações dos Resultados do Exercício

dos últimos três anos da empresa TIM Participações S.A. (Obs.: Devido a

configuração do site não foi possível inserir as demonstrações neste

documento).

3.4 – Análise dos indicadores financeiros e econômicos

A análise dos indicadores financeiros e econômicos propicia ao

administrador financeiro informações adicionais de grande importância,

possibilitando a ele gerenciar a execução orçamentária, financeira e

patrimonial, além de fornecer resultados com significativa margem de

segurança.

Os indicadores têm como função medir o desempenho da empresa no

que se refere a sua liquidez, o seu ciclo operacional, ao seu grau de

endividamento, sua rentabilidade e atividade. O cálculo é feito com base nas

informações financeiras apresentadas no Balanço Patrimonial e na

Demonstração do Resultado do Exercício da empresa.

Podemos subdividir a análise das demonstrações financeiras em análise

da situação financeira (Liquidez e Estrutura) e análise da situação econômica

Page 35: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

35

(Rentabilidade e Atividade). Inicialmente são desenvolvidas separadamente, e

no momento seguinte, juntam-se as conclusões dessas duas análises.

3.4.1 - Índice de liquidez corrente (ILC)

Assaf (2003) comenta que este índice refere-se à relação existente

entre o ativo circulante e o passivo circulante. Indica quanto a empresa possui

em Bens e Direitos realizáveis no curto prazo comparando com suas

Obrigações a serem pagas no mesmo período. É obtido através do seguinte

cálculo:

Onde:

ILC: Índice de Liquidez Corrente;

AC: Ativo Circulante;

PC: Passivo Circulante.

3.4.2 - Índice de liquidez seca (ILS)

Também chamada de ácida, é a capacidade financeira da empresa em

honrar suas dívidas em curtíssimo prazo (Passivo Circulante), valendo-se de

seus ativos mais líquidos. Os estoques são excluídos por representarem bens

que não têm data definida de realização financeira, pois se trata dos ativos de

menor liquidez, que ainda necessitam ser processados (manufaturados) e

vendidos, havendo o risco de que o ciclo operacional não seja completado por

alguma razão. É obtido, segundo Assaf (2003), através do seguinte cálculo:

Onde:

Page 36: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

36

ILS: Índice de Liquidez Seca;

AC: Ativo Circulante;

E: Estoques;

PC: Passivo Circulante

3.4.3 - Índice de liquidez geral (ILG)

Também denominada de total, é a capacidade financeira da empresa de

pagar todas suas dívidas de curto e longo prazo. Este indicador financeiro,

conforme afirma Assaf (2003), retrata a saúde financeira a longo prazo da

empresa. Indica quanto a empresa possui em Bens e Direitos realizáveis a

curto prazo e longo prazo comparando com suas Obrigações a serem pagas

no mesmo período. É obtido através do seguinte cálculo:

Onde:

ILG: Índice de Liquidez Geral;

AC: Ativo Circulante;

RLP: Realizável a Longo Prazo;

PC: Passivo Circulante;

ELP: Exigível a Longo Prazo.

Abaixo os resultados dos índices calculados no sistema de análise

financeira ANABAL (Gustavo Gomes Matarazzo) a partir dos demonstrativos

financeiros da TIM Participações S.A já apresentados neste trabalho:

Page 37: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

37

31/12/07 31/12/08 31/12/09

LIQUIDEZ

(2) Geral 0,83 (SATISF.) 0,77

(SATISF.) 0,82

(SATISF.)

(2) Corrente 1,05 (SATISF.) 0,99

(SATISF.) 1,18

(SATISF.)

(2) Seca 0,84 (BOM) 0,71

(SATISF.) 0,88

(SATISF.) INTERPRETAÇÃO (1): Quanto menor, melhor (2): Quanto maior, melhor

3.4.4 – Indicadores de Endividamento

Para administrar o capital de giro da empresa, é necessário prestar

atenção ao seu endividamento de curto e de longo prazo, pois a empresa

pode ter boa situação financeira, hoje, mas estar comprometida no futuro por

altos empréstimos de longo prazo.

Os Indicadores de Endividamento, conforme fundamentado em Assaf

(2003), medem a capacidade da empresa de saldar as obrigações a longo

prazo. As políticas operacionais e a capacidade de geração de lucro da

empresa também afetam esta família de indicadores, que medem os níveis de

imobilização de recursos próprios, relacionam a composição de Capital e

buscam diversas relações na estrutura e na qualidade da dívida da empresa.

São compostos pelos Índices de Endividamento Geral, Capital de Terceiros

em Relação ao Capital Próprio, Cobertura de Despesas Financeiras e de

Cobertura de Disponibilidades.

- Índice de Capital de Terceiros sobre Recursos Totais

Hoji (2003) comenta que este indicador demonstra a quantidade de

capital de terceiros utilizados pela empresa em relação ao total aplicado em

Page 38: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

38

Bens e Direitos no Ativo. É calculado de acordo com a fórmula abaixo:

Onde:

CTRT: Capital de Terceiros sobre os Recursos Totais

PC: Passivo Circulante

ELP: Exigível a Longo Prazo

PT: Passivo Total

- Índice de Capital de Terceiros em Relação ao Capital Próprio

Outra análise interessante é quando comparamos o Capital de

Terceiros com o Capital Próprio. Assaf (2003) comenta que esta relação é

medida quando somamos o Passivo Circulante e o Exigível a Longo Prazo e

dividimos este valor pelo Patrimônio Líquido. Utilizamos para obtermos este

cálculo a seguinte fórmula:

Onde:

RCTCP: Relação Capital Terceiros e Capital Próprio

PC: Passivo Circulante

ELP: Exigível a Longo Prazo

PL: Patrimônio Líquido

Page 39: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

39

- Índice de Cobertura de Despesas Financeiras

Analisamos, conforme Silva (1999), a posição da empresa em relação

à cobertura das obrigações com as Despesas Financeiras através deste

indicador, onde este nos mostra se a empresa utiliza demasiadamente

recursos de terceiros através de empréstimos, gerando com isso

consideráveis aumentos das Despesas Financeiras pela obrigação do

pagamento de juros dos empréstimos e ou financiamentos contraídos. Para

calcularmos as condições que a empresa possui para saldar esta modalidade

de Despesas utilizamos o cálculo a seguir:

Onde:

ICDF: Índice de Cobertura de Despesas Financeiras

LAJI: Lucro Antes dos Juros e Impostos

DF: Despesas Financeiras

-Índice de composição do Endividamento

Indica, segundo Silva (1999), quanto da dívida total da empresa deverá

ser paga no curto prazo, comparada com as obrigações totais. É calculado

através da seguinte fórmula:

Onde:

Page 40: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

40

ICE: Índice de Composição do Endividamento

PC: Passivo Circulante

ELP: Exigível a Longo Prazo

Abaixo os resultados dos índices calculados no sistema de análise

financeira ANABAL (Gustavo Gomes Matarazzo) a partir dos demonstrativos

financeiros da TIM Participações S.A já apresentados neste trabalho:

31/12/07 31/12/08 31/12/09

ESTRUTURA DE CAPITAL

(1) Endividamento 87% (FRACO) 108% (PÉSSIMO) 110%

(PÉSSIMO)

(1) Composição do Endividamento 74%

(RAZOÁVE

L) 70%

(RAZOÁVE

L) 63%

(RAZOÁ

VEL)

(1) Imobilização do Patrimônio Líquido 115% (DEFIC.) 125% (DEFIC.) 119% (DEFIC.)

(1)Imobilização dos Recursos Não Correntes 94% (SATISF.) 94%

(RAZOÁVE

L) 85%

(SATISF.

)

INTERPRETAÇÃO

(1): Quanto menor, melhor

(2): Quanto maior, melhor

3.4.5 – Indicadores de Rentabilidade

Estes indicadores visam, segundo Assaf (2003), avaliar os resultados

auferidos por uma empresa em relação as determinados parâmetros que

melhor revelem suas dimensões. Eles mostram o grau de sucesso econômico

da empresa. Associam as receitas, lucro líquido, ativo total, e patrimônio

líquido.

Os índices de rentabilidade avaliam os resultados auferidos pela

empresa, ou seja, mostram qual a rentabilidade dos capitais investidos, isto é,

quanto rendeu os investimentos e, portanto, qual o grau de êxito econômico

Page 41: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

41

da empresa.

Este grupo é composto pelos Índices de Margem de Lucro,

Rentabilidade do Ativo e Retorno do Patrimônio Líquido.

-Índice de Margem de Lucro

Este indicador analisa, segundo Assaf (2003), a relação do Lucro

Líquido com a Receita Operacional Líquida. As empresas dão muita atenção

às suas Margens de Lucro onde a maioria delas utiliza estes dados nos

projetos orçamentários dos períodos seguintes. Obtemos este resultado

através do seguinte cálculo:

Onde:

IML: Índice de Margem de Lucro

LL: Lucro Líquido

ROL: Receita Operacional Líquida

-Índice de Rentabilidade do Ativo

Indica, conforme as afirmações de Matarazzo (1998), a lucratividade

que a empresa propicia em relação aos investimentos totais. É uma medida

de potencial de geração de lucro da empresa. Este conceito é muito utilizado

na área de finanças onde o lucro é caracterizado como uma espécie de

prêmio pelo risco do investimento na empresa. Podemos obter este resultado

através do seguinte cálculo:

Page 42: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

42

Onde:

RSA: Retorno Sobre o Ativo

LL: Lucro Líquido

AT: Ativo Total

-Índice de Retorno do Patrimônio Líquido

Este indicador segundo Matarazzo (1998) é uma medida de

desempenho do investimento dos acionistas durante o ano. Como a empresa

deve beneficiar os acionistas, o RSPL (Retorno Sobre o Patrimônio Líquido) é,

num sentido contábil, a verdadeira medida de desempenho em termos de

lucro, podendo ser comparada com os investimentos oferecidos pelo mercado

financeiro.

Onde:

RSPL: Retorno Sobre o Patrimônio Líquido

LL: Lucro Líquido

PL: Patrimônio Líquido

Abaixo os resultados dos índices calculados no sistema de análise

financeira ANABAL (Gustavo Gomes Matarazzo) a partir dos demonstrativos

financeiros da TIM Participações S.A já apresentados neste trabalho:

Page 43: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

43

31/12/07 31/12/08 31/12/09

RENTABILIDADE

(2)Giro do Ativo 0,88 (ÓTIMO) 0,84 (ÓTIMO) 0,79 (BOM)

(2)Margem Líquida 1% (FRACO) 1% (SATISF.) 2% (BOM)

(2)Rentabilidade do Ativo 0% (SATISF.) 1% (SATISF.) 1%

(SATISF.

)

(2)Rentabilidade do PL 2% (SATISF.) 2% (SATISF.) 3%

(SATISF.

)

INTERPRETAÇÃO

(1): Quanto menor, melhor

(2): Quanto maior, melhor

Analisando os três grupos de índices em questão (Liquidez, Estrutura

de Capital e Rentabilidade), podemos observar que a Companhia sofre com a

dependência de recursos externos, apresentando um aumento no

endividamento a longo prazo, ou seja, constantes financiamentos são

contraídos para a expansão do negócio. Mesmo assim, sua capacidade de

liquidez dessas dívidas é satisfatória, o que demonstra os índices desse

grupo. Com relação à situação econômica, podemos afirmar que a

Companhia vem apresentando um bom crescimento. Seu perfil agressivo com

a oferta de novos produtos e serviços, investimento em tecnologias e

campanhas publicitárias e a incorporação da Intelig, têm apresentados efeitos

positivos diante do atual mercado competitivo.

Page 44: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

44

CONCLUSÃO

Na pesquisa desenvolvida, ficou evidenciada a importância das

Demonstrações Financeiras para acompanhar o andamento das atividades das

empresas em geral. Como principais finalidades das Demonstrações

Financeiras têm-se a de levar ao conhecimento dos sócios, acionistas,

credores, investidores e os interessados em geral a situação patrimonial,

situação econômica (resultados ou rentabilidade do negócio) e a situação

financeira (liquidez, solvência, endividamento) da companhia em questão.

A Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades Anônimas) tornou obrigatória a

divulgação das Demonstrações Financeiras, para as Companhias Abertas, ou

seja, aquelas que tem ações negociadas na bolsa de valores. A referida Lei

também dispôs sobre a atuação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários),

tudo visando proteger os acionistas em geral. Embora, aparente-se a

necessidade de somente as S/As ou Cias. (Companhias) cumprir tal

divulgação, na prática a referida Lei (6.404/76) também é aplicável às demais

sociedades, também em relação as Sociedades por Quotas de

Responsabilidade Limitada (Ltda.), pois essas sociedades (as limitadas) muitas

vezes para obtenção de créditos ou financiamentos e estudos de viabilidade

econômica são solicitadas, pelos Bancos, órgãos do governo ou investidores à

apresentar suas Demonstrações Financeiras nos moldes exigidos pela Lei das

S/As.

Portanto, a importância das Demonstrações Financeiras está

intimamente ligada à sua divulgação junto aos sócios, acionistas, investidores,

credores e interessados em geral para se ter o devido conhecimento da

situação em que se encontra uma determinada sociedade e os riscos que essa

possa oferecer, bem como transmitir de forma clara e objetiva as informações

demonstradas nesses relatórios para o completo esclarecimento e

entendimento, facilitando com isso a tomada de decisão, principalmente se

estas informações tão úteis estiverem disponibilizadas em um meio de

comunicação de fácil e rápido acesso, como a Web. Aos contabilistas em

Page 45: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

45

geral, cabe a responsabilidade de elaborar demonstrações financeiras

fidedignas, ou seja, que expressem a verdadeira situação da empresa seja

quanto aos seus lucros, sua situação financeira e situação patrimonial. A

análise das Demonstrações Financeiras não pode ser tida como a solução dos

problemas empresariais, haja vista, que no seu desenvolvimento a seleção de

indicadores adotados poderá demonstrar mais problemas do que soluções,

entretanto, se utilizado de forma consciente se transformará num verdadeiro

painel de controle da administração de negócios para o acompanhamento

gerencial e dos usuários externos.

Page 46: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

46

BIBLIOGRAFIA CITADA

• SILVA, José Pereira, 1999, Análise financeira das empresas. 4 ed. São

Paulo: Atlas.

• CREPALDI, Silvio Aparecido, 1999, Curso básico de contabilidade. 2 ed.

São Paulo: Atlas

• MARION, José Carlos, 1998, Contabilidade empresarial. 8 ed. São

Paulo: Atlas

• IUDÍCIBUS, Sergio de, 1998, Contabilidade introdutória. 9 ed. São

Paulo: Atlas.

• ASSAF, Alexandre, 2003, Finanças corporativas e valor. São Paulo:

Atlas.

• HOJI, Masakazu, 2003, Administração financeira uma abordagem

prática. 4 ed. São Paulo: Atlas.

• SILVA, José Pereira, 1999, Análise financeira das empresas. 4 ed. São

Paulo: Atlas

• MATARAZZO, Dante Carmine, 1998, Análise financeira de balanços. 5.

ed. São Paulo: Atlas.

Page 47: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

47

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

• www.bovespa.com.br – Demonstrações contábeis

• http://bussoladoinvestidor.com.br/

• www.tim.com.br

• www.wikipedia.com.br

• www.soteroconsultoria.com.br

• http://professormoreira.com – Apostila Professor Moreira- Capítulos 5,6

e 7

• http://nelsonco1.sites.uol.com.br/Papeladm.htm

• Relatório de Auditoria aprovado pela Empresa Ernst e Young-Brasil

• Intranet da TIM Participações S.A.

Page 48: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

48

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 7

SUMÁRIO 8

INTRODUÇÃO 9

CAPÍTULO I

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 13

1.1 – O que são finanças e análise financeira 13

1.2 – O papel do administrador financeiro 14

CAPÍTULO II

AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 15

2.1 – Balanço Patrimonial 15

2.2 – Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) 23

2.3 – Demonstração das Origens e Aplicação de Recursos

(DOAR) 25

2.4 – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 27

2.5 – Notas Explicativas 30

CAPÍTULO III

ANÁLISES DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 32

3.1 – Conceito 32

3.2 – Análise Vertical 32

3.3 – Análise Horizontal 33

3.4 – Análise dos indicadores financeiros e econômicos 34

3.4.1 – Índice de Liquidez Corrente (ILC) 35

3.4.2 – Índice de Liquidez Seca (ILS) 35

3.4.3 – Índice de Liquidez Geral (ILG) 36

3.4.4 – Indicadores de Endividamento 37

Page 49: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

49

3.4.5 – Indicadores de Rentabilidade 40

CONCLUSÃO 44

BIBLIOGRAFIA CITADA 46

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 47

ÍNDICE 48

Page 50: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A importância de saber como são estruturadas as demonstrações financeiras e como analisá-las, auxilia o administrador financeiro

50

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

Título da Monografia: ESTRUTURA E ANÁLISE FINANCEIRA- ECONÔMICA

DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Autor: Marcelo Aragão Dias Carneiro

Data da entrega: 15/02/2011

Avaliado por: Ana Cláudia Morrissy Conceito: