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ANUÁRIO Finanças Estruturadas 2011 Empresa de Conhecimento Financeiro 2011

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Finanças Estruturadas

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Caro leitor,

O ano de 2010 certamente fluiu com mais firmeza para o mercado de

finanças estruturadas que o ano anterior. Logo nos primeiros meses a sensa-

ção já era de uma distância segura do período precedente de crise financeira

e de uma aproximação acelerada com um futuro iminente de alta taxa de

crescimento. O Brasil tornou-se foco de investimento e o aumento do crédi-

to, corporativo e pessoal, saltou para o topo das prioridades estratégicas das

instituições creditícias.

O crédito imobiliário, favorecido por conta de diversas causas, princi-

palmente aquelas relacionadas à política governamental, encabeçou este

movimento de força. 2010 foi o ano de maior expansão da indústria e do

crédito imobiliário na história do país, tendo o avanço do setor superado com

folga o alto crescimento da economia brasileira. Os títulos estruturados vin-

culados ao setor, particularmente os Certificados de Recebíveis Imobiliários,

usufruíram de uma taxa de aumento anual de montante de emissões acima

de 100,0%, tendo estas atingido um patamar superior aos R$ 8,00 bilhões.

O crédito voltado a outros setores da economia também se ampliou.

O principal veículo de securitização no país, os Fundos de Investimento em

Direitos Creditórios (FIDC), capturou alguma fatia deste crescimento, princi-

palmente em relação a tipos de recebíveis decorrentes de financiamento de

veículos, recebíveis comerciais e crédito pessoal. Porém, a participação osten-

siva de instituições estatais na concessão do crédito ocupou espaço prepon-

derante neste universo, sobrando menos justificativas para se acessar instru-

mentos alternativos de financiamento como os FIDC. Olhando para frente,

na medida em que haja retração, por parte de instituições como o BNDES,

do nível relativo de atuação na concessão de crédito constatado em 2010,

conforme parece estar sendo sinalizado para 2011, haverá um espaço cres-

cente a ser conquistado pelo mercado de capitais em geral, e pelos fundos

estruturados, em particular.

Neste ano que se adentra, esperam-se alguns importantes avanços na

arena regulamentar voltada para o mercado de finanças estruturadas. Dentre

os benefícios resultantes das novas medidas que podem ser implementadas

em 2011, especificamente em relação à Instrução da Comissão de Valores

Mobiliários Nº 489, um maior nível de transparência e profundidade referente

à divulgação exigível de dados sobre o comportamento das carteiras de re-

cebíveis sob a gestão dos FIDC aponta para um novo patamar de desenvolvi-

mento deste mercado em termos de seus aspectos informacionais.

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A Uqbar continua apostando e investindo no futuro do mercado de

finanças estruturadas. O Anuário Finanças Estruturadas, em sua edição 2011, é

uma publicação através da qual acreditamos estar efetivamente contribuindo

com o aprimoramento do setor, agregando valor como fonte de pesquisa e

análise. Motivados pelo sucesso das edições anteriores e o encorajamento

recebido no sentido de continuar trazendo este produto para o mercado, en-

vidamos os maiores esforços para satisfazer a todos participantes, tanto em

qualidade como em amplidão de cobertura.

Como sempre, para aqueles que se interessarem, estimulamos e agra-

decemos críticas ou elogios. O retorno recebido dos leitores sempre nos aju-

da na criação de nossas publicações, muitas delas ainda por vir.

Desejamos a todos uma boa leitura,

Equipe Uqbar

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ÍNIO A BRAZILIAN SECURITIES foi criada em 2000 para desenvolver o mercado bra-

sileiro de títulos imobiliários. Foi a primeira empresa no Brasil a receber a classificação AA1.BR da Moody’s Investors Service, referente sua emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). As emissões da Brazilian Secu-rities totalizaram R$ 7,34 bilhões em dezembro de 2010, o que representava 33% do mercado brasileiro.www.braziliansecurities.com.br

A RB CAPITAL é uma empresa independente, especializada em operações de crédito estruturado e gestão de investimentos imobiliários, que se diferen-cia pela sua capacidade de desenvolver e entregar soluções inovadoras e eficientes aos seus Clientes e Investidores e, ao mesmo tempo, comprometer o capital necessário para o desenvolvimento dos negócios.www.rbcapital.com.br

Fundado em 1992, o MATTOS FILhO ADVOgADOS é um dos maiores escritórios do Brasil. O Escritório oferece uma ampla gama de serviços e atende a solici-tações e demandas específicas dos clientes. Além da equipe altamente quali-ficada de sócios e advogados, o Mattos Filho Advogados possui reconhecida experiência no ambiente jurídico brasileiro. www.mattosfilho.com.br

A KPMg é uma rede global de firmas independentes que prestam serviços profissionais de Audit, Tax e Advisory. Estamos presentes em 150 países, com 138 mil profissionais atuando em firmas-membro em todo o mundo. No Bra-sil, somos aproximadamente 2.800 profissionais distribuídos em 11 Estados e no Distrito Federal, 16 cidades e 18 escritórios.www.kpmg.com.br

O ALMEIDA BUgELLI E VALENçA ADVOgADOS ASSOCIADOS foi fundado em 2002 e hoje conta com 50 integrantes. Os sócios fundadores, Silvia Bugelli e Mar-celo Valença, têm mais de 20 anos no exercício da advocacia. ABV atua nas áreas societária, bancária, mercado de capitais, tributária, desenvolvimento e financiamento imobiliário e infraestrutura.www.almeidabugelli.com

Eleito “Melhor Banco de Investimento no Brasil” pela LatinFinance e globalFinance, além de “Equity house of the Year in Brazil” pela Euromoney. Liderança absoluta nos rankings da ANBIMA em Emissão de CRIs, com 25% de participação de mercado, e Distribuição de Renda Fixa – Longo prazo, com 18,9% de participação total. www.btgpactual.com

A BRL TRUST, única empresa voltada exclusivamente para prestação de ser-viços fiduciários. É líder de mercado como interveniente fiduciário de títulos de crédito privado. Como administrador fiduciário de fundos, mantém car-teira de R$ 5,5 bilhões. Nossa área de gestão de projetos está envolvida nas principais obras atualmente sob construção no Brasil.www.brltrust.com.br

Fundado em 1972, MAChADO, MEYER, SENDACZ E OPICE ADVOgADOS é um dos mais respeitados escritórios de advocacia do Brasil. Com atuação harmônica em todas as áreas do direito, oferece assistência legal a clientes nacionais e internacionais, incluindo grandes corporações dos mais variados setores de atividades, instituições financeiras e entidades governamentais.www.machadomeyer.com.br

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ÍNDICE DE CONTEÚDO

INTRODUÇãO 10

CAPÍTULO UM – TíTulos Gerais 16 Introdução 17 Destaque: Os FIDC do Banco Panamericano 19 Cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) 25 Resumo de Termos e Condições 26 Emissões 29 Registros 31 CVM 31 CETIP 35 Desempenho 36 Spreads & Curvas de Rendimento 39 Investidores 43 Mercado Secundário 43 Cedentes 44 Classificação de Risco 45 Cédulas de Crédito Bancário (CCB) 46 Resumo de Termos e Condições 47 Registros 48 Certificados de Cédulas de Crédito Bancário (CCCB) 49 Resumo de Termos e Condições 50 Registros 51

CAPÍTULO DOIS – TíTulos imobiliários 52 Introdução 53 Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) 56 Resumo de Termos e Condições 58 Emissões 60 Registros 61 CVM 61 CETIP 64 Investidores 65 Mercado Secundário 66 Cedentes 66 Classificação de Risco 67 Cédulas de Crédito Imobiliário (CCI) 68 Resumo de Termos e Condições 70 Registros 71

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CAPÍTULO TRêS – TíTulos do aGroneGócio 73 Introdução 74 Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) 76 Resumo de Termos e Condições 77 Emissões 78 Emissores 79 Registros 79 Cédulas de Produto Rural (CPR) 81 Resumo de Termos e Condições 82 Registros 83 Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) 84 Resumo de Termos e Condições 85 Registros 86

CAPÍTULO qUATRO – derivaTivos de crédiTo 87 Conceitos Básicos 89 Swap de Crédito – Credit Default Swap 90 Swap de Taxa de Retorno Total – Total Return Swap 90

CAPÍTULO CINCO – rankinGs 2010 91 Introdução 93 FIDC 96 Emissões 97 Emissores 98 Terceiros 99 Administradores 99 Advogados 100 Agências de Classificação de Risco 101 Auditores 102 Custodiantes 104 Estruturadores 105 gestores 106 Líderes 107 Securitizadoras Imobiliárias 108 Emissões 110 Emissores 111 Terceiros 113 Advogados 113 Agências de Classificação de Risco 114 Agentes Fiduciários 115 Auditores 116

CAPÍTULO SEIS – reGulamenTação e leGislação 118 As Finanças Estruturadas no Brasil em 2010

Por José Eduardo Carneiro Queiroz

CAPÍTULO SETE – considerações conTábeis e TribuTárias 122 A Evolução na Regulamentação da Indústria de Fundos Brasileira Por Pedro Zago

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ICE ÍNDICE DE FIGURAS

Os dados das figuras desta publicação têm como data base 31 de dezembro de 2010. Para acompanhamento contínuo de dados e notícias sobre este mercado, utilize o Orbis.

FiGura 1 Emissões por Categoria (geral, Imobiliário, Agronegócio) – 2010 (em R$ milhões) 13FiGura 2 Negociações por Categoria (geral, Imobiliário, Agronegócio) – 2010 (em R$ milhões) 13FiGura 3 PDD dos FIDC do Banco Panamericano – Montante (em R$ milhões) 19FiGura 4 Emissões, Amortizações e PDD/DC do FIDC Caixa Master CDC Veículos do Banco Panamericano 19FiGura 5 Emissões, Amortizações e PDD/DC do FIDC Caixa CDC Veículos do Banco Panamericano 20FiGura 6 PL dos FIDC de Fornecedores – Montante (em R$ milhões) 21FiGura 7 PL dos FIDC multi-cedentes multi-sacados – Montante (em R$ milhões) 22FiGura 8 Emissões de Cotas de FIDC – Montante (em R$ milhões) 29FiGura 9 Composição das Emissões de Cotas de FIDC por Ativo-lastro – 2009 e 2010 (% do Montante Emitido) 29FiGura 10 Ofertas Públicas de Cotas de FIDC – Montante (em R$ milhões) 32FiGura 11 Número de FIDC Registrados na CVM 33FiGura 12 Depósitos de Cotas de FIDC na CETIP – Montante (em R$ milhões) 35FiGura 13 Estoque de Cotas de FIDC na CETIP – Montante (em R$ milhões) 36FiGura 14 Atrasos, PDD e PDD/Atrasos 36FiGura 15 Evolução dos Índices Atrasos/DC e PDD/DC (%) 37FiGura 16 PDD/DC por Ativo-lastro – 2009 e 2010 (%) 38FiGura 17 Variação de PDD Normalizada das maiores classes de Ativo-lastro (%) 38FiGura 18 Rendimento (a.a.) X Data de Emissão – Títulos AAA e AA e Duração entre 1,5 e 3,5 anos 39FiGura 19 Rendimento (a.a.) X Data de Emissão – Recebíveis Comerciais 39FiGura 20 Rendimento (a.a.) X Data de Emissão – Financiamento de Veículos 41FiGura 21 Rendimento (a.a.) X Data de Emissão – Crédito Pessoal 41FiGura 22 Rendimento (a.a.) X Data de Emissão – Classificação de Risco AAA 41FiGura 23 Rendimento (a.a.) X Data de Emissão – Classificação de Risco AA 42FiGura 24 Composição do Montante Emitido de Cotas de FIDC em 2010 por Classe de Investidor (% de Montante) 43FiGura 25 Negociações de Cotas de FIDC na BM&FBOVESPA e CETIP – Montante (em R$ milhões) 43FiGura 26 Emissões de cotas de FIDC por Atividade Econômica do Cedente – 2010 44FiGura 27 Depósitos de CCB na CETIP – Montante (em R$ milhões) 48FiGura 28 Estoque de CCB na CETIP – Montante (em R$ milhões) 48FiGura 29 Negociações de CCB na CETIP – Montante (em R$ milhões) 48FiGura 30 Depósitos de CCCB na CETIP – Montante (em R$ milhões) 51FiGura 31 Estoque de CCCB na CETIP – Montante (em R$ milhões) 51FiGura 32 Negociações de CCCB na CETIP – Montante (em R$ milhões) 51FiGura 33 Emissões de CRI – Montante (em R$ milhões) 60FiGura 34 Ofertas Públicas de CRI – Montante (em R$ milhões) 62FiGura 35 Emissões de CRI de 2010 por Tipo de Registro (% montante emitido) 63FiGura 36 Número de Securitizadoras Imobiliárias Registradas na CVM 63FiGura 37 Depósitos de CRI na CETIP – Montante (em R$ milhões) 64FiGura 38 Estoque de CRI na CETIP – Montante (em R$ milhões) 64FiGura 39 Composição do Montante Emitido de CRI em 2010 por Classe de Investidor (% de Montante) 65FiGura 40 PL dos FII que investem em CRI 65FiGura 41 Negociações de CRI na BM&FBOVESPA e CETIP – Montante (em R$ milhões) 66FiGura 42 Número de Cedentes de Crédito Residencial por Atividade Econômica – Ano 2010 66FiGura 43 Número de Cedentes de Crédito Corporativo por Atividade Econômica – Ano 2010 67FiGura 44 Depósitos de CCI na CETIP – Montante (em R$ milhões) 71

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FiGura 45 Estoque de CCI na CETIP – Montante (em R$ milhões) 71FiGura 46 Estoque de CCI na CETIP por Indexador (% do Montante) 72FiGura 47 Negociações de CCI na CETIP – Montante (em R$ milhões) 72FiGura 48 Emissões de CRA – Montante (em R$ milhões) 78FiGura 49 Depósitos de CRA na CETIP – Montante (em R$ milhões) 79FiGura 50 Estoque de CRA na CETIP – Montante (em R$ milhões) 79FiGura 51 Negociações de CRA na CETIP – Montante (em R$ milhões) 80FiGura 52 Negociações de CPR Financeira na CETIP – Montante (em R$ milhões) 83FiGura 53 Negócios de CPR Financeira na CETIP por Produto – ( % do Montante) 83FiGura 54 Depósitos de CDCA na CETIP – Montante (em R$ milhões) 86FiGura 55 Estoque de CDCA na CETIP – Montante (em R$ milhões) 86FiGura 56 Negociações de CDCA na CETIP – Montante (em R$ milhões) 86FiGura 57 Registros de Swap de Crédito na CETIP – Montante (em R$ milhões) 88FiGura 58 Estoque de Swap de Crédito na CETIP – Montante (em R$ milhões) 89

ÍNDICE DE TABELAS

Os dados das tabelas desta publicação têm como data base 31 de dezembro de 2010. Para acompanhamento contínuo de dados e notícias sobre este mercado, uti-lize o Orbis.

Tabela 1 Definições das Classes de Ativo-lastro 30Tabela 2 Ofertas Públicas de Cotas de FIDC por Ativo-lastro em 2010 31Tabela 3 FIDC Registrados na CVM em 2010 33Tabela 4 Spreads por Classificação de Risco 42Tabela 5 Spreads por Ativo-lastro 42Tabela 6 Elevações de Classificação de Risco de Cotas de FIDC em 2010 45Tabela 7 Rebaixamentos de Classificação de Risco de Cotas de FIDC em 2010 45Tabela 8 Definições das Classes de Ativo-lastro 60Tabela 9 Ofertas Públicas de CRI por Ativo-lastro em 2010 61Tabela 10 Securitizadoras Imobiliárias Registradas na CVM em 2010 63Tabela 11 Elevações de Classificação de Risco de CRI em 2010 67Tabela 12 Securitizadoras do Agronegócio Registradas na CVM 79Tabela 13 Ranking de Emissões de Cotas de FIDC por Montante Emitido em 2010 97Tabela 14 Ranking de FIDC por Montante Emitido em 2010 98Tabela 15 Ranking de FIDC por Montante de PL em 2010 98Tabela 16 Ranking de FIDC por Montante de PL – Consolidado 98Tabela 17 Ranking de Administradores de FIDC por Montante de PL em 2010 99Tabela 18 Ranking de Administradores de FIDC por Número de Operações em 2010 99Tabela 19 Ranking de Administradores de FIDC por Montante de PL – Consolidado 99Tabela 20 Ranking de Administradores de FIDC por Número de Operações – Consolidado 100Tabela 21 Ranking de Advogados de FIDC por Montante Emitido em 2010 100Tabela 22 Ranking de Advogados de FIDC por Número de Operações em 2010 101Tabela 23 Ranking de Agências por Montante Classificado de Cotas de FIDC em 2010 101Tabela 24 Ranking de Agências por Número de Cotas de FIDC Classificadas em 2010 101Tabela 25 Ranking de Agências por Montante Classificado de Cotas de FIDC – Consolidado 102Tabela 26 Ranking de Agências por Número de Cotas de FIDC Classificadas – Consolidado 102Tabela 27 Ranking de Auditores de FIDC por Montante de PL em 2010 102Tabela 28 Ranking de Auditores de FIDC por Número de Operações em 2010 103

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© 2011 Uqbar

A Uqbar Educação e Informação Financeira Avançada Ltda. empregou seus melhores esforços na obtenção e verifi-cação dos dados apresentados neste documento. Nossas informações foram obtidas de fontes que consideramos fidedignas, mas sua exatidão e seu grau de integralidade e integridade não estão garantidos. A Uqbar Educação e Informação Financeira Avançada Ltda. não se responsabiliza por quaisquer perdas ou prejuízos que possam advir de informações equivocadas. Esta publicação não é recomendação de compra ou venda.

Todos os direitos autorais inerentes ao presente documento são de propriedade da Uqbar Educação e Informação Financeira Avançada Ltda. Nenhuma das informações desta publicação pode ser copiada, reproduzida, divulgada ou transmitida, no todo ou em partes, em qualquer formato, por qualquer razão, ou por qualquer pessoa, sem citar Uqbar Educação e Informação Financeira Avançada Ltda. como fonte.

Tabela 29 Ranking de Auditores de FIDC por Montante de PL – Consolidado 103Tabela 30 Ranking de Auditores de FIDC por Número de Operações – Consolidado 103Tabela 31 Ranking de Custodiantes de FIDC por Montante de PL em 2010 104Tabela 32 Ranking de Custodiantes de FIDC por Número de Operações em 2010 104Tabela 33 Ranking de Custodiantes de FIDC por Montante de PL – Consolidado 104Tabela 34 Ranking de Custodiantes de FIDC por Número de Operações – Consolidado 105Tabela 35 Ranking de Estruturadores de FIDC por Montante Emitido em 2010 105Tabela 36 Ranking de Estruturadores de FIDC por Número de Operações em 2010 105Tabela 37 Ranking de gestores de FIDC por Montante de PL em 2010 106Tabela 38 Ranking de gestores de FIDC por Número de Operações em 2010 106Tabela 39 Ranking de gestores de FIDC por Montante de PL – Consolidado 106Tabela 40 Ranking de gestores de FIDC por Número de Operações – Consolidado 107Tabela 41 Ranking de Líderes de Distribuição de Cotas de FIDC por Montante Emitido em 2010 107Tabela 42 Ranking de Líderes de Distribuição de Cotas de FIDC por Número de Operações em 2010 107Tabela 43 Ranking de Emissões de CRI por Montante Emitido em 2010 110Tabela 44 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2010 111Tabela 45 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2010 111Tabela 46 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido – Consolidado 112Tabela 47 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações – Consolidado 112Tabela 48 Ranking de Advogados de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2010 113Tabela 49 Ranking de Advogados de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2010 113Tabela 50 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante Classificado de CRI em 2010 114Tabela 51 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de CRI Classificados em 2010 114Tabela 52 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante Classificado de CRI – Consolidado 114Tabela 53 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de CRI Classificados – Consolidado 115Tabela 54 Ranking de Agentes Fiduciários por Montante Emitido em 2010 115Tabela 55 Ranking de Agentes Fiduciários por Número de Operações em 2010 115Tabela 56 Ranking de Agentes Fiduciários por Montante Emitido de CRI – Consolidado 116Tabela 57 Ranking de Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRI – Consolidado 116Tabela 58 Ranking de Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2010 116Tabela 59 Ranking de Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2010 117

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INTRODUÇãO

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INTRODUÇãO GERAL

O mercado de finanças estruturadas vem crescendo pari passu com a

expansão da economia brasileira nos últimos anos. Estes não são movimen-

tos independentes, sendo o mercado de finanças estruturadas um subcon-

junto do mercado financeiro brasileiro. No entanto, alguns fatores específicos

geraram um impacto diferenciado neste setor. Em 2010, elementos que con-

tribuíram de forma determinante para a ampliação do mercado de finanças

estruturadas foram as políticas públicas direcionadas para o setor imobiliário,

o aumento do crédito ao consumidor e os incentivos fiscais para alguns to-

madores e investidores de recursos.

Como resultado da atuação dos fatores acima mencionados, houve

diferentes graus de crescimento entre os mercados dos títulos deste setor.

O mercado de títulos ligados ao setor imobiliário mostrou forte expansão no

ano, superando por larga margem a já alta taxa de crescimento da economia

do país. Emissões de cotas de fundos de investimento dedicados à compra

de recebíveis, originados em alguns segmentos da economia, também avan-

çaram sobremaneira em 2010 – destaque para os fundos dedicados à com-

pra de créditos decorrentes de financiamentos para pessoa física, para fins

genéricos e para a aquisição de veículos, e de operações comerciais.

Por outro lado, a captação de recursos via mercado de finanças estru-

turadas se mostrou modesta ou quase inexistente para alguns importantes

setores da economia, com o de infraestrutura. Uma das razões para um de-

sempenho aquém das expectativas foi a disponibilização, por parte do go-

verno, de outras opções de financiamento mais atraentes.

Este Anuário apresenta uma cobertura completa da evolução do mer-

cado de finanças estruturadas durante o ano de 2010. Os três principais capí-

tulos, que trazem um amplo conjunto de dados quantitativos e qualitativos

dos títulos deste mercado, estão organizados por atividade econômica. A

variação no desempenho na comparação entre títulos de diferentes setores

da economia é, assim, detectável na medida em que os capítulos oferecem

leituras de indicadores distintas.

A despeito da impossibilidade de precisão total, a Uqbar historicamen-

te opta por definir aquilo que se caracteriza como sendo parte do mercado

de finanças estruturadas através de critérios os mais claros e coerentes pos-

síveis. Estes critérios são conceitos de uma tecnologia financeira específica

que se aplicam ou não a um determinado ativo financeiro. Quanto mais com-

pletamente os mesmos se aplicarem, mais forte será a identificação deste

ativo com o mercado de finanças estruturadas. Os critérios são os seguintes:

I) transferência de risco, II) agrupamento de créditos, III) reordenamento de

fluxo de caixa, IV) formação de lastro e V) ordenamento de prioridade de di-

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reitos, com definição de classes distintas de títulos e consequente mitigação

de risco para as classes de direito sênior.

As operações de securitização de ativos são as que englobam de for-

ma mais completa todos os critérios acima. No Brasil, os principais títulos de

securitização são as cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios

(FIDC) e os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), estes últimos emiti-

dos pelas Companhias Securitizadoras de Crédito Imobiliário (Securitizado-

ras Imobiliárias). Outro título de securitização que dá os primeiros sinais de

vida no mercado brasileiro são os Certificados de Recebíveis do Agronegócio

(CRA), emitidos pelas Companhias Securitizadoras de Direitos Creditórios do

Agronegócio.

Além dos títulos de securitização, outros títulos são incluídos no mer-

cado de finanças estruturadas por também estarem associados, em maior ou

menor grau, aos critérios descritos acima. Esta associação se dá pelas carac-

terísticas que estes títulos carregam per se; porém, mais importante, pelo fato

deles fazerem parte do lastro ou ativo das operações de securitização.

O Capítulo Um deste Anuário cobre os títulos gerais, aqueles que

não estão atrelados a um setor específico da economia. O principal deles é a

cota de FIDC, veículo que é utilizado para o financiamento de empresas, das

mais variadas áreas da economia. Na Introdução deste capítulo, além de co-

mentários específicos sobre a evolução geral do mercado, uma análise mais

detalhada é feita para os eventos mais relevantes ocorridos no ano. Neste

sentido, destaca-se o crescimento de dois tipos específicos de FIDC: (a) aque-

les dedicados a fornecedores de grandes empresas, principalmente da Petro-

brás; e (b) aqueles decorrentes de uma mudança estrutural – a migração da

atividade de fomento mercantil para a indústria de fundos de investimento.

Outro fenômeno importante analisado é o comportamento dos fundos que

adquiriam continuamente ativos de uma instituição que passou por graves

problemas no final do ano passado, o Banco Panamericano.

O Capítulo Dois se refere aos títulos imobiliários do mercado de finan-

ças estruturadas. Neste capítulo são apresentados os indicadores de cresci-

mento mais robusto no Anuário, refletindo, por um lado, como arguido aci-

ma, a poderosa expansão pela qual passa este setor no mercado brasileiro

e, por outro lado, a intensificação do uso do mercado de capitais como seu

instrumental de financiamento e investimento.

O Capítulo Três é dedicado aos títulos do agronegócio. Apesar de já

possuir um arcabouço jurídico regulamentar bem evoluído, este mercado,

dependendo do título abordado, ainda se encontra em estado incipiente.

O montante de CRA emitido continua crescendo a taxas elevadas, mas em

cima de uma base diminuta. Em relação à análise de tendência das variáveis

consolidadas dos outros títulos do setor, houve uma aparente retração em

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volume. Tal leitura deve ser feita considerando-se dois fatores: 1) parte do fi-

nanciamento deste setor através de instrumentos do mercado de finanças

estruturadas ocorre via títulos gerais, como a Cédula de Crédito Bancário; e 2),

devido a características específicas de um título importante do agronegócio,

a Cédula do Produto Rural, não há informação consolidada disponível por

completo deste mercado.

As figuras 1 e 2 apresentam os montantes consolidados de emissões

e negociações dos títulos cobertos neste Anuário, segregados nas categorias

geral, Imobiliário e Agronegócio.

Após os capítulos referentes aos mercados de títulos, o Anuário pros-

segue, no Capítulo Quatro, com um breve texto tratando dos derivativos de

crédito. Estes também fazem parte do mercado de finanças estruturadas, tan-

to por se tratar de uma tecnologia para a transferência e o agrupamento de

risco de crédito, como pela possibilidade de ser utilizados como instrumento

Emissões por Categoria (Geral, Imobiliário, Agronegócio) – 2010 (em R$ milhões) | FIG. 1

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Títulos Gerais Títulos Imobiliários Títulos do Agronegócio

Fonte : Uqbar

Negociações por Categoria (Geral, Imobiliário, Agronegócio) – 2010 (em R$ milhões) | FIG. 2

Fonte : Uqbar

Títulos Gerais Títulos Imobiliários Títulos do Agronegócio

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de reforço de crédito, alavancagem financeira ou hedge (proteção) em uma

operação estruturada. Porém, o histórico empírico dos derivativos de crédito

no Brasil revela um mercado que, de fato, ainda não decolou.

No Capítulo Cinco, o Anuário traz mais uma vez um importante pro-

duto informacional: trata-se dos já conhecidos Rankings Uqbar, publicados

em várias edições e acompanhados anualmente desde 2003.

Os últimos dois capítulos são de autoria de dois importantes partici-

pantes e especialistas do mercado de finanças estruturadas. Ambos desen-

volvem uma apreciação do desenvolvimento e das possibilidades deste mer-

cado, sob a ótica de sua evolução regulamentar em 2010. O Capítulo Seis foi

escrito por José Eduardo Carneiro Queiroz, do escritório Mattos Filho, Veiga

Filho, Marrey Jr e Quiroga Advogados e o Capítulo Sete por Pedro Zago, da

KPMg.

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TÍTULOS GERAIS

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INTRODUÇãO

Nesta seção são abordados os três títulos mobiliários que estão direta

ou indiretamente relacionados ao mercado de finanças estruturadas e não

estão vinculados a setores econômicos específicos. São eles: as cotas de Fun-

dos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), as Cédulas de Crédito

Bancário (CCB) e os Certificados de Cédulas de Crédito Bancário (CCCB).

As cotas de FIDC são os principais títulos de securitização do merca-

do brasileiro, tanto em função da evolução histórica e da dimensão atual de

suas variáveis quantitativas, como em termos da diversidade de setores da

economia que já se beneficiam deste instrumento de financiamento e in-

vestimento. O volume consolidado de emissões destes títulos atingiu novo

recorde anual: R$ 21,98 bilhões1. A trajetória histórica deste indicador sofreu

sua primeira queda anual, desde o nascimento desta indústria no início da

década passada, no ano de 2009. Porém, a significativa taxa de crescimento

alcançada em 2010, de 80,8%, trouxe o volume anual de emissão de volta

para o mesmo patamar que teria sido alcançado, a uma taxa de crescimento

histórica, caso não houvesse tido interrupção de crescimento em 2009.

Parte significante destas emissões, 49,9%, vieram de novos FIDC regis-

trados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em 2010. Este, por sinal, foi

outro indicador que registrou novo recorde. No ano, 98 fundos foram regis-

trados na autarquia, contra 90 em 2009 e 93 em 2008.

Recursos captados por esses fundos foram investidos predominante-

mente em quatro tipos de ativos, compostos por créditos decorrentes: (i) de

financiamentos para a aquisição de veículos automotores, tendo como toma-

dor tanto pessoas físicas como jurídicas; (ii) da venda financiada de um bem

ou serviço realizado por pessoas jurídicas, sendo o financiamento geralmente

de curto prazo, 30 a 90 dias; (iii) de financiamentos para consumo não especí-

fico a pessoas físicas, incluindo operações com e sem consignação em folha

de pagamento, cartão de crédito e cheque especial; e (iv) financiamentos

à pessoa jurídica para a aquisição de bens (excluindo imóveis e veículos, já

pertencentes a outras classes) e outros fins como comércio exterior, infraes-

trutura e desenvolvimento.

De acordo com o critério estabelecido pela Uqbar, estes créditos com-

põem, respectivamente, as seguintes classes de ativos investidos por FIDC

(ativos-lastro): Financiamento de Veículos, Recebíveis Comercias, Crédito Pes-

soal e Crédito Pessoa Jurídica.

1 Este número não considera as emissões do FIDC Sistema Petrobras NP. A Uqbar exclui esse fundo em todas as suas análises sobre o mercado de FIDC devido às suas características particulares, seu tamanho totalmente desproporcional com relação ao restante do mercado e o fato de que a inclusão de seus dados comprometeria seriamente a análise de desempenho do mercado. Informações sobre este fundo podem ser encontradas no Orbis.

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Estas quatro classes de ativos-lastro dominaram 82,3% das emissões de

cotas em 2010. Incluindo a classe denominada Multiclasse, a qual é composta

por fundos que, em sua maioria, também investem nestas quatro classes, a

participação de mercado destes ativos sobe para 95,7%.

Os FIDC cujos ativos-lastro pertencem a Financiamento de Veículos

foram os de maior montante consolidado de emissão de cotas no ano, com

R$ 6,43 bilhões, representando 29,3% do total do setor. Em relação ao mon-

tante emitido por fundos desta classe em 2009, o crescimento foi de 260,5%.

Nesta classe, o FIDC – PSA Finance Brasil I, que entrou em operação

em abril do ano passado, foi o fundo que mais captou, R$ 1,92 bilhão. Com

os recursos, o fundo investiu em créditos oriundos de operações de leasing

de veículos, realizadas entre a PSA Arrendamento Mercantil e seus clientes.

Porém, foi a BV Financeira, a instituição que mais captou recursos através de

FIDC, tanto através de fundos em operação desde 2006, como através de dois

novos fundos, o FIDC BV Financeira IV e o FIDC BV Financeira V NP.

No entanto, o destaque para a classe Financiamento de Veículos ficou

para dois outros fundos, existentes no mercado desde 2003, e tendo como

cedente o Banco Panamericano – Ver Destaque.

Recebíveis Comerciais foi a classe de ativo-lastro que ocupou a segun-

da posição em emissões. No ano, foram emitidos R$ 5,71 bilhões através de 77

fundos. O FIDC globex Crédito Mercantil foi o que mais captou, R$ 1,34 bilhão,

através da emissão de cotas sênior (R$ 1,17 bilhão) e subordinadas (R$ 169,1

milhões). O fundo adquiriu créditos originados de operações de compra e

venda de produtos e serviços, realizada entre a globex Utilidades S.A. (globex)

e seus clientes, que foram financiados por meio de cartões de crédito. A glo-

bex, mais conhecida pela marca Ponto Frio, é uma empresa varejista com foco

nos mercados de eletroeletrônicos e móveis do Brasil.

Também merecem destaque os fundos que contam como cedentes

empresas dos setores petroquímico e telefonia. Dois fundos, que levam o

nome de Chemical e têm como cedente a Braskem S.A., captaram R$ 900,0

milhões. O FIDC For-te, fundo que tem como cedentes empresas fornece-

doras de bens e serviços para as empresas do grupo Telefônica, tendo estas

como as devedoras dos créditos, captaram R$ 693,9 milhões.

De fato, o FIDC For-te é um dos mais antigos fundos de uma categoria

particular que o mercado alcunhou de “FIDC de Fornecedores”. Estes fundos

têm como objetivo prover financiamento mais competitivo para as empresas

de diferentes portes que fornecem bens e serviços para grandes empresas.

Estes fornecedores cedem seus créditos aos fundos que passam a contar com

risco de crédito e/ou desempenho particulares. O risco de crédito é das gran-

des empresas, caso o crédito cedido corresponda a um bem ou serviço já

entregue. O risco de desempenho é o do fornecedor, caso o bem ou serviço

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Destaque – Os FIDC do Banco Panamericano

Conforme amplamente divulgado na mídia no último trimestre de 2010, o mercado financeiro brasileiro

descobriu, de forma súbita, que o Banco Panamericano estava totalmente descapitalizado devido a uma fraude contábil

bilionária. Começou então um processo de negociação entre várias partes, que contou com a participação fundamental

do Fundo garantidor de Crédito, que financiou o aporte de capital, em valor aproximadamente de R$ 3,80 bilhões, pelo

principal acionista do banco, o grupo Sílvio Santos, e culminou com a venda, já em 2011, da instituição financeira ao

Banco BTg Pactual.

Neste ínterim, a percepção do mercado do risco associado aos FIDC Master Panamericano CDC Veículos

(MasterPan) e AutoPan CDC Veículos (Autopan)2, ambos tendo como único cedente e cotista subordinado o Banco

Panamericano, flutuou consideravelmente.

Os dois FIDC são fundos abertos e investem em créditos originários de contratos de empréstimo para aquisição

de veículos automotores leves e pesados. No final de outubro de 2010, o MasterPan registrava um Patrimônio Líquido

(PL) acima de R$ 2,00 bilhões e o Autopan um PL próximo de R$ 500,0 milhões. Os níveis registrados de desempenho

das suas carteiras de investimento eram confortáveis – o percentual de Provisões para Devedores Duvidosos (PDD) em

relação ao montante de Direitos Creditórios (DC) era de 1,22% para o MasterPan e 2,83% para o AutoPan.

A figura 3 mostra o histórico mensal de montante de PDD para os FIDC Masterpan e Autopan. As figuras 4 e

5 exibem o desempenho, medido pela relação PDD sobre DC, e de montante de emissão e resgate de cotas sênior e

subordinadas para estes fundos.

PDD dos FIDC do Banco Panamericano – Montante (em R$ milhões) | FIG. 3Fonte : Uqbar

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2 Em assembleias realizadas em 13/01/2011, os FIDC MasterPan e Autopan tiveram seus nomes alterados para Caixa Master CDC Veículos do Banco Panamericano e Caixa CDC Veículos do Banco Panamericano, respectivamente.

Emissões, Amortizações e PDD/DC do FIDC Caixa Master CDC Veículos do Banco Panamericano | FIG. 4

Fonte : Uqbar

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No entanto, este bom desempenho histórico não foi suficiente para acalmar muitos dos investidores destes FIDC,

receosos sobre a qualidade e integridade dos ativos dos fundos. O que se passou nos meses seguintes ao conhecimento

do problema do cedente foi um fulminante teste de liquidez para estes fundos, os quais, em última análise, dependiam

neste quesito de um cedente/cotista subordinado que também estava sendo socorrido. Em novembro de 2010, mês em

que a agência Austin rebaixou a classificação de risco do MasterPan e do Autopan em três níveis, de AA+ estável para A+

com perspectiva negativa, entre os dois fundos foram resgatados o equivalente a R$ 552,7 milhões em cotas sênior. No

MasterPan, os resgates somaram R$ 450,0 milhões, ou seja, 20,7% do seu PL no mês anterior. Somente neste mês, os dois

fundos perderam 218 investidores de cotas sênior – o Masterpan perdeu cerca de 30,0% de seus investidores enquanto

que o número de investidores de classe sênior do Autopan foi reduzido à metade. Até então, o maior resgate sofrido por

esses fundos em um único mês tinha sido de R$ 76,8 milhões.

Para atender a demanda por resgate de cotas, os fundos, que contavam com índices historicamente baixos de

liquidez3, receberam uma injeção substancial de recursos através de emissões de cotas subordinadas adquiridas pelo

Banco Panamericano. Foram R$ 175,0 milhões em subscrições no MasterPan e R$ 46,4 milhões no Autopan. Ainda assim,

permaneceu uma necessidade de caixa considerável, que deve ter sido atendida através de uma combinação de captação

marginal de cotas sênior, vencimentos de direitos creditórios e, principalmente, venda de direitos creditórios. Neste

último caso, tudo leva a crer que o próprio Banco Panamericano deva ter tido um papel relevante como comprador.

A dinâmica permaneceu praticamente a mesma no mês seguinte e o aporte adicional via cotas subordinadas

elevou ainda mais os índices de subordinação destes fundos. Para o Masterpan o índice cresceu de 37,2% no final de

outubro para 61,5% no final de dezembro; enquanto que para o Autopan os números para este indicador cresceram

no mesmo período de 47,7% para 72,7%.

A partir de um maior entendimento do mercado de que, de fato, o risco de crédito dos dois FIDC estaria sendo

bem administrado e o risco de liquidez contido, inclusive como consequência da reestruturação societária do Banco

Panamericano, estes dois fundos tendem a voltar a ter uma existência normal, com fluxos mensais de emissão e resgate

de cotas compatíveis com seus comportamentos históricos.

Recentemente, estes dois fundos passaram a ser administrados pela Caixa Econômica Federal que alterou seus

nomes e praticamente reescreveu seus regulamentos.

Emissões, Amortizações e PDD/DC do FIDC Caixa CDC Veículos do Banco Panamericano | FIG. 5

Fonte : Uqbar

Emissão Sênior Amortização Sênior Emissão Subordinada Amortização Subordinada PDD/DC (%)

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PDD

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3 Segundo relatórios da agência Austin de 7 de janeiro de 2011, o caixa (títulos públicos + saldo em tesouraria) desses fundos medido como um percentual do PL, com exceção de setembro de 2010, nunca foi superior a 0,5%.

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ainda não tiver sido completamente entregue. Estas estruturas geralmen-

te contam com o patrocínio da grande empresa, que visualiza nestas ope-

rações uma forma de conseguir financiamento mais barato para seus for-

necedores, contando assim com um produto ou serviço final com um

preço mais atrativo, fornecido por produtores sem dificuldades de liquidez.

Nos últimos anos, e em especial durante 2010, o principal patrocinador

destes fundos tem sido a Petrobras. Durante o ano, quatro fundos tendo como

cedentes empresas fornecedoras da empresa estatal emitiram cotas, totalizan-

do um montante emitido de R$ 193,3 milhões e um patrimônio líquido (PL)

consolidado de R$ 122,1 milhões. Segundo a empresa, estão sendo estrutura-

dos mais onze fundos que poderão somar um PL superior a R$ 10,0 bilhões.

Abaixo, segue a figura 6 exibindo o histórico de 52 meses, até dezem-

bro de 2010, do PL consolidado e do número de FIDC de fornecedores.

Crédito Pessoal e Crédito Pessoa Jurídica foram as outras duas classes

de ativos-lastro com emissões relevantes, R$ 3,81 bilhões e R$ 2,15 bilhões

respectivamente. Todas as quatro classes mencionadas acima cresceram em

volume emitido em 2010.

Em 2010, instituições financeiras brasileiras continuaram predominan-

do majoritariamente como cedentes de direitos creditórios no setor de FIDC.

Este segmento de atividade econômica correspondeu a uma fatia de 57,0%

do mercado quando medido pelo montante total emitido. Tal participação é

consistente com a importância dos fundos das classes Financiamento de Ve-

ículos e Crédito Pessoal. As instituições financeiras têm se utilizado, de forma

crescente, da securitização como forma de financiamento para suas ativida-

des. Entretanto, quando comparada com outros países onde a securitização

se encontra em estágio avançado, a participação das instituições financeiras

brasileiras como cedentes fica substancialmente atrás em relação a um tipo

de ativo cedido: o crédito imobiliário. Este não é significativo no montante

total cedido por estas instituições.

PL dos FIDC de Fornecedores – Montante (em R$ milhões) | FIG. 6Fonte : Uqbar

PL (R

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No ano, vale também destacar o contínuo crescimento dos fundos que

contam com vários cedentes, sendo estes de diversos segmentos da econo-

mia. Conhecidos como fundos multi-cedentes multi-sacados, estes FIDC têm

mostrado crescimento vigoroso e ininterrupto ao longo dos últimos cinco

anos e meio. Sua origem é predominantemente do segmento de factoring.

Motivados por vantagens fiscais e a possibilidade de alavancagem na cap-

tação de recursos, um número cada vez maior de sociedades de fomento

mercantil migram suas atividades para o universo de FIDC.

De agosto de 2005 até dezembro de 2007 foram criados 25 FIDC multi-

cedentes multi-sacados, ou FIDC de factoring como também são conhecidos,

acumulando um PL consolidado no final daquele período de R$ 558,2 mi-

lhões. De lá para cá a taxa de crescimento anual do PL se manteve perto de

100,0%, fechando 2010 em R$ 3,54 bilhões, correspondente a 92 fundos. Só

em 2010 houve um acréscimo líquido de 24 FIDC, correspondentes a R$ 1,65

bilhão de PL, comprovando o atual dinamismo deste segmento.

A seguir, a figura 7 traz o histórico mensal do PL consolidado e do nú-

mero de FIDC multi-cedentes multi-sacados.

Pelo lado do investidor, os fundos de investimento encabeçaram a de-

manda por cotas de FIDC, levando 34,0% do total emitido pelos fundos. Nas

posições seguintes vieram as instituições ligadas à distribuição das cotas e as

pessoas físicas e jurídicas e instituições financeiras vinculadas aos originado-

res dos créditos. Entidades de previdência ficaram com 8,6% e investidores

estrangeiros apenas com 1,3%.

No ambiente de mercado secundário, o montante anual de cotas ne-

gociadas registrado na CETIP e BM&FBOVESPA, de apenas R$ 1,33 bilhão, con-

firmou tendência de queda que vem se estabelecendo ao longo dos últimos

quatro anos. Em 2007, o montante consolidado negociado no secundário

atingiu R$ 4,88 bilhões e, desde então, sofre decréscimos anuais. Esta ten-

dência é inconsistente com o movimento no mercado de emissão, e mesmo

PL dos FIDC multi-cedentes multi-sacados – Montante (em R$ milhões) | FIG. 7Fonte : Uqbar

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com os registros de depósitos e estoque na CETIP. Estes dois últimos voltaram

a subir em 2010. Esta divergência pode ser explicada por fatores estruturais,

como por exemplo, a ausência de participantes mais dedicados ao mercado

secundário ou a necessidade de acesso a mais informações de monitoramen-

to de desempenho das carteiras de direitos creditórios dos fundos.

Com respeito à qualidade de crédito dos ativos geridos nos FIDC e o

risco de suas cotas, analisando-se por uma perspectiva meramente quantita-

tiva em relação às ações das agências de classificação de risco, a conclusão

seria de que 2010 foi mais um ano de deterioração. Porém, uma leitura mais

cuidadosa das ações aponta para casos individuais com múltiplos rebaixa-

mentos. Ao todo foram sete elevações e 14 rebaixamentos. Destes últimos,

dois se referem às cotas dos FIDC ligados ao caso do Banco Panamericano

(ver Destaque). Outros nove correspondem às cotas de apenas dois FIDC, que

são os fundos associados ao consultor de crédito do grupo Union National, o

Union National Financeiros e Mercantis (Financeiros e Mercantis ) e o Union

National Agro+4 ( Agro).

Quatro séries de cotas sênior do Financeiros e Mercantis foram rebaixa-

das de CCC para CC, em fevereiro de 2010, refletindo o estágio avançado de

deterioração do fundo, que tinha se iniciado na primeira metade de 2009. O

Financeiros e Mercantis, um fundo cujos ativos eram compostos por duplica-

tas e notas promissórias decorrentes de operações financeiras e comerciais,

chegou a acumular um PL de R$ 937,1 milhões em dezembro de 2008. A

visibilidade gerada no mercado em função do desempenho deste fundo foi

significativa em função de seu porte e do fato que suas cotas sênior estavam

nas mãos de investidores estrangeiros.

Quase que concomitantemente em relação ao Financeiros e Mercantis,

um segundo fundo associado à Union National, o Agro, também entrou em

processo de deterioração. O fundo investiu exclusivamente em recebíveis do

agronegócio e captou recursos através da emissão de cota de classe sênior,

subordinada sênior (Mezanino) e subordinada júnior. Seu PL chegou a atingir

R$ 290,8 milhões, em outubro de 2008. Apesar do alto índice de subordina-

ção, os títulos sênior e mezanino sofreram sucessivos rebaixamentos devido

ao desempenho pífio da carteira de ativos do fundo. Ao longo do ano, as

agências Fitch e S&P, rebaixaram, ao todo, três vezes a cota sênior e duas vezes

a cota mezanino, sendo que os rebaixamentos foram em níveis múltiplos.

Ou seja, ajustado para o efeito dos fundos vinculados ao Union Natio-

nal, a leitura do setor de FIDC em 2010 é de um desempenho ligeiramente

melhor que o ano anterior. Os casos dos fundos do Union National devem ser

cuidadosamente estudados pelos diversos participantes do mercado. Certa-

4 Em assembleia realizada em 28 de setembro de 2010, o nome do fundo foi alterado para Eco Multi Commodities Financeiros Agropecuários.

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mente, um aprendizado, que ajude a evitar situações futuras semelhantes,

pode ser retirado da experiência com estes fundos.

Finalizando a parte relativa às cotas de FIDC, pode-se afirmar que o

rendimento esperado das emissões em 2010, com classificação de risco AAA

e AA e duration entre 1,5 e 3,5 anos, das principais categorias de ativo-lastro,

se mostraram bastante inelásticos em relação ao aumento da taxa DI-over

ocorrido durante o ano, mantendo um nível de correlação maior com a taxa

implícita, de duration similar, na curva de juros de dívida do governo. Assim,

os rendimentos nominais esperados das emissões não se alteraram significa-

tivamente ao longo do ano.

Diferentemente do mercado de crédito em geral, o mercado de CCB

demonstrou tendência indeterminada de crescimento em 2010. No mundo

das finanças estruturadas, a participação das CCB se dá de duas formas: (i)

como parte dos ativos de FIDC; ou como o principal título de captação de

recursos, com diversos tipos de estruturas de garantias vinculadas a este.

Em termos do nível de depósitos anuais na CETIP, houve crescimento

vigoroso em relação a 2009, com esta cifra aumentando de R$ 16,82 bilhões

para R$ 21,39 bilhões, mas ficando ainda abaixo dos R$ 23,15 bilhões de 2008.

O montante em estoque na mesma câmara cedeu levemente, de R$ 18,36

bilhões em dezembro de 2009, para R$ 18,18 bilhões em dezembro de 2010,

ambos números inferiores aos R$ 20,48 bilhões de dezembro de 2008. Em

2010, o montante anual de negócios registrados na CETIP manteve tendência

de queda observado nos últimos anos, registrando R$ 6,57 bilhões no ano

depois de ter atingido R$ 11,95 bilhões em 2007.

Os números relativos aos CCCB, apesar de demonstrarem alguma força

se analisados no longo prazo, apresentaram todos tendência de queda em

relação ao ano anterior, provavelmente refletindo a ambiguidade de cresci-

mento do mercado de seu lastro, a CCB. Os CCCB funcionam como instru-

mento de transferência de risco, ao permitir que instituições financeiras pos-

sam agrupar e vender as cédulas que estas detém em seus ativos. Em 2010,

depósitos de CCCB na CETIP somaram R$ 1,06 bilhão, contra R$ 1,33 bilhão

em 2009, mas bem acima dos anos anteriores. O nível de estoque fechou

2010 em R$ 1,39 bilhão, contra R$ 1,48 bilhão no ano anterior. Finalmente, os

negócios no secundário totalizaram R$ 1,52 bilhão ano passado, considera-

velmente abaixo dos R$ 2,64 bilhões relativos a 2009.

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COTAS DE FUNDOS DE INvESTIMENTO EM DIREITOS CREDITóRIOS (FIDC)

Esta seção apresenta informações sobre cotas

de FIDC. Inclui um resumo dos principais

termos e condições destes títulos e dados

e estatísticas sobre emissões, registros na

CVM e na CETIP, desempenho dos direitos

creditórios, spreads & curvas de rendimento,

investidores, negociações no mercado

secundário, cedentes e as elevações e

rebaixamentos realizados pelas agências de

classificação de risco para este mercado no

ano de 2010.

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RESUMO DOS TERMOS E CONDIçõES

Descrição Fração ideal de patrimônio do Emissor.

Emissor Fundos de investimento em direitos creditórios (FIDC), uma comunhão de re-

cursos que destina parcela preponderante do respectivo patrimônio líquido

(acima de 50,0%) para a aplicação em direitos creditórios. Os FIDC podem ser

constituídos sob a forma de condomínio aberto ou fechado e ter prazo de du-

ração determinado ou indeterminado.

Ativos Direitos e títulos representativos de crédito, originários de operações realiza-

das nos segmentos financeiro, comercial, industrial, imobiliário, de hipotecas,

de arrendamento mercantil e de prestação de serviços, bem como em outros

ativos representativos de crédito.

garantia Os créditos subjacentes poderão ter garantias reais ou fidejussórias.

Regime Fiduciário Não aplicável.

Forma e Registro Escritural, mantida em conta de depósito em nome de seus titulares. As cotas

de fundo fechado colocadas junto a investidores qualificados poderão ser re-

gistradas para negociação secundária em bolsa de valores ou em mercado de

balcão organizado.

Classe São admitidas cotas de classe sênior, que possuem preferência para efeitos de

amortização e resgate, e cotas de classe subordinada, que se subordinam às

cotas sênior para efeito de amortização e resgate.

Pagamentos Fundo aberto – Cotas podem ser resgatadas a qualquer momento, de acordo

com os termos e condições especificados no regulamento do fundo.

Fundo fechado – Cotas só podem ser resgatadas em situações específicas, tais

como: (i) no término do prazo de duração de cada série ou classe das cotas ou

do fundo, conforme estabelecido em seu regulamento; ou (ii) em virtude da

liquidação do fundo. Além disso, são amortizadas: (a) em datas preestabeleci-

das no regulamento do fundo; ou (b) em virtude de decisão da assembleia

geral de cotistas.

Rentabilidade Estimada As cotas sênior podem ter um parâmetro de rentabilidade estimado, que não

representa nem pode ser considerado como uma promessa, garantia ou su-

gestão de que a cota atingirá tal rentabilidade. Representa o limite máximo de

remuneração possível para os investidores destas cotas.

Distribuição Por intermédio de instituições integrantes do sistema de distribuição de valores

mobiliários autorizadas a exercer esta atividade pelo Banco Central do Brasil. No

caso de fundo fechado, ofertas públicas dependem de prévio registro na CVM,

exceto se cumprirem com os requisitos previstos nas normas da CVM para dis-

pensa de registro.

Somente podem subscrever ou adquirir cotas de FIDC Investidores Qualifica-

dos, conforme instrução específica da CVM que define o termo.

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Apesar das cotas de FIDC não possuírem um valor unitário mínimo esta-

belecido, o investimento mínimo para aplicação em cotas de FIDC é de

R$ 25.000,00.

Transferência Fundo aberto – as cotas não podem ser objeto de cessão ou transferência, sal-

vo por decisão judicial, excussão de garantia ou sucessão universal.

Fundo fechado – as cotas podem ser transferidas mediante termo de cessão e

transferência, assinado pelo cedente e pelo cessionário, e registrado em cartó-

rio de títulos e documentos, ou através de bolsa de valores ou entidade de

mercado de balcão organizado onde as cotas do fundo sejam admitidas à ne-

gociação.

Liquidação Financeira CETIP ou BM&FBOVESPA.

Ambiente de Negociação CetipNet, Somafix e BovespaFix.

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EMISSõES

As figuras 8 e 9 apresentam, respectivamente, o histórico de emissões

de cotas de FIDC e as composições por ativo-lastro destas emissões para os

anos de 2009 e 2010. A tabela 1 descreve os critérios utilizados pela Uqbar

para classificar os FIDC por tipo de ativos investidos.

Emissões de Cotas de FIDC - Montante (em R$ milhões) | FIG. 8Fonte : Uqbar

* Sem o FIDC Sistema Petrobrás

2010200920082007200620052004200320020

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

Composição das Emissões de Cotas de FIDC por Ativo-lastro – 2009 e 2010 (% do Montante Emitido) | FIG. 9

Fonte : Uqbar

* Sem o FIDC Sistema Petrobrás 2010 2009

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%

Financiamento Veículos

Recebíveis Comerciais

Crédito Pessoal

Multiclasse

Crédito Pessoa Jurídica

Setor Público

Recebíveis do Agronegócio

Prestação de Serviço Público

Recebíveis Educacionais

Crédito Imobiliário

Direitos

Títulos Mobiliários

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Definições das Classes de Ativo-lastro | Tabela 1

Ativo-lastro Definição

Crédito Imobiliário

Créditos decorrentes de financiamentos para a aquisição de imóveis residenciais ou comerciais. Inclui operações re-alizadas no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) e Sistema Financeiro da habitação (SFh), tendo como tomador tanto pessoas físicas como jurídicas.

Crédito Pessoa Jurídica

Créditos decorrentes de financiamentos à pessoa jurídica, geralmente têm como finalidade a aquisição de bens (ex-cluindo imóveis e veículos, já pertencentes a outras classes), mas podem incluir outros fins como, por exemplo, comércio exterior, infra-estrutura e desenvolvimento.

Crédito Pessoal

Créditos decorrentes de financiamentos para consumo não-específico. Inclui operações de financiamento com e sem consignação em folha de pagamento, cartão de crédito e cheque especial.

Direitos Créditos decorrentes da cobrança de direitos trabalhistas ou cobrança de uma patente de produto, processo de produ-ção, marca, etc. para permitir seu uso ou comercialização.

Financiamento de VeículosCréditos decorrentes de financiamentos para a aquisição de veículos automotores, tendo como tomador tanto pessoas físicas como jurídicas.

Prestação de Serviço PúblicoCréditos decorrentes da prestação de serviços públicos (e.g. saneamento básico).

Recebíveis Comerciais

Créditos de curto prazo, geralmente 30 a 90 dias, decorrentes da venda de um bem ou serviço realizado por pessoas jurí-dicas. Estes ativos são regularmente utilizados por empresas como fonte de geração de capital de giro através de descon-to destes junto a instituições financeiras (e.g. desconto de duplicatas ou cheques).

Recebíveis do Agronegócio

Créditos decorrentes de financiamentos rural e agroindus-trial, tendo como tomador tanto pessoas físicas como jurí-dicas. Finalidades para estes financiamentos incluem investi-mento, custeio ou comercialização da produção.

Recebíveis Educacionais

Créditos incluem financiamentos a pessoa física com fins educacionais (e.g. pagamento de empréstimo para cursar uma universidade) e pagamentos decorrentes da prestação de serviços educacionais (e.g. mensalidade escolar).

Setor Público

Créditos que têm como devedor o governo federal, estadual ou municipal, ou empresas cuja totalidade do controle acio-nário é detido pelo poder público, decorrentes da emissão de instrumentos de dívida, assunção e/ou reestruturação de passivos.

Títulos MobiliáriosCréditos decorrentes do investimento em valores mobiliários (e.g. debêntures, commercial papers, etc.).

TributosCréditos decorrentes de impostos devidos ao setor público por pessoas físicas e jurídicas.

MulticlasseCréditos que incluem duas ou mais classes de ativo-lastro dentre as mencionadas nesta tabela.

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REGISTROS

Esta seção consolida dados de registro junto à Comissão de Valores

Mobiliários (CVM), à CETIP – Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP) e à

BM&FBOVESPA. Informações incluem a evolução histórica de registros de

FIDC e das ofertas públicas de cotas na autarquia e dados sobre custódia des-

tes títulos junto à CETIP.

CVM

A tabela 2 apresenta a lista de ofertas públicas de cotas de FIDC re-

gistradas na CVM em 2010, classificadas por tipo de ativo-lastro. A figura 10

apresenta a evolução histórica dos registros de ofertas públicas de cotas de

FIDC concedidos pela CVM.

Ofertas Públicas de Cotas de FIDC por Ativo-Lastro em 2010 | Tabela 2

FIDCPrazo do

Fundo/Título(Meses)

Série Classe Montante(em R$)

Remuneração Estimada (a.a)

Agênciade

Classificação

ClassificaçãoInicial

Crédito Pessoa Jurídica

Banco gMAC - Financiamentoa Concessionárias

600/24 2 Sênior 200.000.000 CDI+1,90% S & P brAAAf

Bicbanco Crédito Corporativo ind/48 1 Sênior 192.500.000 CDI+1,50% S & P brAAAf

BVA Master III 48/48 1 Sênior 195.000.000 CDI+3,50%Austin AA

S & P brAAf

Multisetorial BVA Master II 48/48 1 Sênior 130.000.000 CDI+3,50%Austin AA

S & P brAAf

Vinci Crédito e Desenvolvimento I 120/96 1 Sênior 1.500.000.000 IPCA+8,00% Fitch AA-(bra)

Vinci Crédito e Desenvolvimento I 120/96 Única Mezanino 350.000.000 não há Fitch BB(bra)

Total 2.567.500.000

Crédito Pessoal

BMg Crédito Consignado RPPS ind/ind 1 Sênior 100.000.000IPCA+NTN-

B+1,00%S & P brAAAf

BMg Créditos Consignados VIII 240/60 2 Sênior 200.000.000 IPCA+7,85% S & P brAAAf

BMg Créditos Consignados VIII 240/60 3 Sênior 100.000.000 115,00% CDI S & P brAAAf

Bonsucesso Crédito Consignado 180/63 1 Sênior 200.000.000 CDI+2,00% S & P brAAAf

Consignados Portfólio II ind/60 1 Sênior 100.000.000 CDI+1,90% S & P brAAf

Credipar Mais 240/36 1 Sênior 100.000.000 CDI+2,80% Fitch AAA(bra)

Lojas Renner 36/36 Única Sênior 350.000.000 CDI+1,20% S & P brAA+f

Matone VI ind/60 1 Sênior 200.000.000 CDI+2,25% S & P brAAf

Total 1.350.000.000

Financiamento Veículos

BV Financeira IV 36/36 1 Sênior 2.000.000.000 110,00% CDI Moody's Aa1.br

Total 2.000.000.000

Multiclasse

BBIF Master LP ind/ind 1 Única 600.000.000 não há Austin A-

Prass ind/ind Única Sênior 200.000.000 130,00% CDI SR brAA-

Sul Invest Multisetorial ind/36 2 Sênior 15.500.000 IPCA+8,50% S & P brAAf

Sul Invest Multisetorial ind/36 3 Sênior 15.500.000 135,00% CDI S & P brAAf

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Sul Invest Multisetorial ind/36 Única Mezanino 4.000.000 160,00% CDI S & P brBf

Total 835.000.000

Prestação de Serviços Públicos

CAESB 60/60 1 Sênior 120.000.000 CDI+3,50% Fitch AA-(bra)

Total 120.000.000

Recebíveis Comerciais

Chemical VI Indústria Petroquímica 48/48 1 Sênior 544.800.000 CDI+1,20% Moody's Aaa.br

Chemical VI Indústria Petroquímica 48/48 1 Mezanino 43.200.000 CDI+4,90% Moody's Ba1.br

Chemical V Indústria Petroquimica 36/36 1 Sênior 272.400.000 CDI+1,25% Moody's Aa1.br

Chemical V Indústria Petroquimica 36/36 1 Mezanino 21.600.000 CDI+5,80% Moody's Ba1.br

Comanche Clean Energy Mercantis 180/84 1 Sênior 80.000.000 CDI+5,00% LF AA-

globex Crédito Mercantil ind/36 1 Sênior 1.166.600.000 107,75% CDI Fitch AAA(bra)

Ideiasnet Recebíveis Comerciaise Serviços

120/60 1 Sênior 22.500.000 CDI+2,20% Fitch AA-(bra)

Indústria Exodus I ind/18 11 Sênior 80.000.000 125,00% CDI S & P brAAf

Indústria Exodus I ind/30 12 Sênior 80.000.000 130,00% CDI S & P brAAf

Multi Recebíveis II ind/30 4 Sênior 60.000.000 112,00% CDI Austin AA+

Multisetorial Silverado Maximum ind/36 4 Sênior 100.000.000 130,00% CDI S & P brAAf

Multisetorial Silverado Maximum ind/66 3 Mezanino 15.000.000 165,00% CDI Austin BBB

Multisetorial Silverado Maximum ind/49 4 Mezanino 25.000.000 150,00% CDI Austin BBB

Total 2.511.100.000

Recebíveis do Agronegócio

Mercantis Monsanto 120/24 1 Sênior 180.000.000 CDI+2,00% S & P brAAAf

Total 180.000.000

Recebíveis Educacionais

Crédito Universitário 240/35 5 Sênior 40.000.000 CDI+2,00% S & P brAAf

Total 40.000.000

Setor Público

PWS NP 64/64 1 Sênior 100.000.000 200,00% CDI Austin A

Total 100.000.000

Títulos Mobiliários

Leme Multisetorial IPCA ind/ind 1 Sênior 300.000.000 IPCA+7,00% SR brA+

Total 300.000.000

ind: indeterminado Fonte: Uqbar

Ofertas Públicas de Cotas de FIDC por Ativo-Lastro em 2010 (cont.) | Tabela 2

Ofertas Públicas de Cotas de FIDC – Montante (em R$ milhões) | FIG. 10Fonte : Uqbar

2010200920082007200620052004200320020 0

10

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4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

Mon

tant

e Re

gist

rado

(R$

milh

ões)

Montante Registrado (R$ milhões)

Qua

ntid

ade

de R

egis

tros

Quantidade de Registros

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FIDC Registrados em 2010 | Tabela 3

FIDC Data de Registro

Mercantís Monsanto 08/01/2010

Clássico 14/01/2010

Comanche Clean Energy Mercantís 14/01/2010

Consignados Portfólio II 14/01/2010

PWS NP 15/01/2010

Step-Up Créditos Judiciais NP 22/01/2010

Multisetorial Lego II 25/01/2010

Atlanta Multissetorial 26/01/2010

Del Cred Multissetorial 28/01/2010

BFC Multissetorial 11/02/2010

Multisetorial Private NP 12/02/2010

Salus Multissetorial LP 12/02/2010

Ideiasnet Recebíveis Comerciais e Serviços 24/02/2010

Sistema de Saúde 26/02/2010

Multisegmentos NPL Ipanema NP 02/03/2010

Aberto PSA Finance Brasil I 04/03/2010

Precatórios Selecionados III NP 09/03/2010

Matone V Empréstimos Consignados 11/03/2010

BBIF Master LP 16/03/2010

Multisetorial BVA Master 19/03/2010

Detomaso Multisetorial NP 26/03/2010

Indústria Exodus Master 01/04/2010

Precatórios Selecionados IV NP 07/04/2010

BMg Créditos Consignados VIII 13/04/2010

Trombone NP 20/04/2010

Master I NP 22/04/2010

DRACZ Multissetorial 20/05/2010

AgN Fornecedores Petrobras 21/05/2010

Bonsucesso Crédito Consignado 21/05/2010

A figura 11 apresenta a evolução histórica dos registros de FIDC junto

à CVM. A tabela 3 lista os FIDC registrados durante o ano, com suas respecti-

vas datas de registro.

;

Número de FIDC Registrados na CVM | FIG. 11Fonte : Uqbar

201020092008200720062005200420030

20

40

60

80

100

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S

| 2

01

1

|

CAESB 21/05/2010

Lavoro II 24/05/2010

AL Credit Multissetorial 27/05/2010

Midcap Multissetorial LP 01/06/2010

CJP Créditos Judiciais e Precatórios NP 02/06/2010

gIF III Jus Créditos Judiciais NP 22/06/2010

Bicbanco Crédito Corporativo 23/06/2010

Multisetorial BVA Master II 23/06/2010

Lecca Consignado I 24/06/2010

Multisetorial Previa 25/06/2010

Chemical V Indústria Petroquimica 28/06/2010

Jazz Multissegmentos 30/06/2010

Multissetorial R&g LP 30/06/2010

Capital Annex Multissetorial 01/07/2010

MM Multissetorial 01/07/2010

Tavex Modal Recebíveis Performados II 16/07/2010

Petra FBh Cred Saúde 20/07/2010

Oeste NP 16/08/2010

Verax Federal NP 16/08/2010

garson 17/08/2010

Itapeva III Multicarteira NP 20/08/2010

Multisetorial Silverado Fornecedores do Sistema Petrobras 02/09/2010

Prass 09/09/2010

Ático Imobiliários 15/09/2010

Rio Forte NP 20/09/2010

Multisetorial Viainvest 21/09/2010

NB Crédito Empresas NP 23/09/2010

Prosperitas II 24/09/2010

Red Petrobras Fornecedores 27/09/2010

BV Financeira IV 28/09/2010

gBC Multissetorial 04/10/2010

Leme Multisetorial IPCA 04/10/2010

Multisetorial Silverado Outlier II 06/10/2010

Multisetorial Silverado Outlier III 07/10/2010

Root Capital Distressed Multicarteira NP 07/10/2010

Moka Fund I Multissetorial 15/10/2010

Vinci Crédito e Desenvolvimento I 15/10/2010

goal Multissetorial LP 19/10/2010

BV Financeira V NP 20/10/2010

Matone VI 22/10/2010

Maturity Multissetoriais LP 25/10/2010

Multissetorial BS 26/10/2010

Sim Multissetorial 26/10/2010

ABL 27/10/2010

Safe Capital NP 27/10/2010

Lojas Renner 28/10/2010

globex Crédito Mercantil 04/11/2010

Itapeva IV Multicarteira NP 05/11/2010

Libra Multissetorial 05/11/2010

FIDC Registrados em 2010 (cont.) | Tabela 3

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| 2

01

1

|

JPP Empresas Multicarteira 16/11/2010

Iguana Multissetorial 17/11/2010

Credipar Mais 19/11/2010

Capital RS Multissetorial 24/11/2010

Ativo Multisetorial NP 26/11/2010

Ficsa Veículos 26/11/2010

RNX Multissetorial LP 29/11/2010

BVA Master III 01/12/2010

Fornecedores Odebrecht 01/12/2010

F BP Financeiro 02/12/2010

Multissetorial Primicia Bay LP 08/12/2010

Orion Multissetorial LP 13/12/2010

Chemical VI Indústria Petroquímica 14/12/2010

Omni Veículos VI 16/12/2010

Multissetorial hai LP 17/12/2010

Votorantim Energia Eletrica 21/12/2010

BRZ Ficsa Auto 27/12/2010

Boa Vista Multissetorial LP 29/12/2010

Empírica Sifra Premium 29/12/2010

Multissetorial Negocial LP 29/12/2010

Fonte: CVM/Uqbar

CETIP

As figuras 12 e 13 apresentam, respectivamente, a evolução histórica

dos depósitos e do estoque referentes ao mercado de cotas de FIDC.

FIDC Registrados em 2010 (cont.) | Tabela 3

Depósitos de Cotas de FIDC na CETIP – Montante (em R$ milhões) | FIG. 12Fonte : CETIP

2010200920082007200620050

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

1.000

3.000

5.000

7.000

9.000

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01

1

|

DESEMPENhO

A análise da evolução mensal do montante consolidado de Provisão

para Devedores Duvidosos (PDD) e de Créditos Vencidos e Não Pagos (Atra-

sos) do setor de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) e da

relação entre estes dois indicadores pode oferecer comprovação empírica de

tendências de gestão contábil relativa ao risco de inadimplência e/ou decor-

rente de diretrizes regulatórias.

Conforme a figura 14, a relação percentual entre PDD e Atrasos se

mostrou crescente ao longo de todo o segundo semestre de 2009, tendo se

estabilizado depois, salvo um movimento abrupto volátil no final de 2010 que

acabou não alterando significativamente esta relação.

Estoque de Cotas de FIDC na CETIP - Montante (em R$ milhões) | FIG. 13Fonte : CETIP

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

16.000

Mai

-05

Jul-0

5

Set-

05

Nov

-05

Jan-

06

Mar

-06

Mai

-06

Jul-0

6

Set-

06

Nov

-06

Jan-

07

Mar

-07

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Jul-0

7

Set-

07

Nov

-07

Jan-

08

Mar

-08

Mai

-08

Jul-0

8

Set-

08

Nov

-08

Jan-

09

Mar

-09

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-09

Jul-0

9

Set-

09

Nov

-09

Jan-

10

Mar

-10

Mai

-10

Jul-1

0

Set-

10

Nov

-10

Atrasos, PDD e PDD/Atrasos | FIG. 14Fonte : Uqbar

0 %

10 %

20 %

30 %

40 %

50 %

60 %

70 %

80 %

90 %

100 %

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

Jan-

06

Mar

-06

Mai

-06

Jul-0

6

Set-

06

Nov

-06

Jan-

07

Mar

-07

Mai

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Jul-0

7

Set-

07

Nov

-07

Jan-

08

Mar

-08

Mai

-08

Jul-0

8

Set-

08

Nov

-08

Jan-

09

Mar

-09

Mai

-09

Jul-0

9

Set-

09

Nov

-09

Jan-

10

Mar

-10

Mai

-10

Jul-1

0

Set-

10

Nov

-10

PDD

/ A

tras

os (%

)

Mon

tant

e (R

$ m

ilhõe

s)

Atrasos (R$ milhões) PDD (R$ milhões) PDD/Atrasos

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1

|

Já a figura 15 nos mostra as trajetórias de PDD e de Atrasos em relação

ao montante consolidado de Direitos Creditórios (DC) do setor. Estas relações

também se mostram ascendentes na segunda metade de 2009, se estabili-

zando ao longo de 2010.

Analisando-se as figuras 14 e 15 em conjunto, uma interpretação pos-

sível seria a de que houve um movimento crescente, mas limitado, do nível

absoluto e relativo de inadimplência a partir da crise financeira iniciada no

final de 2008. Mais recentemente, já em 2010, houve um movimento de esta-

bilização no nível de inadimplência, ainda que em patamares mais elevados

do que no período pré-crise, decorrente da retomada do crescimento econô-

mico e do aumento de crédito na economia.

Entretanto, o movimento ascendente da relação entre PDD e Atrasos

tem outras causas. Em um primeiro momento, até o começo de 2009, uma

leitura provável seria a de que há um efeito da inércia por parte dos admi-

nistradores de FIDC para alocar provisões para créditos duvidosos de forma

pró-ativa e não reflexiva. Basicamente, o parâmetro exclusivo determinante

para esta alocação vinha sendo o número de dias em atraso dos créditos das

carteiras dos fundos. Desta forma, em um contexto de inadimplência cres-

cente, e depois de estabilização, os números de Atrasos tendem a anteceder

àqueles de PDD.

Mas em um segundo momento, esta tendência é reforçada como con-

sequência dos efeitos da adoção incremental das diretrizes da Circular-Ofício

003/09, publicada pela Comissão de Valores Mobiliários em outubro de 2009.

Esta circular esclarece as diretrizes a serem aplicadas pelos administradores

de FIDC na avaliação de risco dos direitos creditórios destes fundos e na res-

pectiva metodologia de cálculo de PDD. O conceito central é que a provisão

deve refletir uma análise de risco pró-ativa e não simplesmente uma conta-

gem de número de dias em atraso dos créditos. Ou seja, este último critério é

apenas uma das metodologias a serem utilizadas, de tal forma que o nível de

Evolução dos Índices Atrasos / DC e PDD / DC (%) | FIG. 15Fonte : Uqbar

0

2

4

6

8

1

3

5

7

9

31/0

1/06

30/0

4/06

31/0

7/06

31/1

0/06

31/0

1/07

30/0

4/07

31/0

7/07

31/1

0/07

31/0

1/08

30/0

4/08

31/0

7/08

31/1

0/08

31/0

1/09

30/0

4/09

31/0

7/09

31/1

0/09

31/0

1/10

30/0

4/10

31/0

7/10

31/1

0/10

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1

|

risco associado a um crédito é sempre maior ou igual àquele que seria deter-

minado utilizando-se somente o critério do número de dias em atraso. Assim,

o nível percentual de PDD em relação a Atrasos se aproxima do patamar dos

80,0% no começo de 2010 e permanece estável, em torno de 76,0%, a maior

parte deste ano.

Tomando-se como base os níveis de PDD em relação a DC, no final de

2009 e de 2010, para as diferentes classes de ativo-lastro, conforme a figura

16, percebe-se que a única classe para a qual este indicador cresceu neste

período foi a Multiclasse. Em dezembro de 2009 o ajuste pra cima de PDD do

setor, de acordo com a explicação acima, já tinha ocorrido.

Fechando a análise de desempenho consolidado e por classes de ativo,

a figura 17 exibe o histórico mensal em 2010 da variação do nível de PDD,

normalizado pelo montante de DC, para as maiores classes de ativo-lastro. As

linhas que se mantém, a maior parte do ano, acima do eixo zero representam

classes cujo nível relativo de PDD cresceu em 2010. Este foi o caso para as

classes Recebíveis do Agronegócio e Crédito a Pessoa Jurídica.

PDD/DC por Ativo-lastro – 2009 e 2010 (%) | FIG. 16

Fonte: Uqbar

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Recebíveis do Agronegócio

Crédito Pessoa Jurídica

Títulos Mobiliários

Recebíveis Educacionais

Multiclasse

Recebíveis Comerciais

Financiamento Veículos

Crédito Pessoal

Crédito Imobiliário

Dec-2010 Dec-2009

Variação de PDD Normalizada por Ativo-lastro (%) | FIG. 17

Fonte: Uqbar

-2.0

-1.5

-1.0

-0.5

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Crédito Pessoa Jurídica Crédito Pessoal Financiamento Veículos

Recebíveis Comerciais Recebíveis do Agronegócio Setor Público

Multiclasse

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1

|

SPREADS & CURvAS DE RENDIMENTO

As figuras 18 a 23 apresentam curvas de rendimentos produzidas

através de interpolações por polinômios de grau 4 da rentabilidade estimada

de cotas de FIDC na data de emissão. Foram excluídos da análise os títulos

que possuíam, na data de emissão, duração estimada fora do intervalo de 1,5

a 3,5 anos.

Cada ponto dos gráficos foi obtido a partir do fluxo de pagamentos

projetado, calculado no momento da emissão com as informações disponí-

veis sobre o benchmark de rentabilidade e o modelo de amortização da cota.

A rentabilidade estimada do título é projetada com base nos contratos futuros

da taxa de depósitos interfinanceiros de um dia (Taxa DI) da BM&FBOVESPA

na data de emissão do título. As taxas são calculadas com base em dias cor-

ridos sobre 360.

Rendimento (a.a.) X Data de Emissão – Recebíveis Comerciais | FIG. 19

Fonte: Uqbar

AAA AA Selic Rendimento (AAA) Rendimento (AA)

8

10

12

14

16

18

20

01/01/2006 28/10/2006 24/08/2007 19/06/2008 15/04/2009 09/02/2010 06/12/2010

Rendimento (a.a.) X Data de Emissão – Títulos AAA e AA e Duração entre 1,5 e 3,5 anos | FIG. 18

Fonte: Uqbar

AAA AA Selic Rendimento (AAA) Rendimento (AA)

8

10

12

14

16

18

20

01/01/2006 28/10/2006 24/08/2007 19/06/2008 15/04/2009 09/02/2010 06/12/2010

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1

|

Rendimento (a.a.) X Data de Emissão – Financiamento de Veículos | FIG. 20

Fonte: Uqbar

AAA AA Selic Rendimento (AAA) Rendimento (AA)

8

10

12

14

16

18

01/01/2006 28/10/2006 24/08/2007 19/06/2008 15/04/2009 09/02/2010 06/12/2010

Rendimento (a.a.) X Data de Emissão – Crédito Pessoal | FIG. 21

Fonte: Uqbar

AAA AA Selic Rendimento (AAA) Rendimento (AA)

8

10

12

14

16

18

20

01/01/2006 28/10/2006 24/08/2007 19/06/2008 15/04/2009 09/02/2010 06/12/2010

Rendimento (a.a.) X Data de Emissão – Classi�cação de Risco AAA | FIG. 22

Fonte: Uqbar

8

10

12

14

16

18

20

01/01/2006 28/10/2006 24/08/2007 19/06/2008 15/04/2009 09/02/2010 06/12/2010

Recebíveis Comerciais Financiamento de Veículos Crédito Pessoal

Rendimento (Recebíveis Comerciais) Rendimento (Financiamento de Veículos) Rendimento (Crédito Pessoal)

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1

|

As tabelas 4 e 5 mostram os spreads calculados, em pontos bases, como

o excedente da taxa de retorno do título frente à Taxa DI de duração equiva-

lente. Foram considerados os títulos que possuíam na data de emissão dura-

ção estimada dentro do intervalo de 1,5 a 3,5 anos.

Spreads por Classificação de Risco | Tabela 4

Classificação

2008 2009 2010

Spread Mínimo

Spread Máximo

Spread Mínimo

Spread Máximo

Spread Mínimo

Spread Máximo

AAA 106 367 217 217 92 307

AA 53 377 148 540 121 557

Fonte Uqbar

Spreads por Ativo-Lastro | Tabela 5

Ativo-lastro Classificação

2008 2009 2010

SpreadMínimo

SpreadMáximo

SpreadMínimo

SpreadMáximo

SpreadMínimo

SpreadMáximo

RecebíveisComerciais

AAA 123 367 217 217 92 191

AA 53 377 214 540 138 557

Financiamentode Veículos

AAA 163 228 - - - -

AA 157 157 148 148 123 123

Crédito PessoalAAA 106 176 - - 190 307

AA 106 271 - - 121 249

Fonte Uqbar

Rendimento (a.a.) X Data de Emissão – Classi�cação de Risco AA | FIG. 23

Fonte: Uqbar

Recebíveis Comerciais Financiamento de Veículos Crédito Pessoal

Rendimento (Recebíveis Comerciais) Rendimento (Financiamento de Veículos) Rendimento (Crédito Pessoal)

8

10

12

14

16

18

20

01/01/2006 28/10/2006 24/08/2007 19/06/2008 15/04/2009 09/02/2010 06/12/2010

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1

|

INvESTIDORES

A participação por classe de investidor em cotas de FIDC é apresentada

na figura 24. Essa estatística está baseada em dados coletados pela Uqbar

nos anúncios de encerramento de distribuição, que representaram aproxima-

damente 53,4% do total emitido no ano.

MERCADO SECUNDÁRIO

A figura 25 mostra a evolução histórica do montante de cotas de FIDC

negociadas BM&FBOVESPA e registradas na CETIP.

Composição do Montante Emitido de Cotas de FIDC em 2010 por Classe de Investidor (% de Montante) | FIG. 24

8,8 % 34 %

19,3 %14,5 %

9,3 %

2,6 %1,3 % 1,1 %

0,6 %Fundos de investimento

Instituições Intermediárias participantes do consórcio de distribuição

Pessoas (físicas ou jurídicas) ligadas ao(s) originador(es) dos créditos

Instituições �nanceiras ligadas a(os) originador(es) dos créditos

Outras instituições �nanceiras

Entidades de previdência privada

Outras pessoas jurídicas

Investidores estrangeiros

Outras pessoas físicas

Outros

34,0%

19,3%

14,5%

9,3%

8,8%

8,6%

2,6%

1,3%

1,1%

0,6%

8,6 %

Fonte: Uqbar

Negociações de Cotas de FIDC na BM&FBOVESPA e CETIP - Montante (em R$ milhões) | FIG. 25

Fonte: Uqbar

BM&FBOVESPA CETIP

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

BM&FBOVESPA CETIP

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|

CEDENTES

A figura 26 apresenta a distribuição dos cedentes de ativos para FIDC

por tipo de atividade econômica destes. As participações foram calculadas

tendo como base o montante de títulos emitidos durante o ano de 2010.

A categoria Multisegmento inclui cedentes de dois ou mais setores

econômicos.

Emissões de cotas de FIDC por Atividade Econômica do Cedente – 2010 | FIG. 26

7,5 %

57,0 %

16,1 %

8,6 %

1,1 %

Intermediação �nanceira

Multisegmento

Industria de transformação

Comércio

Agricultura & Pecuária

Outros

57,0%

16,1%

8,6%

7,5%

1,1%

9,7%

9,7 %

Fonte: Uqbar

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CLASSIFICAÇãO DE RISCO

As tabelas 6 e 7 apresentam a lista das elevações e rebaixamentos de

classificação de risco realizadas pelas agências de classificação de risco em

2010 para cotas de FIDC.

Elevações de Classificação de Risco de Cotas de FIDC em 2010 | Tabela 6

OperaçãoTítulo

(Classe/Série)Classificação

AnteriorNova

ClassificaçãoAgência de

ClassificaçãoData

BMg Veículos Subordinada brBBB+f brA-f S & P 15/07/2010

CEMIg Conta CRC Sênior Série 1 A+(bra) AA(bra) Fitch 05/08/2010

Multisetorial Redfactor LP Sênior Série 2 brAAf brAAAf S & P 07/04/2010

Multisetorial SilveradoMaximum

Sênior Série 2 AA- AA Austin 19/07/2010

Sênior Série 3 AA- AA Austin 21/07/2010

Soldi IS Única BB A Austin 16/07/2010

Verax IAA Única Série 1 B+ BB- Austin 07/12/2010

Fonte: Uqbar

Rebaixamentos de Classificação de Risco de Cotas de FIDC em 2010 | Tabela 7

OperaçãoTítulo

(Classe/Série)Classificação

AnteriorNova

ClassificaçãoAgência de

ClassificaçãoData

BMg Veículos Subordinada brA-f brBBB+f S & P 05/04/2010

Caixa CDC Veículos do Banco Panamericano Sênior Série 1 AA+ A+ Austin 11/11/2010

Caixa Master CDC Veículos do Banco Panamericano Sênior Série 1 AA+ A+ Austin 11/11/2010

Eco Multi Commodities FinanceirosAgropecuários

Sênior Série 1

A(bra) BBB(bra) Fitch 14/05/2010

brAf brBBf S & P 10/09/2010

BBB(bra) BB(bra) Fitch 08/12/2010

MezaninoCCC(bra) C(bra) Fitch 14/05/2010

brCCCf brCCf S & P 26/08/2010

gafisa Crédito Imobiliário Sênior Série 1 AA+(bra) AA-(bra) Fitch 05/03/2010

MPD KC Imobiliários Sênior Série 1 A(bra) A-(bra) Fitch 31/03/2010

Union National Financeiros e Mercantís

Sênior Série 3 CCC CC Austin 22/02/2010

Sênior Série 4 CCC CC Austin 22/02/2010

Sênior Série 5 CCC CC Austin 22/02/2010

Sênior Série 6 CCC CC Austin 22/02/2010

Fonte: Uqbar

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CéDULAS DE CRéDITO BANCÁRIO (CCB)

Esta seção apresenta informações sobre

as Cédulas de Crédito Bancário (CCB). São

apresentados, além do resumo dos principais

termos e condições, dados relativos aos

registros destes títulos na CETIP, como

montantes anuais de depósitos e negócios,

assim como a evolução histórica do estoque

das cédulas nesta câmara.

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resumo de Termos e condições

Descrição Título de crédito emitido, por pessoa física ou jurídica, em favor de instituição

financeira ou de entidade a esta equiparada, representando promessa de pa-

gamento em dinheiro, decorrente de operação de crédito, de qualquer moda-

lidade.

A instituição credora deve integrar o Sistema Financeiro Nacional, sendo ad-

mitida a emissão da CCB em favor de instituição domiciliada no exterior, des-

de que a obrigação esteja sujeita exclusivamente à lei e ao foro brasileiros. CCB

em favor de instituição domiciliada no exterior poderá ser emitida em moeda

estrangeira.

Emissor Pessoa física ou jurídica, que tem uma instituição financeira credora como

contraparte.

garantia Poderá ser emitida com ou sem garantia, real ou fidejussória, cedularmente

constituída. A constituição de garantia poderá ser feita na própria CCB ou em

documento separado, neste caso fazendo-se, na cédula, menção a tal circuns-

tância.

Forma Cartular ou escritural.

Registro A validade e eficácia deste título de crédito não dependem de registro, mas as

garantias reais, por ele constituídas, ficam sujeitas, para valer contra terceiros,

aos registros ou averbações nos cartórios competentes, conforme previsto na

legislação aplicável.

Pagamento de Principal Através de pagamentos periódicos ou em parcela única no vencimento.

Pagamento de Juros Através de pagamentos periódicos ou em parcela única no vencimento. Os

juros podem ser capitalizados.

Negociação Diretamente entre as partes interessadas.

Transferência Na forma cartular, endosso; na forma escritural através dos registros das nego-

ciações em sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos autoriza-

dos pelo Banco Central do Brasil.

A negociação de CCB que constitua crédito, sem coobrigação da instituição

cedente, contra órgão ou entidade do setor público, diretamente ou por meio

de certificado, deve ser objeto de comunicação ao Banco Central do Brasil,

sempre que o comprador for pessoa não integrante do Sistema Financeiro

Nacional.

Liquidação Financeira CETIP.

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REGISTROS

As figuras 27, 28 e 29 apresentam respectivamente a evolução his-

tórica dos depósitos, do estoque e das negociações de CCB registrados na

CETIP.

Depósitos de CCB na CETIP – Montante (em R$ milhões) | FIG. 27Fonte : CETIP

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Estoque de CCB na CETIP - Montante (em R$ milhões) | FIG. 28

Fonte: CETIP

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

Set-

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Negociações de CCB na CETIP - Montante (em R$ milhões) | FIG. 29Fonte : CETIP

0

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8.000

10.000

12.000

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2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

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CERTIFICADOS DE CéDULASDE CRéDITO BANCÁRIO (CCCB)

Esta seção apresenta informações sobre os

Certificados de Cédulas de Crédito Bancário

(CCCB). São apresentados, além do resumo

dos principais termos e condições, dados

relativos aos registros destes títulos na CETIP,

como montantes anuais de depósitos e

negócios, assim como a evolução histórica

do estoque dos certificados nesta câmara.

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resumo de Termos e condições

Descrição Título representativo de cédulas de crédito bancário. O CCCB pode represen-

tar cédulas de diferentes valores, prazos e condições de remuneração.

Emissor Instituição financeira depositária de cédulas de crédito bancário, que respon-

de pela origem e autenticidade das respectivas cédulas e atua como manda-

tária do seu titular, sendo responsável pela cobrança destas.

Lastro CCB. As cédulas e as importâncias recebidas pela instituição financeira a título

de pagamento do principal e de encargos não poderão ser objeto de penho-

ra, arresto, sequestro, busca e apreensão, ou qualquer outro embaraço que

impeça sua entrega ao titular do certificado.

garantia Equivalente às garantias constituídas nas cédulas que representa.

Forma Cartular ou escritural.

Pagamento de Principal Equivalente ao fluxo de pagamento das cédulas que representa.

Pagamento de Juros Equivalente ao fluxo de pagamento das cédulas que representa.

Negociação Diretamente entre as partes interessadas.

Transferência Mediante endosso ou termo de transferência, se escritural, devendo, em qual-

quer caso, a transferência ser datada e assinada pelo seu titular ou mandatário

com poderes especiais e averbada junto à instituição financeira emitente, no

prazo máximo de dois dias.

No caso de emissão sob a forma escritural, a titularidade também poderá ser

transferida através de registro do negócio efetuado em sistemas de registro e

de liquidação financeira de ativos autorizados pelo Banco Central do Brasil.

Liquidação Financeira CETIP.

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REGISTROS

As figuras 30, 31 e 32 apresentam, respectivamente, a evolução histó-

rica dos depósitos, do estoque e dos negócios de CCCB registrados na CETIP.

Estoque de CCCB na CETIP - Montante (em R$ milhões) | FIG. 31

Fonte: CETIP

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Depósitos de CCCB na CETIP - Montante (em R$ milhões) | FIG. 30Fonte : CETIP

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600

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1.000

1.200

1.400

1.600

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Negociações de CCCB na CETIP – Montante (em R$ milhões) | FIG. 32Fonte : CETIP

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2.000

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3.000

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

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TÍTULOS IMOBILIÁRIOS

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INTRODUÇãO

No mercado de finanças estruturadas brasileiro, destacam-se as opera-

ções vinculadas ao setor imobiliário, preponderantemente aquelas realizadas

por Companhias Securitizadoras de Créditos Imobiliários (CSCI ou Securiti-

zadora Imobiliária). Estas empresas captam recursos através da emissão de

Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), títulos de crédito que têm como

lastro recebíveis imobiliários, que por sua vez são geralmente representados

por Cédulas de Crédito Imobiliário (CCI).

Abaixo, encontra-se uma análise do desempenho dos mercados des-

tes dois principais títulos de crédito para o ano de 2010.

O mercado de CRI foi um dos grandes destaques do setor de finan-

ças estruturadas no ano que passou. Acompanhando a forte tendência de

expansão do setor imobiliário no país, este mercado apresentou taxas altas

de crescimento de todas as suas variáveis principais. Foram R$ 8,53 bilhões

em CRI emitidos no ano. Trata-se de um montante recorde que representa

uma taxa de crescimento marcante em relação aos dois anos anteriores. O

montante consolidado emitido de CRI havia sido de R$ 3,80 bilhões em 2009

e de R$ 4,71 bilhões em 2008, este último sendo o ano que detinha o recor-

de de emissões até então. O acréscimo em emissões que se viu em 2010

se deu quase que exclusivamente através de títulos com lastro em crédito

corporativo.

Esse crescimento também foi observado nos números publicados pela

principal casa de registro de valores mobiliários de renda fixa do país. Os níveis

de depósitos de CRI na CETIP, que haviam interrompido tendência ascenden-

te de longo prazo em 2009, retomaram a trajetória de crescimento, pratica-

mente duplicando no último ano, passando de R$ 4,11 bilhões, em 2009, para

R$ 7,83 bilhões, em 2010. Já o nível de estoque continuou a tendência de alta

durante toda a última década, fechando 2010 em R$ 18,92 bilhões, depois de

estar em R$ 10,57 bilhões no final de 2009.

O volume de negociação que já vinha de um crescimento anual de

125,7% em 2009, cresceu 157,1% em 2010, atingindo R$ 4,26 bilhões, contra

R$ 1,66 bilhão em 2009. Estes negócios, em sua grande maioria, continuam

sendo realizados de forma privada, diretamente entre as partes. Apenas 4,5%

do total negociado no ano foi realizado na BM&FBOVESPA.

No que diz respeito ao mercado de investidores de CRI em 2010, este

continuou a ser dominado pelos bancos comerciais que adquiriram 77,9% do

total emitido.

A participação direta do investidor pessoa física, que tinha saltado para

perto de 25,0% em 2009, voltou a encolher para o patamar de 10,0%, o qual

vinha sendo verificado anteriormente. Esta redução, no entanto, deve ser ana-

lisada com cuidado. Durante o ano que passou, o investidor pessoa física tam-

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bém adquiriu, de forma indireta, exposição ao mercado de CRI ao investir em

cotas de Fundos de Investimento Imobiliário (FII) dedicados a investimentos

em títulos de crédito imobiliário, cujo destaque é o CRI.

A partir do final de 2009, o vínculo entre os FII e o universo de finanças

estruturadas se intensificou com a sanção da Lei Nº 12.024. Com esta nova

legislação, o benefício fiscal existente para pessoa física que investe em CRI

foi replicado para os FII que investem nestes títulos. A mudança contribui para

uma estrutura de mercado mais efetiva para o gerenciamento de risco e uma

maior otimização do apetite de demanda existente. Por um lado, o ganho

está na divisão de responsabilidades. A decisão de investimento nestes títulos

passa agora para as mãos de gestores, que devem ser especialistas em ava-

liar e apreçar esses títulos. Ao pequeno investidor cabe a decisão da escolha

do melhor fundo e gestor para confiar seus investimentos. Por outro lado, o

benefício da alteração legal é a multiplicação do potencial de distribuição e

colocação tanto das cotas dos FII como dos próprios CRI.

Em função do seu tipo de ativo-lastro, os FII dedicados a investimentos

em CRI são classificados pela Uqbar como FII de Renda Fixa. Em janeiro do

ano passado existiam três FII de Renda Fixa no mercado, os quais tinham na

época um patrimônio líquido consolidado de R$ 171,2 milhões. Em dezem-

bro de 2010 este grupo já era composto por cinco fundos representando um

patrimônio líquido de R$ 668,3 milhões.

A composição da demanda por CRI, hoje dominada pelos bancos in-

vestidores, tende a ser alterada no futuro próximo. Uma nova norma divul-

gada pelo Banco Central do Brasil em 16 de dezembro de 2010, a Resolução

Nº 3.932, estipula que somente os CRI lastreados em créditos imobiliários

concedidos por entidades integrantes do SBPE (Sistema Brasileiro de Pou-

pança e Empréstimos) poderão ser computados para efeito da exigibilidade

de direcionamento de recursos captados através da caderneta de poupança.

Logo, uma redução da participação das instituições financeiras como investi-

dores de CRI pode ser esperada, uma vez que algumas operações lastreadas

em créditos corporativos não serão mais usadas para atender as exigências

do uso dos recursos da poupança. Uma maior oferta de CRI no mercado po-

derá ser atendida pelos FII dedicados a estes títulos, que não cresceram mais

durante 2010 por falta destes ativos disponíveis no mercado.

As ofertas de CRI continuam concentradas nas mãos de poucas Secu-

ritizadoras Imobiliárias. Em 2010, 13 Securitizadoras Imobiliárias emitiram CRI,

sendo que seis delas foram responsáveis por 98,3% do montante consolidado

emitido. As informações mais detalhadas de participação das Securitizadoras

Imobiliárias podem ser encontradas no capítulo referente aos rankings.

Em relação ao tipo de registro de oferta, 66,2% das emissões de CRI fo-

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ram feitas através de esforços restritos, conforme regulamentação da Instru-

ção CVM Nº 476. As ofertas públicas representaram 31,5% do total emitido.

O número de cedentes de créditos imobiliários para as operações de

securitização cresceu substancialmente no último ano. Para o caso de lastro

residencial, foram 115 em 2010, contra 79 em 2009. Para o lastro corporati-

vo, foram 43 agora contra 20 no ano anterior. Dentre os tipos de cedentes

classificados por tipo de atividade econômica, a liderança isolada ficou com

o setor de atividades imobiliárias, representado principalmente pelas incor-

poradoras.

Dentre os cedentes é importante também mencionar a participação

dos FII, que se relacionam historicamente com o mercado de finanças estru-

turadas no papel de fornecedores de lastro, no caso créditos corporativos,

para operações de CRI. Estas operações são conhecidas no mercado pelos

nomes de sale and lease-back e build-to-suit. Para aqueles interessados não

só em uma descrição das estruturas destas operações, mas também em uma

análise completa do mercado dos FII em 2010 é sugerida a leitura do Anuário

Securitização e Financiamento Imobiliário 2011, e do Dicionário de Finanças

Uqbar, acessível a partir do site www.uqbar.com.br.

Finalizando a parte relativa aos CRI, o desempenho creditício destes

títulos, medido pela opinião das agências de classificação de risco durante

2010, aponta para um quadro geral de melhora. Seis títulos tiveram suas clas-

sificações de risco elevadas, sendo que dois deles apresentaram duas eleva-

ções durante o ano. Estas oito elevações foram realizadas por quatro agências

que atuam no mercado de classificação de risco de CRI. Apenas um título

teve sua classificação de risco rebaixada durante o ano.

O outro título imobiliário de destaque do setor de finanças estrutura-

das, a CCI, também teve seu mercado expandido em 2010, em sintonia com o

movimento de crescimento do setor imobiliário. A CCI é um título de crédito

favorecido pelas Securitizadoras Imobiliárias devido ao seu papel viabilizador

de uma maior eficiência operacional. O montante de depósitos destes títulos

na CETIP cresceu de R$ 6,79 bilhões, em 2009, para R$ 11,94 bilhões, em 2010.

Este mesmo indicador não superava a marca de R$ 1,00 bilhão no final de

2007. Ao mesmo tempo, o estoque de CCI nesta mesma casa quase dobrou

no último ano, aumentando de R$ 12,70 bilhões no final de 2009 para R$

24,29 bilhões no fim de 2010. Apenas o número de montante consolidado

de CCI negociado no mercado secundário, registrado na CETIP, não acompa-

nhou a tendência de expansão. Depois do ano de 2008, quando se registrou

o recorde em montante negociado, de R$ 1,58 bilhão, esta cifra cedeu nos

dois anos seguintes, tendo fechado 2010 em R$ 1,26 bilhão.

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CERTIFICADOS DE RECEBÍvEISIMOBILIÁRIOS (CRI)

Esta seção apresenta informações sobre os

Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI).

Inclui um resumo dos principais termos e

condições destes títulos e dados e estatísticas

sobre emissões, registros na CVM e na CETIP,

investidores, mercado secundário, cedentes

e as elevações e rebaixamentos de 2010 das

agências de classificação de risco para este

mercado.

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resumo de Termos e condições

Descrição Título de crédito nominativo, de livre negociação, lastreado em créditos imo-

biliários, que constitui promessa de pagamento em dinheiro.

Emissor Somente companhias securitizadoras de créditos imobiliários.

Lastro Créditos imobiliários, que constituem promessa de pagamento em dinheiro,

conforme dispuser o Termo de Securitização. Os créditos imobiliários que las-

treiam a emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) deverão obe-

decer ao limite máximo de 20,0% por devedor ou coobrigado. No entanto,

esse percentual poderá ser excedido, quando o devedor ou o coobrigado: (i)

tenha registro de companhia aberta; (ii) seja instituição financeira ou equipa-

rada; ou (iii) seja sociedade empresarial que tenha suas demonstrações finan-

ceiras relativas ao exercício social imediatamente anterior à data de emissão

do CRI, auditadas por auditor independente registrado na CVM, hipótese em

que tais demonstrações financeiras devem ser arquivadas na CVM periodica-

mente.

Em relação às sociedades empresariais, estas serão dispensadas do arquiva-

mento das demonstrações financeiras na CVM, nas hipóteses em que os CRI:

(i) sejam objeto de oferta pública de distribuição que tenha como público des-

tinatário exclusivamente sociedades integrantes do mesmo grupo econômi-

co, e seus respectivos administradores e acionistas controladores, sendo veda-

da, neste caso, a negociação dos CRI no mercado secundário; ou (ii) pos-suam

valor unitário igual ou superior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de Reais), e sejam

objeto de oferta pública destinada à subscrição por não mais do que 20 inves-

tidores. Nesta hipótese, os CRI subscritos somente poderão ser negociados

pelo titular antes de completados 18 (dezoito) meses do encerramento da dis-

tribuição, caso a negociação se dê entre os titulares dos CRI, ou caso o titular

aliene todos os CRI subscritos para um único investidor.

garantia Poderá ter garantia flutuante, que lhe assegurará privilégio geral sobre o ativo

do Emissor, mas não impedirá a negociação dos bens que compõem esse ati-

vo. Poderá contar com instituição do Regime Fiduciário sobre os créditos imo-

biliários.

Regime Fiduciário Sistema que permite que os créditos imobiliários de uma operação de CRI se-

jam destinados exclusivamente ao pagamento dos CRI aos quais estão vincu-

lados e às despesas e obrigações fiscais oriundas deste processo, mantendo-

se apartados do patrimônio do Emissor até que se complete o resgate de

todos os referidos CRI. Tais créditos não são passíveis de constituição de garan-

tias ou de execução por quaisquer dos credores da emitente do CRI, por mais

privilegiados que sejam.

Forma e Registro Escritural, devendo ser registrado em sistemas centralizados de custódia e li-

quidação financeira de títulos privados.

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Classe É admitida a emissão de CRI de classe sênior, que possui preferência para efei-

tos de amortização e resgate, e CRI de classes subordinadas, que se subordi-

nam aos CRI de classe sênior para efeito de amortização e resgate.

Taxa de Juros Fixa ou flutuante.

Atualização Monetária Índice de preços com série regularmente calculada e de conhecimento públi-

co. A atualização de valor é permitida desde que os títulos tenham prazo e pe-

riodicidade de reajuste mínimos de um ano. CRI não podem ser indexados a

moedas estrangeiras.

Pagamento Principal – Normalmente através de amortizações periódicas mensais, não

existindo exigência de intervalo mínimo entre os pagamentos periódicos. Ou-

tras periodicidades são permitidas, inclusive pagamento de uma única vez no

vencimento.

Juros – Normalmente através de parcelas periódicas mensais, não existindo

exigência de intervalo mínimo entre os pagamentos periódicos. Outras perio-

dicidades são permitidas, inclusive pagamento de uma única vez no venci-

mento.

Negociação Diretamente entre as partes para ofertas públicas com montante de captação

não superior a R$ 30.000.000,00 (trinta milhões de reais). Através de instituição

financeira intermediária para montante de captação superior a esse valor.

Transferência Por meio de sistemas centralizados de custódia e liquidação financeira de títu-

los privados autorizados pelo Banco Central do Brasil.

Liquidação Financeira CETIP e BM&FBOVESPA.

Ambiente de Negociação CETIPNet, SomaFix e BovespaFix.

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EMISSõES

A figura 33 apresenta o histórico de emissões de CRI dividido por tipo

de ativo-lastro. Em 2010, uma emissão de CRI lastreado em debêntures foi re-

alizada. Esta operação foi incluída na classificação por ativo-lastro pela Uqbar

na categoria de Títulos Mobiliários.

Na sequência, a tabela 8 descreve os critérios utilizados pela Uqbar

para definir os tipos de lastro dos CRI: Aluguel, Crédito Imobiliário e Títulos

Mobiliários.

Definições das Classes de Ativo-lastro | Tabela 8

Ativo-lastro Definição

Aluguel Créditos decorrentes de contratos de locação típica e atípica e de constituição de direito real de superfície.

Crédito Imobiliário Créditos decorrentes de financiamentos para a aquisição de imóveis residenciais ou comerciais. Inclui operações realizadas no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) e Sistema Financeiro da habitação (SFh), tendo como tomador tanto pessoas físicas como jurídicas.

Títulos Mobiliários Créditos decorrentes do investimento em valores mobiliários (e.g. Debêntures).

Emissões de CRI - Montante (em R$ milhões) | FIG. 33

Fonte: Uqbar

2010200920082007200620052004200320022001200019990

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

1.000

3.000

5.000

7.000

9.000

Aluguel Crédito Imobiliário Títulos Mobiliáios

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REGISTROS

Esta seção consolida dados de registro junto à Comissão de Valores

Mobiliários (CVM) e à CETIP – Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP). São

apresentados os montantes de ofertas públicas de CRI total e por ativo-lastro,

as emissões de CRI por tipo de registro e o número de companhias securiti-

zadoras de créditos imobiliários registrados junto à autarquia, assim como os

registros de custódia e estoque de CRI junto à CETIP.

CVM

A tabela 9 apresenta a lista de ofertas públicas de CRI com registro

provisório na CVM em 2010 classificadas por tipo de ativo-lastro. A figura 34

mostra um histórico anual desses registros desde 1999 e a figura 35 apresen-

ta o montante emitido de CRI em 2010, dividido por tipo de registro.

A figura 36 e a tabela 10 apresentam dados a respeito das Securitiza-

doras Imobiliárias registradas na CVM.

Ofertas Públicas de CRI por Ativo-Lastro em 2010 | Tabela 9

SecuritizadoraImobiliária

Série Classe PrazoMontante

(em R$)Remuneração

(a.a.)Classificação

InicialAgência de

Classificação

Aluguel

Brazilian Securities 2010-1 Única 115 121.164.538 TR + 10,50% não há não há

Brazilian Securities 2010-2 Sênior 68 17.669.911 IgP-M + 8,25% AA- Austin

Brazilian Securities 2010-2 Subordinada 68 1.963.323 IgP-M + 8,25% AA- Austin

Brazilian Securities 2010-3 Sênior 36 12.297.680 IgP-M + 8,25% AA Austin

Brazilian Securities 2010-3 Subordinada 36 1.366.409 IgP-M + 8,25% AA Austin

Brazilian Securities 2010-4 Sênior 36 12.729.891 IgP-M + 8,25% AA Austin

Brazilian Securities 2010-4 Subordinada 36 1.414.432 IgP-M + 8,25% AA Austin

Brazilian Securities 2010-5 Sênior 53 12.364.742 IgP-M + 8,25% A+ Austin

Brazilian Securities 2010-5 Subordinada 53 1.373.860 IgP-M + 8,25% A+ Austin

Brazilian Securities 2010-6 Sênior 65 9.404.831 IgP-M + 8,25% A- Austin

Brazilian Securities 2010-6 Subordinada 65 1.044.981 IgP-M + 8,25% A- Austin

Brazilian Securities 2010-7 Sênior 41 9.428.462 IgP-M + 8,25% A Austin

Brazilian Securities 2010-7 Subordinada 41 1.047.607 IgP-M + 8,25% não há não há

Brazilian Securities 2010-8 Sênior 37 10.281.617 IgP-M + 8,25% A Austin

Brazilian Securities 2010-8 Subordinada 37 1.142.402 IgP-M + 8,25% A Austin

Brazilian Securities 2010-9 Sênior 47 9.421.830 IgP-M + 8,25% A- Austin

Brazilian Securities 2010-9 Subordinada 47 1.046.870 IgP-M + 8,25% A- Austin

Brazilian Securities 2010-10 Sênior 54 9.767.004 IgP-M + 8,25% A- Austin

Brazilian Securities 2010-10 Subordinada 54 1.085.223 IgP-M + 8,25% A- Austin

Brazilian Securities 2010-15 Única 120 40.126.658 TR + 10,50% não há não há

Brazilian Securities 2010-22 Única 120 109.074.704 TR + 10,00% BBB+(bra) Fitch

Brazilian Securities 2010-24 Única 144 143.799.999 TR + 10,00% não há não há

Brazilian Securities 2010-38 Única 52 51.362.396 IgP-M + 7,70% AAA(bra) Fitch

Pátria 2010-1 Única 189 3.001.336 IPCA + 9,25% não há não há

RB Capital 2010-13 Única 145 100.000.000 IPCA + 7,95% AA-(bra) Fitch

RB Capital 2010-14 Única 120 320.000.000 TR + 10,30% não há não há

Total 1.003.380.706

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Crédito Imobiliário

Brazilian Securities 2010-13 Única 243 29.877.797 IgP-M + 13,31% não há não há

Brazilian Securities 2010-14 Sênior 356 41.962.855 IgP-M + 11,32% AA-(bra) Fitch

Brazilian Securities 2010-14 Subordinada 356 7.405.210 IgP-M + 12,00% não há não há

Brazilian Securities 2010-16 Única 165 21.466.530 IgP-M + 10,69% não há não há

Brazilian Securities 2010-18 Única 166 11.013.999 IgP-M + 11,31% não há não há

Brazilian Securities 2010-21 Sênior 359 34.066.936 IgP-M + 11,55% não há não há

Brazilian Securities 2010-21 Subordinada 359 5.090.462 IgP-M + 12,59% não há não há

Brazilian Securities 2010-23 Única 180 13.045.047 IgP-M + 10,68% não há não há

Brazilian Securities 2010-25 Sênior 359 9.904.580 IgP-M + 8,89% A+ Austin

Brazilian Securities 2010-25 Subordinada 359 1.100.509 IgP-M + 31,32% não há não há

Brazilian Securities 2010-26 Sênior 359 9.900.665 IgP-M + 8,88% A+ Austin

Brazilian Securities 2010-26 Subordinada 359 1.100.074 IgP-M + 27,97% não há não há

Brazilian Securities 2010-31 Única 48 120.000.000 CDI+1,30% A1.br Moody's

Brazilian Securities 2010-34 Sênior 359 42.689.108 IgP-M + 8,00% A+(bra) Fitch

Brazilian Securities 2010-34 Subordinada 359 6.378.833 IgP-M + 32,13% não há não há

Brazilian Securities 2010-39 Sênior 240 12.267.261 8,99% AA- Austin

Brazilian Securities 2010-39 Subordinada 240 1.363.029 28,48% não há não há

Brazilian Securities 2010-44 Sênior 240 19.649.426 8,10% não há não há

Brazilian Securities 2010-44 Subordinada 240 2.183.270 40,48% não há não há

Brazilian Securities 2010-45 Única 60 200.400.000 CDI + 1,20% não há não há

gaia 2010-5 Sênior 59 116.975.023 IgP-M + 7,70% AA-(bra) Fitch

gaia 2010-5 Subordinada 75 41.615.970 IgP-M + 12,00% não há não há

gaia 2010-6 Sênior 178 85.149.889 IgP-M + 8,40% brAA+ S & P

gaia 2010-6 Subordinada 178 15.000.000 IgP-M + 9,00% não há não há

gaia 2010-11 Única 24 228.000.000 11,45% não há não há

gaia 2010-12 Única 61 300.000.000 CDI+1,30% A+(bra) Fitch

gaia 2010-13 Única 60 46.634.385 94,00% CDI não há não há

PDg 2010-2 Única 36 89.000.000 TR + 9,80% não há não há

PDg 2010-4 Única 96 405.000.000 107,00% CDI não há não há

RB Capital 2010-3 Única 121 60.000.000 IPCA + 9,03% A2.br Moody's

Total 1.978.240.858

Ofertas Públicas de CRI – Montante (em R$ milhões) | FIG. 34Fonte : Uqbar

Mon

tant

e Re

gist

rado

(R$

milh

ões)

Qua

ntid

ade

de R

egis

tros

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Montante Registrado (R$ milhões) Quantidade de Registros

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Ofertas Públicas de CRI por Ativo-Lastro em 2010 (cont.) | Tabela 9

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Securitizadoras Imobiliárias registradas na CVM em 2010 | Tabela 10

Securitizadora Imobiliária Data de Registro

3A Companhia Securitizadora 08/03/10

Polo Capital Securitizadora 22/09/10

Plural Capital Securitizadora 09/11/10

Portfolio Securitizadora 25/11/10

Fonte: Uqbar

Número de Securitizadoras Imobiliárias Registradas na CVM | FIG. 36

201020092008200720062005200420032002200120001999199819970

2

4

6

8

10

12

Fonte: Uqbar

Emissões de CRI de 2010 por Tipo de Registro (% montante emitido) | FIG. 35

31,5 %

66,2 %

2,3 %

Esforços Restritos

Ofertas Públicas

Dispensa de Registro

66,2 %

31,5 %

2,3 %

Fonte: Uqbar

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1

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CETIP

As figuras 37 e 38 apresentam respectivamente a evolução histórica

dos depósitos e do estoque referentes ao mercado de CRI.

Depósitos de CRI na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) | FIG. 37

2010200920082007200620052004200320022001200019990

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

Fonte: CETIP

Estoque de CRI na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) | FIG. 38

Jan

99

Mai

99

Set 9

9

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00

Mai

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Set 0

0

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1

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2

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Set 0

3

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Set 0

4

Jan

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Set 0

5

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6

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7

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08

Set 0

8

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09

Mai

09

Set 0

9

Jan

10

Mai

10

Set 1

00

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

16.000

18.000

20.000

Fonte: CETIP

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INvESTIDORES

A partir da Instrução da Comissão de Valores Mobiliários Nº 472/2008

e, em seguida, da Lei Nº 12.024/2009, as quais permitiram, respectivamente,

investimentos preponderantes em CRI por parte de FII e isenção tributária

destes fundos em relação aos rendimentos destes títulos, criaram-se as con-

dições para o surgimento efetivo de um novo segmento, dedicado a investi-

mentos de renda fixa, no mercado de FII. Denominados de FII de Renda Fixa,

estes fundos têm como objetivo realizar investimentos em ativos financeiros

de origem imobiliária, com destaque para o CRI.

Os dois primeiros FII de Renda Fixa surgiram em 2009, porém, um mer-

cado para este segmento passa realmente a existir em 2010, com o apare-

cimento do FII Votorantim Securities, que fechou o ano com um valor de

capitalização de mercado vizinho à marca do meio bilhão de reais.

O ano terminou com um total de cinco fundos nesta categoria com

um patrimônio líquido consolidado de R$ 668,3 milhões.

Composição do Montante Emitido de CRI em 2010 por Classe de Investidor (% de Montante) | FIG. 39

10,3 %

77,9 %

2,3 %1,5 % 1,0 %

0,4 %

Bancos Comerciais

Pessoas físicas

Fundos de investimento

Instituições Intermediárias participantes do consórcio de distribuição

Demais pessoas jurídicas

Demais instituições �nanceiras

Entidades de previdência privada

77,9 %

10,3 %

6,6 %

2,3 %

1,5 %

1,0 %

0,4 %

6,6 %

Fonte: Uqbar

PL dos FII que investem em CRI | FIG. 40Fonte : Uqbar

0

100

200

300

400

500

600

700

800

0

1

2

3

4

5

6

PL (R

$ m

ilhõe

s)

Núm

ero

de F

II

Jan-10 Fev-10 Mar-10 Abr-10 Mai-10 Jun-10 Jul-10 Ago-10

Set-10 Out-10 Nov-10

Dez-10

Montante PL (R$ milhões) Quantidade de FII

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1

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MERCADO SECUNDÁRIO

A figura 41 mostra a evolução histórica das negociações de CRI reali-

zadas na BM&FBOVESPA e registradas na CETIP.

CEDENTES

As figuras 42 e 43 apresentam a distribuição do número de cedentes

de créditos imobiliários por tipo de atividade econômica destes, para as ope-

rações de CRI realizadas durante o ano de 2010, separadas por tipo de crédito

Residencial ou Corporativo.

Negociações de CRI na CETIP e BM&FBOVESPA Evolução Histórica (em R$ milhões) | FIG. 41

BM&FBOVESPA CETIP

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 20100

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

500

1.500

2.500

3.500

4.500

Fonte: Uqbar/ CETIP/ BM&FBOVESPA

Número de Cedentes de Crédito Residencial por Atividade Econômica – Ano 2010 | FIG. 42

Atividades Imobiliárias

Construção

Intermediação �nanceira

Agricultura & Pecuária

0 20 40 60 8010 30 50 70 90

Fonte: Uqbar

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CLASSIFICAÇãO DE RISCO

Durante o ano de 2010, oito elevações foram realizadas pelas agências

de classificação de risco. A lista destas ações é apresentada na tabela 11.

Apenas um título, o CRI emitido pela Securitizadora WT CRJ, teve sua classifi-

cação rebaixada de AA para AA-. A ação foi realizada pela Austin no dia 28 de

dezembro de 2010.

Elevações de Classificação de Risco de CRI em 2010 | Tabela 11

Operação TítuloClassificação

AnteriorNova

ClassificaçãoAgência Data

Fides 2005-1 Única AA AA+ Austin 20/12/2010

Matone 2008-1 Sênior A(bra) A+(bra) Fitch 05/03/2010

RB Capital Residencial 2006-9 Única AA- AA+ LF 10/05/2010

WT TC 2003-1 Única brAA- brAAA S & P 22/03/2010

WT VPA 2005-1 ÚnicabrAA- brAAA S & P 22/03/2010

AA AA+ Austin 20/12/2010

WT VRJ 2006-1 ÚnicabrAA- brAAA S & P 22/03/2010

AA AA+ Austin 20/12/2010

Fonte: Uqbar

Número de Cedentes de Crédito Corporativo por Atividade Econômica - Ano 2010 | FIG. 43

0 5 10 15 20 25 30

Fonte: Uqbar

Atividades Imobiliárias

Intermediação �nanceira

Construção

Industria de transformação

Agricultura & Pecuária

Educação

Transporte

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CéDULAS DE CRéDITOS IMOBILIÁRIOS (CCI)

Esta seção apresenta informações sobre as

Cédulas de Crédito Imobiliário (CCI). São

apresentados, além de resumo dos principais

termos e condições, dados relativos aos

registros destes títulos na CETIP, como

montantes anuais de depósitos e negócios,

assim como a evolução histórica do estoque

das cédulas nesta câmara.

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resumo de Termos e condições

Descrição Título representativo de créditos imobiliários. A Cédula de Crédito Imobiliário

(CCI) poderá ser integral, quando representar a totalidade do crédito, ou fracio-

nária, quando representar parte dele, não podendo a soma das cédulas fracio-

nárias emitidas em relação a cada crédito exceder o valor total do crédito que

elas representam. Cédulas fracionárias poderão ser emitidas de uma só vez, ou

ao longo do tempo, desde que o sejam antes do vencimento da obrigação

que elas representam.

A CCI é um título executivo extrajudicial exigível pelo valor apurado de acordo

com as cláusulas e as condições pactuadas no contrato que lhe deu origem.

Emissor Credor do crédito imobiliário. A emissão e a negociação de CCI independem

de autorização do devedor do crédito imobiliário que ela representa.

Lastro Créditos Imobiliários.

garantia Poderá contar com garantia real ou fidejussória. Sendo o crédito imobiliário

garantido por direito real, a emissão da cédula deverá ser averbada em registro

de imóveis, mencionando-se apenas o número, a série e a instituição custo-

diante da CCI.

Forma e Registro Escritural ou cartular. A emissão da cédula sob a forma escritural é feita me-

diante escritura pública ou instrumento particular, devendo esse instrumento

permanecer custodiado em instituição financeira e registrado em sistemas de

registro e liquidação financeira de títulos privados autorizados pelo Banco

Central do Brasil.

Pagamento Pagamentos de principal e juros são feitos em parcelas periódica ou única no

vencimento.

Negociação Diretamente entre as partes interessadas.

Transferência Na forma cartular, endosso; na forma escritural, através dos registros das nego-

ciações em sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos autoriza-

dos pelo Banco Central do Brasil.

A cessão do crédito representado por CCI implica automática transmissão das

respectivas garantias ao cessionário, sub-rogando-o em todos os direitos re-

presentados pela cédula, ficando o cessionário, no caso de contrato de aliena-

ção fiduciária, investido na propriedade fiduciária.

A cessão de crédito garantido por direito real, quando representado por CCI emiti-

da sob a forma escritural, está dispensada de averbação no registro de imóveis.

Sistema de Registro CETIP e BM&FBOVESPA.

Liquidação Financeira CETIP.

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REGISTROS

A figura 44 apresenta a evolução histórica dos montantes anuais de

depósitos de CCI na CETIP. A evolução histórica do estoque destas cédulas e

sua composição, por tipo de indexador, no final do ano de 2010 são apresen-

tadas respectivamente nas figuras 45 e 46. Os montantes anuais de negó-

cios registrados nesta câmara são apresentados na figura 47.

Depósitos de CCI na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) | FIG. 44

Fonte: CETIP

201020092008200720062005200420030

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

Estoque de CCI na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) | FIG. 45

Fonte: CETIP

Ago

03

Nov

03

Fev

04

Mai

04

Ago

04

Nov

04

Fev

05

Mai

05

Ago

05

Nov

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Mai

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07

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Nov

09

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Ago

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10.000

15.000

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25.000

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Estoque de CCI na CETIP – Composição por Indexador (% de Montante) | FIG. 46

Fonte: CETIP

27,7 %

33,6 %

8,1 %

14,5 %

16,0 %

IPCA

IGP-M

TR

Pré

Outros

33,6 %

27,7 %

16,0 %

14,5 %

8,1 %

Negociações de CCI na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) | FIG. 47

Fonte: CETIP

201020092008200720062005200420030

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TÍTULOS DO AGRONEGóCIO

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INTRODUÇãO

A promulgação da lei Nº 11.076, de 30 de dezembro de 2004, repre-

senta uma importante iniciativa de aproximação de dois setores relevantes

da economia brasileira: o do agronegócio e o financeiro, com destaque para

o mercado de capitais. A lei instituiu títulos de crédito específicos e, inspirada

na legislação que originou a securitização imobiliária, criou um título de se-

curitização, o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), e um veículo

destinado à securitização de créditos originados no setor, a Companhia Secu-

ritizadora de Direitos Creditórios do Agronegócio (CSCA ou Securitizadora do

Agronegócio).

Mesmo com o suporte de um sólido arcabouço jurídico, a participação

dos títulos do agronegócio no mercado de finanças estruturadas ainda é pe-

quena. Já passados seis anos da existência de sua lei originadora, o mercado

de CRA ainda se encontra em estágio incipiente.

O registro do primeiro depósito de CRA na CETIP ocorreu em 2008.

Em setembro do ano seguinte houve o registro da primeira oferta pública

de distribuição destes títulos, porém, esta nunca foi concretizada, tendo sido

revogada dois meses depois. A partir de setembro de 2009, passou a ocorrer

uma sequência de emissões de CRA, todas sob o regime de oferta de esforços

restritos e todas emitidas pela mesma Securitizadora do Agronegócio, a Eco

Agro. Foi uma emissão de R$ 22,0 milhões em 2009 e mais três durante 2010,

estas últimas totalizando R$ 140,1 milhões. No momento da produção deste

Anuário, uma quinta emissão, de R$ 12,0 milhões, encontrava-se em fase de

negociação. O ano passado também marcou o surgimento da segunda Se-

curitizadora do Agronegócio, a Brasil Agrosec, que foi registrada na CVM em

junho de 2010, mas que até o final daquele ano não havia feito nenhuma

emissão de títulos.

Dado o estágio nascente do mercado de CRA, os montantes de de-

pósitos, estoque e negociações de CRA na CETIP vem apresentando taxas

elevadíssimas de crescimento anual desde 2008. Porém, os níveis destas va-

riáveis relativos ao ano de 2010, apesar de terem atingido um valor de sete

a dez vezes maior que no ano anterior, somente agora alcançaram a casa da

centena de milhões de reais. Assim, ao se levar em conta o tamanho do agro-

negócio no Brasil, pode-se afirmar que a securitização de créditos do agrone-

gócio representada pelo CRA financia atualmente uma fração negligente das

necessidades do setor.

No universo das finanças estruturadas, a participação dos títulos do

agronegócio acontece de forma mais relevante como ativos do mais impor-

tante veículo de securitização do país, o Fundo de Investimento em Direitos

Creditórios (FIDC). Dentre os diversos investimentos que tem sido realizados

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por estes fundos, incluem-se dois títulos do setor: as Cédulas de Produto Rural

(CPR) e os Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA)5. Em 31

de dezembro de 2010, 41 fundos, de um total de 303 em operação naquela

data, podiam investir em direitos creditórios do agronegócio, sendo que 31

deles indicavam em seus regulamentos autorização para investir em CDCA e

CPR.

Os mercados de CPR e de CDCA, medidos pelos montantes negociados

no mercado secundário e, no caso do CDCA, também de depósitos e estoque

na CETIP, apresentaram tendência oposta ao mercado de CRA em 2010. Todas

estas variáveis caíram de nível durante o ano, sendo algumas destas quedas

bastante acentuadas.

O montante de negociações de CPR, título de crédito destinado a fi-

nanciar a produção de produtos rurais, vinha crescendo fortemente durante

o período de quatro anos até 2009, tendo saltado de meros R$ 55,5 milhões

em 2005 para R$ 1,02 bilhão em 2009. Esta tendência de alta foi abruptamen-

te interrompida em 2010, quando o montante de negociação destes títulos

registrados na CETIP não ultrapassou os R$ 120,4 milhões.

Em cima de um montante consolidado de negociações muito menor

em 2010, a composição de CPR por produto se alterou drasticamente. Ao

invés do domínio majoritário do boi, que representou cerca de 80,0% do total

negociado em 2009, houve um equilíbrio entre vários produtos, sendo que

nenhum deles atingiu uma fatia superior a 26,0% do total.

Devido às características da CPR, não há informação disponível em ter-

mos de montante de depósitos ou em estoque deste título na CETIP. A infor-

mação é consolidada pela quantidade em unidades específicas do produto

financiado, como arroba para boi ou saca para café. Dependendo do tipo

de CPR, o mesmo é liquidado através da entrega de uma quantidade pré-

determinada do produto financiado, e não em reais.

No que diz respeito ao mercado de CDCA, os dados de estoque, de-

pósito e negociação, os quais já vinham apontando estabilidade ou ligeira

queda de 2008 para 2009, agora acentuaram o movimento de declínio. Em

2010 o nível de estoque cedeu 11,6%, o de depósitos 46,9%, e o de negocia-

ção 37,6%. O fato de que o nível de estoque cedeu relativamente bem menos

do que o nível de depósitos deve refletir um provável alongamento médio

do prazo de vencimento destes títulos. Vista por uma perspectiva de longo

prazo, a trajetória destas variáveis apresentou crescimento acentuado até o

período de 2007-2008 e, apesar da queda recente, ainda permanece em nível

acima daqueles registrados nos anos anteriores a este biênio.

5 Outro título utilizado no financiamento do agronegócio e adquirido pelos FIDC são as Cédulas de Crédito Bancário (CCB). O mercado de CCB é abordado no capítulo de Títulos gerais.

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CERTIFICADOS DE RECEBÍvEISDO AGRONEGóCIO (CRA)

Esta seção apresenta informações sobre os

Certificados de Recebíveis do Agronegócio

(CRA). São apresentados, além do resumo

dos principais termos e condições, dados

relativos ao histórico de emissões, aos

emissores e aos registros destes títulos na

CETIP.

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resumo de Termos e condições

Descrição Título de crédito nominativo, de livre negociação, lastreado em direitos credi-

tórios do agronegócio e constitui promessa de pagamento em dinheiro.

Emissor Somente companhias securitizadoras de direitos creditórios do agronegócio.

Lastro Direitos creditórios originários de negócios realizados entre produtores rurais,

ou suas cooperativas, e terceiros, inclusive financiamentos ou empréstimos,

relacionados com a produção, comercialização, beneficiamento ou industria-

lização de produtos ou insumos agropecuários ou de máquinas e implemen-

tos utilizados na atividade agropecuária, conforme dispuser o Termo de Secu-

ritização.

garantia Poderá ter garantia flutuante, que lhe assegurará privilégio geral sobre o ativo

do Emissor, mas não impedirá a negociação dos bens que compõem esse ati-

vo. Poderá contar com instituição do Regime Fiduciário sobre os direitos cre-

ditórios do agronegócio.

Regime Fiduciário Sistema que permite que os direitos creditórios do agronegócio de uma ope-

ração de CRA sejam destinados exclusivamente à remuneração dos títulos las-

treados por estes créditos e às despesas e obrigações fiscais oriundas deste

processo, mantendo-se apartados do patrimônio do Emissor até que se com-

plete o resgate de todos os títulos da operação afetados por este benefício.

Tais direitos creditórios não são passíveis de constituição de garantias ou de

execução por quaisquer dos credores da Emitente de CRA, por mais privilegia-

dos que sejam.

Forma Escritural.

Registro Em sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos autorizados pelo

Banco Central do Brasil.

Classe São admitidas CRA de classe sênior, que possuem preferência para efeitos de

amortização e resgate, e CRA que se subordinam às de classe sênior para efei-

to de amortização e resgate.

Taxa de Juros Fixa ou flutuante, admitida a capitalização.

Atualização Monetária Índice de preços com série regularmente calculada e de conhecimento públi-

co. A atualização de valor é permitida desde que os títulos tenham prazo e

periodicidade de reajuste mínimos de um ano. CRA não podem ser indexados

a moedas estrangeiras.

Pagamento de Principal Normalmente através de amortizações periódicas mensais, não existindo exi-

gência de intervalo mínimo entre os pagamentos periódicos. Outras periodici-

dades são permitidas, inclusive pagamento de uma única vez no vencimento.

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Pagamento de Juros Normalmente através de pagamentos periódicos mensais, não existindo

exigência de intervalo mínimo entre os pagamentos periódicos. Outras

periodicidades são permitidas, inclusive pagamento de uma única vez no

vencimento.

Negociação Diretamente entre as partes para ofertas públicas com montante de captação

não superior a R$ 30.000.000,00 (trinta milhões de reais). Através de instituição

financeira intermediária para montante de captação superior a esse valor.

Transferência Através de registro do negócio efetuado em sistemas de registro e de liquida-

ção financeira de ativos autorizados pelo Banco Central do Brasil.

Liquidação Financeira CETIP.

EMISSõES

Em 2010, a Eco Securitizadora de Direitos Creditórios do Agronegócio

emitiu as séries 31 a 35 de CRA da companhia. Todas as cinco séries foram

ofertadas com esforços restritos, de acordo com a instrução Nº 476/2009 da

CVM, representando o montante total de R$ 140,1 milhões.

O destaque fica com a 35ª série que captou R$ 110,0 milhões e possui

remuneração de 109,0% do CDI. Essa emissão é lastreada em Certificados de

Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) cedidos pelo Banco Votorantim

e devidos pela ETh Bioenergia S.A. Por sua vez, o CDCA é lastreado por uma

Cédula de Produto Rural Financeira cuja devedora é a Usina Conquista do

Pontal (UCP) e conta com a cessão fiduciária de um contrato de fornecimento

de álcool etílico celebrado entre a UCP e a Braskem S.A. como garantia.

O histórico das emissões de CRA é apresentado na figura 48.

Emissões de CRA - Montante (em R$ milhões) | FIG. 48Fonte : Uqbar

0

20

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2009 2010

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EMISSORES

A tabela 12 mostra alguns dados sobre as Securitizadoras do Agro-

negócio registradas na CVM. Os dados de capital social, número de ações

integralizadas e principais acionistas foram obtidos nos arquivos “Formulário

de Referência de 2010” disponíveis no site da CVM.

Securitizadoras do Agronegócio Registradas na CVM | Tabela 12

SecuritizadoraData de

Constituição

Data dePrimeira Emissão

Montante Emitido em 2010

(R$ milhões)Principais Acionistas

Total de Ações Integralizadas

Capital Social

(R$)

Eco Agronegócios 02/04/2009 30/09/2009 140Ecoagro – Empresa de

Consultoria de Operações Agropecuárias Ltda.

1.000 1.000

Brasil Agrosec 30/06/2010 - -BP Patrimonial e Serviços

Empresariais Ltda.1.000 1.000

Fonte: Uqbar

REGISTROS

As figuras 49, 50 e 51 apresentam, respectivamente, a evolução histó-

rica dos depósitos, do estoque e dos negócios de CRA registrados na CETIP.

Depósitos de CRA na CETIP – Montante (em R$ milhões) | FIG. 49Fonte : CETIP

0

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2008 2009 2010

Estoque de CRA na CETIP - Montante (em R$ milhões) | FIG. 50Fonte : CETIP

0

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09

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Jun-

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-09

Nov

-09

Dez

-09

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10

Fev-

10

Mar

-10

Apr

-10

Mai

-10

Jun-

10

Jul-1

0

Ago-

10

Set-

10

Out

-10

Nov

-10

Dez

-10

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Negociações de CRA na CETIP - Montante (em R$ milhões) | FIG. 51Fonte : CETIP

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200

250

300

2008 2009 2010

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CéDULAS DE PRODUTO RURAL (CPR)

Esta seção apresenta informações sobre

a Cédula de Produto Rural (CPR). São

apresentados, além do resumo dos principais

termos e condições, dados relativos aos

registros destes títulos na CETIP, como

montantes anuais de negócios de CPR

financeira e a composição dos negócios de

CPR financeira nesta câmara.

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resumo de Termos e condições

Descrição Instrumento representativo de promessa de entrega de produtos rurais, com

ou sem garantia cedularmente constituída. É título líquido e certo, exigível

pela quantidade e qualidade do produto nela previsto, ou se CPR com liquida-

ção financeira, exigível, na data de seu vencimento, pelo resultado da multipli-

cação do preço pela quantidade do produto especificado.

Permite ao produtor rural ou suas cooperativas obterem recursos para desen-

volver sua produção ou empreendimento, com comercialização antecipada

ou não.

Emissor Produtor rural e suas associações, inclusive cooperativas.

garantia Poderá consistir em hipoteca, penhor ou alienação fiduciária.

Forma Cartular ou escritural.

Registro Para ter eficácia contra terceiros, deve ser inscrita no cartório de registro de

imóveis do domicílio do emissor. Caso a garantia consistir de hipoteca ou pe-

nhor, a CPR deverá também ser averbada na matrícula do imóvel hipotecado

e no cartório de localização dos bens apenhados.

Em caso de negociação do título em mercados de bolsa e balcão é obrigató-

rio o registro da cédula em sistema de registro e de liquidação financeira, ad-

ministrado por entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil.

Pagamento No vencimento, no caso de CPR com liquidação financeira.

Negociação Diretamente entre as partes ou em mercados de bolsa e de balcão, neste caso

sendo considerado um ativo financeiro.

Transferência Na forma cartular, endosso; na forma escritural através dos registros das nego-

ciações em sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos autoriza-

dos pelo Banco Central do Brasil.

Liquidação Financeira CETIP.

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REGISTROS

As figuras 52 e 53 apresentam, respectivamente, os montantes anuais

de negócios de CPR financeira e a composição, por produto, dos negócios de

CPR financeira na CETIP.

Negociações de CPR Financeira na CETIP - Montante (em R$ milhões) | FIG. 52Fonte : CETIP

0

200

400

600

800

1.000

1.200

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Negócios de CPR Financeira na CETIP por Produto – ( % do Montante) | FIG. 53

Álcool

Boi

Açucar

Algodão

Café

Pescado

Outros

25.9 %

24 %

15 %

13.5 %

13.2 %

6.7 %

1.7 %

13.2 %25.9 %

24 %

15 %

13.5 %

1,7 %

6.7 %

Fonte: CETIP

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CERTIFICADOS DE DIREITOS CREDITóRIOSDO AGRONEGóCIO (CDCA)

Esta seção apresenta informações sobre

os Certificados de Direitos Creditórios do

Agronegócio (CDCA). São apresentados,

além do resumo dos principais termos e

condições, dados relativos aos registros

destes títulos na CETIP, como montantes

anuais de depósitos e negócios, assim

como a evolução histórica do estoque dos

certificados nesta câmara.

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resumo de Termos e condições

Descrição Título de crédito nominativo, de livre negociação lastreado em créditos origi-

nados no agronegócio. Representa promessa de pagamento em dinheiro e

constitui título executivo extrajudicial.

Emissor Exclusivo de cooperativas de produtores rurais e de outras pessoas jurídicas

que exerçam a atividade de comercialização, beneficiamento ou industrializa-

ção de produtos e insumos agropecuários ou de máquinas e implementos

utilizados na produção agropecuária. O emissor responde pela origem e au-

tenticidade dos direitos creditórios que lastreiam os certificados.

Lastro Direitos creditórios originários de negócios realizados entre produtores rurais,

ou suas cooperativas, e terceiros, inclusive financiamentos ou empréstimos,

relacionados com a produção, comercialização, beneficiamento ou industria-

lização de produtos ou insumos agropecuários ou de máquinas e implemen-

tos utilizados na atividade agropecuária.

O CDCA confere direito de penhor sobre os direitos creditórios a ele vincula-

dos, independentemente de convenção, os quais podem ser substituídos me-

diante acordo entre o emitente e o titular. A substituição dos direitos creditó-

rios importará na extinção do penhor sobre os direitos substituídos,

constituindo-se automaticamente novo penhor sobre os direitos creditórios

dados em substituição.

Os direitos creditórios utilizados como lastro dos CDCA devem ser (i) registra-

dos em sistema de registro e de liquidação financeira de ativos autorizado

pelo Banco Central do Brasil; e (ii) custodiados em instituições financeiras ou

outras instituições autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários a prestar

serviço de custódia de valores mobiliários.

garantia Além do penhor, poderá contar com garantias reais ou fidejussórias, livremen-

te negociadas entre as partes.

Forma Cartular ou escritural.

Registro No caso de emissão sob forma escritural, os títulos deverão ser registrados em

sistema de registro e de liquidação financeira de ativos autorizado pelo Banco

Central do Brasil.

Pagamento de Principal Através de pagamentos periódicos ou em parcela única no vencimento.

Pagamento de Juros Através de pagamentos periódicos ou em parcela única no vencimento. Os

juros podem ser capitalizados, calculados em base de taxa fixa ou flutuante.

Negociação Diretamente entre as partes ou em mercados de bolsa e de balcão.

Transferência Na forma cartular, endosso; na forma escritural através dos registros das nego-

ciações em sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos autoriza-

dos pelo Banco Central do Brasil.

Liquidação Financeira CETIP.

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REGISTROS

As figuras 54, 55 e 56 apresentam respectivamente a evolução histó-

rica dos depósitos, do estoque e dos negócios de CDCA registrados na CETIP.

Depósitos de CDCA na CETIP - Montante (em R$ milhões) | FIG. 54Fonte : CETIP

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2.500

2005 2006 2007 2008 2009 2010

Estoque de CDCA na CETIP - Montante (em R$ milhões) | FIG. 55Fonte : CETIP

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Negociações de CDCA na CETIP – Montante (em R$ milhões) | FIG. 56Fonte : CETIP

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2.000

2.500

2005 2006 2007 2008 2009 2010

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DERIvATIvOS DE CRéDITO

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Se em 2009 o mercado brasileiro de derivativos de crédito reduziu seu

tamanho, em 2010 ele desapareceu. Único segmento de mercado coberto

por esta publicação a não apresentar crescimento no ano passado, este, de

fato, passou a não existir quando o único contrato de swap de crédito, no va-

lor de R$ 416,0 milhões, que vinha sendo renovado regularmente desde 2009,

deixou de sê-lo no meio de 2010 – a última renovação aconteceu em maio do

ano passado para um prazo de 45 dias.

Um nível de registro de depósitos maior que o do ano anterior pode-

ria criar uma esperança no leitor menos atento. Este, no entanto, é apenas o

reflexo de uma outra característica de um mercado em fase terminal, a redu-

ção do prazo médio dos contratos. Prazos menores geram renovações mais

frequentes, aumentando assim o montante dos depósitos. A diminuição do

prazo médio ponderado pelo montante dos contratos é, na realidade, uma

tendência já observada em 2009. Neste ano, o prazo dos contratos caiu para

95 dias, contra 175 dias em 2008. Em 2010, o prazo médio dos três contratos

depositados na CETIP ficou em 56 dias.

Regulamentação restritiva e falta de conhecimento parecem ser as cau-

sas do fenômeno. Se o histórico de vida destes instrumentos no Brasil pode

servir de base para prever o futuro, este indica que o mercado de transferên-

cia de risco de crédito no país estará concentrado em operações de securiti-

zação e alguns títulos de crédito específicos como os certificados de cédula

de crédito bancário.

As figuras 57 e 58 apresentam respectivamente a evolução histórica

dos montantes anuais dos registros e do estoque de contratos de swap de

crédito registrados na CETIP.

Registros de Swap de Crédito na CETIP - Montante (em R$ milhões) | FIG. 57Fonte : CETIP

2004 2005 2006 2007 2008 2009 20100

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Estoque de Swap de Crédito na CETIP - Montante (em R$ milhões) | FIG. 58Fonte : CETIP

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CONCEITOS BÁSICOS

Uma operação de derivativo de crédito é definida como um contrato financeiro entre duas

partes que permite isolar o risco de crédito de um determinado instrumento, normalmente deno-

minado ativo subjacente, e transferi-lo de uma parte para a outra. Note-se que apenas o risco de

crédito, e não o instrumento, é transferido entre as partes. A figura abaixo representa esquemati-

camente uma operação de derivativo de crédito.

Operação de Derivativo de Crédito

Instituição A

Ativo Subjacente

Outrosriscos

Instituição B

Risco deCrédito

Risco deCrédito

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Swap de Crédito - Credit Default Swap

Também conhecido pelo seu nome em inglês, credit default swap ou CDS, este é o tipo mais

comum de derivativo de crédito, no qual a contraparte receptora de risco, denominado vendedor

de proteção, recebe uma remuneração periódica, paga pela contraparte transferidora do risco, de-

nominado de comprador de proteção. Se houver um evento de crédito no ativo subjacente durante

a vigência do contrato de swap de crédito, o vendedor de proteção deverá fazer o pagamento ao

comprador de proteção dentro de um período estipulado. A figura abaixo representa esquematica-

mente uma operação de swap de crédito.

Swap de Taxa de Retorno Total – Total Return Swap

Tipo de derivativo de crédito, no qual a contraparte receptora de risco, vendedor de pro-

teção, recebe o rendimento de um ativo subjacente mais a variação positiva que ocorra durante

um prazo especificado e paga, à contraparte transferidora de risco, comprador de proteção, o

custo de “financiamento” de um valor nocional e a variação negativa que ocorra durante o mes-

mo prazo.

A diferença entre este tipo de derivativo de crédito e o swap de crédito consiste no fato de

que no swap de taxa de retorno total existe a troca de fluxos de caixa, havendo ou não um evento

de crédito, por exemplo, inadimplência; enquanto que no swap de crédito, o pagamento está vin-

culado à ocorrência de um evento de crédito. Este tipo de operação também pode ser conhecida

pelo seu termo em inglês, total return swap. A figura a seguir representa esquematicamente uma

operação de swap de taxa de retorno total.

Swap de Crédito

AtivoSubjacente

Compradorde proteção

Remuneração periódica

Pagamento condicionado

Vendedorde proteção

Swap de Taxa de Retorno

AtivoSubjacente

Compradorde proteção

Custo de “�nanciamento”+

Variação negativa

Rendimento do ativo+

Variação positiva

Vendedorde proteção

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RANKINGS 2010

Este capítulo apresenta uma série de

rankings divididos por tipo de entidade

emissora; Fundos de Investimento em

Direitos Creditórios (FIDC) e Companhias

Securitizadoras de Créditos Imobiliários

(CSCI ou Securitizadora Imobiliária). Para

cada um destes grupos são apresentados

rankings para as categorias Emissões,

Emissores e Terceiros. Sempre que possível

ou apropriado, cada ranking é calculado:

¡ tendo como base o montante, em R$,

e o número de operações ou títulos;

¡ para o ano de 2010 e de forma

consolidada;

¡ com as alterações nas posições

comparativamente ao ranking do ano

anterior.

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INTRODUÇãO

Abaixo segue uma análise sumarizada sobre os rankings produzidos

pela Uqbar para o mercado de Fundos de Investimento em Direitos Creditó-

rios (FIDC). Para uma análise detalhada dos rankings do mercado de securitiza-

ção imobiliária, favor vero Anuário: Securitização e Financiamento Imobiliário

– 2011. Os comentários mostram as principais movimentações registradas e

os destaques do mercado de FIDC ocorridos durante o ano de 2010. Assim

como nos outros capítulos deste Anuário, o FIDC do Sistema Petrobras NP é

desconsiderado na análise.

O FIDC Aberto PSA Finance Brasil I foi responsável pela emissão do tí-

tulo que realizou a maior captação no ano de 2010. A cota sênior emitida por

este fundo representou 8,1% do total emitido por toda a indústria de FIDC.

O fundo é um condomínio aberto e compra recebíveis de financiamento de

veículos do Banco PSA Finance Brasil e da PSA Finance Arrendamento Mer-

cantil. O mesmo FIDC também liderou o ranking de montante emitido em

2010, com 8,7% do total.

Quando os FIDC são ordenados por montante de Patrimônio Liquido

em 31 e dezembro de 2010 (PL), o FIDC Crédito Corporativo Brasil fica com

a primeira posição do ranking anual e na quarta do ranking consolidado. Na

sequência do ranking de 2010 apareceram o FIDC Aberto PSA Finance Brasil I

e o FIDC globex Crédito Mercantil.

Novamente, a BEM DTVM liderou três dos quatro rankings de adminis-

tradores de FIDC. No entanto, como decorrência de um mercado cada vez

mais competitivo, sua fatia do mercado diminuiu em todos eles. A maior per-

da de participação foi no ranking anual por PL, no qual passou de 25,0%, no

fim de 2009, para 16,7%, no fim de 2010. Neste ranking, a Votorantim Asset

Management e a Intrag DTVM ocuparam as segunda e terceira posições res-

pectivamente. Com os novos mandatos de 2010, a Votorantim Asset Mana-

gement passou da sétima para a quarta posição do ranking consolidado e a

Intrag DTVM voltou a figurar entre as primeiras após ficar apenas com a 17ª

posição em 2009. Em 2010, a Socopa foi contratada para administrar quase

20,0% dos novos FIDC que iniciaram no ano, trazendo-a para a primeira e ter-

ceira posições nos rankings anual e consolidado por número de operações,

respectivamente.

A disputa foi acirrada no segmento de assessores jurídicos de FIDC. O

escritório Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados alcançou

a primeira colocação no ranking por montante emitido. Fundos assessora-

dos pelo escritório representaram 29,5% do montante emitido. A liderança

foi obtida com uma pequena diferença para o segundo colocado, o escritório

Pinheiro guimarães Advogados (28,4%). O escritório Souza Cescon, Barrieu &

Flesch Advogados ficou em terceiro lugar neste ranking (23,9%); porém, por

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ter assessorado 15 novos FIDC, ficou com a liderança do ranking cujo critério

é número de fundos.

Os rankings de agências de classificação de risco não apresenta-

ram grandes mudanças em relação aos do ano anterior. A Austin liderou o

ranking consolidado de número de cotas de FIDC classificadas, porém, dessa

vez foi seguida de perto pela S&P que liderou os outros três rankings desta

categoria. A mudança que merece menção é relativa à Fitch, que pulou da

quarta para a segunda posição nos dois rankings por montante classificado

de cotas de FIDC.

A hegemonia da KPMg no segmento de auditores de FIDC só não au-

mentou no ranking de número de operações consolidado. O destaque fica

para sua participação no ranking anual por montante de PL. Em 2010, a com-

panhia foi contratada para prestar serviços para fundos que respondem por

94,1% do PL de todos os FIDC iniciados no ano.

Entre os custodiantes de FIDC, o Banco Bradesco só não ficou com a

primeira posição do ranking anual de número de operações, o qual foi lidera-

do pelo Banco Paulista com 21 dos 79 novos fundos de 2010. Uma mudança

importante foi no ranking consolidado de PL, onde o Itaú Unibanco caiu de

primeiro para terceiro, tendo sido ultrapassado pelo Banco Bradesco e pelo

Deutsche Bank. A participação dos três primeiros colocados deste ranking foi

de 26,7% (Banco Bradesco), 25,1% (Deutsche Bank) e 24,8% (Itaú Unibanco).

Em 2010, a Tercon Consultoria Empresarial e o Banco BTg Pactual se

mantiveram como as instituições que mais estruturaram FIDC. A primeira es-

truturou 15 novas operações enquanto que a segunda estruturou sete. Quan-

do classificados por montante emitido, Banco Santander (Brasil), Banco Voto-

rantim e Banco Itaú BBA figuraram nas três primeiras posições, nesta ordem.

O diversificado mercado de gestores de FIDC só apresentou uma ma-

nutenção de primeira colocação em relação a 2009. Foi no ranking de número

de operações consolidado, no qual a Bradesco Asset Management DTVM se

manteve em primeiro lugar com 27 FIDC, porém, empatada com a Oliveira

Trust DTVM. Nos demais rankings, as lideranças ficaram com: Votorantim Asset

Management (PL em 2010), J & M Investimento (número de operações em

2010) e BCSul Verax Serviços Financeiros (PL - consolidado).

No ranking de líderes de distribuição de cotas de FIDC, o Banco Itaú

BBA ficou com a primeira posição pelo critério de montante emitido e o BB

Banco de Investimento e o Citibank DTVM dividiram a liderança, com três títu-

los cada, pelo critério de número de títulos.

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Lista de Rankings

Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC)

EmissõesRanking de Emissões de Cotas de FIDC por Montante Emitido em 2010

Emissores Ranking de FIDC por Montante Emitido em 2010

Ranking de FIDC por Montante de PL em 2010

Ranking de FIDC por Montante de PL – Consolidado

TerceirosRanking de Administradores de FIDC por Montante de PL em 2010

Ranking de Administradores de FIDC por Número de Operações em 2010

Ranking de Administradores de FIDC por Montante de PL - Consolidado

Ranking de Administradores de FIDC por Número de Operações – Consolidado

Ranking de Advogados de FIDC por Montante Emitido em 2010

Ranking de Advogados de FIDC por Número de Operações em 2010

Ranking de Agências por Montante Classificado de Cotas de FIDC em 2010

Ranking de Agências por Número de Cotas de FIDC Classificadas em 2010

Ranking de Agências por Montante Classificado de Cotas de FIDC – Consolidado

Ranking de Agências por Número de Cotas de FIDC Classificadas – Consolidado

Ranking de Auditores de FIDC por Montante de PL em 2010

Ranking de Auditores de FIDC por Número de Operações em 2010

Ranking de Auditores de FIDC por Montante de PL – Consolidado

Ranking de Auditores de FIDC por Número de Operações – Consolidado

Ranking de Custodiantes de FIDC por Montante de PL em 2010

Ranking de Custodiantes de FIDC por Número de Operações em 2010

Ranking de Custodiantes de FIDC por Montante de PL – Consolidado

Ranking de Custodiantes de FIDC por Número de Operações – Consolidado

Ranking de Estruturadores de FIDC por Montante Emitido em 2010

Ranking de Estruturadores de FIDC por Número de Operações em 2010

Ranking de gestores de FIDC por Montante de PL em 2010

Ranking de gestores de FIDC por Número de Operações em 2010

Ranking de gestores de FIDC por Montante de PL – Consolidado

Ranking de gestores de FIDC por Número de Operações – Consolidado

Ranking de Líderes de Distribuição de Cotas de FIDC por Montante Emitido em 2010

Ranking de Líderes de Distribuição de Cotas de FIDC por Número de Operações em 2010

Securitizadoras Imobiliárias

EmissõesRanking de Emissões de CRI por Montante Emitido em 2010

Emissores Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2010

Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2010

Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido – Consolidado

Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações – Consolidado

TerceirosRanking de Advogados de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2010

Ranking de Advogados de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2010

Ranking de Agências por Montante Classificado de CRI em 2010

Ranking de Agências por Número de CRI Classificados em 2010

Ranking de Agências por Montante Classificado de CRI – Consolidado

Ranking de Agências por Número de CRI Classificados – Consolidado

Ranking de Agentes Fiduciários por Montante Emitido de CRI em 2010

Ranking de Agentes Fiduciários por Número de Operações em 2010

Ranking de Agentes Fiduciários por Montante Emitido de CRI – Consolidado

Ranking de Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRI – Consolidado

Ranking de Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2010

Ranking de Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2010

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FUNDO DE INvESTIMENTOEM DIREITOS CREDITóRIOS (FIDC)

A seguir os rankings relacionados ao

mercado de FIDC, segregados por emissões,

emissores e terceiros provedores de serviços

desta indústria. Os critérios utilizados são

apresentados após cada ranking ou conjunto

de rankings.

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EMISSõES

Ranking de Emissões de Cotas de FIDC por Montante Emitido em 2010 | Tabela 13

Título

Emissor Classe Série Montante (R$) Participação (%)

Aberto PSA Finance Brasil I Sênior Única 1.785.318.236 8,1

BCSul Verax Multicred Financeiro Subordinada Única 1.297.399.602 5,9

Crédito Corporativo Brasil Sênior 1 1.174.800.000 5,3

globex Crédito Mercantil Sênior 1 1.166.600.000 5,3

BV Financeira IV Sênior 1 699.141.386 3,2

BV Financeira V NP Sênior 1 678.000.000 3,1

For-Te Sênior Única 627.500.000 2,9

Chemical VI Indústria Petroquímica Sênior 1 544.800.000 2,5

Matone V Empréstimos Consignados Sênior Única 500.000.000 2,3

BV Financeira III Sênior 1 452.738.334 2,1

Dez Maiores 8.926.297.558 40,6

Total 21.981.840.764 100,0

Critério: Ordena as cotas de FIDC por montante emitido durante o ano de 2010.

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EMISSORES

Ranking de Cotas de FIDC por Montante Emitido em 2010 | Tabela 14

Emissor Montante (R$) Participação (%)

Aberto PSA Finance Brasil I 1.918.533.007 8,7BCSul Verax Multicred Financeiro 1.601.004.658 7,3Crédito Corporativo Brasil 1.409.700.000 6,4globex Crédito Mercantil 1.335.699.464 6,1BV Financeira V NP 1.077.000.000 4,9Caixa Master CDC Veículos do Banco Panamericano 978.059.766 4,4BV Financeira IV 894.141.386 4,1For-Te 693.874.000 3,2Chemical VI Indústria Petroquímica 600.000.000 2,7Matone V Empréstimos Consignados 586.159.914 2,7

Dez Maiores 11.094.172.195 50,5

Total 21.981.840.764 100,0

Critério: Ordena os FIDC por montante emitido durante o ano de 2010.

Ranking de FIDC por Montante de PL em 2010 | Tabela 15

1/1/2010 – 31/12/2010

FIDC Montante (R$) Posição Participação (%)

Crédito Corporativo Brasil 1.424.904.254 1 11,4Aberto PSA Finance Brasil I 1.398.775.921 2 11,2globex Crédito Mercantil 1.353.718.098 3 10,9BV Financeira V NP 1.077.122.249 4 8,6BV Financeira IV 908.297.161 5 7,3Matone V Empréstimos Consignados 641.068.301 6 5,1Chemical VI Indústria Petroquímica 601.964.019 7 4,8Lojas Renner 512.117.106 8 4,1BMg Créditos Consignados VIII 482.163.054 9 3,9Chemical V Indústria Petroquímica 303.333.272 10 2,4

Dez Maiores 8.703.463.435 69,8

Total 12.463.999.717 100,0

Ranking de FIDC por Montante de PL – Consolidado | Tabela 16

1/1/2002 – 31/12/2010 1/1/2002 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)FIDC Montante

(R$)Posição Participação

(%)Posição Participação

(%)

BCSul Verax Multicred Financeiro 4.587.145.575 1 10,5 1 9,0 1,5CEMIg Conta CRC 1.835.120.934 2 4,2 2 5,4 -1,2Master Panamericano CDC Veículos 1.711.814.329 3 3,9 3 5,3 -1,4Crédito Corporativo Brasil 1.424.904.254 4 3,3 - - 3,3CESP IV 1.404.022.827 5 3,2 4 4,5 -1,3Aberto PSA Finance Brasil I 1.398.775.921 6 3,2 - - 3,2gM Venda de Veículos 1.375.693.163 7 3,1 6 2,9 0,3globex Crédito Mercantil 1.353.718.098 8 3,1 - - 3,1Pão de Açúcar 1.227.504.549 9 2,8 5 3,5 -0,7BV Financeira V NP 1.077.122.249 10 2,5 - - 2,5

Dez Maiores 17.395.821.899 39,8 13.426.450.966 39,5 0,3

Total 43.762.708.895 100,0 33.998.809.722 100,0

Critério: Ordenam os FIDC por montante de PL no último dia do ano de 2010. O ranking anual considera apenas os fundos que efeti-vamente entraram em operação, através de sua primeira emissão de cotas, durante o ano de 2010. O fundo cujo valor do PL não tenha sido divulgado para o dia em questão não é considerado para o ranking.

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TERCEIROS

Administradores

Ranking de Administradores de FIDC por Montante de PL em 2010 | Tabela 17

1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Administrador Montante

(R$)Posição Participação

(%)Posição Participação

(%)

BEM DTVM 2.084.691.658 1 16,7 1 25,0 -8,3Votorantim Asset Management 1.985.419.410 2 15,9 9 3,5 12,4Intrag DTVM 1.898.606.951 3 15,2 17 0,2 15,0Caixa Econômica Federal 1.424.904.254 4 11,4 5 8,1 3,4Banco Santander (Brasil) 1.403.827.901 5 11,3 10 2,9 8,4Citibank DTVM 873.679.306 6 7,0 3 11,1 -4,1BTg Pactual Serviços Financeiros DTVM 822.407.215 7 6,6 7 4,2 2,4Oliveira Trust DTVM 547.878.496 8 4,4 4 10,9 -6,5BNY Mellon Serviços Financeiros DTVM 336.468.798 9 2,7 11 2,7 0,0Concórdia Corretora 271.703.929 10 2,2 8 4,0 -1,8

Dez maiores 11.649.587.918 93,5 4.676.365.094 91,3 2,2

Total 12.463.999.717 100,0 5.123.254.871 100,0

Ranking de Administradores de FIDC por Número de Operações em 2010 | Tabela 18

1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Administrador Número de

OperaçõesPosição Participação

(%)Posição Participação

(%)

Socopa 15 1 19,0 2 13,6 5,3BEM DTVM 11 2 13,9 6 6,1 7,9Citibank DTVM 10 3 12,7 4 7,6 5,1gradual Corretora 7 4 8,9 3 12,1 -3,3Oliveira Trust DTVM 6 5 7,6 1 16,7 -9,1BTg Pactual Serviços Financeiros DTVM 5 6 6,3 7 4,6 1,8Petra Personal Trader CTVM 4 7 5,1 13 3,0 2,0Intrag DTVM 3 8 3,8 18 1,5 2,3BNY Mellon Serviços Financeiros DTVM 3 9 3,8 5 7,6 -3,8Votorantim Asset Management 2 10 2,5 11 3,0 -0,5

Dez maiores 66 83,5 53 80,3 3,2

Total 79 100,0 66 100,0

Ranking de Administradores de FIDC por Montante de PL - Consolidado | Tabela 19

1/1/2002 – 31/12/2010 1/1/2002 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Administrador Montante

(R$)Posição Participação

(%)Posição Participação

(%)

BEM DTVM 8.155.020.460 1 18,6 1 24,3 -5,7Cruzeiro do Sul DTVM 6.433.945.054 2 14,7 2 14,6 0,1Intrag DTVM 4.179.562.382 3 9,6 3 10,2 -0,7Votorantim Asset Management 4.013.484.549 4 9,2 7 5,3 3,9Oliveira Trust DTVM 3.085.021.938 5 7,0 4 8,5 -1,4Panamericano DTVM 2.144.934.067 6 4,9 6 6,4 -1,5BNY Mellon Serviços Financeiros DTVM 2.112.411.330 7 4,8 8 5,0 -0,2Concórdia Corretora 2.013.676.152 8 4,6 5 7,0 -2,4Caixa Econômica Federal 2.003.245.824 9 4,6 12 1,9 2,7Citibank DTVM 1.908.699.338 10 4,4 11 2,4 2,0

Dez maiores 36.050.001.094 82,4 29.520.768.927 86,8 -4,5

Total 43.762.708.897 100,0 33.998.809.725 100,0

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Ranking de Administradores de FIDC por Número de Operações - Consolidado | Tabela 20

1/1/2002 – 31/12/2010 1/1/2002 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Administrador Número de

OperaçõesPosição Participação

(%)Posição Participação

(%)

BEM DTVM 41 1 13,6 1 16,6 -3,0

Oliveira Trust DTVM 37 2 12,3 2 14,7 -2,4

Socopa 31 3 10,3 10 4,2 6,0

gradual Corretora 26 4 8,6 4 9,3 -0,7

BNY Mellon Serviços Financeiros DTVM 25 5 8,3 3 10,4 -2,1

Petra Personal Trader CTVM 20 6 6,6 5 6,9 -0,3

Citibank DTVM 19 7 6,3 11 2,7 3,6

BTg Pactual Serviços Financeiros DTVM 15 8 5,0 9 4,2 0,7

Concórdia Corretora 13 9 4,3 8 4,2 0,1

Cruzeiro do Sul DTVM 12 10 4,0 6 5,0 -1,0

Dez maiores 239 79,1 208 80,3 -1,2

Total 302 100,0 259 100,0

Critério: Ordenam os administradores de FIDC por montante agregado de PL dos fundos no último dia do ano de 2010. Os rankings anuais consideram apenas os fundos que efetivamente entraram em operação, através de sua primeira emissão de cotas, durante o ano de 2010. O fundo cujo valor do PL não tenha sido divulgado para o dia em questão não é considerado para os rankings.

Advogados

Ranking de Advogados de FIDC por Montante Emitido em 2010 | Tabela 21

1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Escritórios de Advogados Montante

(R$)Posição Participação

(%) Posição Participação

(%)

Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr.e Quiroga Advogados

3.496.161.353 1 29,5 3 12,2 17,3

Pinheiro guimarães Advogados 3.371.141.386 2 28,4 2 12,6 15,8

Souza Cescon, Barrieu & Flesch 2.836.742.575 3 23,9 - - 23,9

Vaz, Barreto, Shingaki e Oioli Advogados 665.799.914 4 5,6 - - 5,6

Perlman Vidigal Advogados 444.848.533 5 3,8 - - 3,8

Motta, Fernandes Rocha Advogados 325.845.995 6 2,7 4 9,1 -6,4

gouvêa Advogados Associados 254.079.951 7 2,1 - - 2,1

FreitasLeite Advogados 142.255.352 8 1,2 - - 1,2

Barcellos Tucunduva Advogados 131.085.625 9 1,1 1 32,6 -31,5

Levy e Salomão Advogados 75.690.627 10 0,6 8 6,1 -5,5

Dez maiores 11.743.651.311 99,1 4.106.919.284 98,1 1,0

Total 11.855.870.247 100,0 4.187.755.139 100,0

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Ranking de Advogados de FIDC por Número de Operações em 2010 | Tabela 22

1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Escritórios de Advogados Número de

OperaçõesPosição Participação

(%) Posição Participação

(%)

Souza Cescon, Barrieu & Flesch 15 1 32,6 - - 32,6

FreitasLeite Advogados 6 2 13,0 - - 13,0

Pinheiro guimarães Advogados 5 3 10,9 4 9,8 1,1

Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr.e Quiroga Advogados

4 4 8,7 6 7,3 1,4

Motta, Fernandes Rocha Advogados 4 5 8,7 2 12,2 -3,5

Vaz, Barreto, Shingaki e Oioli Advogados 3 6 6,5 - - 6,5

Velloza, girotto e Lindenbojm Advogados 2 7 4,3 - - 4,3

Perlman Vidigal Advogados 1 8 2,2 - - 2,2

gouvêa Advogados Associados 1 9 2,2 - - 2,2

Barcellos Tucunduva Advogados 1 10 2,2 7 4,9 -2,7

Dez maiores 42 91,3 35 85,4 5,9

Total 46 100,0 41 100,0

Critério: Ordenam os assessores jurídicos de FIDC com base no montante emitido e no número de operações realizadas durante o ano de 2010. A assessoria considerada neste ranking é aquela prestada pelo participante ao administrador do FIDC no processo de estrutu-ração do fundo. Quando duas ou mais instituições assessoram conjuntamente um mesmo fundo, o crédito é atribuído integralmente a todas as instituições. Os rankings consideram apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, durante o ano de 2010.

Agências de Classificação de Risco

Ranking de Agências por Montante Classificado de Cotas de FIDC em 2010 | Tabela 23

1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na Participação

(%)Agência de Classificação Montante (R$) Posição Participação (%) Posição Participação (%)

S & P 3.863.205.536 1 36,2 1 59,0 -22,7

Fitch 3.340.400.000 2 31,3 4 8,2 23,1

Moody's 2.432.200.000 3 22,8 3 11,2 11,7

Austin 521.577.577 4 4,9 2 13,8 -8,9

SR 500.000.000 5 4,7 5 6,8 -2,1

Total 10.657.383.113 100,0 9.363.814.065 100,0

Ranking de Agências por Número de Cotas de FIDC Classificadas em 2010 | Tabela 24

1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na Participação

(%)Agência de Classificação Número de Cotas Posição Participação

(%) Posição Participação

(%)

S & P 41 1 53,2 1 39,3 13,9

Austin 18 2 23,4 2 32,8 -9,4

Fitch 8 3 10,4 3 9,8 0,5

Moody’s 8 4 10,4 5 6,6 3,8

SR 2 5 2,6 4 8,2 -5,6

Total 77 100,0 61 100,0

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Ranking de Agências por Montante Classificado de Cotas de FIDC – Consolidado | Tabela 25

1/1/2002 – 31/12/2010 1/1/2002 – 31/12/2009 Mudança na Participação

(%)Agência de Classificação Montante (R$) Posição Participação

(%) Posição Participação

(%)

S & P 21.786.736.045 1 35,2 1 35,0 0,2

Fitch 12.169.350.000 2 19,7 4 17,3 2,4

Moody's 11.831.545.000 3 19,1 3 18,4 0,8

Austin 10.730.487.577 4 17,4 2 20,0 -2,6

SR 2.654.823.529 5 4,3 6 4,2 0,1

LF 2.634.401.559 6 4,3 5 5,2 -0,9

Total 61.807.343.710 100,0 51.149.960.598 100,0

Ranking de Agências por Número de Cotas de FIDC Classificadas – Consolidado | Tabela 26

1/1/2002 – 31/12/2010 1/1/2002 – 31/12/2009 Mudança na Participação

(%)Agência de Classificação Número de Cotas Posição Participação (%) Posição Participação (%)

Austin 161 1 33,5 1 35,5 -1,9

S & P 157 2 32,7 2 28,8 3,9

Fitch 76 3 15,8 3 16,9 -1,0

Moody's 55 4 11,5 4 11,7 -0,2

SR 18 5 3,8 5 4,0 -0,2

LF 13 6 2,7 6 3,2 -0,5

Total 480 100,0 403 100,0

Critério: Ordenam as agências de classificação de risco com base no montante classificado e no número de atribuições de classifi-cações de risco emitidas por cada uma delas às cotas de FIDC. O valor considerado nesses rankings é o montante total de títulos aos quais foi atribuída uma classificação e não o valor de toda a operação. Os rankings anuais consideram apenas as atribuições feitas durante o período sob análise para operações novas (registradas ou em processo de registro) ou antigas (realizadas em períodos an-teriores, mas classificadas pelas agências em questão pela primeira vez durante o ano). As atividades de monitoramento das agências não são contabilizadas para suas posições nos rankings. Uma classificação, seja ela preliminar ou não, é contabilizada uma única vez. Contudo, somente são consideradas classificações nas quais os montantes dos títulos classificados são informados nos relatórios ou em comunicados formais das próprias agências de classificação de risco. Quando um título recebe classificações de duas ou mais agências, o montante objeto da classificação é atribuído a ambas as agências. Os rankings são calculados de forma consolidada e para o ano de 2010.

Auditores

Ranking de Auditores de FIDC por Montante de PL em 2010 | Tabela 27

1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Auditor Montante (R$) Posição Participação (%) Posição Participação (%)

KPMg 11.724.523.058 1 94,1 1 74,2 19,8

PricewaterhouseCoopers 265.510.493 2 2,1 7 0,2 1,9

Ernst & Young Terco 135.281.592 3 1,1 8 0,0 1,1

Baker Tilly Brasil 118.384.564 4 0,9 4 1,2 -0,2

BDO Trevisan 109.948.380 5 0,9 6 0,3 0,6

PSW Brasil 81.037.755 6 0,7 - - 0,7

Acal Consultoria e Auditoria 18.687.231 7 0,1 - - 0,1

hLB Audilink 8.608.049 8 0,1 - - 0,1

Terco grant Thornton 2.018.596 9 0,0 - - 0,0

Total 12.463.999.718 100,0 5.123.254.871 100,0

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Ranking de Auditores de FIDC por Número de Operações em 2010 | Tabela 28

1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Auditor Número

de OperaçõesPosição Participação

(%) Posição Participação

(%)

KPMg 50 1 63,3 1 62,1 1,2Baker Tilly Brasil 18 2 22,8 2 22,7 0,1Ernst & Young Terco 4 3 5,1 8 1,5 3,5BDO Trevisan 2 4 2,5 3 4,6 -2,0PricewaterhouseCoopers 1 5 1,3 7 1,5 -0,3PSW Brasil 1 6 1,3 - - 1,3Acal Consultoria e Auditoria 1 7 1,3 - - 1,3hLB Audilink 1 8 1,3 - - 1,3Terco grant Thornton 1 9 1,3 - - 1,3

Total 79 100,0 66 100,0

Ranking de Auditores de FIDC por Montante de PL – Consolidado | Tabela 29

1/1/2002 – 31/12/2010 1/1/2002 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Auditor Montante (R$) Posição Participação

(%) Posição Participação

(%)

KPMg 32.092.830.757 1 73,3 1 70,5 2,8Deloitte Touche Tohmatsu 6.540.715.409 2 14,9 2 18,9 -3,9PricewaterhouseCoopers 2.305.363.952 3 5,3 3 6,4 -1,1BDO Trevisan 1.208.878.956 4 2,8 4 2,4 0,4Baker Tilly Brasil 662.945.633 5 1,5 5 0,9 0,6horwath Bendoraytes Aizenman 500.058.628 6 1,1 11 0,0 1,1Ernst & Young Terco 136.174.508 7 0,3 10 0,0 0,3Terco grant Thornton 106.053.760 8 0,2 6 0,3 -0,1Audi Factor 86.244.260 9 0,2 8 0,2 0,0PSW Brasil 81.037.755 10 0,2 - - 0,2

Dez maiores 43.720.303.618 99,9 33.997.610.067 100,0 -0,1

Total 43.762.708.895 100,0 33.998.809.722 100,0

Ranking de Auditores de FIDC por Número de Operações – Consolidado | Tabela 30

1/1/2002 – 31/12/2010 1/1/2002 – 31/12/2009Mudança na

participação (%)Auditor Número de Operações

Posição Participação (%)

Posição Participação (%)

KPMg 189 1 62,6 1 63,7 -1,1Baker Tilly Brasil 45 2 14,9 2 10,8 4,1BDO Trevisan 25 3 8,3 3 8,9 -0,6Deloitte Touche Tohmatsu 14 4 4,6 4 6,9 -2,3PricewaterhouseCoopers 12 5 4,0 5 4,2 -0,3Ernst & Young Terco 5 6 1,7 7 1,2 0,5Terco grant Thornton 3 7 1,0 8 0,8 0,2Audi Factor 3 8 1,0 6 1,9 -0,9horwath Bendoraytes Aizenman 2 9 0,7 11 0,4 0,3PSW Brasil 1 10 0,3 - - 0,3

Dez maiores 299 99,0 258 99,6 -0,6

Total 302 100,0 259 100,0

Critério: Ordenam os auditores de FIDC por montante agregado de PL dos fundos no último dia do ano de 2010. Os rankings anuais consideram apenas os fundos que efetivamente entraram em operação, através de sua primeira emissão de cotas, durante o ano de 2010. O fundo cujo valor do PL não tenha sido divulgado para o dia em questão não é considerado para os rankings.

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Custodiantes

Ranking de Custodiantes de FIDC por Montante de PL em 2010 | Tabela 31

1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Custodiante Montante (R$) Posição Participação

(%) Posição Participação

(%)

Banco Bradesco 4.183.462.214 1 33,6 2 28,6 5,0

Banco Santander 3.025.907.220 2 24,3 4 7,9 16,4

Itaú Unibanco 2.425.844.179 3 19,5 7 2,9 16,5

Deutsche Bank 1.298.995.668 4 10,4 1 34,4 -24,0

Citibank DTVM 910.433.878 5 7,3 3 10,9 -3,6

Banco Paulista 248.027.618 6 2,0 9 2,1 -0,1

Banco BTg Pactual 170.563.901 7 1,4 - - 1,4

Banco do Brasil 131.075.899 8 1,1 6 3,4 -2,3

hSBC Bank Brasil 67.670.544 9 0,5 11 0,5 0,1

Banco Modal 2.018.596 10 0,0 10 1,4 -1,4

Total 12.463.999.717 100,0 5.123.254.871 100,0

Ranking de Custodiantes de FIDC por Número de Operações em 2010 | Tabela 32

1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Custodiante Número de

OperaçõesPosição Participação

(%) Posição Participação

(%)

Banco Paulista 21 1 26,6 2 27,3 -0,7

Banco Bradesco 15 2 19,0 3 12,1 6,9

Citibank DTVM 14 3 17,7 4 7,6 10,1

Deutsche Bank 8 4 10,1 1 30,3 -20,2

Banco Santander 7 5 8,9 5 7,6 1,3

Itaú Unibanco 5 6 6,3 6 4,5 1,8

hSBC Bank Brasil 4 7 5,1 7 4,5 0,5

Banco BTg Pactual 3 8 3,8 - - 3,8

Banco do Brasil 1 9 1,3 9 1,5 -0,2

Banco Modal 1 10 1,3 11 1,5 -0,2

Total 79 100,0 66 100,0

Ranking de Custodiantes de FIDC por Montante de PL – Consolidado | Tabela 33

1/1/2002 – 31/12/2010 1/1/2002 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Custodiante Montante (R$) Posição Participação

(%) Posição Participação

(%)

Banco Bradesco 11.687.315.750 1 26,7 2 29,9 -3,2Deutsche Bank 10.990.442.938 2 25,1 3 24,2 1,0Itaú Unibanco 10.836.576.010 3 24,8 1 31,4 -6,6Banco Santander 4.644.276.055 4 10,6 4 5,1 5,5Citibank DTVM 3.479.637.194 5 8,0 5 4,4 3,5Banco Paulista 916.270.160 6 2,1 7 1,2 0,9Banco do Brasil 582.609.087 7 1,3 6 2,0 -0,7Banco Rural 170.698.960 8 0,4 11 0,2 0,2Banco BTg Pactual 170.563.901 9 0,4 - - 0,4Banco Safra 156.014.735 10 0,4 9 0,4 0,0

Dez maiores 43.634.404.790 99,7 33.872.518.776 99,6 0,1

Total 43.762.708.895 100,0 33.998.809.722 100,0

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Ranking de Custodiantes de FIDC por Número de Operações – Consolidado | Tabela 34

1/1/2002 – 31/12/2010 1/1/2002 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Custodiante Número de

OperaçõesPosição Participação (%) Posição Participação (%)

Banco Bradesco 65 1 21,5 1 25,9 -4,3Deutsche Bank 59 2 19,5 2 20,5 -0,9Banco Paulista 54 3 17,9 4 13,5 4,4Banco Santander 38 4 12,6 5 13,1 -0,5Itaú Unibanco 36 5 11,9 3 15,4 -3,5Citibank DTVM 27 6 8,9 6 5,0 3,9Banco do Brasil 7 7 2,3 7 2,3 0,0hSBC Bank Brasil 7 8 2,3 8 1,2 1,2Banco BTg Pactual 3 9 1,0 - - 1,0Banco Modal 2 10 0,7 9 0,8 -0,1

Dez maiores 298 98,7 255 98,5 0,2

Total 302 100,0 259 100,0

Critério: Ordenam os custodiantes de FIDC por montante agregado de PL dos fundos no último dia do ano de 2010. Os rankings anuais consideram apenas os fundos que efetivamente entraram em operação, através de sua primeira emissão de cotas, durante o ano de 2010. O fundo cujo valor do PL não tenha sido divulgado para o dia em questão não é considerado para os rankings.

Estruturadores

Ranking de Estruturadores de FIDC por Montante Emitido em 2010 | Tabela 35

1/1/2010– 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Estruturador Montante (R$) Posição Participação

(%) Posição Participação

(%)

Banco Santander (Brasil) 3.531.786.389 1 24,4 - - 24,4Banco Votorantim 2.699.641.386 2 18,7 32 0,1 18,6Banco Itaú BBA 1.835.699.464 3 12,7 12 2,3 10,4Credit Suisse (Brasil) DTVM 1.459.700.000 4 10,1 - - 10,1BB Banco de Investimento 1.028.500.000 5 7,1 4 7,1 0,0Banco BTg Pactual 842.817.839 6 5,8 3 9,7 -3,9Banco Bradesco BBI 600.000.000 7 4,2 33 0,1 4,1Integral Trust Serviços Financeiros 475.602.511 8 3,3 2 17,3 -14,0BEM DTVM 341.487.584 9 2,4 - - 2,4Banco Bonsucesso 259.323.144 10 1,8 - - 1,8Dez maiores 13.074.558.317 90,5 4.986.951.995 85,4 5,0Total 14.450.665.399 100,0 5.837.201.039 100,0

Ranking de Estruturadores de FIDC por Número de Operações em 2010 | Tabela 36

1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Estruturador Número de

OperaçõesPosição Participação

(%) Posição Participação

(%)

Tercon Consultoria Empresarial 15 1 22,4 1 18,3 4,1Banco BTg Pactual 7 2 10,4 2 8,3 2,1Petra Personal Trader CTVM 5 3 7,5 10 3,3 4,1Banco Votorantim 4 4 6,0 32 1,7 4,3Banco Santander (Brasil) 3 5 4,5 - - 4,5BB Banco de Investimento 3 6 4,5 5 3,3 1,1Banco Itaú BBA 2 7 3,0 18 1,7 1,3Credit Suisse (Brasil) DTVM 2 8 3,0 - - 3,0Integral Trust Serviços Financeiros 2 9 3,0 3 5,0 -2,0BEM DTVM 2 10 3,0 - - 3,0Dez maiores 45 67,2 34 56,7 10,5Total 67 100,0 60 100,0

Critério: Ordenam os estruturadores de FIDC com base no montante emitido e no número de operações realizadas durante o ano de 2010. Quando duas ou mais instituições estruturam conjuntamente um mesmo fundo, o crédito é atribuído integralmente a todas as ins-tituições. Os rankings consideram apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, durante o ano de 2010.

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Gestores

Ranking de Gestores de FIDC por Montante de PL em 2010 | Tabela 37

1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Gestor Montante (R$) Posição Participação

(%) Posição Participação

(%)

Votorantim Asset Management 2.116.495.310 1 17,0 4 8,0 9,0Intrag DTVM 1.865.835.204 2 15,0 - - 15,0Credit Suisse (Brasil) DTVM 1.424.904.254 3 11,4 31 0,0 11,4Santander Brasil Asset Management 1.398.775.921 4 11,2 - - 11,2Bram Bradesco Asset Management DTVM 1.245.894.655 5 10,0 5 5,9 4,1BTg Pactual Asset Management 663.284.281 6 5,3 - - 5,3Integral Investimentos 524.806.131 7 4,2 1 19,4 -15,2Oliveira Trust DTVM 492.454.137 8 4,0 3 10,2 -6,3BRL Trust 450.459.932 9 3,6 - - 3,6Concórdia Corretora 339.409.940 10 2,7 18 0,5 2,2

Dez maiores 10.522.319.765 84,4 4.268.871.780 83,3 1,1

Total 12.463.999.717 100,0 5.123.254.871 100,0

Ranking de Gestores de FIDC por Número de Operações em 2010 | Tabela 38

1/1/2010– 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Gestor Número de

OperaçõesPosição Participação

(%) Posição Participação

(%)

J & M Investimento 14 1 17,7 4 6,1 11,7Oliveira Trust DTVM 5 2 6,3 1 13,6 -7,3gradual Corretora 5 3 6,3 2 12,1 -5,8Bram Bradesco Asset Management DTVM 4 4 5,1 6 4,6 0,5Votorantim Asset Management 3 5 3,8 5 4,6 -0,8Petra Personal Trader CTVM 3 6 3,8 - - 3,8Intrag DTVM 2 7 2,5 - - 2,5BTg Pactual Asset Management 2 8 2,5 - - 2,5Integral Investimentos 2 9 2,5 9 3,0 -0,5BRL Trust 2 10 2,5 - - 2,5

Dez maiores 42 53,2 42 63,6 -10,5

Total 79 100,0 66 100,0

Ranking de Gestores de FIDC por Montante de PL – Consolidado | Tabela 39

1/1/2002 – 31/12/2010 1/1/2002 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Gestor Montante (R$) Posição Participação

(%) Posição Participação

(%)

BCSul Verax Serviços Financeiros 6.287.412.604 1 14,4 2 14,2 0,1

Bram Bradesco Asset Management DTVM

5.481.962.270 2 12,5 1 18,8 -6,3

Votorantim Asset Management 4.479.106.131 3 10,2 7 5,9 4,3

Intrag DTVM 3.845.216.305 4 8,8 3 7,7 1,1

Oliveira Trust DTVM 2.292.532.276 5 5,2 5 6,5 -1,2

Integral Investimentos 2.276.186.213 6 5,2 8 5,5 -0,3

Panamericano DTVM 2.144.934.067 7 4,9 6 6,4 -1,5

Concórdia Corretora 2.102.958.908 8 4,8 4 6,8 -2,0

Credit Suisse (Brasil) DTVM 1.424.904.254 9 3,3 71 0,0 3,3

Santander Brasil Asset Management 1.398.775.921 10 3,2 66 0,0 3,2

Dez maiores 31.733.988.949 72,5 26.363.219.013 77,5 -5,0

Total 43.762.708.891 100,0 33.998.809.721 100,0

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Ranking de Gestores de FIDC por Número de Operações – Consolidado | Tabela 40

1/1/2002 – 31/12/2010 1/1/2002 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Gestor Número de

OperaçõesPosição Participação

(%) Posição Participação

(%)

Bram Bradesco Asset Management DTVM 27 1 8,9 1 12,4 -3,4Oliveira Trust DTVM 27 2 8,9 2 10,0 -1,1gradual Corretora 21 3 7,0 3 7,7 -0,8J & M Investimento 19 4 6,3 13 1,9 4,4PETRA Personal Trader Administração e Consultoria 17 5 5,6 4 6,9 -1,3Concórdia Corretora 12 6 4,0 7 3,9 0,1BCSul Verax Serviços Financeiros 10 7 3,3 5 4,6 -1,3Votorantim Asset Management 10 8 3,3 9 2,7 0,6BTg Pactual Serviços Financeiros DTVM 10 9 3,3 6 4,6 -1,3BNY Mellon gestão de Patrimônio 9 10 3,0 19 1,2 1,8Dez maiores 162 53,6 151 58,3 -4,7Total 302 100,0 259 100,0

Critério: Ordenam os gestores de FIDC por montante agregado de PL dos fundos no último dia do ano de 2010. Os rankings anuais consideram apenas os fundos que efetivamente entraram em operação, através de sua primeira emissão de cotas, durante o ano de 2010. O fundo cujo valor do PL não tenha sido divulgado para o dia em questão não é considerado para os rankings.

Líderes

Ranking de Líderes de FIDC por Montante Emitido em 2010 | Tabela 41

1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%) Líder de Distribuição Montante

(R$)Posição Participação

(%) Posição Participação

(%)

Banco Itaú BBA 1.516.600.000 1 26,7 6 7,8 19,0Banco Credit Suisse (Brasil) 1.409.700.000 2 24,8 - - 24,8BB Banco de Investimento 1.002.000.000 3 17,7 1 23,6 -5,9Banco Votorantim 699.141.386 4 12,3 11 0,1 12,3Oliveira Trust DTVM 204.011.079 5 3,6 2 22,3 -18,7BICBanco 192.761.765 6 3,4 - - 3,4Banco Santander (Brasil) 181.253.382 7 3,2 - - 3,2Banco Rural 101.746.328 8 1,8 - - 1,8Banco BVA 91.537.076 9 1,6 - - 1,6Banco BMg 83.290.924 10 1,5 - - 1,5Dez Maiores 5.482.041.940 96,6 1.672.821.730 99,9 -3,3Total 5.674.230.646 100,0 1.674.161.730 100,0

Ranking de Líderes de FIDC por Número de Operações em 2010 | Tabela 42

1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%) Líder de Distribuição Número de

OperaçõesPosição Participação

(%) Posição Participação

(%)

BB Banco de Investimento 3 1 15,0 2 11,1 3,9Citibank DTVM 3 2 15,0 10 5,6 9,4Banco Itaú BBA 2 3 10,0 7 5,6 4,4Oliveira Trust DTVM 2 4 10,0 1 27,8 -17,8Banco Credit Suisse (Brasil) 1 5 5,0 - - 5,0Banco Votorantim 1 6 5,0 11 5,6 -0,6BICBanco 1 7 5,0 - - 5,0Banco Santander (Brasil) 1 8 5,0 - - 5,0Banco Rural 1 9 5,0 - - 5,0Banco BVA 1 10 5,0 - - 5,0Dez Maiores 16 80,0 16 88,9 -8,9Total 20 100,0 18 100,0

Critério: Ordenam os líderes de ofertas públicas de cotas de FIDC com base no número e no montante distribuído durante o ano de 2010. Quando duas ou mais instituições lideram conjuntamente uma mesma oferta pública, os montantes são atribuídos integral-mente a todas as instituições. Os rankings consideram apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, durante o ano de 2010.

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SECURITIzADORAS IMOBILIÁRIAS

A seguir os rankings relacionados ao

mercado de Securitizadoras Imobiliárias ou

CSCI, segregados por emissões, emissores

e terceiros provedores de serviços desta

indústria. Os critérios utilizados são

apresentados após cada ranking ou conjunto

de rankings.

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EMISSõES

Ranking de Emissões de CRI por Montante Emitido em 2010 | Tabela 43

TítuloMontante (R$) Participação (%)

Emissor Série Classe

Brazilian Securities 2010-28 Única 1.217.815.305 14,3

RB Capital 2010-8 Única 524.586.170 6,2

PDg 2010-4 Única 405.000.000 4,7

Brazilian Securities 2010-29 Única 400.000.000 4,7

RB Capital 2010-14 Única 320.000.000 3,8

gaia 2010-12 Única 300.000.000 3,5

gaia 2010-11 Única 228.000.000 2,7

PDg 2010-1 Única 186.862.757 2,2

Cibrasec 2010-21 Única 182.657.828 2,1

Brazilian Securities 2010-30 Única 165.000.000 1,9

Dez maiores 3.929.922.060 46,1

Total 8.528.843.937 100,0

Critério: Ordena os CRI por montante emitido durante o ano de 2010.

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EMISSORES

Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2010 | Tabela 44

1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Securitizadora Imobiliária

Montante (R$) Posição Participação (%) PosiçãoParticipação

(%)

Brazilian Securities 3.596.340.993 1 42,2 3 17,4 24,7

grupo RB Capital 1.545.391.320 2 18,1 1 28,9 -10,8

gaia 1.260.012.770 3 14,8 4 10,8 4,0

Cibrasec 845.437.470 4 9,9 2 20,3 -10,4

PDg 791.862.757 5 9,3 8 2,7 6,6

BRC 339.166.352 6 4,0 6 5,1 -1,1

Áquilla 54.877.913 7 0,6 - - 0,6

CIA Província 44.975.768 8 0,5 - - 0,5

Beta 29.500.000 9 0,3 9 1,2 -0,8

habitasec 14.600.000 10 0,2 - - 0,2

Dez Maiores 8.522.165.343 100,0 3.708.097.004 99,1 0,9

Total 8.525.562.699 100,0 3.741.540.323 100,0

Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2010 | Tabela 45

1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Securitizadora Imobiliária

Número de Operações

PosiçãoParticipação

(%) Posição

Participação (%)

Brazilian Securities 44 1 37,6 3 17,0 20,6

Cibrasec 22 2 18,8 1 31,9 -13,1

grupo RB Capital 21 3 17,9 2 25,5 -7,6

gaia 13 4 11,1 4 7,4 3,7

BRC 7 5 6,0 5 4,3 1,7

PDg 4 6 3,4 7 3,2 0,2

Áquilla 1 7 0,9 - - 0,9

CIA Província 1 8 0,9 - - 0,9

Beta 1 9 0,9 11 1,1 -0,2

habitasec 1 10 0,9 - - 0,9

Dez Maiores 115 98,3 93 98,9 -0,6

Total 117 100,0 94 100,0

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Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido – Consolidado | Tabela 46

1/1/1999 – 31/12/2010 1/1/1999 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Securitizadora Imobiliária

Montante (R$) PosiçãoParticipação

(%) Posição

Participação (%)

Brazilian Securities 7.210.823.034 1 31,3 2 24,9 6,4

Cibrasec 5.228.625.521 2 22,7 1 30,2 -7,5

grupo RB Capital 4.239.319.966 3 18,4 3 18,6 -0,2

gaia 1.663.013.893 4 7,2 7 2,8 4,4

BRC 1.098.764.963 5 4,8 4 5,2 -0,5

PDg 891.871.369 6 3,9 12 0,7 3,2

grupo WTorre 729.845.830 7 3,2 5 5,0 -1,9

Altere 493.174.181 8 2,1 6 3,4 -1,3

Safra 292.000.000 9 1,3 8 2,0 -0,7

Vision 261.337.125 10 1,1 9 1,8 -0,7

Dez Maiores 22.108.775.882 95,9 13.851.726.292 95,4 0,5

Total 23.049.209.348 100,0 14.520.365.411 100,0

Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações – Consolidado | Tabela 47

1/1/1999 – 31/12/2010 1/1/1999 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Securitizadora Imobiliária

Número de Operações

Posição Participação (%)

Posição Participação (%)

Cibrasec 144 1 29,0 1 32,1 -3,1

Brazilian Securities 124 2 24,9 3 21,1 3,9

grupo RB Capital 116 3 23,3 2 25,0 -1,7

gaia 20 4 4,0 7 1,8 2,2

BRC 19 5 3,8 6 3,2 0,7

Altere 14 6 2,8 4 3,7 -0,9

grupo WTorre 13 7 2,6 5 3,4 -0,8

PDg 7 8 1,4 10 0,8 0,6

Aetatis 6 9 1,2 8 1,6 -0,4

Pátria 5 10 1,0 9 1,1 0,0

Dez Maiores 468 94,2 356 93,7 0,5

Total 497 100,0 380 100,0

Critério: Ordenam as Securitizadoras Imobiliárias com base no montante total emitido e no número de operações efetivamente rea-lizadas, durante o ano de 2010, e calculados de forma consolidada desde 1999. As securitizadoras que não divulgaram informações sobre suas emissões, mesmo tendo ofertas públicas registradas, não são consideradas para o ranking. Os rankings referentes a 2010 consideram apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, naquele ano. Duas ou mais Securitizadoras Imobiliárias que pertencem a um mesmo conjunto de acionistas tem suas emissões consolidadas em um mesmo “grupo”.

revisar tabelas a partir de aca, unificar, li-nea al final, etc

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TERCEIROS

Advogados

Ranking dos Advogados por Montante Emitido de CRI em 2010 | Tabela 48

1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Escritório de AdvogadosMontante

(R$)Posição Participação

(%) Posição Participação

(%)

PMKA Advogados Associados 3.401.392.249 1 40,1 1 45,3 -5,2

Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr.e Quiroga Advogados

1.334.532.484 2 15,7 - - 15,7

Pinheiro guimarães Advogados 524.586.170 3 6,2 - - 6,2

Navarro Advogados 524.586.170 4 6,2 6 5,4 0,8

Felsberg, Pedretti, Manrrich e Aidar 518.679.157 5 6,1 - - 6,1

Souza, Cescon, Barrieu e Flesch 450.429.277 6 5,3 3 9,5 -4,1

Tauil & Chequer Advogados 405.000.000 7 4,8 - - 4,8

Lobo & De Rizzo Advogados 201.462.757 8 2,4 7 3,7 -1,3

Vaz, Barreto, Shingaki e Oioli Advogados 183.876.048 9 2,2 - - 2,2

Machado, Meyer, Sendacz e OpiceAdvogados

179.660.430 10 2,1 5 5,6 -3,4

Dez Maiores 7.724.204.742 91,0 2.730.452.696 100,0 -9,0

Total 8.488.001.213 100,0 2.730.452.695 100,0

Ranking dos Advogados por Número de Operações de CRI em 2010 | Tabela 49

1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Escritório de AdvogadosNúmero de Operações

Posição Participação (%)

Posição Participação (%)

PMKA Advogados Associados 33 1 38,4 1 45,3 -6,9

Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr.e Quiroga Advogados

12 2 14,0 - - 14,0

Felsberg, Pedretti, Manrrich e Aidar 6 3 7,0 - - 7,0

Souza, Cescon, Barrieu e Flesch 5 4 5,8 8 9,5 -3,6

Freitas e Leite Advogados 5 5 5,8 - - 5,8

Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados 4 6 4,7 3 5,6 -0,9

Porto, Puerto, henriques, Daud, Cabariti, Brasil e Figueiredo Advogados Associados

4 7 4,7 - - 4,7

Lobo & De Rizzo Advogados 2 8 2,3 5 3,7 -1,3

Vaz, Barreto, Shingaki e Oioli Advogados 2 9 2,3 - - 2,3

Lacaz Martins, halembeck, Pereira Neto,gurevich, Schoueri Advogados

2 10 2,3 - - 2,3

Dez Maiores 75 87,2 49 100,0 -12,8

Total 86 100,0 49 100,0

Critério: Ordenam os assessores legais com base no montante e no número de operações de CRI realizadas pelas Securitizadoras Imobiliárias durante o ano de 2010. A assessoria considerada nestes rankings é aquela prestada pelo participante às Securitizadoras Imobiliárias no processo de estruturação da operação. Os rankings consideram apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, no ano de 2010.

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Agências de Classificação de Risco

Ranking de Agências por Montante de CRI Classificado em 2010 | Tabela 50

Agência de Classificação

1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Montante

(R$)Posição Participação

(%) Posição Participação

(%)

Fitch 896.811.745 1 64,2 1 59,0 5,2

Moody’s 222.000.000 2 15,9 2 20,8 -4,9

Austin 177.933.319 3 12,7 4 3,8 9,0

S & P 85.149.889 4 6,1 5 3,7 2,4

LF 14.518.417 5 1,0 6 3,5 -2,5

Total 1.396.413.370 100,0 1.200.292.526 100,0

Ranking de Agências por Número de CRI Classificados em 2010 | Tabela 51

Agência de Classificação

1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Número de

TítulosPosição Participação

(%) Posição Participação

(%)

Austin 22 1 57,9 2 11,8 46,1

Fitch 12 2 31,6 1 64,7 -33,1

Moody’s 2 3 5,3 3 5,9 -0,6

S & P 1 4 2,6 5 5,9 -3,3

LF 1 5 2,6 6 5,9 -3,3

Total 38 100,0 17 100,0

Ranking de Agências por Montante de CRI Classificado – Consolidado | Tabela 52

Agência de Classificação

01/01/1999 – 31/12/2010 01/01/1999 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Montante

(R$)Posição Participação

(%) Posição Participação

(%)

Fitch 3.691.427.936 1 52,8 1 49,9 2,9

Austin 927.615.195 2 13,3 2 13,4 -0,1

Moody’s 918.482.662 3 13,1 3 12,4 0,7

S&P 683.549.889 4 9,8 4 10,7 -0,9

SR 412.159.969 5 5,9 5 7,4 -1,5

LF 363.256.802 6 5,2 6 6,2 -1,0

Total 6.996.492.453 100,0 5.600.079.082 100,0

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Ranking de Agência por Número de CRI Classificados – Consolidado | Tabela 53

Agência de Classificação

01/01/1999 – 31/12/2010 01/01/1999 – 31/12/2009Mudança na

participação (%)Número de Títulos

Posição Participação (%)

Posição Participação (%)

Fitch 60 1 36,4 1 37,8 -1,4

Austin 49 2 29,7 2 21,3 8,4

LF 22 3 13,3 3 16,5 -3,2

SR 13 4 7,9 4 10,2 -2,4

Moody’s 12 5 7,3 5 7,9 -0,6

S & P 9 6 5,5 6 6,3 -0,8

Total 165 100,0 127 100,0

Critério: Ordenam as agências de classificação de risco com base no montante e no número de atribuições de classificações de risco emitidas por cada uma delas aos CRI. O valor considerado no ranking das agências de classificação de risco é o montante total de títulos aos quais foi atribuída uma classificação e não o valor de toda a operação. Os rankings consideram atribuições feitas durante o período sob análise para operações novas (registradas ou em processo de registro) ou antigas (realizadas em períodos anteriores, mas classifica-das pelas agências em questão pela primeira vez durante o ano). As atividades de monitoramento das agências não são contabilizadas para suas posições no ranking. Uma classificação, seja ela preliminar ou não, é contabilizada uma única vez. Contudo, somente são consideradas classificações nas quais os montantes dos títulos classificados são informados nos relatórios ou em comunicados formais das próprias agências de classificação de risco. Quando um título recebe classificações de duas ou mais agências, o montante objeto da classificação é atribuído a ambas as agências. Os rankings são calculados de forma consolidada e para o ano de 2010.

Agentes Fiduciários

Ranking dos Agentes Fiduciários por Montante Emitido de CRI em 2010 | Tabela 54

1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Agente FiduciárioMontante

(R$)Posição Participação

(%) Posição Participação

(%)

Oliveira Trust DTVM 4.404.862.663 1 51,7 1 49,1 2,6

Pentágono DTVM 3.758.536.816 2 44,1 2 33,4 10,7

Pavarini DTVM 305.785.306 3 3,6 3 16,2 -12,6

Planner Corretora 54.877.913 4 0,6 - - 0,6

gDC Partners DTVM 1.500.000 5 0,0 4 1,3 -1,3

Total 8.525.562.699 100,0 3.444.890.323 100,0

Ranking dos Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRI em 2010 | Tabela 55

1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Agente FiduciárioNúmero de Operações

Posição Participação (%)

Posição Participação (%)

Oliveira Trust DTVM 70 1 59,8 1 62,6 -2,8

Pentágono DTVM 41 2 35,0 2 28,6 6,5

Pavarini DTVM 4 3 3,4 3 7,7 -4,3

Planner Corretora 1 4 0,9 - - 0,9

gDC Partners DTVM 1 5 0,9 4 1,1 -0,2

Total 117 100,0 91 100,0

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Ranking dos Agentes Fiduciários por Montante Emitido de CRI – Consolidado | Tabela 56

01/01/1999 – 31/12/2010 01/01/1999 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Agente FiduciárioMontante

(R$)Posição Participação

(%) Posição Participação

(%)

Oliveira Trust DTVM 13.973.671.222 1 62,5 1 69,2 -6,7

Pentágono DTVM 5.837.332.094 2 26,1 2 15,0 11,1

Pavarini DTVM 1.678.643.351 3 7,5 3 9,9 -2,4

SLW Corretora 670.000.000 4 3,0 4 4,8 -1,8

Planner Corretora 138.948.806 5 0,6 5 0,6 0,0

gDC Partners DTVM 46.500.000 6 0,2 6 0,3 -0,1

Equipe DTVM 8.009.000 7 0,0 7 0,1 0,0

C&D DTVM 5.978.497 8 0,0 8 0,0 0,0

Total 22.359.082.970 100,0 13.830.239.033 100,0

Ranking dos Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRI – Consolidado | Tabela 57

01/01/1999 – 31/12/2010 01/01/1999 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)Agente FiduciárioNúmero de Operações

Posição Participação (%)

Posição Participação (%)

Oliveira Trust DTVM 323 1 69,3 1 72,5 -3,2

Pentágono DTVM 77 2 16,5 3 10,3 6,2

Pavarini DTVM 54 3 11,6 2 14,3 -2,7

SLW Corretora 5 4 1,1 4 1,4 -0,4

Planner Corretora 3 5 0,6 5 0,6 0,1

gDC Partners DTVM 2 6 0,4 6 0,3 0,1

Equipe DTVM 1 7 0,2 7 0,3 -0,1

C&D DTVM 1 8 0,2 8 0,3 -0,1

Total 466 100,0 349 100,0

Critério: Ordena os agentes fiduciários com base no montante e no número total de operações realizadas durante o ano de 2010 e consolidado, desde 1999. O ranking referente a 2010 considera apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, durante aquele ano.

Auditores

Ranking dos Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido de CRI em 2010 | Tabela 58

1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)AuditorMontante

(R$)Posição Participação

(%) Posição Participação

(%)

Moore Stephens Lima Lucchesi 3.596.340.993 1 42,2 3 17,4 24,7

Deloitte Touche Tohmatsu 1.545.391.320 2 18,1 1 40,5 -22,4

BDO Trevisan 1.260.012.770 3 14,8 4 11,7 3,1

KPMg 876.834.825 4 10,3 2 22,6 -12,3

Terco 791.862.757 5 9,3 6 2,7 6,6

Ernst & Young Terco 340.666.352 6 4,0 - - 4,0

Itikawa 54.877.913 7 0,6 - - 0,6

Ramires & Cia. 44.975.768 8 0,5 - - 0,5

PricewaterhouseCoopers 14.600.000 9 0,2 5 5,1 -4,9

Total 8.525.562.699 100,0 3.741.540.323 100,0

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Ranking dos Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações de CRI em 2010 | Tabela 59

1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação

(%)AuditorNúmero de Operações

Posição Participação (%)

Posição Participação (%)

Moore Stephens Lima Lucchesi 44 1 37,6 3 17,0 20,6

KPMg 24 2 20,5 1 35,1 -14,6

Deloitte Touche Tohmatsu 21 3 17,9 2 30,9 -12,9

BDO Trevisan 13 4 11,1 4 9,6 1,5

Ernst & Young Terco 8 5 6,8 - - 6,8

Terco 4 6 3,4 6 3,2 0,2

Itikawa 1 7 0,9 - - 0,9

Ramires & Cia. 1 8 0,9 - - 0,9

PricewaterhouseCoopers 1 9 0,9 5 4,3 -3,4

Total 117 100,0 94 100,0

Critério: Como forma de aproximar o montante total de ativos em 31 de dezembro de 2010, ordena os auditores com base no montan-te de CRI emitido pelas securitizadoras imobiliárias auditadas por estes e no número total de operações realizadas pelas securitizadoras imobiliárias. Para cada auditor foram atribuídas as emissões das securitizadoras imobiliárias que estes estavam auditando em 31 de dezembro de 2010. O ranking considera apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, durante o ano de 2010.

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REGULAMENTAÇãO E LEGISLAÇãO

As Finanças Estruturadasno Brasil em 2010

Por José Eduardo Carneiro Queiroz

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PÍT

ULO

SE

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As opiniões expressas neste capítulo são as de seus autores e não necessaria-mente as da Uqbar Educação e Informação Financeira Avançada Ltda.

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Com uma regulamentação que já foi bastante desenvolvida nos últi-

mos anos para contemplar as mais diferentes modalidades de operações de

finanças estruturadas, 2010 foi um ano sem grandes alterações/desenvolvi-

mentos regulatórios. Tanto nas áreas de securitização, com os Certificados de

Recebíveis Imobiliários (“Cris”), Fundos de Investimento em Direitos Creditó-

rios (“FIDCs”) e títulos do agro-negócio, como na área de fundos de investi-

mentos estruturados, com os FIDCs, Fundos de Investimento em Participações

(“FIPs”) e Fundos de Investimento Imobiliário (“FIIs”), a atual regulamentação

em vigor no País permite que toda sorte de operações estruturadas possam

ser pensadas e executadas sob a lei brasileira. Adicionalmente há uma boa

infra-estrutura de regulamentação, modificações importantes em leis bastan-

te relevantes para o segmento, tais como a Lei de Falência, o Código Civil e a

Lei das S.A., deram maior flexibilidade e segurança para lidar com garantias,

mecanismos de mitigação de risco e segregação de ativos específicos.

O que vemos agora em termos de desenvolvimento na legislação/re-

gulamentação são ajustes mais de sintonia fina, envolvendo questões tributá-

rias e de restrições de investimento. Medidas de incentivo como as que vimos

para certas captações voltadas para infra-estrutura são muito importantes,

pois reduzem o ônus tributário ainda imposto sobre mecanismos de capta-

ção de recursos. Esse tipo de medida pode tornar o mercado mais atrativo e

competitivo sendo capaz, inclusive, de atrair investimentos de investidores

não-residentes. Tal movimento pode ser muito relevante para o desenvolvi-

mento das operações de finanças estruturadas.

Com pouco de novo na frente de regulamentação, vale repassarmos

como foi o ano de 2010 em termos de desempenho frente ao que era espe-

rado pelos agentes de mercado.

O ano de 2010 foi repleto de desafios para o mercado de finanças es-

truturadas no Brasil. Como o primeiro ano no momento pós-crise financeira

internacional de 2008/2009, 2010 trazia muitas expectativas sobre como o

setor financeiro de um modo geral e as finanças estruturadas em particular,

desempenhariam diante de importantes desafios macroeconômicos.

Diferente do cenário econômico vivido em muitos países centrais,

como Estados Unidos, países da Europa e Japão, o Brasil continuou a se bene-

ficiar de um momento de crescimento econômico importante, impulsionado

pela inclusão de quantidade relevante de pessoas no mercado de consumo e

por uma condição de oferta de empregos bastante forte. Esse cenário levou

a uma importante expansão do crédito na economia brasileira, que atingiu

mais de 45% do PIB brasileiro. O dado importante não é o número absoluto

em face do PIB, que no Brasil ainda se encontra em patamares reduzidos se

comparados aos de outros países com maior oferta de crédito, mas sim a

tendência de forte expansão.

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Se considerarmos que o Brasil apresenta (i) um sistema financeiro con-

centrado, que utiliza apenas parte da sua capacidade de financiamento para

as empresas uma vez que também financia consumo, (ii) pouca poupança

interna disponível e (iii) uma capacidade de financiamento por órgãos de go-

verno também limitada, é óbvia a constatação de as finanças estruturadas

têm, e terão cada vez mais, papel fundamental tanto no financiamento do

consumo como nos investimentos que são necessários para suportar o de-

senvolvimento econômico dos próximos anos.

No momento atual, temos a vantagem comparativa com o passado de

poder contar com toda a infra-estrutura necessária para o desenvolvimento

das finanças estruturadas. há uma boa regulamentação em vigor no mercado

de capitais. Os instrumentos de captação de recursos e estruturação de fun-

dos de investimento são flexíveis o suficiente para permitir o desenvolvimen-

to de operações de finanças estruturadas com o mesmo padrão existente nos

grandes centros financeiros internacionais. há prestadores de serviços sofis-

ticados e aptos para execução das operações estruturadas e os investidores

de um modo geral têm um entendimento mais sofisticado do que há alguns

anos sobre mitigação de riscos e mecanismos de proteção.

Em termos de segmentos da economia que passaram a utilizar mais os

mecanismos de finanças estruturadas, um segmento de grande destaque é o

setor imobiliário. Com o aumento da atividade de construção civil e com a ex-

pansão do crédito para financiar a aquisição de imóveis, também aumentou o

número de operações de securitização de créditos imobiliários e estruturação

de fundos de investimento imobiliários. É um bom exemplo de como as ope-

rações estruturadas podem ser importantes para ajudar um setor a alavancar

a quantidade de recursos que pode estar disponível para seu financiamento.

O desafio que se apresenta agora aponta para duas frentes. Na primeira,

as finanças estruturadas precisam passar a ser uma alternativa real e continua-

da de captação para as empresas que acessam o mercado de capitais, deixan-

do de ser esporádicas e eventuais. Para grande parte das companhias abertas

no Brasil, as captações via operação estruturada são caras e demoradas para

implementar, o que as fazem preteridas pelas captações tradicionais.

Na outra frente estão os financiamentos de projeto e as operações vol-

tadas para financiar a infra-estrutura do País. Nessa frente, alguns passos im-

portantes foram dados como a criação de regras tributárias favorecidas para

captações de prazo mais longo, mas ainda há muito para tornar tais opera-

ções realidade no volume necessário. Um desenvolvimento para ser obser-

vado e incentivado nos próximos anos e que pode ser fundamental para o

aproveitamento do bom momento econômico vivido pelo Brasil.

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CONSIDERAÇõES CONTÁBEISE TRIBUTÁRIAS

A Evolução na Regulamentaçãoda Indústria de Fundos Brasileira

Por Pedro Zago

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As opiniões expressas neste capítulo são as de seus autores e não necessaria-mente as da Uqbar Educação e Informação Financeira Avançada Ltda.

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Em janeiro deste ano entrou em vigor a Instrução da CVM Nº 489 que

dispõe sobre a aplicação das novas normas contábeis pelos fundos de inves-

timento em direitos creditórios, os FIDCs. A ação tem por iniciativa tornar mais

transparente e mais seguro aos investidores a propriedade do direito creditó-

rio e os riscos de crédito aos quais o investidor está exposto.

Adicionalmente, a implantação dessa norma se insere em um processo

de convergência das normas locais de contabilidade para os padrões interna-

cionais de contabilidade, os International Financial Reporting Standards (IFRS).

O esforço da autarquia vem no sentido também de responder à neces-

sidade dos investidores, tendo em vista o crescimento expressivo do mercado

nacional de finanças estruturadas. Apesar das incertezas do cenário interna-

cional verificadas ainda durante o ano de 2010, a indústria de fundos deverá

alcançar a marca de R$ 1,5 trilhão em patrimônio líquido no fechamento des-

se ano, segundo estimativa da Associação Brasileira das Entidades dos Merca-

dos Financeiros e de Capitais (Anbima).

Ainda de acordo com a Anbima, a indústria de fundos no Brasil já é a

sexta maior do mundo, e o crescimento deve continuar estimulado pelas cap-

tações de empresas internamente, com participação de bancos e empresas.

A expansão deve-se, principalmente, à necessidade de alternativas de

capital para médio e longo prazos, para estruturar as empresas a enfrentarem

os desafios de crescimento que o País espera para os próximos anos.

há, ainda, a necessidade da elaboração de novos Fundos de Investi-

mento em Direitos Creditórios, ou seja, mais uma alternativa para essas em-

presas se capitalizarem no médio e longo prazos. Isto por conta da demanda

por investimento em projetos voltados à infraestrutura e à aquisição de má-

quinas e equipamentos, entre outros.

O ano de 2010 simbolizou bem o caminho da indústria brasileira, que

vai à contramão dos cuidados exacerbados vividos no ano de 2009. Apesar

de o País ter demonstrado uma recuperação quase que instantânea pós-crise,

o mercado levou ainda alguns meses para se reestruturar, até porque a crise

financeira começou exatamente com produtos estruturados, os subprimes,

que causaram a redução na oferta de crédito. Por conta desse histórico, o

investidor ainda mostrava-se receoso.

O crescente mercado de finanças estruturadas brasileiro revelou-se me-

nos vulnerável na comparação com os estrangeiros e a securitização de crédi-

tos, mesmo ainda experimentando um mercado um pouco mais arredio.

O segmento de fundos em direitos creditórios (FIDC) deve continuar

aquecido. No longo prazo, o FIDC é um impulsionador da economia, e é até

por isso que os ajustes regulatórios são tão importantes e têm sido tão discu-

tidos. A atenção ainda é a palavra de ordem dos investidores, em virtude do

aumento da taxa Selic.

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E é em base a essa conjuntura que a Comissão de Valores Mobiliários

(CVM) esmerou-se, por meio da Instrução, em dar mais transparência e uma

maior gestão na liquidez do fundo, estabelecendo assim o compliance da

classificação dos fundos com as novas regras contábeis.

Uma das principais mudanças fica por conta do esclarecimento do ris-

co advindo da compra de uma cota de FIDC. Os investidores acreditavam

correr o risco de crédito do total dos recebíveis de uma carteira, mas agora

está claro que o risco assumido é o da empresa ou do banco que vendeu tais

recebíveis, na maior parte desses fundos.

Com a nova regra, os ativos dos fundos serão segregados entre aqueles

adquiridos do Cedente com aquisição substancial de riscos e benefícios, ou sem

aquisição dos riscos e benefícios inerentes aos ativos objetos de cessão.

No primeiro caso, será apresentado nas demonstrações financeiras do

fundo o risco dos ativos ao qual o cotista está exposto. No segundo caso, será

apresentado o Cedente do crédito como o principal risco do fundo, que im-

plicitamente responderá pela liquidez dos ativos cedidos ao fundo. A inten-

ção da regra é demonstrar que o investidor depende do Cedente para gerar

liquidez ao fundo.

Outra questão bastante discutida decorrente da revisão sobre regras

contábeis aplicáveis aos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios diz

respeito ao timing de reconhecimento dos resultados gerados pela cessão de

ativos ao fundo. A cessão de ativos tem sido uma forma de antecipar receitas,

e para as quais pode haver ainda uma incerteza quanto à sua realização por

conta de eventos de antecipação de pagamento (pré-pagamento) pelo to-

mador dos créditos. Essa é uma questão que deverá ser avaliada com cuidado

daqui para frente.

Mas ainda há que se fazer ajuste às novas regras. há polêmicas quanto

à possibilidade de classificação de cotas seniores no passivo ou no patrimô-

nio dos fundos, bem como o próprio registro do risco de crédito do Cedente

nos ativos do fundo. Tais aspectos podem levar o investidor a questionar até

judicialmente, em uma eventual insolvência dos ativos do fundo. Isto ainda

está sendo debatido pelo mercado e a CVM já demonstrou que cada caso

pode sofrer um tipo de classificação.

O importante é ressaltar o avanço da Instrução dos FIDC, que neste

ano completa dez anos de sua criação. Não podemos deixar de mencionar,

por exemplo, a evolução e a previsibilidade da norma que já estabelece que

as provisões de perdas deixem de ser constituídas considerando uma nor-

ma do Conselho Monetário Nacional aplicável exclusivamente a operações

bancárias.

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A partir da nova norma, as provisões para perdas no valor esperado de

realização dos créditos passam a ser feitas considerando o histórico de perdas

efetivo da carteira e outros eventos inerentes a tais operações (prorrogações,

refinanciamento, descontos, abatimentos etc.) e que alteram a previsão de

geração de caixa dos ativos. Esse critério se alinha com os padrões internacio-

nais de contabilidade.

Entretanto, o Administrador ficará responsável por desenvolver uma

estrutura que capture todos esses eventos e os pondere a partir de uma me-

todologia que deverá desenvolver, para refletir tais eventos no valor dos ati-

vos dos fundos.

Ponderando todos esses aspectos, podemos perceber a dinâmica ope-

racional na qual estão inseridos os fundos, seus Administradores e demais

agentes. Embora complexa e controversa, são questões benéficas para o for-

talecimento dessa indústria.

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