anuÁrio - uqbar.com.br · 2 anuÁrio finanÇas estruturadas | 2011 | caro leitor, o ano de 2010...
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ANUÁRIO
Finanças Estruturadas
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Caro leitor,
O ano de 2010 certamente fluiu com mais firmeza para o mercado de
finanças estruturadas que o ano anterior. Logo nos primeiros meses a sensa-
ção já era de uma distância segura do período precedente de crise financeira
e de uma aproximação acelerada com um futuro iminente de alta taxa de
crescimento. O Brasil tornou-se foco de investimento e o aumento do crédi-
to, corporativo e pessoal, saltou para o topo das prioridades estratégicas das
instituições creditícias.
O crédito imobiliário, favorecido por conta de diversas causas, princi-
palmente aquelas relacionadas à política governamental, encabeçou este
movimento de força. 2010 foi o ano de maior expansão da indústria e do
crédito imobiliário na história do país, tendo o avanço do setor superado com
folga o alto crescimento da economia brasileira. Os títulos estruturados vin-
culados ao setor, particularmente os Certificados de Recebíveis Imobiliários,
usufruíram de uma taxa de aumento anual de montante de emissões acima
de 100,0%, tendo estas atingido um patamar superior aos R$ 8,00 bilhões.
O crédito voltado a outros setores da economia também se ampliou.
O principal veículo de securitização no país, os Fundos de Investimento em
Direitos Creditórios (FIDC), capturou alguma fatia deste crescimento, princi-
palmente em relação a tipos de recebíveis decorrentes de financiamento de
veículos, recebíveis comerciais e crédito pessoal. Porém, a participação osten-
siva de instituições estatais na concessão do crédito ocupou espaço prepon-
derante neste universo, sobrando menos justificativas para se acessar instru-
mentos alternativos de financiamento como os FIDC. Olhando para frente,
na medida em que haja retração, por parte de instituições como o BNDES,
do nível relativo de atuação na concessão de crédito constatado em 2010,
conforme parece estar sendo sinalizado para 2011, haverá um espaço cres-
cente a ser conquistado pelo mercado de capitais em geral, e pelos fundos
estruturados, em particular.
Neste ano que se adentra, esperam-se alguns importantes avanços na
arena regulamentar voltada para o mercado de finanças estruturadas. Dentre
os benefícios resultantes das novas medidas que podem ser implementadas
em 2011, especificamente em relação à Instrução da Comissão de Valores
Mobiliários Nº 489, um maior nível de transparência e profundidade referente
à divulgação exigível de dados sobre o comportamento das carteiras de re-
cebíveis sob a gestão dos FIDC aponta para um novo patamar de desenvolvi-
mento deste mercado em termos de seus aspectos informacionais.
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A Uqbar continua apostando e investindo no futuro do mercado de
finanças estruturadas. O Anuário Finanças Estruturadas, em sua edição 2011, é
uma publicação através da qual acreditamos estar efetivamente contribuindo
com o aprimoramento do setor, agregando valor como fonte de pesquisa e
análise. Motivados pelo sucesso das edições anteriores e o encorajamento
recebido no sentido de continuar trazendo este produto para o mercado, en-
vidamos os maiores esforços para satisfazer a todos participantes, tanto em
qualidade como em amplidão de cobertura.
Como sempre, para aqueles que se interessarem, estimulamos e agra-
decemos críticas ou elogios. O retorno recebido dos leitores sempre nos aju-
da na criação de nossas publicações, muitas delas ainda por vir.
Desejamos a todos uma boa leitura,
Equipe Uqbar
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ÍNIO A BRAZILIAN SECURITIES foi criada em 2000 para desenvolver o mercado bra-
sileiro de títulos imobiliários. Foi a primeira empresa no Brasil a receber a classificação AA1.BR da Moody’s Investors Service, referente sua emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). As emissões da Brazilian Secu-rities totalizaram R$ 7,34 bilhões em dezembro de 2010, o que representava 33% do mercado brasileiro.www.braziliansecurities.com.br
A RB CAPITAL é uma empresa independente, especializada em operações de crédito estruturado e gestão de investimentos imobiliários, que se diferen-cia pela sua capacidade de desenvolver e entregar soluções inovadoras e eficientes aos seus Clientes e Investidores e, ao mesmo tempo, comprometer o capital necessário para o desenvolvimento dos negócios.www.rbcapital.com.br
Fundado em 1992, o MATTOS FILhO ADVOgADOS é um dos maiores escritórios do Brasil. O Escritório oferece uma ampla gama de serviços e atende a solici-tações e demandas específicas dos clientes. Além da equipe altamente quali-ficada de sócios e advogados, o Mattos Filho Advogados possui reconhecida experiência no ambiente jurídico brasileiro. www.mattosfilho.com.br
A KPMg é uma rede global de firmas independentes que prestam serviços profissionais de Audit, Tax e Advisory. Estamos presentes em 150 países, com 138 mil profissionais atuando em firmas-membro em todo o mundo. No Bra-sil, somos aproximadamente 2.800 profissionais distribuídos em 11 Estados e no Distrito Federal, 16 cidades e 18 escritórios.www.kpmg.com.br
O ALMEIDA BUgELLI E VALENçA ADVOgADOS ASSOCIADOS foi fundado em 2002 e hoje conta com 50 integrantes. Os sócios fundadores, Silvia Bugelli e Mar-celo Valença, têm mais de 20 anos no exercício da advocacia. ABV atua nas áreas societária, bancária, mercado de capitais, tributária, desenvolvimento e financiamento imobiliário e infraestrutura.www.almeidabugelli.com
Eleito “Melhor Banco de Investimento no Brasil” pela LatinFinance e globalFinance, além de “Equity house of the Year in Brazil” pela Euromoney. Liderança absoluta nos rankings da ANBIMA em Emissão de CRIs, com 25% de participação de mercado, e Distribuição de Renda Fixa – Longo prazo, com 18,9% de participação total. www.btgpactual.com
A BRL TRUST, única empresa voltada exclusivamente para prestação de ser-viços fiduciários. É líder de mercado como interveniente fiduciário de títulos de crédito privado. Como administrador fiduciário de fundos, mantém car-teira de R$ 5,5 bilhões. Nossa área de gestão de projetos está envolvida nas principais obras atualmente sob construção no Brasil.www.brltrust.com.br
Fundado em 1972, MAChADO, MEYER, SENDACZ E OPICE ADVOgADOS é um dos mais respeitados escritórios de advocacia do Brasil. Com atuação harmônica em todas as áreas do direito, oferece assistência legal a clientes nacionais e internacionais, incluindo grandes corporações dos mais variados setores de atividades, instituições financeiras e entidades governamentais.www.machadomeyer.com.br
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ÍNDICE DE CONTEÚDO
INTRODUÇãO 10
CAPÍTULO UM – TíTulos Gerais 16 Introdução 17 Destaque: Os FIDC do Banco Panamericano 19 Cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) 25 Resumo de Termos e Condições 26 Emissões 29 Registros 31 CVM 31 CETIP 35 Desempenho 36 Spreads & Curvas de Rendimento 39 Investidores 43 Mercado Secundário 43 Cedentes 44 Classificação de Risco 45 Cédulas de Crédito Bancário (CCB) 46 Resumo de Termos e Condições 47 Registros 48 Certificados de Cédulas de Crédito Bancário (CCCB) 49 Resumo de Termos e Condições 50 Registros 51
CAPÍTULO DOIS – TíTulos imobiliários 52 Introdução 53 Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) 56 Resumo de Termos e Condições 58 Emissões 60 Registros 61 CVM 61 CETIP 64 Investidores 65 Mercado Secundário 66 Cedentes 66 Classificação de Risco 67 Cédulas de Crédito Imobiliário (CCI) 68 Resumo de Termos e Condições 70 Registros 71
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CAPÍTULO TRêS – TíTulos do aGroneGócio 73 Introdução 74 Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) 76 Resumo de Termos e Condições 77 Emissões 78 Emissores 79 Registros 79 Cédulas de Produto Rural (CPR) 81 Resumo de Termos e Condições 82 Registros 83 Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) 84 Resumo de Termos e Condições 85 Registros 86
CAPÍTULO qUATRO – derivaTivos de crédiTo 87 Conceitos Básicos 89 Swap de Crédito – Credit Default Swap 90 Swap de Taxa de Retorno Total – Total Return Swap 90
CAPÍTULO CINCO – rankinGs 2010 91 Introdução 93 FIDC 96 Emissões 97 Emissores 98 Terceiros 99 Administradores 99 Advogados 100 Agências de Classificação de Risco 101 Auditores 102 Custodiantes 104 Estruturadores 105 gestores 106 Líderes 107 Securitizadoras Imobiliárias 108 Emissões 110 Emissores 111 Terceiros 113 Advogados 113 Agências de Classificação de Risco 114 Agentes Fiduciários 115 Auditores 116
CAPÍTULO SEIS – reGulamenTação e leGislação 118 As Finanças Estruturadas no Brasil em 2010
Por José Eduardo Carneiro Queiroz
CAPÍTULO SETE – considerações conTábeis e TribuTárias 122 A Evolução na Regulamentação da Indústria de Fundos Brasileira Por Pedro Zago
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ICE ÍNDICE DE FIGURAS
Os dados das figuras desta publicação têm como data base 31 de dezembro de 2010. Para acompanhamento contínuo de dados e notícias sobre este mercado, utilize o Orbis.
FiGura 1 Emissões por Categoria (geral, Imobiliário, Agronegócio) – 2010 (em R$ milhões) 13FiGura 2 Negociações por Categoria (geral, Imobiliário, Agronegócio) – 2010 (em R$ milhões) 13FiGura 3 PDD dos FIDC do Banco Panamericano – Montante (em R$ milhões) 19FiGura 4 Emissões, Amortizações e PDD/DC do FIDC Caixa Master CDC Veículos do Banco Panamericano 19FiGura 5 Emissões, Amortizações e PDD/DC do FIDC Caixa CDC Veículos do Banco Panamericano 20FiGura 6 PL dos FIDC de Fornecedores – Montante (em R$ milhões) 21FiGura 7 PL dos FIDC multi-cedentes multi-sacados – Montante (em R$ milhões) 22FiGura 8 Emissões de Cotas de FIDC – Montante (em R$ milhões) 29FiGura 9 Composição das Emissões de Cotas de FIDC por Ativo-lastro – 2009 e 2010 (% do Montante Emitido) 29FiGura 10 Ofertas Públicas de Cotas de FIDC – Montante (em R$ milhões) 32FiGura 11 Número de FIDC Registrados na CVM 33FiGura 12 Depósitos de Cotas de FIDC na CETIP – Montante (em R$ milhões) 35FiGura 13 Estoque de Cotas de FIDC na CETIP – Montante (em R$ milhões) 36FiGura 14 Atrasos, PDD e PDD/Atrasos 36FiGura 15 Evolução dos Índices Atrasos/DC e PDD/DC (%) 37FiGura 16 PDD/DC por Ativo-lastro – 2009 e 2010 (%) 38FiGura 17 Variação de PDD Normalizada das maiores classes de Ativo-lastro (%) 38FiGura 18 Rendimento (a.a.) X Data de Emissão – Títulos AAA e AA e Duração entre 1,5 e 3,5 anos 39FiGura 19 Rendimento (a.a.) X Data de Emissão – Recebíveis Comerciais 39FiGura 20 Rendimento (a.a.) X Data de Emissão – Financiamento de Veículos 41FiGura 21 Rendimento (a.a.) X Data de Emissão – Crédito Pessoal 41FiGura 22 Rendimento (a.a.) X Data de Emissão – Classificação de Risco AAA 41FiGura 23 Rendimento (a.a.) X Data de Emissão – Classificação de Risco AA 42FiGura 24 Composição do Montante Emitido de Cotas de FIDC em 2010 por Classe de Investidor (% de Montante) 43FiGura 25 Negociações de Cotas de FIDC na BM&FBOVESPA e CETIP – Montante (em R$ milhões) 43FiGura 26 Emissões de cotas de FIDC por Atividade Econômica do Cedente – 2010 44FiGura 27 Depósitos de CCB na CETIP – Montante (em R$ milhões) 48FiGura 28 Estoque de CCB na CETIP – Montante (em R$ milhões) 48FiGura 29 Negociações de CCB na CETIP – Montante (em R$ milhões) 48FiGura 30 Depósitos de CCCB na CETIP – Montante (em R$ milhões) 51FiGura 31 Estoque de CCCB na CETIP – Montante (em R$ milhões) 51FiGura 32 Negociações de CCCB na CETIP – Montante (em R$ milhões) 51FiGura 33 Emissões de CRI – Montante (em R$ milhões) 60FiGura 34 Ofertas Públicas de CRI – Montante (em R$ milhões) 62FiGura 35 Emissões de CRI de 2010 por Tipo de Registro (% montante emitido) 63FiGura 36 Número de Securitizadoras Imobiliárias Registradas na CVM 63FiGura 37 Depósitos de CRI na CETIP – Montante (em R$ milhões) 64FiGura 38 Estoque de CRI na CETIP – Montante (em R$ milhões) 64FiGura 39 Composição do Montante Emitido de CRI em 2010 por Classe de Investidor (% de Montante) 65FiGura 40 PL dos FII que investem em CRI 65FiGura 41 Negociações de CRI na BM&FBOVESPA e CETIP – Montante (em R$ milhões) 66FiGura 42 Número de Cedentes de Crédito Residencial por Atividade Econômica – Ano 2010 66FiGura 43 Número de Cedentes de Crédito Corporativo por Atividade Econômica – Ano 2010 67FiGura 44 Depósitos de CCI na CETIP – Montante (em R$ milhões) 71
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FiGura 45 Estoque de CCI na CETIP – Montante (em R$ milhões) 71FiGura 46 Estoque de CCI na CETIP por Indexador (% do Montante) 72FiGura 47 Negociações de CCI na CETIP – Montante (em R$ milhões) 72FiGura 48 Emissões de CRA – Montante (em R$ milhões) 78FiGura 49 Depósitos de CRA na CETIP – Montante (em R$ milhões) 79FiGura 50 Estoque de CRA na CETIP – Montante (em R$ milhões) 79FiGura 51 Negociações de CRA na CETIP – Montante (em R$ milhões) 80FiGura 52 Negociações de CPR Financeira na CETIP – Montante (em R$ milhões) 83FiGura 53 Negócios de CPR Financeira na CETIP por Produto – ( % do Montante) 83FiGura 54 Depósitos de CDCA na CETIP – Montante (em R$ milhões) 86FiGura 55 Estoque de CDCA na CETIP – Montante (em R$ milhões) 86FiGura 56 Negociações de CDCA na CETIP – Montante (em R$ milhões) 86FiGura 57 Registros de Swap de Crédito na CETIP – Montante (em R$ milhões) 88FiGura 58 Estoque de Swap de Crédito na CETIP – Montante (em R$ milhões) 89
ÍNDICE DE TABELAS
Os dados das tabelas desta publicação têm como data base 31 de dezembro de 2010. Para acompanhamento contínuo de dados e notícias sobre este mercado, uti-lize o Orbis.
Tabela 1 Definições das Classes de Ativo-lastro 30Tabela 2 Ofertas Públicas de Cotas de FIDC por Ativo-lastro em 2010 31Tabela 3 FIDC Registrados na CVM em 2010 33Tabela 4 Spreads por Classificação de Risco 42Tabela 5 Spreads por Ativo-lastro 42Tabela 6 Elevações de Classificação de Risco de Cotas de FIDC em 2010 45Tabela 7 Rebaixamentos de Classificação de Risco de Cotas de FIDC em 2010 45Tabela 8 Definições das Classes de Ativo-lastro 60Tabela 9 Ofertas Públicas de CRI por Ativo-lastro em 2010 61Tabela 10 Securitizadoras Imobiliárias Registradas na CVM em 2010 63Tabela 11 Elevações de Classificação de Risco de CRI em 2010 67Tabela 12 Securitizadoras do Agronegócio Registradas na CVM 79Tabela 13 Ranking de Emissões de Cotas de FIDC por Montante Emitido em 2010 97Tabela 14 Ranking de FIDC por Montante Emitido em 2010 98Tabela 15 Ranking de FIDC por Montante de PL em 2010 98Tabela 16 Ranking de FIDC por Montante de PL – Consolidado 98Tabela 17 Ranking de Administradores de FIDC por Montante de PL em 2010 99Tabela 18 Ranking de Administradores de FIDC por Número de Operações em 2010 99Tabela 19 Ranking de Administradores de FIDC por Montante de PL – Consolidado 99Tabela 20 Ranking de Administradores de FIDC por Número de Operações – Consolidado 100Tabela 21 Ranking de Advogados de FIDC por Montante Emitido em 2010 100Tabela 22 Ranking de Advogados de FIDC por Número de Operações em 2010 101Tabela 23 Ranking de Agências por Montante Classificado de Cotas de FIDC em 2010 101Tabela 24 Ranking de Agências por Número de Cotas de FIDC Classificadas em 2010 101Tabela 25 Ranking de Agências por Montante Classificado de Cotas de FIDC – Consolidado 102Tabela 26 Ranking de Agências por Número de Cotas de FIDC Classificadas – Consolidado 102Tabela 27 Ranking de Auditores de FIDC por Montante de PL em 2010 102Tabela 28 Ranking de Auditores de FIDC por Número de Operações em 2010 103
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© 2011 Uqbar
A Uqbar Educação e Informação Financeira Avançada Ltda. empregou seus melhores esforços na obtenção e verifi-cação dos dados apresentados neste documento. Nossas informações foram obtidas de fontes que consideramos fidedignas, mas sua exatidão e seu grau de integralidade e integridade não estão garantidos. A Uqbar Educação e Informação Financeira Avançada Ltda. não se responsabiliza por quaisquer perdas ou prejuízos que possam advir de informações equivocadas. Esta publicação não é recomendação de compra ou venda.
Todos os direitos autorais inerentes ao presente documento são de propriedade da Uqbar Educação e Informação Financeira Avançada Ltda. Nenhuma das informações desta publicação pode ser copiada, reproduzida, divulgada ou transmitida, no todo ou em partes, em qualquer formato, por qualquer razão, ou por qualquer pessoa, sem citar Uqbar Educação e Informação Financeira Avançada Ltda. como fonte.
Tabela 29 Ranking de Auditores de FIDC por Montante de PL – Consolidado 103Tabela 30 Ranking de Auditores de FIDC por Número de Operações – Consolidado 103Tabela 31 Ranking de Custodiantes de FIDC por Montante de PL em 2010 104Tabela 32 Ranking de Custodiantes de FIDC por Número de Operações em 2010 104Tabela 33 Ranking de Custodiantes de FIDC por Montante de PL – Consolidado 104Tabela 34 Ranking de Custodiantes de FIDC por Número de Operações – Consolidado 105Tabela 35 Ranking de Estruturadores de FIDC por Montante Emitido em 2010 105Tabela 36 Ranking de Estruturadores de FIDC por Número de Operações em 2010 105Tabela 37 Ranking de gestores de FIDC por Montante de PL em 2010 106Tabela 38 Ranking de gestores de FIDC por Número de Operações em 2010 106Tabela 39 Ranking de gestores de FIDC por Montante de PL – Consolidado 106Tabela 40 Ranking de gestores de FIDC por Número de Operações – Consolidado 107Tabela 41 Ranking de Líderes de Distribuição de Cotas de FIDC por Montante Emitido em 2010 107Tabela 42 Ranking de Líderes de Distribuição de Cotas de FIDC por Número de Operações em 2010 107Tabela 43 Ranking de Emissões de CRI por Montante Emitido em 2010 110Tabela 44 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2010 111Tabela 45 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2010 111Tabela 46 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido – Consolidado 112Tabela 47 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações – Consolidado 112Tabela 48 Ranking de Advogados de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2010 113Tabela 49 Ranking de Advogados de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2010 113Tabela 50 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante Classificado de CRI em 2010 114Tabela 51 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de CRI Classificados em 2010 114Tabela 52 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante Classificado de CRI – Consolidado 114Tabela 53 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de CRI Classificados – Consolidado 115Tabela 54 Ranking de Agentes Fiduciários por Montante Emitido em 2010 115Tabela 55 Ranking de Agentes Fiduciários por Número de Operações em 2010 115Tabela 56 Ranking de Agentes Fiduciários por Montante Emitido de CRI – Consolidado 116Tabela 57 Ranking de Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRI – Consolidado 116Tabela 58 Ranking de Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2010 116Tabela 59 Ranking de Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2010 117
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INTRODUÇãO GERAL
O mercado de finanças estruturadas vem crescendo pari passu com a
expansão da economia brasileira nos últimos anos. Estes não são movimen-
tos independentes, sendo o mercado de finanças estruturadas um subcon-
junto do mercado financeiro brasileiro. No entanto, alguns fatores específicos
geraram um impacto diferenciado neste setor. Em 2010, elementos que con-
tribuíram de forma determinante para a ampliação do mercado de finanças
estruturadas foram as políticas públicas direcionadas para o setor imobiliário,
o aumento do crédito ao consumidor e os incentivos fiscais para alguns to-
madores e investidores de recursos.
Como resultado da atuação dos fatores acima mencionados, houve
diferentes graus de crescimento entre os mercados dos títulos deste setor.
O mercado de títulos ligados ao setor imobiliário mostrou forte expansão no
ano, superando por larga margem a já alta taxa de crescimento da economia
do país. Emissões de cotas de fundos de investimento dedicados à compra
de recebíveis, originados em alguns segmentos da economia, também avan-
çaram sobremaneira em 2010 – destaque para os fundos dedicados à com-
pra de créditos decorrentes de financiamentos para pessoa física, para fins
genéricos e para a aquisição de veículos, e de operações comerciais.
Por outro lado, a captação de recursos via mercado de finanças estru-
turadas se mostrou modesta ou quase inexistente para alguns importantes
setores da economia, com o de infraestrutura. Uma das razões para um de-
sempenho aquém das expectativas foi a disponibilização, por parte do go-
verno, de outras opções de financiamento mais atraentes.
Este Anuário apresenta uma cobertura completa da evolução do mer-
cado de finanças estruturadas durante o ano de 2010. Os três principais capí-
tulos, que trazem um amplo conjunto de dados quantitativos e qualitativos
dos títulos deste mercado, estão organizados por atividade econômica. A
variação no desempenho na comparação entre títulos de diferentes setores
da economia é, assim, detectável na medida em que os capítulos oferecem
leituras de indicadores distintas.
A despeito da impossibilidade de precisão total, a Uqbar historicamen-
te opta por definir aquilo que se caracteriza como sendo parte do mercado
de finanças estruturadas através de critérios os mais claros e coerentes pos-
síveis. Estes critérios são conceitos de uma tecnologia financeira específica
que se aplicam ou não a um determinado ativo financeiro. Quanto mais com-
pletamente os mesmos se aplicarem, mais forte será a identificação deste
ativo com o mercado de finanças estruturadas. Os critérios são os seguintes:
I) transferência de risco, II) agrupamento de créditos, III) reordenamento de
fluxo de caixa, IV) formação de lastro e V) ordenamento de prioridade de di-
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reitos, com definição de classes distintas de títulos e consequente mitigação
de risco para as classes de direito sênior.
As operações de securitização de ativos são as que englobam de for-
ma mais completa todos os critérios acima. No Brasil, os principais títulos de
securitização são as cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios
(FIDC) e os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), estes últimos emiti-
dos pelas Companhias Securitizadoras de Crédito Imobiliário (Securitizado-
ras Imobiliárias). Outro título de securitização que dá os primeiros sinais de
vida no mercado brasileiro são os Certificados de Recebíveis do Agronegócio
(CRA), emitidos pelas Companhias Securitizadoras de Direitos Creditórios do
Agronegócio.
Além dos títulos de securitização, outros títulos são incluídos no mer-
cado de finanças estruturadas por também estarem associados, em maior ou
menor grau, aos critérios descritos acima. Esta associação se dá pelas carac-
terísticas que estes títulos carregam per se; porém, mais importante, pelo fato
deles fazerem parte do lastro ou ativo das operações de securitização.
O Capítulo Um deste Anuário cobre os títulos gerais, aqueles que
não estão atrelados a um setor específico da economia. O principal deles é a
cota de FIDC, veículo que é utilizado para o financiamento de empresas, das
mais variadas áreas da economia. Na Introdução deste capítulo, além de co-
mentários específicos sobre a evolução geral do mercado, uma análise mais
detalhada é feita para os eventos mais relevantes ocorridos no ano. Neste
sentido, destaca-se o crescimento de dois tipos específicos de FIDC: (a) aque-
les dedicados a fornecedores de grandes empresas, principalmente da Petro-
brás; e (b) aqueles decorrentes de uma mudança estrutural – a migração da
atividade de fomento mercantil para a indústria de fundos de investimento.
Outro fenômeno importante analisado é o comportamento dos fundos que
adquiriam continuamente ativos de uma instituição que passou por graves
problemas no final do ano passado, o Banco Panamericano.
O Capítulo Dois se refere aos títulos imobiliários do mercado de finan-
ças estruturadas. Neste capítulo são apresentados os indicadores de cresci-
mento mais robusto no Anuário, refletindo, por um lado, como arguido aci-
ma, a poderosa expansão pela qual passa este setor no mercado brasileiro
e, por outro lado, a intensificação do uso do mercado de capitais como seu
instrumental de financiamento e investimento.
O Capítulo Três é dedicado aos títulos do agronegócio. Apesar de já
possuir um arcabouço jurídico regulamentar bem evoluído, este mercado,
dependendo do título abordado, ainda se encontra em estado incipiente.
O montante de CRA emitido continua crescendo a taxas elevadas, mas em
cima de uma base diminuta. Em relação à análise de tendência das variáveis
consolidadas dos outros títulos do setor, houve uma aparente retração em
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volume. Tal leitura deve ser feita considerando-se dois fatores: 1) parte do fi-
nanciamento deste setor através de instrumentos do mercado de finanças
estruturadas ocorre via títulos gerais, como a Cédula de Crédito Bancário; e 2),
devido a características específicas de um título importante do agronegócio,
a Cédula do Produto Rural, não há informação consolidada disponível por
completo deste mercado.
As figuras 1 e 2 apresentam os montantes consolidados de emissões
e negociações dos títulos cobertos neste Anuário, segregados nas categorias
geral, Imobiliário e Agronegócio.
Após os capítulos referentes aos mercados de títulos, o Anuário pros-
segue, no Capítulo Quatro, com um breve texto tratando dos derivativos de
crédito. Estes também fazem parte do mercado de finanças estruturadas, tan-
to por se tratar de uma tecnologia para a transferência e o agrupamento de
risco de crédito, como pela possibilidade de ser utilizados como instrumento
Emissões por Categoria (Geral, Imobiliário, Agronegócio) – 2010 (em R$ milhões) | FIG. 1
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Títulos Gerais Títulos Imobiliários Títulos do Agronegócio
Fonte : Uqbar
Negociações por Categoria (Geral, Imobiliário, Agronegócio) – 2010 (em R$ milhões) | FIG. 2
Fonte : Uqbar
Títulos Gerais Títulos Imobiliários Títulos do Agronegócio
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de reforço de crédito, alavancagem financeira ou hedge (proteção) em uma
operação estruturada. Porém, o histórico empírico dos derivativos de crédito
no Brasil revela um mercado que, de fato, ainda não decolou.
No Capítulo Cinco, o Anuário traz mais uma vez um importante pro-
duto informacional: trata-se dos já conhecidos Rankings Uqbar, publicados
em várias edições e acompanhados anualmente desde 2003.
Os últimos dois capítulos são de autoria de dois importantes partici-
pantes e especialistas do mercado de finanças estruturadas. Ambos desen-
volvem uma apreciação do desenvolvimento e das possibilidades deste mer-
cado, sob a ótica de sua evolução regulamentar em 2010. O Capítulo Seis foi
escrito por José Eduardo Carneiro Queiroz, do escritório Mattos Filho, Veiga
Filho, Marrey Jr e Quiroga Advogados e o Capítulo Sete por Pedro Zago, da
KPMg.
TÍTULOS GERAIS
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INTRODUÇãO
Nesta seção são abordados os três títulos mobiliários que estão direta
ou indiretamente relacionados ao mercado de finanças estruturadas e não
estão vinculados a setores econômicos específicos. São eles: as cotas de Fun-
dos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), as Cédulas de Crédito
Bancário (CCB) e os Certificados de Cédulas de Crédito Bancário (CCCB).
As cotas de FIDC são os principais títulos de securitização do merca-
do brasileiro, tanto em função da evolução histórica e da dimensão atual de
suas variáveis quantitativas, como em termos da diversidade de setores da
economia que já se beneficiam deste instrumento de financiamento e in-
vestimento. O volume consolidado de emissões destes títulos atingiu novo
recorde anual: R$ 21,98 bilhões1. A trajetória histórica deste indicador sofreu
sua primeira queda anual, desde o nascimento desta indústria no início da
década passada, no ano de 2009. Porém, a significativa taxa de crescimento
alcançada em 2010, de 80,8%, trouxe o volume anual de emissão de volta
para o mesmo patamar que teria sido alcançado, a uma taxa de crescimento
histórica, caso não houvesse tido interrupção de crescimento em 2009.
Parte significante destas emissões, 49,9%, vieram de novos FIDC regis-
trados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em 2010. Este, por sinal, foi
outro indicador que registrou novo recorde. No ano, 98 fundos foram regis-
trados na autarquia, contra 90 em 2009 e 93 em 2008.
Recursos captados por esses fundos foram investidos predominante-
mente em quatro tipos de ativos, compostos por créditos decorrentes: (i) de
financiamentos para a aquisição de veículos automotores, tendo como toma-
dor tanto pessoas físicas como jurídicas; (ii) da venda financiada de um bem
ou serviço realizado por pessoas jurídicas, sendo o financiamento geralmente
de curto prazo, 30 a 90 dias; (iii) de financiamentos para consumo não especí-
fico a pessoas físicas, incluindo operações com e sem consignação em folha
de pagamento, cartão de crédito e cheque especial; e (iv) financiamentos
à pessoa jurídica para a aquisição de bens (excluindo imóveis e veículos, já
pertencentes a outras classes) e outros fins como comércio exterior, infraes-
trutura e desenvolvimento.
De acordo com o critério estabelecido pela Uqbar, estes créditos com-
põem, respectivamente, as seguintes classes de ativos investidos por FIDC
(ativos-lastro): Financiamento de Veículos, Recebíveis Comercias, Crédito Pes-
soal e Crédito Pessoa Jurídica.
1 Este número não considera as emissões do FIDC Sistema Petrobras NP. A Uqbar exclui esse fundo em todas as suas análises sobre o mercado de FIDC devido às suas características particulares, seu tamanho totalmente desproporcional com relação ao restante do mercado e o fato de que a inclusão de seus dados comprometeria seriamente a análise de desempenho do mercado. Informações sobre este fundo podem ser encontradas no Orbis.
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Estas quatro classes de ativos-lastro dominaram 82,3% das emissões de
cotas em 2010. Incluindo a classe denominada Multiclasse, a qual é composta
por fundos que, em sua maioria, também investem nestas quatro classes, a
participação de mercado destes ativos sobe para 95,7%.
Os FIDC cujos ativos-lastro pertencem a Financiamento de Veículos
foram os de maior montante consolidado de emissão de cotas no ano, com
R$ 6,43 bilhões, representando 29,3% do total do setor. Em relação ao mon-
tante emitido por fundos desta classe em 2009, o crescimento foi de 260,5%.
Nesta classe, o FIDC – PSA Finance Brasil I, que entrou em operação
em abril do ano passado, foi o fundo que mais captou, R$ 1,92 bilhão. Com
os recursos, o fundo investiu em créditos oriundos de operações de leasing
de veículos, realizadas entre a PSA Arrendamento Mercantil e seus clientes.
Porém, foi a BV Financeira, a instituição que mais captou recursos através de
FIDC, tanto através de fundos em operação desde 2006, como através de dois
novos fundos, o FIDC BV Financeira IV e o FIDC BV Financeira V NP.
No entanto, o destaque para a classe Financiamento de Veículos ficou
para dois outros fundos, existentes no mercado desde 2003, e tendo como
cedente o Banco Panamericano – Ver Destaque.
Recebíveis Comerciais foi a classe de ativo-lastro que ocupou a segun-
da posição em emissões. No ano, foram emitidos R$ 5,71 bilhões através de 77
fundos. O FIDC globex Crédito Mercantil foi o que mais captou, R$ 1,34 bilhão,
através da emissão de cotas sênior (R$ 1,17 bilhão) e subordinadas (R$ 169,1
milhões). O fundo adquiriu créditos originados de operações de compra e
venda de produtos e serviços, realizada entre a globex Utilidades S.A. (globex)
e seus clientes, que foram financiados por meio de cartões de crédito. A glo-
bex, mais conhecida pela marca Ponto Frio, é uma empresa varejista com foco
nos mercados de eletroeletrônicos e móveis do Brasil.
Também merecem destaque os fundos que contam como cedentes
empresas dos setores petroquímico e telefonia. Dois fundos, que levam o
nome de Chemical e têm como cedente a Braskem S.A., captaram R$ 900,0
milhões. O FIDC For-te, fundo que tem como cedentes empresas fornece-
doras de bens e serviços para as empresas do grupo Telefônica, tendo estas
como as devedoras dos créditos, captaram R$ 693,9 milhões.
De fato, o FIDC For-te é um dos mais antigos fundos de uma categoria
particular que o mercado alcunhou de “FIDC de Fornecedores”. Estes fundos
têm como objetivo prover financiamento mais competitivo para as empresas
de diferentes portes que fornecem bens e serviços para grandes empresas.
Estes fornecedores cedem seus créditos aos fundos que passam a contar com
risco de crédito e/ou desempenho particulares. O risco de crédito é das gran-
des empresas, caso o crédito cedido corresponda a um bem ou serviço já
entregue. O risco de desempenho é o do fornecedor, caso o bem ou serviço
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Destaque – Os FIDC do Banco Panamericano
Conforme amplamente divulgado na mídia no último trimestre de 2010, o mercado financeiro brasileiro
descobriu, de forma súbita, que o Banco Panamericano estava totalmente descapitalizado devido a uma fraude contábil
bilionária. Começou então um processo de negociação entre várias partes, que contou com a participação fundamental
do Fundo garantidor de Crédito, que financiou o aporte de capital, em valor aproximadamente de R$ 3,80 bilhões, pelo
principal acionista do banco, o grupo Sílvio Santos, e culminou com a venda, já em 2011, da instituição financeira ao
Banco BTg Pactual.
Neste ínterim, a percepção do mercado do risco associado aos FIDC Master Panamericano CDC Veículos
(MasterPan) e AutoPan CDC Veículos (Autopan)2, ambos tendo como único cedente e cotista subordinado o Banco
Panamericano, flutuou consideravelmente.
Os dois FIDC são fundos abertos e investem em créditos originários de contratos de empréstimo para aquisição
de veículos automotores leves e pesados. No final de outubro de 2010, o MasterPan registrava um Patrimônio Líquido
(PL) acima de R$ 2,00 bilhões e o Autopan um PL próximo de R$ 500,0 milhões. Os níveis registrados de desempenho
das suas carteiras de investimento eram confortáveis – o percentual de Provisões para Devedores Duvidosos (PDD) em
relação ao montante de Direitos Creditórios (DC) era de 1,22% para o MasterPan e 2,83% para o AutoPan.
A figura 3 mostra o histórico mensal de montante de PDD para os FIDC Masterpan e Autopan. As figuras 4 e
5 exibem o desempenho, medido pela relação PDD sobre DC, e de montante de emissão e resgate de cotas sênior e
subordinadas para estes fundos.
PDD dos FIDC do Banco Panamericano – Montante (em R$ milhões) | FIG. 3Fonte : Uqbar
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CAIXA MASTER CDC VEÍCULOS DO PANAMERICANO CAIXA CDC VEÍCULOS DO PANAMERICANO
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2 Em assembleias realizadas em 13/01/2011, os FIDC MasterPan e Autopan tiveram seus nomes alterados para Caixa Master CDC Veículos do Banco Panamericano e Caixa CDC Veículos do Banco Panamericano, respectivamente.
Emissões, Amortizações e PDD/DC do FIDC Caixa Master CDC Veículos do Banco Panamericano | FIG. 4
Fonte : Uqbar
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No entanto, este bom desempenho histórico não foi suficiente para acalmar muitos dos investidores destes FIDC,
receosos sobre a qualidade e integridade dos ativos dos fundos. O que se passou nos meses seguintes ao conhecimento
do problema do cedente foi um fulminante teste de liquidez para estes fundos, os quais, em última análise, dependiam
neste quesito de um cedente/cotista subordinado que também estava sendo socorrido. Em novembro de 2010, mês em
que a agência Austin rebaixou a classificação de risco do MasterPan e do Autopan em três níveis, de AA+ estável para A+
com perspectiva negativa, entre os dois fundos foram resgatados o equivalente a R$ 552,7 milhões em cotas sênior. No
MasterPan, os resgates somaram R$ 450,0 milhões, ou seja, 20,7% do seu PL no mês anterior. Somente neste mês, os dois
fundos perderam 218 investidores de cotas sênior – o Masterpan perdeu cerca de 30,0% de seus investidores enquanto
que o número de investidores de classe sênior do Autopan foi reduzido à metade. Até então, o maior resgate sofrido por
esses fundos em um único mês tinha sido de R$ 76,8 milhões.
Para atender a demanda por resgate de cotas, os fundos, que contavam com índices historicamente baixos de
liquidez3, receberam uma injeção substancial de recursos através de emissões de cotas subordinadas adquiridas pelo
Banco Panamericano. Foram R$ 175,0 milhões em subscrições no MasterPan e R$ 46,4 milhões no Autopan. Ainda assim,
permaneceu uma necessidade de caixa considerável, que deve ter sido atendida através de uma combinação de captação
marginal de cotas sênior, vencimentos de direitos creditórios e, principalmente, venda de direitos creditórios. Neste
último caso, tudo leva a crer que o próprio Banco Panamericano deva ter tido um papel relevante como comprador.
A dinâmica permaneceu praticamente a mesma no mês seguinte e o aporte adicional via cotas subordinadas
elevou ainda mais os índices de subordinação destes fundos. Para o Masterpan o índice cresceu de 37,2% no final de
outubro para 61,5% no final de dezembro; enquanto que para o Autopan os números para este indicador cresceram
no mesmo período de 47,7% para 72,7%.
A partir de um maior entendimento do mercado de que, de fato, o risco de crédito dos dois FIDC estaria sendo
bem administrado e o risco de liquidez contido, inclusive como consequência da reestruturação societária do Banco
Panamericano, estes dois fundos tendem a voltar a ter uma existência normal, com fluxos mensais de emissão e resgate
de cotas compatíveis com seus comportamentos históricos.
Recentemente, estes dois fundos passaram a ser administrados pela Caixa Econômica Federal que alterou seus
nomes e praticamente reescreveu seus regulamentos.
Emissões, Amortizações e PDD/DC do FIDC Caixa CDC Veículos do Banco Panamericano | FIG. 5
Fonte : Uqbar
Emissão Sênior Amortização Sênior Emissão Subordinada Amortização Subordinada PDD/DC (%)
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PDD
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(%)
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3 Segundo relatórios da agência Austin de 7 de janeiro de 2011, o caixa (títulos públicos + saldo em tesouraria) desses fundos medido como um percentual do PL, com exceção de setembro de 2010, nunca foi superior a 0,5%.
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ainda não tiver sido completamente entregue. Estas estruturas geralmen-
te contam com o patrocínio da grande empresa, que visualiza nestas ope-
rações uma forma de conseguir financiamento mais barato para seus for-
necedores, contando assim com um produto ou serviço final com um
preço mais atrativo, fornecido por produtores sem dificuldades de liquidez.
Nos últimos anos, e em especial durante 2010, o principal patrocinador
destes fundos tem sido a Petrobras. Durante o ano, quatro fundos tendo como
cedentes empresas fornecedoras da empresa estatal emitiram cotas, totalizan-
do um montante emitido de R$ 193,3 milhões e um patrimônio líquido (PL)
consolidado de R$ 122,1 milhões. Segundo a empresa, estão sendo estrutura-
dos mais onze fundos que poderão somar um PL superior a R$ 10,0 bilhões.
Abaixo, segue a figura 6 exibindo o histórico de 52 meses, até dezem-
bro de 2010, do PL consolidado e do número de FIDC de fornecedores.
Crédito Pessoal e Crédito Pessoa Jurídica foram as outras duas classes
de ativos-lastro com emissões relevantes, R$ 3,81 bilhões e R$ 2,15 bilhões
respectivamente. Todas as quatro classes mencionadas acima cresceram em
volume emitido em 2010.
Em 2010, instituições financeiras brasileiras continuaram predominan-
do majoritariamente como cedentes de direitos creditórios no setor de FIDC.
Este segmento de atividade econômica correspondeu a uma fatia de 57,0%
do mercado quando medido pelo montante total emitido. Tal participação é
consistente com a importância dos fundos das classes Financiamento de Ve-
ículos e Crédito Pessoal. As instituições financeiras têm se utilizado, de forma
crescente, da securitização como forma de financiamento para suas ativida-
des. Entretanto, quando comparada com outros países onde a securitização
se encontra em estágio avançado, a participação das instituições financeiras
brasileiras como cedentes fica substancialmente atrás em relação a um tipo
de ativo cedido: o crédito imobiliário. Este não é significativo no montante
total cedido por estas instituições.
PL dos FIDC de Fornecedores – Montante (em R$ milhões) | FIG. 6Fonte : Uqbar
PL (R
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PL (R$ milhões) Número de FIDC
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No ano, vale também destacar o contínuo crescimento dos fundos que
contam com vários cedentes, sendo estes de diversos segmentos da econo-
mia. Conhecidos como fundos multi-cedentes multi-sacados, estes FIDC têm
mostrado crescimento vigoroso e ininterrupto ao longo dos últimos cinco
anos e meio. Sua origem é predominantemente do segmento de factoring.
Motivados por vantagens fiscais e a possibilidade de alavancagem na cap-
tação de recursos, um número cada vez maior de sociedades de fomento
mercantil migram suas atividades para o universo de FIDC.
De agosto de 2005 até dezembro de 2007 foram criados 25 FIDC multi-
cedentes multi-sacados, ou FIDC de factoring como também são conhecidos,
acumulando um PL consolidado no final daquele período de R$ 558,2 mi-
lhões. De lá para cá a taxa de crescimento anual do PL se manteve perto de
100,0%, fechando 2010 em R$ 3,54 bilhões, correspondente a 92 fundos. Só
em 2010 houve um acréscimo líquido de 24 FIDC, correspondentes a R$ 1,65
bilhão de PL, comprovando o atual dinamismo deste segmento.
A seguir, a figura 7 traz o histórico mensal do PL consolidado e do nú-
mero de FIDC multi-cedentes multi-sacados.
Pelo lado do investidor, os fundos de investimento encabeçaram a de-
manda por cotas de FIDC, levando 34,0% do total emitido pelos fundos. Nas
posições seguintes vieram as instituições ligadas à distribuição das cotas e as
pessoas físicas e jurídicas e instituições financeiras vinculadas aos originado-
res dos créditos. Entidades de previdência ficaram com 8,6% e investidores
estrangeiros apenas com 1,3%.
No ambiente de mercado secundário, o montante anual de cotas ne-
gociadas registrado na CETIP e BM&FBOVESPA, de apenas R$ 1,33 bilhão, con-
firmou tendência de queda que vem se estabelecendo ao longo dos últimos
quatro anos. Em 2007, o montante consolidado negociado no secundário
atingiu R$ 4,88 bilhões e, desde então, sofre decréscimos anuais. Esta ten-
dência é inconsistente com o movimento no mercado de emissão, e mesmo
PL dos FIDC multi-cedentes multi-sacados – Montante (em R$ milhões) | FIG. 7Fonte : Uqbar
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com os registros de depósitos e estoque na CETIP. Estes dois últimos voltaram
a subir em 2010. Esta divergência pode ser explicada por fatores estruturais,
como por exemplo, a ausência de participantes mais dedicados ao mercado
secundário ou a necessidade de acesso a mais informações de monitoramen-
to de desempenho das carteiras de direitos creditórios dos fundos.
Com respeito à qualidade de crédito dos ativos geridos nos FIDC e o
risco de suas cotas, analisando-se por uma perspectiva meramente quantita-
tiva em relação às ações das agências de classificação de risco, a conclusão
seria de que 2010 foi mais um ano de deterioração. Porém, uma leitura mais
cuidadosa das ações aponta para casos individuais com múltiplos rebaixa-
mentos. Ao todo foram sete elevações e 14 rebaixamentos. Destes últimos,
dois se referem às cotas dos FIDC ligados ao caso do Banco Panamericano
(ver Destaque). Outros nove correspondem às cotas de apenas dois FIDC, que
são os fundos associados ao consultor de crédito do grupo Union National, o
Union National Financeiros e Mercantis (Financeiros e Mercantis ) e o Union
National Agro+4 ( Agro).
Quatro séries de cotas sênior do Financeiros e Mercantis foram rebaixa-
das de CCC para CC, em fevereiro de 2010, refletindo o estágio avançado de
deterioração do fundo, que tinha se iniciado na primeira metade de 2009. O
Financeiros e Mercantis, um fundo cujos ativos eram compostos por duplica-
tas e notas promissórias decorrentes de operações financeiras e comerciais,
chegou a acumular um PL de R$ 937,1 milhões em dezembro de 2008. A
visibilidade gerada no mercado em função do desempenho deste fundo foi
significativa em função de seu porte e do fato que suas cotas sênior estavam
nas mãos de investidores estrangeiros.
Quase que concomitantemente em relação ao Financeiros e Mercantis,
um segundo fundo associado à Union National, o Agro, também entrou em
processo de deterioração. O fundo investiu exclusivamente em recebíveis do
agronegócio e captou recursos através da emissão de cota de classe sênior,
subordinada sênior (Mezanino) e subordinada júnior. Seu PL chegou a atingir
R$ 290,8 milhões, em outubro de 2008. Apesar do alto índice de subordina-
ção, os títulos sênior e mezanino sofreram sucessivos rebaixamentos devido
ao desempenho pífio da carteira de ativos do fundo. Ao longo do ano, as
agências Fitch e S&P, rebaixaram, ao todo, três vezes a cota sênior e duas vezes
a cota mezanino, sendo que os rebaixamentos foram em níveis múltiplos.
Ou seja, ajustado para o efeito dos fundos vinculados ao Union Natio-
nal, a leitura do setor de FIDC em 2010 é de um desempenho ligeiramente
melhor que o ano anterior. Os casos dos fundos do Union National devem ser
cuidadosamente estudados pelos diversos participantes do mercado. Certa-
4 Em assembleia realizada em 28 de setembro de 2010, o nome do fundo foi alterado para Eco Multi Commodities Financeiros Agropecuários.
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mente, um aprendizado, que ajude a evitar situações futuras semelhantes,
pode ser retirado da experiência com estes fundos.
Finalizando a parte relativa às cotas de FIDC, pode-se afirmar que o
rendimento esperado das emissões em 2010, com classificação de risco AAA
e AA e duration entre 1,5 e 3,5 anos, das principais categorias de ativo-lastro,
se mostraram bastante inelásticos em relação ao aumento da taxa DI-over
ocorrido durante o ano, mantendo um nível de correlação maior com a taxa
implícita, de duration similar, na curva de juros de dívida do governo. Assim,
os rendimentos nominais esperados das emissões não se alteraram significa-
tivamente ao longo do ano.
Diferentemente do mercado de crédito em geral, o mercado de CCB
demonstrou tendência indeterminada de crescimento em 2010. No mundo
das finanças estruturadas, a participação das CCB se dá de duas formas: (i)
como parte dos ativos de FIDC; ou como o principal título de captação de
recursos, com diversos tipos de estruturas de garantias vinculadas a este.
Em termos do nível de depósitos anuais na CETIP, houve crescimento
vigoroso em relação a 2009, com esta cifra aumentando de R$ 16,82 bilhões
para R$ 21,39 bilhões, mas ficando ainda abaixo dos R$ 23,15 bilhões de 2008.
O montante em estoque na mesma câmara cedeu levemente, de R$ 18,36
bilhões em dezembro de 2009, para R$ 18,18 bilhões em dezembro de 2010,
ambos números inferiores aos R$ 20,48 bilhões de dezembro de 2008. Em
2010, o montante anual de negócios registrados na CETIP manteve tendência
de queda observado nos últimos anos, registrando R$ 6,57 bilhões no ano
depois de ter atingido R$ 11,95 bilhões em 2007.
Os números relativos aos CCCB, apesar de demonstrarem alguma força
se analisados no longo prazo, apresentaram todos tendência de queda em
relação ao ano anterior, provavelmente refletindo a ambiguidade de cresci-
mento do mercado de seu lastro, a CCB. Os CCCB funcionam como instru-
mento de transferência de risco, ao permitir que instituições financeiras pos-
sam agrupar e vender as cédulas que estas detém em seus ativos. Em 2010,
depósitos de CCCB na CETIP somaram R$ 1,06 bilhão, contra R$ 1,33 bilhão
em 2009, mas bem acima dos anos anteriores. O nível de estoque fechou
2010 em R$ 1,39 bilhão, contra R$ 1,48 bilhão no ano anterior. Finalmente, os
negócios no secundário totalizaram R$ 1,52 bilhão ano passado, considera-
velmente abaixo dos R$ 2,64 bilhões relativos a 2009.
COTAS DE FUNDOS DE INvESTIMENTO EM DIREITOS CREDITóRIOS (FIDC)
Esta seção apresenta informações sobre cotas
de FIDC. Inclui um resumo dos principais
termos e condições destes títulos e dados
e estatísticas sobre emissões, registros na
CVM e na CETIP, desempenho dos direitos
creditórios, spreads & curvas de rendimento,
investidores, negociações no mercado
secundário, cedentes e as elevações e
rebaixamentos realizados pelas agências de
classificação de risco para este mercado no
ano de 2010.
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RESUMO DOS TERMOS E CONDIçõES
Descrição Fração ideal de patrimônio do Emissor.
Emissor Fundos de investimento em direitos creditórios (FIDC), uma comunhão de re-
cursos que destina parcela preponderante do respectivo patrimônio líquido
(acima de 50,0%) para a aplicação em direitos creditórios. Os FIDC podem ser
constituídos sob a forma de condomínio aberto ou fechado e ter prazo de du-
ração determinado ou indeterminado.
Ativos Direitos e títulos representativos de crédito, originários de operações realiza-
das nos segmentos financeiro, comercial, industrial, imobiliário, de hipotecas,
de arrendamento mercantil e de prestação de serviços, bem como em outros
ativos representativos de crédito.
garantia Os créditos subjacentes poderão ter garantias reais ou fidejussórias.
Regime Fiduciário Não aplicável.
Forma e Registro Escritural, mantida em conta de depósito em nome de seus titulares. As cotas
de fundo fechado colocadas junto a investidores qualificados poderão ser re-
gistradas para negociação secundária em bolsa de valores ou em mercado de
balcão organizado.
Classe São admitidas cotas de classe sênior, que possuem preferência para efeitos de
amortização e resgate, e cotas de classe subordinada, que se subordinam às
cotas sênior para efeito de amortização e resgate.
Pagamentos Fundo aberto – Cotas podem ser resgatadas a qualquer momento, de acordo
com os termos e condições especificados no regulamento do fundo.
Fundo fechado – Cotas só podem ser resgatadas em situações específicas, tais
como: (i) no término do prazo de duração de cada série ou classe das cotas ou
do fundo, conforme estabelecido em seu regulamento; ou (ii) em virtude da
liquidação do fundo. Além disso, são amortizadas: (a) em datas preestabeleci-
das no regulamento do fundo; ou (b) em virtude de decisão da assembleia
geral de cotistas.
Rentabilidade Estimada As cotas sênior podem ter um parâmetro de rentabilidade estimado, que não
representa nem pode ser considerado como uma promessa, garantia ou su-
gestão de que a cota atingirá tal rentabilidade. Representa o limite máximo de
remuneração possível para os investidores destas cotas.
Distribuição Por intermédio de instituições integrantes do sistema de distribuição de valores
mobiliários autorizadas a exercer esta atividade pelo Banco Central do Brasil. No
caso de fundo fechado, ofertas públicas dependem de prévio registro na CVM,
exceto se cumprirem com os requisitos previstos nas normas da CVM para dis-
pensa de registro.
Somente podem subscrever ou adquirir cotas de FIDC Investidores Qualifica-
dos, conforme instrução específica da CVM que define o termo.
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Apesar das cotas de FIDC não possuírem um valor unitário mínimo esta-
belecido, o investimento mínimo para aplicação em cotas de FIDC é de
R$ 25.000,00.
Transferência Fundo aberto – as cotas não podem ser objeto de cessão ou transferência, sal-
vo por decisão judicial, excussão de garantia ou sucessão universal.
Fundo fechado – as cotas podem ser transferidas mediante termo de cessão e
transferência, assinado pelo cedente e pelo cessionário, e registrado em cartó-
rio de títulos e documentos, ou através de bolsa de valores ou entidade de
mercado de balcão organizado onde as cotas do fundo sejam admitidas à ne-
gociação.
Liquidação Financeira CETIP ou BM&FBOVESPA.
Ambiente de Negociação CetipNet, Somafix e BovespaFix.
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EMISSõES
As figuras 8 e 9 apresentam, respectivamente, o histórico de emissões
de cotas de FIDC e as composições por ativo-lastro destas emissões para os
anos de 2009 e 2010. A tabela 1 descreve os critérios utilizados pela Uqbar
para classificar os FIDC por tipo de ativos investidos.
Emissões de Cotas de FIDC - Montante (em R$ milhões) | FIG. 8Fonte : Uqbar
* Sem o FIDC Sistema Petrobrás
2010200920082007200620052004200320020
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
Composição das Emissões de Cotas de FIDC por Ativo-lastro – 2009 e 2010 (% do Montante Emitido) | FIG. 9
Fonte : Uqbar
* Sem o FIDC Sistema Petrobrás 2010 2009
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%
Financiamento Veículos
Recebíveis Comerciais
Crédito Pessoal
Multiclasse
Crédito Pessoa Jurídica
Setor Público
Recebíveis do Agronegócio
Prestação de Serviço Público
Recebíveis Educacionais
Crédito Imobiliário
Direitos
Títulos Mobiliários
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Definições das Classes de Ativo-lastro | Tabela 1
Ativo-lastro Definição
Crédito Imobiliário
Créditos decorrentes de financiamentos para a aquisição de imóveis residenciais ou comerciais. Inclui operações re-alizadas no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) e Sistema Financeiro da habitação (SFh), tendo como tomador tanto pessoas físicas como jurídicas.
Crédito Pessoa Jurídica
Créditos decorrentes de financiamentos à pessoa jurídica, geralmente têm como finalidade a aquisição de bens (ex-cluindo imóveis e veículos, já pertencentes a outras classes), mas podem incluir outros fins como, por exemplo, comércio exterior, infra-estrutura e desenvolvimento.
Crédito Pessoal
Créditos decorrentes de financiamentos para consumo não-específico. Inclui operações de financiamento com e sem consignação em folha de pagamento, cartão de crédito e cheque especial.
Direitos Créditos decorrentes da cobrança de direitos trabalhistas ou cobrança de uma patente de produto, processo de produ-ção, marca, etc. para permitir seu uso ou comercialização.
Financiamento de VeículosCréditos decorrentes de financiamentos para a aquisição de veículos automotores, tendo como tomador tanto pessoas físicas como jurídicas.
Prestação de Serviço PúblicoCréditos decorrentes da prestação de serviços públicos (e.g. saneamento básico).
Recebíveis Comerciais
Créditos de curto prazo, geralmente 30 a 90 dias, decorrentes da venda de um bem ou serviço realizado por pessoas jurí-dicas. Estes ativos são regularmente utilizados por empresas como fonte de geração de capital de giro através de descon-to destes junto a instituições financeiras (e.g. desconto de duplicatas ou cheques).
Recebíveis do Agronegócio
Créditos decorrentes de financiamentos rural e agroindus-trial, tendo como tomador tanto pessoas físicas como jurí-dicas. Finalidades para estes financiamentos incluem investi-mento, custeio ou comercialização da produção.
Recebíveis Educacionais
Créditos incluem financiamentos a pessoa física com fins educacionais (e.g. pagamento de empréstimo para cursar uma universidade) e pagamentos decorrentes da prestação de serviços educacionais (e.g. mensalidade escolar).
Setor Público
Créditos que têm como devedor o governo federal, estadual ou municipal, ou empresas cuja totalidade do controle acio-nário é detido pelo poder público, decorrentes da emissão de instrumentos de dívida, assunção e/ou reestruturação de passivos.
Títulos MobiliáriosCréditos decorrentes do investimento em valores mobiliários (e.g. debêntures, commercial papers, etc.).
TributosCréditos decorrentes de impostos devidos ao setor público por pessoas físicas e jurídicas.
MulticlasseCréditos que incluem duas ou mais classes de ativo-lastro dentre as mencionadas nesta tabela.
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REGISTROS
Esta seção consolida dados de registro junto à Comissão de Valores
Mobiliários (CVM), à CETIP – Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP) e à
BM&FBOVESPA. Informações incluem a evolução histórica de registros de
FIDC e das ofertas públicas de cotas na autarquia e dados sobre custódia des-
tes títulos junto à CETIP.
CVM
A tabela 2 apresenta a lista de ofertas públicas de cotas de FIDC re-
gistradas na CVM em 2010, classificadas por tipo de ativo-lastro. A figura 10
apresenta a evolução histórica dos registros de ofertas públicas de cotas de
FIDC concedidos pela CVM.
Ofertas Públicas de Cotas de FIDC por Ativo-Lastro em 2010 | Tabela 2
FIDCPrazo do
Fundo/Título(Meses)
Série Classe Montante(em R$)
Remuneração Estimada (a.a)
Agênciade
Classificação
ClassificaçãoInicial
Crédito Pessoa Jurídica
Banco gMAC - Financiamentoa Concessionárias
600/24 2 Sênior 200.000.000 CDI+1,90% S & P brAAAf
Bicbanco Crédito Corporativo ind/48 1 Sênior 192.500.000 CDI+1,50% S & P brAAAf
BVA Master III 48/48 1 Sênior 195.000.000 CDI+3,50%Austin AA
S & P brAAf
Multisetorial BVA Master II 48/48 1 Sênior 130.000.000 CDI+3,50%Austin AA
S & P brAAf
Vinci Crédito e Desenvolvimento I 120/96 1 Sênior 1.500.000.000 IPCA+8,00% Fitch AA-(bra)
Vinci Crédito e Desenvolvimento I 120/96 Única Mezanino 350.000.000 não há Fitch BB(bra)
Total 2.567.500.000
Crédito Pessoal
BMg Crédito Consignado RPPS ind/ind 1 Sênior 100.000.000IPCA+NTN-
B+1,00%S & P brAAAf
BMg Créditos Consignados VIII 240/60 2 Sênior 200.000.000 IPCA+7,85% S & P brAAAf
BMg Créditos Consignados VIII 240/60 3 Sênior 100.000.000 115,00% CDI S & P brAAAf
Bonsucesso Crédito Consignado 180/63 1 Sênior 200.000.000 CDI+2,00% S & P brAAAf
Consignados Portfólio II ind/60 1 Sênior 100.000.000 CDI+1,90% S & P brAAf
Credipar Mais 240/36 1 Sênior 100.000.000 CDI+2,80% Fitch AAA(bra)
Lojas Renner 36/36 Única Sênior 350.000.000 CDI+1,20% S & P brAA+f
Matone VI ind/60 1 Sênior 200.000.000 CDI+2,25% S & P brAAf
Total 1.350.000.000
Financiamento Veículos
BV Financeira IV 36/36 1 Sênior 2.000.000.000 110,00% CDI Moody's Aa1.br
Total 2.000.000.000
Multiclasse
BBIF Master LP ind/ind 1 Única 600.000.000 não há Austin A-
Prass ind/ind Única Sênior 200.000.000 130,00% CDI SR brAA-
Sul Invest Multisetorial ind/36 2 Sênior 15.500.000 IPCA+8,50% S & P brAAf
Sul Invest Multisetorial ind/36 3 Sênior 15.500.000 135,00% CDI S & P brAAf
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Sul Invest Multisetorial ind/36 Única Mezanino 4.000.000 160,00% CDI S & P brBf
Total 835.000.000
Prestação de Serviços Públicos
CAESB 60/60 1 Sênior 120.000.000 CDI+3,50% Fitch AA-(bra)
Total 120.000.000
Recebíveis Comerciais
Chemical VI Indústria Petroquímica 48/48 1 Sênior 544.800.000 CDI+1,20% Moody's Aaa.br
Chemical VI Indústria Petroquímica 48/48 1 Mezanino 43.200.000 CDI+4,90% Moody's Ba1.br
Chemical V Indústria Petroquimica 36/36 1 Sênior 272.400.000 CDI+1,25% Moody's Aa1.br
Chemical V Indústria Petroquimica 36/36 1 Mezanino 21.600.000 CDI+5,80% Moody's Ba1.br
Comanche Clean Energy Mercantis 180/84 1 Sênior 80.000.000 CDI+5,00% LF AA-
globex Crédito Mercantil ind/36 1 Sênior 1.166.600.000 107,75% CDI Fitch AAA(bra)
Ideiasnet Recebíveis Comerciaise Serviços
120/60 1 Sênior 22.500.000 CDI+2,20% Fitch AA-(bra)
Indústria Exodus I ind/18 11 Sênior 80.000.000 125,00% CDI S & P brAAf
Indústria Exodus I ind/30 12 Sênior 80.000.000 130,00% CDI S & P brAAf
Multi Recebíveis II ind/30 4 Sênior 60.000.000 112,00% CDI Austin AA+
Multisetorial Silverado Maximum ind/36 4 Sênior 100.000.000 130,00% CDI S & P brAAf
Multisetorial Silverado Maximum ind/66 3 Mezanino 15.000.000 165,00% CDI Austin BBB
Multisetorial Silverado Maximum ind/49 4 Mezanino 25.000.000 150,00% CDI Austin BBB
Total 2.511.100.000
Recebíveis do Agronegócio
Mercantis Monsanto 120/24 1 Sênior 180.000.000 CDI+2,00% S & P brAAAf
Total 180.000.000
Recebíveis Educacionais
Crédito Universitário 240/35 5 Sênior 40.000.000 CDI+2,00% S & P brAAf
Total 40.000.000
Setor Público
PWS NP 64/64 1 Sênior 100.000.000 200,00% CDI Austin A
Total 100.000.000
Títulos Mobiliários
Leme Multisetorial IPCA ind/ind 1 Sênior 300.000.000 IPCA+7,00% SR brA+
Total 300.000.000
ind: indeterminado Fonte: Uqbar
Ofertas Públicas de Cotas de FIDC por Ativo-Lastro em 2010 (cont.) | Tabela 2
Ofertas Públicas de Cotas de FIDC – Montante (em R$ milhões) | FIG. 10Fonte : Uqbar
2010200920082007200620052004200320020 0
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gist
rado
(R$
milh
ões)
Montante Registrado (R$ milhões)
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Quantidade de Registros
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FIDC Registrados em 2010 | Tabela 3
FIDC Data de Registro
Mercantís Monsanto 08/01/2010
Clássico 14/01/2010
Comanche Clean Energy Mercantís 14/01/2010
Consignados Portfólio II 14/01/2010
PWS NP 15/01/2010
Step-Up Créditos Judiciais NP 22/01/2010
Multisetorial Lego II 25/01/2010
Atlanta Multissetorial 26/01/2010
Del Cred Multissetorial 28/01/2010
BFC Multissetorial 11/02/2010
Multisetorial Private NP 12/02/2010
Salus Multissetorial LP 12/02/2010
Ideiasnet Recebíveis Comerciais e Serviços 24/02/2010
Sistema de Saúde 26/02/2010
Multisegmentos NPL Ipanema NP 02/03/2010
Aberto PSA Finance Brasil I 04/03/2010
Precatórios Selecionados III NP 09/03/2010
Matone V Empréstimos Consignados 11/03/2010
BBIF Master LP 16/03/2010
Multisetorial BVA Master 19/03/2010
Detomaso Multisetorial NP 26/03/2010
Indústria Exodus Master 01/04/2010
Precatórios Selecionados IV NP 07/04/2010
BMg Créditos Consignados VIII 13/04/2010
Trombone NP 20/04/2010
Master I NP 22/04/2010
DRACZ Multissetorial 20/05/2010
AgN Fornecedores Petrobras 21/05/2010
Bonsucesso Crédito Consignado 21/05/2010
A figura 11 apresenta a evolução histórica dos registros de FIDC junto
à CVM. A tabela 3 lista os FIDC registrados durante o ano, com suas respecti-
vas datas de registro.
;
Número de FIDC Registrados na CVM | FIG. 11Fonte : Uqbar
201020092008200720062005200420030
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CAESB 21/05/2010
Lavoro II 24/05/2010
AL Credit Multissetorial 27/05/2010
Midcap Multissetorial LP 01/06/2010
CJP Créditos Judiciais e Precatórios NP 02/06/2010
gIF III Jus Créditos Judiciais NP 22/06/2010
Bicbanco Crédito Corporativo 23/06/2010
Multisetorial BVA Master II 23/06/2010
Lecca Consignado I 24/06/2010
Multisetorial Previa 25/06/2010
Chemical V Indústria Petroquimica 28/06/2010
Jazz Multissegmentos 30/06/2010
Multissetorial R&g LP 30/06/2010
Capital Annex Multissetorial 01/07/2010
MM Multissetorial 01/07/2010
Tavex Modal Recebíveis Performados II 16/07/2010
Petra FBh Cred Saúde 20/07/2010
Oeste NP 16/08/2010
Verax Federal NP 16/08/2010
garson 17/08/2010
Itapeva III Multicarteira NP 20/08/2010
Multisetorial Silverado Fornecedores do Sistema Petrobras 02/09/2010
Prass 09/09/2010
Ático Imobiliários 15/09/2010
Rio Forte NP 20/09/2010
Multisetorial Viainvest 21/09/2010
NB Crédito Empresas NP 23/09/2010
Prosperitas II 24/09/2010
Red Petrobras Fornecedores 27/09/2010
BV Financeira IV 28/09/2010
gBC Multissetorial 04/10/2010
Leme Multisetorial IPCA 04/10/2010
Multisetorial Silverado Outlier II 06/10/2010
Multisetorial Silverado Outlier III 07/10/2010
Root Capital Distressed Multicarteira NP 07/10/2010
Moka Fund I Multissetorial 15/10/2010
Vinci Crédito e Desenvolvimento I 15/10/2010
goal Multissetorial LP 19/10/2010
BV Financeira V NP 20/10/2010
Matone VI 22/10/2010
Maturity Multissetoriais LP 25/10/2010
Multissetorial BS 26/10/2010
Sim Multissetorial 26/10/2010
ABL 27/10/2010
Safe Capital NP 27/10/2010
Lojas Renner 28/10/2010
globex Crédito Mercantil 04/11/2010
Itapeva IV Multicarteira NP 05/11/2010
Libra Multissetorial 05/11/2010
FIDC Registrados em 2010 (cont.) | Tabela 3
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JPP Empresas Multicarteira 16/11/2010
Iguana Multissetorial 17/11/2010
Credipar Mais 19/11/2010
Capital RS Multissetorial 24/11/2010
Ativo Multisetorial NP 26/11/2010
Ficsa Veículos 26/11/2010
RNX Multissetorial LP 29/11/2010
BVA Master III 01/12/2010
Fornecedores Odebrecht 01/12/2010
F BP Financeiro 02/12/2010
Multissetorial Primicia Bay LP 08/12/2010
Orion Multissetorial LP 13/12/2010
Chemical VI Indústria Petroquímica 14/12/2010
Omni Veículos VI 16/12/2010
Multissetorial hai LP 17/12/2010
Votorantim Energia Eletrica 21/12/2010
BRZ Ficsa Auto 27/12/2010
Boa Vista Multissetorial LP 29/12/2010
Empírica Sifra Premium 29/12/2010
Multissetorial Negocial LP 29/12/2010
Fonte: CVM/Uqbar
CETIP
As figuras 12 e 13 apresentam, respectivamente, a evolução histórica
dos depósitos e do estoque referentes ao mercado de cotas de FIDC.
FIDC Registrados em 2010 (cont.) | Tabela 3
Depósitos de Cotas de FIDC na CETIP – Montante (em R$ milhões) | FIG. 12Fonte : CETIP
2010200920082007200620050
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
1.000
3.000
5.000
7.000
9.000
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DESEMPENhO
A análise da evolução mensal do montante consolidado de Provisão
para Devedores Duvidosos (PDD) e de Créditos Vencidos e Não Pagos (Atra-
sos) do setor de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) e da
relação entre estes dois indicadores pode oferecer comprovação empírica de
tendências de gestão contábil relativa ao risco de inadimplência e/ou decor-
rente de diretrizes regulatórias.
Conforme a figura 14, a relação percentual entre PDD e Atrasos se
mostrou crescente ao longo de todo o segundo semestre de 2009, tendo se
estabilizado depois, salvo um movimento abrupto volátil no final de 2010 que
acabou não alterando significativamente esta relação.
Estoque de Cotas de FIDC na CETIP - Montante (em R$ milhões) | FIG. 13Fonte : CETIP
0
2.000
4.000
6.000
8.000
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0
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Atrasos, PDD e PDD/Atrasos | FIG. 14Fonte : Uqbar
0 %
10 %
20 %
30 %
40 %
50 %
60 %
70 %
80 %
90 %
100 %
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PDD
/ A
tras
os (%
)
Mon
tant
e (R
$ m
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s)
Atrasos (R$ milhões) PDD (R$ milhões) PDD/Atrasos
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Já a figura 15 nos mostra as trajetórias de PDD e de Atrasos em relação
ao montante consolidado de Direitos Creditórios (DC) do setor. Estas relações
também se mostram ascendentes na segunda metade de 2009, se estabili-
zando ao longo de 2010.
Analisando-se as figuras 14 e 15 em conjunto, uma interpretação pos-
sível seria a de que houve um movimento crescente, mas limitado, do nível
absoluto e relativo de inadimplência a partir da crise financeira iniciada no
final de 2008. Mais recentemente, já em 2010, houve um movimento de esta-
bilização no nível de inadimplência, ainda que em patamares mais elevados
do que no período pré-crise, decorrente da retomada do crescimento econô-
mico e do aumento de crédito na economia.
Entretanto, o movimento ascendente da relação entre PDD e Atrasos
tem outras causas. Em um primeiro momento, até o começo de 2009, uma
leitura provável seria a de que há um efeito da inércia por parte dos admi-
nistradores de FIDC para alocar provisões para créditos duvidosos de forma
pró-ativa e não reflexiva. Basicamente, o parâmetro exclusivo determinante
para esta alocação vinha sendo o número de dias em atraso dos créditos das
carteiras dos fundos. Desta forma, em um contexto de inadimplência cres-
cente, e depois de estabilização, os números de Atrasos tendem a anteceder
àqueles de PDD.
Mas em um segundo momento, esta tendência é reforçada como con-
sequência dos efeitos da adoção incremental das diretrizes da Circular-Ofício
003/09, publicada pela Comissão de Valores Mobiliários em outubro de 2009.
Esta circular esclarece as diretrizes a serem aplicadas pelos administradores
de FIDC na avaliação de risco dos direitos creditórios destes fundos e na res-
pectiva metodologia de cálculo de PDD. O conceito central é que a provisão
deve refletir uma análise de risco pró-ativa e não simplesmente uma conta-
gem de número de dias em atraso dos créditos. Ou seja, este último critério é
apenas uma das metodologias a serem utilizadas, de tal forma que o nível de
Evolução dos Índices Atrasos / DC e PDD / DC (%) | FIG. 15Fonte : Uqbar
0
2
4
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risco associado a um crédito é sempre maior ou igual àquele que seria deter-
minado utilizando-se somente o critério do número de dias em atraso. Assim,
o nível percentual de PDD em relação a Atrasos se aproxima do patamar dos
80,0% no começo de 2010 e permanece estável, em torno de 76,0%, a maior
parte deste ano.
Tomando-se como base os níveis de PDD em relação a DC, no final de
2009 e de 2010, para as diferentes classes de ativo-lastro, conforme a figura
16, percebe-se que a única classe para a qual este indicador cresceu neste
período foi a Multiclasse. Em dezembro de 2009 o ajuste pra cima de PDD do
setor, de acordo com a explicação acima, já tinha ocorrido.
Fechando a análise de desempenho consolidado e por classes de ativo,
a figura 17 exibe o histórico mensal em 2010 da variação do nível de PDD,
normalizado pelo montante de DC, para as maiores classes de ativo-lastro. As
linhas que se mantém, a maior parte do ano, acima do eixo zero representam
classes cujo nível relativo de PDD cresceu em 2010. Este foi o caso para as
classes Recebíveis do Agronegócio e Crédito a Pessoa Jurídica.
PDD/DC por Ativo-lastro – 2009 e 2010 (%) | FIG. 16
Fonte: Uqbar
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Recebíveis do Agronegócio
Crédito Pessoa Jurídica
Títulos Mobiliários
Recebíveis Educacionais
Multiclasse
Recebíveis Comerciais
Financiamento Veículos
Crédito Pessoal
Crédito Imobiliário
Dec-2010 Dec-2009
Variação de PDD Normalizada por Ativo-lastro (%) | FIG. 17
Fonte: Uqbar
-2.0
-1.5
-1.0
-0.5
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Crédito Pessoa Jurídica Crédito Pessoal Financiamento Veículos
Recebíveis Comerciais Recebíveis do Agronegócio Setor Público
Multiclasse
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SPREADS & CURvAS DE RENDIMENTO
As figuras 18 a 23 apresentam curvas de rendimentos produzidas
através de interpolações por polinômios de grau 4 da rentabilidade estimada
de cotas de FIDC na data de emissão. Foram excluídos da análise os títulos
que possuíam, na data de emissão, duração estimada fora do intervalo de 1,5
a 3,5 anos.
Cada ponto dos gráficos foi obtido a partir do fluxo de pagamentos
projetado, calculado no momento da emissão com as informações disponí-
veis sobre o benchmark de rentabilidade e o modelo de amortização da cota.
A rentabilidade estimada do título é projetada com base nos contratos futuros
da taxa de depósitos interfinanceiros de um dia (Taxa DI) da BM&FBOVESPA
na data de emissão do título. As taxas são calculadas com base em dias cor-
ridos sobre 360.
Rendimento (a.a.) X Data de Emissão – Recebíveis Comerciais | FIG. 19
Fonte: Uqbar
AAA AA Selic Rendimento (AAA) Rendimento (AA)
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01/01/2006 28/10/2006 24/08/2007 19/06/2008 15/04/2009 09/02/2010 06/12/2010
Rendimento (a.a.) X Data de Emissão – Títulos AAA e AA e Duração entre 1,5 e 3,5 anos | FIG. 18
Fonte: Uqbar
AAA AA Selic Rendimento (AAA) Rendimento (AA)
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Rendimento (a.a.) X Data de Emissão – Financiamento de Veículos | FIG. 20
Fonte: Uqbar
AAA AA Selic Rendimento (AAA) Rendimento (AA)
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Rendimento (a.a.) X Data de Emissão – Crédito Pessoal | FIG. 21
Fonte: Uqbar
AAA AA Selic Rendimento (AAA) Rendimento (AA)
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Rendimento (a.a.) X Data de Emissão – Classi�cação de Risco AAA | FIG. 22
Fonte: Uqbar
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Recebíveis Comerciais Financiamento de Veículos Crédito Pessoal
Rendimento (Recebíveis Comerciais) Rendimento (Financiamento de Veículos) Rendimento (Crédito Pessoal)
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As tabelas 4 e 5 mostram os spreads calculados, em pontos bases, como
o excedente da taxa de retorno do título frente à Taxa DI de duração equiva-
lente. Foram considerados os títulos que possuíam na data de emissão dura-
ção estimada dentro do intervalo de 1,5 a 3,5 anos.
Spreads por Classificação de Risco | Tabela 4
Classificação
2008 2009 2010
Spread Mínimo
Spread Máximo
Spread Mínimo
Spread Máximo
Spread Mínimo
Spread Máximo
AAA 106 367 217 217 92 307
AA 53 377 148 540 121 557
Fonte Uqbar
Spreads por Ativo-Lastro | Tabela 5
Ativo-lastro Classificação
2008 2009 2010
SpreadMínimo
SpreadMáximo
SpreadMínimo
SpreadMáximo
SpreadMínimo
SpreadMáximo
RecebíveisComerciais
AAA 123 367 217 217 92 191
AA 53 377 214 540 138 557
Financiamentode Veículos
AAA 163 228 - - - -
AA 157 157 148 148 123 123
Crédito PessoalAAA 106 176 - - 190 307
AA 106 271 - - 121 249
Fonte Uqbar
Rendimento (a.a.) X Data de Emissão – Classi�cação de Risco AA | FIG. 23
Fonte: Uqbar
Recebíveis Comerciais Financiamento de Veículos Crédito Pessoal
Rendimento (Recebíveis Comerciais) Rendimento (Financiamento de Veículos) Rendimento (Crédito Pessoal)
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01/01/2006 28/10/2006 24/08/2007 19/06/2008 15/04/2009 09/02/2010 06/12/2010
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INvESTIDORES
A participação por classe de investidor em cotas de FIDC é apresentada
na figura 24. Essa estatística está baseada em dados coletados pela Uqbar
nos anúncios de encerramento de distribuição, que representaram aproxima-
damente 53,4% do total emitido no ano.
MERCADO SECUNDÁRIO
A figura 25 mostra a evolução histórica do montante de cotas de FIDC
negociadas BM&FBOVESPA e registradas na CETIP.
Composição do Montante Emitido de Cotas de FIDC em 2010 por Classe de Investidor (% de Montante) | FIG. 24
8,8 % 34 %
19,3 %14,5 %
9,3 %
2,6 %1,3 % 1,1 %
0,6 %Fundos de investimento
Instituições Intermediárias participantes do consórcio de distribuição
Pessoas (físicas ou jurídicas) ligadas ao(s) originador(es) dos créditos
Instituições �nanceiras ligadas a(os) originador(es) dos créditos
Outras instituições �nanceiras
Entidades de previdência privada
Outras pessoas jurídicas
Investidores estrangeiros
Outras pessoas físicas
Outros
34,0%
19,3%
14,5%
9,3%
8,8%
8,6%
2,6%
1,3%
1,1%
0,6%
8,6 %
Fonte: Uqbar
Negociações de Cotas de FIDC na BM&FBOVESPA e CETIP - Montante (em R$ milhões) | FIG. 25
Fonte: Uqbar
BM&FBOVESPA CETIP
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
BM&FBOVESPA CETIP
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CEDENTES
A figura 26 apresenta a distribuição dos cedentes de ativos para FIDC
por tipo de atividade econômica destes. As participações foram calculadas
tendo como base o montante de títulos emitidos durante o ano de 2010.
A categoria Multisegmento inclui cedentes de dois ou mais setores
econômicos.
Emissões de cotas de FIDC por Atividade Econômica do Cedente – 2010 | FIG. 26
7,5 %
57,0 %
16,1 %
8,6 %
1,1 %
Intermediação �nanceira
Multisegmento
Industria de transformação
Comércio
Agricultura & Pecuária
Outros
57,0%
16,1%
8,6%
7,5%
1,1%
9,7%
9,7 %
Fonte: Uqbar
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CLASSIFICAÇãO DE RISCO
As tabelas 6 e 7 apresentam a lista das elevações e rebaixamentos de
classificação de risco realizadas pelas agências de classificação de risco em
2010 para cotas de FIDC.
Elevações de Classificação de Risco de Cotas de FIDC em 2010 | Tabela 6
OperaçãoTítulo
(Classe/Série)Classificação
AnteriorNova
ClassificaçãoAgência de
ClassificaçãoData
BMg Veículos Subordinada brBBB+f brA-f S & P 15/07/2010
CEMIg Conta CRC Sênior Série 1 A+(bra) AA(bra) Fitch 05/08/2010
Multisetorial Redfactor LP Sênior Série 2 brAAf brAAAf S & P 07/04/2010
Multisetorial SilveradoMaximum
Sênior Série 2 AA- AA Austin 19/07/2010
Sênior Série 3 AA- AA Austin 21/07/2010
Soldi IS Única BB A Austin 16/07/2010
Verax IAA Única Série 1 B+ BB- Austin 07/12/2010
Fonte: Uqbar
Rebaixamentos de Classificação de Risco de Cotas de FIDC em 2010 | Tabela 7
OperaçãoTítulo
(Classe/Série)Classificação
AnteriorNova
ClassificaçãoAgência de
ClassificaçãoData
BMg Veículos Subordinada brA-f brBBB+f S & P 05/04/2010
Caixa CDC Veículos do Banco Panamericano Sênior Série 1 AA+ A+ Austin 11/11/2010
Caixa Master CDC Veículos do Banco Panamericano Sênior Série 1 AA+ A+ Austin 11/11/2010
Eco Multi Commodities FinanceirosAgropecuários
Sênior Série 1
A(bra) BBB(bra) Fitch 14/05/2010
brAf brBBf S & P 10/09/2010
BBB(bra) BB(bra) Fitch 08/12/2010
MezaninoCCC(bra) C(bra) Fitch 14/05/2010
brCCCf brCCf S & P 26/08/2010
gafisa Crédito Imobiliário Sênior Série 1 AA+(bra) AA-(bra) Fitch 05/03/2010
MPD KC Imobiliários Sênior Série 1 A(bra) A-(bra) Fitch 31/03/2010
Union National Financeiros e Mercantís
Sênior Série 3 CCC CC Austin 22/02/2010
Sênior Série 4 CCC CC Austin 22/02/2010
Sênior Série 5 CCC CC Austin 22/02/2010
Sênior Série 6 CCC CC Austin 22/02/2010
Fonte: Uqbar
CéDULAS DE CRéDITO BANCÁRIO (CCB)
Esta seção apresenta informações sobre
as Cédulas de Crédito Bancário (CCB). São
apresentados, além do resumo dos principais
termos e condições, dados relativos aos
registros destes títulos na CETIP, como
montantes anuais de depósitos e negócios,
assim como a evolução histórica do estoque
das cédulas nesta câmara.
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resumo de Termos e condições
Descrição Título de crédito emitido, por pessoa física ou jurídica, em favor de instituição
financeira ou de entidade a esta equiparada, representando promessa de pa-
gamento em dinheiro, decorrente de operação de crédito, de qualquer moda-
lidade.
A instituição credora deve integrar o Sistema Financeiro Nacional, sendo ad-
mitida a emissão da CCB em favor de instituição domiciliada no exterior, des-
de que a obrigação esteja sujeita exclusivamente à lei e ao foro brasileiros. CCB
em favor de instituição domiciliada no exterior poderá ser emitida em moeda
estrangeira.
Emissor Pessoa física ou jurídica, que tem uma instituição financeira credora como
contraparte.
garantia Poderá ser emitida com ou sem garantia, real ou fidejussória, cedularmente
constituída. A constituição de garantia poderá ser feita na própria CCB ou em
documento separado, neste caso fazendo-se, na cédula, menção a tal circuns-
tância.
Forma Cartular ou escritural.
Registro A validade e eficácia deste título de crédito não dependem de registro, mas as
garantias reais, por ele constituídas, ficam sujeitas, para valer contra terceiros,
aos registros ou averbações nos cartórios competentes, conforme previsto na
legislação aplicável.
Pagamento de Principal Através de pagamentos periódicos ou em parcela única no vencimento.
Pagamento de Juros Através de pagamentos periódicos ou em parcela única no vencimento. Os
juros podem ser capitalizados.
Negociação Diretamente entre as partes interessadas.
Transferência Na forma cartular, endosso; na forma escritural através dos registros das nego-
ciações em sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos autoriza-
dos pelo Banco Central do Brasil.
A negociação de CCB que constitua crédito, sem coobrigação da instituição
cedente, contra órgão ou entidade do setor público, diretamente ou por meio
de certificado, deve ser objeto de comunicação ao Banco Central do Brasil,
sempre que o comprador for pessoa não integrante do Sistema Financeiro
Nacional.
Liquidação Financeira CETIP.
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REGISTROS
As figuras 27, 28 e 29 apresentam respectivamente a evolução his-
tórica dos depósitos, do estoque e das negociações de CCB registrados na
CETIP.
Depósitos de CCB na CETIP – Montante (em R$ milhões) | FIG. 27Fonte : CETIP
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Estoque de CCB na CETIP - Montante (em R$ milhões) | FIG. 28
Fonte: CETIP
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
Set-
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Mar
-02
Jun-
02
Set-
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Dez
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Mar
-07
Jun-
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Dez
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Mar
-08
Jun-
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Set-
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Dez
-08
Mar
-09
Jun-
09
Set-
09
Dez
-09
Mar
-10
Jun-
10
Set-
10
Dez
-10
Negociações de CCB na CETIP - Montante (em R$ milhões) | FIG. 29Fonte : CETIP
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
CERTIFICADOS DE CéDULASDE CRéDITO BANCÁRIO (CCCB)
Esta seção apresenta informações sobre os
Certificados de Cédulas de Crédito Bancário
(CCCB). São apresentados, além do resumo
dos principais termos e condições, dados
relativos aos registros destes títulos na CETIP,
como montantes anuais de depósitos e
negócios, assim como a evolução histórica
do estoque dos certificados nesta câmara.
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resumo de Termos e condições
Descrição Título representativo de cédulas de crédito bancário. O CCCB pode represen-
tar cédulas de diferentes valores, prazos e condições de remuneração.
Emissor Instituição financeira depositária de cédulas de crédito bancário, que respon-
de pela origem e autenticidade das respectivas cédulas e atua como manda-
tária do seu titular, sendo responsável pela cobrança destas.
Lastro CCB. As cédulas e as importâncias recebidas pela instituição financeira a título
de pagamento do principal e de encargos não poderão ser objeto de penho-
ra, arresto, sequestro, busca e apreensão, ou qualquer outro embaraço que
impeça sua entrega ao titular do certificado.
garantia Equivalente às garantias constituídas nas cédulas que representa.
Forma Cartular ou escritural.
Pagamento de Principal Equivalente ao fluxo de pagamento das cédulas que representa.
Pagamento de Juros Equivalente ao fluxo de pagamento das cédulas que representa.
Negociação Diretamente entre as partes interessadas.
Transferência Mediante endosso ou termo de transferência, se escritural, devendo, em qual-
quer caso, a transferência ser datada e assinada pelo seu titular ou mandatário
com poderes especiais e averbada junto à instituição financeira emitente, no
prazo máximo de dois dias.
No caso de emissão sob a forma escritural, a titularidade também poderá ser
transferida através de registro do negócio efetuado em sistemas de registro e
de liquidação financeira de ativos autorizados pelo Banco Central do Brasil.
Liquidação Financeira CETIP.
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REGISTROS
As figuras 30, 31 e 32 apresentam, respectivamente, a evolução histó-
rica dos depósitos, do estoque e dos negócios de CCCB registrados na CETIP.
Estoque de CCCB na CETIP - Montante (em R$ milhões) | FIG. 31
Fonte: CETIP
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Depósitos de CCCB na CETIP - Montante (em R$ milhões) | FIG. 30Fonte : CETIP
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Negociações de CCCB na CETIP – Montante (em R$ milhões) | FIG. 32Fonte : CETIP
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TÍTULOS IMOBILIÁRIOS
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INTRODUÇãO
No mercado de finanças estruturadas brasileiro, destacam-se as opera-
ções vinculadas ao setor imobiliário, preponderantemente aquelas realizadas
por Companhias Securitizadoras de Créditos Imobiliários (CSCI ou Securiti-
zadora Imobiliária). Estas empresas captam recursos através da emissão de
Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), títulos de crédito que têm como
lastro recebíveis imobiliários, que por sua vez são geralmente representados
por Cédulas de Crédito Imobiliário (CCI).
Abaixo, encontra-se uma análise do desempenho dos mercados des-
tes dois principais títulos de crédito para o ano de 2010.
O mercado de CRI foi um dos grandes destaques do setor de finan-
ças estruturadas no ano que passou. Acompanhando a forte tendência de
expansão do setor imobiliário no país, este mercado apresentou taxas altas
de crescimento de todas as suas variáveis principais. Foram R$ 8,53 bilhões
em CRI emitidos no ano. Trata-se de um montante recorde que representa
uma taxa de crescimento marcante em relação aos dois anos anteriores. O
montante consolidado emitido de CRI havia sido de R$ 3,80 bilhões em 2009
e de R$ 4,71 bilhões em 2008, este último sendo o ano que detinha o recor-
de de emissões até então. O acréscimo em emissões que se viu em 2010
se deu quase que exclusivamente através de títulos com lastro em crédito
corporativo.
Esse crescimento também foi observado nos números publicados pela
principal casa de registro de valores mobiliários de renda fixa do país. Os níveis
de depósitos de CRI na CETIP, que haviam interrompido tendência ascenden-
te de longo prazo em 2009, retomaram a trajetória de crescimento, pratica-
mente duplicando no último ano, passando de R$ 4,11 bilhões, em 2009, para
R$ 7,83 bilhões, em 2010. Já o nível de estoque continuou a tendência de alta
durante toda a última década, fechando 2010 em R$ 18,92 bilhões, depois de
estar em R$ 10,57 bilhões no final de 2009.
O volume de negociação que já vinha de um crescimento anual de
125,7% em 2009, cresceu 157,1% em 2010, atingindo R$ 4,26 bilhões, contra
R$ 1,66 bilhão em 2009. Estes negócios, em sua grande maioria, continuam
sendo realizados de forma privada, diretamente entre as partes. Apenas 4,5%
do total negociado no ano foi realizado na BM&FBOVESPA.
No que diz respeito ao mercado de investidores de CRI em 2010, este
continuou a ser dominado pelos bancos comerciais que adquiriram 77,9% do
total emitido.
A participação direta do investidor pessoa física, que tinha saltado para
perto de 25,0% em 2009, voltou a encolher para o patamar de 10,0%, o qual
vinha sendo verificado anteriormente. Esta redução, no entanto, deve ser ana-
lisada com cuidado. Durante o ano que passou, o investidor pessoa física tam-
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bém adquiriu, de forma indireta, exposição ao mercado de CRI ao investir em
cotas de Fundos de Investimento Imobiliário (FII) dedicados a investimentos
em títulos de crédito imobiliário, cujo destaque é o CRI.
A partir do final de 2009, o vínculo entre os FII e o universo de finanças
estruturadas se intensificou com a sanção da Lei Nº 12.024. Com esta nova
legislação, o benefício fiscal existente para pessoa física que investe em CRI
foi replicado para os FII que investem nestes títulos. A mudança contribui para
uma estrutura de mercado mais efetiva para o gerenciamento de risco e uma
maior otimização do apetite de demanda existente. Por um lado, o ganho
está na divisão de responsabilidades. A decisão de investimento nestes títulos
passa agora para as mãos de gestores, que devem ser especialistas em ava-
liar e apreçar esses títulos. Ao pequeno investidor cabe a decisão da escolha
do melhor fundo e gestor para confiar seus investimentos. Por outro lado, o
benefício da alteração legal é a multiplicação do potencial de distribuição e
colocação tanto das cotas dos FII como dos próprios CRI.
Em função do seu tipo de ativo-lastro, os FII dedicados a investimentos
em CRI são classificados pela Uqbar como FII de Renda Fixa. Em janeiro do
ano passado existiam três FII de Renda Fixa no mercado, os quais tinham na
época um patrimônio líquido consolidado de R$ 171,2 milhões. Em dezem-
bro de 2010 este grupo já era composto por cinco fundos representando um
patrimônio líquido de R$ 668,3 milhões.
A composição da demanda por CRI, hoje dominada pelos bancos in-
vestidores, tende a ser alterada no futuro próximo. Uma nova norma divul-
gada pelo Banco Central do Brasil em 16 de dezembro de 2010, a Resolução
Nº 3.932, estipula que somente os CRI lastreados em créditos imobiliários
concedidos por entidades integrantes do SBPE (Sistema Brasileiro de Pou-
pança e Empréstimos) poderão ser computados para efeito da exigibilidade
de direcionamento de recursos captados através da caderneta de poupança.
Logo, uma redução da participação das instituições financeiras como investi-
dores de CRI pode ser esperada, uma vez que algumas operações lastreadas
em créditos corporativos não serão mais usadas para atender as exigências
do uso dos recursos da poupança. Uma maior oferta de CRI no mercado po-
derá ser atendida pelos FII dedicados a estes títulos, que não cresceram mais
durante 2010 por falta destes ativos disponíveis no mercado.
As ofertas de CRI continuam concentradas nas mãos de poucas Secu-
ritizadoras Imobiliárias. Em 2010, 13 Securitizadoras Imobiliárias emitiram CRI,
sendo que seis delas foram responsáveis por 98,3% do montante consolidado
emitido. As informações mais detalhadas de participação das Securitizadoras
Imobiliárias podem ser encontradas no capítulo referente aos rankings.
Em relação ao tipo de registro de oferta, 66,2% das emissões de CRI fo-
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ram feitas através de esforços restritos, conforme regulamentação da Instru-
ção CVM Nº 476. As ofertas públicas representaram 31,5% do total emitido.
O número de cedentes de créditos imobiliários para as operações de
securitização cresceu substancialmente no último ano. Para o caso de lastro
residencial, foram 115 em 2010, contra 79 em 2009. Para o lastro corporati-
vo, foram 43 agora contra 20 no ano anterior. Dentre os tipos de cedentes
classificados por tipo de atividade econômica, a liderança isolada ficou com
o setor de atividades imobiliárias, representado principalmente pelas incor-
poradoras.
Dentre os cedentes é importante também mencionar a participação
dos FII, que se relacionam historicamente com o mercado de finanças estru-
turadas no papel de fornecedores de lastro, no caso créditos corporativos,
para operações de CRI. Estas operações são conhecidas no mercado pelos
nomes de sale and lease-back e build-to-suit. Para aqueles interessados não
só em uma descrição das estruturas destas operações, mas também em uma
análise completa do mercado dos FII em 2010 é sugerida a leitura do Anuário
Securitização e Financiamento Imobiliário 2011, e do Dicionário de Finanças
Uqbar, acessível a partir do site www.uqbar.com.br.
Finalizando a parte relativa aos CRI, o desempenho creditício destes
títulos, medido pela opinião das agências de classificação de risco durante
2010, aponta para um quadro geral de melhora. Seis títulos tiveram suas clas-
sificações de risco elevadas, sendo que dois deles apresentaram duas eleva-
ções durante o ano. Estas oito elevações foram realizadas por quatro agências
que atuam no mercado de classificação de risco de CRI. Apenas um título
teve sua classificação de risco rebaixada durante o ano.
O outro título imobiliário de destaque do setor de finanças estrutura-
das, a CCI, também teve seu mercado expandido em 2010, em sintonia com o
movimento de crescimento do setor imobiliário. A CCI é um título de crédito
favorecido pelas Securitizadoras Imobiliárias devido ao seu papel viabilizador
de uma maior eficiência operacional. O montante de depósitos destes títulos
na CETIP cresceu de R$ 6,79 bilhões, em 2009, para R$ 11,94 bilhões, em 2010.
Este mesmo indicador não superava a marca de R$ 1,00 bilhão no final de
2007. Ao mesmo tempo, o estoque de CCI nesta mesma casa quase dobrou
no último ano, aumentando de R$ 12,70 bilhões no final de 2009 para R$
24,29 bilhões no fim de 2010. Apenas o número de montante consolidado
de CCI negociado no mercado secundário, registrado na CETIP, não acompa-
nhou a tendência de expansão. Depois do ano de 2008, quando se registrou
o recorde em montante negociado, de R$ 1,58 bilhão, esta cifra cedeu nos
dois anos seguintes, tendo fechado 2010 em R$ 1,26 bilhão.
CERTIFICADOS DE RECEBÍvEISIMOBILIÁRIOS (CRI)
Esta seção apresenta informações sobre os
Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI).
Inclui um resumo dos principais termos e
condições destes títulos e dados e estatísticas
sobre emissões, registros na CVM e na CETIP,
investidores, mercado secundário, cedentes
e as elevações e rebaixamentos de 2010 das
agências de classificação de risco para este
mercado.
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resumo de Termos e condições
Descrição Título de crédito nominativo, de livre negociação, lastreado em créditos imo-
biliários, que constitui promessa de pagamento em dinheiro.
Emissor Somente companhias securitizadoras de créditos imobiliários.
Lastro Créditos imobiliários, que constituem promessa de pagamento em dinheiro,
conforme dispuser o Termo de Securitização. Os créditos imobiliários que las-
treiam a emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) deverão obe-
decer ao limite máximo de 20,0% por devedor ou coobrigado. No entanto,
esse percentual poderá ser excedido, quando o devedor ou o coobrigado: (i)
tenha registro de companhia aberta; (ii) seja instituição financeira ou equipa-
rada; ou (iii) seja sociedade empresarial que tenha suas demonstrações finan-
ceiras relativas ao exercício social imediatamente anterior à data de emissão
do CRI, auditadas por auditor independente registrado na CVM, hipótese em
que tais demonstrações financeiras devem ser arquivadas na CVM periodica-
mente.
Em relação às sociedades empresariais, estas serão dispensadas do arquiva-
mento das demonstrações financeiras na CVM, nas hipóteses em que os CRI:
(i) sejam objeto de oferta pública de distribuição que tenha como público des-
tinatário exclusivamente sociedades integrantes do mesmo grupo econômi-
co, e seus respectivos administradores e acionistas controladores, sendo veda-
da, neste caso, a negociação dos CRI no mercado secundário; ou (ii) pos-suam
valor unitário igual ou superior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de Reais), e sejam
objeto de oferta pública destinada à subscrição por não mais do que 20 inves-
tidores. Nesta hipótese, os CRI subscritos somente poderão ser negociados
pelo titular antes de completados 18 (dezoito) meses do encerramento da dis-
tribuição, caso a negociação se dê entre os titulares dos CRI, ou caso o titular
aliene todos os CRI subscritos para um único investidor.
garantia Poderá ter garantia flutuante, que lhe assegurará privilégio geral sobre o ativo
do Emissor, mas não impedirá a negociação dos bens que compõem esse ati-
vo. Poderá contar com instituição do Regime Fiduciário sobre os créditos imo-
biliários.
Regime Fiduciário Sistema que permite que os créditos imobiliários de uma operação de CRI se-
jam destinados exclusivamente ao pagamento dos CRI aos quais estão vincu-
lados e às despesas e obrigações fiscais oriundas deste processo, mantendo-
se apartados do patrimônio do Emissor até que se complete o resgate de
todos os referidos CRI. Tais créditos não são passíveis de constituição de garan-
tias ou de execução por quaisquer dos credores da emitente do CRI, por mais
privilegiados que sejam.
Forma e Registro Escritural, devendo ser registrado em sistemas centralizados de custódia e li-
quidação financeira de títulos privados.
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Classe É admitida a emissão de CRI de classe sênior, que possui preferência para efei-
tos de amortização e resgate, e CRI de classes subordinadas, que se subordi-
nam aos CRI de classe sênior para efeito de amortização e resgate.
Taxa de Juros Fixa ou flutuante.
Atualização Monetária Índice de preços com série regularmente calculada e de conhecimento públi-
co. A atualização de valor é permitida desde que os títulos tenham prazo e pe-
riodicidade de reajuste mínimos de um ano. CRI não podem ser indexados a
moedas estrangeiras.
Pagamento Principal – Normalmente através de amortizações periódicas mensais, não
existindo exigência de intervalo mínimo entre os pagamentos periódicos. Ou-
tras periodicidades são permitidas, inclusive pagamento de uma única vez no
vencimento.
Juros – Normalmente através de parcelas periódicas mensais, não existindo
exigência de intervalo mínimo entre os pagamentos periódicos. Outras perio-
dicidades são permitidas, inclusive pagamento de uma única vez no venci-
mento.
Negociação Diretamente entre as partes para ofertas públicas com montante de captação
não superior a R$ 30.000.000,00 (trinta milhões de reais). Através de instituição
financeira intermediária para montante de captação superior a esse valor.
Transferência Por meio de sistemas centralizados de custódia e liquidação financeira de títu-
los privados autorizados pelo Banco Central do Brasil.
Liquidação Financeira CETIP e BM&FBOVESPA.
Ambiente de Negociação CETIPNet, SomaFix e BovespaFix.
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EMISSõES
A figura 33 apresenta o histórico de emissões de CRI dividido por tipo
de ativo-lastro. Em 2010, uma emissão de CRI lastreado em debêntures foi re-
alizada. Esta operação foi incluída na classificação por ativo-lastro pela Uqbar
na categoria de Títulos Mobiliários.
Na sequência, a tabela 8 descreve os critérios utilizados pela Uqbar
para definir os tipos de lastro dos CRI: Aluguel, Crédito Imobiliário e Títulos
Mobiliários.
Definições das Classes de Ativo-lastro | Tabela 8
Ativo-lastro Definição
Aluguel Créditos decorrentes de contratos de locação típica e atípica e de constituição de direito real de superfície.
Crédito Imobiliário Créditos decorrentes de financiamentos para a aquisição de imóveis residenciais ou comerciais. Inclui operações realizadas no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) e Sistema Financeiro da habitação (SFh), tendo como tomador tanto pessoas físicas como jurídicas.
Títulos Mobiliários Créditos decorrentes do investimento em valores mobiliários (e.g. Debêntures).
Emissões de CRI - Montante (em R$ milhões) | FIG. 33
Fonte: Uqbar
2010200920082007200620052004200320022001200019990
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
1.000
3.000
5.000
7.000
9.000
Aluguel Crédito Imobiliário Títulos Mobiliáios
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REGISTROS
Esta seção consolida dados de registro junto à Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) e à CETIP – Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP). São
apresentados os montantes de ofertas públicas de CRI total e por ativo-lastro,
as emissões de CRI por tipo de registro e o número de companhias securiti-
zadoras de créditos imobiliários registrados junto à autarquia, assim como os
registros de custódia e estoque de CRI junto à CETIP.
CVM
A tabela 9 apresenta a lista de ofertas públicas de CRI com registro
provisório na CVM em 2010 classificadas por tipo de ativo-lastro. A figura 34
mostra um histórico anual desses registros desde 1999 e a figura 35 apresen-
ta o montante emitido de CRI em 2010, dividido por tipo de registro.
A figura 36 e a tabela 10 apresentam dados a respeito das Securitiza-
doras Imobiliárias registradas na CVM.
Ofertas Públicas de CRI por Ativo-Lastro em 2010 | Tabela 9
SecuritizadoraImobiliária
Série Classe PrazoMontante
(em R$)Remuneração
(a.a.)Classificação
InicialAgência de
Classificação
Aluguel
Brazilian Securities 2010-1 Única 115 121.164.538 TR + 10,50% não há não há
Brazilian Securities 2010-2 Sênior 68 17.669.911 IgP-M + 8,25% AA- Austin
Brazilian Securities 2010-2 Subordinada 68 1.963.323 IgP-M + 8,25% AA- Austin
Brazilian Securities 2010-3 Sênior 36 12.297.680 IgP-M + 8,25% AA Austin
Brazilian Securities 2010-3 Subordinada 36 1.366.409 IgP-M + 8,25% AA Austin
Brazilian Securities 2010-4 Sênior 36 12.729.891 IgP-M + 8,25% AA Austin
Brazilian Securities 2010-4 Subordinada 36 1.414.432 IgP-M + 8,25% AA Austin
Brazilian Securities 2010-5 Sênior 53 12.364.742 IgP-M + 8,25% A+ Austin
Brazilian Securities 2010-5 Subordinada 53 1.373.860 IgP-M + 8,25% A+ Austin
Brazilian Securities 2010-6 Sênior 65 9.404.831 IgP-M + 8,25% A- Austin
Brazilian Securities 2010-6 Subordinada 65 1.044.981 IgP-M + 8,25% A- Austin
Brazilian Securities 2010-7 Sênior 41 9.428.462 IgP-M + 8,25% A Austin
Brazilian Securities 2010-7 Subordinada 41 1.047.607 IgP-M + 8,25% não há não há
Brazilian Securities 2010-8 Sênior 37 10.281.617 IgP-M + 8,25% A Austin
Brazilian Securities 2010-8 Subordinada 37 1.142.402 IgP-M + 8,25% A Austin
Brazilian Securities 2010-9 Sênior 47 9.421.830 IgP-M + 8,25% A- Austin
Brazilian Securities 2010-9 Subordinada 47 1.046.870 IgP-M + 8,25% A- Austin
Brazilian Securities 2010-10 Sênior 54 9.767.004 IgP-M + 8,25% A- Austin
Brazilian Securities 2010-10 Subordinada 54 1.085.223 IgP-M + 8,25% A- Austin
Brazilian Securities 2010-15 Única 120 40.126.658 TR + 10,50% não há não há
Brazilian Securities 2010-22 Única 120 109.074.704 TR + 10,00% BBB+(bra) Fitch
Brazilian Securities 2010-24 Única 144 143.799.999 TR + 10,00% não há não há
Brazilian Securities 2010-38 Única 52 51.362.396 IgP-M + 7,70% AAA(bra) Fitch
Pátria 2010-1 Única 189 3.001.336 IPCA + 9,25% não há não há
RB Capital 2010-13 Única 145 100.000.000 IPCA + 7,95% AA-(bra) Fitch
RB Capital 2010-14 Única 120 320.000.000 TR + 10,30% não há não há
Total 1.003.380.706
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Crédito Imobiliário
Brazilian Securities 2010-13 Única 243 29.877.797 IgP-M + 13,31% não há não há
Brazilian Securities 2010-14 Sênior 356 41.962.855 IgP-M + 11,32% AA-(bra) Fitch
Brazilian Securities 2010-14 Subordinada 356 7.405.210 IgP-M + 12,00% não há não há
Brazilian Securities 2010-16 Única 165 21.466.530 IgP-M + 10,69% não há não há
Brazilian Securities 2010-18 Única 166 11.013.999 IgP-M + 11,31% não há não há
Brazilian Securities 2010-21 Sênior 359 34.066.936 IgP-M + 11,55% não há não há
Brazilian Securities 2010-21 Subordinada 359 5.090.462 IgP-M + 12,59% não há não há
Brazilian Securities 2010-23 Única 180 13.045.047 IgP-M + 10,68% não há não há
Brazilian Securities 2010-25 Sênior 359 9.904.580 IgP-M + 8,89% A+ Austin
Brazilian Securities 2010-25 Subordinada 359 1.100.509 IgP-M + 31,32% não há não há
Brazilian Securities 2010-26 Sênior 359 9.900.665 IgP-M + 8,88% A+ Austin
Brazilian Securities 2010-26 Subordinada 359 1.100.074 IgP-M + 27,97% não há não há
Brazilian Securities 2010-31 Única 48 120.000.000 CDI+1,30% A1.br Moody's
Brazilian Securities 2010-34 Sênior 359 42.689.108 IgP-M + 8,00% A+(bra) Fitch
Brazilian Securities 2010-34 Subordinada 359 6.378.833 IgP-M + 32,13% não há não há
Brazilian Securities 2010-39 Sênior 240 12.267.261 8,99% AA- Austin
Brazilian Securities 2010-39 Subordinada 240 1.363.029 28,48% não há não há
Brazilian Securities 2010-44 Sênior 240 19.649.426 8,10% não há não há
Brazilian Securities 2010-44 Subordinada 240 2.183.270 40,48% não há não há
Brazilian Securities 2010-45 Única 60 200.400.000 CDI + 1,20% não há não há
gaia 2010-5 Sênior 59 116.975.023 IgP-M + 7,70% AA-(bra) Fitch
gaia 2010-5 Subordinada 75 41.615.970 IgP-M + 12,00% não há não há
gaia 2010-6 Sênior 178 85.149.889 IgP-M + 8,40% brAA+ S & P
gaia 2010-6 Subordinada 178 15.000.000 IgP-M + 9,00% não há não há
gaia 2010-11 Única 24 228.000.000 11,45% não há não há
gaia 2010-12 Única 61 300.000.000 CDI+1,30% A+(bra) Fitch
gaia 2010-13 Única 60 46.634.385 94,00% CDI não há não há
PDg 2010-2 Única 36 89.000.000 TR + 9,80% não há não há
PDg 2010-4 Única 96 405.000.000 107,00% CDI não há não há
RB Capital 2010-3 Única 121 60.000.000 IPCA + 9,03% A2.br Moody's
Total 1.978.240.858
Ofertas Públicas de CRI – Montante (em R$ milhões) | FIG. 34Fonte : Uqbar
Mon
tant
e Re
gist
rado
(R$
milh
ões)
Qua
ntid
ade
de R
egis
tros
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Montante Registrado (R$ milhões) Quantidade de Registros
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
0
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Ofertas Públicas de CRI por Ativo-Lastro em 2010 (cont.) | Tabela 9
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Securitizadoras Imobiliárias registradas na CVM em 2010 | Tabela 10
Securitizadora Imobiliária Data de Registro
3A Companhia Securitizadora 08/03/10
Polo Capital Securitizadora 22/09/10
Plural Capital Securitizadora 09/11/10
Portfolio Securitizadora 25/11/10
Fonte: Uqbar
Número de Securitizadoras Imobiliárias Registradas na CVM | FIG. 36
201020092008200720062005200420032002200120001999199819970
2
4
6
8
10
12
Fonte: Uqbar
Emissões de CRI de 2010 por Tipo de Registro (% montante emitido) | FIG. 35
31,5 %
66,2 %
2,3 %
Esforços Restritos
Ofertas Públicas
Dispensa de Registro
66,2 %
31,5 %
2,3 %
Fonte: Uqbar
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CETIP
As figuras 37 e 38 apresentam respectivamente a evolução histórica
dos depósitos e do estoque referentes ao mercado de CRI.
Depósitos de CRI na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) | FIG. 37
2010200920082007200620052004200320022001200019990
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
8.000
Fonte: CETIP
Estoque de CRI na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) | FIG. 38
Jan
99
Mai
99
Set 9
9
Jan
00
Mai
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Set 0
0
Jan
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Set 0
1
Jan
02
Mai
02
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2
Jan
03
Mai
03
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3
Jan
04
Mai
04
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4
Jan
05
Mai
05
Set 0
5
Jan
06
Mai
06
Set 0
6
Jan
07
Mai
07
Set 0
7
Jan
08
Mai
08
Set 0
8
Jan
09
Mai
09
Set 0
9
Jan
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2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
16.000
18.000
20.000
Fonte: CETIP
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INvESTIDORES
A partir da Instrução da Comissão de Valores Mobiliários Nº 472/2008
e, em seguida, da Lei Nº 12.024/2009, as quais permitiram, respectivamente,
investimentos preponderantes em CRI por parte de FII e isenção tributária
destes fundos em relação aos rendimentos destes títulos, criaram-se as con-
dições para o surgimento efetivo de um novo segmento, dedicado a investi-
mentos de renda fixa, no mercado de FII. Denominados de FII de Renda Fixa,
estes fundos têm como objetivo realizar investimentos em ativos financeiros
de origem imobiliária, com destaque para o CRI.
Os dois primeiros FII de Renda Fixa surgiram em 2009, porém, um mer-
cado para este segmento passa realmente a existir em 2010, com o apare-
cimento do FII Votorantim Securities, que fechou o ano com um valor de
capitalização de mercado vizinho à marca do meio bilhão de reais.
O ano terminou com um total de cinco fundos nesta categoria com
um patrimônio líquido consolidado de R$ 668,3 milhões.
Composição do Montante Emitido de CRI em 2010 por Classe de Investidor (% de Montante) | FIG. 39
10,3 %
77,9 %
2,3 %1,5 % 1,0 %
0,4 %
Bancos Comerciais
Pessoas físicas
Fundos de investimento
Instituições Intermediárias participantes do consórcio de distribuição
Demais pessoas jurídicas
Demais instituições �nanceiras
Entidades de previdência privada
77,9 %
10,3 %
6,6 %
2,3 %
1,5 %
1,0 %
0,4 %
6,6 %
Fonte: Uqbar
PL dos FII que investem em CRI | FIG. 40Fonte : Uqbar
0
100
200
300
400
500
600
700
800
0
1
2
3
4
5
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PL (R
$ m
ilhõe
s)
Núm
ero
de F
II
Jan-10 Fev-10 Mar-10 Abr-10 Mai-10 Jun-10 Jul-10 Ago-10
Set-10 Out-10 Nov-10
Dez-10
Montante PL (R$ milhões) Quantidade de FII
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MERCADO SECUNDÁRIO
A figura 41 mostra a evolução histórica das negociações de CRI reali-
zadas na BM&FBOVESPA e registradas na CETIP.
CEDENTES
As figuras 42 e 43 apresentam a distribuição do número de cedentes
de créditos imobiliários por tipo de atividade econômica destes, para as ope-
rações de CRI realizadas durante o ano de 2010, separadas por tipo de crédito
Residencial ou Corporativo.
Negociações de CRI na CETIP e BM&FBOVESPA Evolução Histórica (em R$ milhões) | FIG. 41
BM&FBOVESPA CETIP
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 20100
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
500
1.500
2.500
3.500
4.500
Fonte: Uqbar/ CETIP/ BM&FBOVESPA
Número de Cedentes de Crédito Residencial por Atividade Econômica – Ano 2010 | FIG. 42
Atividades Imobiliárias
Construção
Intermediação �nanceira
Agricultura & Pecuária
0 20 40 60 8010 30 50 70 90
Fonte: Uqbar
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CLASSIFICAÇãO DE RISCO
Durante o ano de 2010, oito elevações foram realizadas pelas agências
de classificação de risco. A lista destas ações é apresentada na tabela 11.
Apenas um título, o CRI emitido pela Securitizadora WT CRJ, teve sua classifi-
cação rebaixada de AA para AA-. A ação foi realizada pela Austin no dia 28 de
dezembro de 2010.
Elevações de Classificação de Risco de CRI em 2010 | Tabela 11
Operação TítuloClassificação
AnteriorNova
ClassificaçãoAgência Data
Fides 2005-1 Única AA AA+ Austin 20/12/2010
Matone 2008-1 Sênior A(bra) A+(bra) Fitch 05/03/2010
RB Capital Residencial 2006-9 Única AA- AA+ LF 10/05/2010
WT TC 2003-1 Única brAA- brAAA S & P 22/03/2010
WT VPA 2005-1 ÚnicabrAA- brAAA S & P 22/03/2010
AA AA+ Austin 20/12/2010
WT VRJ 2006-1 ÚnicabrAA- brAAA S & P 22/03/2010
AA AA+ Austin 20/12/2010
Fonte: Uqbar
Número de Cedentes de Crédito Corporativo por Atividade Econômica - Ano 2010 | FIG. 43
0 5 10 15 20 25 30
Fonte: Uqbar
Atividades Imobiliárias
Intermediação �nanceira
Construção
Industria de transformação
Agricultura & Pecuária
Educação
Transporte
CéDULAS DE CRéDITOS IMOBILIÁRIOS (CCI)
Esta seção apresenta informações sobre as
Cédulas de Crédito Imobiliário (CCI). São
apresentados, além de resumo dos principais
termos e condições, dados relativos aos
registros destes títulos na CETIP, como
montantes anuais de depósitos e negócios,
assim como a evolução histórica do estoque
das cédulas nesta câmara.
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resumo de Termos e condições
Descrição Título representativo de créditos imobiliários. A Cédula de Crédito Imobiliário
(CCI) poderá ser integral, quando representar a totalidade do crédito, ou fracio-
nária, quando representar parte dele, não podendo a soma das cédulas fracio-
nárias emitidas em relação a cada crédito exceder o valor total do crédito que
elas representam. Cédulas fracionárias poderão ser emitidas de uma só vez, ou
ao longo do tempo, desde que o sejam antes do vencimento da obrigação
que elas representam.
A CCI é um título executivo extrajudicial exigível pelo valor apurado de acordo
com as cláusulas e as condições pactuadas no contrato que lhe deu origem.
Emissor Credor do crédito imobiliário. A emissão e a negociação de CCI independem
de autorização do devedor do crédito imobiliário que ela representa.
Lastro Créditos Imobiliários.
garantia Poderá contar com garantia real ou fidejussória. Sendo o crédito imobiliário
garantido por direito real, a emissão da cédula deverá ser averbada em registro
de imóveis, mencionando-se apenas o número, a série e a instituição custo-
diante da CCI.
Forma e Registro Escritural ou cartular. A emissão da cédula sob a forma escritural é feita me-
diante escritura pública ou instrumento particular, devendo esse instrumento
permanecer custodiado em instituição financeira e registrado em sistemas de
registro e liquidação financeira de títulos privados autorizados pelo Banco
Central do Brasil.
Pagamento Pagamentos de principal e juros são feitos em parcelas periódica ou única no
vencimento.
Negociação Diretamente entre as partes interessadas.
Transferência Na forma cartular, endosso; na forma escritural, através dos registros das nego-
ciações em sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos autoriza-
dos pelo Banco Central do Brasil.
A cessão do crédito representado por CCI implica automática transmissão das
respectivas garantias ao cessionário, sub-rogando-o em todos os direitos re-
presentados pela cédula, ficando o cessionário, no caso de contrato de aliena-
ção fiduciária, investido na propriedade fiduciária.
A cessão de crédito garantido por direito real, quando representado por CCI emiti-
da sob a forma escritural, está dispensada de averbação no registro de imóveis.
Sistema de Registro CETIP e BM&FBOVESPA.
Liquidação Financeira CETIP.
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REGISTROS
A figura 44 apresenta a evolução histórica dos montantes anuais de
depósitos de CCI na CETIP. A evolução histórica do estoque destas cédulas e
sua composição, por tipo de indexador, no final do ano de 2010 são apresen-
tadas respectivamente nas figuras 45 e 46. Os montantes anuais de negó-
cios registrados nesta câmara são apresentados na figura 47.
Depósitos de CCI na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) | FIG. 44
Fonte: CETIP
201020092008200720062005200420030
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
Estoque de CCI na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) | FIG. 45
Fonte: CETIP
Ago
03
Nov
03
Fev
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Mai
04
Ago
04
Nov
04
Fev
05
Mai
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Ago
05
Nov
05
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Nov
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08
Mai
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Nov
09
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Mai
10
Ago
10
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5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
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Estoque de CCI na CETIP – Composição por Indexador (% de Montante) | FIG. 46
Fonte: CETIP
27,7 %
33,6 %
8,1 %
14,5 %
16,0 %
IPCA
IGP-M
TR
Pré
Outros
33,6 %
27,7 %
16,0 %
14,5 %
8,1 %
Negociações de CCI na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) | FIG. 47
Fonte: CETIP
201020092008200720062005200420030
200
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600
800
1.000
1.200
1.400
1.600
1.800
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TÍTULOS DO AGRONEGóCIO
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INTRODUÇãO
A promulgação da lei Nº 11.076, de 30 de dezembro de 2004, repre-
senta uma importante iniciativa de aproximação de dois setores relevantes
da economia brasileira: o do agronegócio e o financeiro, com destaque para
o mercado de capitais. A lei instituiu títulos de crédito específicos e, inspirada
na legislação que originou a securitização imobiliária, criou um título de se-
curitização, o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), e um veículo
destinado à securitização de créditos originados no setor, a Companhia Secu-
ritizadora de Direitos Creditórios do Agronegócio (CSCA ou Securitizadora do
Agronegócio).
Mesmo com o suporte de um sólido arcabouço jurídico, a participação
dos títulos do agronegócio no mercado de finanças estruturadas ainda é pe-
quena. Já passados seis anos da existência de sua lei originadora, o mercado
de CRA ainda se encontra em estágio incipiente.
O registro do primeiro depósito de CRA na CETIP ocorreu em 2008.
Em setembro do ano seguinte houve o registro da primeira oferta pública
de distribuição destes títulos, porém, esta nunca foi concretizada, tendo sido
revogada dois meses depois. A partir de setembro de 2009, passou a ocorrer
uma sequência de emissões de CRA, todas sob o regime de oferta de esforços
restritos e todas emitidas pela mesma Securitizadora do Agronegócio, a Eco
Agro. Foi uma emissão de R$ 22,0 milhões em 2009 e mais três durante 2010,
estas últimas totalizando R$ 140,1 milhões. No momento da produção deste
Anuário, uma quinta emissão, de R$ 12,0 milhões, encontrava-se em fase de
negociação. O ano passado também marcou o surgimento da segunda Se-
curitizadora do Agronegócio, a Brasil Agrosec, que foi registrada na CVM em
junho de 2010, mas que até o final daquele ano não havia feito nenhuma
emissão de títulos.
Dado o estágio nascente do mercado de CRA, os montantes de de-
pósitos, estoque e negociações de CRA na CETIP vem apresentando taxas
elevadíssimas de crescimento anual desde 2008. Porém, os níveis destas va-
riáveis relativos ao ano de 2010, apesar de terem atingido um valor de sete
a dez vezes maior que no ano anterior, somente agora alcançaram a casa da
centena de milhões de reais. Assim, ao se levar em conta o tamanho do agro-
negócio no Brasil, pode-se afirmar que a securitização de créditos do agrone-
gócio representada pelo CRA financia atualmente uma fração negligente das
necessidades do setor.
No universo das finanças estruturadas, a participação dos títulos do
agronegócio acontece de forma mais relevante como ativos do mais impor-
tante veículo de securitização do país, o Fundo de Investimento em Direitos
Creditórios (FIDC). Dentre os diversos investimentos que tem sido realizados
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por estes fundos, incluem-se dois títulos do setor: as Cédulas de Produto Rural
(CPR) e os Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA)5. Em 31
de dezembro de 2010, 41 fundos, de um total de 303 em operação naquela
data, podiam investir em direitos creditórios do agronegócio, sendo que 31
deles indicavam em seus regulamentos autorização para investir em CDCA e
CPR.
Os mercados de CPR e de CDCA, medidos pelos montantes negociados
no mercado secundário e, no caso do CDCA, também de depósitos e estoque
na CETIP, apresentaram tendência oposta ao mercado de CRA em 2010. Todas
estas variáveis caíram de nível durante o ano, sendo algumas destas quedas
bastante acentuadas.
O montante de negociações de CPR, título de crédito destinado a fi-
nanciar a produção de produtos rurais, vinha crescendo fortemente durante
o período de quatro anos até 2009, tendo saltado de meros R$ 55,5 milhões
em 2005 para R$ 1,02 bilhão em 2009. Esta tendência de alta foi abruptamen-
te interrompida em 2010, quando o montante de negociação destes títulos
registrados na CETIP não ultrapassou os R$ 120,4 milhões.
Em cima de um montante consolidado de negociações muito menor
em 2010, a composição de CPR por produto se alterou drasticamente. Ao
invés do domínio majoritário do boi, que representou cerca de 80,0% do total
negociado em 2009, houve um equilíbrio entre vários produtos, sendo que
nenhum deles atingiu uma fatia superior a 26,0% do total.
Devido às características da CPR, não há informação disponível em ter-
mos de montante de depósitos ou em estoque deste título na CETIP. A infor-
mação é consolidada pela quantidade em unidades específicas do produto
financiado, como arroba para boi ou saca para café. Dependendo do tipo
de CPR, o mesmo é liquidado através da entrega de uma quantidade pré-
determinada do produto financiado, e não em reais.
No que diz respeito ao mercado de CDCA, os dados de estoque, de-
pósito e negociação, os quais já vinham apontando estabilidade ou ligeira
queda de 2008 para 2009, agora acentuaram o movimento de declínio. Em
2010 o nível de estoque cedeu 11,6%, o de depósitos 46,9%, e o de negocia-
ção 37,6%. O fato de que o nível de estoque cedeu relativamente bem menos
do que o nível de depósitos deve refletir um provável alongamento médio
do prazo de vencimento destes títulos. Vista por uma perspectiva de longo
prazo, a trajetória destas variáveis apresentou crescimento acentuado até o
período de 2007-2008 e, apesar da queda recente, ainda permanece em nível
acima daqueles registrados nos anos anteriores a este biênio.
5 Outro título utilizado no financiamento do agronegócio e adquirido pelos FIDC são as Cédulas de Crédito Bancário (CCB). O mercado de CCB é abordado no capítulo de Títulos gerais.
CERTIFICADOS DE RECEBÍvEISDO AGRONEGóCIO (CRA)
Esta seção apresenta informações sobre os
Certificados de Recebíveis do Agronegócio
(CRA). São apresentados, além do resumo
dos principais termos e condições, dados
relativos ao histórico de emissões, aos
emissores e aos registros destes títulos na
CETIP.
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resumo de Termos e condições
Descrição Título de crédito nominativo, de livre negociação, lastreado em direitos credi-
tórios do agronegócio e constitui promessa de pagamento em dinheiro.
Emissor Somente companhias securitizadoras de direitos creditórios do agronegócio.
Lastro Direitos creditórios originários de negócios realizados entre produtores rurais,
ou suas cooperativas, e terceiros, inclusive financiamentos ou empréstimos,
relacionados com a produção, comercialização, beneficiamento ou industria-
lização de produtos ou insumos agropecuários ou de máquinas e implemen-
tos utilizados na atividade agropecuária, conforme dispuser o Termo de Secu-
ritização.
garantia Poderá ter garantia flutuante, que lhe assegurará privilégio geral sobre o ativo
do Emissor, mas não impedirá a negociação dos bens que compõem esse ati-
vo. Poderá contar com instituição do Regime Fiduciário sobre os direitos cre-
ditórios do agronegócio.
Regime Fiduciário Sistema que permite que os direitos creditórios do agronegócio de uma ope-
ração de CRA sejam destinados exclusivamente à remuneração dos títulos las-
treados por estes créditos e às despesas e obrigações fiscais oriundas deste
processo, mantendo-se apartados do patrimônio do Emissor até que se com-
plete o resgate de todos os títulos da operação afetados por este benefício.
Tais direitos creditórios não são passíveis de constituição de garantias ou de
execução por quaisquer dos credores da Emitente de CRA, por mais privilegia-
dos que sejam.
Forma Escritural.
Registro Em sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos autorizados pelo
Banco Central do Brasil.
Classe São admitidas CRA de classe sênior, que possuem preferência para efeitos de
amortização e resgate, e CRA que se subordinam às de classe sênior para efei-
to de amortização e resgate.
Taxa de Juros Fixa ou flutuante, admitida a capitalização.
Atualização Monetária Índice de preços com série regularmente calculada e de conhecimento públi-
co. A atualização de valor é permitida desde que os títulos tenham prazo e
periodicidade de reajuste mínimos de um ano. CRA não podem ser indexados
a moedas estrangeiras.
Pagamento de Principal Normalmente através de amortizações periódicas mensais, não existindo exi-
gência de intervalo mínimo entre os pagamentos periódicos. Outras periodici-
dades são permitidas, inclusive pagamento de uma única vez no vencimento.
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Pagamento de Juros Normalmente através de pagamentos periódicos mensais, não existindo
exigência de intervalo mínimo entre os pagamentos periódicos. Outras
periodicidades são permitidas, inclusive pagamento de uma única vez no
vencimento.
Negociação Diretamente entre as partes para ofertas públicas com montante de captação
não superior a R$ 30.000.000,00 (trinta milhões de reais). Através de instituição
financeira intermediária para montante de captação superior a esse valor.
Transferência Através de registro do negócio efetuado em sistemas de registro e de liquida-
ção financeira de ativos autorizados pelo Banco Central do Brasil.
Liquidação Financeira CETIP.
EMISSõES
Em 2010, a Eco Securitizadora de Direitos Creditórios do Agronegócio
emitiu as séries 31 a 35 de CRA da companhia. Todas as cinco séries foram
ofertadas com esforços restritos, de acordo com a instrução Nº 476/2009 da
CVM, representando o montante total de R$ 140,1 milhões.
O destaque fica com a 35ª série que captou R$ 110,0 milhões e possui
remuneração de 109,0% do CDI. Essa emissão é lastreada em Certificados de
Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) cedidos pelo Banco Votorantim
e devidos pela ETh Bioenergia S.A. Por sua vez, o CDCA é lastreado por uma
Cédula de Produto Rural Financeira cuja devedora é a Usina Conquista do
Pontal (UCP) e conta com a cessão fiduciária de um contrato de fornecimento
de álcool etílico celebrado entre a UCP e a Braskem S.A. como garantia.
O histórico das emissões de CRA é apresentado na figura 48.
Emissões de CRA - Montante (em R$ milhões) | FIG. 48Fonte : Uqbar
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EMISSORES
A tabela 12 mostra alguns dados sobre as Securitizadoras do Agro-
negócio registradas na CVM. Os dados de capital social, número de ações
integralizadas e principais acionistas foram obtidos nos arquivos “Formulário
de Referência de 2010” disponíveis no site da CVM.
Securitizadoras do Agronegócio Registradas na CVM | Tabela 12
SecuritizadoraData de
Constituição
Data dePrimeira Emissão
Montante Emitido em 2010
(R$ milhões)Principais Acionistas
Total de Ações Integralizadas
Capital Social
(R$)
Eco Agronegócios 02/04/2009 30/09/2009 140Ecoagro – Empresa de
Consultoria de Operações Agropecuárias Ltda.
1.000 1.000
Brasil Agrosec 30/06/2010 - -BP Patrimonial e Serviços
Empresariais Ltda.1.000 1.000
Fonte: Uqbar
REGISTROS
As figuras 49, 50 e 51 apresentam, respectivamente, a evolução histó-
rica dos depósitos, do estoque e dos negócios de CRA registrados na CETIP.
Depósitos de CRA na CETIP – Montante (em R$ milhões) | FIG. 49Fonte : CETIP
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Estoque de CRA na CETIP - Montante (em R$ milhões) | FIG. 50Fonte : CETIP
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Negociações de CRA na CETIP - Montante (em R$ milhões) | FIG. 51Fonte : CETIP
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2008 2009 2010
CéDULAS DE PRODUTO RURAL (CPR)
Esta seção apresenta informações sobre
a Cédula de Produto Rural (CPR). São
apresentados, além do resumo dos principais
termos e condições, dados relativos aos
registros destes títulos na CETIP, como
montantes anuais de negócios de CPR
financeira e a composição dos negócios de
CPR financeira nesta câmara.
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resumo de Termos e condições
Descrição Instrumento representativo de promessa de entrega de produtos rurais, com
ou sem garantia cedularmente constituída. É título líquido e certo, exigível
pela quantidade e qualidade do produto nela previsto, ou se CPR com liquida-
ção financeira, exigível, na data de seu vencimento, pelo resultado da multipli-
cação do preço pela quantidade do produto especificado.
Permite ao produtor rural ou suas cooperativas obterem recursos para desen-
volver sua produção ou empreendimento, com comercialização antecipada
ou não.
Emissor Produtor rural e suas associações, inclusive cooperativas.
garantia Poderá consistir em hipoteca, penhor ou alienação fiduciária.
Forma Cartular ou escritural.
Registro Para ter eficácia contra terceiros, deve ser inscrita no cartório de registro de
imóveis do domicílio do emissor. Caso a garantia consistir de hipoteca ou pe-
nhor, a CPR deverá também ser averbada na matrícula do imóvel hipotecado
e no cartório de localização dos bens apenhados.
Em caso de negociação do título em mercados de bolsa e balcão é obrigató-
rio o registro da cédula em sistema de registro e de liquidação financeira, ad-
ministrado por entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil.
Pagamento No vencimento, no caso de CPR com liquidação financeira.
Negociação Diretamente entre as partes ou em mercados de bolsa e de balcão, neste caso
sendo considerado um ativo financeiro.
Transferência Na forma cartular, endosso; na forma escritural através dos registros das nego-
ciações em sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos autoriza-
dos pelo Banco Central do Brasil.
Liquidação Financeira CETIP.
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REGISTROS
As figuras 52 e 53 apresentam, respectivamente, os montantes anuais
de negócios de CPR financeira e a composição, por produto, dos negócios de
CPR financeira na CETIP.
Negociações de CPR Financeira na CETIP - Montante (em R$ milhões) | FIG. 52Fonte : CETIP
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2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Negócios de CPR Financeira na CETIP por Produto – ( % do Montante) | FIG. 53
Álcool
Boi
Açucar
Algodão
Café
Pescado
Outros
25.9 %
24 %
15 %
13.5 %
13.2 %
6.7 %
1.7 %
13.2 %25.9 %
24 %
15 %
13.5 %
1,7 %
6.7 %
Fonte: CETIP
CERTIFICADOS DE DIREITOS CREDITóRIOSDO AGRONEGóCIO (CDCA)
Esta seção apresenta informações sobre
os Certificados de Direitos Creditórios do
Agronegócio (CDCA). São apresentados,
além do resumo dos principais termos e
condições, dados relativos aos registros
destes títulos na CETIP, como montantes
anuais de depósitos e negócios, assim
como a evolução histórica do estoque dos
certificados nesta câmara.
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resumo de Termos e condições
Descrição Título de crédito nominativo, de livre negociação lastreado em créditos origi-
nados no agronegócio. Representa promessa de pagamento em dinheiro e
constitui título executivo extrajudicial.
Emissor Exclusivo de cooperativas de produtores rurais e de outras pessoas jurídicas
que exerçam a atividade de comercialização, beneficiamento ou industrializa-
ção de produtos e insumos agropecuários ou de máquinas e implementos
utilizados na produção agropecuária. O emissor responde pela origem e au-
tenticidade dos direitos creditórios que lastreiam os certificados.
Lastro Direitos creditórios originários de negócios realizados entre produtores rurais,
ou suas cooperativas, e terceiros, inclusive financiamentos ou empréstimos,
relacionados com a produção, comercialização, beneficiamento ou industria-
lização de produtos ou insumos agropecuários ou de máquinas e implemen-
tos utilizados na atividade agropecuária.
O CDCA confere direito de penhor sobre os direitos creditórios a ele vincula-
dos, independentemente de convenção, os quais podem ser substituídos me-
diante acordo entre o emitente e o titular. A substituição dos direitos creditó-
rios importará na extinção do penhor sobre os direitos substituídos,
constituindo-se automaticamente novo penhor sobre os direitos creditórios
dados em substituição.
Os direitos creditórios utilizados como lastro dos CDCA devem ser (i) registra-
dos em sistema de registro e de liquidação financeira de ativos autorizado
pelo Banco Central do Brasil; e (ii) custodiados em instituições financeiras ou
outras instituições autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários a prestar
serviço de custódia de valores mobiliários.
garantia Além do penhor, poderá contar com garantias reais ou fidejussórias, livremen-
te negociadas entre as partes.
Forma Cartular ou escritural.
Registro No caso de emissão sob forma escritural, os títulos deverão ser registrados em
sistema de registro e de liquidação financeira de ativos autorizado pelo Banco
Central do Brasil.
Pagamento de Principal Através de pagamentos periódicos ou em parcela única no vencimento.
Pagamento de Juros Através de pagamentos periódicos ou em parcela única no vencimento. Os
juros podem ser capitalizados, calculados em base de taxa fixa ou flutuante.
Negociação Diretamente entre as partes ou em mercados de bolsa e de balcão.
Transferência Na forma cartular, endosso; na forma escritural através dos registros das nego-
ciações em sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos autoriza-
dos pelo Banco Central do Brasil.
Liquidação Financeira CETIP.
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REGISTROS
As figuras 54, 55 e 56 apresentam respectivamente a evolução histó-
rica dos depósitos, do estoque e dos negócios de CDCA registrados na CETIP.
Depósitos de CDCA na CETIP - Montante (em R$ milhões) | FIG. 54Fonte : CETIP
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Estoque de CDCA na CETIP - Montante (em R$ milhões) | FIG. 55Fonte : CETIP
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Negociações de CDCA na CETIP – Montante (em R$ milhões) | FIG. 56Fonte : CETIP
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DERIvATIvOS DE CRéDITO
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Se em 2009 o mercado brasileiro de derivativos de crédito reduziu seu
tamanho, em 2010 ele desapareceu. Único segmento de mercado coberto
por esta publicação a não apresentar crescimento no ano passado, este, de
fato, passou a não existir quando o único contrato de swap de crédito, no va-
lor de R$ 416,0 milhões, que vinha sendo renovado regularmente desde 2009,
deixou de sê-lo no meio de 2010 – a última renovação aconteceu em maio do
ano passado para um prazo de 45 dias.
Um nível de registro de depósitos maior que o do ano anterior pode-
ria criar uma esperança no leitor menos atento. Este, no entanto, é apenas o
reflexo de uma outra característica de um mercado em fase terminal, a redu-
ção do prazo médio dos contratos. Prazos menores geram renovações mais
frequentes, aumentando assim o montante dos depósitos. A diminuição do
prazo médio ponderado pelo montante dos contratos é, na realidade, uma
tendência já observada em 2009. Neste ano, o prazo dos contratos caiu para
95 dias, contra 175 dias em 2008. Em 2010, o prazo médio dos três contratos
depositados na CETIP ficou em 56 dias.
Regulamentação restritiva e falta de conhecimento parecem ser as cau-
sas do fenômeno. Se o histórico de vida destes instrumentos no Brasil pode
servir de base para prever o futuro, este indica que o mercado de transferên-
cia de risco de crédito no país estará concentrado em operações de securiti-
zação e alguns títulos de crédito específicos como os certificados de cédula
de crédito bancário.
As figuras 57 e 58 apresentam respectivamente a evolução histórica
dos montantes anuais dos registros e do estoque de contratos de swap de
crédito registrados na CETIP.
Registros de Swap de Crédito na CETIP - Montante (em R$ milhões) | FIG. 57Fonte : CETIP
2004 2005 2006 2007 2008 2009 20100
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Estoque de Swap de Crédito na CETIP - Montante (em R$ milhões) | FIG. 58Fonte : CETIP
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CONCEITOS BÁSICOS
Uma operação de derivativo de crédito é definida como um contrato financeiro entre duas
partes que permite isolar o risco de crédito de um determinado instrumento, normalmente deno-
minado ativo subjacente, e transferi-lo de uma parte para a outra. Note-se que apenas o risco de
crédito, e não o instrumento, é transferido entre as partes. A figura abaixo representa esquemati-
camente uma operação de derivativo de crédito.
Operação de Derivativo de Crédito
Instituição A
Ativo Subjacente
Outrosriscos
Instituição B
Risco deCrédito
Risco deCrédito
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Swap de Crédito - Credit Default Swap
Também conhecido pelo seu nome em inglês, credit default swap ou CDS, este é o tipo mais
comum de derivativo de crédito, no qual a contraparte receptora de risco, denominado vendedor
de proteção, recebe uma remuneração periódica, paga pela contraparte transferidora do risco, de-
nominado de comprador de proteção. Se houver um evento de crédito no ativo subjacente durante
a vigência do contrato de swap de crédito, o vendedor de proteção deverá fazer o pagamento ao
comprador de proteção dentro de um período estipulado. A figura abaixo representa esquematica-
mente uma operação de swap de crédito.
Swap de Taxa de Retorno Total – Total Return Swap
Tipo de derivativo de crédito, no qual a contraparte receptora de risco, vendedor de pro-
teção, recebe o rendimento de um ativo subjacente mais a variação positiva que ocorra durante
um prazo especificado e paga, à contraparte transferidora de risco, comprador de proteção, o
custo de “financiamento” de um valor nocional e a variação negativa que ocorra durante o mes-
mo prazo.
A diferença entre este tipo de derivativo de crédito e o swap de crédito consiste no fato de
que no swap de taxa de retorno total existe a troca de fluxos de caixa, havendo ou não um evento
de crédito, por exemplo, inadimplência; enquanto que no swap de crédito, o pagamento está vin-
culado à ocorrência de um evento de crédito. Este tipo de operação também pode ser conhecida
pelo seu termo em inglês, total return swap. A figura a seguir representa esquematicamente uma
operação de swap de taxa de retorno total.
Swap de Crédito
AtivoSubjacente
Compradorde proteção
Remuneração periódica
Pagamento condicionado
Vendedorde proteção
Swap de Taxa de Retorno
AtivoSubjacente
Compradorde proteção
Custo de “�nanciamento”+
Variação negativa
Rendimento do ativo+
Variação positiva
Vendedorde proteção
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RANKINGS 2010
Este capítulo apresenta uma série de
rankings divididos por tipo de entidade
emissora; Fundos de Investimento em
Direitos Creditórios (FIDC) e Companhias
Securitizadoras de Créditos Imobiliários
(CSCI ou Securitizadora Imobiliária). Para
cada um destes grupos são apresentados
rankings para as categorias Emissões,
Emissores e Terceiros. Sempre que possível
ou apropriado, cada ranking é calculado:
¡ tendo como base o montante, em R$,
e o número de operações ou títulos;
¡ para o ano de 2010 e de forma
consolidada;
¡ com as alterações nas posições
comparativamente ao ranking do ano
anterior.
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INTRODUÇãO
Abaixo segue uma análise sumarizada sobre os rankings produzidos
pela Uqbar para o mercado de Fundos de Investimento em Direitos Creditó-
rios (FIDC). Para uma análise detalhada dos rankings do mercado de securitiza-
ção imobiliária, favor vero Anuário: Securitização e Financiamento Imobiliário
– 2011. Os comentários mostram as principais movimentações registradas e
os destaques do mercado de FIDC ocorridos durante o ano de 2010. Assim
como nos outros capítulos deste Anuário, o FIDC do Sistema Petrobras NP é
desconsiderado na análise.
O FIDC Aberto PSA Finance Brasil I foi responsável pela emissão do tí-
tulo que realizou a maior captação no ano de 2010. A cota sênior emitida por
este fundo representou 8,1% do total emitido por toda a indústria de FIDC.
O fundo é um condomínio aberto e compra recebíveis de financiamento de
veículos do Banco PSA Finance Brasil e da PSA Finance Arrendamento Mer-
cantil. O mesmo FIDC também liderou o ranking de montante emitido em
2010, com 8,7% do total.
Quando os FIDC são ordenados por montante de Patrimônio Liquido
em 31 e dezembro de 2010 (PL), o FIDC Crédito Corporativo Brasil fica com
a primeira posição do ranking anual e na quarta do ranking consolidado. Na
sequência do ranking de 2010 apareceram o FIDC Aberto PSA Finance Brasil I
e o FIDC globex Crédito Mercantil.
Novamente, a BEM DTVM liderou três dos quatro rankings de adminis-
tradores de FIDC. No entanto, como decorrência de um mercado cada vez
mais competitivo, sua fatia do mercado diminuiu em todos eles. A maior per-
da de participação foi no ranking anual por PL, no qual passou de 25,0%, no
fim de 2009, para 16,7%, no fim de 2010. Neste ranking, a Votorantim Asset
Management e a Intrag DTVM ocuparam as segunda e terceira posições res-
pectivamente. Com os novos mandatos de 2010, a Votorantim Asset Mana-
gement passou da sétima para a quarta posição do ranking consolidado e a
Intrag DTVM voltou a figurar entre as primeiras após ficar apenas com a 17ª
posição em 2009. Em 2010, a Socopa foi contratada para administrar quase
20,0% dos novos FIDC que iniciaram no ano, trazendo-a para a primeira e ter-
ceira posições nos rankings anual e consolidado por número de operações,
respectivamente.
A disputa foi acirrada no segmento de assessores jurídicos de FIDC. O
escritório Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados alcançou
a primeira colocação no ranking por montante emitido. Fundos assessora-
dos pelo escritório representaram 29,5% do montante emitido. A liderança
foi obtida com uma pequena diferença para o segundo colocado, o escritório
Pinheiro guimarães Advogados (28,4%). O escritório Souza Cescon, Barrieu &
Flesch Advogados ficou em terceiro lugar neste ranking (23,9%); porém, por
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ter assessorado 15 novos FIDC, ficou com a liderança do ranking cujo critério
é número de fundos.
Os rankings de agências de classificação de risco não apresenta-
ram grandes mudanças em relação aos do ano anterior. A Austin liderou o
ranking consolidado de número de cotas de FIDC classificadas, porém, dessa
vez foi seguida de perto pela S&P que liderou os outros três rankings desta
categoria. A mudança que merece menção é relativa à Fitch, que pulou da
quarta para a segunda posição nos dois rankings por montante classificado
de cotas de FIDC.
A hegemonia da KPMg no segmento de auditores de FIDC só não au-
mentou no ranking de número de operações consolidado. O destaque fica
para sua participação no ranking anual por montante de PL. Em 2010, a com-
panhia foi contratada para prestar serviços para fundos que respondem por
94,1% do PL de todos os FIDC iniciados no ano.
Entre os custodiantes de FIDC, o Banco Bradesco só não ficou com a
primeira posição do ranking anual de número de operações, o qual foi lidera-
do pelo Banco Paulista com 21 dos 79 novos fundos de 2010. Uma mudança
importante foi no ranking consolidado de PL, onde o Itaú Unibanco caiu de
primeiro para terceiro, tendo sido ultrapassado pelo Banco Bradesco e pelo
Deutsche Bank. A participação dos três primeiros colocados deste ranking foi
de 26,7% (Banco Bradesco), 25,1% (Deutsche Bank) e 24,8% (Itaú Unibanco).
Em 2010, a Tercon Consultoria Empresarial e o Banco BTg Pactual se
mantiveram como as instituições que mais estruturaram FIDC. A primeira es-
truturou 15 novas operações enquanto que a segunda estruturou sete. Quan-
do classificados por montante emitido, Banco Santander (Brasil), Banco Voto-
rantim e Banco Itaú BBA figuraram nas três primeiras posições, nesta ordem.
O diversificado mercado de gestores de FIDC só apresentou uma ma-
nutenção de primeira colocação em relação a 2009. Foi no ranking de número
de operações consolidado, no qual a Bradesco Asset Management DTVM se
manteve em primeiro lugar com 27 FIDC, porém, empatada com a Oliveira
Trust DTVM. Nos demais rankings, as lideranças ficaram com: Votorantim Asset
Management (PL em 2010), J & M Investimento (número de operações em
2010) e BCSul Verax Serviços Financeiros (PL - consolidado).
No ranking de líderes de distribuição de cotas de FIDC, o Banco Itaú
BBA ficou com a primeira posição pelo critério de montante emitido e o BB
Banco de Investimento e o Citibank DTVM dividiram a liderança, com três títu-
los cada, pelo critério de número de títulos.
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Lista de Rankings
Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC)
EmissõesRanking de Emissões de Cotas de FIDC por Montante Emitido em 2010
Emissores Ranking de FIDC por Montante Emitido em 2010
Ranking de FIDC por Montante de PL em 2010
Ranking de FIDC por Montante de PL – Consolidado
TerceirosRanking de Administradores de FIDC por Montante de PL em 2010
Ranking de Administradores de FIDC por Número de Operações em 2010
Ranking de Administradores de FIDC por Montante de PL - Consolidado
Ranking de Administradores de FIDC por Número de Operações – Consolidado
Ranking de Advogados de FIDC por Montante Emitido em 2010
Ranking de Advogados de FIDC por Número de Operações em 2010
Ranking de Agências por Montante Classificado de Cotas de FIDC em 2010
Ranking de Agências por Número de Cotas de FIDC Classificadas em 2010
Ranking de Agências por Montante Classificado de Cotas de FIDC – Consolidado
Ranking de Agências por Número de Cotas de FIDC Classificadas – Consolidado
Ranking de Auditores de FIDC por Montante de PL em 2010
Ranking de Auditores de FIDC por Número de Operações em 2010
Ranking de Auditores de FIDC por Montante de PL – Consolidado
Ranking de Auditores de FIDC por Número de Operações – Consolidado
Ranking de Custodiantes de FIDC por Montante de PL em 2010
Ranking de Custodiantes de FIDC por Número de Operações em 2010
Ranking de Custodiantes de FIDC por Montante de PL – Consolidado
Ranking de Custodiantes de FIDC por Número de Operações – Consolidado
Ranking de Estruturadores de FIDC por Montante Emitido em 2010
Ranking de Estruturadores de FIDC por Número de Operações em 2010
Ranking de gestores de FIDC por Montante de PL em 2010
Ranking de gestores de FIDC por Número de Operações em 2010
Ranking de gestores de FIDC por Montante de PL – Consolidado
Ranking de gestores de FIDC por Número de Operações – Consolidado
Ranking de Líderes de Distribuição de Cotas de FIDC por Montante Emitido em 2010
Ranking de Líderes de Distribuição de Cotas de FIDC por Número de Operações em 2010
Securitizadoras Imobiliárias
EmissõesRanking de Emissões de CRI por Montante Emitido em 2010
Emissores Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2010
Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2010
Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido – Consolidado
Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações – Consolidado
TerceirosRanking de Advogados de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2010
Ranking de Advogados de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2010
Ranking de Agências por Montante Classificado de CRI em 2010
Ranking de Agências por Número de CRI Classificados em 2010
Ranking de Agências por Montante Classificado de CRI – Consolidado
Ranking de Agências por Número de CRI Classificados – Consolidado
Ranking de Agentes Fiduciários por Montante Emitido de CRI em 2010
Ranking de Agentes Fiduciários por Número de Operações em 2010
Ranking de Agentes Fiduciários por Montante Emitido de CRI – Consolidado
Ranking de Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRI – Consolidado
Ranking de Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2010
Ranking de Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2010
FUNDO DE INvESTIMENTOEM DIREITOS CREDITóRIOS (FIDC)
A seguir os rankings relacionados ao
mercado de FIDC, segregados por emissões,
emissores e terceiros provedores de serviços
desta indústria. Os critérios utilizados são
apresentados após cada ranking ou conjunto
de rankings.
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EMISSõES
Ranking de Emissões de Cotas de FIDC por Montante Emitido em 2010 | Tabela 13
Título
Emissor Classe Série Montante (R$) Participação (%)
Aberto PSA Finance Brasil I Sênior Única 1.785.318.236 8,1
BCSul Verax Multicred Financeiro Subordinada Única 1.297.399.602 5,9
Crédito Corporativo Brasil Sênior 1 1.174.800.000 5,3
globex Crédito Mercantil Sênior 1 1.166.600.000 5,3
BV Financeira IV Sênior 1 699.141.386 3,2
BV Financeira V NP Sênior 1 678.000.000 3,1
For-Te Sênior Única 627.500.000 2,9
Chemical VI Indústria Petroquímica Sênior 1 544.800.000 2,5
Matone V Empréstimos Consignados Sênior Única 500.000.000 2,3
BV Financeira III Sênior 1 452.738.334 2,1
Dez Maiores 8.926.297.558 40,6
Total 21.981.840.764 100,0
Critério: Ordena as cotas de FIDC por montante emitido durante o ano de 2010.
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EMISSORES
Ranking de Cotas de FIDC por Montante Emitido em 2010 | Tabela 14
Emissor Montante (R$) Participação (%)
Aberto PSA Finance Brasil I 1.918.533.007 8,7BCSul Verax Multicred Financeiro 1.601.004.658 7,3Crédito Corporativo Brasil 1.409.700.000 6,4globex Crédito Mercantil 1.335.699.464 6,1BV Financeira V NP 1.077.000.000 4,9Caixa Master CDC Veículos do Banco Panamericano 978.059.766 4,4BV Financeira IV 894.141.386 4,1For-Te 693.874.000 3,2Chemical VI Indústria Petroquímica 600.000.000 2,7Matone V Empréstimos Consignados 586.159.914 2,7
Dez Maiores 11.094.172.195 50,5
Total 21.981.840.764 100,0
Critério: Ordena os FIDC por montante emitido durante o ano de 2010.
Ranking de FIDC por Montante de PL em 2010 | Tabela 15
1/1/2010 – 31/12/2010
FIDC Montante (R$) Posição Participação (%)
Crédito Corporativo Brasil 1.424.904.254 1 11,4Aberto PSA Finance Brasil I 1.398.775.921 2 11,2globex Crédito Mercantil 1.353.718.098 3 10,9BV Financeira V NP 1.077.122.249 4 8,6BV Financeira IV 908.297.161 5 7,3Matone V Empréstimos Consignados 641.068.301 6 5,1Chemical VI Indústria Petroquímica 601.964.019 7 4,8Lojas Renner 512.117.106 8 4,1BMg Créditos Consignados VIII 482.163.054 9 3,9Chemical V Indústria Petroquímica 303.333.272 10 2,4
Dez Maiores 8.703.463.435 69,8
Total 12.463.999.717 100,0
Ranking de FIDC por Montante de PL – Consolidado | Tabela 16
1/1/2002 – 31/12/2010 1/1/2002 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)FIDC Montante
(R$)Posição Participação
(%)Posição Participação
(%)
BCSul Verax Multicred Financeiro 4.587.145.575 1 10,5 1 9,0 1,5CEMIg Conta CRC 1.835.120.934 2 4,2 2 5,4 -1,2Master Panamericano CDC Veículos 1.711.814.329 3 3,9 3 5,3 -1,4Crédito Corporativo Brasil 1.424.904.254 4 3,3 - - 3,3CESP IV 1.404.022.827 5 3,2 4 4,5 -1,3Aberto PSA Finance Brasil I 1.398.775.921 6 3,2 - - 3,2gM Venda de Veículos 1.375.693.163 7 3,1 6 2,9 0,3globex Crédito Mercantil 1.353.718.098 8 3,1 - - 3,1Pão de Açúcar 1.227.504.549 9 2,8 5 3,5 -0,7BV Financeira V NP 1.077.122.249 10 2,5 - - 2,5
Dez Maiores 17.395.821.899 39,8 13.426.450.966 39,5 0,3
Total 43.762.708.895 100,0 33.998.809.722 100,0
Critério: Ordenam os FIDC por montante de PL no último dia do ano de 2010. O ranking anual considera apenas os fundos que efeti-vamente entraram em operação, através de sua primeira emissão de cotas, durante o ano de 2010. O fundo cujo valor do PL não tenha sido divulgado para o dia em questão não é considerado para o ranking.
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TERCEIROS
Administradores
Ranking de Administradores de FIDC por Montante de PL em 2010 | Tabela 17
1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Administrador Montante
(R$)Posição Participação
(%)Posição Participação
(%)
BEM DTVM 2.084.691.658 1 16,7 1 25,0 -8,3Votorantim Asset Management 1.985.419.410 2 15,9 9 3,5 12,4Intrag DTVM 1.898.606.951 3 15,2 17 0,2 15,0Caixa Econômica Federal 1.424.904.254 4 11,4 5 8,1 3,4Banco Santander (Brasil) 1.403.827.901 5 11,3 10 2,9 8,4Citibank DTVM 873.679.306 6 7,0 3 11,1 -4,1BTg Pactual Serviços Financeiros DTVM 822.407.215 7 6,6 7 4,2 2,4Oliveira Trust DTVM 547.878.496 8 4,4 4 10,9 -6,5BNY Mellon Serviços Financeiros DTVM 336.468.798 9 2,7 11 2,7 0,0Concórdia Corretora 271.703.929 10 2,2 8 4,0 -1,8
Dez maiores 11.649.587.918 93,5 4.676.365.094 91,3 2,2
Total 12.463.999.717 100,0 5.123.254.871 100,0
Ranking de Administradores de FIDC por Número de Operações em 2010 | Tabela 18
1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Administrador Número de
OperaçõesPosição Participação
(%)Posição Participação
(%)
Socopa 15 1 19,0 2 13,6 5,3BEM DTVM 11 2 13,9 6 6,1 7,9Citibank DTVM 10 3 12,7 4 7,6 5,1gradual Corretora 7 4 8,9 3 12,1 -3,3Oliveira Trust DTVM 6 5 7,6 1 16,7 -9,1BTg Pactual Serviços Financeiros DTVM 5 6 6,3 7 4,6 1,8Petra Personal Trader CTVM 4 7 5,1 13 3,0 2,0Intrag DTVM 3 8 3,8 18 1,5 2,3BNY Mellon Serviços Financeiros DTVM 3 9 3,8 5 7,6 -3,8Votorantim Asset Management 2 10 2,5 11 3,0 -0,5
Dez maiores 66 83,5 53 80,3 3,2
Total 79 100,0 66 100,0
Ranking de Administradores de FIDC por Montante de PL - Consolidado | Tabela 19
1/1/2002 – 31/12/2010 1/1/2002 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Administrador Montante
(R$)Posição Participação
(%)Posição Participação
(%)
BEM DTVM 8.155.020.460 1 18,6 1 24,3 -5,7Cruzeiro do Sul DTVM 6.433.945.054 2 14,7 2 14,6 0,1Intrag DTVM 4.179.562.382 3 9,6 3 10,2 -0,7Votorantim Asset Management 4.013.484.549 4 9,2 7 5,3 3,9Oliveira Trust DTVM 3.085.021.938 5 7,0 4 8,5 -1,4Panamericano DTVM 2.144.934.067 6 4,9 6 6,4 -1,5BNY Mellon Serviços Financeiros DTVM 2.112.411.330 7 4,8 8 5,0 -0,2Concórdia Corretora 2.013.676.152 8 4,6 5 7,0 -2,4Caixa Econômica Federal 2.003.245.824 9 4,6 12 1,9 2,7Citibank DTVM 1.908.699.338 10 4,4 11 2,4 2,0
Dez maiores 36.050.001.094 82,4 29.520.768.927 86,8 -4,5
Total 43.762.708.897 100,0 33.998.809.725 100,0
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Ranking de Administradores de FIDC por Número de Operações - Consolidado | Tabela 20
1/1/2002 – 31/12/2010 1/1/2002 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Administrador Número de
OperaçõesPosição Participação
(%)Posição Participação
(%)
BEM DTVM 41 1 13,6 1 16,6 -3,0
Oliveira Trust DTVM 37 2 12,3 2 14,7 -2,4
Socopa 31 3 10,3 10 4,2 6,0
gradual Corretora 26 4 8,6 4 9,3 -0,7
BNY Mellon Serviços Financeiros DTVM 25 5 8,3 3 10,4 -2,1
Petra Personal Trader CTVM 20 6 6,6 5 6,9 -0,3
Citibank DTVM 19 7 6,3 11 2,7 3,6
BTg Pactual Serviços Financeiros DTVM 15 8 5,0 9 4,2 0,7
Concórdia Corretora 13 9 4,3 8 4,2 0,1
Cruzeiro do Sul DTVM 12 10 4,0 6 5,0 -1,0
Dez maiores 239 79,1 208 80,3 -1,2
Total 302 100,0 259 100,0
Critério: Ordenam os administradores de FIDC por montante agregado de PL dos fundos no último dia do ano de 2010. Os rankings anuais consideram apenas os fundos que efetivamente entraram em operação, através de sua primeira emissão de cotas, durante o ano de 2010. O fundo cujo valor do PL não tenha sido divulgado para o dia em questão não é considerado para os rankings.
Advogados
Ranking de Advogados de FIDC por Montante Emitido em 2010 | Tabela 21
1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Escritórios de Advogados Montante
(R$)Posição Participação
(%) Posição Participação
(%)
Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr.e Quiroga Advogados
3.496.161.353 1 29,5 3 12,2 17,3
Pinheiro guimarães Advogados 3.371.141.386 2 28,4 2 12,6 15,8
Souza Cescon, Barrieu & Flesch 2.836.742.575 3 23,9 - - 23,9
Vaz, Barreto, Shingaki e Oioli Advogados 665.799.914 4 5,6 - - 5,6
Perlman Vidigal Advogados 444.848.533 5 3,8 - - 3,8
Motta, Fernandes Rocha Advogados 325.845.995 6 2,7 4 9,1 -6,4
gouvêa Advogados Associados 254.079.951 7 2,1 - - 2,1
FreitasLeite Advogados 142.255.352 8 1,2 - - 1,2
Barcellos Tucunduva Advogados 131.085.625 9 1,1 1 32,6 -31,5
Levy e Salomão Advogados 75.690.627 10 0,6 8 6,1 -5,5
Dez maiores 11.743.651.311 99,1 4.106.919.284 98,1 1,0
Total 11.855.870.247 100,0 4.187.755.139 100,0
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Ranking de Advogados de FIDC por Número de Operações em 2010 | Tabela 22
1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Escritórios de Advogados Número de
OperaçõesPosição Participação
(%) Posição Participação
(%)
Souza Cescon, Barrieu & Flesch 15 1 32,6 - - 32,6
FreitasLeite Advogados 6 2 13,0 - - 13,0
Pinheiro guimarães Advogados 5 3 10,9 4 9,8 1,1
Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr.e Quiroga Advogados
4 4 8,7 6 7,3 1,4
Motta, Fernandes Rocha Advogados 4 5 8,7 2 12,2 -3,5
Vaz, Barreto, Shingaki e Oioli Advogados 3 6 6,5 - - 6,5
Velloza, girotto e Lindenbojm Advogados 2 7 4,3 - - 4,3
Perlman Vidigal Advogados 1 8 2,2 - - 2,2
gouvêa Advogados Associados 1 9 2,2 - - 2,2
Barcellos Tucunduva Advogados 1 10 2,2 7 4,9 -2,7
Dez maiores 42 91,3 35 85,4 5,9
Total 46 100,0 41 100,0
Critério: Ordenam os assessores jurídicos de FIDC com base no montante emitido e no número de operações realizadas durante o ano de 2010. A assessoria considerada neste ranking é aquela prestada pelo participante ao administrador do FIDC no processo de estrutu-ração do fundo. Quando duas ou mais instituições assessoram conjuntamente um mesmo fundo, o crédito é atribuído integralmente a todas as instituições. Os rankings consideram apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, durante o ano de 2010.
Agências de Classificação de Risco
Ranking de Agências por Montante Classificado de Cotas de FIDC em 2010 | Tabela 23
1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na Participação
(%)Agência de Classificação Montante (R$) Posição Participação (%) Posição Participação (%)
S & P 3.863.205.536 1 36,2 1 59,0 -22,7
Fitch 3.340.400.000 2 31,3 4 8,2 23,1
Moody's 2.432.200.000 3 22,8 3 11,2 11,7
Austin 521.577.577 4 4,9 2 13,8 -8,9
SR 500.000.000 5 4,7 5 6,8 -2,1
Total 10.657.383.113 100,0 9.363.814.065 100,0
Ranking de Agências por Número de Cotas de FIDC Classificadas em 2010 | Tabela 24
1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na Participação
(%)Agência de Classificação Número de Cotas Posição Participação
(%) Posição Participação
(%)
S & P 41 1 53,2 1 39,3 13,9
Austin 18 2 23,4 2 32,8 -9,4
Fitch 8 3 10,4 3 9,8 0,5
Moody’s 8 4 10,4 5 6,6 3,8
SR 2 5 2,6 4 8,2 -5,6
Total 77 100,0 61 100,0
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Ranking de Agências por Montante Classificado de Cotas de FIDC – Consolidado | Tabela 25
1/1/2002 – 31/12/2010 1/1/2002 – 31/12/2009 Mudança na Participação
(%)Agência de Classificação Montante (R$) Posição Participação
(%) Posição Participação
(%)
S & P 21.786.736.045 1 35,2 1 35,0 0,2
Fitch 12.169.350.000 2 19,7 4 17,3 2,4
Moody's 11.831.545.000 3 19,1 3 18,4 0,8
Austin 10.730.487.577 4 17,4 2 20,0 -2,6
SR 2.654.823.529 5 4,3 6 4,2 0,1
LF 2.634.401.559 6 4,3 5 5,2 -0,9
Total 61.807.343.710 100,0 51.149.960.598 100,0
Ranking de Agências por Número de Cotas de FIDC Classificadas – Consolidado | Tabela 26
1/1/2002 – 31/12/2010 1/1/2002 – 31/12/2009 Mudança na Participação
(%)Agência de Classificação Número de Cotas Posição Participação (%) Posição Participação (%)
Austin 161 1 33,5 1 35,5 -1,9
S & P 157 2 32,7 2 28,8 3,9
Fitch 76 3 15,8 3 16,9 -1,0
Moody's 55 4 11,5 4 11,7 -0,2
SR 18 5 3,8 5 4,0 -0,2
LF 13 6 2,7 6 3,2 -0,5
Total 480 100,0 403 100,0
Critério: Ordenam as agências de classificação de risco com base no montante classificado e no número de atribuições de classifi-cações de risco emitidas por cada uma delas às cotas de FIDC. O valor considerado nesses rankings é o montante total de títulos aos quais foi atribuída uma classificação e não o valor de toda a operação. Os rankings anuais consideram apenas as atribuições feitas durante o período sob análise para operações novas (registradas ou em processo de registro) ou antigas (realizadas em períodos an-teriores, mas classificadas pelas agências em questão pela primeira vez durante o ano). As atividades de monitoramento das agências não são contabilizadas para suas posições nos rankings. Uma classificação, seja ela preliminar ou não, é contabilizada uma única vez. Contudo, somente são consideradas classificações nas quais os montantes dos títulos classificados são informados nos relatórios ou em comunicados formais das próprias agências de classificação de risco. Quando um título recebe classificações de duas ou mais agências, o montante objeto da classificação é atribuído a ambas as agências. Os rankings são calculados de forma consolidada e para o ano de 2010.
Auditores
Ranking de Auditores de FIDC por Montante de PL em 2010 | Tabela 27
1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Auditor Montante (R$) Posição Participação (%) Posição Participação (%)
KPMg 11.724.523.058 1 94,1 1 74,2 19,8
PricewaterhouseCoopers 265.510.493 2 2,1 7 0,2 1,9
Ernst & Young Terco 135.281.592 3 1,1 8 0,0 1,1
Baker Tilly Brasil 118.384.564 4 0,9 4 1,2 -0,2
BDO Trevisan 109.948.380 5 0,9 6 0,3 0,6
PSW Brasil 81.037.755 6 0,7 - - 0,7
Acal Consultoria e Auditoria 18.687.231 7 0,1 - - 0,1
hLB Audilink 8.608.049 8 0,1 - - 0,1
Terco grant Thornton 2.018.596 9 0,0 - - 0,0
Total 12.463.999.718 100,0 5.123.254.871 100,0
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Ranking de Auditores de FIDC por Número de Operações em 2010 | Tabela 28
1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Auditor Número
de OperaçõesPosição Participação
(%) Posição Participação
(%)
KPMg 50 1 63,3 1 62,1 1,2Baker Tilly Brasil 18 2 22,8 2 22,7 0,1Ernst & Young Terco 4 3 5,1 8 1,5 3,5BDO Trevisan 2 4 2,5 3 4,6 -2,0PricewaterhouseCoopers 1 5 1,3 7 1,5 -0,3PSW Brasil 1 6 1,3 - - 1,3Acal Consultoria e Auditoria 1 7 1,3 - - 1,3hLB Audilink 1 8 1,3 - - 1,3Terco grant Thornton 1 9 1,3 - - 1,3
Total 79 100,0 66 100,0
Ranking de Auditores de FIDC por Montante de PL – Consolidado | Tabela 29
1/1/2002 – 31/12/2010 1/1/2002 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Auditor Montante (R$) Posição Participação
(%) Posição Participação
(%)
KPMg 32.092.830.757 1 73,3 1 70,5 2,8Deloitte Touche Tohmatsu 6.540.715.409 2 14,9 2 18,9 -3,9PricewaterhouseCoopers 2.305.363.952 3 5,3 3 6,4 -1,1BDO Trevisan 1.208.878.956 4 2,8 4 2,4 0,4Baker Tilly Brasil 662.945.633 5 1,5 5 0,9 0,6horwath Bendoraytes Aizenman 500.058.628 6 1,1 11 0,0 1,1Ernst & Young Terco 136.174.508 7 0,3 10 0,0 0,3Terco grant Thornton 106.053.760 8 0,2 6 0,3 -0,1Audi Factor 86.244.260 9 0,2 8 0,2 0,0PSW Brasil 81.037.755 10 0,2 - - 0,2
Dez maiores 43.720.303.618 99,9 33.997.610.067 100,0 -0,1
Total 43.762.708.895 100,0 33.998.809.722 100,0
Ranking de Auditores de FIDC por Número de Operações – Consolidado | Tabela 30
1/1/2002 – 31/12/2010 1/1/2002 – 31/12/2009Mudança na
participação (%)Auditor Número de Operações
Posição Participação (%)
Posição Participação (%)
KPMg 189 1 62,6 1 63,7 -1,1Baker Tilly Brasil 45 2 14,9 2 10,8 4,1BDO Trevisan 25 3 8,3 3 8,9 -0,6Deloitte Touche Tohmatsu 14 4 4,6 4 6,9 -2,3PricewaterhouseCoopers 12 5 4,0 5 4,2 -0,3Ernst & Young Terco 5 6 1,7 7 1,2 0,5Terco grant Thornton 3 7 1,0 8 0,8 0,2Audi Factor 3 8 1,0 6 1,9 -0,9horwath Bendoraytes Aizenman 2 9 0,7 11 0,4 0,3PSW Brasil 1 10 0,3 - - 0,3
Dez maiores 299 99,0 258 99,6 -0,6
Total 302 100,0 259 100,0
Critério: Ordenam os auditores de FIDC por montante agregado de PL dos fundos no último dia do ano de 2010. Os rankings anuais consideram apenas os fundos que efetivamente entraram em operação, através de sua primeira emissão de cotas, durante o ano de 2010. O fundo cujo valor do PL não tenha sido divulgado para o dia em questão não é considerado para os rankings.
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Custodiantes
Ranking de Custodiantes de FIDC por Montante de PL em 2010 | Tabela 31
1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Custodiante Montante (R$) Posição Participação
(%) Posição Participação
(%)
Banco Bradesco 4.183.462.214 1 33,6 2 28,6 5,0
Banco Santander 3.025.907.220 2 24,3 4 7,9 16,4
Itaú Unibanco 2.425.844.179 3 19,5 7 2,9 16,5
Deutsche Bank 1.298.995.668 4 10,4 1 34,4 -24,0
Citibank DTVM 910.433.878 5 7,3 3 10,9 -3,6
Banco Paulista 248.027.618 6 2,0 9 2,1 -0,1
Banco BTg Pactual 170.563.901 7 1,4 - - 1,4
Banco do Brasil 131.075.899 8 1,1 6 3,4 -2,3
hSBC Bank Brasil 67.670.544 9 0,5 11 0,5 0,1
Banco Modal 2.018.596 10 0,0 10 1,4 -1,4
Total 12.463.999.717 100,0 5.123.254.871 100,0
Ranking de Custodiantes de FIDC por Número de Operações em 2010 | Tabela 32
1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Custodiante Número de
OperaçõesPosição Participação
(%) Posição Participação
(%)
Banco Paulista 21 1 26,6 2 27,3 -0,7
Banco Bradesco 15 2 19,0 3 12,1 6,9
Citibank DTVM 14 3 17,7 4 7,6 10,1
Deutsche Bank 8 4 10,1 1 30,3 -20,2
Banco Santander 7 5 8,9 5 7,6 1,3
Itaú Unibanco 5 6 6,3 6 4,5 1,8
hSBC Bank Brasil 4 7 5,1 7 4,5 0,5
Banco BTg Pactual 3 8 3,8 - - 3,8
Banco do Brasil 1 9 1,3 9 1,5 -0,2
Banco Modal 1 10 1,3 11 1,5 -0,2
Total 79 100,0 66 100,0
Ranking de Custodiantes de FIDC por Montante de PL – Consolidado | Tabela 33
1/1/2002 – 31/12/2010 1/1/2002 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Custodiante Montante (R$) Posição Participação
(%) Posição Participação
(%)
Banco Bradesco 11.687.315.750 1 26,7 2 29,9 -3,2Deutsche Bank 10.990.442.938 2 25,1 3 24,2 1,0Itaú Unibanco 10.836.576.010 3 24,8 1 31,4 -6,6Banco Santander 4.644.276.055 4 10,6 4 5,1 5,5Citibank DTVM 3.479.637.194 5 8,0 5 4,4 3,5Banco Paulista 916.270.160 6 2,1 7 1,2 0,9Banco do Brasil 582.609.087 7 1,3 6 2,0 -0,7Banco Rural 170.698.960 8 0,4 11 0,2 0,2Banco BTg Pactual 170.563.901 9 0,4 - - 0,4Banco Safra 156.014.735 10 0,4 9 0,4 0,0
Dez maiores 43.634.404.790 99,7 33.872.518.776 99,6 0,1
Total 43.762.708.895 100,0 33.998.809.722 100,0
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Ranking de Custodiantes de FIDC por Número de Operações – Consolidado | Tabela 34
1/1/2002 – 31/12/2010 1/1/2002 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Custodiante Número de
OperaçõesPosição Participação (%) Posição Participação (%)
Banco Bradesco 65 1 21,5 1 25,9 -4,3Deutsche Bank 59 2 19,5 2 20,5 -0,9Banco Paulista 54 3 17,9 4 13,5 4,4Banco Santander 38 4 12,6 5 13,1 -0,5Itaú Unibanco 36 5 11,9 3 15,4 -3,5Citibank DTVM 27 6 8,9 6 5,0 3,9Banco do Brasil 7 7 2,3 7 2,3 0,0hSBC Bank Brasil 7 8 2,3 8 1,2 1,2Banco BTg Pactual 3 9 1,0 - - 1,0Banco Modal 2 10 0,7 9 0,8 -0,1
Dez maiores 298 98,7 255 98,5 0,2
Total 302 100,0 259 100,0
Critério: Ordenam os custodiantes de FIDC por montante agregado de PL dos fundos no último dia do ano de 2010. Os rankings anuais consideram apenas os fundos que efetivamente entraram em operação, através de sua primeira emissão de cotas, durante o ano de 2010. O fundo cujo valor do PL não tenha sido divulgado para o dia em questão não é considerado para os rankings.
Estruturadores
Ranking de Estruturadores de FIDC por Montante Emitido em 2010 | Tabela 35
1/1/2010– 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Estruturador Montante (R$) Posição Participação
(%) Posição Participação
(%)
Banco Santander (Brasil) 3.531.786.389 1 24,4 - - 24,4Banco Votorantim 2.699.641.386 2 18,7 32 0,1 18,6Banco Itaú BBA 1.835.699.464 3 12,7 12 2,3 10,4Credit Suisse (Brasil) DTVM 1.459.700.000 4 10,1 - - 10,1BB Banco de Investimento 1.028.500.000 5 7,1 4 7,1 0,0Banco BTg Pactual 842.817.839 6 5,8 3 9,7 -3,9Banco Bradesco BBI 600.000.000 7 4,2 33 0,1 4,1Integral Trust Serviços Financeiros 475.602.511 8 3,3 2 17,3 -14,0BEM DTVM 341.487.584 9 2,4 - - 2,4Banco Bonsucesso 259.323.144 10 1,8 - - 1,8Dez maiores 13.074.558.317 90,5 4.986.951.995 85,4 5,0Total 14.450.665.399 100,0 5.837.201.039 100,0
Ranking de Estruturadores de FIDC por Número de Operações em 2010 | Tabela 36
1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Estruturador Número de
OperaçõesPosição Participação
(%) Posição Participação
(%)
Tercon Consultoria Empresarial 15 1 22,4 1 18,3 4,1Banco BTg Pactual 7 2 10,4 2 8,3 2,1Petra Personal Trader CTVM 5 3 7,5 10 3,3 4,1Banco Votorantim 4 4 6,0 32 1,7 4,3Banco Santander (Brasil) 3 5 4,5 - - 4,5BB Banco de Investimento 3 6 4,5 5 3,3 1,1Banco Itaú BBA 2 7 3,0 18 1,7 1,3Credit Suisse (Brasil) DTVM 2 8 3,0 - - 3,0Integral Trust Serviços Financeiros 2 9 3,0 3 5,0 -2,0BEM DTVM 2 10 3,0 - - 3,0Dez maiores 45 67,2 34 56,7 10,5Total 67 100,0 60 100,0
Critério: Ordenam os estruturadores de FIDC com base no montante emitido e no número de operações realizadas durante o ano de 2010. Quando duas ou mais instituições estruturam conjuntamente um mesmo fundo, o crédito é atribuído integralmente a todas as ins-tituições. Os rankings consideram apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, durante o ano de 2010.
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Gestores
Ranking de Gestores de FIDC por Montante de PL em 2010 | Tabela 37
1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Gestor Montante (R$) Posição Participação
(%) Posição Participação
(%)
Votorantim Asset Management 2.116.495.310 1 17,0 4 8,0 9,0Intrag DTVM 1.865.835.204 2 15,0 - - 15,0Credit Suisse (Brasil) DTVM 1.424.904.254 3 11,4 31 0,0 11,4Santander Brasil Asset Management 1.398.775.921 4 11,2 - - 11,2Bram Bradesco Asset Management DTVM 1.245.894.655 5 10,0 5 5,9 4,1BTg Pactual Asset Management 663.284.281 6 5,3 - - 5,3Integral Investimentos 524.806.131 7 4,2 1 19,4 -15,2Oliveira Trust DTVM 492.454.137 8 4,0 3 10,2 -6,3BRL Trust 450.459.932 9 3,6 - - 3,6Concórdia Corretora 339.409.940 10 2,7 18 0,5 2,2
Dez maiores 10.522.319.765 84,4 4.268.871.780 83,3 1,1
Total 12.463.999.717 100,0 5.123.254.871 100,0
Ranking de Gestores de FIDC por Número de Operações em 2010 | Tabela 38
1/1/2010– 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Gestor Número de
OperaçõesPosição Participação
(%) Posição Participação
(%)
J & M Investimento 14 1 17,7 4 6,1 11,7Oliveira Trust DTVM 5 2 6,3 1 13,6 -7,3gradual Corretora 5 3 6,3 2 12,1 -5,8Bram Bradesco Asset Management DTVM 4 4 5,1 6 4,6 0,5Votorantim Asset Management 3 5 3,8 5 4,6 -0,8Petra Personal Trader CTVM 3 6 3,8 - - 3,8Intrag DTVM 2 7 2,5 - - 2,5BTg Pactual Asset Management 2 8 2,5 - - 2,5Integral Investimentos 2 9 2,5 9 3,0 -0,5BRL Trust 2 10 2,5 - - 2,5
Dez maiores 42 53,2 42 63,6 -10,5
Total 79 100,0 66 100,0
Ranking de Gestores de FIDC por Montante de PL – Consolidado | Tabela 39
1/1/2002 – 31/12/2010 1/1/2002 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Gestor Montante (R$) Posição Participação
(%) Posição Participação
(%)
BCSul Verax Serviços Financeiros 6.287.412.604 1 14,4 2 14,2 0,1
Bram Bradesco Asset Management DTVM
5.481.962.270 2 12,5 1 18,8 -6,3
Votorantim Asset Management 4.479.106.131 3 10,2 7 5,9 4,3
Intrag DTVM 3.845.216.305 4 8,8 3 7,7 1,1
Oliveira Trust DTVM 2.292.532.276 5 5,2 5 6,5 -1,2
Integral Investimentos 2.276.186.213 6 5,2 8 5,5 -0,3
Panamericano DTVM 2.144.934.067 7 4,9 6 6,4 -1,5
Concórdia Corretora 2.102.958.908 8 4,8 4 6,8 -2,0
Credit Suisse (Brasil) DTVM 1.424.904.254 9 3,3 71 0,0 3,3
Santander Brasil Asset Management 1.398.775.921 10 3,2 66 0,0 3,2
Dez maiores 31.733.988.949 72,5 26.363.219.013 77,5 -5,0
Total 43.762.708.891 100,0 33.998.809.721 100,0
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Ranking de Gestores de FIDC por Número de Operações – Consolidado | Tabela 40
1/1/2002 – 31/12/2010 1/1/2002 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Gestor Número de
OperaçõesPosição Participação
(%) Posição Participação
(%)
Bram Bradesco Asset Management DTVM 27 1 8,9 1 12,4 -3,4Oliveira Trust DTVM 27 2 8,9 2 10,0 -1,1gradual Corretora 21 3 7,0 3 7,7 -0,8J & M Investimento 19 4 6,3 13 1,9 4,4PETRA Personal Trader Administração e Consultoria 17 5 5,6 4 6,9 -1,3Concórdia Corretora 12 6 4,0 7 3,9 0,1BCSul Verax Serviços Financeiros 10 7 3,3 5 4,6 -1,3Votorantim Asset Management 10 8 3,3 9 2,7 0,6BTg Pactual Serviços Financeiros DTVM 10 9 3,3 6 4,6 -1,3BNY Mellon gestão de Patrimônio 9 10 3,0 19 1,2 1,8Dez maiores 162 53,6 151 58,3 -4,7Total 302 100,0 259 100,0
Critério: Ordenam os gestores de FIDC por montante agregado de PL dos fundos no último dia do ano de 2010. Os rankings anuais consideram apenas os fundos que efetivamente entraram em operação, através de sua primeira emissão de cotas, durante o ano de 2010. O fundo cujo valor do PL não tenha sido divulgado para o dia em questão não é considerado para os rankings.
Líderes
Ranking de Líderes de FIDC por Montante Emitido em 2010 | Tabela 41
1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%) Líder de Distribuição Montante
(R$)Posição Participação
(%) Posição Participação
(%)
Banco Itaú BBA 1.516.600.000 1 26,7 6 7,8 19,0Banco Credit Suisse (Brasil) 1.409.700.000 2 24,8 - - 24,8BB Banco de Investimento 1.002.000.000 3 17,7 1 23,6 -5,9Banco Votorantim 699.141.386 4 12,3 11 0,1 12,3Oliveira Trust DTVM 204.011.079 5 3,6 2 22,3 -18,7BICBanco 192.761.765 6 3,4 - - 3,4Banco Santander (Brasil) 181.253.382 7 3,2 - - 3,2Banco Rural 101.746.328 8 1,8 - - 1,8Banco BVA 91.537.076 9 1,6 - - 1,6Banco BMg 83.290.924 10 1,5 - - 1,5Dez Maiores 5.482.041.940 96,6 1.672.821.730 99,9 -3,3Total 5.674.230.646 100,0 1.674.161.730 100,0
Ranking de Líderes de FIDC por Número de Operações em 2010 | Tabela 42
1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%) Líder de Distribuição Número de
OperaçõesPosição Participação
(%) Posição Participação
(%)
BB Banco de Investimento 3 1 15,0 2 11,1 3,9Citibank DTVM 3 2 15,0 10 5,6 9,4Banco Itaú BBA 2 3 10,0 7 5,6 4,4Oliveira Trust DTVM 2 4 10,0 1 27,8 -17,8Banco Credit Suisse (Brasil) 1 5 5,0 - - 5,0Banco Votorantim 1 6 5,0 11 5,6 -0,6BICBanco 1 7 5,0 - - 5,0Banco Santander (Brasil) 1 8 5,0 - - 5,0Banco Rural 1 9 5,0 - - 5,0Banco BVA 1 10 5,0 - - 5,0Dez Maiores 16 80,0 16 88,9 -8,9Total 20 100,0 18 100,0
Critério: Ordenam os líderes de ofertas públicas de cotas de FIDC com base no número e no montante distribuído durante o ano de 2010. Quando duas ou mais instituições lideram conjuntamente uma mesma oferta pública, os montantes são atribuídos integral-mente a todas as instituições. Os rankings consideram apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, durante o ano de 2010.
SECURITIzADORAS IMOBILIÁRIAS
A seguir os rankings relacionados ao
mercado de Securitizadoras Imobiliárias ou
CSCI, segregados por emissões, emissores
e terceiros provedores de serviços desta
indústria. Os critérios utilizados são
apresentados após cada ranking ou conjunto
de rankings.
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EMISSõES
Ranking de Emissões de CRI por Montante Emitido em 2010 | Tabela 43
TítuloMontante (R$) Participação (%)
Emissor Série Classe
Brazilian Securities 2010-28 Única 1.217.815.305 14,3
RB Capital 2010-8 Única 524.586.170 6,2
PDg 2010-4 Única 405.000.000 4,7
Brazilian Securities 2010-29 Única 400.000.000 4,7
RB Capital 2010-14 Única 320.000.000 3,8
gaia 2010-12 Única 300.000.000 3,5
gaia 2010-11 Única 228.000.000 2,7
PDg 2010-1 Única 186.862.757 2,2
Cibrasec 2010-21 Única 182.657.828 2,1
Brazilian Securities 2010-30 Única 165.000.000 1,9
Dez maiores 3.929.922.060 46,1
Total 8.528.843.937 100,0
Critério: Ordena os CRI por montante emitido durante o ano de 2010.
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EMISSORES
Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2010 | Tabela 44
1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Securitizadora Imobiliária
Montante (R$) Posição Participação (%) PosiçãoParticipação
(%)
Brazilian Securities 3.596.340.993 1 42,2 3 17,4 24,7
grupo RB Capital 1.545.391.320 2 18,1 1 28,9 -10,8
gaia 1.260.012.770 3 14,8 4 10,8 4,0
Cibrasec 845.437.470 4 9,9 2 20,3 -10,4
PDg 791.862.757 5 9,3 8 2,7 6,6
BRC 339.166.352 6 4,0 6 5,1 -1,1
Áquilla 54.877.913 7 0,6 - - 0,6
CIA Província 44.975.768 8 0,5 - - 0,5
Beta 29.500.000 9 0,3 9 1,2 -0,8
habitasec 14.600.000 10 0,2 - - 0,2
Dez Maiores 8.522.165.343 100,0 3.708.097.004 99,1 0,9
Total 8.525.562.699 100,0 3.741.540.323 100,0
Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2010 | Tabela 45
1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Securitizadora Imobiliária
Número de Operações
PosiçãoParticipação
(%) Posição
Participação (%)
Brazilian Securities 44 1 37,6 3 17,0 20,6
Cibrasec 22 2 18,8 1 31,9 -13,1
grupo RB Capital 21 3 17,9 2 25,5 -7,6
gaia 13 4 11,1 4 7,4 3,7
BRC 7 5 6,0 5 4,3 1,7
PDg 4 6 3,4 7 3,2 0,2
Áquilla 1 7 0,9 - - 0,9
CIA Província 1 8 0,9 - - 0,9
Beta 1 9 0,9 11 1,1 -0,2
habitasec 1 10 0,9 - - 0,9
Dez Maiores 115 98,3 93 98,9 -0,6
Total 117 100,0 94 100,0
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Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido – Consolidado | Tabela 46
1/1/1999 – 31/12/2010 1/1/1999 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Securitizadora Imobiliária
Montante (R$) PosiçãoParticipação
(%) Posição
Participação (%)
Brazilian Securities 7.210.823.034 1 31,3 2 24,9 6,4
Cibrasec 5.228.625.521 2 22,7 1 30,2 -7,5
grupo RB Capital 4.239.319.966 3 18,4 3 18,6 -0,2
gaia 1.663.013.893 4 7,2 7 2,8 4,4
BRC 1.098.764.963 5 4,8 4 5,2 -0,5
PDg 891.871.369 6 3,9 12 0,7 3,2
grupo WTorre 729.845.830 7 3,2 5 5,0 -1,9
Altere 493.174.181 8 2,1 6 3,4 -1,3
Safra 292.000.000 9 1,3 8 2,0 -0,7
Vision 261.337.125 10 1,1 9 1,8 -0,7
Dez Maiores 22.108.775.882 95,9 13.851.726.292 95,4 0,5
Total 23.049.209.348 100,0 14.520.365.411 100,0
Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações – Consolidado | Tabela 47
1/1/1999 – 31/12/2010 1/1/1999 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Securitizadora Imobiliária
Número de Operações
Posição Participação (%)
Posição Participação (%)
Cibrasec 144 1 29,0 1 32,1 -3,1
Brazilian Securities 124 2 24,9 3 21,1 3,9
grupo RB Capital 116 3 23,3 2 25,0 -1,7
gaia 20 4 4,0 7 1,8 2,2
BRC 19 5 3,8 6 3,2 0,7
Altere 14 6 2,8 4 3,7 -0,9
grupo WTorre 13 7 2,6 5 3,4 -0,8
PDg 7 8 1,4 10 0,8 0,6
Aetatis 6 9 1,2 8 1,6 -0,4
Pátria 5 10 1,0 9 1,1 0,0
Dez Maiores 468 94,2 356 93,7 0,5
Total 497 100,0 380 100,0
Critério: Ordenam as Securitizadoras Imobiliárias com base no montante total emitido e no número de operações efetivamente rea-lizadas, durante o ano de 2010, e calculados de forma consolidada desde 1999. As securitizadoras que não divulgaram informações sobre suas emissões, mesmo tendo ofertas públicas registradas, não são consideradas para o ranking. Os rankings referentes a 2010 consideram apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, naquele ano. Duas ou mais Securitizadoras Imobiliárias que pertencem a um mesmo conjunto de acionistas tem suas emissões consolidadas em um mesmo “grupo”.
revisar tabelas a partir de aca, unificar, li-nea al final, etc
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TERCEIROS
Advogados
Ranking dos Advogados por Montante Emitido de CRI em 2010 | Tabela 48
1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Escritório de AdvogadosMontante
(R$)Posição Participação
(%) Posição Participação
(%)
PMKA Advogados Associados 3.401.392.249 1 40,1 1 45,3 -5,2
Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr.e Quiroga Advogados
1.334.532.484 2 15,7 - - 15,7
Pinheiro guimarães Advogados 524.586.170 3 6,2 - - 6,2
Navarro Advogados 524.586.170 4 6,2 6 5,4 0,8
Felsberg, Pedretti, Manrrich e Aidar 518.679.157 5 6,1 - - 6,1
Souza, Cescon, Barrieu e Flesch 450.429.277 6 5,3 3 9,5 -4,1
Tauil & Chequer Advogados 405.000.000 7 4,8 - - 4,8
Lobo & De Rizzo Advogados 201.462.757 8 2,4 7 3,7 -1,3
Vaz, Barreto, Shingaki e Oioli Advogados 183.876.048 9 2,2 - - 2,2
Machado, Meyer, Sendacz e OpiceAdvogados
179.660.430 10 2,1 5 5,6 -3,4
Dez Maiores 7.724.204.742 91,0 2.730.452.696 100,0 -9,0
Total 8.488.001.213 100,0 2.730.452.695 100,0
Ranking dos Advogados por Número de Operações de CRI em 2010 | Tabela 49
1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Escritório de AdvogadosNúmero de Operações
Posição Participação (%)
Posição Participação (%)
PMKA Advogados Associados 33 1 38,4 1 45,3 -6,9
Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr.e Quiroga Advogados
12 2 14,0 - - 14,0
Felsberg, Pedretti, Manrrich e Aidar 6 3 7,0 - - 7,0
Souza, Cescon, Barrieu e Flesch 5 4 5,8 8 9,5 -3,6
Freitas e Leite Advogados 5 5 5,8 - - 5,8
Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados 4 6 4,7 3 5,6 -0,9
Porto, Puerto, henriques, Daud, Cabariti, Brasil e Figueiredo Advogados Associados
4 7 4,7 - - 4,7
Lobo & De Rizzo Advogados 2 8 2,3 5 3,7 -1,3
Vaz, Barreto, Shingaki e Oioli Advogados 2 9 2,3 - - 2,3
Lacaz Martins, halembeck, Pereira Neto,gurevich, Schoueri Advogados
2 10 2,3 - - 2,3
Dez Maiores 75 87,2 49 100,0 -12,8
Total 86 100,0 49 100,0
Critério: Ordenam os assessores legais com base no montante e no número de operações de CRI realizadas pelas Securitizadoras Imobiliárias durante o ano de 2010. A assessoria considerada nestes rankings é aquela prestada pelo participante às Securitizadoras Imobiliárias no processo de estruturação da operação. Os rankings consideram apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, no ano de 2010.
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Agências de Classificação de Risco
Ranking de Agências por Montante de CRI Classificado em 2010 | Tabela 50
Agência de Classificação
1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Montante
(R$)Posição Participação
(%) Posição Participação
(%)
Fitch 896.811.745 1 64,2 1 59,0 5,2
Moody’s 222.000.000 2 15,9 2 20,8 -4,9
Austin 177.933.319 3 12,7 4 3,8 9,0
S & P 85.149.889 4 6,1 5 3,7 2,4
LF 14.518.417 5 1,0 6 3,5 -2,5
Total 1.396.413.370 100,0 1.200.292.526 100,0
Ranking de Agências por Número de CRI Classificados em 2010 | Tabela 51
Agência de Classificação
1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Número de
TítulosPosição Participação
(%) Posição Participação
(%)
Austin 22 1 57,9 2 11,8 46,1
Fitch 12 2 31,6 1 64,7 -33,1
Moody’s 2 3 5,3 3 5,9 -0,6
S & P 1 4 2,6 5 5,9 -3,3
LF 1 5 2,6 6 5,9 -3,3
Total 38 100,0 17 100,0
Ranking de Agências por Montante de CRI Classificado – Consolidado | Tabela 52
Agência de Classificação
01/01/1999 – 31/12/2010 01/01/1999 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Montante
(R$)Posição Participação
(%) Posição Participação
(%)
Fitch 3.691.427.936 1 52,8 1 49,9 2,9
Austin 927.615.195 2 13,3 2 13,4 -0,1
Moody’s 918.482.662 3 13,1 3 12,4 0,7
S&P 683.549.889 4 9,8 4 10,7 -0,9
SR 412.159.969 5 5,9 5 7,4 -1,5
LF 363.256.802 6 5,2 6 6,2 -1,0
Total 6.996.492.453 100,0 5.600.079.082 100,0
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Ranking de Agência por Número de CRI Classificados – Consolidado | Tabela 53
Agência de Classificação
01/01/1999 – 31/12/2010 01/01/1999 – 31/12/2009Mudança na
participação (%)Número de Títulos
Posição Participação (%)
Posição Participação (%)
Fitch 60 1 36,4 1 37,8 -1,4
Austin 49 2 29,7 2 21,3 8,4
LF 22 3 13,3 3 16,5 -3,2
SR 13 4 7,9 4 10,2 -2,4
Moody’s 12 5 7,3 5 7,9 -0,6
S & P 9 6 5,5 6 6,3 -0,8
Total 165 100,0 127 100,0
Critério: Ordenam as agências de classificação de risco com base no montante e no número de atribuições de classificações de risco emitidas por cada uma delas aos CRI. O valor considerado no ranking das agências de classificação de risco é o montante total de títulos aos quais foi atribuída uma classificação e não o valor de toda a operação. Os rankings consideram atribuições feitas durante o período sob análise para operações novas (registradas ou em processo de registro) ou antigas (realizadas em períodos anteriores, mas classifica-das pelas agências em questão pela primeira vez durante o ano). As atividades de monitoramento das agências não são contabilizadas para suas posições no ranking. Uma classificação, seja ela preliminar ou não, é contabilizada uma única vez. Contudo, somente são consideradas classificações nas quais os montantes dos títulos classificados são informados nos relatórios ou em comunicados formais das próprias agências de classificação de risco. Quando um título recebe classificações de duas ou mais agências, o montante objeto da classificação é atribuído a ambas as agências. Os rankings são calculados de forma consolidada e para o ano de 2010.
Agentes Fiduciários
Ranking dos Agentes Fiduciários por Montante Emitido de CRI em 2010 | Tabela 54
1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Agente FiduciárioMontante
(R$)Posição Participação
(%) Posição Participação
(%)
Oliveira Trust DTVM 4.404.862.663 1 51,7 1 49,1 2,6
Pentágono DTVM 3.758.536.816 2 44,1 2 33,4 10,7
Pavarini DTVM 305.785.306 3 3,6 3 16,2 -12,6
Planner Corretora 54.877.913 4 0,6 - - 0,6
gDC Partners DTVM 1.500.000 5 0,0 4 1,3 -1,3
Total 8.525.562.699 100,0 3.444.890.323 100,0
Ranking dos Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRI em 2010 | Tabela 55
1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Agente FiduciárioNúmero de Operações
Posição Participação (%)
Posição Participação (%)
Oliveira Trust DTVM 70 1 59,8 1 62,6 -2,8
Pentágono DTVM 41 2 35,0 2 28,6 6,5
Pavarini DTVM 4 3 3,4 3 7,7 -4,3
Planner Corretora 1 4 0,9 - - 0,9
gDC Partners DTVM 1 5 0,9 4 1,1 -0,2
Total 117 100,0 91 100,0
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Ranking dos Agentes Fiduciários por Montante Emitido de CRI – Consolidado | Tabela 56
01/01/1999 – 31/12/2010 01/01/1999 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Agente FiduciárioMontante
(R$)Posição Participação
(%) Posição Participação
(%)
Oliveira Trust DTVM 13.973.671.222 1 62,5 1 69,2 -6,7
Pentágono DTVM 5.837.332.094 2 26,1 2 15,0 11,1
Pavarini DTVM 1.678.643.351 3 7,5 3 9,9 -2,4
SLW Corretora 670.000.000 4 3,0 4 4,8 -1,8
Planner Corretora 138.948.806 5 0,6 5 0,6 0,0
gDC Partners DTVM 46.500.000 6 0,2 6 0,3 -0,1
Equipe DTVM 8.009.000 7 0,0 7 0,1 0,0
C&D DTVM 5.978.497 8 0,0 8 0,0 0,0
Total 22.359.082.970 100,0 13.830.239.033 100,0
Ranking dos Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRI – Consolidado | Tabela 57
01/01/1999 – 31/12/2010 01/01/1999 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)Agente FiduciárioNúmero de Operações
Posição Participação (%)
Posição Participação (%)
Oliveira Trust DTVM 323 1 69,3 1 72,5 -3,2
Pentágono DTVM 77 2 16,5 3 10,3 6,2
Pavarini DTVM 54 3 11,6 2 14,3 -2,7
SLW Corretora 5 4 1,1 4 1,4 -0,4
Planner Corretora 3 5 0,6 5 0,6 0,1
gDC Partners DTVM 2 6 0,4 6 0,3 0,1
Equipe DTVM 1 7 0,2 7 0,3 -0,1
C&D DTVM 1 8 0,2 8 0,3 -0,1
Total 466 100,0 349 100,0
Critério: Ordena os agentes fiduciários com base no montante e no número total de operações realizadas durante o ano de 2010 e consolidado, desde 1999. O ranking referente a 2010 considera apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, durante aquele ano.
Auditores
Ranking dos Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido de CRI em 2010 | Tabela 58
1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)AuditorMontante
(R$)Posição Participação
(%) Posição Participação
(%)
Moore Stephens Lima Lucchesi 3.596.340.993 1 42,2 3 17,4 24,7
Deloitte Touche Tohmatsu 1.545.391.320 2 18,1 1 40,5 -22,4
BDO Trevisan 1.260.012.770 3 14,8 4 11,7 3,1
KPMg 876.834.825 4 10,3 2 22,6 -12,3
Terco 791.862.757 5 9,3 6 2,7 6,6
Ernst & Young Terco 340.666.352 6 4,0 - - 4,0
Itikawa 54.877.913 7 0,6 - - 0,6
Ramires & Cia. 44.975.768 8 0,5 - - 0,5
PricewaterhouseCoopers 14.600.000 9 0,2 5 5,1 -4,9
Total 8.525.562.699 100,0 3.741.540.323 100,0
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Ranking dos Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações de CRI em 2010 | Tabela 59
1/1/2010 – 31/12/2010 1/1/2009 – 31/12/2009 Mudança na participação
(%)AuditorNúmero de Operações
Posição Participação (%)
Posição Participação (%)
Moore Stephens Lima Lucchesi 44 1 37,6 3 17,0 20,6
KPMg 24 2 20,5 1 35,1 -14,6
Deloitte Touche Tohmatsu 21 3 17,9 2 30,9 -12,9
BDO Trevisan 13 4 11,1 4 9,6 1,5
Ernst & Young Terco 8 5 6,8 - - 6,8
Terco 4 6 3,4 6 3,2 0,2
Itikawa 1 7 0,9 - - 0,9
Ramires & Cia. 1 8 0,9 - - 0,9
PricewaterhouseCoopers 1 9 0,9 5 4,3 -3,4
Total 117 100,0 94 100,0
Critério: Como forma de aproximar o montante total de ativos em 31 de dezembro de 2010, ordena os auditores com base no montan-te de CRI emitido pelas securitizadoras imobiliárias auditadas por estes e no número total de operações realizadas pelas securitizadoras imobiliárias. Para cada auditor foram atribuídas as emissões das securitizadoras imobiliárias que estes estavam auditando em 31 de dezembro de 2010. O ranking considera apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, durante o ano de 2010.
REGULAMENTAÇãO E LEGISLAÇãO
As Finanças Estruturadasno Brasil em 2010
Por José Eduardo Carneiro Queiroz
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As opiniões expressas neste capítulo são as de seus autores e não necessaria-mente as da Uqbar Educação e Informação Financeira Avançada Ltda.
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Com uma regulamentação que já foi bastante desenvolvida nos últi-
mos anos para contemplar as mais diferentes modalidades de operações de
finanças estruturadas, 2010 foi um ano sem grandes alterações/desenvolvi-
mentos regulatórios. Tanto nas áreas de securitização, com os Certificados de
Recebíveis Imobiliários (“Cris”), Fundos de Investimento em Direitos Creditó-
rios (“FIDCs”) e títulos do agro-negócio, como na área de fundos de investi-
mentos estruturados, com os FIDCs, Fundos de Investimento em Participações
(“FIPs”) e Fundos de Investimento Imobiliário (“FIIs”), a atual regulamentação
em vigor no País permite que toda sorte de operações estruturadas possam
ser pensadas e executadas sob a lei brasileira. Adicionalmente há uma boa
infra-estrutura de regulamentação, modificações importantes em leis bastan-
te relevantes para o segmento, tais como a Lei de Falência, o Código Civil e a
Lei das S.A., deram maior flexibilidade e segurança para lidar com garantias,
mecanismos de mitigação de risco e segregação de ativos específicos.
O que vemos agora em termos de desenvolvimento na legislação/re-
gulamentação são ajustes mais de sintonia fina, envolvendo questões tributá-
rias e de restrições de investimento. Medidas de incentivo como as que vimos
para certas captações voltadas para infra-estrutura são muito importantes,
pois reduzem o ônus tributário ainda imposto sobre mecanismos de capta-
ção de recursos. Esse tipo de medida pode tornar o mercado mais atrativo e
competitivo sendo capaz, inclusive, de atrair investimentos de investidores
não-residentes. Tal movimento pode ser muito relevante para o desenvolvi-
mento das operações de finanças estruturadas.
Com pouco de novo na frente de regulamentação, vale repassarmos
como foi o ano de 2010 em termos de desempenho frente ao que era espe-
rado pelos agentes de mercado.
O ano de 2010 foi repleto de desafios para o mercado de finanças es-
truturadas no Brasil. Como o primeiro ano no momento pós-crise financeira
internacional de 2008/2009, 2010 trazia muitas expectativas sobre como o
setor financeiro de um modo geral e as finanças estruturadas em particular,
desempenhariam diante de importantes desafios macroeconômicos.
Diferente do cenário econômico vivido em muitos países centrais,
como Estados Unidos, países da Europa e Japão, o Brasil continuou a se bene-
ficiar de um momento de crescimento econômico importante, impulsionado
pela inclusão de quantidade relevante de pessoas no mercado de consumo e
por uma condição de oferta de empregos bastante forte. Esse cenário levou
a uma importante expansão do crédito na economia brasileira, que atingiu
mais de 45% do PIB brasileiro. O dado importante não é o número absoluto
em face do PIB, que no Brasil ainda se encontra em patamares reduzidos se
comparados aos de outros países com maior oferta de crédito, mas sim a
tendência de forte expansão.
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Se considerarmos que o Brasil apresenta (i) um sistema financeiro con-
centrado, que utiliza apenas parte da sua capacidade de financiamento para
as empresas uma vez que também financia consumo, (ii) pouca poupança
interna disponível e (iii) uma capacidade de financiamento por órgãos de go-
verno também limitada, é óbvia a constatação de as finanças estruturadas
têm, e terão cada vez mais, papel fundamental tanto no financiamento do
consumo como nos investimentos que são necessários para suportar o de-
senvolvimento econômico dos próximos anos.
No momento atual, temos a vantagem comparativa com o passado de
poder contar com toda a infra-estrutura necessária para o desenvolvimento
das finanças estruturadas. há uma boa regulamentação em vigor no mercado
de capitais. Os instrumentos de captação de recursos e estruturação de fun-
dos de investimento são flexíveis o suficiente para permitir o desenvolvimen-
to de operações de finanças estruturadas com o mesmo padrão existente nos
grandes centros financeiros internacionais. há prestadores de serviços sofis-
ticados e aptos para execução das operações estruturadas e os investidores
de um modo geral têm um entendimento mais sofisticado do que há alguns
anos sobre mitigação de riscos e mecanismos de proteção.
Em termos de segmentos da economia que passaram a utilizar mais os
mecanismos de finanças estruturadas, um segmento de grande destaque é o
setor imobiliário. Com o aumento da atividade de construção civil e com a ex-
pansão do crédito para financiar a aquisição de imóveis, também aumentou o
número de operações de securitização de créditos imobiliários e estruturação
de fundos de investimento imobiliários. É um bom exemplo de como as ope-
rações estruturadas podem ser importantes para ajudar um setor a alavancar
a quantidade de recursos que pode estar disponível para seu financiamento.
O desafio que se apresenta agora aponta para duas frentes. Na primeira,
as finanças estruturadas precisam passar a ser uma alternativa real e continua-
da de captação para as empresas que acessam o mercado de capitais, deixan-
do de ser esporádicas e eventuais. Para grande parte das companhias abertas
no Brasil, as captações via operação estruturada são caras e demoradas para
implementar, o que as fazem preteridas pelas captações tradicionais.
Na outra frente estão os financiamentos de projeto e as operações vol-
tadas para financiar a infra-estrutura do País. Nessa frente, alguns passos im-
portantes foram dados como a criação de regras tributárias favorecidas para
captações de prazo mais longo, mas ainda há muito para tornar tais opera-
ções realidade no volume necessário. Um desenvolvimento para ser obser-
vado e incentivado nos próximos anos e que pode ser fundamental para o
aproveitamento do bom momento econômico vivido pelo Brasil.
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CONSIDERAÇõES CONTÁBEISE TRIBUTÁRIAS
A Evolução na Regulamentaçãoda Indústria de Fundos Brasileira
Por Pedro Zago
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As opiniões expressas neste capítulo são as de seus autores e não necessaria-mente as da Uqbar Educação e Informação Financeira Avançada Ltda.
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Em janeiro deste ano entrou em vigor a Instrução da CVM Nº 489 que
dispõe sobre a aplicação das novas normas contábeis pelos fundos de inves-
timento em direitos creditórios, os FIDCs. A ação tem por iniciativa tornar mais
transparente e mais seguro aos investidores a propriedade do direito creditó-
rio e os riscos de crédito aos quais o investidor está exposto.
Adicionalmente, a implantação dessa norma se insere em um processo
de convergência das normas locais de contabilidade para os padrões interna-
cionais de contabilidade, os International Financial Reporting Standards (IFRS).
O esforço da autarquia vem no sentido também de responder à neces-
sidade dos investidores, tendo em vista o crescimento expressivo do mercado
nacional de finanças estruturadas. Apesar das incertezas do cenário interna-
cional verificadas ainda durante o ano de 2010, a indústria de fundos deverá
alcançar a marca de R$ 1,5 trilhão em patrimônio líquido no fechamento des-
se ano, segundo estimativa da Associação Brasileira das Entidades dos Merca-
dos Financeiros e de Capitais (Anbima).
Ainda de acordo com a Anbima, a indústria de fundos no Brasil já é a
sexta maior do mundo, e o crescimento deve continuar estimulado pelas cap-
tações de empresas internamente, com participação de bancos e empresas.
A expansão deve-se, principalmente, à necessidade de alternativas de
capital para médio e longo prazos, para estruturar as empresas a enfrentarem
os desafios de crescimento que o País espera para os próximos anos.
há, ainda, a necessidade da elaboração de novos Fundos de Investi-
mento em Direitos Creditórios, ou seja, mais uma alternativa para essas em-
presas se capitalizarem no médio e longo prazos. Isto por conta da demanda
por investimento em projetos voltados à infraestrutura e à aquisição de má-
quinas e equipamentos, entre outros.
O ano de 2010 simbolizou bem o caminho da indústria brasileira, que
vai à contramão dos cuidados exacerbados vividos no ano de 2009. Apesar
de o País ter demonstrado uma recuperação quase que instantânea pós-crise,
o mercado levou ainda alguns meses para se reestruturar, até porque a crise
financeira começou exatamente com produtos estruturados, os subprimes,
que causaram a redução na oferta de crédito. Por conta desse histórico, o
investidor ainda mostrava-se receoso.
O crescente mercado de finanças estruturadas brasileiro revelou-se me-
nos vulnerável na comparação com os estrangeiros e a securitização de crédi-
tos, mesmo ainda experimentando um mercado um pouco mais arredio.
O segmento de fundos em direitos creditórios (FIDC) deve continuar
aquecido. No longo prazo, o FIDC é um impulsionador da economia, e é até
por isso que os ajustes regulatórios são tão importantes e têm sido tão discu-
tidos. A atenção ainda é a palavra de ordem dos investidores, em virtude do
aumento da taxa Selic.
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E é em base a essa conjuntura que a Comissão de Valores Mobiliários
(CVM) esmerou-se, por meio da Instrução, em dar mais transparência e uma
maior gestão na liquidez do fundo, estabelecendo assim o compliance da
classificação dos fundos com as novas regras contábeis.
Uma das principais mudanças fica por conta do esclarecimento do ris-
co advindo da compra de uma cota de FIDC. Os investidores acreditavam
correr o risco de crédito do total dos recebíveis de uma carteira, mas agora
está claro que o risco assumido é o da empresa ou do banco que vendeu tais
recebíveis, na maior parte desses fundos.
Com a nova regra, os ativos dos fundos serão segregados entre aqueles
adquiridos do Cedente com aquisição substancial de riscos e benefícios, ou sem
aquisição dos riscos e benefícios inerentes aos ativos objetos de cessão.
No primeiro caso, será apresentado nas demonstrações financeiras do
fundo o risco dos ativos ao qual o cotista está exposto. No segundo caso, será
apresentado o Cedente do crédito como o principal risco do fundo, que im-
plicitamente responderá pela liquidez dos ativos cedidos ao fundo. A inten-
ção da regra é demonstrar que o investidor depende do Cedente para gerar
liquidez ao fundo.
Outra questão bastante discutida decorrente da revisão sobre regras
contábeis aplicáveis aos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios diz
respeito ao timing de reconhecimento dos resultados gerados pela cessão de
ativos ao fundo. A cessão de ativos tem sido uma forma de antecipar receitas,
e para as quais pode haver ainda uma incerteza quanto à sua realização por
conta de eventos de antecipação de pagamento (pré-pagamento) pelo to-
mador dos créditos. Essa é uma questão que deverá ser avaliada com cuidado
daqui para frente.
Mas ainda há que se fazer ajuste às novas regras. há polêmicas quanto
à possibilidade de classificação de cotas seniores no passivo ou no patrimô-
nio dos fundos, bem como o próprio registro do risco de crédito do Cedente
nos ativos do fundo. Tais aspectos podem levar o investidor a questionar até
judicialmente, em uma eventual insolvência dos ativos do fundo. Isto ainda
está sendo debatido pelo mercado e a CVM já demonstrou que cada caso
pode sofrer um tipo de classificação.
O importante é ressaltar o avanço da Instrução dos FIDC, que neste
ano completa dez anos de sua criação. Não podemos deixar de mencionar,
por exemplo, a evolução e a previsibilidade da norma que já estabelece que
as provisões de perdas deixem de ser constituídas considerando uma nor-
ma do Conselho Monetário Nacional aplicável exclusivamente a operações
bancárias.
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A partir da nova norma, as provisões para perdas no valor esperado de
realização dos créditos passam a ser feitas considerando o histórico de perdas
efetivo da carteira e outros eventos inerentes a tais operações (prorrogações,
refinanciamento, descontos, abatimentos etc.) e que alteram a previsão de
geração de caixa dos ativos. Esse critério se alinha com os padrões internacio-
nais de contabilidade.
Entretanto, o Administrador ficará responsável por desenvolver uma
estrutura que capture todos esses eventos e os pondere a partir de uma me-
todologia que deverá desenvolver, para refletir tais eventos no valor dos ati-
vos dos fundos.
Ponderando todos esses aspectos, podemos perceber a dinâmica ope-
racional na qual estão inseridos os fundos, seus Administradores e demais
agentes. Embora complexa e controversa, são questões benéficas para o for-
talecimento dessa indústria.
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