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I UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO DE PESQUISAS SÓCIO-PEDAGÓGICAS PÓS-GRADUAÇÃO " LATU SENSU" JORNAIS POPULARES IMPRESSOS, JORNAIS ON LINE E AGÊNCIAS DE NOTÍCIA O QUE MUDOU COM A GLOBALIZAÇÃO? Por: Madalena Martins dos Santos Prof. Ms. Marco A. Larosa Rio de Janeiro 2001

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I

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

INSTITUTO DE PESQUISAS SÓCIO-PEDAGÓGICAS

PÓS-GRADUAÇÃO " LATU SENSU"

JORNAIS POPULARES IMPRESSOS, JORNAIS ON

LINE E AGÊNCIAS DE NOTÍCIA

O QUE MUDOU COM A GLOBALIZAÇÃO?

Por: Madalena Martins dos Santos

Prof. Ms. Marco A. Larosa

Rio de Janeiro

2001

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II

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

INSTITUTO DE PESQUISAS SÓCIO-PEDAGÓGICS

PÓS-GRADUAÇÃO " LATO SENSU"

JORNAIS POPULARES IMPRESSOS, JORNAIS ON

LINE E AGÊNCIAS DE NOTÍCIA

O QUE MUDOU COM A GLOBALIZAÇÃO?

Apresentação de monografia ao Conjunto

Universitário Candido Mendes como

condição prévia para a conclusão do

Curso de pós-graduação "Latu Sensu"

em Marketing no Mercado Globalizado.

Por: Madalena Martins dos Santos

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III

AGRADECIMENTOS

...a minha mãe, meu irmão, minhas

sobrinhas e toda a minha família, que

sempre me enriquece de forças para viver

caminhando e aprendendo.

" Tudo vale apena quando a alma não é

pequena". Fernando Pessoa.

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IV

DEDICATÓRIA

...dedico ao meu pai, mãe, irmão e

amigos, ao fim da violência com as

crianças, a educação escolar para

todos e ao fim da desigualdade social...

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V

RESUMO

Ao longo de cinqüenta anos atrás este assunto não tinha

nenhum propósito. Foi nos anos 90 com o avanço tecnológico, que a

globalização ficou mais evidente. A abertura de mercados que permitiram

o fluxo internacional de bens, serviços e capitais, onde se quebrou

barreiras e o surgimento da Internet que diminuiu as distâncias territoriais,

possibilitaram a grande ruptura na história da humanidade. Isto posto,

permitiu desde a integração de países longínquos a universidades,

museus, veículos de comunicação, que, na verdade, beneficiaram a todos

como ponto positivo mas, também, a articulação de muitas manifestações

antiglobalização em vários pontos do planeta como ponto negativo.

Neste assunto controverso - a Globalização, entre aspectos

positivos e negativos, a proposta é uma reflexão no que se refere aos

meios de comunicação. O que mudou e está mudando com o meio jornal

impresso e online com o surgimento deste fenômeno. Sendo um dos

meios de comunicação de massa mais acessíveis e fundamentais para a

informação, o jornal impresso sofreu consideráveis mudanças em seu

conteúdo. Os editoriais, e a linha de enfoque trouxeram aos brasileiros

uma nova forma de ler a notícia. E, atualmente, discute-se muito sobre o

que é a notícia e comercialmente falando é a manchete que vende mais.

O jornal virou uma vitrine.

A preocupação é o que sobra, realmente, de conteúdo para

informação. Em que os jornais de hoje contribuem para a educação e

formação de nossos jovens. E os chamados jornais populares, campeões

de venda, cumprem seu papel específico ou apenas sorteiam brindes para

a legião de necessitados.

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VI

METODOLOGIA

A metodologia aplicada foi a leitura de vários jornais

populares, específicos e de classe, como também os chamados jornais

online. O surgimento das agências de notícia como condutor veloz de

informação para milhares de jornais diferentes.

A trajetória de alguns jornais, desde o surgimento, até as

grandes mudanças em seus editoriais e seus planos de marketing. Quais

as medidas para acompanhar a globalização, público alvo, novos

mercados e suas exigências até algumas publicações que nos atualiza

quanto ao enriquecimento ou empobrecimento dos jornais atuais.

Os jornais online e suas características, as agências de

notícias e, as modernas newsletter, são formas recentes de veicular as

notícias. Atualmente o que circula via Internet é infinitamente grandiosos

comparado as vendas de jornais impressos nas bancas de jornais do país.

O fornecimento de matérias para jornais menores (de cidades do interior)

aumenta o alcance de leitura dos grandes jornais e agências de notícias

dos mesmos.

Por fim, com tanta informação gerada via Internet nos jornais

online, agências de notícias, newsletter e, nos próprios jornais impressos,

a população encontra-se ainda sem informação de conteúdo. O que

acontece com a quantidade de notícias veiculadas, elas tem conteúdo

informativo ou são simplesmente expositoras.

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VII

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I 03

CAPÍTULO II 07

CAPÍTULO III 11

CAPÍTULO IV 17

CONCLUSÃO 21

BIBLIOGRAFIA 24

ANEXOS 25

INDICE 37

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VIII

INTRODUÇÃO

Alguns historiadores contam que os Estados Unidos

descuidaram-se do seu próprio desenvolvimento, e foram totalmente

pegos de surpresa com a invasão de seus mercados por eletrodomésticos

baratos, vindos do território ocupado pelo Japão, país que, em primeiro

lugar, utilizou computadores eletrônicos na programação de robôs - os

quais trabalhando dia e noite sem alimentação e sem fadiga, inaugurava a

era da automação e do tecnologismo a última etapa do neocolonialismo.

A reação foi imediata e competente. Reorganizou o seu

parque produtivo, e desenvolveu novas técnicas de administração e de

comunicação à distância. Com isso, estava montado o tripé da

globalização: informática, automação e comunicação. A globalização

permite a produção num determinado lugar, a comercialização em outro e

a administração em outro. Um controle feito à distância pelas empresas

espalhadas pelo mundo.

Todo o mundo globalizado gira com mais rapidez. E, é desta

velocidade que as empresas precisam e buscam incessantemente. Os

jornais impressos não são diferentes. Ao longo de décadas e, porque não

séculos, levam informação para a humanidade.

Ganham destaque algumas histórias de jornais cariocas, tais

como, O Dia, os perfis de A Notícia e O Povo, que transformaram simples

veículos de comunicação em cases de marketing, quando reposicionaram

seus produtos no mercado editorial carioca. Novíssimos parques gráficos

e uma grande campanha acompanharam estas mudanças. A globalização,

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IX

neste caso, transformou a imagem dos jornais, fez com que eles

achassem seus públicos alvos e focassem seus esforços neles.

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X

Outros meios surgiram com o avanço tecnológico, são os

mais recentes jornais: Online, as agências de notícias, newsletter. Mas

nem tudo são flores. Algumas outras vertentes, indicam o empobrecimento

do jornalismo brasileiro (neste caso - Rio de Janeiro) e mundial por conta

da globalização. A falta de criatividade da mídia que é da responsabilidade

dos jornalistas e editores, a imprensa séria e crítica deixou-se levar por

matérias "enlatadas" , tipo fast food - sem nenhum conteúdo nutritivo.

"A informação coloca o mundo ocidental em plena angústia e

incerteza, em especial neste momento, em que temos notícias diárias das

conseqüências imediatas da guerra" por Umberto Eco em entrevista

cedida ao jornal Valor Econômico, por motivo da Guerra no Afeganistão.

Ocasionalmente, o excesso de informação está sendo considerado como

ponto negativo ou, um produto fácil de encontrar, mas difícil de ser

compreendido.

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XI

CAPÍTULO I

O REPOSICIONAMENTO DO JORNAL O DIA,

OS PERFIS DE O POVO E A NOTÍCIA.

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XII

JORNAL O DIA

A cinqüenta anos o jornal O Dia faz da notícia o seu negócio,

sendo trinta e cinco deles no atual endereço na Rua do Riachuelo. O

jornal o Dia faz parte de um dos mais audaciosos e modernos grupos de

comunicação do país. Só em tecnologia, foram investidos 10 milhões de

dólares nos últimos três anos e, em agosto de 1999, uma nova redação foi

inaugurada. A primeira redação totalmente multimídia do país, assim

sendo, fornece conteúdo para o jornal, as rádios FM O Dia e MPB FM, o

Dia Online, a Agência O Dia e, em breve, para a TV O Dia.

O jornal O Dia inovou quando inaugurou seu marketing

esportivo, nasceu assim o suplemento Ataque. O departamento comercial

incrementou a receita líquida com esse projeto. As rádios também são

garantia de sucesso. São elas: FM O Dia e MPB FM.

Nos últimos quatro anos, O Dia deu um salto tecnológico que

permitiu, em um mercado extremamente competitivo e gigante, ter

invejável posição de destaque e indiscutível poder de inovação, que é

referência no mundo da informação e do entretenimento.

1.1 - O investimento que trouxe a rapidez

Com um investimento de 20 milhões, o jornal O Dia, quem

circula é a informação. Se, antes, o profissional precisava se locomover na

empresa em busca de conhecimento, hoje precisa apenas digitar sua

senha no computador. A organização ganhou agilidade. A redação realiza

processos de automação até a pré impressão. Possibilita o trabalho de

vários profissionais em uma única página, otimizando o tempo.

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XIII

O gerenciamento diário das equipes possibilita traçar uma

projeção mensal de vendas para todo o mês, de acordo com as metas

traçadas pela empresa. A tiragem do jornal é planejada diariamente e é

possível saber quantos exemplares foram vendidos, qual foi o encalhe, o

tempo que demorou a rodada e quantos jornais foram distribuídos para

cada região da cidade. A receita do jornal é de 65% de anunciante e 35 %

de venda de jornal. Isso mostra um processo de qualificação de produto e

do leitor.

JORNAIS O POVO E A NOTÍCIA

A Notícia e O Povo são jornais que surgiram para conquistar

uma camada mais baixa da população. Eles são mais baratos que os

outros jornais e são escritos em linguagem mais popular. Para atrair a

atenção dos leitores, os jornais usam de artifícios: as manchetes policiais

e humorísticas. A Notícia tem como marca registrada o humor sacana e os

homicídios. As fotos de mortos estampadas em suas páginas chocam

grande parte dos leitores, mas servem como chafariz . O Povo segue uma

linha semelhante, dando maior ênfase a parte policial. Usando casos

hediondos de homicídios, o jornal atrai seu público alvo, atingindo seu

objetivo: chegar às mãos das grandes massas.

As manchetes provocam nos leitores um impacto, pois são

lidas rapidamente. Com diversas reportagens que cabem perfeitamente

nas páginas de outros jornais não sensacionalistas. Cobrem os fatos do

dia-a-dia na cidade, os veículos contam com colunas sindicais,

econômicas e comunitárias.

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XIV

Para os jornalistas é até compreensível a morbidez dos

leitores e seus interesses por reportagens ditas como "sanguinárias" . São

pessoas que moram em comunidades carentes desprivilegiadas, que

sobrevivem com um salário irrisório e desprovidas de cultura. Ler no jornal

qualquer fato ocorrido próximo da região onde mora ou convive tem o

significado de ver retratada, ou mesmo espelhada, uma parte da sua

realidade, de seu cotidiano.

Outro apelo muito utilizado por jornais populares é a

sensualidade da mulher. Foto de mulheres nuas ou semi-nuas acabam

sendo uma forma de atrair o público masculino. Estupros, incestos, crimes

ou qualquer outra aberração constituem sempre um prato cheio para servir

de reportagem para os jornais em questão, que querem mesmo é chocar,

denunciando que esses fatos existem e que estão próximos do público

alvo.

1.1. O posicionamento dos veículos impressos

Segundo Philip Kotler em seu livro Marketing para o século

XXI, existem dois passos fundamentais para o desenvolvimento de uma

marca forte. São eles: Desenvolvimento da proposta de valor que, nada

mais é que, escolher um posicionamento amplo, específico e de valor para

o produto e o outro a construção da marca. Este é o caso dos veículos

impressos de hoje. Assim como produtos que chegam as prateleiras dos

supermercados, após passar uma longa temporada em planejamento e

pesquisa de mercado, o mesmo ocorre com a mídia impressa em nosso

país.

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XV

A muito tempo as empresas realizam um processo de

segmentação, definição do alvo e posicionamento, selecionando seus

mercados - alvo para cada um de seus produtos. As empresas

jornalísticas fazem o mesmo quando escolhem um público alvo para seus

produtos . Desta forma, determinam quem são os clientes deste produto.

"Conquistá-los e mantê-los (clientes) aumenta a fidelidade, desenvolvendo

um relacionamento lucrativo com eles", diz Kotler.

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XVI

CAPÍTULO II

A MÍDIA IMPRESSA, PENETRAÇÃO, PÚBLICO-

ALVO, ESPAÇO E DURABILIDADE

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XVII

o jornal impresso é o meio de maior tradição como mídia,

tendo mais de dois séculos de existência ele representa grande papel

social e, é o meio de maior credibilidade. As empresas jornalísticas

enfrentam grande dificuldade devido ao perecedouro dos mesmos. A

durabilidade de um exemplar que chega às bancas é de um dia apenas. É

preciso desenvolver uma estratégia que inclui tiragem e distribuição para

garantir a chegada dos mesmos ao seu público em um curto espaço de

tempo.

1.1. Público-alvo¹

A maior preocupação das empresas na atualidade é, cada

vez mais, conquistar clientes, mantendo-os e aumentar sua fidelidade.

Cliente fiel volta. Segundo os manuais dos grandes gurus do marketing -

que define-se como: uma ciência e a arte de conquistar e manter clientes

e desenvolver relacionamentos lucrativos com eles. O maior desafio é

tentar achar uma maneira de fazer as duas coisas juntas.

Atualmente os profissionais de marketing não pensam mais

que a habilidade mais importante é conseguir novos clientes. Não se

desperdiça mais tempo correndo atrás dos clientes novos. O consenso

entre os profissionais de marketing, hoje, é o inverso. O principal é manter

os clientes atuais e desenvolver cada vez mais o relacionamento

existente. Um cliente perdido, hoje, representa mais do que a perda da

próxima venda; a empresa perde lucro de todas as compras futuras

daquele cliente, para sempre. E ainda há custo de reposição daquele

cliente.

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XVIII

1. KOTLER, Philip. Marketing para o Século XXI. São Paulo: Futura, 1999 (cap:7)

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XIX

As empresas são capazes de encontrar clientes potenciais

qualificados a um custo mais baixo sem prejudicar o tempo de sua força

de vendas, os vendedores. Estão assumindo a responsabilidade pela

geração de indicações de possíveis clientes. Ao indicá-los a seus

vendedores, elas deixam-lhes mais tempo para vender. São aplicadas três

etapas: definição de mercado-alvo, uso de ferramentas de comunicação,

para coletar dados dos clientes potenciais, e classificação desses clientes

potenciais como qualificados. Com isso, o tempo é otimizado e novas

ações podem ser elaboradas.

1.2. Espaço dos jornais X durabilidade da notícia

O jornalismo chamado de literário, repleto de opiniões e que

antigamente encantou, deu lugar ao jornalismo purificado, sem

pensamento e sem estilo. Este tornou-se uma questão de distinção. Os

jornais encontram nos textos curtos a melhor forma de combater a opinião

desconfortável. Quando a notícia se resume, não há mais espaço para

estilo nem para a divagação pessoal. Além disso, guarda-se o essencial e

dispensa-se o particular. Aos trinta segundos que deve ter resposta na

televisão, corresponde a idéia-pílula do jornalismo escrito.

O conceito fast food aplica-se a notícia tornando-a um

produto altamente perecível. A preocupação de se manter em dia com os

acontecimentos gerou este excesso. A mesma notícia é veiculada dez ou

mais vezes ao longo do mesmo dia e de seis maneiras diferentes. Em

recente publicação no jornal Valor Econômico, a teoria de Richard

Wurman² é aplicada: "a exibição e veiculação das notícias sem

interpretação devida causam um efeito nocivo, além da angústia, o

preconceito".

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XX

2. WURMAN, Richard autor de Ansiedade de Informação. São Paulo: Cultura Ed. Associados. Em entrevista ao jornal Valor Econômico

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XXI

Um exemplo disso é a recente guerra no Afeganistão, como as pessoas

não conseguem entender o que está acontecendo, quem é Bin Laden e

porque a guerra está sendo tão noticiada, surgem pensamentos sem

nenhuma reflexão. Há um paradoxo, quanto mais informação, mais

desinformação.

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XXII

CAPÍTULO III

A INTERNET - VEÍCULOS ONLINE,

AGÊNCIAS DE NOTÍCIA E NEWSLETTER

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XXIII

AGÊNCIA ESTADO- UMA AGÊNCIA DE NOTÍCIAS

Uma das mais antigas agências de notícia, criada em 1970, a

Agência Estado, que faz parte do Grupo Estado do Jornal O Estado de

São Paulo, foi criada para dar suporte operacional as unidades de mídia

deste grupo. É um dos veículos de notícias e informações online que

consolidou-se atendendo o nicho do mercado financeiro, ostentando hoje,

a liderança.

A Agência Estado é uma das pioneiras no mercado de

agências de notícia no Brasil. No final dos anos 80 a organização

antecipava algumas transformações estruturais que estavam para

acontecer no mercado de informação. A empresa foi transformada numa

unidade de negócios autônoma, por um ex editor do jornal da Tarde,

também de São Paulo.

Com esta nova estratégia a Agência Estado planejou uma

participação em um mercado que, naquela época, começava a se

desenvolver: o de sistemas de comunicação eletrônica dedicados a

diversos setores da economia brasileira. Muitas alterações aconteceram

com o objetivo de estruturar um sistema de comunicação capaz de captar,

selecionar, refinar, combinar e transmitir informações relevantes para

diversos setores produtivos.

O mercado financeiro brasileiro foi selecionado

principalmente por ser um dos mercados que mais recebia informações

equivocadas. Eram fortemente influenciados pela "indústria do boato".

Atentos a essa oportunidade de mercado, o Grupo Estado concentrou

suas metas em conceder informações precisas e confiáveis e soluções

tecnológicas para o seu problema de informação.

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XXIV

Em 1991 a Agência incorporou a Broadcast, uma empresa

que transmitia cotações das bolsas nacionais e internacionais. O sistema

foi redesenhado para agregar valor para os seus consumidores, além das

cotações, os clientes começaram a receber, em tempo real, informações e

análises que tinham impacto direto sobre a lucratividade dos seus

negócios. O resultado pode ser medido pelo crescimento de base de

terminais instalados, que em 9 anos saltou de 200 para mais de 9.000,

fazendo da Broadcast a líder de mercado no setor de informações

financeiras.

Em 1996, aproveitando-se de novas tecnologias de

transmissão de textos e imagens, a Agência Estado organizou sua

atuação no mercado de mídia, criando o Mídiacast, o mais completo

serviço de informações para jornais, revistas, emissoras de rádio e

televisão. Mais de 200 empresas assinam o serviço, que oferece, via

satélite, um noticiário geral dividido por editorias, colunas dos mais

respeitados articulistas brasileiros, infográficos e fotos de Banco de

Imagens da Agência Estado, que conta com mais de 10 milhões de

imagens cobrindo quase um século da história brasileira. Em 1998,

aproveitando-se da agilidade deste canal de contato, a Agência criou o

Release Online, que permite às assessorias de imprensa e departamentos

de comunicação empresariais enviarem eletronicamente seus releases

para assinantes do serviço de mídia.

Em 1998, lançou o Infocast, um sistema de informação online

cotado para a gestão de negócios e prospecção de mercados. As

informações fornecidas aos assinantes do Infocast incluem notícias dos

mais variados setores, dados e análises de entidades empresariais,

consultorias e organizações de fomento aos negócios.

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XXV

Passada mais de um década de sua reestruturação, a

Agência Estado é a primeira e única empresa brasileira a viver

exclusivamente da receita de vendas de informação para o usuário final.

Atuando em um setor altamente competitivo, ela aposta na sua

capacidade de se manter atualizada com as tendências do mercado,

baseada em acordos com as principais organizações de pesquisa na área.

O diretor da Agência Estado, Rodrigo Mesquita, sintetizou a

visão estratégica que vem orientando a empresa nestes últimos anos.

"O futuro da indústria da informação se dará

num ambiente cada vez mais turbulento e cujas

mudanças serão cada vez mais rápidas. No

início do século XX, o meio jornal tinha todas as

ferramentas necessárias para interagir com a

sociedade urbana da época. De lá para cá, as

empresas de informação foram se distanciando

do seu público. Mas, com a emergência das

tecnologias de informação, a informática e as

telecomunicações, o cenário mudou. É

necessário assumirmos a postura de parceiros

das comunidades que servimos. Quem não

estiver preparado para isto, não vai sobreviver a

este início do século XXI."

AGÊNCIA DE NOTÍCIAS BR PRESS, OS VEÍCULOS

ONLINE, NEWSLETTER

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XXVI

A agência de notícias BR Press Empresa Jornalística LTDA.

é uma empresa jornalística que não está vinculada a nenhum veículo. Foi

criada em 1995, com o objetivo de atender à demanda específica de

criação, produção e distribuição de conteúdo informativo para o mercado

editorial e de comunicação, da mídia impressa à Internet.

A agência está sediada em S. Paulo e oferece produtos e

serviços diversos, mas o principal deles é o fornecimento de conteúdo

jornalístico para websites. A BR Press posiciona-se como agência

fornecedora de conteúdo para os veículos de comunicação,

principalmente os sites na Internet. Assim como uma sucursal desses

veículos. Além de licenciar pacotes noticiosos em quaisquer áreas de

interesse, é possível, também, reportagens exclusivas e coberturas

especiais variadas com textos, fotos e vídeos. A agência também produz

reportagens ou coberturas jornalísticas avulsas, pacotes noticiosos

específicos ou de qualquer conteúdo jornalístico, com solicitação. De

acordo com a necessidade, preferência e estratégia de cada veículo e / ou

cliente.

No próprio site da BR Press o cliente poderá se cadastrar e

receber gratuitamente, por uma semana, o pacote diário do Noticiário

Nacional, por exemplo, e saber mais sobre cultura e entretenimento.

Nestes noticiários, diários e semanais, a agência BR Press veicula uma

visão panorâmica sobre cultura e o que está acontecendo atualmente

(Mostras, Seminários, Peças teatrais, etc). O noticiário diário também

pode ser lido em outros sites, onde o BR Press está hospedado.

1.1. Veículos online

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XXVII

Além das agências de notícias que não estão vinculadas

diretamente aos grandes veículos de comunicação e as agências dos

grandes jornais do país que servem de agência de notícias, existem os

jornais online vinculados aos jornais impressos, mas que funcionam na

Internet. (ver JB Online e O Dia Online).

A rapidez e o tempo real da notícia são o grande diferencial

destes veículos. A qualquer momento podem ser acessados e o internauta

tem uma notícia nova a cada minuto. Geralmente acompanhada das

imagens, as notícias nos jornais online espalham-se com a mesma

rapidez com que são veiculadas. Os internautas de plantão encarregam-

se de encaminhá-las aos outros internautas e assim a notícia circula.

Um nova modalidade que surgiu ultimamente com o advento

da Internet, foram as revistas online. Em destaque, a revista eletrônica

como é chamada, Speculum. Totalmente dedicada aos projetos culturais e

artísticos mundiais, a revista Speculum é semanal e chega gratuitamente

a qualquer internauta que se cadastre. Destaques para lançamentos de

cinema, artes visuais, exposições e os colunistas.

1.2. Newsletter

Em destaque a newsletter Latinarte. Como o nome diz,

newsletter é uma carta notícia, ou que leva notícia. Neste caso, notícias de

obras de arte, especificamente. A Latinarte circula nos principais países do

continente americano com o intuito de levar informação sobre as obras

que estão a disposição. Em algumas datas especiais é veiculada uma

edição especial com promoções.

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XXVIII

CAPÍTULO IV

ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA

GLOBALIZAÇÃO E SUA INFLUÊNCIA NOS JORNAIS

IMPRESSOS

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XXIX

O jornal, um dos meios de comunicação de massa, vive de

mitologias. Por maior avanço que alcançou ele está mergulhado na

conivência e vive do culto às personalidades vazias de conteúdo, mas

ricas em forma e anedotas. A mídia está atolada no marketing e adere

cada vez mais ao sensacionalismo, a valorização e a transformação do

jornalista em divulgador de personalidades, na verdade, nesta era do

marketing, a visibilidade vale mais do que a transparência jornalística.

O jornalista brasileiro atualmente, apesar de seu

comprometimento ético e com a verdade, aos poucos rompe com essa

premissa com o objetivo de se manter empregado. Sendo assim, ele se

entrega a satisfazer as vontades do consumidor sem esquecer que esse

mesmo jornalista foi produzido (educado) por uma empresa de

comunicação com visões claras de lucro.

A imprensa brasileira e internacional deixou-se levar pelos

tablóides. A ideologia do simples, curto, fácil, leve, bonito e espetacular

venceu. Não há mais sensacionalismo, pois tudo é sensacional. Os

critérios de publicação de notícias e de informação, no geral é a

administração da fama, literalmente. O espaço publicitário, a mídia, mais

do que informar, dedica-se a gerir o direito à glória, fugaz ou duradoura,

dos atores sociais num determinado momento. O pensamento virou

sinônimo de "chatice". Os jornais imitam a televisão e essa se satisfaz em

alimentar os baixos instintos do povo.

A imprensa, grande fábrica de mitos e ídolos, não consegue

viver sem eles. Os leitores se satisfazem consumindo estes mitos, assim

como mercadorias. Uns adoram a Xuxa, outros veneram Caetano e o

escritor Paulo Coelho. A era atual é a era da desinformação seletiva onde

o primeiro censor é o editor em nome das regras do bom jornalismo.

Page 30: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO DE … MARTINS DOS SANTOS.pdfcomo ponto positivo mas, também, a articulação de muitas manifestações antiglobalização em vários pontos

XXX

Na era da informação, cada cliente tem o direito de saber

tudo sobre a gravidez da Xuxa, sobre as traições de Lady Diana, os

adultérios de Bill Clinton, as crises nervosas de Vera Fischer, etc. Os

tablóides ingleses publicam, a grande imprensa mundial reproduz. É a

lógica viral da concorrência. A técnica jornalística é tão apurada que os

títulos das notícias saem iguais. O "furo" é glória do passado. Melhor

mesmo é fazer igual. O leitor de jornal é bombardeado com a repetição

das notícias centenas de vezes pelas emissoras de rádio e mostrado

pelas televisões.

Na era da informação, a maioria da população brasileira

continua desinformada e manipulada. É até mais fácil ver o Brasil real nas

telenovelas do que nos telejornais. Eles ficcionam o país de acordo com

os interesses das elites. Existe uma rede de conivência que persiste em

existir. A maioria dos editores brasileiros derruba qualquer texto em troca

de um texto com a notícia de nova gravidez da Xuxa. O patrão nem

precisa mandar. O mercado de notícias derruba tudo que não traz

dinheiro. O importante é fornecer um ótimo serviço, afinal quem precisa de

conteúdo que realmente informe?

Cada vez mais, os jornais brasileiros encantam-se com o

serviço, informação em estado puro, resumida, sintética, funcional,

objetiva. O jornalismo entra na era do roteiro. Tudo para fazer a vontade

do consumidor. Nada provoca mais medo no Brasil, além da polícia, do

que a mídia, ao menos entre os que podem ser atingidos por ela: políticos,

intelectuais, escritores, artistas, etc.

Nem só de aspectos negativos a globalização vive. Segundo

Peter Drucker em recente entrevista ao jornal Valor Econômico, diz que o

impacto mais importante da Internet não é econômico e sim psicológico.

Ou seja, ela está criando uma sociedade global que fala inglês, que tem

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XXXI

valores e aspirações da classe média (economicamente falando). Ele

estima que sejam 2 milhões de pessoas onde somente a África não está

incluída neste bloco. A sociedade global a que Drucker se refere,

compartilha informações, valores sociais e econômicos e as notícias que

circulam globalmente. Existe, atualmente, a mundialização da informação.

Com isso, as distancias são cada vez menores.

A notícia impressa goza atualmente de tempo real. Toda a

informação gerada em qualquer parte do mundo, chega em pouco tempo.

A mídia é imediatista. Caso contrário, sucumbi. Prova disso, é a guerra no

Afeganistão e todas as informações (verídicas ou não) que recebemos

diariamente sobre ela. Em tempo real assim como os acontecimentos.

Para a notícia e os meios de comunicação, não aconteceu

coisa mais importante do que a Internet. As culturas das sociedades estão

sendo analisadas. Pode-se discutir mais abertamente sobre as diferenças

sociais e isso, nos ajuda a pensar sobre nossa própria realidade social. De

fato, saber mais sobre um determinado lugar ou povo, amplia a esfera do

conhecimento. Povos de toda a parte do mundo são beneficiados. A

informação chega para qualquer um por um custo cada vez menor. Todos

tem acesso ou de uma forma ou de outra.

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XXXII

CONCLUSÃO - O QUE PODEMOS ESPERAR DAQUI

PARA FRENTE?

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XXXIII

Até o final do século passado a população mundial pôde

presenciar inúmeros avanços tecnológicos que alavancaram as estruturas

de muitas civilizações. Com a chegada, por último, mas não em último, da

Internet, o que se sabia de informação e a rapidez para gerá-la, era outra

realidade. Atualmente, ninguém pensa viver neste mundo globalizado sem

o grande auxílio da rede de comunicação. Embora os aspectos negativos

que surgiram daí, a globalização, não resta dúvida, veio para romper

barreiras, inclusive a da informação.

Com este mecanismo poderoso nas mãos a população

mundial, em tese, deve estar mais bem informada do que antes. Há

pessoas que moram em locais longínquos, que antes era impossível

qualquer tipo de informação chegar. Agora, porém, estas pessoas podem

obter notícias com quase a mesma rapidez com que os fatos acontecem.

Mas será que a notícia que está acessível é informativa?

Propositadamente ou não, a maneira com que estas chegam, através dos

mais variados meios de comunicação, estão em códigos que podem ser

decifrados assim como uma telenovela: capítulo por capítulo. Mas tudo

não acaba aí. Além das notícias seqüenciais, elas se repetem muitas

vezes durante um só dia. E, ainda, desencontram-se.

Com muita notícia e pouca informação, o nível de

conhecimento é baixo. Os jornais querem parecer-se com a televisão,

suposto universo da imagem que não mente, seduz e dispensa conteúdo.

Assim, investem nos gráficos, nas fotos gigantescas e em toda sorte de

recursos gráficos rebarbativos. Para contrabalançar, de vez em quando,

um profissional da opinião escreve um texto em função do avanço da

informação. Os jornais estão perdendo o estilo próprio em nome do

marketing. Ele o coloca como produto vendável, e as empresas, por sua

vez, não hesitam em copiar a concorrência.

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XXXIV

O modelo jornalístico capitalista, que cresce em todo o

mundo colocando o interesse da população acima de qualquer ordem

ideológica ou política, por fim, deve ser desconstruído, ou no mínimo,

reduzido para que os conteúdos reproduzidos pelos profissionais de

comunicação possam elevar-se.

A idéia mercadológica de satisfação do consumidor a

qualquer custo, deve passar por estratégias de familiarização, de

simplificação, de limitação ao conhecimento. Nada mais prejudicial para a

formação de crianças e adolescentes é o bloqueio intelectual da

atualidade. Lamentavelmente o resultado de tudo, é o desinteresse

coletivo em pesquisar e analisar os fatos. A mesma rapidez tecnológica

que possibilitou avanços, hoje, nos afasta rapidamente da construção de

idéias criativas e divergentes.

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XXXV

BIBLIOGRAFIA

SILVA, Juremir Machado. A Miséria do Jornalismo Brasileiro. As

(in) certezas da mídia. Editora Vozes, Rio de Janeiro, 2000.

CARNEIRO, Raimundo A. Sérgio Nogueira. Análise Marxista da

Globalização. ABC Editora, Fortaleza CE, 2000.

SANTOS, José Luiz. O Que é Cultura. 13ª ed., Editora

Brasiliense, São Paulo SP, 1994.

KOTLER, Philip. Marketing para o século XXI. Como Criar,

Conquistar e Dominar Mercados. 8ª ed., Editora Futura, São

Paulo SP, 1999.

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XXXVI

ANEXOS

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ANEXO 1 Internet: jornal O Dia - 03/12/01 (50 anos de história, perfil de Ariane de Carvalho, Instituto Ary Carvalho, Promoções)

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XXXVIII

ANEXO 2 Internet: Agências de Notícias - 26/09 e 22/10/01 (Agência Folha, Agência Estado, BR Press)

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ANEXO 3 Internet: Newsletter - 22/10/01 (Latinarte, Speculun)

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ANEXO 4 Internet: jornais Online - 22/10/01 (JB Online, O Dia Online)

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XLI

ANEXO 5 Jornal: Valor Econômico - Caderno Eu & Cultura 28/10/01 ("Bombardeio de Notícias" por Larissa Squeff)

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XLII

ANEXO 6 Jornal: Valor Econômico - Eu & Carreira 26/09/01 ("As lições de Humanidade de Peter Crucker" por Roberta Lippi)

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XLIII

ANEXO 7 Jornal: O Globo - Megazine 09/10/01 ("Um Mundo de dúvidas" por Ediane Merola e "Morte em Gênova")

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XLIV

ANEXO 8 Jornal: Extra - 17/09/01 ("A cidade traumatizada")

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XLV

ANEXO 9 Jornal: Extra 23/12/01 (Caras no Extra)

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XLVI

ANEXO 10 Atividades Extra - classe

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XLVII

ANEXO 11 Declaração de Estágio

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XLVIII

ÍNDICE

Agradecimentos III

Dedicatória IV

Resumo V

Metodologia VI

Sumário VII

Capítulo I

O Reposicionamento do jornal O Dia,

os perfis de O Povo e A Notícia 03

Jornal O Dia 04

1.1. O investimento que trouxe a rapidez 04

Jornal O Povo e A Notícia 05

1.1. O posicionamento dos veículos impressos 06

Capítulo II

A Mídia impressa, penetração, público - alvo,

espaço e durabilidade 07

1.1. Público - Alvo 08

1.2. Espaço dos jornais x durabilidade da notícia 09

Capítulo III

A Internet - veículos online, agências de notícias

E newsletter 11

Agência Estado - uma agência de notícias 12

Agência de notícias BR Press, os veículos online, newsletter 14

1.1. veículos online 15

1.2. newsletter 16

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XLIX

Capítulo IV

Aspectos positivos e negativos da globalização

e sua influência nos jornais impressos 17

Conclusão 21

Bibliografia 24

Anexos 25