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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” MOBILE MARKETING FELIPE DA SILVA CHAVES Orientador: Professor Mario Luiz Rio de Janeiro Junho/2009

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

MOBILE MARKETING

FELIPE DA SILVA CHAVES

Orientador: Professor Mario Luiz

Rio de Janeiro

Junho/2009

2

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

MOBILE MARKETING

FELIPE DA SILVA CHAVES

Orientador: Professor Mario Luiz

Rio de Janeiro

Junho/2009

Trabalho Monográfico apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Especialista em Marketing.

3

AGRADECIMENTOS

A minha família, cujo carinho e

compreensão foram definitivos na busca

pela minha aprimoração como ser

humano e profissional.

4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho acima de tudo a

Deus, e a minha família, que tanto

colaborou para a confecção e o

aperfeiçoamento do mesmo.

5

RESUMO

Uma das mais novas áreas da ciência da administração

que busca adaptar estratégias e elementos do marketing

tradicional, o Mobile Marketing é uma nova maneira de se fazer

marketing direto. Com ele é possível gerar conteúdos para

entretenimento, relacionamento e interatividade com o consumidor.

As campanhas de Mobile Marketing uti l izam disposit ivos móveis,

como: telefones celulares, smartphones e palmtops. Através de

campanhas é possível enviar mensagens de texto com promoções

ou serviços, veiculação de fotograf ias de produtos e vinhetas

corportativas. Explicar o Mobile Marketing, sua razão e porque

invest ir, são os objetivos deste estudo.

6

METODOLOGIA

A metodologia empregada no presente estudo foi

fundamentada em bibl iograf ia de estudiosos da área, e material

educacional dado no curso de pós-graduação em Marketing da

Universidade Candido Mendes.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.......................................................................................... 8

CAPÍTULO I

MOBILE MARKETING: CONCEPÇÃO E APLICAÇÃO............................ 10

CAPÍTULO II

MARKETING DE RELACIONAMENTO .................................................... 23

CAPÍTULO III

PERFIL E TENDÊNCIA DOS CLIENTES ATUAIS................................... 32

CONCLUSÃO......................................................................................... 45

BIBLIOGRAFIA....................................................................................... 47

ANEXOS.................................................................................................. 52

INDICE.................................................................................................. 57

8

INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa estudar o uso do mobile marketing como

ferramenta de decisão e relação com o mercado consumidor a partir da análise

do mercado de telefonia móvel. Bem como analisar a relevância deste novo

tipo de mídia e ferramenta de comunicação entre empresas e consumidores.

Segundo Steinback (2005), em 1998 existiam 230 milhões de

celulares em todo mundo. Este número aumentou para 1,6 bilhão em 2004 e a

previsão para 2009 é de aproximadamente 3,4 bilhões de celulares. Desde

1990 a indústria de celulares tem se caracterizado pelo crescimento global.

No Brasil esse crescimento tomou proporção após a privatização do

Sistema Telebrás em 1998. Segundo dados da Agência Nacional de

Telecomunicações (Anatel) indicam que o Brasil fechou o mês de

Dezembro/2008 com 150 milhões de celulares. Apenas em Novembro/08 foram

cerca de 1,8 milhão de novos assinantes de telefonia móvel no país.

Neste sentido, a disseminação do celular e a facilidade de interação

que ele trouxe mudaram o comportamento das pessoas. O celular mudou o

conceito de espaço, tempo, lar, indivíduo e transformou o consumidor em um

alvo em constante movimento. Desenvolveu-se o conceito de mobilidade no

qual se pode manter contato com qualquer um a qualquer hora e em qualquer

lugar.

Hoje, as estratégias mercadológicas não precisam mais se limitar

em territórios predeterminados como a televisão, o rádio ou a revista para

abastecer a sociedade de consumo. O telefone celular passou a ser o objeto

mais pessoal. A utopia de se manter conectado 24 horas por dia atingiu um

patamar raras vezes alcançado em outras mídias. A comunicação pode se

exprimir através da tela de seis centímetros de um celular capaz de transmitir

filmes, palestras, comerciais, pagar contas ou acessar a Internet.

9

Segundo Haig (2000) pesquisas apontam que 75 % dos assinantes

de telefone móvel receberão bem as promoções e apelos do marketing via

celular em 2009, e isto ilustra o alcance deste novo mercado. O segmento

móvel, como canal de publicidade, têm muitas características e,

conseqüentemente, oportunidades em comparação com meios tradicionais de

publicidade e muitos estão procurando beneficiar-se deles.

A importância de se estudar o uso do móbile marketing como

ferramenta de relacionamento com clientes se justifica pela relevância da

telefonia móvel no crescimento da economia brasileira e na mudança de hábito

do consumidor.

Neste contexto, este estudo buscará contribuir, em seus três

capítulos, na identificação de novos canais de ações e campanhas utilizando

as novas tecnologias presentes nos telefones celulares e entender como o

mobile marketing reforça , potencializa e valoriza os meios convencionais de

relacionamento empresa-consumidor.

No primeiro capítulo, vamos entender o que é o mobile marketing ,

sua concepção e sua aplicação. Falaremos do mercado de telefonia celular

como um todo e de um dos meios que o mobile marketing pode ser aplicado: o

SMS.

O segundo capítulo do estudo, é direcionado para o marketing de

relacionamento. O estudo buscará definir e ressaltar a importância do

marketing de relacionamento , baseando-se em definições de conhecidos

autores do meio.

E o terceiro e último capítulo do estudo, é direcionado ao perfil e as

tendências dos clientes atuais. Será falado dos tipos de clientes, falaremos do

marketing como função gerencial e como processo social e finalizaremos com

um panorama da telefonia móvel.

10

CAPITULO I

MOBILE MARKETING: CONCEPÇÃO E APLICAÇÃO

1.1 – Comunicação de Dados

O crescimento do mercado de telefonia móvel desde a privatização

do Sistema Telebrás ocorrida em 1998 foi de 1.025% e, atualmente, ultrapassa

o número de telefones fixos e televisores.

Esse crescimento, a modernização dos aparelhos celulares e o

surgimento de novas tecnologias de transmissão de voz (finalidade para qual

foi criado inicialmente), dados e imagem permitiu que o celular se tornasse um

ponto de convergência. O uso da comunicação de dados por meio de celular

criou novas utilizações, tais como:

Ø SMS – (Short Message Service) – troca de mensagens de texto;

Ø MMS – (Multimídia Message Service) – envio de fotos e pequenos

vídeos;

Ø Acesso à Internet;

Ø Reprodução de áudio e visualização de fotos e vídeos

Houve mudanças de comportamento nos usuários de celular que

hoje utilizam o SMS como forma de comunicação cotidiana. O fenômeno

iniciado pelos adolescentes começou a ser mimetizado por outras idades e

grupos de referência. Isso mudou significativamente a relação das empresas

com os usuários de aparelhos móveis, mais aptos hoje, a utilizar as demais

funções que estes aparelhos podem proporcionar e mais propensos a

receberem mensagens mercadológicas via celular. Os profissionais de

marketing observaram então, que o celular poderia ter a capacidade de

entregar conteúdos (e porque não propaganda?) de forma personalizada,

conveniente e privada, em qualquer lugar. E começaram a entender que

11

poderiam integrar o canal de telefonia móvel tanto tática como

estrategicamente nos seus planos de marketing.

Apesar disto, ainda é tímida a participação do Brasil no uso de

mensagens de texto e conseqüentemente na maior exploração dos benefícios

do mobile marketing como canal de marketing e prospecção de novos clientes.

Segundo dados da ANATEL, no Brasil são enviados cerca de 500

milhões de SMS por mês. Isto representa, por exemplo, menos de 50% dos

SMS enviados em Portugal que possui 12% dos celulares do Brasil. A média

de envio mensal de SMS por celular é baixa (5 a 6 SMS). Na Venezuela a

média mensal é de 140 SMS por celular. O alto custo é uma das principais

barreiras para a baixa utilização do SMS no país. O envio de um SMS custa em

média US$ 0,15 no Brasil e US$ 0,03 na Venezuela.

Embora existam empresas interessadas no serviço, poucas

agências de publicidade estão aptas a utilizar tais ferramentas e as operadoras

ainda estão se preparando para atender a demanda. Ainda existe um longo

caminho a ser percorrido até que canal de telefonia móvel se consolide como

uma mídia de marketing

Nesse sentido a questão geral desse estudo consiste em entender

de que forma o mobile marketing é utilizado pelas empresas como ferramenta

de relacionamento com seus clientes.

1.2 – O Mobile marketing

De acordo com Murphy et al. (2004), o mobile marketing é muito

recente e é uma promissora indústria criada devido ao surgimento e ao

aumento da adoção de aparelhos móveis. César (2006, p.3) conceitua mobile

marketing como “ações de marketing que utilizam o mobile channel”. Murphy et

al (2004), utiliza a linha de raciocínio mais complexa para desenvolver um

conceito próprio para mobile marketing, fazendo-se valer de outras teorias

complementares.

12

A partir da definição de marketing da AMA – “Marketing is the

process of planning and executing the conception, pricing, promotion and

distribution of goods, services and ideas to create exchanges that satisfy

individual and organization goals” (AMA apud Murphy et al., 2004, p.2) – o

autor cria uma linha de raciocínio para chegar ao conceito de mobile marketing.

Esta definição implica na existência de uma seqüência de estágios

de marketing, assim como, na separação de espaço e tempo entre vendedores

e consumidores. Os aparelhos móveis têm a capacidade de estreitar essas

barreiras e quebram os paradigmas de marketing acerca de tempo e espaço.

Os telefones celulares amplificam as principais características do e-commerce

(compras e serviços via Internet) que são – independência de localização e

onipresença.

A rede de celulares mundial é de aproximadamente 3 bilhões de

usuários, onde 70% têm o serviço básico de dados habilitados, segundo a

consultoria Teleco, ou seja, praticamente qualquer pessoa que possui um

celular pode se alcançada por outro indivíduo ou empresa. Os autores apontam

ainda a importância do marketing de relacionamento para esse conceito,

apontando as suas premissas possibilitam as empresas atingirem de forma

personalizada cada consumidor, sob a forma de mensagens e ofertas. Ele tem

também um papel central dentro do CRM (Customer Relashionship

Management), permitindo a comunicação one-to-one, many-to-many e de

massa. Por fim, definem mobile marketing como: “Using interactive wireless

media to provide customer with time location sensitive, personalized information

that promotes goods, services and ideas, thereby generating value for all

stakeholders” (MURPHY et al, 2002, p.2).

HAIG (2002) aponta que as características que tornam essa mídia

móvel atraente para o marketing são:

Ø Custo – O custo de transmissão de dados (principalmente o SMS) é

mais barato que as ligações de voz. As campanhas de SMS Marketing tendem

a ter melhor custo-benefício quando comparada com outras mídias.

13

Ø Conveniência – O celular permite que texto, vídeo e som possam ser

recebidos e enviados de qualquer lugar e a qualquer hora.

Ø Imediaticidade – Os aparelhos móveis têm capacidade de

armazenamento e facilidade de escrita de mensagens para respostas

imediatas.

Ø Privacidade – Os dados recebidos através do celular se mantêm

privados mesmo quando recebidos em lugar público.

Ø Ubiquidade – A quantidade de celulares no mundo permite que se

chegue a qualquer tipo de perfil ou consumidor, porque é altamente difundido.

As campanhas de mobile marketing no mundo, segundo Haig (2002), utilizam

basicamente quatro tipos de tecnologias para entregar dados, que são:

Ø SMS – serviço de mensagens curtas de texto ou , originalmente, Short

Message Service, é uma ferramenta de comunicação presente na maioria dos

celulares e por isso mais utilizada. Pode-se inserir aqui o MMS, Multimedia

Message Service, que proporciona também o tráfego de imagens , vídeos e

sons entre celulares.

Ø WAP – tecnologia que permite a inserção de páginas, banners e

hiperlinks nos sites WAP.

Ø Bluetooth- tecnologia que permite que dois mais aparelhos

eletrônicos(celulares, computadores,etc) estabeleçam uma conexão sem fio e

troquem dados entre eles.

14

Ø Voz e tecnologias emergentes, tais como: aplicativos em Java e Brew

(linguagens de programação) e o Flash SMS.

O potencial do mobile marketing como mídia se deve à necessidade

de mobilidade e interatividade do indivíduo. Que cada vez mais realiza suas

atividades diárias de maneira móvel. Seja acessar à Internet, controlar sua

conta bancária, relacionar-se, ouvir música, trabalhar, tirar fotos e gravar

vídeos. Neste sentido, Siqueira (2004) observa:

Vida é mobilidade. Life goes mobile, diz a frase escolhida para algumas

campanhas publicitárias da Nokia. O homem é um ser móvel. E gosta e

fazê-lo, bem como de levar consigo tudo que proporciona conforto, prazer e

segurança. A característica revolucionária do celular é, portanto, a

mobilidade (SIQUEIRA, 2004, p. 150).

Reforçando esta idéia de mobilidade Rheingold (2002) escreve

sobre uma sociedade dinâmica , conectada de forma constante, através de

tecnologias móveis de informação , com uma capacidade de auto-organização ,

até hoje não imaginada.

As operadoras de telefonia móvel já entenderam esta necessidade e

utilizam fortemente a mobilidade como argumento de marketing. Para isto elas

têm procurado desenvolver cada vez mais produtos e serviços com este apelo.

A operadora de telefonia móvel Claro adotou como slogan institucional “Claro,

a vida em suas mãos” e tenta garantir o celular pode atender a todas as

necessidades que seus clientes precisam e procuram.

Roman, Gonzáles-Mesones e Marinas (2007) destacam três tipos de

campanhas de mobile marketing:

a) Campanhas push – são aquelas que enviamos para um banco de dados opt-

in, um SMS ou MMS como conteúdo informativo ou formal. É, em geral, o

15

primeiro tipo de campanha utilizada por anunciantes para sua estréia no móbile

marketing.

b) Campanhas pull - consistem na integração do canal móvel às campanhas

de rádio, impressas, ou televisivas normalmente solicitando ao consumidor que

envie um SMS para participar de uma promoção ou para ganhar um prêmio.

Que podem ser votações, pesquisas de opinião, resgate de um código de

compra etc.

c) Campanhas de diálogo contínuo ou de múltiplas etapas - este tipo de

campanha supõe um diálogo contínuo com o usuário, que gera muita

informação relevante para o marketing e que, conseqüentemente, permite

segmentar melhor o público.

Existe ainda uma tipologia de campanhas, que são formatos de

campanha planejados com um objetivo específico. Estão representados, aqui

os tipos de campanha, que segundo Haig (2002) e Bayne (2002) são os mais

utilizados pelo mercado.

Ø Competições – Tem uso promocional, onde se manda um SMS para um

short code contendo uma palavra que está na embalagem ou exposto em

outras mídias para concorrer a sorteios, prêmios e incentivos.

Ø Downloads – São oferecidos downloads de ringtones, logos e jogos, de

forma patrocinada, ou mediante ao opt-in para futuras campanhas.

Ø Ofertas especiais – Ofertas especiais, feitas de maneira personalizada

(utilização de CRM ou banco de dados) com objetivo de atrair o consumidor a

loja, ou oferecer mais material promocional.

Ø Notícias e ‘Alerts’ – Oferecem notícias pertinentes de forma patrocinada

aos clientes, com o objetivo de construir relacionamentos e ofertar produtos.

Ø Jogos – Jogos formatados de forma interativa (utilizando só o SMS ou

mais mídias), onde deve haver correspondência entre empresa e o consumidor

16

com objetivos específicos. A outra forma é a oferta de jogos patrocinados para

clientes especiais com o objetivo de fidelização.

O funcionamento de campanhas usando o móbile marketing ocorre a

partir do tripé abaixo:

Ø Base de dados opt-in - lista com celulares e perfil do target que

autorizou o recebimento.

Ø Servidores de envio e processamento de mensagens recebidas –

computadores conectados às operadoras de celular para processar o envio ,

recebimento e análise das mensagens SMS.

Ø Celulares –aparelhos celulares do target habilitados para receber

mensagens SMS.

Figura 1 – Funcionamento de uma campanha de mobile marketing

PUSH PULL

Banco de dados opt-in

Banco de dados opt-in

Servidor de mensagens

M- consumidor envia SMS

conf. solicitado

SMS MT enviado ao M-consumidor

Sistema responde ao SMS

recebido

M-consumidor lê mensagem

M-cliente compra produto

Informações sobre hábitos de consumo

M-consumidor lê mensagem

M-consumidor responde a mensagem

Interação repetida

ou

17

A figura acima demonstra que, a partir de um dado momento, a

operação de campanhas push e pull são iguais. Na primeira, as mensagens

são enviadas para uma base de celulares opt-in solicitando uma resposta por

parte do cliente. O outro tipo de campanha utiliza mídias como jornal,

outdoors, rádio ou TV , convidando o cliente para interagir com a campanha

através de celulares.

1.3 - O SMS como ferramenta de comunicação

Dentre as tecnologias utilizadas pelo mobile marketing , aquela que

tem um maior destaque e penetração junto aos usuários de telefonia móvel é o

SMS.

O SMS é a sigla para designar Short Message Service que tem

como função principal a troca de mensagens de textos com 160 caracteres em

uma fração de segundos. Yunos (2003) fortalece este conceito quando diz que

o SMS é um serviço da rede de celular digital, que permite os usuários enviar e

receber pequenas mensagens que contenham texto e números através da

Internet, ao se utilizar o e-mail ou através das conexões às redes das

operadoras de telefonia móvel. O limite de 160 caracteres não é absoluto e os

tamanhos máximos variam de rede para rede , de aparelho para aparelho e de

operadora para operadora.

Kavassalis (2002) divide o serviço SMS em três modalidades que

são classificadas segundo a sua origem e tarifação:

1- O SMS Corporativo ou Mobile Terminated (MT) é originado pela integradora

ou pelo aplicativo dentro da empresa para os usuários que deram permissão

específica para recebê-los (opt-in). Neste caso, a empresa arca com os custos

de envio do SMS e as mensagens não podem ser respondidas.

18

2- O SMS Interativo ou Mobile Originated (MO) é originado a partir do usuário

para um número predefinido com uma finalidade específica. O usuário arca

com os custos da mensagem e há a possibilidade de resposta e interação.

3- O SMS Premium é um aprimoramento do SMS-MO, onde é criado um único

número, chamada de Large Account (LA) ou Short Code. Ele tem um único

preço, definido em comum para todas as operadoras e o usuário arca com o

custo da mensagem enviada.

As mensagens de texto apareceram em meados da década de 1990,

no entanto, foi somente em 1998 que esta tecnologia explodiu com o envio de

40 milhões de mensagens de texto naquele ano. O crescimento foi tão rápido,

que em 2001, o número de envio de mensagens de texto já superava 1 bilhão

(ARESKOUG e ENGSTRÖM, 2002).

A simplicidade, comodidade, privacidade e o imediatismo são algumas

das características que tornam este serviço umas das principais fontes de

receitas para as operadoras e um dos mais populares junto ao consumidor de

telefonia móvel. Sobretudo junto ao público jovem, que adotou e popularizou o

SMS como canal de comunicação. Mas hoje é utilizado de forma intensa pelos

deficientes auditivos, que encontraram mais uma maneira de se comunicar.

Haig (2002) aponta que as principais vantagens do SMS, como

ferramenta de comunicação, são: alta interação, resposta rápida, integração ao

mix de comunicação, urgência, marketing viral e personalização.

Além disso, o SMS é mais discreto que a ligação de voz. O que o torna

o meio ideal de comunicação quando não se pretende que o conteúdo da

comunicação seja compartilhado com terceiros. Normalmente se gasta menos

tempo para enviar mensagem de texto do que para fazer uma ligação

telefônica ou enviar um e-mail.

O SMS é uma ferramenta dotada de bidirecionalidade1, na medida

em que pode funcionar como um canal de resposta direta entre uma empresa e

1 A bidirecionalidade é caracterizada por Rafaeli (apud Primo, 2005, p.4) como “a capacidade de um sistema de realizar um fluxo de mensagens em dois sentidos”.

19

consumidor final e vice-versa. Isto permite que as empresas aumentem o seu

nível de interação e escolham o melhor lugar e horário para entregar uma

mensagem mercadológica, maximizando assim, o impacto das suas ações de

comunicação integrada. O SMS é mais efetivo e utilizado pelo mercado de

forma integrada a outros meios (como a TV, rádio, etc), pois permite uma

interação direta entre a empresa e o consumidor.

Atualmente o SMS é a ferramenta mais utilizada nas campanhas de

mobile marketing. Roman, Gonzáles-Mesones e Marinas (2007) apontam os

motivos que fazem deste canal um dos mais eficazes neste tipo de campanha:

Ø Eficácia nos custos – já que uma mensagem de texto custa , em média,

R$ 0,29 em comparação com outras peças de marketing direto que podem

custar até cinco vezes mais;

Ø Afinidade com um target de difícil acesso e fugir de outros meios como a

TV;

Ø Ao contrário do e-mail, precisa ser aberto para ser apagado, o que

aumenta as chances de chamar a atenção do público-alvo;

Ø É um canal que facilita a rápida e cômoda resposta, muito mais que

qualquer outra peça de marketing direto;

Ø Os resultados são mensuráveis em tempo real;

Ø É um mecanismo que até agora mostrou altas taxas de resposta.

Neste sentido, Gonzáles-Mesones e Marinas (2007) ainda divulgam

o resultado de uma pesquisa com 5.200 consumidores americanos em 200

campanhas diferentes entre outubro de 2001 e janeiro de 2003 que utilizaram

campanhas de móbile marketing via SMS. São:

Ø 94% das mensagens são lidas pelo destinatário;

Ø 23% dos destinatários mostram ou reenviam o conteúdo da mensagem

a um amigo;

20

Ø A resposta média de uma campanha é de 15%;

Ø 8% dos destinatários respondem à mensagem , 6% visitam uma página

web, 4% vão a um ponto-de-venda e 4% compram o produto promovido.

Ainda que os números mostrem que as campanhas de mobile

marketing usando o SMS superem as outras mídias, somente em alguns casos

consegue alcançar sozinha os objetivos de uma campanha. Seu real poder

está em corrigir fraquezas e potencializar forças das outras mídias tais como

TV, rádio, mídia impressa, Internet /e-mail e outdoor/busdoor. Uma vez que

consegue adicionar elementos de interatividade, imediatismo e comunicação

personalizada que nenhuma outra mídia oferece.

1.4 – Marketing de permissão

O marketing de permissão é necessário para entender as premissas

sobre privacidade e opt-in para a utilização do SMS, assim como, a sua

operacionalização. Ele foi introduzido por Godin (2000), que desenvolveu esse

modelo de marketing, a partir da observação de que os consumidores estão

cada vez mais com menos tempo para realizar as suas tarefas e querem

exercer um menor esforço para escolher os produtos dos quais necessitam. O

mesmo autor afirma que, a partir da revolução industrial as pessoas vêm sendo

‘bombardeadas’ por uma infinidade de campanhas de comunicação de

marketing, que as interrompem e as quais não conseguem assimilar. O

marketing de permissão segundo ele, é capaz de formar um relacionamento e

comunicar de forma direcionada.

Godin (2000, p.39) conceitua o marketing de permissão como aquele

“que oferece ao consumidor a oportunidade de aceitar voluntariamente o

marketing que lhe querem apresentar” e complementa afirmando que o

marketing de permissão “estimula os consumidores a participar de uma

21

campanha de marketing de longo prazo e interativa, em que eles são de

alguma forma recompensados por prestar atenção”.

O objetivo primário, segundo Godin (2000, p.84), é “levar os

consumidores a subir mais um degrau da escada da permissão, fazendo-os

passar de estranhos a amigos e depois a clientes. E finalmente de clientes a

clientes leais”. Com isso, conseguir aumentar o share of wallet (fatia do bolso),

ou seja, o valor que o cliente gasta com produtos da empresa.

Outro ponto fundamental da teoria de Godin (2000) é que o

marketing de permissão está relacionado à confiança, pois segundo o autor,

não há venda na sua ausência. Com a confiança e experiência positivas é

possível gerar conhecimento e familiaridade e diminuir o número de opções de

compra (restrições à concorrência). Entende-se então, que o marketing de

permissão pressupõe uma troca de informações entre as partes envolvidas

nesse processo de comunicação, para que se torne mais pessoal, se tenha

liberdade para a interação (de forma conveniente), de modo que se torne

benéfica para ambos.

As características do marketing de permissão segundo o mesmo autor são:

Ø Antecipado – as pessoas esperam que se ofereça o produto a ela.

Ø Pessoal – as mensagens e contatos são feitos de forma personalizada

às suas necessidades e desejos.

Ø Relevante – o marketing e a mensagem têm que dizer algo que o

consumidor prospect esteja interessado.

Ø Freqüente – o marketing tem que ser feito de forma a que o consumidor

sinta sempre a presença da marca.

Ø Mensurável – a mensuração das campanhas são feitas de forma mais

fácil. É possível acompanhar a evolução dos clientes (freqüência de compras) e

a entrada dos novos clientes (por meio do controle do banco de dados).

22

Ø Escolha do target – há a possibilidade de escolha de para quem enviar a

sua campanha, pois ela tem interesse apenas para uma parcela dos seus

clientes.

Ø Escolha do ‘timing’ – há a possibilidade de escolha de quando o cliente

será abordado, sendo conveniente para ele e de forma que ele esteja mais

suscetível à mensagem.

Existem ainda dois conceitos importantes dentro do marketing de

permissão, que serão utilizados de forma recorrente no modelo proposto: o opt-

in e o opt-out. Godin (2000) afirma que o opt-in consiste em dar a permissão

para uma empresa para enviar algum tipo de comunicação. Ele pode assumir

diversas formas, tais como: formulários na Internet, SMS, formulários em lojas,

correspondência e cupons de promoção. É importante afirmar que o opt-in para

a comunicação de marketing, segundo Shimp (2002), é utilizado apenas para

um determinado período de tempo em que dura uma promoção ou uma

campanha específica. Porém existe o doble opt-in, ou permissão dupla, em que

o consumidor permite que a empresa lhe envie, por indeterminado período de

tempo, quando achar pertinente, peças de comunicação mercadológica.

O opt-out consiste em oferecer ao consumidor a possibilidade de

interromper o recebimento da comunicação de marketing. As peças enviadas

ao consumidor devem sempre conter a mensagem explicativa de como

proceder para realizá-lo. Os métodos normalmente utilizados são os mesmo do

opt-in.

23

CAPITULO II

MARKETING DE RELACIONAMENTO

2.1 – Definição e Importância do Marketing de Relacionamento

Segundo Gordon (1999, p. 31) o marketing de relacionamento pode

ser definido como “o processo continuado de identificação e geração de novos

valores com clientes em particular e o compartilhamento de seus benefícios

durante uma vida inteira de parceria”.

Nos dias atuais, as transformações ocorrem de forma tão rápida e

são tão imprevisíveis, que os padrões e comportamento já estabelecidos no

mercado não conseguem mais sustentar-se. Mckenna (1999) diz que nessa

nova era competitiva acontecem muitas coisas, tais como:

Ø Variedade de produtos e serviços aumenta até em pequenos setores de

mercado;

Ø Competitividade mundial aumenta;

Ø Mercados ficam tão setorizados que os nichos tornam-se soberanos;

Ø Diferenças entre produtos ficam pouco nítidas;

Ø Canais de distribuição apresentam um fluxo intermitente. Mesmo que

ficar ao lado do cliente seja preeminente, os canais diversas vezes dificultam o

diálogo com o cliente;

Ø Mídia promocional mais tradicional amplifica o nível de ruído e não

consegue comunicar mensagens claras. Onde então reina a confusão;

Ø Organizações diminuem e são reestruturadas, buscando novas

maneiras de fazer negócios;

Ø Ambiente de negócios e também a direção dos eventos competitivos

tornam-se imprevisíveis.

24

Como a previsão e também as pesquisas não apresentaram um

caminho de ação definido, a literatura atual descreve o marketing como sendo

um mecanismo social e também de gerenciamento, no qual os indivíduos e

grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e

mudança de produtos, bens e serviços de valor entre si.

Vavra (1993) declara que para esta definição de marketing foram

associados alguns elementos-chave:

Ø Selecionar um mercado;

Ø Identificar os desejos, as necessidades e também as demandas de um

conjunto selecionado de mercado;

Ø Combinar os produtos, os bens e os serviços existentes ou novos para

atender aos desejos, as necessidades e as demandas;

Ø Entregar de forma satisfatória;

Ø Estabelecer e administrar um processo que gere mudanças a fim de

fixar preço, promover e também entregar produtos, bens ou serviços;

Ø Antecipação das mudanças que ocorrerão no mercado e no ambiente.

Estes elementos colocam um ponto de vista que pode ser

denominado marketing de conquista, que possui como objetivo principal

direcionar todos os esforços a gerar novos clientes. De acordo com Vavra

(1993), para conquistar novos clientes, as organizações têm priorizado os

seguintes passos:

Ø Identificação um mercado;

Ø Determinação das necessidades do mercado-alvo;

Ø Combinação de um produto ou serviço que elas possam construir para

atender as demandas do mercado;

Ø Atração de um número máximo de consumidores no mercado no intuito

de experimentar o produto ou serviço;

25

Esta seqüência ocorre nas organizações na tentativa de conquistar

cada vez mais novos clientes. Várias organizações têm apontado seus

objetivos em conquistar novos clientes com a intenção de aumentar os

faturamentos e os lucros. O processo de conquistar novos clientes envia

profissionais de marketing para missões complicadas, enquanto as empresas

mantêm garantida sua base atual de clientes. As empresas que estão focadas

em conquistar novos clientes concentram seus esforços e capital sobre esses

prováveis clientes potenciais, mas normalmente negligenciam os clientes

atuais.

Estima-se que a satisfação do cliente atual permaneça. Várias

organizações falham na sua manutenção e quando esses clientes deixam de

usar os serviços prestados, a mudanças de preferência são justificadas de

maneira racional como o velho ditado que não se pode satisfazer a todos os

gostos. A atração de novos clientes tem se tornado um esforço de custos e

esforços cada vez maiores, uma vez que manter o nível de propaganda

necessário para a participação do mercado pretendido exige um nível de

gastos que freqüentemente excedem o que a maioria das empresas pode arcar

atualmente. E, da mesma maneira que o nível de gastos de propaganda seja

viável, é questionável seu valor para atrair novos clientes (VAVRA, 1993).

Brigar neste novo mercado, mais competitivo e agressivo,

intencionando conquistar novos clientes é a maior preocupação aparente da

maioria dos profissionais de marketing contemporâneo, pode ser fácil, no

entanto os clientes demonstram lealdade de marca muito pequena. O que é

relativamente mais difícil é manter os clientes comprando regularmente a

mesma marca ou serviço.

De acordo com Vavra (1993), podem-se considerar os custos

decorrentes de conquistar novos clientes, onde a única maneira de lucrar em

tal panorama é aumentar o tempo de vida de compra dos clientes atuais. Como

resultado, a retenção de clientes torna-se mais importante do que a atração de

clientes.

26

Devido às mudanças de mercado, os profissionais de marketing

estão em constante prontidão, planos vigentes são ajustados e os planos

futuros são estruturados tomando como base as mais recentes alterações no

mercado. As mais profundas mudanças que têm ocorrido, levam à necessidade

de abordagens diferentes, para poder conduzir os negócios e o mercado

mostrando que se pode estar em tempos de recriar o marketing. De acordo

com Nash (1994) existe uma oportunidade da prática do marketing de

relacionamento, que possui uma estratégia que introduz a um novo paradigma

para as relações de troca.

Em oposição ao marketing tradicional, o marketing de relações

fundamenta-se na necessidade do relacionamento de longo prazo com o

mercado, procurando a fidelização do cliente. As empresas tornam-se muito

mais competitivas quando estão fundamentadas na satisfação dos clientes. O

marketing de relacionamento pode ser definido como sendo a atração, além da

permanência, também em organizações multiserviços, e o incremento de

relacionamento com clientes (FERREIRA & SGANZERLLA, 2000).

Atrair novos clientes deve ser visto como sendo apenas uma etapa

intermediária no processo de marketing e aprofundar relacionamentos,

transformar clientes em consumidores fiéis e também servi-los é de fato

marketing. Diversos são os autores que definem marketing de relacionamento

como a relação que existe entre comprador e vendedor, onde uma empresa

busca alcançar incrementar e se desenvolver através de relações de mais

longas com clientes potenciais (VAVRA, 1993).

Conforme Kotler (1998) declara, o marketing de relacionamento

representa a prática do estabelecimento de relações satisfatórias a longo prazo

com os consumidores, fornecedores e distribuidores, para reter sua preferência

e realizar negócios a longo prazo. O marketing de relacionamento representa

um desafio que compromete a empresa integralmente onde todos devem estar

sintonizados com os objetivos propostos, as condições que são necessárias e

suas implicações para a empresa. A empresa precisa ampliar sua capacidade

27

de aprendizagem do mercado para fortalecer a sua posição competitiva, o que

implica redirecionar aspectos e clima organizacional.

Segundo Ferreira & Sganzerlla (2000), o marketing de

relacionamento é a utilização de uma vasta gama de abordagens de marketing,

como vendas, como a comunicação, como o serviço e como o atendimento ao

cliente para identificar os clientes individuais de uma empresa, e também

estabelecer um relacionamento mais duradouro e vantajoso existente entre a

empresa e os clientes que a empresa possui e gerenciar esse relacionamento

no sentido de beneficiar os clientes e a própria empresa.

Diversos são os autores que contribuem no sentido de ampliar o

conceito de marketing de relacionamento, no entanto todos os autores

convergem para atender cada vez melhor as demandas dos clientes

objetivando um relacionamento estável de longo prazo que leve à fidelização

do cliente e o aumento da produtividade e também como conseqüência o

aumento da lucratividade (STONE, 2001).

No marketing tradicional os consumidores não são focados para

manifestar sua opiniões, mas apenas para consumir os produtos que das

empresas e muitas vezes impõem para incrementar seus negócios.

Com a ampliação da competitividade, as empresas na tentativa de

conquistarem o mercado, utilizaram-se de inovações e acrescentaram valor em

relação à concorrência segundo Ferreira & Sganzerlla (2000).

Alguns conceitos mais recentes passaram a fazer parte das

organizações, assim como bom atendimento, a satisfação e o valor do cliente,

a retenção e a lealdade à marca. Paralelamente, a tecnologia passou a facilitar

a comunicação entre empresa e consumidores. Com a necessidade de

aperfeiçoar e também melhorar o relacionamento com o cliente, foi introduzido

no marketing novas teorias e ferramentas fundamentadas na informação e

conduziu a gestão deste relacionamento.

O marketing de conquista, uma forma tradicional, que é focado em

quantidade e público de massa, cedeu espaço ao marketing um-a-um (one-to-

28

one), onde são personalizadas as interações com os mais variados clientes

como solução para impulsionar as vendas e tornar clientes fiéis à marca. Nos

dias atuais os consumidores aumentaram os seus níveis de exigências e

também estão cada vez mais requisitando serviços na forma de valor

agregado, se faz valer o uso do marketing de relacionamento (VAVRA, 1993).

Em uma organização que ao estabelecer sua estratégia resolve

optar pelo uso do marketing de relacionamento, pode implicar em uma

mudança de postura e ter que mudar o foco que antes era somente o de

conquistar mercado e agora precisa direcionar-se para conquistar a satisfação

do cliente e também para retê-los. O lucro do acionista será uma resposta

direta do cliente satisfeito e de seu nível de lealdade à empresa (VAVRA,

1993).

Todas as empresas que aplicam o marketing tradicional ou de

conquista não estão preocupadas com a satisfação do cliente, no entanto estão

preocupadas com o percentual de mercado que possui. Estas empresas

substituem sua base de clientes perdidos por novos clientes, recuperando

financeiramente seu faturamento e para isto investe pesado em marketing de

conquista para não perder sua percentagem de mercado (VAVRA, 1993).

O marketing de conquista não se preocupa com a permanência dos

clientes e não considera satisfação e necessidades de clientes. O marketing de

relacionamento centraliza seu objetivo em conhecer o cliente e estabelecer

relações de longo prazo e duradouras com ele objetivando mantê-lo fiel ao

produto ou a marca.

As empresas focadas no cliente, que possuem suas bases

fundamentais na maior satisfação dos clientes, tornam-se mais competitivas.

Nas novas abordagens do marketing existe a preocupação com todos os tipos

de relacionamentos que podem influenciar na satisfação do cliente, as relações

entre comprador e vendedor, com fornecedores e com funcionários.

(FERREIRA & SGANZERLLA, 2000).

29

O marketing de relacionamento representa um processo que deve

ser desenvolvido de forma contínua e por isso exige que as empresas

busquem uma resposta dos clientes para poder avaliar se seus desejos e

necessidade estão sendo atendidos.

Para os autores Ferreira & Sganzerlla (2000) o começo do marketing

de relacionamento deve ser, sobretudo uma vontade da empresa em realizá-lo,

pois o seu sucesso depende de mudanças profundas no modo de pensar e agir

empresarialmente. Para implantá-lo na empresa é necessário que haja uma

conscientização de todos que trabalham na empresa e que estejam

conscientizados que este é o objetivo central.

O processo de marketing de relacionamento deve iniciar pela alta

administração da empresa, pois envolve decisões estratégicas que, muitas

vezes, podem significar desvios de rumo. Todas as etapas do marketing de

relacionamento envolvem três dimensões de marketing que são alicerçadas em

três fatores chaves que se relacionam com essas dimensões.

Na perspectiva filosófica, o marketing de relacionamento como

cultura, é o foco principal do negócio, considera a geração e a aglutinação de

valor ao relacionamento, por intermédio de uma recompensadora cooperação

recíproca, de forma que o relacionamento se caracteriza por ser um

desenvolvido de forma estável, amigável, baseado em confiança e

comprometimento recíprocos.

O marketing de relacionamento em sua dimensão mais estratégica

só é válido como fonte de vantagem competitiva. Isto significa inserir valor a ser

entregue ao mercado e às empresas que são parceiras. Esse valor, no entanto

deve ser superior aos que seriam conseguidos em relacionamentos

tradicionais, de pura transação, aqueles que são difíceis de serem utilizados

pela concorrência.

Para construir esse valor é fundamental estudar o mercado, ter

conhecimento sobre os parceiros e isto só é possível por meio de

relacionamentos de confiança e cooperação conjunta.

30

Na perspectiva de planejamento, o marketing de relacionamento

implica em uma nova função que de acordo com McKenna (1993) relaciona ao

estabelecimento de relacionamentos e não a venda de produtos. Para o

marketing de relacionamento a utilização dos quatros P não são mais as bases

fundamentais para a promoção de relacionamento, a fim de ser considerados

aqueles que contribuem para os relacionamentos em um contexto de redes e

interações existentes.

Desta forma verificamos que a interatividade do processo apresenta

papel fundamental no marketing de relacionamento. Uma vez que no marketing

tradicional, o processo de interatividade é utilizado como intermediário entre a

produção e o consumidor tendo em vista que no marketing de relacionamento

funciona como promotora entre a produção e o consumo. De acordo com

Grönroos (1995), o marketing de relacionamento tem base na dimensão de

interação do marketing de serviços e do gerenciamento de qualidade.

O mesmo autor coloca ainda que para que os relacionamentos com

clientes e outros parceiros sejam longos e lucrativos, é fundamental à função

interativa que ele define como a conexão entre a produção e o consumo. Após

a entrega do produto ou serviço, o que garante novas vendas é a interação da

empresa com o cliente.

Compreende-se que esta interação não deve ser feita apenas entre

a empresa e o cliente, porém sim em todas as formas de relações que

envolvem a empresa e geram efeitos na satisfação do cliente.

Para McKenna (1993) o marketing de relacionamento é constituído

de entradas e saídas e necessita de que as empresas tenham que buscar a

resposta dos clientes para avaliar se suas demandas e desejos vêm sendo

atendidos. Conforme esses autores, as entradas do processo são as seguintes:

Ø Entender os desejos dos clientes;

Ø Solidificar as parcerias com os clientes;

Ø Incrementar o poder dos funcionários;

31

Ø Gestão de qualidade total.

Pode se dizer que as saídas positivas do processo são as seguintes:

Ø Satisfação do interesse dos clientes;

Ø Lealdade dos clientes;

Ø Produtos e serviços com alta qualidade;

Ø Lucros maiores;

32

CAPITULO III

PERFIL E TENDÊNCIA DOS CLIENTES ATUAIS

3.1 – Tipos de Clientes

Em meados da década de 90, estudos já sinalizavam que uma

força advinda do consumidor estava dando início à era do cliente. Segundo

Bretzke(1992) na era do cliente os consumidores querem voltar a ser clientes

para serem tratados como indivíduos, com suas necessidades entendidas e

atendidas individualmente. Tratava-se de um momento de transição do

marketing tradicional para o marketing de relacionamento, que demanda um

conhecimento muito mais profundo e pontual dos determinantes do

comportamento do cliente e do seu processo de compra.

O termo cliente para Kotler (2000) e Sheth et al (2001) designa

uma pessoa ou unidade organizacional que desempenha um papel no

processo de troca ou transação com uma empresa ou organização. Aquelas

que assumem diferentes papéis no processo de compra, como o especificador,

o influenciador, o comprador, o pagante, o usuário ou aquele que consome o

produto são considerados clientes.

O cliente pode ser tanto potencial como atual, por isto, é

importante especificar a tipologia dos clientes de acordo com o estágio, a

intensidade do relacionamento e o envolvimento com a marca.

Para Kossen (1982), o relacionamento de uma pessoa ou

empresa se inicia muito antes do acionamento da força de vendas da ida a

uma loja ou do click na Internet para efetuar a compra. De acordo com o

volume de informações, o potencial de compra e predisposição do cliente à

compra, a tipologia para o cliente potencial pode ser:

33

Ø Suspect – são pessoas ou empresas consideradas possíveis

compradores do produto ou serviço. O perfil do suspect é determinado na

segmentação de mercado.

Ø Propects – são pessoas ou empresas que podem se beneficiar do

produto ou serviço e têm potencial financeiro e o poder de decisão para a

compra.

Ø Prospect qualificado – pode surgir quando se inicia o processo de

relacionamento com o prospect e este manifesta algum tipo de interesse na

empresa, quer solicitando literatura , assistindo a um seminário , pedindo a

visita do vendedor , cadastrando-se no site ou indo à loja.

Por outro lado, Considine (1990) considera a lealdade a principal

variável para a classificação do cliente. Para ele a lealdade é a atitude

favorável à marca, enquanto Kotler (2000) a define como sendo a repetição de

compra.

Considine(1990) analisou o comportamento do cliente por meio da

construção do relacionamento e concluiu que existem níveis de lealdade que

são percorridos numa dada seqüência que denominou de escala de lealdade.

Conforme demonstrado na figura abaixo.

Figura 2 – Escala de lealdade

Fonte: Considine (1990)

Tempo

Lealdade

Clientes prováveis

Clientes potenciais

Experimentadores

Clientes fiéis

Repetidores

Advogados da marca

34

Os clientes prováveis são considerados possíveis compradores

do produto ou serviço.

Clientes potenciais são pessoas ou empresas que podem se

tornar clientes do produto ou serviço, tendo manifestado predisposição de

compra, ou sobre as quais existem informações suficientes no banco de dados

para determinar estatisticamente uma propensão de compra. Já os

experimentadores são clientes que realizam a primeira compra.

Clientes fiéis, por sua vez, são os clientes que estão satisfeitos,

têm atitude favorável em relação à marca, repetem a compra, mas não

concentram a maioria do volume comprando naquela marca específica.

Enquanto que os repetidores são os clientes que concentram a maior parte

das compras do produto ou serviço em determinada marca.

No topo da escala, estão os advogados da marca, que são os

clientes que, além, de repetirem a compra, têm um alto envolvimento

emocional com a marca e indicam o produto ou serviço a outras pessoas ou

empresas. Este aspecto é para McKenna (1991) um dos principais benefícios

do marketing de relacionamento, denominado de efeito boca a boca (word of

mouth): o fenômeno em que os clientes promovem a marca e geram vendas

adicionais por indicação.

Para efeito deste estudo, adotaremos a classificação definida por

Considine (1990), por entendermos que é mais completa. Sua escala é

interessante porque demonstra que, para repetir a experiência de repetição de

compra, é necessário que o cliente seja fiel, isto é, que sua experiência de

marca gere uma atitude positiva para que compre novamente. Repetidas

compras levam o cliente a indicar a marca e até defendê-la , sendo muito

menos suscetível de comprar outra marca ou mudar de fornecedor na compra

pessoal ou empresarial.

35

3.2 - Marketing como função gerencial e como processo social

Para Rocha (1999), o marketing parte do princípio que demanda e

oferta são coisas heterogêneas. A demanda vem de um conjunto de

consumidores com necessidades e desejos diferentes entre si, enquanto que a

oferta é composta por um conjunto de fabricantes, cujos produtos apresentam

semelhanças. A função do marketing é obter uma melhor relação entre a

demanda e a oferta.

Num mundo cada vez mais globalizado, o processo competitivo de

cada empresa, deve procurar buscar uma adequação entre o produto

específico que ele oferece e o grupo alvo de consumidores de seus produtos.

Como o mercado é dinâmico, as empresas devem realizar estes ajustes de

forma permanente, uma vez que toda a empresa está constantemente

ameaçada por perder sua posição, devido aos seguintes fatores:

Ø Mudanças nos ambiente interno e externo;

Ø Mudanças no comportamento dos consumidores;

Ø Mudanças na ação dos concorrentes

As mudanças no ambiente externo podem estar relacionadas a

mudanças na economia, na política, na legislação, na tecnologia disponível,

etc.

Já as mudanças no ambiente interno podem estar relacionadas à

troca do corpo gerencial da empresa, funcionários não comprometidos com a

empresa, dificuldade para implementar mudanças, etc.

O comportamento do cliente também é uma variável importante que

deve ser levada em consideração para o ajustamento entre a oferta e a

36

demanda. As modificações no comportamento do consumidor são,em alguns

casos, o resultado de mudanças ambientais.

As alterações no comportamento dos clientes podem ser de caráter

social, tais como, fatores culturais, classe social e grupos de referência, ou

ainda, de caráter pessoal como, por exemplo, idade, personalidade e situação

econômica.

Um outro fator que merece atenção para o ajustamento entre a

oferta e a demanda é a ação da concorrência. A ação competitiva pode

consistir na entrada de novos concorrentes ou na saída de concorrentes atuais,

no lançamento de produtos, etc.

Observando estes fatores, como o marketing pode ser capaz de

produzir o ajustamento entre a oferta e a demanda?

Pode-se dizer que há duas formas do ajustamento ocorrer:

Ø Oferecendo maior satisfação ao cliente, isto é, diferenciação da oferta

feita pela empresa com relação aos concorrentes;

Ø Oferecendo a mesma satisfação por menor preço, isto é, concorrência

de preços.

A primeira forma é a mais utilizada pelas empresas. Não existe

produto que não possa ser diferenciado. A base da diferenciação pode ser

tangível ou intangível, mas deve ser relevante para o consumidor, ou seja, o

cliente deve perceber o valor agregado ao produto/ serviço para que haja a

diferenciação.

A outra forma está relacionada com a possibilidade de a empresa

oferecer seu produto com um preço menor do que a concorrência. Para isto

ocorrer, é necessário um melhor gerenciamento na política de custos da

empresa.

37

3.3. - Marketing como orientação da administração

Ainda segundo Rocha (1999), quando as relações entre a empresa e

seus consumidores são analisadas, identifica-se três orientações básicas: a

orientação para o produto; para vendas; e para o marketing.

• A orientação para o produto:

Segue a lógica do fabricante e não do consumidor. Esta orientação

não percebe o que consumidor deseja, e sim o que o fabricante tem para

oferecer. A ênfase destas empresas está na qualidade e nos aspectos técnicos

do produto, na melhoria do processo de produção e nos controles. Existe uma

crença nas empresas que seguem esta orientação de que o produto é bom e

se vende sozinho.

Porém, esta crença é de curto prazo, como se pode observar em

algumas empresas e setores. Um exemplo desta orientação foi o da fabricação

de relógios suíços. Durante muitos anos, a Suíça liderava a produção mundial

de relógios e os fabricantes achavam que jamais perderiam o mercado uma

vez que seus produtos eram símbolo de qualidade. O que ocorreu, ao contrário

do esperado, foi uma queda nas exportações e o setor de relógios suíços

entrou em crise. A queda nas exportações ocorreu pela entrada de novos

concorrentes no mercado (Japão e Estados Unidos), com a fabricação de

relógios digitais e analógicos, com preços muito inferiores aos relógios suíços.

• A orientação para vendas:

Enfatiza o uso dos instrumentos promocionais, tais como,

propaganda, promoção, vendas, etc., com o propósito de gerar vendas a curto

prazo para a empresa. Uma empresa com foco nesta orientação, normalmente

tem clientes insatisfeitos a longo prazo. Empresas com este enfoque só

38

resistem ao mercado em condições específicas, tais como, quando o mercado

é vendedor e as empresas ditam aos clientes as condições pelas quais estão

dispostas a vender seus produtos, ou, quando as empresas concorrentes

também adotam esta mesma orientação, de forma que o consumidor não

possua alternativas.

• A orientação para o marketing:

Está relacionada com a necessidade de observar os desejos do

cliente e não as características do produto. Na década de 80, a filosofia do

marketing recebeu uma forte contribuição dos japoneses. As empresas

japonesas estavam despontando como líderes do mercado mundial e

ameaçavam várias empresas, como a Xerox e a General Motors. O segredo

para esta liderança era a atenção máxima aos mínimos detalhes, isto é, o

melhor produto, o melhor atendimento, a melhor assistência técnica e tudo

isso, com o menor preço. Os japoneses haviam percebido que a melhoria

contínua de produtos, a busca da melhor oferta para o cliente e satisfação dos

desejos de seus consumidores eram os passos básicos para o sucesso de

qualquer empresa. Segundo Kotler e Armstrong (1999, p.8) “a administração de

marketing é definida como a análise, planejamento, implementação e controle

dos programas destinados a criar, desenvolver e manter trocas de benefício

com os compradores-alvo, a fim de atingir objetivos organizacionais”.

3.4 – O panorama da telefonia móvel

De acordo com a Teleco , o Brasil é hoje o quinto maior mercado de

telefonia móvel do mundo, com seis grandes operadoras e 106,7 milhões de

celulares. Segundo a ANATEL (2006), o crescimento do mercado nos últimos

cinco anos foi de 162%, com destaque para 2004, em que a base de

39

assinantes se expandiu 141% em relação ao ano anterior. A figura 5 reúne

dados que demonstram, ano a ano o crescimento absoluto do número de

celulares no Brasil desde a privatização em 1998 até 2006.

Evolução da base de celulares

0

20.000.000

40.000.000

60.000.000

80.000.000

100.000.000

120.000.000

2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998

Figura 3 – Evolução da base de Celulares – Brasil: ANATEL

O crescimento no mercado brasileiro é explicado pela alta

densidade, que até Junho/2006, segundo a Anatel, foi de 56,45 celulares para

um grupo de 100 habitantes. Em 2008, a densidade era 63,24, o que

representa um crescimento de 8,06% no ano. Em relação à maio, a densidade

cresceu 1,38% (o índice era de 55,68). Nos últimos 12 meses, o crescimento

foi de 16,64%. A teledensidade é o indicador utilizado internacionalmente para

demonstrar o número de telefones em serviço em cada grupo de 100

habitantes.

Os outros fatores foram o acirramento na competição entre as

operadoras, lançamento de novos aparelhos, convergência entre serviços e

tecnologias e a concorrência entre os varejistas (canal de vendas).

Além disso, a população brasileira praticamente parou de adquirir

novas linhas telefônicas fixas, porém continua interessada em aparelhos

celulares. Em 2006, foram instaladas apenas 700 mil novas linhas de telefones

fixos, enquanto o número de novos telefones móveis atingiu 13 milhões. Com

40

isso, os celulares já respondem pelo equivalente a quase o dobro do estoque

de telefones fixos. O gráfico abaixo releva o crescimento da telefonia móvel em

relação à fixa no período de 2000 a 2006. Com destaque para o ano de 2004,

no qual o número de acessos móveis ultrapassou os acessos fixos.

Evolução dos acessos móveis e fixos no Brasil (milhões)

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000

Móveis

Fixos

Figura 4 – Evolução dos acessos móveis e fixos no Brasil

Fonte: Realizado pelo autor, com base nos dados da ANATEL – Dezembro de 2006

Após o processo de privatização em 1998, de acordo com a

ANATEL (2005) as operadoras ficaram divididas em três grupos:

Ø Concessionárias (Banda A) – são as “ex-estatais”, vendidas com a infra-

estrutura e com a carteira de clientes e que tiveram como vantagem o fluxo de

caixa superavitário e a infra-estrutura em funcionamento.

Ø Autorizatárias (Banda B) – são as novas empresas, criadas para serem

os concorrentes da banda A. Além da aquisição das licenças, foram obrigadas

a investir na construção da rede de comunicações para telefonia, e realizar

investimentos em comunicação de marketing para atração de clientes.

Ø Autorizatárias (Bandas C, D e E) – corresponde ao serviço oferecido

com tecnologia mais avançada (geração 2), banda larga (alta velocidade), com

41

a possibilidade de realizar ligações de longa distância, facultando ao cliente a

escolha da operadora.

Atualmente existem oito grupos de operadoras de celular que são:

Vivo, Tim , Claro, Oi , Amazônia Celular , Brasil Telecom, CTBC e Sercomtel.

Abaixo segue tabela onde mostra a posição de cada operadora, o grupo

controlador, a quantidade de celulares e a participação de mercado.

Posição Operadora Controlador

Celulares** Market

Share* (Milhares)

Vivo

Telefonica

30.240 28,35%

Portugal

Telecom

2ª Tim Telecom Italia 27.493 25,78%

3ª Claro América Móvil 26.252 24,61%

4ª Oi Telemar 13.634 12,78%

Amazônia

Telemig

Cel.

Citi, Fundos

4.837 4,53% Opportunity

6ª BrT GSM Brasil Telecom 3.768 3,53%

7ª CTBC CTBC 346 0,32%

Sercomtel

Prefeitura

Londrina 92

0,09% Copel

Tabela 1- Operadoras de celular no Brasil

Fonte: Teleco (2008)

42

Com exceção dos estados de São Paulo, Piauí, Ceará, Rio Grande

do Norte, Paraíba, Alagoas e Pernambuco onde existem três operadoras. Nos

demais estados do país há a concorrência entre quatro operadoras. Os

movimentos de mercado apontam para a criação de planos agressivos,

convergência com as empresas de telefonia fixa e uma tendência para a

atração de clientes com maior potencial de retorno. As empresas têm sofrido

uma queda no ARPU (receita média por assinante) desde 2000, que caiu de

R$ 56,00 em 2000, para R$ 29,00 em 2008. Este fato está relacionado

principalmente ao crescimento da porcentagem de celulares pré-pagos, o custo

de aquisição de clientes e ao subsídio dado pelas operadoras à compra de

aparelhos celulares.

Os serviços de voz são responsáveis pela grande fatia da receita

das operadoras, enquanto que uma pequena parcela que corresponde de 4 a

7%, segundo CÉSAR (2006), provém dos serviços de dados. Esse panorama

está em mudança, uma vez que as operadoras estão apostando nos mercados

corporativos e jovem, que estão propensos a absorverem novas tecnologias e

novos serviços com mais rapidez. Há também a intensificação da comunicação

de marketing dos serviços de valor agregado (VAS, ou Value Added Services),

tais como o SMS, MMS, e vídeo on demand, demonstrando o interesse das

operadoras em aumentar o consumo de dados dos assinantes.

Segundo a Teleco (2006), o mercado deve continuar aquecido em

função da perspectiva de crescimento da economia brasileira e recuperação de

renda, da venda de planos e aparelhos celulares alavancados pelas promoções

em datas comemorativas, das novidades tecnológicas e da troca de aparelhos.

A médio e longo prazo, o crescimento reside na expectativa dos usuários com

relação à implementação e expansão da terceira geração de telefonia celular,

além na criação de novos serviços.

Para se entender a telefonia móvel celular e o móbile marketing é

necessário apresentar alguns conceitos sobre as tecnologias de telefonia

móvel e a sua evolução. Em telefonia móvel celular se utiliza uma

nomenclatura de gerações para definir as tecnologias e a sua evolução.

43

De acordo com Steinbock (2005), o celular tem os seus primórdios

ligados ao rádio, à guerra e aos serviços de emergência nos Estados Unidos.

Primeiramente foi utilizado sob a forma de “telégrafo sem fio” entre navios e

portos, depois já utilizando a tecnologia de Amplitude Modulation – AM foi

usado pela polícia dos Estados Unidos para combater os gangsters durante a

lei seca. Em 1930, Edwin Armstrong desenvolve o sistema multibandas de FM

(Frequency Modulation), que foi fator chave para a vitória dos aliados na

Segunda Guerra Mundial. Depois do uso militar, a tecnologia foi estendida aos

mercados industriais.

Apenas na década de 90 os celulares chegaram aos mercados de

massa impulsionados principalmente pelo barateamento desta tecnologia. A

primeira geração ou o 1G, é baseada na tecnologia AMPS – Advanced Mobile

Phone System, composta por telefones analógicos que funcionam utilizando o

múltiplo acesso por divisão de freqüência. Ela foi introduzida em 1983, nos

EUA, e no Brasil, em 1990.

A 2G, ou segunda geração, é caracterizada pela digitalização do

sistema de telefonia móvel. Com a evolução das tecnologias e surgiram os dois

sistemas vigentes, o americano CDMA e o europeu TDMA, que mais tarde foi

atualizado para o GSM. Abaixo, utilizando os conceitos de Steinbock (2005)

estão as caracterizações das principais tecnologias:

Ø CDMA – A sigla é advinda do inglês “Code Division Mutiple Acess”, que

quer dizer “Acesso Múltiplo por Divisão de Código”, ou seja, ele funciona

transformando a voz ou dados transmitidos pelo usuário de seu celular em um

sinal de rádio codificado, que é recebido pelas antenas e transformado

novamente para o receptor.

Ø TDMA – Em inglês significa “Time Division Multiple Access”, que quer

dizer "Acesso Múltiplo por Divisão de Tempo", que funciona dividindo um canal

de freqüência em intervalos de tempo distintos. Assim cada pessoa ocupa um

44

espaço de tempo específico na transmissão, o que impede problemas de

interferência.

Ø GSM – A sigla GSM vem do inglês “Global System for Mobile

Communications” (ou Global Standard Mobile), que quer dizer "Sistema Global

para Comunicações Móveis". Também é baseado, assim como o TDMA, na

divisão de tempo, sendo considerada a evolução daquele sistema.

A 2,5G é uma geração intermediária que, segundo Steinbock (2005),

surgiu a partir da demanda de conteúdo pelos assinantes e é marcada pela

atualização sucessiva das tecnologias vigentes. A sua principal característica é

a introdução dos sistemas de dados por pacotes, sem necessidade de uma

conexão permanente, que resultou no barateamento do acesso ao conteúdo.

No GSM é introduzida a tecnologia de dados denominada GPRS (General

Package Radio Service) e posteriormente, a EDGE (Enhanced Data Rates for

Global Evolution), aumentando a largura da banda e capacidade de

transmissão de dados. No CDMA houve o upgrade para o sistema CDMA 2000

1X.

A terceira geração ou 3G é caracterizada pelas altas taxas de

transmissão de dados, que chegam a 2 Mbps, prontas para suportar o

streaming de vídeos, acesso mais rápidos a conteúdo e com capacidade de

suportar voz sobre o protocolo IP (Internet Protocol). Essa fase é marcada pela

atualização do parque tecnológico, sendo necessário a troca de equipamentos

e a atualização de sistema. O GSM, na 3G, é chamado de WCDMA (Wideband

Code Division Mutiple Access) e no CDMA é o que chamamos de CDMA 1xEV-

DO (Data Only).

45

CONCLUSÃO

Ao longo dos três capítulos de estudo, conseguimos clarificar e

atingir o objetivo proposto que vimos no início do trabalho. Analisamos e

descobrimos, no primeiro capítulo, o que é o é o mobile marketing , sua

concepção e sua aplicação. No segundo capítulo do estudo, foi focado no

marketing de relacionamento. O estudo definiu e ressaltou a importância do

marketing de relacionamento. E por fim, no terceiro e último capítulo do estudo,

foi analisado o perfil e as tendências dos clientes atuais. Estudando os tipos de

clientes dando um panorama da telefonia móvel.

A escolha do tema para a realização deste trabalho foi baseada, por

um lado, na importância atual, acadêmica e empresarial dos estudos sobre

mobile marketing; por outro lado, a significativa participação do setor de

telefonia móvel no cotidiano de boa parte dos consumidores brasileiros.

A justificativa primordial deste estudo é a contribuição que ele

poderá trazer ao mercado de telefonia móvel, tanto para as empresas como

para os consumidores, na medida em que buscará identificar os atributos e

características do mobile marketing como ferramenta de decisão e relação com

o mercado consumidor.

Realizando a pesquisa, pode-se observar que este é um segmento

ainda muito inexplorado do marketing, com um potencial enorme e que se bem

trabalho poderá gerar grandes lucros e oportunidades para o investidor.

O mercado de telefonia móvel está em constante crescimento,

mesmo apesar da crise. O crescimento reside na expectativa dos usuários

com relação a implementação e expansão da terceira geração da telefonia

46

celular e os fanáticos por tecnologia começam a comentar o que já é relalidade

no outro lado do mundo, a quarta geração.

Ainda que este trabalho tenha como motivação principal as

demandas de mercado, não se pode esquecer de sua relevância para o meio

acadêmico, visto o ineditismo do tema e a carência acadêmica sobre estudos

nesta área.

E quanto ao aspecto pessoal, o estudo se justifica pela vivência e a

experiência adquirida pelo pesquisador ao longo de seus trabalhos no setor de

telefonia móvel, assim como suas angústias e interrogações acerca da

subutilização das potencialidades do canal de telefonia móvel como mídia de

marketing.

47

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52

ANEXOS

ANEXO I – CASE FIAT LÍNEA

Bluetooth Salão do Automóvel – 05/11/2008

Durante o Salão do Automóvel, realizado entre os dias 30/10 e

02/11, foi disponibilizado no stand da Fiat um ponto de Bluetooth para

distribuição de wallpaper do carro em lançamento, Fiat Linea.

Utilizando o marketing de proximidade, a Fiat ofereceu interatividade

aos visitantes da feira e conseguiram de retorno aproximadamente 400

interações durante o período da ação.

As pessoas que passaram pelo stand e fizeram o download do

wallpaper levaram uma lembrança da marca no bolso.

ANEXO II - CASE NOKIA – RENAULT CRIAM JOGO PARA O

SALAO DO AUTOMOVEL

Data: 27/10/2008

53

Na edição do ano passado do Salão do Automóvel a Nokia e a

Renault resolveram lançar o “Desafio Nokia”, um mobile game exclusivo para

N95 8Gb inspirado em jogos de corrida. A ação tinha como objetivo apresentar

o carro Renault Sandero, o Car Kit Bluetooth (CK 300) da Nokia e o, até então,

novo aparelho N95 8Gb. Por causa disso, o jogo demonstrava diversos

recursos oferecidos pelo aparelho.

O cenário do jogo era inspirado na cidade do Rio de Janeiro e o

jogador dirigia um Renault Sandero. Ele era desafiado a completar diversas

tarefas, como dar carona a um amigo, ir a uma festa, ou ir ao teatro com a

namorada, tudo dentro de um tempo limite.

ANEXO III – CASE PROMOÇÃO SMS PONTO FRIO

Data: 05/02/2009

O Ponto Frio está realizando o seu segundo Tecnoshow, o evento

que reúne em suas unidades promotores de diversas marcas do setor para

divulgar e oferecer seus mais recentes lançamentos para experimentação.

Nesta edição, o Ponto Frio está utilizando o celular para atrair

público para o evento. A rede de varejo está oferecendo cupons com descontos

e/ou condições especiais de pagamento como resposta ao envio de SMS com

a palavra TECNOSHOW para o shortcode 50090.

No ar desde ontem, a promoção rola até o próximo dia 13 e conta

com a participação de todas as operadoras! Para divulgar a campanha, o Ponto

Frio conta com um filme de 30 segundos em horário nobre da Globo (cobertura

54

nacional), prints nos maiores jornais do Brasil, e ações menores em impressos

e rádios de cobertura regionais.

ANEXO IV – CASE AUDI Q5 BLUETOOTH MARKETING

Data: 04/06/09

Na semana passada a Audi realizou um evento numa base militar

em Campinas, SP, para o lançamento do Audi Q5. Durante o evento,

jornalistas e convidados VIP puderam fazer um test-drive do veiculo em

diferentes situações.

Quem esteve presente foi convidado a ativar o bluetooth de seu

celular para receber conteúdos exclusivos da marca. Além de um totem touch

screen, que exibia vídeos da Audi, uma promotora estava devidamente

treinada para ajudar qualquer pessoa que tivesse problema para receber o

conteúdo.

Ao todo eram 4 conteúdos enviados: revista mobile, mobile video,

wallpaper e ringtone. A revista é muito bem feita, tanto em relação ao layout,

quanto ao conteúdo. Vale ressaltar o “peso” do arquivo da revista mobile, 500k.

Em outros casos isso talvez fosse um grande complicador para a

distribuição do aplicativo, mas não para a Audi, já que a empresa pretende se

comunicar com um público-alvo de classe A/AA que, provavelmente, possui

aparelhos high-end (que contam com boa memória). Isso sem contar que a sua

distribuição foi feita via bluetooth, ou seja, o usuário não paga pelos dados

trafegados.

55

Segundo Olivier de Coop, sócio-fundador da Pocket Mídia, empresa

responsável pela ação,”esse é apenas o começo de um grande projeto mobile

da Audi no Brasil”.

ANEXO V – CASE “FABRICA DA FELICIDADE COCA COLA”

Data: 04/11/2008

O Case da Fábrica da Felicidade da Coca-cola, que aconteceu no

primeiro semestre deste ano, foi publicado (com resultados) no site da MMA.

Além do bluetooth no Morumbi Shopping, existiam games na web.

Os usuários podiam jogar esses games, acumular pontos e resgatar

conteúdos mobile da Coca (ringtones, wallpapers e temas). Para baixar os

conteúdos os usuários recebiam mensagens WAP push.

Resultados:

Hot site:

Do total dos conteúdos baixados:

- 45% foram temas

- 29% foram ringtones

- 26% foram wallpapers

Morumbi Shopping:

- Das pessoas que tiraram fotos, 70% receberam o WAP push.

- A taxa de conversão na ação de bluetooth foi de 59%.

56

Curioso para saber por que só foram divulgados números relativos e

para saber quais eram os números absolutos, entrei em contato com a OKTO e

fui informado que a Coca-Cola não autoriza a divulgação dos números

absolutos de suas campanhas.

ANEXO VI – CASE O PILOTO DA VEZ DE JOHNIE WALKER

Data: 27/10/2006

Com a intenção de se aproximar de seus clientes, a Johnnie Walker,

patrocinadora oficial da equipe McLaren Mercedes de Fórmula 1, lançou a

promoção ” O piloto da vez”. A promoção que tem intenção de mostrar que

bebida e direção não combinam, é feita através do celular.

Basta enviar um SMS, com a frase “O PILOTO DA VEZ” junto com

sua data de nascimento para o shorcode 27390. Como resposta um quiz é

direcionado para o celular com perguntas do tipo, “Ser piloto da vez é?”. Ao

final do questionário, o participante deve criar uma frase sobre o tema usando a

palavra “responsabilidade”.

Os autores das 20 melhores respostas irão para São Paulo, com um

acompanhante, além de assistir a competição no camarote da Johnnie Walker,

com todas as despesas de deslocamento e hospedagem pagas pela empresa.

A campanha é disponibilizada nas operadoras Vivo, Tim e Claro.

57

ÍNDICE

INTRODUÇÃO...............................................................................................8

CAPÍTULO I

MOBILE MARKETING: CONCEPÇÃO E APLICAÇÃO............................ 10

1.1 Comunicação de Dados .............................................................................................. 10 1.2 O Mobile marketing .......................................................................................................11 1.3 O SMS como ferramenta de comunicação ...................................................................17 1.4 Marketing de permissão................................................................................................ 20

CAPÍTULO II

MARKETING DE RELACIONAMENTO .................................................... 23

2.1 Definição e Importância do Marketing de Relacionamento ......................................... 23

CAPÍTULO III

PERFIL E TENDÊNCIA DOS CLIENTES ATUAIS................................... 32

3.1 Tipos de Clientes ......................................................................................................... 32

3.2 Marketing como função gerencial e como processo social ......................................... 35

3.3 Marketing como orientação da administração ............................................................. 37

3.4 O Panorama da Telefonia Móvel ................................................................................. 38

CONCLUSÃO......................................................................................... 45

BIBLIOGRAFIA....................................................................................... 47

ANEXOS ................................................................................................. 52

ÍNDICE .................................................................................................. 57