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UNIVERCIDADE CÂNDIDO MENDES INSTITUTO “A VEZ DO MESTRE” PÓS GRADUAÇÃO
CURSO DE DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO
Elaborado por:
Sônia Cristina Vaz Duarte
Assédio Moral no Trabalho
Rio de Janeiro
2010
SÔNIA CRISTINA VAZ DUARTE
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ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO
Monografia apresentada no Cruso de Direito e Processo do Trabalho da Universidade Cândido Mendes, como requisito à obtenção do título de Pós-Graduado em Direito e Processo do Trabalho.
Orientador: Prof.: José Roberto
Rio de Janeiro, 2010
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AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar quero
agradecer a Deus pela presença
constante e minha vida , pelo
cuidado de ter me conduzido até
aqui, pois sem Ele nada teria se
realizado.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..............................................................................................13
CAPÍTULO I – Um Breve Histórico Sobre Assédio Moral: Conceito, Natureza
Jurídica, Características e Condutas do Assédio Moral, Conseqüências do
Assédio Moral, Nexo causal........................................................................ .15
CAPÍTULO II – O Assédio Moral no Direito Brasileiro : Projetos de Lei em
Tramitação.....................................................................................................24
CAPÍTULO III – Legislação Estrangeira : França, Portugal, Espanha, Chile,
Colômbia, Suécia, Grã-Bretanha, Bélgica e Noruega...................................28
CAPÍTULO IV – Prevenção Contra o Assédio Moral.....................................36
CAPÍTULO V – Jurisprudência.......................................................................39
CONCLUSÃO.................................................................................................42
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.....................................................................44
WEBGRAFIA..................................................................................................45
FOLHA DE AVALIAÇÃO................................................................................46
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APRESENTAÇÃO DO TEMA
Com a evolução do mercado de trabalho e das condições de trabalho,
a busca de redução de custos nas empresas e a crescente pressão pelo
cumprimento de metas por produtividade ou pela venda de produtos, melhores
níveis de qualidade, começaram a ser ajuizadas, nos Fóruns Trabalhistas
pátrios, ações alegando a existência do denominado Assédio Moral, que
também é conhecido como coação moral, pressão psicológica.
O Assédio Moral é debatido e comentado em vários países, como
Portugal (Terror Psicológico), França ( Harcèlement Moral), Inglaterra (Bullying
ou Stalking), Itália (Mobbing), EUA (Harassment), Japão (Yime ou
Murahachibu), Espanha (Acasoo Moral), dentre outros.
Já nos nossos Tribunais pátrios, tal assunto é relativamente novo, pois
ainda não há legislação específica acerca do tema.
O Assédio Moral, é suscetível de reparação de dano moral, uma vez que
atinge diretamente a honra e a dignidade do trabalhador, que na maioria dos
casos, corre o risco de ter comprometida a sua saúde física e moral, e também
a sua imagem diante do mercado de trabalho, e a convivência social e familiar,
que na maioria dos casos é causada pelo empregador e seu preposto, fazendo
assim, com que o indivíduo venha romper o contrato de trabalho.
Vale ressaltar, que o Assédio Moral vem crescendo de tal forma, que
seus efeitos tem sido danosos a vida da vítima (trabalhador), que tem a sua
saúde física , emocional e moral, comprometida diante de tal fato.
Contudo, decisões vêm sendo tomada contra esse tipo de conduta, onde
vem se manifestando de várias formas, e causando discussões em todos os
âmbitos , como : social , médico e psicológico.
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JUSTIFICATIVA DO ESTUDO
A Justificativa para o estudo aprofundado do tema, está na própria
realidade socioeconômica e jurídica, que reforça a necessidade de garantir o
direito de resposta do trabalhador contra os abusos do empregador.
Observar a importância de combater o Assédio Moral no ambiente de
trabalho, uma vez , que compromete a saúde física, emocional e moral do
indivíduo , que tal ato se torna lesivo.
Para que o Assédio Moral não tenha repercussão no ambiente de
trabalho, o empregador tem que ter a consciência de manter uma relação
harmônica, que proporcionará o local de trabalho em um ambiente sadio, o
qual contribuirá no desenvolvimento laboral, gerando bem-estar para ambas as
partes.
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OBJETIVO DO ESTUDO
Objetivo Geral – Este trabalho tem por objetivo de combater o Assédio Moral e
buscar um relacionamento harmonioso entre empregado e empregador.
Objetivo Específico – Esclarecer as conseqüências que o Assédio pode
proporcionar na vida do empregado, e que sua prevenção proporcionará um
ambiente de trabalho harmônico e sadio.
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QUESTÃO PROBLEMA
De que forma o empregador pode evitar que o Assédio ocorra na relação
de emprego ?
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HIPÓTESE DO ESTUDO
Para que não tenha repercussão no ambiente de trabalho, o empregador
tem que ter a consciência de manter uma relação harmônica, que
proporcionará um convívio sadio, o qual, ajudará no desenvolvimento
econômico e social, gerando, assim, bem-estar tanto para o empregador
quanto para o empregado.
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METODOLOGIA DO ESTUDO
O método utilizado para estudo, será de cunho bibliográfico. Onde será
utilizados livros de autores que dominam sobre o assunto em questão assim
como artigos, dentre outras fontes literárias que abordem sobre o tema
enfocado.
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REFERENCIAL TEÓRICO DO ESTUDO
Assim, o Autor João Luís Vieira Teixeira (2009), da referida matéria
abordada, se faz saber que a proteção dos trabalhadores de uma forma geral
contra o Assédio Moral, visa a defesa da própria dignidade do ser humano.
Sabemos que a matéria sobre o assédio moral vem se repercutindo no
meio jurídico, e crescendo com a evolução do mercado de trabalho e das
condições de trabalho, a constante busca pela redução dos custos nas
empresas.
A prevenção contra o Assédio, não é simples. O departamento de
Recursos Humanos, que tiver um bom chefe ou diretor , que tenha bom senso,
é um grande e principal começo, para se manter um equilíbrio entre ambas as
partes, ou seja, empregado e empregador.
É preciso investir também em palestras explicativas, orientações para
agir com ética, respeito, educação, e principalmente abordar de forma clara os
danos causados por tal procedimento, evitando, assim a demanda em nossos
Tribunais.
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CRONOGRAMA DA PESQUISA
ETAPAS MARÇO MAIO Levantamento bibliográfico e coleta de dados 10 a 20 Análise dos dados 11 a 20 Introdução 21 a 26 Embasamento teórico 26 a 30 Metodologia da pesquisa 30 Cronograma da pesquisa e estruturação provisória do artigo científico
30
Pré-texto e pós-texto 2 a 10 Revisão 2 a 10 Entrega do Projeto de Pesquisa 19
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INTRODUÇÃO
A sociedade vem sofrendo mudanças constantes no âmbito social,
e como seu todo o meio jurídico-trabalhista.
O Assédio Moral, é um assunto relativamente recente em nossos
tribunais, e vem se aclarando a cada dia.
Atualmente, tem ocorrido várias discussão sobre o tema, uma vez que
vem causando controvérsias na Justiça do Trabalho, devido a muitos
conceitos, teses e idéias, conflitantes sobre o tema.
Com a evolução do mercado de trabalho, as empresas vêm buscando
redução dos custos, obrigatoriedade de produtividade, aflorando o lado
negativo, pois tal pressão acaba gerando aumento da demanda nos fóruns
trabalhistas, em decorrência de coação sofrida pelo empregado.
Na realidade, há indícios que o assédio existe desde os tempos mais
remotos da humanidade. Contudo, os pesquisadores descobriram os malefícios
que vem causando nas vítimas, e passaram a estudar mais minuciosamente.
Tal tema é escasso de literatura jurídica, que ainda não possui disciplina legal
no Brasil.
Vale ressaltar, que as relações de trabalho, vem passando por uma
constante insegurança. Como por exemplo pode-se evitar a insegurança
jurídica com a flexibilização da legislação trabalhista; a insegurança no
mercado de trabalho, diante dos altos índices de desemprego, a insegurança
no emprego pela falta de estabilidade em virtude da situação econômica do
país.
Dentro do ambiente de trabalho, tais fatores vêm gerando
conseqüências ao trabalhador, que fica com sua saúde física e mental
desestabilizada, sendo que em alguns casos são irreversíveis. Dados
fornecidos pelo próprio governo, constatam o aumento nos pedidos
e concessões de benefícios previdenciários.
A dignidade da pessoa humana, vem expressamente garantida em
nossa Carta Magna, em seu artigo 1º, inciso III, como forma de se preservar tal
14direito. O Trabalho é concedido como direito social na ordem constitucional,
e na CLT, além de outros direitos são garantidos um ambiente de trabalho
saudável e a incolumidade física e mental dos trabalhadores em diversos
dispositivos.
Evidente que o assédio moral viola descabidamente a dignidade humana
do trabalhador, o qual, se sente despido de sua honra, seu respeito, sem
mencionar os inúmeros danos a saúde. No entanto, ainda não existe em nosso
ordenamento jurídico trabalhista nenhuma lei que tenha por objetivo impedir
a prática do assédio moral pelos empregadores, que estes permitem que
superiores hierárquicos o façam.
Em alguns estados e municípios, existem iniciativas legislativas isolada,
visando a proteção dos servidores públicos contra a tortura psicológica
provocada pelo fenômeno, além de um questionável projeto de lei cujo alvo
é inserir no Código Penal o crime de assédio moral.
De acordo com Hádassa (2010, p.15),
por ser o Brasil um Estado Democrático de Direito, é inconcebível que o Direito permita a existência de condições de trabalho desumanas e degradantes, as quais não respeitam a dignidade da pessoa humana, violando um dos mais elementares princípios do Estado brasileiro e dos Direitos Humanos.
Há uma necessidade urgente quanto a discussão do tema para que
sejam criadas medidas jurídicas eficazes que coíbam a prática do assédio
moral.
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CAPÍTULO I
UM BREVE HISTÓRICO SOBRE ASSÉDIO MORAL
Intensificou-se , o estudo do assédio moral como forma de violência e
sofrimento no trabalho, somente nas últimas décadas, através de pesquisas
realizadas na área de Psicologia, desenvolvidas na Europa, em especial na
França e nos países escandinavos, com diretiva voltada para o mundo do
trabalho.
Vários tipos de pesquisas foram feitos, iniciando-se no ramo da Biologia
com o estudo do etólogo Konrad Lorenz. Pelo Médico sueco Peter-Paul
Heinemann, na década de 60, analisava o comportamento de crianças
reunidas em grupo, no ambiente escolar.
Na década de 80, o psicólogo alemão Heinz Leymann, descobriu o
mesmo comportamento analisado nas pesquisas anteriores no ambiente de
trabalho. Explana o psicólogo, que a violência física raramente é usada no
processo de assédio moral no ambiente de trabalho.
A partir de tais pesquisas no ramo da psicologia, o assédio moral passou
a chamar a atenção em outras áreas da ciência, dentre eles o Direito.
As pesquisas tiveram seu ponto de partida na área humana, era
necessário também a contribuição do Direito, como forma de conhecer os
principais focos originadores do problema, bem como os meios de coibi-los e
de solucioná-los.
O tema foi ganhando proporções internacionais, que em alguns países,
como : França, Suíça, Noruega, Austrália, Itália e demais Estados, passaram a
produzir leis visando coibir o assédio moral nas relações de trabalho.
Hoje, no Brasil vem se discutindo a respeito do caso, impulsionado
decisões nos Tribunais Regionais do Trabalho. No setor público, legislações
municipais e estaduais, já em vigor , tratam do referido assunto, regulando as
relações entre funcionários públicos. Alguns projetos de lei tramitam no
Congresso Nacional, e o objetivo de incluir na CLT, dispositivos específicos
sobre o assédio moral.
16 Com a apresentação da dissertação de Mestrado da Dra. Margarida
Barreto, médica do trabalho, defendida em 2000 e publicada pelo
Departamento de Psicologia Social da Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo (PUC – SP), assim, retrata o Autor Hádassa Dolores Banilha Ferreira,
2010), que o assédio passou a ter maior divulgação nacional. Tal trabalho
realizado, causou discussões e chamou a atenção de parlamentares e
Sindicatos Categorias, os quais, manifestam um maior entendimento sobre o
assunto em questão.
A área jurídica tem manifestado maior interesse no tema, tanto por parte
jurisprudencial, quanto pela doutrina, que tem se esforçado para delimitar
então o que é ou não assédio moral, para aplicação do caso concreto.
Devido à repercussão do estudo sobre o tema abordado, acaba se
tornando alvo de estudo de outros tipos diferentes dos ramos conhecimento.
São evidentes que os mais interessados pela matéria em questão, são as
empresas e os trabalhadores.
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1.1. Conceito de Assédio Moral
De acordo com Hádassa (2010, p. 42)
Em síntese, o assédio moral é o processo de exposição repetitiva e prolongada do trabalhador a condições humilhantes e degradantes e a um tratamento hostil no ambiente de trabalho, debilitando sua saúde física e mental. Trata-se de uma guerra de nervo, a qual conduz a vítima ao chamado “assassinato psíquico”.
Há uma dificuldade de estabelecer um conceito sobre o assédio moral,
pois afeita as relações de trabalho de âmbito geral, pois existe diferenças nos
aspectos culturais e regionais, que variam de lugar para lugar, gerando assim,
várias definições sobre o assunto em tela.
Segundo a definição de Heinz Leymann encontrada no livro de Hádassa
(2010, p.42)
...o assédio moral consiste em uma psicologia do terror, ou
simplesmente, psicoterror , como ele mesmo denomina. O
psicoterror é manifestado no ambiente de trabalho por uma
comunicação hostil e sem ética direcionada a um indivíduo ou mais.
A vítima, como forma de defesa, reprime-se, desenvolvendo um
perfil que somente facilita ao agressor a prática de outras formas de
assédio moral.
A definição do psicólogo , Heinz Leymann, demonstra que freqüente
tratamento com relação aos empregados, acaba resultando em sofrimento
mental psicossomático e social.
Seguindo este mesmo raciocínio, Marie-France Hirigoyen, conceitua o
assédio da seguinte forma:
“Por assédio moral em um local de trabalho temos que entender
toda e qualquer conduta abusiva manifestando-se, sobretudo, por
comportamentos, palavras, gestos, escritos, que possam trazer dano
à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica de
18uma pessoa, pôr em perigo seu emprego ou degradar o ambiente
de trabalho”.
Deve ser destacado em primeiro plano, que para ser identificado o
assédio moral, nas relações de trabalho, deverá ser necessária a violação da
dignidade do trabalhador por conduta abusivas que se desenvolve dentro do
meio profissional.
Os tribunais brasileiros, desde o ano 2000 (dois mil), vêm reconhecendo
a figura do assédio e coibindo por meio indenizatório, as condutas abusivas do
empregador.
Em uma de suas decisões , neste sentido o TRT da 17ª Região
reconheceu a prática de assédio moral por uma empresa, denominando-o
“contrato de inação”. No caso julgado, a ponto de deixá-lo (empregado) sem
local e nem material para desenvolver suas atividades, não lhe delegando
qualquer tarefa. A Relatora definiu no acórdão, o que aquele tribunal entende
por assédio moral:
“O ato praticado pelo chefe da empresa tem nome:chama-se
assédio moral, o qual, segundo especialistas, é materializado pela
tortura psicológica, destinada a golpear a auto-estima do
empregado, visando apressar sua dispensa ou forçar a sua
demissão. Em geral, o método segue o seguinte ritual: sobrecarregar
o empregado de tarefas inúteis, sonegar-lhe informações e fingir que
não o vê. Em pouco tempo há a sua capitulação.”
(Relatora Juíza Sônia das Dores Dionísio, 2002)
Juridicamente, destaca-se que o assédio moral é um fenômeno que
compreende um complexo processo no ambiente de trabalho que aos poucos
debilita a saúde física e mental do trabalhador. São de fato ataques repetitivos
que se prolongam no tempo, premiados por humilhações verbais e
psicológicas, isolamento, falta de comunicação ou comunicação hostil, além de
outros artifícios psicológicos que atingem a dignidade do trabalhador,
produzindo como conseqüência um sofrimento ao trabalhador que se reflete na
perda de sua saúde física e psicológica.
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1.2. Natureza Jurídica
Assim, Sônia A.C. Mascaro Nascimento (trabalho elaborado em 2004),
diz ser de suma importância a verificação da natureza jurídica do assédio e
relata que o mesmo pode se inserir no âmbito do gênero “dano moral”ou
mesmo do gênero da “discriminação”.
A Diretiva 76/207/CEE da União Européia, estabelece o segundo critério
de classificação ao assumir, em seu artigo 2º. Item 3, o seguinte: “O assédio e
o assédio sexual, na concepção da presente diretiva são considerados
discriminação em razão do sexo e são portanto, proibidos”.
De fato o próprio conceito do assédio moral dispõe que a finalidade
maior de tais condutas, é a exclusão da pessoa do ambiente de trabalho, e
expõe a vítima a situações de desigualdade propositadamente e, o que é mais
importante, sem motivo legítimo. Assim também ocorre no assédio sexual, em
que o assediador elege uma “vitima” para constranger, tratando-a
diferentemente dos demais.
Se faz referência também com relação as gestantes, que sofrem
restrições em sua atividades laborais pesadas, tendo em vista, que não são
consideradas discriminações em si, pois justificam-se pela própria
desigualdade de condições.
Nesse sentido, assim dispõe a Convenção da OIT: “As medidas especiais de
proteção ou de assistência previstas em outras convenções ou recomendações
adotadas pela Conferencia Internacional do Trabalho, não são consideradas
como discriminação (artigo 5º, inciso I).”
A Diretiva 76/207/CEE da União Européia, também dispõe em seus
artigos 2º e 6° situações que não devem ser consideradas discriminatórias:
“Distinções objetivamente justificáveis na condição de o objetivo ser legítimo, e
o requisito proporcional adotado, os meios adequados e necessários não são
consideradas como discriminação.”
Por outro lado, poder-se-ia classificar o assédio como espécie de gênero
“dano moral”, caracterizando esse como resultado de uma conduta que viole os
direitos da personalidade de um indivíduo.
20Na realidade o dano moral não reflete a mesma natureza jurídica do
assédio, mas sim o seu resultado, ou seja, a prática do assédio, moral ou
sexual, resultará numa obrigação de reparar um dano moral causado por um
ato discriminatório violador de um direito personalíssimo.
1.3. Características e Condutas do Assédio Moral
Se evidencia o Assédio através de condutas abusivas e agressivas.
Verifica-se que o abuso de poder é o originado do assédio moral. O
empregador não age diretamente como o assediador, ele delega funções aos
empregados para que seus interesses sejam atendidos, permitindo que tal
fenômeno ocorra. Nestes casos é que se observa as características da conduta
abusiva e do próprio agente assediador.
1.4. Conseqüências do Assédio Moral
De acordo com Hádassa (2010, p.71):
“As conseqüências geradas pelo assédio moral não atingem apenas
a vítima desse processo de violência. Os danos na sociedade têm
sido tão graves a ponto de o terror psicológico ter-se transformado
numa doença social.
Via de regra o trabalhador é a vítima direto do processo de terror
psicológico. Que para vítima tem gerado conseqüências econômicas bastante
preocupante, que acaba saindo da empresa, num estado de saúde tão
debilitado, que não vê perspectiva de uma nova oportunidade no mercado de
trabalho, agravando assim, o seu estado de saúde, pela preocupação com a
mantença e sobrevivência sua e de sua família.
Vale ressaltar, que o próprio empregador sofre as conseqüências, uma
vez que há queda na produtividade e o aumento da demanda trabalhista, onde
os empregados vãos pleitear seus direitos.
21 A produtividade é afetada com o assédio moral, que pode gerar dois
fenômenos. O primeiro trata-se da condição do trabalhador estar fisicamente
presente no ambiente de trabalho, porém sem produção. Já no segundo,
traduz-se na ausência dos trabalhadores licenciados para tratamento médico
ou pela Previdência Social através de auxílio doença ou aposentadoria por
invalidez. Em ambos os casos os empregados estão vinculados a empresa,
fazendo parte do quadro de funcionários mais sem produtividade.
O Ministério Público do Trabalho, vem atuando de forma rigorosa na
fiscalização das empresas , em todos os aspectos, para que se tenha um
ambiente de trabalho sadio, inclusive no que diz respeito a parte psicológica do
empregado.
Todavia, ás conseqüências econômicas do assédio, também atinge a
sociedade de uma forma geral. A persistência do terror psicológico, aumentará
o número de pessoas com problemas de saúde, que terá que gozar dos
benefícios previdenciários temporários, ou até mesmo permanente, em
decorrência da incapacidade laboral ocasionada pelo assédio.
Assim, o autor João Luís Vieira Teixeira, em sua obra, (2010, p. 38), cita
os principais males causados pelo assédio moral os trabalhadores:
1) súbita queda de rendimento e na produtividade;
2) aumento do estresse e do nervosismo;
3) irritabilidade exacerbada;
4) indisposição ao diálogo e ao trabalho em grupo;
5) crise de choro;
6) retraimento social;
7) sentimento de inferioridade;
8) sentimento de vingança;
9) diminuição do libido;
10) insegurança;
11) agravamento de doenças preexistentes;
12) dores de cabeça constantes (enxaquecas);
13) afastamento do emprego em excesso(licenças para tratamento de
saúde);
14) insônia;
15) ingestão de bebidas alcoólicas;
22 16) depressão;
17) dores generalizadas; etc.
E em situações extremas:
1) agressões;
2) tentativas de suicídio;
3) suicídio.
A maioria desses sintomas não poderá ser percebida no ambiente de
trabalho, mas sim pelos colegas de trabalho.
Alguns empregados tentam disfarçar alguns sintomas, mas por ter medo
de perder o emprego, pensando que podem ficar imunes aos efeitos maléficos
do assédio.
O suicídio, apontado, na relação acima, verificou-se recentemente
dentro de uma grande montadora de veículos localizada na Europa. Sendo que
no último suicídio ocorrido, foi encontrado um bilhete junto á vítima que dizia
que o trabalho era muito árduo e que não suportava mais. O indivíduo era
casado, possuía filhos e que seria promovido. Veja a gravidade que chegou a
situação em seu local de trabalho.
Há uma grande preocupação dos dirigentes da Central Geral dos
Trabalhadores daquele país, uma vez que há denúncias de pressão excessiva
e estresse no ambiente de trabalho nessa empresa.
Na década de 1990, verificaram-se na Suécia, através de estudos
realizados, mais de 10% dos casos analisados de assédio moral culminaram
com suicídio das vítimas. Já há indícios de que esse número teria chegado a
15% do total dos casos analisados, alarmando assim para que as devidas
precauções sejam tomadas.
1.5. O nexo causal
De acordo com a resolução 1488 de 1998, do Conselho Federal de
Medicina, dispõe em seu artigo 2º : Para estabelecimento do nexo causal entre
os transtornos de saúde e as atividades do trabalhador, além do exame clínico
23(físico e mental) e os exames complementares, quando necessários, deve o
médico considerar:
“I) a história clínica e ocupacional, decisiva em qualquer diagnóstico
e ou investigação de nexo causal;
II) o estudo do local de trabalho;
III) o estudo da organização do trabalho;
IV) os dados epidemilógicos;
V) a leitura atualizada;
VI) a ocorrência de quadro clínico ou subclínico em trabalhador
exposto a condições agressivas;
VII) a identificação de riscos físicos, químicos, biológicos,
mecânicos, estressantes e outros;
VIII) os depoimentos e a experiência dos trabalhadores;
IX) os conhecimentos e as práticas de outras disciplinas e de seus
profissionais, sejam, ou não, da área da saúde”.
(http:WWW.camara.gov.br./sileg/integras/175690.pdf
acesso em 30/08/10).
Diante de tal clareza, como expõe o artigo 2º da Resolução do Conselho
Federal de medicina, há possibilidade de se estabelecer a relação causal entre
o assédio moral e doenças psicológicas e físicas, que venham a surgir ou
agravar-se pela exposição constante a humilhações.
24
CAPÍTULO II
O ASSÉDIO MORAL NO DIREITO BRASILEIRO
Da mesma forma que o assédio moral vem ocorrendo em todo mundo,
no Brasil também é preocupante tal situação, que vem chamando a atenção
em diversas áreas.
Desde o acórdão proferido pelo TRT da 17ª Região (ES), em 2002, pelo
qual, foi reconhecido o assédio no Brasil, que vem procurando dar diferenciado
tratamento pela matéria em questão.
Consta do acórdão regional (João Luís Vieira Teixeira, 2009, p. 23):
“A tortura psicológica, destinada a golpear a auto-estima do
empregado, visando forçar sua demissão ou apressar sua dispensa
através de métodos que resultem em sobrecarregar o empregado de
tarefas inúteis, sonegar-lhe informações e fingir que não o vê,
resultam em assédio moral, cujo efeito é o direito à indenização por
dano moral, porque ultrapassa o âmbito profissional, eis que minam
a saúde física e mental da vítima e corrói a sua auto-estima. No caso
dos autos, o assédio foi além, porque a empresa transformou o
contrato de atividade em contrato de inação, quebrando o caráter
sinalagmático do contrato de trabalho e, por conseqüência ,
decumprindo a sua principal obrigação que é a de fornecer trabalho,
fonte de dignidade do empregado”. (Recurso Ordinário nº
1315.2000.00.17.00.1- Rel. Juíza Sônia das Dores Dionízio).
A decisão acima mencionada pelo colegiado regional, da 17ª Região,
configurou-se uma das muitas hipóteses do assédio moral, denominada
”inação”, porque o trabalhador é deixado de lado, encostado, sem que lhe
sejam repassados serviços, minando sua dignidade como trabalhador e ser
humano.
Hoje existem jurisprudências, entendimentos doutrinários pacíficos
quanto ao assunto em tela.
25 Não poderíamos deixar de citar o artigo 1º de Nossa Lei Maior, que
menciona a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da
livre iniciativa como outro fundamento do Estado Democrático de Direito
Brasileiro. Conforme prescreve o artigo 170 da referida Lei, prevê a edificação
desta nos princípios da valorização do trabalho humano e da livre iniciativa.
Tais princípios fundamentam a tutela jurídica do assédio moral no
ambiente de trabalho.
Na Declaração Universal de Direitos humanos, no inciso I do artigo 23,
reza o seguinte;
“todo homem tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego,
a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra
desemprego”.
(http:WWW.onubrasil.org.br/documentos_direitoshumanos.php)
O assédio moral desvaloriza o trabalho humano e retira dele toda a
dignidade da pessoa humana, o qual, expressa a lei.
É reconhecido que o assédio moral, envolve questão de ordem
constitucional, uma vez que viola princípios e garantias estabelecidas na
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
Envolve direitos conquistados pelos trabalhadores, que além de serem
expressos na Carta Magna, são expressos também na CLT e em leis esparsas.
Por fim, envolve a própria jurisprudência trabalhista, pois o tema vem
sendo discutido e reconhecido pelos tribunais pátrios, antes mesmo de ter uma
legislação específica que discipline tal matéria.
Se faz necessário também estudar normas estabelecidas na
consolidação das leis do trabalho, que se aplicam a tema, bem como as leis
municipais, estaduais e federais , aprovadas ou em votação, que se dedicam
ao assunto.
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2.1. Projetos de Lei em tramitação
A matéria em questão tem repercussões, no âmbito trabalhista, quanto
no criminal, havendo assim uma necessidade de especificar a legislação a ser
aplicada, e segundo conclui Lydia Guevara Ramírez:
“Há necessidade de que exista uma legislação específica para dar
resolução ao problema em tela, existem tramitando no congresso
nacional diversos projetos de lei, pretendendo a normatização legal
reguladora do fenômeno conhecido por assédio moral, dentre os
quais citamos: a) projeto de lei federal de reforma do CP, sobre
assédio moral, de iniciativa de Marcos de Jesus, deputado federal
pelo PL-PE; b) projeto de lei sobre assédio moral de Rita Camata,
deputada federal pelo PMDB-ES; c) projeto de lei federal de reforma
do CP, sobre coação moral, de coordenação do deputado Inácio
Arruda,PCdoB-CE”.
(http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=3326,elaboradoem julho
de 2002, acesso em 30/08/2010).
Vale informar sobre a moção 80/2008, de autoria do deputado Gilmaci
Santos (PRB). A proposição foi criada para que seja aprovado e
regulamentado o projeto de lei 2369/2003, que trata do assédio moral nas
relações de trabalho, e dispõe o seguinte:
“ Artigo 1º É proibido o assédio moral nas relações de trabalho.
Artigo 2º Assédio moral consiste no constrangimento do trabalhador
por seus superiores hierárquicos ou colegas, através de atos
repetitivos, tendo como objetivo, deliberado ou não, ou como efeito,
a degradação das relações de trabalho e que:
I – atente contra sua dignidade ou seus direitos, ou
II – afete sua higidez física ou mental, ou
III – comprometa a sua carreira profissional.
27 Artigo 3º É devida indenização pelo empregador ao empregado
sujeito a assédio moral, ressalvado o direito de regresso.
Parágrafo 1º A indenização por assédio moral tem valor mínimo
equivalente a 10 (dez) vezes a remuneração do empregado, sendo
calculada em dobro em caso de reincidência.
Parágrafo 2º Além da indenização prevista no parágrafo 1º, todos os
gastos relativos ao tratamento médico serão pagos pelo
empregador, caso seja verificado dano à saúde do trabalhador.
Artigo 4º O empregador deve tomar todas as
providências necessárias para evitar e prevenir o assédio moral nas
relações de trabalho.
Parágrafo 1º As providências incluem medidas educativas e
disciplinadoras, entre outras.
Parágrafo 2º Caso não sejam adotadas medidas de prevenção ao
assédio moral e sendo esse verificado, o empregador está sujeito a
pagamento de multa no valor de R$1.000,00 (um mil reais) por
empregado, sendo o valor elevado em dobro na reincidência.
Artigo 5° O assédio moral praticado por empregado, após ter sido
orientado sobre a sua proibição, enseja sanção disciplinadora pelo
empregador.
Parágrafo único A sanção disciplinadora deve considerar a
gravidade do ato praticado e sua reincidência, sujeitando o
empregado à suspensão e, caso não seja verificada alteração no
seu comportamento após orientação do empregador, à rescisão do
contrato de trabalho por falta grave, nos termos do artigo 482 da
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.
Artigo 6º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação”.
(http://www.camara.gov.br/sileg/integras/175690.pdf).
28 O projeto de Lei, (2369/2003), do Sr. Mauro Passos (PT/SC), foi criado
em sua legislatura como deputado federal, de 2003 a 2007, tem como objetivo
garantir a integridade física e mental do trabalhador e sanções aplicativas ao
empregador, caso a lei venha ser violada.
O último andamento registrado do processo para aprovação da lei
2369/2003, foi em 18/02/2010, onde o projeto encontra-se na Diretora da
Câmara dos Deputados.
A proposição garante que o atingido seja indenizado e tenha direito
assegurado de regresso a empresa. A vítima também será ressarcida, caso
haja, despesas médicas devido a dano à saúde.
29
CAPÍTULO III
LEGISLAÇÃO ESTRANGEIRA
O Assédio Moral, é um fenômeno existente há muito tempo no ambiente
de trabalho. A sua matéria é relativamente nova, inclusive para as nações
européias, as quais, começaram a elaborar estudos sobre o mobbing a partir
da década de 1980.
A questão do assédio moral, teve início com as pesquisas do professor
Heinrz Leymann, na Suécia , as quais começaram a relacionar os problemas
psicológicos, com as dificuldades nas relações pessoais de trabalho.
Dos estudos feitos pelo professor Heinrz Leymann, é que nasceu a
elaboração do conceito mobbing, de modo que foi conhecido pela comunidade
internacional, como verdadeiro fundador da pesquisa sobre o assédio moral.
Os países que possuem legislação específica sobre o assédio moral,
são: França, Portugal, Espanha e Suécia.
3.1. França
A matéria do assédio moral, possui um capítulo específico do Código do
Trabalho Frances, o qual aplica tanto para empregados e empregadores da
iniciativa provada, quanto a empregados públicos, nos termos do artigo L.
1151-1 do Código do Trabalho.
Dispõe o artigo L.1152-1 do Código do Trabalho Frances:
“..que o assédio moral, é uma conduta repetida, que tem como
objetivo de degradar, as condições de trabalho suscetível de atentar
contra a dignidade do trabalhador, afetando assim, a sua saúde
física ou mental ou de comprometer o seu futuro profissional”.
(França.Code Du Travail.Disponível em: WWW.legifrance.gouv.fr)
De acordo com o artigo L.1152-2 do Código do Trabalho, nenhum
empregado poderá ser punido, despedido ou sofrer qualquer tipo de
30discriminação, por ter sofrido ou por ter recusado sofrer atos repetidos de
assédio moral ou por ter testemunhado ou relatado tal ato.
De acordo com os artigos acima mencionados, qualquer ato que viole
esses artigos, será nulo, conforme prescreve o artigo L.1152-3 do Código do
Trabalho.
Todo empregado que pratica o ato de assédio moral, é passível de
sanção disciplinar, conforme dispõe o artigo L. 1152-5 do Código do Trabalho.
Vale informar que o assédio moral na França tem repercussão na esfera
penal, por ser considerado crime o assédio moral, assim como o sexual, que
está previsto no Código do Trabalho em seu artigo 1155-2, e punido com pena
de prisão de 1 (um) ano e multa de E3.750(três mil setecentos e cinqüenta
euros).
Observa-se que a legislação francesa, se preocupa com a prevenção
por parte do empregador, da prática do assédio moral no ambiente de trabalho,
em que se encontra previsto no artigo L.1152-4 do Código do Trabalho.
3.2. Portugal
O assédio moral, é regulamento por lei em Portugal, O artigo 18 do
Código do trabalho português, que ambos, trabalhador e empregador, e as
pessoas que o representam, gozam de pleno direito da integridade física e
moral.
O artigo 24, item 1, do Código do Trabalho, considera o assédio uma
forma de discriminação contra o trabalhador ou candidato a emprego.
É definido como um comportamento indesejado, que abrange de forma
complexa o meio em que vive o trabalhador.
Para o Direito português o assédio é uma espécie de gênero
discriminação, aplica-se o artigo 23, item 3, do Código do Trabalho Português,
“segundo o qual, a parte que sofre discriminação, ao alegá-la, tem
que fundamentá-la, e o empregado por sua vez incumbe
ao empregador provar tal divergência, conforme dispõe o respectivo
artigo”.
31 (Portugal. Código do Trabalho, Disponível em:
http://www.portugal.gov.pt/portal/PT/Governos/Governos
Constitucionais/GC15/Ministerios/MSST/comunicação/OutrosDocum
entos/20030827 MSST Doc Codigo Trabalho.htm#top).
Se for confirmado, ou seja, provado a prática do assédio moral,
resultante de ato discriminatório contra o trabalhador, ou candidato a emprego,
o empregador indenizará a vítima por danos patrimoniais e não patrimoniais ,
nos termos do artigo 26 do Código do Trabalho.
3.3. Espanha
O Estatuto dos trabalhadores espanhol estabelece, em seu artigo 4,2, e,
terem os trabalhadores espanhóis direito ao respeito a sua intimidade e a
consideração devida à sua dignidade, o que engloba a proteção do assédio
quanto a origem racial ou étnica, religiosa ou por convicções, por incapacidade,
idade ou orientação sexual.
Com relação aos deficientes existe lei específica, Lei 51, de 02.12.2003,
em seu artigo 7º, onde determina a adoção de medidas contra discriminação,
que podem consistir na proibição do assédio.
A prática do assédio moral, também poderá ter conseqüências penais,
de acordo com o artigo 173, item 1, do Código Penal espanhol, o qual pune a
prática de tortura outros delitos contra a integridade moral com pena de prisão
de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.
Por não ter legislação específica, o assédio moral, tem seu conceito
formado através de jurisprudência espanhola, que o define nos seguintes
termos:
“O mobbing se define com a situação em que uma pessoa ou grupo
de pessoas exercem uma violência psicológica extrema de forma
sistemática e recorrente (em média uma vez por semana) durante
um tempo prolongado (em média 6 meses) sobre outra pessoa ou
32pessoas com as quais mantém uma relação assimétrica de poder
no local de trabalho, com a finalidade de destruir as redes de
comunicação da vítima ou vítimas, destruir sua reputação, perturbar
o exercício de suas funções e lograr que finalmente essa pessoa ou
pessoas acabem abandonando o local de trabalho”.
(Juzg. De lo social n.1, Bilbao, 22.3.02; STSJ Cataluña 28/11/01).
(Nascimento, Sônia Mascaro, 2009, p.21).
A ausência de uma legislação especifica sobre o assunto, impede que
os casos sejam julgados e punidos pelos tribunais, por parte da jurisprudência;
em detrimento aos direitos violados dos trabalhadores.
3.4. Chile
A lei não conceitua o que seja assédio moral, mas no Código do
Trabalho chileno, o artigo 2, item 2, estabelece uma relação de trabalho, que
seja compatível com a dignidade do ser humano.
Para proteção contra o assédio moral, a empresa deve seguir as normas
do artigo 154 do Código do Trabalho, onde devem constar direitos e
obrigações, as quais os trabalhadores estão sujeitos.
No artigo 155 do Código do Trabalho, os trabalhadores poderão
apresentar suas propostas, quanto a consultas e sugestões , e o empregado
apresentar sua resposta de acordo com o procedimento previsto no
regulamento interno.
Tal importância, de informar de forma clara aos trabalhadores a respeito
das condições de trabalho, encontra-se prevista no artigo 156 do Código de
Trabalho, o qual, prevê que os regulamentos internos e suas modificações
deverão ser levados a conhecimento dos trabalhadores no prazo de 30 (trinta)
dias, e serem fixados em lugar visível.
33
3.5. Colômbia
Apesar de o assédio moral ter sido tipificado na Colômbia pela Lei 1010
de 23/01/06, em seu artigo 1º, exclui a aplicação quanto à contratação
administrativa e aos trabalhadores autônomos, de modo que se aplica aos
empregados e trabalhadores subordinados.
O artigo 2º da Lei Colombiana, fixa um rol exemplificativo de 6 (seis)
modalidades gerais de assédio, quais sejam:
i) mau-trato laboral;
ii) perseguição laboral;
iii) discriminação laboral ;
iv) entorpecimento laboral;
v) iniqüidade laboral;
vi) desproteção laboral.
(Colômbia.Ley1010/2006)
A importância de criar procedimentos para prevenir e punir o assédio, se
encontra inserido na lei . Em seu artigo 9º, diz que tal procedimento é
confidencial, conciliatório e efetivo.
3.6. Suécia
Em março de 1994, começou a vigorar na Suécia uma ordenança do
Conselho Nacional Sueco de saúde e segurança ocupacionais, que contém
medidas de prevenção contra o assédio no ambiente de trabalho.
Houve uma necessidade de regulamentação, por ser observado, que as
normas da ordenação são muito genéricas, o qual, foi editado pelo Governo
Sueco, para aplicação de cada uma das seções da ordenança.
Nessa nova regulamentação transcrita por Sônia Mascaro Nascimento
(2009, p. 29) estabeleceu-se o seguinte:
34
“Que ao empregador incumbe propiciar que cada empregado tenha
maior conhecimento possível sobre suas atividades e seus objetivos;
informações regulares e reuniões no local de trabalho ajudarão a
alcançar esse objetivo. Acrescenta ainda como obrigação do
empregador fornecer aos gerentes e supervisores treinamento
pessoal em assuntos ligados às normas trabalhistas, aos efeitos de
diferentes condições de trabalho na experiência de cada empregado,
aos riscos decorrentes da interação e dos conflitos em grupos, e às
qualificações necessárias para resposta rápida, em casos de stress
ou de crise. Por fim, afirma que entrevistas individuais e trabalhos
em grupo devem ser estimulados, com conversas francas, abertas e
respeitosas”.
(Martha Halfeld Furtado de Mendonça Schimidt, 2006 )
3.7. Grã-Bretanha
Através da jurisprudência inglesa, e a partir de preceitos legais relativos
a saúde e segurança ocupacional, surgiu o conceito de assédio moral na Grã-
Bretanha.
A Lei sobre saúde e segurança ocupacional de 1974, estabelece a priori,
os deveres de cuidar e prover um ambiente de trabalho, que, na medida do
possível, seja seguro e sem risco a saúde.
Existem outras leis, como a de 1993, que rege sobre direitos individuais
do trabalho e reforma sindical, que protege o empregado contra a despensa
abusiva e outras formas de constrangimento. A lei sobre Justiça Criminal e
Ordem Pública, pune na esfera penal o assédio intencional.
A Lei mais importante é a lei que foi criada em 1997, que é a Lei de
Proteção contra o Assédio, em que seu artigo 1º prescreve o seguinte: fica
proibida a conduta de assédio, ou a conduta que, de acordo com o senso
comum, poderia ser considerada como assédio.
De certa forma, a jurisprudência inglesa, tem concedido, proteção aos
trabalhadores, que denunciam o assédio, o qual, os mesmos se tornam
vítimas.
35 Com a força da jurisprudência, em 200, abriu caminho para que o
empregado que tivesse sofrendo , algum tipo de dano, tanto psicológico,
quanto a intimidação, poderia processar o empregador por negligência, uma
vez que o mesmo não tomasse nenhuma medida contra os autores do
constrangimento ilegal.
No ano de 2001, um importante precedente foi estabelecido, que o
empregador é responsável substitutivo dos atos cometidos pelos seus
empregados, e que reponde até pelos atos criminais , quando o mesmo deu
oportunidade para que seu empregado cometesse tal procedimento.
Em março de 2005, a Lei de Proteção contra o Assédio, foi estabelecida
que de fato o empregador é responsável pelos atos praticados por seus
empregados, sendo que esse assédio deve ser praticado no local de trabalho.
3.8. Bélgica
A lei de 11 de junho de 2002, relativa à Proteção contra a Violência e o
Assédio Moral ou Sexual no Trabalho, confirma que a Bélgica possui
Legislação específica com relação ao assédio moral nas relações de trabalho,
a qual, foi criada em 11/06/2002, promulgada por um decreto real e uma
circular, para regulamentar a referida lei.
Sendo que em 2007, o decreto mencionado, foi revogado e substituído
por um novo decreto, para incluir que todos os trabalhadores e empregadores
e terceiros, que estejam ligados quando relação da prestação de serviço e a se
absterem de todo ato de violência ou de assédio moral ou sexual no trabalho.
Um dos artigos também menciona o conceito de assédio moral a
qualquer conduta interna ou externa à empresa que se manifestem através de
comportamentos, palavras, intimidações, gestos, ou até mesmo escritos, que
tenham por objetivo atingir, ou seja, causar dano a dignidade ou integridade
física ou psíquica do trabalhador.
O assédio moral, também é punido na esfera penal, que pode dobrar a
pena, se o assédio for praticado por motivo de raça, gênero, idade, estado civil,
orientação sexual, deficiência física, convicção política ou religiosa.
36
3.9. Noruega
Atualmente, a versão sobre Ambiente de Trabalho, estabelece em seu
item 1, que o ambiente de trabalho, deve ser satisfatório, devendo ter influência
satisfatória, a saúde mental e física dos trabalhadores.
No item 2 da referida lei , proíbe por assédio, a discriminar pessoas por
motivo de idade, orientação sexual, filiação sindical.
Tais proibições se aplicam à fase pré-contratual, durante a vigência do
contrato e após o seu término, nos termos da seção13-2, item 1. Por fim, a
seção 13-3, item 1, da lei, considera não configurar discriminação proibida
àquela que possui uma justa causa a que for proporcional e necessária para
realização do trabalho.
37
CAPÍTULO IV
PREVENÇÃO CONTRA O ASSÉDIO MORAL
Hoje, nenhuma empresa está imune a esse tipo de ocorrência. Assim, o
assédio moral vem sendo um assunto de debates e discussão, dentro das
empresas, tanto em relação a empregados, ditos “celetistas”, quanto para
colaboradores, terceirizados ou autônomos.
Quando se trata de empresa que não possui organização, até mesmo
sem cadeia de comando, sem regras para promoções, mal estruturada, sem
valorização do empregado, há uma grande possibilidade de ocorrer o assédio
moral.
A prevenção contra o assédio moral não é simples. A tendência é de
começar com o setor de Recursos Humanos das empresas, que também é
chamado de Recurso pessoal. Um bom chefe, um bom diretor de Recursos
Humanos, e de grande valia para que tudo flua bem. O primordial de cada
dirigente é que tenha bom senso acima de tudo.
Os que ocupam os cargos abaixo, também precisam agir com
urbanidade e respeito para com os outros. Se assim agirem os demais também
procederão da mesma forma.
Sendo, que é preciso também transmitir informações, através de
reuniões e palestras, debates sobre o assunto, chamando gestores e gerentes
de todas as áreas da empresa para troca de experiências sobre cobranças,
metas, premiações, orientações, promoções e até mesmo punições.
Segundo João Luís Vieira Teixeira (2009 . p.100) diz o seguinte:
“Portanto, urbanidade, respeito, ética e tolerância devem ser
características disseminadas, incentivadas e valorizadas em todos
os setores da empresa, seja no “chão da fábrica”, seja na alta
diretoria”.
38 É importante que exista um canal de comunicação entre o
departamento de Recursos Humanos e os empregados. Porque através dessa
relação, qualquer ocorrência de uma prática suspeita ou irregular, a empresa
poderá tomar as medidas necessárias para que tal procedimento não venha
tomar maiores proporções no ambiente de trabalho.
Segundo Sônia Mascaro Nascimento, (2009 . p.107) explica o seguinte:
“Uma das técnicas que podem ser adotadas pelos profissionais de
recursos humanos é a Prevenção de Riscos Laborais baseada na
conduta. A partir da premissa de ser o assédio moral um problema
diretamente relacionado à saúde e segurança ocupacionais, o
propósito principal da Prevenção de Riscos Laborais baseada na
conduta é a identificação e avaliação das condutas e condições
inseguras no ambiente de trabalho e o uso de técnicas para
aumentar a freqüência das condutas seguras, além da mudança das
condições que favorecem a ocorrência de condutas inseguras”.
Algumas empresas chegaram a criar o Código de Ética, como forma de
motivação para mostrar o interesse pelo bem estar do empregado, e o bom
comportamento que a empresa espera de cada empregado.
A Carta Magna de nosso país, retrata todas as garantias cabíveis,
através dos seus princípios e garantias fundamentais, como a dignidade da
pessoa humana, os valores sociais do trabalho, igualdade entre homens e
mulheres, a proibição do tratamento desumano e degradante, poderá , neste
caso se tornar o mais relevante “Código e Ética”, se não for aplicada não terá
nenhum resultado positivo.
Ao detectar casos de assédio, a empresa deve severamente, coibi-los.
Dispõe a empresa de diversos instrumentos, como orientações , advertência e
suspensão disciplinares.
Se for o caso, é até melhor a empresa dispensar um empregado
assediante, do que arcar com prejuízos futuros indenizatórios. Manter uma
pessoa dentro do seu quadro funcional, a empresa corre o risco de está
pactuando co tal conduta, que pode até mesmo destruir a saúde física e mental
de muitas pessoas.
39A responsabilidade social e socioambiental, vem sendo discutida, que
nenhuma empresa gostará de ser condenada pela prática de assédio moral,
até mesmo porque, a empresa poderá ser alvo de uma Ação Civil Pública,
proposta pelo Ministério Público do Trabalho.
O setor médico da empresa, também poderá ser de grande valia, para
diagnosticar casos de assédio moral, porque nem sempre o empregado
assediado comenta tal situação ao seu subordinado, ou até mesmo aos seus
colegas de trabalho, até mesmo por se sentir constrangido diante do ocorrido.,
e se vê na eminência de perder até o emprego ou sofrer represálias.
É imprescindível que o setor médico, fique atento para o caso de
depressão, desânimo, estresse acentuado ou irritabilidade exacerbada. Esses
são os sintomas mais comuns de vítimas de assédio moral.
Através de tais observações, acompanhamento dos casos, a empresa
poderá mapear as ocorrências., contudo, será mais fácil identificar o setor de
trabalho dos assediadores aplicando a correta identificação e orientação ou
punição.
Diante do exposto, ao identificar o problema será mais fácil de combater
o assédio moral com eficácia.
40
CAPÍTULO V
JURISPRUDÊNCIAS
Decisões de julgados, mostrando jurisprudências através de recursos
oriundos de pedidos de reparação por Assédio Moral:
“20000005758 – RECURSO ORDINÁRIO – ASSÉDIO
MORAL – PLANO DE DISPENSA IMOTIVADA –
CONTRATO DE TRABALHO COM MAIS DE 14 ANOS
DE VIGÊNCIA – OJ -20 – TRABALHADORA COM
BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO – FRAGILIDADE
PSICOLÓGICA - Consoante a doutrina(Des. Rilma
Aparecida Hemetério) mobbing ou assédio moral é uma
“guerra de nervos” constituindo-se em “perseguição
freqüente, repetida e sistemática”, muito mais do que
apenas provocações no local de trabalho (sarcasmo,
crítica, zombarias e trote), é uma empreitada de terror
psicológico, buscando fazer da vítima uma pessoa
enjeitada. E a prova produzida nos autos confirma as
alegações da ex-empregada. (TRT/2 – RO
2591200402002005 – (20080383216) – 11ª T – Rel. Des.
Carlos Francisco Berardo – DJE 13.5.2008)”.
As provas alegadas pela ex-empregada, são verídicas, onde
demonstram a fragilidade psicológica, tendo sido ocasionado tal problema, pelo
Assédio Moral.
41
“DANO MORAL. ASSÉDIO MORAL PERPETRADO EM
PDV. INDENIZAÇÃO EXTRAPATRIMONIAL DEVIDA.
Empregado assediado ostensiva e abusivamente a aderir
ao PDV, reluta, é colocado em indisponibilidade
indefinidamente por mais de ano, embora remunerada;
nesse ínterim é comunicado da dispensa imotivada
depois reconsiderada; sofre tortura psicológica pela
forma reiterada e prolongada a que esteve exposto a
situações constrangedoras e humilhantes, minando a sua
auto-estima e competência funcional, depreciando a sua
imagem, caracterizando assédio moral decorrente de
sofrimento psicológico impingido. Dano moral
consumado, merecendo a reparação indenizatória, como
forma de aliviar os malefícios causados à dignidade
psíquica do trabalhador. Sentença mantida. (TRT/15.
Decisão 42274/2005 – PATR do processo
02142.2003.032.15.00.5)”.
Podemos observar o julgado acima, em que o Desembargador manteve
a sentença, uma vez que as alegações do Autor foram comprovadas nos autos,
demonstrando os malefícios causados a dignidade do trabalhador.
42 “21002536 – ASSÉDIO MORAL – Conquanto em
relação ao reclamante tenha sido provado apenas um
episódio que o reclamado agiu de forma brutal e
agressiva, ficou cabalmente demonstrada a prática de
atos abusivos e ultrajantes em relação aos demais
empregados, de forma habitual e contínua a denotar um
quadro de assédio moral. Tendo o reclamado se
desviado do padrão médio de conduta exigido do
empregador, atuando de forma abusiva no exercício do
poder diretivo e acarretando lesão à esfera moral do
reclamante, deve ser condenado ao pagamento de
indenização pelos danos provocados. (TRT 18 – RO
00239-203-191-18-00-2 – Rel. Juiz Marcelo Nogueira
Pedra – DJGO 30.04.2004)”.
Vê-se com clareza a forma abusiva de atuar o empregador para com o
empregado, se utilizando do poder diretivo para praticar tal ato.
43
CONCLUSÃO
Mediante estudos desenvolvidos, podemos observar no mundo jurídico o
crescimento do assédio moral, com a evolução do mercado de trabalho.
As empresas não estão imunes de praticar essa conduta censurável.
Basta com que um só indivíduo, ou seja, sócio, gerente ou diretor, faça
prevalecer às condições de atitudes impensadas na relação de trabalho, dando
ensejo ao assédio moral.
O assédio moral, é matéria antiga, mais em decorrência dos malefícios
que vem proporcionando as vítimas, procurou-se fazer um estudo mais
apurado, para que a situação não fuja do controle.
Hoje o assédio é uma realidade em nosso país, pela coação sofrida pelo
empregado, que vem crescendo de forma assustadora, pela crise econômica
que vem abalando as empresas, que buscam a redução de custos e
obrigatoriedade de produtividade.
A vítima direta é o trabalhador, pois sofre as conseqüências do assédio
moral de forma devastadora, uma vez que atinge a sua saúde física e mental,
ocasionando problemas familiares devido a pressão sofrida no ambiente de
trabalho.
Tal terror psicológico, tem se transformado numa doença social, pois o
problema não só atinge a vítima, mas toda a sociedade pela gravidade e
proporção que vem tomando.
As empresas também sofrem com as conseqüências do assédio moral,
uma vez que há queda na produtividade, licença para tratamento médico, a
utilização da previdência social para aposentadoria por invalidez, que muitas
das vezes tem o seu quadro de funcionários, mas sem produtividade, e o
aumento da demanda trabalhista.
Em nosso sistema jurídico, não existe lei específica, os casos são
julgados através de jurisprudências, até que seja aprovado o projeto de lei, que
atualmente se encontra na Câmara dos Deputados, para que venha coibir o
empregador de praticar essa conduta censurável, que vem atingindo a
sociedade.
44 Em alguns países como , Portugal, França, Espanha e Suécia,
possuem legislação específica, que abrange também na esfera penal, coibindo
a prática de conduta censurável do empregador.
As empresas que investem em seus funcionários, através de palestras
educativas, orientações sobre o assédio, e até mesmo incentivando a formação
de curso superior , tem uma probabilidade maior de controle, principalmente
quando possui um departamento de Recursos Humanos, dotado de um bom
gestor, gerente ou diretor, que venha agir com bom senso diante das situações.
O Departamento médico de uma empresa, também é um setor
importante, pois através do acompanhamento médico poderá observar se o
indivíduo está sofrendo algum tipo de depressão, desânimo, irritação
exacerbada, estresse acentuado, pois são sintomas comuns de assédio moral.
Sendo as medidas preventivas implantadas nas empresas, será de
grande eficácia para se detectar o problema de forma rápida e tomar as
devidas providências cabíveis a cada caso.
Mesmo, com a aparente falta de legislação, os nossos tribunais vêm
julgando os casos de assédio moral, fazendo valer o direito da vítima
(trabalhador), mediante sanções aplicadas pelo estado ao empregador, como
forma de inibir tal conduta.
45
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
Ferreira, Hádassa Dolores Banilha, Assédio Moral no Trabalho, 2ª edição, Campinas, SP, Editora Russell, 2010. Hirigoyen, Marie-France, Assédio Moral: a violência perversa do cotidiano, São Paulo, SP, Editora Bertrand do Brasil, 2002. Nascimento, Sônia Mascaro, Assédio Moral, São Paulo, SP, Editora Saraiva, 2009. Teixeira, João Luís Vieira, O Assédio Moral no Trabalho: Conceito, causas e efeitos, liderança versus assédio, valoração do dano e sua prevenção, São Paulo, SP, Editora LTR, 2009. Resolução 1488/98 do Conselho Federal de Medicina, Fonte do Diário Oficial da União de 06/03/98.
46
WEBGRAFIA http://www.trt17.jus.br - TRT da 17ª Região, Espírito Santo, RO 2276/2001, Relatora: Juíza Sônia das Dores Dionísio, 2001. Colômbia Ley 1010/2006. Disponível em: http://www.acosomoral.org/pdf/acoso_laboralcolombia.pdf. Acesso em 26/10/2007. (Sônia Mascaro Nascimento, Assédio Moral, São Paulo, SP, 2009, p. 26) França.Code DuTravail. Disponível em: WWW.legifrance.gov.fr. (Sônia Nascimento Mascaro, São Paulo, SP, Saraiva, 2009, p. 18) Portugal Código do Trabalho, Disponível em: http://www.portugal.gov.pt/portal/pt/Governos/GovernosConstitucionais/GC15/Ministros/MSST/comunicação/OutrosDocumentos/2003.0827MSSTDoc Código Trabalho.htm#top. Acesso 04/09/2010. http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5433, Nascimento, Sônia Mascaro,
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http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=3326, elaborado em julho de 2002. Acesso 04/09/2010.
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http://www.trt2.jus.br - TRT - 2ª Região São Paulo
http://www.trt18.jus.br - TRT - 18ª Região Goiás
http://www.trt15.jus.br - TRT – 15ª Região Campinas
47
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição : Instituto a Vez do Mestre
Titulo da Monografia : Assédio Moral no Trabalho
Autor : Sônia Cristina Vaz Duarte
Data da entrega : 20/09/2010
Avaliador por: Conceito: