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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE TRABALHO E MEIO AMBIENTE: O QUE AS EMPRESAS (BRASILEIRAS) TÊM A VER COM ISSO? Por: Celso Roberto Pitta dos Santos Niterói Julho/2007

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

TRABALHO E MEIO AMBIENTE: O QUE AS EMPRESAS (BRASILEIRAS) TÊM A VER COM ISSO?

Por: Celso Roberto Pitta dos Santos

Niterói Julho/2007

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

TRABALHO E MEIO AMBIENTE: O QUE AS EMPRESAS (BRASILEIRAS) TÊM A VER COM ISSO?

Apresentação de monografia à Universidade Cândido Mendes como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Planejamento e Educação Ambiental no Programa de Pós-Graduação “Lato Sensu”

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AGRADECIMENTOS

Especialmente à minha mãe, que aos 75 anos, esbanjando otimismo e sem tirar os pés do chão com sua experiência de anciã, seu amor de mãe e suas qualidades cristãs tanto me tem incentivado. Minha gratidão a ela, portanto, só é superada pela gratidão a DEUS, o criador e sustentador de todas as coisas!

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DEDICATÓRIA

Dedico as possíveis conquistas em favor do meio ambiente à minha filha Vitória Chynthia Velasco dos Santos a quem elejo representante mais especial de uma geração que usufrua das condições razoáveis de vida como resultado das contribuições de todos os ambientalistas do planeta.

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RESUMO

O presente trabalho pretende contrubuir para uma análise ambiental que contemple o homem como parte integrante do meio e elege o ambiente de trabalho para o estudo da questão por se verificar que nos processos produtivos dos quais este participa estão encadeados os elementos e os fatores responsáveis por situações que envolvem a saúde do homem e da natureza, uma vez que ambos sofrem com a exploração e a subtração de seus recursos impostas pela lógica do capital. É válido observar que o progesso dos processamentos de matérias-primas e da produção de bens de consumo inaugurados pela Revolução Industrial acarreta uma aceleração sem precedentes na exploração dos recursos naturais e humanos e dá novo formato às relações de trabalho ao mesmo tempo em que conferem novo arranjo espacial ao ambiente produtivo, forçando a convivência entre homem e máquina da qual resultam danos à saúde dos trabalhadores, classificados como enfermidades loborais ou acidentes de trabalho. O objetivo geral desta pesquisa esteve, portanto, voltada para a verificação da existência das políticas de qualidade, segurança, sáude e meio ambiente no trabalho de modo a responder, se possível, a questão central desta monografia contida nas indagações: as empresas brasileiras teriam aprendido com o ditado “prevenir é melhor que remediar?” e “as empresas estão cumprindo normas e exigências ou apenas criando situações de fachada?”

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METODOLOGIA

O trabalho está baseado em revisões bibliográficas, consulta de leis e

pesquisa de campo, incluindo observação, coleta, seleção, análise e avaliação

de dados e documentos, além de reportagens nos formatos on-line do Jornal

do Brasil, O Dia e Folha de São Paulo.

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SUMÁRIO

Introdução 8 Cap. 1 – Saúde e meio ambiente (no trabalho): direitos de quem? Deveres de quem? – discussões conceituais e definições ...................

11

Cap. 2 – Normas e Regulamentos (NRs). Afinal, a consolidação das leis do trabalho? ....................................................................................

18

Cap. 3 – Caracterizando a infra-estrutura da empresa pesquisada ......

33

Conclusão .............................................................................................. 60

Bibliografia Básica ................................................................................. 63

Índice 65

Siglas e abreviaturas 66

Anexos 68

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INTRODUÇÃO

O objetivo do presente trabalho de pesquisa é o de verificar a

existência ou não de políticas de qualidade, saúde e segurança no trabalho de

uma dada empresa de óleo e gás no município de Macaé-RJ, a fim de

identificar os possíveis atores, verificar os níveis de impacto na preservação de

acidentes e na saúde de seus colaboradores como também a existência de

documentos, manuais e equipamentos de proteção individual (EPIs), entre

outros.

Para tanto, cabe uma reflexão sobre o atual contexto no qual o mundo

moderno experimenta uma sensação de extremo desconforto. Paradoxalmente

tal desconforto deriva, justamente, da necessidade que os homens têm de

produzir conforto a partir de bens e serviços como resultado da apropriação e

transformação da natureza e do processamento da matéria-prima que dela se

extrai.

Todo esses processos, todavia, transcendem ao simples e necessário

provimento das condições para uma existência humana digna e atendem,

prioritariamente, à lógica do capitalismo que historicamente domina os meios

de produção. Para tanto, além dos meios, domina necessariamente as relações

entre capital e trabalho.

Destas considerações podemos apreender duas realidades

importantes para fundamentar nosso trabalho. A primeira está relacionada ao

modo como se exploram os recursos da natureza para alimentar o lucro e a

segunda tem relação com o modo como se exploram os recursos humanos,

isto é, a força de trabalho. Tais apreensões são importantes para compreender

o estágio de esgotamento a que ambas as categorias, homem e natureza,

foram submetidas ao longo do tempo sob o signo do capital.

A natureza, dada a sua prodigalidade, suas complexidades e

capacidades intrínsecas suportou séculos de agressões socialmente

produzidas e subtrações de suas energias com sintomas discretos, até certa

altura (talvez da capacidade de compreensão humana), de suas enfermidades.

Já o homem, submetido a uma condição “desumana” no que se refere à

exploração de sua força de trabalho, exibe sintomas que se agravam como

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9 enfermidades laborais. Tais questões, ultimamente, dadas às suas

repercussões nas diversas esferas da sociedade (estatais, políticas,

econômicas, jurídicas, ambientais, trabalhistas, cíveis, etc) ganham relevos

incontornáveis e são objetos de discussões tão urgentes quanto o são as

providências que o contexto social atual tem reclamado.

As razões que fundamentam a escolha do referido tema podem,

portanto, ser justificadas a partir de dada constatação: a da necessidade que o

governo e a sociedade têm de discutir as questões ambientais de maneira

ampla e articulada, longe daquele velho reducionismo que predominava nas

abordagens românticas sobre preservação ambiental ou assuntos ecológicos.

No contexto atual, o homem não pode (e nunca o deveria!) olhar o

ambiente como algo amputado de si mesmo. Ele é parte indissociável deste e

precisa enxergá-lo como todo o conjunto de objetos e ações que os envolvem,

e isto significa considerar os diversos recortes do cotidiano, inclusive os

processos produtivos, o local, os meios e as formas laborais que se efetuam. A

passagem definitiva de uma forma mais primitiva de produção para modelos

mais complexos onde predominam máquinas e equipamentos variados e as

formas de energia utilizadas para movimentar tais ferramentas embora

confiram a agilidade exigida pelos processos de produção atuais ao mesmo

tempo “produzem” perigos que devem ser evitados mediante implementação

de políticas de segurança nas relações entre homem e trabalho, amparadas

por leis e fiscalizadas pelo poder público, além de se configurar condições para

certificações internacionais de qualidade, um selo que as empresas cada vez

mais fazem questão de alcançar.

Ademais, as atuais discussões sobre as questões ambientais que

permeiam os noticiários, a comunidade científica e ONGs, apertam o cerco aos

donos dos processos produtivos, os quais passam a ser alvos mais comuns

das penalidades legalmente aplicadas pelos órgãos ambientais e trabalhistas

após trabalho de fiscalização ou resultante de denúncias. Provavelmente por

este motivo, as empresas se esforçam para satisfazer exigências legais no que

respeita às normas de segurança, meio ambiente e saúde no trabalho, além do

fato de terem reconhecido, em certa medida, que acidentes ou doenças do

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10 trabalho custam mais caros para as empresas que o investimento que venham

a fazer em equipamentos de segurança e proteção individual, bem como em

educação ambiental nas relações trabalhador-empresa.

Portanto, no primeiro capítulo cuidaremos de tratar dos conceitos e

das definições que rondam o tema, privilegiando as leis que se formularam e as

declarações e/ou constituições que as inspiraram.

O segundo capítulo se propõe analisar as normas regulamentadoras

que vieram a existir por força de leis e compreender até que ponto estas

contribuem para uma legítima consolidação das leis do trabalho que beneficiem

o trabalhador em suas atividades loborais.

Finalmente, o terceiro capítulo cuidará de caracterizar a infra-estrutura

da empresa que nos serve de campo para as pesquisas que dão fundamento

ao trabalho como um todo.

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CAPÍTULO 1

SAÚDE (NO TRABALHO): DIREITOS DE QUEM?

DEVERES DE QUEM? DISCUSSÕES CONCEITUAIS E

DEFINIÇÕES.

A tradição das análises supõe um jogo de escalas importante para o

êxito das observações que partem das macro para as micro-análises.

Consideramos imprescindíveis estas referências para uma possível

compreensão dos processos que desencadearam as discussões do que trata

este trabalho, isto é, da segurança, meio-ambiente e saúde relacionados às

atividades laborais tendo como foco o trabalhador.

Convém salientar que tais preocupações praticamente inexistiam nas

relações de trabalho dos processos produtivos inaugurados pela Revolução

Industrial, de cujo advento a História dá conta de relatar as condições

subumanas que permeavam tais relações, o confinamento dos operários nas

fábricas, a jornada exaustiva de trabalho e as condições insalubres, entre

outras, as quais invariavelmente resultavam na enfermidade da classe

trabalhadora, a qual era ainda agravada por epidemias que dizimavam grandes

contingentes de trabalhadores e suas famílias em razão da precariedade

estrutural com que se deparava a massa trabalhadora que migrara para as

cidades onde estavam os meios de produção.

Portanto, no que se referem às questões pertinentes à saúde do e no

trabalho, é somente no pós-guerra que avistamos uma primeira preocupação a

partir da elaboração e publicação feita pela ONU (Organização das Nações

Unidas) em 1948 da DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS,

explicitada nos artigos abaixo transcritos:

Artigo XXIII

Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de

emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à

proteção contra o desemprego.

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Artigo XXIV –

Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive a

limitação razoável das horas de trabalho e a férias

periódicas remuneradas.

Artigo XXV

Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de

assegurar a si e a sua família saúde e bem-estar,

inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados

médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à

segurança em caso de desemprego, doença, invalidez,

viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de

subsistência em circunstâncias fora de seu controle.1

Nota-se, a partir de tais princípios, uma lenta e gradativa mudança na

compreensão que a sociedade tem dos direitos e deveres individuais e

coletivos que passariam então a reger as relações entre empresa e trabalhador

ou patrão e empregado. No bojo dessas questões estão, indubitavelmente, os

elementos para a concepção de uma consciência ambiental que contempla o

homem, isto é, uma ecologia social que dá perspectiva e consolida, nos dias

atuais, um conjunto de normas apreciadas legalmente para nivelar as relações

existentes entre trabalho, saúde, segurança e meio ambiente no interior das

empresas, sobretudos aquelas cujos processos produtivos ofereçam a

possibilidade de riscos em função da atividade, do uso de equipamentos

complexos e/ou que se utilizem matéria-prima ou materiais perigosos, bem

como a produção de lixo e rejeitos químicos. Além destes, fatores relacionados

à saúde ocupacional são também pontos que pertinem à questão.

1 WORLD HEALTH ORGANIZATION . The Universal Declaration of Human Rights adopted and proclaimed by the General Assembly of the United Nations On December 10, 1948. Disponível em: <www.un.org/Overview/rights.html> Acesso em: 19/06/2007.

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13 Em 1946, uma definição de saúde por parte da Organização Mundial

de Saúde (OMS), antecede e dá suporte aos artigos XXIII, XXIV e XXV da

Declaração dos Direitos Humanos da ONU ao indicar nos preâmbulos de sua

constituição a saúde como um “estado de completo bem-estar físico, mental e

social, e não apenas a ausência de doenças e enfermidades”.2

Considerando a questão do que representa o trabalho para o homem,

seu valor moral e social, entendemos que o mesmo pesa sobremaneira no

aspecto da salutaridade percebida destas relações, já que o trabalho é o meio

através do qual o homem provê sustento para si e/ou para sua família. Logo,

além desta, outras questões estão seriamente envolvidas nesta relação que

consome, no mínimo, um terço do tempo de vida das pessoas. Possivelmente,

a grande maioria das doenças adquiridas pelo ser humano está relacionada ao

seu ambiente de trabalho e às atividades laborais propriamente ditas, quer

sejam estas manuais ou intelectuais. Na verdade, ambas as formas submetem

o trabalhador a pressões que podem (e geralmente o fazem) induzir a um

estado de saúde desequilibrado.

No Brasil, orientadas ou influenciadas por preceptores internacionais

como os acima referenciados, surgem definições que, consagradas pela

Constituição Brasileira, fundamentam leis de valor irredutível para o trato da

saúde do trabalhador nas esferas pública e privada. Assim, na Carta Magna de

1988, temos a saúde como um direito fundamental do homem. Apenas em seu

preâmbulo, embora curto, pode-se enxergar dois termos bastante carregado

das significações de que os direitos sociais do trabalhador vão se valer e nos

quais estão implícitos os temas abordados nessa monografia, cujos

desdobramentos são adiante adequadamente tratados em artigos ou incisos

específicos da referida Constituição:

2 Preâmbulo da Constituição da OMS adotada na Conferência Internacional sobre Saúde, New York, USA, de 19 a 22 de junho de 1946, (Official Records of the WORLD HEALTH ORGANIZATION, n.2, p.100), reafirmada em 07de abril de 1948, e não modificada desde então (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2005).

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14 Preâmbulo

Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em

Assembléia Nacional Constituinte para instituir um

Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício

dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a

segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a

igualdade e a justiça como valores supremos de uma

sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos,

fundada na harmonia social e comprometida, na ordem

internacional, com a solução pacífica das controvérsias,

promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte

Constituição da República Federativa do Brasil. [o grifo é

nosso]3

Na mesma carta, em seu artigo 196, lemos:

A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido

mediante políticas sociais e econômicas que visem à

redução do risco de doença e de outros agravos e ao

acesso universal e igualitário às ações e serviços para

sua promoção, proteção e recuperação.

Na Lei 8080/90, temos a seguinte afirmação em seu artigo 2º.

Parágrafo 3º:

A saúde tem como fatores determinantes e

condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o

saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a

renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso a

bens e serviços essenciais: os níveis de saúde da

3 Constituição Federal de 1988. Organizado pelo professor Francisco Nobre (Uerj/Bennet/Cepad) com as modificações verificadas até a Emenda Constitucional 9/95, já incluídas no texto. Arquivo pdf, disponível em http://www.culturabrasil.org/artigo5.htm. Acesso em: 19/06/2007.

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15 população expressam a organização social e econômica

do País [os grifos são nossos]4

Em seu Capítulo II, do que tratam os direitos sociais do trabalhador,

encontram-se garantias para gozo dos direitos, conforme Art. 7º, Inciso XXII,

transcritos abaixo:

• Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros

que visem à melhoria de sua condição social:

• XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de

saúde, higiene e segurança;

Além da Constituição, legislações específicas tratam das questões

relacionadas ao trabalhador e às empresas nas quais estes trabalham,

independentes de vínculos diretos. Isto quer dizer que as normas se aplicam

aos prestadores de serviços, terceirizados e até àqueles que, ocasionalmente,

ingressem no interior da empresa para serviço, mesmo que sua permanência

seja muito curta, que pode ser o tempo de uma descarga de material ou o

carregamento destes feitos por motoristas e auxiliares de uma empresa

transportadora.

A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) no Capítulo V, Seção I, os

artigos 157 e 158, respectivamente, determinam:

Art. 157. Cabe às empresas:

I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;

II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções

a tomar no sentido de

evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais;

4 BRASIL. Lei nº. 8.080, de 19 de setembro de 1999. Dispõe sobre as condições para a promoção proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. In: ___________. O SUS e o controle social: guia de referência para conselhos municipais. Brasília: Ministério da Saúde, 1998.

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16 III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional

competente;

IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.

__________

Art. 158. Cabe aos empregados:

I - observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as

instruções de que trata o item II

do artigo anterior;

II - colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo.

Parágrafo único. Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:

a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II

do artigo anterior;

b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa.5

Estados e municípios, subordinados às leis superiores, são também

responsáveis pela elaboração de normas complementares que facilitem a

fiscalização e obriguem a aplicação das mesmas a fim de garantir ambiente de

trabalho seguro e salutar aos trabalhadores no interior das empresas. Como

exemplo, podemos citar as DRTs (Delegacias Regionais do Trabalho), as quais

operam no âmbito estadual com secretarias ou agências nos municípios

brasileiros. Todavia, além destas, órgãos ambientais também cooperam para

uma melhor sintonia entre trabalhadores, equipamentos, segurança, saúde e

meio ambiente que envolve as atividades laborais.

Em escala menor, porém não menos importante, ao contrário, estão as

comissões internas de prevenção de acidentes, a conhecida CIPA, que é a

ponta pragmática das normas e estruturas teóricas disponíveis. As empresas,

além deste dispositivo, estão também para uma tendência que passa pela

busca de resultados qualitativos no que se refere às questões de segurança no

trabalho, os quais referendam uma imagem positiva das mesmas junto aos

clientes e à opinião pública, entre outros. Para tanto, além da obrigatoriedade,

5 Redação dada pela Lei nº 6.514/77

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17 investem na contratação de profissionais qualificados, como técnicos de

segurança e fisioterapeutas, a fim de atender exigências legais ao mesmo

tempo em que reduz ou elimina quadros de morbidade, podendo contar com

uma força de trabalho sadia e motivada.

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CAPÍTULO 2

NORMAS E REGULAMENTOS (NRs): AFINAL, A

CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO?

O mundo do trabalho é por natureza complexo e agitado. É oportuno

considerar que, uma vez tendo se constituído as relações entre capital e

trabalho, estas duas categorias estiveram historicamente em constante

oposição. As tensões que sempre presidiram estas forças opostas foram

notadamente uma espécie de combustível utilizado pelos movimentos sociais

nas lutas de classes, entre os quais, de interesse para o nosso trabalho, está o

movimento dos trabalhadores e, por extensão, os movimentos sindicais.

Os movimentos trabalhistas sempre estiveram engajados numa luta pela

conquista de algumas garantias essenciais e por condições de trabalho mais

dignas para a classe trabalhadora, já que os detentores dos meios de

produção, obedecendo à lógica capitalista e movidos pela obsessão ao lucro

como também orientados pelo pêndulo desigual da lei da oferta e da procura

subtraíam o valor da força de trabalho dos indivíduos, explorando suas

capacidades produtivas até a exaustão.

Atualmente podemos considerar uma conquista - conquanto ainda

perdurem formas sutis ou explícitas de exploração do trabalho humano, mesmo

em sociedades ditas desenvolvidas - o fato de o trabalhador ter sido

promovido do status de empregado ao de colaborador, se não na política real

das empresas, ao menos na linguagem do empresariado moderno.

É importante assinalar a distância que se percebe da ausência de leis ou

medidas em favor do trabalhador, incluindo a não preocupação com seu bem-

estar físico em face das condições materiais e ambientais geralmente precárias

das instalações ou postos de trabalho num passado não tão distante para o

contexto atual onde, ao menos, vigoram leis e normas para a proteção do

trabalhador em seu ambiente de trabalho e até fora dele.

É no bojo dessas considerações que passamos a examinar algumas

poucas entre as muitas chamadas Normas Regulamentadoras (NRs), cujas

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19 diretrizes são determinadas por leis, sobretudo na CLT. Para tanto, veremos

as disposições gerais destas normas, exaradas na NR1, cujo teor fundamenta-

se legalmente nos artigos 154 a 159 e suas alíneas e incisos de que tratam o

Cap. V da CLT, cuja redação foi dada pela Lei 6.514 de 22/12/77:

Nas suas disposições gerais, estabelece o campo de aplicação de todas

as Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho do

trabalho urbano, bem como os direitos e obrigações do Governo, dos

empregadores e dos trabalhadores no tocante a este tema específico.

A coordenação, controle, orientação e supervisão ao nível nacional

quanto à implementação e cumprimento das normas por todas as empresas

que possuam empregados em seus quadros funcionais de acordo com o item

1.3 desta NR é de competência da Secretaria de Segurança e Saúde no

Trabalho – SSST, ao passo que à Delegacia Regional do Trabalho - DRT, nos

limites de sua jurisdição, como órgão regional, compete executar as atividades

relacionadas com a segurança e medicina do trabalho, inclusive a Campanha

Nacional de Prevenção dos Acidentes do Trabalho - CANPAT, o Programa de

Alimentação do Trabalhador - PAT e ainda a fiscalização do cumprimento dos

preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho.

Uma leitura ainda que superficial das NRs não deixa escapar a

multilateralidade das normas que regem as relações de trabalho no atual

contexto brasileiro. Governo, empresas (públicas e privadas) e trabalhadores

são co-responsáveis pelo cumprimento das normas, tendo em vistas habilitar

perante o conjunto de leis nas esferas nacional, estadual e municipal

empregadores e empregados em todo o território nacional.

As empresas se diferenciam entre si quanto aos riscos que podem

oferecer, e o grau de periculosidade a que expõem seus colaboradores

também varia em função do tipo de atividade que exercem nos processos

produtivos. Dadas essas peculiaridades, a legislação dispõe de um número

nada desprezível de normas, que vai além de uma dezena, as quais buscam

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20 contemplar os diferentes aspectos que se relacionam às rotinas de trabalho no

interior das empresas a fim de assegurar meios seguros de exercício laboral a

todos os envolvidos na engrenagem funcional das mesmas. Assim, numa única

base, por exemplo, podem vigorar uma variada quantidade de normas

regulamentadoras tendo em vistas satisfazer as exigências que conferem aos

locais de trabalho o status de ambiente seguro para o trabalhador.

2.1 – Norma Regulamentadora nº 1 (RN1) – Disposições Gerais

A NR1, qualificada como normas gerais e assim entendida para

determinar o posicionamento de cada categoria quanto ao cumprimento desta

e das demais normas específicas, esclarece quanto ao seu cabimento nos

itens 1.7 e 1.8 e seus sub-itens:

Cabe ao empregador:

a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre

segurança e medicina do trabalho;

b) elaborar ordens de serviço sobre segurança e medicina do trabalho,

dando ciência aos empregados, com os seguintes objetivos:

I - prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho;

II - divulgar as obrigações e proibições que os empregados devam conhecer e

cumprir;

III - dar conhecimento aos empregados de que serão passíveis de punição,

pelo descumprimento das ordens de serviço expedidas;

IV - determinar os procedimentos que deverão ser adotados em caso de

acidente do trabalho e doenças profissionais ou do trabalho;

V - adotar medidas determinadas pelo MTb;

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21 VI - adotar medidas para eliminar ou neutralizar a insalubridade e as condições

inseguras de trabalho.

c) informar aos trabalhadores:

I - os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho;

II - os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela

empresa;

III - os resultados dos exames médicos e de exames complementares de

diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos;

IV - os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho.

d) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a

fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina

do trabalho.

Cabe ao empregado:

a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e

medicina do trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo

empregador;

b) usar o EPI fornecido pelo empregador;

c) submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas

Regulamentadoras - NR;

d) colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentadoras

- NR;

(1.8.1.) Constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado ao

cumprimento do disposto no item anterior.

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22 (1.9.) O não-cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre

segurança e medicina do trabalho acarretará ao empregador a aplicação das

penalidades previstas na legislação pertinente.

(1.10.) As dúvidas suscitadas e os casos omissos verificados na execução das

Normas Regulamentadoras - NR serão decididos pela Secretaria de Segurança

e Medicina do Trabalho - SSMT

Interessa-nos, por ora, ressaltar o que preceituam os itens 1.8.1 e 1.9 da

referida norma para observar que a segurança do trabalhador não o isenta de

agir em conformidade com esta e com as demais normas regulamentadoras e

que, por pressuposto, as condições para a existência de um ambiente seguro

de trabalho não dependem, absolutamente, de ações isoladas ou unilaterais. O

sucesso dos programas está, sem sombra de dúvidas, na integração dos meios

físicos, materiais e humanos que suportam e justificam as ações com vistas

aos resultados que se esperam alcançar.

Dentre o conjunto das normas que regulamentam as condições do

trabalho no Brasil, para o estudo da empresa que ora nos serve de referência à

pesquisa que desenvolvemos, elegemos, além da já referida NR1, as NR5

(Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA), NR7 (Programa de

Controle Médico e Saúde Ocupacional – PCMSO), NR 9 (Programa de

Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA), NR11 (Transporte, Movimentação,

Armazenagem e Manuseio de Materiais – TMAMM) e NR17 (Ergonomia).

2.2 – Norma Regulamentadora nº 5 (NR5) - CIPA

A lei estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas

organizarem e manterem em funcionamento, por estabelecimento, uma

comissão constituída exclusivamente por empregados com o objetivo de

prevenir infortúnios laborais, através da apresentação de sugestões e

recomendações ao empregador para que melhore as condições de trabalho,

eliminando as possíveis causas de acidentes do trabalho e doenças

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23 ocupacionais. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá

embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 163 a 165 da CLT.

Assim, as empresas estão obrigadas a formar, orientadas pela NR5,

uma comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA) com o objetivo de

”prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho de modo a tornar

compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a

promoção da saúde do trabalhador”.

A Lei nº. 8.213, de 24 de julho de 1991, alterada pelo Decreto nº.

611, de 21 de julho de 1992, no artigo 19º esclarece quanto ao que pode

ser enquadrado na categoria de acidente de trabalho e determina que:

Acidente do Trabalho é aquele que ocorre pelo exercício

do trabalho, a serviço da empresa ou ainda, pelo serviço

de trabalho de segurados especiais, provocando lesão

corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a

perda ou redução da capacidade para o trabalho,

permanente ou temporária.

A organização desta comissão prevê sua composição por elementos

que representem, respectivamente, empregador e empregados na qualidade

de titulares e suplentes, eleitos por escrutínio secreto quando representem os

empregados e designados diretamente quando representem os empregadores.

A comissão de que trata a NR5, portanto, tem atribuições cujas

aplicações estão especificadas e devem ser implementadas, por seu turno,

através de seus membros, representantes das classes trabalhadora e

empregadora. O texto também estabelece critérios de funcionamento, que vai

desde as reuniões, presidida e secretariada por membros eleitos com registro

em ata, passando pela questão do treinamento com carga horária mínima de

vinte horas que contemplem, basicamente, o estudo do ambiente, das

condições de trabalho e dos riscos originados dos processos produtivos bem

como a metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do

trabalho, noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS e

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24 medidas de prevenção, noções sobre as legislações trabalhistas e

previdenciárias relativas à segurança e saúde no trabalho além dos princípios

gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos, etc.

A prevenção de acidentes é imperiosa quando se verificam as

estatísticas no Brasil. Os números impressionam e tanto as empresas quanto a

seguridade social se ressentiram das perdas que representava a ausência de

um contingente tão expressivo de trabalhadores com afastamento motivado por

doença incapacidade ou morte resultantes de suas relaçoes de trabalho ao

ponto de estas preocupações passaram a se refletir em políticas de saúde

voltadas para as relações trabalho/doença, redundando em normas e

regulamentos legais para o segmento. Os dados da tabela abaixo, embora com

ressalvas, falam por si só. Cumpre-nos esclarecer, todavia, que as ressalva a

que nos referimos é feita com base nas suspeitas que são levantadas por

(MENDES, 1986 apud OLIVEIRA, M. H. B. de & VASCONCELLOS, L C. F.,

1992) quanto à veracidade das informações oficiais que até então têm servido

às pesquisas a respeito das doenças profissionais no Brasil ao assinalar que

em relação à ocorrência das doenças profissionais em

nosso país, ocorre um fenômeno comum a outros países

em mesmo estágio de desenvolvimento, ou seja, sua

incidência, a julgar pelas estatísticas oficiais, é

extremamente baixa. Prossegue ainda o autor: contudo,

não é difícil suspeitar que a verdadeira situação não é tão

favorável assim. Devem estar ocorrendo tanto a falta de

diagnóstico quanto o sub-registro dos casos

diagnosticados.

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25 :Número de Acidentes e Doenças do Trabalho no Brasil de 1970 a 2002

Acidentes Ano* Trabalhadores

Típico Trajeto

Doenças Total Acidentes

Acidentes 100 mil trab.

Óbitos

Óbitos 100 mil trab.

Óbitos 10 mil acid.

1970 7.284.022 1.199.672 14.502 5.937 1.220.111 16.750 2.232 31 18

1971 7.553.472 1.308.335 18.138 4.050 1.330.523 17.614 2.587 34 19

1972 8.148.987 1.479.318 23.389 2.016 1.504.723 18.465 2.854 35 19

1973 10.956.956 1.602.517 28.395 1.784 1.632.696 14.900 3.173 29 19

1974 11.537.024 1.756.649 38.273 1.839 1.796.761 15.573 3.833 33 21

1975 12.996.796 1.869.689 44.307 2.191 1.916.187 14.473 4.001 31 21

1976 14.945.489 1.692.833 48.394 2.598 1.743.825 11.667 3.900 26 22

1977 16.589.605 1.562.957 48.780 3.013 1.614.750 9.733 4.445 27 28

1978 16.638.799 1.497.934 48.511 5.016 1.551.461 9.324 4.342 26 28

1979 17.637.127 1.388.525 52.279 3.823 1.444.627 8.190 4.673 26 32

Média Anos 70

12.428.828 1.535.843 36.497 3.227 1.575.566 13.696 3.604 30 23

1980 18.686.355 1.404.531 55.967 3.713 1.464.211 7.835 4.824 26 33

1981 19.188.536 1.215.539 51.722 3.204 1.270.465 6.620 4.808 25 38

1982 19.476.362 1.117.832 57.874 2.766 1.178.472 6.050 4.496 23 38

1983 19.671.128 943.110 56.989 3.016 1.003.115 5.099 4.214 21 42

1984 19.673.915 901.238 57.054 3.233 961.575 4.887 4.508 23 47

1985 21.151.994 1.010.340 63.515 4.006 1.077.861 5.095 4.384 21 41

1986 22.163.827 1.129.152 72.693 6.014 1.207.859 5.449 4.578 21 38

1987 22.617.787 1.065.912 64.830 6.382 1.137.124 5.027 5.738 25 50

1988 23.661.579 926.354 60.202 5.025 991.581 4.190 4.616 19 47

1989 24.486.553 825.081 58.524 4.838 888.443 3.628 4.554 18 51

Média Anos 80

21.077.804 1.053.909 59.937 4.220 1.118.071 5.388 4.672 22 42

1990 23.198.656 632.012 56.343 5.217 693.572 2.989 5.355 23 77

1991 23.004.264 579.362 46.679 6.281 632.322 2.748 4.527 20 72

1992 22.272.843 490.916 33.299 8.299 535.514 2.390 3.516 16 66

1993 23.165.027 374.167 22.709 15.417 412.293 1.779 3.110 13 75

1994 * 23.667.241 350.210 22.824 15.270 388.304 1.640 3.129 13 81

1995** 23.755.736 374.700 28.791 20.646 424.137 1.785 3.967 17 94

1996 23.830.312 325.870 34.696 34.889 395.455 1.659 4.488 19 113

1997 24.104.428 347.482 37.213 36.648 421.343 1.747 3.469 14 82

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26 1998 24.491.635 347.738 36.114 30.489 414.341 1.691 3.793 15 92

1999**** 24.993.265 326.404 37.513 23.903 387.820 1.151 3.896 16 100

Média Anos 90

23.648.341 414.886 35.618 19.706 470.210 1.998 3.925 17 85

2000*** 26.228.629 304.963 39.300 19.605 363.868 1.387 3.094 12 85

2001*** 26.966.897 282.965 38.799 18.487 340.251 1.259 2.753 9 81

2002**** 320.398 46.621 20.886 387.905 2.898 75

2.3 – Norma Regulamentadora nº 7 (NR7) – PCMSO

A preocupação com a saúde do trabalhador está incorporada em

praticamente todas as NRs. Portanto, as regras para o estabelecimento de um

programa de controle médico e saúde ocupacional (PCMSO) está contido na

NR7. Este programa foi criado em 1994 pela portaria 24 de 29/12/94 da

Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho visando uma ação mais efetiva

na área de saúde ocupacional, com ênfase na prevenção de patologias e

seqüelas tendo como objetivo final a saúde do trabalhador.

O programa leva em consideração que a definição de saúde supera a

simples ausência de doenças, a qual é mais bem compreendida como um

estado geral de bem estar físico e mental, com prolongamento de expectativa e

melhoria da qualidade de vida, com minimização da incidência de alterações

patológicas e incapacidades já que toda a patologia do trabalho pode ser

evitada e sua metodologia de ação deve se orientar pela seguinte ordem:

Fonte: BEAT, INSS. A partir de 1996 os dados foram extraídos da CAT - Comunicação de Acidentes de Trabalho e SUB - Sistema Único de Benefícios, desenvolvidos pela Dataprev que processa as informações provenientes dos postos de benefícios. A Previdência enfatiza que os dados são parciais, estando sujeitos a correções. * Dados parciais faltando CE out a dez, RS abr a dez, DF jun a dez, AC e RO jan a dez. ** Dados parciais faltando MA ago a dez, RS jan a dez e DF ago a dez. *** Dados de 99, 2000 e 2001 conforme última revisão da Previdência divulgada em setembro de 2003. **** Dados de 2002 são preliminares e estão sujeitos a correções. Nota: De 1970 a 1984 a fonte de referência da coluna Trabalhadores era a Coordenação Geral de Estatística e Atuária, que identificava o número de trabalhadores segurados. A partir de 1985, passamos a adotar como fonte de referência para esta coluna o número de trabalhadores formais de acordo com o MTE/RAIS.

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27 1- Avaliação dos riscos ocupacionais existentes

2- Compreensão das relações entre o trabalho e o conceito de saúde-doença

dos trabalhadores, refletindo-se sobre a atenção à saúde prestada.

3- Possibilidade / necessidade de mudanças no processo de trabalho

4- Abordagem multidisciplinar e intersetorial das ações, na perspectiva de uma

visão totalitária.

5- Participação dos trabalhadores, enquanto sujeitos de vida e saúde, no

processo de preservação das condições ideais de saúde.

O programa visa à melhoria das condições de saúde e integridade física

dos trabalhadores com ações médicas de ordens construtivas, preventivas,

educativas e até administrativa, buscando o controle epidemiológico, a

elaboração de um roteiro que possibilite a análise e estabelecimento de dados

estatísticos de resultados considerados anormais. A coordenação do PCMSO é

desenvolvida por médico do trabalho e seu desenvolvimento baseia-se

fundamentalmente em seis pontos. O primeiro consiste na realização dos

exames médicos ocupacionais previstos na NR7, que são:

a) Exame admissional è realizado antes da admissão do funcionário pela

empresa.

b) Exame periódico è Conforme a natureza da função exercida, exposição a

riscos e idade.

c) Exame de retorno à atividade è a ser realizado quando do retorno efetivo do

funcionário que se ausentar por período igual ou superior a 30 dias por licença

médica ou licença maternidade.

d) Exame de mudança de função è Antes de sua conscientização, desde que

esta implique em exposição do trabalhador a riscos diferentes dos existentes

anteriormente.

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28 e) Exame demissional è Executado até a data da homologação, desde que o

último exame médico ocupacional tenha sido realizado há mais de 135 dias.

O segundo consiste na avaliação do estado de saúde de cada

empregado, individualmente para verificação da exposição excessiva ou não

do trabalhador aos agentes potencialmente nocivos, sem correspondência

clínica, isto é, sem sintomatologia ou outros sinais afim de que, caso positivo,

seja este afastado do local de trabalho ou da exposição ao fator de risco até

que esteja normalizado o indicador biológico de exposição e medidas de

controle do ambiente sejam adotadas.

O terceiro está relacionado com a avaliação das condições de saúde

dos empregados como um todo, considerando o estudo das condições de

trabalho, as patologias mais freqüentes e o estabelecimento de nexo causal

entre estes fatores.

O quarto consiste no estabelecimento de um conjunto de medidas que

serão justificadas pelos dados colhidos nas etapas anteriores visando à

prevenção ou detecção precoce dos agravos à saúde, compreendendo exames

clínicos e complementares, palestras e cursos e vacinação, além de outras

possíveis ações.

O quinto consiste na efetiva implementação das medidas sugeridas pela

empresa através de médico do trabalho ou profissional da área competente.

O sexto, finalmente, consiste no acompanhamento posterior e avaliação

dos resultados a fim de se realizar as correções que se façam necessárias ao

bom andamento do programa.

2.4 – Norma Regulamentadora nº 9 – (NR9) - PPRA

O programa de que trata esta norma visa estabelecer prazos para

cumprimento de eventos relativos à Segurança do Trabalho que obedece ao

cronograma contido neste para, através de levantamento pericial, descrever os

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29 locais de trabalho e suas condições de salubridade. As ações do PPRA

(Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) conjugam as

responsabilidades do empregador com a participação dos trabalhadores para

seu desenvolvimento eficaz no âmbito de cada ambiente da empresa, ficando

sua abrangência e profundidade dependentes das características dos riscos a

serem avaliados. O levantamento ambiental baseia-se na análise dos agentes

físicos, químicos e biológicos cuja agressividade, possivelmente, exponha os

trabalhadores às condições insalubres.

A norma em questão caracteriza os agentes da seguinte forma:

a) Agentes Físicos è ruído, iluminação, temperatura, umidade e radiação;

b) Agentes Químicos è poeira, gases, vapores, compostos químicos em geral;

c) Agentes Biológicos è bactérias, vírus, lixos orgânicos;

d) Agentes Ergonômicos è esforço físico intenso, postura inadequada,

trabalho em turno noturno, jornadas e trabalhos prolongados;

e) Riscos de Acidentes

O PPRA foi desenhado para comportar uma estrutura capaz de

responder aos limites de segurança no trabalho reclamados por padrões

internacionais. Para tanto, se orienta pelos seguintes tópicos, implícitos ou

explícitos na NR9:

Composição: Compreende a elaboração de mapa de riscos ambientais e

avaliação com antecipação, reconhecimento e controle dos mesmos.

Cronograma: Compreende o estabelecimento de prazos para cumprimento de

eventos.

Estratégia e Metodologia de Ação: orientam a forma e os meios que podem

ser utilizados para implementação do programa que compreende a

conscientização dos funcionários para os riscos ambientais existentes na

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30 empresa e nos ambientes de trabalho ao mesmo tempo em que implantam, de

forma gradual e constante, instrumentos de informação acessíveis ou dirigidos

aos mesmos.

Registro, Manutenção e Divulgação dos Dados: O cronograma, embora não

seja o único instrumento, é o meio essencial para efetuação de registros

observáveis nos períodos assinalados conforme eventos previstos e

imprevistos e sua manutenção deverá ficar a cargo de profissional competente

na área, que atue em departamento técnico em segurança e medicina do

trabalho, podendo sua divulgação ser efetuada através de quadro de avisos,

circulares, periódicos, reuniões, etc.

2.5 – Norma Regulamentadora nº 11 – (NR11) - TMAMM

A matéria desta norma estabelece os requisitos de segurança a serem

observados nos locais de trabalho, no que se refere ao transporte, à

movimentação, à armazenagem e ao manuseio de materiais, tanto de forma

mecânica quanto manual, objetivando a prevenção de infortúnios laborais. A

fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à

existência desta NR, são os artigos 182 e 183 da CLT.

Portarias de Alteração:

Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 (DOU de 06/07/78)

Portaria SIT n.º 56, de 17 de julho de 2003 (DOU de 18/07/03)

Portaria SIT n.º 82, de 01 de junho de 2004 (DOU de 02/06/04)

Recorrendo-se a algumas estatísticas disponíveis é possível verificar os

números de acidentes responsáveis por quadros de morbidade ou fatalidade no

seio da classe trabalhadora conseqüentes das operações realizadas no

ambiente de trabalho por meio de máquinas e equipamentos mecânicos. A

matéria desta NR vem justamente regulamentar as condições para a utilização

e o funcionamento seguros destes equipamentos a fim de resguardar o

trabalhador de elementos e fatores que ponham em risco sua saúde, sua

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31 integridade física e sua vida. Transcrevemos os primeiros itens desta norma

com a finalidade de esclarecer mais sobre o assunto em questão:

§ Normas de segurança para operação de elevadores, guindastes,

transportadores industriais e máquinas transportadoras.

§ Os poços de elevadores e monta-cargas deverão ser cercados,

solidamente, em toda sua altura, exceto as portas ou cancelas

necessárias nos pavimentos.

§ Quando a cabina do elevador não estiver ao nível do pavimento, a

abertura deverá estar protegida por corrimão ou outros dispositivos

convenientes.

§ Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como

ascensores, elevadores de carga, guindastes, monta-carga, pontes-

rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes,

transportadores de diferentes tipos, serão calculados e construídos de

maneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e

segurança e conservados em perfeitas condições de trabalho.

§ Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes,

roldanas e ganchos que deverão ser inspecionados, permanentemente,

substituindo-se as suas partes defeituosas.

§ Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima

de trabalho permitida.

2.6 – Norma Regulamentadora nº 17 – (NR17) - Ergonomia

A NR17 visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das

condições de trabalho às condições psicofisiológicas dos trabalhadores, de

modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho

eficiente. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento

jurídico à existência desta NR, são os artigos 198 e 199 da CLT.

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32 Cabe salientar a influência das tendências européia e americana sobre

as normas vigentes para o entendimento da matéria de que trata esta NR,

conforme artigo publicado no site do IBEA e ABRASP por doutor Nader Bujan

Lamas, médico, clínico geral com especialização em Medicina do Trabalho pela

Universidade São Francisco e Pós-graduação em Medicina Desportiva pela

Escola Paulista de Medicina:

1ª) tendência americana: Ergonomia dos métodos e das tecnologias,

americana, contínua necessidade de adaptação da máquina ao homem.

2ª) tendência européia: Ergonomia da organização do trabalho, européia,

estudo da inter-relação entre o homem e o trabalho, como o homem “sente” e

“experimenta” o trabalho.6

A ergonomia, portanto, se sustenta sobre o tripé conforto-segurança-

eficiência perfeitamente integrado ao ambiente de trabalho com vistas ao bem

estar físico, mental e psicológico do trabalhador e conseqüentemente aos

resultados mais qualitativos das atividades por este realizadas em sua jornada

de trabalho.

É oportuno também mencionar que as doenças ergonômicas, entre as

quais as mais amplamente conhecidas pelas siglas L.E.R. (Lesões por

Esforços Repetitivos) e D.O.R.T. (Disfunção Osteomuscular Relacionada ao

Trabalho) são o motivo (ainda) de inúmeros casos de afastamento do

trabalhador de suas atividades laborais, aumentando as estatísticas sobre

morbidade.

6 O QUE É ERGONOMIA? - Uma Definição: "Estudo entre o homem e o seu trabalho, equipamentos e meio ambiente". Disponível em: http://www.ibea-abrasp.com.br/website/conteudo.asp?id_ _website_ categoria_conteudo=6218&cod=1842&idi=1> Acesso feito em 08/07/2007.

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33

CAPÍTULO 3

CARACTERIZANDO A INFRAESTRUTURA DA

EMPRESA PESQUISADA

Antes de quaisquer considerações, julgamos procedente iniciar o

presente capítulo esclarecendo alguns pontos.

O primeiro diz respeito à concessão que recebemos, isto é, a permissão

para realizar trabalhos de campo no interior da empresa pesquisada de modo

que as informações constantes deste trabalho de monografia são de fato

existentes, ou seja: dados reais que fazem parte da rotina e do acervo da

mesma.

Por conseguinte, esclarecemos que não obtivemos a mesma permissão

para divulgar o nome da empresa nem sua localização exata, restando-nos

apenas a opção de qualificá-la como uma empresa multinacional que atua no

ramo petrolífero, mais especificamente no segmento de óleo e gás, na

categoria on-shore e off-shore, que presta serviços diretos à PETROBRÁS

tendo sua base de operações no município de Macaé, Estado do Rio de

Janeiro, Brasil.

Comprometidos com essa postura, utilizamos os dados coletados ao

longo das pesquisas com a máxima fidelidade aos registros que nos serviram

de fonte, bem como às observações in loco procedidas durante o trabalho.

Tendo em vistas algumas restrições impostas ao nosso acesso no

interior de algumas áreas, passamos a contar com o auxílio de alguns

profissionais, principalmente da área de segurança do trabalho, a fim de obter

dados e informações que consideramos relevantes para esta pesquisa.

Na tentativa de observar com mais liberdade e clareza o movimento

diário resultante das atividades em operação na referida empresa (a qual, para

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34 não ser expressão muitos vezes repetidas, denominaremos doravante

simplesmente BASE), elegemos a portaria como local mais privilegiado de

nossas observações, o qual será adiante adequadamente descrito como parte

do complexo de instalações físicas da base.

Cumpre-nos esclarecer, portanto, que dadas às circunstâncias que

presidiram sobre as condições do trabalho que empreendemos, reduzimos as

escalas de análise de modo que nos permitissem alcançar resultados

legitimamente mensuráveis. Não entendemos isto como uma redução da

qualidade ou da significação dos dados percebidos uma vez que estes nos

forneceram subsídios suficientes para identificação dos elementos e fatores

aos quais nos propusemos examinar.

No que diz respeito aos elementos, podemos caracterizá-los da seguinte

forma:

1- Instalações físicas, compreendendo a área construída que inclui portaria

(guarita), prédios com salas, banheiros, vestiários, refeitórios, auditório,

etc., galpão de reparos e oficinas, almoxarifados, tendas de lonas

externas, containeres, estacionamentos, área de carga e descarga e

pátio interno.

2- Equipamentos eletro-mecânicos, máquinas, motores, bombas,

instrumentos de medição, aferição, radiação, etc., veículos automotores,

empilhadeiras, guindastes, gruas, elevadores e ferramentas em geral.

3- Produtos e resíduos químicos como óleo, tinta, etc.

4- Recursos Humanos: Trabalhadores e prestadores de serviço.

5- Ambiente, meio.

6- Informação.

Quanto aos fatores, considerando a definição dada por Ferreira como

“aquilo que contribui para um resultado”, podemos caracterizá-los como sendo,

nesse contexto, os processos produtivos, a relação homem-máquina, a

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35 integração do homem com o meio, a manutenção dos equipamentos, a

existência ou não de políticas de segurança, saúde e meio ambiente no

trabalho, a conscientização dos riscos e a observância de leis, normas e

regulamentos que regem as relações de trabalho.7

O movimento de veículos pesados no interior da fábrica é intenso. Na

portaria é realizado um rígido controle do acesso dos veículos e de seus

ocupantes que só tem o acesso liberado após autorização das respectivas

áreas e após registro de ambos, verificação, quando for o caso, de

credenciamento pelo setor de SMS (integração e Atestado de Saúde

Ocupacional - ASO) e verificação de EPIs (Equipamentos de Proteção

Individual).

Os materiais que ingressam na base, via de regra são transportados por

carretas com três eixos ou mais e pertencem à Petrobrás, os quais chegam

para serem recuperados. As dimensões e o peso destes materiais são de uma

grandeza tal que necessitam de veículos especiais, longos e de pranchas

baixas, os quais só trafegam com escolta de carros sinalizados a fim de alertar

os circunstantes sobre o perigo da carga transportada.

A movimentação da carga exige também uso de equipamentos pesados,

como empilhadeiras, guindastes, elevadores e gruas de modo que a operação

destes equipamentos precisa ser realizada por profissional qualificado e com

coberturas especiais, como seguro de vida e plano de saúde, dada a

periculosidade da mesma. Nestas operações identificamos os fatores de risco a

que o profissional rotineiramente se expõe.

Tendo em vistas as constatações acima, procuramos verificar a

existência de um profissional de SMS para detectar uma política de segurança,

saúde e meio ambiente no trabalho. A empresa conta com esse profissional, o

qual implementa ações de prevenção de acidentes e meio ambiente, que inclui 7 Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda. 1910-1989. Miniaurélio Século XXI Escolar; o minidicionário da língua portuguesa / Aurélio Buarque de Holanda Ferreira; coordenação de edição, Margarida dos Anjos, Marina Baird Ferreira; lexicografia, Margarida dos Anjos... [et al.] 4. ed. Rev. Ampliada. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

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36 o armazenamento de materiais perigosos, óleos descartados das operações

mecânicas e outros rejeitos, os quais são coletados por empresa contratada

para destinação correta.

Considerando a localização da base, verificamos achar-se

razoavelmente distante de qualquer centro comercial, inexistindo nas

adjacências uma drogaria ou unidade de saúde. Apesar disso, não foi possível

detectar, no interior da empresa e a seu cargo, a presença de profissional de

saúde, médico, enfermeiro ou técnico nem ainda uma farmácia básica ou

materiais de primeiros socorros. O expediente utilizado para aliviar o mal estar

ou dores passageiras tem sido os serviços de delivery oferecidos pelas

drogarias da cidade.

Apesar desta deficiência, tendo em vistas o porte da empresa,

registramos a presença diária de uma fisioterapeuta que submete um grupo de

funcionários aos exercícios físicos, alongamento e relaxamento antes de iniciar

as atividades do dia.

Tendo em vistas satisfazer as exigências legais no que se referem à

segurança dos trabalhadores, não só aqueles diretamente vinculados ao

quadro da empresa, mas extensivamente os terceirizados, cuja permanência

seja necessária em função da prestação de serviço e ainda até os prestadores

ocasionais se obriga a fazer o que eles denominam “integração”, o qual

também fizemos, e consiste numa espécie de curso intensivo onde se tem um

panorama da empresa, suas atividades e suas políticas de segurança. O

encontro pode ser individual ou em grupo, conforme a demanda, e procura

estabelecer padrões atitudinais entre os colaboradores. Os recursos utilizados

são TV, DVD, Datashow, cartazes, manuais e prospectos diversos.

O setor também implementa um programa denominado PAE (Plano de

Atendimento às Emergências) e se baseia em simulações de situações de

perigos para verificar a resposta dos trabalhadores aos sinais de alerta de

perigo e verificar o ritmo de evacuação. O pátio tem uma área sinalizada para

onde deverão convergir todos os que estiverem no interior da fábrica,

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37 independente de suas funções. Tais simulações são planejadas pelo técnico de

segurança e obedece a um calendário previamente montado para este fim.

Uma vez tendo tomado conhecimento destas ações, passamos a buscar

dados que refletissem os resultados por meio de algum tipo de registro. Os

dados catalogados sistematicamente são confidenciais e de uso privativo da

empresa. Todavia, uma placa que é utilizada para chamar a atenção dos

funcionários, colocada logo na entrada da base, contém registros em dias do

tempo que a empresa vem trabalhando com a ausência de acidentes de

trabalho, registros esses atualizados diariamente com destaque para o recorde

da empresa.

Para melhor ilustrar o que estamos dizendo, fotografamos a referida

placa, resguardando, evidentemente, o anonimato da empresa cujos dados

dizem respeito colocando uma tarja sobre sua logomarca:

Figura 1 – Registro sobre ausência de acidentes de trabalho na empresa

Foto: Celso – em: 09/07/2007

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38 Chama à atenção dos circunstantes mais atentos que transitam pelo

condomínio industrial onde se localizam, além desta, um expressivo número de

empresas que atuam no mesmo segmento a ostentação de placas como a

representada na figura 1, as quais estão imbuídas de intencionalidades que

vão além da informação pura e simples, representando menos, talvez, a

preocupação com a segurança e mais com a própria imagem, a qual pode

acarretar benefícios ou prejuízos, sobretudo quando o mundo todo discute

questões de natureza humanas e ambientais e, fora isto, a corrida pela

aquisição de certificações internacionais (ISO) passa a ser um elemento de

referência que pode refletir diretamente nos resultados da empresa.

O que estas empresas têm também em comum pode ser classificado

como áreas geradoras de riscos. São essas áreas que interessam aos

objetivos deste trabalho, visto que nelas estão presentes os atores e os fatores

que podem desencadear ou inibir processos danosos à saúde do trabalhador,

quer resultantes de acidentes ou incidentes, como exposição aos agentes ou

vetores de enfermidades e perigos que são próprios de ambientes

considerados insalubres e/ou perigosos, seja em função da atividade, dos

equipamentos em uso ou pela conjugação de ambos.

É necessário esclarecer que a ajuda de colaboradores foi que

possibilitou o acesso aos dados que adiante transcreveremos, os quais dão

conta de enquadrar os ambientes na base pesquisada quanto aos níveis de

riscos que oferecem. Cabe salientar que os dados levantados são resultado de

ações sintonizadas com a NR9 e referem-se à antecipação e reconhecimento

dos riscos porventura existentes na planta.

Igualmente necessário é recordar a metodologia expressa no início do

primeiro capítulo que tratava de considerar a probabilidade da utilização da

micro-análise para reduzir a área a ser analisada ao ajuste de lentes que

trouxessem mais clareza ao todo que o recorte eleito pudesse representar.

Baseado nesta proposta, considerando a dimensão física e organizacional da

empresa e suas complexidades, passamos a examinar os mecanismos

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39 presentes nas relações existentes entre trabalho, trabalhador e ambiente e

suas implicações a partir de alguns recortes nos quais se possam verificar a

aplicação das normas regulamentadoras sendo realizada através de uma dada

empresa de prestação de serviços patrimoniais, como vigilância, portaria /

recepção, limpeza e jardinagem e de seus funcionários designados para

trabalhar em postos dentro da base, para o que foi necessário, tendo em vistas

a satisfação das exigências legais vigentes, a elaboração de estratégias e

ações do PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, a NR9:

3.1 - ANTECIPAÇÃO E RECONHECIMENTO DOS RISCOS:

3.1.1 - Discriminação dos Locais de Trabalho.

Setor: PORTARIA (Recepção).

Área: 16,00 m2.

Estrutura de Cobertura: Laje.

Pé Direito: 3,00 m.

Piso: Cimentado com cerâmica.

Paredes: Em alvenaria, revestida com tinta PVA.

Fonte de Iluminação: Natural, provida por portas e janelas / Artificial, provida

por lâmpadas fluorescentes.

Nível de I1uminamento: 400 lux

OBS: Iluminação para área de trabalho é de mínimo 200 lux – máximo 500 lux

Nível de Ruído: 72 dB (A).

Fonte de Ruído: Externo.

OBS: O Nível de Ruído está permissível para 08:00 horas de trabalho.

Fonte de Ventilação: Natural, provida por portas e janelas, e artificial provida

por ar condicionado.

Ordem: Arrumado.

Limpeza: Boa.

Total de Funcionários do Setor: 02 (dois).

Funções do Setor: 01 Recepcionista e 01 Porteiro.

Rotina de Trabalho: Atendimento ao público em geral, telefônico e controle de

entrada e saída de veículos.

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40 Material Utilizado no Setor: mesas, cadeiras, computador, telefone, armários

de madeira, rádio transmissor e material de escritório em geral.

Partes elétricas: Embutidas.

Equipamentos de Segurança (EPl's) Recomendados: Uniforme completo.

Sistemas contra Incêndio:

Extintores do Setor: 01 (um) C02

OBS: O setor possui um banheiro.

CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS CONTROLADOS:

Riscos Físicos: Não há.

Riscos Químicos: Não há.

Riscos Biológicos: Não há.

Riscos Ergonômicos: Trabalho sentado e Sentado, Monotonia e

Repetitividade e Outras situações causadoras de stress físico e/ou psíquico.

Riscos de Acidentes: Probabilidade de Incêndio, Eletricidade e Outras

situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes.

CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS MONITORADOS:

Riscos Físicos: Não há.

Riscos Químicos: Não há.

Riscos Biológicos: Não há.

3.1.2 - Setor: SALA DO ADMINISTRADOR

Área: 60 m2.

Estrutura de Cobertura: Amianto com rebaixo de acrílico

Pé Direito: 3.00 m

Piso: Cimentado revestido com vulcapiso.

Paredes: Em alvenaria revestida com tinta PVA.

Fonte de Iluminação: Natural, provida por portas e janelas / Artificial, provida

por lâmpadas fluorescentes.

Nível de Iluminamento: 300 lux

OBS : Iluminação para área de trabalho é de mínimo 200 lux - máximo 500

lux.

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41 Nível de Ruído: 68 dB (A).

Fonte de Ruído: Externo.

OBS: O Nível de Ruído está permissível para 08:00 horas de trabalho.

Fonte de Ventilação: Natural, provida por portas e janelas, e artificial provida

por ar condicionado.

Ordem: Arrumado.

Limpeza: Boa.

Total de Funcionários do Setor: 02 (dois).

Funções do Setor: Auxiliar de Limpeza Predial

Rotina de Trabalho: Conservação e limpeza do setor.

Material Utilizado no Setor: Pá de lixo cabo longo, Pasta Saponácea,

Vassoura 20 em Vassoura tipo gari, Rodo, Sacos de pano, Cloro, Álcool,

Aromatizante, Cera Incolor, Cera Preta, Cera Poliflor Laranja, Veja limpeza

pesada, Briosol Desinfetante, Detergente Briosol, Lã de Aço, Lustra Moveis.

Partes elétricas: Embutidas.

Equipamentos de Segurança (EPI's) Recomendados: Uniforme completo,

luvas de borracha, botas de borracha e máscaras descartáveis.

Sistemas contra Incêndio: Hidrantes

Extintores do Setor: 01 (um) C02

CLASSIFICACÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS CONTROLADOS:

Riscos Físicos: Não há.

Riscos Químicos: Não há.

Riscos Biológicos: Não há.

Riscos Ergonômicos: Trabalho em pé, Monotonia e Repetitividade e Outras

situações causadoras de stress físico e/ou psíquico.

Riscos de Acidentes: Probabilidade de Incêndio, Eletricidade e Outras

situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes.

CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS MONITORADOS:

Riscos Físicos: Não há.

Riscos Químicos: Não há.

Riscos Biológicos: Não há.

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42 3.1.3 – Setor: ÁREA EXTERNA (JARDINAGEM)

Área: 1600 m2.

Estrutura de Cobertura: Céu Aberto.

Piso: Areia Batida e grama.

Fonte de Iluminação: Natural

Nível de Iluminamento: 1000 lux

OBS: Grande incidência de luz natural.

Nível de Ruído: 72 dB (A).

Fonte de Ruído: Externo.

OBS: O Nível de Ruído está permissível para 08:00 horas de trabalho.

Fonte de Ventilação: Natural.

Ordem: Arrumado.

Limpeza: Boa.

Total de Funcionários do Setor: 01 (um). Funções do Setor: Auxiliar de

Jardinagem.

Rotina de Trabalho: Tratamento, poda de plantas e pequenas árvores e corte

de gramas.

Material Utilizado no Setor: Roçadeira, restelo, pá, Inchada e outros matérias

de uso especifico da função.

Partes elétricas: Embutidas.

Equipamentos de Segurança (EPl's) Recomendados: Uniforme completo,

perneira, caneleira, bota, luva de vaqueta e protetor facial contra partículas ..

Sistemas contra Incêndio: -

Extintores do Setor: 01 (um) C02

CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS CONTROLADOS:

Riscos Físicos: Não há.

Riscos Químicos: Gasolina para abastecer a roçadeira.

Riscos Biológicos: Não há.

Riscos Ergonômicos: Trabalho em pé, Monotonia e Repetitividade e outras

situações causadoras de stress físico e/ou psíquico.

Riscos de Acidentes: Probabilidade de Incêndio, Eletricidade e Outras

situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes.

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43 CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS MONITORADOS:

Riscos Físicos: Não há.

Riscos Químicos: Não há.

Riscos Biológicos: Não há.

3.1.4 -Setor: PRÉDIO ADMINISTRAÇÃO Área: 400 m2.

Estrutura de Cobertura: Amianto com rebaixo de acrílico.

Pé Direito 3,00 m

Piso: Cimentado revestido com vulcapiso.

Paredes: Em alvenaria, revestida com tinta PVA.

Fonte de Iluminação: Natural, provida por portas e janelas / Artificial, provida

por lâmpadas fluorescentes.

Nível de Iluminamento: 300 lux

OBS: Iluminação para área de trabalho é de mínimo 200 lux - máximo 500 lux

Nível de Ruído: 68 dB (A).

Fonte de Ruído: Externo.

OBS: O Nível de Ruído está permissível para 08:00 horas de trabalho.

Fonte de Ventilação: Natural, provida por portas e janelas, e artificial provida

por ar condicionado.

Ordem: Arrumado.

Limpeza: Boa.

Total de Funcionários do Setor: 02 (dois).

Funções do Setor: Auxiliar de Limpeza Predial

Rotina de Trabalho: Conservação e limpeza do setor.

Material Utilizado no Setor: Pá de lixo cabo longo, Pasta Saponácea,

Vassoura 20 cm, Vassoura tipo gari, Rodo, Sacos de pano, Cloro, Álcool,

Aromatizante, Cera Incolor, Cera Preta, Cera Poliflor Laranja, Veja limpeza

pesada, Briosol Desinfetante, Detergente Briosol, Lã de Aço, Lustra Moveis.

Partes elétricas: Embutidas.

Equipamentos de Segurança (EPl's) Recomendados: Uniforme completo,

luvas de borracha, botas de borracha e mascaras descartáveis.

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44 Sistemas contra Incêndio: Hidrantes

Extintores do Setor: 01 (um) C02

OBS: O setor é composto por 07 salas administrativas, 02 banheiros e 01

refeitório.

CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS AMBIENT AIS CONTROLADOS:

Riscos Físicos: Não há.

Riscos Químicos: Não há.

Riscos Biológicos: Não há.

Riscos Ergonômicos: Trabalho em pé, Monotonia e Repetitividade e Outras

situações causadoras de stress físico e/ou psíquico.

Riscos de Acidentes: Probabilidade de Incêndio, Eletricidade e Outras

situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes.

CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS MONITORADOS:

Riscos Físicos: Não há.

Riscos Químicos: Não há.

Riscos Biológicos: Não há.

3.1.5 - Setor: PRÉDIO ADMINISTRAÇÃO II (Assistência

Técnica)

Área: 300 m2.

Estrutura de Cobertura: Amianto com rebaixo de acrílico.

Pé Direito: 3,00 m

Piso: Cimentado revestido com vulcapiso.

Paredes: Em alvenaria, revesti da com tinta PVA.

Fonte de Iluminação: Natural, provida por portas e janelas / Artificial, provida

por lâmpadas fluorescentes.

Nível de I1uminamento: 330 lux

OBS: Iluminação para área de trabalho é de mínimo 200 lux - máximo 500 lux

Nível de Ruído: 68 dB (A).

Fonte de Ruído: Externo.

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45 OBS: O Nível de Ruído está permissível para 08:00 horas de trabalho.

Fonte de Ventilação: Natural, provida por portas e janelas, e artificial provida

por ar condicionado.

Ordem: Arrumado.

Limpeza: Boa.

Total de Funcionários do Setor: 02 (dois).

Funções do Setor: Auxiliar de Limpeza

Predial

Rotina de Trabalho: Conservação e limpeza do setor.

Material Utilizado no Setor: Pá de lixo cabo longo, Pasta Saponácea,

Vassoura 20 cm, Vassoura tipo gari, Rodo, Sacos de pano, Cloro, Álcool,

Aromatizante, Cera Incolor, Cera Preta, Cera Poliflor Laranja, Veja limpeza

pesada, Briosol Desinfetante, Detergente Briosol, Lã de Aço, Lustra Moveis.

Partes elétricas: Embutidas.

Equipamentos de Segurança (EPl's) Recomendados: Uniforme completo,

luvas de borracha, botas de borracha e mascaras descartável.

Sistemas contra Incêndio: Hidrantes

Extintores do Setor: 01 (um) C02

OBS: O setor é composto por 01 salão, 03 banheiros e 01 biblioteca.

CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS CONTROLADOS:

Riscos Físicos: Não há.

Riscos Químicos: Não há.

Riscos Biológicos: Não há.

Riscos Ergonômicos: Trabalho em pé, Monotonia e Repetitividade e Outras

situações causadoras de stress físico e/ou psíquico.

Riscos de Acidentes: Probabilidade de Incêndio, Eletricidade e Outras

situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes.

CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS MONITORADOS:

Riscos Físicos: Não há.

Riscos Químicos: Não há.

Riscos Biológicos: Não há.

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46 3.1.6 - GALPÃO (LIMPEZA)

Área: 1000 m2.

Estrutura de Cobertura: Telha de Amianto.

Pé Direito: 8,00 m.

Piso: Cimentado cru.

Paredes: Em alvenaria, revestida com tinta PV A.

Fonte de lluminação: Natural, provida por abertura frontais e laterais /

Artificial, provida por lâmpadas fluorescentes.

Nível de lluminamento: 3501ux.

OBS: Iluminação para área de trabalho é de mínimo 200 lux - máximo 700 lux

Nível de Ruído: 80 dB (A).

Fonte de Ruído: Externo.

OBS: O Nível de Ruído está permissível para 08:00

horas de trabalho. Fonte de Ventilação: Natural, provida

por aberturas frontais e laterais. Ordem: Arrumado.

Limpeza: Boa.

Total de Funcionários do Setor: 02 (dois).

Funções do Setor: Auxiliar de Limpeza Predial

Rotina de Trabalho: Conservação, limpeza e lavagem do setor.

Material Utilizado no Setor: Pá de lixo cabo longo, Pasta Saponácea,

Vassoura 20 cm, Vassoura tipo gari, Rodo, Sacos de pano, Cloro, Álcool,

Aromatizante, Cera Incolor, Cera Preta, Cera Poli flor Laranja, Veja limpeza

pesada, Briosol Desinfetante, Detergente Briosol, Lã de Aço, Lustra Moveis.

Partes elétricas: Embutidas.

Equipamentos de Segurança (EPl's) Recomendados: Uniforme completo,

luvas de borracha, botas de borracha, capacete, protetor auricular e óculos.

Sistemas contra Incêndio: Hidrantes

Extintores do Setor: 01 (um) C02

CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS CONTROLADOS:

Riscos Físicos: Não há.

Riscos Químicos: Não há.

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47 Riscos Biológicos: Não há.

Riscos Ergonômicos: Trabalho em pé, Monotonia e Repetitividade e Outras

situações causadoras de stress físico e/ou psíquico.

Riscos de Acidentes: Probabilidade de Incêndio, Eletricidade e Outras

situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes.

CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS MONITORADOS:

Riscos Físicos: Não há.

Riscos Químicos: Não há.

Riscos Biológicos: Não há.

3.1.7 – Setor: TANQUES DE TESTE

Área: 30 m2.

Estrutura de Cobertura: Laje.

Pé Direito: Aberto.

Piso: Cimentado com cerâmica.

Paredes: Em alvenaria. revestidas com tinta PV A.

Fonte de Iluminação: Natural, provida por aberturas frontais.

Nível de Iluminamento: 300 lux

OBS: Iluminação para área de trabalho é de mínimo 200 lux - máximo 700 lux

Nível de Ruído: 69 dB (A).

Fonte de Ruído: Externo.

OBS: O Nível de Ruído está permissível para 08:00 horas de trabalho.

Fonte de Ventilação: Natural, provida por aberturas frontais.

Ordem: Arrumado.

Limpeza: Boa.

Total de Funcionários do Setor: 03 (três).

Funções do Setor: 01 Líder de limpeza predial e 02 Auxiliar de Limpeza

Predial.

Rotina de Trabalho: Limpeza do tanque, varrição e lavagem com jateamento

de água. Material Utilizado no Setor: Máquina de Lavagem, Desengraxante e

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48 Detergente.

Partes elétricas: Embutidas.

Equipamentos de Segurança (EPl's) Recomendados: Uniforme completo,

luvas de borracha, botas de borracha, capacete, protetor auricular e óculos

contra produtos químicos.

Sistemas contra Incêndio: Hidrantes

Extintores do Setor: 01 (um) C02

CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS CONTROLADOS:

Riscos Físicos: Não há.

Riscos Químicos: Não há.

Riscos Biológicos: Não há.

Riscos Ergonômicos: Trabalho em pé, Monotonia é Repetitividade e Outras

situações causadoras de stress físico e/ou psíquico.

Riscos de Acidentes: Probabilidade de Incêndio, Eletricidade e Outras

situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes.

CLASSIFICACÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS MONITORADOS:

Riscos Físicos: Não há.

Riscos Químicos: Não há.

Riscos Biológicos: Não há.

3.1.8 -Setor: CONTAINER DA PRESTADORA DE SERVIÇOS

Área: 20 m2.

Estrutura de Cobertura: Ferro.

Pé Direito: 2,50m

Piso: Ferro

Paredes: Ferro

Fonte de Iluminação: Natural, provida por portas / Artificial, provida por

lâmpadas fluorescentes.

Nível de lIuminamento: 300 lux

OBS: lluminação para área de trabalho é de mínimo 200 lux - máximo 500 lux

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49 Nível de Ruído: 68 dB (A).

Fonte de Ruído: Externo.

OBS: O Nível de Ruído está permissível para 08:00 horas de trabalho.

Fonte de Ventilação: Natural, provida por portas, e artificial provida por ar

condicionado.

Ordem: Arrumado.

Limpeza: Boa.

Total de Funcionários do Setor: 01 (um).

Funções do Setor: Líder de Limpeza Predial.

Rotina de Trabalho: Responsável por toda rotina de trabalho de limpeza,

conservação e controle do material.

Material Utilizado no Setor: Pá de lixo cabo longo, Pasta Saponácea,

Vassoura 20 cm, Vassoura tipo gari, Rodo, Sacos de pano, Cloro, Álcool,

Aromatizante, Cera Incolor, Cera Preta, Cera Poliflor Laranja, Veja limpeza

pesada, Briosol Desinfetante, Detergente Briosol, Lã de Aço, Lustra Moveis

máquina de lavagem e outros materiais para limpeza.

Partes elétricas: Embutidas.

Equipamentos de Segurança (EPI's) Recomendados: Uniforme completo,

luvas de borracha, botas de borracha e mascaras descartável.

Sistemas contra Incêndio: Hidrante próximo.

Extintores do Setor: Não há

CLASSIFICACAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS CONTROLADOS:

Riscos Físicos: Não há.

Riscos Químicos: Não há.

Riscos Biológicos: Não há.

Riscos Ergonômicos: Trabalho em pé, Monotonia e Repetitividade e Outras

situações causadoras de stress físico e/ou psíquico.

Riscos de Acidentes: Probabilidade de Incêndio, Eletricidade e Outras

situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes.

CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS MONITORADOS:

Riscos Físicos: Não há.

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50 Riscos Químicos: Não há

Riscos Biológicos: Não há.

3.1.9 ÁREAS DE VIVÊNCIAS

Setor: VESTIÁRIO

Em todos os estabelecimentos industriais e naqueles em que a atividade

exija troca de roupas, ou seja, imposto o uso de uniforme ou guarda-pó, haverá

local apropriado para vestiário dotado de armários individuais, observada a

separação de sexos.

A localização do vestiário, respeitada a determinação da autoridade

regional competente em segurança e medicina do trabalho, levará em conta a

conveniência do estabelecimento.

A área de um vestiário será dimensionada em função de um mínimo de

1,50 m2 para l(um) trabalhador.

As paredes dos vestiários deverão ser construídas em alvenaria de

tijolos comum ou de concreto, e revestidas com material impermeável e

lavável.

Os pisos deverão ser impermeáveis, laváveis e de acabamento liso,

inclinados para os ralos de escoamento promovidos de sifões hidráulicos.

Deverão também impedir a entrada de umidade e emanações nos vestiários e

não apresentar ressaltos ou saliências.

Os locais destinados às instalações de vestiários serão promovidos de

uma rede de iluminação, cuja fiação deverá ser protegida por eletrodos.

Com o objetivo de manter um iluminamento mínimo de 100 lux, deverão

ser instaladas lâmpadas incandescentes de 100w/ m2 de área com pé direito

de 3,00 m, ou outro tipo de luminária que produza o mesmo efeito.

Deverão possuir aberturas para ventilação ou portas teladas podendo

também ser sobrepostos.

É proibida a utilização do vestiário para quaisquer outros fins, ainda

em caráter provisório, não sendo permitido, sob pena de autuação, que roupas

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51 e pertences dos empregados se encontrem fora dos respectivos armários.

3.2.0 - Setor: BANHEIROS

Denomina-se, para fins de aplicação da presente NR, a expressão:

a) Banheiro: O conjunto de peças ou equipamentos que compõem

determinada unidade e destinado ao asseio corporal.

A instalação sanitária deverá ser separada por sexo.

Os locais onde se encontrarem instalações sanitárias, deverão ser

submetidos a processo permanente de higienização, de sorte que sejam

mantidos limpos e desprovidos de quaisquer odores, durante toda jornada de

trabalho.

Os vasos sanitários deverão ser sinfonados, e possuir caixa de

descarga automática externa de ferro fundido, material plástico ou fibro-

cimento.

Os chuveiros poderão ser de metal ou plásticos, e deverão ser

comandados por registros de metal à meia altura na parede.

Os banheiros, dotados de chuveiros, deverão:

a)ser mantidos em estado de conservação, asseio e higiene;

b)ser instalado em local adequado

c) dispor de água quente, a critério da autoridade competente em segurança e

medicina do trabalho;

d) ter portas de acesso que impeçam o devassamento, ou ser construído de

modo a manter o resguardo conveniente;

e) ter piso e paredes revestidas de material resistente, liso, impermeável e

lavável.

Não serão permitidos aparelhos sanitários que apresentem defeitos ou

soluções de continuidade que possam acarretar infiltrações ou acidentes.

b) Gabinete Sanitário: Também denominado de latrina, retrete, patente,

cafofo, sentina, WC, o local destinado a fins higiênicos e dejeções;

As áreas destinadas aos sanitários deverão atender às dimensões

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52 mínimas essenciais. O órgão regional competente em Segurança e Medicina

do Trabalho poderá, à vista de perícia local, exigir alterações de metragem que

atenda satisfatória a metragem de 1 (um) metro quadrado, para cada sanitário,

por 20 (vinte) operários em atividade.

Os vasos sanitários deverão ser sifonados, e possuir caixa de descarga

automática externa de ferro fundido, material plástico ou fibro-cimento:

Serão mantidas em estado de asseio e higiene.

Os gabinetes sanitários deverão:

a)ser instalados em compartimentos individuais, separados;

b)ser ventilados para o exterior;

c) ter paredes divisórias com altura mínima de 2,1 m e seu bordo inferior não

poderá situar-se a mais de 15m acima do pavimento;

d) ser dotados de pOlias independentes, providas de fecho que impeçam o

devassamento;

e) ser mantido em estado de asseio e higiene;

t) possuir recipientes com tampa, para guarda de papéis servidos, quando não

ligados diretamente à rede ou quando sejam destinados às mulheres, sendo

obrigatório o fornecimento de papel higiênico.

Cada grupo de gabinete sanitário deve ser instalado em local

independente, dotado de antecâmara.

É proibido o envolvimento das bacias ou vasos sanitários com quaisquer

materiais (caixa de madeira, blocos de cimento e outros).

3.2.1 - Setor: REFEITÓRIO

Refeitórios

Nos estabelecimentos e frente de trabalho com menos de 30 (trinta)

trabalhadores deverão, a critério da autoridade competente em matéria de

segurança e medicina do trabalho, ser asseguradas, aos trabalhadores,

condições suficientes de conforto para as refeições em local que atenda os

requisitos de limpeza, arejamento, iluminação e fornecimento de água potável.

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53 3.2.2 - Identificação das Funções

FUNÇÕES QUANTIDADE

RECEPCIONISTA 01

PORTEIRO 01

LIDER DE LIMPEZA PREDIAL 01

AUXILIAR DE JARDINAGEM 01

AUXILIAR DE LIMPEZA PREDIAL 03

TOTAL 07

3.2.2.1 - Avaliação dos Riscos e da Exposição dos

Trabalhadores:

O laudo pericial exprimirá uma avaliação dos riscos ambientais e suas

respectivas medidas iniciais de controle, bem como também é indicativo e

mensura a exposição diária dos trabalhadores.

3.2.2.2 - Implantação de Medidas de Controle e Avaliação de

sua Eficácia.

Esta implantação visa corrigir distorções possivelmente existentes e,

estão caracterizadas no cronograma.

As principais medidas de controle são as seguintes:

- Conscientização para segurança do trabalho:

- Fornecimento de ficha padrão quando o funcionário estiver recebendo EPI;

- Maior controle sobre a obrigatoriedade do uso do EPI.·

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54 3.2.2.3 - Monitoramento da Exposição aos Riscos.

Esta monitoração dar-se-á constantemente não somente pelos

administradores, bem como, também, serão executadas avaliações

sistemáticas e repetitivas aos riscos existentes no ambiente laboral.

RISCO ERGONÔMICO

FUNÇÃO: Porteiro, Auxiliar de jardinagem, Líder e Auxiliar de Limpeza

Predial

De acordo com as atividades exercidas pelos funcionários que exercem

suas funções em pé, devem ser colocados assentos para descanso em locais

que possam ser utilizados por todos os trabalhadores durante as pausas.

Em conformidade com o item 17.3.5 da NR17, Portaria 3214/78.

RECOMENDAÇÕES:

Recomendamos que antes de iniciar os trabalhos, os funcionários que

executam suas atividades de rotina (em pé) deverão fazer exercícios de

alongamentos com o objetivo de melhorar a circulação sangüínea, bem como

o melhoramento físico e mental de suas atividades laborais.

MONITORAMENTO DAS EXPOSIÇÕES AOS RISCOS

Lim. Maximo Resultado Tempo de Setores Agentes

(dB) (dB) Exposição Data

Portaria Ruídos 85 72 8:00 horas 17/08/2006 Sala do

Administrador Ruídos 85 68 8:00 horas 17/08/2006

Área Externa

(Jardinagem) Ruídos 85 72 8:00 horas 17/08/2006

Prédio Adm. I Ruídos 85 68 8:00 horas 17/08/2006

Prédio Adm. II Ruídos 85 68 8:00 horas 17/08/2006

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55 Galpão (Limpeza) Ruídos 85 80 8:00 horas 17/08/2006

Tanques de

Testes

Ruídos 85 69 8:00 horas 17/08/2006

Container Ruídos 85 68 8:00 horas 17/08/2006

PRESSÃO SONORA:

Para determinação dos níveis de Pressão Sonora foi utilizado

Decibelímetro tipo SOUND LEVEL METER - DL 4000 do Fabricante ICEL

GUBINTEC, sendo operado na escala de resposta SLOW - Escala A.

RUÍDO DE IMPACTO:

Não houve problema em nenhum setor da Empresa com base na Portaria

N3.214/78.

MONITORAMENTO DAS EXPOSIÇÕES AOS RISCOS

Limite Limite Setores Agent Mínimo Máximo

Resultad

o Tempo de

Data (lux) ( lux) (lux) Exposiçã Portaria

(Recepção) Ilumin. 200 500 400

08:00

horas

17/08/200

6

Sala do

Administrador

Ilumin. 200 500 300

08:00

horas

17/08/200

6

Área Externa Ilumin.

(Jardinagem) Ilumin. 100 500 800 08:00 17/08/200Prédio Adm. I Ilumin. 200 500 300 08:00

horas

17/08/200

6 Prédio Adm. II Ilumin. 200 500 300 08:00

horas

17/08/200

6 Galpão

(Limpeza)

Ilumin. 200 500 350 08:00

horas

17/08/200

6 Tanques de

Testes

Ilumin. 200 500 300 0800

horas

17/08/200

6 Container

(Vise)

Ilumin. 200 500 300 08:00

horas

17/08/200

6

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56 ILUMINÂNCIA:

Para determinação dos níveis de Iluminância foi utilizado Luxímetro tipo

DIGITAL LUX METER MLM - 1332 do Fabricante MINIPA, Sendo operado nas

escalas de 200 a 2000 lux.

NÍVEL DE ILUMINÂNCIA:

Não houve problemas em nenhum setor da Empresa, com base na NBR 5413.

3.2.2.4 - Registro e Divulgação dos Dados

Registro.

Os eventos serão registrados no cronograma para cumprimento dos

mesmos nas datas previstas, bem como, a cada evento corresponderá a uma

ou mais folhas exclusivamente para suas anotações.

Divulgação dos Dados

A mídia utilizada para divulgação dos dados

será:

a) Quadro de aviso

b) Reuniões periódicas

PLANEJAMENTO ANUAL COM METAS A SEREM

ALCANÇADAS:

As prioridades serão inseridas diretamente no cronograma à proporção

que forem surgindo.

Ordem e Limpeza:

Realizar palestras com todos os funcionários sobre a importância da

manutenção e limpeza de suas áreas de serviço.

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57 Treinamento para a Função:

Implantar sistema de treinamento sempre que houver mudança de função do

operário, ficando expressamente proibido o desvio de função.

Ergonomia:

Postura: Elaborar programa de palestra, objetivando orientar os funcionários a

prevenção contra doenças provocadas pela postura incorreta.

Fornecimento de Uniformes:

a) Manter o fornecimento de 02 (dois) jogos de uniformes. Objetivando a

higiene (troca de uniformes de trabalho)

b) Disciplinar o uso do uniforme. A roupa favorece o equilíbrio orgânico quando

agredido por temperatura mais elevada (reduz a perda de líquidos, prevenindo

a desidratação).

c) Programar palestra a ser ministrada, sobre higiene e asseio corporal.

OBS: A NR24 da Portaria nº 3.214/78 determina:

• Em todos os locais de trabalho deverá ser fornecida aos trabalhadores água

potável, em condições higiênicas, sendo proibido o uso de recipientes

coletivos. Onde houver rede de abastecimento de água, deverão existir

bebedouros de jato inclinado e guarda protetora, proibida sua instalação em

pias ou lavatórios e na proporção de 01 (um) bebedouro para cada 50

(cinqüenta) empregados.

• As empresas devem garantir nos locais de trabalho, suprimento de água

potável e fresca em quantidade superior a 1/4 de litro (250 ml) por hora/homem

de trabalho.

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58 Treinamento no uso de EPI.

Programar palestras a serem ministradas por profissionais em Medicina e

Segurança do Trabalho sobre a imp0l1ância do uso dos EPI's na prevenção de

acidentes de trabalho e doenças ocupacionais e treinamento em relação ao uso

(como usar).

Segurança Contra Incêndio:

Promover 01(um) treinamento sobre prevenção e combate à incêndios para o

grupo de funcionários.

Avaliação e Controle

Conforme cronograma de trabalho e, ratificando e/ou retificando os

dados obtidos através do mapa de riscos ambientais (a ser realizado) para a

implantação do PPRA foi efetuada na Empresa uma avaliação de riscos

ambientais que passa a ser parte integrante deste.

CRONOGRAMA - Planejamento 2006/2007

Legenda:

1- Mapa de Riscos 2- PPRA (global) 3- PCMSO 4- Entrega de Ficha de EPI

5- Divulgação dos riscos

6- Entrega do PPRA 7- Reconhecimento dos riscos

8- Apresentação do PPRA

9- Treinamento de prevenção de acidentes e primeios socorros

10- Avaliação geral do PPRA

Evento Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul 1 2 X X X X X X X X X X X X 3 X X X X X X X X X X X X 4 X 5 X 6 X 7 X 8 X 9 X X 10 X

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59

Resta esclarecer, nesta altura, que os recortes tomados para

representação da realidade da empresa que nos serviu de laboratório às

pesquisas não traduzem, ao nosso ver, quaisquer prejuízos à qualidade dos

resultados obtidos, ainda que um número mínimo de colaboradores tenham

sido privilegiados para tal demonstração. Todavia, dadas as características das

suas funções, as quais requerem a presença transitória ou permanente em

postos diversificados, verifica-se que tal cobertura os expõe a um número

igualmente diversificado de riscos em suas jornadas de trabalho no interior da

base, o que justifica a elaboração das estratégias que integram o Programa de

Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA – NR9).

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60 CONCLUSÃO

As leis são para todos. Isso não se discute quando tal afirmação,

aparentemente óbvia, se refere à letra da Lei. Todavia, na sua eficácia, levando

em consideração diversos fatores que escapam às previsões dos legisladores,

não seria demasiadamente exagerado concluir que tal afirmação tem suas

significações alteradas ou esmaecidas.

As leis no Brasil de um modo geral não encontram obstáculos para sua

promulgação, o que pode ser verificado pelo copioso número decretos, leis,

portarias, entre outros, que compõe o vasto universo jurídico que regula o

comportamento da sociedade da qual fazemos parte. Entretanto, a existência

de leis não garante, por si só, o equilíbrio necessário entre as forças que estão

em permanete oposição na dinâmica das relações sociais, das quais

destacamos o trabalho como um elemento essencial para tais consederações.

Estão sujeitas às leis, em nosso sistema legislativo, as pessoas físicas e

jurídicas. No último caso, as complexidades são maiores, uma vez que a

constituição de uma pessoa jurídica pode comportar um número indefinido de

pessoas físicas sobre as quais podem pesar de maneira, às vezes desigual, os

efeitos da lei. Além disto, envolve um número variável de outras pessoas, na

qualidade de empregados, sobre as quais pesam determinadas

responsabilidades.

As empresas brasileiras ou estrangeiras (multi e transnacionais) que

atuam em território brasileiro são regidas, no que se referem às relações de

trabalho, pela CLT e por outras normas oriundas de convenções, acordos e

contratos coletivos de trabalho. Estas leis visam oferecer garantias legais ao

trabalhador e foram sendo atualizadas com a incorporação de normas

regulamentadoras que obrigam ao empregador aplicá-las com o objetivo de

oferecer ambiente sadio e seguro de trabalho aos seus colaboradores.

Um olhar mais atento é capaz de reconhecer as distinções entre

empresas e empresas. Num país como o Brasil, de dimensões continentais,

verificam-se as dificuldades de se fiscalizarem o cumprimento de leis e normas

dada a precariedade dos órgãos competentes e seus sistemas de operação

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61 que contam com um número insuficiente, quando não insignificante, de pessoal

para empreender tamanha empreitada. Fora isto, historicamente, registram-se

quadros de extrema corrupção no sistema que favorece o ilícito no interior das

empresas, muitas das quais atuam livremente sem preocupações com as leis

vigentes, colocando em risco a segurança e a saúde do trabalhador e do meio

amibente.

A empresa que elegemos como objeto desta pesquisa acabou nos

fornecendo alguns parâmetros importantes para conclusão deste trabalho.

Durante o período de observação in loco que durou cerca de dois meses

verificamos o comparecimento de fiscais da Petrobrás com uma certa

regularidade. A equipe vistoriava de forma bastante rigorosa as instalações e

os equipamentos de segurança, além da limpeza dos equipamentos ou

ferramentas de trabalho e a higienização de utensílios e locais de uso coletivo,

como bebedouros, assentos sanitários, entre outros.

Causa-nos curiosidade o fato de uma empresa exercer poder de

fiscalização sobre outra ao passo que os órgãos oficiais estão quase sempre

ausentes desta tarefa. Isso nos leva a concluir que a questão que envolve essa

prática está muito mais comprometida com a imagem que estas empresas

necessitam projetar na sociedade dada a magnitude de suas operações dentro

e fora do país. Não é de menor relevância, portanto, considerar que as

repercussões na sociedade quando da ocorrência de desastres ambientais,

sobretudo a perda de vidas humanas em decorrência de acidentes de trabalho,

são bastante estridentes em se tratando da aludida estatal e por extensão as

suas contratadas. Assim, somos obrigados a encarar as indagações que

nascem dessas observações e refazê-las, se não possivelmente respondê-las.

Por outro lado, devemos levar em consideração outros fatores que

concorreram para a configuração da atual situação que envolve a saúde e a

segurança do trabalhador em diversos níveis e aspectos. Tais fatores podem

compreender, por exemplo, as vozes da moderna ecologia social, as

reivindicações históricas das classes trabalhadoras e os passivos ambiental e

patológico que estão presentes nos processos produtivos dos quais estes

participam. As melhorias no ambiente e nas condições de trabalho que hoje se

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62 verificam não significam a redenção do sistema capitalista e nem o negam. Ao

contrário. Tudo mais o afirma, o fortalece, de modo que as ações relativas a

estas melhorias são menos uma obediência às normas legais e mais uma

moeda de troca com vistas ao acúmulo de capital, já que as empresas

apenderam que o empregado afastado em decorrência de acidentes de

trabalho e de doenças ocupacionais custam mais caro que o investimento que

se faça em programas de saúde e prevenção de acidentes, conseqüentemente

em políticas de educação ambiental. Por uma ou por outra razão, cumpre-nos

registrar os resultados e classificá-los, então, como mais positivos que

negativos levando em consideração o segmento a que nos propusemos

estudar.

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63 BIBLIOGRAFIA BÁSICA

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.

BRASIL. Decreto nº. 611, de 21 de julho de 1992. // Dá nova redação ao regulamento dos Benefícios da Previdência Social // Lcx : Coletânea de Legislação e Jurisprudência , São Paulo, v. 56, p. 488, jul./set. 1992.

BRASIL. Lei nº. 8.080, de 19 de setembro de 1999. Dispõe sobre as condições para a promoção proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. In: ___________. O SUS e o controle social: guia de referência para conselhos municipais. Brasília: Ministério da Saúde, 1998.

BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Doenças Transmissíveis/AIDS. Procedimentos frente a acidentes de trabalho com exposição a material potencialmente contaminado com o vírus da AIDS (HIV).

CHAMMÉ, S. J. Saúde: um processo em constante construção. 1997. 174f., Tese (Livre-docência) - Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estado de São Paulo, Marília. COHN, A. et al. Acidentes de trabalho: uma forma de violência. São Paulo: Brasiliense, 1985. 159 p.

FACCHINI, L. A. Uma contribuição da epidemiologia: o modelo da determinação social aplicado à saúde do trabalhador. In: ROCHA, L. E.; RIGOTTO, R. M.; BUSCHIMELLI, J. T. P. (Org.). Isto é trabalho de gente? vida, doença e trabalho no Brasil. Petrópolis: Vozes,1994b. p. 178-186.

Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda. 1910-1989. Miniaurélio Século XXI Escolar; o minidicionário da língua portuguesa / Aurélio Buarque de Holanda Ferreira; coordenação de edição, Margarida dos Anjos, Marina Baird Ferreira; lexicografia, Margarida dos Anjos... [et al.] 4. ed. Rev. Ampliada. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. ÍNDICES de acidentes de trabalho em 2000. Revista da CIPA. Disponível em <http:// www.cipanet.com.br/indacid7.asp> Acesso em: 02 set. 2002

LAURELL, A. C.; NORIEGA, M. Processo de produção e saúde: trabalho e desgaste operário. São Paulo: HUCITEC, 1989.

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64 Constituição Federal de 1988. Organizado pelo professor Francisco Nobre (Uerj/Bennet/Cepad) com as modificações verificadas até a Emenda Constitucional 9/95, já incluídas no texto. Arquivo pdf, disponível em http://www.culturabrasil.org/artigo5.htm. Acesso em: 19/06/2007. O QUE É ERGONOMIA? - Uma Definição: "Estudo entre o homem e o seu trabalho, equipamentos e meio ambiente". Disponível em: http://www.ibea-abrasp.com.br/website/conteudo.asp?id_ _website_ categoria_conteudo=6218&cod=1842&idi=1> Acesso feito em 08/07/2007. OLIVEIRA, M. H. B. de & VASCONCELLOS, L C. F. National Worker's Health Policy: Many Questions Without Answers. Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 8 (2): 150-156, abr/junt 1992. Preâmbulo da Constituição da OMS adotada na Conferência Internacional sobre Saúde, New York, USA, de 19 a 22 de junho de 1946, (Official Records of the WORLD HEALTH ORGANIZATION, n.2, p.100), reafirmada em 07de abril de 1948, e não modificada desde então (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2005). RIGOTTO, R. M. Investigando saúde e trabalho. In: ROCHA, L. E. et al. (Org.). Isto é trabalho de gente? vida, doença e trabalho no Brasil. São Paulo: Vozes, 1993.

WORLD HEALTH ORGANIZATION . The Universal Declaration of Human Rights adopted and proclaimed by the General Assembly of the United Nations On December 10, 1948. Disponível em: <www.un.org/Overview/rights.html> Acesso em: 19/06/2007.

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65

ÍNDICE

Folha de Rosto .......................................................................................... 02

Agradecimentos ......................................................................................... 03

Dedicatória ................................................................................................. 04

Resumo ...................................................................................................... 05

Metodologia ................................................................................................ 06

Sumário ...................................................................................................... 07

Introdução .................................................................................................. 08

Capítulo 1 ................................................................................................... 11

Capítulo 2 ................................................................................................... 18

Capítulo 3 .................................................................................................. 33

Conclusão .................................................................................................. 60

Bibliografias ............................................................................................... 63

Siglas e Abreviaturas ................................................................................. 66

Anexos ........................................................................................................ 68

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66

SIGLAS E ABREVIATURAS

OMS = Organização Mundial de Saúde

ONU = Organização das Nações Unidas

CUT = Central Única dos Trabalhadores

CLT = Consolidação das Leis do Trabalho

DRT = Delegacia Regional do Trabalho

NR = Normas Regulamentadoras

DEC. = Decreto

SSST = Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho

CANPAT = Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho

PAT = Programa de Alimentação do Trabalhador

MTb = Ministério do Trabalho

SSMT = Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho

CIPA = Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

PCMSO = Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional

PPRA = Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

TMAMM = Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de

Materiais

CAT = Comunicação de Acidentes de Trabalho

DOU = Diário Oficial da União

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67 IBEA = Instituto Brasileiro de Engenharia e Arquitetura

ABRASP = Associação Brasileira de Saúde Pública

D.O.R.T. = Disfunções Osteomuscular Relacionada ao Trabalho

L.E.R. = Lesões por Esforços Repetitivos

ASO = Atestado de Saúde Ocupacional

EPI = Equipamentos de Proteção Individual

SMS = Saúde, Meio Ambiente e Segurança Industrial

PAE = Plano de Atendimento às Emergências

ISO = Organização Internacional para Normatização (International

Organization for Standardization)

DECIBEL = dB

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68

ANEXOS

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