unisul.introducao a internet completo

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Universidade do Sul de Santa Catarina Palhoça UnisulVirtual 2008 Introdução à Internet Disciplina na modalidade a distância 3ª edição revista e atualizada introducao_internet_2008a.indb 1 introducao_internet_2008a.indb 1 22/11/2007 10:23:37 22/11/2007 10:23:37

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Page 1: Unisul.introducao a Internet Completo

Universidade do Sul de Santa Catarina

Palhoça

UnisulVirtual

2008

Introdução à InternetDisciplina na modalidade a distância

3ª edição revista e atualizada

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CréditosUnisul - Universidade do Sul de Santa CatarinaUnisulVirtual - Educação Superior a Distância

Campus UnisulVirtualAvenida dos Lagos, 41 Cidade Universitária Pedra BrancaPalhoça – SC - 88137-100Fone/fax: (48) 3279-1242 e3279-1271E-mail: [email protected]: www.virtual.unisul.br

Reitor UnisulGerson Luiz Joner da Silveira

Vice-Reitor e Pró-Reitor AcadêmicoSebastião Salésio Heerdt

Chefe de Gabinete da ReitoriaFabian Martins de Castro

Pró-Reitor AdministrativoMarcus Vinícius Anátoles da Silva Ferreira

Campus SulDiretor: Valter Alves Schmitz NetoDiretora adjunta: Alexandra Orsoni

Campus NorteDiretor: Ailton Nazareno SoaresDiretora adjunta: Cibele Schuelter

Campus UnisulVirtualDiretor: João VianneyDiretora adjunta: Jucimara Roesler

Equipe UnisulVirtual

Avaliação InstitucionalDênia Falcão de Bittencourt

BibliotecaSoraya Arruda Waltrick

Capacitação e Assessoria ao DocenteAngelita Marçal Flores (Coordenadora)Caroline BatistaElaine SurianEnzo de Oliveira MoreiraPatrícia MeneghelSimone Andréa de Castilho

Coordenação dos CursosAdriano Sérgio da CunhaAloísio José RodriguesAna Luisa MülbertAna Paula Reusing PachecoBernardino José da SilvaCharles CesconettoDiva Marília FlemmingEduardo Aquino HüblerFabiano CerettaItamar Pedro BevilaquaJanete Elza FelisbinoJucimara RoeslerLauro José BallockLívia da Cruz (auxiliar)Luiz Guilherme Buchmann FigueiredoLuiz Otávio Botelho LentoMarcelo CavalcantiMaria da Graça PoyerMaria de Fátima Martins (auxiliar)Mauro Faccioni FilhoMichelle Denise Durieux Lopes DestriMoacir FogaçaMoacir HeerdtNélio HerzmannOnei Tadeu DutraPatrícia AlbertonRose Clér Estivalete BecheRaulino Jacó BrüningRodrigo Nunes Lunardelli

Criação e Reconhecimento de CursosDiane Dal MagoVanderlei Brasil

Desenho EducacionalDaniela Erani Monteiro Will (Coordenadora)

Design InstrucionalAna Cláudia TaúCarmen Maria Cipriani PandiniCarolina Hoeller da Silva BoeingFlávia Lumi MatuzawaKarla Leonora Dahse NunesLeandro Kingeski PachecoLívia da Cruz Lucésia PereiraMárcia LochViviane BastosViviani Poyer

AcessibilidadeVanessa de Andrade Manoel

Avaliação da AprendizagemMárcia Loch (Coordenadora)Cristina Klipp de OliveiraSilvana Denise Guimarães

Design VisualCristiano Neri Gonçalves Ribeiro (Coordenador) Adriana Ferreira dos SantosAlex Sandro XavierEvandro Guedes MachadoFernando Roberto Dias ZimmermannHigor Ghisi LucianoPedro Paulo Alves TeixeiraRafael PessiVilson Martins Filho

Disciplinas a DistânciaEnzo de Oliveira Moreira (Coordenador)

Gerência AcadêmicaMárcia Luz de Oliveira Bubalo

Gerência Administrativa Renato André Luz (Gerente)Valmir Venício Inácio

Gerência de Ensino, Pesquisa e ExtensãoAna Paula Reusing Pacheco

Gerência de Produção e LogísticaArthur Emmanuel F. Silveira (Gerente)Francisco Asp

Logística de Encontros PresenciaisGraciele Marinês Lindenmayr(Coordenadora) Aracelli AraldiCícero Alencar BrancoDaiana Cristina BortolottiDouglas Fabiani da CruzFernando SteimbachLetícia Cristina BarbosaPriscila Santos Alves

Formatura e EventosJackson Schuelter Wiggers

Logística de MateriaisJeferson Cassiano Almeida da Costa (Coordenador)José Carlos TeixeiraEduardo Kraus

Monitoria e SuporteRafael da Cunha Lara (Coordenador)Adriana SilveiraAndréia DrewesCaroline MendonçaCláudia Noemi NascimentoCristiano DalazenDyego Helbert RachadelEdison Rodrigo ValimFrancielle ArrudaGabriela Malinverni BarbieriJonatas Collaço de SouzaJosiane Conceição LealMaria Eugênia Ferreira CeleghinMaria Isabel Aragon Priscilla Geovana Pagani Rachel Lopes C. PintoTatiane SilvaVinícius Maykot Serafi m

Relacionamento com o MercadoWalter Félix Cardoso Júnior

Secretaria de Ensino a DistânciaKarine Augusta Zanoni Albuquerque (Secretária de ensino)Ana Paula Pereira Andréa Luci MandiraAndrei RodriguesCarla Cristina SbardellaDeise Marcelo AntunesDjeime Sammer Bortolotti Franciele da Silva BruchadoJames Marcel Silva RibeiroJanaina Stuart da CostaJenniff er CamargoLamuniê SouzaLiana Pamplona Luana Tarsila HellmannMarcelo José SoaresMarcos Alcides Medeiros JuniorMaria Isabel AragonOlavo LajúsPriscilla Geovana PaganiRosângela Mara SiegelSilvana Henrique SilvaVanilda Liordina HeerdtVilmar Isaurino Vidal

Secretária ExecutivaViviane Schalata Martins

TecnologiaOsmar de Oliveira Braz Júnior(Coordenador)Jeff erson Amorin OliveiraMarcelo Neri da SilvaPascoal Pinto Vernieri

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Apresentação

Este livro didático corresponde à disciplina Introdução à Internet.

O material foi elaborado, visando a uma aprendizagem autônoma. Aborda conteúdos especialmente selecionados e adota linguagem que facilite seu estudo a distância.

Por falar em distância, isso não signifi ca que você estará sozinho/a. Não se esqueça de que sua caminhada nesta disci-plina também será acompanhada constantemente pelo Sistema Tutorial da UnisulVirtual. Entre em contato, sempre que sentir necessidade, seja por correio postal, fax, telefone, e-mail ou Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem. Nossa equipe terá o maior prazer em atendê-lo/a, pois sua aprendizagem é nosso principal objetivo.

Bom estudo e sucesso!

Equipe UnisulVirtual.

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Rubem Toledo Bergamo

Introdução à Internet

Palhoça

UnisulVirtual

2008

Livro didático

Design instrucional

Daniela Erani Monteiro Will

3ª edição revista e atualizada

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004.65B43 Bergamo, Rubem Toledo Introdução à internet : livro didático / Rubem Toledo Bergamo ; design instrucional Daniela Erani Menteiro Will, [Lívia da Cruz]. – 3. ed. rev. e atual. – Palhoça : UnisulVirtual, 2008.

204 p. : il. ; 28 cm.

Inclui bibliografi a. 1. Internet (Redes de computação). I. Will, Daniela Erani Monteiro. II. Cruz, Lívia da. III. Título.

Edição – Livro Didático

Professor ConteudistaRubem Toledo Bergamo

Design InstrucionalDaniela Erani Monteiro Will

Lívia da Cruz (3ª edição revista e atualizada)

Projeto Gráfi co e CapaEquipe UnisulVirtual

DiagramaçãoDaniel Blass

Evandro Guedes Machado(3ª edição revista e atualizada)

Revisão Ortográfi caB2B

Ficha catalográfi ca elaborada pela Biblioteca Universitária da Unisul

Copyright © UnisulVirtual 2008

Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prévia autorização desta instituição.

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Sumário

Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

Palavras do professor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

Plano de estudo da disciplina. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11

Unidade 1 Histórico da internet . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13

Unidade 2 Como funciona a internet? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .35

Unidade 3 A infra-estrutura da internet . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .61

Unidade 4 Legislação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .89

Unidade 5 Negócios na internet . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115

Unidade 6 Mudança comportamental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137

Unidade 7 Tendências tecnológicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 169

Para concluir o estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 191

Sobre o autor conteudista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193

Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195

Respostas e comentários das atividades de auto-avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 197

Glossário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201

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Palavras dos professores

“Criar meu web site, Fazer minha home-pageCom quantos gigabytesSe faz uma jangadaUm barco que veleje...”

Gilberto Gil

Olá, você está iniciando o estudo da disciplina “Intro-dução à internet”.

Você já deve conhecer um pouco a internet. Pois é, a internet é uma rede mundial de computadores de acesso público ilimitado que trouxe, indiscutivelmente, uma grande revolução a quase todos os ramos da nossa sociedade. Não se consegue mais pensar o mundo atual e, menos ainda, o futuro, sem a internet.

Nesta disciplina você conhecerá um breve histórico da internet no mundo e no Brasil, bem como conceitos básicos e a infra-estrutura necessária para se conectar à internet. Você verá como a internet mudou a maneira das pessoas se comunicarem e de fazerem negócios. Verá, também, que uma legislação se faz necessária para que possamos utilizar esta rede adequadamente. Conhecerá as tendências de acesso à internet, como a mobilidade com a introdução da internet Móvel, e suas velocidades de transmissão.

Esta disciplina possibilitará que você entenda um pouco mais sobre a internet e o auxiliará na utilização deste manancial de informação disponibilizado por esta rede, enfatizando o seu uso educacional, ético, comercial, cultural etc. Espero que você possa aproveitar, ao máximo, o conteúdo desta disciplina.

Parafraseando o poeta Fernando Pessoa eu diria que “navegar é preciso...”. Vamos lá!

Bom estudo.

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Plano de estudo

Objetivos

Mostrar a evolução histórica e cronológica da internet.

Defi nir conceitos básicos sobre internet. Apresentar o protocolo padrão da internet – /.

Apresentar os tipos de conexões com a internet. Apresentar as linguagens e em uso na internet.

Apresentar a infra-estrutura da rede para conexão com a internet.

Apresentar regulamentações e legislações sobre a internet no Brasil.

Apresentar formas de marketing eletrônico na internet.

Defi nir os tipos de comércio eletrônico e seus princípios.

Apresentar cases de empresas com o uso da internet para o comércio eletrônico.

Mostrar as mudanças comportamentais na sociedade com o advento da internet.

Mostrar novas formas de linguagem e de relacio-namento humano pela internet.

Mostrar as diversas formas de acesso à internet e suas taxas de transmissão.

Atualizar o aluno sobre as tendências tecnoló-gicas da internet.

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Carga horária

A carga horária total da disciplina é 60 horas-aula, incluindo o processo de avaliação.

Cronograma de estudo

Utilize o cronograma a seguir para organizar seus períodos de estudo. É muito importante que você crie um hábito de estudo para que possa aproveitar a disciplina da melhor maneira possível. Não esqueça de anotar as datas de realização das atividades de avaliação.

Atividades

Demais atividades (registro pessoal)

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Objetivos de aprendizagem Conhecer a história da internet no mundo e no Brasil.

Compreender como a internet começou e o que a levou a ser o que é hoje.

Entender porque a internet hoje é uns dos principais meios de comunicação, negócios, entretenimento etc.

Seções de estudoSeção 1 A idéia de criação de uma

rede de comunicação.

Seção 2 Os primeiros passos para a criação de uma rede.

Seção 3 A linguagem da rede.

Seção 4 A internet.

Seção 5 A internet no Brasil.

UNIDADE 1

Histórico da internet 1

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Para início de conversa...

Vamos agora entrar no mundo virtual, ou seja, iremos começar a estudar o que foi e o que é a internet nos dias de hoje. Começa-remos conhecendo a primeira rede de computadores e qual foi o principal fator motivador para a criação desta que é hoje a maior rede de comunicação do mundo.

Veremos também que foi criada uma linguagem padrão (um protocolo) para esta grande rede e, ainda, como se desenvolveu a internet no Brasil, desde o início até os dias atuais.

Nesta unidade, vamos iniciar, os estudos sobre a internet, conhe-cendo como tudo isso começou.

SEÇÃO 1A idéia de criação de uma rede de comunicação

No fi nal da década de 50, o mundo estava em plena Guerra Fria. Havia uma intensa rivalidade entre as duas superpotências: Estados Unidos da América () × União das Repúblicas Socia-listas Soviéticas ().

Em 1957, a União Soviética havia lançado o primeiro satélite arti-fi cial da Terra, o Sputnik 1. Este fato teve grande repercussão nos Estados Unidos e representou um duro golpe no orgulho dos americanos. Os ameri-canos imaginaram que, se Figura 1.1 Lançamento do Sputnik 1

O termo “Guerra Fria” passou a ser utilizado após a Segunda Guerra Mundial, quando o choque militar, o confronto aberto entre as nações cessou e estabeleceu-se uma nova correlação de forças no cenário internacional, tendo como protagonistas principais os Estados Unidos (EUA) e a União Soviética (URSS). Com isso surgiram os confl itos ideológicos, e a oposição do mundo capitalista com o mundo socialista.

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Introdução à Internet

Unidade 1

a União Soviética estava na frente da corrida espacial, certamente estaria à frente também na produção de bombas atômicas. Era evidente que o governo americano deveria tomar medidas para alcançar os soviéticos e, com o tempo, ultrapassá-los na corrida espacial e na produção de bombas atômicas

SEÇÃO 2Os primeiros passos para a criação de uma rede

Em 1958, além de iniciar o desenvolvimento de projetos espaciais por meio da NASA (National Aeronautics and Space Adminis-

tration), o Departamento de Defesa dos Estados Unidos criou o ARPA (Advanced Research Projects Agency), com o objetivo de desenvolver pesquisas científi ca e tecnológica no campo militar.

Em 1962, a apresentava um grande projeto chefi ado por Joseph Carl Robnett Licklider (1915-1990), pesquisador do MIT (Massachusetts Institute of Technology), que consistia na cons-trução de uma ampla rede de comunicação. Licklider havia publicado um trabalho com o nome de “Rede Intergalática”.

Na visão futurista de Licklider, o objetivo de seu trabalho era não apenas conectar computadores, mas sim pessoas, para auxiliá-las a trocar experiências entre si. Esta rede deveria permitir fácil acesso a dados e programas, trabalho em grupo a distância e compartilhamento de recursos, como grandes centros de compu-tação, por exemplo. Era uma postura nova que encontrou difi cul-dades dentro da indústria de computadores da época, voltada à produção de poderosas máquinas de cálculo.

Naquela época, um novo método de transmissão de informação vinha sendo desenvolvido; era a “comutação por pacotes”.

Você já ouviu falar em comutação por pacotes? Tem alguma idéia de como funcionava esta técnica?

A técnica de comutação por pacotes consistia em fragmentar a informação em partes menores (pacotes), enviar essas partes ao seu destino e então reagrupá-las, recuperando a informação. A

Site NASA: www.nasa.gov

Site ARPA: www.arpa.mil

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Universidade do Sul de Santa Catarina

comutação por pacotes apresentava uma série de vantagens em relação à técnica anterior: a comutação por circuitos. Veja, a seguir, porque.

A comutação por pacotes, ao contrário da comutação por circuitos, permitia que diversos usuários compar-tilhassem o mesmo canal de informação; facilitava a correção de erros (bastava retransmitir o pacote danifi -cado) e acelerava as transmissões através da compactação de dados.

A comutação por circuitos implicava estabelecer uma conexão exclusiva entre dois pontos e, assim, somente esses dois pontos podiam usar o canal de comunicação.

Entenda melhor estas diferenças analisando a fi gura a seguir.

Figura 1.2 Comutação de Circuitos × Comutação por Pacotes

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Introdução à Internet

Unidade 1

Figura 1.3 Esboço da rede ARPA, com 4 nós principais (círculos), elaborado em dezembro de 1969 por Lawrence G. Roberts.Fonte The Computer Museun

Lawrence G. Roberts, sucessor de Licklider na , levou adiante suas idéias sobre uma rede de comunicação.

Em 1967, expôs numa conferência o plano de construir uma rede de computadores que se chamaria ARPANET. Nesta mesma conferência Roberts tomou conhecimento de outros dois estudos baseados em comutação por pacotes. Um deles na Inglaterra, que vinha desenvolvendo uma rede própria; o outro era de um grupo de pesquisa da Rand Corporation, patrocinado pela Força Aérea dos Estados Unidos. O estudo da Rand, chamado de On Distri-

bued Comunication (sobre comunicação distri-buída), foi desenvolvido por um pesquisador da empresa, chamado Paul Baran.

Antes da já existia outra rede que ligava os departamentos de pesquisa e as bases militares. Mas, como os estavam em plena guerra fria e toda a comunicação desta rede passava por um computador central que se encontrava no Pentágono, sua comunicação era extremamente vulnerável.

Se a antiga resolvesse cortar a comunicação da defesa americana, bastava lançar uma bomba no Pentágono, e esta comunicação entrava em colapso, tornando os Estados Unidos extrema-mente vulneráveis a mais ataques.

A foi desenvolvida exatamente para evitar isto. Com um backbone que passava por baixo da terra (o que o tornava mais difícil de ser interrompido), ligava militares e pesquisadores, sem ter um centro defi nido ou mesmo uma rota única para as informações, tornando-se quase indestrutível.

Baran propunha um sistema resis-tente a ataques localizados que continha conceitos inovadores: redes distribuídas e caminhos redundantes.

O estudo de Baran começava com a análise de três topologias básicas: centralizada, descentralizada e distribuída. A rede com controle centralizado era mais vulnerável: se o comando central fosse destruído,

A palavra NET signifi ca rede, ou seja, a rede da ARPA.

Backbone: do inglês, signifi ca “espinha dorsal”. Linhas base de conexão de alta velocidade dentro de uma rede, que, por sua vez, se conectam às linhas de menor velocidade.

Paul Baran

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não haveria comunicação entre os outros pontos. Uma melhoria seria o emprego da rede descentralizada; mas essa rede apenas amenizava o problema, pois a destruição de “nós” centrais ainda resultaria em signifi cativa perda de comunicação entre os pontos extremos.

A solução, propunha Baran, eram as redes distribuídas. Neste modelo, além de não haver um controle central, os “nós” se inter-ligariam, formando uma rede. A partir disto, surge o conceito de redundância: entre dois “nós” da rede existem diversos caminhos. Se um deles for danifi cado, basta usar uma rota alternativa. Essas idéias por ele concebidas foram fundamentais para o desenvolvi-mento do que hoje chamamos de internet.

As três topologias de rede estudadas por Baran são ilustradas a seguir na Figura 1.4: as redes centralizadas, descentralizadas e distribuídas.

Figura 1.4 Topologias de redes estudadas por Baran

Em 1968 a começou a tomar forma. O desenvolvi-mento do sistema de comutação por pacotes fi cou a cargo da empresa (Bolt Beranek and Newman). Em 1969, quatro universidades norte-americanas foram escolhidas para funcionar como “nós” : Universidade da Califórnia, em Los Angeles; Universidade de Stanford, através do Stanford Reserch Institute; Universidade da Califórnia, em Santa Barbara; e a Universidade de Utah. Dois anos mais tarde já eram quinze (15) “nós” interligados.

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Introdução à Internet

Unidade 1

Figura 1.5 Rede ARPANET em setembro de 1971

Você deve estar-se perguntando... E o que aconteceu depois?

Em 1972, durante a International Computer Communication

Conference, em Washington, foi feita, com sucesso, a primeira demonstração pública da . Foi também nesse ano que a inventou o correio eletrônico.

Em 1973 foram estabelecidas as primeiras conexões interna-cionais, integrando à rede centros de pesquisa da Inglaterra e Noruega.

Logo fi cou evidente a enorme utilidade desta rede para a troca de informações científi cas entre universidades, pois todo o acervo dos banco de dados e recursos computacionais destas universi-dades podiam ser compartilhados amplamente, graças à nova rede de conexão.

Seria este o início da atual internet?

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Universidade do Sul de Santa Catarina

SEÇÃO 3A linguagem da rede

Numa rede, para que os computadores se comuniquem, é neces-sário que “falem a mesma língua”. Essa língua é chamada de protocolo. Em 1973, a funcionava com o protocolo NCP (Network Control Protocol). A tinha crescido tanto que este protocolo de comutação de pacotes original estava tornando-se inadequado. Naquele ano, Robert Kahn, pesquisador da , propôs uma série de melhorias no . Para ajudá-lo nesse trabalho, Kahn chamou Vinton Cerf, até então presidente da International Network Working Group (Grupo de Trabalho da Rede Internacional), que havia trabalhado na elaboração do .

Você Sabia?

O Pai da internet

Vinton Cerf é conhecido hoje como o pai da internet. Pesquisa-dor da Universidade de Stanford, Cerf esteve desde o início envol-vido na construção da rede. Em 1973, juntamente com Kahn come-çaram a trabalhar em um novo protocolo para a rede ARPANET.

O desafi o deles era criar um protocolo que atendesse ao conceito de arquitetura aberta, isto é, o protocolo deveria ser capaz de interligar diferentes tipos de redes, não importando que tecnologia essas redes empre-gassem em sua comunicação (ondas de rádio, satélite, ARPANET etc.).

Você vai estudar este conceito na próxima unidade.

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Introdução à Internet

Unidade 1

Cerf conta que esboçou a solução do problema enquanto esperava o começo de um seminário num saguão do hotel. A solução se baseava no uso de um protocolo que mais tarde foi chamado de TCP/IP (Trans-mission Control Protocol/internet Protocol). O TCP/IP permitiu a interligação desses diferentes tipos de redes. Surgia, então, a idéia de “interconnect networks” (redes interconectadas) ou, abreviadamente, “internet”.

Com o crescimento do tráfego de informação militar na rede, seu acesso tornou-se mais restritivo, fazendo com que uma série de outras redes fossem criadas, quer por instituições de pesquisa, quer por companhias privadas. As redes acabaram por criar uma comunidade que trocava entre si informações através das mailing

lists, embora não houvesse ainda uma possibilidade de comuni-cação entre as diversas redes.

Em 1974, Kahn e Cerf publicaram o trabalho “A Protocol for

Packet Network Interconnection”, que especifi cou detalhes sobre o funcionamento do novo protocolo proposto por eles: o /.

O TCP/IP resolvia o problema de como diferentes tipos de redes – com diver-sos tipos de máquinas e sistemas operacionais – poderiam ser interconec-tadas. Muitos outros grupos de pesquisadores começaram a implementar suas próprias versões do TCP/IP.

Em 1º de janeiro de 1983 foi feita a transição do protocolo da , de para /. A mudança foi muito bem sucedida. A , que desde sua criação vinha sendo usada por um grande número de organizações militares, foi dividida em , para fi ns militares, e a nova foi direcionada para a pesquisa.

Outro fato importante da época foi a incorporação do / ao sistema operacional UNIX BSD – (Berkeley Software Distri-bution), produzido pela Universidade da Califórnia de Berkeley. Esse sistema operacional era distribuído gratuitamente e sua ampla utilização ajudou a difundir o / na comunidade cien-tífi ca e acadêmica.

Em 1986, a National Science Foundation ( ) anunciou a criação da , com a adoção do protocolo /. A nova rede interligou centros de supercomputação e gerou um boom de

Sistema operacional BSD Unix: é uma versão livre (grátis) do sistema operacional Unix que roda em micros ao invés de estações de trabalho.

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conexões, principalmente por parte das universidades. Seu cresci-mento foi tão expressivo que acabou englobando a , que deixou de existir ofi cialmente em 1990. Com isso, instituições de um número cada vez maior de países passavam a conectar-se a .

Paralelamente a , diversas outras redes – algumas usando um protocolo de comunicação próprio – surgiram ao longo dos anos 80 em todo mundo.

Podemos citar a USENET (Unix Users Network), a BITNET (Because It´s Time Network), a CSNET (Computer Science Network), a EUNET (European UNIX Network), a EARN (European Academic and Research Network), a JUNET (Japan UNIX Network) e a AARNET ( Australian Academic Research Network).

A rede era uma rede de mainframes que já funcionava desde 1981. Transportava mensagens de correio eletrônico usando tecnologia desenvolvida com outro propósito pela . A grande atração foi a sua simplicidade de adesão e operação, especialmente se a instituição participante já possuísse um computador da .

Você sabia?

A explosão da NSFNET

A NSFNET representou, sem dúvida, o empurrão que faltava para o advento da internet, seu crescimento foi espantoso. Em 1988, apenas no mês de janeiro, trafe-garam pela NSFNET 85 milhões de pacotes. Sete anos mais tarde, no mês de novembro de 1994, o tráfego na rede chegou a 86 bilhões de pacotes, um aumento de mil vezes! Considerando que um pacote tem aproxi-madamente 200 bytes e um byte equivale a um carac-tere, pode-se dizer que esses 86 bilhões de pacotes equivalem a duas vezes o conteúdo da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos (www.loc.gov), a maior do mundo.

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Unidade 1

Esta imagem é um estudo de visualização do tráfego medido em bytes na espinha dorsal (backbone) da NSFNET em Setembro de 1991. Imagem criada por Donna Cox e Robert Patterson (NCSA-UIUC)

SEÇÃO 4A internet

A , que restringia o uso de sua estrutura exclusivamente para fi ns de educação e pesquisa, anunciou, em 1991, a liberação de seu uso também para fi ns comerciais. Iniciava-se aí a chamada privatização da . Assim, a rede teve um crescimento expo-nencial, dobrando de tamanho de tempos em tempos.

Este conjunto de redes militares, acadêmicas e comerciais, tendo

como espinha dorsal a NSFNET e como protocolo o TCP/IP, acabou

evoluindo para o que hoje chamamos de internet.

O termo internet já vinha sendo usado desde os tempos da , mas só agora ele encontraria uma defi nição clara: referir-se à internet era referir-se à rede global de computadores conectados via /.

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Com a explosão da internet, estudantes, professores, pesquisa-dores e pessoas de todas as profi ssões começaram a conectar-se na rede. Isso contribuiu muito na popularização do computador pessoal, que teve seu preço reduzido a tal ponto que qualquer pessoa de renda média poderia tê-lo no trabalho ou em casa.

E foi assim que uma rede de computadores desenvolvida no meio acadêmico, inicialmente fi nanciada pelo governo americano para fi ns militares e mais tarde pela iniciativa privada, acabou se transformando no maior sistema de comunicação do mundo, a internet.

SEÇÃO 5A internet no Brasil

Antes de prosseguir, pense um pouco sobre o que você já sabe em relação ao ingresso e à utilização da internet no Brasil. Se preferir, anote a seguir suas considerações.

O Brasil iniciou sua interação com as grandes redes de compu-tadores internacionais em 1988 e, até 1993, já havia alcançado a posição de trigésimo país em ordem de atividade, com cerca de 2.000 nomes de computador registrados no domínio .br do Domain Name System ().

Em 1987, já havia sido reconhecida, em várias instituições, a importância da utilização de redes de computadores para a comu-nidade acadêmica, e estavam sendo preparados diversos projetos independentes que iriam prover soluções parciais, especialmente no Laboratório Nacional de Computação Científi ca (), na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo () e na Universidade Federal do Rio de Janeiro ().

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Unidade 1

DECnet: tecnologia de redes própria da Digital Equipment Corporation.

Veja mais informações sobre estes projetos a seguir.

A Embratel somente admitiu o transporte de tráfego de terceiros pelas redes da comunidade acadêmica e de pesquisa em outubro de 1988, um mês depois do estabelecimento da primeira conexão internacional, e com o planejamento de outras conexões já bem encaminhadas.

Desta forma, a primeira conexão estabelecida – com taxa de 9.600 bps (atualmente esta conexão está na taxa de 155 Mbps) à rede – entre o Laboratório Nacional de Computação Científi ca () do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científi co e tecnológico (CNPq), no Rio de Janeiro, e a Univer-sidade de Maryland, próxima da capital norte-americana, obje-tivava abrir acesso amplo à , através de acesso discado (ou via ) ao , por qualquer membro da comunidade nacional de pesquisa, formalmente considerado um pesquisador do q.

A segunda conexão internacional, inicialmente operando na taxa de 4.800 bps (Bits por segundo) e instalada em novembro de 1988, foi entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo () e o Fermi National Laboratory (Fermilab) em Chicago, e previa o atendimento do sistema de universidades e de pesquisa do Estado de São Paulo, evitando desta forma as restrições legais sobre tráfego de terceiros. Esta conexão usava a tecnologia DECnet e permitia acesso à HEPNET (High Energy

Physics Network) e à .

Uma terceira conexão independente da , também operando em 4.800 bps, foi instalada em maio de 1989 entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro () e a Universidade de Califórnia em Los Angeles ().

Até maio de 1989 o país já possuía três ilhas distintas de acesso à . Duas na cidade do Rio de Janeiro e uma no estado de São Paulo. A comunicação entre estas ilhas era possível através da rede internacional .

Essas foram as nossas únicas vias de acesso às redes interna-cionais até 1989. Naquele ano, a comunidade acadêmica, com oapoio do CNPq, criou a Rede Nacional de Pesquisa (). A , por sua vez, implantou uma rede de abrangência nacional.

Site CNPq: www.cnpq.br

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O levantamento da restrição sobre tráfego de terceiros agora abriu as portas para uma racionalização desta situação, e para o esta-belecimento de uma rede nacional que permitisse compartilhar acesso às redes internacionais. Isto foi realizado durante os dois anos subseqüentes, com a interconexão, em nível nacional, entre as ilhas separadas, e com a extensão de conectividade a outros centros de pesquisa no país. Isto ocorreu com o crescimento simultâneo das duas ilhas baseadas no e na . Até o fi nal de 1991, a topologia da rede nacional era de duas estrelas interligadas, e poucos estados não possuíam pelo menos um nó da rede.

Figura 1.6 Conexões usadas para a Rede Nacional em 1991

A Figura 1.6 ilustra a rede de linhas privadas em uso no fi nal de 1991. Note que várias instituições adicionais também tinham acesso à rede usando acesso discado ou conexões RENPAC (Rede Nacional de Comutação por Pacotes), principalmente ao nó da , em São Paulo. A grande maioria das conexões ilus-tradas era da rede , mas algumas instituições mantinham ligações net, e integravam também a . Algumas poucas instituições já faziam parte da internet, apesar do uso de enlaces de velocidade muito baixa.

RENPAC é um serviço de transmissão digital de dados oferecido em nível nacional pela Embratel. Um serviço de acesso independente da internet, mas que pode ser usado para tal.

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Unidade 1

O acesso do país à internet tornou-se possível em fevereiro de 1991, quando a , após aumentar para 9.600 bps a veloci-dade da sua conexão ao Fermilab, instalou o software Multinet da (que é um software com uma solução /, sendo a o fabricante deste software) e começou a transportar tráfego , além de net e .

A conectividade foi logo estendida para um número pequeno de instituições nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, usando linhas privadas de baixa velocidade (entre 2.400 e 9.600 bps), ou através da . Esta rede embrionária proveu um ambiente de treinamento para técnicos de suporte de redes, além de um serviço operacional de correio eletrônico para alguns locais que não integravam a .

A perspectiva de acesso à internet também deu um grande incentivo para a montagem de redes internas nas instituições, por meio da integração de redes locais antes isoladas, especialmente aquelas que ligavam o número crescente de estações de trabalho, estas adquiridas com recursos concedidos pelo q.

A primeira conexão de 64 kbps de longa distância foi estabele-cida em 1993, entre São Paulo e Porto Alegre. Ao longo de 1994, um grupo de estudantes da Universidade Federal de São Paulo () criou centenas de páginas na web. Em novembro de 1994, estimava-se que metade delas (500) estava na universidade.

A partir de 1995 surgiu a oportunidade para que usuários de fora das instituições acadêmicas também obtivessem acesso à internet e que a iniciativa privada viesse a fornecer esse serviço. Isto signifi ca que haveria cada vez mais computadores brasileiros, fora das instituições de ensino, ligados à internet, e que um vasto leque de aplicações surgiria a curto prazo.

Neste mesmo ano, os Ministérios das Comunicações e da Ciência e Tecnologia publicaram uma portaria conjunta criando a fi gura do provedor de acesso privado e liberando a operação comercial da internet no Brasil. A Embratel e o Ministério das Comunicações não facilitavam as iniciativas dos provedores privados, a infra-estrutura necessária não estava totalmente implantada e havia indefi nições sobre preços a serem cobrados. Mesmo assim, uma dezena de provedores já operava até o fi nal de 1995, todos conectados à internet através da Embratel.

Em chegava também às bancas a “internet World”, a primeira revista sobre internet no Brasil.

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Mbits/seg: mega (milhão) bits por segundo.

Você sabia?

Em maio de 1995, houve a criação do Comitê Gestor internet, que contava com a participação do Ministé-rio das Comunicações (MC), do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), de entidades operadoras e gestoras de espinhas dorsais (backbones), de representantes de provedores de acesso ou de informações, de represen-tantes de usuários e da comunidade acadêmica.

Atribuições do Comitê Gestor:

fomentar o desenvolvimento de serviços internet no Brasil;

recomendar padrões e procedimentos técnicos e ope-racionais para a internet no Brasil;

coordenar a atribuição de endereços internet, o regis-tro de nomes de domínios, e a interconexão de espi-nhas dorsais;

coletar, organizar e disseminar informações sobre os serviços internet.

Em dezembro de 1995, todos os circuitos de 2 Mbits/seg corres-pondentes à parte principal da espinha dorsal da estavam em operação (previsto para dois meses antes). Apesar disto, ainda estvam pendentes o aumento de velocidade e a instalação de algumas conexões estratégicas para o país, já que a era a única espinha dorsal com cobertura realmente nacional.

O grande boom da rede aconteceu ao longo de 1996.

Antes de prosseguir, tente lembrar o que você fazia nesta época. Era estudante ou já trabalhava? Como era seu conhecimento sobre computadores? Já possuía alguma afi nidade com eles, ou não? Anote suas refl e-xões a seguir.

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Unidade 1

Estatísticas do registro de domínios no Brasil podem ser vistas em http://registro.br/estatisticas.html.

A partir de 1996 inúmeros provedores começaram a vender assi-naturas para acesso à rede. Um pouco pela melhoria nos serviços prestados pela Embratel, mas principalmente pelo crescimento do mercado.

Ainda em 1996, a empresa Andersen Consulting divulgou uma pesquisa realizada com um grupo selecionado de grandes empresas privadas e estatais do país. A pesquisa revelou que 80% dessas empresas já haviam colocado informações e serviços disponíveis na internet. A pesquisa dizia, ainda, que mais da metade dessas empresas considerava “a tecnologia da informação um instrumento essencial para a tomada de decisões”.

Em 1997, a internet consolida-se defi nitivamente. Pela primeira vez os brasileiros puderam entregar suas declarações de imposto de renda pela internet. Novas revistas sobre o assunto foram lançadas. Os provedores multiplicaram-se em diversas centenas, o conteúdo em língua portuguesa na rede tornou-se signifi ca-tivo. Empresas, bancos, universidades e até o governo estavam na internet. Algumas estimativas otimistas diziam que o número de usuários no Brasil já havia ultrapassado um milhão naquele ano. Em 1999, o número de internautas já ultrapassava a marca dos 2,5 milhões.

De qualquer maneira, o fato é que o número de usuários continua crescendo. Fala-se de internet na televisão, no rádio, nos jornais, nos celulares, nas escolas, nas universidades e nas empresas. A internet é defi nitivamente uma ferramenta de trabalho, entreteni-mento, comunicação e informação para os brasileiros.

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Síntese da unidade

Você viu nesta unidade que a internet começou a partir de uma rede militar nos Estados Unidos, a . Em dezembro de 1969, Lawrence G. Roberts fez um esboço da rede , que teria 4 “nós” principais. Isso foi a primeira idéia de uma rede interligada, que depois se tornou a .

Vinton Cerf é considerado o pai da internet , pois foi ele e Robert Kahn que começaram a trabalhar em um novo protocolo (uma nova linguagem) para a rede , que já utilizava o protocolo .

Em 1º de janeiro de 1983 foi feita a transição do protocolo da , de para /. O / permitiu a interligação desses diferentes tipos de redes. Surgia, então, a idéia de “inter-

connect networks” (redes interconectadas) ou, abreviadamente, “internet”.

Em 1986 anunciou-se a criação da , com a adoção do protocolo /. Seu crescimento englobou a , que deixou de existir ofi cialmente em 1990.

No Brasil, em 1988, foi feita a primeira conexão internacional, à taxa de 9.600 bps, à rede , entre o e o q, no Rio de Janeiro, à Universidade de Maryland.

A segunda conexão internacional realizada no Brasil, inicialmente operando na taxa de 4.800 bps e instalada em novembro de 1988, foi entre a e o Fermilab em Chicago. Essas conexões até então eram apenas privilégio de instituições de ensino e pesquisa.

A partir de 1995 surgiu a oportunidade para que usuários, fora das instituições acadêmicas, também obtivessem acesso à internet e que a iniciativa privada viesse a fornecer esse serviço. Em maio do mesmo ano, houve a criação do Comitê Gestor internet, que

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Introdução à Internet

Unidade 1

teria como principal fi nalidade fomentar o desenvolvimento de serviços de internet no Brasil e recomendar padrões e procedi-mentos técnicos e operacionais.

Em 1997 a internet consolida-se defi nitivamente. Pela primeira vez os brasileiros puderam entregar suas declarações de imposto de renda pela internet. Novas revistas sobre o assunto foram lançadas e o número de provedores se multiplicava. A internet estava defi nitivamente consolidada no Brasil.

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Atividades de auto-avaliação

1) Como surgiu a ?

2) Qual o protocolo utilizado pela internet e por que ele se tornou o padrão?

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Introdução à Internet

Unidade 1

3) O que é comutação de pacotes? Quais as vantagens desta comutação em relação à comutação por circuitos? Cite um exemplo de comutação de pacote e um exemplo de comutação de circuitos.

4) Como você avalia a importância do Comitê Gestor Internet?

5) Quando a internet foi liberada para uso comercial no Brasil e quantos são os domínios “.com” registrados no Brasil atual-mente?

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6) Pesquise na internet e responda quantos são os domínios registrados atualmente no Brasil?

Saiba mais

Para saber mais sobre os assuntos tratados nessa unidade consulte os seguintes sites:

www.let.leidenuniv.nl/history/ivh/chap2.htm www.cybergeography.org/ atlas/geographic.html

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Objetivos de aprendizagem Defi nir conceitos básicos sobre internet.

Conhecer o protocolo padrão da internet – TCP/IP.

Identifi car os tipos de conexões à internet.

Conhecer as linguagens de programação na internet e suas evoluções.

Seções de estudoSeção 1 Rede: o que signifi ca?

Seção 2 Internet: a super rede.

Seção 3 A conexão com a internet.

Seção 4 World Wide Web.

UNIDADE 2

Como funciona a internet? 2

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Para início de conversa...

O objetivo principal desta unidade é apresentar a você os conceitos básicos da internet, ou melhor, o que é a internet. Os conceitos que aprenderá nesta unidade poderão ser bastante familiares, mas certamente você ainda não havia tido a possibili-dade de entendê-los completamente.

Você agora tem a oportunidade de entender melhor conceitos como, rede de computadores, protocolos, tipos de acessos, lingua-gens e muitos outros. Nesta unidade você começará a entrar, de fato, no “mundo internet”. Portanto, a partir de agora, aproveite bem o estudo.

SEÇÃO 1Rede: o que signifi ca?

O que é exatamente uma rede de computadores?

Tento explicar com um exemplo.

Imagine que você é funcionário de uma empresa de venda de peças para carros e está trabalhando no com-putador de sua sala em um orçamento para um cliente. Em certo momento, você precisa de dados de preços e especifi cação que estão no setor de vendas, que fi ca localizado no primeiro andar. No entanto, você trabalha no 6º andar e, convenhamos, seria pouco prático você ir até o primeiro andar buscar estas informações. E você precisa deste orçamento com urgência! E então, como buscar estas informações sem se deslocar?

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Introdução à Internet

Unidade 2

Assim como você estudou na Unidade .

É para isso que serve a rede internet. Através dela você pode acessar o computador do setor de vendas sem sair de sua sala, ou seja, acessá-lo remotamente, à distância. A rede permite, portanto, que se compartilhem informações. Terminado o trabalho, você deseja imprimi-lo, mas não há uma impressora ligada direta-mente ao seu computador. A rede possibilita que você utilize uma impressora local/ligada remotamente ao seu computador, bem como que compartilhe a mesma com vários usuários. Neste caso, a rede possibilita que se compartilhem recursos. Podemos, então, defi nir uma rede da seguinte maneira.

Uma rede de computadores é um conjunto de computadores inter-ligados, capazes de compartilhar informações e recursos.

No exemplo que você acabou de ler, temos uma rede do tipo local, ou seja, uma LAN (Local Area Network). No mundo existem milhares de redes de computadores, em bancos, universi-dades, empresas etc., cada uma dessas empresas tem sua própria rede. Antes da internet cada rede estava restrita aos limites da sua própria organização. Assim, dados que estivessem arma-zenados em um computador de uma empresa só podiam ser acessados pelo próprio computador ou através de sua rede local, quem estivesse fora da empresa não poderia acessar esta rede. Às vezes havia interligação entre universidades, ou entre empresas de uma mesma região ou cidade, e estas redes formavam redes metropolitanas (MANs – Metropolitan Area Networks).

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SEÇÃO 2Internet: a super rede

Você se lembra do que estudou na Unidade 1 sobre o surgimento da internet?

Como você já estudou, a internet surgiu a partir da criação do backbone original, o , um projeto militar para inter-câmbio de informações estratégicas fi nanciado pelo governo norte-americano. Ao longo dos anos, a internet passou por várias etapas, transformando-se numa rede de pesquisa acadêmica e, fi nalmente, na grande rede que é atualmente.

Com a internet é possível compartilhar dados e recursos em escala global, e não apenas local. Ela é bem diferente, por exemplo, do sistema de telefonia atual. Neste sistema, quando você faz uma ligação para fora do Brasil, tem que pagar uma tarifa mais elevada por se tratar de uma chamada internacional. Na internet não existe chamada internacional e não há diferença entre acessar dados de um computador em Londres ou de um computador localizado em sua cidade. Não importa que um esteja na Inglaterra e outro no Brasil, o que importa é que todos estão conectados em uma grande rede global.

Como funciona a internet?

A melhor forma de entender a internet é pensar nela como a Rede das redes.

A internet fez uma revolução nas comunicações em uma era em que um grande percentual de nossas atividades diárias (lazer, educação, informação, transações fi nanceiras, consumo e comu-nicação) acontece através das comunicações eletrônicas. Entre

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Introdução à Internet

Unidade 2

Site ISOC: www.isoc.org

outras coisas, ela pode oferecer software para o seu computador, fotografi as de planetas, atualidades etc., e esta diversifi cação de informações só ocorre, pelo menos em parte, porque ela não pertence a uma só pessoa, empresa ou governo. A internet é a cooperação de muitos sistemas de computadores e milhões de usuários no mundo inteiro, fato este que a levou a receber o título de “Rede das redes”.

A internet não tem dono ou uma empresa encarregada de administrá-la. Cada rede individual conectada à internet pode ser administrada por uma entidade governamental, uma empresa ou uma instituição educacional. A internet, como um todo, não tem um poder central.

A partir de agora, quando você ler “Rede” com letra maiúscula, saiba

que estarei me referindo à “Rede das redes”, ou melhor, à internet.

A administração da Rede

A instituição que mais se aproxima de uma adminis-tração central é a Internet Society. Trata-se de uma entidade que se baseia no trabalho voluntário de seus integrantes com o objetivo de exercer o mínimo controle necessário para manter a internet em funcionamento.

A internet Society faz recomendações de caráter tecnoló-gico, operacional e até fi losófi co, assegurando que a Rede seja acessível a todos, da forma mais democrática possível.

Esse caráter democrático permite que novas redes sejam cons-tantemente conectadas à internet, o que explica seu contínuo crescimento. Nos últimos anos, esse crescimento aumentou em função do interesse comercial na internet e deve-se principal-mente ao surgimento de um programa, o browser, que permite a navegação gráfi ca, facilitando muito o uso da internet, como você verá ainda nesta unidade.

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Universidade do Sul de Santa Catarina

Backbone

As redes que formam a internet são interligadas por outras redes de alta capacidade, chamadas backbones (espinha dorsal). Backbones são poderosos computadores conectados por linhas de grande largura de banda como canais de fi bra óptica, links de satélite e de transmissão por rádio.

Servidor

Na internet, os computadores que disponibilizam informa-ções, serviços ou outras facilidades são chamados de servidores (eles “servem dados”). Os servidores são, em geral, computadores poderosos, permanentemente ligados à internet. Os usuários, por sua vez, rodam em seus computadores aplicações que requisitam dados dos servidores. Essas aplicações são chamadas de clientes. Veja a seguir.

Figura 2.1 Comunicação Cliente/Servidor

Note que o programa-cliente solicita ao servidor um determi-nado arquivo. Pode ser uma imagem, uma música, um vídeo ou simplesmente um texto. O servidor verifi ca se possui tal arquivo e, em caso positivo, envia-o ao programa-cliente.

Largura de banda: indica, em bits por segundo, com que velocidade os dados podem fl uir através de um determinado canal de comunicação entre computadores. Quanto maior a largura de banda, maior a velocidade de comunicação.

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Introdução à Internet

Unidade 2

Roteador

Muitos se referem à internet como a super auto-estrada de dados, a superinfovia, a superinfohighway e outras comparações com uma estrada. Na verdade, uma representação mais precisa não seria uma estrada, mas todo um complexo viário, formado por grandes auto-estradas, estradas secundárias, vicinais, e assim sucessivamente, passando por avenidas até chegar às ruas onde fi cam nossas casas.

Nos cruzamentos desse complexo viário existem rotatórias que permitem que o tráfego escolha uma entre várias direções possíveis. Na internet, esses cruzamentos contêm computadores capazes de direcionar o tráfego para as diferentes rotas dispo-níveis.

Eles se chamam roteadores (do inglês router).

Os roteadores contêm informações, constantemente atuali-zadas, que lhes permitem decidir em que direção devem enviar o tráfego a cada instante.

Por exemplo, se uma dada conexão estiver sobrecarre-gada, o que equivaleria a uma estrada estar congestio-nada, o roteador direciona o tráfego para um caminho alternativo.

O mesmo acontece se o computador seguinte de um determi-nado caminho estiver fora de funcionamento por causa de um defeito.

Como a internet é uma complexa malha de computadores inter-ligados, sempre existe um caminho alternativo para o tráfego, ainda que seja mais longo.

O Protocolo TCP/IP

A interligação de todas essas redes foi possível graças ao uso disseminado do protocolo TCP/IP. O / é a “língua” falada por todos os computadores ligados à internet e usa a comutação de pacotes para transmitir informações. Esse método transmite informações em pequenos pedaços, chamados de pacotes.

Na disciplina “Redes de computadores” você verá este assunto com mais profundidade.

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O / é composto por duas partes.

O TCP (Transmission Control Protocol): é respon-sável por quebrar a informação em pacotes (pequenos pedaços), enviar esses pacotes através da rede, ordená-los e reagrupá-los no destino, bem como reenviar pacotes perdidos ou danifi cados.

O IP (Internet Protocol): é responsável por encontrar uma rota na rede que permita a cada pacote chegar ao seu destino.

O que é esse tal de Protocolo?

O protocolo não é um computador, nem um programa. É algo abstrato, e por isso difícil de ser explicado, para isso faremos uma comparação de modo que você possa entender melhor.

Imagine a seguinte situação: você quer enviar uma carta para sua namorada Gabriella. Você pega um papel, escreve a carta e a coloca numa caixa de correio. O correio se encarrega de entregar a carta na casa da Gabriella, que seguirá os mesmos procedimentos para enviar uma resposta a você.

Agora, imagine se você escrevesse o endereço errado no envelope, ou se você esquecesse de selar a carta, ou, ainda, se a Gabriella respondesse à carta em grego. Em qualquer dessas situações, é bem provável que a comunicação falhasse. Perceba que esse procedimento de enviar e receber informações envolve uma série de regras.

O mesmo acontece com os computadores. Para se comunicarem perfeitamente precisam seguir um conjunto de regras, padrões e especifi cações, ou seja, devem obedecer a um protocolo.

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Pacotes TCP/IP

Qualquer informação que trafegue pela internet, seja uma mensagem de correio eletrônico, um arquivo de texto ou uma imagem, é dividida em pequenas unidades de dados chamadas pacotes.

Além de uma parte do conteúdo da mensagem original, cada pacote recebe informações adicionais que incluem o endereço de destino e o conteúdo do pacote. Esses pacotes são os “carros” que circulam na malha viária que representa a internet.

Um detalhe interessante é que os pacotes de uma determinada mensagem não seguem necessariamente o mesmo caminho para chegar ao seu destino. Nos milhares de “cruzamentos” que existem na internet, os pacotes são direcionados pelos roteadores, de maneira a otimizar o fl uxo de tráfego e, na medida do possível, evitar congestionamentos.

A informação do endereço contido em cada pacote permite que os vários roteadores pelos quais ele passa o direcionem ao longo do caminho para seu destino fi nal.

Ao receber um pacote, o computador de destino utiliza as infor-mações sobre seu conteúdo para checar se ele está perfeito ou se sofreu interferência no caminho. Caso o conteúdo do pacote não esteja coerente com as informações que deve conter, ele é rejeitado, e o computador de destino solicita novo envio ao computador remetente. Somente o pacote corrompido precisa ser reenviado.

Por causa desse conceito de roteamento do tráfego, é comum que os pacotes de uma mensagem cheguem ao destino fora da ordem que foram enviados. Depois que todos os pacotes que formam uma determinada mensagem chegam ao seu destino, eles são colocados na ordem certa e a mensagem é remontada. Veja melhor esta questão na fi gura a seguir.

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Figura 2.2 Transmissão pela internet de dados na forma de pacotes

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Imagine, a partir deste desenho, que o Terminal A esteja ligado na internet e queira transmitir um arquivo de 200.000 Bytes (200 Kbytes) para o Terminal B. Primeiro, o quebra o arquivo em cerca de 1000 pacotes (cada pacote tem aproxima-damente 200 Bytes). O , por sua vez, descobre como os dados farão para chegar até o Terminal B e grava estas informações em cada pacote. Os pacotes são enviados através da internet. Enquanto os pacotes estão na rede, cada um viaja independente dos demais, por isso é perfeitamente possível que os pacotes percorram caminhos distintos até seu destino fi nal e é possível ainda que o pacote 10 chegue antes do pacote 9, por exemplo. Chegando no Terminal B, os pacotes serão ordenados e reagru-pados pelo no arquivo de 200 Kbytes original. É também possível que em algum ponto da rede ocorra um erro e algum pacote não chegue ao seu destino, ou ainda, chegue com erro. Neste caso, o se encarrega de retransmitir o pacote.

SEÇÃO 3A conexão com a internet

Você sabia que pode acessar a internet de várias manei-ras? Provavelmente você deve conhecer, pelo menos, uma dessas formas. Antes de prosseguir anote que(ais) forma(s) de acesso à internet você conhece ou utiliza, e descreva como ela funciona.

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As formas mais comuns de acesso à internet são:

Acesso direto: é o que acontece normalmente em Empresas e Universidades. O computador, equipado com uma placa de rede, fi ca o tempo todo conectado ao provedor de acesso, através da rede da universidade ou da empresa.

O Speedy da Telefônica, o Virtua da Net, o BrTurbo da Brasil Telecom etc.; utilizam o acesso direto.

Acesso discado: esse tipo de conexão é utilizado pela maior parte dos usuários residenciais. É necessário possuir uma linha telefônica e utilizar um equipa-mento chamado modem (atualmente os computadores já vêm equipados com modem interno, mas também existem modelos externos). O modem transforma os sinais emitidos pelo computador (digitais) em sinais que podem ser transmitidos pela linha telefônica (analógicos) e vice-versa. Neste caso, não será possível fazer e receber ligações telefônicas, enquanto o computador estiver conectado à internet.

Provedores de acesso

Você conhece algum provedor de acesso à internet? Sabe como eles atuam?

Para quem vai acessar a internet de casa é necessário escolher um provedor de acesso. É uma empresa, uma universidade ou alguma organização qualquer que fornece acesso à internet a pessoas ou empresas. Estes provedores mantêm conexões com backbones de companhias de telecomunicações, que cobram desses provedores pelas suas conexões com os backbones. Os provedores, por sua vez, cobram das empresas e usuários fi nais pelo acesso.

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Assim, a internet se auto-sustenta e os altos custos desta rede são diluídos até o usuário fi nal. O provedor precisa ter, necessaria-mente, computadores (os servidores) conectados à rede de trans-missão de dados que forma a internet. Na hora de escolher um provedor, alguns fatores devem ser considerados, tais como:

se possui números locais de telefone (senão o custo da ligação será alto); quantidade de linhas disponíveis; velocidade de conexão; e se possui algum diferencial em relação aos concorrentes (conteúdo exclusivo para assinantes).

Alguns provedores conhecidos no Brasil são:

Nome Endereço Tipo

Universo Online (UOL) www.uol.com.br pago

América Online (AOL) www.aol.com.br pago

IG www.ig.com.br gratuito

Terra www.terra.com.br gratuito e pago

BOL www.bol.com.br pago

IBEST www.ibest.com.br gratuito

Figura 2.3

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Revisando...

Muitos usuários acessam a internet de suas casas, ligando-se a um provedor por meio da linha telefônica. Esse tipo de acesso é chamado de “acesso discado”, pois você disca para seu provedor. O provedor, por sua vez, pode estar conectado diretamente na internet ou pode estar conectado a um provedor maior, geralmente uma companhia de telefonia local, por exemplo. Essas com-panhias mantêm as principais conexões da internet, os chamados backbones, conexões de altíssima velocidade que envolvem todo o globo. Empresas e universida-des não se ligam à internet pela linha telefônica, elas possuem conexões permanentes com seus provedores, geralmente por meio de linhas dedicadas, ou linhas pri-vativas de comunicação de dados (LPCD). Justamente por isso o acesso é chamado de “acesso dedicado” ou ainda, como vimos, acesso direto.

Intranets e extranets

Intranets são redes corporativas que usam os mesmos programas e equipamentos usados na internet (protocolo /, servi-dores web, browsers etc.). As intranets, contudo, não podem ser acessadas por qualquer usuário da internet, apenas por empre-gados da empresa.

As intranets servem para comunicação e trabalho de grupo entre funcionários, compartilhamento de documentos e também para divulgação de avisos e informes da empresa. As intranets tornaram-se comuns em muitas companhias porque são mais baratas e fáceis de gerenciar do que outros tipos de redes disponí-veis comercialmente.

Quando as intranets de duas ou mais empresas são interligadas, elas formas uma extranet.

Imagine uma confecção de roupas e um fabricante de botões. Eles interliguam suas intranets, formando uma extranet. Compu-tadores da confecção acompanham a linha de produção e a demanda de acessórios (botões, zíperes etc..). Ao perceber que mais botões serão necessários, um pedido é enviado ao fabricante de botões através da extranet. O fabricante de botões providencia, então, o pedido. Esse procedimento agiliza a comunicação entre

Intranet

extranet

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as empresas, economiza tempo e dinheiro. Além das empresas, muitas universidades, escolas, hospitais, entre outros, também possuem intranets.

SEÇÃO 4World Wide Web

A World Wide Web (teia de alcance mundial) conhecida como ou web, foi criada em 1991, na Suíça, pelo físico Tim Berners-Lee.

A web está em crescimento explosivo e tem registrado recordes de crescimento por volumes de dados transmitidos por mês e, ainda, tem sido responsável pelo aumento da capacidade de tráfego em muitos canais de comunicação.

A World Wide Web é uma rede virtual (não-física) “sobre” a internet, que torna os serviços disponíveis na internet total-mente transparentes para o usuário e, ainda, possibilita a mani-pulação multimídia da informação. Assim, qualquer usuário pode, somente usando o mouse, ter acesso a uma quantidade enorme de informações na forma de imagens, textos, sons, gráfi cos, vídeos etc.; navegando através de palavras-chave e ícones. Nas páginas da web, a informação está organizada de forma hipertextual, ou seja, as páginas estão ligadas entre si, através de links (conexões).

A web popularizou a internet, tornando-a agradável e fácil de usar. Muitas pessoas chegam a confundir a web com a própria internet.

E você, já sabia que internet e web não são a mesma coisa? Conseguiu compreender qual a diferença entre elas? Então, continue seus estudos para entender melhor.

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Internet e web: são a mesma coisa?

Resposta: não.

Muitas pessoas acham que a internet e a World Wide Web são a mesma coisa. Isso é compreensível porque a web recebeu muita publicidade, boa e ruim, desde sua criação. Na verdade, a internet é muito maior que a web. A World Wide Web é uma invenção de software que permite às pessoas e empresas compartilharem texto e fi guras através da internet. Basicamente, a web é uma coleção enorme (e cada vez maior) de arquivos de computador (chamados páginas web) que se interligam quando você usa um programa chamado navegador da web para visualizá-los na sua tela. Estas páginas da web estão nos computadores de todo o mundo e possuem hiperlinks. Um hiperlink pode ser uma palavra, um grupo de palavras, uma fi gura ou parte de uma fi gura. Quando você clica em um hiperlink, ele instrui seu navegador da web para exibir outra página (a qual você vê incorporada ao hiperlink) e envia-o ao seu novo destino. A World Wide Web é apenas uma parte da internet.

Logo, quando foi criada por Berners-Lee, a web não era capaz de exibir imagens, apenas texto. Também não possuía uma interface

“amigável”. Por isso, em 1993, Marc Andreessen e outros estu-dantes do (National Center for Supercomputing Applica-tions), da Universidade de Illinois, desenvolveram o .

Este foi o primeiro navegador (browser) que funcionava também no modo gráfi co, exibia imagens e podia operar em s, Macin-toshs e em máquinas .

O primeiro browser gráfi co, como você acabou de ver, foi o . Porém, o browser mais conhecido hoje é o Microsoft Internet Explorer.

Os browsers de última geração já são capazes de reproduzir sons, música, vídeos e até cenários tridimensionais. As páginas web fi cam armazenadas em computadores poderosos permanen-temente ligados à internet. Esses computadores, como você já estudou, são conhecidos como servidores, por “servirem” informa-ções. Já os browsers são chamados de “clientes”, pois requisitam e recebem informações.

Por isso é que se diz que a web é uma aplicação do tipo cliente-servidor.

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Home Page

A porta de entrada de um site chama-se Home Page, ou seja, página principal. Os sites são localizados através de seus endereços. Esse sistema de endereços é também chamado de URL (Uniform Resource Locator ou Localizador Uniforme de Recursos). Com ele é possível localizar qualquer informação na internet.

http://www.nome.com.br

Cada parte do endereço tem um signifi cado:

http

É como a informação deve ser buscada. No caso, http:// é o método utilizado para buscar páginas na web. Você também vai encontrar outras formas, como:

ftp:// (para entrar em servidores de ); mailto: (para enviar mensagens); news: (para acessar grupos de discussão), entre outros.

Esse protocolo gerencia e formaliza as requisições e as respostas que trafegam entre o cliente e o servidor web.

://

Esse separador é uma pontuação padrão utilizada em todos os s.

www

Costuma vir antes do nome da organização, mas não obrigatoria-mente.

nome

É o nome da organização proprietária do site (da página web). Pode ser uma empresa, uma universidade, um órgão do governo etc.

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com

Tipo de organização. Aqui o “com” se refere a uma organização comercial, uma empresa ou companhia. Algumas abreviações estão consagradas e facilitam a compreensão, veja algumas:

edu: organização educacional gov: entidade governamental int: organização internacional mil: instituição militar net: operadora de rede org: outros tipos de organizações

br

Código do país. Neste caso, “br” refere-se a Brasil. Cada país possui seu código. Veja alguns exemplos:

de (Alemanha, ou Deutschland, em inglês) pt (Portugal) fr (França) au (Austrália) jp ( Japão) us (Estados Unidos) uk (Reino Unido)

A linguagem HTML

A linguagem HTML (HyperText Markup Language) é muito utilizada para criar páginas web. Traduzindo ao pé da letra signifi ca uma “Linguagem de Marcação de HiperTextos”.

O conceito de hipertexto permite a introdução de links do documento principal, com outros documentos ou outros tipos de arquivos; ou até mesmo acionar aplicativos.

O não é uma linguagem de programação, mas um formato de “script”, ou seja, permite especifi car como o texto será visu-alizado na tela do browser, que funciona conjuntamente com o servidor de aplicações no formato . Logo, a troca de telas entre cliente e servidor dar-se-á pela troca de mensagens , transportando “scripts” , ou outros, o que defi nirá os detalhes do documento a ser construído pelo micro cliente, com sua própria capacidade de processamento local.

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Para essa defi nição são usados pequenos códigos denominados etiquetas (“tags”). Assim, usando códigos predefi nidos, estas “tags” defi nirão como será a aparência do documento.

A linguagem é um padrão mantido pelo World Wide Web

Consortium (http://www.w3.org/) que integra empresas, universi-dades e institutos. Entre as empresas temos a Adobe, a Microsoft, a HP etc.

Script HTMLProtocolo HTTP

Script HTML

Cliente(browser)

Servidor WWW(Aplicação Multimídia)

Figura 2.4

Esse conteúdo pode ser visualizado por qualquer pessoa que utilize um browser e que esteja acessando este documento ou esta página web. Isso pode ser conseguido usando-se um computador

Não é uma linguagem complicada e qualquer pessoa, mesmo com pouco conhecimento, pode criar um documento . Neste documento podem conter vários tipos de conteúdo como som, vídeo, texto e imagem.

Veja agora um exemplo de uma estrutura simples de um documento :

<!DOCTYPE HTML PUBLIC “-//W3C //DTD HTML 4.01 Transitional//EN”> “http://www.w3.org/TR/html4/ loose.dtd”>

<html>

<head>

<title>O meu site pessoal</title>

</head>

<body>

Bem-vindo ao meu site.

</body>

</html>

Fonte: http://www.infodesktop.com/web/html/artigocompleto/1/3

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Neste documento, temos o tipo de documento (<!doctype>), um cabeçalho (<head>) e um corpo (<body>).

Alguns aspectos são fundamentais na linguagem , como:

independe da plataforma de processamento; uma linguagem para ser interpretada e desenvolvida facilmente por qualquer pessoa;

é um padrão aberto; gera documentos pequenos e com características de texto; pode incorporar arquivos de imagens, programas e links para outras linguagens.

Um recurso poderoso do é a possibilidade de aciona-mento de programas e o acesso a arquivos, via link, cuja função é interligar os documentos armazenados em diferentes computa-dores ligados à internet, o que cria a sensação de navegação pelas páginas web.

Hoje não é mais necessário ser um conhecedor profundo da linguagem para criar páginas. Usando programas seme-lhantes a editores de texto podem-se criar páginas sofi sticadas com grande facilidade.

Existem inúmeros programas, como: Adobe PageMill (http://adobe.com), Macromédia Dreamweaver (http://dreamweaver.com), Corel Web.Designer (http://corel.com), Microsoft FrontPage (http://microsoft.com), entre outros.

A linguagem Java

Foi desenvolvida pela SUN Microsystems, em 1995. Programas escritos em Java podem rodar em diversas plataformas de hardware e software, sem que seja necessário compilar o programa para cada uma delas.

Transformar código fonte de um programa em um programa executável.

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Seu código é muito semelhante ao da linguagem C++, pois ambas são orientadas ao objeto.

A linguagem Java foi originalmente desenvolvida para a criação de pequenos aplicativos e controle de aparelhos eletrodomés-ticos, independentemente da plataforma de processamento, pois o código Java “roda” em uma máquina virtual Java (Java Virtual

Machine - ), que é implementada em cada um dos sistemas de processamento.

Devido a esse fato, esta linguagem é ideal para o uso na internet. O apenas vai interpretar esta linguagem e convertê-la em uma linguagem de máquina. Essa portabilidade e indepen-dência de plataforma são perfeitas na internet, uma rede cons-tituída pelos mais diversos sistemas computacionais, desde simples computadores rodando Windows a grandes servidores de rede. Os browsers para a incorporaram a tecnologia Java (já possuem Java Virtual Machines) e tornaram-se capazes de executar pequenos programas chamados applets.

Os applets são pequenos aplicativos com a fi nalidade de gerar uma animação, realizar sofi sticadas consultas a um banco de dados etc. Assim, é possível criarem-se jogos, animações e simu-lações sofi sticadas em simples páginas web.

O Java é usado tanto em computadores de grande porte, quanto em pequenos computadores portáteis. Atualmente, existe o 2 (Java to Micro Edition) que é uma versão reduzida da tecnologia Java para rodar em celulares e s (Personal Digital Agend).

Você Sabia?

Origem do Java

Em 1991, a SUN Microsystems patrocinou um projeto de pesquisa interna com o codinome Green. O projeto resultou no desenvolvimento, por James Gosling, de uma linguagem baseada em C e C++ chamada Oak (carvalho).

Descobriu-se, então, que já havia uma linguagem com o nome Oak. Em uma visita a uma cafeteria local pela equipe da SUN, foi sugerido o nome Java (Java é a cidade de origem de um tipo de café importado).

Linguagem C++: linguagem de programação desenvolvida pelo Bell Labs, na década de , e amplamente utilizada no desenvolvimento de aplicações “pesadas” como jogos e programas que utilizam intensivamente as capacidades do computador e dependem de otimizações mais precisas para que apresentem desempenho satisfatório.

Para saber mais sobre linguagem orientada ao objeto acesse o site http://www.espacoacademico.com.br//amsf.htm. Ou, então, aguarde, pois este assunto sobre linguagens de programação será abordado em outras disciplinas do curso.

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O projeto Green enfrentava algumas difi culdades e o mercado para dispositivos eletrônicos inteligentes destinados ao consumidor fi nal não estava se desen-volvendo tão rapidamente quanto a SUN havia previsto. No entanto, em 1993, a WWW cresceu em popularidade e o pessoal da SUN percebeu grande potencial para uti-lizar o Java e adicionar conteúdo dinâmico às páginas web. Em 1995, a SUN anunciou o Java formalmente em uma importante conferência.

A aplicabilidade de Java à internet garantiu um inte-resse imediato pela nova linguagem. Celulares e PDA´s (Personal Digital Agend) atualmente estão utilizando o Java (J2ME) e estão concretizando a idéia inicial da SUN , isto é, a utilização de Java em dispositivos eletrônicos.

Fonte : Baseado na Apresentação – “Java, uma visão de mercado” Autor: Alexandre Luís Kundrát EisenmannSite: http://www.pontoclass.com.br /Java97.

JavaScript

JavaScript é uma linguagem inventada pela Netscape que pouco tem a ver com a linguagem Java da SUN. Os scripts escritos em JavaScript são incluídos no meio do código das páginas web e são interpretados pelo browser. A linguagem JavaScript é incorporada nas páginas web, orientada a objetos e é executada ao nível de browser e não do servidor, o que permite a construção de páginas dinâmicas.

O JavaScript cria elementos interativos nas páginas web, como botões que mudam de cor, janelas que se abrem automaticamente, formulários que checam os campos de preenchimento etc.

Trata-se de janelas pop-up, que você verá com mais detalhes na Unidade .

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Síntese

Agora que você chegou ao fi m desta unidade, alguns conceitos já familiares devem ter-se tornado mais claros ainda, certo? Se a resposta é “sim”, esteja convencido de que os objetivos desta unidade foram atingidos.

A seguir sintetizarei os conceitos principais desta unidade, pois você já sabe que uma rede de computadores representa um grupo de computadores isolados capazes de compartilhar dados, e que a internet é considerada a “Redes das redes”, ou seja, faz a conexão de várias redes. No entanto, para que houvesse a comunicação essas redes precisaram de regras, ou seja, de uma linguagem, ou melhor, de um protocolo, o /. Este protocolo é o protocolo responsável em fazer com que todas as redes conectadas à internet se comuniquem e se entendam.

Você aprendeu, também, que um browser é o programa que permite navegar na internet e, tal como outro, está instalado em seu computador. Existem vários browsers. O Internet Explorer, da Microsoft, é o mais utilizado atualmente.

Você viu, também, que internet e web não são a mesma coisa e que existem linguagens para criar estas páginas ou home pages, sendo o e o Java as principais.

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Atividades de auto-avaliação

1. Explique por que a internet é considerada a “Rede das redes”.

2. Descreva, com suas próprias palavras,o que é um backbone.

3. Para uma rede de computadores comunicar-se é necessário um protocolo comum, o protocolo da internet é o _______________.

4. O que é o URL de uma página?

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Unidade 2

5. Por que a maioria das páginas termina com “.com”?

6. O que é um browser (navegador)?

Saiba mais

Aprofunde seus conhecimentos com as informações contidas nos endereços indicados a seguir.

http://www.infodesktop.com/web/html/artigocompleto/3 http://www.webteacher.org/windows.html http://www.icmc.usp.br/ensino/material/html/ http://www.apostilando.com/sessao.php?cod=15 http://www.maujor.com/index.php http://www.espacoacademico.com.br/035/35amsf.htm http://www.pontoclass.com.br/Java97

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Objetivos de aprendizagem Compreender como funciona a infra-estrutura da rede para conexão com a internet.

Conhecer os tipos de acessos físicos que podem ser feitos à internet.

Seções de estudoSeção 1 A rede internet.

Seção 2 A periferia da internet.

Seção 3 Serviços oferecidos pela internet às aplicações.

Seção 4 Núcleo da internet.

Seção 5 Redes de acesso na internet e meios físicos.

Seção 6 Conectando-se à internet.

Seção 7 Formas de acesso à internet.

UNIDADE 3

A infra-estrutura da internet 3

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Para início de conversa...

Host: computador ligado permanentemente à rede que, entre outras coisas, armazena arquivos e permite o acesso de usuários. Também chamado de nó.

Nesta unidade você conhecerá a infra-estrutura necessária para conexão de um sistema terminal, de um servidor e de rotea-dores com a internet. Verá que existem muitas formas de se conectar atualmente à internet. Terá a oportunidade de conhecer dois tipos de conexões: uma orientada e outra não. Você poderá, também, compreender melhor o que elas signifi cam e que tipo de protocolo é utilizado para cada uma delas. Conhecerá os meios de transmissão que utilizamos como: satélite, cable modem, wireless etc.

É uma unidade importante e lhe dará maiores subsídios para que possa aprender sobre a parte física da internet. Vamos lá!

SEÇÃO 1A rede internet

Como você viu nas unidades anteriores, a internet é a rede mundial de computadores, que interliga milhões de dispositivos computacionais espalhados ao redor do mundo, certo?

A maioria destes dispositivos é formada por computadores pessoais, estações de trabalho, ou servidores, que armazenam e transmitem informações, como por exemplo, páginas web, arquivos de texto ou mensagens eletrônicas. Todos estes dispo-sitivos são chamados hospedeiros (hosts) ou sistemas terminais. Veja na fi gura a seguir uma topologia da rede internet.

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Unidade 3

Figura 3.1 Rede de Roteameto IP

Nesta rede descrita na Figura 3.1, os sistemas terminais, assim como os principais componentes da internet, precisam de proto-colos de comunicação, que servem para controlar o envio e a recepção das informações na internet.

Você já sabe que todos os computadores conectados à internet utilizam o protocolo /. O protocolo TCP (Transmission

Control Protocol) e o IP (Internet Protocol) são os dois princi-pais protocolos da internet, daí o fato de a internet ser também conhecida como rede TCP/IP.

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Este conceito você verá em detalhes mais adiante, ainda nesta unidade.

Você já sabe, também, que a internet é uma rede que interliga várias redes, e dentre estas várias redes existem topologias e características diferentes.

Por exemplo, uma rede de uma empresa pode ser do tipo Frame Relay e outra ATM.

No entanto, quando elas estão conectadas à internet, a “língua” que elas se comunicam deve ser a mesma, ou seja, utilizam o mesmo protocolo, o /.

Um protocolo de uma determinada rede pode funcionar sobre outro, ou seja, as mensagens de um protocolo são traduzidas para o protocolo da camada inferior, de modo que, em última instância, as comunicações via internet são sempre feitas no protocolo /.

Mas, não se preocupe em aprender tudo sobre isso agora. Você irá

estudar com mais detalhes esta questão na disciplina de Redes de

Computadores.

Veja, na Figura 3.1, que os dados são transmitidos em forma de “pacotes”, ou seja, os dados são empacotados e enviados por meio de uma rede de roteadores de pacotes, que tratam cada pacote individual e independentemente dos demais, como se fossem mensagens individuais. Este é o modelo “datagrama”.

Bem, agora, o que é o datagrama?

Para um melhor entendimento, farei uma analogia para entender como funciona o e o , e o que vem a ser o datagrama.

Imagine que você tenha escrito uma carta (dados) com 20 páginas. Para você enviar esta carta (dados) você precisa colocá-la dentro de um envelope (datagrama), ou seja, no computador esta carta (dados) vai para o . No entanto, o só tem

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envelopes (datagramas) que permitem enviar duas páginas por vez. O vai dividir a carta (dados) em 10 envelopes (data-gramas) e colocar duas páginas para cada envelope (datagrama). A seguir, o escreve o endereço e a ordem no envelope, ou seja, qual é o destino e quais são as páginas que estão no envelope, por exemplo: no envelope 1 estão as página 1 e 2. Isto é o que chamamos de cabeçalho do datagrama. Depois de realizada esta tarefa, o entrega os envelopes ao .

Por analogia, quem seria, então o IP?

Pensou bem? O IP seria o responsável em levar os envelopes (datagramas) até o seu destino fi nal, ou seja, ele é o carteiro! O vai usar as redes conectadas mundialmente à internet para entregar os envelopes (datagramas). Quando os envelopes (data-gramas) chegam, o do destino organiza todos eles. Se algum veio rasgado (bytes faltando) ou não chegou, ele envia uma mensagem para o de origem solicitando que este reenvie o envelope (datagramas) perdido. Quando todos os envelopes terminam de chegar, o agrupa os envelopes (datagramas) em ordem e entrega à carta (dados) completa ao destinatário.

Na fi gura 3.1, observe que os sistemas terminais são conectados entre si por meio de enlaces de comunicação, que por sua vez podem ser de diferentes tipos como, por exemplo, um enlace ponto-a-ponto (peer-to-peer) ou multiponto (como uma rede local Ethernet).

Os enlaces de comunicação, por sua vez, são suportados por um meio físico, que podem ser cabos coaxiais, fi os de cobre, fi bras ópticas ou o próprio ar, a partir do uso do espectro de freqüência de rádio.

A topologia da internet é hierárquica, e os sistemas terminais são conectados a provedores locais (ou ISP – Internet Service Provider) que, por sua vez, são conectados a provedores regionais, e estes últimos a provedores nacionais ou internacionais.

Muitas vezes chamado de transmissão wireless, que será abordada em outra unidade da disciplina.

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O provedor local da UNISUL, em Palhoça/SC, está conectado ao provedor regional da Rede Catarinense de Tecnologia (RCT-SC - www.funcitec.rct-sc.br), que, por sua vez, está conectado ao provedor nacional da Rede Nacional de Pesquisa (RNP – www.rnp.br).

Assim como você estudou na unidade 2, a conexão de um computador com um provedor local é feita por meio de uma rede de acesso, a qual pode ser um acesso discado (como por exemplo, via modem e linha discada) ou um acesso direto via rede local.

No nível tecnológico, a internet está construída a partir da criação, teste e implementação de padrões internet. Estes padrões são desenvolvidos e formalizados pelo organismo internacional IETF, por meio de documentos conhecidos como RFCs, que contêm a descrição de cada protocolo padrão da internet.

SEÇÃO 2A periferia da internet

Olhando-se a internet com um pouco mais de detalhe é possível identifi car a periferia da rede, local onde estão os computadores que rodam as aplicações, assim como o núcleo da rede, formado pela malha de roteadores que interligam as redes entre si.

Na periferia da rede estão os sistemas terminais ou hospe-deiros (hosts). São referidos como hospedeiros porque hospedam programas de aplicação.

São programas de aplicação típicos da internet: o login remoto a sistemas (exemplo: Telnet), a transferência de arquivos (FTP), o correio eletrônico (e-mail), a pagina-ção na web (WWW), a execução de áudio e vídeo etc.

Veja mapa RNP no endereço www.rnp.br/backbone

Internet Engineering Task Force: – www.ietf.org

Request For Comments:– www.ietf.org/rfc.html

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Os sistemas terminais são divididos em duas categorias: clientes e servidores.

Os clientes são, em geral, computadores pessoais ou estações de trabalho e os servidores compu-tadores mais poderosos. Servidores e clientes interagem segundo o modelo cliente/servidor, como você viu na Unidade 1, no qual uma aplicação cliente solicita e recebe informações de uma aplicação servidora. A fi gura ao lado ilustra, de outra forma, esta relação.

Tipicamente, a aplicação cliente roda em um computador e a aplicação servidora em outro, sendo por defi nição as aplicações cliente/servidor ditas também de aplicações distribuídas.

SEÇÃO 3Serviços oferecidos pela internet às aplicações

A internet, ou mais genericamente as redes /, provêem um canal de comunicação lógico entre um processo cliente, rodando em uma máquina cliente, e um processo servidor, rodando em uma máquina servidora, para permitir que as apli-cações cliente/servidor troquem informações entre si. Para usar este canal de comunicação os programas de aplicação têm uma porta cliente, através da qual o serviço é solicitado, e uma porta servidora, que retorna o serviço requisitado.

Quanto ao tipo de serviço solicitado pelas aplicações à rede podemos ter:

serviço tipo pedido/resposta (request/reply); serviço tipo fl uxo de dados tempo real (audio/video streaming).

Figura 3.2 Interação cliente/servidor na internet

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A paginação na web é um exemplo de serviço tipo pedido/resposta, em que um processo cliente soli-cita uma informação e um processo servidor fornece a informação solicitada. Não há restrições de tempo entre o pedido e a resposta, entretanto, é necessário que a informação transmitida não contenha erros.

Uma conversa telefônica via internet é um exemplo de fl uxo de dados em tempo real. Neste caso, há res-trições temporais na transmissão. Por outro lado, um pequeno silêncio ocasionado por um erro ou ruído pode não ser um problema grave para o entendimento integral da conversa.

Para estes dois tipos de requisições de serviços a internet dispõe de dois tipos de serviços de transporte:

serviço garantido e orientado à conexão; serviço não garantido e não orientado à conexão.

Serviço garantido e orientado à conexão

Tem o nome de TCP (Transmission Control Protocol). Quando uma aplicação usa o serviço orientado à conexão o cliente e o servidor trocam pacotes de controle entre si antes de enviarem os pacotes de dados. Isto é chamado de procedimento de estabele-cimento de conexão (handshaking), quando se estabelecem os parâ-metros para a comunicação.

Mensagens TCP são trocadas entre as partes de uma interação WWW para estabelecer a conexão entre o cliente e o servidor. Uma vez concluído o handshaking a conexão é dita estabelecida e os dois sistemas termi-nais podem trocar dados. O serviço de transferência garantida, que assegura que os dados trocados estão livres de erro, é conseguido a partir de mensagens de reconhecimento e retransmissão de pacotes.

Quando um sistema terminal B recebe um pacote de A, ele envia um reconhecimento; quando o sistema terminal A recebe o reconhecimento, ele sabe que o pacote que enviou foi corretamente recebido. Caso A não receba confi rmação, ele assume que o pacote não foi recebido por B e retransmite o pacote.

Handshaking: sinais enviados entre dois modems para assegurar que a conexão entre os dois foi feita, que a velocidade e os protocolos estão corretos e, mais tarde, que os dados foram enviados e aceitos.

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Além das características citadas, o integra ainda um serviço de controle de fl uxo, que assegura que nenhum dos lados da comunicação envie pacotes rápido demais, pois uma aplicação, em um lado, pode não conseguir processar a informação na velocidade que está recebendo, e um serviço de controle de congestão ajuda a prevenir congestionamentos na rede.

Serviço não orientado à conexão

No serviço não orientado à conexão não há handshaking. Quando um lado de uma aplicação quer enviar pacotes ao outro lado, ele simplesmente envia os pacotes. Como o serviço é não garantido, também não há reconhecimento, de forma que a fonte nunca tem certeza de que o pacote foi recebido pelo destinatário. Também não há nenhum controle de fl uxo ou congestionamento. Como o serviço é mais simples, os dados podem ser enviados mais rapi-damente. Na internet, o serviço não garantido e não orientado à conexão tem o nome de UDP (User Datagram Protocol).

As aplicações mais familiares da internet usam o .

Como por exemplo: Telnet, correio eletrônico, transfe-rência de arquivos e WWW. Mas, existem várias aplica-ções que usam o UDP, incluindo aplicações emergentes como: aplicações multimídia, voz sobre internet, áudio e videoconferência.

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SEÇÃO 4Núcleo da internet

O que você já sabe sobre núcleo de internet ou núcleo da rede? Anote aqui seus conhecimentos sobre esta questão antes de prosseguir.

O núcleo da rede é formado pela malha de roteadores, respon-sável por interligar as redes entre si, formando as ligações inter-redes, ou internet.

No núcleo da rede as informações trafegam na forma de pacotes de dados chamados de datagramas, está lembrado?

Em cada roteador os datagramas que chegam nos enlaces de entrada são armazenados e encaminhados (store-and-forward ) aos enlaces de saída, seguindo de roteador em roteador até seu destino.

O protocolo IP, como você viu na unidade 2, é o responsável por estabelecer a rota pela qual seguirá cada datagrama na malha de roteadores da internet. Esta rota é construída tendo como base o endereço de destino de cada pacote, conhecido como endereço IP.

Como você já estudou, os serviços de transporte da internet, através dos protocolos TCP e UDP, provêem o serviço de comu-nicação fi m-a-fi m entre as portas dos processos de aplicação

Datagrama: pacote de informação que contém os dados do usuário, permitindo sua transferência numa rede de pacotes.

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rodando em dois diferentes sistemas terminais (hosts). Para isto, o e o usam os serviços do protocolo IP, que provê um serviço de comunicação para os datagramas entre os dois compu-tadores remotos, envolvendo cada roteador da rede encontrado no caminho entre o computador origem e o do destino da comu-nicação.

Comutação de Pacotes x Comutação de Circuitos

Como você já estudou na unidade 1, a internet usa a comutação de pacotes como tecnologia de comunicação no núcleo da rede, em contraste com as redes telefônicas que usam a comutação de circuitos, certo?

Na comutação de circuitos, quando dois sistemas terminais desejam comunicar-se, a rede estabelece um circuito dedicado fi m-a-fi m entre os dois sistemas.

É, por exemplo, o que acontece numa ligação telefô-nica. A partir do número discado, a rede estabelece um caminho entre os dois interlocutores e reserva um circuito para possibilitar a conversação; o circuito fi cará reservado durante todo o tempo em que durar a comu-nicação.

Na comutação de pacotes, os recursos da rede não são reser-vados. As mensagens usam os recursos à medida da necessidade, podendo, como conseqüência, durante uma transmissão de dados, ter que esperar (em uma fi la) para acessar um enlace, caso o mesmo esteja ocupado.

Para mais detalhes (ou para relembrar), consulte a Figura ., na unidade .

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Fazendo uma simples analogia, considere dois barbeiros: um que atende com hora marcada e o outro que não.

Para o que atende com hora marcada deve-se, antes, fazer uma reserva de horário. E, quando se chega no horário marcado, a princípio, não haverá espera (isto não se aplica às consultas médicas, pois, apesar da hora marcada sempre há espera!).

Para o que atende sem hora marcada, pode-se chegar a qualquer momento. Mas, corre-se o risco de ter que esperar, caso haja outras pessoas sendo atendidas.

A internet, como já falamos, é essencialmente uma rede baseada na comutação de pacotes.

Considere, por exemplo, o que acontece quando um computador deseja enviar um pacote de dados a outro computador na internet. Como na comutação de cir-cuitos, o pacote será transmitido sobre uma série de diferentes enlaces de comunicação, todavia, não haverá uma reserva de um circuito fi m-a-fi m. O pacote será encaminhado de roteador em roteador, e caso o enlace de saída de um roteador de sua rota esteja ocupado, o pacote deverá ser armazenado e aguardar a liberação do enlace em uma fi la, sofrendo um atraso.

Diz-se que a internet faz o melhor esforço (best eff ort) para entregar os dados num tempo apropriado, todavia não dá nenhuma garantia.

Os defensores da comutação de pacotes sempre argumentam que a comutação de circuitos é inefi ciente, pois reserva o circuito mesmo durante os períodos de silêncio na comunicação.

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Por exemplo, durante uma conversa telefônica, os silên-cios da conversação, ou as esperas para chamar uma outra pessoa, não podem ser utilizados para outras conexões.

Em outro exemplo, imagine um médico que usa uma rede de comutação de circuitos para acessar uma série de exames de raios-X de um paciente. O médico estabelece uma conexão, solicita um exame, analisa os resultados e solicita o próximo. No caso, os recursos da rede não são utilizados durante o tempo em que o médico está analisando os exames. Além disto, os tempos necessários para o estabelecimento de circui-tos fi m-a-fi m são grandes, além de ser uma tarefa com-plicada e requerer esquemas complexos de sinalização ao longo de todo o caminho da comunicação.

Por outro lado, os opositores da comutação de pacotes argu-mentam que a mesma não seria apropriada para aplicações tempo real, como por exemplo conversas telefônicas, devido aos atrasos variáveis em fi las de espera, difíceis de serem previstos. Todavia, com o avanço tecnológico e o aumento da velocidade dos enlaces, observa-se uma tendência em direção à migração dos serviços telefônicos também para a tecnologia de comutação de pacotes.

SEÇÃO 5Redes de acesso à internet e meios físicos

Como você já viu, na periferia da internet estão os sistemas terminais que rodam as aplicações e no núcleo da rede estão os roteadores, responsáveis pela interconexão das redes. Nesta seção você vai estudar as redes de acesso à internet, ou seja, quais são as diferentes maneiras de conectar um computador à internet.

Assim, como já foi tratado na unidade 2, você sabe que podemos fazer o acesso (conexão) à internet basicamente em três categorias:

redes de acesso discado (residencial); redes de acesso direto; redes de acesso sem fi o.

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Rede de acesso discado (residencial)

Conecta tipicamente um computador pessoal, instalado na casa de um usuário, a um roteador de borda, provavelmente de um provedor de acesso doméstico. A forma mais comum de acesso residencial é o acesso via modem e linha discada. O modem residencial converte o sinal digital do computador num formato analógico para ser transmitido sobre a linha telefônica analógica. No lado do provedor, outro modem vai converter o sinal analógico de volta à forma digital. Neste caso, a rede de acesso é um simples enlace ponto-a-ponto sobre o par trançado da linha telefônica. Em termos de velocidade de transmissão, os modems analógicos transmitem em taxas que vão até 56 Kbps, todavia, devido à má qualidade das linhas, difi cilmente este valor é atendido de forma plena.

Veja na fi gura a seguir como funciona um modem conectando um usuário ao seu provedor.

Figura 3.3 Conexão de um Cliente servidor através de um modem.

O modem é uma espécie de “tradutor” entre o computador e a linha telefônica. No computador, a informação encontra-se em uma forma “digital” (os conhecidos zeros e uns). Já nas linhas telefônicas trafegam dados apenas na forma “analógica”.

As formas de acesso direto e sem fi o serão abordadas apenas na seção .

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Como, então, os dados de um computador, na forma digital, podem ser transmitidos através da rede telefô-nica, que é analógica?

É aí que entra o modem. Modem é a abreviação de “modulador-demodulador”. O modem é um aparelho que transforma dados digitais em dados analógicos e vice-versa, permitindo a trans-missão de informação digital pela rede telefônica analógica, que é a que existe na maioria das casas.

Outra forma de acesso residencial, que não necessita a conversão analógica/digital é a que utiliza a tecnologia RDSI (Rede Digital de Serviços Integrada), muitas vezes chamada de ISDN (Intre-

grate Service Digital Network), disponível em algumas centrais telefônicas das concessionárias de telecomunicações.

Novas tecnologias, como o ADSL (Asymmetric digital subscriber

line) e o HFC (hibric fi ber coaxial cable) também têm sido empre-gadas para acesso residencial.

Uma rede de acesso corporativo é tipicamente uma rede local de computadores conectada a um roteador de borda. Existem várias tecnologias de rede local, todavia, a tecnologia Ethernet é hoje uma das mais disseminadas. Ela opera em velocidades de 10 Mbps a 100 Mbps (existe ainda a Ethernet a 1 Gbps). Ela usa par trançado de cobre ou cabo coaxial para conexão entre as máquinas, que compartilham um barramento comum, sendo, portanto, a velocidade de acesso também compartilhada entre os usuários.

Meios físicos

Como meio físico podemos ter, por exemplo:

par trançado: é um tipo de cabo utilizado em redes locais do tipo Ethernet para conectar sistemas terminais e equipamentos da rede. As taxas de transmissão podem chegar a 10 Gbps (1 Giga bits por segundo - um bilhão de bits por segundo) em distâncias de até 100 metros;

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cabo coaxial: é um tipo de cabo utilizado principalmente pelas redes de a cabo (cable modem). As redes de a cabo também utilizam a fi bra óptica para a interconexão das suas redes e em alguns casos até com o assinante;

fi bra óptica: é um tipo de cabo utilizado como backbone em redes de telecomunicações. É composta por fi bras de vidro concêntricas, de espessuras micrométricas, que transportam a luz gerada por um laser ou led. Permite tráfego de grande quantidade de informações analógicas ou digitais na rede. Por isso, é normalmente utilizada em backbones;

utilização do ar e de freqüência de rádio (wireless): neste caso, não existe cabo físico, ou melhor, o meio é o próprio ar.

A conexão ao meio físico pode-se dar de diversas maneiras, em que cada uma delas utiliza protocolos específi cos, necessitando de dispositivos adaptadores, como por exemplo, placas fax/modem e placas de rede. O tipo de acesso e o meio físico utilizado deter-minarão uma taxa de transmissão de dados para o enlace de comunicação.

SEÇÃO 6Conectando-se à internet

Download × Streaming

Provavelmente você já deve ter lido ou escutado a palavra streaming algumas vezes. Mas, afi nal, o que é isso?

Streaming, que traduzido do inglês quer dizer algo do tipo “fl uxo contínuo”, é uma forma de transmitir áudio e/ou vídeo através da internet (ou alguma outra rede), mas com uma particulari-dade muito especial: não é necessário baixar (fazer download) de um arquivo inteiro para escutar o áudio ou assistir ao vídeo. Isso permite, entre outras coisas, transmissão ao vivo de rádio e , através da internet.

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Ao fazer um download tradicional de um arquivo MP3 ou um clip, por exemplo, você primeiro baixa o arquivo para seu HD (Hard Disk), para só então abri-lo em algum programa específi co ou reprodutor de mídia.

São duas situações: uma de baixar o arquivo e outra de abrí-lo. Geralmente, você só vai abrir o arquivo depois que o download já estiver concluído, ou seja, depois que o arquivo já estiver armaze-nado por completo em seu computador.

Fazendo streaming é um pouco diferente. O computador fi ca constantemente recebendo o áudio ou o vídeo, que já é apre-sentado ao usuário quase que instantaneamente, este tipo é dito também como real time (tempo real). E não há necessidade de baixar um arquivo previamente, como no download.

Existem muitas formas de se reproduzir streaming. Na internet você pode encontrar várias delas para baixar em seu computador. No entanto, os reprodutores de mídias mais utilizados na internet são o da Real Networks (Real Player) e o da Microsoft (Windows

Media Player). As duas formas são incompatíveis entre si, mas, se você tiver os dois reprodutores instalados, melhor. Normalmente cada página web escolhe qual tecnologia prefere usar.

Quando se está fazendo uma transmissão ao vivo, por exemplo, uma coisa é óbvia: o computador do usuário precisa receber as informações mais rapidamente do que ela é mostrada. Se isso não acontecer, a transmissão acaba sendo temporariamente interrom-pida e a qualidade de reprodução fi ca comprometida.

Afi nal, como pode o micro mostrar uma cena de um fi lme, por exemplo, se ele não recebeu esta cena de algum lugar?

Bem... Ainda vai demorar um pouco para tornarem-se padrão da internet transmissões streaming em qualidade semelhante à de um . O motivo é simples: velocidade e estabilidade da conexão. A rede ainda não está sufi cientemente “madura”, ou seja, a maioria dos usuários ainda não tem uma conexão veloz o sufi ciente, sendo preciso abrir mão da qualidade para que a trans-missão se torne viável. Quanto maior a qualidade do áudio e/ou do vídeo, mais rápida precisa ser a conexão do usuário e, também,

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do provedor onde o servidor de streaming está hospedado. É por este motivo que os acessos de banda larga, diga-se , estão crescendo de forma signifi cativa no Brasil.

Bem, voltando ao streaming, quando o micro do usuário não consegue receber as informações de forma rápida o sufi ciente (devido a um congestionamento de rede), a transmissão é tempo-rariamente interrompida e ocorre uma nova buferização (um armazenamento prévio do áudio/vídeo que será mostrado em seguida).

É interessante ressaltar que a transmissão em streaming pode ser “ao vivo” ou não.

Transmissões ao vivo são como as rádios e s normais, porém, através da internet. É uma transmissão dita broadcast, ou seja, todas as pessoas escutam ou assistem a mesma coisa, ao mesmo tempo, como o rádio e a que chegam por ondas de rádio em sua casa, por exemplo. Se um determinado programa foi apre-sentado às 10 horas da manhã e você não assistiu,você não o verá novamente, a não ser que façam uma reprise.

Transmissão on demand é uma forma de transmissão stream.

O que seria uma transmissão on demand, então?

Seriam arquivos gravados que você pode acessar, via streaming, na hora que quiser e quantas vezes quiser, desde que esteja dispo-nível no site ou servidor desejado. Fazendo uma analogia seria ter em mãos um : você pode ver, rever, voltar, ver novamente mais tarde etc. Ou seja, fi ca a seu critério quando você vai repro-duzir a mídia que deseja.

No entanto, para fazer streaming ou on demand de algum arquivo, seja música, clip, fi lme etc., com qualidade e rapidez, será neces-sário que você tenha uma largura de banda alta para fazer estes procedimentos em banda larga.

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Mas, o que é “largura de banda” ou “banda larga?”.

Largura de Banda

Trata-se de uma medida sobre a quantidade de dados que podem ser enviada através de uma rede ou ligação à internet. Quanto mais largura de banda você tiver disponível, mais informações podem ser transmitidas e em menor intervalo de tempo.

Se você tiver uma largura de banda reduzida, poderá demorar algumas horas para fazer a transferência de um arquivo, como por exemplo: um clip de fi lme. Mas, se tiver uma grande largura de banda, precisará apenas de um ou dois minutos para fazer a transferência do mesmo clip.

O que é a “Banda Larga”?

O termo banda larga deriva de duas palavras distintas:

“banda”, retirada da expressão “largura de banda”; e “larga”, retirada da idéia que a largura de banda é muito superior ao que costumava ser.

A banda larga é simplesmente o termo genérico utilizado para ligações com a internet de alta velocidade, ou seja, uma forma de se referir à velocidade de conexão disponível para um usuário, provedor ou servidor. Quem acessa a internet por linha discada tem uma largura de banda de 56 Kbps ou menos. Já quem acessa por cable modem tem, geralmente, 256 Kbps (pode variar conforme o plano de assinatura). Essas taxas, para serem consi-deradas bandas largas, têm que estar, no mínimo, a 128 Kbps (128 mil bits por segundo).

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Cada vez mais a demanda por acesso de banda larga está sendo requerida por pessoas e empresas para suporte a aplicações web com facilidades de multimídia, tais como vídeo e voz.

SEÇÃO 7Formas de acesso à internet

Você pode estar conectado à internet por diversas formas, com diferentes larguras de banda (velocidades de transmissão). Veja agora algumas formas de se acessar a internet.

Linha Telefônica Digital (ISDN)

Esse tipo de conexão, também feita através do telefone, serve para quem deseja ter uma linha para conectar-se à internet e outra disponível para receber ou fazer ligações.

A sigla signifi ca “Integrated services digital networks”, ou seja, rede integrada de serviços digitais. A função é integrar os serviços de transmissão de dados e voz, chamada em espera e toques diferenciados. No entanto, o usuário continua pagando pulsos telefônicos. Quem deseja ter uma internet rápida e mora em um local que não é atendido pela internet via cabo ou pode escolher o , que pode ser defi nido como um intermedi-ário entre o modem convencional e o acesso cable modem.

Linhas Telefônicas convencionais

A banda larga que é fornecida através de linhas telefônicas comuns é chamada de DSL (Digital Subscriber Line). Ao usar a linha telefônica existente, o pode integrar a internet de alta velocidade ao mesmo tempo em que as chamadas de voz e fax. Não há necessidade de instalar uma linha telefônica separada para a internet. O usa apenas uma parte da largura de banda de sua linha telefônica para a conexão, de modo que seja possível navegar na web e falar ao telefone ao mesmo tempo.

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Figura 3.4 Conexão ADSL sobre a rede telefônica

A família DSL (Digital Subscriber Line) foi planejada original-mente pelas operadoras telefônicas, visando aplicações de interativa. O ADSL (Assimetric Digital Subscriber Line) é, ao contrário do , usado sob as mesmas linhas telefônicas analó-gicas de cobre às quais se costumam conectar os modems comuns. Como o serviço analógico de voz não usa toda a banda em termos de freqüência disponível no fi o de cobre, a banda a parte não usada pelo serviço analógico é utilizada pelo .

Ao chegar na sua residência ou escritório, um separador de sinal (o splitter) separa o tráfego de voz do tráfego de dados. O tráfego de modems é recebido por uma placa de rede chamada modem (embora não seja tecnicamente um modem). A veloci-dade do pode chegar a 12 Mbps (no Brasil ainda não, no máximo 8 Mbps) no download a 640 Kbps no upload. Apesar de usar a mesma infra-estrutura da linha telefônica, o não depende dela e nem precisa de discagem.

Linhas por cabos (cable modem)

Muitos dos mesmos serviços de a cabo que fornecem atual-mente acesso a programas, canais e eventos pay-for-view de também podem fornecer acesso em banda larga. O mesmo cabo é usado para conectar sua e ao serviço por cabo. Não há a interferência de um com o outro, de modo que é possível assistir a cabo e navegar na web ao mesmo tempo.

No Brasil já existem sistemas que disponibilizam taxas de 1,2 Mbps de downloads (headend – usuário). A transmissão de dados pode ser feita através de cabos de fi bra óptica até o usuário

O Virtua, da Net, por exemplo.

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fi nal, assim teríamos taxas de transmissão da ordem de 10 Mbps chegando ao usuário. A fi gura a seguir ilustra uma conexão com a internet, por linha de a cabo.

Figura 3.5 Conexão com a internet pela rede de TV a cabo

Satélite

A internet via satélite é um serviço que tem como principal vantagem a abrangência. Por não usar cabos, a internet via satélite está disponível em lugares em que não há nem mesmo energia elétrica. Os equipamentos necessários para a internet via satélite incluem uma antena parabólica, que é instalada do lado de fora da casa do usuário, e também um modem especialmente projetado para o acesso à internet via satélite.

O uso da tecnologia de satélite para tráfego de internet é reco-mendado para localidades onde as tecnologias de banda larga, como , e cable-modem não estão disponíveis. A trans-missão por satélite impõe certos atrasos que podem girar em torno de 0,6 segundos (ida e volta). A taxa de upload (usuário – satélite) é de 128 kbps e de download (satélite-usuário) varia de 600 kbps, 800 kbps e 1 Mbps, dependendo do serviço contra-tado. No Brasil, uma associação entre a Embratel e a Gilat criou a empresa StarOne que opera o serviço de internet bidirecional via satélite.

O nicho de mercado para os serviços de internet bidirecional via satélite são as regiões aonde os serviços de banda larga não cobrem, principalmente as regiões rurais.

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Unidade 3

Embora a internet via satélite esteja disponível em pratica-mente todo o país, seus preços e seu perfi l não se encaixam com as necessidades do uso residencial da internet. Veja na fi gura a seguir a forma de conexão via satélite.

Figura 3.6 Conexão a internet via satéliteFonte www.starone.com.br

Nesta imagem, o upload é a transmissão do sinal da antena para o satélite e o download seria o inverso. O hub é o equipamento usado para conectar vários computadores num mesmo segmento da rede. Esta imagem consta no site da Star One, que é uma das empresas precussoras da internet por satélite no Brasil.

Acesso à internet via rádio

O sistema de transmissão de dados e conexão com a internet via rádio é a mais recente tecnologia de redes. Permite alta veloci-dade e acesso permanentes, sem depender de companhia tele-fônica. Também chamado de wireless (sem fi o), é um sistema de antenas interligadas entre si, via ondas de rádio, que transmitem

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Ponto de acesso (access point): é um equipamento (hardware) dentro de um ambiente de rede que distribui sinal de conexão sem necessidade de fi o.

o sinal sem interferência, sem queda de linha, sem tarifa telefô-nica, 24 horas no ar, disponível para empresas, condomínios e pessoas em geral.

Características

1. Acesso via rádio freqüência, com antenas conectadas via rede dedicada tipo Intranet (utiliza a placa de rede de seu computador), dispensando o uso da linha telefônica.

2. O usuário liga o computador e já está conectado à internet. Não há tempo de discagem e conexão.

3. A tecnologia wireless, atualmente, permite uma veloci-dade de acesso 20 vezes maior que a disponível hoje no mercado para quem usa modem convencional.

Figura 3.7 Conexão com a internet via rádio para uma rede metropolitana

Uma outra confi guração para acesso em uma rede local () é a de access point (ponto de acesso), como mostra a fi gura a seguir.

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Figura 3.8 Conexão com a internet via rádio para uma rede local

Este tipo de acesso, o wireless, e suas variações e tendências, como a mobilidade e os dispositivos, serão tratados com mais detalhes na unidade 7.

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Síntese

Nesta unidade você pôde compreender um pouco mais como é a estrutura de funcionamento da internet, bem como a periferia da internet e seu núcleo. Os serviços oferecidos às aplicações também foram abordados, onde você deve ter percebido que podemos ter conexões orientadas e não orientadas. As conexões não orientadas, em regra, são destinadas a transmissões em tempo real na internet e as orientadas constituem a forma mais comum de aplicação da internet.

Você também viu que existem várias formas de redes de acesso à internet: satélite, rádio, a cabo, fi bra óptica etc., cada uma delas com taxas de transmissão diferentes e fi ns específi cos.

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Unidade 3

Atividades de auto-avaliação

1) Por que se diz que a topologia da internet é hierárquica?

2) Quais são os dois tipos de serviços de transporte que a internet possui? Cite exemplos de aplicações destes serviços.

3) O que é um modem. Para que ele serve?

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4) Você pode ter acesso residencial em banda larga através da linha telefônica? Como isso é possível?

5) De todos os meios de transmissão, quais são os meios através dos quais se alcançam as menores e maiores taxas de transmissão na internet?

Saiba mais

http://br-linux.org/artigos/tab_rede.htm http://www.geocities.com/wagnerol/Tutorial.htm http://www.teleco.com.br/internet.asp http://www.wirelessbrasil.org/wirelessbr/secoes/sec_vsat.html http://www.rnp.br/newsgen/9709/n4-3.html http://www.revista.unicamp.br/infotec/artigos/marcal2.html

Importante

Esta unidade possui Atividade de Avaliação a Distância, veja as orientações e os enunciados das questões no AVA!

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Objetivos de aprendizagem Conhecer as regulamentações e legislações sobre a internet no Brasil.

Aprender o que são crimes eletrônicos.

Conhecer a legislação e exemplos do direito autoral aplicado à internet.

Defi nir os tipos de comércio eletrônico e seus princípios.

Seções de estudoSeção 1 O Comitê Gestor da Internet no Brasil.

Seção 2 O que são crimes eletrônicos?

Seção 3 O direito autoral na internet.

Seção 4 Os contratos eletrônicos.

Seção 5 A ética na internet.

UNIDADE 4

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Para início de conversa...

Nesta unidade você estudará a questão da legislação para a internet.

Sabemos que a cada dia a internet cresce espantosamente e, com isso, também crescem os problemas oriundos do que ela propor-ciona.

Na unidade 1 você leu sobre o Comitê Gestor de Internet, que foi criado logo após o surgimento da internet. Nesta unidade, você vai conhecer mais algumas das atribuições deste Comitê. Depois disso, irei abordar a questão dos crimes eletrônicos que vêm-se tornando uma febre na rede e, também, algumas curiosi-dades sobre Kevin Mitnick, o mais famoso cracker da internet.

A questão do direito autoral na internet é um dos temas que você vai estudar nesta unidade. Para isso, utilizaremos partes de textos de juristas especialistas no tema. Você terá a oportunidade de refl etir sobre a questão dos contratos eletrônicos e a ética na era digital.

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SEÇÃO 1O Comitê Gestor da Internet no Brasil

O que você já sabe sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil? Já ouviu falar?

Na unidade 1 você leu que em maio de 1995 foi criado o Comitê Gestor da Internet. Ele foi implantado pelo Ministério das Comunicações (MinC) e o Ministério da Ciência e Tecnologia (). Tem como principal fi nalidade envolver a sociedade nas decisões sobre a implantação, administração e uso da internet.

O Comitê Gestor da Internet do Brasil foi implantado visando garantir:

a integração de todos os serviços de internet no país; manter a qualidade e a efi ciência dos serviços ofertados; propiciar a livre competição entre provedores; garantir postura ética de usuários e provedores.

A função inicial do Comitê era a de registro de domínios e de manutenção. Isso ainda continua, mas em setembro de 2003, um decreto presidencial assinado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mudou a estrutura do comitê e lhe deu mais atribuições. Dentre estas novas atribuições está a de promover estudos e reco-mendar procedimentos, normas e padrões técnicos e operacio-nais para a segurança das redes e serviços. Assim, o Comitê terá mais autonomia para trabalhar com as questões relacionadas à segurança na internet.

O Comitê Gestor, atualmente, faz um trabalho colaborativo com outros órgãos como polícias e (provedores de acesso), oferecendo ajuda na análise de sistemas que foram invadidos por crackers (veremos a seguir nesta unidade) e ciberterrorismo (apologia ao terrorismo na rede).

Para saber mais sobre o Comitê Gestor acesse www.cg.org.br.

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O Comitê não pode legislar, mas pode agir e traba-lhar em prol de uma rede mais segura, contra crackers, crimes eletrônicos etc.

Nas próximas seções veremos a questão dos crimes eletrônicos e a legislação que é aplicada a infrações, invasões, crimes de direito autoral, dentre outros.

SEÇÃO 2O que são crimes eletrônicos?

Milhões de brasileiros acessam a internet. Dentro de dois anos esse número pode dobrar. Os benefícios da modernidade e celeridade alcançados com a rede mundial trazem, na mesma proporção, a prática de ilícitos penais, ou melhor dizendo, crimes eletrônicos. Isso vem confundindo não só as vítimas, como também os responsáveis pela execução penal.

Todavia, antes mesmo da criação da internet, o mundo empresa-rial já sofria com a atuação de invasores que danifi cavam sistemas ou praticavam espionagem industrial.

Os criminosos da internet

Nesta imensa rede também há criminosos. São pessoas que se dedicam a burlar a segurança de um sistema para invadí-lo, adul-terando e roubando informações confi denciais. A imprensa os chama de hackers.

Pela defi nição original hacker é uma pessoa com grande conheci-mento sobre computadores, sistemas operacionais, programação etc. Aqueles que usam esse conhecimento para invadir sistemas, praticar vandalismo cibernético ou roubar informações confi den-ciais são chamados de crackers, e a internet está cheia deles.

Ao contrário do que se pensa, muitos crackers não exploram apenas a fragilidade dos sistemas de segurança para invadir computadores. Eles exploram também a fragilidade humana,

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ou, mais especifi camente, a ingenuidade humana. Os crackers praticam o que é conhecido como “social engeneering” (“enge-nharia social”).

Um cracker, por exemplo, pode passar-se por um administrador da rede de uma grande companhia. Ele liga para um funcionário da companhia e diz que está fazendo manutenção no sistema, atualizando o banco de dados e que precisa da senha do funcionário. Caso consiga enganar o funcionário e obter a senha, o cracker entra normalmente no sistema da companhia e pode fazer grandes estragos.

A fi gura a seguir apresenta uma página do site Attrition que mostra um espelho (mirror) de como fi cou a página do Banco Itaú Internacional, que foi invadida em 2001. O Attrition é o principal site mundial que mostra as reproduções de ataques de hackers. Seu trabalho é muito respeitado e serve como referência até mesmo para o – a polícia federal americana. A equipe do Attrition só produz os espelhos das páginas invadidas.

Figura 4.1 Página do Banco Internacional Itaú invadida por hackers

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“O Itaú, um dos maiores bancos brasileiros, teve sua área de negócios internacionais de seu site <http://inter-nacional.itau.com.br> invadida por hackers na madru-gada de Sexta, 12 de janeiro de 2001. No lugar da página principal os invasores deixaram uma mensagem simples – “hacked by HF” – os nomes dos integrantes do grupo e uma saudação aos administradores de siste-mas. HF é a sigla de Hackers Family, um grupo brasileiro.”

Texto original de Giordani Rodrigues. InfoGuerra – www.infoguerra.com.brNotícia publicada no site http://www.networkdesigners.com.br/Artigos/rebots/rebots.html

Uma outra forma de roubar dinheiro dos bancos na internet seria através do roubo de senhas bancárias, que pode acontecer depois que o usuário abre e-mails com links que oferecem promoções, pornografi a, cartões virtuais e mensagens sociais, por exemplo. Quando a pessoa acessa esses links, acaba armazenando em seu computador, sem saber, o programa com vírus (ex: “cavalo de tróia”). Esse vírus registra todos os dados bancários do usuário (senhas, conta, agência) quando o internauta acessa a página web de seu banco na rede.

Especialistas aconselham os clientes de banco que acessam os serviços on-line a evitar clicar em links aparentemente “convida-tivos” que chegam por e-mail de pessoas desconhecidas.

O vírus “cavalo de tróia”, por exemplo, fi ca armazenado apenas no computador onde o usuário abriu o e-mail infectado. Assim, os dados bancários são enviados para os “crackers”, ou ladrões da web, mesmo que o e-mail do internauta esteja fechado.

As contas são roubadas de pessoas físicas e jurídicas, e os bancos arcam com o prejuízo. Muitas empresas são vítimas de roubo de grandes valores.

Estima-se que no Brasil, até outubro de 2004, já foram roubados R$ 240 milhões, sendo que R$ 160 milhões foram recuperados pelos bancos. Com isso, até outubro de 2004, os bancos tiveram prejuízos de R$ 80 milhões. Um dos mais famosos crackers foi Kevin Mitnick (www.kevinmitnick.com).

Fonte:http://noticias.uol.com.br/uolnews.

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Do ciberespaço para a cadeia

Kevin Mitnick passou boa parte da sua ado-lescência numa casa de classe média baixa, num subúrbio de Los Angeles. Seus pais eram divorciados e Mitnick vivia num ambiente solitário e entediante. Talvez por isso tenha sido seduzido pelo poder que conseguia invadindo sistemas telefônicos e, mais tarde, sistemas de computadores.

Em 1981, aos 17 anos Mitnick foi preso pela primeira vez. Ele e dois amigos haviam entrado no prédio de uma central telefônica da Pacifi c Bell, de onde roubaram manuais e senhas dos sistemas telefônicos.

Em 1983, Mitnick foi pego novamente, desta vez na Universidade do Sul da Califór-nia, enquanto vasculhava um computador do pentágono através da ARPANET.

Após assistir o fi lme Três dias do Condor, com Robert Redford, ele adotou “Condor” como nome de guerra. No fi lme, Redford é um cientista que usa suas habilidades em manipular sistemas telefônicos para fugir da CIA.

Com o tempo, Mitnick foi se tornando um criminoso eletrônico cada vez mais ousado. Usava linhas de celular e manipulava o sistema telefônico para não ser localizado (certa vez levou o FBI até um apartamento em Malibu).

Em 1994, numa atitude que poderia ser considerada audaz para qualquer outro hacker – mas que para ele era até banal – invadiu o PC do cientista e especialista em segurança Tsutomu Shimomura, que estava ganhando fama por sua colaboração com o governo dos EUA.

A caçada cibernética que se seguiu foi a desgraça de Mitnick. Em fevereiro de 1995, após escapar diversas vezes, foi fi nalmente preso pelo FBI. Shimomura e o FBI consegui-ram localizar o cracker rastreando os sinais do telefone celular usado por Mitinck até encon-trarem-no, em num apartamento alugado em Raleigh, na Carolina do Norte onde o cracker se escondia.

Naquela vez, as autoridades norte-ame-ricanas não deixaram barato: Mitnick fi cou detido entre 1995 e 2000 sem julgamento, o que causou revolta entre seus fãs e ajudou a alimentar o mito do hacker na internet, que

chegou a servir como meio para arrecadação de fundos para a defesa legal de Mitnick.

Depois de invadir uma série de redes de computadores, inclusive as de grandes empresas de software e hardware e de uma agência de espionagem norte-americana, passar vários anos preso e sofrer restrições profi ssionais, Mitnick foi libertado em feve-reiro de 2000. Ficou em liberdade condicional até 21 de janeiro de 2003, quando encer-rou-se o prazo de liberdade condicional e, fi nalmente, obteve autorização para acessar a internet.

O site www.takedown.com é rico em infor-mações: além de uma linha do tempo que mostra em detalhes a perseguição a Mitnick, traz fotos tiradas durante a caçada e reprodu-ções de bate-papos on-line de que o cracker participou anonimamente antes de ser preso. O ponto alto da página são as reproduções de seis recados que Mitnick deixou na secretária eletrônica de Shimomura.

Fontes: GUIZZO, Érico Morui. Internet: o que é, o que oferece, como conectar-se. São Paulo: Ática, 2002. www.takedown.com

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De maneira geral, muito dos crimes praticados por meio do computador, ou seja, por meio eletrônico, podem ser enquadrados pela lei penal brasileira. Para facilitar sua compreensão vou fazer uma comparação com um crime da vida real. Muitos dos crimes que acontecem na vida real são praticados por um meio que possibilite o ato.

Pode-se citar, como exemplos, uma calúnia feita por meio de um jornal, televisão ou rádio; um homicídio consumado por meio de uma arma, e outros, ainda que, para se concretizarem, precisaram de um meio.

O computador conectado na internet pode ser um meio, ou melhor, um facilitador e, sendo assim, o inter-nauta que utiliza o computador e a internet para fi ns ilícitos está sujeito à mesma penalidade prevista na lei penal para crimes comuns, certo ou errado?

A questão da prova do crime eletrônico é uma outra discussão que não vou esmiuçar aqui. Porém, será discutida no Fórum do Ambiente Virtual de Aprendiza-gem (AVA). Não deixe de participar!

Não tenho dúvidas de que o crescimento da internet e do número de negócios realizados atualmente pela rede, tende a aumentar também os crimes eletrônicos. Como na vida real, neste crescente mundo virtual sempre teremos pessoas dispostas a enganar, lesar, difamar, roubar, invadir etc.

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SEÇÃO 3O direito autoral na internet

Bem, antes de começar a abordar o direito autoral na internet é interessante que você saiba:

O que é o direito autoral?

“É o direito que o autor, a pessoa física criadora de obra intelectual, tem de gozar dos benefícios morais e econômicos resultantes da produção de suas cria-ções” Lei 9610/98 – art.11.

Ao criar uma obra o autor adquire dois direitos.

O direito moral: ter seu nome citado todas as vezes que a obra for publicada, neste caso este direito é irrenunciável.

O direito patrimonial: é negociável, seria o caso do uso por um determinado tempo ou para sempre.

A internet já está inserida nas empresas e na vida dos usuários. Atualmente, a internet se tornou uma “peça-chave” e funda-mental para o relacionamento de pessoas e empresas. Com ela apareceram problemas que antes da criação da “Rede das redes” não eram percebidos. Com isso a questão do direito autoral na internet foi muito debatida e chegou-se à conclusão de que a proteção que a lei dava ao autor de uma obra escrita, musicada, pintada etc., também deveria ser estendida à internet. No Brasil, a lei que regulamenta os direitos de autor é a Lei n° 9.610 (http://www.mct.gov.br/legis/leis/9610_98.htm), de 19 de fevereiro de 1998, e a Lei 9.609, da mesma data, que dispõe sobre a proteção da propriedade intelectual de programa de computador.

A lei específi ca do direito autoral - / - nos seus artigos a trata da questão moral e nos artigos a , da questão patrimonial.

www.mct.gov.br/legis/leis/_.htm e www.mct.gov.br/legis/leis/_.htm

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Os programas de computador são de propriedade particular, seja pessoa física ou jurídica, e devem possuir registros perante o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). No entanto, a falta deste registro não retira o caráter de proteção autoral ( e , 2002).

De acordo com os advogados Renato M. S. Opice Blum e Juliana Canha Abrusio, que escreveram o artigo “Direito Autoral Eletrô-nico” (2002):

A lei 9.610/98 trouxe uma inovação, qual seja, a proteção aos titulares dos direitos patrimoniais sobre as bases de dados, o armazenamento em computador, a microfi lmagem e as demais formas de arquiva-mento do gênero. Ressalte-se que, se o autor auto-riza a inclusão de sua obra num banco de dados, deverá estipular sua forma de uso e os limites de transmissão, comunicação e utilização com clareza, no interesse das partes. Após a promulgação da Lei 9.610/98, ampliou-se o conceito de reprodução, considerando-se como tal a cópia feita de qualquer forma tangível, incluindo qualquer armazenamento permanente ou temporário por meios eletrônicos ou qualquer outro meio que exista ou venha a ser criado, podendo-se incluir, consequentemente, a internet. O suporte em que a obra for fi xada, sendo ele tangível ou não, é irrelevante. Basta que a obra seja uma criação do espírito para receber a proteção conferida em lei, esteja ela em livro, disco, -, banco de dados, meio magnético, fonograma (áudio) etc.

A pirataria

A internet cresce a cada dia e com ela as oportunidades de venda de produtos e serviços, assim também aparecem novas oportu-nidades para a pirataria. Até pouco tempo as cópias não auto-rizadas de software se faziam por meio da troca de disquetes e s. Mas, com o crescimento contínuo da internet, a pirataria de software se difunde cada vez mais rapidamente.

A internet permite que produtos sejam transferidos de um computador para outro sem transação de mídias físicas e com pouco risco de detecção. Estas facilidades possibilitaram fazer

http://www.inpi.gov.br

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pirataria sem o consentimento do proprietário, ou autor. Sabemos que hoje o número de usuários da internet no mundo já está na casa de centenas de milhões e isso é, sem dúvida, uma grande possibilidade para o crescimento dos piratas de software, já que para ter alguns programas basta apenas um clique no mouse.

Como você acabou de ver, a lei 9609/98 trata da propriedade intelectual dos programas de computador. Esta lei também trata da pirataria de software. O artigo 12 desta lei estabelece que se você “violar os direitos do autor do programa de computador”, produzindo cópias ilegais, está sujeito à detenção de seis meses a dois anos. Além disso, há uma multa que a Associação Brasileira de Empresas de Software (ABES) avalia em duas mil vezes o valor do software que foi pirateado e, se a pirataria tiver fi ns comer-ciais, a pena aumenta para um a quatro anos de reclusão, mais a multa. Só para comparar: é a mesma pena que se aplica ao crime de furto no código penal.

Você percebeu que a questão é mais crítica quando a pirataria é feita com fi ns comerciais. No entanto, se você comprar um gravador e realizar cópias caseiras de um software, para uso pessoal, é quase impossível que algo aconteça com você.

Por que é quase impossível?

Pois seria necessário que fosse emitido um mandado judicial de busca para a Polícia Federal entrar em sua casa e vistoriar seu computador. É claro que isso não é impossível de acontecer mas, de qualquer forma, você está avisado das conseqüências.

No entanto, quando se fala de empresas rodando softwares piratas a história muda totalmente e mandados de busca existem e muito, pois você pode ser denunciado por um concorrente seu ou mesmo por uma “blitz” surpresa da Polícia Federal. A lei é clara e o valor da multa, dependendo do tipo de software pirateado, é capaz de quebrar qualquer empresa de pequeno ou médio porte.

www.abes.org.br

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Você sabia?

Microsoft rastreando softwares piratas

Um alerta para aqueles que não estão em dia com suas obrigações de usuários e contribuintes: a Microsoft está testando uma funcionalidade que verifi ca a auten-ticidade do Windows antes de disponibilizar acesso a produtos como o Internet Explorer, o MSN Messenger ou o Media Player. Caso o mecanismo de verifi cação de autenticidade acuse, durante o download, que aquele sistema é pirata, o usuário recebe uma advertência que pode tornar-se permanente após o período de testes. Resta saber qual o principal efeito. Melhorar as vendas da Microsoft ou empurrar os usuários para softwares livres (como o Linux), que irão navegar com interfaces mais amigáveis e compatíveis.

Fonte: Notícia publicada na revista B2B Magazine, n. 46, setembro de 2004.

O MP3 e o direito autoral

Atualmente, existem diversos tipos de arquivos de músicas e o que mais se destaca é o formato 3, pois reproduz fi elmente a música original com qualidade digital e possui um tamanho reduzido, graças ao processo de compressão.

O 3 é um dos assuntos mais pesquisados nos serviços de busca na internet. Isso se dá devido a grande revolução que o 3 causou no mundo da internet. Essa revolução abalou a indústria fonográfi ca e a fez entrar em uma briga contra este formato.

Mas, afi nal de contas, o MP3 é legal ou ilegal?

Sim, este formato de arquivo de música é legal. No entanto, o uso que você venha a fazer dele é que pode tornar-se ilegal.

A maioria das suas músicas preferidas é protegida por direitos autorais.

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O que isso quer dizer?

Quer dizer que somente a gravadora da banda ou o artista pode distribuir a música e dizer o quanto ela custará. Se você copiar uma música ou um disco sem autorização, isso vai constituir uma violação de direito autoral. No entanto, se você comprou o e gravou-o em 3 para uso próprio não há problema nenhum, pois você já pagou os direitos autorais ao comprar o . Essa questão é bastante complicada e o número de internautas que transfere músicas neste formato de forma legal e ilegal é cada vez maior.

O Napster é um programa que tornou muito fácil baixar música no formato 3. O programa possibilitava a formação de um enorme acervo de música no formato 3. Isso era possível, pois o Napster usava um método que não armazenava nada em seus servidores, apenas um índice, que era necessário para a busca das músicas. Quando você encontrava a música que você desejava, o download passava a ser feito a partir dos computadores de usuários do serviço que tinham a música armazenada em seu computador, ou seja, cada computador cadastrado no serviço era ao mesmo tempo cliente e servidor.

Em outras palavras, o Napster era um programa para intercâmbio de arquivos, ou seja, apenas uma via facilitadora da distribuição e compartilhamento dos arquivos em 3. No fi nal do ano de 2000 o Napster passou a ser um serviço pago depois de um acordo com as gravadoras. Atualmente, muitos programas com a conceituação do Napster atuam no mercado, possibilitando a troca de arquivos de maneira quase anônima, dentre estes podem-se citar o Imesh, o Kazza etc.

Segundo o site www.terra.com.br/informatica “as gravadoras estimam que perderam mais de US$ 150 milhões de dólares por causa dos programas como o Napster”.

Sabe-se, no entanto, que o número de sites para download de 3 cresce a cada dia. Alguns sites têm autorização para distri-buição, outros não. Eu diria que a maioria! No Brasil, existe o ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), que foi criado pelas associações de titulares de direitos autorais e conexos,

www.napster.com

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consoantes a Lei de Direitos Autorais Brasileira – 9.610/98. É um órgão que tem demonstrado efi ciência por muitos anos. Mesmo assim, até a presente data, ainda não criou uma tabela dos valores que devem ser pagos para exposição das músicas na internet.

Muitos outros pontos nos fazem questionar sobre o nosso primeiro impulso de julgar como “criminosos” todos aqueles que distribuem arquivos 3 na internet. Vários artistas encontraram na distribuição gratuita de suas músicas em 3 na internet, uma maneira de se tornarem conhecidos e, ao mesmo tempo, aumen-tarem a venda de discos.O fato é que cada caso deve ser analisado com muito cuidado. O 3 é um formato que tende a crescer e que, defi nitivamente, veio para fi car.

O uso correto (fair use)

O fair use (do inglês – uso correto) foi criado nos Estados Unidos. A noção de acesso público à informação vem da idéia, em parti-cular, do americano Th omas Jeff erson, idealizador do conceito de “biblioteca pública”, que permite o uso didático de citações de textos protegidos por direitos autorais para fi ns acadêmicos. A estas poucas exceções a doutrina americana dá o nome de “fair

use”.

A lei dos direitos autorais distingue a reprodução para uso público (quando é necessária autorização e pagamento) daquela para uso privado, em pequena escala, em locais reservados, como bibliotecas ou na sua própria casa.

Atualmente, levantam-se algumas questões sobre as quais devemos refl etir:

O direito autoral e o Copyright sobreviverão ao desafi o da Era da Informação?

“A internet é uma gigantesca máquina copiadora?” (David Nimmer, 1996).

Os direitos autorais e o direito à informação são direi-tos humanos interdependentes?

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Estas são questões para refl etir e pensar, pois, com a utilização da gigantesca copiadora que é a internet, qualquer indivíduo pode gravar em seu computador a cópia perfeita de um clip de vídeo inteiro, ou mesmo de um fi lme.

Será que isto ainda é “uso correto?”.

O compartilhamento de arquivos (fi le sharing)

O fi le-sharing é um compartilhamento de arquivos por softwares de arquitetura ponto-a-ponto (peer-to-peer – veja fi gura a seguir). Nesta confi guração, tem-se a ausência de cliente e servidor na rede. Isso possibilita a troca de arquivos entre os usuários da internet de forma descentralizada, o que na maioria das vezes resulta em violação de direitos autorais.

Figura 4.2 Conexão peer-to-peer

Na rede com confi guração ponto-a-ponto todos os usuários são cliente e servidor ao mesmo tempo. Portanto, não há um servidor central. Quando está sob a arquitetura cliente/servidor, a tarefa

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de monitorar, impedir ou restringir o acesso de uma máquina a outra é realizada facilmente, já em uma rede sob a arquitetura ponto-a-ponto isso torna-se extremamente difícil.

Isso não lhe faz lembrar de nada?

Se você pensou no programa Napster, acertou! Os downloads eram feitos em máquinas que tinham as músicas e não nos servidores, isso é uma típica confi guração ponto-a-ponto. Pois é, a prática do fi le sharing começou a partir da criação do Napster. Como você já leu anteriormente, este programa permitia que seus usuários pesquisassem e copiassem entre si, arquivos no formato 3.

Ainda que a internet seja um meio democrático, a questão do direito autoral deve ser discutida o quanto antes, pois existe uma quantidade de usuários cada vez maior que não sabe ao certo diferenciar liberdade de acesso à informação de violação de direitos autorais, até mesmo porque isso não é diferenciado expli-citamente na internet.

É necessária uma legislação adequada para a preservação dos direitos autorais, mas que também pondere, dentro do possível, sobre a nova realidade do fi le sharing.

O direito autoral do Website

Com o crescimento da internet na era digital, novos tipos de criações intelectuais têm acarretado problemas no que se refere ao direito autoral. Um deles é a criação de websites. É notório que, com o avanço tecnológico, muito setores sentiram alterações na sua rotina e tiveram que correr atrás desta revolução. O direito, ou seja, a legislação foi uma área de conhecimento que teve de se readequar a esta realidade.

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Alguns especialistas em direito alegam e defendem que o website tenha a natureza jurídica de invenção, ou seja, possa ter uma patente. Entretanto, esta tese não é aceita pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), por não ter os requisitos para a sua caracterização como invenção.

Invenção, de acordo com o , é:

Uma concepção resultante do exercício da capa-cidade de criação do homem, que represente uma solução para um problema técnico específi co dentro de um determinado campo tecnológico e que possa ser fabricado ou utilizado industrialmente. A invenção resulta do trabalho intelectual do seu criador. Trata-se de algo íntimo imaterial e pessoalís-simo, próprio do criador, que antecede ao invento, o produto acabado da invenção.

Aqui, fi ca claro que o setor tecnológico evolui dez vezes mais rápido que a legislação. Também o website não é e nem pode ser considerado uma invenção que possa ser patenteada no Brasil, pois lhe falta um requisito fundamental que é a novidade.

A questão da proteção dos websites é provavelmente o mais novo desafi o da propriedade intelectual, até porque, além de poder confi gurar uma criação intelectual protegida pelo direito autoral, no caso o código-fonte, este pode ser considerado como um programa de computador e obter a proteção da lei como tal.

Outra questão é a de saber quem é o titular dos direitos sobre o website quando se trata de uma obra coletiva. De acordo com a Lei Autoral: “cabe ao organizador a titularidade dos direitos patrimoniais sobre o conjunto da obra coletiva”. Portanto, a pessoa física ou jurídica que é responsável pelo desenvolvimento e disponibilização do website é a titular dos direitos de explo-ração econômica do conjunto da obra. Que fi que claro que quem é o organizador aqui é quem assume a responsabilidade da obra coletiva e a publica em seu nome. O organizador de um projeto, por outro lado, pode ser apenas um empregado da empresa.

Órgão responsável pelo registro de marcas, patentes e programas de computador no Brasil.

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As penalidades aplicadas

O Código Penal (artigos 184, §§ 1º e 2º e 186, II, conforme nova redação dada pela Lei nº 10.695/03) afi rma que:

Art. 184 - Violar direitos de autor e os que lhe são conexos:

Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.

§ 1º - Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, inter-pretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os repre-sente:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

§ 2º - Na mesma pena do § 1º incorre quem, com intuito de lucro direto ou indireto, distribui, vende, expõe à venda, aluga, introduz no País, adquire, oculta, tem em depósito, original ou cópia de obra intelectual ou fonograma reproduzido com violação do direito de autor, do direito de artista intérprete ou executante ou do direito do produtor de fonograma, ou, ainda, aluga original ou cópia de obra intelectual ou fonograma, sem a expressa autorização dos titu-lares dos direitos ou de quem os represente.

Art. 186 – Procede-se mediante:

[…] II- ação penal pública incondicionada, nos crimes previstos nos §§ 1º e 2º do art. 184.

De acordo com os advogados Renato M. S. Opice Blum e Juliana Canha Abrusio (2002):

A lei garante ao titular da obra fraudulentamente reproduzida, divulgada ou de qualquer forma utili-zada o direito de requerer a apreensão dos exem-plares reproduzidos ou a suspensão da divulgação, sem prejuízo das indenizações cabíveis. No caso da transgressão ocorrer no âmbito da internet, consi-deramos que o número de exemplares fraudulen-tamente editados de uma página web, por exemplo,

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seria aquele correspondente ao número de acessos de usuários que a obra intelectual atingiu dentro do Website infrator. Ocorre que, o número de acessos à obra é prova difícil de ser realizada, depende de perícia nos equipamentos do próprio infrator, que facilmente poderá ocultar tais dados, sem qualquer vestígio.

Muitos estudiosos na área de direito alegam que, com a internet, a lei de direito autoral está ultrapassada, para outros está total-mente ultrapassada. O caso é que no mundo digital da internet muitas pessoas preocupam-se com os direitos autorais devido à grande facilidade que se tem para fazer cópias, muitas vezes até melhores do que as originais.

Podemos fazer uma analogia da seguinte forma: é bem mais fácil você ler uma notícia de um jornal na internet recortá-la e enviá-la para milhares de internautas do que recortar uma notícia de um jornal impresso e enviá-la através do correio. Recortar bits é bem mais simples.

No entanto, penso que a internet é um meio democrático e também mais um meio de expressar criações intelectuais, artís-ticas, musicais etc. O direito do autor deve ser respeitado para que se possa garantir e estimular a criação e a divulgação do conhecimento na internet.

SEÇÃO 4Os contratos eletrônicos

Antes de falarmos em contrato eletrônico vamos defi nir o que é um contrato.

A palavra contrato vem do latim contractu e seria traduzido ao pé da letra como trato com, o que signifi ca a combinação de inte-resses de indivíduos sobre determinada coisa.

O art. 81 do Código Civil brasileiro defi ne contrato como: “o acordo de vontades, entre duas ou mais pessoas, na conformi-dade da lei, é ato lícito, com fi nalidade de adquirir, resguardar, modifi car, transferir, conservar ou extinguir direitos, confi gurando, portanto, um ato jurídico”.

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O que seria, então, contrato eletrônico?

De acordo com Paiva, “os contratos eletrônicos são aqueles para cuja celebração o homem se valha da tecnologia informática podendo consistir seu objeto de obrigação de qualquer natureza”.

Podemos concluir, então, que os contratos eletrônicos são aqueles cujo objeto é constituído por um bem (coisa), sendo feito por um serviço informático, ou seja, pelo meio eletrônico. Pode-se dizer, então, que os contratos eletrônicos têm características comuns dos contratos, a sua validade é a mesma dos contratos já conhe-cidos, sendo que a presença de duas ou mais pessoas, a vontade de ambas as partes e a capacidade civil para o ato, devem estar presentes para que o mesmo se torne válido.

Hoje, pela própria internet, é possível ter acesso a vários modelos de contratos eletrônicos.

No site http://www.portaldoscontratos.com.br/inter-net.shtml, por exemplo, podemos encontrar vários modelos de contratos, como: de acesso à internet, de desenho e desenvolvimento de páginas web, de manu-tenção de página web etc.

Segundo o advogado Sérgio Ricardo Marques Gonçalves, em seu artigo “A criação dos contratos eletrônicos”:

A idéia da contratação eletrônica entre duas ou mais partes sem contato físico não é nova, mas já existe há algum tempo, em especial nas transações entre empresas (muitas vezes embasados em contratos anteriores que permitem sub-contratos [sic] eletrô-nicos) e ao invés de computadores utilizava-se antes o telex ou o fax para fi ns semelhantes aos da internet de hoje, com a diferença de que estes deixavam um suporte físico em poder das partes para embasar o pactuado e demonstrar como se transacionou. […] Não há na legislação nacional nenhuma contra-riedade à utilização, aceitação, validade ou mesmo obrigatoriedade da proposta efetuada em contratos eletrônicos, os também chamados de contratos virtuais

Disponível em: http://www.uv.es/~ripj/lob.htm

Disponível em: http://www.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=.

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A questão é a forma de como se fazer o contrato eletrônico. É fato que esta modalidade de contrato cresce a cada dia no Brasil e isso ainda tem levantado muita dúvida e discussão entre juristas da área, mas que aos poucos vêm sendo resolvidas. Ainda assim, falta uma legislação específi ca ou magna para esta nova moda-lidade de contrato. Com esta legislação, certamente as partes teriam maior garantia jurídica.

Enquanto isso não acontece efetivamente, caberá aos juristas da área preservar os princípios básicos dos contratos prescritos na legislação para a elaboração de um contrato eletrônico, tentando manter entre as partes contratantes o equilíbrio e a boa-fé.

Veja no site http://www.direitoemdebate.net/mon_cdc.html o artigo “A Aplicação do Código de Defesa do Con-sumidor nos contratos eletrônicos”, escrito por Aurélio Casali de Moraes, que possibilita um melhor entendi-mento sobre os direitos dos consumidores perante os contratos eletrônicos.

SEÇÃO 5A ética na internet

A internet está mudando o comportamento ético das pessoas que negociam pela rede, pois as pessoas não têm mais contato físico e nem visual. Isso faz com que os relacionamentos sejam diferen-ciados do mundo real. Você negociando na internet difi cilmente verá a pessoa com a qual negocia e, muitas vezes, não saberá o nome dela. Isso leva a um risco maior de quebra de conduta ética, que passa a ser maior do que na negociação de forma física, como nas empresas tradicionais.

A internet é também um instrumento muito efi caz para trans-mitir rapidamente as notícias e as informações às pessoas. Contudo, podemos dizer que, na internet, temos muitas vezes um jornalismo que contribui para o sensacionalismo e a intriga, para a fusão de notícias, publicidades e divertimentos, bem como para o aparente declínio das reportagens e dos comentários sérios. O jornalismo honesto é essencial para o bem comum de todos

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os países e de toda comunidade internacional. O jornalismo por meio da internet deve exigir seriedade e ética por parte dos próprios jornalistas.

Recentemente, uma nota publicada pelo jornal The New York Times vinculou supostas gafes e erros come-tidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva devido a

“bebedeiras”. O governo considerou a reportagem calu-niosa e em resposta escreveu:

“[…] causou-nos surpresa que o tradicional The New York Times tenha acolhido peça tão destituída de fun-damento e ao arrepio das mais elementares normas da ética jornalística.”

Este fato é um exemplo de falta de ética jornalística, outros podem julgar como liberdade de imprensa. E você, o que acha?

Atualmente, existe uma quantidade muito grande de informa-ções presente na internet, uma boa parte delas não é avaliada em termos de exatidão e de relevância. Isso constitui um problema para muitas pessoas.

Na história recente, a área tecnológica tem tido uma veloci-dade bem maior de desenvolvimento do que a ética, que é o que precisa existir na internet.

Um juiz de Direito do Tribunal de Justiça de Rondônia, disse em uma palestra sobre ética que: “[…] dentro da moral e da ética não existem regras explícitas ou sanções para a internet. E que, salvo extremas exceções, não sabemos o que é certo e o que é errado.”

Outro problema causado pela internet, segundo o juiz, é o da divulgação de notícias falsas ou unilaterais (sem que todos os lados envolvidos sejam ouvidos).

Ele criticou os jornalistas que usam a internet sem os cuidados obrigatórios da profi ssão, como o de checar todas as informa-ções e sempre ouvir a versão de pessoa ou instituição acusada de qualquer fato.

Disponível em www.portovelhoagora.com.br/print.asp?noticia_no=

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O juiz disse que uma notícia falsa na rede mundial de compu-tadores internet é mais nociva do que a divulgada pela ou jornais de papel porque, segundo ele, não é possível um desmen-tido efi caz na internet.

Navegando na internet você encontra entretenimento, educação, cultura e também pornografi a, calúnias e muitas coisas indevidas. Espera aí... Não existe censura para isso? A resposta é não! Infe-lizmente, a internet também pode ser uma fonte de informação e imagens indevidas para muitas pessoas e, principalmente, para crianças e adolescentes. Da forma como a internet é, fi ca pratica-mente impossível fazer um controle sobre o que é disponibilizado nela. Qualquer censura de conteúdo tem que vir de dentro de seu ponto de acesso.

Em função disso, alguns fabricantes de softwares desenvolveram vários programas que restringem determinados assuntos, como por exemplo, pornografi a. Estes softwares são utilizados em resi-dências, empresas e escolas. Um dos softwares mais populares nos Estados Unidos é o CyberPatrol (http://www.cyberpatrol.com/ - site em inglês). Ele permite que sejam bloqueados não somente páginas, mas também salas de bate-papo, jogos e s. Existem algumas categorias que podem ser escolhidas para excluir, restringir ou permitir acesso a material racista, sexo explícito, violência, álcool, drogas e vários outros tipos.

Existem outros como:

CyberSitter - http://www.cybersitter.com NetNanny - http://www.netnanny.com

Mas uma coisa é fato na internet. Todos nós somos responsáveis pela forma como a usamos e se você fi zer a sua parte, buscando dar o melhor de si, poderá, individual e coletivamente tornar a

“Rede das redes” um lugar prazeroso para todos que lá chegam, que muitas vezes necessitam encontrar um reabastecimento para suas vidas reais.

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Síntese

Nesta unidade, você viu que o Comitê Gestor da Internet não é um órgão que legisla, mas de gerenciamento.

Todos os tópicos abordados a respeito de legislação nos levam a pensar que ainda falta muito a fazer no que se refere à questão de uma legislação adequada e de uma conduta ética e moral no mundo virtual.

Isso demonstra que a comunidade que utiliza a internet como meio de trabalho, comunicação, entretenimento, publicação ou para outros fi ns, esteja atenta, pois a velocidade que as coisas acontecem no mundo virtual é muito grande e os valores e postura que ela introduz nem sempre se enquadram na nossa sociedade real. Isso nos leva a concluir, novamente, que uma legislação adequada se faz necessária.

Você, por falta de informação, pode estar utilizando a internet como sempre fez e passar de um simples internauta a um pirata a qualquer momento! Se até mesmo os juristas especialistas no assunto se degladiam sobre determinados temas na internet, que diremos nós, simples usuários!

O direito eletrônico deve funcionar como um instrumento de controle social, precisando estar atento às novas perspectivas de relacionamento entre as pessoas que, dia após dia, vão surgindo na internet. Desta forma, a internet tem que ser vista como um meio social e que precisa de amparo jurídico e legal para um controle e regulamentação dos possíveis confl itos de interesses que ali possam ocorrer, dentre os quais, o direito autoral e os contratos eletrônicos.

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Unidade 4

Atividades de auto-avaliação

1) Qual é a diferença entre hacker e cracker?

2) Explique quais são os direitos que o autor adquire quando ele faz um obra?

3) Quais são as leis que protegem o direito do autor e punem a pirataria?

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4) Defi na o que seria uma conexão ponto-a-ponto entre dois micros na internet.

5) Você acha que na internet a quebra de conduta ética é mais fácil de acontecer? Explique sua resposta.

Saiba mais

Livro

BARGALO, Erica Brandini. Contratos Eletrônicos. São Paulo: Saraiva, 2001.

Sites na internet

http://sphere.rdc.puc-rio.br/direito/pet_jur/cafpatce.html http://www.portaldoscontratos.com.br/internet.shtml http://www.ambito-juridico.com.br/aj/internet.htm http://www.direitoemdebate.net/mon_cdc.html http://www.suigeneris.pro.br/direito_dci_marzochi.htm

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Objetivos de aprendizagem Conhecer as formas de marketing eletrônico na internet.

Defi nir os tipos de comércio eletrônico e seus princípios.

Conhecer cases de empresas com o uso da internet para o comercio eletrônico.

Seções de estudoSeção 1 Marketing eletrônico.

Seção 2 Como criar um negócio na internet?

Seção 3 Técnicas e estratégias de marketing de um site.

Seção 4 Comércio eletrônico (e-commerce).

UNIDADE 5

Negócios na internet 5

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Para início de conversa...

O marketing eletrônico cresce muito rapidamente e na mesma proporção que a internet. Mas, para que serve o marketing eletrô-nico na internet? Bem, serve para vender pela internet!

Vender pela internet não é o mesmo que vender em uma loja de um shopping. As técnicas de marketing e apresentação do produto que se deseja vender são fundamentais, sem falar da facilidade de encontrá-lo. Todos estes quesitos contribuem para o êxito de um site de vendas. E é desta forma que o comércio eletrônico está ocupando seu espaço e a cada dia garimpando novos consumidores, principalmente, a confi ança deles. A partir dessa unidade começamos a estudar um pouco mais sobre o mundo de comércio virtual.

SEÇÃO 1Marketing eletrônico

Antes de falar sobre marketing eletrônico é interessante abordar o conceito de marketing.

Raimar Richers, professor de marketing da Escola de Adminis-tração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (-), um dos introdutores da disciplina de marketing no Brasil, em 1954, sintetiza marketing de uma forma muito simples:

“Entender e atender o mercado”.

Apesar de ser uma defi nição simples, ele sintetiza bem que vem a ser o marketing. Atualmente, o marketing vem do consumidor, ou seja, as empresas, por exemplo, procuram descobrir o quê o

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Introdução à Internet

Unidade 5

consumidor quer, qual sua preferência e é a partir de suas desco-bertas que procuram atender seus clientes. Essas informações são fundamentais para que o marketing tenha êxito.

A internet contribuiu muito para obtenção destas informa-ções. As barreiras geográfi cas não são problemas na internet e as empresas podem oferecer uma variedade de produtos direta-mente ao consumidor por meio da rede.

Logo que surgiu a internet comercial, aqui no Brasil (1995), milhares de pessoas acreditaram que a internet seria uma excelente ferramenta de marketing. Só que logo descobriram que não bastava ter um site na internet para conseguir que esses milhares, hoje milhões, de pessoas o visitassem. É, pois, necessário divulgá-lo. Este é o principal aspecto do marketing na internet.

Se você perceber, tudo na internet é marketing: desde a escolha das cores do site, passando pela maneira de responder a um e-mail, até a sua forma de divulgação.

Fifura 5.1 Homepage do site Terra com a publicidade em destaque.

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Ainda há um espaço enorme a ser explorado em negócios na internet e este é o momento ideal para aqueles que querem entrar nele.

Internet não é informática. É uma infra-estrutura de comuni-cação que possibilita uma forma de fazer de marketing de comu-nicação. Isso, evidentemente, para existir, depende dos computa-dores e das redes de telecomunicação, porém estes são apenas os elementos de infra-estrutura.

Para fazer publicidade na internet existem diversas opções, desde um banner (imagem com propaganda), que pode ser pago ou feito através de intercâmbio entre sites relacionados a uma mala direta via e-mail (e-mail marketing), desde que tenha autorização do receptor para evitar o spam.

No marketing eletrônico, como em qualquer tipo de marketing, a defi nição de uma estratégia é fundamental. Como foi dito no início da unidade, antes de qualquer ação de marketing é preciso saber o que o cliente (consumidor) quer. A partir daí, é possível disponibilizar serviços de atendimento ao cliente, seja na forma de chat ou de call-center. Disponibilizar informações para que o próprio cliente as busque também agiliza o processo de aten-dimento e reduz custos. Isto se consegue por meio de sites que proporcionam uma interatividade com o cliente, onde o mesmo pode adquirir todas as informações que deseja.

Com a internet, algumas possibilidades de marketing se tornaram bem mais fáceis, entre as quais compra o direito de um produto ou informação como: música, livros, cursos, softwares etc. e, é claro, você pode criar o seu próprio produto e vendê-lo.

Uma outra forma bastante utilizada: o site representa ou passa a ser agente de um produto.

Por exemplo: uma empresa X possui um site de vendas de diversos produtos, como um shopping center ele-trônico. Assim, esta empresa X pode oferecer para uma outra empresa Y o espaço em seu site para anunciar seu produto. A empresa X recebe da empresa Y uma comis-são pelas vendas do produto que forem feitas através do seu site. Este método é chamado de Programa de Afi liados.

Spam: envio de mensagem não autorizada que geralmente acaba em desperdício de espaço de disco e de tempo de quem a recebe.

Chat: conversa on-line. Trataremos deste assunto na Unidade .

Call-center: Centro de atendimento.

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O site Submarino (www.submarino.com.br), por exemplo, cresceu muito usando este sistema, criou um exército de agentes para ajudá-lo a tornar-se conhecido e a vender.

“Em alguns anos vão existir dois tipos de empresas: as que fazem negócios pela internet e as que estão fora dos negócios”.

Bill Gates – dono da Microsoft.

SEÇÃO 2Como criar um negócio na internet?

Quando se deseja criar um site na internet, um dos erros mais comuns é focar o negócio e não o mercado, isto é, apaixonar-se pelo seu negócio e achá-lo “genial”, esquecendo-se de que quem tem de achá-lo “genial” não é você, mas sim os internautas. Outro erro comum é não ter objetivos bem defi nidos em relação a um negócio na internet. Muitas pessoas montam um site, o colocam no ar, mas nem sabem porque estão fazendo isso. Na maioria das vezes estão na internet só porque todo mundo também está. Aí acabam criando um site igual a milhares de outros.

Para se ter sucesso, não se deve ser igual a todos, mas sim diferente. Outro erro grosseiro é montar um “site” e não um

“negócio”. Aí é que está toda a diferença entre os que conseguem sucesso e ganham dinheiro e os que não. Há sites de vendas que, por exemplo, não permitem que você faça pedidos ou paga-mentos on-line, isto é, colocam simplesmente um catálogo on-line e um número telefônico para que o internauta ligue fazendo suas compras! Nem é preciso dizer que esse tipo de site está deixando de ganhar muito dinheiro. E, por fi m, ainda há aquelas pessoas

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que querem montar um site na internet só porque apareceu na mídia que um garoto de 17 anos criou um site e é hoje milionário sem ter investido um só centavo e coisas do gênero.

“O segredo para se fazer um site (e qualquer negócio) de sucesso é o foco”.

Renato Fridschtein - ABC de Net Negócios

Imagine se um vendedor de sua empresa estivesse vestido com fantasia de carnaval e dançando na frente do cliente. É isto o que você quer? Pois este é o problema de grande parte das páginas de internet. Elas fi cam dançando com animações e outros apetre-chos que fazem de tudo, menos vender.

O que acontece quando você entra em um estabelecimento comercial e ninguém vem lhe atender? A não ser que você precise demais do produto, você vai embora procurar outro em que estejam mais interessados em você, não é? Na internet é a mesma coisa, se as páginas demoram muito a carregar, deixando o visitante esperando por muito tempo para visualizá-la, ele acaba indo atrás de outra. O ideal é fazer páginas leves, com poucas imagens ou que tenham um tamanho de arquivo pequeno, para que possam carregar rapidamente.

O site deve ser objetivo e ir direto ao ponto, ou seja, mostrar dire-tamente aquilo que o cliente quer, o produto que o fez chegar até você. Muitas vezes o cliente vai embora, pois não consegue encontrar o produto que deseja no site, ou seja, o site não conseguiu mostrar o produto de forma efi ciente para o cliente. Faltou obje-tividade, o que ele procurava não estava claro no site. Muitos sites têm esta formatação e cometem este tipo de erro porque simples-mente lhes falta foco. Isso não signifi ca fazer páginas sem atrativos, mas tentar conciliar as duas coisas: foco e atratividade.

Para a empresa, o vendedor digital tem algumas vantagens:

trabalha o dia todo sem interrupção; trabalha todos os dias da semana; não necessita de férias; não tem décimo terceiro salário; não faz greve; os custos (encargos) de manutenção são bem menores.

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Existem maneiras diversas para a divulgação de um site na internet, onde não se gasta nada. Mais à frente, nesta mesma unidade, você vai conhecer algumas destas formas para um site aparecer mais. Quando os negócios começaram a explodir na internet muitos sites de vendas surgiram. Sites que começaram do zero hoje valem milhões e sites que gastaram montes de dinheiro inicialmente, hoje valem poucos centavos. Se você pensa que com a internet o lucro será rápido, você estará fadado ao fracasso, foi o que aconteceu com muitos sites que nunca conse-guiram um só centavo na internet. Para fi car rico de uma hora para outra, só jogando na Mega Sena acumulada!

Cadastrar o site em mecanismos de busca

Os sites de busca são como índices da internet. Funcionam como uma lista telefônica turbinada.

Você sabia?

“8 em cada 10 pessoas que acessam a internet iniciam sua navegação procurando por algo e utilizam sites de busca para encontrar o que querem.”

Fonte: Forrester Research.

Sabia, também, que 90% destas pesquisas são realiza-das em cerca de 12 páginas apenas?

Se o objetivo de uma empresa é aumentar o número de visitas qualifi cadas para o site, é impossível ignorar a importância dos sites de busca de alto tráfego como Google, Yahoo, Cadê, MSN, AltaVista, entre outros.

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Apesar desses sites não serem específi cos para fazer o marketing das empresas, se você souber como infl uenciá-los trará tráfego qualifi cado para o site. Existem táticas de marketing arrojadas que, de uma maneira ética e honesta, infl uenciam os resultados das pesquisas que buscam o que a empresa tem a oferecer, posi-cionando suas páginas e anúncios entre os primeiros resultados dos buscadores.

Esta é a questão que a maioria dos proprietários de sites está enfrentando atualmente. O objetivo principal da otimização de sites, para posicionamento nos sites de busca, é aumentar o número de acessos ao site e, consequentemente, a divulgação e publicidade deste. O cadastramento nos sites de busca não tem custo. Este resultado pode ser atingido por meio de estratégias e técnicas para posicionar o site nos primeiros resultados dos sites de pesquisa.

Você pode utilizar duas técnicas para conferir os efeitos desejados:

1. Pay Per Click (PPC) - isto signifi ca ‘pague por click’ . Esta técnica visa colocar anúncios no topo das buscas, permi-tindo que um site obtenha resultados desde o seu lança-mento. Você escolhe o quanto quer pagar pelo click, isto é, pela visita. O menor valor de um click é em torno de R$ 0,15 (quinze centavos).

2. Otimização – cada site de busca tem regras específi cas usadas para classifi car os resultados das buscas. A otimi-zação consiste em adaptar suas páginas para atender a essas regras e infl uenciar os resultados das buscas. Isso, é claro, é feito de forma positiva e legal.

Existem empresas especializadas em oferecer este tipo de serviço para as diversas páginas da internet. Todos que possuem um site e querem que ela apareça nos sites de busca de forma rápida, devem adotar esta prática.

Na maioria das vezes, o cadastro dos sites em mecanismos de busca é realizado pelas empresas.

Mas, será que as informações estão atualizadas? Será que entraram em algum mecanismo de busca para alterar, incluir ou excluir alguma característica do site?

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Se a resposta for positiva, parabéns! Este site é uma das exceções.

Uma característica importante é saber quais são as palavras-chave utilizadas para que o cliente encontre o site mais facil-mente. Neste caso, o melhor a ser feito é procurar sempre incluir as palavras que realmente representem os serviços prestados ou produtos comercializados pelo site. Além disso, é importante citar a região que o site pretende atender. Caso seja de abran-gência nacional, mencione isso ou insira a palavra “Brasil”. Caso opte por ser regional, o ideal é mencionar o estado ou a cidade em que pretende atuar.

Um estudo recente conduzido por um analista de tec-nologia da Forrester Research (www.forrester.com), afi rma que “sites de busca alcançam clientes motiva-dos a achar o que estão procurando. Estes clientes são muito valiosos para qualquer site que queira capitalizar sobre esse comportamento”.

Na internet existe um potencial muito grande para as empresas divulgarem a sua marca. A internet cresce rapidamente, as opor-tunidades também.

SEÇÃO 3Técnicas e estratégias de marketing de um site

Conheça agora algumas formas que você pode utilizar para atrair mais usuários para um site e, evidentemente, conseguir vender, divulgar, negociar etc. Então, vamos lá!

Janelas pop-ups

Muitos anunciantes na internet usam janelas que surgem no meio da tela para exibir uma mensagem. Certamente você já viu uma destas e isso é o que chamamos de pop-ups. Elas também podem-se abrir sobre ou sob a janela que você deseja exibir ou quando você clica em um link ou botão de um site. Algumas janelas são úteis, mas muitas vezes o usuário não gosta que elas fi quem abrindo a todo o momento enquanto ele está no site. Existem, na própria internet, vários programas para download que

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podem bloquear estas janelas. Isso acontece pois algumas janelas pop-up podem conter conteúdo impróprio ou podem ser uma forma de fazer você baixar softwares perigosos, de forma inad-vertida para o seu computador. Mas de qualquer forma, apesar de não ter grandes resultados, é uma maneira de fazer mídia no site. Muitos sites provedores, como , i, , etc., utilizam estas janelas em suas páginas.

No entanto, atente para o fato de que muitos internautas não toleram mais estas janelas abrindo a todo o momento e utilizam os programas para bloqueá-las, tais programas são conhecidos como programas “anti-popup”. Mas, ainda assim, o número de internautas cresce a cada dia e muitos destes novos usuários não vêem isso como uma chatice. Só com o tempo é que este novo usuário poderá tirar suas próprias conclusões a respeito destas janelas pop-up – se vai querer vê-las, ou não.

Banners

Os banners são imagens com conteúdo publicitário, posicionados no topo de todas as seções do site. Aquelas faixas normalmente retangulares que são colocadas em espaços criados conforme interesse do anunciante. O banner tem uma ligação de hiper-texto (link) para o site do anunciante que aparecerá em uma nova janela do navegador (browser), ou seja, quando o internauta clica em um banner ele é diretamente levado para o endereço do anun-ciante na internet. Essa ligação entre o banner e o endereço do anunciante na internet se chama “link”. Há muita controvérsia quanto à efetividade dos banners. A média de retorno em nível mundial é de apenas 0,2%.

Para usar este tipo mídia é interessante fazer o banner com, no máximo, 10 Kbytes.

Livros eletrônicos (e-books)

A palavra e-book vem do inglês e quer dizer “eletronic book”, ou seja, livro eletrônico. Este tipo de livro oferece muitas funciona-lidades em sua forma digital, sendo a mais importante delas a portabilidade. Isso é, permite que você possa ler o livro digital em qualquer lugar.

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Mas, onde entra o e-book como técnica de markenting para o site?

Bem, na realidade, se você disponibilizar este tipo de serviço poderá atrair tráfego e acostumar usuários a voltarem para o site para acessar os e-books. Este tipo de técnica atrai um tráfego mais qualifi cado em termos de conhecimento.

Revista Eletrônica (e-zine)

E-zine vem da contração de Electronic Magazine (revista eletrô-nica). Pode ser utilizado na forma “e-zine”, como também pode ser chamado de newsletter.

No começo da internet eram as páginas pessoais dos internautas que publicavam artigos e notícias sobre diversos temas, em geral, assuntos que os próprios usuários mais se identifi cavam. Com a entrada dos órgãos de comunicação especializada na internet, este modelo de publicação manteve-se, mas perdeu esta desig-nação. Atualmente, as publicações pessoais são mais freqüentes em blogs.

Para atrair tráfego para o site estas newsletters informativas devem ser enviadas para os assinantes, como forma de manter contato com eles. Somente será enviado e-mail para o assinante que fez cadastro no site e consentiu o envio de mensagens, assim ele receberá esta newsletters por e-mail. Observe que os e-mails enviados para este assinante são de conhecimento dele, não se caracterizando como spam. Após recebido o e-mail, para acessar o conteúdo, o assinante terá que entrar no site. Esta é uma forma de atrair tráfego para o site.

Programas de Scripts

Os programas script servem para que o computador execute comandos ou funções previamente determinados. Um destes comandos, por exemplo, faz com que o usuário que esteja visitando o site adicione aos favoritos o endereço do site, ou ainda, permita que ele convide um outro amigo a visitar o site que está conectado. Enfi m, os scripts são utilizados para aumentar

Blog: o blog, ou webblog, é uma página web atualizada freqüentemente, composta por pequenos parágrafos apresentados de forma cronológica com formato de “diário”. É como uma página de notícias ou um jornal que segue uma linha de tempo com um fato após o outro. O conteúdo e tema dos blogs abrangem uma infi nidade de assuntos que vão desde diários, piadas, links, notícias, poesia, idéias, fotografi as, enfi m, tudo que a imaginação do autor permitir (www.blogs.com.br).

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o tráfego ou o número de acessos no site. Em regra, estes programas scripts são escritos em Java, mas podem ser inseridos no .

Spam

Você já sabe que o spam é o envio de mensagem eletrônica não autorizada. Sendo assim, esta não é uma forma inteligente de se fazer marketing. De todas que você acabou de conhecer, esta é uma que nunca deverá ser utilizada. Essas mensagens têm o objetivo de vender ou fazer propaganda de determinado produto ou serviço. Estima-se que mais da metade das mensagens eletrô-nicas que trafegam na internet, atualmente, seja spam. Alguns países vêm criando leis específi cas para proteger os usuários do spam e limitar a atividade de quem os produz. No caso do Brasil, já há processos na justiça brasileira contestando o spam. Sem dizer que existem programas de e-mail que fazem fi ltros contra spams, ou seja, bloqueiam os endereços de e-mail. Se você enviar um spam para este usuário, o seu endereço de e-mail será bloqueado e o usuário não receberá a mensagem. Se você quiser enviar uma mensagem individual para este usuário ela será bloqueada, pois estará em uma lista de e-mails que devem ser excluídos. Dessa forma este usuário nunca mais receberá qualquer e-mail enviado por você.

Bill Gates é quem mais recebe spam no mundo

Os internautas que são inundados por mensagens comerciais indesejadas todos os dias têm um bom motivo para acreditar que a Microsoft vai desenvolver melhores ferramentas para combater a prática: Bill Gates, fundador da empresa, é certamente um dos maiores alvos dos spammers (aqueles que mandam estas mensagens).

Gates recebe 4 milhões de e-mails por dia e é, prova-velmente, a pessoa que mais recebe spam no mundo. A afi rmação foi pelo presidente-executivo da Micro-soft, Steve Ballmer. Entretanto, somente uma pequena quantidade deste volume de mensagens chega à caixa postal de Gates, graças à tecnologia que fi ltra suas mensagens, contou Ballmer durante um evento em Cingapura.

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Empresas que medem o uso da internet estimam que os e-mails spam sejam responsáveis hoje por 80% do tráfego de informações da web.

Fonte: Reuters

Resumindo, aqui vão dez dicas para fazer um bom site e ser bem sucedido em um negócio.

1. Defi na metas e objetivos para o site. Seja capaz de responder perguntas como “Por quê estou montando um negócio?”, “Para quê quero esse negócio?”, “Aonde quero chegar com ele?” etc.

2. Não existe fórmula milagrosa do tipo “durma pobre, acorde rico”. Lembre-se sempre da máxima “1% de inspiração, 99% de suor”.

3. 85% das pessoas descobrem sites por meio de mecanismos de busca. A boa notícia é que nesses mecanismos o cadastro do site é totalmente grátis. Ou seja, você não gasta um centavo para usar a melhor técnica de divulgação de sites na internet.

4. Não adianta só cadastrar o site em ferramentas de busca. Se ele não aparecer listado entre os primeiros resultados de uma pesquisa, provavelmente ninguém irá visitá-lo.

5. A maioria das pessoas volta a um site por causa de seu conteúdo e facilidade de uso. Por isso, evite usar recursos mirabolantes e sem sentido. Para quê utilizar uma borboleta voando no site?

6. Mais importante do que se concentrar em aprender a linguagem HTML ou a usa-la como um editor de páginas é aprender sobre comunicação visual. Um site é uma peça de comunicação e deve ser encarada como tal.

7. Não é necessário gastar rios de dinheiro para divul-gar um negócio. Existem diversos métodos efi cientes de divulgação na internet e você não desembolsará nenhum centavo.

8. O envio de e-mail não solicitado com propaganda (spam) é o pior método de divulgação na internet. Além de ter uma baixa taxa de retorno, cria-se uma reação negativa do negócio junto às pessoas que rece-berem esse tipo de e-mail.

Estas dicas constam no livro “Alavancando Negócios na internet” de autoria de Gabriel Torres e Alberto Cozer (Axcel Books).

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9. Não é necessário um investimento de milhares ou milhões de reais para se ter sucesso na internet. Muitos sites de sucesso começaram do zero e hoje valem milhões. Mas, tome cuidado, pois existem sites que investiram milhares de reais e hoje não valem nada.

10. É possível ganhar muito dinheiro com a internet. Mas, para isso, terá de querê-lo de verdade. Só depende de você.

Você viu nesta seção várias formas de atrair tráfego para o site e também algumas dicas sobre negócios na internet. Um conheci-mento, mesmo que básico, sobre negócios na internet é impor-tante, pois a grande maioria dos sites sempre tem algo a oferecer. Não esqueça que técnicas adequadas de marketing se fazem necessárias para quem for montar um site de negócios.

Há bem pouco tempo atrás, quando se falava em montar um negócio no mercado de venda a varejo, uma das melhores soluções era colocar este negócio em um shopping center para onde milhares de clientes potenciais ocorrem. Agora, estão-se montando muitos negócios na , em shoppings centers eletrônicos, local onde também há milhares de clientes poten-ciais, além do fato de se ter um custo bem menor para montar o negócio.

Ainda há um enorme espaço para ser explorado na internet e estamos no momento ideal para quem quer nele entrar. Partindo desta premissa, na próxima seção iremos abordar o comércio eletrônico. Você perceberá que este tipo de comércio está em franco crescimento no mundo e no Brasil.

SEÇÃO 4Comércio eletrônico (e-commerce)

O assunto na internet que atualmente mais tem tido destaque, sem dúvida nenhuma, é a internet aplicada aos negócios, ou seja, o comércio eletrônico. As inovações da era da informação e das comunicações criaram uma revolução digital que está modifi cando a maneira de se trabalhar, aprender, comunicar e realizar transações comerciais. É inegável que isso está ajudando o crescimento econômico e o desenvolvimento social em todo o

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mundo. As empresas estão utilizando as ferramentas de comércio eletrônico para aumentar a produtividade, ter acesso a mercados globais, reduzir o tempo necessário para o desenvolvimento de novos produtos e, principalmente, estreitar o relacionamento com seus clientes.

O comércio eletrônico permite obter uma séria de vantagens sobre o comércio tradicional. Uma delas é a redução de tempo e custo na procura e escolha do produto desejado, permitindo realizar um serviço personalizado, de acordo com o perfi l de cada cliente.

Como você perceberá nestas notícias abaixo, tiradas da internet, não há dúvidas que este é um mercado crescente. Observa-se que o comércio eletrônico cresce no mesmo ritmo que a internet, ou seja, muito rapidamente.

Pagamentos e segurança

Em relação aos meios de pagamento mais utilizados pelos consumidores on-line, o cartão de crédito conti-nuou na liderança, com 33% da preferência dos entre-vistados, seguido pelo smart card (10%) e o e-check (9%). O e-cash foi apontado por apenas 8% dos entre-vistados.

A pesquisa foi realizada com 435 empresas de vários setores econômicos, ramos e portes, que operam no mercado brasileiro.

Fonte: IDG Now

BASF realiza 80% de suas compras via comércio eletrônico

19/10/2004

Foi em uma das reuniões do Grupo Gesup (Gestores de Suprimentos) da Abiquim, há três anos, que a BASF iniciou os estudos referentes a comércio eletrônico em compras. Certa das vantagens que as ferramentas poderiam proporcionar aos negócios da companhia, a indústria química foi a campo conhecer como as empresas de business to business disponíveis no mercado trabalhavam. Experiência e know how fi zeram do Mercado Eletrônico (www.me.com.br) o market-place escolhido pela BASF, tornando-a pioneira em B2B no segmento.

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Hoje, dois anos e meio após o início da utilização do Mercado Eletrônico, dos 27 mil pedidos de compras anuais feitos pela BASF, cerca de 80% são feitos ele-tronicamente. No início de sua utilização este número chegava a apenas 5%. Com o sucesso da implemen-tação a empresa no Brasil tornou-se modelo e já está estudando a possibilidade de expandir os serviços para as unidades da América do Sul.

Fonte: Mercado eletrônico – www.me.com.br

Varejo on-line soma R$ 531,8 milhões em abril

25/5/2004

O índice de varejo on-line (VOL) no mercado brasileiro totalizou R$ 531,8 milhões em abril, valor 43% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado, revelou nesta terça-feira (25/05) a Câmara Brasileira de Comér-cio Eletrônico e a consultoria E-Consulting. O montante corresponde a 3,1% do varejo total do País, com base em dados estimados pelo IBGE.

O VOL Automóvel, que contabiliza as transações espe-cializadas, totalizou R$ 326,3 milhões, crescimento de 41% em relação ao mesmo período de 2003. Montado-ras e revendedoras de veículos foram responsáveis por 61,4% do total do índice.

Já o VOL Turismo e o VOL Bens de Consumo - que não contabilizam automóveis - movimentaram em abril, respectivamente, R$ 75,1 milhões e R$ 130,4 milhões. O VOL Turismo foi responsável por 14,1% da composição do índice, enquanto o VOL Bens de Consumo respon-deu por 24,5%. Desconsiderando o VOL-Automóveis, o índice de varejo on-line aumentou 38,6% em abril. Na comparação com março, entretanto, o VOL total apre-sentou leve redução de 2,87%.

Fonte: IDG Now

Comércio eletrônico atinge R$ 2 bi em 2004

A Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Camara-e.net) estima que o comércio eletrônico brasileiro deverá encerrar 2004 próximo de R$ 2 bilhões. Só no segundo semestre, o valor movimentado deverá atingir R$ 1,25 bilhão. O tíquete médio por compra supera R$ 300.

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Produtos como câmeras digitais e celulares, além de DVDs e aparelhos de som com MP3 deverão impulsio-nar o resultado, principalmente no período próximo ao Natal. O faturamento do comércio eletrônico para o Natal deve aumentar 40% se comparado ao ano passado. A Camara-e.net espera que, entre os dias 15 de novembro e 23 de dezembro, o faturamento aumente de R$ 204 milhões para R$ 286 milhões.

De acordo com a e-Bit, a renda familiar média dos e-consumidores – compostos pelas classes A e B – varia entre R$ 3 e R$ 8 mil. Desse total, 57% têm nível supe-rior completo e pós-graduação.

Fonte: IDG Now

Veja no gráfi co a seguir o crescimento do faturamento do e-commerce de 2001 até 2004. Observe que o faturamento saltou de R$ 197 milhões para R$ 745 milhões num período de quatro anos, um aumento médio de 69% ao ano. Isso demonstra cada vez mais que o e-commerce se consolida e cresce com o número de internautas e a confi ança dos mesmos nas compras pela rede.

Fonte: eBit empresas

Um site sobre comercio eletrônico que você não pode deixar de acessar é o www.e-commerce.org.br. Nele você poderá encontrar tudo sobre comércio eletrônico, e modelo de negócios, bem como dicas e artigos sobre o assunto. Vale a pena.

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Vendas pela internet

O comércio eletrônico ainda é um mundo desconhecido para os usuários e muitos spams que navegam na rede dizem inverdades que assustam aqueles que os recebem. Isso gera uma certa inse-gurança por parte dos usuários, fazendo com que a expansão do comércio eletrônico não se desenvolva de forma adequada, ou seja, as mentiras inibem os potenciais compradores deste mundo virtual.

É natural que, frente a uma nova realidade os usuários tenham receio e medo. Afi nal, quem não tem medo de ter seu cartão de crédito clonado e usado em outras compras? Mas, muitas histórias que correm pelo correio eletrônico são mentiras e, apesar de haver casos de fraude, o comércio eletrônico está cada vez mais seguro; basta o usuário saber utilizar esta nova tecnologia.

“Há maior probabilidade de você ser assaltado em algum estacio-namento de shopping center do que de alguém pegar o número do seu cartão de crédito” ( Jan Walbridge, porta-voz da Global Services). Este depoimento é de uma pessoa que trabalha num setor da que testa segurança de sites e intranets.

Sempre existiu a possibilidade de você ter seu cartão de crédito clonado e utilizado em outras transações. Muitos defen-

sores da venda eletrônica com cartão de crédito dizem que é muito mais seguro utilizar seu cartão

em transações seguras da internet do que em lojas 24 horas, por exemplo. Nas compras realizadas por meio

da rede, o cartão é verifi cado eletronicamente, sem que o comerciante tome conhecimento de seus dados.

Quantas vezes você já entregou seu cartão na mão de um frentista de posto, de um garçom, ou de um vendedor qualquer? Enfi m, não querendo colocar em dúvida a honestidade destes profi ssionais, mas sabe-se que muitos cartões foram clonados no momento em que você o entregou nas mãos de um desconhecido, acreditando na boa-fé do mesmo. Em transações pela internet você deve sempre assegurar-se de que o site de venda utiliza crip-tografi a.

A criptografi a é uma forma de manipular dados e codifi car seu conteúdo, desta forma o dado original torna-se ininteligível. É uma ferramenta importante e faz parte de alguns serviços funda-mentais de segurança na internet, tal como identifi cação, confi -

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dencialidade, autenticação e verifi cação de integridade etc. A criptografi a tem como objetivo garantir que a mensagem ou a informação criptografada só será lida e compreendida pelo desti-natário autorizado para tal.

Uma comunicação segura exige criptografi a e o Secure Sockets Layer () fornece segurança para conexões nas quais você pode se comunicar. Muitas empresas no mundo têm adotado o como o protocolo de comunicação preferido. Na verdade, muitas transações fi nanceiras na internet, incluindo bancos on-line, estão sendo feitas com a utilização do .

Além do , um outro protocolo de segurança bastante utilizado por estabelecimentos virtuais é o Secure Eletronic Transaction (). O foi desenvolvido pelas administradoras de cartão de crédito Visa e Mastercard, traduz as informações fornecidas e só as decodifi ca quando confi rma as autenticidades do lojista e do comprador. Navegadores atualizados como internet Explorer utilizam esta criptografi a. Procure também pela letra “s” no fi nal do endereço (https), isso indica uma conexão segura.

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Síntese

Nesta unidade você conheceu algumas formas de fazer parcerias e mídia para atrair tráfego. No entanto, não se acomode apenas nestas possibilidades, pense em outras formas de estabelecer relações de negócios em que todos ganhem.

Você viu, também, que o comércio eletrônico vem trazendo para a sociedade muitos benefícios como comodidade e diversifi cação, porém não substituirá o comércio atual. Para sua própria sobrevi-vência, este tipo de comércio terá de criar conceitos e paradigmas próprios. Conceitos como marketing, produção e distribuição aparecem com uma outra visão do comércio tradicional.

Não são todas as empresas que podem ter no comércio eletrô-nico algo rentável, há a necessidade de se defi nir qual segmento de mercado terá vantagem neste novo tipo de comércio. Fazendo uma comparação, será como o rádio, a televisão e o cinema, em que todos sobrevivem e têm seus espectadores diferenciados, cada um no seu segmento.

O comércio eletrônico deve buscar as vantagens da comunicação, da divulgação e da diversifi cação para trazer benefícios para os usuários.

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Unidade 5

Atividades de auto-avaliação

1) Cite algumas das formas de se fazer marketing em um site.

2) O que diferencia a mensagem de e-mail newsletter de uma mensagem de spam?

3) Quais as vantagens que o e-commerce tem em relação ao comércio tradicional?

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4) O que signifi ca criptografar dados de uma mensagem? Quais são os tipos de criptografi as mais utilizados na internet?

Saiba mais

Sites para consulta

http://geo.ya.com/graciasinternet/recursos%20Int%20vender.html

http://www.sebrae.com.br/br/parasuaempresa/conhecaomer-cado_820.asp

http://www.e-commerce.org.br/

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Objetivos de aprendizagem Aprender que regras de boa conduta também devem ser praticadas na internet.

Conhecer algumas formas de comportamento e rela-cionamentos interpessoais e sua interação com a internet.

Conhecer as aplicações da internet como meio de comunicação.

Perceber como algumas regras da sociedade atual também são estabelecidas na internet, sendo muitas destas regras universais.

Seções de estudoSeção 1 Netiqueta na rede.

Seção 2 Aplicações da internet.

Seção 3 Correio eletrônico.

Seção 4 O Usenet.

Seção 5 Grupos de discussão (newsgroups).

Seção 6 Bate-papo on-line.

Seção 7 A netiqueta da World Wide Web.

UNIDADE 6

Mudança comportamental 6

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Para início de conversa...

A internet tornou-se um meio de comunicação que está mudando as formas de relacionamento entre pessoas e grupos, ou seja, algumas relações interpessoais mudaram após o surgimento da internet. Muitas pessoas que estão conectadas na internet passam a trocar experiências de sua vida social “real” pela “virtual”. Isso tem sido objeto de discussão entre inúmeros especialistas do comportamento humano. Para alguns, muitos dos internautas se tornaram prisioneiros e dependentes da internet. Para outros a internet é uma maneira de as pessoas procurarem refúgio e uma recarga na mente, em função do stress diário da vida real.

Enfi m, existem muitas discussões sobre o assunto, mas nesta unidade mostraremos que, independente destas discussões, a internet revolucionou a maneira e o comportamento de muitas pessoas que a utilizam. Você verá, por exemplo, que lingua-gens foram adaptadas para facilitar a comunicação pela internet, como os emoticons e os acrônimos. Entenderá porque ser sempre educado e usar o bom senso também é a melhor forma viver e sentir-se bem na Rede das redes. Por isso, começaremos estudando o que chamamos de “netiqueta” na rede.

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Unidade 6

A versão original em inglês, extensa e bastante técnica, abrangendo todos os aspectos da internet, pode ser encontrada em www.isoc.org/internet/conduct/.

SEÇÃO 1Netiqueta na rede

Como provável usuário da rede você já deve ter ouvido falar em “Netiqueta” ou sobre algum tipo de regra de conduta na internet, estou certo? Em caso afi rmativo, anote a seguir o que você já sabe sobre esta questão, antes de continuar o estudo da unidade.

Da mesma forma como nossa vida diária em comunidade, ou seja, nas ruas, em casa, no trabalho, é regulamentada pela Constituição Federal, há alguns anos foi elaborado um conjunto de normas para se conviver em constante harmonia dentro da internet. A este conjunto de normas deu-se o nome de Netiqueta.

Ao longo dos anos, os usuários da internet criaram, regras de comportamento próprias para a comunicação on-line. Ignorar essas regras pode causar confusão e discussões. É como furar uma fi la de cinema ou esquecer-se de pedir “com licença”, “obrigado” ou “por favor”.

Essas regras refl etem normas gerais de bom senso para a convi-vência dos milhões de usuários na rede. É necessário que cada usuário reconheça a sua responsabilidade no acesso aos diversos serviços, servidores, sistemas e pessoas na internet. O usuário é responsável pelas suas ações ao acessar estes serviços.

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Você já sabe que a internet não é uma única rede, ela é formada por milhares de redes independentes conectadas que transferem informações entre si. O tráfego de informação enviado pela internet pode atravessar diferentes redes antes de chegar ao seu destino.

Como usuário da rede, você pode acessar outras redes (ou sistemas de computadores de uma determinada rede), além da que está conectado, está lembrado?

Cada rede tem o seu conjunto de regras e procedimentos. Ações que são aceitas em uma rede poderão ser controladas ou mesmo proibidas em outras redes. Cabe sempre ao usuário respeitar as regras de outras redes e não somente as da sua.

Não se esqueça que, o poder para fazer determinada coisa, não implica que se deva fazê-la.

A utilização da internet é um privilégio e não um direito. Se esse privilégio for mal utilizado, pode ser visto como quebra de regu-lamento e você pode ser pego em qualquer momento devido a um comportamento abusivo.

Por comportamento abusivo podemos citar, por exemplo: a colocação de informação falsa na rede; a utilização abusiva de linguagem incorreta (ao ponto de prejudicar terceiros pela sua natureza) em mensagens públicas ou privadas; o envio de e-mails correntes; envio de mensagens em larga escala para indivíduos que não as solicitaram (spam, como você já viu em unidades anteriores) e, ainda, outros tipos de abusos que possam interferir no trabalho de pessoas ou que provoquem o congestionamento das redes.

E-mails correntes: cartas que são enviadas infi nitamente. Veremos mais adiante, nesta mesma unidade.

O spam é visto com mau gosto pelos usuários e pode trazer problemas com a justiça.

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Descrever com precisão o que é a Netiqueta é algo difícil, mas não impossível. Podemos, isso sim, enumerar uma série de conselhos e regras para que você se familiarize com este conceito.

No decorrer desta unidade você verá algumas destas regras e como elas podem ajudá-lo na maneira como utiliza a internet e suas aplicações.

Antes de qualquer outra consideração, o melhor conselho que se pode dar é: utilize o bom senso. A comunicação por meios eletrônicos tem muita das suas regras baseadas nas mesmas regras de conduta que nos permitem viver em sociedade. Vamos conhecê-las.

SEÇÃO 2Aplicações da internet

A World Wide Web tornou-se uma das aplicações mais populares da internet. Mas, a “Rede das redes” – como é chamada – possui muitos outros recursos.

Sérgio Chalab, ex-editor da revista Internet World costumava dizer que a internet era algo semelhante a dominar um canivete suíço: “No início, não sabemos nem sequer como fazer para abrir as ferramentas do canivete. Mas a persistência se paga, e vamos abrindo e contando várias ferramentas diferentes. Algumas delas pareciam ter óbvia utilidade; outras, nem tanto.” (apud , 2002).

De fato, a internet – como o canivete suíço – possui inúmeras “ferramentas”, que chamaremos aqui de “aplicações”.

Apenas para citar algumas delas, temos o correio ele-trônico, o newsgroups (grupos de discussão), chats e muitos outros.

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Às vezes, para utilizar uma das aplicações, precisamos de programas (softwares) específi cos. Esses programas podem ser obtidos na própria internet e podem ser do tipo shareware (a maioria deles) ou do tipo freeware. Veja a seguir o que signifi ca cada um desses tipos de software.

Shareware: você copia para o seu computador e pode usá-lo por um determinado período de tempo. Se gostar e quiser continuar utilizando-o, deve pagar por um registro (que geralmente não é um valor muito elevado). É uma espécie de “teste antes e pague depois”.

Freeware: são aqueles que você pode copiar e usar livre-mente, sem pagar nada. Entretanto não é possível acessar o código-fonte. Não há garantia de que um programa freeware permaneça gratuito para sempre.

O intuito desta unidade não é especifi camente falar sobre estas aplicações, mas, sim, como muitas delas infl uenciaram na maneira das pessoas se comunicarem, estudarem, entreter, assim como conhecer pessoas, viajar e muitas outras coisas, sem ter que sair da frente do micro. Para que você conheça estas variadas interatividades, veja agora um pouco de cada uma destas apli-cações e como devemos, é claro, nos portar perante estas novas possibilidades.

SEÇÃO 3Correio eletrônico

Enviar e receber mensagens eletrônicas é, certamente, uma das ações mais utilizadas na internet, pois possibilita uma rápida troca de informações entre usuários. Com o correio eletrônico, indivíduos, grupos e empresas trocam mensagens todos os dias. Para se ter um endereço eletrônico pessoal, ou melhor, um e-mail, você nem precisa ter um computador.

Bem, o que eu quero dizer com isso?

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Quero dizer que você pode entrar em alguns sites, tais como: yahoo (www.yahoo.com), hotmail (www.hotmail.com), bol (www.bol.com.br), e muitos outros, que oferecem este serviço e se cadastrar para ter um endereço eletrônico. Neste sites você escolherá um login (nome) e um password (senha) para poder acessar sua caixa postal eletrônica.

Muitas vezes, o login que você deseja já está sendo utilizado por outro usuário. Então, você receberá uma mensagem informando que aquele login já está cadastrado para outra pessoa. Alguns sites sugerem outros logins, normalmente baseado nos seus dados cadastrais, para que fi que mais fácil lembrá-lo. Após esse cadas-tramento, você poderá acessar seu e-mail de qualquer compu-tador, apenas entrando no site do serviço com seu login e senha, podendo assim receber e enviar mensagens eletrônicas.

Se você ainda não possui um e-mail em algum destes sites gratuitos, sugiro que faça um para ver como funciona. Caso você já tenha, refl ita sobre as questões a seguir.

Como conheceu o site? Como é que você utiliza este e-mail? Você o utiliza apenas para trabalho? Você o utiliza apenas para enviar/receber mensagens para/de amigos? Para qualquer tipo de mensagem? Quantos e-mails você possui?

Uma outra questão que coloco para sua refl exão é: quantas pessoas que você conhece que têm e-mail? Bem, esta é uma resposta que pode parecer imediata.

Quase todos ou talvez quase ninguém.

Mas, se você acha que todos que você conhece têm e-mail, eu diria que o seu mundo está muito pequeno.

Só para se ter uma idéia, segundo a revista Época Negócios, de dezembro de 2004:

apenas 3 % das escolas públicas têm acesso à internet; cerca de 90 % dos brasileiros nunca acessaram a internet; 79% dos brasileiros nunca usaram um computador.

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Logo, não ter um e-mail pode parecer estranho para você, mas certamente não será para a grande maioria da população.

Ter um e-mail hoje é muito simples, como já disse, mas o fato de possuir um não lhe confere o direito de usá-lo como quiser. Ou seja, para utilizar um sistema de correio eletrônico você deve seguir algumas regras, ou melhor, existe uma “netiqueta” para o uso do correio eletrônico, que você vai conhecer a seguir.

O comportamento no correio eletrônico

Muitas empresas efetuam transações comerciais, treinamentos, pesquisas e troca de informações por meio da internet. Existem empresas, inclusive, que não exigem a presença física do empregado, pois ele pode desenvolver suas atividades a distância e ser avaliado por meio de critérios de produtividade por ela defi nidos. Logo, o correio eletrônico é uma forma pela qual você, muitas vezes, se comunica e interage com a empresa. Nesta ação você deve ter um comportamento adequado e, principalmente, boa educação.

No Brasil e no exterior, por exemplo, empresas têm despedido empregados por uso indevido destes serviços. Uma pesquisa com 836 grandes empresas brasileiras revelou que 25,5% das compa-nhias já despediram pelo menos um empregado por uso inade-quado da web ou do e-mail.

Provavelmente você deve saber que existem empresas que possuem uma intranet e que esta está conectada à internet. Todas as mensagens que enviadas e recebidas nesta empresa passam pelo servidor da intranet, que é gerenciada por um admi-nistrador da rede. Este administrador de rede tem a possibilidade de checar todos os e-mails que saem e que chegam na empresa. O administrador da rede da empresa tem essa possibilidade, mas, isso não quer dizer que essa seja uma atitude correta. No entanto, algumas empresas têm normas de uso do correio eletrô-nico e podem ter o direito de acesso aos e-mails dos funcionários, que devem saber que estarão sujeitos a esta verifi cação. Muitas empresas possuem dados confi denciais e podem estabelecer

Pesquisa realizada pela Revista INFO EXAME (www.info.abril.com.br) e a Pricewaterhousecoopers (www.pwcglobal.com).

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regras para indicar quando uma mensagem eletrônica tem caráter de invasão de privacidade. Para sua maior privacidade, é impor-tante sempre ter um e-mail de trabalho e outro particular.

O importante é que, esteja você em uma empresa ou não, deve ter uma postura adequada e procurar não aborrecer pessoas com e-mails indesejados, e sempre portar-se de forma correta e educada.

Em função disso, a maneira como as pessoas se comunicam pelo correio eletrônico foi mudando e é fato dizer que a internet criou uma nova forma de comunicação, seja pelo correio eletrônico ou seja em bate-papos. Para alguns, esse novo modo de comunicação é uma ameaça à língua escrita. Para outros, apenas um jeito prático e ágil de comunicar-se.

Na internet, esta comunicação muitas vezes se expressa com códigos e abreviações que têm o intuito de fazer com que seja rápida e que atinja seu objetivo, isto-é, que funcione efetivamente como forma de linguagem. A manifestação de sentimentos também sofreu mudanças, agora eles são expressos por meio de símbolos feitos com caracteres especiais: os emoticons.

Os internautas, principalmente os jovens, vêem o compu-tador como extensão natural de suas vidas e querem sempre respostas rápidas. Assim, esta quantidade de códigos e de erros de português, que se observa na comunicação eletrônica quase sempre propositada, seria um espelho da proposta da internet: uma rede com liberdade de expressão e democrátizada. A partir destas mudanças de linguagem apresento agora algumas formas de comunicação pela Rede.

a) Os emoticons

Emoticons (emotional icons). Na tradução direta do inglês a expressão corresponde a “ícones de emoção”, ou seja, ícones que expressam algum sentimento. Podem também ser chamados de smiles (sorriso, em inglês). São símbolos criados para facilitar a comunicação na internet, já que, na maioria das vezes, essa comu-nicação é feita pelo teclado, sem que os interlocutores possam gesticular, alterar a entonação da voz ou mudar suas expressões faciais. A maior parte dos emoticons são “carinhas”. Para vê-las, basta inclinar a cabeça para o lado esquerdo.

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O emoticon mais comum é uma carinha sorridente.

:-)

Veja, a seguir, alguns emoticons mais comumente utilizados na comunicação pela rede.

Simbolo Signifi cado Símbolo Signifi cado

:-) Feliz :-O Pepino

:-)) Muito feliz :’-( Chorando

:-( Triste ;-) Piscando

:-(( Muito triste :-* Um beijo!

>:-(( Furioso :-| Apático

:-D Sorrindo :-/ Não gostei

:-@ Gritando :-O Surpreso

>:-> Diabólico [ ]s Abraços

b) Os acrônimos

É a abreviação de um conjunto de palavras tomando-se suas iniciais para formar outra palavra. A internet está repleta de acrônimos, como HTML (HyperText Markup Language), FTP (File Transfer Protocol), IRC (Internet Relay Chat), RFC (Request for Comments), e muitos outros. Estes acrônimos foram criados para agilizar a comunicação on-line e isso resultou em expressões abreviadas, que são muito usadas em grupos de discussão e bate-papo. Alguns deles são:

Símbolo Signifi cado

“ ” Asteriscos indicam ênfase na palavra

ABCDE Letras maiúsculas indicam que o interlocutor está gritando

AKA Also know as (também conhecido como)

BRB Be right back (já volto)

BTW By the way (por falar nisso)

CO Conferência on-line

D/I Download

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Símbolo Signifi cado

FYI For your information (para sua informação)

GMTA Great minds think alike (grandes mentes pensam iguais)

ILY I love you (eu te amo)

IMHO In my humble opinion (na minha humilde opinião)

IOW In other words (em outras palavras)

MOTD Message of the day (mensagem do dia)

MSG Mensagem

NRN No response necessary (não precisa responder)

OTOH On the other hand (por outro lado)

POV Point of view (ponto de vista)

RSN Real soon now (logo, logo)

RTM Read the manual (leia o manual)

TTYL Talk to you later (falo com você depois)

U/I Upload

WB Welcome back (bem-vindo de volta)

WTH What the hell (que diabos!)

Também utilizados em bate-papos e e-mails, os acrônimos mais comuns da língua portuguesa, são:

bjs beijos pq porque

cmg comigo q que

kd cadê tb ou tbm também

msg mensagem tc teclar

ñ não td tudo

niver aniversário vc você

p/ para

Na internet e nas mensagens de e-mail que enviamos precisamos ter o que aqui chamamos de netiqueta do correio eletrônico. E, para isso, apresento dois tipos de mensagens de e-mail que aparecem em suas caixas postais, e têm fi nalidades diferentes do spam, quais sejam:

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Os e-mails correntes

São aqueles que pedem para você repassar a mensagem para mais pessoas. Alguns anos antes do surgimento da internet existiam as Cartas de Santa Edwiges, com apelo religioso, que solicitavam a quem as recebesse que fossem redistribuídas 20 cópias, senão todo tipo de azar iria lhe acontecer. Isso era um tipo de carta-corrente. E-mails correntes são a mesma coisa, só que utilizando a internet.

Os boatos (Hoax)

Hoax vem do inglês e signifi ca “boato”. Normalmente é o nome dado às lendas urbanas que circulam na internet, via e-mail. São histórias que trafegam na rede como verdades absolutas, mas geralmente são falsas e alarmantes.

Um caso recente de hoax foi o de um e-mail que circulou na rede, informando sobre um caso que acorreu nos postos de abasteci-mento da multinacional Shell, e dizia que “o telefone celular do cliente que estava abastecendo tocou e ocasionou uma faísca e originou uma explosão”. Isso nunca foi confi rmado pela Shell, muito pelo contrário, foi desmentido.

Pegando carona nestes boatos, vereadores de algumas cidades brasileiras fi zeram leis proibindo o uso do celular em postos de gasolina. Eles têm como forte argumento este hoax e o manual de todo celular, que adverte sobre o uso do celular em ambientes potencialmente explosivos, tais como postos de abastecimento. Esta advertência, na minha opinião, é mais para a segurança do fabricante do celular, ou seja, para se isentar de qualquer culpa caso algo parecido possa ocorrer. É claro que a possibili-dade existe, mais é muito remota. É mais provável que as faíscas ocasionadas pela energia eletrostática do corpo do ser humano ou até mesmo da lataria do carro ou então pelo motor do carro possam ocasionar uma explosão por faiscamento do que aquela originada de um telefone celular, principalmente se este estiver em funcionamento.

Segundo o hoax, quando o celular gera um timbre, isso geraria uma faísca. Os celulares geram um tom de áudio que não podem gerar faísca, principalmente os mais recentes. A probabilidade maior de ocorrer uma faísca no celular seria na troca de sua bateria, ainda assim, muito pequena também.

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Unidade 6

Enfi m, o objetivo de um hoax em si é se reproduzir pânico, utili-zando a boa-fé das pessoas, sem necessariamente ter como objetivo um lucro fi nanceiro. Alguns defi nem o hoax como um

“vírus social”.

Você Sabia?

História do e-mail

Ray Tomlinson, engenheiro do Mas-sachutes Institute of Tecnology (MIT) criou em 1971, pela primeira vez, um programa capaz de enviar pequenas mensagens eletrônicas, e poucos ima-ginariam que por aí correria o futuro.

Ray e outros engenheiros utilizavam uma aplicação específi ca para deixar mensagens dentro da ARPANET (lembra dela?), que era uma rede militar que serviu como protótipo para a nossa atual internet.

Com a tecnologia existente na época, Ray utilizou um protocolo de transferência de arquivos para poder enviar mensagens para toda a rede ARPANET. Ele ainda não sabia como iria separar o username (nome do usuário) do nome da máquina para a qual a mensagem seria enviada. Ele pensou e escolheu o símbolo @ para separar o nome do usuário, da máquina de destino. Dizem que no texto do primeiro e-mail lia-se simples-mente “QWERTYUIOP”, que é a primeira linha (superior) de letras do teclado do micro.

Fonte: http://www.rit.edu/~jkg9634/imm/project2/

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SEÇÃO 4O Usenet

Você já ouviu falar em Usenet? Não? Provavelmente em “grupos de discussão” você já ouviu falar. Nas próximas seções, você vai estudar essas duas questões. Prepa-rado para mais uma etapa?

O Usenet (Users Network) surgiu em 1980 como uma rede . O Usenet era baseado no programa UUCP (Unix to Unix Copy) que vinha incluído em todos os sistemas , cuja populari-dade crescia exponencialmente nesta época. Sua fi nalidade era ligar redes que precisavam discutir e receber atualizações rápidas na confi guração do sistema . Era baseada numa arquitetura muito simples, sem precisar da comutação de pacotes, mas muito fácil de ser realizada. Oferecia apenas os serviços mais simples como correio eletrônico e transferência de arquivos. A rede levou ao estabelecimento de um novo serviço, o “news” que se tornou muito popular e existe até hoje.

O movimento de mensagens começou com poucas mensagens por semana, mas o sistema era tão útil que o movimento rapi-damente se desenvolveu e a Usenet imediatamente expandiu-se para incluir fóruns sobre diversos assuntos, de computadores até fi cção.

No começo, a Usenet estava limitada largamente a instituições educativas, como universidades, centros de pesquisa, além de outras empresas comerciais dotadas de computadores . Hoje, a Usenet cresceu muito e já inclui sites comerciais e de empresas, pelo mundo inteiro, envolvidas em todos os tipos de negócios.

A Usenet é o grande fórum de discussão, que abrange um enorme conjunto de grupos de discussão (newsgroups) em todo o mundo, cada um destes newsgroups é voltado para uma determi-nada categoria.

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Atualmente, existem quase 30.000 grupos. A Usenet é como um mural eletrônico onde é divulgada uma mensagem que é repassada para outras máquinas no mundo todo pela internet. Na Usenet, mensagens são enviadas pelos usuários a servidores de news (notícias), que organizam a distribuição e o armazenamento criterioso respeitando toda a hierarquia defi nida.

Periodicamente ocorrem trocas de mensagens entre os servidores, o que faz com que uma informação postada em um servidor se propague por toda a internet.

SEÇÃO 5Grupos de discussão (newsgroups)

Você sabia que “grupo” de discussão não é a mesma coisa que “lista” de discussão? Sabe responder por quê? Tente responder antes de prosseguir o estudo.

Os newsgroups diferenciam-se das listas de discussão pela sua forma de distribuição. As mensagens das listas são trocadas por meio de e-mail, enquanto que o newsgroups tem um caráter mais institucional.

O que isto quer dizer?

Quer dizer que existe um servidor onde são armazenados estes newsgroups e o usuário, para acessá-lo, deverá ter acesso e este servidor. A escolha das categorias de notícias também é de responsabilidade da instituição. Várias listas de discussão repro-duzem as mensagens de newsgroups.

Na próxima seção algumas categorias e exemplos de newsgroups serão apresentados.

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Os newsgroups são organizados de acordo com os assuntos e áreas específi cos. Na Usenet, existem sete grandes categorias de grupos de discussão:

news: software de rede e temas de interesse de todos os usuários de news;

talk: temas polêmicos ou de discussão aberta; comp: ciência da computação; rec: atividades recreativas; sci: outras ciências; soc: temas relativos a grupos sociais específi cos.

Para poder acompanhar e participar de newsgroups, é necessário estar ligado a uma instituição que receba informação de news-

groups e que o usuário tenha disponível um programa “leitor de news”.

Muitos dos costumes encontrados na Usenet hoje têm suas origens nos dias em que a Usenet era muito pequena e a maior parte de seus sites pertencia a universidades. Estes usuários não gostam que tais costumes e tradições sejam transgredidos de forma alguma, mesmo sabendo que tenham iniciado quando a Usenet era muito pequena e bem diferente do que é hoje. Um desses costumes é a crença de que anunciar com fi ns lucrativos, em grupos de notícias da Usenet, é indelicado.

A publicidade é vista como uma interferência nas discussões de qualquer grupo de notícias específi co, isso não é bem-visto pelos usuários. Cada grupo de notícias (ou grupo de discussões) tem um conjunto específi co de assuntos a serem abrangidos e para que os mesmos funcionem como fóruns de discussão efi cazes, é importante que as pessoas permaneçam concentradas no tema da discussão.

Devido à natureza descentralizada da Usenet, não existe uma pessoa ou organismo que possa controlar o hábito de perma-necer ligado ao assunto da discussão. Cabe a cada usuário ajudar a preservar a cultura da discussão aberta e do livre discurso, não enviando material fora de propósito. Isso é claro, inclui a publi-cidade. A publicidade é uma forma de intromissão fora de propósito e, por isso, é a mais odiada.

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Fazendo uma comparação, imagine a seguinte situa-ção: você trabalha em uma escola onde acontece uma reunião. Nessa reunião, as pessoas estariam discutindo uma certa questão, como por exemplo, conseguir novos livros para a escola. No meio das discussões sobre a maneira de conseguir os livros alguém entra na sala, interrompe todo mundo e apresenta um anúncio de promoção de um supermercado local. Essa pessoa então se retira, sem esperar qualquer comentário. Agora, imagine se isso acontecesse várias vezes, a cada momento que o seu grupo faz uma reunião. Ficaria bem difícil realizar reuniões efi cazes, não é verdade?

Isso nos leva a pensar que seria muito difícil manter interes-santes e úteis os grupos de notícias da Usenet, quando as pessoas inundam os grupos com publicidade. Por isso é que se adota uma netiqueta para os newsgroups.

Você conhece algum grupo de discussão? Participa de algum? Qual é o objetivo de seu grupo de discussão? A que categoria ele pertence? A netiqueta é adotada no seu grupo?

A netiqueta nos newgroups

Tenha respeito: devemos ter cuidado com os nossos comentá-rios para não ofender os outros participantes do grupo. É preciso não esquecer que, num grupo de discussão, podem existir partici-pantes de nacionalidade, raça, crenças, idade e sexo diferentes.

Manisfeste-se com objetividade: antes de manifestar-se no grupo, acompanhe por algum tempo a discussão e leia as mensagens anteriores sobre o assunto. Veja as opiniões já emitidas, para não repetir idéias e comentários.

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Concentre-se no tema: algumas mensagens não precisam ser respondidas publicamente; você pode respondê-las somente ao autor. Participe divulgando informações que considere perti-nentes, procurando sempre focalizar o tema do grupo.

Atualize-se com o FAQ: A maioria dos newgroups possui um documento conhecido como FAQ (Frequently Asked Questions). O é uma lista de questões – com suas respectivas respostas – sobre determinado assunto. Esse documento contém respostas para as perguntas mais comuns sobre o assunto discutido naquele grupo. Servem para evitar que se tenha que responder às mesmas perguntas toda vez que um usuário novo entra na discussão (e faz perguntas que já foram feitas e respondidas diversas vezes, irritando os participantes antigos). O é colocado periodica-mente no grupo. Leia-o antes de sair fazendo perguntas.

Brigas: evite participar de bate-bocas que possam ocorrer no grupo. O melhor a fazer é ignorá-los.

Você sabia?

O primero spam

O primeiro spam, no sentido atual da palavra, foi o famoso Greencard Lottery, enviado pela fi rma de advo-cacia Canter & Siegel em todos os grupos da Usenet, em 12 de abril de 1994. A mensagem falava de uma

“loteria”, supostamente a última, que forneceria Green Cards (vistos de permanência nos Estados Unidos) a 55.000 dos imigrantes que se inscrevessem. Os interes-sados deveriam contatar a Canter & Siegel para maiores informações.

Não é necessário dizer que a mensagem gerou revolta por parte dos usuários da Usenet. Muitos responderam com reclamações e insultos (na época 30 mil e-mails em 18 horas), o que causou um colapso na Usenet, congestionando conexões, derrubando servidores e prejudicando milhares de usuários inocentes. Contudo, Canter & Siegel não se esconderam. Estavam orgulho-sos de seu feito, viraram notícia em jornais e até mesmo escreveram um livro, chamado How to Make a Fortune on the Information Superhighway (Como Fazer uma Fortuna na Supervia da Informação), que foi um grande fracasso.

Fonte: http://www.revistadolinux.com.br/ed/035/assinantes/capa.php3

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Newsgroups versus listas de discussão

No início da seção eu falei que newsgroups e lista de discussão não eram a mesma coisa, certo?

Mas, o que seria então uma lista de discussão?

Uma lista de discussão, podendo ser chamada em inglês de mailing list, discussion list ou mail list, é uma lista de endereços eletrônicos de usuários que se interessam pelos mais variados assuntos. As listas são úteis para obter informações atualizadas, solicitar ajuda para resolver problemas (na área de web design, por exemplo) e manter contato com colegas da mesma área.

Para cadastrar-se é necessário enviar uma mensagem para o endereço do servidor de listas e um comando para assinar uma das listas que estiverem disponíveis. Depois você receberá uma mensagem de resposta do servidor de lista, que deve conter infor-mações sobre as regras de utilização da lista, do assunto discu-tidos e de como fazer para sair dela.

Bem, agora você deve estar pensando: “parece-me, até agora, que lista de discussão e newsgroups são a mesma coisa”. Se você acha que são iguais, você se engana. Entretanto, realmente existem semelhanças, como por exemplo, ter um assunto específi co em cada lista e as informações serem lidas pelo e-mail.

Mas, as semelhanças param por aí. Não se pode dizer que um é melhor que outro, mas é bom você conhecer desde já as dife-renças. Conheça, agora, algumas delas.

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Lista de discussão Newsgroups

Na lista de discussão você recebe apenas uma cópia das mensagens que vão che-gando no seu correio eletrônico enviados pelos membros da lista e escolhe quais as mensagens que você quer ver e qual você quer jogar fora.

No newsgroup todas as mensagens são arquivadas no servidor de newsgroups e você terá de acessar este servidor se quiser ler as mensagens. Depois de um tempo as mensagens são descartadas.

Na lista de discussão apenas um servidor distribui as mensagens. Pode-se ter o mesmo assunto, mas não será originado do mesmo servidor.

No newsgroup as mensagens armazenadas em um servidor podem ser copiadas para outros. Assim, você pode usar um servidor de news para consultas, estejam elas no Brasil ou em outro país

As listas são mensagens que vêm pelo correio eletrônico tradicional. Os protoco-los utilizados são os mesmos do e-mail.

O newsgroups usa protocolos e servidores específi cos. Para consultar um newsgroups você precisa de um programa que se comunique com o protocolo de news.

SEÇÃO 6Bate-papo on-line

Todo dia, milhares de pessoas conectam-se à internet com um só objetivo: conversar com outras pessoas por meio do computador.

Para isso, os internautas acessam alguns dos muitos bate-papos existentes na rede e passam horas jogando conversa fora ou envolvidos em uma discussão de grupo.

Para algumas pessoas, conversar com desconhecidos para conhecer pessoas nesses sistemas de bate-papo on-line tornou-se um vício. Para participar basta escolher um

“nick”, ou seja, um apelido qualquer. Não é preciso se identifi car. Anônimos e seguros, os internautas sentem-se à vontade nestes bate-papos. E há de tudo! Muitos

casamentos já aconteceram entre pessoas que se conhe-ceram nestes ambientes e também muitos outros já acabaram

por causa dessas salas de bate-papos, acredite!

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Unidade 6

Chat

Chat, traduzido para o português signifi ca bate-papo, conversar, palestra, prosear. Estas conversas podem ser desenvolvidas de várias formas tanto na internet, quanto em sistemas de redes locais.

Os chats permitem desenvolver uma conversa em tempo real, com vários participantes, por meio do computador. São canais onde dois ou mais usuários remotos podem conversar utilizando mensagens escritas, áudio e imagem.

Na internet, este serviço pode ser feito de várias maneiras, sendo que as principais são:

o Web Chat em que os usuários utilizam o browser, (Explorer, Mozila etc.) para poder conversar com outros conectados à mesma “sala”;

o IRC (Internet Relay Chat), que é um ambiente de conversação on-line. Mais adiante você poderá conhecer melhor sobre esse ambiente.

Existem duas outras formas de bate-papo que crescem a cada dia, que são:

o MSN Messenger (www.msn.com.br): para estar conectado você precisa ter um e-mail cadastrado no Hotmail (www.hotmail.com.br). Mas, se você não tiver conta no Hotmail, não há problema, basta cadastrar-se no Net Passport (www.passport.net). Após, siga as instruções ao abrir o Messenger para confi rmar o endereço do seu e-mail.

o ICQ (www.icq.com.br) que é da empresa americana América On-line.

Na verdade, o e o são um pouco diferentes dos Web Chat e do , apesar de podermos também manter conversas on-line e em tempo real.

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Você já conhece o MSN ou o ICQ? Você já sabe por que eles são diferentes dos Web Chat e do IRC? Pesquise e descubra. Publique sua resposta na ferramenta Exposi-ção do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA).

No você pode ter interatividade em escrita, áudio e imagem se possuir uma webcam (câmera digital conectada ao compu-tador) e um microfone. Em qualquer lugar que você esteja, seja no Japão ou mesmo no Brasil, poderá conversar com alguém conhecido a um custo de acesso até o seu provedor (lembra?), muito pequeno.

As empresas de telefonia fi xa devem-se preocupar, pois, por quê utilizar telefonemas interurbanos caros, se podemos ver e falar em tempo real a um custo muito menor?

Quando você acessa pelo browser, os chats normalmente estão divididos em salas ou canais que pertencem a um adminis-trador ou são controlados por um operador de canal (op). Estes locais podem, ou não, ser dedicados a assuntos específi cos e cada participante escreve uma frase que é enviada para a sala, sendo esta vista por todos os participantes. Se quiser, pode também comunicar-se reservadamente com um dos participantes.

Acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e envie uma mensagem de e-mail aos seus colegas de turma por meio da ferramenta Correio. Convide-os para um bate-papo informal na ferramenta Chat. Não esqueça de deixar bem claros o dia e a hora desse

“encontro virtual”.

Para conversar num chat o usuário precisa ter um nick, isto é, um apelido, que vai ser o seu nome no decorrer da conversação. No caso de chats de grupos fechados – como o de sua turma no curso, por exemplo – existe uma diferença, pois o usuário, muitas vezes, não tem a opção de escolher um apelido.

Para participar dos chats do curso, que acontecerão no Ambiente Virtual de Aprendizagem da UnisulVirtual, sua identifi cação é aquela que foi registrada em sua matrícula.

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O nick em chats de bate-papos, pode ser o nosso verdadeiro nome mas, normalmente, costuma ser um nome fi ctício que dá ao usuário um anonimato que lhe permite uma maior abertura ou a criação de um personagem, se assim o desejar. Às vezes, há usuários com nicks femininos que são pessoas do sexo masculino, e vice-versa. Já foi possível perceber que este gênero de conver-sação abre inúmeras possibilidades ao usuário, mas também pode ser um “tiro no escuro”, pois surpresas podem ocorrer. Não obstante a possibilidade de manter o anonimato, algumas regras de conduta devem ser obedecidas como veremos a seguir.

Chatiqueta

Como parte integrante da web, os chats estão sujeitos às mesmas regras de conduta que discutimos até agora. Neste caso, como você irá comunicar-se com pessoas, independentemente de conhecê-las ou não, você deve portar-se de maneira educada, ou seja, as referências de conduta são as mesmas válidas na sua vida real.

Mas, afi nal de contas, você sabe que o mundo virtual não é o real, logo, as mesmas regras de conduta, recomendadas não se encaixam totalmente nesta forma de comunicação. Assim, é necessário falar sobre o que aqui chamaremos de chatiqueta.

Bem, você já sabe o que é netiqueta, logo já deve imaginar o que deva ser a chatiqueta. Chamamos de chatiqueta o comporta-mento adequado nos bate-papos. Mais especifi camente, funciona como: “normas de etiqueta que devem reger as comunicações nos programas de comunicação interativa da internet”.

Apresentamos abaixo algumas destas normas de etiqueta, mais especifi camente referentes aos bate-papos:

a) Respeito

Seja respeitoso com os outros participantes. Se algum partici-pante lhe desrespeitar, ignore-o, ao invés de fi car argumentando com ele. Evite usar linguagem de baixo nível, pois você pode ofender os outros participantes da conversa.

Fonte: http://www.geocities.com/Hollywood//chatt.htm

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b) Acessando um chat (ou sala)

Quando entrar em uma sala, você pode tirar alguns minutos para sentir o clima da conversa antes de entrar no assunto. Se não gostar do tema da sala, simplesmente saia. Se você decidir fi car, envie a todos os participantes uma mensagem de cumprimento. Ela pode ser retribuída, mas não espere que todos o façam, prin-cipalmente em locais com muitos participantes. Quando sair do bate-papo, despeça-se com e por educação.

c) O anonimato

Os chats oferecem a todos a possibilidade de uma forma anônima de participação, ou seja, você não será identifi cado, a menos que deseje fazê-lo. Mas, cuidado! Você não é totalmente anônimo. Muitas salas de chats possuem arquivos de programas que fazem todo tipo de interação. Então, enquanto você está conectado (logado) o servidor do chat tem como gravar o da sua máquina e, em muitos chat, como o , seu aparece para os outros participantes da sala. Por isso, mesmo com o anonimato, não se deve usar linguajar agressivo ou ofender as pessoas. Atitudes desse tipo somente mostram a sua falta de educação. Lembre-se, você nunca está totalmente anônimo!

Você sabia?

Em muitos cybers – locais onde pessoas podem ter acesso a computadores conectados à internet – espa-lhados pelo mundo, para você conectar-se a internet, é necessário fazer um cadastro com seus dados pessoais. Este tipo de providência começou nos EUA, onde crakers, no início da internet, utilizavam estes ambien-tes para invadir sistemas sem serem descobertos, pois invadiam e depois desapareciam. Como não havia um cadastro fi cava difícil saber quem utilizou o computa-dor. Com o cadastro era possível rastrear e saber quem era a pessoa (ou cracker) que utilizava aquele compu-tador, naquele dia e hora, e chegar até o mesmo. Aqui no Brasil, são poucos os cybers que adotam este tipo de procedimento. Em muitas livrarias, por exemplo, você pode usar computadores conectados à internet sem sequer lhe perguntarem o nome. Em países como o EUA e Japão em qualquer cyber com acesso à internet que você vá, é preciso mostrar seus documentos e se cadastrar. Pode ter certeza de que lá, você nunca será um anônimo!

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Unidade 6

d) O nickname

É a mesma coisa que nick (apelido, em inglês). Apesar de toda a liberdade na sua escolha, evite palavras de baixo nível ou de duplo sentido, certamente isso poderá fazer com que você seja isolado pelos demais. Uma vez escolhido um nick é interessante mantê-lo, pois você acabará sendo reconhecido por ele. Pelo fato de você, muitas vezes, não poder fazer contato visual com a pessoa com quem conversa no chat, tome cuidado, pois há pessoas que enganam, dizem coisas que não correspondem com a realidade/verdade.

Você utilizará esta forma de comunicação para discutir algum tema com seus colegas e com o professor-tutor durante o curso. Você já tinha pensado nisso? Mas, nesse caso, você não precisará criar um nick, certo? Acesse, no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), a Unidade 6 da disciplina. Lá você vai encontrar uma proposta para um “bate-papo virtual” com os colegas de curso e com o professor-tutor.

IRC (Internet Relay Chat)

O foi criado por Jarkko Oikarinen, na Finlândia, em 1988. Dentre os chats existentes, é um dos mais conhecidos e utilizados. Neste sistema de conversa, via computador, a conversação é feita, como nos outros chats, em tempo real e nela podem participar várias pessoas, simultaneamente. Existem vários canais dedicados a assuntos específi cos.

Para participar, é preciso ter um programa adequado. Depois, basta escolher o nick. Sobre os softwares usados no , existem vários e com diferentes características. O software cliente (que é usado para conectar-se ao servidor) mais utilizado é conhecido como mIRC (www.mirc.com). Este programa é de distribuição gratuita e pode ser obtido em vários sites: http://www.mirc.co.uk e http://www.tucows.com, por exemplo.

É preciso, portanto, um programa cliente que permite acesso ao computador servidor de onde escolheremos a sala de conversa (Canal de ou Channel) que queremos participar. Após, defi niremos o nosso nick e, claro, conversaremos com os outros participantes.

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De acordo com a revista “O Guia Internet.br” (1996):

O sucesso do é impressionante! Ele é conhecido como a manifestação da internet mais “viciante”.

“Conversar” com diversas pessoas espalhadas pelo mundo sem que elas sequer possam ouvir a sua voz, é algo muito atraente. […]”Eles viram elas, elas viram eles, e todos passam a ser perfeitos, lindos e maravi-lhosos. Quem nunca sonhou com isto? [sic]

Noções importantes no IRC

Existem algumas noções básicas para conversar no . Em seguida, explicarei alguns termos básicos que você deve conhecer.

“tc” – abreviatura de teclar. É um termo muito utilizado; trata-se de um acrônimo, como você já viu nesta unidade. Mas, vale lembrá-lo, pois é muito utilizado pelos usuários dos chats. Por exemplo: “Quer tc comigo?”; quer dizer:

“Quer conversar/falar comigo?”.

“op” – surge no canal ou sala com o símbolo @, no início do nickname. Um “op” é um operador de canal e é o que tem mais poder entre todos os usuários do mesmo. Alguns dos poderes do “op” são fazer “kicks” e “bans”.

“kick” – pontapé. Se um “op” fi zer “kick” você estará fora da sala. Mas poderá, no entanto, entrar novamente no canal ou sala em questão.

“ban” – banir. Quando é banido do canal pelo “op”, o usuário não consegue acessar novamente a sala.

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Unidade 6

SEÇÃO 7A netiqueta da World Wide Web

Também existe uma netiqueta para as ’. Veja a seguir algumas dicas de “webiqueta” para as páginas web que você estiver fazendo:

a) Imagens muito grandes nas páginas web não são aconse-lháveis. É preferível ter pequenas imagens onde o usuário possa clicar para aumentar apenas a imagem escolhida. Alguns usuários não disponibilizam taxas elevadas de acesso à internet (como num acesso por modem no micro) e a transferência destas imagens pode demorar muito tempo.

b) Ao inserir arquivos de vídeo ou som, procure sempre mostrar o tipo de arquivo (Ex: Jpeg, Gif etc) e o seu tamanho (ex: 10 kb ou 2 Mb), para que o usuário possa fazer uma estimativa onde poderá armazená-lo e o tempo que demorará para transferí-lo.

c) Nas , utilize nomes o mais simples possíveis, evitando “jogos” de letras maiúsculas e minúsculas. Alguns desen-volvedores não sabem que a maior parte dos servidores são sensíveis ao tipo de letra (maiúscula ou minúscula).

d) Uma que contenha apenas imagemap (imagem clicável) e nenhum texto, poderá ser inútil para os usuários que não tenham acesso a um browser (visuali-zador de ) em modo gráfi co. Inclua sempre opções textuais nos seus documentos.

e) Os autores de páginas web deverão sempre proteger seus documentos com os símbolos ™ Trademark ou © Copyright. O desrespeito às leis de copyright e a dispo-nibilização de material obsceno na podem violar leis locais, nacionais ou internacionais. Os autores de

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páginas web serão sempre os responsáveis por aquilo que colocam à disposição ou permitem consultas por outros usuários.

f ) Se incluir o no fi nal da página web, os usuários que imprimirem as suas páginas saberão sempre onde as poderão consultar no futuro, por exemplo, = http://www.virtual.unisul.br.

g) Sempre que possível, os autores de páginas web deverão indicar a data da última atualização dos seus documentos para que os outros usuários possam saber qual é a “idade” da informação acessada. Deverão, também, incluir um endereço eletrônico no fi nal de cada página web, pois um usuário poderá querer contactá-lo sobre o documento.

Baseado na mais importante característica da internet que é a liberdade, deve-se, assim mesmo, defi nir regras e ao mesmo tempo permitir que os usuários defi nam seus próprios limites. A internet, para muitos, é como uma “válvula de escape” da pressão que a sociedade exerce sobre a vida do indivíduo.

Os dez mandamentos de comportamento ético na internet.

1. Não use o computador para prejudicar as pessoas. 2. Não interfi ra no trabalho de outras pessoas. 3. Não se intrometa nos arquivos alheios. 4. Não use o computador para roubar. 5. Não use o computador para obter falsos testemunhos. 6. Não use nem copie softwares pelos quais você não pagou. 7. Não use os recursos de computadores alheios sem pedir permissão. 8. Não se aproprie de idéias que não são suas. 9. Pense nas conseqüências sociais causadas pelo que você

escreve. 10. Use o computador de modo que demonstre consideração e

respeito.

Fonte: http://www.fau.edu/netiquette/net/ten.html

Todos os usuários são responsáveis pelo uso correto da internet, pois ela é um dos meios de comunicação com maior nível de liberdade. A utilização adequada e consciente dessa liberdade mostra que não há necessidade de nenhum tipo de censura, pois exercitar a liberdade com responsabilidade é o mais importante.

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Unidade 6

Síntese

Nesta unidade você estudou e aprendeu como a internet mudou o comportamento das pessoas com relação à comunicação verbal e escrita.

Você viu que a netiqueta é a palavra que se refere à conduta e ao comportamento dos usuários da internet. Em outras palavras, seriam regras que os usuários devem seguir para que haja harmonia e boa convivência neste mundo virtual. Além da netiqueta, observou-se que os bate-papos também possuem regras de conduta que devem ser seguidas para melhor facilitar o convívio entre os participantes.

Além disso, viu que uma linguagem diferenciada de nossa sintaxe foi criada pelos usuários de bate-papos, para tornar a comuni-cação mais rápida. Existe uma nova ordem na gramática portu-guesa: antes da internet e depois da internet.

A internet pode ser hoje uma importante fonte de pesquisa e de solução de problemas (principalmente os informáticos) para muitos usuários, que podem utilizar as listas de discussão e os newsgroups.

Para fi nalizar, você teve oportunidade de conhecer algumas dicas relativas à netiqueta adequadas para a construção de um site e, também, os mandamentos do comportamento ético na internet.

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Universidade do Sul de Santa Catarina

Atividades de auto-avaliação

1) O que é a netiqueta? Cite alguns exemplos.

2) Qual a diferença entre shareware e freeware?

3) O que são os Hoaxs?

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Introdução à Internet

Unidade 6

4) Quais as semelhanças e diferenças entre newsgroups e lista de discussão?

5) Pesquise e defi na, com exemplos, o que são os chats de grupos fechados.

Saiba mais

http://www.tche.br/indice.html http://www.fau.edu/netiquette/net/ http://www.mail-archive.com/[email protected]/msg00001.html

http://profi tpart.com.br/virinfo/correio.htm http://pesquisaescolar.com.br/profi ssao/discussao.htm

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Objetivos de aprendizagem Conhecer as diversas formas de acesso à internet e suas taxas de transmissão.

Conhecer as tendências tecnológicas da internet.

Seções de estudoSeção 1 Internet pelo celular.

Seção 2 Internet móvel.

Seção 3 Redes locais (WLAN).

Seção 4 Redes sem fi o (WMAN).

Seção 5 Um futuro de novas aplicações wireless.

UNIDADE 7

Tendências tecnológicas 7

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Para início de conversa...

O acesso à internet em qualquer lugar e hora é o desejo dos usuários que possuem celulares, laptops e s, ou seja, signifi ca acessar a internet fora de seu ambiente de trabalho também!

Atualmente, por meio das redes de celulares e das redes sem fi o, é possível trabalhar onde você estiver. A tecnologia agregada à mobilidade está hoje em franco crescimento e mostra que o ser humano a cada dia incorpora a internet a sua vida. Utiliza-se a internet para ver programação de cinema e comprar ingressos, para fazer transações bancárias, para estudar, para conversar etc. Bem, até aí nada de diferente, se não fosse fazer isso em qualquer lugar e hora e com altas velocidades de transmissão.

Nesta unidade estudaremos algumas destas tendências, que é o acesso à internet sem fi o e a mobilidade agregada a ela. Esperamos que você aprecie esta unidade e que comece a se acostumar com algumas siglas e palavras que, muito em breve, estarão no seu vocabulário, como: Wireless, Bluetooth, Wi-Fi,

WiMax, WLAN, WMAN, entre outras.

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Introdução à Internet

Unidade 7

Seção 1Internet pelo celular

As empresas de conteúdo em ambientes de internet passaram por uma crise há alguns anos atrás e agora começam a se recuperar fi nanceiramente. Daquelas empresas que conseguiram sobreviver à crise, quase que a totalidade, reconhecem a importância de aumentar a integração da internet com a telefonia celular.

E você, sabe por quê?

É simples, isto ocorreu porque, nos últimos anos, a penetração de celular foi maior e tem crescido mais rapidamente do que a tecnologia de computadores, sem contar que na internet os usuários se acostumaram a acessar as páginas de graça. Na telefonia celular todo serviço tem um preço, o que a torna atraente para provedores de conteúdo.

Já chegamos na casa do 65,6 milhões de celulares no Brasil (fonte:Anatel/Jan. 2005). O telefone celular está com aparência e funcionalidade cada vez mais parecidas com as do computador.

Muitos fabricantes e provedores já apostam nos novos serviços e aplicações móveis que vão além de voz. Essas aplicações estão aumentando o crescimento do tráfego de informação no mundo sem fi o. Atualmente, já temos algumas aplicações como: envio de notícias, envio de foto, envio de música em 3, jogos, bate-papo, correio eletrônico e serviços de localização.

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O início da internet no celular....

Muitos dos que não acreditavam na internet, deram-se mal. Quando surgiu a internet no celular, todos aqueles que acredi-taram – e os que não acreditaram – investiram na plataforma . No entanto, ela foi um fracasso. Mas, antes de explicar porque foi um fracasso, conheça um pouco sobre o início do .

Como surgiu a tecnologia WAP?

O Fórum (www.wapforum.org) foi fundado em 1997 pelos fabricantes Ericsson, Motorola, Nokia e Unwired Planet e com vistas a desenvolver as facilidades para acesso a internet pelas suas aplicações portáteis. As normas e regulamentações do protocolo são compatíveis com as Internet Standards da W3C – World Wide Web Consortiun (www.w3c.org).

O que é o protocolo WAP?

WAP é a sigla em inglês para Wireless Application Protocol. Trata-se de um protocolo de comunicação para dispositivos portáteis do tipo sem fi o, que se utilizam de mini browsers, tais como os telefones celulares.

O protocolo é uma aplicação XML e foi projetado para apre-sentar conteúdos web nos dispositivos portáteis sem fi o.

Com essa nova tecnologia todos podem ler notícias, índices fi nanceiros e até mesmo transações bancárias.

Os protocolos desempenham funções análogas aos proto-colos de internet, porém levam em conta as peculiaridades dos dispositivos que vão manipular as informações: pequena largura de banda, pequenas dimensões das telas, acesso sem fi o etc.

XML: é um anagrama cujas letras vêm de eXtensible Markup Language, o formato universal dos documentos e dados disponíveis na internet. Designa um formato de documento para a web mais fl exível do que o HTML, permitindo documentos mais ricos, funcionais e com elementos de interatividade. Criado por uma recomendação formal do World Wide Web Consortium (WC), o XML usa os mesmos princípios da linguagem HTML e do uso de determinadas marcas para descrever as páginas web.

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Unidade 7

Podemos dizer, por exemplo, que na web usamos o HTML para apresentar informações e o JavaScript para processar dados do lado cliente. No WAP estas funções são desempenhadas pelo WML (Wireless Markup Lan-guage) e pelo WMLScript (Wireless Markup Language Script), respectivamente.

No fi nal do ano 2000, estimava-se que o número de usuários atingiria 2% dos usuários de celular do Brasil (em torno de 450 mil usuários). No entanto, esta perspectiva não se confi rmou, pois o que mais difi cultou a disseminação do serviço foi o custo dos aparelhos celulares que suportavam esse serviço. Além disso, os displays dos celulares eram, normalmente, de tamanhos reduzidos e você tinha que fazer “acrobacias” para entrar no browser. Mas, o principal fator agravante, que inviabilizou o crescimento das aplicações , foram as baixas velocidades dos acessos (9,6 Kbps e 14,4 Kbps) e a tarifação por minuto do uso do celular para acessar a internet via .

O que é um mini-browser?

Os browsers Internet Explorer e Mozila, por exemplo, inter-pretam páginas da internet em s. Um mini-browser é um software similar, ainda que muito mais simples, criado para funcionar em celulares e outros aparelhos sem fi o, interpretando páginas .

O que é o WML?

O é a linguagem utilizada para construir os decks (minisites acessíveis por celulares), que são divididos em telas ou páginas conhecidas como cards. Baseada no (Extensible Markup

Language), sua especifi cação foi desenvolvida e é mantida pelo Fórum. Existem diversos sites que falam sobre e também sobre Script, o equivalente ao JavaScript na versão , como você acabou de ver.

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A tendência futura de comunicação é a do tipo pessoa-pessoa pela internet, com endereçamento pessoal, com serviços “sempre conectados” e acessados por meio de terminais móveis.

Veja na fi gura a seguir um terminal celular acessando a internet móvel.

Figura 7.1 Topologia de uma rede celular acessando servidor de aplicações mobile-web

SEÇÃO 2Internet Móvel

O que é internet móvel?

Você estudou até agora a questão da internet nos celulares, mas ter internet móvel não signifi ca que só poderá ser acessada pelo celular. Eu diria que a mobilidade com internet móvel é uma forma inteligente de utilizar as principais tecnologias disponí-veis hoje em dia, ou seja, disponibilizar informação a qualquer momento, em qualquer lugar, utilizando-se de novos dispositivos como: , computadores portáteis (notebooks) etc.

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Unidade 7

PDA

Os dispositivos conhecidos como PDA (Personal Digital

Assistant) – traduzindo seria assistente pessoal digital – ou, ainda, conhecido como handheld, são unidades portáteis que se assemelham a sofi sticadas agendas pessoais. Mas, possuem diversas outras aplicações, como suporte à comunicação por infravermelho, suporte e periféricos diversos processamento de programas, reconhecimento de escrita, o que permite a interação homem-máquina sem digitação, podendo fazer interconexão com um computador pessoal e uma rede sem fi os – Wi-Fi – para acesso a correio eletrônico e internet. Os s mais modernos possuem uma grande quantidade de memória e diversos softwares para várias áreas de interesse. Os modelos mais sofi s-ticados possuem modem (para acesso à internet), câmera digital acoplada, tela colorida, rede sem fi o embutida etc.

Atualmente, duas famílias principais de têm destaque no mercado: os Palms e os Pockets PC.

Os Palms utilizam o sistema operacional Palm OS da PalmSource (http://www.palmsource.com).

Os Pockets PC utilizam o sistema Pocket PC (antigo Windows CE - http://www.microsoft.com/mspress/brasil/subjects/subjectwc_p1.htm) da Microsoft, que é compatível com o Windows e foi adotado por uma gama bem variada de fabricantes de s.

Com a tecnologia celular crescendo e a dos s também, foi desenvolvido o Smartphone (telefone inteligente) que inova na área de tecnologia de telefonia móvel combinando o melhor de voz móvel e comunicação de dados com o melhor de software de administração de informação pessoal. Assim, os Smartphone

integram funcionalidades de com aplicação de voz. Possuem um tamanho compatível com os telefones celulares atuais e um teclado complementar de dados. Dentre as principais aplicações do Smartphone estão o acesso à internet por meio de protocolos padrões e suporte a aplicações multimídia, como música 3 e vídeo digital.

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Redes Wireless

A história da tecnologia Ethernet se inicia a partir de um projeto desenvolvido pela universidade do Hawai, no início dos anos 70, que fi cou conhecido como “Aloha”. Este projeto nada mais era que uma rede sem fi o operando a 4,8 Kbps, com transmissão em pacotes via rádio. Esta rede permitia a comunicação de um número limitado de estações dispersas em diferentes ilhas do Hawai. O termo rede wireless se refere à comunicação sem cabos ou fi os e utiliza freqüências de rádio.

Por exemplo, internet sem fi o.

Afi nal, o que vem a ser uma rede wireless?

É uma rede implementada sem a utilização de cabos instalados sobre paredes e pisos para se interligar a estações. Normalmente é uma extensão ou uma alternativa à rede cabeada. Todos os serviços e capacidades são preservados. Utiliza tecnologia de rádio freqüência para transmitir e receber voz, dados, imagens, internet etc.

Atualmente, tem-se o padrão de rede wireless 802.11 que é uma especifi cação das redes locais sem fi o que mais cresce no Brasil e no mundo.

Mais adiante, nesta unidade, você poderá saber mais sobre este tipo

de rede.

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Unidade 7

Redes Pessoais (PAN)

A Rede PAN (Personal Area Network) ou Rede de Área Pessoal, é uma rede de computadores pessoais, formada por “nós” (disposi-tivos conectados à rede) muito próximos ao usuário (geralmente em metros). Estes dispositivos podem pertencer ao usuário, ou não. Estas redes já são bastante usadas, mas são limitadas pelo seu pequeno alcance. Encontram-se, principalmente, em computa-dores portáteis, s, telefones móveis celulares, algumas impres-soras, player, player etc.

Como exemplo, podemos imaginar um computa-dor portátil conectando-se a um outro, e este a uma impressora. O Bluetooth é uma tecnologia usada para este tipo de comunicação entre pequenos dispositivos de uso pessoal.

Bluetooth

É uma tecnologia destinada a servir como padrão universal de conexão entre equipamentos, ou entre equipamentos e seus peri-féricos por meio de freqüências de rádio.

Foi desenvolvida inicialmente pela Ericsson (www.ericsson.com) e mais tarde foi criado o Bluetooth Special Interest Group (SIG), um consórcio estabelecido pela Sony Ericsson, , Intel, Toshiba e Nokia.

Os periféricos interconectados podem ser desde terminais móveis a impressoras, laptops, computadores pessoais, s, aparelhos de som doméstico de alta fi delidade. A grande maioria dos celulares atualmente já possui bluetooth embutido no telefone

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Figura 7.2 Rede PAN. Laptop com bluetooth conectando-se com vários outros dispositivos.

Você sabia?

O nome Bluetooth foi escolhido para este padrão em homenagem ao rei medieval dinamarquês Harald Blaatand II ou Bluetooth (1940-1981). Esse rei se tornou notável por sua luta para unifi car a Dinamarca e a Suécia, da mesma forma que engenheiros que idealiza-ram a tecnologia lutaram pela padronização internacio-nal do Bluetooth.

SEÇÃO 3Redes locais sem fi o (WLAN)

Nas redes locais sem fi o temos o padrão 802.11 que é uma “família” de especifi cações desenvolvidas pelo Institute of Eletrical and Eletronics Engineers () para redes wireless . A Sigla signifi ca “Local Area Network”.Trata-se de uma rede que se destina a locais pequenos, como um escritório de um edifício, onde a conexão entre as estações é feita por meio de ondas de rádio.

Dentre as famílias 802.11, para conexões locais, destacaremos a seguir, três delas:

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Unidade 7

a) Redes 802.11b (Wi-Fi)

Alcança uma velocidade de 11 Mbps, padronizada pela , e uma velocidade de 22 Mbps, oferecida por alguns fabricantes não padronizados. É a solução dominante para as s sem fi o. Opera dentro da freqüência de 2.4 GHz, disponível em muitas partes do mundo. Inicialmente, suporta 32 usuários por ponto de acesso (). Um ponto negativo neste padrão é a alta interfe-rência, tanto na transmissão quanto na recepção de sinais, porque funciona a 2,4 GHz, o mesmo dos telefones sem fi o, fornos de microondas e dispositivos Bluetooth. O lado positivo é o baixo preço de seus dispositivos, a gratuidade da banda e a disponibili-dade também gratuita em todo mundo.

O padrão 802.11b é também conhecido como Wi- Fi, que em inglês signifi ca Wireless Fidelity. A tecnologia Wi-Fi avança nos hotéis, aeroportos e cafés, permitindo que usuários com um laptop acessem a internet sem fi o. No Brasil, as universi-dades aparecem como um grande fi lão para esta tecnologia, pois reúnem um público que pode ter acesso a um computador móvel e podendo desfrutar desta possibilidade.

Em algumas universidades e escolas o Wi-Fi veio para comple-mentar o ensino de forma inovadora, bem como atender o perfi l de quem lá estuda. A Unisul, por exemplo, já dispõe, em alguns campi, desta tecnologia de acesso da internet sem fi o e interli-gação entre redes.

Como surgiu o Wi-Fi?

É um grupo de mais de 70 membros, incluindo: 3Com, Lucent, Cabletron, Aironet, Dell, Proxim etc.

Para assegurar a compatibilidade dos vários equipamentos baseados no standard 802.11, a Wi-Fi Alliance (http://www.wi-fi .org) criou o logo Wi-Fi certifi ed, que garante que o produto foi exposto a exaustivos testes de qualidade e compatibilidade com os outros produtos wireless do mercado. O propósito disto é garantir a interoperabilidade dos produtos 802.11b dos diversos fabricantes. Os produtos passam por testes de interoperabilidade para obter certifi cação Wi-Fi.

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O Objetivo do Wi-Fi seria a Ethernet para . Produtos Wi-Fi devem ser interoperáveis nas funções básicas de conectivi-dade, criptografi a e roaming.

Ultimamente, a tecnologia Wi-Fi tem ganhado muita aceitação em muitas companhias como alternativa de rede , e até mesmo para utilização em redes “caseiras”. Dizemos isso, pois é perfeitamente possível você ter em sua casa um acesso banda larga em e conectar o cabo que iria para o micro a um Access

Point (ponto de acesso – veremos a seguir nesta unidade) e por meio de um laptop e um cartão de acesso conectar-se à internet a uma taxa de até 11 Mbps.

Redes 802.11g

O padrão 802.11g funciona na mesma faixa de 2,4 GHz do 802.11b e cobre a mesma área (até 120 metros), mas oferece taxa de transmissão cinco vezes maior, de 54 Mbps. Além disso, o 802.11g usa tecnologia de modulação mais avançada, que melhora a qualidade dos sinais.

Baseia-se na compatibilidade com os dispositivos 802.11b e oferece uma velocidade de 54 Mbps. Funciona na faixa de freqüência de 2,4 GHz, a mesma do 802.11 b (Wi-Fi). A cobertura da área é a mesma, mas como já dito, oferece taxa de transmissão cinco vezes maior, de 54 Mbps. Dispõe dos mesmos inconvenientes do padrão 802.11b (incompatibilidades com dispositivos de diferentes fabricantes). As vantagens também são as mesmas do 802.11b, no entanto, há maior velocidade.

Redes 802.11a

Chega a alcançar velocidades de 54 Mbps dentro dos padrões da e de 72 a 108 Mbps por fabricantes não padronizados. Esta rede opera na faixa de freqüência de 5 GHz e, inicialmente, suporta 64 usuários por ponto de acesso (). Suas principais vantagens são a velocidade, a gratuidade da freqüência que é usada e a ausência de interferências, pois a faixa de 2,4 GHz já está muito “poluída”. Sua maior desvantagem é a incompatibili-dade com os padrões 802.11b e g.

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Unidade 7

Dispositivos para Rede Wireless LAN

Os principais dispositivos são:

1. Cartões de Rede: são os dispositivos integrados ao nosso computador e conectados através de um conector ou . Substituem o cabo Ethernet. O cartão serve para receber e enviar informações do nosso computador. A velocidade de transmissão/recepção dos mesmos é variável dependendo do fabricante e dos padrões utilizados.

2. Pontos de Acesso (PA) ou Access Point: são encarregados de receber a informação dos diferentes computadores da rede wireless. O centraliza e encaminha a infor-mação para o computador solicitado. A velocidade de transmissão/recepção também é variável dependendo do fabricante e dos padrões utilizados.

Veja na fi gura a seguir um notebook com um cartão wireless conectando-se a um ponto de acesso.

Cartão PCMCIA

Ponto de acesso (PA)

Conectando ao ponto de acesso (PA)

Figura 7.3 Conexão de um laptop com um ponto de acesso.

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SEÇÃO 3Redes metropolitanas sem fi o (W-MAN)

Agora temos uma outra família de tecnologias que atende como WMAN (Wireless - Metropolitan Area Network) ou Rede sem fi o de Área Metropolitana, que é também conhecida como o padrão Wireless . A área de abrangência é maior que a , neste caso a área poderia ser, por exemplo, uma cidade.

O exemplo mais conhecido de uma MAN são as redes de televisão a cabo disponíveis em muitas cidades.

A partir do momento que a internet atraiu uma audiência de massa, as operadoras de redes de a cabo começaram a perceber que, com algumas mudanças no sistema, elas poderiam oferecer serviços da internet. Os desenvolvimentos mais recentes para acesso à internet de alta velocidade sem fi o resultaram em outra , que foi padronizada como 802.16. O padrão 802.16 defi ne a especifi cação de interface aérea do Wireless , ofi cial-mente conhecido como o padrão WMAN (Wireless Metropolitan

Area Network). Este padrão de acesso de banda larga sem fi o poderá tornar-se o elo que faltava para atender à necessidade de conexão de redes de área metropolitana () sem fi o.

802.16a

A extensão 802.16a, ratifi cada em janeiro de 2003, usa uma freqüência baixa de 2 a 11 GHz, possibilitando assim as conexões sem contato direto. Este é um grande avanço no que se refere ao acesso à banda larga sem fi o porque o contato direto entre o ponto de transmissão e a antena receptora não é mais necessário. Com o 802.16a, mais clientes serão conectados a uma torre única e o custo do serviço será substancialmente reduzido, podendo atingir uma taxa de 75 Mbps.

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Unidade 7

802.16e

O grupo de trabalho mais recente do 802.16e está usando as novas capacidades desta tecnologia para desenvolver uma espe-cifi cação para clientes 802.16 móveis. Estes clientes poderão passar dados entre estações base 802.16, habilitando os usuários se deslocarem da sua área de serviço para uma outra (roaming). Num futuro próximo recursos do 802.16e estarão embutidos nos s e laptops.

O que é o WiMax?

WiMax Fórum (Worldwide Interoperability for Microwave Access) é uma corporação sem fi ns lucrativos que tem como objetivo ajudar a promover e certifi car a compatibilidade e a interoperabilidade de produtos de banda larga sem fi o, em que os mesmos deverão estar em conformidade com os padrões 802.16.

A família 802.16a utiliza a faixa de freqüência de operação de 2 - 11 Ghz e o a 802.16e a faixa de 2 - 6 Ghz, sendo que a 802.16a pode atingir taxas de até 75 Mbps e 802.16e até 15 Mbps. Nas duas famílias 802.16a e 802.16e a transmissão é do tipo ponto-multiponto.

Bem, o que seria isso?

Signifi ca que teríamos uma antena transmitindo para vários usuários, é que esta taxa seria compartilhada entre todos. No caso da família 802.16a, os usuários seriam fi xos e na família 802.16e os usuários seriam móveis.

Que tipo de informação seria possível transmitir neste padrão?

Seria possível transmitir internet e suportar uma variedade de serviços tais como: voz, serviços multimídia, imagens e vídeos.

Então, você deve estar se perguntando, e as redes celulares não vão fazer isso também, ou melhor, já não fazem isso?

Sim, já fazem e fi carão mais velozes com o passar dos anos.

Então, estas redes WMAN serão fortes concorrentes das redes celulares?

Eu penso que sim!

(www.wimaxforum.org).

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E você, o que acha deste cenário? Você já parou para pensar sobre isso?

Atualmente, as companhias de telefonia fi xa e móvel não estão vendo estas redes como uma ameaça ao seu mercado. O tempo dirá se elas estão corretas ou não.

O padrão WiMax ainda não foi homologado. A previsão é que o seja a partir de 2006. No Brasil, o Centro de Pesquisa e Desen-volvimento (CPqD - www.cpqd.com.br) fi rmou uma parceria com a Intel (www.intel.com/portugues/pressroom), que é uma das grandes incentivadoras do WiMax. Essa parceria tem como objetivo o desenvolvimento conjunto para oferecer soluções de redes sem fi o baseadas na tecnologia WiMax.

Uma coisa é certa, pelo menos nós os usuários, sairemos ganhando, pois teremos concorrência e a oferta será maior. É aguardar para ver!

SEÇÃO 5Um futuro de novas aplicações wireless

Dispositivos interativos

Com o intuito de atender aos anseios dos consumidores pessoas físicas, os fabricantes de dispositivos de acesso móvel têm procurado desenvolver produtos destinados a atrair a atenção de um público cada vez mais amplo, que atendam às exigências mais particulares de cada tipo de consumidor.

Desta forma, os produtos e aplicações para suportar o acesso e a interação das redes móveis, os chamados terminais, são diversi-fi cados em suas fi nalidades, formatos e capacidades. São desen-volvidos terminais móveis e pessoais para suportar: uso múltiplo com terminal multimídia móvel e máquina fotográfi ca digital, ou suporte a opções de execução de música digital, como 3 e rádio on-line pela internet. E oferecem aos adolescentes a chance para “baixar” jogos e executá-los no terminal, bem como parti-cipar de jogos on-line.

No site da Intel podem ser encontradas mais informações sobre este projeto conjunto com o CPqD. www.intel.com/portugues/pressroom/releases//d.htm.

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Unidade 7

Neste cenário, a interface de exibição e o sistema de menu intera-tivo serão da maior importância para o sucesso do produto, entre outras características. Temos aí uma oportunidade de trabalho para os desenvolvedores deste tipo de interface.

E no futuro....

Imagine um cenário em uma praia paradisíaca e uma mulher deitada sobre a areia tomando sol. Aparentemente dorme. Repentinamente, um ruído estridente sai de sua bolsa que está ao lado. A mulher acorda e logo pega um pequeno terminal do tamanho de um maço de cigarros e lê mensagens sinalizadas por um servidor da companhia de serviços da qual ela é usuária.

Uma das mensagens avisa sobre o recebimento em sua “caixa postal” eletrônica de novas mensagens de áudio/texto/vídeo, que antigamente eram conhecidas como e-mail. A outra mensagem que ela recebe é sobre o preço das ações de uma companhia de mineração que atingiu o chamado “ponto de venda”, previamente especifi cado pela nossa empresária.

A mulher pensa por dois minutos e aperta um botão que responde à mensagem com a afi rmação de realização da operação de venda das ações. Passados 15 minutos, a mulher agora está-se refrescando no mar e aprovei-tando suas merecidas férias, e o melhor ainda, está alguns milhares de reais mais rica, graças àquela operação de realização de lucro, efetivada na hora certa.

Agora, um senhor já bastante moreno pelo sol está sentado numa mesa de um barzinho, à beira da praia, e começa a administrar sua companhia a partir de um notebook com 30 cm de largura e tela colorida. O teclado é tão pequeno que a interação homem-máquina é feita por comandos de voz.

Esse senhor comanda a leitura de mensagens multimídia depositadas em sua caixa postal eletrônica, dispara ordens de pagamento de funcionários e fornecedores. Em dez minutos suas tarefas estão concluídas e ele toma um novo copo de chopp.

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Entre este cenário futurístico descrito acima e a nossa atual realidade, existe um “túnel” a percorrer. No entanto, já podemos ver uma luz brilhando no fi m deste “túnel”, mesmo que ainda um pouco longe em termos de Brasil. Em países como Estados Unidos e Japão este cenário está bem próximo da realidade e a luz no fi m do túnel está mais próxima.

A questão sempre é: “quantos usuários estariam dispos-tos a pagar para ter esses serviços?”.

Tudo indica que agora é o momento para conhecer e desvendar os segredos do mundo wireless. Enquanto surgem oportuni-dades de trabalho, ainda são poucos os profi ssionais capacitados a interagir com essa tecnologia e desenvolver aplicativos como Websites para estas redes. O momento é agora... E aí, vai encarar?

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Unidade 7

Síntese

Nesta unidade você pôde conhecer algumas das principais tendências tecnológicas como a internet sem fi o e a mobili-dade. Você deve ter percebido que a evolução das redes wireless no ambiente de trabalho, agregada à mobilidade, está mudando o conceito do verbo trabalhar, antes restrito ao local físico de trabalho, e hoje cada vez mais segmentado em diferentes locais. Quem trabalha hoje, por exemplo com Wi-Fi, sabe o que é estar no outro lado do país ou num café, e prestar contas ao seu chefe como se estivesse em sua mesa de trabalho.

Você viu, também, que dispositivos como cartões de acesso e access point são necessários para se conectar a uma rede . As são uma tendência das próximas redes de acesso wireless, pois haverá um momento em que teremos que integrar as diversas em uma rede maior e, atingindo principalmente, maior mobilidade e velocidades mais elevadas de transmissão.

Atualmente, as possibilidades de acesso aumentam a cada dia, bem como o número de usuários. Este é um caminho que não tem volta. As aplicações wireless e a internet associada a estas possibilidades, defi nitivamente estão-se consolidando como uma tendência. O ser humano quer mobilidade e ele sente que cada vez mais está tornado-se um dependente deste mundo virtual.

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Universidade do Sul de Santa Catarina

Atividades de auto-avaliação

1) Pesquise na internet, pelo menos, sete produtos diferentes que possuem bluetooth embutidos.

2) O que é wi-fi ?

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Introdução à Internet

Unidade 7

3) Por quê o wap foi um fracasso comercial?

4) Descreva quais dispositivos são necessários para conectar-se em uma .

5) Qual é o padrão da rede sem fi o metropolitana destinada à mobilidade? Ela já está em uso? Qual a taxa de transmissão para este padrão?

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Universidade do Sul de Santa Catarina

Saiba mais

www.bluetooth.com www.ericsson.com.br/bluetooth/index.asp www.wimaxforum.org/ www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialwimax/default.asp www.teleco.com.br/wifi .asp www.wi-fi .org/

Importante

Esta unidade possui Atividade de Avaliação a Distância, veja as orientações e os enunciados das questões no AVA!

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Para concluir o estudo

Bem, nesta disciplina a intenção era possibilitar uma visão geral do que vem e ser a internet e o que ela representa e representará para o web designer e programador do futuro.

Para muitos alunos, alguns conceitos e defi nições apresentados nesta disciplina talvez não fossem novidade. No entanto, espero que a disciplina tenha contribuído para um aprimoramento maior de seu conhecimento, independentemente de grau de instrução e conhecimento que você tenha sobre a internet.

Esta disciplina foi o pontapé inicial de uma jornada que você terá até a conclusão do curso. Espero que neste início você tenha aproveitado o quê a disciplina se propôs a fazer, ou seja, apre-sentar este mundo fantástico que é a internet, e que será para você, de certa forma, seu habitat natural de trabalho. Se isso ocorreu, o objetivo foi alcançado.

Parabéns, você já deu o primeiro passo rumo ao seu objetivo principal que é ser um web designer e programador!

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Sobre o professor conteudista

Rubem Toledo Bergamo

Engenheiro Eletricista, graduado pela , Florianópolis, (), em 1990. Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho, , Florianópolis, (), 1993. Mestre em Engenharia Elétrica na área de Telecomunicações e Telemática, pela , Campinas, (), em 2000. Curso de aperfeiçoamento – “Interna-tional Telecommunication Service” - Corporation and Engineering and Consulting Inc. () em Tokyo – Japão, em 2003. Professor do curso de Telecomunicações do Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina. Professor no curso de Engenharia Elétrica/Telemática da .

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Referências

BERNAL, Paulo Sergio Milano. Comunicações Móveis: tecno-logia e aplicações. São Paulo: Érica, 2002.

CANTÚ, Evandro. Redes de Computadores e Internet. Apostila. São José: CEFET/SC (Unidade São José), 2002.

FRIDSCHTEIN, Renato. ABC de Net Negócios. Disponível em: <http://www.promofor.com.br/meio/tutorial01>.

GONÇALVES, Sérgio Ricardo Marques. A criação dos contratos eletrônicos. Jus Navigandi, Teresina, a. 6, n. 54, fev. 2002. Disponível em: <http://www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=2634>

GUIZZO, Érico Morui. Internet: o que é, o que oferece, como conectar-se. São Paulo: Ática, 2002.

HILL, Brad. Pesquisa na Internet. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

KUROSE, James F.; ROSS, Keith W. Redes de Computadores e a Internet: uma nova abordagem. Rio de Janeiro: Addison Wesley, 2003.

TORRES, Gabriel; COZER, Alberto. Alavancando Negócios na Internet. São Paulo: Axcel Books, 2000.

Sites consultados

http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u17285.shtml

http://www.let.leidenuniv.nl/history/ivh/chap2.htm

http://kplus.cosmo.com.br

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Universidade do Sul de Santa Catarina

http://www.cybergeography.org/ atlas/geographic.html

http://www.rnp.br/newsgen/9806/inter-br.html

http://www.educarede.org.br/educa/internet_e_cia/historia.cfm

http://www.opiceblum.com.br/

http://www.mct.gov.br/legis/prop_intelec.htm

http://www.cnbb.org.br/setores/comsocial/eticaNaInternet.doc

http://www.silveiro.com

http://www.sebrae.com.br

http://www.mct.gov.br/Temas/info/Imprensa/Comercio_Eletro-nico.htm

http://www.isoc.org/internet/conduct/index.shtml

http://www.netpesquisa.com/tcc

http://www.mail-archive.com/[email protected]/msg00001.html

http://www.uff .br/mestcii/adilson1.htm

http://profi tpart.com.br/virinfo/correio.htm

http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/8970.pdf

http://www.mhavila.com.br/link/internet/xml.html

http://www.globalservers.com.br/sup_wap.html

www.wapforum.org - [WAPArch] WAPForum, Wireless Appli-cation Protocol Architecture Specifi cation. USA, WAPForum, 1998.

http://www.albion.com/netiquette/book/index.html

http://www.fau.edu/netiquette/net/

http://www.webteacher.org/windows.html

http://www.icmc.usp.br/ensino/material/html/

http://www.apostilando.com/sessao.php?cod=15

http://www.w3schools.com/html/default.asp

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Unidade 1

1) Surgiu através da ARPA, que era uma rede militar do EUA que tinha como objetivo principal o desenvolvimento de pesquisa científi ca e tec-nológica no campo militar. Nela foram testadas as teorias e o software no qual a INTERNET se apóia atualmente.

2) O protocolo TCP/IP, porque ele permitia a interligação de diferentes tipos de redes.

3) Esta comutação consiste em dividir a informação em partes menores (pacotes), enviar essas partes ao seu destino e então reagrupá-las, recu-perando a informação na recepção. Uma das principais vantagens é que permite que vários usuários compartilhem o mesmo canal de informação ao mesmo tempo. Um exemplo de comutação de pacotes é a própria internet, as redes celulares atuais também transmitem em pacotes. A comutação por circuitos seria quando você aloca um canal fi m-a-fi m, durante uma comunicação, ou seja, trata-se de uma ligação ponto-a-ponto. O canal de transmissão utilizado é exclusivamente para a ligação, por exemplo: entre dois telefones fi xos.

4) O comitê atualmente no Brasil é responsável por fomentar o desenvol-vimento de serviços de internet no Brasil, recomendando padrões e proce-dimentos técnicos e operacionais para a internet e coordenar a atribuição de endereços, registro de nomes e de domínios.

5) Foi liberada a partir de 1995. Para saber o número de domínios “.com” atualmente, consulte em http://registro.br/estatisticas.html

6) Para saber o número de domínios você pode consultar: http://registro.br/estatisticas.html

Unidade 2

1) A internet é a cooperação de muitos sistemas de computadores e milhões de usuários no mundo inteiro, fato este que a levou a receber o título de “Rede das redes”. Uma determinada rede pode estar ligada a diversas outras redes, permitindo que usuários de várias redes existentes no mundo se interconectem.

Respostas e comentários das atividades de auto-avaliação

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Universidade do Sul de Santa Catarina

2) Seria o equivalente no corpo humano, à espinha dorsal. Em uma rede seria o meio onde um conjunto de canais de transmissão trafegariam. Normalmente a quantidade de informação trafegada em um backbone é muito grande e são os backbones que interligam as cidades, países e conti-nentes. Fisicamente podem ser na forma de ondas de rádio (microondas), fi bras ópticas (maior capacidade de todas), cabos telefônicos ou canais de satélites.

3) Para uma rede de computadores comunicar-se é necessário um proto-colo comum, e o da internet é o TCP/IP.

4) É o endereço de uma página web no ambiente WWW. Escreve-se na barra de endereços do browser (Internet Explorer por exemplo) para achar a página web. Uma URL consiste geralmente em quatro partes: protocolo (ex: http), servidor (ou domínio), caminho (ex: .com.br) e nome do arquivo.

5) Na internet, esta designação se dá para as páginas com fi ns comerciais e são elas as que mais prevalecem na Rede.

6) É conhecido como navegador, ou seja, é um programa utilizado para acessar o serviço www. O browser responsável pela explosão de populari-dade da internet, a partir de 1994, chamava-se Mosaic.

Unidade 3

1) Os pontos terminais, que seriam os computadores, por exemplo, são sempre conectados a provedores locais que, por sua vez, são conectados a provedores regionais, e estes últimos a provedores nacionais ou interna-cionais. Por isso chamamos esta topologia de hierarquica.

2)

Serviço garantido e orientado à conexão (protocolo TCP). Exemplo: Usando a internet para enviar uma mensagem.

Serviço não garantido e não orientado à conexão (protocolo UDP). Exemplo: Usando a internet para transmitir voz em tempo real (VOIP) ou um programa ao vivo.

3) O modem basicamente converte o sinal digital do computador num formato analógico para ser transmitido mais facilmente. É um vocábulo formado com as iniciais das palavras Modulador e Demodulador. Pode ser interno ou externo. Pode ter a função fax-modem e comunicar dados e voz (voice modem).

4) Sim. Através de um modem ADSL conseguem-se taxas de transmissão que chegam na ordem de Mbps.

5) As taxas de transmissão estão associadas também com as distâncias entre os pontos. No entanto, o sistema que pode transmitir em maiores taxas de transmissão seria a fi bra óptica e em menores taxas, para distân-cias proporcionais, seria o par trançado.

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Introdução à Internet

Unidade 4

1) Hacker é uma pessoa com grande conhecimento sobre computadores, sistemas operacionais, programação etc. Aqueles que usam esse conhe-cimento para invadir sistemas, praticar vandalismo cibernético ou roubar informações confi denciais são chamados de crackers.

2) Ele adquire dois tipos de direito: o direito moral e o direito patrimonial.

3) A Lei 9609/98 trata da propriedade intelectual dos programas de com-putador. Esta lei também trata da pirataria de software e a lei específi ca do direito autoral é 9.610/98.

4) É a conexão conhecida como peer-to-peer. Nesta confi guração, todos os usuários são cliente e servidor ao mesmo tempo. Portanto, não há um servidor central.

5) Na minha opinião sim, pois na internet o fato de os relacionamentos entre as pessoas serem, muitas vezes, virtual, isto é, sem contato físico, as pessoas estão mais propensas a enganar e a serem enganadas.

Unidade 5

1) Para publicidade existem na internet diversas opções:

como banner (imagem com propaganda), que pode ser pago ou feito por meio de intercâmbio entre sites correlatos;

mala direta via e-mail (E-Mail Marketing) com autorização; Janelas pop-ups; Programa de Afi liados; técnicas para posicionar o site da empresa nos primeiros resulta-dos em sites de pesquisa.

2) As newsletters somente serão enviadas para o usuário que fez o cadas-tro em um site que possui este serviço e consentiu o envio de mensagens, assim ele receberá, por e-mail, mensagens com seu consentimento. O spam, ao contrário, é a mensagem enviada sem a autorização do usuário e é considerada uma invasão de privacidade.

3) Uma das principais é a redução do tempo e do custo dispendido na procura e escolha do produto desejado. Permite realizar um serviço per-sonalizado, de acordo com o perfi l de cada cliente, além do que, se com-pararmos um vendedor tradicional com um digital, temos que o vendedor digital trabalha o dia todo sem interrupção; trabalha todos os dias da semana; não necessita de férias; não tem décimo terceiro salário etc.

4) A criptografi a é uma forma de manipular dados e codifi car seu conte-údo, tornando o dado original ininteligível. É uma ferramenta importante e faz parte de alguns serviços fundamentais de segurança na internet. O Secure Sockets Layer (SSL) e o Secure Eletronic Transaction (SET) são os mais utilizados.

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Universidade do Sul de Santa Catarina

Unidade 6

1) Seriam regras de comportamento que se devem obedecer para o uso da internet. Essas regras refl etem normas gerais de bom senso para a con-vivência com os milhões de usuários na rede.

2) São programas obtidos na internet para se ter aplicações como multi-mídia, bate-papos (IRC), player de músicas etc. Estes programas podem ser do tipo:

Shareware: você copia o programa para seu computador e pode usá-lo por um determinado período de tempo. Depois você paga por um registro.

Freeware: são aqueles programas que você pode copiar e usar livremente, sem pagar nada, mas não é possível acessar o código-fonte.

3) São os e-mails conhecidos como boatos, nem sempre são desmentidos e por muito tempo acabam se tornando uma “verdade”. A rigor, o intuito desses e-mails, na maioria das vezes, é alarmar as pessoas com notícias falsas, ou lendas urbanas.

4) A principal diferença entre o newsgroup e a mail list é que no news-group todas as mensagens são arquivadas no servidor de newsgroups e você terá que acessá-lo se quiser ler as mensagens. No mail list você recebe apenas uma cópia das mensagens que vão chegando no seu correio eletrônico, enviadas pelos membros da lista. Uma outra diferença é que apenas um servidor distribui as mensagens no mail list e no news-group esta mensagem pode ser copiada para outros servidores e poderá ser consultada.

5) Resposta subjetiva.

Unidade 7

1) Resposta subjetiva.

2) Popularmente é o termo que designa uma WLAN (wireless local area network ) para o padrão IEEE802.11b. Mas, na realidade, Wi-Fi é uma cer-tifi cação dada aos equipamentos da WLAN com o propósito de garantir a interoperabilidade dos produtos 802.11b dos diversos fabricantes. Assim, os produtos passam por testes de interoperabilidade para obter certifi ca-ção Wi-Fi.

3) Principalmente pela baixa velocidade, custo elevado (pagava-se por minuto) e os browsers, ou seja, as interfaces homem-máquina eram muito complicadas e isso, às vezes, inibia o uso para múltiplos usuários.

4) Um Access Point (Ponto de Acesso), um cartão de acesso e uma antena, se quiserem um alcance maior.

5) O padrão 802.16e ainda não está em uso, apenas em teste. Este padrão poderá alcançar taxas de transmissão que podem variar de 2 a 15 Mbps.

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ADSL (Asymmetric Digital Subscriber Line): sistema de transmissão de dados através de linhas telefôni-cas tradicionais. Com a ADSL. a frequência do sinal chega à sua casa e é dividida em 3 canais: de 0 a 4 Khz para o serviço normal de telefonia e o restante para o ups-tream (velocidade de upload feito pelo usuário), que pode chegar a 640 Kbps, e downstream, que opera na faixa de 12 Mbps. As distâncias entre a casa do usuário e a central não devem ser maiores do que 3,7 quilômetros.

Backbone: do inglês, signifi ca “espinha dorsal”. Linhas base de conexão de alta velocidade dentro de uma rede, que, por sua vez, se conectam às linhas de menor velo-cidade.

Bps: bits por segundo.

Blog: o blog, ou webblog, é uma página web atualizada freqüen-temente, composta por peque-nos parágrafos apresentados de forma cronológica, com formato de “diário”. É como uma página de notícias ou um jornal que segue uma linha de tempo com um fato após o outro. O conteúdo e o tema dos blogs abrangem uma infi nidade de assuntos que vão desde diários, piadas, links, notícias,

poesia, idéias, fotografi as, enfi m, tudo que a imaginação do autor permitir (www.blogs.com.br).

Boom: do inglês, signifi ca “cresci-mento”.

Comutação por pacotes: uma tecnologia de transmissão de informação através de uma rede, que utiliza a divisão de mensagens em segmentos de tamanho fi xo, chamados pacotes. É utilizada pela RENPAC, um serviço nacional de transmissão de dados digitais. O TCP/IP trabalha com essa tecno-logia. Em inglês: Packet Switching

Correio Eletrônico: correspondên-cia que se pode enviar e receber diretamente pelo computador, por meio de um endereço internet, conhecido como e-mail.

DNS (Domain Name System): DNS converte nomes internet em seus números correspondentes e vice-versa. Originalmente, os compu-tadores da internet eram identifi -cados apenas por números, como 200.255.277.1. Com o DNS, foi pos-sível dar nomes aos computadores, como www.virtual.unisul.br.

FAQ (Frequently Asked Ques-tions): FAQ é uma lista de questões – com suas respectivas respostas – sobre determinado assunto. As FAQs são bastante comuns em

Glossário

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grupos de discussão (como os newsgroups da Usenet). Servem para evitar que se tenha que res-ponder às mesmas perguntas toda vez que um usuário novo entra na discussão (e faz perguntas que já foram feitas e respondidas diversas vezes, irritando os participantes antigos). Na internet existem FAQs sobre os mais diversos assuntos: OVNIs, Parapsicologia, culinária, Física Quântica etc.

Fonograma: é a fi xação, exclusiva-mente sonora, em qualquer tipo de suporte material da interpretação humana ou de outros sons.

Freeware: programa oferecido gratuitamente (“grátis” como em “cerveja grátis”), mas não propor-ciona acesso ao código-fonte. Não é garantido que um programa freeware permaneça gratuito para sempre.

Handshaking: sinais enviados entre dois modems para assegu-rar que a conexão foi feita, que a velocidade e os protocolos estão corretos e, mais tarde, que os dados foram enviados e aceitos.

Host: computador ligado perma-nentemente à rede, que, entre outras coisas, armazena arquivos e permite o acesso de usuários. Também chamado de nó.

Kbps: kilo (mil) bits por segundo.

Linguagem C++: é uma linguagem de programação desenvolvida pelo Bell Labs, na década de 70, e amplamente utilizada no desen-volvimento de aplicações “pesadas” como jogos e programas que uti-lizam intensivamente as capacida-des do computador e dependam de otimizações mais precisas para que apresentem desempenho satisfatório.

Mbps: mega (milhão) bits por segundo.

Multinet da TGV: é um software com uma solução TCP/IP completa para os utilizadores empresariais. A TGV é o fabricante deste software.

Net: rede de computadores.

Páginas na web: termo utilizado para designar locais onde se tem conteúdo de informações na inter-net.

Ponto de acesso (access point): é um equipamento (hardware) dentro de um ambiente de rede que distribui sinal de conexão sem necessidade de fi o.

Provedor de Acesso (provider): ins-tituição que se liga à internet, via um ponto-de-presença ou outro provedor, para obter conectividade IP e repassá-la a outros indivíduos e instituições, em caráter comercial ou não.

RENPAC: Rede Nacional de Comu-tação por Pacotes, um serviço de transmissão digital de dados oferecido em nível nacional pela Embratel. Um serviço de acesso independente da internet, mas que pode ser usado para tal.

RFC: sigla para Request For Com-ments. As RFCs constituem uma série de documentos que descreve como funcionam padrões, protoco-los, serviços, recomendações ope-racionais etc. A descrição de como deve funcionar o correio eletrônico, por exemplo, é a RFC 822

Shareware: software disponí-vel em muitos locais da internet. Inicialmente, o software é grátis, mas os autores esperam que o

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Introdução à Internet

pagamento seja enviado depois de um período inicial de testes. Nor-malmente, os preços são baixos. É uma espécie de “teste antes e pague depois”.

Sistema operacional BSD Unix: é uma versão livre (grátis) do sistema operacional Unix que roda em micros ao invés de estações de trabalho.

SNMP: o Simple Network Management Protocol é um protocolo usado para monitorar e controlar serviços e dispositivos de uma rede TCP/IP. É o padrão adotado pela Rede Nacional de Pesquisa para a gerência de sua rede.

UDP: acrônimo para User Datagram Protocol, o protocolo de transporte sem conexão da família TCP/IP, usado com aplicações como o de gerencia-mento de redes (SNMP) e de serviço de nomes (DNS).

UNIX: um sistema operacional de computadores, multiusuário (vários usuários podem usar um computador central ao mesmo tempo) e multita-refas (um mesmo computador pode executar vários programas ao mesmo tempo). Contém o TCP/IP ativo, portanto é usado por 9 entre 10 servidores de internet

XML: é um anagrama cujas letras vêm de eXtensible Markup Language, o formato universal dos documentos e dados disponíveis na internet. Designa um formato de documento para a web mais fl exível do que o HTML, permitindo documentos mais ricos, funcionais e com elementos de interatividade. Criado por uma recomendação formal do World Wide Web Consortium (W3C), o XML usa os mesmos princípios da linguagem HTML e determinadas marcas para descrever as páginas web.

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